Revista Espaco Saude

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Revista Espaço Saúde [Ano 1, n. 3, Maio 2012] - Saúde, tecnologia e bem-estar para São Carlos e Região www.revistaespacosaude.com.br

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São Carlos a capital da tecnologia, Atenas paulista, campeã nacional da relação dou-tores per capita. Com tantos títulos a cidade

segue sua tendência, prestes a tornar-se também uma forte referência nacional na área da saúde.

O panorama está aí para ser comprovado, e não apenas devido aos excelentes profissionais da saúde que atuam na cidade nem também à relação ótima entre médicos/pacientes preconizada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de um pro-fissional para cada 1000 habitantes. Aqui temos um para cada 956. Afora também os detalhes otimistas acerca da política municipal de saúde que poderão ser lidos nesta edição, temos motivos adicionais para nos orgulhar. Abaixo alguns dados significati-vos que reforçam a assertiva:

O recém-regulamentado curso de graduação em Medicina da Universidade Federal de São Carlos-

-UFSCar, por meio de Portaria publicada em janeiro de 2012, alavanca expressivamente o nível de nossos profissionais de saúde frente à exigência da contra-tação de docentes altamente qualificados que incre-mentam o ensino e reciclagem profissional, o aten-dimento ao público e também a pesquisa na área. Dentro desta mesma universidade encontram-se: o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS–UFSCar), que abrange cursos em áreas médicas e paramédicas e o Departamento de Engenharia de Materias (DeMa-UFScar), com estudos de materiais cerâmicos, metálicos e poliméricos, voltados tam-bém à saúde, além de seu renomado Laboratório de Caracterização Estrutural (LCE-DeMa-UFSCar), que incrementa investigações também na área de pes-quisadores brasileiros e estrangeiros.

Em um giro pelos campi da USP São Carlos, va-mos encontrar estruturas surpreendentes: no IFSC–USP destacam-se: o inédito curso multidisciplinar de Ciências Físicas e Biomoleculares, com ênfase em biotecnologia; o Grupo de Cristalografia que realiza pesquisas em áreas aplicadas a doenças infecciosas tropicais e patologias humanas como câncer e osteoporose; o Centro de Pesquisa em Óti-ca e Fotônica de São Carlos (Cepof) é referência em estudos do uso de feixes de luz para uso odonto-

lógico, dermatológico e para o tratamento de pa-cientes com câncer. Na Escola de Engenharia de São Carlos (EESC–USP), o programa de Bioengenharia da EESC–USP se dedica a pesquisas relacionadas ao aparelho músculo-esquelético e reparação tecidual. Já no Instituto de Química de São Carlos (IQSC–USP), avançadas investigações acerca de biomarcadores tumorais, biomateriais e fármacos são destacadas. De fato, o que se faz dentro destas duas universi-dades é ensino e pesquisa de excelência: ilhas de projeção internacional.

Com significativo volume de produção científi-ca, há que viabilizar a inovação de produtos e tec-nologias que favoreçam a população: o Centro de Ciência, Inovação e Tecnologia em Saúde de São Carlos (Citesc) se destaca pela busca e aceleração da transferência de resultados de pesquisa científi-ca em áreas médicas e farmacêuticas gerando ino-vação, leia-se: produtos inéditos. Vale saber que das dezenas de indústrias instaladas na cidade, muitas são as que manufaturam produtos voltados à saú-de, gerando empregos e divisas.

Com tamanha riqueza de dados relacionados ao tema, é amplamente justificada a circulação de um veículo que nos mantenha informados sobre saúde e bem estar em São Carlos. A Revista Espaço Saúde, já em sua 3ª edição cumpre este objetivo, compilando assuntos de interesse, com linguagem voltada ao pú-blico geral. A concepção da Revista visa a publicação de artigos de qualidade dentro de uma política edito-rial, sem quaisquer ônus a autores que aqui expõem seus artigos, o que se traduz em credibilidade.

Profissionais, docentes, pesquisadores, gestores da área de saúde: este é o espaço de divulgação de seu trabalho.

Artigos na RES serão sempre bem vindos!

Editorial

Dr. Marcos JacobovitzCirurgião Dentista Crosp 42225Corpo Editorial da Revista Espaço Saúde.

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16 O que está acontecendo com as mulheres?

Por que o parto natural tem sido deixado de lado no Brasil?

18 Direito à visão. A prevenção é uma arma

poderosa para se evitar a cegueira.

22 Totem de autoatendimento verifica a proteção UV de óculos de sol.

Equipamento desenvolvido na USP/São Carlos fornece o serviço.

24 Equoterapia: O que é isso? Método com auxílio de

cavalos alcança excelentes resultados em tratamentos de saúde.

26 Analgesia ou sedação inalatória consciente.

Técnica de administração de óxido nitroso e oxigênio já é uma realidade na odontologia brasileira.

26 A enfermagem e a segurança do paciente.

Ações promovem mais segurança na enfermagem.

CAPA OUTROS TEMAS

A Revista Espaço Saúde tem como objetivo aproximar o público de São Carlos e região de temas relevantes nas áreas de saúde, bem--estar, sustentabilidade e meio-ambiente. Na revista são publicados artigos de profissionais da área de saúde e matérias jornalísti-cas. Também divulgamos artigos de pesquisadores, buscando, dessa forma, levar ao conhecimento do público o que de mais avan-çado está sendo feito dentro dos centros de pesquisa. O conteúdo dos artigos é de responsabilidade dos autores. Esta publicação foi idealizada por Marcos Jacobovitz e Diagrama Editorial. Jornalista Responsável MTb 33.863. Tiragem: 5 mil exemplares. A Revista Espaço Saúde é publicada pela Diagrama Editorial, R. XV de Novembro, 2190, Sala 8, CEP 13564-220, São Carlos. Para publicação de artigos ou anúncios: Fale Conosco (16) 3413-9142 | [email protected]. Site www.revistaespacosaude.com.br.

Revista Espaço Saúde • Ano I | Número 3 | maio, 2012.

O QUE VOCÊ ENCONTRA NA REVISTA ESPAÇO SAÚDE

6 Doenças típicas de outono/inverno.

Tossiu? Espirrou? Cuidado com as doenças da temporada fria!

9 A Rede Municipal de Saúde. Conheça melhor a rede de

atendimento em São Carlos.

12 Cuidados com a saúde ocular do idoso

Uma consulta de rotina anual pode diagnosticar doenças precocemente e evitar a cegueira.

20 Aplicação estética da Terapia Fotodinâmica para uma aparência mais jovem e atraente.

28 Envelhecimento populacional, políticas públicas e o risco de quedas.

Dados importantes e dicas para se previnir os acidentes com idosos.

33 Dicas de saúde35 Indicador Profissional

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▶ Campanha contra a Gripe.Acontece entre 5 e 25/5, em São Carlos, a vacina-ção contra gripe. Ela será realizada em todas as Unidades Básicas e de Saúde da Família (UBS E USF). Haverá, ainda, postos extras das 8h às 17h.▶ 2ª Semana do Bebê de São Carlos.De 11 a 16 de Junho/2012Acompanhe a Programação e Participe:www.semanadobebe.saocarlos.sp.gov.br

▶ IV Jogos Municipais da Melhor Idade de São Carlos: 24/05 - 19h - Abertura. Local: Ginásio Milton Olaio Filho de São Carlos.27/05 - Rua de Lazer - SESC28/05 - 29/05 - Jogos - Competição30/05 - Caminhada da Melhor Idade.01/02/03/06 - Jogos - Competições.04/06 - encerramento - baile.

maio/JUNHomaio/JUNHo

eventos

eRRATA

O Editorial “Ética médica e Publicidade”, publicado na edição de Março, não contem algumas infor-mações que foram inseridas pelo autor, que são:

As denúncias são cada vez mais frequentes com o aumento significativo do uso de propaganda agressiva e ilegal, tanto que a Justiça proíbe sites de compras coletivas de anunciar tratamentos odon-tológicos. Em novembro de 2011 a 4ª. CONEO do Conselho Federal de Odontologia debateu a atu-

A Revista Espaço Saúde é distribuída gratuitamente na cidade de São Carlos mas estamos disponibilizando o envio, para qualquer lugar do Brasil, ao custo de R$20,00 por edição.

Para moradores de São Carlos o valor é de R$10,00.

Finalmente uma das melhores revistas de saúde, bem-estar e meio ambiente em sua casa.

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superior (narinas, seios da face, faringe e laringe). “Gripes e resfriados são muito frequentes, assim como as patologias alérgicas, como rinites e bron-Nos meses de outono e inverno, as tempera-

turas caem. O frio começa a chegar e com ele aquela vontade de se enrolar no edre-

dom para ler um livro ou assistir a um filme. Quan-to mais frio, menor a vontade de sair de casa. A es-tação fria deixa o organismo um pouco mais frágil por causa das variações climáticas, da umidade relativa do ar, da inversão térmica (responsável pelo acúmulo maior de poluentes na atmosfera); da maior concentração de pessoas em locais fe-chados e pouco arejados e também do uso de ca-sacos de lã e cobertores, que ficam guardados no armário por longos períodos e acumulam poeira. Com isso ficamos mais suscetíveis a doenças. Tudo começa com o próprio frio, que funciona como um irritante para as vias aéreas de algumas pessoas.

Para o otorrinolaringologista Fernando Alves Pinto, nesse período, devido às temperaturas mais baixas e ao clima mais seco, a via aérea é afetada com muito mais frequência, principalmente a via

Doenças típicas de outono/inverno

Por Rosane D’Andréa

dr. Fernando alves pinto

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Tossiu? Espirrou? Cuidado com as doenças da temporada fria!

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quites, que aparecem com mais facilidade”, explica. As mais comuns são as patologias virais das

vias respiratórias que aparecem com sintomas de obstrução nasal, coriza, febre baixa e dores pelo corpo. São geralmente autolimitadas e não ne-cessitam de medicação especial, no máximo anal-gésicos e antitérmicos. “São gripes e resfriados. Uma parte delas acaba evoluindo para sinusites e faringites, às vezes bacterianas, necessitando tratamento médico. Além disso, a parte pulmonar pode ser afetada”, descreve. Ele afirma que crian-ças e idosos são os que mais sofrem com a baixa umidade do ar.

Não há uma maneira totalmente eficaz de pre-venção, pois as crianças têm que continuar nas es-colas, creches, etc. Uma medida que funciona mui-to bem é o uso de soro fisiológico. Deve ser usado em lavagem nasal, sem contra indicação, prevenin-do acúmulo de secreção nasal, que pode acarretar sinusites e faringites. Além disso, a hidratação é muito importante. Tomar bastante água, sucos na-turais e água de coco. O médico também destaca o uso de agasalhos para evitar o “choque térmico”.

Uma boa dica é manter a higiene doméstica em dia. Evite o acúmulo de poeira, que é um dos gran-des responsáveis pelos problemas alérgicos. Evite o sereno e chuvas e evite ficar exposto por longos períodos ao frio, sem a devida proteção. Não saia de lugares muito aquecidos para lugares frios com frequência e evite tomar bebidas geladas por um longo período. Enfim, aproveite o inverno e cuide da sua saúde.

dias frios e cinzentos

A psicóloga Maria Eugênia Silveira Brandão, analis-ta do comportamento, com especialização em te-rapia por contingências de reforçamento, formada pelo Instituto de Terapia por Contingências de Reforçamento (ITCR) de Campinas, SP, conta que estudos neurocientíficos procuram demonstrar a relação entre os dias curtos e cinzentos do inver-no e o Transtorno Afetivo Sazonal (TAS) – também conhecido como Depressão Sazonal ou depressão

“de inverno”. Os pesquisadores sugerem que a di-minuição do tempo de exposição à luz solar pode causar um desequilíbrio bioquímico no organismo

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e comportamentos agradáveis. As pessoas saem mais de suas casas e, com isso, relacionam-se mais. Esses encontros, além de manterem o indivíduo próximo às outras pessoas, normalmente geram situações que o colocam em contato com ativi-dades que lhe são prazerosas (praticar esportes, passear com animais em praças, frequentar bares e restaurantes, etc.)”, conta.

afetando a produção de dois neurotransmissores: serotonina (regulador de humor e apetite) e me-latonina (regulador do sono). Com isso, a pessoa sente-se fatigada, sonolenta e apresenta aumento de apetite. Embora este tipo de depressão tenha maior incidência em países com invernos mais rigorosos, aqui no Brasil também ocorrem casos, principalmente nas regiões onde o inverno é mais acentuado.

A Psicologia Comportamental vê o homem como produto do meio em que vive. O meio am-biente é a soma do ambiente físico com os orga-nismos que nele vivem, portanto, ele influencia, mas também é influenciado. As ações do homem podem ser discriminadas e, uma vez compreen-didas, pode-se até antecipá-las, determiná-las e alterá-las, para que se possa ter uma melhor qua-lidade de vida.

“Não há como negar que os dias ensolarados e mais quentes influenciam o meio ambiente de maneira mais positiva do que os dias cinzentos e frios, ou seja, a incidência da luz solar e o clima quente fazem com que o meio ambiente – in-cluindo-se, então, o homem – conduza a ações

Dicas da especialista:

• aproveitar os momentos ensolaradosparamantermosoequilíbriobioquímicodenossosorganismos;

• praticarexercíciosfísicos–ofrionãopodeserummotivoparadeixá-losde lado,e,caso haja necessidade, mude o tipo deexercício ou de ambiente para criar umnovoestímulo, o importante énãoficarparado;

• criar oportunidades para reunir pessoasa nossa volta (assistir a filmes ou jogarcartas)jáque,nosdiasdeinverno,geral-mentepassamosmais tempodentrodecasa;

• para quem vive sozinho é sempre inte-ressante exercitar a leitura – sugiro li-vros de ação e aventura, nada de ficardebruçado(a)sobrelivroscomtemáticasquepossamlevarasentimentosdetriste-zacomo,porexemplo,sobreamoresnãocorrespondidos;

• evitarreuniõesregadasacomidasmuitocalóricas,poiscorre-seo riscodeengor-dar,eistopodeaumentaraprobabilida-dedeseterdepressãosazonal;

• e por fim, evitar cochilos durante o dia,poispodemlevaraduassituações inde-sejáveis: ficar sonolento pormuitomaistempoouperderosonoduranteanoite.

dra. Maria eugênia silveira Brandão

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modelo convencional com uma equipe de médi-cos: clínico, pediatra, ginecologista, enfermeira, auxiliar de enfermagem e dentista. O objetivo é a prevenção e tratamento de pequenas patologias. A pessoa marca consulta ou vai por encaminha-mento do médico da USF. Nas Unidades Básicas e de Saúde da Família e Centro Municipal de Espe-cialidades são atendidas diariamente cerca de três mil pessoas. São 14 Unidades de Saúde da Família em funcionamento e 18 equipes.

O Centro Municipal de Especialidades (CEME) é um ambulatório de referência em 24 especialida-des em saúde da cidade de São Carlos e microrre-gião. Os agendamentos são feitos diretamente nas Unidades Básicas de Saúde e Unidades de Saúde da Família. Os retornos são marcados no CEME após a consulta.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgên-cia (SAMU) em cinco anos realizou mais de 133 mil atendimentos. Segundo o secretário, o SAMU segue o sistema canadense com as seguintes clas-sificações: vermelho quando o paciente tem risco de morte como nos casos de enfarte, derrame ou acidentes e deve ser atendido na hora; amarelo, quando o atendimento é feito em até meia hora como diabetes alto; verde quando o atendimen-to pode ser feito de 2 a 3 horas, como os casos de crianças com febre e o azul, que pode ser feito em até 24 horas, como os casos de queixas crônicas.

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são Carlos é referência regional na saúde. A cidade atende, além da população local, as cidades de Descalvado, Dourado, Ibaté,

Porto Ferreira e Ribeirão Bonito. A média de aten-dimento da cidade e microrregião é de mais de 400 mil pessoas e a mortalidade infantil do mu-nicípio é a terceira menor do Estado, segundo a Fundação Seade.

Para o secretário de saúde Dr. Marcus Vinicius Franzin Bizzarro a atenção básica na cidade é bem constituída e, graças ao Hospital Escola, existe uma ótima cobertura do Programa Saúde da Família.

A Rede Municipal de Saúde é composta por 12 Unidades Básicas de Saúde, 17 Equipes de Saúde da Família, um Ambulatório Médico de Especialidades (CEME), um Centro de Especialida-des Odontológicas (CEO), um Centro de Atenção Psicossocial – Saúde Mental (CAPS), um CAPS AD (Álcool e Drogas) e duas Unidades de Pronto Aten-dimento (UPA).

As Unidades de Saúde da Família (USF) con-tam com uma equipe formada por médico, enfer-meira, dentista, auxiliar de enfermagem e agentes comunitários. “Os agentes comunitários são pes-soas do bairro, conhecem os moradores e os pro-blemas do dia-a-dia. O número é fixo: mil famílias ou quatro mil pessoas e a atenção é mais direcio-nada”, explica o secretário.

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) têm

A Rede Municipal de Saúde

Por Rosane D’Andréa

Conheça melhor a rede de atendimento em São Carlos.

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O Hospital Escola de são Carlos

O Hospital Escola, inaugurado em 3 de novem-bro de 2007, em seu primeiro módulo já realizou mais de 670 mil procedimentos de saúde (14 mil/mês), sendo 267 mil consultas (adultas e pediátri-cas), 147 mil exames de imagem, 91 mil exames laboratoriais, 3 mil internações e 185 mil outros procedimentos como curativos, aferição de pres-são arterial e administração de medicamentos. O segundo módulo deverá contar com mais de 200 leitos e a previsão de inauguração é para o final de 2012 com início de funcionamento em 2013.

santa Casa de Misericórdia de são Carlos

Inaugurada em 1o de novembro de 1899, a Santa Casa de Misericórdia de São Carlos conta com Cen-tro Cirúrgico constituído de um conjunto de insta-lações que permite efetuar cirurgias nas melhores condições de segurança para o paciente e de con-forto para a equipe que o assiste. As principais fi-nalidades são realizar procedimentos cirúrgicos e devolver os pacientes às suas unidades de origem nas melhores condições possíveis de integridade e realizar procedimentos em pacientes não cirúr-gicos que necessitam utilizar suas dependências.

A Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos é referência para os tratamentos de alta complexidade em: gestação de alto risco, UTI, neurocirurgia, UTI neonatal, infantil, nefrologia, car-diologia, radioterapia e ortopedia (credenciado so-mente para tratamento de ombro, quadril, joelho e tumor ósseo), além de outros serviços como cirur-gias ambulatoriais, oftalmo, otorrino, tratamento de dor crônica e serviços de urgência e emergência. A Santa Casa conta, também, com ambulatório de cirurgias cardíacas, banco de sangue, enfermaria, recepção, provedoria e maternidade

A Maternidade Dona Francisca Cintra Silva da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Carlos, foi inaugurada em 28 de outubro de 1952. A unidade oferece 56 leitos (34 SUS, três particulares e 19 UNIMED) e possui setores para gestantes em tratamento clínico, pré-parto, alojamento conjunto, centro obstétrico, berçário e banco de leite humano. Realiza atendimento especializado de maneira hu-

Das onze unidades prestadoras de serviços contratadas para complementar o SUS, a mais im-portante é a Santa Casa, com 337 leitos, sendo 210 disponibilizados para o SUS. Dentre eles, 20 leitos de UTI Adulto (15 SUS), sete UTI Neonatal (cinco SUS) e sete UTI Pediátrica (cinco SUS).

A estrutura de saúde do município possui 443 leitos, o que indica 1,95 leitos por mil habitantes. O atendimento é feito por quatro hospitais: San-ta Casa com 337 leitos (210 SUS), Hospital Escola com 31 leitos SUS no 1o módulo, Casa de Saúde com 56 leitos e Hospital da Unimed com 31 leitos.

O Programa de Saúde da Família atende 76,5 mil pessoas, o que corresponde a 35% da popula-ção. A meta é chegar em 50% de cobertura até o fi-nal de 2012 com a contratação de 12 novas equipes.

A Prefeitura conta com 208 médicos (89 atuam em UBS, 13 em USF, 39 no CEME e 67 em urgência e emergência, como UPA e SAMU). Na área odon-tológica são 36 equipes de saúde bucal, 48 con-sultórios odontológicos, 85 cirurgiões dentistas, 55 auxiliares e três técnicas de saúde bucal.

secretário de saúde dr. Marcus vinicius Franzin Bizzarro

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manizada e atende cidades da região como Porto Ferreira, Descalvado, Ibaté, Ribeirão Bonito e Dou-rado, atingindo uma média de 250 partos por mês.

A função principal do banco de leite humano é atender às necessidades nutritivas dos recém-

-nascidos que permanecem internados na UTI ne-onatal mas também atua na promoção do aleita-mento materno realizando coleta, processamento e distribuição do leite e atendendo mães com di-ficuldades e dúvidas com relação ao aleitamento.

Casa de saúde – Hospital e Maternidade

Com mais de 40 anos, a Casa de Saúde (também chamada de “Hospital Novo” pelos cidadãos sãocar-lenses) possui, em uma estrutura ampla e moderna, ambulatório, central de exames, UTI adulto, centro cirúrgico e maternidade com centro obstétrico, sala de parto humanizado e UTI neonatal e pediátrica.

Atualmente há quatro pavimentos, sendo que o terceiro e parte do segundo foram reestrutura-dos e estão totalmente destinados à maternidade. Em breve, toda a estrutura estará renovada. A fina-lidade é oferecer um centro de excelência na recu-peração do bem estar biopsicossocial do paciente.

As instalações oferecem facilidade de acesso e um ambiente confortável e acolhedor. São mais de 5 mil m² de área construída onde o público pode contar com acomodações com leitos individuais, equipadas com TV, ar condicionado, frigobar e poltrona reclinável e acomodações coletivas com apenas 2 leitos por quarto. A cozinha é coordena-da por nutricionistas e equipe de gastronomia. A casa de saúde também oferece leitos de UTI, am-bulatório completo com consultórios equipados para atendimento de várias especialidades, salas de procedimentos ambulatoriais (curativos, gesso e inalação), centro de exames (raio x, tomografia, endoscopia, colonoscopia, eletrocardiograma, es-teira ergométrica, laboratório de análises clínicas e medicina nuclear), banco de sangue (responsável pela captação em bancos externos e distribuição interna) e farmácia. O quadro de colaboradores conta com mais de 260 integrantes e o corpo clí-nico completo tem mais de 150 médicos atuantes.

O hospital dispõe de 30 leitos e na UTI 9 leitos para adultos, 8 neonatal e 1 pediátrico.

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podem ser controladas e evitar uma possível ce-gueira no futuro. Proteger os olhos do sol também é uma medida saudável.

RES O que é a catarata?Dr. Gustavo Paro Dentre as alterações oculares no idoso, a catarata é a mais comum. Trata-se da opa-cificação do cristalino (lente natural que temos dentro do olho, atrás da pupila), não permitindo a entrada de luz e provocando borramento da vi-são. A cirurgia de catarata consiste na retirada des-ta lente opaca e a colocação de uma lente artificial de acrílico dentro do olho, fazendo com que este órgão receba mais luz e haja melhora da visão. A

Revista Espaço Saúde Quais são os problemas oculares que mais aparecem nos consultórios?Dr. Dorival Gualtieri Jr. Com o aumento da expec-tativa de vida da população brasileira, alguns pro-blemas oculares antes pouco diagnosticados es-tão cada vez mais frequentes. Tais problemas vão desde disfunções nas pálpebras, passando por au-mento na incidência de catarata, de glaucoma (au-mento da pressão do olho) e de alterações na reti-na. Entretanto, com o avanço da medicina, muitos dos problemas são tratáveis ou, no mínimo, con-troláveis. Mas, para isto, o diagnóstico precoce é necessário. Uma visita regular ao oftalmologista pode diagnosticar doenças em fases iniciais que

Uma consulta de rotina anual pode diagnosticar doenças precocemente e evitar a cegueira

CUIdadOs COM a saúdE OCULaR dO IdOsO

ENtREvIsta

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Revista espaço saúde 13 12 Revista espaço saúde

maioria das cirurgias realizadas atualmente são executadas com colírios anestésicos (não precisa injeção) e sem a necessidade de dar ponto no fi-nal. Além disso, com as lentes intra-oculares mais modernas, é possível corrigir não só a miopia ou a hipermetropia, mas também o astigmatismo. Mas, para o sucesso da cirurgia e para atingir a melho-ra visual esperada, é necessário que o restante do olho, como a retina, por exemplo, esteja saudável.

RES Que problemas podem aparecer na retina?Dr. Leonardo Castro Na retina (última camada do olho) o idoso pode apresentar uma maior incidên-cia de descolamento espontâneo, além de altera-ções conhecidas como degeneração macular rela-cionada à idade que ocorrem na região central da retina chamada mácula. No caso do descolamen-to de retina, se for diagnosticado logo no início, pode-se tratá-lo com uma cirurgia a laser feita no próprio consultório, sem necessidade de uma ci-rurgia maior. Já nos casos de degeneração da má-cula, dependendo da gravidade do caso, o trata-mento é feito com vitaminas específicas para o olho ou com injeções de medicamentos dentro do olho para combater a doença. Alterações na retina

devido a doenças sistêmicas, como o diabetes e a hipertensão arterial, também são muito frequen-tes no idoso. Mas para um bom resultado no tra-tamento de todas estas alterações é necessário o diagnóstico precoce com a realização do exame de mapeamento da retina, comumente chamado de “exame do fundo do olho”.

RES E o que é o glaucoma?Dra. Dinorah Castro Dentre as doenças no olho que podem surgir com o envelhecimento está o glau-coma, que é uma doença que acomete o nervo óp-tico, geralmente associada ao aumento da pressão intra-ocular (comumente chamada de “pressão do olho”). Ocorre uma morte lenta e progressiva das fibras que formam o nervo óptico (estrutura que leva as informações do olho para o cérebro). Com isso, ocorre uma perda irreversível e gradativa do campo visual, levando à cegueira se não realiza-do tratamento. A simples medida da pressão intra-

-ocular uma vez ao ano pode diagnosticar preco-cemente o glaucoma e prevenir a cegueira. Caso a pressão intra-ocular esteja elevada, exames mais específicos são necessários para a confirmação do diagnóstico e acompanhamento da doença. Com

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Dra. Dinorah Piacentini Engel CastroFormada pela UNIFESP-Escola Paulista de Medicina.Residência em Oftalmologia pela UNI-FESP-Escola Paulista de Medicina.Especialização em Glaucoma pela UNI-FESP- Escola Paulista de Medicina.Doutorado em andamento pela UNI-FESP-Escola Paulista de Medicina.

Dr. Gustavo ParoFormado pela UNESP- Faculdade de Me-dicina, Campus de Botucatu.Especialização em Cirurgia de Catarata e Cirurgia Refrativa no Dep. de Oftal-mologia da UNIFESP-Escola Paulista de Medicina.Membro da Sociedade Brasileira de Len-tes de Contato e Córnea.

Dr .Antonio Carlos BaldinFormado pela Faculdade de Medicina de Jundiaí.Residência em Oftalmologia pela Facul-dade de Medicina do ABC.Especialização em Cirurgia Plástica Ocu-lar pela Faculdade de medicina do ABC.

Dr. Dorival Gualtieri Jr.Formado pela Faculdade de Medicina de Marilia em 1983.Residência e especialização em Oftal-mologia na Faculdade de Medicina de Marilia em 1984, 1985 e 1986.

Dr. Leonardo CastroFormado pela Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de MedicinaEspecialista em Oftalmologia pelo Con-selho Brasileiro de Oftalmologia.Especialista em Doenças da Retina pela Sociedade Brasileira de Retina e Vítreo.Membro Internacional da Academia Americana de Oftalmologia.

o diagnóstico precoce, muitas vezes o uso de colí-rios para reduzir a pressão intra-ocular evita a evo-lução do glaucoma. Já em casos com diagnóstico em fases avançadas, uma cirurgia para reduzir a pressão intra-ocular pode ser necessária.

RES Qual é a queixa mais comum entre os idosos?Dr. Antonio Carlos Baldin Uma queixa muito co-mum do idoso é o aumento do lacrimejamen-to. Apesar de, em alguns casos, estar relaciona-do à obstrução do canal lacrimal, muitas vezes o problema está na frouxidão das pálpebras. Ocor-re uma frouxidão natural dos músculos e da pele ao redor do olho com a idade, o que causa uma alteração no piscar e o acúmulo de lágrima nos olhos, aumentando o lacrimejamento e a sensa-ção de que os olhos estão sempre cheios de lá-grimas. Nestes casos, é necessária uma pequena cirurgia plástica para refixação da pálpebra, solu-cionando o problema”.

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14 Revista espaço saúde

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16 Revista espaço saúde

Como se decide o nascimento dos nossos filhos.

PaRtO NatURaL

atualmente muito se tem discutido sobre a diminuição das taxas de cesárea desne-cessárias, e o estímulo aos partos naturais,

uma vez que esta diminuição repercutirá na so-ciedade. Segundo Michel Odent (2002), obstetra francês, refletir sobre o parto é pensar no futuro pois, “para mudarmos o mundo precisamos mu-dar a forma de nascer”.

Uma pesquisa realizada pela Escola Nacional de Saúde Pública, com colaboração da FIOCRUZ, mostrou que mais de 70% das brasileiras gosta-riam de tentar o parto normal, mas somente 10% conseguem. Nosso país é campeão em partos ci-rúrgicos, com índices que atingem 43% do total de nascimentos e chegam a 80% nos hospitais particulares. Em certas maternidades, a taxa ul-trapassa 98%. Estes índices muito se distanciam do recomendado pela Organização Mundial da Saúde que é de 15%. Na Holanda, por exemplo, país que tem as menores taxas de mortes de mu-lheres e bebês relacionadas à gestação e parto, as taxas de cesárea atingem somente 8% dos partos, e um fato curioso: 40% dos partos acon-tecem em domicílio.

Muitos devem estar se perguntando: “o que tem de tão diferente nascer de parto natural?”

O parto natural é uma poderosa ferramenta de transformação e é por meio dele que alcan-çamos um nível de conhecimento que jamais acontecerá em uma cesárea. Ao dar à luz de for-ma simples, a mãe tem a chance de se perceber por inteiro e de participar ativamente de cada segundo do nascimento do seu bebê. A mulher possui uma força superior e infinita e nada nem

ninguém tem o direito de diminuir isso. Hoje em dia, o ritmo de vida e a comodidade fazem com que essa energia fique reprimida. A mulher pen-sa (e é encorajada a pensar) que não é capaz de parir. Sim! Somos capazes!

O nascimento é uma das poucas oportunida-des em que vivenciamos uma emoção arrebata-dora em que há a transição do status de “mulher” para o de “mãe”. Mesmo não sendo o nascimen-to do primeiro filho, viveremos uma alegria que inunda a alma. Neste sentido, nascer com simpli-cidade é um ato puro, mágico. Então, por que o parto se transformou em algo marcado, com um roteiro a ser seguido? E o que está acontecendo com nós mulheres? Perdemos a capacidade de parir?

Chegamos ao auge da medicalização do par-to e não melhoramos os resultados perinatais, uma vez que as cesáreas sem indicações médi-cas (as “desnecesáreas”) ocorrem de forma de-senfreada. Não podemos negar que a cesárea foi um dos principais acontecimentos para a melho-ria da assistência ao parto, porém ao ser utilizada

O que está acontecendo com as mulheres?

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de forma abusiva, tem proporcionado o aumen-to de complicações clínicas, comportamentais e psicológicas, além da elevação do custo da assis-tência ao parto.

Mas e a dor? A maioria das mulheres alega medo da dor do parto, mas devemos esclare-cer que uma boa parte da dor está relacionada às intervenções desnecessárias incorporadas ao parto ao longo da história e pelo MEDO. Com o desenvolvimento tecnológico, o parto passou de um processo natural para um evento controlado, em que as mulheres foram retiradas do ambiente domiciliar e levadas ao hospital para parir. Saíram do protagonismo do processo, foram isoladas de seus familiares, foram deitadas e passaram a ser comandadas pelos profissionais da saúde. Estu-dos demonstram que em um parto natural, em que a mulher conheça o processo e conte com a presença de um acompanhante, a dor será perce-bida de forma diferente, sem o desespero. Além disso, atualmente existem muitos métodos de alívio da dor não farmacológicos, como a presen-ça de uma doula (profissional que acompanha o parto), um ambiente tranquilo em que a mulher sinta-se segura e em privacidade, acreditando que é capaz de lidar com a contração, que tenha liberdade de posição durante o trabalho de parto, ou ainda que alguém que lhe faça uma massa-gem e com a possibilidade da utilização da água (banho de chuveiro ou banheira).

Assim, para mudarmos a forma de nascer, precisamos recuperar nosso poder feminino na sabedoria da maternagem. Faz-se necessário que as mulheres se levantem em busca da infor-mação e de profissionais e instituições de saúde que sejam adeptos das suas escolhas.

Jamile Claro de Castro BussadoriFormada em Enfermagem pela UFSCar, Especialista em Enfermagem Obstétrica. Mestre e Doutora pela Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto. Denomina-se “parteira”, pela sua atuação em partos domiciliares e acompanhamentos de partos hospitalares.

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18 Revista espaço saúde

O direito à visão

OftaLMOLOgIa

a visão é um dos mais importantes meios de comunicação com o ambiente externo, pois, cerca de 80% das informações que re-

cebemos são obtidas por seu intermédio. Por isso, os olhos merecem atenção especial, o que inclui visitas regulares ao oftalmologista para detecção precoce de quaisquer alterações que requeiram tratamento médico.

O reconhecimento precoce dos sinais e sinto-mas de problemas oculares é fundamental, haja vista que 80% dos casos de cegueira e dos distúr-bios visuais existentes poderiam ter sido evitados.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) de-finiu cegueira como a acuidade visual menor do que 3/60 (menor que 20/400) no melhor olho, com a melhor correção óptica.

Verifica-se estatisticamente o aumento progres-sivo da cegueira e deficiência visual no mundo, que pode ser atribuído, em especial, ao crescimento populacional, ao aumento da expectativa de vida, à escassez de serviços especializados, às dificulda-des de acesso da população à assistência oftalmo-

lógica, às dificuldades econômicas e à ausência/in-suficiência de esforços educativos que promovam a adoção de comportamentos preventivos.

Tomando por base dados populacionais de 1993, a OMS destacou a catarata como a principal causa de cegueira nos países em desenvolvimento.

A perda da visão acarreta graves prejuízos às atividades escolares, intelectuais, profissionais e sociais, restringindo fortemente a produção e a capacidade de trabalho das pessoas afetadas. Desta forma, a prevenção de patologias oculares relaciona-se estreitamente à qualidade de vida das pessoas.

atuando na prevenção de patologias oculares

Ainda na sala de parto, ocorre a primeira ação de saúde ocular no ser humano: logo após o nasci-mento, é pingada uma gota de nitrato de prata nos olhos do recém-nascido, que previne uma do-ença ocular grave, a oftalmia neonatal gonocócica.

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Dra. Cássia Yukari KurogiFormada na Faculdade de Medici-na de Ribeirao Preto - USP.Título de Especialista em Oftalmo-logia reconhecido pelo MEC e CBOSub-especialidade em Glaucoma Clinico e Cirúrgico.

Dr. José Afonso Ribeiro Ramos FilhoFormado na Faculdade de Medici-na de Blumenau.Título de Especialista em Oftalmo-logia reconhecido pelo MEC e CBOSub-especialidade em Retina e

Vítreo Clinico e Cirúrgico.Medico contratado do setor de Retina e Vítreo do Hospital das Clinicas de Ribeirao Preto.Pós graduando junto ao Departamento de Oftalmologia do Hospital das Clinicas de Ribeirão Preto.

Dra. Neusa Yossico KurimoriGraduada pela Faculdade Federal de Medicina do Triângulo Mineiro - FFMTM.Ex Residente no Instituto Penido Burnier - Campinas - SP.Titulo de Especialista em Oftalmo-

logia reconhecido pelo CBO e MEC .Membro da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, Conselho Brasi-leiro de Oftalmologia e American Academy of Ophthalmology.Atua em São Carlos desde 1981 (31 anos).

cercose, avitaminose A e erros de refração.Se a proposta VISÃO 2020 for bem sucedida,

estima-se reduzir para 24 milhões o número de cegos no mundo e atingir 429 milhões de indiví-duos que tiveram sua visão preservada (casos de cegueira evitados).

Conclusão

Ter saúde ocular é dever de todos e, para isso, de-vemos atuar principalmente na prevenção das doenças e buscar o acesso a todos os recursos curativos disponíveis.

A criança começa a desenvolver sua visão efe-tivamente por volta dos 6 a 8 meses, porém, so-mente aos cinco ou seis anos ocorre a maturação visual completa.

Rotineiramente, devem ser procurados sinais e sintomas comuns como dor de cabeça frequente, personalidade dispersiva ou desastrada, quedas corriqueiras, dificuldade em acompanhar as brin-cadeiras dos colegas, fazer caretas, piscar muito, apertar os olhos, aproximar-se demais da televi-são ou das páginas de revista e livros. Esses sinais e sintomas podem indicar que a criança sofre de baixa acuidade visual e devem alertar os pais a procurarem o oftalmologista para avaliação. Em caso de dúvida, o teste de acuidade visual é sem-pre recomendável, pois permite a detecção de problemas oculares ainda não manifestos.

Os adultos devem periodicamente submeter--se ao exame de avaliação dos olhos e da visão. Geralmente após os 40 anos, os adultos começam a observar o aparecimento dos sintomas como di-ficuldade para a leitura das letras menores – é o início da presbiopia. É nesta fase da vida em que patologias como catarata e glaucoma tornam-se mais frequentes e devem ser excluídas a cada visi-ta ao médico oftalmologista.

Doenças como hipertensão arterial e diabetes podem provocar o aparecimento de alterações oculares mesmo na ausência de sintomas e assim, requerem acompanhamento constante.

É na faixa acima de 65 anos que ocorre a maio-ria dos casos de baixa acuidade visual e cegueira. Estes problemas não devem ser considerados como resultantes do processo normal de enve-lhecimento, porque, se bem utilizados os recursos clínicos e cirúrgicos existentes, a visão do idoso pode ser recuperada.

O programa visão 2020

VISÃO 2020 é um programa conjunto da Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Interna-cional para a Prevenção da Cegueira (IAPB), com uma adesão de ONGs internacionais, associações profissionais, atendimento oftalmológico e corpo-rações. Propõe a eliminação da cegueira evitável devida a cinco doenças: catarata, tracoma, onco-

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venescimento, como os de Medicina Estética.Na Terapia Fotodinâmica uma reação fotoquí-

mica acontece na pele promovendo a eliminação das células alteradas e manchas, resultando numa

melhora da saúde e dos as-pectos estéticos da pele. O tratamento é indicado prin-cipalmente para eliminar ceratoses actínicas, que são aquelas manchas marrons e ásperas localizadas normal-mente na face, mas também no colo, nos antebraços e no

dorso das mãos. Devido à sua origem vir, em par-te, da radiação do sol, essas ceratoses devem estar

a Terapia Fotodinâmica é um novo e revo-lucionário método de tratamento médico, aprovado pelo Food and Drugs Administra-

tion (FDA), para prevenção e tratamento de alguns tumores de pele, além de ser uma poderosa arma rejuve-nescedora da pele envelhe-cida pelo sol. Essa técnica enfrentou diversos desafios até assumir uma posição de vanguarda na medicina atual, elevada à categoria de tema obrigatório nas reuniões e congressos médicos mais importantes, especial-mente aos ligados ao embelezamento e ao reju-

EstÉtICa&saúdE

Aplicação estética daTerapia Fotodinâmica para uma aparência mais jovem e atraente

Na Terapia Fotodinâmica uma reação fotoquímica

acontece na pele promovendo uma

melhora da saúde e dos aspectos estéticos da pele.

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sempre em acompanhamento por um especialis-ta, pelo risco de um câncer de pele.

O procedimento é simples e envolve a aplica-ção de uma medicação fotossensibilizadora na pele; a medicação mais utilizada atualmente para fins estéticos é o ALA (Ácido Aminolevulínico), e é seguida da aplicação de luz. Há uma pequena ardência local durante a aplicação e o uso do filtro solar é obrigatório após o tratamento.

As grandes vantagens dessa aplicação sobre os métodos mais antigos são: o rápido retorno às atividades diárias e ótimos resultados estético vi-síveis logo na primeira sessão. Dentre as principais indicações da Terapia Fotodinâmica em Medicina Estética, destacam-se para a atenuação de rugas finas, ceratoses, a acne e suas cicatrizes, rosácea, diminuição da oleosidade da pele, hiperplasia sebáceas e fechamento de poros, entre outras in-dicações. O conjunto de resultados dessa técnica, por atenuar a ação do tempo na pele e melhorar significativamente sua qualidade, também é co-nhecido com fotorrejuvenescimento.

Nos últimos tempos, a publicação de diversos trabalhos científicos deu o apoio técnico e emba-samento científico suficientes para o sucesso da técnica, repercutindo de forma dramática na sua dinâmica. Encontrando, enfim, o caminho das pe-dras que tornou esse tratamento cada vez mais eficiente, superaram-se, assim, os obstáculos para sua adoção definitiva pela Medicina Estética.

Dr. Daniel BoniniFormado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, Mestre em química pelo IQSC/USP, Doutor em medicina pela FMRP/USP e Colaborador do Laboratório de Biofotônica do IFSC/USP.

Leia mais sobre Terapia Fotodinâmica na Revista Espaço Saúde - Ano 1, número 2.Ou acesse pelo site da Revista:http://www.revistaespacosaude.com.br/?p=583

Dr. Regynaldo Zavaglia NetoCROSP 58314Especialista em OrtodontiaMestre e Doutor

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Page 24: Revista Espaco Saude

22 Revista espaço saúde

C A interação da radiação ultravioleta com o olho humano é sempre um tema de discus-sões entre cientistas, médicos e a popula-

ção em geral. A interação da luz ultravioleta com o olho pode tanto ser benéfica, quanto maléfica. Os benefícios desta radiação incluem procedi-mentos cirúrgicos e clínicos para a correção da visão – como a cirurgia foto-refrativa; ou para fre-ar o avanço de doenças – como o procedimento de “crosslinking” do colágeno corneano aplicado, entre outras coisas, para ceratocones em estágio inicial (patologia em que a córnea torna-se cônica, gerando alto astigmatismo, que distorce a ima-gem, sendo muitas vezes necessário o transplante da córnea). Os malefícios incluem danos aos olhos provenientes de fontes artificiais, como soldado-res que usam a radiação ultravioleta C (compri-mento de onda entre 100–280 nm), e de fontes naturais, como o Sol, para o qual o uso de óculos de sol com proteção ultravioleta A e B (radiação de comprimento de onda entre 280 nm–400 nm) é amplamente divulgado.

Um dos alvos do estudo é a proteção ultravio-leta em óculos de sol. Em 1996 foi fundado um la-boratório de pesquisas na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, e lá se iniciaram as pesquisas da área de Engenharia aplicada à oftalmologia. Em

2001 o laboratório foi transferido para a Engenha-ria Elétrica da USP de São Carlos e denomina-se Laboratório de Instrumentação Oftálmica. Neste laboratório são realizadas pesquisas multidiscipli-nares tanto na área de desenvolvimento de téc-nicas e equipamentos oftalmológicos, como no desenvolvimento de equipamentos para análise de óculos de sol.

Recentemente foi inaugurado o Totem de Auto Atendimento para Verificação da Proteção Ultravioleta de Óculos de Sol, até 400 nm, finan-ciado pelas FAPESP e pró-reitoria de cultura e ex-tensão da USP.

A ideia nasceu em 2001, a partir de medições de proteção ultravioleta em óculos de sol, volta-da à solicitação do INMETRO em 1999 e reforçada pela revisão da norma brasileira sobre proteção de óculos solares, da ABNT.

A proposta deste totem objetiva a disponi-bilização ao público de uma forma simples para conferir a proteção ultravioleta nas lentes de seus óculos e informar se os óculos estão protegidos. Tradicionalmente estas medidas são realizadas em aparelhos de uso científico, denominados es-pectrofotômetros, por pessoas especializadas, tor-nando as medidas inacessíveis ao público.

O equipamento é o primeiro sistema de auto-

PEsqUIsa

Totem de autoatendimento verifica a proteção ultravioletade Óculos de Sol

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22 Revista espaço saúde Revista espaço saúde 23

escura que, ao serem usados, levam a pupila do olho a não se contrair ou até dilatar-se ao sair ao sol, o que obriga que a proteção das lentes, neste caso, deva ser bem maior do que nas de catego-rias 0 – 2.

Mas tudo isso está traduzido de uma forma simples e intuitiva no aparelho, que faz com que o usuário entenda a que categoria seus óculos testados pertencem, em que situações podem ser usados, qual a proteção ultravioleta que eles possuem e se esta proteção está adequada para a categoria medida de seus óculos.

Assim, o equipamento identifica a categoria a que os óculos testados pertencem – de 0 a 4 – e fornece a porcentagem de ultravioleta que está passando por suas lentes, apontando ao final se os óculos estão protegidos para uso e em que si-tuações ele pode ser usado. O equipamento “cha-ma a atenção” da pessoa que por ele passa, atra-vés vozes diferentes que dizem: “Os seus óculos de sol têm proteção ultravioleta? Venha testar aqui.” Ele está disponível para uso gratuito do público nas dependências do Departamento de Engenha-ria Elétrica da EESC/USP, no Campus 1 da USP, em São Carlos - SP.

Profa. Dra. Liliane VenturaDocente do Departamento de Engenharia Elétrica e Coordenadora do Laboratório de Instrumentação OftálmicaBacharelado, Mestrado e Doutorado em Física no IFSC-USP.Pós-Doutorado em Oftalmologia na FMRP-USP.

Pós-Doutorado em Engenharia Elétrica na EESC-USP.Livre Docência em Engenharia Elétrica na EESC-USP.

atendimento nacional e mundial, para verificar se os óculos de sol têm a proteção ultravioleta ade-quada para sua categoria.

A categoria dos óculos de sol, que se classifica entre 0 e 4, refere-se ao grau de escurecimento das lentes dos óculos e, para cada categoria de óculos, existe uma proteção adequada à radiação ultravioleta.

Por exemplo, a categoria de óculos 0 (zero) refere-se a lentes que são incolores ou levemente escurecidas. Quando uma pessoa usa óculos desta categoria ao sol, entre outros fatores fisiológicos, a pupila de seu olho se contrai, o que protege do sol o interior do olho; portanto, para esta catego-ria, a proteção de UVA necessária é menor do que para um óculos de categoria 3, por exemplo. Esta última categoria refere-se aos óculos de coloração

Para maiores informações, acessem o site: www.sel.eesc.usp.br/lio e naveguem pelos protó-tipos desenvolvidos no laboratório.

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24 Revista espaço saúde

Equoterapia: O que é isso?

EqUOtERaPIa

A Equoterapia não é apenas um momento

para se trabalhar o equilíbrio, a força

muscular, o raciocínio... É também uma forma

de convivência, de socialização e de

inclusão.

segundo a Associação Nacional de Equote-rapia (ANDE-Brasil), a Equoterapia é “um método terapêutico e educacional que uti-

liza o cavalo dentro de uma abordagem interdisci-plinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas portadoras de deficiência e/ou com ne-cessidades especiais.”

A primeira manifestação que acontece em uma pessoa montada a cavalo é o ajuste tônico, que é um ajuste no comportamento muscular do cavaleiro, a fim de respon-der aos desequilíbrios provo-cados pela movimentação do cavalo. A andadura ao passo do animal gera um movimen-to tridimensional: para frente e para trás, para a direita e para a esquerda, para cima e para baixo, além de uma rotação de 8 graus para um lado e para o outro. Toda essa movimentação é transmitida à pessoa montada no dorso do animal.

Em 30 minutos de trabalho o cavaleiro executa cer-ca de 20.000 ajustes tônicos, que são, na verdade, contrações musculares.

A esse grande número de ajustes tônicos so-mam-se as informações exteroceptivas, que são aquelas provenientes dos nossos sentidos, princi-palmente tato, olfato, visão e audição. Elas se dão graças ao contato dos glúteos e faces internas das coxas com o animal, das mãos em contato com as

rédeas e com o pêlo; os sons vêm das batidas dos cascos do cavalo, da voz do terapeu-ta, do vento passando pelas folhas das árvores; sente-se o cheiro característico do cavalo e do ambiente, que pode ser um picadeiro fechado ou um bosque; a visão do praticante é bastante diferente daque-la de um pedestre ou da sua

própria, quando está no chão. Seu olhar vai mais longe, ele literalmente olha por cima e, sobretudo, ele domina o cavalo.

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24 Revista espaço saúde Revista espaço saúde 25

Esse último fato é bastante importante para o aspecto psicossocial do nosso paciente/cavaleiro: ele tem outra visão de mundo. Sente-se maior, não precisa olhar para cima quando quer ver o rosto de alguém e percebe que é capaz de comandar ou participar do comando de um animal grande, forte e imponente como o cavalo. O contato com o animal traz, então, um impacto muito positivo sobre a auto-estima, autoconfiança e autonomia do praticante de Equoterapia.

Muitos praticantes vão à Equoterapia para aprender a segurar a própria cabeça, pois não têm o controle neuro-motor necessário para isso. Mui-tos estão aprendendo ou re-aprendendo a andar, ou aprendendo a manter seu corpo em uma pos-tura correta. Mas esse tratamento não traz apenas benefícios físicos. O cavalo e todo o cenário hípico que envolve a Equoterapia são instrumentos va-liosos para os processos de aprendizado.

Praticantes com deficiências mentais, déficits cognitivos, distúrbios de aprendizagem, distúr-bios comportamentais e sociais, transtornos inva-sivos, como o autismo, são amplamente beneficia-dos pela equoterapia. O sentimento de empatia e afetividade que inevitavelmente acaba sendo despertado pelo praticante em relação ao cavalo, aliado ao fato de se praticar uma atividade física/esportiva, lúdica e divertida ao ar livre e em con-tato com a natureza, despertam um sentimento extremamente poderoso: o prazer. O prazer pro-voca mudanças biológicas e favorece o armazena-mento de quaisquer informações, pois elas estão sendo adquiridas em momentos extremamente agradáveis. Isso nos impulsiona a tentar repetir, sempre que possível, estas boas sensações carre-gadas de novas informações, e o produto final de tudo isso é o aprendizado.

A Equoterapia, graças à gentileza incondicio-nal desse animal incrível que é o cavalo, é uma excelente oportunidade para a realização de ati-vidades e jogos com objetivos pedagógicos, os quais trabalham as habilidades cognitivas que estão na base da aprendizagem, tais como aten-ção, memória, percepção, raciocínio, linguagem, inteligência emocional, noção temporal e noção espacial nos aspectos do esquema corporal e do-minância lateral.

Rita Hammoud Fisioterapeuta formada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Especialista em equoterapia pela Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-Brasil). Instrutora de equitação para equoterapia formada pela

ANDE-Brasil.Coord. da Equipe de Equoterapia - Crescendo a Cavalo.Amazona com experiência nas modalidades de salto e adestra-mento equestre. Presidente da Associação para o Fomento de Atividades Equestres Adaptadas.

O programa pré-esportivo da Equoterapia dá oportunidade a pessoas com diversos tipos de deficiências a se tornarem para-atletas. Há prati-cantes com paralisia cerebral, síndrome de Down, mielo-meningocele que são capazes de trotar, sal-tar e fazer vários exercícios de hipismo de forma totalmente independente. Eles aprendem que são plenamente capazes de dominar um animal imponente como o cavalo e de estabelecer com ele um vínculo afetivo e social. Totalmente capa-zes de se inserir na sociedade e participar de ativi-dades como todas as pessoas e com todas as pes-soas. A Equoterapia não é apenas um momento para se trabalhar o equilíbrio, a força muscular, o raciocínio... É também uma forma de convivência, de socialização e de inclusão.

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26 Revista espaço saúde

OdONtOLOgIa

a imagem da Odontologia sempre esteve associada à dor e ao desconforto pois não havia nenhum método

rotineiro para tratar o medo e ansiedade dos pacientes frente ao tratamento odontológico. Tanto que as gerações anterio-res à atual têm o maior número de pessoas odontofóbicas, ou seja, pessoas que apresentam um medo incontrolável de ir ao dentista, só o fazendo em caso de dor aguda, emergências ou quando não conseguem mais mastigar. E o pior é que, sem saber, passam esse medo para os filhos.

A Odontologia é uma das profissões que mais tem evoluído em tecnologia, entretanto, mesmo

Técnica de administração de óxido nitroso e oxigênio já é uma realidade na odontologia brasileira.

com todos os avanços, muitos pacientes ainda têm medo de ir ao dentista.

A Analgesia Inalatória cons-ciente é uma técnica em que se utiliza a administração de dois gases medicinais: o óxido ni-troso e o oxigênio. Quando uti-lizado sem associação a outros fármacos, esses gases produ-zem um estado de leve sedação em que o paciente permanece consciente, de olhos abertos, pode conversar com o profissio-nal, porém está relaxado e tran-

quilo. O paciente ainda apresenta a diminuição da capacidade de sentir dor o que torna a adminis-tração da anestesia odontológica praticamente imperceptível e indolor.

Técnica utilizada há mais de 100 anos nos Estados Unidos,

regulamentada também em países

como Japão, França, Dinamarca, Suécia e Suíça, agora também

no Brasil.

Analgesia ou sedação inalatória consciente

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reversibilidade da ação analgesiante, ao contra-rio de medicamentos como ansiolíticos, que tem ação prolongada.

As crianças relatam adorar a sensação e a ape-lidaram de "Gás do Astronauta" pois parecem flutuar enquanto tratam os dentes. Inclusive nos Estados Unidos essa técnica á mais aplicada em crianças do que em adultos.

Esta técnica é regulamentada nos Estados Unidos, Japão e em vários países da Europa para o uso em consultório, não existindo na literatu-ra mundial nenhum caso de acidentes com seu uso rotineiro. Porém, o profissional que utiliza a técnica deve estar devidamente habilitado e é importante que faça corretamente os exames iniciais e eleja os casos em poderá utilizá-la, que são os pacientes saudáveis, sem doenças graves. O aparelho usado, ou seja, o misturador de gases, é fabricado especialmente para a odontologia e administra sempre uma quantidade de oxigênio maior que a do óxido nitroso. E, aqui no Brasil, para tornar a rotina ainda mais segura, os pacien-tes são monitorizados pelo oxímetro de pulso, um aparelho que mede a dosagem de oxigênio no sangue e pressão arterial. Além disso, sob anes-tesia, o paciente cardíaco estará menos ansioso e tenso, respirando mais oxigênio do que no ar normal, o diabético estará mais relaxado e menos apto a sofrer uma hipoglicemia, o epilético estará menos apto a sofrer um ataque, e, além disso, o óxido nitroso possui propriedades físicas e quí-micas inertes, não provocando efeitos colaterais adversos, conferindo à técnica um altíssimo grau de segurança.

Os pacientes adultos relatam sentir-se confor-táveis sem a sensação de medo, não ficando na expectativa da dor, durante a anestesia local ou o uso do motor de alta ou baixa rotação. Outra gran-de vantagem da Analgesia Inalatória é a rápida

Cléber Racy Abbud Formado pela UNESP Especialista em Periodontia e Implantes. Atua como clinico geral e cirurgias menores.

• Pacientes com obstrução das vias aéreas superiores,

comoinfecçõesrespiratórias,aumentodasamídalase/

ouadenóides.

• Pacientes psiquiátricos, paranóicos, esquizofrênicos e

psicóticosagudos.

• Pacientes com doença pulmonares crônicas obstruti-

vas,comoenfisema,asmaebronquitecrônica.

a sedação consciente com Oxido Nitroso/Oxigênio está contra-indicada para:

A utilização da Analgesia Inalatória Consciente é altamente benéfica aos pacientes odontofóbi-cos, adultos e crianças, revolucionando as cirur-gias até então bastante desconfortáveis como: remoção de dentes inclusos (cisos), enxertos ós-seos, implantes, etc. Como também deixará mais confortável os tratamentos mais simples e em pacientes emocionalmente mais equilibrados, sendo considerada uma técnica de altíssimo grau de segurança quando utilizada em pacientes sele-cionados por profissionais treinados e habilitados, com equipamentos de boa procedência.

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28 Revista espaço saúde

Envelhecimento Populacional, Políticas Públicas e o Risco de Quedas

tERCEIRa IdadE

É importante que o idoso e a sua família

saibam que após a queda é preciso procurar a equipe de saúde para que se evitem novas

ocorrências

No Brasil, conforme os dados do IBGE de 2010, a população com mais de 60 anos é maior que 21 milhões de pessoas. É es-

perado que em 2050, exista 32 milhões de idosos, ultrapassando o número de crianças na popula-ção. Deste modo, a Política Nacional de Saúde do Idoso (PNSI) é importante para que o país se or-ganize para a assistência à saúde do idoso por meio da promoção do envelhecimento saudável, a manutenção e a melhoria, ao máximo, da capacidade funcio-nal, a prevenção de doenças, a recuperação da saúde dos que adoecem e a reabilitação daque-les que venham a ter sua capa-cidade funcional restringida, de modo a garantir-lhes a permanência no meio em que vivem, exercendo de forma independente suas funções na sociedade.

Nesse contexto, valoriza-se a manutenção da independência e da funcionalidade do idoso para as atividades do dia-a-dia. Estudos mostram

que a ocorrência de quedas é um evento incapa-citante, de dependência da família, de prejuízo à qualidade de vida e responsável por ocorrência de fraturas, principalmente as de fêmur, além de grandes gastos para a Saúde Pública. O indicador de internações por fratura de fêmur foi escolhido como avaliador da PNSI.

A queda é definida como o deslocamento não inten-cional do corpo para um nível inferior à posição inicial com a incapacidade de correção em tempo hábil, determina-do por circunstâncias multi-fatoriais que comprometem a estabilidade.

Atualmente, no Brasil o número de quedas de idosos tem sido considera-do com uma epidemia. Os gastos da Saúde Pública com idosos que sofrem este tipo de acidente, atin-giu 81 milhões de reais. É observado que muitos idosos não conseguem retornar ao mesmo nível funcional após a fratura. Além da funcionalidade,

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Revista espaço saúde 29

na unidade de saúde mais próxima, auxilia a equi-pe a identificar fatores de risco a quedas.

É importante reconhecer que, além dos fato-res físicos de risco a quedas, é importante avaliar o medo de cair que limita a independência do idoso e sua participação na comunidade.

Cerca de 70% das quedas ocorrem dentro do próprio domicílio, portanto é preciso tomar al-guns cuidados para a prevenção de quedas (veja quadro abaixo).

São medidas simples mas será dessa forma, com a atuação conjunta do governo, qualificação da equipe de saúde, do próprio idoso, família, cui-dadores e sociedade monitorando os fatores de risco, o cuidado pós-queda, a qualidade de vida e rede social que garantiremos um incremento para o envelhecimento saudável.

a preocupação é o índice de mortalidade pós-ci-rúrgico. Somente em 2005, foram 1.304 óbitos por fraturas de fêmur; e em 2009 esse número subiu para 1.478 óbitos em todo o país.

Esse problema de saúde pública tem sido encarado pelo Ministério da Saúde com oficinas para discutir estratégias de prevenção de quedas, juntamente com as secretarias estaduais e muni-cipais, além de ações para a prática de atividades físicas e de cuidado na área domiciliar com o Pro-grama Casa Segura.

É importante que o idoso e a sua família sai-bam que após a queda é preciso procurar a equi-pe de saúde para que se evitem novas ocorrências, pois mais de dois terços dos idosos que relatam uma queda cairão novamente nos próximos seis meses. A caderneta do idoso, que pode ser feita

Referências

Brasil. Ministério da Saúde. Portaria no 1.395 de 9 de dezembro de

1999. Aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso e dá outras provi-

dências. Diário Oficial da União 1999; 13 dez.

São Paulo(Estado). Secretaria da Saúde. Vigilância e prevenção de

quedas em idosos . Editores: Marilia C. P. Louvison e Tereza Etsuko da

Costa Rosa -- São Paulo: SES/SP, 2010.

Perracini MR. Desafios da prevenção e do manejo de quedas. Enve-

lhecimento & Saúde.Boletim Instituto de Saúde. 2009;47:45-48.

Centro de Estudos Ortopédicos HSPE. Manual de prevenção de que-

das. Gestão de Comunicação Corporativa - www.iamspe.sp.gov.br

www.ibge.gov.br

http://portal.saude.gov.br/portal/saude/

• Evitartapetesdetecidos,substitua-osporta-petesemborrachadosantiderrapantes;

• Nãodeixarfiosdeeletrodomésticosouqual-querobjetonotrajetodepassagementreoscômodos;

• Não utilizar vasos sanitários baixos: instalarbarrasdeapoiolateraisparalelasaoladodovasosanitárioenochuveiro;

• Seduranteobanhooidosotemdificuldadesemabaixar-se,providenciarumacadeirafir-meeresistente;

• Iluminar bem os ambientes com lâmpadasfluorescentesecortinasclaras;

• Utilizarcolchãomaisfirmeeumaluzpróximaparaauxiliaroidosoduranteanoite;

• Nãoutilizar armários altos queprecisemdeescadasecadeiras,darpreferênciaaarmáriosmaisbaixosefixosàparede;

• Aescadadevetercorrimãodosdoislados,serbemiluminadaeterinterruptoresnopisoin-ferioresuperior.

Karina Gramani SayDocente do Curso de Graduação em Gerontologia da Universidade Federal de São Carlos/UFSCar.Mestrado e Doutorado em Fisiote-rapia pela UFSCar.Aprimoramento em Fisioterapia pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto/FAMERP-SP, Pós-doutorado CNPq.

ComeCe Já!

Page 32: Revista Espaco Saude

30 Revista espaço saúde

O enfermeiro é o profissional responsável pelo planejamento das ações de enfermagem no que diz respeito à disponibilização de recursos ma-teriais adequados e seguros, como também na capacitação da equipe e promoção de condições tanto ambientais como de trabalho adequadas para a realização do cuidado, garantindo seguran-ça para o paciente (BOHOMOL, 2002).

A segurança do pacien-te vem recebendo grandes destaques em pesquisas por estar diretamente associada à assistência dos profissio-nais de saúde. O relatório “To err is human: building a safer health system” do Institute of Medicine (EUA) publicado em 1999, com base em estu-dos realizados no Colorado,

Utah e Nova York, aponta que das 33,6 milhões de internações realizadas no ano de 1997, em hospi-tais dos Estados Unidos, por volta de 44 mil a 98 mil americanos morreram devido a problemas causa-dos por erros na medicação (KOHN et al., 2000).

A partir deste estudo surgiu a Era da Seguran-ça do Paciente, mobilizando diversas instituições internacionais, para tornar o processo de assistên-

a segurança do paciente envolve todos os profissionais da área de saúde e tem rele-vância significativa na área de assistência

à saúde, tornando-se um requisito fundamental na gestão de qualidade, e, portanto, relacionada aos processos desenvolvidos nas instituições para o atendimento ao paciente.

Pacientes em todo o mundo, inclusive no Brasil, estão sujeitos a erros de assis-tência na saúde. A Organiza-ção Mundial da Saúde (OMS) estima que um em cada dez pacientes possa ser vítima de erros e eventos adversos durante a prestação de assis-tência à saúde no mundo e que medidas de prevenção precisam ser adotadas para reverter esse panorama.

Florence Nightingale, precursora da enferma-gem, dizia ser dever do hospital “não causar mal ao paciente”. Em 1863 essa importante enfermeira já tinha a visão de que podiam ocorrer erros na as-sistência ao paciente. Percebe-se que a segurança do paciente sempre foi uma tônica integrante da profissão de enfermagem e, na atualidade, a preo-cupação com este tema volta à tona.

ENfERMagEM

A ENFERMAGEM E A SEGURANÇA DO PACIENTE

O Pólo de Segurança do Paciente São Carlos tem o objetivo de viabilizar ações que envolvam a

segurança do paciente, tornando o cuidado em saúde e em enfermagem

mais seguro.

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Revista espaço saúde 31

cia na saúde mais seguro. Em 2004, a OMS lançou a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente e identificou seis metas para atuação, entre elas, o desenvolvimento de “Soluções para a Segurança do Paciente”. Ainda naquele ano, a The Joint Com-mission, importante organização de certificação de qualidade em assistência médico-hospitalar, foi designada como o Centro Colaborador da OMS em “Soluções para a Segurança do Paciente”, ten-do como papel a formulação de metas.

No Brasil, a preocupação com esse tema teve início em 1999, tendo sido criado, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o pro-grama de segurança sanitária dos produtos e ser-viços com a finalidade de proteção e promoção da saúde. Após isto, graças à necessidade da ANVISA de obter informação qualificada sobre o desem-penho dos produtos de saúde, criou-se a Rede Brasileira de Hospitais Sentinela

As metas internacionais para a Segurança do Paciente identificadas foram:

• Identificaçãocorretadospacientes• Comunicação efetiva entre os membros da

equipe de saúde• Segurançadosmedicamentos• Prevençãodeerrosemcirurgias• Reduçãodo riscode infecçãoassociadoaos

cuidados de saúde• Reduçãodo riscode lesões aopaciente em

decorrência de queda.

Dessa forma, por estar diretamente oferecen-do assistência ao paciente, a Enfermagem, deve oferecer um cuidado seguro, livre de qualquer dano ou evento adverso durante seus cuidados, identificando no sistema de saúde as possíveis falhas, tornando-se uma busca contínua de solu-ções que visem um cuidado efetivo e seguro.

Em pesquisas realizadas nos Estados Unidos foi identificado que o erro na área da saúde é a oitava causa de morte entre os norte-americanos. Estima-se que essa situação no sistema de saúde seja semelhante em todo o mundo. O erro aconte-ce devido a uma falha no sistema.

Quando o erro ocorre é preciso verificar quais são as causas, o funcionamento do processo na as-

sistência e, principalmente, buscar soluções para que não aconteça novamente. A punição leva a omissão do erro propiciando novas ocorrências, sem melhorar a assistência.

No Brasil, a Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Paciente (REBRAENSP), criada em 2006, está presente em todo o país por meio dos Pólos de Enfermagem e Segurança do Pa-ciente.

O Conselho Regional de Enfermagem do Es-tado de São Paulo (gestão 2008–2011) criou o Programa de Segurança do paciente. O desen-volvimento do programa ocorreu com a partici-pação de enfermeiros assessores da Câmara de Apoio Técnico (CAT) e conselheiros e em parceria com a REBRAENSP e com diversas lideranças na área, como docentes das Escolas de Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, da Univer-sidade de São Paulo, enfermeiros da gestão e da assistência.

As metas estabelecidas foram as seguintes:

• Identificaçãodopaciente• Cuidadolimpoecuidadoseguro–higieniza-

ção das mãos• Cateteresesondas–conexõescorretas• Cirurgiasegura• Sangue e hemocomponentes – administra-

ção segura• Pacienteenvolvidocomsuaprópriasegurança• Comunicaçãoefetiva• Prevençãodequeda• Prevençãodeúlceraporpressão• Segurançanautilizaçãodetecnologia.

Devido à necessidade em nível nacional de for-mar instituições preocupadas com a Segurança do Paciente, as pesquisas tornam-se uma grande tare-faparaosprofissionaisdeEnfermagem.Estes,comomembrosdaequipedesaúde,estãoemumabuscasólida para identificar as falhas no sistema e criarnovas estratégias efetivas para solucionar os pro-blemasquecolocamemriscoasaúdedopaciente.

O Pólo de Segurança do Paciente São Carlos, foi criado em outubro de 2010, sob a coordena-ção da Profª Drª Sílvia Helena Zem-Mascarenhas e outros membros, com o objetivo de esclarecer

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32 Revista espaço saúde

e disseminar os conceitos voltados para a segu-rança do paciente, identificando estratégias para viabilizar a concretização de ações que envolvam a segurança do paciente, tornando o cuidado em saúde e em enfermagem mais seguro.

Com a formação do Pólo de Segurança do Pa-ciente São Carlos-SP são realizadas reuniões men-sais que ocorrem alternadamente nas instituições de atuação dos membros do Pólo. Nessas reuniões são discutidos assuntos referentes à segurança do paciente, com o intuito de auxiliar na capacitação de enfermeiros de instituições de saúde e de ensi-no de São Carlos e região para a promoção da se-gurança do paciente seguindo as recomendações da OMS e da REBRAENSP e as metas internacio-nais para a segurança do paciente. Os encontros e as atividades desenvolvidas têm como meta reu-nir profissionais e acadêmicos para atualização de conhecimentos e reflexão sobre as experiências e situações vivenciadas na prática da assistência de enfermagem e da saúde, com o intuito de pro-mover acesso equitativo e universal às fontes de informação técnico-científico sobre o tema.

Também é um espaço de troca de experiências sobre as iniciativas que estão sendo instituídas para a segurança do paciente nas instituições e de desen-volvimento de ações estratégicas para a promoção da segurança no cuidado e para a criação de comis-sões de segurança do paciente nos serviços de saúde.

Pretendemos potencializar, desta forma, o de-senvolvimento de investigações multicêntricas, proporcionando visibilidade à situação e à ocor-rência de danos que comprometam a segurança do paciente, e, também, compartilhar o conheci-mento com a divulgação sobre o tema pelo Pólo de Segurança em Enfermagem São Carlos-SP.

Aline Natália DominguesAluna do Curso de Enfermagem da UFSCarVoluntária/Polo São Carlos de Enfer-magem para Segurança do Paciente/REBRAENSP.

Thais Cristina LurentiAluna do Curso de Enfermagem da UFSCar.Bolsista ProEx/Polo São Carlos de Enfermagem para Segurança do Paciente/REBRAENSP

Profª Drª Eliane S. GrazzianoCoord. do Curso de Enfermagem da UFSCar.Membro do Polo São Carlos de Enfer-magem para Segurança do Paciente/REBRAENSP.

Profª Drª Silvia Helena Zem--MascarenhasChefe do Dep. de Enfermagem da UFSCar.Coordenadora do Polo São Carlos de Enfermagem para Segurança do Paciente/REBRAENSP.

Referências

BOHOMOL, E. Erros de Medicação: causas e fatores desencadeantes sob a ótica da equipe de enfermagem. [Dissertação]. São Paulo: Escola

Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo; 2002.

COREN-SP. Conselho Regional de Enfermagem do Estado de São Paulo. Programa Segurança do Paciente do COREN-SP. Disponível em: http://

inter.corensp. gov.br/node/4908. Acesso 12 fevereiro 2012.

KONH, L.T.; CORRIGAN, J.M.; DONALDSON, M.S. A comprehensive approach to improving patient safety. In: Konh LT, Corrigan JM, Donaldson

MS. To err is human: building a safer health care system. Washington (DC): Institute of Medicine, 2000. p:17-25.

Page 35: Revista Espaco Saude

32 Revista espaço saúde

Dicas de Saúde

Dicas para cuidar dos

olhos

Fonte:

http://novotempo.com

Não leia nunca na penumbra, num carro em movimento ou deitado. Procure sempre que a luz seja clara e boa. Mantenha a cabeça erguida, quando estiver lendo.

tenha o livro a uma distância de trinta centímetros dos seus olhos e a tv a uma distância de três a quatro metros.

Não leia quando a luz do sol incidir diretamente no livro. Não receba a luz de frente quando estiver lendo. a luz deve vir detrás ou por cima do ombro esquerdo.

Evite ler livros e jornais mal impressos ou de letras excessivamente pequenas.

Nunca esfregue os olhos com a mão, toalha ou lenço, que não estejam absolutamente limpos.

Use óculos de sol com proteção contra os raios Uva/UvB. a radiação solar pode provocar catarata e também uma lesão na córnea, a ceratite, que danifica a mácula.

Procure consumir linhaça (semente ou óleo), frutas oleaginosas (nozes e castanhas), azeite de oliva extra-virgem e frutas como abacate e avocado. tudo isso contém o ácido graxo ômega-3, rico em gorduras monoinsaturadas, que combatem a síndrome do olho seco, distúrbio que reduz a fabricação de lágrimas e acomete pessoas de todas as faixas etárias.

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Page 36: Revista Espaco Saude

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Janaína Tibério GomesCrosp 95.406sala 161OrtodontiaAtendimento à criançaFone 3368-6989

José Luiz Lopes Sanchez Crosp 58.751sala 161Mestre e Doutor pela UnicampPrótese/ImplanteFone 3368-6989

Marcos JacobovitzCrosp 42.225sala 164Tratamento de CanalFone 3364-3310

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Page 40: Revista Espaco Saude