Revista Estratégica

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8ª edição da Revista Estratégica da Rede de Desenvolvimento de Fornecedores do Pará (Redes).

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SUMÁRIO

2000 - 2012

03Edição 8

14O dinheiro

circula no Pará

09

22

19

06

10

25 27Redes Informa

Entrevista especial: Eduardo Costa “Empresas são responsáveis pelo desenvolvimento local”

Linha do Tempo - 12 anos em prol de fornecedores locais

Entrevista: Mauro Borges - Presidente da Agência Nacional de Desenvolvimento Industrial

Além do escritório:o outro lado dosempresarios

CAPA

Dicas Notas Mantenedoras / Apoiadoras• Ações com o

projetoS11D• Nova Mantenedora da Redes• Prêmio Redes de Desenvolvimento 2011

• Pratique Adrenalina• Para Relaxar• Dica do Consultor• Seminário Lider Coaching

• Imerys• Norte Energia• Hydro• MRN• Alubar• Vale• Sotreq

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Produção: Nathalia Petta e Sâmia Maffra

www.fornecedoresdopara.com.br

twitter.com/redesfiepa facebook/redes fornecedoresdopara

Publicidade: (91) 4009-4863 / 4865 (91) [email protected]@fiepa.org.br

Direção de Arte e Diagramação:Comunicação REDES

Empresas Mantenedoras

Apoio Institucional

Empresas Apoiadoras

SEGURO S

Empresas Apoiadoras

04 Edição 8

Tenho o hábito de dizer que a única coisa constante em nossas vidas são as mudanças e elas sãoresponsáveis pela nossa evolução. Foi nos valendo dessa máxima que decidimos, após sete edições bem sucedidas, dar uma nova roupagem para a Revista Estratégica com objetivo de permitir ao nosso público uma leitura mais leve fugindo um pouco da correria diária sem perder de foco a missão de atualizá-lo sobre os principais temas de nosso ambiente e ser um importante instrumento para tomada de decisão e geração de negócios no Pará.

Nossa equipe dedicou muita energia para chegar a esse novo conceito, que está alinhado com as melhores práticas existente hoje. Realmente esperamos que esse esforço se traduza em satisfação e que nossa publicação seja de fato “estratégica” para você.

Para celebrar esse momento, convidamos você para conhecer um outro lado dos empresários paraenses, esquecendo um pouco o ambiente corporativo e conhecendo suas preferências fora do escritório.

Também trouxemos uma visão holística sobre como o dinheiro circula, objetivando reforçar ainda mais a importância das compras locais e mostrar que essa responsabilidade é de todos.

Vale à pena destacar o passeio que fizemos ao longo dos últimos doze anos trilhando o caminho feito pela FIEPA no desenvolvimento de fornecedores paraenses e os resultados obtidos.

UFA! É melhor parar por aqui, senão estrago a surpresa

Estratégica - Gestão e Negócios é uma publicação bimestral da REDE DE DESENVOLVIMENTO DE FORNECEDORES DO PARÁ (REDES).

EDITORIAL

Luiz PintoCoordenador Geral da Redes

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ENTREVISTA Texto Nathalia Petta • Fotos Divulgação ABDI

Investimentos daIndústria e seus efeitos multiplicadores

Mauro Borges - Presidente da Agência Nacional de Desenvolvimento Industrial

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A Agência Brasileira de Desenvolvimento Indus-trial (ABDI) foi criada pelo governo federal em 2004 com o objetivo de promover a execução da política industrial, vinculada com as políticas de ciência, tecnologia, inovação e de comércio exterior. A ABDI exerce atividades de apoio técnico sistemático às instâncias de coordenação e de gestão da política industrial – Plano Brasil Maior – e com a oferta de estudos e investigações conjunturais, estratégicos e tecnológicos paradiferentes setores da indústria, contribuindo tam-bém, para a construção de agendas de ação seto-riais e para os avanços no ambiente institucional, regulatório e de inovação no Brasil.

1. QuAL A vIsão DA ABDI soBRE A vALo-RIzAção E foRTALECIMENTo DE foR-NECEDoREs LoCAIs PARA A INDúsTRIA?

Os impactos das compras das principais empre-sas-âncoras sobre seus fornecedores ocorrem de forma diferenciada, em função das especi-ficidades e assimetrias setoriais e regionais. De um lado, a diversidade produtiva e tecnológica da indústria resulta em dinâmicas produtivas desiguais e diferentes ritmos de desenvolvimento, tendo efeitos variados sobre as regiões de origem dos fornecedores. De outro, a eficiência produtiva das firmas envolve um conjunto de competên-cias, como capacidade de gestão, ciclo financeiro e econômico, qualidade da força de trabalho e sistema de valores, que tende a afetar a absorção de novas tecnologias e a capacidade de realizar inovações. Por fim, a forma como as empresas estabelecem suas estratégias e mobilizam novos recursos materiais, humanos e financeiros para atender às empresas-âncora depende de suas especificidades e das características das regiões nas quais estão implantadas. Adicionalmente, é importante ressaltar que a escala de compras e produção condiciona os esforços tecnológicos.

Com essa visão acerca dos elementos que in-fluenciam a atuação dos fornecedores, a ABDI conta com algumas iniciativas voltadas para ampliação das compras locais e de atração de firmas fornecedoras para a região em que operam as empresas-âncoras, como, por exemplo, nos setores de Petróleo e Gás e Mínero-Metalúrgico. A proximidade com as grandes empresas permite a redução do tempo de entrega das mercadorias e dos custos diretos e de transação, entre outras vantagens.

2. DENTRO DA POLíTICA INDUSTRIAL ExISTEM AçõES qUE INCENTIVEM AS INDúSTRIAS A COMPRAREM DE FORNECE-DORES DE SUA REGIãO?

O Plano Brasil Maior promove a articulação da política industrial nacional com a Política Nacional para Arranjos Produtivos Locais (APL), a Política Nacional de Desenvolvimento Region-al (PNDR) e o Brasil Sem Miséria, de modo a aproveitar complementaridades e potencializar sinergias, respeitando as especificidades produti-vas locais. Esses esforços visam à construção con-junta de Agendas Estaduais de Desenvolvimento Produtivo, com foco no adensamento de cadeias produtivas e no enraizamento das atividades no território.

A territorialização do Plano Brasil Maior será realizada em três etapas. A primeira delas inclui a mobilização dos agentes locais, assim como a definição dos setores prioritários e a construção

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ENTREVISTA Texto Nathalia Petta • Fotos Divulgação ABDI

das pautas de discussão e das agendas de ação. A segunda prevê uma Conferência Regional para definição das temáticas macrorre-gionais. Na terceira, por fim, serão definidas as agendas que exigem tratamento nacional no âmbito dos Conselhos de Competitividade. No estado do Pará, a primeira etapa será realizada nos dias 31/08, 01/09 e 02/09/2012.

3. ACREDITAMos QuE uMA INDúsTRIA sE CoNsTRóI CoM CoMPETITIvIDADE E susTENTABILIDADE E os foRNECEDoREs são fuNDAMENTAIs PARA A vIRTuosI-DADE DEssAs CADEIAs. foRTALECER A CADEIA DE foR-NECEDoREs DA INDúsTRIA é uMA QuEsTão é IMPoR-TANTE PARA o BRAsIL E sEu DEsENvoLvIMENTo?

Os investimentos recentes em segmentos estratégicos da indústria doméstica implicam demandas adicionais de materiais, máquinas, equipamentos e serviços especializados, que poderão ser fornecidos por empresas nacionais de modo a internalizar a geração de renda, adensar cadeias produtivas e reduzir o grau de dependência internacional. No âmbito dos setores petrolífero, naval, automotivo, mineral e metalúr-gico, por exemplo, tem sido notável o impacto do fortalecimento e da esta-bilização dos canais de fornecimento sobre o desenvolvimento produtivo e tecnológico de fornecedores. De fato, os efeitos multiplicadores sobre a renda, o emprego e as exportações, além do impacto positivo sobre os níveis de produtividade e o desen-volvimento de atividades inovadoras, são ganhos fundamentais não apenas para essas cadeias produtivas e suas empresas, mas também para o au-mento da competitividade e susten-tabilidade do País e de suas diversas regiões.

4. qUANDO AS INDúSTRIAS COMPRAM LOCALMENTE ELAS INTERNALIzAM RIqUEzAS E AjUDAM A DESEN-VOLVER A REGIãO COM A GERAçãO DE EMPREGOS E FORTALECIMENTO DA CADEIA. qUAL A VISãO DA ABDI? HÁ PROGRAMAS qUE INCENTIVEM ESTA AçãO?

A questão do desenvolvimento regional não pode ser vista de for-ma isolada e compartimentalizada. É preciso compreender a base produtiva local considerando, além das especificidades regionais que definem as condições de operação industrial, a natureza de

suas relações com outras regiões e sua inserção na divisão interna-cional do trabalho.

No caso do Pará, o crescimento econômico esteve vinculado, em grande medida, à implantação de grandes projetos de investimento nas áreas de energia, ao complexo mínero-metalúrgico, à indústria madereira, à pesca industrial, à pecuária e às inversões públicas federais e estaduais, principalmente em infraestrutura. Em que pesem os impactos negativos da formação de enclaves territoriais, em muitos casos os grandes projetos também con-tribuíram para a integração regional e para a formação de redes de conexões físicas e informacionais que permitem articulações locais com o País e com o exterior. Hoje, o estado destaca-se no suprimento de insumos básicos, produtos mínero-metalúrgico e metal-mecânico, colaborando para a geração de divisas decorrente das exportações. Além disso, tem avançado nos padrões do uso da terra e no aproveitamento da biodiversidade, com o apoio de iniciativas e programas federais. A ABDI vê com muito bons olhos

esses avanços e espera poder contribuir para o fortalecimento de cadeias produti-vas e para a internalização de emprego e renda na região.

5. DENTRO DA POLíTICA INDUSTRIAL qUE AçõES ESTãO VOLTADAS PARA AS INDúSTRIAS PARAENSES, TENDO EM VISTA A VOCAçãO MINERAL DA REGIãO?

A ABDI, em conjunto com o Ministério de Desenvolvimento Indústria e Comér-cio Exterior ( MDIC) e com o Ministério de Minas e Energia (MME), está con-solidando um projeto que contempla me-canismos de apoio ao desenvolvimento do setor mínero-metalúrgico, envolvendo

estratégias de atração de fornecedores para as regiões onde as empresas-âncoras estão instaladas. Adicionalmente, o projeto prevê inversões complementares em infraestrutura e instrumentos de apoio à inovação tecnológica, à ampliação da rede de serviços e ao aperfeiçoamento das instituições voltadas para melhorar a quali-dade da força de trabalho.A execução desse projeto trará benefícios aos municípios das regiões mineradoras do Pará, que poderão usufruir da infraestru-tura disponível e das vantagens econômicas decorrentes da proxi-midade de outras unidades produtivas. Por outro lado, será estimu-lada também a instalação de comércio e serviços especializados, de forma a diversificar e agregar valor às economias locais e estadual.

Os efeito multiplicadores sobre a renda, o emprego e as exportações, além do impacto positivo sobre os níveis de produtividade e o desen-

volvimento de atividades inovadoras, são ganhos fundamentais, não apenas para essas cadeias produtivas e suas empresas, mas para o aumento da

competitividade e sustentabilidade do país e de suas diversas regiões.

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REDESI N F O R M A

Texto Sâmia Maffra • Fotos Bruno Carachesti

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s11Ds11D

Belo MonteBelo Monte

PrêmioRedesPrêmioRedes

As empresas que mais compraram no Pará no ano de 2011 foram premiadas durante o lançamento do Prêmio Redes de Desenvolvimento, da Fiepa (Federação das Indústrias do Pará). Criado pela Rede de Desenvolvimento de Fornecedores (Redes) da FIEPA, a premiação tem o intuito de fortalecer a indústria paraense, principal-mente diante do valor histórico dos 51% de compras locais realizadas por grandes indústrias no Pará em 2011.Na primeira edição do prêmio, os vence-dores foram a Hydro CAP (Companhia de Alumina do Pará) na categoria Percentum e a Vale na categoria Absolutos. O evento premiou também na categoria Percentum, que aponta as empresas que maiscompraram em termos percentuais, além da Hydro CAP, que efetuou 99,7% das compras localmente, em segundo lugar a empresa Imerys, com 74,4% de compras no Pará e em terceiro a Albras, com 59,6% do total de compras efetuadas no Pará.

já na categoria Absolutos, que mostra três empresas destaques em volume de negócios no estado, a Vale ocupou o primeiro lugar com 5,6 bilhões de reais em compras locais, a Hydro Alunorte, na segunda posição, comprou 237 milhões de reais e, em ter-ceiro lugar, a Sinobras investiu 191 milhões de reais em compras locais.Segundo dados da Redes, as compras locais cresceram significativamente nos últi-mos 11 anos, com um salto de 170% em compras de materiais e serviços feitas pelos projetos no Pará, que representa mais de 27,6 bilhões de reais circulando na econo-mia paraense.

A Norte Energia, administradora do projeto Belo Monte, é a nova man-tenedora da Rede de Desenvolvimen-to de Fornecedores do Pará (Redes). A parceria foi firmada durante a assinatura de um convênio entre a concessionária e a Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará). O convênio também possibilitará a aproximação do empreendimento com o empresariado paraense para que as compras da usina sejam realizadas de fornecedores locais.A usina Hidrelétrica de Belo Monte deve investir no Pará mais de25,8 bilhões de reais. No pico da obra, previsto para 2013, o projeto prevê a demanda por mês de uma tonelada de cimento, 171 toneladas de aço, 11 toneladas de chapas, perfis e tubos metálicos, 318 quilos de pregos entre outros gêneros industriais. São mais de 30 mil itens que devem ser consumidos para a construção da hidrelétrica. Isso sem falar na deman-da de serviços especializados como locação de máquinas e equipamen-tos, execução e prospecção de poços artesianos, locação de residências para moradia, hotelaria, paisagismo, transporte de pessoas, locação de banheiros químicos, fornecimento de materiais básicos para construção entre outros.

A Vale fechou o seu primeiro acor-do estratégico de infraestrutura para atender ao projeto de ferro S11D (PA). A Rede de Desenvolvimento de Fornecedores participou ativamente do processo de seleção das empresas dando suporte de assessoria aos for-necedores do Estado. O contrato prevê o fornecimento de refeição industrial, hotelaria, ma-nutenção de áreas verdes e controlede pragas. Com investimento previsto de US$ 8,039 bilhões (mina e usina), o S11D tem capacidade nominal de 90 milhões de toneladas métricas anuais de minério de ferro. A entra-da em operação está prevista para o segundo semestre de 2016.

REDESINFORMA

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O OUTRO LADO DOS EMPRESÁRIOS Texto Sâmia Maffra • Foto Bruno Carachesti

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FORA DO ESCRITÓRIODENTRO DA QUADRA

Rita Aêreas: Tenista e empresária

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O OUTRO LADO DOS EMPRESÁRIOS Texto Sâmia Maffra • Fotos Bruno Carachesti

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AEROMODELISMO

A invenção do aeromodelo é atribuída ao francês Alphone Penaud, que em 1870 construiu um modelo com hélice propulsora e estabilizador na frente das asas. Um ano depois, o avião levantou voo por onze segundos, atingin-do 15 metros de altitude nos jardins das Tuileries, em Paris.Mas foi só na virada do século, que o aeromodelismo assumiu a condição de passatempo. De lá para cá, os aeromodelos evoluíram em cores, forma-tos, proporções, impulsão e facilidade de voo. O que não mudou é que eles continuam sendo brinquedo de gente grande.O fascínio pela aviação levou o empresário paraense Antônio jorge Vidigal de Souza, de 38 anos, a praticar o aeromodelismo, que vai além de colecio-nar os aviõezinhos e passa pela construção e também reconstrução dos brinquedos. “É preciso gostar muito, querer fuçar as coisas, ser curioso por mecânica para praticar. Uma facilidade é que hoje os preços estão um pouco mais acessíveis do que quando comecei”, afirma.

PAIXÃO POR VOAR

A aquisição é feita pela internet ou em lojas especializadas em Belém.Do descobrimento do aeromodelismo pelo empresário ao hobby já se vão 15 anos. “Eu sempre gostei de aviação, mas não sou piloto, não tenho carta para isso. Então dentro dessa paixão o aeromodelo foi um passatempo diferente e uma opção segura, porque eu fico aqui do chão só controlan-

do e qualquer problema quem se dá mal é ele”, brinca o empresário. Hoje ele coleciona cerca de cinco aviões, número considerado pequeno para um apaixonado. “Na verdade esse é o número que está inteiro, sem defeitos. já tive vários e eles foram destruídos com as quedas. Para consertar são dias, às vezes meses de muita paciência e cuidado”, contou.

Rigorosamente duas vezes por semana, ele visita à casa do pai por um motivo bem especial. “Eu mantenho uma oficina lá e sempre vou para fazer a manutenção dos aviõezinhos e reunir outras pessoas para brincar”, comenta o aeromodelista. Em meio a tesouras, alicates, colas, caixas, mapas (com modelos de aviões), em cima da mesa um aeromodelo vermelho e outro

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azul se destacam.Assim como um avião, um aeromodelo precisa de pista para decolar. “Diante disso decidi em 2008 montar um clube em Benevides para que os aeromodelistas pudessem usufruir de organização, terreno e funcionários e também reunir quem gostasse de aeromodelismo. Hoje somos mais de 60 associados”, comemora o empresário.

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CAPA Texto Sâmia Maffra / Nathalia Petta • Arte Daniel Rente

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O DINHEIRO CIRCULANO PARÁ

COMPRAR NO PARÁ SE TORNOU MAIS qUE UMA VANTAGEM COMPETITIVA, É GARANTIA DE MELHORIAS DE TODA A REGIãO E

AVANçO DA ECONOMIA

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Emuma cidade, existia um mercadinho que vendia tanto itens produzidos localmente quanto os que vinham de outras regiões. Um dia, uma moradora entrou e decidiu experimen-tar as maçãs que eram produzidas ali mesmo.E gostou. Começou a avisar as vizinhas o quanto as maçãs eram gostosas e mais baratas.

Daí muitas pessoas começaram a comprar as maçãs da cidade. Com o aumento das compras, o proprietário do negócio teve que encomendar mais frutas.

O aumento dos pedidos fez com que o produtor de maçãs conseguisse ampliar o negócio da família. Ele incrementou a plantação, comprou mais adubos e até uniformes novos para os funcionários. Os uniformes novos vieram da costureira mais conhecida da cidade que, com o aumento do fatura-mento, adquiriu máquinas novas e contratou funcionárias para dar conta da demanda. Uma das funcionárias pediu um adiantamento e pagou o IPTU da sua casa. Com o dinheiro do imposto, a prefeitura investiu no asfalto de ruas e na reforma do hospital que a família dela utiliza.

A história é ilustrativa, mas mostra a importância da circu-lação do dinheiro gerado pela aquisição de produtos produ- zidos localmente que contribuem para aquecer a economia.

quando se escolhe um produto fabricado em outro estado é o dinheiro que vai embora. “O consumidor pode ganhar em relação a imposto, mas vai perder em relação a transporte que é muito caro no Brasil. E vai muito além disso, é uma fuga de dinheiro que deveria circular na região, ajudando o Governo a investir em infraestrutura, gerando emprego e renda. Implica em vários ônus que não são interessantes para o consumidor e nem para o Estado”, avaliou Oberdan Duarte, economista e integrante do Corecon Pará (Conselho Regional de Economia).

Para o economista, é preciso que a sociedade e o Governo estejam atentos para a importância das compras locais.“É um valor considerável que se deixa de arrecadar e conse-quentemente de ser transformado em melhorias. Para que isso mude, deveria existir uma conscientização através da mídia. Os investidores, empresários e população precisam

de sensibilização nesse sentido. já o Governo tem papel importante para buscar negociação e redução de impostos. É uma troca entre em-preendimentos, estado e sociedade”, sinalizou.

No Pará, muitas empresas já comprovaram que comprar localmente é internalizar riquezas e gerar benfeitorias para o Estado. “quando fortalecemos as empresas estamos contri-buindo com o município e com o estado na diminuição da pobreza, da violência, do tráfico de drogas. O impacto social é muito grande. Faculdades são implantadas para formação dos jovens, empresas de apoio técnico e profissio-nalizante são instaladas nesses polos, gestores de alta performance são contratados para gerenciamento destas empresas. Fica agregado conhecimento e benefícios para o povo local”, comentou Ronaldo Castro, administrador da MS Terraplenagem, localizada em Barcarena. Sabemos que para as grandes indústrias a contratação de um fornecedor local é algo extremamente competitivo. Nos últimos anos a Redes tem mapeado o volume de compras feitas pelos grandes projetos de empresas lo-cais. Foram mais de 27 bilhões comprados nos últimos 11 anos. Em 2011 esse número atingiu um patamar histórico, pela primeira vez as empresas compraram mais da metade de suas necessidades no Pará. Foram R$ 6.8 bilhões, do total global de R$ 13.447 bilhões, consumidos no próprio estado, o que representa 51% do total de compras.

E ainda há um cenário promissor despontando. Segundo o levantamento feito pela publicação Pará Investimentos da Redes / FIEPA, até 2016, os grandes projetos, em grande parte da atividade mineral, investirão mais de R$ 130 bilhões, gerando novos negócios e oportuni-dades às empresas locais.

A Imerys, empresa de caulim com planta fixada em Barcarena sempre esteve entre as empresas que mais compram no Pará e já percebe os benefícios que este trabalho vem trazendo ao longo dos anos. “Podemos perceber que há

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CAPA Texto Sâmia Maffra / Nathalia Petta • Arte Daniel Rente

GRÁFICO EVOLUÇÃO DAS COMPRASNO PARÁ 2000 - 2011

2000R$ 173 Milhões19%

2006R$ 573 Milhões45%

2011R$ 832 Milhões51%

geração de emprego nas proximidades das nossas minas e plan-ta, fixando o cidadão na sua região de origem e desenvolvendo o comércio local.” afirma Fabiano Moreira, gerente de suprimentosda empresa.

Mas para que o ciclo se movimente é necessário que todos os níveis estejam envolvidos. “Não adianta apenas a grande empresa se esforçar para priorizar suas compras localmente, os fornecedores destas empresas também podem manter esta prática que garantirá a continuidade do processo em todos os níveis. Hoje sabemos que a maioria das médias e pequenas empresas locais que fornecem para os grandes projetos não priorizam suas compras em sua região”,afirmou Luiz Pinto, coordenador geral da Redes.

Uma cadeia em pleno desenvolvimento. A cadeia de compras no Pará começa na grande indústria mas

trata-se de um sistema complexo e que envolve diversos níveis. Para os grandes projetos a competitividade está atrelada a existência de fornecedores locais preparados e uma região com infraestrutura.

A Sinobras, siderúrgica instalada no sul do Pará, acredita que a priorização destes fornecedores é apenas um passo do processo de desenvolvimento da economia local. “As compras de nossa empresa possuem metas e indicadores específicos avaliando proporcio-nalmente e financeiramente a participação regional, com audito-ria da alta direção da empresa. Não queremos apenas contratar os fornecedores, incluímos nesse processo ações de transferência de tecnologia, capacitação na gestão do negócio, treinamento nas ferramentas de segurança do trabalho, relação com o meio ambiente.” explicou Edgar Correa, diretor de suprimentos e metáli-cos da empresa.

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As ações que a Sinobras realiza com os fornecedores rendeu a ela 191 milhões de reais investidos no mercado local, só em 2011 e vários benefícios para empresa. “Podemos citar a redução dos custos logísticos, ou seja comprando em nossa região minimi-zamos o tempo entre o fechamento do contrato e a aquisição do serviço, além de maior facilidade de gestão e acompanhamento dos contratos que contribui com crescimento técnico das empre-sas locais e fortalecimento da mão de obra” explicou Edgar.

Desenvolver fornecedores locais é mais do que uma ação com retornos e benefícios apenas para a empresa compradora e pela fornecedora, e traz benefícios para região e sociedade.

Prova disto é que a maioria das empresas garantem isso em seu plano de controle ambiental, econômico e social como um dos itens que o projeto agrega como valor a região. “A Hydro CAP - (Companhia de Alumina do Pará) se comprometeu em seu plano de controle ambiental, desenvolver e dar preferência para fornecedores locais, que além de resolver suas necessidades de suprimentos, também consegue atingir suas metas de responsa-bilidade social, com o desenvolvimento socioeconômico da região que atuamos.” afirmou Nilma Chaves, gerente administra-tivo da Hydro Cap.

Para a Mineração Rio do Norte o reflexo direto na economia já é visível no crescimento da região. “Temos fornecedores como a Padrão Fardamentos de Santarém que fornece uniformes para a MRN e é um exemplo de sucesso. Três anos atrás o fornecedor ocupava uma área de 48 m2, não tinha gestão de segurança do trabalho e tinha poucos clientes. Hoje tem espaço próprio e até o final deste ano terá uma área de fábrica de 860 m2” afirmou Naum Pinheiro, gerente de suprimentos da MRN.

Um ambiente favorável para as média e pequenasempresas O ciclo não para e a cadeia se desdobra com a participação das médias e pequenas empresas que movimentam bens, serviços, além de fluxo de informação e capitais.

Os investimentos dos projetos minerais e energéticos podemvariar entre 10% a 100% do faturamento das médias empresas. “Temos contrato com a Vale e a Hydro. A primeira representa 68,11 % do orçamento e a segunda 15,12 %”, comentou Oriovaldo Mateus, sócio da empresa Séculos, com sede em Parauapebas.

Para outros empreendimentos, o incremento é substancial e chega a

quase 100%. “Com contratos desde 1998 com empresas como Vale, Alunorte, Hydro e Albrás ocorreu um incremento no faturamento de 95% e eles foram importantes para aumento do potencial com-petitivo, possibilidades maior de expansão dos negócios e abertura de mercado”, sinalizou Franco Aiezza, proprietário da Aiezza.

Para Fábio Vasconcelos, do Estaleiro Rio Maguari, o contrato com as grande empresas também propiciou outras melhorias. “Nos obrigou naturalmente a investir em tecnologia, qualidade e capacitação. Foi o que fizemos nos últimos 10 anos, melhorando a empresa como um todo, abrindo novos mercados e aumentando a satisfação dos clientes”, comentou.

E não são somente as empresas que sentiram a diferença. “Per-cebemos que nossos fornecedores estão incorporando a filosofia de trabalho com visão no tripé: socialmente justa, ambientalmente correta e economicamente viável.” explicou Edgar Correa da Sinobras. Ele completa dizendo que percebe que os fornecedores da Sinobras estão mais seguros para fazer um planejamento do seu crescimento técnico e econômico, motivados pela estabilidade do relacionamento.

Com o incremento no potencial competitivo, expansão dos negócios e melhorias na infraestrutura, as médias empresas tam-bém adotaram a política de contratação de outras empresas locais. “Dessa forma conseguimos comparar os materiais dos fornecedores locais proporcionando uma movimentação financeira maior na cidade”, comentou o empresário Fábio Moreira da Construfox.

já inserida na cadeia está a empresa Metra, que presta serviços de assistência médica na área trabalhista em Marabá. “Um dos nossos maiores clientes é a Construfox, que representa uma parceria satisfatória. Em termos financeiros, representa um fator de 10 a 20% em nosso faturamento ao mês. Por conta disso, aprimora-mos nosso quadro de funcionários para melhor atender o cliente”, comentou jairo Mororo, gerente da Metra.

Nas micro e pequenas empresasNa base da cadeia estão as micro e pequenas empresas. Na última década, a ampliação delas no país também vem sendo impulsio-nada pelo bom desempenho da economia aliado às políticas de crédito, o que confirma a expressiva participação dessas empresas na estrutura produtiva nacional. Segundo dados do anuário (2010-2011) do Trabalho nas Micros e Pequenas Empresas elaborado pelo Sebrae e Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estu-dos Sócioeconômicos), no Brasil existem 5,1 milhões de empresas. Desse total, 98% são micro e pequenas empresas (MPEs).

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CAPA Texto Sâmia Maffra / Nathalia Petta • Arte Daniel Rente

Cidades e empresas associadas Como consequências da implantação dos grandes pro-jetos no Pará, ocorreu o deslocamento de expressiva população migrante e necessidades de infraestrutura de educação, saúde, transporte e habitação.

As contribuições também foram econômicas. “É pos-sível afirmar que os projetos influenciaram o setor do comércio e serviços na mudança do perfil empresa-rial, melhoria na gestão das empresas, intensificação na qualificação da mão de obra, modernizaçãotecnológica nos processos de comercialização, melhoria na qualidade dos produtos, diversificação dos estabelecimentos comerciais, expansão no volume de vendas e na capacidade de geração de emprego, renda e receita além de expansão do comércio interestadual, intermunicipal e também internacional”, avaliou Sérgio Bitar, presidente da ACP (Associação Comercialdo Pará).

Dentre os cinco maiores municípios do Pará, men-surado pelo PIB, em três estão instalados grandes projetos minerais. “Isso demonstra como os grandes projetos foram determinantes para o crescimento econômico, das cidades e dos seus entornos. Tomando

como exemplo Marabá e Parauapebas de 2009, registraram PIB (Produto Interno Bruto) do comércio de R$ 676 milhões e R$ 138 milhões enquanto em 2002 eram de R$ 165 milhões e R$ 17 milhões, respectivamente. juntas as cidades representam 97% do PIB total de Carajás. Outro dado que reflete a influência positiva dessas grandes indústrias é a expansão de 425% do comércio exterior entre os anos 2000 e 2010”, disse Bitar.

O presidente da ACP também compara dados relacionados a indicadores sociais, que se concretizam em melhorias de vida para a população. “Na região de Carajás, estabelecimentos de educação em ensino médio e o número de hospitais cresceram 26,7% e 41,6%, respectivamente, na última década. Mas vale ressaltar que eles não foram construídos pelas empresas que compõem os grandes empreendimentos no Estado, mas são efeitos sociais decorrentes da expansão populacional e econômi-ca que estas empresas trazem ao se instalarem e permanecerem no Estado”.

Em Barcarena, onde estão instaladas empresas como Albras, Alunorte e Imerys, o crescimento também foi significativo. “Tudo mudou em nosso comércio local. Éramos aquele comér-cio típico de cidade do interior situado a beira do rio onde os produtos oferecidos à população ribeirinha eram de agricultura de subsistência para suas necessidades. Hoje somos polo indus-trial”, afirmou Alzira Brito de Araújo, presidente da Associação Comercial de Barcarena.

Sobre os fatores sociais, houve investimentos na área da saúde, e educação. “Barcarena foi o município pioneiro na mudança do comércio, após a chegada de um grande projeto. Hoje temos instituições bancárias tanto estatais como privadas. São cinco escolas de ensino fundamental a médio, com uma creche, além de escolas de ensino profissionalizante” sinalizou Alzira.

O que as empresas mais compram no Pará Entre os principais serviços fornecidos para os grandes projetos estão na área de: • Indústria de base - construção civil, edificações, levan-tamento topográfico, pavimentação asfáltica, fundações, urbanismo e paisagismo• Metal mecânica - fabricação de equipamentos, fabricação de caldeiraria, equipamentos mecânicos, elétricos eautomação, montagem e manutenção, estrutura metálica• Serviços especializados -limpeza, treinamentos, consulto-rias, coleta de resíduos.

Em 2010, as micro e pequenas empresas foramresponsáveis por 51,6% dos empregos formais privados não agrícolas no país e quase 40% da massa de salários. Setorialmente, o comércio manteve-se como o setor com maior número de MPEs (são 3,1 milhões ) e em segundo lugar está o setor de serviços com 2 milhões de micro empresas.

Seja nos grandes projetos ou nas micro empresas, é com-prando localmente que as riquezas são internalizadas. “Dos funcionários do mais baixo escalão aos diretores pro-prietários, todos são moradores da região e realizam suas despesas necessariamente em empresas da região – supermercados, farmácias, lojas, num ciclo virtuoso que não ocorre quando a contratação é de empresas de fora. Portanto o número que nos interessa saber quando é anunciado um investimento é efetivamente qual o percentual deste número que será gasto localmente”, disse o empresário Fábio Vasconcellos.

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LINHA DO TEMPO Texto Nathalia Petta • Arte Daniel Rente

REDES ATUA HÁ 12 ANOSEM PROL DO DESENVOLVIMENTODO PARÁ

2000 • Criação do PDFO Programa de Desenvolvimento de Fornecedores nasceu em 2000 com o intuito de minimizar as distâncias entre os grandes projetos em instalação no Pará e as empresas locais. A idéia inicial era capacitar e assessorar gestores paraenses para que pudessem competir no ambiente de negócios local.O programa trabalhava nos pilares: Capacitação, Promoção e Assessoria.

Oriovaldo Matheus – ACIP - Parauapebas

Quando o PDF iniciou suas atividades em nossaAssociação tínhamos muitas dificuldades. E hoje a entidade é uma das maiores do estado com mais de 800 associados, número significativo e que algumas capitais não possuem. Além disso mais de 60% dos nossos associados prestam serviços para as grandes empresas, o que garantiu o crescimento de muitos deles. O primeiro planejamento foi feito no final de 2008 e renovado sempre que necessário e nos pro-porcionou uma melhora significativa em nossa comunicação e nos deu agilidade na resolução de problemas e podemos contar com o suporte direto do PDF no sul e sudeste do Pará o que nos garante velocidade nas ações.

Ademar Bentes – Associação dos micro e pequenos empresários de Terra Santa

A chegada do PDF nos trouxe uma melhoria em nossa visão empresarial. Podemos dizer que decolamos. Antes cada um tomava conta do seu ambiente, hoje os empresários possuem visão inovadora. Hoje temos cerca de 70 associados e uma relação direta com os grandes projetos do Pará.

2004Na segunda fase o PDF fortaleceu as entidades de classe dos municípios que possuem projetos minerais. A equipe de consultores esteve nas associações comerciais para confeccionar um plane-jamento estratégico daquelas que se encontravam na área de influência dos projetos das mantenedo-ras, um trabalho contínuo realizado ano a ano.

O principal indicador de maior competitividade nos negócio locais são as informações de compras. Através delas, todos os anos, a Redes mede o percentual de compras realizado por suas empresas mantenedoras feitas de fornecedores locais. Com esse indicador exclusivo a Redes planeja e orienta suas ações afim de aproximar fornecedores e compradores.

2000

2004

2001 - 2003 2004

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LINHA DO TEMPO Texto Nathalia Petta • Arte Daniel Rente

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2005 2006 2007 2008

2005No ano de 2005 o PDF iniciou um estudo sobre a geração de empregos referente aos investimentos feitos no estado. Percebeu-se um aumento de 23% na geração de empregos diretos e indiretos das empresas comprado-ras em relação a 2004, com geração de 8.136 novos postos de trabalho;

Destaques• Início do Programa de Certificação de Empresas (PROCEM) nas regiões sudeste e oeste do Pará.

• Elaboração do Planejamento Estratégico de dez entidades em 2005

• Evolução do cadastro. Incremento de 644 novas empresas cadastra das, reapresentando um aumento de 75% em relação a 2004

• Evolução das visitas técnicas a fornecedores, entidades e mantenedoras nas regiões de atuação do PDF

• Realização de 21 eventos de negócios com a participação de 1900 pessoas.

2006 Aumento de 28% da geração de empregos das empresas compradoras em relação a 2005 com 12.267 novos postos de trabalho.

Destaques• Planejamento Estratégico de 4 enti-dades de classe e a revisão do planeja-mento de 5 entidades

• Capacitação de 3.120 pessoas entre trabalhadores, empresários e gestores

• Certificação do PROCEM no módulo de qualidade para 17 empresas em Santarém e início do programa para 17 empresas em Belém

• Cadastramento de 989 empresas fornecedoras no banco de dados do PDF

2007

Destaques• Cadastro de 1.289 empresas no banco de dadosdo PDF

• Lançamento da 2ª Edição da publicação Indústria de Base . Totalmente reformulada, esta edição trouxe um arsenal completo de informações estratégicas sobre as empresas de indústria de base no Pará , o que possibilitou uma aproximação dos grandes projetos com este segmento.

• Revisão do Planejamento Estratégico de 7 entidades de classe parceiras

• Realização de 23 eventos entre workshops, seminári-os e encontros de negócios

• Lançamento da cartilha “Guia do Fornecedor” um material de referencia para orientação de empresários sobre as melhores práticas de gestão e como aproveitar as oportunidades de negócios.

2008

Destaques• Realização de 10 cursos de gestão empresarial, nas três regiões de atu-ação do programa.

• Certificaçao através do Programa de Certificação de Empresas - PROCEM de 63 empresas em todo o Estado do Pará

• A revisão e a elaboração do Planeja-mento Estratégico de 14 entidades Realização de 29 eventos, entre encon-tros de negócios, seminários e work-shops em todas as regiões do Estado.

Entrevista – Empresa certificada pelo PROCEM – Padrão Fardamentos – Rosenildo Campos Gerente “Conhecemos o PDF em 2009 e nesta oportunidade começamos a cogitar a possibilidade de nos tornarmos fornecedores da Mineração Rio do Norte. Mas sabíamos que para nos tornarmos fornecedores de grandes em-presas era preciso uma qualificação, uma certificação. Com o Programa de Certificação de Empresas ofere-cido pela FIEPA, através do PDF, obtivemos uma visão sistêmica de nossa empresa. Percebemos que trabalhá-vamos no amadorismo e conseguimos uma visão mais ampla e mais aguçada e não só na parte Estratégica como tributos e impostos, qualidade, meio ambiente e saúde e segurança. Podemos dizer que esse avanço profissional nos distanciou de nossos concorrentes e nos possibilitou navegar em outro oceano”

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Principais resultados nos últimos anos

Négocios

AssessoriasCapacitações

2009 2010 2011

2011

O PDF agora é Rede de Desenvolvimento de Fornecedores – REDESO novo nome do programa foi lançado em consonância com os novos desafios. A equipe se modernizou e adequou sua atuação afim de potencializar o desenvolvimento de negócios no Pará. Unindo diversos atores em uma rede de integração em que empresas, governo e entidades atuam em conjunto em prol do desenvolvimento do Pará.

2009

Destaques1- Lançamento da primeira edição da publicação “Pará Investimen-tos”. O Programa de Desenvolvimento de Fornecedores lança uma de suas publicações mais estratégicas em que mapeia todos os investi-mentos públicos e privados a acontecerem no Pará nos próximos 4 anos. Na época a descoberta de recursos naturais e a vinda de diversos projetos de investimento aquecia o cenário econômico local com a chegada de novos investimentos. Abaixo as capas e os investi-mentos previstos para cada ano

2008 – 2012 Previsão de investimentos de 64 bilhões de reais com geração de 59 mil empregos

2010 – 2014 Previsão de investimentos de 104 bilhões de reais com geração de 120 mil empregos

2012 – 2016Previsão de investimentos de 130 bilhões de reais com geração de 161 mil empregos

2010

Destaques• Nova Metodologia: BSC - destaqueO Programa de Desenvolvimento de Fornecedores (PDF), após 10 anos de atuação passou por uma ampla reformulação de seus trabalhos, afim de evoluir suas ações em busca do fortalecimento de setores estratégicos da economia paraense nos municípios impacta-dos diretamente pelos projetos de investimento. O programa buscou profissionalizar sua gestão e ter controle de diversas atividades através da adoção da metodologia Balanced Scorecard (BSC), uma metodologia de mensuração e gestão de desempenho desenvolvida pelos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton, em 1992.

• Formalização de empresas em parceria com prefeituras e órgãos empresariais – Campanha em parceria com os principais órgãosregularizadores empresariais para formalização de empresas eregularização empresarial.

• 131 rodadas;• 170% evolução nas compras locais.

• 1.120 à fornecedores;• 309 à entidades de classe;• 195 à mantenedoras;• 16 projetos em 22 municípios.

• 21 turmas de gestão;• 45.225 trabalhadores;• 73 empresas certificadas;• 37 publicações;• 1800 fornecedores cadastrados e ativos.

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ENTREVISTAE S P E C I A L

Texto Nathalia Petta • Fotos Bruno Carachesti

Economista - Universidade Federal do ParáMBA em Gestão Estratégica de Marketing - Fundação Getúlio Vargas

Especialista em Prevenção de Conflitos - Universidade da Carolina do Norte/EUAMestre em Políticas de Desenvolvimento Internacional - Duke University/EUA

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Estudioso da área de economia social e do desenvolvimento, atuou durante cerca de dez anos na Associação Comercial do Pará, onde foi um dos pioneiros do movimento de respon-

sabilidade social das empresas na Amazônia . Foi selecionado como primeiro Bolsista Rotary da Paz Mundial da Amazônia para o programa de mestrado em políticas de desenvolvimento internacional na Duke University, uma das mais prestigiadas universidades americanas e uma das melhores do mundo, onde defendeu dissertação sobre o tema: “Prevenção de Conflitos entre Comunidades Locais e Projetos de Infra-Estrutura (mineração, energia, transporte) na Amazônia Brasileira”.

“Três anos, antes de ir para os EUA, eu antevi o cenário atual de nosso estado com a expectativa de grandes investimentos em infra-estrutura e percebi os potenciais conflitos que este cenário poderia causar para o estado. quando temos um grande fluxo de capital vindo em um curto espaço de tempo para uma região que carece das estruturas físicas, humanas e institucionais necessárias para receber estes investimentos, cria-se um cenário ideal para que potenciais con-flitos possam acontecer. Achei interessante estudar isso com maior profundidade no mestrado.” afirma, Eduardo Costa.

Como os negócios podem desenvolver uma região? Eu acredito que o investidor tem que se tornar um co-responsável pelo desenvolvimento social da comunidade onde o investimento será feito. As empresas que estão vindo para o Pará, por exemplo, devem agir desta forma porque isso beneficiará primeiramente a elas. A partir do momento que uma empresa chega em uma região e busca qualificar a mão de obra local para que possa trabalhar para ela, respeita as variáveis culturais locais, respeita a legislação, paga seus impostos e cumpre com suas obrigações legais, ela cria uma imagem, que hoje é o capital mais precioso de uma empresa. Uma empresa tem estar em um local não apenas se aproveitando de um cenário vantajoso para ter lucros, e sim que entendendo as necessidades locais e buscando vantagens comparativas dessa necessidade local para seu próprio desenvolvimento. Embora tenha somente 12 ou 13 anos de consolidação no Brasil, o conceito de responsabilidade social das empresas já é um conceito antigo e até superado em economias mais avançadas. É uma página virada. O mundo já está na página seguinte que se chama Criação de Valor Com-partilhado. O professor e consultor Michael Porter, professor da Universidade de Harvard, vem há alguns anos desenvolvendo este conceito de criação de valor compartilhado, que na realidade é uma evolução do conceito de responsabilidade social das empresas. Ao praticar a chamada responsabilidade social, a empresa ainda se vê como um agente de fora, reagindo a pressões externas e por isso promovendo ações que tragam benefícios a uma comunidade. A empresa se comporta ainda de uma forma reativa, ou seja, faz isso porque acredita que irá beneficiar sua imagem ou para seguir uma tendência de mercado em que várias outras empresas agem da mes-ma forma. Muitas vezes, a responsabilidade social é utilizada como simples ferramenta de gestão de relacionamento, ou até, em casos extremos, como ferramenta de posicionamento de marke-ting. O conceito de Porter, de criação de valor compartilhado, já traz uma outra perspectiva. A empresa se apresenta para a sociedade como membro atuante dentro desta sociedade e busca maneiras para que ela possa contribuir para o desenvolvimento da região ao lado do go-

Professor da Harvard Business School nas áreas de Administração e Economia. É autor de diversos livros sobre estratégias de competitividade. Do seu trabalho resultaram conceitos como a análise de indústrias em torno de cinco forças competitivas e as três fontes genéricas de vantagem competitiva: diferenciação, baixo custo e focalização em mercado específico.

Michael Porter

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ENTREVISTAE S P E C I A L

Texto Nathalia Petta • Fotos Bruno Carachesti

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verno e da sociedade civil. A empresapassa então a assumir uma postura proati-va ao tentar entender o que ela pode fazer para contribuir com o desenvolvimento social em sua região de atuação, não mais esperando que uma ONG ou um órgão público precise cobrá-la para que ela faça isso. A Danone, a Adidas e a BASF são exemplos de empresas de classe mundial que já estão adotando esta postura social inovadora. Tomando como exemplo o nosso estado, onde temos muitas empre-sas mineradoras, alguma delas poderiam se aproximar do governo do estado para verificar como podem contribuir para que o Estado do Pará suba alguns degraus no ranking de desenvolvimento humano dentro do país.

Seria um início de uma quebra de para-digma dentro do capitalismo, em que as empresas não visam mais apenas o lucro e sim mudam sua atuação e seu olhar sobre a sociedade?Sem dúvida. O economista Muhammad Yunus está liderando este caminho e criou um termo chamado “social business” que nada mais é do que a maneira com que a empresa entende que ela pode ir muito além da geração de lucro e se tornar um agente de geração de riquezas sociais numa região. Como retorno destes investimentos as empresas podem esperar a redução de conflitos com as comunidades e governos locais. Resumindo, ao adotar esta atitude a empresa mostra a todos que está dando a sua contribuição para que a região onde atua cresça de maneira inclusiva esustentável. Em outras palavras, mostra que está ajudando a mudar para melhor a história da comunidade, do estadoe do país.

Seria então a efetivação de um conceito real e prático de associativismo?Sim, esta noção de associativismo é muito forte. É preciso que as empresas se enten-dam parte de um todo. As empresas não

podem ter a compreensão de acharem que estão fora deste sistema. E falando daRedes, o papel que ela desempenha de unir as partes interessadas e mostrar a im-portância do desenvolvimento do fornece-dor local, nada mais é do que uma maneira de dizer e mostrar um caminho possível e efetivo das empresas contribuírem para o desenvolvimento da sociedade. Porque a partir do momento que a Redes sen-sibiliza os grandes projetos a trabalhar com fornecedores locais, significa que as empresas que conduzem estes projetos estão contribuindo para a internalização de riquezas, capacitando agente locais para desenvolver sua economia até mesmo depois que o projeto se extinguir.

Trata-se então de uma inversão na cultura empresarial dos projetos que antes eram vistos apenas como passageiros e que na maioria das vezes deixavam problemas pra região e agora serão agentes de con-tribuição para o desenvolvimento?Projetos minerais tem tempo de vida e é preciso pensar o que ficará depois. O que há de mais moderno em termos de desen-volvimento no mundo, falo isto depois de ter estudado o assunto no exterior e par-ticipado de discussões no Banco Mundial e em diversos organismos de desenvolvi-mento internacional, é o desenvolvimento local. Sempre é fundamental pensar de que maneira cada grande projeto poderá tra-zer desenvolvimento local. Gerar empregos e pagar impostos já não são suficientes. Não tem sentido algum uma mineradora, por exemplo, vir para o Estado do Pará desenvolver suas operações, extrair minéri-

os, enriquecer seus acionistas e ir embora se isso não representar nada localmente, se não houver desenvolvimento local. Por isso precisamos de projetos como a Redes que viabilizam uma oportunidade para o fornecedor local vender seus produtos e serviços para essas grandes empresas. Esta oportunidade internaliza riquezas pois faz com que este fornecedor precise de pessoas qualificadas, o que exige a melhoria da educação do município. O fornecedor vai interagir com as prefeituras em busca de promover esta qualificação, gerando enfim um efeito multiplicador muito grande. Se toda a sociedade for beneficiada neste processo, haverá uma inversão da postura, e toda a sociedade verá e entenderá os benefícios que um grande projeto pode trazer para a região, o que por sua vez será bastante positivo para a imagem destas empresas.

Como economista, qual o seu sonho para o Estado do Pará?Sonho com o dia em que uma ou mais empresas de classe mundial com projetos no estado se apresentem para trabalhar ao lado do governo, do empresariado e da sociedade civil local visando transformar o Pará em um estado de classe mundial. Um estado com educação, saúde, cultura, empregos e índices de desenvolvimento humano de classe mundial. Estas empre-sas, sem dúvida alguma, serão admiradas e reconhecidas no Pará e no mundo inteiro por terem colaborado para escrever uma nova história para o estado. De fato, isto não é sonho. Isto é possível. É só querer.

Economista agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006 pela criação do conceito de microcrédito que revolucionou a vida de várias famílias por ser voltado a pessoas que não tem acesso a nenhum tipo de crédito. O objetivo do projeto era acabar com a pobreza e propor-cionar a movimentação da economia local.

Muhammad Yunus

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DICAS Texto Sâmia Maffra • Fotos Divulgação

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Contato direto com a natureza e superação dos limites do corpo são fa-tores que levam muitos adeptos para os esportes radicais. Eles também são uma válvula de escape para o estresse cotidiano.Outro grande benefício dos esportes é a queima das indesejáveis calorias além da liberação de adrenalina, que causa uma sensação de bem-estar e relaxamento após o término das atividades.Para a prática, os especialistas recomendam o uso de equipamentos de segurança , uma equipe preparada e locais apropriados. As opções são muitas e passam pelo rafting, trekking, cannoying,, salto livre, rapel e paraquedismo. O que poucos sabem é que não precisa sair de Belém (PA) para conseguir praticar algumas dessas modalidades. já pensou em fazer rapel na Alça Viária? A Amazônia Turismo oferece esse serviço com total segurança. Outros esportes oferecidos são o para-quedismo, salto livre e curso de técnicas verticais no Parque dos Igarapés.Para mais informações: 3286-8149 / 9116-9482 / 9116-9469 / 8135-8507

O convite é tentador: um lugar para se esconder, desaparecer, um lugar para se encontrar, se redescobrir. No projeto de arquitetura, a proposta é atender os cinco sentidos com o aroma da vegetação, o sabor das ervas de chá e condimento, contemplando as grandes áreas verdes, a areia sob os pés e o frescor da chuva. Essa é a apresentação do SPA Hotel Martan, localizado na Rodovia Mário Covas, no bairro do Coqueiro, em Belém. Com itens que valorizam a elegância e o relaxamento, o SPA traz verda-deiros mimos aos clientes como o berçário (que aproxima as mamães dos seus bebês), espaço kids (para os mais grandinhos com atividades educati-vas)piscina cobertas e ôfuros, que dão ênfase ao relaxamento corporal. Os visitantes também têm área de passeio e cooper que circundam o terreno. Para os que desejam o bem-estar, o SPA também oferece tratamentos estéticos. Cada cliente recebe um método personalizado. Ficou interessado? Acesse o site www.martanspahotel.com.br

ESPORTES RADICAIS EM BELÉM

SPA CONVIDA AO DESCANSO

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DICAS Texto Sâmia Maffra • Foto Bruno Carachesti

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O coaching é um processo que potencializa o desempenho de umindivíduo, aumentando os resultados positivos, através de metodologiasespecíficas. O processo ajuda o profissional a sair de um estado Apara um estado B, que é o ponto desejável.Sobre o assunto, Belém sediará nos próximos dias 22 e 23 de Setembro,o seminário Líder Coach, ministrado pela Master Coach josely DurãesMinaki e Dr. Thiago Almeida Yalcon.O grande diferencial do evento é reunir técnicas ancestrais com asmais contemporâneas, transformando líderes em líderes coach. Com umaabordagem mais específica para líderes e gestores, o seminário permiteainda, que além de foco em resultados haja também um desenvolvimentopessoal e profissional de toda sua equipe atingindo objetivos, metas,sucesso e transformação. O seminário é uma promoção da Condor Blanco em parceria com a Redes.“O líder coach percebe o perfil de cada um e trabalha em cima dissopara desenvolvê-lo. Isto está ligado ao trabalhao da Redes quedesenvolve fornecedores para que tenham resultados positivos”,sinalizou o coach Evandro Valente.

Master Coach e Life Coach, Instrutora Interna-cional da Escola de Coaching Express, Coach Executiva e Corporativa, Líder da Equipe de Produtores de Coaching Express em Belo Horizonte, Fortaleza e Belém, Consultora de qualidade em Processos e Relacionamentos. Graduada em Engenharia da qualidade e Nutrição com pós graduação em Psicodrama Sócio-Educacional

Médico com Certificação em Coaching Express CB, por Marcondes e Consultores associados e pelo ICI-Integrate Coaching Institute.Certificado em gestão por competências, inteligência emocional, liderança, grafologia e mapas mentais.

Seminário Líder Coaching • Data:22 e 23 de setembroPúblico Alvo: Gestores de todas as áreas, coordenadores, consultores,executivos, colaboradores, líderes ou pessoas de áreas diversas quedesejam usar a autoliderança e o coaching.

SEMINÁRIO LÍDER COACHING

Josely Durães Minaki

Dr. Thiago Almeida Yancon

DICAS DOCONSULTOR

Agende-se

Livro

“Recomendo o livro Estratégia do Oceano Azul que mostra muito bem que o diferencial hoje, em um mercado competitivo, é a inovação. O título faz uma analogia a um oceano sangrento que é a concorrência. já o oceano azul é o ponto em que se quer chegar, os novos espaços no mercado. O exemplo interessante do livro é o Cirque du Soleil que teve que se reinventar após a proibição do uso de animais em shows. Atualmente, eles tem apenas os acrobatas e dançarinos para realizar a cada show algo totalmente diferente do anterior. Isso sempre tentamos mostrar aos empresários locais a importância da inovação e a ideia de diversificar os produ-tos e serviços”.

Estratégia do Oceano Azul.Autor: Renée Mauborgne.Editora: Campus.Assunto: Administração e negócios

Hugo Suenaga - coordenador técnico Redes Sul

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NOTAS MANTENEDORAS Texto e Fotos Assessoria Mantenedoras

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Hydro Alunorte Certifica novos ‘Green Belts’

Certificação Esporte

Capacitação

Sustentabilidade Ambiental

MRN ajuda a preservar o meio-ambiente

Time da Alunorte representa o Pará na Noruega

Casa Imerys gera renda para população em Barcarena

BOAS PRÁTICAS

A Hydro Alunorte nomeou e certificou, 13 empregados Green Belts, em cerimônia realizada no auditório do Centro de Divulgação e Treinamento. Na ocasião, foram apresentados os projetos de melhoria desenvolvidos utilizando a metodologia Lean Seis Sigma para solução de problemas. Para obter a certificação de Green Belts, os participantes atuaram em um projeto de interesse da empresa, desenvolvi-do ao longo dos últimos meses, aplicando de forma prática a metodologia Lean Seis Sigma e proporcionando um resul-tado imediato para a organização. A ferramenta Seis Sigma é uma linguagem usada nas indústrias do mundo inteiro. Os empregados foram treinados para utilizar o método DMAIC - Definir, Medir, Analisar, Aprimorar e Controlar.

O trabalho de resgate de fauna nas áreas de mineração de bauxita da Mineração Rio do Norte conta com um Centro de Triagem de Animais Silvestres (CETAS). O espaço recebeu licença de funcionamento do IBAMA e é o único local, em todo o Estado, dessa categoria, preparado para receber animais silvestres. O Centro é preparado para receber, reabilitar e devolver à natureza animais capturados nas áreas a serem mineradas pela empresa.

Formado por 36 estudantes de escolas do município de Bar-carena, localizado a 80 quilômetros da capital paraense, o time Alunorte Rain Forest é o único a representar o estado do Pará na Copa da Noruega. Este é o 11ª ano em que o time participa do torneio. No ano passado, a equipe masculina con-seguiu o segundo lugar, perdendo apenas para o time brasile-iro Karanba, do Rio de janeiro. O grupo competiu com outras 200 equipes e permaneceu invicto até o jogo final.

Cerca de 240 moradores de Vila do Conde já se beneficiaram com os cursos de capacitação oferecidos pela Casa Imerys, gratuitamente, de dois em dois meses. No início de agosto a Casa oferece novos cursos.Além de ser um espaço de formação educacional, a Casa ainda oferece sessões de vídeos para as crianças e é também o local de reuniões dos seis projetos sociais desenvolvidos em Barcarena. A Casa Imerys está localizada em Vila do Conde desde janeiro deste ano e fortalece a presença da Imerys na comunidade.

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NOTAS MANTENEDORAS Texto e Fotos Assessoria Mantenedoras

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Alubar também atua na geração de energia

Ranking das melhores empresas

Norte Energia investe em Altamira

Sotreq é a 6ª Melhor Empresa do Comércio Atacadista

O Grupo Alubar começa a aumentar os investimentos para crescer em outra frente: a geração de energia. A empresa prepara o terreno para atuar no mercado solar, tendo assinado recentemente um termo de cooperação com o governo do To-cantins para desenvolvimento de tecnologia para a produção de energia pela fonte. Também tem ampliado gradativamente o portfólio na América Latina. No Uruguai, possui um escritório e está presente no empreendimento eólico Molino de Rosas, de 50MW, em fase inicial de construção. Em filiais na Argentina e no Peru, novas oportunidades são estudadas.

A Vale foi premiada pela revista Exame como a melhor em-presa mineradora do Melhores e Maiores 2012. A premiação reconheceu as empresas que foram destaque em 2011. A Vale registrou no ano passado um lucro de US$15,3 bilhões, o maior já alcançado por uma empresa de capital aberto no país.A Alunorte e Albrás também foram mencionadas na revista e ficaram entre as 50 maiores exportadoras.

Duas novas Unidades Básicas de Saúde (UBS), totalizando cobertura para 36 mil pessoas, foram entregues em julho a Altamira pela Norte Energia S.A., empresa responsável pelaconstrução e operação da Usina Hidrelétrica Belo Monte. Agora, a maior cidade da área de influência do empreendi-mento conta com o reforço de três unidades entregues pela Norte Energia, ampliando a rede integrada de saúde da região do xingu (PA). Outras três UBSs também já foram disponibi-lizadas pela Norte Energia para a população de Vitória do xingu e uma para Anapu. Essas UBSs são preparadas para atendimento médico ambulatorial e de emergência, odontológico, imunização e exames preventivos.

A Sotreq, maior revendedora Caterpillar no Brasil, foi con-siderada a 6ª Melhor Empresa do Comércio Atacadista pela edição especial “Melhores e Maiores”, da revista Exame. O principal critério para avaliar o sucesso da empresa é baseado na comparação dos resultados obtidos em termos de cresci-mento, saúde financeira, rentabilidade, produtividade por empregado e participação de mercado. Além disso, a Sotreq ocupa a 124ª posição geral em relação às maiores empresas do país em vendas, e a 23ª das companhias de comércio.

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Inovação Investimentos

ValorizaçãoReconhecimento

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