Revista ESB 131

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1 @esbrasil esbrasil revistaesbrasil O novo olhar do mercado sobre a primeira oportunidade IMPRESSO Nº 131 • R$ 10,50 • www.esbrasil.com.br ECONOMIA A batalha da construção civil para vencer a crise ELEIÇÕES As novas regras e o cenário capixaba para as eleições 2016 TEST DRIVE Ford Ranger: conforto, segurança e performance que fazem a diferença AONDE IR Três Praias: conheça esse recanto em Guarapari

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O novo olhar do mercado

sobre a primeira oportunidade

IMPRESSO

Nº 131 • R$ 10,50 • www.esbrasil.com.br

ECONOMIAA batalha da

construção civil para vencer

a crise

ELEIÇÕES As novas regras

e o cenário capixaba para

as eleições 2016

TEST DRIVE Ford Ranger: conforto, segurança e performance que fazem a diferença

AONDE IRTrês Praias:

conheça esse recanto em

Guarapari

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SUMÁRIO Estágio

14Se antes era visto com pouca relevância à empresa, o estagiário recebe agora um novo olhar do mercado. Gestores reconhecem o valor de uma melhor integração entre experiência profissional e novas lições da faculdade. Mas também exigem mais empenho.

56 Aonde IrEntre as muitas belas praias de Guarapari, mas “escondido” na encosta do balneário, há um recanto de beleza singular, desconhecido até mesmo por muitos capixabas: as Três Praias. Local perfeito para repor as energias.

8 Agenda

10 Periscópio

54 O Endereço da História

58 Gastronomia

64 Modus Vivendi

66 Tira-Gosto

12 Doria Porto Uma luz no fim do túnel?

42 Arlindo Villaschi Avançar onde o país está na fronteira

ARTIGOS

38 EleiçõesA aprovação da minirreforma trouxe mudanças à disputa das urnas que já passam a valer nas eleições municipais deste ano. Confira a avaliação sobre a qualidade dessas alterações e o mapa político do Espírito Santo.

46 OlimpíadasMuita determinação e garra. Essa é a promessa de Pâmella Oliveira, única representante brasileira do triatlo na elite feminina das Jogos Olímpicos. Conheça a história da atleta canela-verde de origem humilde, que se projetou com esforço e talento.

28 EconomiaUm dos tradicionais motores de crescimento do país, a construção civil e o mercado imobiliário sofrem com a brusca desaceleração do setor. Saiba o que pensam os empresários sobre como vencer este momento.

60 Test Drive Robusta, segura, resistente. Eis algumas das muitas qualidades da Ford Ranger 2017, a picape que enfrenta todo tipo de terreno e de trabalho. Na versão XLS, a Ranger 2.5 Flex vem com uma vantagem única e inédita: garantia de cinco anos.

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D izem por aí que uma das melhores fases da vida é a época da faculdade, quando os jovens deixam de ser adolescentes para dar os primeiros passos na vida

adulta. Um período que começa a exigir certa maturidade para encarar os desafios do mercado de trabalho. Mas é claro que, para o alcance do sucesso profissional, é preciso se dedicar a fundo a certas experiências, como as que são oferecidas por meio do estágio. Trata-se de uma oportunidade ímpar não só para os estudantes, mas também para os gestores, que contam com uma mão de obra cada vez mais qualificada para fazer bonito no meio corporativo. Tais características podem fazer a diferença, principalmente pelo baixo custo na contratação e pela renovação proporcionada dentro desse ambiente.

Os tempos mudaram e a juventude também. Agora nos resta saber se você, empresário, está atento a todos esses benefícios.

Considerada um dos setores mais relevantes da economia brasileira, a construção civil vem sentindo na pele os efeitos da crise que se alastrou sobre o nosso país. A desaceleração é justificada por alguns fatores, como a queda dos investimentos em infraestrutura e a complicada condição fiscal da maioria dos estados brasileiros, que está optando por ajustar os orçamentos. Isso sem contar com a situação preocupante do mercado imobiliário, que apresenta redução no número de unidades comercializadas, de acordo com uma pesquisa recente do Sinduscon-ES. Será este um ano perdido? O que fazer para reverter esse quadro? Confira em nossa matéria.

A ES Brasil também detalha o panorama eleitoral capixaba frente às mudanças impostas pela Lei nº 13.165/2015, uma minirreforma aprovada no final do ano passado que promoveu alterações relevantes nas regras dos pleitos municipais, como o fim da doação de empresas. Com a padronização do montante de investimentos e gastos, será que teremos uma disputa ainda mais democrática neste ano? Veja essa e outras questões na análise de especialistas.

A nova Ford Ranger é o destaque da coluna “Test Drive” deste mês. O modelo, encontrado nas concessionárias da Contauto em todo o Estado, vem com atrativos muito interes-santes para todos os consumidores, a começar pela garantia, estendida para cinco anos. Disponível em várias versões, a picape promete fazer jus à sua imponência por meio de um desempenho fora de série. Vale a pena conferir.

Já a seção “Aonde Ir” resolveu dar um pulo na região das Três Praias, em Guarapari, um lugar tomado por belezas incríveis e singulares, que fazem deste santuário ecológico um bom destino para se visitar em nosso Estado. Uma ótima oportunidade para dar aquele mergulho e ainda aproveitar momentos incríveis com toda a família. Carpe diem.

Boa leitura!

Mário Fernando Souza, diretor-executivo da Next Editorial e editor-executivo da ES Brasil

OPINIÃO DO LEITOR

“O que me chamou a atenção na ES Brasil, antes mesmo de me tornar assinante, é o fato de que a revista sempre conta com matérias bastante atuais, com assuntos que norteiam o nosso dia a dia. Uma que gostei muito sobre o mercado fitness.”

Janaina Varejão, assistente administrativa

“A revista possui matérias ótimas que nos deixam muito informados. Também gosto das colunas da ES Brasil, como a ‘Test Drive’, que apresenta os últimos lançamentos do mercado automotivo.”

Deodoro Pereira dos Santos, metalúrgico

ES Brasil é uma publicação mensal da Next Editorial. Seu objetivo é apoiar o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo, apresentando conteúdos informativos e segmentados nas diversas vertentes empresariais.

Diretor-ExecutivoMário Fernando SouzaDiretora de OperaçõesJulicéia Dornelas

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REDAÇÃO

E-mail: [email protected]ço: Avenida Paulino Müller, 795 Jucutuquara – Vitória/ES – CEP 29040-715Telefax: (27) 2123-6500(27) 2123-6513/2123-6514 98147-0008 [email protected]

EDITORIAL

Editor-ExecutivoMário Fernando SouzaGerente de ProdutoElisângela EgertApoio ProduçãoDayanne LopesTextosLuciene Araújo, Vitor Taveira e Yasmin Vilhena Edição de ArteFábio Barbosa e Thiara NascimentoColaboraram nesta ediçãoArlindo Villaschi e Doria PortoFotografiaJackson Gonçalves, fotos cedidas e arquivos Next Editorial.

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Gerente de PublicidadeFernanda SartórioGerentes de ContasBeatriz Lopes de Souza, Eliézer Gomes e Rodrigo Reis Apoio ComercialMarcela Vidigal da Costa (27) 2123-6506 - [email protected]

CIRCULAÇÃO

Gerente de CirculaçãoAline RezendeAssinatura e números anteriores: (27) 2123-6520 98147-3333 – club.esbrasil.com.brServiço de atendimento ao assinanteSegunda a sexta, das 9h às 18h

ERRAMOS

Na edição 130 da revista ES Brasil, a foto da nota “Capitania dos Portos tem novo comandante”, da coluna Periscópio (página 11), foi publicada de maneira errada. Ao lado está a imagem correta.

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AGENDA

21 A 23 DE JULHO

O XIV CONGRESSO ODONTOLÓGICO DO ESPÍRITO SANTOO Centro de Convenções de Vitória irá receber o maior evento científico do Estado. Cursos, apresentações orais, simpósio, fórum científico (de graduação e de pós-graduação nas modalidades Relato de Pesquisa, Relato de Casos Clínicos e Revisão da Literatura), reuniões paralelas, exposição da indústria, do comércio e dos serviços ligados ao setor fazem parte do encontro, além de uma programação social. Informações adicionais: www.coes2016.com.br.

22 A 31 DE JULHO

XXIII FESTIVAL DE INVERNO DE DOMINGOS MARTINSO Festival Internacional de Inverno de Música Erudita e Popular de Domingos Martins é o maior evento com esse perfil do Espírito Santo e um dos mais importantes do Brasil. Além de professores e alunos de diversos estados, que passam a conhecer a cultura e o potencial capixaba, muitos turistas comparecem a programação, transformando a cidade na “Capital da Música”. O festival se consolidou como uma oportunidade de aprimoramento e intercâmbio artístico-educacional e como agente indutor do turismo. Informações adicionais em www.festivaldomingosmartins.com.

Foto: Deivid Dantas

Foto: Divulgação

26 A 29 JULHO

MEC SHOW Mais tradicional e consolidada

mostra industrial do Espírito Santo, a Mec Show deste ano vai reunir um número acima de 100 expositores, no Pavilhão de Carapina. A feira terá ampla programação, que inclui cursos, rodadas de negócios e palestras. Haverá ainda a Ilha da Inovação e a exposição de produtos para o setor de petróleo fabricados por fornecedores locais, conforme orientações recebidas por grandes empresas do segmento. Em 2015, o evento movimentou cerca de R$ 70 milhões em contratos projetados, e as expectativas são ainda maiores para este ano.

08 E 09 DE JULHO

CHICO PREGO: UM GRITO DE LIBERDADE Espetáculo teatral que conta a história da Insurreição do Queimado, uma revolta de escravos

ocorrida no século XIX, na Serra. Belíssimo trabalho de corpo, com atores que cantam, dançam e representam. No Espaço Cultural Rui Lima do Nascimento, localizado no Teatro do Sesi (Rua Tupinambás, 240, Jardim Penha, Vitória). Classificação: 14 anos. Informações: (27) 3334-7330.

21 A 23 DE JULHO

24º CONGRESSO DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO

Uma programação cientifica bastante abrangente – trabalhos e avançados tratamentos com foco na abordagem multiprofissional e nas comorbidades do paciente – está sendo preparada para o 24º Congresso da Sociedade Brasileira de Hipertensão. O evento, que será realizado no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, já tem confirmada a participação de renomados palestrantes brasileiros e internacionais, além da Sociedade Portuguesa de Hipertensão, da Interamerican Society of Hypertension e da International Society of Hypertension. Informações adicionais: www.hipertensao2016.com.br.

08 E 09 DE JULHO

BOTECÃOO tradicional encerramento da

Roda de Boteco, O Botecão, no Pavilhão de Carapina, Serra, traz este ano Zeca Pagodinho (sexta-feira) e Arlindo Cruz, Fundo de Quintal e Jorge Aragão (em três shows separados, no sábado). Ingressos a partir de R$ 35,00. Pontos de venda: casas lotéricas, site Blueticket e Jaklayne Joias.

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FÓRUM CAPIXABA DE PETRÓLEO E GÁS DEBATE INOVAÇÃO PARA O SETOR Apresentar as principais ações para o desenvolvimento de projetos, os programas estabelecidos para atendimento às demandas e a metodologia de apoio à inovação. Esse foi o objetivo do Fórum Capixaba de Petróleo e Gás, promovido pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo – Ideies. Na programação do encontro, com o tema “Ações de inovação e desenvolvimento tecnológico para o setor de petróleo e gás no Espírito Santo”, além da palestra “Desafios para o aumento do conteúdo local”, proferida pelo superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), Bruno Musso, houve a apresentação do superintendente da TecVitória, Vinicius Chagas, de novos produtos e empresas desenvolvedoras do Fórum e das ações para o desenvolvimento de projetos tecnológicos.

Periscópio

PRESIDENTE DA BMW NACIONAL VISITA REVENDEDORA DA MARCA EM VITÓRIA Uma conversa sobre o mercado automotivo no Espírito Santo, com ênfase para a categoria premium, reuniu em Vitória o presidente da BMW Nacional, Helder Boavida, que assumiu o cargo este ano, o secretário de Desenvolvimento do Estado, José Eduardo Faria de Azevedo, e a presidente do Bandes, Denise Cadete. O café da manhã foi realizado na revendedora da marca no Espírito Santo, que ocupa o 8º lugar no segmento premium no Brasil. A BMW conquistou a 1ª posição no Estado em emplacamento. De janeiro a maio deste ano, 97 novas “BMs” passaram a circular pelas ruas, um resultado que representa 8% de crescimento anual na unidade em Vitória.

Se a gente não tirar essa laranja podre que hoje contamina o nosso cesto, estaremos todos contaminados”. Júlio Delgado (PSB/MG), deputado federal, sobre o processo de cassação de Eduardo Cunha (PMDB/RJ) na Câmara

REVITALIZAÇÃO

PROJETO UTILIZA TÉCNICA BRITÂNICA PARA GARANTIR MELHORIAS NO SISTEMA FLUVIAL

O papel benéfico da madeira para o funcionamento saudável de ecossistemas de água doce tem se tornado cada vez mais reconhecido por meio de pesquisas desenvolvidas em diversos países. O projeto ReNaturalize utiliza troncos de madeira instalados na calha do rios, uma técnica britânica para a melhoria do habitats naturais, o aumento da biodiversidade e a elevação da quali-dade e da quantidade da água. O local escolhido para a pesquisa foi o Rio Mangaraí, um dos afluentes do Rio Santa Maria da Vitória, que abastece a região continental da capital capixaba. O ReNaturalize foi criado pela empresa Aplysia e aprovado no edital de inovação Tecnova, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito Santo (Fapes)/Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

MEIO AMBIENTE

INAUGURADA SEDE DO PARQUE DE FORNO GRANDE EM CASTELO

No Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho, o Parque Estadual de Forno Grande, que abriga um dos mais belos mirantes do Espírito Santo, localizado em Castelo, ganhou sede administrativa, casa de apoio para servidores públicos e pesquisadores, além da reforma do Centro de Visitantes. O paisagismo também recebeu melhorias, incluindo o mirante. Estruturas de acessibilidade, instalação de películas antirreflexo nos vidros para evitar o choque de pássaros nas janelas, telhado verde em cima das garagens e aquecimento solar fazem parte do projeto. O valor do investimento foi de R$ 1.196.899,50, com recursos do Instituto Estadual de Meio Ambiente (Iema). Antes da inauguração, o governador Paulo Hartung participou de um passeio ciclístico na região. Fo

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Foto: Leonardo Mercon

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EVENTO

MAIS NEGÓCIOS PARA O SETOR MOVELEIRO CAPIXABA

Mesmo diante de um cenário de crise, empresários, representantes

e lojistas do setor moveleiro do país estão otimistas com a realização da 4ª edição da Móvel Show, que irá acontecer entre os dias 11 e 14 de julho, no Pavilhão de Carapina, na Serra. De acordo com a organização do evento, a expectativa é de que a feira aqueça os negócios e movimente o mercado capixaba. “O Espírito Santo abriga um dos principais moveleiros do país, em Linhares. E isso com certeza é um diferencial para que a Móvel Show seja um dos eventos mais aguardados por empresários tanto do Estado, como de outras partes do Brasil. Mesmo diante de um cenário conturbado, o segmento permanece unido e esperançoso na melhora dos negócios”, destaca Fabricio Mendes, diretor da Yes Feiras & Eventos, empresa organizadora da Móvel Show.

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

SINDAMARES CELEBRA DIA NACIONAL DO AGENTE MARÍTIMOO Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Espírito Santo (Sindamares) realizou, em 23 de junho, um coquetel em comemoração ao Dia Internacional do Agente Marítimo. O evento, que aconteceu na Capitania dos Portos, em Vitória, contou com a participação do presidente da entidade, Sérgio Luiz Bonelle; do vice-presidente, Paulo César Alves; do presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Waldemar Rocha Júnior; do almirante Carlos Alberto Pimentel e do capitão de mar e guerra Luis Eduardo Soares Fragozo, além de outros militares e autoridades civis. Na ocasião, Bonelle ressaltou a importância do agente marítimo para o país. “Na maioria dos casos, seu serviço começa muito antes de a embarcação chegar ao porto. Ou seja, sem um agente marítimo nenhum navio entra ou sai do terminal”, explicou.

NOVA RODOVIA JOSÉ SETTE TERÁ CICLOVIA E CALÇADA CIDADÃUma rodovia moderna e que contempla motoristas, ciclistas e moradores do entorno. Esse é o conceito da nova Rodovia José Sette (ES 080), ligação entre Itacibá e Cariacica-Sede que terá 8 km de ciclovias, além de calçada-cidadã e abrigos de ônibus para a população. A ordem de serviço para a retomada das obras de ampliação da via estadual foi assinada pelo governador Paulo Hartung, no dia 2 de junho, com a presença do prefeito de Cariacica, José Geraldo de Oliveira Júnior, e de deputados estaduais, vereadores e secretários. Serão implantados pistas simples e duplas, galerias pluviais, nova sinalização, uma ponte sobre o rio Itanguá e 8 mil metros de redes de esgoto. “Tivemos a retomada da Rodovia Leste Oeste, a construção do Hospital Geral de Cariacica, cujo terreno foi doação feita pela prefeitura ao Governo, agora temos o reinício das obras da Rodovia José Sette. É um governo sério que não esquece Cariacica”, destaca o prefeito Juninho.

MARCOS GUERRA É O NOVO COORDENADOR DO FÓRUM DE ENTIDADES E FEDERAÇÕES

O presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, assumiu no dia 22 de junho, a coordenação do Fórum de Entidades e Federações (FEF), formado pelas federações das Indústrias (Findes), da Agricultura e Pecuária (Faes), do Comércio de Bens e Serviços (Fecomércio) e dos Transportes (Fetransportes), além do Espírito Santo em Ação. A cerimônia de posse, realizada na sede da Findes, contou com a participação de autoridades e lideranças empresariais do Estado, como o governador Paulo Hartung e o ex-coordenador do FEF Wagner Chieppe.

“Queremos contribuir para o fortalecimento dos diferentes setores da nossa economia, enfrentando os desafios e ampliando as oportunidades para a população capixaba”, afirmou Guerra, durante seu discurso de posse. No Fórum, são debatidos temas como qualificação profissional, mobilidade, meio ambiente e segurança.

POSSE

ESTRUTURA

SHOPPING VITÓRIA ANUNCIA PLANO DE REVITALIZAÇÃOCom mais de 20 anos de portas abertas na capital capixaba, o Shopping Vitória anuncia mudanças em sua estrutura com as obras de revitalização da área central do mall, localizada acima da praça principal. O objetivo da reforma é proporcionar um novo espaço de vivência aos clientes, com mais opções de serviços. Com um investimento da ordem de R$ 1,5 milhão, o plano também inclui novidades nas vitrines do complexo, que irão estampar diversas marcas exclusivas nos segmentos de roupas, beleza e calçados. Entre as operações já confirmadas estão Quem Disse, Berenice? (agosto), The Beauty Box (agosto), Tommy Hilfiger Kids (julho), Constance (julho), Pastelaria (julho) e Pizza Hut (setembro). O restaurante Madero, com vista permanente para o mar, foi inaugurado em junho.

Foto: Divulgação

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ECONOMIA

EMBRAPA E PETROBRAS SÃO PATRIMÔNIO DA NAÇÃO E PRECISAM SER VISTAS COMO IMPORTANTES INSTRUMENTOS PARA O DESENVOLVIMENTO DO PAÍS

A pesquisadora Alice Amsden iden-tifica industrialização tardia como uma forma particular de desen-

volvimento. Contrariamente ao ocorrido na Inglaterra, nos EUA e na Alemanha, os que vieram depois transformaram suas estruturas produtivas utilizando tecnolo-gias emprestadas.

Observadas as especificidades de cada país, esse foi o caso da industrialização retardatária na Índia, na Coreia do Sul e no Brasil. Em cada um deles, a tecnologia foi tomada emprestada diretamente através da atração de empresas transnacionais – o caso brasileiro; indiretamente por meio da adaptação local do que já existia no exte-rior – o experimento indiano; ou a partir de transferência tecnológica com a sua adoção sendo feita por empresas locais – a experiência sul-coreana.

Na sequência, os três países buscaram modos de desenvolver processos e produtos novos e/ou velhos de forma nova. Software sob encomenda, na Índia; eletroeletrônica, na Coreia; agricultura intensiva em conhe-cimento e exploração de gás e petróleo em águas profundas, no Brasil, ilustram casos bem-sucedidos nos três retardatários.

A experiência brasileira em capacitação científica, tecnológica e inovativa, voltada para a competitividade da agricultura e

para a exploração de recursos naturais com crescente demanda internacional, pode ser vista como um avanço com relação ao prati-cado em outros segmentos da economia. Na maioria deles, prevaleceu a mal adaptada “para que reinventar a roda?”.

A agricultura brasileira – seja a do agronegócio a de base familiar, a de auto-consumo ou a de práticas tradicionais – tem na pesquisa, na tecnologia, na inovação gestadas e geridas pelo sistema Embrapa importantes fontes de competitividade e

AVANÇAR ONDE O PAÍS ESTÁ NA FRONTEIRA

ARLINDO VILLASCHI é professor de Economia na Ufes

Em um mundo caracterizado pelo constante avanço

da fronteira do conhecimento, a valorização de

experimentos como o da Embrapa e o da Petrobras precisa ser colocada na agenda positiva da política

nacional“

sustentabilidade. É significativo o rol de processos, produtos e serviços executados diretamente pelas unidades da Embrapa na maioria dos estados brasileiros – uma exceção é o Espírito Santo; ou indireta-mente por meio de processos interativos com universidades, centros de pesquisa públicos/privados/nacionais/internacionais.

Os avanços no conhecimento científico e tecnológico promovido pela ação delibe-rada e sistematizada da Petrobras vão além do caso de sucesso daqueles voltados para a exploração de gás e petróleo no pré-sal. Em áreas como a de biocombustíveis – prin-cipalmente biodiesel e etanol de segunda geração – é de se destacar a liderança da empresa na montagem de redes de coope-ração que colocam o Brasil na vanguarda na produção de energia limpa.

Em um mundo caracterizado pelo cons-tante avanço da fronteira do conhecimento, a valorização de experimentos como o da Embrapa e o da Petrobras precisa ser colo-cada na agenda positiva da política nacional. São patrimônio da nação e devem ser vistas como importantes instrumentos para o desenvolvimento do Brasil.

Necessário se faz transformá-los em ativos para uma inserção com maior autonomia nacional na economia do conhecimento e do aprendizado.

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INFORMADOS, DETERMINADOS E AINDA MAIS QUALIFICADOS. ESSE É O NOVO PERFIL DOS ESTAGIÁRIOS QUE ESTÃO MUDANDO A PERCEPÇÃO DO MERCADO SOBRE A PRIMEIRA OPORTUNIDADE

S e você trabalha em uma empresa que conta com estagiários em seu quadro, com certeza já deve ter ouvido ou até mesmo brincado sobre as funções exercidas por esses jovens, que

até pouco tempo atrás eram tidos como aqueles que só serviam para “fazer um cafezinho” ou “tirar uma xerox”. Mas é claro que o mundo mudou, ainda mais quando estamos falando do perfil da nova geração, que chega ao mercado com um olhar diferenciado. A evolução se justifica, principalmente, pelo avanço da tecnologia e da comunicação, o que torna os bolsistas mais preparados do que antes. Afinal, basta vermos a postura multitarefa que apresentam,

YASMIN VILHENA

ELES ESTÃO VINDO COM TUDO

GESTÃO

realizando diversas responsabilidades ao mesmo tempo, um atributo muito vantajoso para as organizações que os contratam.

E a possibilidade de ganhos não para por aí: além de ser um processo de aprendizagem indispensável na vida de um estudante, tal experiência também pode elevar a produtividade e a reciclagem dentro da companhia. “A internet abriu uma gama de oportunidades de treinamentos e cursos gratuitos, que além da faculdade, podem melhorar a capacidade técnica dos estagiários. O fato de eles estarem inseridos no meio acadêmico também interfere de modo positivo, fazendo com que sejam trazidas ideias inovadoras.

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Essa visão, inclusive, contribui para aperfeiçoamentos de processos do dia a dia. Não podemos nos esquecer de outro fator determinante, que é falta de vícios comportamentais, normalmente encontrados em profissionais já há algum tempo no mercado”, disse a assistente de Diretoria do Centro de Orientação e Encaminhamento Profissional (Coep), Erika Gusmão.

O maior instrumento de inserção de alunos no mercado permite ainda que a garra e a juventude destes se unam à experiência do time de colaboradores. Um mix de gerações e pensamentos que definitivamente pode fazer a diferença. E se você, empresário, ainda não se deu conta disso, está na hora de mudar a sua postura em relação a esse intercâmbio acadêmico e profissional.

A REALIDADE DO ESTÁGIO NO BRASILLevantamentos mais recentes da Associação Brasileira de

Estágios (Abres), referentes a 2014, mostram que o país conta com 740 mil bolsistas nessa modalidade matriculados em cursos do nível superior e 260 mil frequentando aulas do ensino médio/médio técnico. Os dados representam redução de 9,1% se comparados a 2008, quando o país apresentava 1,1 milhão de jovens atuantes nesse cenário.

Por conta da crise econômica, o declínio foi ainda mais acentuado de 2015 para 2016, segundo a Agência Brasileira de Emprego e Estágio (Abre). “Isso começou em meados de julho do ano passado, quando sentimos uma retração no mercado, o que se agravou com o passar dos meses. Até mesmo na virada do ano (período em que ocorre uma quantidade alta de substituições) esse número não aumentou. Tivemos uma queda de 30% a 35% nas chances em todo o país. O bom é que essa realidade já começa a dar sintomas de uma retomada de contratação de estagiários, principalmente neste último mês”, revela Fernando Linschoten, diretor da entidade.

Mesmo que a oferta de oportunidades ainda seja significativa no Estado, indicadores do Centro de Integração Empresa Escola do Espírito Santo (CIEE-ES) registram uma baixa de 20% nas contratações neste ano. Para se adequar, muitas empresas estão optando por diminuir o valor da bolsa-estágio para que possam elevar o total de vagas. Por exemplo, em vez de terem um profissional com um auxílio de R$ 700 ou R$ 800, organizações estão preferindo ter dois, no valor de R$ 500 cada.

E apesar da recessão estar muito presente na vida dos brasileiros, principalmente junto aos empresários, o índice de efetivação após o período de estágio é de 60%, calcula a Abre. “Nós entendemos que é melhor ter duas pessoas tendo experiência do que uma só. Até porque os estagiários são os que mais sofrem em períodos como este”, complementa Linschoten.

A crise de desemprego atual, uma das piores das últimas décadas – 10,2% da população não têm ocupação formal, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, tem feito

“O fato de eles estarem inseridos no meio acadêmico também interfere de modo positivo, fazendo com que sejam trazidas ideias inovadoras” - Erika Gusmão, assistente de Diretoria do Centro de Orientação e Encaminhamento Profissional (Coep)

com que muitos gestores e empreendedores enxerguem essa opção como importante ferramenta para redução de custos trabalhistas.

Como a Lei do Estágio (Lei 11.788, de 25 de setembro de 2008) prevê a isenção de praticamente todos os encargos sociais incluídos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), fica ainda mais interessante o investimento por parte das empresas, que podem injetar seus recursos financeiros em programas, cursos e especializações para qualificar ainda mais o bolsista. Afinal, por não ser caracterizado um vínculo empregatício de qualquer natureza, ele não é cadastrado no PIS/Pasep, não faz jus

O PERFIL DO NOVO ESTAGIÁRIO

Fonte: Selecta e Psicoespaço

INOVADOR

COMPROMETIDO

BEM INFORMADO

CURIOSO

COMUNICATIVO

FLEXÍVEL

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UMA VIA DE MÃO DUPLAA diminuição de gastos proporcionada pelos serviços de

estagiários – mesmo que não seja o foco principal desse tipo de mão de obra – é apenas um dos inúmeros benefícios trazidos por meio desses jovens. Uma via de mão dupla que propicia não só o aprendizado dos alunos, como também o estímulo à inovação e às mudanças no processo organizacional; a criação de um canal eficiente para acompanhamento de avanços tecnológicos e conceituais; a descoberta de novos talentos; a formação e o aprimoramento de futuros profissionais; e a oxigenação permanente no ambiente corporativo. “O jovem chega ao mercado com uma ‘sede’ muito grande em adquirir sabedoria e experiência. O envolvimento dele está ainda maior”, acrescenta Jossyl Nader.

Além da possibilidade de contar com um colaborador aberto a novas experiências, os gestores também podem “moldá-lo” de acordo com as necessidades e o perfil do negócio, pois ainda não há vício comportamental presente. Outra vantagem é o convívio dos acadêmicos com empregados mais experientes, o que cria e mantém um espírito de renovação. Mas para que a execução das tarefas seja feita da melhor forma possível, é preciso incentivar o desejo de crescer.

E se as vantagens são boas para empresas, imagine para os estudantes. Há casos até de profissionais que optam por deixar a

ao aviso prévio em caso de rescisão contratual e não conta com o 13º salário no final do ano. Ao estudante, também não se aplicam as obrigações relativas a contrato de experiência, contribuição sindical, um terço sobre férias (recesso) e verbas rescisórias.

Mas mesmo que essa tendência revele uma alternativa temporária para as organizações, a legislação determina que o estágio não deva substituir as vagas formais de trabalho. “As empresas não podem e não devem considerar o estágio como uma forma de reposição de profissionais, até porque se trata de uma complementação da formação do aluno. Mas é evidente que neste momento, ele pode auxiliar as empresas a se preparar e se organizar para a retomada da economia, por ter um custo menor. Pode até ser uma alternativa na situação atual, mas é importante que os gestores se lembrem de que o estagiário não tem conhecimento para substituir um profissional já formado e que está há algum tempo na ativa”, afirma o superintendente executivo do CIEE-ES, Jossyl Cesar Nader.

De acordo com Marianne Limonge, diretora comercial da Psicoespaço, a separação entre as funções exercidas por colaboradores já diplomados e por jovens que ainda estão ingressando no mundo corporativo tem que ficar muito bem definida. “É preocupante olhar o estágio dessa forma, porque na verdade ele é uma fase de aprendizado; então depende muito do objetivo da empresa. Se ela quiser profissionais qualificados, não vai adiantar contratar estagiários; mas se for essa parceria de aprendizado e troca, vale a pena. Caso seja apenas uma redução de custos, pode ser um complicador, porque o bolsista não está pronto para oferecer o que os gestores querem. Pode estar mais qualificado em termos comportamentais (de atitude e postura), mas a parte profissional, ele ainda não tem”, alerta.

“As atitudes dos profissionais estão incomodando mais do que a falta de habilidade técnica, o que tem feito com que as empresas preferiram investir em alguém com muita vontade de aprender”Marianne Limonge, diretora comercial da Psicoespaço

ÁREAS QUE ESTÃO CONTRATANDO MAIS NO ES

Fonte: Gerência de Operações do CIEE-ES

MARKETING

MÍDIAS SOCIAIS

PEDAGOGIA

PUBLICIDADE E PROPAGANDA

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

ENFERMAGEM ADMINISTRATIVA

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ocupação de carteira assinada para se entregar de corpo e alma a essa experiência, como a estudante de Administração Hedcelly Reis, que estagia há quase dois anos na Medabil, indústria do setor de estruturas metálicas, localizada na Serra. “Eu atuava como assistente de Gestão de Pessoas, e era um pouco difícil conciliar um trabalho de oito horas diárias com a faculdade. Por conta disso, resolvi me arriscar no estágio, pois acreditei que esta seria uma ótima opção para adquirir conhecimento e ainda ter uma carga horária um pouco mais reduzida, o que iria contribuir com meu foco nos estudos. Não me arrependo nem um pouco, vejo que tomei

a decisão certa, pois no estágio é possível adquirir conhecimentos que por muitas vezes não são disponibilizados em empregos de carteira assinada”, acrescenta a estudante.

De acordo com Melissa Liberato, coordenadora de Recursos Humanos da Medabil, a valorização a esse perfil de colaborador é comprovada pelo índice de contratação dos estagiários, que chega a 80% na companhia. “Nós somos uma empresa que tem um conhecimento técnico muito específico e, por conta disso, não temos tanta facilidade em achar mão de obra técnica. Uma das formas que identificamos para treinar as pessoas é através do estágio, e com a intenção de contratar depois. É claro que nem todos conseguimos contratar, mas a grande maioria foi efetivada”, comenta.

A possibilidade de uma efetivação abre as portas para um cargo de maior relevância dentro da organização futuramente, como aconteceu com a gerente de Operações do CIEE-ES, Valquíria Dadalto, que iniciou a sua trajetória na ONG quando tinha apenas 16 anos. “Quando eu entrei como estagiária, não imaginei que o meu desejo de ser efetivada poderia se concretizar. Afinal de contas, todo mundo sonha em trabalhar com algo que se identifica.

A estagiária de Administração Hedcelly Reis (à esquerda) e a coordenadora

de Recursos Humanos Melissa Liberato, ambas da Medabil, veem o estágio como

uma importante troca de aprendizado entre os estudantes e a empresa

Fonte: Compilação de dados Abrees, CIEE-ES, Coep

Permite o cumprimento

de seu papel social, ajudando a formar as

novas gerações de profissionais

que o país necessita.

POR QUE O ESTÁGIO INTERESSA PARA A EMPRESA?

Antecipa a preparação

e a formação de um quadro

qualificado de recursos humanos.

Permite a descoberta de novos talentos.

Cria e mantém um espírito de

renovação e oxigenação

permanente.

Proporciona um canal

eficiente para acompanhar

avanços tecnológicos e

conceituais.

É um eficiente recurso de formação e

aprimoramento de futuros

profissionais, sem vícios, de acordo com a área, o perfil e a escolaridade

requerida.

Reduz o investimento de tempo, de meios

de trabalho e de salários,

permitindo com que a empresa possa ampliar

ou renovar seus quadros

funcionais, técnicos e

administrativos, com custos menores.

Possibilita isenção de encargos sociais e

trabalhistas, decorrentes da não vinculação empregatícia.

“Tivemos uma queda de 30% a 35% na quantidade de vagas em todo o país. O bom é que essa realidade já começa a dar sintomas de uma retomada de contratação de estagiários, principalmente neste último mês” Fernando Linschoten, diretor da Agência Brasileira de Emprego e Estágio (Abre)

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O fato de saber que poderia dar oportunidade a outros jovens de participarem do mesmo processo de aprendizado que o meu fez com que eu tivesse um empenho ainda maior dentro do CIEE-ES. Acredito que o fundamental para ser feliz nessa empreitada é ter identificação com o propósito e os direcionamentos da empresa”, destaca.

Mas para que seja dada a largada nessa jornada de sucesso, o estagiário precisa estar atento a certas questões cruciais na visão dos empregadores. De acordo com Sharla Bitencourt, assessora de Gestão e Qualidade da Selecta, uma mudança de perfil já vem sendo notada dentro do mercado. “O que a gente vem percebendo é que houve uma modificação no modelo de contratação e de responsabilidade desses jovens, que antes faziam atividades mais subjacentes, com atribuições voltadas para questões de rotina e da parte operacional, algo que poderia não agregar tanto à sua área de formação. E mesmo que eles não tenham poder para assinar um documento, por exemplo, já possuem certa responsabilidade, além de apresentar um nível de iniciativa ainda maior, participando, inclusive, de reuniões com os gestores. Esses jovens estão vindo com uma outra visão de mundo; querem um nível de satisfação e um sentido maior no que estão fazendo”, explica.

E como não é necessário ter experiência para conseguir uma bolsa, outros fatores são levados em consideração pelos contratantes, como a postura frente aos desafios, uma realidade

muitas vezes também vista na hora de contar com os serviços de um recém-formado, conforme aponta Marianne Limonge, da Psicoespaço. “As atitudes dos profissionais estão incomodando mais do que a falta de habilidade técnica, o que tem feito com que as empresas prefiram investir em alguém com muita vontade de aprender, de crescer e de ter uma carreira bem consolidada. Ou seja, muitas estão optando por pessoas com disponibilidade para o mercado, em detrimento daqueles já prontos que não possam contribuir de maneira eficiente com essa questão atitudinal”, opina.

Nesse sentido, é óbvio que a qualificação precisa estar sempre presente. O aprendizado deve ser diário. “Muitas pessoas ainda não se deram conta da necessidade constante de capacitação. Não dá mais para achar que ter um MBA ou uma pós-graduação é suficiente. Tem que estar atento a tudo o que está acontecendo.

E não é preciso ter muito dinheiro para fazer isso, existem muitas palestras e cursos gratuitos para acom-panhar as tendências do mercado. Mas para que o sucesso ocorra, seja você estagiário ou até mesmo um profissional com experiência no mercado, é necessário ter muita humildade e disponi-bilidade para constatar que o aprendizado tem que ser feito diariamente”, finaliza.

NUNCA É TARDE PARA ESTAGIAR?Muitas pessoas que iniciam os seus estudos no ensino superior acabam se perguntando: existe alguma idade certa para estagiar? “Para o profissional com mais de 30 anos poder competir em uma vaga de estágio de igual para igual, precisa ter coerência e clareza da razão de ter mudado de ocupação e do real intuito dessa nova graduação, bem como o motivo para buscar uma bolsa nessa idade. É preciso mostrar os reais interesses para que conquiste a contratação. De qualquer forma, não acredito que a idade seja um fator muito determinante. Vale a pena tentar”, avalia Sharla Bitencourt, assessora de Gestão e Qualidade da Selecta.

“O jovem chega ao mercado com uma ‘sede’ muito grande em adquirir sabedoria e experiência. O envolvimento dele está ainda maior” Jossyl Nader, superintendente executivo do Centro de Integração Empresa Escola do Espírito Santo (CIEE-ES)

Fonte: www.administradores.com.br

VOCÊ SABE A DIFERENÇA ENTRE ESTÁGIO E TRAINEE?

Estágio – A atividade não cria vínculo empregatício e tem duração de até dois anos. O estudante universitário pode estagiar, no máximo, seis horas por dia (30 horas semanais). O objetivo do estágio é colocar o jovem em contato com sua área de atuação, podendo, ao final, ser ou não contratado pela empresa.

Trainee – Nos programas de trainee, as grandes empresas buscam, geralmente, estudantes que estejam matriculados no último semestre do ensino superior ou recém-formados com até dois anos de conclusão do curso. O programa exige contratação pelo regime CLT, garantindo ao profissional todos os direitos de um trabalhador comum. O período de trabalho é integral.

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ISO 9001: UCL OFERECE

CURSOS DE ATUALIZAÇÃO

DA NORMA

ferramentas aplicadas que os capacitem a contribuir para o processo de mudança do cenário nacional do setor produtivo, contribuindo para a melhoria da qualidade, do meio ambiente e da saúde e segurança dos trabalhadores e das empresas.

“Com duração de 18 meses, o MBA está dividido em três grandes módulos, e o prin-cipal deles é a interpretação integrada das normas como a de Qualidade (ISO 9001), a de Meio Ambiente (ISO 14.001) e a de Saúde e Segurança (OHSAS 18.001). Durante o segundo módulo, que fala sobre as audi-torias, o aluno também pode requerer um certificado de auditor interno, indepen-dente do certificado de pós-graduação. Já o terceiro módulo fala sobre a gestão, destacando a importância de ferramentas como o planejamento estratégico e os indi-cadores de desempenho”, ressalta Sandro Lobato, diretor de Marketing da UCL.

Juntamente com o MBA, também são oferecidos cursos individuais de interpretação e atualização da norma, com duração de 30 horas. Neste caso, não é preciso ter diploma de ensino supe-rior. “As empresas estão começando a se mobilizar para conhecer a nova versão, e a expectativa é de que esse número aumente ainda mais”, acrescenta Rômulo Vargas, professor de Pós-Graduação da UCL.

Além da nova estrutura e do texto comum às normas de sistema de gestão da ISO,

P ublicada no final do ano passado, a nova ISO 9001:2015, voltada para implantação de Sistemas de Gestão

da Qualidade, trouxe novidades interessan-tes para as empresas que já contam ou que buscam uma certificação internacional. E para manter os gestores informados sobre a atualização da norma, a Faculdade do Centro Leste (UCL) disponibiliza aos seus alunos um curso de MBA de Gestão Integrada em Qualidade e Certificações.

O programa busca fornecer aos parti-cipantes elementos de visão estratégica e

FATOS

a atualização apresentou alterações no escopo e aplicabilidade; no conhecimento organizacional; no foco dos resultados em relação ao cumprimento dos requisitos; na informação documentada; e no conceito de gestão de risco, que sempre esteve presente, só que de maneira implícita.

“Com duração de 18 meses, o MBA está dividido em três grandes módulos, e o principal deles, é a interpretação integrada das normas como a de Qualidade (ISO 9001), a de Meio Ambiente (ISO 14.001) e a de Saúde e Segurança (OHSAS 18.001)” Sandro Lobato, diretor de Marketing da UCL

Foto

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ção

NOVIDADES DA ISO 9001 Nova estrutura e texto comum às normas de sistemas de gestão da ISO

Escopo e aplicabilidade

Aplicação do ciclo PDCA e requisitos menos prescritivos

Mentalidade do risco

Partes interessadas pertinentes

Maior ênfase em gestão estratégica e na participação da Alta Direção

Mais foco nos resultados em relação ao cumprimento dos requisitos

Conhecimento organizacional

Informação documentada

Provisão externa de processos, produtos e serviços

Fonte: Comitê Brasileiro da Qualidade

FACULDADE DO CENTRO LESTE (UCL) Campus UCL Manguinhos: Rod. ES 010, km 6 – Manguinhos, Serra Campus UCL Cariacica: Rua Bolívia, s/n – Jardim America, Cariacica(27) 3434-0100 • [email protected]

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O MAIOR DESASTRE SOCIOAMBIENTAL DA HISTÓRIA BRASILEIRA

LINHARES DEVERÁ TER NOVA ADUTORA

A pós quase sete meses de negociações e impasses, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e a Prefeitura de Linhares selaram acordo com a Samarco Mineração S.A.

para que a empresa construa e entregue uma adutora já em operação. A estrutura irá possibilitar a captação hídrica da Lagoa Nova, para ser levada por meio de dutos à Estação de Tratamento de Água (ETA) do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Linhares, de onde será distribuída para a cidade.

A mineradora também se comprometeu a custear a edificação e a passagem dos dutos a serem utilizados na obra. A prefeitura ficará responsável pela parte de desapropriação das áreas que serão alcançadas pelo empreendimento, devendo as possíveis indenizações serem pagas pela companhia. A solução técnica foi apresentada pelo município. Por isso, as licenças ambientais necessárias para a edificação e o funcionamento da adutora serão fornecidas pela prefeitura. Os detalhes técnicos foram definidos em nova audiência judicial, no dia 22 de junho, quando o termo foi assinado e homologado.

Na avaliação do juiz Thiago Albani Oliveira, que presidiu a reunião, “as medidas são de suma importância quando se tem em vista a crise hídrica enfrentada pelo município de Linhares, agravada pelo impacto do desastre envolvendo as barragens da Samarco”.

O secretário de Desenvolvimento, Luciano Cabral de Melo, que até o mês de maio integrava a equipe do Meio Ambiente, informou que o custo da obra será entre R$ 4 milhões e R$ 6 milhões, e o prazo de entrega, de 60 dias a 90 dias. “A construção da adutora é uma ação emergencial para mitigar os graves problemas hídricos de Linhares. A chegada da lama obrigou a construção de barragens que impediram a alimentação de nosso manancial pelo Rio Doce e a situação hoje é crítica”, explicou

Cabral destacou ainda que serão executados outros projetos para melhorar a qualidade da água, entre eles a limpeza do leito e a recuperação das margens do Rio Pequeno.

Biólogos e ambientalistas afirmam que o efeito dos rejeitos tóxicos no mar continuará por pelo menos mais 100 anos

FATOS

Fonte: Arquivo ES Brasil

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05 novembro de 2015 Rompimento da barragem de Fundão, Mariana (MG)

17 de novembro de 2015 Lama chega a Colatina

22 de novembro de 2015 Lama atinge mar de Regência

02 de março de 2016 Governos do Espírito Santo e de Minas Gerais e União assinaram acordo com a Samarco, com valor estimado de R$ 20 bilhões, em 20 anos28 de março de 2016

Laudo do Instituto Chico Mendes (ICMBio) aponta que a contaminação dos peixes do Rio Doce por metais ultrapassava os limites permitidos pela legislação em até 140 vezes

Contaminação por metais: até 140 vezes o permitidos

R$ 20 bilhões em 20 anos

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PIB CAPIXABA TEM A MAIOR QUEDA DOS ÚLTIMOS SEIS ANOS

A economia capixaba tem registrado retração ainda maior que a observada no cenário nacional. Isso porque, apesar de o Espírito Santo ter se tornado referência no país na

recuperação do equilíbrio das contas públicas, vem sendo mais prejudicado que as demais unidades da federação com a parali-sação das atividades de mineração.

O Banco Central, no dia 16 de junho, divulgou o Índice de Atividade Econômica Regional, que fornece uma prévia do PIB estadual. Segundo as estatísticas do relatório, houve uma queda de 13,8% no primeiro quadrimestre do ano, em comparação a igual

Porto de Ubu: somente no município de Anchieta, a paralisação da Samarco

gerou uma queda mensal de R$ 9 milhões na arrecadação

FATOS

período de 2015; enquanto a baixa na economia brasileira foi de 6%, no mesmo intervalo.

A série mostra que a atividade da economia capixaba apresentou recuo de 7% no acumulado dos 12 meses encerrados em abril, o que significa o pior desempenho desde novembro de 2009, quando o declínio foi de 7,3%.

Eduardo Reis Araújo, presidente do Conselho Regional de Economia do Espírito Santo (Corecon-ES), avalia que o resultado foi influenciado pela paralisação de negócios da Samarco. “Os indicadores mostram um sinal de alerta, pois a queda de

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PERCENTUAIS DO PIB

IndicadoresEspírito Santo

(Índice de Atividade Econômica Regional - Espírito Santo)

Brasil(Índice de Atividade Econômica do

Banco Central - IBC-Br)

Crescimento acumulado nos últimos 12 meses -7% -5,4

Crescimento acumulado no primeiro quadrimestre do ano (jan-abr/2016) em relação a igual período do ano

anterior (jan-abr/2015)-13,8% -6%

Fonte: Banco Central do Brasil

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14% no crescimento do PIB no primeiro quadrimestre está acompanhada do encolhimento em importantes dados: produção industrial, varejo, serviços, exportações e importações. A influência da parada da Samarco é algo a se destacar, pois estimamos que a mineração tem participação forte no PIB estadual. O resultado disso é que o Espírito Santo deve registrar retração econômica mais acentuada que a do país em 2016. Com isso, estamos diante de um grande desafio, que é formulação de ações para combate ao desemprego, que deve crescer nos próximos meses”, explicou.

O tombo de preços de commodities, como é o caso do barril de petróleo, ocasiona impactos intenso na arrecadação e na capacidade de financiamento dos investimentos públicos. Isso se acumula com a inoperância da mineração.

Segundo ele, para ilustrar a influência desse segmento, vale citar que a indústria extrativa estadual (que também inclui o petróleo) tem peso de 24% no Valor Adicionado Bruto total. “A Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física do IBGE, combinada com

relatório de produção de empresas do setor, dá indícios de que a manutenção da parali-sação dos negócios de mineração pode retirar até 10% do potencial de crescimento do PIB capixaba. O quadro é preocupante porque já contabilizamos a

destruição de 50 mil postos de trabalho formais nos últimos 12 meses. Esse é o retrato do nosso desafio”, enfatiza o economista.

Além disso, diferentes indicadores conjunturais apontam baixas no Estado nos primeiros meses do ano: exportações (-40,7%), importações (-36,1%), volume de vendas do comércio (-9,6%), serviços (-7,3%) e indústria (-22,3%). A dificuldade é que o potencial para adoção de políticas anticíclicas encontra-se limitado face à escassez de recursos nas diferentes esferas da administração pública.

AGENDA Para auxiliar na superação da crise, o Corecon-ES, em parceria

com a revista ES Brasil, irá realizar em Vitória, nos dias 11 e 12 de agosto, o Encontro de Economia do Sudeste – Agenda para o Brasil sair da crise. A proposta é unir pesquisadores, executivos, empre-sários, estudantes e especialistas de diferentes áreas de todo o país para construir um plano de enfrentamento deste difícil momento.

O evento contará com sete painéis em temas estratégicos, com a participação de profissionais de renome e de importantes autoridades. Informações adicionais em www.corecon-es.org.br.

ENCONTRO DE ECONOMIA DO SUDESTE - AGENDA PARA O BRASIL SAIR DA CRISE11 e 12 de agostoDia 11 (9h) e dia 12 (15h) Hotel Bristol Century PlazaAv. Dante Michelini , 435, Praia de Camburi - Vitória, ESInformações: www.corecon-es.org.br

“Os indicadores mostram um sinal de alerta para economia capixaba. A queda de 14% no crescimento do PIB no primeiro quadrimestre está acompanhada na retração em importantes indicadores: produção industrial, varejo, serviços, exportações e importações” Eduardo Reis Araújo, presidente do Corecon-ES

RESULTADOS 2016

Nos primeiros meses deste ano, as exportações caíram 40,7% e as importações 36,1% no estado.

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9ª EDIÇÃO DO VITÓRIA MODA CELEBRA A ARTE E A CULTURA CAPIXABA

e no Brasil. Precisamos continuar conso-lidando nossas marcas em nível nacional, mostrando que os produtos capixabas estão entre os melhores do país”, destaca o presi-dente do Sistema Findes, Marcos Guerra.

Nesta edição, o destaque não vai só para a natureza exuberante e a etnia diversa, mas também para o artesanato e a economia criativa capixaba. A arte e a cultura de empreendedores ocuparão o Salão Criativo, onde uma ambientação temática acolherá o público visitante, com apresentações musicais de congo com Fábio Carvalho e banda, sons do artesanato indígena, pios e cajóns de Fábio Coelho, banda Som da Fogueira e a orquestra de violino e violões do Instituto Preservart.

Também estarão lá distribuídos cerca de 30 espaços ocupados por diferentes segmentos que representam o setor da economia criativa: arte, cultura, fotografia, moda, design, cinema, gastronomia, arquite-tura, marcenaria e artesanato, entre outros. “Queremos que a indústria e os desig-ners capixabas expressem, cada vez mais, o que os motiva intimamente. Afinal, ao valorizar sua própria cultura, a moda apro-pria-se do que ela tem de mais precioso:

I nspirada nas riquezas culturais e nas belezas naturais do Estado, a 9ª edição do Vitória Moda Alto Verão 2016/2017

já tem data certa para acontecer: entre os dias 5 e 7 de julho, no Centro de Convenções de Vitória. O evento, que terá como tema “Natural, original, tropical – mergulhando em nossas raízes”, faz parte de uma iniciativa do Sistema Findes, em parceria com o Sesi/Senai e correalização do Sebrae.

“O Espírito Santo possui um dos mais criativos clusters de moda. O Vitória Moda joga luz no potencial dessa nossa indústria, viabiliza novas parcerias, amplia negócios e estimula o fortalecimento do setor no Estado

O evento, que será realizado os dias 5 e 7 de julho, valoriza não só a natureza e a etnia diversa, como também o artesanato e a economia criativa do Estado

FATOS

sua identidade”, afirmou o coordenador do Vitória Moda e presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da Findes, José Carlos Bergamin.

O Vitória Moda Alto Verão 2016/2017 irá contar com o desfile de diversas marcas, como Dua’s, Caramelo, Eliane Kill, Açúcar Moreno, Cris Trajano, Riviera, PK Jeans, Zinsk, Buphallus, Florest, Vovó Santa, Saia de Chita, Dupla Menina, Look Belle, Closet, Sol de Verão, Isla Vix, Verônica Santolini, Surreal, Bebel Gama, Hagaef e Konyk, além da participação dos alunos de Moda das faculdades UVV, Faesa e Unesc.

“Sabemos a importância que o encontro tem para os empresários, principalmente de pequenos negócios. O evento é uma ótima oportunidade para divulgar as marcas e fazer networking, promovendo o contato entre ofertantes e compradores potenciais. Neste ano, mais de 20 marcas terão a chance de divulgar seus looks e tendências, apoiadas pelo Sebrae-ES. Esperamos que os empre-sários possam fazer bons negócios, que beneficiam também a economia capixaba”, disse José Eugênio Vieira, superintendente do Sebrae-ES.

“Ao valorizar sua própria cultura, a moda apropria-se do que ela tem de mais precioso: sua identidade” – José Carlos Bergamin, coordenador do Vitória Moda e presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da Findes

Foto: Divulgação

Fonte: organização do evento

NÚMEROS DO VITÓRIA MODAEm 2015, o Vitória Moda contou com a participação de 109 expositores e recebeu mais de 5 mil pessoas durante os três dias de evento (7 a 9 de julho), gerando um volume máximo de negócios de aproximadamente R$ 14 milhões.

R$ 14 milhões

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COMITIVA ACOMPANHA OBRAS DE AMPLIAÇÃO DO AEROPORTO

trabalhando no local, podendo chegar a 700 no pico das atividades. Agora vai”, destacou.

Mais de 200 máquinas e equipamentos estão sendo usados nas atividades de terraplanagem e drenagem e em obras civis. Até o momento, já foram movimentados mais de 2,6 milhões de metros cúbicos de terra, e cerca de 6 mil estacas estão sendo usadas no reforço do aterro da pista de pouso. “A ampliação vai beneficiar todos os setores econômicos, contribuindo para o desenvolvimento capixaba”, afirmou a subsecretária de Estado de Desenvolvimento, Cristina Santos.

Segundo Orlando Caliman Júnior, subsecretário de Estado de Logística de Transporte, o andamento das obras permitirá o avanço da logística capixaba. “O Espírito Santo cresceu, e o aeroporto precisa acompanhar esse crescimento, garantindo o suporte estrutural necessário para as demandas de negócios e de turismo do nosso Estado”, salientou.

Uma comitiva do Governo do Estado acompanhou as obras de ampliação do Aeroporto de Vitória para

verificar, in loco, o andamento dos serviços. Participaram da visita o governador Paulo Hartung e o vice, Cesar Colnago, além de secretários, subsecretários e demais representantes do Executivo.

De acordo com Hartung, para que o país possa recuperar a competitividade, é extremamente importante que sejam resolvidos gargalos históricos, como a modernização de rodovias, portos e aeroportos, algo que vem demonstrando progresso no Espírito Santo.

“No Estado, aos poucos, estamos avançando em nossas plataformas logísticas com a duplicação da BR 101, a previsão de retomada da ampliação do canal de acesso ao Complexo Portuário de Vitória e o andamento das obras do Aeroporto de Vitória. Pelo que vimos aqui, a obra do aeroporto ‘pegou no tranco’. São 450 pessoas

Comitiva foi acompanhar in loco o andamento dos serviços. Segundo a Infraero, já foram executados 16,5% dos trabalhos até o momento

FATOS

RETOMADA DAS OBRASA construção do novo complexo do

Aeroporto de Vitória/Eurico de Aguiar Salles teve início em junho de 2015 e possui investimentos de R$ 523,5 milhões. Já foram executados 16,5% dos trabalhos, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

As instalações incluem um novo terminal de passageiros, com dois pisos e 26,3 mil m² de área total e 31 balcões de check-in, 75 pontos comerciais, cinco posições de embarque/desembarque em pontes (fingers) e três posições remotas (sem o auxílio das pontes); um pátio para trânsito e estacionamento de aeronaves com 45,3 mil m²; uma nova pista de pousos e decolagens, com 2.058 metros de comprimento e 45 metros de largura, capaz de receber aeronaves do tipo 767-300, e 10 novas pistas de taxiamento, interligando-a ao pátio de aeronaves.

Também compõe o empreendimento uma central de utilidades (CUT), que reúne os sistemas de apoio para operação do terminal de passageiros e das pistas e pátios do aeroporto. De acordo com a Infraero, os trabalhos estão em andamento e dentro do cronograma inicialmente definido, com término previsto para o segundo semestre de 2017.

Fotos: Fred Loureiro/Secom-ES

AMPLIAÇÃO DO AEROPORTOA construção de novo complexo do Aeroporto de Vitória teve início em dezembro de 2004. Em 2007, após auditoria do Tribunal de Contas da União, a Infraero tentou repactuar os valores com o então consórcio responsável. Diante da negativa do grupo, a obra foi paralisada, e o contrato, suspenso. A novela se estendeu até o ano passado, quando o então ministro da Aviação Civil, Elizeu Padilha, veio ao Espírito Santo para anunciar a retomada das intervenções e assinar a ordem de serviço, em junho de 2015.

Ilustração: Divulgação

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GESTÃO

EMPREGOS

LINKEDIN TEM CRESCIMENTO DE 25% NO BRASIL

A rede social para profissionais, o LinkedIn, apresentou um aumento de 25% em sua base de usuários no Brasil, entre março de 2015 e maio de 2016, somando 25 milhões de pessoas em seu site em meio a um quadro de crise econômica e altos índices de desemprego no cenário nacional. A página, que está presente no Brasil desde 2011, quando abriu um escritório em São Paulo, encerrou o ano passado com um total de 23 milhões de perfis brasileiros. De acordo com a empresa, o país é o terceiro maior mercado da rede social, ficando atrás dos Estados Unidos, que tem 128 milhões de inscritos, e Índia, com 35 milhões.

PERDA

BRASIL CAI EM RANKING MUNDIAL DE COMPETITIVIDADE

O Brasil cedeu espaço no cenário competitivo internacional em 2015, ao cair pelo sexto ano consecutivo no Índice de Competitividade Mundial (World Competitiveness Yearbook – WCY), divulgado pelo International Institute for Management Development (IMD) e pela Fundação Dom Cabral. Com a queda, o país ocupa agora a 57ª colocação, somando um declínio de 19 posições em seis anos e ficando à frente somente de Croácia, Ucrânia, Mongólia e Venezuela. O poder absoluto da economia dos Estados Unidos também mostrou não ser mais tão eficiente, depois de perder o seu status como território mais competitivo do mundo para Hong Kong (China), que desafiou o padrão de retração da Ásia para deslocar os norte-americanos, pela primeira em vez em três anos.

SERASA

NÚMERO DE EMPRESAS CRIADAS NO PAÍS BATE RECORDE

De janeiro a março deste ano, surgiram 516.201 empresas no país, o que representa um crescimento de 7,5% em relação ao mesmo período de 2015, quando foram criados 480.364 empreendimentos. Esse é o maior número de firmas já registrado no primeiro trimestre, desde 2010, quando teve início a pesquisa em torno do Indicador Serasa Experian de Nascimento de Empresas. Mais da metade dos novos empreendedores buscaram o setor de serviços (324.984), seguido por comércio, com a abertura de 146.830 empresas, mas cuja participação recuou de 35% para 28,4% do total. Já na área industrial, foram criadas 43.163 empresas (8,4% do total). O número de microempreendedores individuais (MEIs) também apresentou um aumento de 14%, com a formalização de 413.555 novos negócios.

Foto: Divulgação

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FISCALIZAÇÃO

MUDANÇAS NO CNPJ AJUDAM A COMBATER A LAVAGEM DE DINHEIROAs alterações no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ), que entraram em vigor no dia 1º de junho, prometem auxiliar no combate à corrupção e à lavagem de dinheiro. As mudanças contemplam novos disciplinamentos, segundo a Receita Federal, como a inserção de normas relativas à figura do “beneficiário final” de pessoas jurídicas e de arranjos legais, especialmente os localizados fora do país, consideradas um desafio para a prevenção e a luta contra a sonegação fiscal, a corrupção e a lavagem de dinheiro. A instrução normativa define o beneficiário final como a pessoa natural que, em última instância, controla ou influencia significativamente uma determinada entidade.

SEBRAE

BIBLIOTECA DIGITAL SOBRE EMPREENDEDORISMO GANHA VERSÃO NO IPHONEUsuários do sistema iOS, disponível no iPhone, passam a contar a partir de agora com um acervo com mais de 5 mil documentos sobre empreendedorismo. O material está disponível para acesso on-line por meio do aplicativo Biblioteca Interativa Sebrae (BIS), lançado no mês de dezembro na versão Android e que agora se encontra presente também na Apple Store. O programa, que é indicado para quem pensa em abrir uma empresa ou para quem possui o próprio negócio, reúne vários conteúdos do Sebrae e de instituições parceiras. Permite fazer busca por temas e selecionar publicações para uma pasta de favoritos, facilitando o acesso posterior aos documentos de interesse do usuário. “Na BIS, há uma série de informações, artigos, livros, pesquisas, enfim, um amplo e diferenciado conteúdo para todos os perfis de pequeno negócio, destacando-se dicas de inovação e planejamento financeiro, orientações para segmentos específicos, como padarias e restaurantes, entre vários outros assunto”, destaca a diretora técnica do Sebrae, Heloisa Menezes.

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PROCON ALERTA PARA DATA DE AUMENTO DOS PLANOS DE SAÚDE

à Lei nº 9.656/98. A decisão atinge 8,3 milhões de beneficiários, o que repre-senta 17% do total de 48,5 milhões de consumidores, de acordo com dados referentes a abril de 2016.

Os beneficiários devem ficar atentos aos seus boletos de pagamento, onde devem constar claramente o índice de reajuste autorizado pela ANS, o número do ofício de autorização da agência, nome, código e número de registro do plano, bem como

A Agência Nacional de Saúde Suple-mentar (ANS) autorizou o reajuste dos planos de saúde, que poderá,

entretanto, ocorrer somente na data de ani-versário de cada contrato. O orgão regulador fixou em até 13,57% o índice a ser aplicado aos planos médico-hospitalares individuais/familiares, no período compreendido entre maio de 2016 e abril de 2017.

O percentual é válido para os contratos a partir de janeiro de 1999 ou adaptados

FATOS

o mês previsto para aplicação do próximo reajuste anual.

Em caso de dúvidas, basta o consumidor entrar em contato com o Procon de sua cidade ou do Estado, localizado na Avenida Princesa Isabel, 599, Ed. Março, 9º andar, Centro de Vitória, das 9 às 17 horas, de segunda a sexta--feira. Ou ainda diretamente na ANS, por meio do Disque ANS (0800 701 9656) ou pela Central de Atendimento ao Consumidor, no endereço eletrônico www.ans.gov.br.

Um plano de R$ 500,00 custará R$ 567,85. Mas, se o aniversário do contrato for em maio, o beneficiário irá pagar R$ 632,70 nos meses de julho e agosto

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EMPRESÁRIOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL BUSCAM SE ADEQUAR AO MOMENTO DE CRISE E ESPERAM MELHORIAS A MÉDIO PRAZO

“T odas as crises financeiras começam com crises imobiliárias, e não adianta dizer que desta vez é diferente”, afirmava pelo início de 2014 o professor de Finanças da Fundação Getúlio

Vargas, Luís Carlos Ewald, mais conhecido como “Sr. Dinheiro” por seu quadro no programa “Fantástico”. Ewald diz que foi muito criticado porque anos atrás, no auge da euforia desta área específica, já alertava para a formação de uma “bolha”, ainda que diferente da norte-americana, mas que logo estouraria e levaria o setor a tempos de vacas magras. Um motor de crescimento em anos não muito distantes, a construção civil e o mercado imobiliário agora sofrem do outro lado da moeda, a desaceleração do segmento.

Pode-se discutir se a turbulência nesse campo é causa ou consequência da crise política e econômica do país, sob o risco de tornar a questão semelhante à que debate se veio antes o ovo ou a galinha. Dependendo da perspectiva adotada, chega-se a uma ou outra análise.

O fato é que a economia vai mal, a política também, e tudo isso se relaciona e entrelaça com a construção. “Chegamos em termos econômicos à pior fase porque não vivemos uma crise só econômica, estamos passando por uma crise política, ética, moral, de extrema gravidade”, afirma André Meneghelli, diretor comercial da Kemp Engenharia.

YASMIN VILHENAECONOMIA VITOR TAVEIRA

ENTRE A CAUTELA E A ESPERANÇA

Em 2014, foram registradas

21 mil novas unidades em construção no ES,

enquanto em 2011 esse número foi de 36 mil

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O setor de obras públicas, por exemplo, tem sido afetado diretamente pelo encolhimento dos investimentos. “Há queda nos últimos anos. Apesar de todo o discurso, nem metade dos recursos anunciados pelo Governo Federal foi realmente liberada”, diz Paulo Baraona, presi-dente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado do Espírito Santo (Sinduscon-ES), lembrando as promessas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do projeto Minha Casa Minha Vida.

A isso soma-se a complicada situação fiscal da maioria dos estados e dos municípios brasileiros, deixando-os muito mais preocupados com ajustes fiscais, que muitas vezes prezam pelos

cortes de investimentos, inclusive em infraestrutura e obras. Só o Governo capixaba reduziu 64,4% dos aportes nos quatro primeiros meses do ano.

A situação de incerteza no cenário macroeconômico também afeta diretamente as aplicações na atividade industrial. No Espírito Santo, durante os anos de bonança, choviam anúncios de megaprojetos em diversas regiões. Na prática, diante da falta de confiança dos financiadores e de outros fatores, muitos desses empreendimentos não saíram do papel, sendo adiados ou cancelados.

A Petrobras diminuiu drasticamente seus investimentos por conta dos maus resultados, que se devem, entre outras causas, à corrupção e à baixa da cotação do petróleo. Sendo o Espírito Santo a segunda maior reserva petrolífera e de gás e responsável por uma parte considerável dos campos do pré-sal, o impacto é dos mais significativos por aqui. A ele agrega-se a retração de injeção de recursos de outras grandes empresas como a Vale, também afetada pela queda do preço internacional de commodities.

Por outro lado, a Operação Lava Jato jogou luzes a práticas enraizadas de corrupção entre poder público e esfera privada

no setor de construções. A magnitude desse efeito foi imensa. Além dos políticos e dos diretores de organizações públicas, mais de 20 grandes empreiteiras estão sendo investigadas, incluindo as sete maiores do país. Presidentes e diretores das organizações foram para a prisão. Apenas essas sete maiores companhias averiguadas somaram receita de R$ 36 bilhões em 2013.

O impacto econômico, obviamente, não foi pequeno: obras paralisadas, atrasadas por falta de recursos, e construtoras investigadas, muitas delas campeãs de expertise, e impedidas de participar de novas licitações. “O envolvimento dessas grandes empresas na Lava Jato também abre um cenário diferente para esse setor de obras públicas. Provavelmente haverá outro formato de licitações, lotes de obras menores, empresas de médio porte formando consórcios para suprir o vácuo deixado por essas grandes companhias”, ressalta Paulo Baraona.

“Acredito que a tendência daqui para a frente é de crescimento. Quanto tempo demoraremos para retomar o patamar anterior, é difícil prever. Mas ousaria estimar que daqui a dois ou três anos muita gente estará comemorando os negócios que fizeram durante a crise” José Luis Galvêas, diretor-presidente da Galwan

USO DE MÃO DE OBRA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

MêsEspírito Santo Sudeste Brasil

Emprego Variação anual Emprego Variação

anual Emprego Variação anual

Janeiro 2013 60.881 1,09% 1.169.376 -5,58% 1.498.097 3,04%Janeiro 2014 59.284 -2,62% 1.183.487 1,21% 2.527.065 1,16%Janeiro 2015 52.986 -10,62% 1.091.332 -7,79% 2.325.431 -7,98%Janeiro 2016 40.855 -22,89% 900.515 -17,48% 1.890.221 -18,72%

Fonte: Caged/2016

JANEIRO 2013 JANEIRO 2014 JANEIRO 2015 JANEIRO 2016

60.881 59.284 52.986 40.855

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A mudança de panorama com intensificação de desemprego, da inadimplência, dos distratos e da taxa de juros (que dobrou de 2007 para cá) também afetou o quadro do crédito. A Caixa, principal financiadora, assim como outros bancos, acabou colocando maiores restrições para empréstimos nessa modalidade. “O sonho da casa própria é de muitos brasileiros, que se preparam para esse momento. Na minha opinião, a pior fase da crise tem sido com o agente financiador, porque muitas vezes nós conseguimos comercializar a unidade, mas o próprio cliente não consegue a aprovação do crédito, porque o agente está mais criterioso para dá-lo. É uma grande frustração para quem se preparou para realizar este sonho”, lamenta Meneghelli.

MOMENTO DE CAUTELAO fato é que o momento de euforia passou, e hoje, para clientes

e empresas, a cautela predomina. “Há uma desconfiança muito grande no Brasil no âmbito dos investimentos. A construção civil é o primeiro setor atingido numa crise econômica e de confiança, pois movimenta bens de consumo de médio e longo prazo, e as pessoas tendem a não comprometer sua renda quando a situação econômica está crítica”, lembra Paulo Baraona.

Os empreendimentos que estão sendo lançados e finalizados hoje foram planejados anos atrás, numa conjuntura diferente. Atualmente, na hora de pensar em novos investimentos, impera a precaução. “Estamos usando certa cautela no mercado, não adianta eu soltar vários empreendimentos se o mercado não absorver. Gostaria de estar lançando bem mais do que hoje, mas fico receoso com o mercado. Tudo que está no cronograma está sendo executado. Mas poderia estar executando um pouco a mais do que o previsto no cronograma. Esse ‘a mais’ eu tenho segurado”, pontua Meneghelli, da Kemp.

MERCADO IMOBILIÁRIONo Espírito Santo, os dados do Sinduscon indicam que o total

de unidades em edificação era superior a 36 mil em 2011 na Grande Vitória e caiu para 21 mil em 2014, regredindo a números de sete anos atrás. Brasil afora, são variadas as notícias sobre construtoras de renome em situação delicada. Um exemplo é a Rossi, de São Paulo. Outra empresa, a PDG Reality, resolveu renegociar um montante de R$ 3,7 bilhões, cerca de 60% de sua dívida bruta com diversos bancos.

O aumento do distrato é outro problema frequente. Tal situação ocorre quando o cliente que comprou o imóvel na planta devolve-o, recebendo a maior parte do já pago de volta. Isso tende a se elevar em caso de cenários de maior insegurança e alta do desemprego, como acontece atualmente. Com o valor da unidade em baixa, a empresa acaba tendo que negociá-la a preço menor do que o oferecido anteriormente.

Numa pesquisa realizada no ano passado acompanhando nove grandes construtoras nacionais, a agência Fitch apontou que nelas houve um índice de devolução de 41% das opções vendidas em lançamentos. Nos anos anteriores, o percentual tinha sido de 29% e 24%.

“Hoje estamos usando certa cautela no mercado, não adianta eu soltar vários empreendimentos se o mercado não absorver. Gostaria de estar lançando bem mais do que hoje, mas fico receoso com o mercado” André Meneghelli, diretor comercial da Kemp Engenharia

Fonte: Sinduscon-ES | *Dados de novembro, com exceção do ano de 2014 (maio)*A partir do ano de 2012 foi incorporado o município de Guarapari na pesquisa e, em 2014, Fundão e Viana.

ALTOS E BAIXOS DA INDÚSTRIA IMOBILIÁRIA NO ESPÍRITO SANTO

Dez2001

Dez2002

Dez2003

Dez2004

Dez2005

Dez2006

Dez2007

Dez2008

Dez2009

Dez2010

Dez2011

Dez2012

Dez2013

Dez2014

Dez2015

Dez2016

36.461

27.697

21.109

26.757

40.000

35.000

30.000

25.000

20.000

15.000

10.000

5.000

0

11.557

7.970

Unidades em construção | Último censo 2015

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A Galwan, por exemplo, que tem trabalhado exclusivamente com condomínios fechados, pré-financiados pelos próprios compradores, três anos atrás tocava 18 empreendimentos anuais. Atualmente são seis unidades em obras, segundo seu diretor-presidente, José Luis Galvêas.

Embora a situação seja difícil, ele e Meneghelli afirmam que as companhias estão se saindo bem do momento adverso, fazendo o “dever de casa”, mantendo fielmente a produção prevista e o compromisso de entrega com o cliente, com boa gestão e planejamento, cortando custos possíveis e esperando uma recuperação macroeconômica.

“Na área de obras públicas, há queda nos últimos anos. Apesar de todo o discurso, nem metade dos recursos anunciados pelo Governo Federal foi realmente liberada”– Paulo Baraona, presidente do Sinduscon-ES

Muitos analistas já consideram 2016 como ano perdido. Se a economia começa a voltar minimante aos trilhos até dezembro, o otimismo ainda fica guardado lá para 2017 ou talvez 2018. “Se não acontecer dentro de dois ou três anos, com certeza em algum momento isso vai ocorrer [o reaquecimento do setor]. Estamos no ponto mais baixo a que esse mercado poderia chegar”, considera Galvêas.

Baraona, do Sinduscon, tem a expectativa de que em curto prazo haja uma recuperação pelo menos da confiança no Governo Federal, independentemente da política partidária, para que diminua o sentimento de que o investimento é um risco. “Quando a economia melhora, a construção também é um dos primeiros setores a se recuperar.”

André Meneghelli também crê numa retomada. “O Brasil é um país muito rico, tem recursos humanos e naturais. Vai sair dessa crise. Não com facilidade, porque mergulhamos fundo nela, mas vamos superá-la.”

Galvêas lembra que já há pequenos sinais de retomada. Para ele, hoje já não se encontram as mesmas oportunidades de compra de seis meses ou um ano atrás, especialmente nos bairros mais nobres e na capital. “Em velocidade maior ou menor, o mercado segue consumindo. Na medida em que o setor diminui o ritmo de construção, a tendência é que diminua a oferta. Na Galwan, nos últimos três meses já pudemos sentir um cenário bem mais positivo.” Na sua avaliação, a construção civil retrocedeu a um patamar de 2012, porém a possibilidade de continuar em queda é muito pequena. “A tendência daqui para a frente é de crescimento. Quanto tempo demoraremos para retomar o patamar anterior, é difícil prever. Mas ousaria estimar que daqui a dois ou três anos muita gente estará comemorando os negócios que fizeram durante a crise”.

Nos últimos três anos, o ES registrou uma queda de 22,99% no total de postos de trabalho na construção civil

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CULTIVO

GOVERNO LANÇA PROGRAMA PARA FOMENTAR PLANTIO DE PINUS

O Governo Estadual, por meio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), lançou no começo do mês de junho o Programa de Expansão do Plantio de Pinus para produção de goma-resina no Espírito Santo. A atual área cultivada em solo capi-xaba é de cerca de 2.700 hectares e fica localizada principalmente em Brejetuba, Castelo, Conceição do Castelo, Domingos Martins e Muniz Freire. Com o projeto, busca-se fomentar a cultura para outros municípios da região sul-serrana, considerados aptos para o plantio a partir de um estudo de zoneamento que identificou território com altitude de 500 a 1.300 metros, onde as temperaturas são amenas, e a deficiência hídrica pequena.

PRODUÇÃO DE GRÃOS DEVE SER DE 196,5 MILHÕES DE TONELADAS

O 9º Levantamento da Safra de Grãos 2015/16, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no dia 9 de junho, estima uma produção nacional de 196,5 milhões de toneladas: uma redução de 5,4% ou 11,2 milhões de toneladas em relação à colheita 2014/15, que foi de 207,7 milhões. A soja, responsável por 48,7% da oferta nacional de grãos, mesmo afetada pelo clima registrará entrega de 95,6 milhões de toneladas – 0,6% inferior à safra passada, que foi de 96,2 milhões de toneladas. Para arroz, feijão e algodão, a esti-

mativa também é de recuo no fornecimento total, levada a efeito pela diminuição na área plantada e pela estiagem ocorrida no período. O destaque ficará por conta do trigo, com uma produção de 5,9 milhões de toneladas; 3% superior ao desempenho anterior, que chegou a 5,5 milhões.

AGRO

NOSSA CASA

MAIS DE 650 PESQUISADORES SE INSCREVEM NO +PESQUISA AGROCAPIXABACerca de 650 inscritos do Estado participaram do maior edital de pesquisa da história da agropecuária do Espírito Santo, o +Pesquisa AgroCapixaba. Ao todo, foram recebidos 142 projetos, com uma demanda orçamentária bruta de R$ 20,2 milhões. Os trabalhos aprovados irão subsidiar a formulação de políticas públicas voltadas para o desenvolvimento rural sustentável, a elevação da renda dos produtores, o adensamento dos arranjos produtivos, a conservação do solo e o uso racional da água. Os projetos poderão ser desenvolvidos em 11 temas: Fruticultura; Mamão; Cafeicultura; Produção Animal; Olericultura; Pipericultura (pimenta-do-reino); Silvicultura e Sistemas Integrados de Produção; Culturas Alimentares e Floricultura; Aquicultura e Pesca; Água, Solo e Agricultura de Baixo Carbono; e Agroecologia e Agricultura Orgânica. O edital, no valor de R$ 14 milhões, representa o maior investimento com recursos próprios já feito pelo Governo do Estado em pesquisa agropecuária.

INSPEÇÃO

ES OBTÉM CERTIFICAÇÃO INTERNACIONAL COMO ÁREA LIVRE DE PESTE SUÍNA CLÁSSICAJuntamente com outros 13 estados, o Espírito Santo recebeu a certificação internacional como área livre de peste suína clássica (PSC), durante Assembleia Geral da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), realizada no final do mês de maio, em Paris. De acordo com o chefe do Departamento de Defesa Sanitária e Inspeção Animal do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf), Fabiano Fiuza Rangel, o reconhecimento evidencia o trabalho que vem sendo executado. “O Estado é livre da PSC há mais de 30 anos, resultado de uma atuação conjunta dos servidores do Instituto, das organizações envolvidas e do setor produtivo. A certificação é essencial para conferir ao Espírito Santo a possibilidade de exportar a carne suína para outros mercados”, explicou.PRODUÇÃO DE

CONILON CAPIXABA DEVE TER QUEDA DE ATÉ 40%

O Espírito Santo deve colher 5,953 milhões de sacas de café conilon neste ano (40% a menos do que o esperado), de acordo com a segunda estimativa de safra capixaba em 2016, divulgada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A previsão aponta, ainda, uma queda de 23,3% na produção de conilon em relação à de 2015. Conforme Romário Gava Ferrão, pesquisador do Incaper e coordenador do programa esta-dual de cafeicultura, a retração vertiginosa está diretamente vinculada à longa estiagem. “Foram 30 meses de seca. Tivemos de 30% a 60% a menos de precipitação, e a chuva foi mal distribuída. Além disso, as plantas sofreram muito com a insolação e o forte calor. As temperaturas ficaram muito elevadas, chegando a 3°C acima da média”, afirmou.

CAFÉ

LEVANTAMENTO

Foto: Pedro Revillion/ Palácio Piratini

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SERRA GANHA NOVA UNIDADE DE ENSINO O prefeito Audifax Barcelos inaugurou, no dia 16 de junho, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Antônio Vieira de Resende, em Central Carapina, na Serra. A nova unidade tem capacidade para atender 1.200 estudantes, divididos em três turnos em 16 salas de aula. Os alunos contarão ainda com laboratórios de ciências e informática, biblioteca, refeitório, cozinha, área de serviço e banheiros adaptados para pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, há salas de artes e multiúso e recursos para educação especial. Para os profissionais, a infraestrutura possui também salas de direção, coordenação, professores, pedagogos e de planejamento.

TAXA DE MARINHA EMENDA QUER ACABAR COM COBRANÇA

O deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) apresentou 12 emendas à Medida Provisória 732/16, que trata da exigência de taxa de marinha. Entre as propostas estão as questões relacionadas aos reajustes de até 500% e a proibição do cobrança em Vitória. Isso porque a Emenda Constitucional 46/2005 exclui as ilhas costeiras com sede de municípios, como é o caso da capital. Outra emenda garante a isenção de templos religiosos, lojas maçônicas e entidades sem fins lucrativos do pagamento de qualquer tipo de taxa de marinha. O texto da MP sugerido pelo Governo Federal fixa o aumento em 10,54% para este ano, com base no IGPM, prorroga a cobrança para até 29 de julho e prevê a quitação em até seis vezes.

POLÍTICA

URGÊNCIA

AUTORIZADA VENDA DE LOTES DA SUPPIN Deputados estaduais aprovaram o Projeto de Lei (PL) 179/2016, que autoriza o Poder

Executivo a licitar a venda do Micropolo Industrial de Vila Velha e o Polo Empresarial Cercado da Pedra, na Serra, imóveis que pertencem ao patrimônio da Superintendência de Projetos de Polarização Industrial (Suppin) em processo de extinção pelo Governo do Estado como mais uma medida para equilíbrio das contas públicas. Em Vila Velha, a alienação dos lotes será permitida exclusivamente para instalação de microempresas (MEs) e empresas de pequeno porte (EPPs) dos setores de confecções e de serviços de apoio. Na Serra, o Polo Empresarial será destinado a instalação e ordenação de investimentos que promovam o desenvolvimento econômico e social, mas em 20% dos lotes deverão ser instaladas MEs e EPPs.

INCENTIVO

ESTADO ADOTA MEDIDAS QUE FAVORECEM AUMENTO DE COMPETITIVIDADE NA AGROINDÚSTRIA

Ampliar a competitividade das indústrias de alimentos (frigoríficos de aves e bois, caprinos, suínos, ovinos e bubalinos) no Espírito Santo. Esse é o objetivo do decreto assinado no último dia 17 de junho pelo governador Paulo Hartung, em Venda Nova do Imigrante. O documento se integra à lei que isenta a cobrança de ICMS na importação de milho, o que tem permitido aos proprietários rurais capixabas se unir para comprar a mercadoria da Argentina, por um custo menor. No mesmo evento, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) reuniu produtores e autoridades para a assinatura de um conjunto de projetos, visando a simplificar e desburocratizar os serviços executados pelo órgão. No Espírito Santo, existem 25 agroindústrias que abatem frango, suíno, boi e ovinos. Além disso, são 50 produtores de frango de corte, 40 de suínos, 200 de ovinos e 15 mil de gado de corte. O setor da agroindústria de alimentos gera mais de 7 mil empregos diretos e 15 mil indiretos. No Estado, são fornecidas 98 mil toneladas de carne por ano, frente a um consumo de 125 mil.

SENADORA CAPIXABA ASSUME A FUNÇÃO DE LÍDER DO GOVERNOA peemedebista Rose de Freitas, que estava licenciada por causa de uma ameaça de AVC desde maio, foi escolhida pelo presidente interino, Michel Temer, para “comandar” as articulações necessárias às votações no Congresso. Ela assumiu a missão anunciando que seria necessário “trocar o pneu do carro com ele andando a 200 km por hora”. Logo nos primeiros dias de trabalho, despachou em caráter extraordinário um pacote com nove medidas provisórias (MPs) com prazos vencidos. Os bastidores garantem que pesou na escolha de Temer o perfil da senadora capixaba, apelidada no Palácio do Planalto de “Geddel de saias”, uma referência ao posicionamento direto e incisivo do ministro Geddel Vieira Lima (da Secretaria de Governo).

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A MUDANÇA NA LEI ELEITORAL E SEUS IMPACTOS NAS URNAS CAPIXABAS

Para o cientista, a alteração que teria maior possibilidade de fazer diferença significativa nas instituições políticas é justamente o veto às doações da iniciativa privada a candidatos e partidos. Segundo ele, a política não pode ficar refém das demandas empresariais em detrimento dos interesses da população, pois compromete totalmente o ideal democrático da igualdade. “Não é porque as empresas têm mais condições de financiar campanhas que elas devem poder ter mais influência sobre as decisões políticas que um cidadão comum”, afirma.

No entanto, Resende alerta que são necessárias definições complementares para que a proibição surta efeito positivo. “O problema é que essa medida não será de fato efetiva se não estiver acompanhada de outras que impeçam o caixa 2. Neste ponto, infelizmente, me parece que não houve avanços. E sem as complementares, o risco é que o acesso ao poder das instituições do Estado ocorra substancialmente através de meios ilegais”, destaca o professor.

Para o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), ainda é cedo para mensurar os impactos da minirreforma. “Será uma experiência única. Há restrições a uma série de práticas da cultura política do país. Mas certamente implicará maior e melhor igualdade na disputa. Diante de um eleitor mais crítico, mais cético, sentindo desgosto pela classe política, os candidatos serão obrigados a manter um diálogo mais verdadeiro”, argumenta.

R eduzir os custos das campanhas eleitorais, simplificar a administração dos partidos políticos e incentivar a participação feminina. Essas foram as justificativas para a aprovação

da minirreforma (Lei nº 13.165/2015) ao final do ano passado, que promoveu importantes alterações nas regras dos pleitos municipais deste ano.

No próximo dia 2 de outubro, mais de 230 candidatos irão tentar uma vitória nas urnas para assumir a prefeitura de um dos 78 municípios capixabas. Além deles (e delas), mais de 2.500 estarão na disputa por uma das 838 vagas de vereador. Será que as mudanças introduzidas nas leis n° 9.504/1997 (das Eleições), nº 9.096/1995 (dos Partidos Políticos) e nº 4.737/1965 (o Código Eleitoral) irão mesmo trazer as melhorias propagadas?

Na avaliação do doutor em Ciência Política e professor do mestrado em Sociologia Política da Universidade Vila Velha (UVV) Paulo Resende, a minirreforma é claramente insuficiente para resgatar a confiança da população na capacidade de representação tanto dos partidos como da classe política. “Essa reformulação teve na realidade a intenção de servir como tampão à crise de legitimidade que as instituições representativas vêm sofrendo no Brasil, contudo sem aumentar o poder popular, o controle sobre os representantes políticos ou as liberdades políticas. Na prática a minirreforma pouco ou nada contribui para ampliar o desenvolvimento da democracia”, afirma.

LUCIENE ARAÚJO

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MUDANÇAS O advogado eleitoral Marcelo Nunes enfatiza que a grande

conquista foi a contenção dos recursos privados. “Nas últimas eleições nós tivemos um gasto declarado junto à Justiça Eleitoral de todos os candidatos do país em torno de R$ 5,5 bilhões. A previsão deste ano é que fiquem em torno de R$ 500 milhões a R$ 1 bilhão, no máximo. Ou seja, vamos ter uma redução de cerca de 80% no gasto das campanhas”, frisou.

Paulo Resende Doutor em Ciência Política e professor do mestrado em

Sociologia Política da Universidade Vila Velha (UVV)

A obrigatoriedade de os partidos investirem entre 5% e 15% em campanhas de mulheres deverá aumentar a participação feminina nos Poderes Executivo e Legislativo? A faixa de 5% a 15% me parece muito pouco, mas talvez seja um primeiro passo para melhorar a representatividade das mulheres. E esse crescimento é importante, ainda que as eleitas não necessariamente tenham pautas políticas focais de interesse às mulheres ou reivindicadas pelos movimentos feministas.

Diante de tantas “feridas abertas” pela Lava Jato, é maior a probabilidade de aumento do percentual de renovação nas prefeituras e nas Câmaras do que em 2012? O nível da classe política brasileira está tão baixo que ou ela se renova massivamente ou poderá agravar a deterioração das instituições representativas. E isso está fazendo com que deixem de ter qualquer capacidade de representar os cidadãos e que estes percam qualquer esperança em serem representados. O risco é de crescer o apoio a uma onda de desdemocratização, com recortes substantivos nas liberdades e nos direitos civis, socioeconômicos e políticos.

O eleitor estará mais antenado no histórico de seus candidatos, no valor do voto? A atual crise política e a ampla difusão de informações pela internet têm pelo menos provocado o efeito positivo de politizar amplos segmentos da população, que antes não se informavam ou não se interessavam pelo que ocorria nas instituições do Estado. Poderá haver maior conscientização na escolha do voto. Entretanto, as expectativas se reduzem diante da fraca capacidade de reflexão, crítica e percepção sobre as necessidades do outro e os problemas da coletividade.

Foto: Roberto Burura

ANÁLISE POLÍTICAHouve também restrições significativas no campo da propaganda

eleitoral: as placas passaram de 2 m² para 0,5 m²; os adesivos agora são padronizados, também em 0,5 m², ou no vidro de trás do veículo todo perfurado; e está proibida a plotagem total no carro. Tais determinações trazem uma economia significativa.

Em contrapartida, isso significa que as campanhas irão depender, em sua maior parte, do fundo partidário, o que muito provavelmente levará as legendas a concentrar esforços (recursos) nas disputas para prefeito e em alguns vereadores com maior chance de vencer o pleito. “Os partidos recebem anualmente pouco mais de R$ 800 milhões para dividir por todos eles – 5% do total do fundo em partes iguais, a todos com estatutos registrados no Tribunal Superior Eleitoral; e 95% distribuídos na proporção dos votos obtidos na última eleição geral para a Câmara dos Deputados – por isso os candidatos a vereador deverão contar com pouco dinheiro vindo das siglas”, explica.

Diante desse novo quadro, o advogado acredita que a intenção de tornar o processo mais democrático será atendida. “O grande foco vai ser nas redes sociais, porque é uma forma gratuita de fazer propaganda, assim como o WhatsApp e o email. E essa propaganda barata torna a eleição mais democrática”, reiterou. Ele reforçou ainda que o pré-candidato deve abusar dessa mídia. “Pode anunciar que é pré-candidato, exaltar as qualidades e os feitos. Pode até dizer que está ali pedindo apoio político, caso tenha o nome confirmado na convenção partidária. Só é proibido pedir voto explícito, conforme determina o artigo 36, alínea a”, garante.

Nunes finaliza com um alerta para que, desde o início do trabalho, seja contratado um contador especializado em prestação de conta de campanha e um advogado para evitar problemas. Dentro de um processo eleitoral, o valor mínimo de uma multa é de R$ 5 mil, suficiente para um postulante a vereador ter os serviços dos dois profissionais. Quem utilizar uma pesquisa sem registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pagará R$ 50 mil, quase a cifra total que um concorrente ao Legislativo poderá gastar na campanha em Vila Velha.

“O primeiro gasto deve ser com o contador, um custo que gira em torno de R$ 500,00 a R$ 1,2 mil. A verba pode ter sido recebida de forma correta, mas a declaração equivocada, fora de prazo, vai causar prejuízo. Dentro das novas exigências, aquilo que é lícito pode se tornar ilícito no conjunto, como a sobreposição de placas. O candidato coloca a placa na medida correta de 0,5 m² no muro, mas depois outros fazem o mesmo processo, encostando um material no outro. Isso irá caracterizar para a Justiça Eleitoral que houve desobediência ao espaço permitido de uso. Por isso, como segurança, fotografe toda propaganda que instalar”, ensina.

“Diante de um eleitor sentindo desgosto pela classe política, os

candidatos serão obrigados a manter um diálogo mais verdadeiro” Ricardo Ferraço, senador (PSDB-ES)

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Fim da doação de empresas – Apenas pessoas físicas poderão fazer doações a partidos e candidatos, limitadas ao total de rendimentos tributáveis do ano anterior.

Gastos menores – Candidatos a prefeito só poderão gastar 70% do maior valor contratado no pleito anterior, se houve apenas um turno. Onde houve dois turnos, o limite será de 50%. No caso de vereador, o teto será de 70%.

Fundo partidário – Até 2018, só terão acesso ao dinheiro partidos com diretórios permanentes em 10% das cidades, em pelo menos 14 estados. Em 2022, a exigência sobe para 20% em 18 estados.

Campanha – Rádio e TV – Propagandas partidárias em cadeia nacional e estadual terão 5 minutos cada para os partidos com até nove deputados federais e 10 minutos para as legendas maiores, além de 10 e 20 minutos em inserções de 30 segundos, respectivamente. Podem funcionar, das 8 às 22 horas, alto-falantes ou amplificadores de som, nas sedes dos partidos

e de candidatos ou em veículos. Realização de comícios e utilização de aparelhagem de sonorização fixa, das 8 às 24 horas, podendo o horário ser prorrogado por mais duas horas no comício de encerramento de campanha. Permitida a propaganda eleitoral na internet, vedada a veiculação de qualquer tipo de propaganda paga. Autorizados, até as 22 horas do dia 1º de outubro, distribuição de material gráfico, caminhada, carreata, passeata ou carro de som divulgando jingles ou mensagens de candidatos.

Debates – Até 2020, só entram nos debates candidatos de partidos com pelo menos quatro deputados federais. Depois disso, a exigência sobe para mais de nove deputados. Candidatos a governador e a presidente deverão participar de pelo menos três debates televisivos, no segundo turno.

Pesquisas eleitorais – Institutos que nos 12 meses anteriores às eleições trabalharam para partidos ou candidatos, além de órgãos públicos, ficam proibidos de realizar pesquisas para veículos de comunicação.

Silêncio – Carros de som, minitrios, trios elétricos, alto-falantes e amplificadores de som somente estarão presentes em comícios, carreatas e outros eventos organizados. Comícios só podem ocorrer entre 6h e meia-noite.

Mulheres – De 5% a 15% dos repasses do Fundo Partidário têm de ser usados pelas legendas em campanhas de mulheres.

Coligações – No pleito de vereador, apenas serão escolhidos candidatos que obtiverem um mínimo de 10% do quociente eleitoral (total de votos válidos dividido pelas cadeira em disputa).

Federação – Duas ou mais legendas poderão formar uma federação, atuando como um só partido.

Fidelidade partidária – Perde o mandato quem se desfiliar do partido pelo qual foi eleito.

Domicílio eleitoral – Não é mais obrigatório que o candidato tenha domicílio eleitoral na região um ano antes do pleito.

Voto em trânsito – Os eleitores que estiverem fora das cidades no dia do pleito poderão votar. Haverá urnas especiais para os que estiverem em trânsito.

Voto impresso – A partir das eleições de 2018, as urnas eletrônicas deverão gerar registro impresso da votação, para conferência do eleitor, e só dele.

MULHERES As mulheres respondem por 51% da

população brasileira e 52% do eleitorado, mas a sua representatividade na política é tímida demais. Na Câmara dos Deputados, são 9,9% dos 513 parlamentares, e no Senado, apenas 12, entre os 81 representantes dos estados e do Distrito Federal.

No Espírito Santo, dos 838 vereadores em 2012, 92,48% eram homens (775), com só 13,52% das cadeiras ocupadas por mulheres. Isso significa que 63 das 2.659 que concorriam passaram a definir leis municipais.

E nos pleitos majoritários, somente as cidades de Presidente Kennedy, Mimoso do Sul, Guaçuí, Dores do Rio Preto, Alto Rio Novo e São José dos Calçados entregaram o comando do Executivo local a uma mulher. Hoje, Itapemirim também tem uma prefeita, em consequência do afastamento judicial, pela quarta vez, do vencedor nas urnas, Luciano Paiva.

Para a presidente do PV estadual, Cidinéia Maria Fontana, as estatísticas refletem uma questão cultura brasi-leira, de que as mulheres sempre foram educadas para apoiar os homens. “É necessário ter muita coragem para enfrentar o machismo, que ainda é fortís-simo no país. E a mulher também precisa se organizar melhor, se sentir parte do processo. Apesar de estar mais indepen-dente, a essência feminina ainda puxa para o lar. Na hora de definir prioridades, a maioria ainda reage com o instinto leoa de cuidar dos filhos, da casa, do marido”, aponta Cidinéia.

Mas ela comenta que as mudanças são significativas. “Em alguns municípios, já existem chapas com 50% de homens e 50% de mulheres. E acredito que nestas eleições teremos um número maior de mulheres eleitas.”

Iniciante na política, Paula Martins, pré-candidata a uma vaga de vereadora em Vitória, reivindica mais espaço. “As mulheres são 45% das filiações nos partidos. Temos uma legislação que nos garante 30% das vagas, mas sequer somos 10% de eleitas. Temos uma reserva agora de até 15% do fundo partidário. Por que essa cota não se cumpre? Fato é que ninguém cuidará das causas da mulher melhor que as próprias mulheres”, afirma.

PRINCIPAIS PONTOS DA MINIRREFORMA

Fonte: TSE

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RECURSOS Para o presidente estadual do PMDB, deputado federal Lelo

Coimbra, as campanhas este ano devem ser marcadas pela escassez de dinheiro, reflexo da crise econômica, da proibição de doações de empresas e do impacto da Operação Lava Jato. “Será uma campanha curta, de 45 dias, e enxuta de recursos. Mas isso vai favorecer o debate democrático de ideias e a criatividade. Quem quiser vencer terá que gastar muita sola de sapato e conversar bastante com os eleitores”, ressaltou ele, que é pré-candidato a prefeito de Vitória.

E a defesa de que a minirreforma trouxe democratização ao processo é um argumento que peemedebistas e petistas concordam. “O fim do financiamento empresarial abre a possibilidade de diminuir a influência do poder econômico. Por isso será uma disputa mais igualitária, mais democrática”, defende o presidente estadual do PT, Genivaldo Lievori, cotado a concorrer à Prefeitura de Colatina.

Quanto à hipótese defendida por alguns críticos das mudanças, de que o fim das dos repasses privados leve ao aumento da prática de caixa 2, Lievori ressalta que, além da fiscalização mais acirrada, todo cidadão pode denunciar os abusos de poder econômico ou qualquer outra irregularidade. “Não podemos pensar que uma legislação irá fomentar a criminalidade”, alega.

“Tenho alertado os candidatos do nosso partido de que neste ano teremos uma eleição diferente de todas as anteriores. Uma expressão que tem sido muito usada é que será uma eleição espartana.

Os candidatos terão que se desdobrar nesse período para conquistar o eleitorado, garantir um discurso capaz de convencer de que eles são a melhor opção neste momento de descrédito, mas também de reconstrução nacional”, avalia o deputado federal Max Filho (PSDB-ES).

Na disputa de 2012, das 26 siglas que apresentaram candidatos no Espírito Santo, 25 tiveram vereadores eleitos. Os cinco partidos que mais emplacaram ganhadores – PMDB, PSB, PT, PDT e PSD – conseguiram ocupar pouco menos da metade das vagas: 45,58%, totalizando 382 cargos. No Brasil, as siglas que mais conquistaram assentos nas Câmaras foram: PMDB, PSDB, PT, PP e PSD.

ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE 2012

Fonte: TSE

78 838

PREFEITOS VEREADORES

775homens (92,48%)

72homens (92,31%)

6mulheres

(7,69%)

63 mulheres

(7,52%)

Total de municípios

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ECONOMIA

SURGEM SINAIS DE ESTABILIZAÇÃO

M esmo com a grande recessão em 2015, sua continuidade em 2016 e um constante aumento nos

níveis de desemprego, começam a apare-cer no país alguns sinais de estabilização, por meio de indicadores levantados por várias instituições.

Dentre estes figura o Índice Nacional de Confiança do Empresário Industrial, que estava em torno de 36 pontos desde janeiro e subiu para 41 pontos em abril (abaixo de 50 pontos indica desconfiança e acima confiança), diminuindo a falta de convicção da indústria no crescimento da economia brasileira.

Também os Índices Nacionais de Expectativa do Consumidor, apesar da alta da inflação, do desemprego e da queda na renda das famílias, mostram melhora na comparação mensal. Embora a maior parte dos consumidores ainda espera avanço da inflação e do desemprego, a quantidade de pessimistas é menor.

Entretanto, qualquer cenário econô-mico positivo dependerá da capacidade do Governo do presidente interino Michel Temer de conseguir aprovação de uma agenda mínima no Congresso Nacional nos próximos dois meses. Caso contrário, a falta de confiança voltará a se intensi-ficar, mantendo baixos investimentos, alto desemprego e reforço inflacionário.

Alguns passos na direção de se ter um panorama favorável já foram dados, como a montagem de uma equipe econômica com credibilidade junto aos agentes finan-ceiros e à população. Porém, somente esse fato não será suficiente para eliminar

as causas que levaram o país estar na situação em que se encontra, com forte processo recessivo.

As medidas que precisam ser tomadas vão, necessariamente, na direção do estabelecimento de novas regras de reajustes na Previdência e no funcio-nalismo público, da implantação de idade mínima para a aposentadoria, do

UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL?

DORIA PORTO é engenheiro metalurgista com mestrado em Engenharia da Produção e em Administração

O esforço de convencimento da importância em se aprovar medidas

de ajustes junto ao Congresso e para a

população irá requerer do Executivo uma

enorme habilidade de articulação“

redesenho das vinculações orçamentá-rias da União e nos limites mínimos para algumas despesas (como na educação e na saúde) que, no conjunto, chegam a mais de 90% das receitas totais.

Praticamente, todas as ações visando a diminuir e, mesmo eliminar, o déficit público atual dependem do Congresso Nacional para aprovação de novas leis, inclusive de mudança na Constituição Federal, sem as quais será muito difícil retomar o crescimento econômico.

É preciso destacar que essas medidas envolverão custos políticos para depu-tados e senadores, que necessitarão explicar para seus eleitores por que apoiaram propostas que afetarão os montantes de recursos direcionados à educação e à saúde, por exemplo.

Por esses motivos, o esforço de conven-cimento da importância em se aprovar ajustes junto ao Congresso e para a popu-lação irá requerer do Executivo uma enorme habilidade de articulação, sem a qual as possibilidades de êxito vão se estreitar consideravelmente.

Caso isso não aconteça, a luz no final do túnel, que permitiria o retorno do cres-cimento econômico, será apenas de uma lamparina que, ao terminar o óleo combus-tível, irá se apagar, e todos nós voltaremos ao escuro.

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FAÇA O BEM. #COMPARTILHEOBEM

campanha, no dia 13 de junho, em uma sala de cinema do Shopping Vitória.

Para André Garcia, secretário de Estado da Segurança Pública, é extremamente importante que ocorra um comprometi-mento maior por parte de todos para que o Espírito Santo continue avançando na redução dos homicídios e no desenvolvi-mento de políticas de inserção social.

“Do dia 1º de janeiro até 12 de junho deste ano, o Espírito Santo registrou uma redução de 21% nos homicídios, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Essa queda é fruto de muito planejamento por parte da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social; integração entre as polícias Militar e Civil e o Corpo de Bombeiros Militar; e comprometimento por parte de todos os policiais que, diutur-namente, atuam nas ruas para garantir a proteção dos capixabas”, afirmou.

Segundo a secretária, os homicídios de mulheres também vêm apresentando uma retração em todo o Espírito Santo, com baixa de 34% em comparação com o mesmo período do ano passado. Um resultado que pode ser justificado por diversas ações, como a criação da Gerência de Proteção às Mulheres Vítimas de Violência; a ampliação das ativi-

dades da Patrulha da Família por parte da Polícia Militar; e o início do projeto Homem que é Homem, da Polícia Civil.

A uxiliar uma senhora a carregar as sacolas na escadaria, devolver uma carteira caída no chão para o seu

dono e dar aquele empurrãozinho em um carro enguiçado para ajudar o motorista. Esses são alguns dos momentos flagrados na rotina das ruas da Grande Vitória; his-tórias comuns, que acontecem com muito mais frequência do se imagina. Cenas reais que ganharam destaque na campa-nha #CompartilheoBem, do Governo do Estado, estruturada para fortalecer ainda mais o espírito solidário e a cultura de paz entre os capixabas.

“A violência é constitutiva do ser humano. O que permite promulgarmos a cultura da paz são as leis, as instituições, a família e o acesso à educação. A ação das nossas polícias é fundamental. Nossas instituições policiais trabalham com planejamento, gestão inten-siva, avaliando todos os indicadores do Estado e ações estratégicas de combate à criminali-dade. Esse planejamento é importante, mas não suficiente. O diferencial está dentro de casa, com a criação dos filhos e ensinamento do limite. Precisamos de apoio da socie-dade e, principalmente, o fortalecimento dos valores familiares”, destacou o governador Paulo Hartung, durante o lançamento da

FATOS

Outra frente que vem se destacando é o programa Ocupação Social, criadora de oportunidades para jovens de comunidades carentes. As atividades são desenvol-vidas pelo poder público em parceria com empresários, igrejas, instituições sociais e outras entidades representativas.

Fonte: Sesp-ES

ES REDUZ VIOLÊNCIA

Redução de 34% no comparativo com o mesmo período do

ano passado

Redução de 21% no comparativo com o mesmo período do

ano passado

HOMICÍDIOS

HOMICÍDIOS - MULHERES

2015

68

201645

21%

34%

2015

712

2016

560

Regi

stro

sRe

gist

ros

E VOCÊ, ESTÁ COMPARTILHANDO O BEM?Com o lançamento da campanha #CompartilheoBem, o Governo do Estado convida a sociedade a exercitar a tolerância no dia a dia, além de solucionar de forma pacífica alguns conflitos que acontecem em casa, no trabalho e no trânsito. Que tal arregaçar as mangas e fazer a sua parte?

“Do dia 1º de janeiro até 12 de junho deste ano, o Espírito Santo registrou uma redução de 21% nos homicídios, no comparativo com o mesmo período do ano passado” André Garcia, secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social

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MEDALHA DE BRONZE NOS JOGOS PAN-AMERICANOS DO MÉXICO EM 2011, A TRIATLETA PÂMELLA OLIVEIRA SERÁ A ÚNICA REPRESENTANTE BRASILEIRA DA MODALIDADE NA ELITE FEMININA DAS OLIMPÍADAS RIO 2016

OLIMPÍADAS

Pâmella Oliveira

N ascida no município de Vila Velha, a triatleta Pâmella Oliveira promete apresentador muita determinação e

garra para se destacar nos Jogos Olímpicos Rio 2016, que serão realizados entre os dias 5 e 21 de agosto, no Rio de Janeiro. De origem humilde, a capixaba projetou-se na natação com muito esforço e talento, tendo brilhado nas principais competições da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, desde as categorias de base. Hoje, no triatlo, é a primeira do ranking nacional e a brasileira mais bem colocada na lista da ITU (International Triathlon Union).

Você será a única representante brasileira da elite feminina do triatlo nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Por conta disso, a vontade de ganhar uma medalha aumenta ainda mais? Como está essa pressão por resultados?

Não me sinto pressionada nesse sentido, até porque o Brasil não tem medalhas na modalidade. Quero dar o meu melhor, e quem sabe superar a melhor marca, que é um 11°.

Nos Jogos Pan-Americanos de 2011, em Guadalajara, você chegou a conquistar a medalha de bronze na competição. Como era a Pâmella daquela época e como é a de agora? Sente que está ainda mais preparada?

Com certeza evolui muito desde 2011, em tudo. Mas o que mais mudou foi minha corrida, e isso me ajuda hoje a me manter no grupo da frente até o final.

Você é patrocinada pelo Sicoob-ES desde que tinha 14 anos de idade. Esse tipo de apoio foi fundamental para que chegasse até onde está agora?

Sem dúvida! Eu consigo treinar tranquilamente sabendo que terei tudo que preciso, por isso a importância do Sicoob em minha trajetória. É só treinar e competir.

Muitos atletas reclamam da falta de patrocínio, não só no Brasil, como também no Espírito Santo. Este pode ser considerado o maior desafio para se chegar ao pódio?

Em alguns esportes não há estrutura necessária para se treinar com qualidade em nível mundial. Eu, por exemplo, não fico no Estado não por falta de apoio, mas porque não consigo treinar com a qualidade que preciso. Acho que para funcionar mesmo bem, o ideal seria primeiro ter bons centros de treinamento e em seguida as empresas ajudarem. Porque a partir do momento que eu saio do Estado, as empresas locais não querem patrocinar por falta de visibilidade.

Nos outros estados ou países, fica ainda mais difícil ter apoio, já que não sou de lá.

O triatlo é uma modalidade que exige muita dedicação por parte dos atletas, até porque o esporte reúne corrida, natação e ciclismo. Como você busca se preparar para tantas práticas esportivas assim?

A diferença está na divisão dos treinos em cada modalidade. Cada atleta acaba se dedicando mais à modalidade fraca, mas em geral se nada quase todos os dias, e o os treinamento de ciclismo e corrida são intercalados. Não necessariamente fazemos os três todos os dias. No meu caso, abrimos mão de alguns treinos de natação para incluir mais de corrida.

Dos três esportes, qual seria o seu “xodó”? Tem algum que se identifica mais?

Eu comecei na natação, mas me identifiquei muito com o ciclismo. Das três atividades, é a que eu mais gosto de treinar.

Gostaria de deixar algum recado para os brasileiros que vão acompanhar de perto as Olimpíadas?

Torçam muito! O apoio de vocês faz muita diferença. Podem ter a certeza de que a cada grito darei mais que 100% de mim.

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PANORÂMICAS

Parceria do Editor

PROJETO

INSTITUIÇÕES OFERECEM ATÉ R$ 119 MIL EM PRÊMIOS PARA ECONOMISTAS

Economistas e estudantes podem aproveitar as oportunidades que cinco instituições brasileiras oferecem este ano para os melhores trabalhos, pesquisas e monografias na área, totalizando R$ 119 mil. O Prêmio CNI de Economia será concedido aos que se destacarem com projetos de economia aplicada sobre a indústria brasileira. Já a Secretaria de Orçamento Federal (SOF), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, está promovendo o Prêmio SOF de Monografias, cuja finalidade é estimular a pesquisa sobre orçamento público. E o Conselho Federal de Economia (Cofecon) organiza o Prêmio Brasil de Economia. As inscrições vão até o dia 24 de julho, nos Corecons ou pelo site www.cofecon.org.br/pbe. No Espírito Santo, o Conselho Regional realiza o Prêmio ES de Economia e vai contemplar a melhor monografia e o melhor artigo. Saiba mais no endereço: www.corecon-es.org.br.

TRABALHO

CONSELHO AJUDA RECÉM-FORMADOS A ENCONTRAR PRIMEIRO EMPREGO

Em tempos de crise econômica, o mercado de trabalho está mais competitivo, especialmente para jovens que disputam vagas com os profissionais experientes.  Para ajudar os recém-formados na busca do primeiro emprego, o Corecon convidou empresas para conversar com os jovens e compartilhar informações sobre esse cenário. Responsável por recrutamento e seleção esclareceram dúvidas e apresentaram um diagnóstico de oportunidades. O evento ocorreu no Parque Botânico da Vale e contou com a participação de campanhias, como Vale, Fibria, Futura Consultoria e Pesquisas, Psicoespaço e Humanun. 

PROCON ELOGIA ATUAÇÃO DO CORECON EM MUTIRÃOO Procon Estadual realizou em maio o 3º Mutirão de Negociação de Dívidas. A diretora-presidente da entidade, Denize Izaita, ressaltou a importância da parceria com o Conselho Regional de Economia, que teve um estande para orientar os consumidores. “Foi brilhante a atuação dos economistas no mutirão. Atingimos o objetivo de levar um pouco de educação financeira e reflexão para o nosso público”, informou. Durante a ação, 5.680 atendimentos foram realizados por instituições bancárias, financeiras, empresas de água, energia elétrica e telefonia, proporcionando ao público a oportunidade de negociar as dívidas e limpar o nome.

SEMANA DE EDUCAÇÃO FINANCEIRA TEM PARTICIPAÇÃO DE ECONOMISTAO Corecon foi convidado a participar da Semana de Educação Financeira realizada pela Escola do Serviço Público (Esesp). O presidente Eduardo Araújo fez palestra sobre o tema “Das finanças públicas às finanças pessoais: aplicação dos conceitos no dia a dia”. Em sua exposição, ele apontou quais os conceitos e as definições do orçamento público podem ser aplicados nas contas pessoais. O evento ocorreu de 16 a 22 de maio em todo o país. A iniciativa teve como objetivo conscientizar o público sobre a importância do planejamento financeiro, para que seja desenvolvida uma relação equilibrada com o dinheiro.

Fotos: Divulgação

PROJETO CORECON NAS ESCOLAS FAZ PARCERIA COM O CIEEO Corecon-ES está firmando parceria com o Centro de Integração Empresa Escola (CIEE) a fim de divulgar a profissão de economista, suas atribuições e importância. Essa aproximação é de grande valia para que os monitores possam conhecer um pouco mais a ocupação e passem a encaminhar mais estudantes para vagas de estágio. Espera-se, também, que o CIEE oriente as empresas a absorver mais bolsistas da área. “Muitas organizações pedem estagiários do curso de Administração porque não sabem que uma determinada função pode ser desempenhada também por um estudante de Economia”, explicou Ricardo Paixão, conselheiro do Corecon.

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INFORME PUBLICITÁRIO

UM BAIRRO CADA VEZ MAIS VALORIZADOSITUADO ENTRE A PRAIA DE CAMBURI E A UFES, BAIRRO JARDIM DA PENHA ATRAI MORADORES QUE BUSCAM LOCALIZAÇÃO PRIVILEGIADA E INFRAESTRUTURA

O empreendimento, com entrega para o final do ano que vem, está em fase de acabamento e foi levantado em um terreno de 1.520,54 m², na esquina das ruas Carijós e Comissário Octávio de Queiroz.

O prédio tem opções residenciais e lojas no térreo e oferece apar-tamentos de dois e três quartos, com suíte e até duas vagas de garagem. A área privativa das poucas unidades que ainda estão à venda varia de 72 m² a 88 m².

O edifício vem com o padrão de qualidade de acaba-mento Galwan, com porcelanato nas salas e nas varandas, laminado de madeira nos quartos e rebaixamento de gesso em todos os cômodos. A varanda tem peitoril de alumínio e vidro laminado. Já a área de lazer apresenta espaço gourmet, piscina, sauna e brinquedoteca.

E ntre a praia com melhor infraestrutura da capital, a área verde da Ufes, o canal de Camburi, o bairro Mata da Praia e o Parque Pedra da Cebola, Jardim da Penha é um lugar privilegiado.

A localização nobre atrai moradores que se encantam pela área e pela comodidade de estar próximo a tudo.

Perto de boas escolas e faculdades, cursos de idiomas, restau-rantes, bares, cinemas, teatros, supermercados, comércio e serviços variados, a região é pulsante, com animada vida noturna, pracinhas com lazer e feirinhas, e uma feira livre aos sábados frequentado por pessoas de vários bairros da capital.

Essas características e a demanda por empreendimentos com mais vagas de garagem e opções de lazer levaram a Galwan a lançar lá, há cerca de três anos, o Edifício Paulo Pereira Gomes, o primeiro condomínio de dois e três quartos da construtora.

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radio.esbrasil.com.br • esbrasil.com.br 51

www.galwan.com.br | 27 3200-4004

Dia desses recebi a visita da Lindaura. Ela trabalhou muito tempo comigo, quando meus fillhos eram pequenos. É uma pessoa de casa.

Lindaura já passou dos 70, mas “se acha”, e é, como diz: “São 75 anos de puro charme!” Ela estava com uma dúvida e queria minha opinião: “O fato é o seguinte, amiga” (ela trata todo mundo assim). “Eu entrei no ônibus para ir ao Centro da cidade a fim de fazer umas comprinhas. Fiquei em pé, atrás da cadeira do motorista, remexendo na bolsa para encontrar o documento que me permitia estar ali, sem ter que pagar passagem. Mas o danado do documento estava difícil de ser encontrado! O motorista se incomodou com a situação, olhou pra trás e me perguntou: ‘A senhora ainda não se sentou por quê? Está procurando algum documento? Não é necessário, tá na cara que a Dona já é uma senhora idosa’.” Lindaura ficou pra morrer. “Eu nunca tinha recebido uma desfeita tão grande nesta vida!”, disse, inconsolável. Anotou a placa do ônibus para procurar a delegacia e registrar uma queixa contra o “educado” motorista.

Pediu minha opinião. Opinião dada, e ela acabou desistindo.

Dias atrás meu telefone toca. Era a Lindaura, toda feliz, contando que fora a um baile da terceira idade e lá encontrara um senhor, já viúvo, que se interessou muito por ela. É necessário que se diga que a nossa amiga já amargou algumas desilusões amorosas, as quais ela justifica dizendo que “ia com muita sede ao pote”. ”Ah! mas agora não, amiga! Agora estou aprendendo, estou ficando escolada. Daqui pra frente vou tratar namorado, noivo ou marido como manda o figurino! Me ensinaram o seguinte: ‘Homem tem que ser tratado igual a cabelo! Num dia a gente prende, no outro, solta! Num dia a gente alisa, no outro, enrola! Dá uma cortada aqui, outra ali, quando precisa! Numa semana a gente amacia, na outra, é só jogar de lado e ele fica ótimo!’ Fala a verdade: cabelo dá trabalho, mas mulher quer viver careca?” (Como é rica e sábia a nossa cultura popular!). “Mas quer saber? Que isso é a mais pura verdade,” é, conclui a nossa amiga Lindaura.

Os tempos mudaram muito: Na época da minha juventude (e lá se vai um bom tempo...) as meninas se arrumavam para sair e ficavam felizes com as piadas (sempre de bom gosto) que ouviam da ala masculina. Era até humilhante voltar para casa sem ter ouvido um “fiu...fiu”, um galanteio (ainda se usa essa palavra?). Eu não me esqueço de um que ouvi e achei original: “Quando eu vejo uma garota assim eu me pergunto: por que é que Deus me fez com essa cara?”.

Atualmente não se pode mais elogiar uma mulher na rua. O que era lisongeiro ontem pode ser visto como agressivo hoje. E é aí que eu pergunto: o que teria mudado? As abordagens ficaram mais insolentes? As mulheres ficaram mais melindrosas? Mudou o homem? Mudou a mulher? Ah! vai saber....

A nossa Lindaura é que sabe das coisas. Dia desses ela comentou comigo: “Hoje ficam aí falando que os homens são isso, são aquilo, são aquilo outro, etc e tal. Pois eu já acho o contrário. Eu até me pergunto: por que foi que eles mudaram tanto, ficaram tão comedidos? São incapazes de mexerem comigo como antes. Passo em frente às construções civis e não ouço mais nada. Os homens que trabalham lá são incapazes de gritarem pra mim, como antigamente: ‘Ô... essa aí lá em casa.’ E ingenuamente arremata: “Será, amiga, que é medo de cadeia?”.

“Existe somente uma idade para a gente ser feliz, somente uma época na vida de cada pessoa em que é possível sonhar. Essa idade tão fugaz na vida chama-se presente e tem a duração do instante que passa”. (Mário Quintana)

OS TEMPOS MUDARAM...Zéa Galvêas Terra - [email protected]

CRÔNICA

Além disso, oferece infraestrutura para instalação de aquecedor a gás de passagem para todos os chuveiros; infraestrutura para instalação de ar-refrigerado do tipo split nos quartos; centro de conectividade indivi-dual por apartamento com tubulações interligadas e infraestrutura de instalação de circuito interno de TV nas áreas comuns.

Para maior sustentabilidade, há medidor individual de água e gás; bacias sanitárias de duplo fluxo e sensores de presença nas garagens, evitando desperdício hídrico e elétrico. O projeto arquitetônico e a concepção da fachada são do arquiteto Diocélio Grasselli.

“Jardim da Penha é um bairro com pessoas que não se muda-riam de lá e que precisam de opções, pois os jovens vão casando, a família vai aumentando. Existe uma demanda por produtos para esse público, que valoriza as características do bairro, mas também quer área de lazer, piscina e mais vagas de garagem”, disse José Luís Galvêas Loureiro, diretor-presidente da Galwan.

Ele explica que o lançamento do Paulo Pereira Gomes teve uma excelente aceitação. “O interessante é que, ao entrarmos em Jardim da Penha, outras áreas nos foram oferecidas. O bairro tem poucos terrenos disponíveis, e há uma demanda por produtos diferenciados que respeitem as características da região”, afirmou.

EDIFÍCIO PAULO PEREIRA GOMES

Apartamentos: dois quartos com suíte e uma vaga de garagem (72 m²) e três quartos com suíte e duas vagas de garagem (88 m²). Vagas autônomas à venda.

Lazer: Espaço gourmet, piscina, sauna e brinquedoteca.

Endereço: Rua Comissário Octávio de Queiroz 150 e Rua Carijós 450, Quadra IV, Bloco M, Jardim da Penha, Vitória.

Realização e construção: Galwan Construtora e Incorporadora S/A

Informações e vendas: 3200-4004

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SEMANA CULTURAL COM MUITAS ATIVIDADES EM DOMINGOS MARTINS

Lançamento de livros, exibição de filmes, exposições e apresentações musicais foram apenas a lgumas das atividades da Semana Cultural de Domingos Martins, que aconteceu entre os dias 6 e 12 de junho, em Campinho. As comemorações fazem parte da

celebração do Dia do Município, data que rememora a morte de Domingos José Martins, que dá nome à cidade. O público pôde conhecer um pouco mais sobre a trajetória da imigração alemã e italiana, por meio de contação de histórias e exibição de filmes. Outros destaques ficaram por conta da apresentação dos alunos da Escola de Música Helena Gerhardt Brickwedde, com as turmas de orquestra e coral, banda e recital, e dos grupos de dança Blumen Der Erde, Bergfreunde de Campinho e Grünes Tal.

ILHA SHOWS RECEBE “ARRAIÁ DA PRETA”

A energia e o carisma de Preta Gil prometem agitar a capital capixaba no próximo mês, com o “Arraiá da Preta”, que acontece no dia 8 de julho, no Ilha Shows. O evento, que será uma típica festa julina, também contará com barraca do beijo, correio elegante e comidas típicas, além das apresentações dos DJs Rike Sike e Patricktor4. A cantora irá apresentar, como de costume, um repertório bem alto-astral, composto por músicas próprias e muitos sucessos, levando ao palco toda sua alegria e irreverência. Uma verdadeira salada musical, com hits como “Sinais de Fogo”, “Stereo” e “Meu Corpo Quer Você”, além de funk, samba, axé, sertanejo e muito mais. Preta virá acompanhada de sua banda, que é formada por Fabio Lessa (baixo), Ricardo Marins (guitarra), André Fernandes (bateria) e Geovanni Andrade (teclado).

“NADA ALÉM DAS PALAVRAS” NA MATIAS BROTAS ARTE CONTEMPORÂNEAA Matias Brotas Arte Contemporânea convidou um artista para intervir na fachada do prédio da galeria, com a produção da obra que dará o nome à exposição “Nada Além das Palavras”, um enorme stencil, que faz aplicações de letras, palavras e símbolos na parede. A mostra reúne um conjunto de pinturas recentes de Antonio Bokel, algumas de tamanho monumental, além de uma escultura em bronze e uma fotografia. “Uso muitas impressões em tela. Figuras geométricas se misturam com ruídos e palavras. Texturas e blocos brancos, que tapam a pintura em camadas de tinta, são elementos frequentes. Também falo sobre a constante briga da natureza para sobreviver no asfalto, do embate do urbano e do natural”, explica Bokel. A exposição segue até o dia 4 de agosto.

ESTILO

Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

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ARTISTA CAPIXABA É DESTAQUE EM FESTIVAL NA POLÔNIAÂngela Gomes é uma das convidadas a participar do “IX Festival de Arte Naïf no Mundo”, que será realizado entre os dias 10 de junho e 19 de agosto, na Szyb Wilson Gallery, em Katowice, Polônia. A pintora, maior referência dessa vertente no Estado, irá apresentar seis trabalhos no total, dos quais cinco mostram as belezas capixabas e um faz uma homenagem à Espanha, país que será condecorado no evento. Nesta edição, o encontro deve reunir, em média, 1.500 obras de autores de 30 países. O destaque são as pinturas, mas esculturas e cerâmicas também ganham espaço durante o festival, que contará ainda com diversas ações, como oficinas, exibição de filmes e palestras, além de exposições menores em museus locais. “Ser convidada para expor meu trabalho neste festival de tamanha relevância é uma honra. Este é um evento único, que recebe milhares de visitantes interessados na arte naïf”, declara a capixaba.

FOTOGRAFIAS ANTIGAS CONTAM HISTÓRIA DO ESPÍRITO SANTO

Aqueles que têm curiosidade de saber como eram os municípios capixabas no século XIX poderão conhecer um pouco mais sobre a história desse período por meio do livro “Victor Frond - 1860: uma aventura fotográfica pelo itinerário de D. Pedro II na Província do Espírito Santo”, de Cilmar Franceschetto. A publicação, que foi lançada no começo do mês de junho, no Museu Vale, é um estudo detalhado sobre a visita do fotógrafo francês Victor Frond, contratado pelo governo imperial, para excursionar pela então Província do Espírito Santo, em 1860, ocasião em que captou as primeiras imagens por estas terras capixabas, no total de 16 registros. “O livro conta os caminhos percorridos, e os encontros e desencontros dele com os capixabas, enfim, como surgia e se disseminava essa ‘nova arte’ entre os brasileiros e, especialmente, como se deu o pioneirismo de Victor Frond ao realizar as primeiras fotografias do Espírito Santo”, destaca Cilmar. A exposição com os cliques da obra fica disponível até o dia 30 de julho no Museu Vale.

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José Eugênio Vieira é pesquisador com

diversos livros publicados sobre

a História do Espírito Santo e

atualmente ocupa a Superintendência

do Sebrae

Quem são as personalidades que deram nome às ruas e às avenidas do Estado e qual a importância delas para o desenvolvimento capixaba? Para responder a essas e outras perguntas, a coluna “O Endereço da História” presta uma homenagem às pessoas que tanto contribuíram para o Espírito Santo. Confira.

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CASTELO BRANCO – O HOMEM, O SOLDADO, O PRESIDENTE

Em 1965, já presidente da República, o marechal Humberto de Alencar Castelo Branco leu

num jornal que o irmão ganhara de seus companheiros de trabalho um automó-

vel Aero Willys. Era uma retribuição à ajuda que ele dera para a elaboração de uma lei que organizava a carreira na Receita Federal.O presidente telefonou imedia-

tamente para o irmão, dizendo-lhe que deveria devolver o carro.

“Veja, Humberto, se cada fiscal da Receita tivesse sido presenteado com uma gravata, o valor seria muito maior”, respondeu-lhe o irmão.

“Você não entendeu”, retrucou o marechal. “Afastado do cargo, você já está. Estamos agora decidindo se você vai ser preso ou não.”

Esse episódio, narrado por Elio Gaspari (Folha de S. Paulo, 10 de julho de 2005), define o comportamento deste cearense, filho de um general e descendente da família do escritor José de Alencar, primeiro presidente do período de regime instaurado pela intervenção militar de 1964.

Sua formação começou em 1918, na Escola Militar do Realengo, Rio de Janeiro. Já como tenente, foi servir no 12º Regimento de Infantaria, em Belo Horizonte.

Como capitão da arma da Infantaria, estudou na École Supérieure de Guerre, na França, e, como tenente-coronel, no Fort Leavenwortt School, nos Estados Unidos.

Participou da Força Expedicionária Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial, permanecendo 300 dias no front italiano.

Sua presença no campo da política se iniciou quando apoiou o movimento militar chefiado pelo marechal Lott, que garantiu a posse do presidente eleito Juscelino Kubitschek, ameaçado de sofrer um golpe de Estado por militares da chamada “linha dura”.

O clima político no Brasil, em 1964, era instável, desde a renúncia de Jânio Quadros e a posse de seu vice-presi-dente, com a imprensa e a Igreja Católica se manifestando contra o governo João Goulart, movimento marcado sobretudo pela “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” do dia 19 de março de um lado, e de outro pelas Ligas Camponesas de Julião, que apoiavam o mandatário e ameaçavam incendiar o país.

Em 31 de março, os militares tomaram o poder. Castelo Branco foi eleito, pelo Congresso Nacional, presidente da República em 11 de abril, com 361 votos, incluído o de Juscelino Kubitschek; houve 72 abstenções. O vice-presi-dente escolhido foi o mineiro José Maria Alkimin.

Em 25 de julho de 1966, Castelo Branco escapou da morte por uma curva do destino. O avião que o levaria

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ao Recife sofreu uma pane em João Pessoa. Ele seguiu de automóvel até o aeroporto da capital pernambucana, onde se encontraria com seu ministro da Guerra e futuro sucessor, o general Costa e Silva, alvo de um ataque terro-rista que eclodiu minutos antes de sua chegada e que provocou várias mortes e ferimentos em dezenas de pessoas.

Participaram do ministério de Castelo Branco figuras exponen-ciais, como Cordeiro de Farias, Eduardo Gomes, Juracy Magalhães, Juarez Távora, Ernesto Geisel, e civis, como Pedro Aleixo, José de Magalhães Pinto (ex-governador de Minas Gerais), Roberto Campos e Otavio Gouveia de Bulhões.

Durante a sua gestão, foram iniciadas as negociações com o Paraguai para a construção da Usina de Itaipu; e criados o Código Tributário Nacional, o Estatuto da Terra, o Banco Nacional de Habitação, o Banco Central, a Polícia Federal, a Lei do Mercado de Capitais, a Casa da Moeda e o Código de Mineração. Em 1966, surge a Embratur.

Na área econômica, o marechal aprovou o regulamento geral do Instituto Brasileiro da Reforma Agrária, atual Incra; acentuou a inter-nacionalização da economia para entrada de capitais estrangeiros

para construção de obras rodoviárias; unificou os institutos de previdência IAPL, IAPC, Iapetec em um único, o INPS, atual INSS; deu andamento aos projetos pendentes da cons-trução de ferrovias para a integração norte-sul, leste-oeste, passando por Brasília; começou as obras da BR-210 (Belém-Brasília), da Transamazônica,

e da Rodovia Transbrasiliana.Para combater a inflação crescente e o déficit público, Castelo

Branco determinou o incentivo às exportações, atraiu investimentos externos, reduziu as despesas do Governo e revogou a lei de remessa de lucros para o exterior.

Porém, durante o período de sua administração, foram implan-tados os atos institucionais, com o fechamento do Congresso, a Lei de Imprensa, a desativação de organizações de esquerda e o SNI. O Ato Institucional número 2 dissolveu os partidos políticos e impôs o bipartidarismo com a criação da Arena e do MDB.

O marechal Humberto de Alencar Castelo Branco pretendia ter como seu sucessor o general Geisel, oficial favorável à sua política moderada, e não o general Costa e Silva, seguidor da filosofia da Escola de Guerra de Fort Leavenworth, de linha dura. Com isso, imaginavam ele e seus seguidores, o regime militar teria duração menor, passando a seguir o Governo a um civil, que poderia ser Pedro Aleixo, num processo mais ágil de redemocratização do país.

O primeiro presidente indicado pelos militares visitou o Espírito Santo ainda em 1964. Recebeu as chaves da cidade no Aeroporto de Vitória e percorreu as ruas em carro aberto até o Palácio Anchieta, onde foi homenageado com um almoço pelo governador Francisco Lacerda de Aguiar. Discursou na ocasião, mostrando-se sensibilizado com as homenagens recebidas.

Nosso personagem desta edição morreu aos 69 anos de idade, em 18 de julho de 1967, logo após ter deixado o poder. Num episódio nunca esclarecido, a cauda do pequeno avião Piper PA-23, modelo Aztec, em que viajava, foi atingido por uma aeronave Lockheed da Força Aérea Brasileira, pilotada por um aspirante da Aeronáutica que se ejetou e nada sofreu.

A memória do marechal Humberto de Alencar Castelo Branco foi reverenciada pelos capixabas, com o seu nome batizando uma das nossas principais vias públicas: a Rua Castelo Branco, na cidade de Vila Velha. (Copidesque: Rubens Pontes).

Mais fotos e vídeos na galeria do site: www.esbrasil.com.br/oenderecodahistoria

Convento da Penha

Teatro Municipal

de Vila Velha

38º Batalhão de Infantaria

Marinha do Brasil Escola de Aprendizes

Marinheiros do Espírito Santo

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R. Castelo BrancoR. Castelo Branco

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R. Henrique Moscoso R. Quinze de Novembro

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Participe da coluna enviando sugestões para [email protected]

Navegue pelo Street View

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151 LUGARES NO ESPÍRITO SANTO QUE POSSUEM O NOME CASTELO BRANCO

Fonte: Correios e Secretaria de Educação do Espírito Santo (Sedu)

85 Bairros

1 Beco

47 Ruas

17 Avenidas

4Escolas

1 Escadaria

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TRÊS PRAIAS... UM PARAÍSO

A lgumas praias de Guarapari já são bem famosas entre brasileiros de diferentes estados e estrangeiros

que visitam o balneário, principalmente durante o verão, quando a cidade está tomada por turistas.

Mas, distante do burburinho da Praia do Morro, ou da disputa por um lugar ao sol na Areia Preta, ou ainda da badalação

AONDE IR

COMO CHEGAR Na Rodovia do Sol, após passar a Pedreira, siga em frente até avistar o semáforo no cruzamento (há um posto de gasolina à direita), vire à esquerda na Av. Paris e vá adiante, sentido Praia do Morro. Entre na Rua Sevilha (uma antes do posto Ale), mantendo-se sempre à direita pela estrada de chão e na bifurcação. Após subir e descer um pequeno morro, estará na Praia dos Adventistas. Então basta seguir ao norte e chegará às Três Praias.

Veja mais fotos na galeria do site: www.revistaesbrasil.com.br

Vitória-ES

Três PraiasGuarapari

Vila Velha

GASTRONOMIADepois de aproveitar as belezas naturais das Três Praias, a dica é dar uma esticadinha até o Restaurante Pilão Cantinho da Roça, com cardápio variado que inclui caldos, massas, petiscos, peixes e pizzas. A sugestão do chef é a picanha à la Brasília, que vem acompanhada com arroz branco, feijão tropeiro, batata frita e queijo coalho.

PILÃO CANTINHO DA ROÇAEndereço: Av. Maria de Lourdes Carvalho Dantas, 141 – Praia do Morro Guarapari – ESTelefone: (27) 3361-6035

na Enseada Azul, há um recanto de beleza singular, desconhecido até mesmo por muitos capixabas: as Três Praias.

As praias Mateus Lopes, com 175 metros de extensão, Leontina (286m) e Ancoradouro (ou do Saco – 160m), que esti-veram fechadas por muitos anos, quando se pretendia construir um resort no local, formam um verdadeiro santuário ecoló-gico. A obra foi embargada, e o acesso às praias, interditado, o que continua gerando muitas brigas na Justiça. A entrada prin-cipal permanece bloqueada até hoje, mas é possível, e vale a pena, chegar lá pela Praia dos Adventistas, onde há uma colônia de férias que oferece conforto aos frequen-tadores. Deste ponto, basta seguir uma pequena trilha para descobrir um verda-deiro paraíso.

Todas as praias são separadas por mata nativa e pedras, o que torna esse santuário ecológico ainda mais belo. As águas calmas, cristalinas e menos geladas que as de outros “mares” proporcionam o point perfeito para curtir o dia com a família. Ah, a praia da direita (maior delas), de águas bastante calmas, flat na linguagem dos surfistas, é ideal para a caça submarina; enquanto na da esquerda, com um pouco de sorte, é possível aproveitar algumas brincadeiras típicas de um mar mais “forte”, como pegar onda de peito (jacaré) ou mesmo surfar.

Vale lembrar que não há quiosques para venda de bebidas ou lanches, portanto,

para passar o dia, leve o piquenique de casa. E para manter o lugar preservado, não deixe o lixo para trás.

Nos finais de semana e durante todo o verão, há ainda uma outra opção para chegar a esse recanto. Você pode fazer um gostoso passeio de escuna, saindo do canal de Guarapari, no Centro da cidade, ou do final da Praia do Morro. Mais de uma empresa oferece condições diversificadas, com dinheiro a parada para mergulho.

Se ainda não conhece a área, inclua-a em seu roteiro de opções que precisam ser contempladas. Com certeza, voltará de lá com “energia renovada”.

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BAR ESPECIALIZADO EM DEFUMADOS É DESTAQUE EM JARDIM CAMBURI

Aqueles que são fãs de aromas e sabores das carnes defumadas não podem deixar de conhecer o novo ponto de encontro de Jardim Camburi, o Smoke Bar. No cardápio, podem ser saboreadas diversas delícias, como costelinha defumada barbecue, bolinho de rabada e barriguinha crocante, que são os pratos mais pedidos da casa, além de sardinha defumada, ravióli de batata-baroa com pernil defumado e ravióli de beterraba com cupim, entre outras opções. Os preços são camaradas e variam de R$ 12 a R$ 30. “A carne

defumada é muito usada na alta gastronomia e, por isso, muitos a associam a preços mais caros. Queremos desmitificar essa ideia e mostrar que ela pode ser acessível ao grande público. A defumação é feita de forma artesanal. Trabalhamos com produtos frescos e bem elaborados e não utilizamos conservantes”, informou um dos sócios, o chef Mário Tardin.

Foto: Divulgação

TORO BLANCO LANÇA PAELLA AOS SÁBADOS

O restaurante Toro Blanco, inaugurado recentemente no bairro de Santa Lúcia, em Vitória, lançou o seu almoço com a paella espanhola. De 15 em 15 dias, sempre aos sábados, a partir das 12 horas, um chef convidado irá preparar a iguaria ao vivo, aos olhos do público, na tradicional panela de um metro de diâmetro, que atende até 80 pessoas por vez. Além do prato principal, todos os sábados terá uma entrada surpresa feita pelo chef da casa, Sylfarney Romano, como lagosta gratinada, camarões e tapas. “Todo sábado receberemos os frutos do mar que compõem a nossa paella valenciana, todos selecionados e vivos, garantindo excelência do frescor, qualidade e sabor. A ideia é promover um almoço diferente e animado, num ambiente agradável, com boa carta de vinho e drinques especiais, além de uma experiência gastronômica inesquecível”, destacou Felippe Abreu Coelho, proprietário do Toro Blanco.

MENU ES BRASILBRUNO MAZZEIpresidente da CDL Jovem Vitória

Localizado na Praia da Costa, em Vila Velha, o restaurante Protein House oferece pratos leves e saudáveis como o backdoor. “É um purê de batata-doce com cenoura e creme de ricota, bife enrolado com queijo branco, tomate seco e rúcula. Trata-se de uma refeição bem equilibrada, com a quantidade necessária de proteína, carboidratos e hortaliças. É uma comida saborosa e que faz bem!”

HAPPY HOUR COM NOVIDADES NO CAPRI

O restaurante Capri Italiano Contemporâneo, no Shopping Day by Day, na Praia do Canto, está com novidades no seu happy hour, que volta com dose dupla de Heineken às terças-feiras. Além disso, de terça a quinta, a casa oferece um cardápio especial de petiscos para quem deseja dar aquela esticada na noite após o expediente. Dentre as opções, estão as porções de pastéis – com seis unidades, podendo ser de queijo (R$ 25), carne (R$ 25), camarão (R$ 30) ou misto (dois sabores – R$ 27) –, o croquete de pupunha (R$ 26), os dadinhos de tapioca guarnecidos com mel de engenho e geleia de pimenta (R$ 25), e as fritas com alecrim e sal grosso (R$ 21) para compartilhar. Que tal dar uma passada lá?

Foto: Divulgação

GASTRONOMIA

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Performance e segurança que fazem a diferençaFORD RANGER

TEST DRIVE

para cadeiras infantis e sistema de conectividade sync com tela colorida de 4,2 polegadas, Bluetooth, comandos de voz para áudio e telefone, sistema applink para aplicativos de smartphones e assistência de emergência.

O quesito segurança também não deixa a desejar, vindo com o sistema Advance Trac, que inclui controle eletrônico de estabilidade, tração e anticapotamento, assistente de partida em rampa, controle adaptativo de carga e assistência de frenagem de emergência.

Para atender às necessidades dos diferentes perfis de consumo no subsegmento diesel, o modelo também será oferecido nas versões XLT e XLS Diesel, com preços a partir de R$ 109.500 e R$ 129.900, respectivamente. Já a mais completa, a Limited 3.2 Diesel 4x4, tem o valor de R$ 179.900.

A nova Ford Ranger 2017, já disponível na Contauto, chega com novidades imperdíveis que prometem agradar a todos os “picapeiros de plantão”. Com preço a partir de R$ 99.500

na versão XLS, a opção 2.5 Flex ampliou a sua garantia, que a partir de agora passa a ser de cinco anos. Uma inovação que a torna a primeira picape do Brasil a contar com essa vantagem inédita ao consumidor, especialmente pelas condições de rodagem.

De acordo com o diretor da Contauto, Apolo Figueiredo Rizk, a iniciativa demonstra a qualidade e a confiabilidade da marca no produto. “A Ranger tem tradição, conta com clientes fiéis, e sabemos da importância do pós-venda, especialmente de picapes. É um veículo que enfrenta todo tipo de terreno e diferentes tipos de trabalho, do qual se espera muita resistência e durabilidade”, afirma.

Outro destaque fica por conta da personalização com acessórios exclusivos, a exemplo do sistema de iluminação da caçamba, composta por quatro barras de lâmpadas de led flexíveis e acionamento automático na abertura da caçamba. As soleiras, também em led, contribuem ainda para um melhor embarque e desembarque de passageiros.

Já a Ranger Limited Diesel 4x4, versão top de linha, apresenta um pacote completo de segurança, aliando uma performance ainda melhor fora da estrada, como piloto automático adaptativo, alerta de colisão, sistema de permanência em faixa e farol alto automático. “E todas as versões vêm equipadas com sete air bags, advance trac e direção elétrica de série”, acrescenta o gerente de Vendas da Contauto, Leandro Stucchi.

Robusto e completo, o automóvel tem direção elétrica, vidros, retrovisores e travas elétricas, ar-condicionado, rodas de liga-leve de 17 polegadas com pneus 265/65 R17 all season, faróis de neblina, computador de bordo, piloto automático, sistema isofix

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RANGER LIMITED 3.2 DIESEL 4X4 AT

Motorização: 3.2 Duratorq Transmissão: Automática, 6 velocidades Pneus: 265/60 R18Rodas: Liga-Leve 18”

Dimensões: • Comprimento: 5.354 mm• Largura: com espelho – 2163 mm

sem espelhos – 1860 mm• Altura: 1.848 mm• Capacidade: 1.009 (kg)• Tanque: 80 litros

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RANKING AUTOMOTIVO COROLLA NA FRENTEA coluna Test Drive publica a cada mês o número de emplacamentos feitos em todo o Estado, levando em consideração apenas automóveis e comerciais leves com valor de mercado acima de R$ 50 mil, que no mês de maio, apresentaram uma variação negativa em relação ao mesmo período do ano passado, de 27,96% e 29,39%, respectivamente. Para chegar ao registro total de cada modelo, foram somadas todas as versões disponíveis. Confira a lista referente ao mês de maio.

NÚMERO DO MÊSFoi o número de emplacamentos de veículos comerciais leves realizados em todo o Estado no mês de maio, de acordo com dados do sindicato.

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Pos. Fabricante/ Veículo Emplacamentos A partir

de (R$)

1º Toyota Corolla 157 68.740

2º Toyota Hilux 130 118.690

3º Jeep Renegade 91 68.990

4º Honda HR-V 84 78.700

5º Fiat Toro 82 76.500

6º Honda Civic 29 73.000

7º Honda Fit 28 56.200

8º Renault Duster 22 62.990

9º Ford Ecosport 21 68.490

10º Hyundai iX35 20 99.990

Fonte: Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos do Espírito Santo (Sincodives)

FOX 2017 TERÁ CÂMERA DE RÉ A linha 2017 do Volkswagen Fox vem com novidades interessantes para

os consumidores, que a partir de agora irão contar com uma câmera de ré para auxílio em manobras de estacionamento e mais alternativas de centrais multimídia, além de novas rodas, entre outros. O dispositivo estará disponível como opcional para todas as versões a partir da Comfortline 1.0, que sai por R$ 48.190 e apresenta novas calotas, volante multifuncional com comandos do sistema de som e computador de bordo como itens de série, assim como novas rodas de 15 polegadas “Turim” da versão Highline (opcional). Já o modelo topo de linha, equipado com motor 1.6 MSI de 120 cv, recebeu um interior com acabamento escurecido, que inclui painel e revestimento dos bancos.

VENDA DE VEÍCULOS CAI 21,2% EM MAIO

As vendas de veículos caíram 21,2% em maio, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). No mês, foram emplacados 167.509 carros, caminhões e ônibus, contra 212.693 no mesmo período de 2015. No segmento de carros, a queda foi de 20,8%, enquanto que as saídas de motos despencaram 18% no mês passado. A retração mais acentuada nos emplacamentos continua sendo no grupo de veículos pesados, que recuou 32,3% comercialização de caminhões e 26,6% na de ônibus. No acumulado do ano, a baixa foi de 31,8% e de 42,8%, respectivamente.

MITSUBISHI PAJERO GANHA VERSÃO OUTDOOR

Depois do utilitário ASX e da picape L200, chegou a vez da Pajero, outro modelo da Mitsubishi, ganhar a versão Outdoor, que vem com um visual mais off-road e a tração 4x4. As novidades ficam por conta dos para-choques na cor grafite, acabamento encontrado também na grade dianteira, frisos laterais, retrovisores, moldura da placa, maçanetas e molduras plásticas das caixas de roda. Outro destaque do visual são os faróis de máscara negra, rack de teto pintado de preto, rodas de 17 polegadas na cor grafite (envolvidas por pneus 265/65) e aerofólio integrado à tampa traseira. Além dessa versão mais robusta, a Mitsubishi também apresenta a linha 2017 da Pajero HPE, que vem com uma renovada grade, faróis de xenônio, central multimídia com tela de 7 polegadas, acendimento automático dos faróis, banco do motorista com ajuste elétrico, ar-condicionado automático, oito air bags, câmera de ré, entre outras novidades.

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DVD

AS SUFRAGISTAS Sarah Gavron, Universal

O roteiro acompanha o despertar da prota-gonista, Maud Watts (Carey Mulligan), rumo à libertação das regras sociais do início do século XX. Uma mulher sem formação política, lavadeira, acostumada à opressão masculina, que começa a descobrir seus direitos como cidadã.

BLU RAY

DEUSES DO EGITOAlex Proyas, Torrent Films

O pacato Bek (Brenton Thwaites) vive em um Egito ancestral dominado por deuses e forças ocultas. Quando o impiedoso Set (Gerard Butler), divindade da escuridão, toma o trono da nação e mergulha a socie-dade no caos, o jovem se une a outros cidadãos e com o poderoso deus Horus (Nikolaj Coster-Waldau), para formar a resistência.

CD

JÚPITERSilva, Slap/Som Livre

Todo assinado pelo artista em parceria com seu irmão Lucas Silva, o reper-tório inédito de “Júpiter” gravita em torno do universo romântico com letras mais simples. A obra contém 11 faixas,

incluindo “Vinheta Instrumental 10”, produ-zida e gravada em estúdio de Vitória. As duas músicas

que se destacam são “Eu Sempre Quis” e “Feliz e Ponto”.

LIVRO

UM DEFEITO DE COR Ana Maria Gonçalves, Record

Segundo a crítica de Millôr Fernandes, o melhor livro da literatura nacional do século XXI. História contada pelo ponto de vista de Kehinde, arrancada da região de Daomé, na África, e trazida para a Bahia. Uma obra que trata de maneira sensível os horrores da escravidão no Brasil.

Confira as sugestões da coluna no site: www.revistaesbrasil.com.br

Foto: Divulgação

A DAMA DOURADA (WOMAN IN GOLD)Simon Curtis, Diamond Films

“A interpretação de Helen Mirren está impecável nesta história baseada em fatos reais. O longa toca em temas como o horror do holocausto, além de roubos e espólios presentes na história de diversos museus pelo mundo durante a Segunda Guerra Mundial. Imperdível.”Renan Andrade, diretor do Museu de Arte do Espírito Santo (Maes)

CORPURA BANDA ALÁFIAYB Music, Natura Musical

“Excelente trabalho marcado pelo olhar atento às questões políticas, com altas doses de acidez. Violência policial, racismo e exclusão fazem parte das letras emolduradas por uma sonoridade perfeita.”Charlene Bicalho, diretora do Theatro Carlos Gomes

PLANTANDO CARVALHOSEmerson de Almeida, Elsevier – Campus

“Emerson de Almeida, pioneiro presidente da Fundação Dom Cabral, instituição de ensino que alcançou prestígio internacional, fala da trajetória da entidade que dirige, destacando os atributos de organizações duradouras. É uma leitura rica e inspiradora.” Paula Castelo, diretora acadêmica da Faculdade de Vitória

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CÉU OU INFERNO? EIS A QUESTÃO

C omo você tem encarado e vivido a sua vida? Segundo a teolo-gia cristã, céu e inferno são lugares, mas também são estados de espírito. E aí, em qual deles você está?

A cada dia observamos mais e mais notícias que nos chegam sobre pessoas em estado de depressão, angústia, solidão e tristeza. São as chamadas doenças da alma.

Os sintomas, na maioria, não são perceptíveis, pois num primeiro momento não causam dor física, mas sim um incômodo lá no fundo do coração e na mente. E vão aumentando na medida em que se perde o brilho nos olhos, e a pessoa vai desenvolvendo atitudes apáticas, de desestímulo, de inércia.

Chega um momento em que nada mais tem valor, significado, e o olhar se fixa num ponto qualquer; o vazio toma conta do viver.

É fundamental o apoio dos que estão mais próximos e também de profissionais médicos, pois sair de uma situação crítica requer muitos cuidados e um plano de ação com estratégias para reverter a situação.

O que leva uma pessoa a essa condição extrema? Pode ser um trauma provocado por uma perda, uma desilusão amorosa ou simplesmente a falta da vontade de viver, por incrível que isso possa parecer.

Recentemente tive acesso ao vídeo em que é abordado o tema “céu e inferno” (os leitores podem acessá-lo em: http://migre.me/u4lUI).

Focando no aspecto da lógica, ambos são estados de espírito, e vai depender muito das nossas atitudes a tendência para um ou

para o outro lado.

O exemplo apresentado no vídeo nos leva a um questionamento sobre nossas atitudes em face aos acontecimentos de nossa vida e no nosso dia a dia. Sim, nossas atitudes, mesmo que silenciosas, são fatores determinantes para estarmos no céu ou no inferno. Também são decisivas para colocar pessoas nas mais diversas situações de paz ou de conflito.

Somos o resultado de nossas atitudes, e isso fará uma enorme diferença, dependendo do rumo que tomarmos, em relação a nós e ao outro.

Algumas pessoas pautam suas atitudes para o conflito, para o questionamento, para ações beligerantes. Estas estarão, com certeza, mais próximas do inferno. Outras contam até 10, são mais resistentes ao conflito, refletem antes de agir e buscam manter condutas equilibradas, estando mais perto do conceito de céu.

Sempre vai chegar a hora em que terá que decidir se vai rir ou chorar. Se vai rir ou chorar pela felicidade, pelo estresse, pelo nervosismo... O que muda a chavinha é sua forma de tomar a decisão. Você pode transformar a vida numa comédia ou num drama: se aumentar a lente, vira comédia; se diminuir, vira drama. Se quiser controlar tudo, vira drama; se colocar seu limite, vira comédia... Rir ou chorar... é uma decisão sua, e não do outro!

E vocês? Como estão suas atitudes diárias? Assista ao vídeo e reflita.

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LUIZ FERNANDO LEITÃ[email protected]

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• A MeatPack, na Praia do Canto, tem as melhores carnes do ES

• A Mec Show se consolida como feira setorial

• O Madero chegou ao Shopping Vitória

• Morango, Vinho, Colono e Sanfona são algumas das festas que movimentam as montanhas capixabas neste inverno

• Vamos ajudar a salvar o Museu Mello Leitão

DICA DO CHEF“Participar de mais uma corrida de rua com minha esposa.” - Fabio Colnago, administrador

A SAIDEIRA!A coluna repudia, veemente e antecipadamente, qualquer

acusação contra ela!!

• As Olimpíadas

• A Selecinha

• A delação premiada

• O “Trio Calafrio” da comissão de impeachment

• O Rio quebrou

• O nobre jurista “Thomas Turbano”

• O Governo Temer

• As eleições municipais

CARDÁPIO DE ASSUNTOS

MOQUEQUINHAS

PRATOS DO DIA

OS MELHORES A revista britânica “Restaurant”

divulgou sua esperada lista. Além do prêmio principal, o de melhor restaurante do mundo, que ficou com o Osteria Francescana de Modena, da Itália, outras categorias merecem destaque: o de melhor chef (Joan Roca, Espanha) e o de melhor chef patissier (Pierre Hermé, França). A publicação também elegeu a melhor casa de cada continente, na América do Sul. O troféu ficou com o Peruano Central. O restaurante D.O.M, do chef Alex Atala, conquistou segundo lugar no continente e o 11º do mundo. A relação completa você encontra em (www.thewords50best.com).

PAGUE QUANTO QUISERQuanto você pagaria por uma garrafa de água no deserto? O conceito “pague

quanto quiser”, bem difundido fora do país, chega com força no eixo Rio São Paulo, principalmente em cafés e eventos culturais. A ideia de o público ficar livre para decidir o valor do que consome, aparentemente loucura, pode trazer grandes surpresas. Espetáculos, bazares de roupas, restaurante e cafés que adotaram a estratégia de preço livre se impressionam com o resultado.

Quer experimentar? Visite o Café dos Meninos, que fica no Ed. Garagem Meneses Cortes, no Largo da Carioca, no Rio de Janeiro, o Preto Café, em Pinheiros e o Bazar Free Hand Customs, na Vila Mariana, ambos em São Paulo.

Divertida Mente Filme

Samuel Smith Pale Ale

Um Lugar Chamado Liberdade Ken Follett

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