Revista Escada 12

32
número 12 | ano 03 outubro a dezembro 2012 Publicação Sinepe/PR QUAL A ESCOLA IDEAL PARA SEU FILHO? Institucional Sinepe/PR tem nova diretoria para biênio 2012-2014 Entrevista Ademar Batista Pereira faz balanço de sua gestão Enem Por uma prova mais justa para todos

description

Revista do Sindicato da Escolas Particulares do Estado do Paraná

Transcript of Revista Escada 12

Page 1: Revista Escada 12

número 12 | ano 03 outubro a dezembro 2012 Publicação Sinepe/PR

QUAL A escoLA ideAL pArA seU fiLho?

Institucional Sinepe/PR tem nova diretoria para biênio 2012-2014

EntrevistaAdemar Batista Pereira faz balanço de sua gestão

EnemPor uma prova mais justa para todos

Page 2: Revista Escada 12
Page 3: Revista Escada 12
Page 4: Revista Escada 12

Há quatro anos à frente do Sinepe/PR como presidente, aproveito o encerramento da minha gestão para agradecer a oportu-nidade que tive de liderar muitos líderes. Agradeço também o apoio técnico da equipe de funcionários e a união de todos em prol das causas da escola particular.

Neste período, o Sindicato ganhou mais representati-vidade tanto nacional como no interior do estado. Esta representatividade pode ser percebida pelo público ge-ral com as diversas notícias sobre educação na mídia. Fomos fonte consultada para falar dos mais diversos assuntos: melhorias para o Enem; calendário escolar; análise dos dados do Inep; responsabilidade socioam-biental, entre tantos outros temas. Mas vale lembrar que também somos fonte quando o assunto é reajuste de matrículas, greve de professores e outros temas ardi-losos que pedem o posicionamento do Sinepe sempre em defesa da classe.

Divulgamos os nossos serviços, mostramos nossos projetos e, a partir de 2013, o trabalho continua com uma nova e competente gestão. Mais uma vez agradeço a todos pela confiança.

Aproveite esta edição da revista Escada que foi preparada especialmente para você. Boa leitura!

Ademar Batista PereiraPresidente

4

e.di.to.ri.aladj m+f

Revista Escada Publicação periódica de caráter informativo com circulação dirigida e gratuita. Desenvolvida para o Sinepe/PR.

Editada pela Editora Inventa Ltda - CNPJ 11.870.080/0001-52Rua Heitor Stockler de França, 356 - 1º andar - Centro Cívico - Curitiba - PR

Conteúdo IEME Comunicação www.iemecomunicacao.com.br

Jornalista Responsável Taís Mainardes DRT/PR 6380

Redação Marília Bobato, Mariana Nunes, Marina Gallucci e Priscilla Scurupa

Projeto gráfico e ilustrações D-Lab – www.dlab.com.br

Revisão Flávia Ferreira

Comercialização Márcio M. Mocellin, Ana Amaral e Tatiana Barboza

Críticas e sugestões [email protected]

Comercial [email protected]

Os artigos assinados são de responsabilidade de seus autores e não expressam, necessariamente, a opinião desta revista.

Conselho editorial Jacir J. Venturi, José Antonio Karam José Manoel de Macedo Caron Jr. Márcio M. MocellinAprovação Ademar Batista Pereira

Tiragem 11 mil exemplaresImpressão e acabamento Maxi Gráfica e Editora LtdaLogística e Distribuição CorreiosVersão Digital www.revistaescada.com.br

ex.pe.di.en.teadj m+f

Sinepe/PR Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Estado do Paraná

Conselho Diretor gestão 2010/2012 Diretoria ExecutivaPresidente Ademar Batista Pereira1º Vice-Presidente Jacir José Venturi2º Vice-Presidente Oriovisto GuimarãesDiretor Administrativo Ailton R. DörlDiretor Econômico/Financeiro Rosa Maria C. V. de BarrosDiretor de Legislação e Normas Maria Luiza Xavier CordeiroDiretor de Planejamento José Manoel de Macedo Caron Jr.

Diretoria de EnsinoDiretor de Ensino Superior José Antonio KaramDiretor de Ensino Médio/Técnico Gilberto Vizini VieiraDiretor de Ensino Fundamental Esther Cristina PereiraDiretor de Ensino da Educação Infantil Noely Luiza D. SantosDiretor de Ensino dos Cursos Livres José Luis ChongDiretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Jaime M. Marinero VanegasDiretor de Ensino das Academias Ana Dayse Cunha Agulham

Conselheiros1º Conselheiro Jorge Apóstolos Siarcos2º Conselheiro Pedro Roberto Wiens3º Conselheiro Raquel Momm de Camargo4º Conselheiro Irmão Frederico Unterberger5º Conselheiro Paulo Arns da Cunha 6º Conselheiro Durval Antunes Filho7º Conselheiro Roberto A. Pietrobelli Mongruel8º Conselheiro Juliana Toniolo Sandrini 9º Conselheiro Renato Ribas Vaz10º Conselheiro Magdal J. Frigotto11º Conselheiro Vanessa C. Sanches

Conselho FiscalEfetivos SuplentesOrlando Serbena Elvis Tadeu GilioliMárcia E. Dequech Edison Luiz RibeiroHenrique Erich Wiens Ir. Anete Giordani

Delegados Representantes - FenepAdemar Batista PereiraJosé Manoel de Macedo Caron Jr.

Diretorias regionais

SINEPE/PR - Regional Oeste (Cascavel)Diretor Presidente Adilson J. Siqueira Diretor de Ensino Superior Maria Débora Venturin Diretor de Ensino da Educação Básica Lauro Daros Irmã Mareli A. FernandesDiretor de Ensino da Educação Infantil Ione Plazza Hilgert Diretor dos Cursos livres/Idiomas Denise Veronesi Trivelatto

SINEPE/PR - Regional Cataratas (Foz do Iguaçu)Diretor Presidente Artur Gustavo RialDiretor de Ensino Superior Fouad Mohamad FakinDiretor de Ensino da Educação Básica Antonio Neves da Costa e Antonio KreftaDiretor de Ensino da Educação Infantil Rita C. R. Camargo e Edite LarssenDiretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Fabiano de Augustinho SINEPE/PR - Regional Sudoeste (Pato Branco/Francisco Beltrão)Diretor Presidente Ivone Maria Pretto GuerraDiretor de Ensino Superior Hélio Jair dos SantosDiretor de Ensino da Educação Básica João Carlos Rossi DonadelDiretor de Ensino da Educação Infantil Amazilia Roseli de Abreu PastorelloDiretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Vanessa Pretto Guerra Stefani SINEPE/PR - Regional Campos Gerais (Ponta Grossa)Diretor Presidente Osni Mongruel JuniorDiretor de Ensino Superior Marco Antônio RazoukDiretor de Ensino da Educação Básica Irmã Edites BetDiretor de Ensino da Educação Infantil Maria de Fátima Pacheco RodriguesDiretor de Ensino dos Cursos Livres/Idiomas Paul Chaves Watkins

Diretoria da Regional CentralDiretor Presidente Antonia Eliane VezzaroDiretor de Ensino Superior Salette Silveira AzevedoDiretor de Ensino da Educação Básica Telma E. A. LehDiretor de Ensino da Educação Infantil Cristiane Siqueira de MacedoDiretor dos Cursos livres/Idiomas Marcos Aurélio Lemos de Mattos

Page 5: Revista Escada 12

Com a realização da Copa do Mundo no Brasil em 2014, até as escolas terão que se ajustar ao país do futebol. A Lei Geral da Copa, n.º 12.663 de 05/06/2012, determina em seu artigo 64 o período de “férias escolares” de 12 de junho a 13 de julho de 2014.

Para cumprir os dias letivos e dar conta de todas as ativi-dades pedagógicas, as escolas particulares do Paraná já preparam o calendário letivo para os próximos dois anos.

Veja as sugestões no site do Sindicato: www.sinepepr.org.br

Lei dA copA fAz escoLAs definirem já cALendário Letivo pArA 2013 e 2014

ins.ti.tu.cio.naladj

Page 6: Revista Escada 12

6

ín.di.cesm

08. Viagem para quem recicla

09. Por um Enem mais justo para todos

10. Copia, cola e nada aprende

12. Ensino privado do Paraná entre os melhores do país

14. Entrevista: Ademar Batista Pereira

18. Conheça a nova diretoria do Sinepe/PR para o biênio 2012-2014

22. Como escolher a escola ideal?

26. Momento cultural

27. Artigo: Professor, uma profissão exercida por heróis e heroínas

28. Artigo: A gestão escolar e a mediação dos conflitos na escola

29. Artigo: As habilidades necessárias ao gestor educacional contemporâneo

30. Artigo: Psicomotricidade Relacional para um melhor rendimento em sala de aula

Page 7: Revista Escada 12

amizade

MATRÍCULASABERTAS PARA2013

reflexão

equilíbrioambiente

Na vida, tudo pode ser mais!

Educação InfantilPeríodo IntegralEnsino FundamentalEnsino Médio

maisconhecimento

Page 8: Revista Escada 12

8

ins.ti.tu.cio.naladj

Os alunos participantes do projeto “Planeta Reciclável” do Sinepe/PR e vencedores do concurso cultural “O EPS-Isopor® é Amigo da Natureza” visitaram em setembro a empresa Meiwa, fábrica de embalagens de EPS – Isopor®, em São Paulo. Além da fábrica, o grupo conheceu também a Cooperativa de Reciclagem de Arujá (CORA), onde acompanhou o trabalho e a realidade dos cata-dores de materiais recicláveis.

A viagem fez parte da premiação aos participantes da “III Mostra da Escola Particular - Reciclagem de Resíduos Sóli-dos” que aconteceu no Shopping Palladium, em Curitiba, no começo de junho de 2012, com o objetivo de fixar o conceito de sustentabilidade na sociedade, com ênfase na reciclagem.

Caso você ou sua escola não tenham participado desta edi-ção, não se preocupe! Em 2013 acontece a IV Mostra de Reci-clagem. Para participar do projeto e obter mais informações entre em contato com o Sinepe/PR: 41 3078-6933.

viAgem pArA QUem recicLA!

confirA A AgendA de eventos do sinepe/prpArA o mÊs de novemBro

VIII Seminário de Indisciplina

na Educação Contemporânea

Data: 09 e 10/11/2012

Público-alvo: Profissionais da educação básica e

superior, pesquisadores dos temas do evento.

Local: Plenário do Sinepe/PR. Rua Guararapes,

2.028 - Vila Izabel - Curitiba/PR.

Vagas: 80Informações: www.metacodex.blogspot.com

viAgem pArA QUem recicLA!

8

Page 9: Revista Escada 12

1) Há excesso de contextualização, o que alonga o enunciado e fica a sensação de um exame muito extenso. Na área de Ciências Exatas, em especial, há contextua-lizações forçadas e demasia de aritmética (continhas), tangenciando apenas conteúdos mais profundos e de raciocínio lógico.

2) As 180 questões objetivas das quatro áreas do conhe-cimento valem apenas 50%. Na outra metade, reina a re-dação (30 linhas). A sugestão da equipe multidisciplinar é que as quatro provas valham 20% cada uma e também à redação se atribua este valor.

3) O conteúdo programático está genérico demais, me-rece ser mais bem descrito e enxuto. Nenhum educador sério pretende fazer com que o aluno do Ensino Médio estude menos, e sim, que empregue honestamente o seu tempo, preparando-se bem para as elevadas exigências futuras.

4) Tem-se como premissa que o tempo é insuficiente: 3 minutos, em média, para a resolução de cada questão. Julgamos que o número de 180 questões está adequado, pois diminuí-las compromete a abrangência e aumentar o tempo da prova levará o candidato à exaustão. A solução é reduzir parte dos enunciados e que o MEC assuma e divulgue amplamente que a administração do tempo é uma das habilidades exigidas.

por Um enem mAis jUsto pArA todos

Este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi aplicado nos dias 03 e 04 de no-vembro, em todo o país. Diante dos acontecimentos dos últimos três anos envolvendo o Exame, toda a sociedade espera uma prova mais justa e sem problemas. Partilhando des-ta expectativa, o vice-presidente do Sinepe/PR, Jacir J. Venturi, esteve em Brasília em agosto reunido com representantes do INEP (órgão do MEC responsável por toda a logística do ENEM) e da FENEP (Federação Nacional das Escolas Particulares) para apresentar um documento que analisa as quatro grandes áreas exigidas na prova: Linguagens e Códigos, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.

A elaboração do documento partiu de um pedido do presidente do INEP, prof. Luiz Cláudio Costa. “O Exame, transformado em grandioso processo seletivo, deve também ter como objetivo balizar e nortear todo o Ensino Médio, onde estão as maiores mazelas no espectro da educação brasileira”, comenta Venturi. Para atender o pedido do INEP foi montada uma equipe multi-disciplinar de onze professores e redigido um documento de 38 páginas que sugere melhorias ao Exame. Confira as principais sugestões apresentadas:

T / Marília Bobato

Iniciativa privada apresenta ao INEP sugestões de melhoria para o Exame

O documento completo e a relação dos nomes que compõem a equipe multidisciplinar estão no site:

www.sinepepr.org.br/inep.

Na sua opinião, como foi a prova do Enem 2012? Mande e-mail para [email protected] que publicaremos sua opinião na próxima edição da revista.

9

Page 10: Revista Escada 12

10

Copia, Cola e nada aprendeO plágio escolar ou acadêmico não é novidade. Antes mesmo do advento da internet, a cópia de trechos ou capítulos inteiros de livros era uma prática estimulada pelas escolas. Acreditava-se que por meio da escrita manual e repetitiva, os alunos absorveriam de manei-ra mais eficaz os conteúdos que deveriam aprender. Com o acesso à tecnologia e difusão da cibercultura, a questão apenas se evidenciou. Ao alcance de um clique, os alunos têm acesso a textos, publicações e informações de diversas partes do mundo. Sem a devida orientação pedagógica, a tentação do copiar e colar pode se tornar um hábito perigoso ao processo de aprendizagem.

“A definição de plágio é o uso de trechos de obra de alguém sem o devido referencial, seja ele através de citação direta ou paráfrase”, esclarece o professor António Albano Baptista Moreira, das faculdades OPET. A prática é considerada crime e a Lei n°10.695/03, sobre Direitos Autorais, prevê ao infrator “detenção de três meses a um ano de prisão ou multa. Se a violação for feita com intuito de lucro, a reclusão pode ser de dois a quatro anos”.

De acordo com o coordenador de Mídia e Educação do Colégio Medianeira, Cezar Tridapalli, o plágio é também um erro ético bastante grave. “O aluno que simplesmente copia conteúdos da internet não consegue fazer relações entre sua vida e seu contexto social. E também aprende a dar

T / Priscilla Scurupa

Plágio na realização de trabalhos no alcance de um clique

10

Page 11: Revista Escada 12

11

‘jeitinhos’ que são extremamente prejudiciais ao indivíduo e à co-letividade. O plágio é uma forma de cultivar e perpetuar péssimas práticas e formas de ver o mundo”, diz.

Apesar das sanções legais prescritas, o plágio já se tornou realida-de nas escolas e universidades brasileiras. Moreira conta que, ao solicitar trabalhos aos acadêmicos, é comum que receba cópias de diversos parágrafos e até mesmo de obras completas retiradas da in-ternet. “Nosso papel como professores está difícil, porque os velhos modelos de aprendizado pré-internet e Google estão ultrapassados e ainda não surgiram modelos seguros, embasados e difundidos que nos garantam o aprendizado do aluno e evitem a cópia pura e simples”, relata.

O despreparo se torna, assim, a principal razão para a disseminação da cultura do plágio. Pais e professores são analógicos, nasceram em uma época na qual a internet não existia ou ainda era bastante precária. As crianças, por outro lado, são nativos digitais, crescem em meio à tecnologia. “Isso causa uma disparidade, um desco-nhecimento sobre como educar para o ambiente virtual e criar uma consciência digital”, explica o especialista em crimes digitais, Wanderson Castilho.

Na busca por soluções, muitas escolas optam por exigir dos alunos trabalhos manuscritos ou apresentações orais dos trabalhos. Para Tridapalli, tais alternativas não resolvem o problema. “O professor precisa propor questões que não incentivem apenas a reprodução de informações. Para isso, precisa tornar a internet uma aliada, ser usuário constante da rede, conhecer boas páginas relacionadas à sua área de conhecimento para aí sim orientar e elaborar propostas que demonstrem que o esforço pela busca de uma resposta autên-tica vale a pena. E é assim que a gente consegue dar saltos cogniti-vos”, aconselha. “Temos que mudar nossa maneira de ensinar. Gerar o prazer da descoberta e autonomia para a aplicação do conheci-mento. Não existe uma única solução. Acredito que cada professor vai achar a maneira mais adequada para cada disciplina e para sua metodologia de trabalho”, complementa Moreira.

Na sua opinião, o que fazer para evitar o plágio escolar? Mande e-mail para

[email protected] que publicaremos sua opinião na próxi-

ma edição da revista.

11

Page 12: Revista Escada 12

12

T / Marília Bobato

12

Criado pelo Instituto Nacional de Es-tudos e Pesquisas Educacionais, o Ideb avalia o rendimento escolar (aprovação, reprovação e abandono) e médias de desempenho nas avaliações (Prova Brasil e Saeb). Os exames avaliam o aprendi-zado em Língua Portuguesa e Mate-mática em alunos do 5º e 9º ano e do 3º ano do médio.

Para o presidente do Sindicato das Es-colas Particulares do Paraná (Sinepe/PR), Ademar Batista Pereira, esse resul-tado passa pelo trabalho realizado com os professores. “As escolas têm focado os esforços na melhoria do trabalho do docente, investindo constantemente na capacitação dos profissionais”, avalia.

Mesmo com os bons números do Paraná no Ideb, o ensino médio no Brasil preocupa o MEC. De maneira geral, as notas obtidas pelos estudantes do ensino médio mostram que não houve grandes avanços em todo o país. Embora tenham cumprido a meta para 2011, as instituições públicas tiveram a média 3,4 no Ideb, mesmo desempenho de 2009. Já a média nacional das escolas particulares foi de 5,7, inferior à meta de 5,8.

De acordo com o presidente do Sinepe/PR, os estudantes das escolas privadas não estão acostumados com o tipo de prova aplicado nas avaliações do MEC. “Eles sabem o conte-údo, mas a forma como a pergunta é feita na prova engana o aluno que não tem contato com esse tipo de avaliação. Já nas escolas públicas os alunos são treinados para esse tipo de prova, o que não quer dizer que o ensino tenha melhorado”, afirma Ademar Batista Pereira.

O ensino privado do Paraná está entre os melhores do país. É o que aponta o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011, divulgado em agosto deste ano pelo Ministério da Educação (MEC). Levando em conta somente o ensino médio das particulares, o estado manteve o índice de 2009, 6,1 pontos, o melhor resultado entre as unidades da federação, juntamente com Minas Gerais.

Com relação aos anos iniciais do ensino fundamental, o Paraná obteve uma nota ainda maior. Entre as turmas de 5.º ano das escolas particulares, a média passou de 6,8 para 7,0, empatando com São Paulo no terceiro lugar e ficando atrás apenas de Minas Gerais (7,4), Espírito Santo e Santa Catarina (7,1 cada).

Além dos bons dados gerais do estado, Curitiba destaca--se ainda mais no Ideb. A cidade paranaense permanece na liderança entre as capitais nacionais para os anos iniciais do ensino fundamental do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011. A média de 5,8 deixa a cidade, ao lado de Belo Horizonte, na quarta vez consecutiva no primeiro lugar do ranking. A meta estipulada pelo MEC era de 5,5. Já nos anos finais do fundamental, Curitiba atingiu a meta de 4,1.

mec estUdA reformULAção do ensino médio

do pArAná está entre os meLhores do pAís

Page 13: Revista Escada 12

1313

Diante deste cenário, o MEC pretende modernizar o currículo do ensino médio, propondo a integração das diversas dis-ciplinas em grandes áreas. Pela proposta, inspirada no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), as atuais 13 disciplinas obri-gatórias serão distribuídas em quatro áreas: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagem e Matemática. O debate não é novo: no ano passado, o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprovou as novas diretrizes curriculares do ensino médio que propõem uma flexibilização do formato

atual. O diagnóstico é que o currículo do ensino médio é muito inchado.

Neste sentido, ao menos uma providência já foi tomada para induzir essa moder-nização dos currículos. De acordo com o secretário de Educação Básica do MEC, César Callegari, a próxima compra de livros didáticos para o ensino médio dará prioridade a obras que estejam organizadas no formato do Enem. O edital já está sendo preparado. O MEC tem um programa que distribui os livros para todas as escolas e a

próxima remessa será para o ano letivo de 2015 – as obras são renovadas a cada três anos. Callegari defende ainda a articulação da escola com o mundo do trabalho e a for-mação cidadã. Para tornar isso possível ele acredita ser indispensável a ampliação do número de horas que o estudante perma-nece na instituição de ensino, caminhando para o modelo de tempo integral.

E, você, o que achou dos dados divulgados pelo Ideb? Mande sua opinião para [email protected] que publicaremos na próxima edição da revista.

6,1pontos

ideBpArAná

Page 14: Revista Escada 12

14

À frente do Sindicato das Es-colas Particulares do Paraná (Sinepe/PR), o presidente Ademar Batista Pereira encer-ra sua gestão após quatro anos de intenso trabalho. Neste período, o Profº Ademar (como é conhecido) acredita que a entidade se fortaleceu em duas esferas principais: corporativa, ao de-fender os interesses dos seus associados, e representativa, ao defender o segmento junto ao poder público.

No interior do estado, o Sindicato também ganhou maior capilaridade com as diretorias regionais criadas em seu mandato, tendo assim uma base mais coesa e unida. Com

14

do interrUptor

T / Marília BobatoF / Eneas Gomez

en.tre.vis.ta / Ademar Batista Pereira

a criação da Federação Sul, outro grande passo estraté-gico foi dado em busca de posicionamento nacional das instituições de ensino privado dos três estados do sul. Para o presidente Ademar, toda essa evolução é mérito de um trabalho coletivo e do envolvimento de diversas pessoas em relação a uma instituição com mais de 60 anos de história.

Desde 1998 acompanhando de perto as ações do Sinepe/PR e com mais de 25 anos de atuação no setor educacional privado, o Profº Ademar tem a percepção que, mesmo com o trabalho que vem sendo desenvolvido, a educação brasileira passa por uma fase bastante crítica. De acordo com ele, os envolvidos neste processo: alunos, famílias, professores e poder público precisam ficar atentos para reerguer a educação. Confira a entrevista exclusiva con-cedida à revista Escada:

Page 15: Revista Escada 12

15

Revista Escada - Quais foram os prin-cipais destaques nestes quatro anos à frente do Sinepe/PR?

Ademar – A categoria ocupou espaços políticos importantes aqui no estado e nacionalmente. Hoje conseguimos ter avanços com as secretarias de educação e a vigilância sanitária, além de uma presença importante em Brasília e no Ministério da Educação (MEC), por exemplo. Institu-cionalmente também nos posicionamos defendendo as escolas.

RE – Você está na área educacional há mais de 25 anos. Quais as mudanças mais significativas no cenário da edu-cação brasileira neste tempo?

A – Infelizmente, acho que estamos piorando na educação como um todo. Eu sempre digo: a escola é a última trincheira da sociedade, na hora em que ela perder a guerra, vai estar tudo perdido. E a escola está perdendo a guerra, mas ainda tem algumas trincheiras.

A gente vem de um processo da Consti-tuição de 1988 que introduziu no Brasil a ideia de que todo mundo só tem direitos e que quem tem deveres é só o Estado e os empresários. Então, a educação piorou, pois a família não se sente mais responsá-vel. O que era para buscar um bem-estar social e a garantia dos direitos humanos teve efeito contrário.

A sociedade atual só enxerga a curto prazo. Digo que vivemos em um momento que se chama ‘síndrome do interruptor’. Você aperta o interruptor e o que espera? Que imediatamente acenda a luz, então tudo é instantâneo. Só que a educação não é assim, envolve processos, porque todo dia é dia de educação.

RE – Mais recentemente vimos a ascensão da classe C e sua busca pela escola particular. Eles vão enfrentar estes mesmos problemas em relação à educação?

A - Sim, pior até, porque a Classe C tem uma noção de consumo mais irrigada. Só que a escola não é consumo. No caso da escola particular, a instituição não se trata de um produto, é preciso partici-par do processo.

No entanto, o problema é geral, independe de classe social. Estamos tendo dificuldade para lidar com essa comunidade que só tem direitos. Esse imediatismo também traz muitas dificul-dades e, assim, a educação formal vai piorando porque a escola não pode fazer mais uma série de coisas como reprovar, dar um castigo. Dessa forma, a meritocracia também vai desaparecen-do. Neste contexto, ficamos nos questionando: então como é que se educa? Como se aprende?

RE – Mas existem diversos índices, provas e pesquisas que mos-tram que a educação brasileira está melhorando...

A – Estes números são muito artificiais. O Índice de Desenvol-vimento da Educação Básica (Ideb) hoje mostra que a nota das crianças do 1º e 4º ano melhorou, em contrapartida a evasão não diminuiu d0 5º ao 8º ano. Então, se melhorou, o aluno também deveria estar melhor e, consequentemente, deveria ter dimi-nuído a evasão. Na verdade, não é o ensino do 1º ao 4º que está melhor. A escola ainda não dá conta de ensinar a ler e escrever direito. O que está aprimorando o Ideb, assim como o Exame Na-cional do Ensino Médio (Enem), é que as escolas estão ensinando as crianças a fazerem a prova. Isso é treinamento, não educação.

RE – Então, o que está acontecendo, as pessoas não entendem a importância da escola?

A – As pessoas dão importância, mas a sociedade mudou. Hoje a sociedade não quer mais contrariar uma criança, impor limites. E é exatamente nesta fase da vida que a criança aprende mais fácil, pois está em desenvolvimento. Ela aprende a respeitar horários, a comer corretamente, este é o processo ao qual eu me refiro, que deveria ser formado pela família e pela educação formal.

O que acontece é que lidamos com uma geração em que são os pais que precisam de educação. É uma geração formada por pessoas de 20 a 30 anos, que pensa que os adultos nasceram para servir, que se criou assim, e olha um senhor de cabeça branca e pensa que aquele cara nasceu para trabalhar para ele. Porque com o pai dele sempre foi assim, mas a questão é que agora ele também já é pai ou mãe. Então o olhar dessa pessoa para a educação é diferente.

“A educação não é instantânea,

é processo... Todo dia é

dia de educação”.

Page 16: Revista Escada 12

1616

RE – O maior desinteresse parece ser dos jovens em prosseguir com o Ensino Médio. Acha que este é um problema também na escola particular? O que pode ser feito para mudar este cenário?

A – Sim, mas temos que lembrar qual foi a base educacional deste adolescente. Como ele foi educado enquanto criança? O ado-lescente por natureza é revoltado, ele é do contra, todo mundo foi assim. A diferença é que antigamente os pais tinham maior domínio da situação e controle sobre seus filhos. Então quem mudou foi o adulto.

RE – Vemos a educação em período integral como uma tendência muito forte, defendida principalmente pelos candidatos em ano de eleição. Acha que esta é uma boa saída tanto para os estudantes como as famílias?

A – As propostas são propaganda política, não tem como fazer como está sendo dito, mas existe um caminho. Só que a escola in-tegral que precisamos ter no Brasil precisa levar em conta nossas características cultu-rais e a natureza do brasileiro. Por exemplo, somos individualistas e não seres coletivos como os europeus. Logo, não podemos simplesmente copiar o modelo, mas é isso o que o nosso país está fazendo. Existem vários especialistas que ficam olhando os números que funcionam lá fora, mas aqui não é certeza que vai dar certo. A escola integral no Brasil precisa atender alunos dos 4 aos 17 anos, das 7h às 19h. Outro fator que deve ser levado em conta é que não dá para fazer tudo de uma hora para outra e para todo mundo, porque não tem dinheiro para isso.

RE – É possível um trabalho em con-junto entre educação pública e privada? De que forma?

A – A escola particular é vista com pre-conceito pelo poder público, é muito pior que concorrência. Na verdade, nós não concorremos com eles, nós cobramos e eles não. Eu não vejo muita proximidade no momento político atual para uma parceria público-privada. Talvez até exista uma boa vontade da parte privada, mas não da pública.

“Escola não é consumo. É preciso

trabalhar a longo prazo”.

Page 17: Revista Escada 12

1717

RE – No Ensino Superior, percebe-se uma tendência muito forte pela opção de ensino a distância. Como que o se-nhor vê a formação desses alunos?

A – Este não é um fenômeno novo, nem nacional, existe aqui desde o Instituto Uni-versal Brasileiro. É um fenômeno mundial que veio a serviço das pessoas. Eu indico para quem tem uma graduação e quer fazer uma pós, por exemplo. Se você gosta de ler e estudar, faça ensino a distância. Tem as vantagens de evitar deslocamentos, perda de tempo e gastos extras. Mas é claro que o aprendizado vai depender muito mais da dedicação do aluno do que de qualquer outro fator.

RE – Hoje, percebemos que poucas pessoas desejam seguir a carreira de professor. O que fazer para valorizar a profissão e estes profissionais?

A – O professor já foi mais valorizado e respeitado como profissional, mas não em termos de salário. Acho que falta uma visão de sociedade, e não falo do dono da escola ou do governo. Hoje, a profissão de educador é uma das mais certas que eu conheço, porque, com certeza, daqui a 20 anos ainda vai existir o cargo de profes-sor. E, vale lembrar, que a educação não acontece só na escola, tem a educação corporativa e um mundo de opções para quem deseja trabalhar nesta área. Mas, como toda profissão, é preciso investir para ter sucesso. E é preciso ter uma visão de mercado, perspectiva de crescimento profissional e de renda e, principalmente, deixar os preconceitos de lado.

RE – O que fica para a próxima gestão dar continuidade no Sindicato e qual sua mensagem final?

A – Abrir frente para a formação de pro-fessores e continuar o trabalho represen-tativo junto ao poder público levando as necessidades da educação privada ao MEC e outros órgãos.

Quero aproveitar para agradecer a oportunidade de liderar muitos líderes e reconhecer o apoio técnico da equipe de funcionários que realizou um trabalho árduo. Foi uma grande oportunidade para meu desenvolvimento pessoal e um de-safio muito interessante poder contribuir com a causa da escola particular.

Page 18: Revista Escada 12

18

O Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Paraná (Sinepe/PR) apresentou em 30 de outubro sua nova Diretoria para o biênio 2012-2014. A solenidade realizada no restaurante Dom Antônio, em Curitiba, contou com a presença de mais de 400 autoridades, entre políticos, diretores e gestores de escolas privadas. Na ocasião, Jacir Venturi assumiu a presidência da entidade, suce-dendo Ademar Batista Pereira. Já as vice-presidências foram ocupa-das por José Manoel de Macedo Caron Jr. e Paulo Arns da Cunha.

No Paraná, existem 1.643 instituições privadas de ensino, com cerca de 600 mil alunos matriculados da Educação Infantil ao Ensino Superior. Destas, mais de 500 são representadas pelo Sinepe/PR que engloba todo o estado, menos as cidades de Londrina e Maringá que possuem sindicatos próprios. O Sinepe/PR oferece às instituições associadas apoio e orientação necessários ao bom desempenho de suas atividades, nas áreas pedagógica, administrativa e jurídica. A entidade representa as escolas através de ações que possam conquistar ganhos para todo o grupo, seja junto ao poder público, aos meios de comunica-ção e na esfera jurídica. Propicia ainda meios para aprimorar a atuação dos estabelecimentos de ensino, através de atividades educacionais e culturais, promovendo a conduta ética dos seus associados.

Ao longo dos últimos 42 anos, Jacir Venturi foi professor de escolas públicas, do antigo supletivo, de cursos pré-vestibulares, do Colégio Estadual, da PUCPR e da UFPR. Sócio-fundador e diretor de três esco-las particulares de Curitiba, Venturi é autor dos livros “Da Sabedoria Clássica à Popular”, “Álgebra Vetorial e Geometria Analítica” e “Cônicas e Quádricas”, além de Cidadão Honorário de Curitiba. Ele destaca a im-portância do trabalho do Sindicato e o compromisso com uma educação de qualidade para a construção de uma nação justa e forte. “Não importa se a educação é pública ou privada. Numa análise racional há muito que nos une e pouco que nos divide. Não é enfraquecendo a escola particular que se fortalecerá a pública e sem escola pública de qualidade, jamais seremos uma nação com justiça social”, afirma Venturi.

conheça a nova diretoria do sinepe/pr para o biênio 2012-2014

T / Marília BobatoF / Patrícia Lion

Page 19: Revista Escada 12

19

“Não é enfraquecendo a escola particular que se fortalecerá a pública

e sem escola pública de qualidade, jamais seremos uma nação com justiça social”.

Jacir J. Venturi

Conselho Diretor _ Biênio 2012/2014

Diretoria ExecutivaPresidente Jacir J. Venturi1.º Vice-Presidente José Manoel de Macedo Caron Jr.2.º Vice-Presidente Paulo Arns da CunhaDiretor Administrativo Ailton Renato DörlDiretor Econômico/Financeiro Rosa Maria C. V. de BarrosDiretor de Legislação e Normas Maria Luiza Xavier CordeiroDiretor de Planejamento Ademar Batista Pereira

Diretoria de EnsinoDiretor de Ensino Superior José Antonio KaramDiretor de Ensino Médio/Técnico Gilberto Vizini VieiraDiretor de Ensino Fundamental Esther Cristina PereiraDiretor de Ensino da Educação Infantil Noely Luiza D. Santos Diretor de Ensino dos Cursos Livres José Luis ChongDiretor de Ensino dos Cursos de Idiomas Jaime M. Marinero VanegasDiretor de Ensino das Academias Ana Dayse Cunha Agulham

Conselheiros1º Conselheiro Jorge Apóstolos Siarcos2º Conselheiro Pedro Roberto Wiens3º Conselheiro Raquel Momm de Camargo4º Conselheiro Irmão Frederico Unterberger5º Conselheiro Eduardo Vaz da Costa Júnior6º Conselheiro Durval Antunes Filho7º Conselheiro Roberto A. Pietrobelli Mongruel8º Conselheiro Juliana Toniolo Sandrini 9º Conselheiro Renato Ribas Vaz10º Conselheiro Magdal J. Frigotto11º Conselheiro Volnei Jorge Sandri

Conselho FiscalEfetivos SuplentesOrlando Serbena Fabrizzio Ferreira RibasCarolina Batista Pereira Frizon Edison Luiz RibeiroHenrique Erich Wiens Ir. Anete Giordani

Delegados Representantes - FENEP/CONFENENJacir J. VenturiAdemar Batista Pereira

Para Ademar Batista Pereira, que deixou o cargo de presidente após quatro anos e agora assume a direto-ria de Planejamento do Sindicato, o trabalho em equipe realizado durante sua gestão proporcionou um grande avanço na imagem da escola parti-cular junto à comunidade. “Também ganhamos representatividade nacional com a fundação da Federação Sul que representa os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, bem como sedimentamos as administra-ções regionais com maior integração e unidade do Sinepe/PR no estado. Todo este trabalho terá continuidade com a nova gestão”, diz Pereira.

Page 20: Revista Escada 12

20

Confira quem esteve presente no jantar de posse da nova diretoria

a.con.te.ceuverbo

1

3

5

7

2

4

6

8

Page 21: Revista Escada 12

01. O atual diretor de planejamento do Sinepe/PR, Ademar Batista Pereira, o diretor do departamento de Desenvolvimento de Negócios da Universidade Positivo, Manoel Knopfholz, o presidente empossado Jacir Venturi e o reitor da Universidade Positivo, José Pio Martins 02. Jacir Venturi cumprimenta o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho que está acompanhado de sua esposa Deise Akel 03. Os casais Jacir e Eliana Venturi com o diretor de ensino de Cursos Livres do Sinepe/PR, José Luís Chong e a esposa Franciele Kasue Iida Chong 04. Orlando Serbena do Conselho Fiscal do Sinepe/PR, o vice-presidente José Manoel de Macedo Caron Jr. , a presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) Amábile Pacios e Marisa Caron 05. Os vice-presidentes empossados do Sinepe/PR, Paulo Arns da Cunha (esq) e José Manoel de Macedo Caron Jr. (direita), ladeiam Ademar Batista Pereira que deixa a presidência e assume a diretoria de Planejamento da entidade e o novo presidente Jacir Venturi. 06. O presidente Jacir Venturi e a diretora financeira do Sinepe/PR, Rosa Maria C. V. de Barros 07. O presidente Jacir Venturi durante o discurso da posse 08. Ademar Batista Pereira e a equipe de assessores do Sinepe/PR 09. O analista de sistemas do Sinepe/PR Gilson Tatarem Jr. recebe homenagem de Ademar Batista Pereira. Os demais funcionários do Sinepe/PR também foram homenageados pelo antigo presidente. 10. Ademar Batista Pereira se despede do cargo de presidente e homenageia a esposa Esther Cristina que também atua no Sinepe/PR como Diretora de Ensino Fundamental 11. O diretor presidente do Grupo Opet, José A. Karam e o diretor corporativo de Marketing do Grupo Positivo, Rogério Mainardes 12. Lorena e Paulo Arns Cunha, Jacir e Eliana Venturi 13. Os membros da diretoria para o biênio 2012-2014 14. O presidente Jacir Venturi, o reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho e o diretor do Curso Positivo, Renato Ribas Vaz. 15. Confraternização 16. Geral evento

9

11

13

15

10

12

14

16

21

Page 22: Revista Escada 12

22 Muitos pais já saíram em busca da primei-ra ou de uma nova escola para seus fi-

lhos. É geralmente nesta época do ano que começam as preocupações com questões práticas, como preço e localização. Também entra em debate uma série de dúvidas e questionamentos sobre método, carga horária, contraturno e proposta pedagógica.

Antes de sair em visita às instituições, alguns critérios na hora de analisá-las podem ajudar a responder a pergunta: como fazer a escolha certa? O primeiro passo é voltar a atenção para dentro de casa e observar os filhos. Perceber seu

temperamento, potenciais, afinidades e limita-ções. Isso pode deixar claro quais são os diferenciais

que precisam ser buscados na instituição de ensino. A partir daí, o pai e a mãe devem ter muito claros quais são seus próprios anseios. Há quem sonha em ver os filhos nas melhores universidades e outros que eles sejam pequenos

artistas, transbordando criatividade. Há quem valorize o estímulo ao senso crítico e os que não abrem mão de valores

religiosos, morais e éticos.

Com a chegada da época de matrículas e rematrículas, a revista Escada elencou

seis passos essenciais para ajudar os pais na escolha da instituição de ensino

“perfeita” para seus filhos

T / Marina Gallucci

A escoLAideAL?

Page 23: Revista Escada 12

Foi com esse ponto de partida que o médico veterinário, Jaime Luiz Ribeiro Trevisan, escolheu o colégio da filha, Luna, de cinco anos. Jaime buscou escolas que tives-sem os mesmos princípios religiosos e morais que ele teve em sua educação. Além disso, a escolha foi influenciada pela tradição da instituição no ensino fundamental. “Buscamos uma escola que já conhecêssemos. Os princípios religiosos e culturais nos dão a certeza de uma formação embasada e que ela vai ter o futuro que esperamos”, conta. Para o pai, a escolha por uma escola de meio período também foi decisiva. “Acreditamos que essa seja uma fase de grande mudança. Queremos que a transição para uma nova escola e um novo material didático seja tranquila. No período fora da escola, teremos a oportunidade de acompanhar esse momento de adaptação. É algo que fazemos questão e percebemos que é melhor para ela”.

Dado esses primeiros passos, há diversos fatores que também podem ser decisivos para encontrar a resposta final. Confira a seguir algumas dicas de educadores que podem ajudar neste processo:

1º EstruturaGeralmente a estrutura da escola seduz os pais, mas o importante é perceber como o aluno interage com isso: se o ambiente estimula a diferentes linguagens – escrita, física, vídeo, música, desenho. “Estruturas físicas atraentes nem sempre significam boa pedagogia. É importante também observar o número de alunos por turma, por exemplo, e como os ambientes se adéquam à proposta da escola”, observa a diretora pedagógica do colégio Anjo da Guarda, Luci Serrichio.

A coordenadora pedagógica do Colégio Expoente, Simone Machado, também comenta sobre esse detalhe. “Temos uma grande estrutura, espaços enormes. Mas consideramos como diferencial manter uma espécie de olhar de escola pequena. Temos poucas turmas de cada série. O que propicia que possamos utilizar bem o espaço da escola sem prejudicar as turmas”.

São as habilidades mais recomendadas pelos especialistas em educação e exigidas pelo mercado. “Percebemos uma preocupação dos pais em que a proposta pedagógica traga inovação com algo que fuja ao tradicional, e que desenvolva o lado criativo, contestador e que as crianças aprendam a construir o conhecimento”, comenta Simone. No Expoen-te agora há opção pelo ensino regular e pelo integral até o 5º ano. “Tivemos o cuidado de pensar em uma proposta e um repertório bem atraente, diferente e moderno. As disciplinas que regem o ensino no contraturno envolvem arte, música, educação física e informática, e atendem a necessidade da família contemporânea”, diz.

2º Formação dE alunos críticos E autônomos

23

Page 24: Revista Escada 12

24

3º tEcnologiaO mais importante é descobrir como a escola usa a tecnologia em atividades diferentes, que não poderiam ser feitas sem elas. Quais são os trabalhos desenvolvidos no com-putador? Os professores sabem usar a tecnologia? “São dois viés de análise, quais são os equipamentos e como eles funcionam a serviço da educação, o quanto agregam ao conteúdo”, afirma o coordenador geral do Dom Bosco, Durval Antunes Filho.

Em escolas de período integral ou não, a aula fora do turno do estudante deve mantê-lo envolvido em atividades que fujam da metodologia das disciplinas tradicionais. “Há necessidade de permanência na escola para que a nossa proposta seja aplicada, pois as atividades ofertadas não são consideradas extracurriculares e, sim, parte do currícu-lo”, comenta a gestora de ensino infantil e fundamental do Bom Jesus Internacional sobre a proposta do ensino integral, Gisele Merlin. Ela completa que o ensino nesse formato atende uma necessidade dos pais, que já encontram no colégio uma diver-sidade de atividades que não precisam ser buscadas em outros locais. No Bom Jesus ainda há unidades que trabalham com o ensino integral e semi e, no Internacional, a proposta de ensino também é bilíngue.

“Professores, coordenadores e diretores devem ter ensino superior com especiali-zação em educação, inclusive na educação infantil”, diz a diretora pedagógica do colégio Anjo da Guarda, Luci Serrichio, que completa que é importante observar também a disponibilidade da equipe em continuar se atualizando, com a possibilida-de de fazer cursos, pertencer a grupos de estudos, etc.

A supervisora pedagógica do Colégio Positivo, Audry Castello Branco, argumenta sobre a necessidade de os professores entenderem de educação. “Nossos professores são es-pecialistas em suas áreas e, no ensino bilíngue, por exemplo, muito mais que fluentes na língua inglesa, procuramos profissionais que tenham o suporte pedagógico”, diz.

4º aulas no contraturno

5º EquipE qualiFicada

24

Page 25: Revista Escada 12

25

Em escolas com uma proposta pedagógica cada vez mais próxima, com pequenas di-ferenças, sejam de valores que orientem a instituição ou didáticas, aparece um novo diferencial: qual a visão e como as crianças irão se relacionar com a sociedade? “No ensino bilíngue, queremos que elas tenham contato com a história, a arte e a cultura de várias partes do mundo. Fazer com que a criança seja um cidadão global, que se relacione melhor com o mundo e compreenda melhor as diferenças”, diz Audry do Positivo. Ela acrescenta que a criança passa a ter um repertório muito mais rico. “Os pais costumam se preocupar, principalmente, na fase da alfabetização, mas perce-bemos que não há conflito. Pelo contrário, a criança cria inúmeras possibilidades de conexão, tem sido muito enriquecedor. Percebemos elas muito mais articuladas”, diz.

A coordenadora de ensino bilíngue do Dom Bosco, Adelita Martinez, comenta que neste tipo de ensino se formam “alunos universalizados” em consonância com uma cultura global. “O currículo nacional ainda é trabalhado, pois é importante para a formação da criança, para o vestibular. E ela tem a possibilidade de ir para um inter-câmbio, por exemplo, sem grandes impactos na sua formação, já que pode atingir até três diplomações diferentes.”

6º Visão dE mundo

25

Page 26: Revista Escada 12

26

mo.men.to cul.tu.ralsm adj m+f

T / Marília Bobato e Ianna StechmanI / Divulgação

O tão adorado War está de cara nova. Agora o exército é formado por figuras mitológicas e os territórios são locais da Grécia Antiga. Além das crianças poderem participar seguindo as regras tradicionais do jogo, também po-dem brincar usando estratégias novas, que envolvem até os poderes dos deuses gregos. Os jovens vão poder não só usar a lógica para vencer, como aprender sobre a mitologia grega de um jeito inovador e divertido.

Classificação: A partir dos 10 anos

TU TOCA O QUÊ?(DVD)

Tu toca o quê? É um divertido DVD com incríveis músicas do grupo Tiquequê. Além de poder escutar e conhecer diversos instrumentos musicais, assistindo ao DVD, as crianças podem aprender sobre as brincadeiras populares, danças brasileiras, diferentes histórias e teatro. O grupo usa também animações, per-cussão corporal e a voz para reproduzir sons que complementam o espetáculo. É diversão garantida para toda a família.

Classificação: todas as idades

mApA-mÚndi(jogo)

Quer saber como aprender geografia de um jeito diferen-te? É simples, basta jogar Mapa Mundi, um jogo online divertido para todas as crianças. O objetivo é encontrar as estrelas que estão espalhadas pelos países, pilotando o avião pelo mapa, antes que o combustível acabe. Além desse, o site “Escola games” oferece diversos jogos educa-tivos para todas as idades.

Classificação: A partir de 6 anos

BAnco imoBiLiário(livro)

O Banco Imobiliário está mais educativo do que nunca! O novo produto da Estrela tem o tabuleiro cheio de pontos turísticos brasileiros. Agora, ao invés de você comprar imóveis, poderá comprar o lugar que você mais gostou ou tem vontade de visitar no Brasil. É um ótimo jeito de conhecer o país e ao mesmo tempo se divertir.

Classificação: A partir dos 8 anos

WAr BAtALhAs mitoLÓgicAs (jogo)

Page 27: Revista Escada 12

27

Não há como negar a afirmação acima no momento que estamos vivendo. Em nosso país, homenagear o professor se faz com uma grande indiferença, é quase imperceptível na mídia e no comércio, mas precisamos lembrar que o professor é o ser humano que faz girar o mundo.

Basta uma simples reflexão para per-ceber isso: um economista não saberia decifrar os gráficos sem um professor em sua vida, e o feirante não venderia frutas e verduras se não tivesse aprendido com um professor a ler, contar, dividir e multiplicar. Se pontuarmos nos mínimos ou máximos detalhes, perceberemos que tudo gira em torno do papel do professor, pois cabe a ele agregar aprendizagens que levaremos para a vida inteira e que serão determinantes para o nosso futuro.Hoje, mais do que nunca, é na educação

formal da escola que são trabalhadas to-das as demandas da criança, pois vemos uma desestruturação enorme na base da nossa sociedade: a família. Assim, a escola aparece para a criança como um porto seguro para sua estrutura de vida emocional e social.

É o professor que está sendo responsa-bilizado pela educação integral de seus alunos, é ele que necessita ter em sua bagagem os conhecimentos, habilida-des e competências para trabalhar com a criança a emoção, a razão, as atitudes, as condutas e os bons hábitos, além de todo o processo pedagógico. Enfim, a educação que sempre foi dada em casa, agora, cabe ao professor. Porém, com todas estas transformações, as pessoas esquecem que o professor é humano.

Negligencia-se na sociedade o que signi-fica esta pessoa que todos os dias vive as demandas de seus alunos e preocupa-se com a formação deles.

Negligencia-se aquele que diariamente cuida dos filhos alheios e os ensina para a vida. Como acordar para isso em um país que não vê, não enxerga e nem percebe que é na educação que está o segredo de nossa estrutura como nação?

O professor deseja apenas ser reconhe-cido e respeitado pelo papel que exerce na sociedade. Proponho para todos um resgate do que foi o professor em suas vidas? Até quando seres humanos heroicamente preparados pelas universi-dades levantarão de manhã para cuidar do filho alheio?

professor, UmA profissão exercidA por herÓis e heroínAs

ar.ti.gosm

T / Esther Cristina Pereira - Diretora de Ensino Fundamental do Sinepe/PR

Page 28: Revista Escada 12

28

A gestão escoLAr e A mediAção dos confLitos nA escoLA

ar.ti.gosm

T / Jacir J. Venturi - Presidente do Sinepe/PR

Considere uma escola de porte médio, 800 alunos. Multiplique por 4 e terá 3.200 pessoas, que chamaremos comunidade escolar, composta de professores, funcioná-rios, pais, avós e estudantes. Essa é a abrangência de ação dos diretores, pedagogos e funcionários administrativos, ou seja, os gestores. Minha experiência de 41 anos den-tro de escolas públicas e privadas, em todos os níveis, indica que cerca de 15% dessa comunidade é capaz de comprometer a administração escolar e o precioso tempo dos gestores. É onde está o ninho da serpente, fonte precípua dos conflitos e aborre-cimentos. Porém, são adultos, adolescentes ou crianças que necessitam da orientação dos educadores. É óbvio que os outros 85% têm demandas, cobranças e pontualmen-te geram desavenças, mas se enquadram dentro da normalidade.

1º - Difundir a cultura de que a diversi-dade é uma riqueza. Isso torna o ambiente escolar mais amistoso e menos conflituoso. Somos diversos, porém não adversos. A Floresta Amazônica contém bilhões de árvores. Não há duas árvores iguais, quanto mais nós, humanos, dotados de inteligên-cia e sentimentos. Apara muitas arestas a implementação da Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner.

2º - Combater diuturnamente o bullying, uma das principais fontes de desavenças entre alunos. A intensidade do bullying indica o quanto moralmente a escola está comprometida. É responsabilidade dos gestores e professores duas frentes de combate: prevenção e ação. É preventi-va a implementação de uma cultura de respeito, tolerância e aceitação de que somos diferentes. Ação vigilante, proativa e punitiva sobre os agressores. Em resumo: ação como remédio e prevenção pelo com-portamento ético.

3º - Atacar o problema no nascedou-ro, antes que a marola vire um tsunami, antes que a minhoca se transforme numa cobra. No início de uma contenda, o mediador deve aliviar a tensão com um toque de humor ou com uma frase de efeito como a clássica de Shakespeare:

“A tragédia começa quando os dois lados acham que têm razão”.

4º - Encarar o problema de frente e não apenas tangenciar. Mergulhar fundo. Muitas vezes, temos que contar com o decurso dos dias. O travesseiro é um bom conselheiro – ensina a sabedoria popular.

5º - Minimizar as posturas antagonistas de alguns pais – como se família e escola em trincheiras opostas estivessem. A escola erra sim e a família também. A tolerância ao erro, dentro de certos limites, é uma virtude e um aprendizado para a vida adulta. Sigmund Freud bem assevera: “educar é uma daquelas atividades em que errar é inevitável”.

6º - Ser bom ouvinte. A natureza nos concedeu uma boca e dois ouvidos. A men-sagem anatômica é explícita: ouça os dois lados e fale menos. Oportuno é o refrão popular: ”bom juiz é o que ouve o que cada um diz”. É comum, nos arranca-rabos entre alunos, haver duas versões antagônicas. E quando a versão contraria os fatos, a primeira vítima é o fato.

7º - Manter a hierarquia e a disciplina, requisitos indispensáveis para uma boa organização. Ao não punir conveniente-

mente os alunos, os gestores e professo-res pensam que estão sendo liberais. No entanto, estão sendo concessivos, bonzi-nhos, e a futura vida profissional cobrará de nossos alunos respeito às normas e à hierarquia. A escola é um laboratório para a vida adulta.

8º - Normatizar a escola. Esta necessita de uma boa rotina, e para tanto regras bem estabelecidas e bem cumpridas. Fa-zem parte de uma boa rotina professores pontuais e com boa didática, funcionários solícitos, suporte tecnológico que funcio-na, banheiros e corredores asseados.

9º - Transmitir valores. O educando precisa de um projeto de vida. Desde pequeno, é importante que desenvolva valores inter e intrapessoais, como ética, cidadania, respeito ao próximo, respon-sabilidade socioambiental, autonomia, o que enseja adultos flexíveis e versáteis, que sabem trabalhar em grupo, são aber-tos ao diálogo, às mudanças e às novas tecnologias. De todas as virtudes, a mais importante é a solidariedade: base das relações sociais e a partir da qual se fun-damenta uma convivência pacífica.

como redUzir os confLitos? eLenco ALgUns motes oU regrinhAs de oUro:

28

Page 29: Revista Escada 12

29

T / Renato Casagrande - Coach educacional e diretor do Instituto Alleanza, especializado em desenvolvimento pessoal e profissional

ar.ti.gosm

A competitividade e a exigência contí-nua de qualidade nos serviços vêm se impondo, ao longo das últimas décadas, como pressuposto fundamental para a sobrevivência das organizações. Essas premissas têm sido largamente disse-minadas no mundo corporativo e têm adquirido significados cada vez mais relevantes na interpretação do compor-tamento da sociedade.

No segmento educacional, observa-se que não há mais como a instituição de ensino se manter restrita aos contornos tradicionais dos padrões de qualidade centrados principalmente nos processos pedagógicos e nos paradigmas de refe-rência que sempre lhe caracterizaram. Não é mais possível pensar na qualidade da instituição de ensino apenas em função da excelência de suas caracterís-ticas pedagógicas, embora estas sejam, na prática do dia adia, aquilo que vai diferenciar uma instituição da outra.

Em seu conjunto, tais mudanças têm exigido das instituições de ensino uma postura única na história da educação, pautada, sobretudo, no dinamismo para responder rapidamente aos desafios que se impõem e na agilidade em assumir novas funções e papéis a partir das diferentes necessidades que a sociedade passa a manifestar.

Os pais e alunos buscam hoje qualida-de do ensino, padrões de organização, excelência no atendimento, facilidade de acesso às informações, inovação tecnológica, além da pressão constante pela implantação de soluções inova-doras garantindo melhores resultados no processo de ensino e aprendizagem. Para fazer frente a essas novas exi-gências, as instituições passaram a se

reestruturar adotando três estratégias: desenvolvimento da capacidade local de planejamento, modernização da gestão e investimento na formação e qualificação dos gestores educacionais.

E por que investir na formação e capa-citação do gestor educacional? Porque cabe a ele interpretar essas novas expec-tativas, confrontá-las com a realidade educacional da instituição e elaborar e implementar as soluções que vêm ao encontro das novas demandas sociais e das expectativas da comunidade escolar.

Assim, a formação do gestor educacional passa a requerer modificações consis-tentes que se harmonizem com as novas formas de gestão demandadas atual-mente. Essa formação deve apoiar-se em três tipos de habilidades essenciais: técnicas, humanas e conceituais.

hABiLidAdes técnicAs

O gestor deve deter conhecimentos técnicos que o habilitem a utilizar-se adequadamente de métodos, ferramen-tas e práticas para solução de questões pedagógicas e administrativas próprias da rotina da instituição.

hABiLidAdes hUmAnAs

O gestor precisa desenvolver habilidades humanas para interagir com as pessoas, entendendo-as como seres únicos com características específicas e que reagem de forma particular frente a diversas situações, além de compreender suas atitudes e comportamentos.

hABiLidAdes conceitUAis

O gestor precisa desenvolver habilidades que o permitam trabalhar com os aspectos mais complexos da instituição, definir visão, ob-jetivos e estratégias que levem a instituição à obtenção de resultados em longo prazo, estabelecendo o ajuste necessário para que os membros da comunidade educacional possam nela conviver e atuar de forma pro-dutiva, satisfatória e motivadora.

Com o desenvolvimento dessas habili-dades, o gestor torna-se preparado para abordar com maior ênfase aquilo que se convencionou chamar de “profissionali-zação da gestão educacional”. A partir do reordenamento de sua capacidade geren-cial em bases mais abrangentes, além da estritamente pedagógica, o gestor poderá tomar medidas para modernizar os proce-dimentos administrativos, criar condições propícias para a autogestão, redefinir metas e objetivos condizentes com a nova realidade que se pretendem imprimir.

Para concluir, vale ressaltar que o pres-suposto básico de tudo isso é o contínuo aperfeiçoamento do gestor educacional e todos os colaboradores da instituição educacional, em conformidade com os novos modelos de gestão baseados na corresponsabilidade, autonomia e par-ticipação da comunidade educacional interna e externa.

As hABiLidAdes necessáriAs Ao gestor edUcAcionAL contemporâneo

Page 30: Revista Escada 12

30

T / José Leopoldo Vieira – Diretor do CIAR (Centro Internacional de Análise Relacional)

ar.ti.gosm

psicomotricidAde reLAcionAL pArA Um meLhor rendimento em sALA de AULAA Psicomotricidade Relacional, criada na década de 60, pelos professores André e Anne Lapierre, nos coloca de forma de-cisiva a importância do lugar do corpo na educação e de suas

influências na comunicação humana.

O corpo e a aprendizagem caminham juntos! É por meio do corpo que o indivíduo entra em contato com o conhecimento. Do nascimento à idade adulta o corpo registra experiências e sentimentos, automatiza e

domina movimentos, amplia sua capacidade de ação e produz padrões culturais de com-

portamentos.

Dessa forma, a Psicomotricidade Re-lacional na escola é uma ação de

cidadania e de transformação social. É um tema que instiga

a refletir sobre a necessida-de de se mudar o discurso

verbal e agir na busca de uma comunidade educa-cional aberta à demanda

de relações, baseada em valores humanos. Nesse contexto, os

comportamentos afetivo-emocionais tornam-se indispensáveis à conquista de novas aquisições e conhecimentos essenciais ao bem-estar pessoal e social.

Trata-se de uma ferramenta que investe não em dificuldades e sintomas, mas em possibilidades

de crescimento e de aperfeiçoamento em que o sujeito potencializa a capacidade de desenvolver globalmente sua persona-

lidade. A Psicomotricidade Relacional tem comprovado sua eficácia em termos de:

comportAmento: ajusta positivamente a agressivi-dade, inibição, falta de limites, baixa tolerância à frustração, hiperatividade etc.

AprendizAgem: desperta o desejo para aprender; eleva o rendimento escolar; minimiza as dificuldades de expressão motora, verbal ou gráfica; melhora a orientação espaço--temporal, apesar de a criança apresentar um desenvolvimento cognitivo normal, aumenta a capacidade de assimilar novos conteúdos; reduz distúrbios de atenção; desenvolve o poten-cial criativo, dentre outros.

sociALizAção: facilita a integração em grupos sociais, potencializa o desejo de participar de atividades grupais, eleva a capacidade para enfrentar situações novas, etc.

O Ministério da Educação (MEC) tenta elevar o padrão educa-cional das nossas escolas e torná-las um lugar onde o conheci-mento circule de forma harmônica e prazerosa. Essa tentativa gera todo um investimento na área de ensino por parte de ór-gãos oficiais, e chega a causar certo impacto social. No entanto, não observamos um resultado palpável na aprendizagem por parte das nossas crianças. Assim, concluímos que todo esse in-vestimento não chega a atingir ou repercutir efetivamente nas próprias crianças, pois são projetos descentralizados do que é primordial para o processo de aprendizagem do indivíduo: o investimento no desenvolvimento pessoal.

Curitiba é a primeira cidade oficialmente a validar por meio de um Projeto de Lei a prática das atividades de Psicomotricidade Relacional nas escolas municipais. Tal iniciativa justifica-se quando proporciona um espaço na escola para a expressão cor-poral do aluno e do educador, na manifestação dos impulsos in-conscientes que os levem à busca do conhecimento, na afirma-ção da própria identidade e à superação de conflitos normais do desenvolvimento, o que leva à liberação do desejo de aprender.

Page 31: Revista Escada 12

SUA HISTÓRIA DE SUCESSO PODE VIRAR LIVRO.

Resgate a trajetória de sua escola através de um livro comemorativo para presentear seus clientes. Para livros, relatórios anuais, cartilhas ilustradas ou revistas institucionais como esta Escada, conte com a Editora Inventa.

Idealizada em 2011, a Editora Inventa desenvolve projetos de comunicação com conteúdo, transformando histórias e acontecimentos em produtos jornalísticos e culturais. Entre em contato para saber mais.

> [email protected] - (41) 3253-0553

Page 32: Revista Escada 12