Revista EmbalagemMarca 063 - Novembro 2004

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Edição de novembro de 2004 da revista EmbalagemMarca. Visite o site oficial da revista http://www.embalagemmarca.com.br e o blog http://embalagemmarca.blogspot.com

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Viagens que adensam a qualidadem seus quase seisanos de atuação nomercado (mais seis

meses de planejamento queconsumiu para ser lança-da) ,EM B A L A G E MMA R C A

acumulou respeitável ban-co de dados. Hoje, esse da-tabase possibilita, primeiro,fundamentar com conteúdocada vez mais denso as re-portagens e os artigos pu-blicados regularmente narevista.Em segundo, serve para ali-cerçar um trabalho que,nas edições de dezembro,se transforma em útil docu-mento de consulta. Trata-sede Tendências e Perspecti-vas, um balanço/prognósti-

co que, sem pretensão deser professoral, busca iden-tificar rumos possíveis daeconomia e dos negócios,em especial os relacionadosà cadeia de embalagem.Dentro do esforço paraidentificar caminhos e de-tectar inovações está a par-ticipação crescente emeventos nacionais e interna-cionais. Nestas, em outu-bro, mal uma parte da equi-pe retornara da Label Expoem Chicago, outra arruma-va as malas para a PackExpo, na mesma cidade,meio tempo em que alguémregressava da feira K, emDüsseldorf. Ainda em no-vembro, mais dois partirão

para o salão Emballage, emParis, e em abril próximoirão à Interpack, novamenteem Düsseldorf. Para alguns, essa movimen-tação pode parecer passeio,mas é trabalho em que seadensa a qualidade editori-al, se amplia o relaciona-mento e o volume de infor-mação em nível global e sealimenta a ambição de fa-zer uma publicação cadavez mais útil aos profissio-nais de embalagem. Sem oatrevimento de intitular-se“líder”, “a maior”, ou “amelhor”, EMBALAGEMMAR-CA continua se empenhandopara melhorar sempre.Até dezembro.

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No esforço paraidentificar rumos edetectar inovaçõesestá a participaçãocrescente emeventos nacionaise internacionais.Isso faz parte doempenho de fazeruma revista cadavez mais útil

Wilson Palhares

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Reportagem de capa:Cremes DentaisDiante de boas perspectivas para um mercado estagnado

em inovações de embalagem,fornecedores se movimentam

Making OfO passo-a-passo da criaçãoda capa desta edição, com aintegração de vários parceiros

CartonadasTetra Pak quer difundir alternati-va de impressão mais nobre emcaixinhas longa vida de leites

8 DesignNa 6ª Semana Abre do Designde Embalagem, o destaque foi a força vendedora do branding

K’2004Na cobertura da grandefeira mundial da cadeia deplásticos, a boa presençadas empresas brasileiras

Entrevista:Vice-presidente da Abief,Rogério Mani fala sobre o mer-cado de embalagens flexíveis, ea participação da entidade na K

ReciclagemQuímico cria sistema delavagem de embalagens delubrificantes

AçoIndústria gaúcha reposicionaseu achocolatado através da utilização de lata comtampa prática

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nº 63 • novembro 2004

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Diretor de RedaçãoWilson Palhares

[email protected]

[email protected]

Flávio [email protected]

Guilherme [email protected]

Leandro Haberli [email protected]

Diretor de ArteCarlos Gustavo Curado

[email protected]

Assistente de ArteJosé Hiroshi Taniguti

AdministraçãoMarcos Palhares (Diretor de Marketing)

Eunice Fruet (Diretora Financeira)

Departamento [email protected]

Karin TrojanWagner Ferreira

Circulação e AssinaturasMarcella de Freitas Monteiro

[email protected] anual: R$ 90,00

Público-AlvoEMBALAGEMMARCA é dirigida a profissionais queocupam cargos técnicos, de direção, gerênciae supervisão em empresas fornecedoras, con-vertedoras e usuárias de embalagens para ali-mentos, bebidas, cosméticos, medicamentos,materiais de limpeza e home service, bemcomo prestadores de serviços relacionadoscom a cadeia de embalagem.

Filiada ao

Esta revista foi impressa em Papelcartão Art Premium Novo 250g/m2 (capa) e papel Image Mate 90g/m2 (miolo), fabricados pela

Ripasa S/A Celulose e Papel, em harmonia com o meio ambiente.

Impressão: Congraf Tel.: (11) 5563-3466Laminação: Lamimax Tel.: (11) 3644-4128

Filme da laminação: Prolam Tel.: (11) 3611-3400

EMBALAGEMMARCA é uma publicação mensal da Bloco de Comunicação Ltda.Rua Arcílio Martins, 53 • Chácara Santo

Antonio - CEP 04718-040 • São Paulo, SPTel. (11) 5181-6533 • Fax (11) 5182-9463

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3 EditorialA essência da edição do mês, nas palavras do editor

64 DisplayLançamentos e novidades – e seus sistemas de embalagens

66 PanoramaMovimentação na indústria de embalagens e seus lançamentos

70 Painel GráficoNovidades do setor, da criação ao acabamento de embalagens

74 AlmanaqueFatos e curiosidades do mundo das marcas e das embalagens

A capa desta edição foi impressa pela Antilhas em Papelcartão Art Premium Novo250g/m2, da Ripasa, termolaminada com filme Prolam® aplicado pela Lamimax.

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22 InternacionalDestaques e idéias de mercados estrangeiros

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InternacionalJones Soda amplia estratégiade “publicar” fotos dos con-sumidores asuas novasmultipacks

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32 InvestimentosInaugurada no país fábrica de impressão de rótulos heat transfer

34 PiratariaSelo de segurança elimina falsificações de autopeças

38 ConsolidaçãoCom a compra da PP Print, Sol PP fortalece atuação em rótulos de BOPP

39 CurtasMateriais, equipamentos e processos de decoração, identificação e rastreabilidade

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reportagem de capa >>> cremes dentais

ecentemente, o ministério da Saúdedivulgou um dado alarmante: 40%dos brasileiros encontram-se à mar-gem do consumo de itens básicos

de higiene bucal. Na ponta do lápis, esse índi-ce resulta num contingente de 72,8 milhões deindivíduos, praticamente o dobro da populaçãoda Argentina. Analisado por outra embocadu-ra, a dos negócios, o anúncio mostra o poten-cial de crescimento para as vendas de cremes egéis dentais no país.

Some-se a isso a sensação de bons ventospara a economia, importante no desempenhodesse segmento – no último decênio, o setorsempre deslanchou em anos de atividade aque-cida, como no 1995 de euforia do Real, comevolução de 24,5% em volume de vendas, con-

forme revela um monitoramento da ACNielsen – e o cenário à frente é sorriden-te. O ano passado já foi bom para osetor, com faturamento de 1,197 bilhãode reais, 17% a mais que em 2002, e a

Abihpec – Associação Brasileira da In-dústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e

Cosméticos espera que as vendas doproduto cresçam ao menos 10% em2004. Também concorre para a ex-

pectativa de um boom dos dentifrícioso Brasil Sorridente, programa de governo

que já iniciou a distribuição gratuita de escovase cremes a 30% dos usuários do sistema públi-co de saúde bucal, cerca de 12,5 milhões depessoas, e que pretende aumentar gradativa-mente o número de contemplados.

Os fornecedores de embalagens do setortambém aguardam com grande expectativa aconfirmação desse cenário positivo. Mas nãosó pelos previsíveis maiores volumes de entre-gas decorrentes do aquecimento do consumo.Para boa parte deles, uma grande alta das ven-das pode acarretar um natural amadurecimentodo mercado, desviando o foco das guerras depreços que atualmente o assolam – e que, inva-riavelmente, vêm restringindo investimentosdos fabricantes em embalagens mais práticas,convenientes e atraentes. “Infelizmente o qua-dro do mercado de creme dental vem levandoà ‘commoditização’ de suas embalagens”, re-

Indícios de aquecimento

do mercado nacional de

cremes e géis dentais

movimentam fornecedores

de embalagens, que

esperam maiores apostas

da clientela em

apresentações inovadoras

Por Guilherme Kamio

RCenário sorridente, um

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m convite para inovaçõessume Walter Schalka, diretor-executivo da Di-xie-Toga, uma das grandes fornecedoras na-cionais de tubos laminados, as bisnagas cujasparedes são formadas por camadas de polieti-leno e alumínio que acondicionam 99% doscremes dentais do país. Ele lembra que os cre-mes nacionais, em linhas de combate com pre-ço médio na casa do 1 real, são os “mais bara-tos do mundo, sem paralelo nem em paísesasiáticos”.

Nem as líderes“As marcas com maior valor agregado teriamcomo repassar custos incrementais decorrentesde inovações e para elas temos disponíveisuma ampla gama de materiais, terminações etampas”, aponta Marcio Azevedo, gerente demarketing da Alcan Packaging Cebal, outraforça da seara de tubos laminados e detentorada conta da Unilever, segunda maior produto-ra de creme dental do país, só atrás de outramultinacional, a Colgate-Palmolive. “Mesmoassim a demanda seria pequena, pois o consu-midor é bastante sensível às variações de preçodos cremes dentais”, ele pondera.

O crescimento da concorrência, entretanto,pode vir a ser um motor de inovações. Embo-ra as três principais marcas nacionais de cre-mes dentais – Colgate, Sorriso e Close Up –detenham perto de 80% do mercado, segundodados de 2003 da AC Nielsen, operações pe-quenas e médias de cremes dentais vêm sendoabertas no país nos últimos anos. O mesmoinstituto de pesquisas calcula já existirem noBrasil, hoje, quinze fábricas, produtoras de 23marcas e 112 versões de cremes e géis dentais,números engrossados no passado recente.“Marcas regionais e de médio porte têm surgi-do às pencas nos últimos dois anos”, confirmaum profissional da área de embalagens quepede para não ser identificado.

E esses médios e pequenos negócios têmvingado, querem aumentar seu quinhão demercado e são operações atraentes. Provadisso é a recente venda, sem valores revelados,da pernambucana Bonamil, dona da marca decreme dental 100% Branco, para a gaúchaCondor, uma das cinco maiores fabricantes de

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trabalhos com hot stamping, cold foil e umasérie de decorações de apelo. Tais investimen-tos dependem exclusivamente dos clientes”,ressalta Schalka. Ele exemplifica com os tubos

laminados do tipo stand-up, que param empé nas gôndolas, atualmente fornecidas

pela Dixie Toga para as linhas de cremesinfantis de seu maior cliente blue chip daárea, a Colgate-Palmolive.

Por sua vez, Antônio Assis, gerente decontas da Alcan Packaging Cebal, divulgaque a empresa disponibiliza tubos do tipo“non-foil”, formados por laminados combarreira interna em EVOH em vez da dealumínio, que garante as mesmas pro-priedades, porém com superfícies brancas outranslúcidas, ideais para géis dentais colori-dos, e deposita esperança nos laminados pig-mentados, chamados “designer web”.

Um desenvolvimento em andamento é oDual Tube, um tubo com outro em seu interior,destinado a produtos que exigem que duas for-mulações sejam mantidas em compartimentosseparados até o momento de uso. Nos EstadosUnidos já existem dentifrícios de sucesso des-se gênero, que combinam um gel de branquea-mento e outro anticárie, só “unidos” quando otubo é apertado. “Essas e outras tecnologiasinovadoras têm sido de maior interesse domercado de cosméticos e cosmecêuticos, faceao valor agregado desses produtos em relaçãoaos dentifrícios”, relata Azevedo.

Cartuchos mais nobresTodavia, merece registro que, apesar de inci-pientes, inovações em embalagens de cremesdentais já estão ocorrendo – talvez até influen-ciadas pela maior presença de produtos impor-tados nas gôndolas nacionais (veja quadro so-bre Crest). Bons exemplos são os cartuchos depapel cartão de recentes lançamentos da Unile-

APOSTAS – Cartuchos derecentes lançamentos daUnilever exigiram daBrasilgráfica uso de hotstamping (acima) e da corpreta (abaixo)

NICHO – Bisnaga lamina-da do tipo stand-up, daDixie Toga, é usada pelaColgate somente em sua

linha de géis para o público infantil

escovas dentais do país. A compradora preten-de se valer da presença de seus produtos em300 000 pontos-de-venda no território nacionalpara ampliar o negócio de creme dental e afir-ma já ter adquirido novas máquinas para au-mentar sua produção.

Embora seja marca emergente, o 100%Branco é comercializado em tubos laminadosda Alcan Packaging Cebal e da Dixie Toga,exatamente os mesmos das líderes de mercado.Do mesmo modo, o visual estampado em suasembalagens também é muito parecido ao dosgrandes players. “É um quadro que nos leva aindagar se não pode ocorrer com os cremesdentais uma situação semelhante à deflagradapela garrafa de PET no mercado de refrigeran-tes”, suscita Guilherme Arcuri, diretor co-mercial da Simbios-Pack, distribuidorapara o Brasil de uma das principais chance-las de máquinas envasadoras para tubos decreme dental do mundo, a sueca Norden. “Opequeno e médio empresariado têm se cons-cientizado de que para brigar no mercado decreme dental é preciso investir em maquiná-rio de ponta, e nossos projetos para essa clien-tela têm aumentado nos últimos anos”, desta-ca o profissional (a propósito, ele relata se en-contrar em conversas para fornecer máquinaspara um novo atuante da área de creme dental,a se instalar no Nordeste).

Trata-se de mais um indicativo de que oaprimoramento das embalagens não é conse-lho fortuito às marcas líderes. “Possuímos todoo aporte tecnológico e know-how para realizar

CARTEIRA – AlcanPackaging Cebal afirmafornecer tubos a cercade 60% dos fabricanteslocais de dentifrícios

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Líder americanavolta ao Brasil

plásticos”, ele entende, lembrando de um ser-viço dessa natureza que a Brasilgráfica fez me-ses atrás para a marca Pepsodent, também daUnilever, mas voltada à exportação.

Investir em embalagem, porém, não está naordem do dia somente nas indústrias usuárias.Ocorre que, com o histórico de concentraçãodo mercado de dentifrícios em poucas mãos,somado à entrada de novas operações nos últi-mos anos, o mercado vem se queixando de es-cassez de tubos laminados. “Pelos meus cálcu-los, esse gap pode ser de até 30 milhões de uni-dades mensais”, diz um executivo de comprasque pede para se manter no anonimato. “Os pe-quenos e médios negócios consumidores de tu-bos laminados não enfrentam hoje problemasde fornecimento, mas têm incerteza quanto àoferta dessas embalagens se turbinarem suasproduções, o que vem inibindo planos de cres-cimento”, ele emenda.

“Por outro lado, é preciso também ter emmente que as máquinas necessárias para a pro-dução e impressão de tubos laminados são ca-ríssimas, e não temos como investir sem ga-

ver, os cremes Close Up Eucalyptus Mint eClose Up Whitening. O primeiro se vale da corpreta, pouco usual no segmento. O segundoapresenta detalhes metálicos em hot stamping.“O hot stamping ajuda a mostrar que o produ-to tem valor agregado”, define Priya Patel, ge-rente de categorias da Unilever, apontando opapel fundamental da embalagem frente aoalto custo de se realizar permanentes açõespara manter marcas na mídia e na mente dosconsumidores. “O consumidor precisa saberpor ela o que é novo, pois de outra maneira elenão percebe as diferenças para tomar sua deci-são na hora da compra.” Patel destaca ainda,no cartucho do Whitening, a presença de uma“escala de brancura”, que auxilia o usuário avisualizar a evolução do branqueamento deseus dentes.

Célio Coelho de Magalhães, gerente demarketing da Brasilgráfica, a fornecedora ex-clusiva dos cartuchos que acondicionam osdentifrícios da multinacional anglo-holandesa,aplaude a aposta do cliente em hot stamping –“a primeira vez que isso acontece numa emba-lagem de Close Up” – e avisa que o parquegráfico nacional reúne todas as condições paraimplementar todos os tipos de decorações co-mumente vistas em cartuchos de cremes den-tais importados, tais como metalizações emgeral, detalhes holográficos e uso de tintas rea-tivas, fluorescentes e até com odor. “Outrapossibilidade de impacto é o uso de cartuchos

VÔO – Condor comproua 100% Branco e planejaaumentar produção

Certa de que pode cavar umbom nicho de negócios emmeio ao domínio da Unilevere da Colgate em cremes den-tais, a Procter & Gamble,sem muito alarde, acaba derecolocar no varejo a Crest,marca líder do mercadoamericano, onde lhe gera re-ceita anual de 1 bilhão de dó-lares. Ela passeou por aqui,via importações, em meadosdos anos 90, mas a opera-ção foi abortadacom a disparada dodólar. As importa-ções recomeçaram eo produto custa em média14 reais – quase o do-bro do preço das mar-cas premium nacionais.Só que a P&G aposta num di-ferencial: os tubos de Crestcontêm 175g, bem mais que

os tu-bos das concor-rentes locais. A volta daCrest está sendo viabilizadapor uma parceria da P&Gcom a Marcas Internacio-nais, empresa que já traz ossnacks Pringles para o país.Especula-se que, dependen-do do desempenho, a P&Gpoderá até investir na fabri-cação da Crest no Brasil.

À MÃO – Cartuchos importados sofisticados, como o do Aquafresh, podem ser produzidos no Brasil

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rantias da clientela”, comenta Walter Schalka,anunciando que a Dixie Toga acaba de incor-porar uma nova, moderna e custosa impresso-ra da Ko-Pack à sua planta de tubos. Ele infor-ma que a Impressora Paranaense, braço dogrupo focado na produção de cartuchos, inclu-sive os consumidos pela Colgate-Palmolive,também é constante foco de investimentos.

Nordeste será póloSchalka lembra também que a Dixie Toga,numa joint-venture com a finlandesa Huhta-maki, inaugurou no início do ano, em Parnami-rim (RN), a Laminor, negócio dedicado à pro-dução do laminado consumido na produçãodos tubos, a qual irá substituir importaçõesdessa matéria-prima e dará maior fôlego à pro-dução desses recipientes no país, além de gerardivisas com exportações. De início, a fábrica,que consumiu 50 milhões de reais em investi-mentos, irá produzir 30 milhões de metrosquadrados desse material por ano, substituindosuas importações.

É também no Nordeste, em Suape (PE),que a Alcan Packaging Cebal está construindosua segunda planta no país, para atender a Uni-lever, que está transferindo para aquela regiãoa produção de seus dentifrícios, bem como ou-tros clientes. Ao mesmo tempo, a Betts, gran-de nome mundial da área de tubos laminadosque fincou bandeira próximo a São Paulo cer-ca de quatro anos atrás, vem continuamentedeclarando em comunicados oficiais o interes-se em expandir seus negócios no Brasil. Co-menta-se, ainda, que uma empresa de capitalnacional estaria mapeando oportunidades paraentrar no mercado de tubos laminados. “Omercado de cremes dentais brasileiro está se

Aisa+41 (24) 4820 110www.aisa.com

Alcan Packaging Cebal(11) 4723-4700www.cebalbrasil.com.br

Betts(11) 3601-3312www.betts-usa.com

Brasilgráfica(11) 4133-7777www.brasilgráfica

C-Pack(11) 5562-8671www.c-pack.com.br

Dixie Toga(11) 6982-9497www.dixietoga.com.br

Globalpack(11) 5641-5333www.globalpack.com.br

Laminor(11) 5516-2000

Simbios-Pack(11) [email protected]

desenvolvendo, a demanda por tubos é alta etemos projetos de instalações de novas máqui-nas em andamento. Mas não podemos revelarnomes de possíveis novos players desse mer-cado neste atual estágio”, confirma Alain Du-mani, diretor de marketing da suíça Aisa, des-tacada fabricante mundial de máquinas forma-doras de tubos laminados e com forte presençano Brasil.

Sintoma da demanda reprimida de tuboslaminados é que pequenos produtores, semmassa crítica para entrar na carteira das forne-cedoras dessas embalagens, vêm recorrendo auma alternativa criativa: o uso de bisnagasplásticas. Exemplo é o da Natuflora, que emjunho lançou seu Gel Dental sabor Chocolateem tubo plástico produzido pela C-Pack. “Otubo plástico oferece características técnicassimilares às do laminado, mas é somente justi-ficável para cremes dentais de maior valoragregado e de produção contida, pois o tubo la-minado apresenta maior economia de escala”,admite Fábio Yassuda, diretor comercial da C-Pack. “Um cliente com produção mensal de200 000 ou 300 000 unidades não interessa aofornecedor de laminado, e é isso o que tem tra-zido clientes para nós”, salienta o executivo,informando existirem atualmente mais doisprojetos de fornecimento em negociações nomercado de creme dental.

Outra fabricante de tubos plásticos, aGlobalpack, não tira pedidos na área de denti-frícios há cerca de dois anos, mas se mostra re-ceptiva a atendê-la novamente. “É algo possí-vel, até pelo fato de o mercado estar abrin-do espaço para novas marcas”, afirma odiretor comercial Fábio Fróes Marcelo,lembrando que a Globalpack inclusive for-neceu, no passado, bisnagas plásticas coextru-dadas do tipo stand-up e tampas à líder Col-gate para o mercado nacional e expor-tações. Como se vê, o crescimento domercado, com um maior pluralismo deprodutos, marcas e embalagens, só tem acontribuir para promover num número cres-cente de pessoas – e de companhias – largossorrisos.

ALTERNATIVA – Para via-bilizar a entrada de seu

Gel Chocolateno mercado,

Natuflora recorreu às

bisnagas plásticas da C-Pack

COLORIDOS – Designer Web é a linha de laminadospigmentados da Alcan Packaging Cebal

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making of >>> capa

capa desta edição de EMBALAGEM-MARCA, que provavelmente cha-mou a atenção pelo brilho, pelabela imagem digital (não, não é

foto) de um creme dental com marca fictíciae pela alta qualidade de impressão, tem umobjetivo maior do que apenas surpreender.Como vem ocorrendo desde maio deste ano,as capas da revista procuram demonstrar osrecursos do papel cartão, dos processos, insu-mos e ferramentas que possibilitam criarembalagens capazes de causar impacto noponto-de-venda e despertar nos consumidoreso desejo de comprar.

A exemplo do ocorrido em inúmeras opor-tunidades anteriores, ao transformar suas ca-pas, suas páginas internas e seus próprios invó-lucros em amostras de embalagem e de dife-rentes materiais, a revista desenvolveu a pre-sente capa integrando os parceiros fornece-dores, todos eles participantes da cadeia deembalagem. A meta principal é mostrar con-cretamente o alto nível de desenvolvimento e opotencial que o setor alcançou no Brasil.

Foi uma caminhada que, como todas, co-meçou com o primeiro passo: o fornecimentodo substrato. Para isso foi escolhido o Papel-cartão Art Premium Novo 250g/m2, da Ripa-sa, que permite impressão também no verso,

O passo-a-passo da criação de uma capa de revista que é uma embalagem

A

Uma ação de

com excelente resultado. Isso é fundamentalna medida em que nesse lado da capa são vei-culados os anúncios das chamadas segunda eterceira capas. Tanto quanto o restante da pu-blicação, eles devem apresentar qualidade in-questionável. Do lado em que foram impres-sos a capa propriamente dita e o anúncio daquarta capa, o papel cartão foi termolaminadopela Lamimax com filme Prolam Prata, daProlam, parceira de EMBALAGEMMARCA, jun-to com a Ripasa, nas ações de capas especiaiscom papel cartão.

NÃO É FOTO – Ilustração digital,impressa em Papelcartão ArtPremium Novo 250g/m2, da Ripasa, termolaminado pela

Lamimax com filme Prolam Prata

CONCEPÇÃO – A imagemde capa desta edição foifeita pela R3F DigitalDesign com o softwareLightwave de modela-gem e animação em terceira dimensão. Aolado, quadros mostramseqüência de criação doobjeto: wireframe(imagem 1), volume (2),wireframe com volume(3) e textura aplicada (4)

1

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Dentro da programação dessas ações es-tava pautada uma capa de papel cartão, apro-priado para embalagens, com acabamentometalizado. Quando a revista estudava qualo tema mais adequado, recebeu a visita deFlávio Eduardo Cassiano, diretor da R3F Di-gital Design, para a apresentação de um soft-ware de modelagem e animação em terceiradimensão (veja o quadro). Trata-se do Light-wave, para o qual a empresa oferece consul-toria, suporte e treinamento modular, alémde um curso de design de embalagens exclu-sivo no país.

Do briefing à criaçãoNa demonstração ficou claro ser um progra-ma extremamente adequado para o desenvol-vimento de design de embalagem, capaz deexpressar as idéias de forma eficiente e comgrande impacto visual. EMBALAGEMMARCA

propôs então a criação da capa desta edição,sobre cremes dentais, com a composição emque acabou sendo impressa. Foi totalmente

criada nesta ferramenta, e tanto o tubo comoo estojo existem apenas virtualmente.

Cassiano conta que, dado o briefing paracriação do creme dental com a “marca pró-pria” EMBALAGEMMARCA, ele tratou de ad-quirir no mercado vários produtos da catego-ria, para estudo de formatos e equities. “Co-meçamos a ‘brincar’ com a logomarca darevista sobre eles, melhorando a produção atéo resultado final”, ele recorda. “Como a con-cepção da idéia foi bem trabalhada, finaliza-

“MARCA PRÓPRIA” – Comono desenvolvimento de umproduto verdadeiro, dife-rentes texturas foram criadaspara o cartucho do cremedental EMBALAGEMMARCA

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mos rapidamente esta etapa”.No passo seguinte, mais técnico e no

qual são exigidos conhecimentos de fotogra-fia, direção de arte e manejo do Lightwave,foram aplicados os mesmos princípios decaptação de luz da fotografia convencional.Com ajustes de câmera (distância focal, tipode lente e abertura de diafragma), o resulta-do foi uma imagem de extremo realismo.

Na etapa seguinte, o departamento de artede EMBALAGEMMARCA encaminhou à R3F olayout da capa para a inserção da imagem eposterior tratamento. Por se tratar de uma im-pressão especial em substrato metalizado, fo-ram separados os canais que isolariam o efei-to da capa em áreas específicas. Os designersdigitais que trabalharam a imagem foram odiretor da R3F Flávio Cassiano, especialistaem Lightwave, e Eduardo Baroni, publicitário

O Lightwave é uma fer-ramenta de modelageme animação 3D popularna Europa e nos Esta-dos Unidos, usado emáreas que extrapolamem muito o segmentode embalagens. É usa-do, por exemplo, nacriação de efeitos espe-ciais dos grandes block-busters de Holywood,na produção de videocli-pes, games, comerciaise animações.A infinidade de recur-sos e a sofisticada in-terface gráfica doLightwave tornam o

software um poderosoaliado dos designers in-dustriais, inclusiveaqueles dedicados aodesenvolvimento de

embalagens. A possibili-dade de fazer previewsrealistas de produtos eembalagens em mode-los digitais de alta qua-

lidade, simulando inclu-sive diferentes mate-riais e texturas, facilitaa visualização de resul-tados e a correção dedefeitos antes mesmoda produção de ummock-up.No Brasil, a R3F DigitalDesign, com sede emSão Paulo, é a repre-sentante homologadapela norte-americanaNewTek, proprietáriado software, e a únicaconsultoria em compu-tação gráfica no paísdedicada exclusivamen-te ao Lightwave.

Design de embalagem com efeitos de blockbuster

REALISMO: Com Lightwave, previewsfiéis de produtos e embalagens

e ex-aluno da R3F.A fase de impressão da frente e do verso

da capa, feita pela Antilhas pelo processo off-set, começou com uma reunião de seu pessoaltécnico com os designers da R3F, na condiçãode fornecedora, e de EMBALAGEMMARCA

como cliente. “O grande desafio do trabalhoera imprimir num substrato não absorvente nosistema off-set convencional”, relata AndréLaguzzi, gerente de desenvolvimento da em-presa. “Em flexografia tal impressão nãoapresenta grandes problemas, mas em off-seta história é outra”, ele diz. “Tanto é quemesmo gráficas bem equipadas muitas vezesrecusam trabalhos desse tipo, por temor de re-sultados insatisfatórios.”

A partir daquela primeira reunião, os con-tatos para informação, esclarecimentos eajustes correram entre os designers e a gráfi-

PASSO-A-PASSO – Entrea montagem digital e asaída das máquinas,avaliações de prelo eacompanhamento intensivo do resultadofinal. Todas essas etapas ficaram a cargoda Antilhas, responsávelpela impressão da capa desta edição deEMBALAGEMMARCA

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ca. “Afinou-se então a sintonia relacionadacom linguagem do software, extensão de ar-quivos, separação de cores e outros pormeno-res indispensáveis”, conta Alexandre Krieck,analista de produto da Antilhas. Ficou defini-do nessas reuniões que na impressão seria uti-lizado calço de tinta branca (quinta cor) paraeliminar o efeito metálico nas áreas em quenão era desejado.

Apresentado o layout em eps (encapsula-ted post service) pela R3F, o departamentode pré-impressão da Antilhas montou a ima-gem utilizando a plataforma Illustrator, pas-sando a fazer retoques minuciosos, destina-

dos a adequar perfeitamente o arquivo aoprocesso de impressão. Feito isso, foi enca-minhada por meio eletrônico uma prova di-gital para EMBALAGEMMARCA, que a apro-vou sem restrições.

Nesse meio tempo, enquanto o departa-mento de arte da revista montava sobre a ima-gem virtual o layout final da capa, na Antilhaseram realizadas pelo menos três reuniões coma área de produção, nas quais ia sendo com-plementada em pormenores a ficha técnicadescritiva do produto. As chapas foram pro-duzidas, por fornecedor terceirizado, em sis-tema CtP (Computer to Plate) e serviram paraimprimir as provas de prelo, utilizadas comoreferência de cor na impressão. Nesta, foramusadas tintas e vernizes especiais.

Exceto controles mais rígidos do que emtrabalhos convencionais, a impressão trans-correu sem problemas, numa Roland 706, deseis cores mais verniz em linha. Terminada aimpressão, a Antilhas encaminhou as capaspara a Congraf, que imprimiu o miolo e fezo acabamento da revista. Comentários serãobenvindos.

Antilhas (11) 4152-1100www.antilhas.com.br

Congraf(11) 5563-3466www.congraf.com.br

Lamimax(11) [email protected]

Prolam(11) 3611-3400www.prolam.com.br

R3F Digital Design(11 ) 6674-4073www.r3f.com

Ripasa(11) 3491-5010www.ripasa.com.br

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estratégia de criar vínculos emo-cionais com o consumidor parareforçar a imagem de uma marcatem nos refrigerantes canadenses

Jones Soda um case que, embora recente,pode ser considerado clássico. Em 1996, ofundador e CEO da empresa, Peter van Stolk,teve uma idéia original: usar suas garrafaslong neck como ferramenta interativa, paragerar identificação com o público, através daimpressão de fotos enviadas pelos própriosconsumidores em seus rótulos. A iniciativafoi um sucesso, e permitiu à empresa crescerno mercado dos Estados Unidos, para ondemudou sua sede pouco depois. Agora, a Jo-nes Soda está dando um passo adiante nessaestratégia, copiada posteriormente por diver-sos fabricantes de bebidas. Os instantâneosdos consumidores também poderão ser vis-tos em suas novas multipacks.

As recém-lançadas embalagens acondi-cionam doze garrafas dos refrigerantes damarca, e são do tipo “fridge pack” – construí-das com uma estrutura especial de papel car-tão que mantém as embalagens em seu inte-

rior geladas por mais tempo e com um for-mato que facilita o armazenamento na gela-deira. Trata-se de uma solução de pro-priedade da Graphic Packaging Corporation,a companhia criada em agosto de 2003 apósa fusão entre a Graphic Packaging Internatio-nal e a Riverwood, duas gigantes com negó-cios em multipacks.

Seguindo a mesma mecânica aplicada aotrabalho com os rótulos das garrafas, as mul-tipacks irão utilizar as fotos, enviadas à gale-ria da fabricante por correio comum ou pelaInternet, por meio de uma “presença rotati-va”. As sete fotos presentes nas caixas serãoregularmente trocadas, para atender ao máxi-mo as “centenas de milhares” de fotos que,segundo a empresa, lhes são enviadas anual-mente. “A indústria de bebidas é muito com-petitiva, então esforçamo-nos em nos conec-tar com nosso consumidor de um modo quenenhuma outra companhia consegue”, afir-ma Peter van Stolk. “Acredito que com nos-sa embalagem única e com nossa conexãocom o público, continuamos a criar uma es-tratégia avançada.”

Depois da garrafa, multipack traz o clique do consumidor

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Graphic Packaging Co.+1 (770) 644-3000www.graphicpkg.com

Ampliação nas caixasFO

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INSTANTÂNEOS – Acima, osrótulos das garrafas com asfotografias tiradas pelos con-sumidores: sucesso consolida-do. Novas multipacks, abaixo,

seguem a estratégia

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Cerveja com guaranáO nome e a fórmula são exóticos: a Bud-weiser B-to-the-E (BE) é a nova cervejada Anheuser-Busch que pretende se po-sicionar como “bebida de vanguarda”,para um público adulto exigente. É um hí-brido de cerveja e energético: possui ca-feína, ginseng e extrato de guaraná emsua fórmula, e também teor alcoólico su-perior – de 6,6%. Quanto ao sabor, a BEapresenta toques de amora, framboesa ecereja. Será comercializada em latinhasde alumínio com perfil slim de 10 onçaslíquidas (aproximadamente 300ml), forne-cidas pela Crown Cork & Seal.

Fenômeno “Super Size Me”?Atendendo a um pedido do FDAamericano por informações nutri-cionais mais claras e completasnas embalagens de pequenas di-mensões, a Kraft Foods está lan-çando novas etiquetas com da-dos para seus snacks e bebidas.Diz a empresa que elas irão faci-litar aos consumidores o controlede suas dietas, pois até agora astabelas dos produtos traziamapenas a informação sobre o va-lor nutricional por porção, e nãodo conteúdo total da embalagem.Se o produto é para consumo in-dividual, a etiqueta irá trazer in-formações sobre o conteúdo totalda embalagem. Se o produto étipicamente consumido por maisde uma pessoa, conterá tanto a

informação sobre o valor nutricio-nal total da embalagem quantopor porção. Ademais, as embala-gens informarão, em seu frontal,quantas porções trazem.

Bolsa “de couro” rende prêmioA Embalagem Cartonada doAno na Europa acaba de sereleita pelo prêmio Pro Car-ton/ECMA Carton Awards. Éum cartucho com formato debolsa de mão criado para ochocolate Imagine, daKraft Foods. Quandoaberto, ele se transfor-ma num convenienteprato de servir. A su-perfície da embalagempossui aparência e to-que de couro, o que foiconseguido graças atrabalhos de relevomais a aplicação doverniz Iriodin, daMerck. O design da

embalagem é assinado pelaLandor Associates, o papel car-tão utilizado é o Incada Silk, dasueca Iggesund Paperboard, ea confecção foi feita pela Mo-del PrimePac.

Vinhos com Romero BrittoA vinícola californianaKnightsbridge Fine Wi-nes anunciou que iráutilizar nos rótulos dealguns de seus produ-tos e em peças de mer-chandising obras doaclamado artista plásti-co brasileiro Romero

Britto. “Romero trabalhaconsistentemente parareinterpretar o sentidoda arte e seu papel navida contemporânea”,afirma Joe Shapiro,CEO da Knightsbridge.“Esperamos trabalharcom ele para construir

uma experiência singu-lar para os atuais aman-tes da arte e do vinho”.A vinícola já utilizara,em anos anteriores, ró-tulos com arte de outrosdois consagrados artis-tas pop, Guy Buffet eAndy Warhol.

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sistemas >>> cartonadas assépticas

eite é uma bebida naturalmente associada àvida. E nada mais natural que as embalagensnas quais o produto é vendido explorem essaligação, com desenhos e cores vibrantes e

imagens apelativas. Um incentivo a essa noção estásendo posto em prática pela Tetra Pak, maior fornece-dora de embalagens para esse mercado. É que a mul-tinacional de origem sueca acaba de anunciar um pla-no para difundir entre sua clientela na área de leitesum sistema de decoração mais burilado para suas car-tonadas assépticas: o Photo Process.

“Trata-se de uma alternativa à impressão flexográ-fica tradicional que utilizamos para decorar nossascaixinhas”, explica Eduardo Eisler, diretor de desen-volvimento de negócios da Tetra Pak. Segundo ele, oPhoto Process garante maior sofisticação gráfica àsembalagens longa vida. Abre-se a possibilidade de setrabalhar com uma gama maior de cores, que ganhammais vida, os tons são realçados e a superfície das cai-xinhas apresenta maior brilho. Os benefícios mais vis-tosos do novo processo, porém, é que são eliminadosproblemas de registro de detalhes complexos, comodegradês, e a reprodução de imagens passa a ter qua-lidade fotográfica. “É um implemento que tem tudopara acabar com o paradigma mercadológico de queembalagem de leite deve priorizar o branco ou coresneutras”, afirma o dirigente da Tetra Pak.

Tetra Pak quer difundir processo de impressão mais nobre para leites

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Caixinha porta-retrato

Anunciada em dezembro de2003, a tecnologia de separa-ção do alumínio e do plástico dasembalagens cartonadas assépti-cas por plasma, totalmente na-cional, será exportada para a Es-panha. Desenvolvida por meio deuma parceria entre a Tetra Pak,a Universidade de Campinas(Unicamp) e o Instituto de Pes-quisas Tecnológicas (IPT), elaserá implantada numa fábrica nacidade de Valencia, prevista parainiciar operações em agosto de

2005. Bancada pela fabricanteespanhola de papéis Nesa, elacustará 6 milhões de euros eserá capaz de processar de 10a 12 toneladas anuais de caixi-nhas. O acordo para a transfe-rência de tecnologia foi fechadopela TSL Ambiental, prestadorade serviços de engenharia am-biental e uma das parceiras daTetra Pak na construção, emandamento, da primeira plantacom tecnologia de separação porplasma do país, em Piracicaba

(SP). Outras envolvidas nessenegócio, de 10,5 milhões dereais e a ser inaugurado no iní-cio de 2005, são a Alcoa e aKlabin. O diferencial da tecnolo-gia de reciclagem por plasma é aseparação efetiva do alumínio edo plástico das caixinhas longavida para a reciclagem, o quenão acontecia nos métodos ante-riormente conhecidos. Assim, éesperado que o valor de merca-do das caixinhas pós-consumo sevalorize em até 30%.

Tecnologia brasileira de reciclagem seduz espanhóisFO

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UPGRADE –Confeparaproveitou o lança-mento do PhotoProcess para reno-var visual de sualinha Polly

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O Photo Process resulta em impressões com 48 li-nhas por centímetro. De acordo com a Tetra Pak, jáestá em fase experimental a impressão com 54 linhaspor centímetro, que tornará possível um detalhamentoainda maior das imagens nas embalagens. Para auxi-liar a impressão mais nobre, o processo também utili-za um papel diferenciado, do tipo clay coated, maisbranco e uniforme que o tradicional, fornecido pelaKlabin, parceira da Tetra Pak.

Detalhe: as impressões com qualidade fotográficajá são utilizadas pela grande maioria dos clientes daTetra Pak no mercado de sucos prontos. A introduçãoem leites se deu através de produtos especiais, de altovalor agregado, como o Shefa Premium, o BatavoSensy e o DaMatta Zylow, entre outros. O momento,agora, é de massificação do processo, estendendo-o atodo o mercado. Eisler trabalha com a expectativa deque isso ocorra em três anos. Um dos mais recentes la-ticínios a aderir ao Photo Process é a paranaense Con-fepar, em sua linha de leites Polly, que está chegandoao mercado com visual reformulado – trabalho da Pla-no Propaganda. “As novas caixinhas têm, nitidamen-te, maior apelo vendedor”, atesta Cleverson Machado,da área de marketing da Confepar.

Klabin(11) 3046-5800www.klabin.com.br

Plano Propagandawww.planopropaganda.com.br

Tetra Pak(11) 5501-3200www.tetrapak.com.br

TSL Ambiental(11) 3049-4444www.tslambiental.com.br

INÍCIO – Leites especi-ais, como o ShefaPremium, foram osprimeiros a receber oPhoto Process

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design >>> semana abre

encidas praticamente todas as bar-reiras tecnológicas, a indústria deembalagem tem à sua frente o desa-fio de ajudar na consolidação das

marcas. Esse trabalho, denominado branding,já faz parte do dia-a-dia da indústria nacional etem se manifestado em duas situações distintas.

Na primeira, empresas de médio e pequenoporte, com pouca ou praticamente nenhumaverba para publicidade, apostam na embalagemcomo canal de veiculação e propagação damarca. Empresas com mais recursos finan-ceiros também utilizam essa ferramenta combi-nada e inserida dentro de uma ação mais abran-gente de marketing/comunicação.

O fato é que a embalagem é elemento aces-sível e relativamente barato para vencer o prin-cipal desafio do branding – criar uma alma paraa marca. Como diz Luís Castellari, coordena-dor do Comitê de Design da Associação Brasi-leira de Embalagem (ABRE), trata-se de criar“uma real personalidade com a qual o consumi-dor se identifique – e isso está diretamente li-gado à emoção, à embalagem, ao design e àpercepção da marca”.

Pela importância do tema, a ABRE o elegeu

Com o aumento da competitividade, nem mesmo as marcas líderes têm garantido seu lugar ao sol. Cabe à indústria de embalagens ajudar em seu reposicionamento e consolidação

V

Branding: um novo desafio

para direcionar as doze palestras apresentadasdurante a 6ª Semana ABRE do Design de Em-balagem, realizada na Casa Rhodia, em SãoPaulo, nas manhãs de 26 a 29 de outubro. A re-levância do branding foi reforçada na palestrade Margareth Ikeda Utimura, do Latin Panel,que apresentou recente pesquisa sobre a reto-mada gradual no consumo de marcas líderes.

A pesquisa, realizada em 6 300 domicíliosbrasileiros com 62 categorias de produtos, mos-tra que o mercado brasileiro mudou significati-vamente entre 1990 e 2000. Estas mudançascausaram forte impacto, principalmente, noconsumo das marcas líderes, que perderam52% de sua participação de mercado. Outrodado importante é que, em 74% das categoriasde produtos pesquisadas, os três principais fa-bricantes perderam boas fatias do bolo.

Migração de classesPor outro lado, o reaquecimento da economiatem levado a uma situação mais favorável: a re-dução das classes D e E e sua migração para aclasse C. “A classe C já compra praticamenteos mesmos produtos das classes A e B; o quediferencia é o volume e a freqüência das com-pras”, analisa a pesquisadora. Essa migração jáapresenta sinais positivos: entre janeiro e agos-to de 2004, reverteu-se o quadro de queda devendas de marcas líderes, em comparação como mesmo período do ano anterior. Na verdade,50% das empresas donas dessas marcas ganha-ram participação em valor.

Uma das estratégias adotada pelos líderes erespaldada pela embalagem foi trabalhar comprodutos premium price, cerca de 10% mais ca-ros que a média do mercado. Mesmo assim,não há garantia de lealdade. O setor com maioríndice de fidelidade à marca é o de produtos delimpeza, com 43%; nas bebidas, esse índice caipara 31%, e em higiene pessoal, para 8%. Emalimentos praticamente não há lealdade.

Por Liliam Benzi

Semana ABRE do Design deEmbalagem: casa cheia todos os dias

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para as embalagensPara situações como essa, Ricardo Miglia-

no, membro do conselho consultivo do POPAIBrasil, diz que o branding é importante umavez que: assegura a independência, segura opreço, aumenta o valor, estabelece a diferença egarante o futuro do produto/negócio. “Emboraas marcas sejam um capital simbólico, elas po-dem ser o maior patrimônio de uma empresa.”

Ele completa dizendo que, “antes, ter umamarca forte era uma opção; hoje é uma vanta-gem competitiva”. Como exemplos de uso daembalagem na estratégia de branding, Miglianocita os cases Coca-Cola e Starbuck. No caso daCoca-Cola ele ressalta o desenvolvimento deuma embalagem para cada ocasião de consumo– garrafas plásticas e de vidro, lata e post mix.Já o Starbuck direcionou sua comunicação paraalém de uma loja de café. Suas embalagens tra-balham o slogan “uma experiência de café”.Esse posicionamento permite à empresa vender

um café a US$ 2,50, quando o preço de merca-do gira ao redor de US$ 0,50.

O que as pesquisas não dizem é que tantomelhor será a performance do produto, e conse-qüentemente de sua embalagem, quanto mais oconsumidor defender a marca e tiver um víncu-lo emocional com ela. É esse o sentido do tra-balho empreendido pela Pernod Ricard doBrasil na vodca Orloff. Segundo Thiago Ber-sou, gerente de produto da empresa, para legi-timar seu segundo lugar no mercado brasileirode vodcas, a marca Orloff precisou ser reposi-cionada, e a sua embalagem, reformulada e ali-nhada aos valores atuais da categoria. “A saídafoi encomendar uma pesquisa que ajudou a en-tender melhor o que os consumidores de vodcapensam de Orloff.”

Seus resultados estão literalmente estampa-dos na nova garrafa de Orloff, cujos design etransparência valorizam os atributos do produ-

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to e o põem num patamar de modernidade. Amarca, que praticamente introduziu essa cate-goria de bebidas no Brasil nos anos 60 e que foidrasticamente sacudida pela invasão dos im-portados na década de 70, ganhou novo fôlego.

Na indústria de alimentos, a receita para osucesso não é muito diferente. “É preciso en-tender os anseios do consumidor e criar marcasque toquem seu coração”, sintetiza SérgioBianchini, da Kraft Foods. “E o significado e osbenefícios dessa marca devem ser traduzidospela embalagem, com emoção.”

O dia-a-dia do trabalho de Bianchini, commarcas e embalagens, é pautado pela manuten-ção da relação marca/consumo/tradição, demodo a criar tal associação na mente e no in-consciente do consumidor. Em marcas comoClub Social, Tang, Royal e Sonho de Valsa, aKraft também se vale dos benefícios do designaliados às estratégias de comunicação.

Vínculo diretoMas como as empresas com verba mais reduzi-da trabalham essas estratégias de branding? Aresposta vem da palestra de Eduardo Rizzo,coordenador de produto da Marilan, quartomaior fabricante de biscoitos do país. “A emba-lagem é o nosso principal vínculo com o consu-midor e um dos principais elementos para aconstrução da marca”, ele diz.

Há pouco tempo, a empresa nadava contraa maré. Enquanto 68% do mercado de biscoitosusavam embalagens de até 250 gramas, na Ma-rilan 80% delas eram tamanho família, ou seja,com mais de 250 gramas. Para aumentar suaparticipação nas regiões Sul e Sudeste, era pre-ciso promover um reposicionamento de preços,saindo do patamar muito popular. Com emba-lagens com valor agregado e benefícios percep-tíveis para o consumidor, a Marilan deu a voltapor cima. “Procuramos sofisticar, sem elitizarpara não excluir nosso consumidor fiel”, contaRizzo. “Como dizemos no interior, criamosembalagens que provocam a salivação, que nosgrandes centros chamam de appetite appeal.”

Hoje a Marilan exporta para mais de cin-qüenta países e já aparece com 3% no Top ofMind. Em 1999 sequer era citada. “Não temosdúvidas de que essa ascensão se deve às novasembalagens que reposicionaram a marca Mari-lan no mercado nacional”, finaliza o coordena-dor de produto da empresa.

Outro case sustentado na escassez de recur-

sos e na valorização da embalagem foi apresen-tado por Carlos Liguori, sócio diretor da Peni-na Alimentos, líder na venda de especiarias etemperos para o atacado. “Chegamos a umponto em que precisávamos agregar valor aoproduto para distribuí-lo em novos canais,como a venda direta ao consumidor final”, re-vela o empresário. A saída veio pela reformula-ção das embalagens de forma a valorizar e re-posicionar cada grupo de produtos.

Outro mercado que responde bem ao uso daembalagem para reforçar a marca é o de produ-tos de limpeza doméstica e higiene pessoal. Fá-bio Avari, gerente de marketing, negócios einovação da Bombril, provou isso ao contar ocase de sua palha-de-aço. “Neste e em outrosprodutos procuramos, via embalagem, agregarà marca valores como proteção ao meio am-biente, inovação e tecnologia.”

Segundo ele, lançar novos produtos é fácil;“o duro é lançar algo novo que agregue valor eque não fira a aura da marca”. Analisando seusconsumidores, a Bombril procura entendercomo conciliar a sua lealdade com a elasticida-de, muitas vezes imposta por contingênciaseconômicas.

Situação semelhante é vivenciada pelo Gru-po Friboi, proprietário da marca de sabonetesAlbany. Para Moacir Sanini, diretor comerciale de marketing da empresa, a continuidade es-

Na exposição, podiamser vistos cases de 31agências filiadasao Comitê de Design

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tratégica da marca, ao longo de extenso perío-do de tempo, contribui, e muito, para uma van-tagem competitiva sustentável, “além de criarcapacitações e habilidades verdadeiramente ex-clusivas”.

Sanini alerta, contudo, para o perigo de am-pliar muito a posição estratégica de uma marca,especialmente para atender às pressões em bus-ca do crescimento. Segundo ele, os esforçospara crescer podem chegar a debilitar uma es-tratégia ao obscurecerem a exclusividade ecriarem a necessidade de se fazer concessões.“Por incrível que pareça, as maiores barreiras àboa estratégia de marca são geralmente criadasdentro da própria corporação.”

Nacionalização e agilidadeNa empresa O Boticário, Lígia Baruque, geren-te de desenvolvimento de embalagem, diz quea importância da embalagem na consolidaçãoda marca levou inclusive a uma mudança maisradical: um processo de nacionalização doscomponentes de embalagem que permitiu termais agilidade nos desenvolvimentos e, conse-qüentemente, na percepção da marca.

Todos os projetos têm como ponto de parti-da a missão da empresa de ser reconhecida porseus colaboradores, parceiros, clientes e merca-do onde atua como uma importante referênciaem beleza. “É isso tudo, além de fazer com quenossas ações para a preservação da vida estabe-leçam uma forte identificação com a socieda-de”, ela explica. “Traduzimos essa intenção nasembalagens de forma a fidelizar nossos clientese assegurar o crescimento e a rentabilidade denosso negócio.”

A 6ª Semana ABRE do Design de Embala-gem contou ainda com a palestra de RossanaCosta, que apresentou o case da Kidspage, em-presa que iniciou a comercialização, no Brasil,de camisetas para pintar. Nesse caso as embala-gens tiveram um papel fundamental para apre-sentar a marca e o novo conceito de produto aomercado.

Além das palestras, as dezenas de profissio-nais que visitaram diariamente o evento tive-ram a oportunidade de ver a exposição monta-da com cases de 31 das 44 agências de designde embalagem filiadas ao Comitê de Design. A6ª Semana ABRE do Design de Embalagem foipatrocinada pelas empresas Avery Dennison,Fispal, Ibratec, Indusplan, Novelprint, Rigesa,Ripasa, Sinimplast, Suzano e Tetra Pak.

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32 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> nnoovveemmbbrroo 22000044

tecnologia heat transfer de rotula-gem de embalagens ainda não deuprovas definitivas de ter deslan-chado no Brasil, mas os crescen-

tes investimentos em modernização eaumento da capacidade produtivapermitem supor que o sistema con-quistará cada vez mais es-paço por aqui. Entre asestratégias que eviden-ciam as boas perspec-tivas de crescimentodessa alternativa dedecoração e identifi-cação de embalagens,é muito provável que amais expressiva já posta em práticano país tenha sido recentemente anunciada noRio Grande do Sul, por uma empresa chama-da Technopack.

Conhecida por importar e distribuir rótu-los e rotuladoras do grupo Dinacal, líder domercado global de heat transfer, a companhiagaúcha inaugurou em outubro último o quedefine como a primeira fábrica brasileira deimpressão de rótulos com a tecnologia heattransfer. Situada no município de Cachoeiri-nha, região metropolitana de Porto Alegre, afábrica está em atividade desde o ano passa-do, mas só recentemente recebeu sua princi-pal máquina de impressão, elevando sua ca-pacidade produtiva para mais de 800 milhõesde rótulos por ano.

Sem rugas e sem bolhas“Até 2003, quando começamos a nacionalizara produção dos rótulos, o mercado brasileirode heat transfer era inteiramente abastecidopor produtos importados”, diz Geraldo Nu-nes, diretor da empresa. O investimento maisrecente foi de 6 milhões de reais, e faz partede uma estratégia mais ampla. Já em 2005 aTechnopack pretende ampliar novamente afábrica, investindo mais 7 milhões de reais. O

Nova planta produtiva e rótulos mais baratos impulsionam o sistema no país

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O pulo do heat transferplano é conquistar com seus heat transfers10% do mercado de rotulagem da América do

Sul. Para isso, a empresa confia emuma de suas vantagens estratégi-cas: a fábrica de Cachoeirinha si-tua-se próxima a países que são

potenciais consumidoresde rótulos heat transfer,como Uruguai e Argenti-

na.Baseada em rotula-

doras equipadas combobinas de papel im-presso por rotogravurae cilindros de transfe-rência que produzemcalor e pressão, a tec-

nologia heat transfer se caracterizapor fundir o substrato dos rótulos na superfí-cie das embalagens, de modo a transferir todoo layout para os frascos. “Além de uma deco-ração resistente e durável, esse tipo de rotula-gem garante acabamento livre de rugas e bo-lhas”, descreve o diretor da Technopack.

Segundo estimativas da própria empresa,o mercado de rotulagem do Mercosul movi-menta 500 milhões de reais por ano. Desse to-tal, a tecnologia heat transfer já representaria4%, ou 20 milhões de reais. Mas, com a inau-guração da nova fábrica, a Technopack espe-ra reduzir custos e ampliar a carteira de clien-tes no Brasil e no Mercosul. Os planos in-cluem fazer o faturamento saltar dos atuais 12milhões de reais para 50 milhões de reais porano.

O otimismo é baseado em vantagens quevão além do acabamento livre de bolhas. Se-gundo o diretor da empresa, outras caracterís-ticas do sistema heat transfer de rotulagemsão garantia de limpeza, “já que o processonão atrai sujeira do ambiente”, e facilidade dereciclagem dos frascos. Ainda de acordo comNunes, esta última particularidade se explicaporque, diferentemente de outros processosde decoração, o rótulo heat transfer não preci-

No Brasil, os rótulosheat transfer se concentram nos

lubrificantes automotivos. Mas a tecnologia também

começa a ser usada emembalagens alimentícias

e de cosméticos

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Por Leandro Haberli

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sa ser retirado da embalagem na hora da reci-clagem. Faz parte dela, no mesmo material.

Estima-se que o maior mercado consumi-dor de heat transfer no Brasil seja o de óleosautomotivos, onde conhecidas marcas já mi-graram para o sistema. Mas a tecnologia temcrescido em outros setores, com destaquepara o de cosméticos e alimentos.

Em termos práticos, os projetos de altaprodutividade quase sempre recomendam queas rotuladoras sejam integradas às linhas deprodução. Entre as possibilidades de acaba-mento, vale dizer que as bobinas de papel po-dem ser impressas em até oito cores, “comqualidade fotográfica e múltiplas tonalida-des”. Também é possível explorar tintas ter-mocromáticas (que podem brilhar ou se tor-nar ocultas de acordo com a variação da tem-peratura) e fluorescentes. Além disso, os rótu-los heat transfer podem receber acabamentosholográficos, ajudando a minimizar riscos decontrafação.

Por tudo isso os executivos da gaúchaTechnopack acreditam que a tecnologia po-

Technopackwww.technopack.com.br(51) 470-6889

tencialmente concorre com todos os demaissistemas de rotulagem, incluindo auto-adesi-vos, termoencolhíveis, etiquetas de papel ein-mold labels. Confiante nas vantagens doheat transfer, a empresa não está investindoapenas na impressão dos rótulos: a aposta étambém na fabricação de rotuladoras e de-mais equipamentos, nacionalmente. “A pers-pectiva de crescimento também é grande por-que, fora dos Estados Unidos, existe apenasuma empresa que fabrica rótulos heat trans-fer”, informa Nunes. “Trata-se da argentinaMulticolor, que tem pouca penetração nomercado brasileiro.”

Instalados na fábrica deCachoeirinha (RS), novosequipamentos elevarama capacidade produtivada Technopack para 8milhões de rótulos heattransfer por ano

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34 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> nnoovveemmbbrroo 22000044

os cálculos do Sindipeças (Sindi-cato Nacional das Indústrias deComponentes para Veículos Au-tomotores), a indústria nacional

de autopeças fechará 2004 com um fatura-mento de pouco mais de 14 bilhões de dóla-res. Quase 5% desse montante, algo próximoa 700 milhões de dólares, serão movimenta-dos pelo mercado de peças falsificadas, con-trabandeadas e recondicionadas ou remanu-faturadas sem nenhum critério. Foi com essabanda podre que a subsidiária brasileira deuma das maiores fabricantes mundiais decomponentes para sistemas de freio de cami-nhões e ônibus, a WABCO, se viu envolvidaem julho de 1999. A empresa começou areceber uma série de queixas de seus distri-buidores e consumidores sobre seus jogos dereparo para freios. Por meio de investiga-ções, a empresa descobriu que caíra na ma-lha da pirataria e que sua marca, utilizada in-devidamente, entrara como contribuinte deum triste índice – dos acidentes automobilís-ticos com vítimas no país, cerca de 30% sãocausados por sistemas de freio falsificados,

Selos de segurança ajudam produtora de autopeças a combater falsificação

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Um freio na pirataria

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AÇÃO

diz o Sindipeças. As saída para o problema foi encontrada

por meio de um investimento em embala-gem: o uso de um sofisticado selo de segu-rança da 3M nas cartelas dos jogos de repa-ro. “Erradicamos totalmente a pirataria des-ses produtos”, diz Reynaldo Contreira, dire-tor de vendas da WABCO Freios Brasil.Agora, para ampliar sua segurança – e a dosconsumidores finais também –, a empresaestá expandindo a presença do selo da 3Mpara as embalagens de seus conjuntos defreios e válvulas.

Duas imagensA solução consiste numaetiqueta auto-adesiva que“combina a beleza da ho-lografia com a segurançade imagens ocultas retro-refletivas”, como explica

Eduardo Salles, executivo devendas e marketing da Divisão de Siste-

mas de Autenticidade da 3M do Brasil. Em

EXCLUSIVIDADE – Tecnologia dos selos de segurança comholografia e imagem retrográfica é segredo industrial da 3M

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outras palavras, o selo recebe a impressão deum holograma com a logomarca da empresausuária e, ao mesmo tempo, também de uni-dades refletoras, que formam uma espécie demarca d’água invisível sob condições nor-mais. Tal imagem, chamada “retrograma”,só é revelada com a aplicação de um feixe deluz especial. Qualquer tentativa de adultera-ção dos selos torna-se evidente, pois afeta agravação em retroflexão, alterando o forma-to da imagem secreta. Uma vez removidos,eles não podem ser reutilizados, pois sãopropositalmente danificados. Os selos pos-suem ainda numeração controlada.

A 3M é detentora exclusiva da tecnologiaenvolvida nos selos, protegida por segredoindustrial. “É uma solução eficaz na lutacontra a pirataria não só do setor de autope-ças, mas de tantos outros que amargam pre-juízos com a concorrência desleal de merca-dorias falsificadas”, classifica Eduardo Sal-les. A satisfação da WABCO é evidente. Atéo fim de 2004, a empresa irá colocar em prá-tica uma terceira fase de adoção dos selos,em componentes ainda não contemplados,informa o gerente de reposição da fabrican-te, Albano Lopes. Os valores dos investi-mentos não são revelados. “Basta dizer quea compensação veio rápido, com o fim dafalsificação e a garantia de segurança aoconsumidor final”, conclui Lopes.

3M(19) 3838-6916www.3m.com.br

Sindipeças(11) 3848-4848www.sindipecas.org.br

DUPLA – Exemplo da 3M mostra, acima, a holo-grafia na etiqueta. Abaixo, a mesma etiqueta, sobluz especial, revela a imagem retrográfica oculta

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mes laminados e rótulos em polipropilenobi-orientado (BOPP), nos quais já atuamosdesde 2002 com a Sol PP”, explica RogérioMani, diretor do Grupo Sol, que no entantoprefere não revelar o valor do negócio.

Localizada em Varginha (MG), a PPPrint fica próxima a uma fábrica de filmesde BOPP da Polo, sua antiga controladora.Com a política firmada nos últimos anos depriorizar a produção de filmes, a Polo deci-diu sair do negócio de conversão.

A compra da PP Print, detalha a Sol, éuma antecipação do programa de investi-mentos que estavam previstos para 2005. Nasua planta paulista não haveria espaço parasuportar a estratégia de crescimento em rótu-los planejada pela empresa. Hoje, os rótulose laminados respondem por quase 30% dofaturamento da Sol, índice que deverá saltarpara 50% com a incorporação da PP Print. Jápara o próximo ano, assinala Mani, a inten-ção é que essa taxa sofra um incremento de15% a 20%.

Projeto de realocaçãoNa planta da PP Print estão alocadas umaimpressora rotográfica de oito cores e duasflexográficas, uma de quatro e outra de seiscores. A empresa tem capacidade para pro-duzir cerca de 250 toneladas mensais de ró-tulos, sendo que pouco mais da metade des-se volume destina-se à indústria de bebidas,especialmente a franqueados da Coca-Cola.

De acordo com o Grupo Sol, a tendênciaé que no futuro as operações de rótulos se-jam totalmente alocadas na unidade recém-adquirida. Barueri ficaria encarregada so-mente da produção dos filmes consumidospela empresa. Por ora, a planta mineira con-tinuará a operar sob o nome PP Print. “Lá,buscaremos intensificar a participação juntoa clientes atuais de rótulos e ampliar a pro-dução de filmes laminados voltados para osegmento alimentício”, informa o executivoda Sol PP.

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ojões espocaram em setembro nasede do Grupo Sol, em Barueri(SP). Motivo: o fechamento dacompra da PP Print, tradicional

fabricante mineira de rótulos plásticos. Coma aquisição, a Sol PP, braço do Grupo dedi-cada à conversão de rótulos, passa a contarcom capacidade instalada de cerca de 500toneladas mensais em rótulos e laminados.“O objetivo é dar continuidade ao cresci-mento na participação dos mercados de fil-

De olho na alta do consumo dos rótulos de BOPP, Sol adquire a PP Print

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Maior iBOPPe

Sol PP(11) 4441-6800www.solpp.com.br

NO BOLSO – Engarrafadoresde Coca-Cola são alguns dosprincipais clientes que a Solconquista através da PP Print

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Polo(11) 3706-8201www.poloind.com.br

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No último dia 28 de outubro, em SãoPaulo, ocorreu o 1º Workshop deShrink Label, organizado pela conver-tedora argentina Zanniello, pela STM,fabricante brasileira de aplicadoras derótulos e de túneis de calor, e pelaKlöckner-Pentaplast, multinacional for-necedora de filmes plásticos.A iniciativa reflete a parceria das trêsempresas no intuito de fortalecer aparticipação dos rótulos termoencolhí-veis no mercado sul americano, eteve o intuito de passar a designers eusuários de embalagens informaçõestécnicas sobre esse sistema de rotula-gem, mostrando os cuidados básicosque devem ser tomados no desenvol-vimento de projetos, como a escolhado filme adequado para cada fim e anecessidade de distor-ção da arte final paraum bom resultadoapós o encolhimento.Além disso, foramapresentados exem-plos de produtos queutilizam esse tipo derótulo, como forma

de mostrar o seu potencial de comuni-cação nas gôndolas.O evento, acompanhado com exclusi-vidade por EMBALAGEMMARCA, é ape-nas mais um indício de que a presen-ça dos rótulos termoencolhíveis devecrescer no Brasil nos próximos anos.Além da forte investida que a Zanniel-lo vem fazendo sobre as empresasque tradicionalmente atendem essemercado no país (a empresa já estáfornecendo para a Danone do Brasil,e diz ter outros projetos grandes enca-minhados), há rumores de que pelomenos um grande convertedor localde rótulos auto-adesivos iniciará, em

breve, uma operação com ter-moencolhíveis.

www.zanniello.com.br + 54 (0) 2322-466220www.stmachine.com.br

(11) 6191-6344www.kpafilms.com

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Termoencolhíveis em expansão

A Markem, fornecedora de siste-mas de codificação, ampliou a sualinha Cimjet de impressoras e apli-

Em evento agendado para dia 17de novembro, a RR Etiquetas re-cebe o Prêmio Automação EANBrasil, na categoria suprimentos. Aempresa é premiada pelo sextoano consecutivo.

Markem amplia família Cimjetcadoras de etiquetas ao lançar,nos Estados Unidos, o novo mode-lo Cimjet 200. O novo equipamentoé indicado para quem não necessi-ta de todas as funcionalidades dosdemais integrantes da família.A Cimjet 200 imprime códigos debarra, grafismos e dados variáveis,e está preparada para aplicar atétrinta etiquetas por minuto em cai-xas e embalagens múltiplas agru-padas com filmes termoencolhí-veis. Uma vantagem desse produ-to é a capacidade de armazena-mento de informações, o que dis-pensa o uso de um computador nochão de fábrica.www.markem.us/cimjet200 No Brasil: 0800-132020(11) 5641-8949

Prêmio AutomaçãoEAN 2004 para RR

Os organizadores da LabelExpo, amais importante feira ligada à cadeiade rotulagem, que tem edições nosEstados Unidos, na Europa e naÁsia, estão de olho no mercado lati-no-americano.Vão organizar no Brasil a próximaedição do Latin American LabelSummit, congresso dirigido a con-vertedores da região. O evento ocor-rerá nos dias 17 e 18 de maio de2005, em São Paulo.www.labelsummit.com

Latin American LabelSummit no Brasil

No dia 23 de novembro, os profis-sionais ligados à cadeia de rótulosauto-adesivos têm a oportunidadede se aprofundar em questões querelacionam a sua indústria com ade bebidas. Nesse dia ocorre o 4ºFórum de Rótulos e EtiquetasAuto-Adesivas – Label’05, no No-votel Center Norte, em São Paulo.Com estudos de casos internacio-nais e nacionais, a idéia do eventoé trazer a convertedores de rótu-los e usuários finais informações eexperiências que possam orientara indústria do auto-adesivo a apro-veitar as grandes oportunidadesexistentes no mercado de bebidas.www.sala21.com.br (11) 3032-6329

Label�05 põe o focono setor de bebidas

NO BRASIL – A Zanniello,empresa argentina, já temgrandes clientes por aqui

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feira >>> K 2004

eixados de lado o ufanismo e o otimis-mo ingênuo, quem teve oportunidadede circular pelos dezoito pavilhões daFeira Internacional do Plástico e da

Borracha – K 2004, o grande evento mundial dosetor, realizado entre 20 e 27 de outubro último emDüsseldorf, na Alemanha, pôde constatar que acadeia do plástico no Brasil oferece boas razõespara alimentar prognósticos positivos. Bastarialembrar que durante aqueles oito dias mais de3 000 profissionais e empresários do setor originá-rios do Brasil visitaram o evento, para pôr-se a pardos mais recentes desenvolvimentos e inovaçõesregistrados no mundo em termos de tecnologia,matérias-primas, processos, equipamentos eserviços relacionados à área.

Pelo depoimento de vários deles, ouvidos porEMBALAGEMMARCA, na média a cadeia brasileirado plástico se nivela ao que há de mais avançadoem países de ponta. Para reforçar o otimismo há ofato de que, apesar da pressão de preços sobre afonte que nutre toda a cadeia – isto é, a indústria dopetróleo –, o mercado é comprador. As projeçõesindicam que a demanda se manterá em marcha ba-tida pelo menos até 2007 e, segundo previsões di-

Empresas brasileiras marcam boa presença na feira mundial do plásticoPor Wilson Palhares, de Düsseldorf

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Inovação e negócios

versas, o consumo global de produtos plásticos, quesomou 221 milhões de toneladas em 2003, deveráchegar a 250 milhões de toneladas em 2010.

Diferentes prognósticos apontam também pararelativa segurança nesse campo para o Brasil, queestá prestes a atingir a auto-suficiência no abasteci-mento. No entanto, uma solução que certamentenão pode ser encontrada no evento é a da questãodos preços do insumo, que afeta negativamentetodos os segmentos utilizadores de seus derivadoscomo matéria-prima, caso das embalagens plásticasrígidas e flexíveis (ver entrevista na página 50).Para amenizar o quadro, os sinais são de que ospreços do petróleo estão entrando em queda.

As exportações são vistas como saída para acrise de rentabilidade que atinge aqueles dois seg-mentos, e isso explica em parte a presença demarcas brasileiras no evento que a cada três anosserve de barômetro, bússola e radar dos rumos dacadeia do plástico no mundo. Este ano, em sua 18ªedição, a K acolheu, em 151 126 metros quadra-dos de área, 2 921 empresas expositoras (51% defora da Alemanha). Delas, excluídas associaçõesindustriais, publicações e multinacionais comsubsidiárias no Brasil, doze eram brasileiras.

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Das sintéticas entrevistas com represen-tantes desses expositores apresentadas logoadiante emana um sentimento de otimismoque, de resto, era tangível entre os participan-tes da feira em geral. Na verdade, todos disse-ram ter detectado entre os visitantes de seusestandes a disposição de investir, a qual se tra-duziu não só em intenções de fazer negócios,mas em vendas fechadas ainda no período deexposição. Unânime também nesses depoimen-

tos é a convicção de que, seja para exportar, sejapara atuar no mercado interno, é cada vez maisfundamental estar em sintonia com os avanços datecnologia e em contato com o mundo empresarialem termos globais.

Instrumentos adequadosPara isso, na medida em que oferecem uma visãoabrangente das inovações e da possibilidade derealizar negócios, os eventos internacionais sãoapontados como instrumentos muito adequados(não por menos o lema da K 2004 foi “Visão –Inovação – Negócios”). No caso específico da K,lembrou Werner Mathias Dornscheidt, presidentee CEO da empresa organizadora do evento, a Mes-se Düsseldorf GmbH, a composição da feira refle-te exatamente o que aconteceu no mundo nos últi-mos três anos. “Nesse período, ocorreram impor-tantes reestruturações e mudanças regionais, cujosefeitos agora se tornam visíveis”, ele disse. “Daedição anterior da feira, em 2001, para esta, o nú-mero de expositores estrangeiros cresceu em maisde 100, para 1 831, enquanto o de exibidores ale-mães caiu de 1 162 para 1 090.” Sem surpresa, omaior crescimento foi de asiáticos – de 255 para373. São números que, por si sós, dimensionam otamanho da concorrência em nível global e deonde ela virá com mais força.

No entanto, como lembraram alguns entrevis-tados, essas oportunidades não devem induzir aocomodismo de aguardar a realização de eventosinternacionais para atualizar-se. Igualmente indis-pensável é utilizar a internet e os veículos de co-municação especializados. Num mundo em que,por força da competição em velocidade eletrônica,as inovações são incorporadas imediatamente àsmatérias-primas, aos processos, aos equipamentose aos serviços, o caminho para a sobrevivênciapode ser sintetizado em duas necessidades: estarinformado e, na medida que o capital permite,equipado com o que houver de mais avançado. É,em síntese, o que se pode depreender dos exem-plos e depoimentos a seguir.

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Para café e granuladosMais um material concorrente para o vidro (e para a lata deaço), este na área de alimentos. Em seu estande na K 2004, aPolibrasil Resinas S/A apresentou um desenvolvimento do ma-terial plástico que está em grande foco no momento, o polipro-pileno (PP), produzido pelo processo ISBM (Injection StretchBlow Molding). No caso, trata-se de um PP monocamada, po-rém com bi-orientação que dá ao material alto brilho, barreira etransparência maiores do que os propiciados pelo polipropilenoconvencional.Direcionado ao mercado de café solúvel e a produtos granula-dos em geral, o material foi apresentado na feira já na formade produto acabado, isto é, de pote com o produto, selado,tampado e rotulado. O desenvolvimento foi feito pela Polibrasilem conjunto com a Miliken (aditivo), a Aoki (equipamento), a Po-lipet (transformação) e a Geraldisco (lacre selante). O nome dofornecedor de café não foi revelado, pois seria uma empresaque vai adotar o pote para sua marca. Maurício B. Lucena, daárea de serviços técnicos da Polibrasil, afirma que o shelf-lifedo pote para café solúvel já está comprovado, mas ainda nãofoi possível testar o limite, já que o material foi desenvolvido hámuito pouco tempo. Segundo ele, a receptividade ao lançamen-to foi muito boa na feira.“Tradicionalmente a Polibrasil participa da K como expositora,por ser o evento mais importante do setor em nível mundial,atendendo aos objetivos de relacionamento com clientes e de re-forço de imagem da empresa”, diz Lucena. A presença da mar-ca brasileira em Düsseldorf é explicada por ele por duas razõesbásicas. A primeira é que, “estando presentes no grande pontode inovação, referência mundial em tudo que se relaciona a plás-ticos, conseguimos fazer as novidades apresentadas em todosos segmentos chegarem a diferentes unidades da empresa e,daí, aos clientes”. Em segundo, a Polibrasil participa tambémpara colocar-se como ponto de apoio aos clientes presentes nafeira. “É uma excelente oportunidade para estabelecer contatose trocar idéias com profissionais do mundo inteiro”, considera oexecutivo da Polibrasil. “É nesses contatos que se identificamtendências e oportunidades.” Polibrasil: (11) 3345-5960 • www.polibrasil.com.br

Venda no primeiro diaDado o fato de sua participação na K terintroduzido a Rulli Standard Indústria eComércio de Máquinas, de Guarulhos(SP), nos mercados europeu, norte-ame-ricano e asiático, quinze anos atrás, aempresa nunca mais deixou de participardo evento, sendo esta a quinta oportuni-dade. Desta vez, apresentou em seu es-tande uma co-extrusora COEX-3, de trêscamadas, com capacidade de produçãode 450 quilos de filme por hora. Graçasà colocação de um anel de ar automáti-co, o equipamento, que propiciava umavariação de espessura próxima a 5% nosfilmes, reduziu esse índice à metade, istoé, a 2,5%. “Trata-se de um importanteavanço tecnológico e um expressivo atri-buto competitivo”, argumenta Luís Car-los Rulli, diretor comercial da empresa.“Poucas máquinas européias, mesmoalemãs, oferecem desempenho seme-lhante ao da COEX-3”, ele afirma. A má-quina é equipada com uma bobinadeiraGAP de última geração, que permite em-bobinamento sem contato do filme com otambor central. Uma das vedetes do pa-vilhão 17 da Messe Düsseldorf, a máqui-na foi vendida no primeiro dia da feira, deonde seguiria para o Canadá.Rulli Standard

(11) 6486-0006 • www.rullistandard.com.br

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Ganho de produtividadeCom forte atuação em exportações, a marca Ciolade equipamentos para a produção de filmes de poli-propileno verticais e planos esteve presente pelaquinta vez consecutiva na K, em Düsseldorf. “Nossasparticipações nesta que é a maior feira mundial dosetor de plásticos trouxeram, invariavelmente, bonsresultados, embora nem sempre imediatos”, relataAldo Ciola Filho, diretor da AC Mack Indústria e Co-mércio, fabricante das máquinas. Em seu amplo es-tande montado em Düsseldorf, a empresa apresen-tou em operação uma novíssima Mega 1000 Advan-ced (foto), que produz filmes de polipropileno de600mm a 1000mm de largura. Em relação ao mo-delo anterior, a máquina apresenta significativo ga-nho de produtividade: tem capacidade de produçãode 90 quilos por hora, contra 70kg/h antes. A qua-lidade do filme produzido na Mega 1000 Advancedtambém melhorou, já que seu índice de tolerância avariação foi reduzido a aproximadamente 8%.Na feira de Düsseldorf, a Ciola apresentou também– não fisicamente, mas por meio de catálogos e fo-lhetos – sua máquina plana (para cast film) Horizon,nos modelos 1000, 1200 e 1500. Segundo a em-presa, “por ser um equipamento compacto o Cast-Film Horizon é simples de ser operado, ocupandopouco espaço se comparado aos equipamentos simi-lares e, em razão da disposição de seus componen-tes, é de fácil manutenção”. A capacidade de produ-ção dos diferentes modelos, de filmes com larguravariável de 1 000mm a 1 500mm, vai de 150kg/ha 400 kg/h.Acreditando na possibilidade de fechar negócios ain-da na feira, Aldo Ciola Filho lembrou que “os índicesde visitação da K são muito altos, e o melhor é quesão visitas qualificadas”. Em sua opinião, “quantomaior a participação de empresas brasileiras em fei-ras especializadas melhor”, pois isso mostra a forçado país em diferentes segmentos. “É importante lem-brar que o Brasil ocupa o sexto lugar no ranking defabricantes mundiais de máquinas para processa-mento de plástico.”AC MACK (Ciola): (11) 4591-1245 • www.ciola.com.br

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Ao final de sua primeira participação na K,em 2001, a Wutzl Sistemas de Impressãolocalizada em Guarulhos, próximo a SãoPaulo, fez um balanço dos resultados doevento que surpreenderam seus executi-vos e os levaram a retornar este ano. Se-gundo o engenheiro Robert Wutzl, sóciodiretor da empresa, a expectativa naquelaocasião era estabelecer contatos visandoa exportar para países em que as exigên-cias de tecnologia fossem menos rígidasdo que em países de economia mais de-senvolvida. “Pensávamos em Iraque, Rús-sia, Turquia”, ele conta. “Para nossa sur-presa, fruto daquela participação, hoje ex-portamos para a Holanda, para os Esta-dos Unidos, para a Austrália e, claro, paraaqueles países também”, ele conta.Dona de um portfólio com aproximada-mente oitenta modelos de máquinas deheat-transfer, hot-stamping e tampogra-fia, a Wutzl está presente no mercadobrasileiro há mais de trinta anos, comfoco em sistemas de impressão e decora-ção. Entre outras aplicações, esses siste-

mas abrangem embalagens de cosméticose tampas plásticas em geral. Em sua se-gunda participação no evento a empresateve por objetivo principal encontrar re-presentantes no exterior, a fim de ampliara participação das exportações no fatura-mento, hoje em torno de 10%. “Estamosfazendo uma seleção muito rigorosa, poisjá perdemos máquinas vendidas para ou-tros países”, conta Robert Wutzl. Ele res-salta que o Brasil está bem situado emnível internacional no que se refere a tec-nologia, destacando que, no caso específi-co de sua empresa, é primeira no país noramo de equipamentos de tampografiacom certificação ISO 9001 e, “pela segun-da vez, o único fabricante com essa condi-ção presente na K”.No estande da Wutzl em Düsseldorf esta-va presente também sua coligada Rodec,fornecedora de produtos para impressãoutilizados naqueles sistemas.Wutzl/Rodec

(11) 6475-4243 • www.wutzl.com.br

(11) 6468-9077 • www.wutzl.com.br/rodec

Wutzl, tecnologia para o Primeiro Mundo

Ipiranga faz três lançamentos mundiais de PEADBeneficiada como outras fornece-doras pelo mercado demandante,pela segunda vez consecutiva a Ipi-ranga Petroquímica participou daK, onde fez três lançamentos mun-diais de polietileno de alta densida-de para sopro: GD 5160, GD 5250e GV 0350.A primeira, um homopolímero, foidesenvolvida para a fabricação derecipientes de pequeno volume, emprocesso injeção-sopro. Na área deembalagem, é indicada para tampasinjetadas, bisnagas, bocais de cre-me dental, frascos para sucos,bebidas lácteas e recipientes deuso geral com capacidade de até2 litros. A empresa destaca,entre suas características, a boaresistência a empilhamento e aimpacto, além de elevada produti-vidade. A GF 5250 é um copolíme-

ro direcionado ao segmento de so-pro para embalagens de detergen-tes, tensoativos e cosméticos, alémde bombonas para produtos quími-cos e agroquímicos. Característicasdestacadas: excelente resistênciaao impacto, boa rigidez e resistên-cia ao tensofissuramento. Já o GD03250 apresenta alta massa mo-lar. Esse copolímero, que segundo ofabricante oferece excelente resis-tência química e alta resistência aoimpacto, foi desenvolvido para o

segmento de alto volume, comobombonas e tambores de 100 a240 litros e tambores elanenadosde 200 litros.Na participação anterior da Ipiran-ga na K, em 2001, “o objetivo foimostrar ao mundo a empresa, queera praticamente desconhecida”,segundo relata Jayme LuccheseMoura, gerente de desenvolvimentoe especialidades. “Em nossa avalia-ção, o resultado foi muito além dasexpectativas”, ele conta. Já no iní-

cio da atual edição da feira, “osresultados do investimento ante-rior puderam ser sentidos, comvisitas em grande quantidade – ede ótima qualidade, além da ex-celente receptividade aos trêslançamentos”.Ipiranga:

(51) 3216-4449 • www.ipq.com.br

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Alto brilho da BraskemNos dois estandes que montou na K, com um totalde 510m2 de área, a Braskem introduziu no merca-do internacional importante inovação, que permite ouso do polipropileno (PP) na produção de garrafas dealto brilho e transparência pelo processo ISBM (In-jection Stretch Blow Molding). Essa nova aplicaçãodo PP é voltada sobretudo para bebidas não gaseifi-cadas, como sucos, isotônicos, água mineral e chás,além de produtos de higiene pessoal e limpeza, comodetergentes e xampus. A tecnologia consumiu maisde um ano de pesquisas, tendo sido desenvolvida emparceria da Braskem com a Packpet (transforma-dor), a Sidel (equipamentos de sopro) e a Milliken,que entrou com o aditivo clarificante ao qual se devea melhora do desempenho da resina, isto é seu altobrilho e sua transparência.“Esse lançamento é resultado de uma estratégiaadotada pela empresa de oferecer aos clientes no-vas alternativas tecnológicas e soluções diferencia-das de acordo com as suas necessidades”, disse Luizde Mendonça, vice-presidente responsável pela Uni-dade de Poliolefinas da Braskem. Já o responsávelpelos negócios de polipropileno da empresa, Luís Fel-li, afirmou que “todos os avanços alcançados ao lon-go desse desenvolvimento indicam que a a embala-gem de PP ISBM é muito competitiva em função de

sua combinação única de propriedades”. Agarrafa feita com a nova resina é mais re-sistente que o PP convencional, suporta

empilhamento de até 2 metros (três vezesmais que o outro) e é, segundo a Braskem,10% mais barata que uma de mesma ca-pacidade de conteúdo produzida em vidro,material com o qual concorrerá direta-mente num primeiro momento. O embateseguinte deverá ser com as cartonadasassépticas, campo em que a vantagem depreço seria ainda maior.A receptividade do produto na feira inter-nacional do plástico foi extraordinária, se-gundo Edison Terra Filho, diretor de marke-ting corporativo poliolefinas da Braskem.Num dos dois estandes sempre lotados daempresa na Messe Düsseldorf, ele citou queessa receptividade foi “compatível com o am-biente contagiante da feira”. A propósito, re-

gistrou ser “impressionante a maneira como aindústria de transformação do plástico se inseriu emarcou presença para investir em competitividade epara manter o parque brasileiro em nível mundial”.Braskem: (11) 3443-9061 • www.braskem.com.brMilliken: (11) 3043-7944 • www.milliken.comPackpet: (11) 4198-7750Sidel: (11) 3783-8800 • www.sidel.com.br

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A Inbra não perde a chance de atualizar-se – e de venderTendo nas exportações a importan-te parcela de 15% de seu fatura-mento, a Inbra Indústrias QuímicasLtda., de São Paulo, participa comoexpositora da K há sete edições,mais de vinte anos. Seu principalproduto oferecido ao mercado ex-terno é óleo de soja epoxidado, umco-plastificante, ou plastificante se-cundário para PVC. A empresa em-barca para o exterior, em média,

500 toneladas/mês, das quais cer-ca da metade vai para países da Eu-ropa, e o restante, para os EstadosUnidos, a Ásia e os parceiros doBrasil no Mercosul.Na K, além desse produto a Inbraapresentou os estabilizantes paraPVC Plastabil e Markstab e o ace-lerador Plastabil. O objetivo princi-pal da empresa na feira alemã foiampliar e acelerar as vendas, se-

gundo Eber Luchinio de Souza,vendedor técnico. “Além dessapossibilidade”, diz Eber, “é umaenorme oportunidade que se apre-senta a cada três anos de atualiza-ção em novas tecnologias, idéias etendências.”Inbra:

(16) 3987-9048

www.inbra.com.br

www.biocycle.com.br

Um polímero amigo do ambiente

Expor a marca e agregar para a empresaa imagem de corporação de porte mundial.Esse foi o principal objetivo da Policarbona-tos do Brasil S/A ao participar, pela quin-ta vez consecutiva, da K. “Registramos re-sultados logo no início da feira”, afirmaFrancisco M. Catalan, diretor superinten-dente da empresa, que exporta 50% desua produção. Apesar desse expressivo ín-dice, e de ser a única produtora de resinasde policarbonato da América Latina, a pro-dução da Policarbonatos representa ape-nas 1% do total mundial. Ainda assim, di-vide mercado com os grandes fabricantesmundiais, que são a GE e a Bayer, com osasiáticos e com a norte-americana Dow.“Hoje, graças à rede de distribuição quemontamos ao longo destes anos, dirigi-mos para países da Europa 80% de nos-sa produção”, conta Catalan. Para ele, “aK é a maior feira mundial do setor, quepara a área de plásticos não tem nadaigual; quem puder não deve deixar de es-tar presente”.Policarbonatos do Brasil:

(71) 634-9900/9950

www.policarbonatos.com.br

Policarbonatosinveste em imagem A PHB Industrial S/A, de Serrana (SP), apresentou em seu estan-

de na Messe Düsseldorf o Biocycle, matéria-prima para a substi-tuição de plásticos obtida a partir da cana-de-açúcar. Com a siglaPHB, de polihidroxibutirato, o Biocycle foi desenvolvido a partir de1992 numa parceria do Centro de Tecnologia da Coopersucar como IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Pau-lo. É produzido numa joint-venture de duas empre-sas familiares atuantes no setor sucro-alcooleiro,a Irmãos Biagi, de Serrana, e o Grupo Bal-bo, com duas usinas em Sertãozinho, tam-bém em São Paulo. Suas principais aplica-ções ocorrem na produção de plásticos de uso rá-pido, como embalagens descartáveis.O Biocycle nasce por efeito da fotossíntese da cana-de-açúcar, sintetizada a partir da transformação dogás carbônico, disponível na atmosfera, da água no solo, da energiasolar e de insumos agrícolas. Depois de industrializada, a cana-de-açúcar se transforma em sacarose e fibra. A sacarose, por sua vez,é transformada em um biopolímero, o PHB. Vale dizer que é um po-límero natural obtido com uso apenas de insumos naturais. Em con-tato com um ambiente biologicamente ativo, isto é, onde ocorre pre-sença de bactérias e fungos, associado à temperatura e à umidade,é transformado novamente em gás carbônico. Daí o nome, que sig-nifica ciclo de vida e que tem extraordinário apelo em mercados for-mados por consumidores de forte consciência ambiental.Sylvio Ortega Filho, coordenador geral do projeto, destaca três de-les: a Europa Ocidental, devido à crescente movimentação em tor-no de temas ecológicos; os Estados Unidos, pela preocupação coma redução do consumo de petróleo; e o Japão, onde a falta de es-paço e o esforço para a redução do volume de lixo são cruciais. Noestande da PHB Industrial na K o movimento de interessados eraintenso. “Trata-se de uma feira organizada, à qual as pessoas vêmde forma organizada”, ressalta Ortega. “Em nosso caso”, ele con-ta, “Uma parte expressiva dos visitantes veio programada para vi-sitar o estande. São visitas tanto de pesquisadores quanto de inte-ressados no produto, profissionais de empresas globais, de fatura-mentos enormes.” Biocycle: (16) 3987-9000 • www.biocycle.com.br D

IVU

LGAÇÃO

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Carnevalli, um doscentros de atençãoPela oitava vez presente como exposito-ra na K, desta vez num estande de354m2, a Carnevalli levou a Düsseldorfuma equipe de oito pessoas para apre-sentar sua linha de equipamentos de so-pro. Na feira, lançou a Polaris COEX 7PA 1200, uma co-extrusora de sete ca-madas, com multibarreira para oxigênio.Destinada a embalagens para gênerosalimentícios, a máquina permite extensacombinação de filmes, como polietileno(PE), poliamidas (PA) e EVOH, além dosadesivos. Segundo Wilson Miguel Carne-valli, diretor da empresa, “muito versá-til, esse é um equipamento de alta tec-nologia, tanto que é o único na feira comcapacidade para sete camadas, enquan-to as concorrentes são de cinco”. Defato, era um dos centros de atenções nopavilhão 16 do evento.Na opinião de Carnevalli, “estar presen-te na K é obrigatório, pois reforça muitoa imagem da empresa”. Para ele, asduas feiras mais importantes do setorsão a K, em nível internacional, e a Bra-silplast, em âmbito regional. Ele conside-ra também que as empresas brasileirasdeveriam ter presença maior em even-tos internacionais, embora reconheçaque “falar é fácil”, ante o elevado custoe as dificuldades. Dentre estas destacoua falta de apoio oficial e a excessiva bu-rocracia.Carnevalli

(11) 6413-3811 • www.carnevalli.com

Masterbatch para efeito perolizadoLíder do mercado brasileiro deconcentrados de cor e aditivos,a Cromex apresentou na K2004, com forte repercussão,o masterbatch de CaCO3 e/ouTi02, que produz efeito peroli-zado nas embalagens de poli-propileno bi-orientado (BOPP).Tal efeito é obtido por meio detecnologia de aditivação deuma carga inorgânica com ca-racterísticas especiais somadaà bi-orientação do BOPP. Parademonstrar o produto, a Cro-mex levou a seu estande de105m2 em Düsseldorf dez pro-fissionais da empresa.A presença da Cromex na feiraalemã atende à estratégia de,sendo uma empesa regionalcom forte presença na Améri-ca Latina, projetar-se global-mente. Além de atender todosos países do continente, a em-presa está presente na Euro-pa, no Oriente Médio, na Ásiae na África. As exportaçõesrespondem hoje por aproxima-damente 20% da produção, de7 000 toneladas/mês.“A K é o evento mundial maisimportante da área de plásti-

cos, por isso a Cromex nãopoderia ficar de fora”, disseEdgard Perez Jr., gerente co-mercial da empresa. Aliás, aparticipação da Cromex nafeira se dá sem interrupçãodesde a edição de 1989, sen-do esta, portanto, a sétimavez. “Sempre obtivemos bomretorno em todos as vezesque expusemos e, como emtodas elas, recebemos esteano visitas e consultas deprofissionais de empresas devários países, com boas pers-pectivas de fechar negócios”,relata o executivo.Cromex

(11) 3856-1000

www.cromex.com.br

Fala o setor “Desde 1970 participo detodas as edições da K,por ser a mais importan-te feira internacional paraa indústria do plástico eda borracha. A feira apresen-ta tecnologia de ponta, bemcomo os mais recentes pro-cessos e desenvolvimentos deprodutos derivados de políme-ros. Na condição de presiden-te da Abiplast e da Aliplast,sempre encorajei a presençaem larga escala de empresasbrasileiras em feiras desta

magnitude, especialmenteporque sua importância ultra-passa a mera realização denegócios.”Merheg Cachum, presidenteda Abiplast – Associação Bra-sileira da Indústria do Plásticoe da Aliplast – Associação La-tino-americana da Indústriado Plástico

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“As vendas cresceram, e osproblemas de caixa também”

entrevista >>> Rogério Mani

ice-presidente da Associação Brasileira da In-dústria de Embalagens Plásticas Flexíveis –Abief, Rogério Mani esteve à frente da comi-tiva de setenta profissionais ligados à entidadeque visitaram, em outubro último, a Feira In-

ternacional do Plástico e da Borracha – K 2004. Além de suasimpressões sobre o evento alemão, considerado um dos prin-cipais pontos de encontro mundiais dos fornecedores de so-luções para a cadeia de embalagens, Mani comenta nesta en-trevista o atual cenário do mercado de embalagens flexíveis.Impossível, portanto, que o executivo não se ativesse aos su-cessivos aumentos das matérias-primas derivadas do petró-leo, que somaram 60% nos últimos nove meses, e ao proces-so de achatamento das margens de ganho que aflige o seg-mento representado pela Abief. A seguir, Mani, também di-retor do Grupo Sol, descreve os reflexos da alta dos insumosnos índices brasileiros de consumo de embalagens flexíveis,e ainda fala sobre os mecanismos e ações de que o Brasildispõe para diminuir o ritmo dos aumentos das matérias-pri-mas derivadas do petróleo.

Se for possível sintetizar, quais as principais tendências queo senhor observou na feira K, no que se refere a embalagense, mais especificamente, a embalagens flexíveis?Não restam dúvidas de que duas vertentes deverão ser segui-das pelas embalagens plásticas em geral: cor e forma. A pro-fusão de novos pigmentos que foram apresentados na ediçãodeste ano da feira nos faz crer que a embalagem realmentevirou um item de moda, acompanhando de perto as tendên-cias para as várias estações. Em termos de forma, os shapesexclusivos e diferenciados tornam-se elementos de diferen-ciação no ponto-de-venda. Especificamente no caso dasembalagens plásticas flexíveis, a bola da vez são os sistemas

de automatização que contribuem para flexibilizar a produ-ção e aumentá-la. Mas, infelizmente muitos deles ainda nãosão acessíveis às indústrias do setor por questões de custo.

Quais as inovações mais significativas?Não diria que existe uma inovação mais significativa, masque os detalhes incorporados nas máquinas e equipamentosfazem a diferença. A inclusão dos robôs nas linhas de produ-ção foi sem dúvida um item que também chamou muito aatenção de quem teve a oportunidade de visitar a K neste ano.

O senhor acredita que os avanços tecnológicos incorporadosaos equipamentos, na medida em que aumentam a produtivi-dade da indústria convertedora, poderão contribuir paracontrabalançar as perdas causadas ao setor pelo aumentodos preços das matérias-primas derivadas do petróleo?De certa forma sim, mas o problema é a indústria converte-dora conseguir investir nesses avanços tecnológicos. Valelembrar que o setor de transformação de embalagens flexí-veis é composto por cerca de 700 empresas, a maioria delasde pequeno e médio porte. Muitas, portanto, acabam espre-midas entre os fornecedores de resina, que impõem aumen-tos, e seus cliente diretos, que não aceitam qualquer repasse.Essas empresas já estão fazendo um grande esforço para au-mentar a captação de capital de giro, a fim de fazer frenteaos seus compromissos. Mas, infelizmente, investir em mo-dernização tornou-se algo impensável no momento.

A ABIEF levou uma comitiva de aproximadamente setentapessoas à K. A presença de brasileiros ligados à ABIEF nafeira foi maior do que em anos anteriores? Apesar da retração financeira da maioria das empresas, apresença dos associados da ABIEF na K foi mais significa-

Rogério Mani, vice-presidente da Abief, comenta a

feira alemã K e as possibilidades de o setor de

embalagens flexíveis contrabalançar o aumento de

preço das matérias-primas derivadas do petróleo

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tiva do que em anos anteriores. Embora descapitalizados, osempresários brasileiros sabem quanto é importante manter-se atualizado tecnologicamente, antecipando-se às váriastendências do mercado internacional. Especialmente porquemuitos deles já vêm a exportação como uma saída bem viá-vel para a crise no mercado doméstico.

No total, foram à K mais de 3 000brasileiros. Como pode ser inter-pretada essa presença? Como disse anteriormente, o em-presário brasileiro está suficiente-mente maduro para reconhecer aimportância de fazer parte de um ce-nário internacional e respirar as no-vidades tecnológicas e mercadoló-gicas. E isso não é de agora. Ano aano a presença brasileira em even-tos como a K, a PackExpo e a Inter-pack aumentam. Só tivemos umaqueda de participação nos eventosrealizados logo após o 11 de setem-bro. E repito: essa participação in-ternacional só tende a se fortalecer,uma vez que o empresário quermesmo estreitar sua relação comempresas internacionais que pos-sam ser potenciais clientes oumesmo potenciais parceiros em suasnegociações internacionais.

A atual taxa de ociosidade do setorde embalagens flexíveis, de 10%, revela-se baixa na compa-ração com a da indústria de plásticos em geral (25%). Essasituação se deve a eventuais dificuldades de investimentosprodutivos? Ou estaria ligada ao simples aumento da de-manda por embalagens flexíveis no país?Eu diria que está mais ligada a um aquecimento da deman-da, sentido principalmente neste segundo semestre. Mas issonão significa que o setor está financeiramente saudável.Continuamos amargando aumentos continuados no preço damatéria-prima, sem conseguir repassá-los. Também é neces-sário considerar que os volumes vendidos são cada vezmaiores, mas a rentabilidade tem registrado queda constan-te. Por outro lado, o setor convive ainda com alguns equipa-mentos antigos e com baixa produtividade. Portanto, essesdois fatores somados, aquecimento e baixa produtividade,explicam a menor ociosidade.

Em que medida a alta das matérias-primas, que somou 60%nos últimos nove meses, tem influenciado os índices brasi-leiros de consumo de embalagens flexíveis? Como não conseguimos repassar esses aumentos, o consu-

midor final nem de longe foi afetado por ele. Em outras pa-lavras, aumentamos nossas vendas, pois houve um reaqueci-mento do consumo, mas estamos com sérios problemas decaixa. Todo mês temos que bater na porta de nossos clientes,para negociar um possível aumento – e na maioria das vezesnão somos bem sucedidos. Na velocidade em que esses au-mentos vêm ocorrendo, a situação de boa parte das empre-

sas começa a dar sinais de enfermi-dade. O capital de giro já se foi fazalgum tempo.

Lá fora o processo de alta dos insu-mos tem sido igualmente negativopara o setor de embalagens flexí-veis?Creio que o mercado internacionaltambém está sofrendo com esses au-mentos contínuos, mas de uma for-ma mais equacionada. Até porqueas petroquímicas não saem mês amês impondo novos preços paraseus produtos. A força dos converte-dores não permite tal situação. Nor-malmente, nos mercados externos,trabalha-se através de contratos, ouseja, os preços são pré-determina-dos por 120 a 180 dias, com corre-ções futuras.

Na opinião do senhor, quais os me-canismos e ações de que o Brasildispõe para diminuir o ritmo dos

aumentos das matérias-primas derivadas do petróleo?Na ABIEF acreditamos que o governo poderia ter um papelimportante nessas negociações. Afinal, os aumentos são de-sencadeados pela Petrobras. Por isso mesmo, estamos ten-tando mostrar às autoridades os prejuízos que o setor vemsofrendo, e como eles poderão afetar a atividade industrial ea economia como um todo. Chegamos até a cogitar algumtipo de incentivo governamental que viabilize as importa-ções de resina. Em paralelo, continuamos a promover reu-niões nas quais todos os elos da cadeia possam participar.Acreditamos que esta também é uma forma de mostrar quevai chegar um momento em que não haverá bons clientespara as petroquímicas.

Vem se observando nos últimos tempos a tendência, entre osfornecedores de resinas, de oferecer especialidades, parafugir da comoditização. De que forma isso tem afetado asmargens dos convertedores? As especialidades só ajudam os convertedores, uma vez quepodemos agregar valor às nossas embalagens. O problema éque novamente as petroquímicas estão oferecendo essas es-

“Na velocidade em

que os aumentos das

matérias-primas vêm

ocorrendo, a situação de

boa parte das empresas

do mercado de embalagens

flexíveis começa a dar

sinais de enfermidade.

O capital de giro

já desapareceu há

algum tempo”

entrevista >>> Rogério Mani

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pecialidades a preços pouco competitivos, muitas vezes su-periores aos praticados no mercado internacional. Tal práti-ca inviabiliza qualquer inovação.

Uma área onde se notam grandes avanços é a de filmes pararótulos. A gama de produtos oferecidos pelos laminadores écada vez maior. Seria a mesma tendência de busca por es-pecialidades e agregação de valor? Sem dúvida. Os filmes para rótulostermoencolhíveis ou auto-adesivosgarantem maiores margens de ga-nho. Mas produtos assim só se tor-narão um boom no mercado nacio-nal, a exemplo do que já ocorre noexterior, quando os convertedoressentirem firmeza em investir. Paraisso o setor precisa ter garantias deque o fantasma do aumento contí-nuo de preços deixará de assombrarsuas planilhas de custo.

Recentemente, até por falta de in-formação adequada, a questão am-biental tem colocado a indústria doplástico numa situação complicada.Já surgiram, por exemplo, leis ata-cando o uso de sacolas plásticasnos supermercados. Quais as res-postas da indústria para esse tipode problema?A principal delas é a utilização demateriais de rápida degradação. Al-gumas empresas associadas à ABIEF já estão fazendo umtrabalho muito sério nesse sentido, colocando no mercadoprodutos feitos à base de resinas biodegradáveis, que já re-ceberam o aval de marcas famosas como O Boticário, Gru-po Pão de Açúcar e Natura.

Diversas entidades de classe vêm afirmando que uma maiorparticipação das embalagens na balança comercial brasi-leira é factível. A própria ABIEF decidiu colocar em práti-ca um programa de incentivo às exportações do segmentode embalagens flexíveis. Que resultados a entidade teve atéagora e quais produtos o senhor acredita terem maior po-tencial de vendas internacionais?Embora não possa medir os resultados em números, sabe-mos que o VIPE ABIEF – ferramenta de incentivo às expor-tações, cujo objetivo é criar condições imediatas para a ex-portação de embalagens plásticas flexíveis através da equi-paração do preço das resinas aos níveis internacionais – estátendo impacto muito positivo no caixa das empresas que sepropuseram a exportar. Hoje os produtos brasileiros commaior penetração no mercado internacional são as sacolas

tipo camiseta, as sacolas plásticas convencionais e filmesstretch e shrink. Só não exportamos mais por não termospreços e custos competitivos.

Há notícias de que a China está investindo fortemente paratornar-se em poucos anos o principal país exportador deembalagens flexíveis. Ante a agressividade comercial que se

observa nos chineses em outrasáreas, isso pode vir a ser umaameaça para o setor que a ABIEFrepresenta?Certamente. E aí voltamos ao entra-ve competitivo imposto pelos cons-tantes aumentos no preço da resina.Se estamos com a nossa sobrevivên-cia ameaçada, como podemos terfôlego para exportar? Chegamos aum ponto em que, se não houver umenvolvimento efetivo de toda acadeia petroquímica, não apenasdeixaremos de nos inserir no con-texto internacional, como deixare-mos de existir no mercado domésti-co. Precisamos trabalhar com pre-ços alinhados no mercado interno eexterno. Precisamos, urgentemente,desonerar as exportações.

O Brasil está preparado para en-frentar essa ameaça?Do ponto de vista tecnológico, te-mos todas as condições de competir

em pé de igualdade. Mas talvez não tenhamos estrutura fi-nanceira para tal. O que consigo enxergar no momento éque, se não repassarmos os aumentos acumulados, devemosnos preparar para uma diminuição de estoques e, conseqüen-temente, de redução de produção. São medidas que definiti-vamente inviabilizariam boa parte das nossas estratégias deexportação.

Em mercados mais desenvolvidos e aquecidos que o brasi-leiro, registra-se tendência de crescimento do uso de emba-lagens flexíveis, em substituição às rígidas. Essa tendênciaocorre também no Brasil? Sim. Um bom exemplo é a aparição de embalagens stand-uppouch em mercados que até pouco tempo eram dominadospelas embalagens rígidas. Esperamos que a indústria de fle-xíveis cresça em volume cerca de 10% este ano.

Em que categorias de produtos o senhor diria que a substi-tuição de embalagens rígidas pelas flexíveis é mais acen-tuada?Em alimentos e bebidas de maneira geral, e em alimentos

Do ponto de vista

tecnológico o Brasil está

preparado para enfrentar

a agressividade comercial

de países como a China.

Mas talvez os converte-

dores e demais elos da

cadeia de embalagens

flexíveis não tenham

estrutura financeira para

superar essa ameaça

entrevista >>> Rogério Mani

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prontos e semi-prontos em particular. Bom exemplo são osretortable pouches, e as embalagens flexíveis para bebidasespeciais, como sucos prontos para beber e isotônicos. Sãosegmentos em que o surgimento de novos sistemas de aber-tura/fechamento reforçam a portabilidade da embalagem efacilitam o chamado consumo nômade – em trânsito. Foradesses dois segmentos-chave, também é possível perceberalgum movimento de adoção de no-vos tipos de embalagens flexíveispela indústria de higiene pessoal elimpeza doméstica.

Outra tendência de que se ouve fa-lar muito, esta no campo da produ-ção, seria a de aumento do uso deequipamentos de banda estreita, to-mando mercado de embalagensproduzidas em máquinas de bandalarga. Isso ocorreria devido à ne-cessidade de tiragens menores paraatender a multiplicidade de marcase de submarcas dos produtos, parasuprir segmentos de mercado cadavez mais focados. Tal informação éverdadeira?A especialização e o foco em tira-gens menores, em produtos comalto valor agregado, é sem dúvidauma tendência para a indústria deembalagem como um todo. Todosbuscam diferenciar-se, tornando-semais competitivos, e não há dúvidasde que uma maneira de atingir esses objetivos é investir emextensões de linha. Nesse sentido, os equipamentos de ban-da estreita de fato têm se mostrado uma boa alternativa paraa indústria de embalagens flexíveis, pois permitem o desen-volvimento de pequenas tiragens.

Poucos meses atrás, o senhor disse que poderia haver pro-blemas de suprimento de resinas no mercado interno casoas petroquímicas optassem por aproveitar o cenário de pre-ços altos no mercado internacional e exportar mais do queo excedente. Isso está ocorrendo?Ainda não. Quem está na iminência de ter problemas de es-toque são os convertedores. Os aumentos constantes estãotendo reflexos nos estoques, que poderão estar seriamentecomprometidos em pouco tempo.

O polipropileno bi-orientado (BOPP) se tornou nos últimosanos a “bola da vez” em materiais para embalagens flexí-veis, tendo avançado significativamente em áreas como ró-tulos, embalagens de sabonetes e snacks. Quais as próximasperspectivas de expansão desse material?

O BOPP versão matte é sem dúvida um material novo, queainda tem um longo e promissor caminho a percorrer. Ele foiintroduzido no segmento de snacks e está ganhando adeptosdiariamente. Se existirem inovações, elas devem concentrar-se na redução de espessura dos filmes.

Fala-se muito no potencial nacional para os retortable pou-ches, seguindo uma tendência inter-nacional, o que abriria uma disputadessas embalagens flexíveis com la-tas de aço e de alumínio. Já obser-vamos um lançamento pioneiro des-sa natureza na área de pescados.Qual a sua projeção para essaquestão?Trata-se de uma embalagem que amédio e longo prazo certamenteconquistará uma fatia significativados alimentos prontos para consu-mo. A tecnologia ainda não está apleno vapor no Brasil, talvez porquestões de custo, e pela própria in-certeza da reação do consumidor.Mas quando começar a ser reconhe-cida será uma embalagem de suces-so absoluto, a exemplo do que ocor-re no Japão e em outros paísesdesenvolvidos há tanto tempo.

Produtos tradicionalmente vendidosem cartuchos cartonados têm mi-grado para embalagens flexíveis.

Que mercados o senhor destacaria para demonstrar o inver-so desse movimento, ou seja, o assédio de outros materiais acategorias em que as flexíveis até então eram absolutas?Felizmente não me lembro de nenhum exemplo de caminhocontrário ao flexível. Na verdade, todas as estatísticas refor-çam essa tendência de migração para o flexível, apontando-o como a embalagem que terá o maior crescimento em par-ticipação, tanto por novas aplicações quanto pela substitui-ção de materiais mais tradicionais.

Em termos de sistemas de impressão, fala-se muito no Brasilsobre o avanço da flexografia. Esse movimento de expansãovem de fato ocorrendo? Sem dúvida. A verdade é que a impressão flexográfica evo-luiu tanto que mesmo especialistas encontram dificuldadeem diferenciá-la de uma impressão em rotogravura, porexemplo. Com o aumento do número de cores, esse sistemanão deixa nada a desejar para outras técnicas. Além disso, aflexografia apresenta redução de custos e flexibilidade deprodução. Por tudo isso, é o sistema de impressão que maisse consolidou na indústria de embalagens flexíveis.

Ainda não existe o risco

de haver problemas de

suprimento de resinas

no mercado interno.

Por outro lado, muitos

convertedores estão na

iminência de enfrentar

falta de estoque. É

mais um reflexo dos

contínuos aumentos

das matérias-primas

entrevista >>> Rogério Mani

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reciclagem >>> lubrificantes

undamentado na ação de catadorese cooperativas, e ainda muito ca-rente de iniciativas de coleta sele-tiva, o modelo brasileiro de reci-

clagem enfrenta outras dificuldades além dafalta de legislação sobre descarte e destinaçãoadequados dos resíduos. No caso específicodas embalagens, um obstáculo bem menos vi-sível, mas que mal gerenciado pode se trans-formar num gargalo para os processos de re-ciclagem, é a eliminação dos restos do produ-to originalmente acondicionado. Pode parecerum mero detalhe, mas a limpeza das embala-gens usadas muitas vezes encarece a recicla-gem, podendo desesti-mular ações de rea-proveitamento.

Tal situação é ve-rificada no mercadode óleo lubrificante,que consome 730 mi-lhões de embalagenspor ano no Brasil. Esti-ma-se que 1 000 tonela-das de polietileno dealta densidade (PEAD)usado para a produçãode embalagens plásticasdesse tipo de produtoacabem parando todos osanos em lixões Brasil afo-ra. Além de representarum desperdício de 1,2 mi-lhão de reais, custo aproximado de 1000 tone-ladas de PEAD no mercado brasileiro de reci-clagem, o descarte inadvertido desses produ-tos leva ao ambiente mais de 400 000 litros deóleo lubrificante por ano. Isso acontece por-que o volume residual médio do produto porembalagem é de 20ml.

Dificuldade extraSegundo especialistas em reciclagem, umadas principais causas dessa situação de perdaé a dificuldade de lavagem dos frascos usa-dos. Antes de entrar na máquina de moagem,

Solvente promete estimular reciclagem de embalagens de óleos lubrificantes

F

Lavagem ecológicaetapa inicial da reciclagem de plásticos comoo PEAD, as embalagens precisam estar lim-pas. Trata-se, no caso dos lubrificantes, deuma dificuldade extra, já que o sistema con-vencional de lavagem exige uma etapa de se-

paração do óleo e daágua, além de uma es-tação de tratamentode efluentes (ETE).

“A lavagem à basede água e detergentenão é prática, e acabadesencorajando a reci-clagem de embalagensplásticas de óleo lubrifi-cante”, avalia Fábio Ri-beiro, químico respon-sável por uma empresaespecializada em reci-clagem, a FBR.

Após ter participadode um seminário em São Paulo

sobre as principais oportunidades do mercadobrasileiro de reciclagem, Ribeiro desenvolveuum novo método de lavagem de embalagensusadas de óleos lubrificantes. Em vez de águae sabão, utiliza-se no processo um solventechamado hexano. Trata-se, segundo o quími-co, do mesmo produto empregado na extra-ção de óleo da semente de soja. “É um sol-vente comum à indústria de óleos, mas poucoexplorado para fins de reciclagem”, ele diz.

Uma das vantagens do processo é a facili-dade de separar o óleo lubrificante do solven-te. Para isso, basta submeter a solução a pro-cessos de destilação, que consistem na expo-sição dos resíduos a diferentes temperaturas.De acordo com o químico criador do proces-so, essa técnica é mais simples do que a re-querida para a separação do óleo misturado àágua com detergente. “Com ela, as indústriasde reciclagem não precisam investir emETEs”, fala Ribeiro. “Além disso, tem cresci-do o número de empresas especializadas emfazer processos de destilação de óleo lubrifi-cante dissolvido em hexano.”

PERDA - Cerca de400 000 litros deóleo residual sãodescartados porano no Brasil

FBR Reciclagem(51) 649-3160www.fbrreciclagem.com.br

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achocolatados >>> aço

gaúcha CBS Alimentos vinha en-frentando um problema com seuachocolatado Supercau, marca for-te no Sul do país, onde chega a

todos os 547 municípios do Rio Grande doSul e também às praças do litoral catarinenseaté a fronteira com o Paraná. Segundo a em-presa, o pote plástico de 400g no qual o pro-duto fora lançado, no início de 2002, não fa-vorecia sua colocação nos melhores espaçosdo varejo. “Trabalhamos com gerenciamentode categoria e percebemos que, na layoutiza-ção, o varejista colocava o Supercau numafaixa inferior da prateleira”, afirma Alessan-der Bellaver, gerente de marketing da CBS.

Decidiu-se, então, fazer o produto migrarpara a lata de aço, mais especificamente para

Lata versátil rende a achocolatado melhor posição nas lojas

A

Espaço com açoa lata com fechamento plástico Ploc Off de400g, da Brasilata – nova versão dessa emba-lagem, com diâmetro de abertura maior, de99mm. Com a nova apresentação, o achoco-latado ganhou lacre de segurança, abertura fá-cil e, nas palavras do executivo da CBS,maior apelo visual também. “Optamos por li-tografar a lata em vez de usar rótulo de papel,pois a visibilidade na gôndola é muito supe-rior”, ele argumenta. “Ganhamos em imageme posicionamento, pois agora o Supercau estáexposto na faixa premium dos supermerca-dos.” O produto renovado foi lançado emagosto, na feira AGAS – Associação Gaúchade Supermercados. Lá, atingiu venda de5 000 caixas (cada uma com 24 unidades) du-rante os três dias do evento.

Brasilata(11) 3611-8122www.brasilata.com.br

RENOVAÇÃO –Supercau ganhouabertura prática(veja seqüência deabertura ao lado) edecoração litográfica

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Através de pesquisascom jovens de 8 a 14anos de idade, a Cad-bury Adams detectouque faltavam no mer-

cado de chicles os sabores “ex-traídos” de frutas tropicais brasi-leiras, típicas de seu cotidiano. Aempresa resolveu então lançar oBubbaloo Salada de Frutas, quejá vem com os sabores “mistura-dos”. As novas gomas de mascarsão embaladas em flow packsproduzidos pela Inapel.

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A nova linha de saponáceos cremo-sos Assolan chega ao mercado nasversões Pinho, Limão e Marine comrótulos auto-adesivos da Novelprint.O design da embalagem tem coresque facilitam a diferenciação dassuas variantes na gôndola. Os rótu-los seguem o padrão gráfico de todaa linha de produtos Assolan. As co-res são as mesmas dos frascos, po-rém em tons diferentes. Os frascos eos rótulos foram criados pela agênciaMDesign, mantendo as característi-

cas da família de produtos e o Mas-cote Assolan.

Assolan adota rótulos auto-adesivos A Chlorophylla está lançandouma linha de gloss com as coresque prometem ser a moda na pri-mavera-verão: rosa e marrom.A embalagem primária, em poli-propileno, é fabricada pela Ipel.A caixa de papelão é da Serze-graf, com design desenvolvidopela Chlorophylla.

Gloss paraestações quentes

Bubbaloo tem novo sabor em flow pack

Private labels no mercado de cachaçasO fenômeno das marcas próprias che-

gou, quem diria, ao segmento de ca-

chaças. O Bar Mercearia São Roque,

de São Paulo, está investindo num ró-

tulo próprio da bebida. Para isso con-

tratou uma empresa especializada em

construção de marcas, a Neat, que

cuidou do planejamento visual da re-

cém-lançada Cachaça Mercearia São

Roque. Um dos destaques do produto

são os rótulos, produzidos em papel

couché pela Set Print. Eles são deco-

rados com o desenho da fachada do

bar, feito com aquarela e bico de

pena, e também com fotos do interior

do estabelecimento, de autoria da fo-

tógrafa Sheila Farah. �Porém, com o

passar do tempo, a idéia é renovar as

fotos, chamando outros profissionais

para o projeto�, diz Sheila, que tam-

bém é diretora da Neat � Construção

de Marcas.

Papelão onduladopara frutasA Paraibuna Embalagens desenvol-veu um sistema de embalagens depapelão ondulado para atender omercado fruticultor, composto porcaixa, bobina ondulada, bandeja depolpa moldada e tampa pallet. Todoo sistema é projetado e desenvolvi-do de acordo com as necessidadesde cada cliente ao embalar, paleti-zar e resistir ao empilhamento e àumidade.Segundo a empresa, as caixas ga-rantem a conservação do produto,ocupam menor área de armazena-mento, evitam disseminação de fun-gos e recebem tratamento do papelmiolo e das capas interna e externa.

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A divisão higiene e limpeza doGrupo Bertin amplia sua linha deatuação com o lançamento daembalagem de 500ml do desinfe-tante Brisa, antes comercializadoapenas em recipiente de 2 litros.O novo frasco facilita o manuseio efavorece consumidores que utilizamo produto em menor quantidade. Oproduto pode ser encontrado nasversões Lavander, Pinus e Citric.O layout das embalagens é daagência Nosso Design. Os frascosde PET são da Plastifica.

Bertin lança desinfetante de 500ml

Com o objetivo de agregar valor àmarca, a Kimberly-Clark do Brasildesenvolveu novas embalagenspara as linhas diurna e noturna dasfraldas Turma da Mônica, que ga-nharam um padrão azul claro na for-ma de um céu suave, com nuvensque remetem à idéia de maciez.Para comunicar os novos benefíciosdas fraldas, é utilizado o verso dasembalagens e um selo frontal, comos dizeres “Toque Suave”, em alu-são à nova cobertura externa doproduto. Para a linha noturna, aembalagem ganhou um céu maisescuro e estrelado, e também teve

seu código de cores preservado.As embalagens de polietileno sãofornecidas pela Canguru e pela Ro-taplas, com desenho da Oz Design.

Turma da Mônica, frente e verso

Gatorade muda rótulosA Gatorade está adotando um novoposicionamento de marca, visandopopularizar ainda mais o consumode bebidas isotônicas no Brasil.Novos rótulos para Gatorade, quepela primeira vez foram criados noBrasil, também fazem parte do pro-jeto. Para a garrafa de PET, comtampa esportiva, foram trabalhadas

ilustrações explorando a prática deesportes. Na garrafa de vidro onovo logotipo ganhou destaque es-pecial, com sua aplicação em umfundo gráfico. Os rótulos de BOPPperolizado monocamada são pro-duzidos pela Inapel. As garrafas devidro são da Owens-Illinois e as dePET, da Amcor. O trabalho foi de-senvolvido pela Oficina d’Design.

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Mudança

Em outubro, a SIG Combibloc, fornece-

dora de soluções em embalagens car-

tonadas assépticas (caixinhas longa

vida), mudou-se para um novo escritó-

rio em São Paulo. “É mais um passo

importante para a expansão da com-

panhia no país”, diz Achim Lubbe, di-

retor geral da SIG Combibloc para a

América do Sul. Para maiores informa-

ções, o novo telefone da empresa é o

(11) 2107-6744.

Mais uma loja

A Caixasnet, fornecedora de caixas de

papelão ondulado que iniciou como

loja virtual em 2001, inaugurou sua

terceira unidade física, no bairro do

Tatuapé, em São Paulo. O propósito do

negócio é vender, em pronta-entrega,

modelos padronizados de caixas em

poucas unidades. O telefone da nova

loja é (11) 6675-9666.

Desistência

O grupo Owens-Illinois definiu a ven-

da de suas operações em embalagens

plásticas sopradas nos Estados Uni-

dos, América do Sul e Europa para a

também americana Graham Packa-

ging Corporation por aproximadamen-

te US$ 1,2 bilhão. A O-I, notória como

vidraria, não sairá totalmente dos

plásticos. “Continuaremos ativos em

fechamentos e produtos de saúde”,

disse Steve McCracken, CEO da O-I.

Ataque nos EUA

A subsidiária americana da alemã Hen-

kel anunciou que fechou um acordo

para a compra da Sovereign, líder no

fornecimento de adesivos especiais e

selantes nos Estados Unidos. O negó-

cio gira em torno de US$ 575 milhões.

Plano completo

Após vender recentemente sua divisão

de filmes de embalagens para um gru-

po de investidores, a belga UCB fe-

chou seu projeto de desinvestimentos

com a venda total da divisão química

(Surface Specialties) para a Cytec. A

UCB se concentra, agora, na área far-

macêutica. O negócio de filmes já está

operando no Brasil sob o novo nome

Innovia Films.

A área de logística da Unipac estálançando um novo modelo de paleteplástico para o transporte de tambo-res. Fabricados por termoformagem,os paletes possuem a dimensão-padrão de 1,2m por 1,2m e compor-tam até quatro tambores de 200 li-tros. Seu desenho atualizado permi-te transportar apenas um tambor naregião central. O produto é retorná-vel, passível de empilhamento e, se-gundo a Unipac, também é de fácillimpeza.(11) 4166.4260 • www.unipac.com.br

Novo palete para tambores

O começo da NovelisA Alcan anunciou que a companhiaa ser criada com o desmembra-mento de seu negócio de produtoslaminados de alumínio terá o nomeNovelis. “O nome representaránossa nova abordagem de negó-cio, a oportunidade para a mudan-ça e nossa ênfase de atendimentorápido ao mercado e desempenho

preciso”, declarou Brian Sturgell,CEO da nova companhia, expli-cando que o nome se baseia nosconceitos de “novidade”, “velocida-de” e “precisão”. A oficialização danova companhia está condicionadaà aprovação governamental e dosacionistas no final do ano. Se tudocorrer conforme as expectativas, aNovelis deverá iniciar suas opera-ções em 1º de janeiro de 2005, re-presentando a maior companhiade produtos laminados do mundoem receitas de vendas e volumede produção (veja o quadro aolado). O escritório executivo daNovelis ficará nos Estados Unidose ela atuará em quatro continen-tes, com 38 instalações operacio-nais em 12 paises e mais de13 000 funcionários.

www.alcan.com

Abeaço tem novo presidenteNuma assembléia realizadaem 28 de setembro a Asso-ciação Brasileira de Embala-gem de Aço (Abeaço) ele-geu Luís Fernando Martinezseu novo presidente. Marti-nez, 39 anos, é engenheirometalurgista e diretor comer-cial para o mercado interno

da Companhia SiderúrgicaNacional (CSN). Elio Cepol-lina, membro do ConselhoConsultivo da Prada e vice-presidente da AssociaçãoBrasileira de Embalagens(Abre), permanecerá comovice-presidente da entidade.

www.abeaco.org.br

Laminados de alumínio –mercado mundial

FON

TE:

ALC

AN

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Unilever é a campeã do 14ºTop Of MindA 14ª edição do Top Of Mind, prêmio organizado pelo jor-

nal Folha de S. Paulo para determinar as marcas mais

lembradas pelos consumidores brasileiros, viu a Unilever

sair como grande vencedora de 2004. Além de ter arreba-

tado o prêmio Top Performance 2004, com seu sabonete

Lux, a multinacional anglo-holandesa venceu também

nas categorias sabão em pó, com Omo; margarina, com

Doriana; sorvete, com Kibon; desodorante, com Rexona;

e maionese, com Hellmann’s. Na principal disputa, o Top

of Top, que avalia a marca de maior recall entre as diver-

sas categorias, mais uma vez Omo dividiu o prêmio com

Coca-Cola. Em chocolates, ganhou a Nestlé. Ao todo, fo-

ram 38 categorias premiadas. Para fazer a pesquisa, o

Datafolha foi às ruas entre 17 e 19 de agosto último para

identificar os nomes de produtos e empresas mais lem-

brados. Foram entrevistadas 5 120 pessoas. O levanta-

mento tem margem de erro de dois pontos percentuais,

para mais ou para menos, e é desenvolvido a partir de

respostas espontâneas, ou seja, não são dadas opções

aos entrevistados. O resultado completo da pesquisa está

em www.folha.com.br/especial/2004/topofmind.

Retortable pouches com 8 coresA Alusa, empresa chilena de embalagens flexíveis, anunciaque é a primeira empresa da América do Sul a confeccio-nar embalagens flexíveis do tipo retortable – confecciona-das para suportar processo de esterilização térmica sob al-tas temperaturas em autoclave com pressão compensada– impressas em até 8 cores pelo processo de rotogravura.Para viabilizar o lançamento, a empresa investiu cerca de2 milhões de dólares em tecnologia de ponta, entre equi-

pamentos para confecção dos pou-ches e stand-up pouches pré-forma-dos e equipamentos de controle dequalidade. “As grandes vantagens dautilização desse tipo de embalagem,uma substituta perfeita da lata, sãode marketing, com diferenciação doproduto, fácil manuseio e abertura esegurança ao consumidor”, explicaMárcia Sato, do escritório brasileiroda Alusa. “Dependendo da estrutura,a embalagem pode ser levada aoforno de microondas”.

(11) 5093-6511 • www.alusa.cl

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Chance de negócios na ChinaO aquecimento econômico na Chinajá está fazendo surgir, naturalmente,projeções positivas para a indústriade embalagem. De acordo com os or-ganizadores da feira Interfood Shang-hai, realizada de 12 a 15 de outubrona China, o país já é o segundomaior importador de máquinas deembalagens no mundo, atrás apenasdos Estados Unidos. Nos últimosanos, o país vem gastando anual-mente em média 2 bilhões de dólarescom esse tipo de equipamento. “Gra-ças ao apoio governamental, a indús-

tria de máquinas de embalagens naChina tem florescido, e espera-se queela se desenvolva numa taxa anualde mais de 20%”, diz a direção doevento. “No entanto, as indústrias deprocessamento de alimentos e demáquinas de embalagens chinesasainda estão atrás das do resto domundo.” Calcula-se que haverá 670 000 alocações de novas máqui-nas de embalagem nas indústrias chi-nesas em 2005, e o ritmo não deverádiminuir cedo: para 2010, a estimativaé de 930 000 novas alocações.

Politeno completa 30 anos

Riopol: mais informações na InternetA Riopol, maior empreendimentogás-químico em construção naAmérica Latina, está em sua fasefinal de execução. Quando for con-cluída, a Riopol produzirá, anual-mente, cerca de 520 000 toneladasde eteno, 75 000 toneladas de

propeno e 540 000 toneladas de poli-etilenos.Para facilitar o contato com os dife-rentes stakeholders, a empresa criouuma nova página na Internet, maisinformativa que a anterior0800 7078898 • www.riopol.com.br

Mais um investimento no MercosulA fabricante de adesi-vos industriais CoimNovacote Brasil acabade abrir um escritórioem Buenos Aires, naArgentina. É a segundafilial da companhia naAmérica do Sul. A pri-

meira fora aberta naColômbia, onde a Coimdetém 54% de partici-pação no mercado deadesivos para lamina-ção de embalagens fle-xíveis. Na Argentina, oshare da empresa nes-

sa área já é de 28%.Recentemente, a em-presa investira 9 mi-lhões de dólares na du-plicação de sua plantade Vinhedo (SP).

(19) 3876-9650www.coim.com.br

No último dia 30 de setembro a Poli-teno, uma das maiores petroquímicasde segunda geração do país, comple-tou 30 anos. Sediada no Pólo Petro-químico de Camaçari (BA), a compa-nhia surgiu para operar no nicho dospolietilenos, largamente utilizados naprodução de embalagens flexíveis erígidas. Foi a Politeno que inauguroua primeira planta de polietileno li-near do país, na década de

90, partindo assim para o desenvolvi-mento de resinas de maior valor, de-senvolvidas de acordo com necessi-dades específicas dos clientes. Nosúltimos anos, após a implantação deum Programa de Qualidade Total, aempresa ganhou 22 premiações emdiversas áreas. Hoje, a Politeno em-prega cerca de 250 funcionários esuas duas plantas industriais têm,

juntas, capacidade instalada paraa produção de 360 000 toneladasde resinas por ano.

0800 7040110 • www.politeno.com.br

Page 70: Revista EmbalagemMarca 063 - Novembro 2004

Na Wheaton do Brasil acompanhamos a trajetória da

EmbalagemMarca desde seu lançamento, e a cada

edição nos surpreendemos com sua qualidade editorial

e gráfica. Se fosse para definir em poucas palavras, di-

ria que é uma publicação muito séria e de total credibil-

idade. Suas matérias têm conteúdo, são relevantes e

sempre bem fundamentadas. É também importante di-

zer que a revista chega a quem nos interessa. Medimos

isso da forma mais direta que existe: em visita às indús-

trias de cosméticos, perfumaria e produtos farmacêuti-

cos, que são o nosso público-alvo, vemos sempre Em-

balagemMarca sobre as mesas dos executivos e empre-

sários. E todas as vezes em que o nome da Wheaton do

Brasil é citado em suas páginas há repercussão. É sinal

de que a revista alcança o público e é efetivamente lida.

Page 71: Revista EmbalagemMarca 063 - Novembro 2004

Na Alemanha, off-set levou vantagem Destoando da tendência que se

anuncia no mercado brasileiro de

embalagens, em que a flexografia

parece estar dando passos cada vez

mais largos rumo ao reinado do off-

set, um dos principais convertedores

alemães de cartuchos cartonados, o

Kappa Packaging Group, está colo-

cando em prática sua estratégia de

focar neste último sistema de im-

pressão, descontinuando em alguns

casos as operações envolvendo má-

quinas de flexo. Isso ficou claro em

uma das mais recentes aquisições

da empresa, a seis cores KBA Rapi-

da 142. Segundo a fornecedora da

solução, a também alemã KBA–

Koenig & Bauer AG, a compra do

equipamento decorre de decisão to-

mada no início do ano passado pela

convertedora de cartuchos de migrar

das impressoras flexográficas para

as off-set. Customizada, a Rapida

142 acaba de ser instalada na uni-

dade da Kappa situada na cidade de

Oude Pekela, região de Groningen,

e tem capacidade para imprimir 10

000 cartões/hora, com espessuras

que podem variar entre 0,35mm e

1,7mm.

www.kba-print.com No Brasil (11) 6121-5277

Integrando a cadeia de cartonadosUma oportunidade de discutir a

necessidade de sinergia entre as

empresas atuantes no desenvolvi-

mento de embalagens cartonadas.

Com esse objetivo, a Box Print

Grupograf organizou no início de

outubro último seu 1º Fórum de

Soluções Integradas. Entre outros

temas, o evento, patrocinado pelas

empresas Allplas, AlphaColor,

Avery Dennison, Fabracor, Ofag,

Pinuspel e Promax, debateu as

exigências de qualidade para for-

necimento de embalagens, novas

tecnologias de auto-adesivos e

tendências de design para cartu-

chos de alimentos, cosméticos e

remédios. Finalizado com apresen-

tação do conferencista Max Geh-

ringer, conhecido pela coluna Co-

média Corporativa, da revista Exa-

me, o evento também se debruçou

sobre a crescente preocupação do

impacto ambiental no processo de

desenvolvimento de embalagens.

Segundo Sergio Damião Lopes,

coordenador do Fórum, mais de

300 pessoas prestigiaram o encon-

tro. “Foi uma iniciativa pioneira e

inovadora”, comemora ele.

www.boxprint.com.br(11) 5505 2370

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72 >>>>>> EmbalagemMarca >>>>>> nnoovveemmbbrroo 22000044

Sem rixa com os hermanosNo início de outubro último a Bra-celpa � Associação Brasileira deCelulose e Papel anunciou queBrasil e Argentina renovaram oacordo de complementaridadepara papéis de imprimir e escre-ver. Firmada com a Asociación deFabricantes de Celulosa y Papel dela República Argentina, a parceriafoi iniciada em 1999 e, renovadadesde então, teve agora seu pra-zo de duração ampliado para trêsanos. A cerimônia foi realizada nachancelaria argentina, em BuenosAires, e contou com a presença doembaixador brasileiro na Argenti-na, Mauro Luiz Vieira, e do embai-xador argentino no Brasil, JuanPablo Lohlè.

Mais uma da Drupa 2004 Uma das maiores vendas conjun-tas da história da feira alemã foianunciada em outubro último. Agráfica PMP Print, presente naNova Zelândia e na Austrália, ad-quiriu durante o evento, realizadona Alemanha em maio deste ano,uma linha completa de rotativas Li-thoman, da MAN Roland, uma dasprincipais fabricantes de rotativasdo mundo. A instalação dos equi-pamentos, que serão usados prin-cipalmente para imprimir catálogose encartes de jornais, só deveráacontecer em 2005.

CtP japonês na IMESPDistribuidora exclusiva da FujifilmElectronic Imaging no mercado na-cional, a Microservice venceu licita-ção para fornecer à Imprensa Ofi-cial do Estado de São Paulo(IMESP) um sistema CtP semi-au-tomático Fujifilm com capacidadede gravação de 32 chapas porhora, a 2400 dpi. A licitação foi rea-lizada no dia 2 de setembro último.

Tudo sobre coresA ABTG lançou sua Cartilha de Ge-renciamento de Cores. O materialreúne instruções para a implanta-ção desse sistema de gerencia-mento, desde os requisitos básicosaté a aplicação dos perfis de fluxode trabalho. A cerimônia de lança-mento foi realizada na sede da em-presa, em São Paulo.

Feiras gráficas: negócio em expansão O segmento de feiras de negóciosestá dando novas provas de que asperspectivas de crescimento do mer-cado gráfico estão entre as melhoresdos últimos anos. A 37ª edição doCongresso e Exposição Anual de Ce-lulose e Papel - ABTCP 2004, queaconteceu entre os dias 18 e 21 deoutubro último, obteve a maior visita-ção de sua história: 16 500 pessoas.Com comitivas internacionais vindasde países como Finlândia, EstadosUnidos, Canadá, Chile e Colômbia, oevento também cresceu na área deexposição, alcançando a marca de 7,3mil metros quadrados. Resultados como esse ajudam a en-tender o crescente interesse do setorpelo mercado de exposições e even-tos de negócio. A Associação dosAgentes Fornecedores de Equipamen-tos e Insumos Para a Indústria Gráfica– Afeigraf, mais jovem entidade repre-sentativa da cadeia gráfica brasileira,acaba de anunciar o lançamento desua própria feira no Brasil. A primeiraedição da Expoprint, como o eventofoi batizado, está planejada para acon-tecer em 2006, em São Paulo. Para a

realização da exposição, a Afeigrafcontará com a colaboração da MesseFrankfurt Eventos. Segundo Elaine Al-meida, responsável pelo grupo de tra-balho que atua na organização da Ex-poprint, a feira não concorrerá comnenhum evento já promovido para osetor no Brasil. “Queremos apresentaruma nova proposta, que venha ao en-contro das necessidades do mercadográfico”, diz ela.

VCP lucra mais com vendas internasImpulsionado pelo mercado interno, olucro da VCP - Votorantim Celulose ePapel (VCP) cresceu 21% no terceirotrimestre deste ano, alcançando amarca de 205 milhões de reais. Asvendas domésticas foram responsá-veis por 60% da receita líquida, contra50% no trimestre anterior. O resultadoconfirmou a projeção dos analistas deque o cenário de recuperação econô-mica redirecionaria uma maior parcelada produção da empresa ao mercadointerno. Os resultados positivos sãotambém explicados pela ampliação dafabricação de papel em detrimento dade celulose – cujos preços internacio-nais recuaram no trimestre. As vendas

de papéis bateram recorde de receita,atingindo 491 milhões de reais, alta de20% sobre o terceiro trimestre de2003. Em volume, a evolução foi de15%, atingindo 156 mil toneladas. Já areceita com celulose evoluiu 5%, che-gando a 220 milhões de reais. O re-cuo nos preços da celulose foi parcial-mente compensado pelo aumento daprodução da unidade de Jacareí (SP),inaugurada no fim de 2003. Apesar damaior capacidade, a VCP prevê ven-der 830 mil toneladas de celulose esteano. Em 2003 a empresa negociou850 mil toneladas do produto.

www.vcp.com.br(11) 3269-4000

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Almanaque

Fundada em 1971 na cidade deFarroupilha (RS), a Grendenecomeçou como fabricante de te-las plásticas protetoras paragarrafões de vinhos. No fim dadécada de 70,um dos direto-res da empresa,Pedro Grende-ne, foi aprovei-tar o verão eu-ropeu na Rivie-ra Francesa,onde reparouque a sandáliafeita de tiras de plástico calça-da por todos os pescadores daregião, chamada Fisherman,estava virando moda na Euro-pa. O calçado logo chegou àsbutiques de São Paulo e do Rio,e, como no Velho Mundo, tor-nou-se uma febre no Brasil. Daí

que a Grendene, percebendocomo a produção das telaspara garrafões se pareciamuito com a das sandálias, de-cidiu criar uma versão nacio-

nal das Fisher-man. Sob onome Melissa,ela foi lançadano fim de 1979.A sandália daGrendene viroufebre: era maisbarata e até du-rava mais que o

produto inspirador. Nos anos80, chegou-se a vender 25 mi-lhões de pares da Melissa numúnico ano. O calçado, que estácompletando 25 anos em 2004,segue firme e forte: ainda ven-de quase 1 milhão de paresanualmente.

Das telas de garrafões para assandálias foi um passo

Apelos ao apeloUm dos produtos nacionais quemais apelaram ao apelo de reu-tilização de sua embalagem devidro em campanhas de mer-chandising foi a célebre Geléiade Mocotó Inbasa. Os trintões emais velhos devem lembrar doreclame televisivo cuja mensa-gem final era: “A criança ficacom a geléia; a mãe, com ocopo”. A menção à embalagempôde ser vista em várias outraspeças publicitárias do produto,como na que é reproduzidaacima, do início dos anos 80.No começo da década de 90, aInbasa – Indústria Brasileira deAlimentos foi comprada pelaArisco, pouco depois adquiridapela Refinações de MilhoBrasil, que por sua vez foi in-corporada pela Unilever em2000. Hoje, a marca Inbasa,que dizem já ter pertencido aRoberto Marinho, da Rede Glo-bo, é mera coadjuvante naembalagem do produto: apare-ce, discretamente, num cantodos rótulos da agora rebatizadaGeléia de Mocotó Arisco.

O cantil aquivirou xingamento

Você sabia?* Skol vem de skål, ou

“taça” em dinamarquês. A

palavra é usada como sau-

dação na hora do brinde,

como “saúde” no Brasil

* Os óculos Ray-Ban foram

desenvolvidos na década de

30 para proteger a visão

dos pilotos de caças ame-

ricanos dos raios solares

* Jipe é o som da pronún-

cia em inglês das iniciais

G.P., de general purpose –

“uso geral”, como os car-

ros 4x4 eram chamados nos

anos 40. Daí jeep, que vi-

rou jipe, aportuguesado.

Jeep é também o nome do

cachorro do Popeye.

Muito tempo atrás era comum verfranceses carregando seu boucaut,um primitivo cantil feito de courode bode (bouc, em francês). NaEspanha, ele ganhou o nome debocoy. Quando chegou ao Brasil,essa “embalagem” sofreu duasmodificações: passou a ser feitapelos colonos com couro de tatu ea ser chamada, carinhosamente,de bocó. O bocó não tinha tampae ficava sempre aberto. Daí seunome passou também a serutilizado para designar a pessoaboba, palerma, sempre pasmae de boca aberta.

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