Revista Fecomércio PR - nº 76

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REVISTA DO S STEMA FECOMÉRCIO SESC SENAC PARANÁ www.fecomerciopr.com.brwww.sescpr.com.brwww.pr.senac.br

FECOMÉRCIO Rua Visconde do Rio Branco, 931CEP 80410-001 Curitiba Paraná41 3883-4500 | 41 3883-4530 [email protected]

Presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac ParanáDarci Piana

Diretor Regional do Sesc ParanáPaulo Cruz

Diretor Regional do Senac ParanáVitor Monastier

Coordenação Geral – NCMNúcleo de Comunicação e Marketing Walter Xavier

Editor e Jornalista Responsável João Alceu Julio RibeiroReg. 0293/DRT-PR

Reportagens João Alceu J. Ribeiro, Karen Bortolini, Silvia Bocchese de Lima, Karla Santin e Karina Mikowski

Fotos Ivo José de Lima

Revisão Silvia Bocchese de Lima, Karen Bortolini, Karla Santin e Karina Mikowski

Arte e Diagramação Vera Andrion

Impressão – CTP Graciosa Gráfica – CuritibaTiragem 10 mil exemplares

ANO X Nº 76 MARçO | ABRIL 2010

PAlAVRA DO PRESIDENTE

Uma obrigação que se transforma em prazer

Dois momentos vividos nos últi-

mos dias me trouxeram a certeza de

que precisamos investir ainda mais em

educação e em formação profissionais,

dois dos pilares do Sistema Fecomércio

Sesc Senac em todo o País e, particu-

larmente, no Paraná.

O primeiro deles foi quando reu-

nimos, em Campo Mourão, centenas

de pessoas em torno da inauguração

da mais moderna escola de formação

profissional do Sistema, a unidade do

Senac. Junto com o presidente da CNC

(Confederação Nacional do Comércio de

Bens, Serviços e Turismo) Antonio Oli-

veira Santos, que acertadamente lem-

brou os problemas que o Brasil enfrenta

com relação à mão-de-obra qualificada,

vi quanto uma comunidade pode ser be-

neficiada com uma escola de formação

que vai proporcionar mais trabalhado-

res preparados para o mercado. A uni-

dade do Senac vai disseminar profis-

sionais para todas as regiões do Brasil

e do mundo. Temos gente preparada

para isso e vamos continuar preparan-

do nossos profissionais.

É importante constatar que a crise

passou. Temos oportunidades de em-

prego, mas nem sempre temos pesso-

as capacitadas a entender porquê es-

tão apertando um determinado botão.

O segundo momento aconteceu em

Foz do Iguaçu, quando reunimos mais de

mil mulheres em torno de uma comemo-

ração, o Dia Internacional da Mulher, mas

que serviu apenas como pretexto para

que pudessemos constatar o quanto está

sendo importante a verdadeira "constru-

ção" da Câmara da Mulher Empreendedo-

ra e Gestora de Negócios da Federação do

Comércio do Paraná. Encontramos empre-

endedoras devidamente comprometidas

com o desenvolvimento de seus negócios

e, por extensão, das comunidades onde

estão inseridas. Podemos ser meros es-

pectadores do crescimento pessoal e pro-

fissional das pessoas, ou partícipes desse

crescimento. Optamos pela segunda al-

ternativa, porque estamos conscientes da

nossa obrigação diante de um contingente

enorme de empreendedoras ( e empren-

dedores) que precisam de orientação, es-

clarecimentos, conhecimentos e se capaci-

tar para a gestão de seus negócios.

Empreendedores e trabalhadores

devidamente inseridos na formação

profissional, através do Sistema Fe-

comércio Sesc Senac e suas parce-

rias, é o caminho que resolvemos

trilhar. Compartilhar esses momentos

em Campo Mourão, em Foz do Igua-

çu ou em qualquer parte do território

paranaense, brasileiro ou no exterior,

com pessoas também comprometidas,

é muito mais um prazer do que uma

obrigação. E uma obrigação que se

transforma em prazer.

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Combate (sem trégua) à fomePresidente da CNC fala com exclusividade à Revista Fecomércio sobre o Mesa Brasil, as re-lações entre o capital e o trabalho e a formação de dirigentes sindicais

Para você pode pare-

cer apenas um número:

151.402.205 quilos (cento

e cinquenta e um milhões, quatro-

centos e dois mil, duzentos e cinco

quilos). São as toneladas (151,4 mil)

de alimentos arrecadados pelo progra-

ma Mesa Brasil, do Sesc, em todo o

País, desde 2003 e até o início deste

ano. Porém, isso significa pelo menos

o triplo - cerca de quinhentos milhões

de atendimentos realizados em todo

o Brasil (cada pessoa atendida pelo

programa pode ter até seis refeições

complementadas diariamente) pelo

programa criado pelo Sesc e que se

tornou referência nacional. O Paraná

participa, nesta verdadeira equação de

combate à fome, com um total de 5,9

mil toneladas (ou cinco virgula nove

milhões de quilos), levando alimentos

para famílias em situação de carência

social, através de instituições cadastra-

das e que intermedeiam as refeições.

O programa já está em 300 cidades

de todo o País. No Paraná são sete mu-

nicípios e as metas para este ano são

significativas: 50 mil toneladas de ali-

mentos distribuídos em todo País (um

terço do que foi arrecadado durante

todo o programa em apenas um ano);

dois milhões de pessoas atendidas por

dia; 10 novas interiorizações; 400 mu-

nicípios atendidos em regime de abran-

gência; mais de 3 mil ações educativas;

65 mil multiplicadores capacidades e

2.500 voluntários. "Esses números dão

a dimensão da grandiosidade deste pro-

grama iniciado há sete anos procurando

combater o desperdício de alimentos e

a fome. O Mesa Brasil Sesc acabou se

transformando numa ponte que busca o

alimento onde ele excede e o leva para

onde falta", explicou o presidente da

Confederação Nacional do Comércio de

Bens, Serviços e Turismo (CNC), e dos

conselhos nacional do Sesc e do Senac,

Antonio Oliveira Santos, em entrevista à

Revista Fecomércio. "A credibilidade do

Mesa Brasil é incontestável. Prova disso

são os parceiros que o programa anga-

riou nestes anos em âmbito nacional,

como a Conab, Unilever, Kraft, Parma-

lat Wal Mart, Danone, entre centenas

de outras. Empresas que acreditam no

nosso trabalho e se dispõem a caminhar

junto conosco por uma sociedade mais

justa. Também o Governo reconhece a

importância do Mesa Brasil e nos deu a

certificação do programa Fome Zero",

continua Antonio Oliveira Santos.

O Mesa Brasil atinge os resulta-

dos a que se propõe porque não é um

programa solitário. Pelo contrário, ele

O Mesa Brasil sesc

acaBOu se

transfOrMandO

nuMa pOnte

que Busca

O aliMentO

Onde ele

excede e O leva

para Onde

falta

Antonio oliveirA SAntoS – preSi-dente dA ConfederAção nACionAl do ComérCio de BenS, ServiçoS e turiSmo (CnC) e doS ConSelhoS nACionAl do SeSC e do SenAC

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Importânciasocial“O Sesc tem como marca principal a prestação de serviço e promoção do bem-estar social. Em cada cidade e região onde está instalado, promove múltiplas ações, tanto em suas uni-dades como em projetos itinerantes, braços importantes da instituição, que atingem localidades distantes e com dificuldades de acesso a servi-ços básicos.”“Com estas iniciativas, contribuímos para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa por meio de experiências que proporcionam a integração entre os indivíduos e a assimilação de conhecimentos.”

é solidário. Resulta de uma ação con-

junta do Sesc, empresas, instituições

sociais e voluntários, em um esforço

de redução das carências alimentares

e do desperdício de alimentos. Com o

programa, procura-se mostrar que é

possível minimizar os efeitos da fome

e da desnutrição através de progra-

mas sociais práticos, de custo reduzido

e com aplicação imediata. "Porém, o

Mesa não é uma campanha eventual e

assistencialista", faz questão de desta-

car o presidente da CNC, ressaltando

que "o seu caráter é permanente, tem

caráter educativo e promove cursos,

palestras e oficinas desenvolvidas por

técnicos da entidade e voluntários".

O programa alcança, hoje, todos

os estados do País através do Sesc,

atuando nas capitais e nas principais

cidades do interior. A intenção, agora,

é buscar a formação de "cadeias de

solidariedade" por meio do Banco de

Alimentos e Colheita Urbana, expan-

dindo seu alcance para beneficiar cada

vez mais pessoas e entidades.

Capital versus trabalhoAntonio Oliveira Santos vê com

preocupação a discussão em torno da

redução da jornada de trabalho, que

está percorrendo as comissões do

Congresso Nacional. Segundo ele, se

aprovada, a redução da jornada será

prejudicial não apenas aos empresá-

rios, "mas a toda a sociedade".

Na sua avaliação, há experiências -

tanto no Brasil quanto no exterior - de

que a redução de jornada de trabalho

pode ampliar, sim, o desemprego e a

informalidade, ao invés de diminuí-los.

"É de suma importância que o as-

sunto seja avaliado com todo o cuida-

do, tendo em vista que as empresas

terão um grande ônus, sem qualquer

contrapartida que o atenue", continua

o dirigente. Para ele, mudanças tão

bruscas na relação entre o capital e

o trabalho não podem ser feitas sem

levar em consideração a realidade de

cada setor e a capacidade de profis-

sionais e empresários pactuarem me-

lhores condições de trabalho por meio

da negociação coletiva. "A criação de

novos postos de trabalho está atrelada

não à redução das horas trabalhadas,

mas a medidas de incentivo à produti-

vdade, crescimento econômico, inves-

timentos na produção e a uma educa-

ção de qualidade", acrescenta.

Formação de dirigentesO Plano Estratégico da CNC 2007-

2020 consta de projetos e metas voltados

para o desenvolvimento sindical. Através

do Programa SEGS Sistema em Excelên-

cia em Gestão Sindical, a entidade vem

capacitando lideranças e executivos sindi-

cais desde 2008. Só em 2009 foram

mais de 950 pessoas capacitadas e

mais de 2500 certificados emitidos.

O Paraná tem uma parcela significa-

tiva nestes números, já tendo forma-

do dezenas de dirigentes de sindica-

tos. Alguns desses treinamentos são

exclusivos para dirigentes sindicais,

como a Sensibilização de Lideranças,

que visa motivá-los, focando seu papel

e seus desafios na representação dos

empresários. Outra capacitação volta-

da para os dirigentes é o ADS Aperfei-

çoamento de Dirigentes Sindicais, que

aborda questões legais e práticas do

exercício da liderança sindical.

A concretização do projeto, segun-

do Antonio Oliveira Santos, vai trazer

uma melhoria na atuação das enti-

dades, tanto sindicatos, federações e

confederações na relação com as em-

presas do comércio de bens, serviços

e turismo. "Ao desenvolver os líderes

sindicais para atuação na defesa dos

interesses das empresas, garantimos

melhores condições para as entidades

exercerem uma representação efetiva.

Essa atuação inclui um relacionamento

mais constante, produtivo e participativo

com as empresas representadas, socie-

dade civil, federações e confederações",

acentua o presidente da CNC. Segundo

Antonio Oliveira Santos, a CNC tam-

bém está desenvolvendo um projeto

que visa fomentar o associativismo,

aproximando ainda mais as empresas

representadas das entidades sindicais

oferecendo produtos e serviços, e pro-

movendo a participação dos empresá-

rios no sindicalismo. "A relação com as

federações e com a própria CNC tam-

bém é potencializada através dos trei-

namentos que permitem o alinhamen-

to de conceitos e a integração entre as

entidades", conclui o dirigente.

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Ampliar a rede de atendimen-

to e o número de empresas

associadas. Esses são al-

guns dos objetivos do presidente do

Sindicato dos Lojistas do Comércio

e do Comércio Varejista de Gêneros

Alimentícios, de Maquinismos, Ferra-

gens, Tintas e de Material Elétrico e

Aparelhos Eletrodomésticos de Cas-

cavel (Sindilojistas), Paulo Beal, que

assumiu a entidade em fevereiro pas-

sado. Em julho de 2008, o sindicato

inaugurou sede nova com estrutu-

Sindilojistas amplia instalações e conquista novos associados

À esquerda, o presidente do sindilojistas, paulo Beal, ao lado do ex-presidente antônio edson GruBer

ra e equipamento suficientes para

atender aos associados do município

e outros 18 da região. São cerca de

3.500 empresas integrantes da base

sindical. Entre elas estão: comércio

de confecções de roupas, calçados,

supermercados, papelarias, móveis

e construção civil.

O Sindilojistas, fundado em 1982,

possui infraestrutura para exames

médicos e laboratórios clínicos, sa-

las de treinamentos e, desde o ano

passado realiza também exames ad-

Presidente da entidade vê desenvolvimentoatravés da parceria com Sistema Fecomércio Sesc Senac Paraná

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Sindilojistas amplia instalações e conquista novos associados

missionais e demissionais. Os asso-

ciados também contam com assesso-

ria jurídica, palestras e treinamentos

envolvendo assuntos pertinentes ao

desenvolvimento do comércio local.

Além dos serviços oferecidos, o Sin-

dilojistas mantém uma parceria com

o Sistema Fecomércio Sesc Senac,

que propicia suporte em atividades

de educação, lazer, esporte, cultura,

educação e capacitação profissional.

Para o presidente do sindicato, a par-

ticipação das atividades do Sistema é

de suma importância. “Percebemos a

dedicação e o empenho do presiden-

te Darci Piana ao gerenciar o comér-

cio. Sabemos que os sindicatos estão

em boas mãos”, elogia.

Beal conta que o suporte da Fede-

ração do Comércio é grande em várias

questões que envolvem os interesses

da categoria, como apoio jurídico,

emendas constitucionais, resoluções

políticas e gestão em decisões comer-

ciais. Outro programa destacado pelo

presidente do Sindilojistas é o Varejo-

MAIS, uma idealização da Fecomércio

em parceria com o Sebrae, que con-

tribui no desenvolvimento do comércio

em diversas cidades do Paraná. Nele,

empresários de diversos ramos do co-

mércio realizam treinamentos voltados

ao desenvolvimento dos seus estabe-

lecimentos comerciais. O programa,

assim que instalado em Cascavel, teve

grande aceitação.

“Estamos muito envolvidos na bus-

ca por projetos de treinamento e capa-

citação para o lojista. Queremos levar

conhecimentos e informações, que jul-

go vitais para manter um empreendi-

mento”, defende Beal. Ele acredita que

assim cria-se um canal de comunica-

ção gerencial que beneficia a adminis-

tração de empresas. “O profissional e

os empresários devem estar atentos na

atualização de conhecimentos, através

de novas ferramentas. Somente assim

conquistará melhorias”, acredita.

Beal tem vivência de 37 anos no

segmento de supermercados. Em Curi-

tiba, é sócio-proprietário da rede Fes-

tval e, em Cascavel, da rede Beal. No

Sindilojistas, foi vice, antes de assumir

a presidência. A posse dessa gestão,

que compreende o próximo triênio, foi

presidida pelo presidente do Sistema

Fecomércio, Darci Piana.

Ex-presidentes do Sindilojistas

João Destrode 1984 a 1990

Selvino Bigolinde 1990 a 1996

Sergio A. Brumde 1996 a 1999

Plinio Destrode 1999 a 2007

Antonio Edson Gruberde 2007 a 2010

Paulo Bealde 2010 a 2014 (atual)

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Mulheres empreendedoras

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Moda, beleza, estilo, comportamento e desafiospara mulheres foram os temas abordados no terceiro encontro promovido pelo Sistema Fecomércio Sesc Senac, através da Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios, em Foz do Iguaçu, na comemoração ao Dia Internacional da Mulher

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“Empresárias bem vestidas e

maquiadas, comportamento

adequado e munidas dos co-

nhecimentos de marketing necessá-

rios”. Foi assim que a presidente da

Câmara da Mulher Empreendedora e

Gestora de Negócios (CMEG) de Foz

do Iguaçu, Camila Damin, classificou

as mais de mil e quatrocentas empre-

sárias e gestoras de negócios, oriun-

das de diversas cidades paranaenses,

que se reuniram em Foz do Iguaçu

para a comemoração ao Dia Interna-

cional da Mulher.

Esta foi a terceira edição do en-

contro, que ofereceu às empresárias,

palestras ministradas pela renomada

jornalista, estilista e colunista de moda

e etiqueta, Glória Kalil; por

Beto França, maquiador artísti-

co e de efeitos especiais em diversos

programas de televisão e Beth Furta-

do, psicóloga, escritora e colunista de

rádio, que abordaram temas como:

moda, comportamento, inovações no

varejo, maquiagem e desejos contem-

porâneos, e que você poderá conferir

nas páginas a seguir.

Para Gloria, as mulheres empreen-

dedoras do Paraná devem fortalecer es-

tes grupos, trocar informações e dúvidas

para que possam informar-se. “Estamos

em um mundo onde a informação é fun-

damental e ela precisa ser no nível pro-

fissional e pessoal. Imagem tem muita

importância, competência também, e

quando juntamos uma boa imagem com

uma boa competência nos tornamos im-

batíveis”, defende a estilista.

O presidente do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac, Darci Piana, elogiou a

ação de todas as câmaras e salientou

que este evento é realizado com o in-

tuito de promover o aprimoramento do

conhecimento empresarial e pessoal,

além de estreitar o relacionamento en-

tre as câmaras já instaladas em todo o

Estado. “Essas mulheres demonstram

no dia a dia de seus negócios e nas

ações que desenvolvem nas câmaras

de suas cidades, a importância que

dão ao crescimento profissional de

cada uma e de todas”, enfatizou Piana.

Para a diretora executiva da

CMEG Paraná, Elizabeth Lobo Elpo,

o evento mostrou a força da mulher

empreendedora do Paraná e o inte-

resse delas em seu próprio cresci-

mento e desenvolvimento, tanto pes-

soal quanto profissional.

Beto França, maquiador artístico

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Mulheres Homenageadas

Apucarana ..........Nilsa Christ De Carvalho

Campo Mourão ..........Lídia Aparecida Cordeiro Fernandes

Cascavel ..........Maria Helena Sebben

Castro ..........Genir Morais da Silva

Cornélio Procópio ..........Rosângela Zavagli de Oliveira

e Suzeli Aparecida Zacari Ribeiro

Curitiba ..........Flora Madalosso Bertolli

Foz do Iguaçu ..........Maria Cristina Ursi Ventura Muggiati

Francisco Beltrão ..........Helena Pedron

Irati ..........Eliete Mansur

Ivaiporã ..........Naomi Shintani Kawano

Jacarezinho ..........Paula de Carvalho Maia

Londrina ..........Mary Angélica Calderaro e Silva

Mal Cândido Rondon ..........Herda Weyand Bauemann

Maringá ..........Nádia Maria Costa Felippe

Medianeira ..........Dulce Refatti

Paranaguá ..........Cleci Lamezon

Ponta Grossa ..........Hilda Mielitz Zimmermann

Prudentópolis ..........Nádia Rurak Techy

Toledo ..........Márcia Vanzella

Umuarama ..........Ilda Martins Rahal

Homenagens Especiais Responsabilidade Social ..........Zilda Arns Neumann

Responsabilidade Ambiental ........Nelci Rafagnin Mara

Destaque Cultural ..........Flor Duarte

Durante o evento, a Federação do

Comércio do Paraná prestou homena-

gens a empresárias destaques e como

a Câmara da Mulher está presente em

20 municípios, houve premiações a

uma mulher de cada cidade.

Um momento de emoção foi duran-

te a entrega da honraria especial de

Responsabilidade Social à Zilda Arns

Neumann (in menorian), placa que foi

recebida por seu sobrinho, o senador

Flávio Arns. Zilda foi a fundadora e co-

ordenadora internacional da Pastoral

da Criança e coordenadora nacional da

Pastoral da Pessoa Idosa. Com o seu

trabalho de promover a educação de

mães por líderes comunitários capaci-

tados conseguiu diminuir os números

da mortalidade infantil em mais de

quatro mil municípios do Brasil. E foi

em uma ação humanitária para im-

plantar a Pastoral da Criança no Haiti,

que a médica foi uma das vítimas de

um violento terremoto que assolou o

país, no início deste ano.

O senador ressaltou a importân-

cia da valorização da mulher, este-

ja ela em qual for a posição social, e

independente da raça ou credo, sem

discriminação e, em nome da família,

agradeceu a homenagem dedicada à

sua tia. “Minha tia foi uma pediatra,

sanitarista, mãe, esposa, avó e mu-

lher que de fato conseguiu através da

união, mudar a realidade. Foi uma mu-

lher empreendedora, que qualificou o

povo, uma pessoa que acreditou que

através da união, poderíamos mudar o

mundo para melhor. Morreu em mis-

são, fazendo aquilo que gostava de

fazer para que não só no Brasil, mas

no mundo inteiro, houvesse a possibili-

dade de mudança. Que este exemplo e

tantos outros exemplos, muitas vezes

anônimos, ajudem a iluminar a nossa

caminhada e que sejamos referência

para um mundo melhor, mais desen-

volvido e, principalmente, mais justo”,

disse emocionado o senador.

Também foram entregues pre-

miações especiais de “Responsabi-

lidade Ambiental”, a Nelci Rafagnin

Maran; Destaque Cultural, a Flor

Duarte e Destaque no Jornalismo,

a Delise Maria Guarienti de Almeida

Ferreira. Confira a relação completa

das homenageadas:

Homenagens e emoção

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A homenAgeAdA eliete mAnsur e A presidente dA Cmeg de irAti, suzAnA oliveirA de ArrudA pAChAlki

A homenAgeAdA IldA mArtIns rAhAl, e A presIdente dA Cmeg de UmUArAmA, JAne mArCIA BItenCoUrt

A homenAgeAdA mAriA helenA Sebben e A preSidente dA Cmeg de CASCAvel, AdriAnA dAl ponte moCelin

A homenAgeAdA nAomi ShintAni KAwAno e A preSidente dA Cmeg de ivAiporã, nAdir mACiel

A homenAgeAdA nilsA Christ de CArvAlho e A presidente em exerCíCio dA Cmeg de ApuCArAnA, AídA sAntos Assunção

A presidente dA CMeG de CAMpo Mourão, edilAine MAriA de CAs-tro, e A hoMenAGeAdA lídiA ApAreCidA Cordeiro FernAndes

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A presidente dA CMeG de CAstro, erikA Mueller MezzAdri de oliveirA, e A hoMenAGeAdA Genir MorAis dA silvA

A presidente dA CMeG de Cornélio proCópio, luizA suGuiAMA de oliveirA, e As hoMenAGeAdAs suzeli ApAreCidA zACAri ribei-ro e rosânGelA zAvAGli de oliveirA

A presidente dA CMeG de Foz do iGuAçu, CAMilA dAMin, e A hoMenAGeAdA MAriA CristinA ursi VenturA MuGGiAti

A presidente dA CMeG de FrAnCisCo Beltrão, VâniA lúCiA rosA FAust, e A hoMenAGeAdA helenA pedron

A presidente dA CMeG de MAreChAl Cândido rondon, CleCi delCi GüttGes, e A hoMenAGeAdA herdA WeyAnd BAueMAnn

A presidente dA CMeG de MArinGá, rAquel de AlMeidA CostA e A hoMenAGeAdA nádiA MAriA CostA Felippe

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14 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

A presidente dA CMeG de MediAneirA, Muriel July AvilA dA silvA, e A hoMenAGeAdA dulCe refAtti

A presidente dA CMeG de pArAnAGuá, MAriA de LAs MerCedes novoA LAMAs Gori, e A hoMenAGeAdA CLeCi LAMezon

A presidente em exercício dA cmeG de pontA GrossA, tAlitA diAne GrAef, e A homenAGeAdA hildA mielitz zimmermAnn

A presidente dA CMeG de prudentópolis, JAne CleusA GoMes dA silvA, e A hoMenAGeAdA nádiA rurAk teChy

A presidente em exercício dA cmeG de toledo, Ane priscilA BrAndAlize Kreuz, e A homenAGeAdA márciA VAnzellA

A presidente dA CMeG de JACArezinho, MArA silviA Mello MorAes, e A hoMenAGeAdA pAulA de CArvAlho MAiA

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A presidente dA CMeG de CuritibA, Joy LAdy MiCheLs rossi; A hoMenAGeAdA FLorA MAdALosso bertoLLi e o presidente do sisteMA FeCoMérCio sesC senAC pArAná, dArCi piAnA

A presidente dA CMeG de LondrinA, irACeLis GonçALves, e A hoMenAGeAdA MAry AnGéLiCA CALderAro e siLvA

O presidente dO sistema FecOmérciO sesc senac, darci piana entrega placa de hOmenagem à Zilda arns neumann (in me-mOrian), destaque em respOnsabilidade sOcial, aO senadOr FláviO arns

O vice-prefeitO de fOz dO iguaçu, franciscO Lacerda Brasi-LeirO; a hOmenageada, neLci rafagnin maran, destaque em respOnsaBiLidade amBientaL, e a presidente da cmeg de fOz dO iguaçu, camiLa damin

O presidente dO sistema FecOmérciO sesc senac, darci piana; a hOmenageada, delise maria guarienti de almeida Ferreira, destaque nO JOrnalismO, e O presidente da câmara de Verea-dOres de FOz dO iguaçu, carlOs JulianO Budel

O senadOr FláviO arns; a hOmenageada FlOr duarte, desta-que Cultural, e a presidente da Cmeg de maringá, raquel de almeida COsta

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Brega e chique!

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Viver em grupos exige regras e como constantemente somos avaliados, quer pela nossa aparência ou comportamento, co-nhecer códigos pode facilitar a vida. A consultora de moda e etiqueta, Gloria Kalil, dá dicas de como viver em sociedade e como se portar em diferentes ambientes e situações, fugindo do brega e buscando o chiq sempre.

Que tal antes de começar

a ler esta matéria passar

diante de um espelho e

analisar como você está vestida? O

convite ou desafio quem faz é a esti-

lista, jornalista e colunista de moda e

etiqueta, Gloria Kalil. Ela explica que

é necessária uma pausa em frente ao

espelho para que se possa ver quem

realmente se é. “Precisamos nos olhar

de frente, perfil, de costas. Precisa-

mos nos conhecer. Assim, teremos a

percepção dos nossos pontos fortes,

fracos e conheceremos as nossas

proporções e o nosso biotipo. Defina

seu estilo olhando-se ao espelho para

ver quem você é”, defende a estilista,

acrescentando que a moda deixou de

ser considerada algo fútil para ser uma

expressão de identidade e um sistema

de renovação permanente que faz a

economia girar.

Para a estilista, existem diferenças

entre moda e estilo. A primeira é oferta,

o segundo, escolha. Ela defende que

a moda se renova permanentemente,

visando atender aos desejos do consu-

midor. Já, estilo é um depoimento. “No

momento da escolha da roupa, faz-se

um cálculo inconsciente do que se vai

fazer durante o dia, aquilo que quero

que vejam sobre mim. Estilo manifes-

ta socialmente a minha identidade.

Quem segue somente a moda não tem

estilo algum”, diz Gloria.

Ambiente de TrabalhoÉ no ambiente de trabalho, onde

se passa a maior parte do dia, que Glo-

ria adverte que os cuidados devem ser

redobrados, afinal, são as escolhas,

a postura e a maneira como se ves-

te que representam quem você é. “O

guarda-roupa precisa combinar com o

cargo e com a personalidade da em-

presa. Se você for muito fashion, vai

parecer uma pessoa superficial. Mas

se for muito conservador, vai parecer

muito desatualizado. Observe bem o

comportamento de todos. Numa em-

presa, algumas regras são ditas e ou-

tras não, ainda que tenham o mesmo

peso e valor”, sugere.

Gloria ainda adverte que para o

trabalho deve-se esquecer a última

moda, que em geral, destina-se ao

lazer, ao social e baladas. “É necessá-

rio ter o mínimo de informação sobre

moda, afinal, imagem é essencial para

a vida”, salienta.

Brega e chique!

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Para ele – o que não combina com o escritório chic e formal• Cuidado com a mistura de peças formais

e informais.• Suéteres pesados, de pontos grandes,

suéter de lã em baixo de paletó de terno de verão, blazer de veludo com remen-dos nos cotovelos, camisetas regatas, estampadas com times de futebol, camisas de seda e de tecidos transpa-rentes e brilhantes deveriam ficar longe do escritório formal.

• A não se que você seja médico, esqueça os sapatos claros ou brancos.

Fonte: Chic[érrimo] e Alô Chics!, de Glória Kalil, Editora Ediouro.

Para quem pensa que os conselhos são exclusivos para mulheres, Gloria Kalil reservou dicas, também, para os homens.

A moda, ao logo das décadas, tem antecipado comportamentos, basta dar uma olhada nos acontecimentos para entender como em pleno século XXI, vive-se um período de supervalorização da imagem, hedonismo e narcismo.

Segundo Glória, era comum aos ho-mens, na década de 50, usar chapéus, gravatas e ternos enquanto saias a 40cm do chão eram moda para elas. “Ou as pessoas vestiam-se como seu determina-do grupo, ou estavam fora dele. A mora era extremamente autoritária”, revela.

Mas foi com o movimento dos anos 60, que se criou a categoria jovem, so-mando-se às crianças e aos adultos. Para a estilista, “o jovem aparece na cena mundial como vanguarda das mudanças políticas e também como uma nova ca-tegoria de consumidor e na década se-

Brega x Chic

Para ela – o que não combina com o escritório chic e formal• Você é uma pessoa interessante, cheia

de opiniões. Não precisa expressar seu “verdadeiro eu” o tempo inteiro. Tente se interessar pelo que os outros falam.

• Fica péssimo cometer “gerundismo”. Tipo: “vou estar verificando; não vou estar tendo...” e qualquer outro do gê-nero. É certamente a coisa mais cafona do mundo.

• Roupas que não combinam com es-critórios chics e formais: saias longas ou curtas demais, decotes e fendas exuberantes, transparências ou lingerie aparecendo, barriga de fora, bijuterias em excesso ou barulhentas e looks noturnos próprios para baladas.

• Peças muito étnicas, jardineiras e maca-cões esportivos e botas fashion, especial-mente quando usadas com saias.

• Para quem pensa que os conselhos são exclusivos para mulheres, Gloria Kalil re-servou dicas, também, para os homens.

• Para ele – o que não combina com o escritório chic e formal

• Cuidado com a mistura de peças formais e informais.

• Suéteres pesados, de pontos grandes, suéter de lã em baixo de paletó de terno de verão, blazer de veludo com remen-dos nos cotovelos, camisetas regatas, estampadas com times de futebol, camisas de seda e de tecidos transpa-rentes e brilhantes deveriam ficar longe do escritório formal.

• A não se que você seja médico, esqueça os sapatos claros ou brancos.

guinte, a volta à natureza vira assunto de roupa e de estilo de vida, com os hip-pies”. Ela defende que foi com a globali-zação e informática, nos anos 90, que a moda tornou-se democrática, passando a representar o indivíduo e sua individu-alidade.

Gloria resgata seis décadas e salienta o que foi e o que é brega e chic:

Anos 50: A década do clássico

A moda era ser bem-comportado. Chic era ser ‘elegante’

Anos 60: A década das revoluções

A moda era ser revolucionário. Chic era ser rebelde.

Anos 70: A década da curtição

A moda era ser liberado. Chic era ser experimental.

Anos 80: A década do poderA moda era ser poderoso: o que já não era tão chic...

Anos 90: A década da individualidade

A moda era ser único. O que poderia ser chic.

Anos 2000: A década das celebridades

A moda é ser celebridade, o que pode dar em vulgaridade. Nada chic.

Por fim, Glória defende que esco-lher a roupa certa depende de estilo e personalidade, muito mais do que dinheiro e tendências e revela, o que é ser chique. “Não basta estar na moda, não basta ter dinheiro. Ser chic é um conjunto.É ter o melhor visual, com a melhor expressão e o melhor conte-údo. Uma pessoa deve ser chique na aparência e na relação com os outros, na essência”, pontua a estilista.

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Sem distância“Educação à distância aproxima o aluno do professor, dos colegas e do conteúdo”, diz autor do livro sobre a modalidade

Ainda existe muito precon-

ceito quanto à educação

realizada à distância. Isso é

fato. Mas quais serão os motivos? Com

tanta expansão da modalidade, eles

estão sendo superados? Qual é o perfil

hoje do aluno de EAD?

Para responder a essas e outras

perguntas, é necessário que se leve

em conta os diferentes perfis de alu-

nos e a resistência natural dos seres

humanos a coisas novas. Nos ambien-

tes corporativos, naturalmente mais

conectados com o mundo, a EAD já é

uma realidade. Quando o assunto é o

preconceito, ele é mais forte nos futu-

ros alunos.

O autor do livro Educação sem Dis-

tância (Editora Senac), Romero Tori,

explica que “muitos estudantes cos-

tumam associar EAD com ‘com curso

sem aula’, já as empresas sabem da

importância e das qualidades da edu-

cação virtual, até porque as que ainda

não a utilizam pretendem em algum

momento investir nessa modalidade

em seus cursos corporativos”.

A coordenadora de Educação a

Distância do Senac PR, Denyze Cris-

tina Lorenzon Ruckl, concorda. “Esta

modalidade de ensino já conquistou as

empresas que utilizam EAD para seus

treinamentos corporativos, com uma

legislação que respalda suas ações.

Quanto ao preconceito, ele é cultural

no Brasil. Na Europa, por exemplo, não

existe este quadro e as universidades

abertas capacitam à distância profis-

sionais conceituados de todo o mun-

do” esclarece Denyze.

Ambos também afirmam que a tec-

nologia é apenas um meio de trans-

mitir o conhecimento. Cursos que são

oferecidos à distância devem se apoiar

em sólidos projetos pedagógicos, tan-

to quanto os presenciais, sem perda

de qualidade ou conteúdo. “Mais do

que isso, colocar conteúdo na Internet

não pode ser confundido com EAD,

que é uma metodologia na qual o alu-

no está no centro do processo educa-

tivo e aprende no seu ritmo e dentro

de suas experiências já adquiridas”,

enfatiza Denyze.

E por falar em tecnologia, seu uso

é uma das poucas coisas que diferen-

ciam os perfis de alunos de EAD. Tori

resume: “um autor que ilustra bem

essa diferença é o Marc Prensky, por

meio de uma analogia entre imigrantes

e nativos. Os nativos digitais usam a

tecnologia com desenvoltura, sem ‘so-

taque’. Já os imigrantes digitais enfren-

tam barreiras quanto a cultura e língua

digitais, e são facilmente reconhecidos

pelos nativos devido a esse ‘sotaque’

que carregam. Como qualquer estran-

geiro falando uma segunda língua, di-

ficilmente conseguirão se passar por

nativos”.

Tori, que é professor titular do

Centro Universitário do Senac SP, afir-

ma que ainda que não oficialmente,

o boom da Educação à Distância está

acontecendo agora. Segundo Denyze,

nos últimos cinco anos a busca por

cursos vem aumentando exponencial-

mente. “O Senac PR atua oferecendo

ao mercado cursos com conceito A

de qualidade (conceito máximo pelo

MEC). Estamos sempre avaliando os

resultados na visão de nossos alunos,

e nos adequando quando necessário”,

coloca ela.

Essa constante avaliação também

ajuda a aproximar o aluno de seu

curso. O Senac PR apresenta taxa de

desistência de apenas 8%, sendo que

a média, segundo o Anuário Brasileiro

de EAD, chega a 30%. “Nosso percen-

tual é mínimo e reflete o bom trabalho

pedagógico que é realizado com os

alunos EAD em nossa instituição”, diz

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Além de respeitar o ritmo de cada aluno, seus conhecimentos pré-adquiridos, ter a flexibilidade para que cada aluno estude onde e quando for mais conveniente, a modalidade pode apresentar no futuro mais um atrativo: a causa ecológica. Algumas empresas de comércio por Internet já estão levantando essa característica, e com a EAD não será diferente. O aluno não se desloca, não gasta recursos naturais fora de casa, onde normalmente são mais desperdiçados, e gera muito menos poluição.Mas será que esse se tornará um atrativo? Tori acredita que sim, mas que ele não contribuirá significati-vamente para a busca por esses cursos. “É de se esperar que haja, sim, uma contribuição ao meio ambiente, mas as pessoas pensam antes em custos e comodidade. Se não fosse assim o carro elétrico já estaria dominando o mercado”.

Ecocurso

a coordenadora. Isso complementa a

idéia da Educação sem Distância de

Tori. Para ele, como não há reprovação

por faltas, o tutor que não se aproxima

do aluno pode perdê-lo rapidamente.

Mas o autor reforça: “essa é uma idéia

que vale tanto para cursos virtuais,

quanto para os presenciais e semi-pre-

senciais”, diz Tori.

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As calçadas da rua Riachuelo, no centro de Curitiba, estão ganhando vida nova. Mas não são apenas as calçadas que estão sendo revitalizadas pela Prefeitura

Municipal. Tudo, naquele trajeto, está ganhando “roupa nova”. Luminárias, prédios, calçamento... A revitalização que começou no Paço da Liberdade, agora uma unidade do Sesc, está se ex-pandindo pelo chamado “entorno”. E a Riachuelo vai ser a pri-meira “vitrine” para a região.

Em iniciativa conjunta do Sistema Fecomércio Sesc Senac Pa-raná e Prefeitura Municipal, na rua Riachuelo os proprietários de imóveis estão tendo auxílio para deixá-los mais bonitos. O Ippuc (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba) está fazendo um estudo de cores para pintar os prédios e o resultado está sendo oferecido aos donos interessados em aproveitar a revi-talização e pintá-los nas cores originais do casario histórico. E um convênio com as tintas Coral garante o material para a pintura e os proprietários entram apenas com a mão-de-obra.

Mas as mudanças não ficam apenas na parte estética. Os empresários da rua estão tendo ajuda do Sebrae/PR, que dispo-nibilizou especialistas na área de varejo para prestar orientação sobre disposição de produtos, visual de lojas, atendimento, en-tre outros conceitos de marketing, vendas e finanças.

O que já está visível para quem visita a Riachuelo são exata-mente as novas calçadas – com lajotas em um tom de vermelho – que dão uma nova marca visual para a rua. A revitalização inclui, ainda, a despoluição visual e sinalização turística para pedestres.

Também estão sendo colocados os novos postes e luminá-rias, que vão deixar a rua mais bonita e segura. A região já é monitorada por câmeras de segurança: cinco das 44 câmeras da região central ficam na área da Riachuelo, e o plano é expandir a rede de vigilância eletrônica com novos equipamentos próximos ao Passeio Público.

O antigo Quartel da rua Riachuelo, na esquina com a rua Carlos Cavalcanti, também vai passar por obras de restauração. O local vai receber duas novas salas de cinema e espaço para exposições e cursos sobre cinema.

Cores (vivas) dão vida nova à Riachuelo

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Recuperando o tempo perdidoOs resultados da revitalização já estão sendo sentidos pelos empreendedo-

res da Riachuelo. Chain Jaber, dono de loja no local há 25 anos, lembra sem

saudades dos últimos 15 anos, nos quais diz que a região “ficou parada no

tempo”. Agora, nos poucos dias da revitalização, a situação já é diferente, diz.

“O consumidor recuperou a confiança na Riachuelo", afirma. Segundo ele, a

revitalização do antigo Paço Municipal (hoje Paço da Liberdade) realizada pelo

Sesc/PR, reinaugurado em março deste ano, deu novo fôlego à via. "Houve

uma melhora nas vendas", afirmou.

A cultura e a história no Centro são a razão de outras obras da Prefeitura de

Curitiba. A Casa Romário Martins, no Largo da Ordem, foi restaurada e desde março

voltou a abrigar exposições sobre a história da cidade, O imóvel é último exemplar

representativo da arquitetura colonial portuguesa em Curitiba. A Casa do Artesanato

de Curitiba, em frente à Igreja da Ordem, também reabriu em março.

Incentivos"Os incentivos e as obras de revitalização são um convite aos curitibanos para

que esta região, o coração da cidade, ganhe nova vida volte a ser valorizado", afirma

o prefeito Luciano Ducci.

Quem decidir montar uma sociedade de profissionais (como advogados e

consultores empresariais) ou trabalhar como autônomo na região (por exemplo,

designers e arquitetos) não vai pagar o Imposto sobre Serviços (ISS) devido ao

Município.

Quem comprar um imóvel na região não pagará o Imposto sobre Transmis-

são de Bens Intervivos (ITBI) na negociação. E quem construir ou restaurar um

imóvel nesta área poderá ter isenção ou descontos no Imposto sobre Proprie-

dade Predial e Territorial Urbana (IPTU), conforme o projeto aprovado junto à

Prefeitura. Também não vai pagar as Taxas de Licença para Execução de Obras

e de Vistoria de Conclusão de Obras.

Os benefícios tributários são a isenção total ou parcial de IPTU por até cinco

anos para a construção de imóveis novos ou restauração de antigos, com isenção

das taxas urbanísticas, isenção de ISS para autônomos e sociedades profissio-

nais, e de ITBI nos negócios imobiliários.

Esses incentivos valem para a região que vai da praça 19 Dezembro até a

Tiradentes, segue em direção à Praça Santos Andrade e retorna até o Passeio

Público. As principais ruas do trecho são a Presidente Farias, Riachuelo e Barão

do Serro Azul.

Os imóveis não edificados, subutilizados e com edificações paralisadas ou em

ruínas localizados na área definida nesta lei ficarão sujeitos aos instrumentos de

edificação compulsória, em especial à incidência de alíquotas progressivas no

tempo do IPTU.

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Esem inicia aulas com nova turma de selecionadosSenador Cristóvam Buarque visita dependências e elogia modelo de ensino

Estudar em uma escola-resi-

dência, em período integral,

gratuitamente, e que pro-

porcione grandes chances profissio-

nais é o sonho de qualquer aluno que

almeja uma boa vaga no mercado de

trabalho. Pois mais dez alunos parana-

enses estão realizando esse sonho.

Eles foram selecionados para estu-

dar nos três próximos anos na Escola

Sesc de Ensino Médio (Esem), locali-

zada no bairro Jacarepaguá, no Rio de

Janeiro. As aulas iniciaram no dia pri-

meiro de março, e a turma paranaense

já está entrosada com alunos de ou-

tros estados brasileiros, já em período

de adaptação no colégio.

A Esem, projeto desenvolvido pelo

Sesc, destinada a jovens de todo o

país. A instituição recebe anualmente

cerca de 160 alunos novos, que ingres-

sam na primeira série do Ensino Mé-

dio, e retornam ao concluir a terceira

série. Os grupos selecionados em cada

Conheça a lista de alunos selecionados para a Esem

Andressa Costa – Campo MourãoAline Santos de Oliveira – Francisco BeltrãoBeatriz Madalena dos Santos – Campo MourãoDiogo dos Santos Gomes – LondrinaGabriel Zanlorenssi – GuarapuavaJulia Burg Bernardi – Marechal Cândido RondonLucan Barros L. de Costa – Santo Antônio da PlatinaMaria Carolini Marchioni da Silva – Jacarezinho. Mateus Pinheiro da Cunha – JacarezinhoPaulo Henrique Paulino Zermiani – Cascavel

Da esquerDa para a Direita: acima – Beatriz maDalena Dos santos, De campo mourão; Julia Burg BernarDi, De marechal cânDiDo ronDon; aline santos De oliveira, De Francisco Beltrão; gaBriel zanlorenssi, De guarapuava; lucan Barros lima De costa, De santo antônio Da platina; paulo henrique paulino zermiani, De cascavel; mateus pinheiro Da cunha, De Jacarezinho; Diogo Dos santos gomes, De lonDrina. aBaixo – anDressa costa, De campo mourão e maria carolini marchioni Da silva, De Jacarezinho.

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cidade contemplada pelo programa

passam a residir em uma comunidade

acolhedora, com segurança, e integral-

mente voltada ao conhecimento.

Todos os alunos têm o acompanha-

mento de um tutor e, embora estejam

longe de casa, e em regime integral de

aulas, são permitidos passeios exter-

nos culturais, turísticos e educativos,

com monitoramento. Esse procedi-

mento é tomado para segurança dos

jovens, o que deixa os pais mais con-

fortáveis na ausência de seus filhos.

A primeira aula deste ano letivo

uniu as turmas, totalizando 500 alu-

nos, foi proferida pelo senador Cristó-

vam Buarque. O ensino de qualidade

conferido pelo senador, no dia 4 de

março, possibilita aos alunos grande

conhecimento do currículo do nível

médio, de áreas da tecnologia e do

idioma inglês e espanhol. A estrutura

também foi analisada por ele. Todos os

alunos recebem assistência médica e

odontológica no próprio local, hospe-

dagem e um laptop por aluno para uso

das atividades curriculares. “São 500

meninos e meninas, escolhidos no Bra-

sil inteiro, por um critério justo. Eles

moram no colégio. Mas não moram

em instalaçõezinhas; moram em insta-

lações que raras universidades podem

dizer que tem”, ponderou Buarque.

Ele ficou perplexo ao acompanhar

as atividades, que iniciam às 8h e se

estendem até às 22h. O ritmo é puxa-

do, mas os alunos contam com horá-

rios para intervalos e lanches.

O senador também verificou a evo-

lução dos alunos após dois anos de en-

sino, pois teve uma primeira conversa

na primeira série com o mesmo grupo.

“Essa escola existe! Não é uma hipótese

de escola que se pensa para o próximo

século no Brasil. Está no seu terceiro ano

e acaba de completar, agora, a totalida-

de dos seus alunos. Cada turma tem, no

máximo, 15 alunos, quando no país, a

gente vê 40, 50 alunos. Cada turma tem

alternativas para aquelas áreas em que

os alunos têm mais habilidades, o que

faz com que terminem o ensino médio

com um ofício, com a possibilidade de

um trabalho”, admirou-se.

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SEGS COM QUALIDADEMais 25 sindicatos empresariais do comércio de bens, serviços e turismo, do Paraná, recebem certificação

Os certificados foram entregues

pelo presidente da Fecomércio/PR,

Darci Piana, e pelo assessor do Depar-

tamento de Planejamento (Deplan) da

CNC (Confederação Nacional do Co-

mércio de Bens, Serviços e Turismo),

Rodrigo Timm Wepster.

O SEGS é um programa de gestão

da qualidade realizado pela CNC em âm-

bito nacional, estando alinhado aos prin-

cipais prêmios de qualidade do mundo.

Por meio dele, as entidades participan-

tes recebem informação e conhecimento

sobre práticas de gestão de reconhecida

excelência, o que permite que elas cons-

truam um plano de melhorias para a

adoção de novas práticas.

No Paraná, o SEGS é conduzido pela

Fecomércio/PR, que dá todo o subsídio

necessário para que seus sindicatos

participem ativamente do SEGS.

Os 25 sindicatos certificados rece-

beram o título de “Entidade Rumo à

Excelência na Gestão Sindical (SEGS) –

Nível 1 – Ciclo 2009”. São eles: Secovi/

PR; Sindiplan; Sindicato do Comércio

Varejista de Cornélio Procópio; Sindc-

cal; Sindicato do Comércio Varejista de

Campo Mourão; Simatec; Sindicato do

Comércio Varejista de Ivaiporã; Sindi-

cato do Comércio Varejista de Santo

Antônio da Platina; Sindicato do Co-

mércio Varejista de Marechal Cândido

Rondon; Sindióptica/PR; Sindicato do

Comércio Varejista de Ponta Grossa;

Sinfarma; Sincopeças Cascavel; Sindi-

lojas Jacarezinho; Sindilojas União da

Vitória; Sindilojas Cascavel; Sindilojas

Curitiba; Sindicato dos Representantes

Comerciais do Paraná; Sincap; Sima-

co/PR; Sindicato do Comércio Varejis-

ta de Medianeira; Sesfepar; Sindilojas

Foz do Iguaçu; Sinditiba; e Sindicato

do Comércio Varejista de Pato Branco.

Em maio, começa novo treinamen-

to do SEGS no Paraná. A previsão é

que 40 sindicatos filiados participem

ativamente das etapas e sejam certi-

ficados ao final do ano.

Dirigentes De sinDicatos empresariais Do comércio De bens, serviços e turismo, ganham a oportuniDaDe De atualizar seus conhe-cimentos sobre gestão empresarial e aplicar essas informações na própria entiDaDe. trata-se Do segs (sistema De excelência em gestão sinDical. em reunião De Diretoria Da fecomércio/pr, em março, foram entregues certificaDos para 25 sinDicatos filiaDos que concluíram integralmente o ciclo 2009 Do programa.

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“A culinária da Itália não é só

tomate”. Essa afirmação é da

chef Julia Dellelis, coorde-

nadora do curso de Tecnologia em

Gastronomia do Centro Universitário

Senac Águas de São Pedro, localiza-

do no interior de São Paulo, e pro-

fessora de cozinha clássica italiana

e panificação. Ela foi convidada para

trazer um pouco do que aprendeu na

Europa e dar palestras nos Senac de

Curitiba, Maringá, Foz do Iguaçu e

Campo Mourão, como parte do Festi-

val Gastronômico Italiano.

Quanto à afirmação sobre o tomate,

Julia diz que ele passou a ser consumido

como alimento na Itália apenas no sé-

culo XVII, ou seja, muito recentemente

se considerada a idade da Europa. A

massa, também ícone da culinária

italiana, não é originária de lá

e sua história remonta à

antiga Grécia. “Há toda

uma gastronomia

italiana feita com outros in-

gredientes e bastante diferen-

ciada de região para região”,

explica a chef. Para exempli-

ficar, ela ensinou aos partici-

pantes das palestras uma re-

ceita típica da região de Puglia

feita com orecchiette (massa

no formato de “orelhinhas”),

favas, couve e amêndoas.

Entre o dia 7 e 17 de abril

mais de 300 pessoas assis-

tiram à palestra nas quatro

cidades onde foi oferecida

e mais 1042 pessoas pude-

ram provar os pratos que

compunham o cardápio nos

buffets de Curitiba e Maringá

e no almoço especial que foi

servido em Foz do Iguaçu.

“A culinária italiana desper-

ta atenção de todo o publico, Curiti-

ba e região têm forte influencia dos

imigrantes. Ela também foi escolhida

para esse festival por ser a base da

gastronomia francesa”, explica Lúcio

Marcelo Chrestenzen, Supervisor do

Restaurante-escola de Curitiba.

A idéia desse festival foi resgatar

o prazer da boa mesa “da cozinha ca-

seira, da comida de final de semana

ou ‘da nona’, a reunião em família, o

movimento slow food, que tem origem

na Itália e prega a refeição feita com

calma e apreciada, a valorização de

ingredientes locais, comum em todos

os festivais, e o prazer da mesa entre

amigos”, diz Chrestenzen. Por contem-

plar várias regiões da Itália, o cardápio

tinha opções para todos os gostos. An-

tepastos, massas, molhos, risotos, pei-

xe, frango e carnes vermelhas exóticas

como o javali, além do enorme buffet

de sobremesas típicas.

Toda essa movimentação permite

que os alunos dos cursos de garçom e

Molto benne!Festival Gastronômico Italiano atendeu mais de 1.300 pessoas em dez dias e quatro cidades

Julia finaliza o prato na palestra em foz do iguaçu

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30 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

cozinheiro, em prática profissional no

Restaurante-escola, aprendam não só

a lidar com ingredientes e modos de

cocção novos, mas com o cotidiano de

grandes eventos. Júlia diz que o nível

da gastronomia do Senac PR é exce-

lente. “A estrutura é incrível, a divisão

de praças, pedagogicamen-

te é muito interessante e a

qualidade dos alunos é um

destaque”, coloca a chef.

Os festivais gastronô-

micos do Senac PR são re-

alizados em parceria com o

Serviço Nacional de Apren-

dizagem Rural (Senar PR) e

também tem como objetivo

incentivar o consumo de de-

terminados produtos e co-

laborar com produtores em

todo o estado. Os ingredien-

tes utilizados na confecção

dos pratos do Festival são

todos provenientes de for-

necedores paranaenses.

Em maringá o pú-blico pôdE confE-rir os pratos do fEstival italiano

Em um almoço tEmático

público confErE as dElícias da

mEsa dE antEpas-tos no rEstau-

rantE-Escola dE curitiba

Em campo mourão a platéia foi

dE cErca dE 80 pEssoas

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panna cOtta2h30min | 10 porções

ingredientes:½ fava de baunilha500 ml de leite300 g de açúcar30 g de gelatina sem sabor1 litro de creme de leite

Modo de preparo:1. abrir a fava de baunilha e raspar as sementes com

uma faca pequena.

2. em uma panela colocar o leite, a gelatina, o

açúcar, a baunilha e aquecer levemente até

diluir a gelatina.

3. retirar a fava da baunilha e fora do fogo

acrescentar o creme de leite.

4. colocar em uma forma e levar ao refrigerador

no mínimo por 2 horas.

5. servir com a calda de sua preferência.

OrecchieTTe cOm favas, cOuve e cebOla caramelizada40min | 100 porções

ingredientes:500 g de orecchiette seco200 g de favas60 g de cebola roxa em rodelas3 dentes de alho laminado5 folhas de couve (folhas rasgadas)azeite extra virgemsalpimenta-do-reino preta

modo de Preparo:1. cozinhar a massa em água fervente e salgada, conforme orientação do

fabricante.2. após a massa estar pré-cozida, dar choque térmico em água com gelo

e escorrer. colocar em um recipiente adequado e regar com azeite. reservar.

3. cozinhar as favas em águas salgada e fervente, até que estejam “al dente”. retirar a casca e reservar as favas.

4. em uma sautese, acrescentar um fio de azeite, a cebola e o alho.5. em fogo baixo, fazê-los murchar e dourar.6. esquentar o soffritto, acrescentar as favas, as couves e o orecchiette. servir em seguida.

Orecchiette: massa no forma-to de "orelhinhas" ou chapéu do padre, tradicional da Púlia e Basilicata, normalmente confeccionada a partir de farinha de semolina e água.

Sautese: frigideira

Soffritto: dourar/ caramelizar lentamente a base aromática (como cebola, cenoura, salsão etc) até que estejam macios, com sabor e odor adocicado.

panna cOttapanna cOtta

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Cheios de Energia!Alunos da maturidade dos cursos do Senac PR surpreendem

Eles já não são mais tão jovens,

já passaram dos 60 anos, mas

têm muita vontade de continu-

ar aprendendo e não deixam nada a

desejar no quesito força de vontade.

Duas histórias ilustram bem essa

realidade, a de Gerson Artur Morisso

Garcia, 66 anos, e Levy Krambek Bor-

ges, de 80, ambos alunos de cursos

do Senac PR.

E não pense que estamos falando

de pessoas aposentadas, que vão

às aulas só para ocupar o tempo.

Muito pelo contrário. Gerson é agente

comunitário de saúde em Parana-

guá, onde mora há mais de 26 anos,

e anda pela cidade auxiliando nas

visitas médicas. Além disso, é Papai

Noel todos os anos. Levy, por sua vez,

mora em Curitiba, é viúva há 20 anos

e tem cinco filhos, dois deles adoti-

vos. Ela trabalha com artes, dá aulas

de pintura em tecido, em tela e outros

suportes e procurou o Senac para mu-

dar um pouco sua rotina.

O curso que Levy está fazendo é o de

Modelo de Passarela, um dos cursos

oferecidos exclusivamente ao público

da maturidade, pessoas acima de 45

anos. E ela diz que gostaria muito

de uma oportunidade de atuar como

modelo em desfiles. “O curso está

sendo maravilhoso porque além de

mais uma distração, estou adquirindo

novos conhecimentos que talvez me

permitam uma chance de um novo

trabalho”, diz ela.

Um dos instrutores a ter contato com

Levy foi o bailarino Eraldo Alves que

deu à turma aulas de expressão vocal

e corporal. Ele conta que a maior

diferença entre jovens e o público

da maturidade são os objetivos de

vida. “Os mais velhos já conquistaram

tudo que queriam, casamento, filhos,

carreira e agora só querem aproveitar

o que ainda não tinham realizado. Já

os jovens têm a ânsia da conquista”,

explica ele.

Mas ele também coloca que isso

não significa que falte ânimo para a

maturidade. “Eles não deixam nada a

dever, a energia é a mesma, quando

não é melhor. São pessoas muito mais

bem resolvidas com elas mesmas, e

por isso, a compreensão de certas

coisas é muito mais rápida, a experi-

ência traz isso”, revela Eraldo. Quanto

à octogenária Levy: “ela se integra

muito bem e não se dispersa, partici-

pa de tudo, sem limites”.

50 anos de SenacA história de Gerson com o Senac

começou há quase 50 anos em Porto

Alegre. Ele trabalhava como bancário

levy KrambeK borges e suas colegas do curso modelo de passarela para a maturidade

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34 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

em uma agência a menos de uma

quadra da instituição. Gerson nem se

lembra quando fez o primeiro curso,

mas apenas em Paranaguá já partici-

pou de 16 turmas entre 2002 e 2008.

“Todos os cursos oferecidos pelo

Senac são do meu interesse e sempre

transmitem alguma coisa que a gente

pode aplicar lá fora”, diz ele.

Sua ligação com a instituição é tão

grande que até seu casamento,

celebrado há quarenta anos atrás, foi

organizado pelos alunos de hotelaria

e gastronomia do Senac de Porto Ale-

gre, incluindo a preparação da comida

que foi servida e o salão onde a festa

aconteceu. “Assim os alunos puderam

praticar o que tinham aprendido em

sala de aula”, conta.

“Não dá para largar o Senac, eu estou

sempre atento às turmas

que vão abrindo e, sem-

pre que possível, volto

para lá”, reforça. Um dos

cursos dos quais Gerson

participou foi o de Noções

de Contabilidade. Apesar

de ter sido bancário boa

parte de sua vida, ele diz

que as leis mudam muito

e que a atualização cons-

tante é imprescindível.

Ele também freqüentou

turmas de informática, re-

cursos humanos, vendas,

eventos e turismo.

“Quanto mais eu apren-

der e me atualizar em

diferentes áreas, mais

chances vou ter de

encontrar oportunidades

e vencer a concorrência,

não dá para ficar focado

numa coisa só até porque,

o que não se usa hoje,

amanhã vai ser útil de algu-

ma forma”, afirma Gerson.

E completa, “dentro do Senac existem

bons profissionais e excelentes instru-

tores que dão para nós aquela certeza

de que o conhecimento adquirido é

valioso”.

MaturidadeLevy e Gerson são pessoas que encon-

traram, na busca pelo conhecimento,

uma espécie de juventude eterna. Nes-

se espírito de constante renovação, não

vão parar nunca. “Primeiro eu me sinto

bem, de organismo, de saúde, então

eu não tenho a impressão de que fiz 80

anos, parece que acabei de fazer 40, 50

anos. Daí que vem toda minha energia,

eu me sinto jovem”, diz Levy.

Gerson concorda. “O que está um

pouquinho desgastado é o nosso in-

vólucro porque o interior vai ser sem-

pre jovem e enquanto eu tiver saúde

e força eu quero estudar e ajudar

outras pessoas de alguma forma”. O

agente comunitário sabe que o futuro

é incerto, mas faz planos de tirar um

diploma universitário, ou dois. Só não

se decidiu ainda entre contabilidade

e administração de empresas. “A

tendência é sempre a gente progredir,

fazer coisas e não ficar estacionado”,

afirma.

Para atender esse pessoal que decidiu

passar os anos dourados em plena

atividade, o Senac PR oferece toda

uma programação voltada especial-

mente para eles. No portfólio, cursos

como o Básico para Internet, Básico

de Informática, Introdução à Foto-

grafia Digital e Modelo de Passarela.

O Centros de Educação Profissional

com turmas programadas para os

próximos meses são Curitiba (Centro),

Londrina e Cascavel. Informações so-

bre os cursos estão disponíveis no site

www.pr.senac.br e através do telefone

0800 643 6 346.

Levy – "Não me sinto com 80 anos"

Gerson – "A gente tem sempre que se atualizar"

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36 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

O recorde no tempo nas ins-

crições para a 22.ª Edição

do Sesc Triathlon Circuito

Nacional - Etapa Caiobá – o número

máximo de participantes foi atingido

em apenas uma hora e quarenta mi-

nutos - evidenciou a alta procura de

atletas de todo o Brasil pela prova. A

disputa, como se pode ver, começou

já na conquista de uma vaga para a

competição, pois vários triatletas fri-

saram que se sentem privilegiados em

somente participar.

Dando o devido valor aos primeiros

colocados de todas as categorias, vi-

toriosos são, sim, todos os atletas que

abaixo de sol ou chuva, realizaram as

três modalidades (natação, corrida e

ciclismo). Campeões são aqueles que

colocaram sua determinação acima de

qualquer outro fator e que nadaram,

pedalaram e correram naquela manhã

de domingo, no dia 7 de março.

O presidente do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac, Darci Piana, avaliou

o evento como mais um sucesso ab-

soluto. “Nada melhor do que a cada

ano aumentarmos a capacidade de

inscritos em Caiobá. Infelizmente não

temos mais espaço para ampliarmos,

mas no ano que vem, conforme asse-

gurou o prefeito e com a unidade nova

do Sesc em Caiobá prestes a ser con-

cluída, amplie-se a capacidade da pro-

va”, relatou. Piana ainda pondera que

o volume de pessoas no litoral naquele

período foi decorrente do Triathlon.

“Isso mostra que a prova não beneficia

somente a saúde, a preparação física,

As três faces doSesc TriathlonCaiobá já pensa em ampliar o espaço para o evento, porque a procura supera as expectativas

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 37 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

mas também a questão econômica da

região. Esse pessoal se hospeda nos

hotéis, vai aos restaurantes e presti-

gia o turismo do nosso litoral”, disse.

Quanto às parcerias firmadas com o

Governo do Estado, a Prefeitura de

Martinhos, a Polícia Militar e o Corpo

de Bombeiros, o presidente prima pela

importância delas para o sucesso do

evento e estima que se alastrem para

os próximos anos.

Para o governador do Estado, Or-

lando Pessuti, esta edição superou as

expectativas. “Cabe uma reflexão com

o Governo do Paraná, ao Sistema Feco-

mércio Sesc Senac e às instituições par-

ceiras, de que devemos juntos estruturar

um lugar que comporte mais bicicletas”.

Pessuti concordou que o Triathlon movi-

menta o comércio da região. “Todos sa-

bemos que os turistas vão maciçamente

ao litoral somente na alta temporada,

mas com este evento marcado para

março, houve um retorno considerável

de turistas”, ponderou.

Evolução“São 22 anos de evolução”, definiu

o diretor do Sesc Paraná, Paulo Cruz,

ao destacar o excelente trabalho das

equipes envolvidas, e agradecer o

comprometimento que todos tiveram.

“Neste momento, zelamos mais pela

qualidade do que pela quantidade de

inscritos. Portanto, é melhor pensar-

mos na organização e segurança dos

triatletas, no atendimento, nos rela-

cionamentos”, pois esses elementos

criam a identidade do evento.

PercursoA prova foi dividida em 38 catego-

rias e subdividida em Elite Feminina e

Masculina e Amador, seccionada por

faixa etária. Os atletas inscritos na Eli-

te cumpriram 1,5 km de natação, 40

km de ciclismo e 10 km de corrida. Já

os amadores participaram das catego-

rias Speed, Mountain Bike e Comerci-

ária/Dependente, e percorreram 750m

de natação, 20 km de ciclismo e 5 km

de corrida.

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38 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

Um benefício ao organismo

Como representante da sociedade,

o deputado federal, Marcelo Almeida,

triatleta há três anos, recomenda a mo-

dalidade. “A prática mantém a saúde em

dia e ajuda a melhorar diariamente o

nosso desempenho e a disposição físi-

ca”. Como praticante ele indica a inicia-

ção pelo duathlon, pois, segundo ele, a

corrida e bicicleta possibilitam um rápido

condicionamento físico.

O deputado federal avalia o Sesc

Triathlon como excelente, devido à

qualidade da organização. Participante

também de outras provas, ele conta

porquê realiza: “pratico por ser um es-

porte completo e por achar importante

sempre ter um desafio a superar. Além

disso, posso praticar as modalidades

independente do local onde estou,

pois em todas as cidades há uma área

para caminhada e corrida, mesmo que

seja na rua”, opina.

Almeida conta que corre desde os

18 anos, praticou outros esportes, mas

nunca deixou esta modalidade. Hoje,

percorre oito quilômetros por dia, cin-

co vezes por semana.

A fórmula do sucessoÉ impressionante que vários triatle-

tas treinados pelo técnico do Sesi São

Paulo, Antonio Carlos Moreira do Amaral

(Cali) conquistaram as primeiras colo-

cações do Triathlon? O profissional do

esporte conta como condicionou esses

jovens profissionais e como é o preparo

deles para tal desempenho. Cali foi tam-

bém técnico da equipe dos Jogos Pan-

americanos do Rio de Janeiro em 2007,

da equipe brasileira de Triathlon nos Jo-

gos Olímpicos de Pequim, em 2008, e

fez parte da equipe técnica das Olimpía-

das de Sidney, em 2000.

Cali conta que para iniciar no tria-

thlon o primeiro passo é ter disposição,

mas antes de começar os treinos, deve-

se procurar uma avaliação física com um

profissional. Para realizar as atividades é

preciso um local adequado, e, principal-

mente, cuidar com a segurança. Um cui-

dado especial com a rotina dos treinos

também é essencial para prevenir pro-

blemas nas articulações ou musculatura.

Não sobrecarregando o organismo não

há o que temer.

“Os triatletas profissionais só con-

quistam bons resultados com o tempo. É

necessário um treinamento consistente

e com muita disciplina. Como o triatleta

precisa do seu corpo como ferramenta

de trabalho, é inevitável que isso afe-

te sua vida profissional, decorrente da

intensidade dos treinos”, explica o téc-

nico. No entanto, ele garante os bons

resultados com a prática, como perda

de peso, tônus muscular, aumento da

resistência e flexibilidade e prevenção

da osteoporose. Os benefícios vão além

do corpo, pois a prática das atividades fí-

sicas também diminui o stress, aumenta

a autoestima, amplia a socialização e o

controle emocional.

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 39 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Na verdade, para a vitória, não há

uma fórmula e sim um conjunto de

técnicas, aliadas à disciplina e determi-

nação. “Considero-me um trabalhador

do triathlon, sempre muito motivado

desde o início, em 1996. Transpareço

isso aos atletas que treino. O compro-

metimento que tenho garante segu-

rança a eles, e isso se traduz nos bons

resultados”, avalia.

Cali diz que a vitória no Sesc Tria-

thlon significa muito para os primeiros

colocados de sua equipe, porque essa

prova reúne os melhores triatletas brasi-

leiros. “Certamente essa conquista servi-

rá como caminho para provas maiores e

internacionais”, otimiza o treinador.

Fidelidade à provaParticipante desde a primeira edi-

ção do Sesc Triathlon - Etapa Caiobá,

em 1992, Adir Buschmann iniciou as

modalidades beirando os 60 anos de

idade. Hoje, aos 78, este admirável

da Vitória) e conciliava com seu esta-

belecimento comercial. “Eu era muito

bom na corrida e no pedal. Comecei a

natação depois”, conta.

Buschmann já participou de 84

provas de triathlon e 11 de ironman.

Apesar de ter sofrido um acidente gra-

ve em uma de suas corridas (uma que-

da), nunca largou a prática. Destaque

por ser o mais idoso nas três últimas

edições de meias maratonas, em Foz

do Iguaçu, ele recomenda a prática de

esportes. “Considero-me um incentivo

aos jovens. Digo a eles para seguirem

à risca seus treinos e que tenham per-

severança. Devo muito ao esporte a

qualidade da minha saúde”, orienta.

triatlela brinca que pode não ser o

primeiro colocado, mas que é o mais

dedicado de todos. Iniciou os treinos

nas redondezas de sua casa (em União

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40 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

Educação contra a violência na juventudeSenac assina termo de cooperação para cursos gratuitos com a Fundação Weiss Scarpa, de Pinhais (PR)

Só a educação, o esporte e a

cultura podem acabar com

problemas que atingem a

juventude, como a violência. Opinião

unânime, compartilhada pelo secretá-

rio da Fundação Weiss Scarpa, Felippe

Arns, durante a assinatura do termo

de cooperação entre a instituição e o

Senac Paraná. A partir de abril, a po-

pulação de Pinhais passa a contar com

um núcleo de atendimento do Senac,

instalado no Centro de Educação Pro-

fissional (CEP) Umberto Scarpa, que

irá oferecer cursos nas áreas de bele-

za, gestão e comércio, integrantes do

Programa Senac de Gratuidade (PSG).

O menor dos 399 municípios para-

naenses em extensão territorial, com

60.92 km², a exemplo de muitas ou-

tras cidades, Pinhais também sofre

com problemas de violência envol-

vendo jovens e adolescentes. E para

reverter esse cenário, Arns acredita

que a oferta de cursos gratuitos pelo

Senac será providencial. “Espero que

dentro de pouco tempo possamos

mudar completamente essa triste re-

alidade, porque o jovem passa quatro

horas conosco, quatro horas na esco-

la regular e quatro horas no mercado

de trabalho. Assim, ele não tem mais

tempo ir para a rua e praticar a violên-

cia”, projeta.

As primeiras turmas tiveram início

em 14 de abril, com as capacitações

de Maquiador, Cabeleireiro Assistente

e Auxiliar Administrativo, num total de

68 vagas. A programação no decorrer

do ano inclui dez novas turmas, que

somam aproximadamente 300 “opor-

tunidades”, sinônimo que se encaixa

perfeitamente para descrever a poder

AssinAturA do termo de cooperAção entre o senAc e A FundAção Weiss scArpA em 12 de Abril. dA esquerdA pArA A direitA: diretorA do centro de educAção proFissionAl do senAc curitibA, dAnielA rosA de oliveirA; diretorA do centro de educAção proFissionAl umberto scArpA, mAtilde diAs mArtins pupu; presidente dA FundAção Weiss scArpA, pAdre Antônio cArlos ZAgo; secretário dA Fun-dAção Weiss scArpA, Felippe Arns; presidente do sistemA Fecomércio sesc senAc, dArci piAnA; o diretor AdministrAtivo-FinAnceiro do senAc, edmundo KnAut; o diretor de educAção proFissionAl e tecnologiA, ito vieirA; e A vice-diretorA do centro de educAção proFissionAl umberto scArpA, simone ApArecidA soAres

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de transformação social de um curso

profissionalizante.

O presidente do Sistema Fecomér-

cio Sesc Senac, Darci Piana destaca

o trabalho feito pela Fundação Weiss

Scarpa que, em conjunto à Ação Social

Família Camiliana mantém e adminis-

tra o CEP, que oferece condições de

trabalho, educação e conhecimento

profissionalizante aos jovens. “O Senac

não podia ficar fora de um programa

desse porte e acredito que essa parce-

ria trará valiosos frutos. E quem sairá

ganhando com tudo isso serão os alu-

nos dos cursos que o Senac vai reali-

zar. Vamos dar oportunidade para que

essas pessoas a tenham um emprego,

um ganho e uma possibilidade de uma

vida melhor”, afirmou.

Para o presidente da Fundação

Weiss Scarpa, Padre Antônio Carlos

Zago, a parceria vai proporcionar mais

opções para os estudantes, que po-

diam escolher apenas cursos do setor

industrial, realizados pelo Senai, em

funcionamento no local. “Essa ação é

de extrema relevância não somente

para nossa escola, mas para o comér-

cio de Pinhais e para os jovens que

buscam cursos na área do comércio.

Teremos mais opções para os jovens,

em cursos como o de vendedor, auxi-

liar administrativo, recepcionista e os

da área da beleza. São capacitações

que vem ao encontro da realidade e da

necessidade da própria comunidade”,

reitera Pe. Zago.

Um salão de beleza completo foi

especialmente montado para realiza-

ção dos cursos na área de beleza. A

sala de aula convencional foi reade-

quada e os equipamentos foram do-

ados por uma empresa do município.

Assim como acontece nos Institutos de

Beleza-Escola das escolas do Senac,

o núcleo de Pinhais irá prestar aten-

dimento gratuito à comunidade, feito

pelos alunos durante a prática profis-

sional supervisionada. Está em estudo

a oferta de cursos do eixo de Hospita-

lidade e Lazer, na área de Alimentos e

Bebidas. Para isso, a Fundação Weiss

Scarpa está adequando o espaço físico

para a implantação da cozinha peda-

gógica e a aquisição dos equipamen-

tos necessários. Entre os cursos do

PSG que podem ser ofertados estão

os de Auxiliar de Cozinha, Pizzaiolo e

Confeiteiro.

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42 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

Janela para um mundo melhorTermo de cooperação entre o Senac e o Provopar vai ofertar capacitações gratuitas para população de baixa renda do Paraná

Da cozinha se abre uma

janela para um mundo

melhor. Essa é a opinião

de Lúcia de Melo e Silva Arruda, pre-

sidente do Programa do Voluntariado

Paranaense (Provopar), entidade com

a qual o Senac firmou uma parceria

para realização de cursos gratuitos

para a população de baixa renda em

todo o Paraná. E a primeira turma, de

Auxiliar de Cozinha, teve início na Ca-

pital, no mês de abril. “Essas pessoas

estão partindo do zero. Elas vêm para

aprender e com essa capacitação irão

procurar um trabalho melhor. É uma

mudança radical. Muito mais do que

aprender uma técnica de trabalho, é

abrir uma janela para um mundo me-

lhor. E ter ambição de chegar nesse

mundo”, afirma Lúcia.

Donas de casa, desempregados,

homens e mulheres. O que esses alu-

nos têm em comum são a simplicida-

de, baixa escolaridade e vontade de

mudar sua realidade através do tra-

balho. A equipe do Provopar visitou a

periferia de Curitiba e região metropo-

litana para divulgação da capacitação

que terá 200 horas, e irá abordar des-

de o preparo de refeições até as boas

práticas na manipulação de alimentos.

De acordo com a diretora do Cen-

tro de Educação Profissional (CEP) do

Senac em Curitiba, Daniela Rosa de

Oliveira, o convênio permitiu direcio-

nar o recrutamento e a seleção para

um público que muitas vezes não tem

acesso à informação e, consequente-

mente, a possibilidade de participar

das ações disponibilizadas à comuni-

dade. “Parcerias como esta colaboram

para que o Senac possa estar onde

não tem sede física ou em locais de

acesso facilitado ao público. Com isso,

ampliamos o leque de atendimento ao

Da esquerDa para Direita: Diretor De eDucação profissional e tecnologia Do senac pr, ito Vieira; Diretora Do centro De eDuca-ção profissional De curitiba, Daniela rosa De oliVeira; presiDente Do proVopar, lúcia De Melo e silVa arruDa; Diretor regional Do senac pr, Vitor salgaDo Monastier; superVisor Do restaurante-escola Do senac, lucio Marcelo chrestenzen.

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público de baixa renda que precisa de

uma formação profissional para uma

colocação ou recolocação no mercado

de trabalho”, explica.

Para a realização das aulas na sede

do Provopar, foi preciso adaptar uma

cozinha existente, reformando-a com-

pletamente, a fim de ministrar o curso

dentro das normas da Vigilância Sani-

tária e do Senac. A instituição, inclu-

sive, fez uma consultoria para monta-

gem e compra dos equipamentos para

compor o ambiente pedagógico.

Os cursos, totalmente gratuitos, fa-

zem parte do Programa Senac de Gra-

tuidade (PSG), direcionado a trabalha-

dores ou desempregados, com renda

familiar per capita (soma da renda de

todos os membros da família, dividida

pelo número de membros) de até 1,5

salário mínimo federal. “É uma satis-

fação para o Senac levar capacitação

a quem realmente precisa. Implan-

tamos, no ano passado, o Programa

Senac de Gratuidade e capacitamos

9.026 pessoas. E em 2010 devemos

ampliar esse número para 11 mil aten-

dimentos”, diz Vitor Monastier.

A parceria prevê a realização de

diversas outras capacitações que com-

põem o porftólio de gratuidade do Se-

nac. Em julho, está programada uma

de Auxiliar Administrativo para Curi-

tiba, mas a intenção é ofertar mais

ações, mediante um planejamento em

todo o Estado. “O Senac irá atender

a demanda da população atendida

pelo Provopar, com uma programação

planejada conforme as necessidades

regionais e a disponibilidade de aten-

dimento e de recursos destinados ao

PSG em cada Centro de Educação Pro-

fissional”, esclarece Daniela.

Volta à escola

A presidente do Provopar acredita

que os cursos profissionalizantes do

Senac servirão como incentivo para

ampliar a escolaridade das pessoas

atendidas pela entidade. “A partir do

momento que a pessoa faz um curso

para melhorar sua capacitação, des-

perta o desejo de saber mais. E isso

faz com que se eleve a escolaridade.

As pessoas querem ler sobre o que

estão aprendendo, pesquisar na Inter-

net. E acabam percebendo que aque-

les que tem um grau de estudo maior,

tem mais facilidade”, analisa Lúcia.

A perpetuação do analfabetismo e

a baixa escolaridade entre a popula-

ção carente, público alvo do Progra-

ma Senac de Gratuidade, se torna um

obstáculo para muitos candidatos. No

entanto, a diretora do CEP de Curitiba

explica a exigência de escolaridade es-

tabelecida pelo Senac para os cursos

ofertados pelo PSG é necessária, con-

siderando que os critérios, conteúdos e

pré-requisitos são os mesmos dos cur-

sos ofertados na programação regular.

“Os pré-requisitos definidos durante a

idealização dos cursos, vem ao encon-

tro da necessidade do próprio merca-

do de trabalho, que a cada dia eleva a

escolaridade para a contração. Temos

que incentivar e proporcionar que es-

tas pessoas que ainda não possuem

a escolaridade necessária, busquem

o ensino regular ou a educação para

jovens e adultos para dar continuidade

aos seus estudos”, completa Daniela.

Lúcia de MeLo e SiLva arruda, preSidente do prograMa do

voLuntariado paranaenSe (provopar)

Essas pessoas estão partindo

do zero. Elas vêm

para aprender e com essa capacitação irão procurar um trabalho

melhor.

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46 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

Os grandes carros, ou me-

lhor, carretas, foram ad-

quiridos no ano de 2007, e

de lá para cá mais de 4,5 mil alunos já

passaram por eles. Até o final do ano pas-

sado, 22 municípios do Paraná já haviam

recebido as Unidades Móveis de Informá-

tica e Gestão ou Turismo e Gastronomia.

E cada viagem tem características únicas.

A primeira cidade a receber uma delas foi

Colombo, em julho de 2008, e lá foram

oferecidos cursos da área de gastronomia

com turmas lotadas já na primeira sema-

na de estadia. Isso porque, quando vai a

uma cidade, a Unidade Móvel leva cursos

que atendem a demandas específicas da

região. Esse trabalho é feito junto às pre-

feituras e secretarias do município.

Em seguida, a Unidade Móvel de

Gastronomia foi a Morretes. Como em

Colombo, as turmas tiveram suas vagas

praticamente esgotadas nos primeiros

dias. Na época, o prefeito do município,

Heldes Teófilo dos Santos, disse que

por ser um pólo turístico (o 3.o em vi-

sitação no Paraná), Morretes tem uma

necessidade de mão de obra qualificada

para o trabalho em hotéis, restaurantes,

pousadas e outros equipamentos turísti-

cos. Ele também colocou que “o Senac

possui muito know how em turismo e

hospitalidade, e pode oferecer cursos de

qualidade na área”.

No ano passado, uma programa-

ção especial levou a Unidade Móvel

de Gastronomia às cidades da Rota

dos Tropeiros, importante patrimônio

para a história e o turismo do Estado.

As ações de qualificação profissional

aconteceram por meio de cursos gra-

tuitos em cidades que fazem parte

da rota como Rio Negro, Campo do

Tenente, Lapa e Palmeira. O objetivo

principal foi levar a esses locais, co-

nhecimento capaz de fomentar a ati-

vidade. Mão de obra mais qualificada

ajuda a aumentar o movimento, e mo-

vimenta a economia.

Agora a Unidade Móvel de Gastro-

nomia está em Paranaguá, onde fica

até o mês de junho. Lá estão aconte-

cendo dois cursos, de pizzaiolo e au-

xiliar de cozinha, em três turmas que

totalizam 54 alunos. Os cursos fazem

parte do Programa Senac de Gratui-

dade (PSG) e não têm custo para os

participantes, em sua maioria buscan-

do uma oportunidade no mercado, ou

uma troca de ocupação.

MotivaçãoNo caso de Cristina Wagner dos

Santos Costa, a motivação é um pouco

diferente. Aluna da turma vespertina de

auxiliar de cozinha, Cristina possui um

pequeno negócio de assados e buscou

o curso para adquirir os conhecimentos

necessários e aumentar sua própria ren-

da. “Comecei há um ano e minha renda

ainda é pequena, mas sei que o negó-

cio tem futuro, por isso busquei o curso,

para aprender a administrar meu negó-

cio e crescer”, diz ela.

Enquanto isso, a cidade de Santo

Antônio do Sudoeste, na região de Pato

Branco, está com a Unidade Móvel de

Gestão e Informática instalada no Co-

légio Humberto de Campos. Até o mês

de junho serão capacitados 49 alunos

em três turmas do curso Operador de

Computador. Depois a Unidade Móvel

segue para as cidades de Ampere, onde

fica até setembro, e Capanema, entre os

meses de outubro e dezembro.

Turma do curso auxiliar de cozinha em Paranaguá

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Em sua primeira participação

na maior competição de en-

sino profissional das Améri-

cas, a Olimpíada do Conhecimento, o

Senac PR comprovou a qualidade de

seu ensino com a medalha trazida por

dois de seus alunos competidores. Ale-

xandre Maurício Ladwig e Adriele Apa-

recida Santos Biauki, de Ponta Grossa,

conquistaram a medalha de bronze na

ocupação Técnico em Enfermagem.

Os quatro dias de competição foram

bastante tensos para os alunos de Pon-

ta Grossa que ainda estão cursando o

Técnico em Enfermagem. Adriele foi ao

Rio de Janeiro a meio caminho da for-

matura e Alexandre mal tinha começado

a assistir às aulas quando o treinamento

dos dois para o evento começou. “Foram

mais de 400 horas de estudos concomi-

tantes, e que serão acumuladas à carga

horária normal dos dois”, diz a instrutora

Karen Barboza Affornalli.

O bom resultado pode ser atribuído

à qualidade do treinamento preparado

para eles, à dedicação de instrutores e

de toda a equipe do Senac PR envolvi-

da na ação e, principalmente, à garra e

dedicação dos próprios alunos. “A minha

sensação é de missão cumprida, de ob-

jetivo alcançado. Eu fui lá, fiz o que eu

sabia e consegui”, diz Adriele. “Estou

muito feliz. E o que mais conta é o que

eu aprendi, o conhecimento adquirido

durante os treinamentos e o que eu

aprendi durante a competição, com o

Bronze na Olimpíada do ConhecimentoAdriele e Alexandre trouxeram do Rio a primeira medalha do Senac PR

Os vencedOres dO brOnze AlexAndre e Adriele cOm A instrutOrA KAren

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48 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

WorldskillConheça os alunos do Senac que conquistaram 1ºS e 2ºS lugares na Olimpíada do Conhecimento e concorrem a uma vaga na próxima edição do Torneio Mundial de Educação Profissional (Worldskill). O evento acontece ano que vem, em Londres. Cozinha: ouro – Laysa Barretto de Menezes (BA) prata – Adriana Pedebos Ribeiro (RS)Maquiagem: ouro – Maria Karoliny Alves Vieira (CE) prata – Adriana Krieger (RS)Cabeleireiro ouro: – Daniela Silva de Melo (RS) prata – Raysson Denis dos Santos Dias (CE)Serviços de Restaurante: ouro – Hemilton Heverton Oliveira dos Santos (BA)Técnico em Enfermagem: ouro – Yara C. de Lima, e Amanda S. de Souza (SP) prata – Renata A. Machado e Jéssica Amaral (RS)Esses alunos serão treinados por mais um ano e novamente avaliados para que seja decidido quem representará o Senac na Inglaterra.

André prepArA umA sobremesA flAmbAdAPaola na cozinha do RestauRante-escola Fabiane em prática no salão Vimax

contato com as pessoas de todo o país”,

diz Alexandre. “A troca de informações

foi ótima”, completa Adriele.

AprendizadoAlém da vitória em si, o que faz a

diferença é o conhecimento adquirido.

Ele será de grande proveito para todos

os alunos que participaram da compe-

tição. Paola Alves Leodoro Furlan, alu-

na do curso de Cozinheiro, conta que

resolveu aceitar o desafio da Olimpí-

ada por ser uma oportunidade única.

“É um aprendizado para toda a vida.

A cada momento aprendia coisas no-

vas e conheci pessoas novas”, diz ela.

E Fabiane Aquino Costa, que competiu

na ocupação Cabeleireiro, completa:

“não há comparação entre meus co-

nhecimentos antes dos treinos para a

Olimpíada e hoje. Cada dia eu apren-

di uma coisa nova, uma nova técnica,

uma nova tendência, e cresci muito”.

André Carlos Crestani, da ocupa-

ção Serviço de Restaurante, concorda.

“A participação na Olimpíada aprofun-

dou ainda mais meus conhecimentos,

me trouxe novas técnicas, e vai criar

diferenciais importantes no meu cur-

rículo quando eu for para o mercado

de trabalho”, coloca. “Eu me surpreen-

di com a variedade de tarefas para a

competição, o que significa mais tra-

balho, mas é bom porque também traz

mais conhecimento”, ressalta ele.

Para Alexandre, o conhecimento

tem mais um fim, o de participação ativa

na comunidade. “Eu sou missionário, e

o curso de enfermagem foi uma forma

que eu encontrei de ajudar as pessoas

dentro e fora do meu ministério. A Olim-

píada, para mim, foi mais uma maneira

de fazer a diferença, só que no mundo

do conhecimento e, posteriormente,

profissional”, explica Alexandre.

O enriquecimento de competên-

cias como diferencial profissional é um

ponto importante também para Adriele

que afirma que, “o nosso aprendizado

e habilidades foram muito trabalha-

dos, de forma detalhada durante todo

o processo de treinamento. Isso fará

uma grande diferença para minha vida

profissional. Por isso deixei o emprego

que tinha quando fui aprovada para

a Olimpíada. Decidi investir na minha

formação e no meu futuro”.

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50 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

Que seja para todosInclusão social de pessoas com deficiência através do trabalho

Fazer com que a “Educação

para Todos” seja, efetiva-

mente, para todos, sobre-

tudo para os mais vulneráveis e com

necessidades educativas especiais é

um desafio que o Senac Paraná assu-

miu há muito tempo. E espera ampliar

com campanhas informativas para os

empresários do comércio de bens, ser-

viços e turismo.

De acordo com a coordenadora de

educação, Lucymara Carpim, a insti-

tuição aumentou consideravelmente

o número de atendimentos a pessoas

com deficiência (PcD) porque tem re-

cebido maior procura por essas pesso-

as em busca de qualificação para o tra-

balho e também pelas empresas. A Lei

nº 8.213 determina que os estabeleci-

mentos com cem ou mais empregados

é obrigada a preencher de 2% a 5%

dos seus cargos com beneficiários re-

abilitados ou pessoas com deficiência.

“Nossa meta é realizar um trabalho de

divulgação junto aos empresários para

que saibam que o Senac pode ajudá-

los a atender à legislação”, diz a coor-

denadora.

Antes da obrigatoriedade de con-

tratação de pessoas com deficiência,

instituída em 1991, era diminuta a

parcela de empresas que as emprega-

vam. Agora, existem vagas de sobra

aguardando esses profissionais para

preenchê-las. Mas, se já é difícil en-

contrar candidatos para o cumprimen-

to da cota, com qualificação, são raros.

Esse foi o impasse com que se depa-

rou Carlos Antonio Gusso, presidente

da Risa/Risotolandia, atuante no se-

tor alimentício, em Araucária. Mesmo

querendo cumprir com sua obrigação

legal, precisava capacitar os funcio-

nários com deficiência para realmente

atribuir-lhes uma função produtiva na

empresa. E para tal, há cerca de um

ano, buscou o auxílio do Senac.

Ao invés de um curso de capacita-

ção de curta duração, a equipe de edu-

cação sugeriu o programa de aprendi-

zagem. “A partir do momento que se

possibilita à pessoa com deficiência

um preparo com uma carga horária

maior, para que ela possa efetivamen-

te viver aquela experiência, não só de

teoria, mas também de prática, ele sai

mais fortalecido para o mercado de

trabalho”, explica Lucymara. O projeto

teve a colaboração do Ministério Públi-

co do Trabalho, que aceitou a contra-

tação dos alunos primeiramente como

aprendizes para então efetivá-los pela

cota para PcD.

Durante um ano, os 20 aprendizes

com deficiência intelectual, estudantes

do Ensino de Jovens e Adultos (EJA)

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Pronto para o diferente

O Senac está preparado para aten-

der pessoas com qualquer tipo de de-

ficiência. Basta o interessado procurar

os Centros e Núcleos de Educação

Profissional espalhados pelo Estado.

“Um dos nossos primeiros projetos

foi a adequação da estrutura física.

Os banheiros de nossas escolas são

adaptados, temos rampas de acesso,

elevadores para os cadeirantes. E tem

ainda a questão do material didático

apropriado para cada caso”, informa

Lucymara Carpim.

Conforme a necessidade, o Senac

chega a contratar professores especia-

listas em Libras ou elaborar apostilas coordenadora de educação, Lucymara carpim

e da Associação de Pais e Amigos dos

Excepcionais (Apae) de Araucária di-

vidiram seu tempo entre a escola re-

gular, ensino profissionalizante do Se-

nac e o trabalho na empresa. E quem

presenciou a formatura desses jovens,

realizada no dia 30 março, pôde ver a

evidente transformação em seus ros-

tos, no seu jeito de agir ou falar.

Que o diga Lucimara Fagundes,

mãe de Rodrigo Fagundes de Olivei-

ra, de 19 anos. “Eu sempre tive muito

medo do futuro desse meu filho mais

velho. Eu pensava o que seria dele,

pois o Rodrigo não queria ser indepen-

dente, vivia trancado no quarto, de-

pressivo”, relata. Felizmente, o meni-

no tímido, que quase não conversava,

agora pega ônibus sozinho, tornou-se

mais comunicativo e até ajuda a pre-

parar o churrasco de domingo, sur-

preendendo a família inteira. Com seu

salário ajuda nas despesas domésticas

e está economizando para comprar

sua própria casa. A experiência deu

tão certo que vai se repetir. Uma nova

turma de aprendizes já começou, nos

mesmos moldes da anterior.

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52 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

em Braille para os alunos

com necessidades educacio-

nais especiais. Para que Da-

niel da Silva, com deficiência

visual, pudesse realizar os

cursos de Digitação e Uso

Básico do Micro, o CEP de

Campo Mourão utilizou um

software que, através de um

sintetizador de voz, lê todo

o conteúdo textual e gráfico.

Daniel diz que não teve

nenhum problema com as

escadarias da unidade e

nem dificuldades para li-

dar com o computador. E

completa: é preciso ape-

nas dedicação. “As pessoas

com deficiência tem que

superar, muitas vezes dobrar sua ca-

pacidade de agir e pensar. Na verdade,

a deficiência não é um empecilho se

você aprende a superar a limitação”,

enfatiza.

Quem também estudou no Senac

foi o cadeirante Sérgio Domingos Du-

rante, que cursou Organização e Ce-

rimonial de Eventos Sociais, em Foz

do Iguaçu. Ele buscou se aperfeiçoar

na área porque atua na organização

de torneios de artes marciais e tem

uma pequena empresa de publicidade

e marketing. “Havia feito uns cinco ou

seis cursos no Senac, mas como ca-

deirante foi a primeira vez. Não tive

dificuldade nenhuma, o prédio dá to-

das as condições de acessibilidade”,

afirma. A teste prático foi durante o

evento “Ser Mulher, Desejos, Estilo e

Empreendedorismo”, promovido pelo

Sistema Fecomércio Sesc Senac, que

reuniu mais de 1.200 mulheres em

comemoração ao Dia Internacional da

Mulher. E por conta da experiência que

tem, Daniel diz ter tirado de letra.

Além da parte técnica, o curso lhe

ajudou até mesmo a lidar com situações

de preconceito. “Na área de eventos,

há muito preconceito com o cadeirante.

Determinadas pessoas generalizam as

deficiências e nem nos dirigem a palavra

porque acham que não temos capacida-

de de responder”, revela. Sua satisfação

é observar a expressão surpresa das

pessoas ao notarem que está em uma

cadeira de rodas, logo depois de ouvi-

rem sua voz ecoando num estádio.

Promover acesso à educação para

os que apresentam necessidades espe-

ciais, não é uma tarefa fácil. “É traba-

lhoso fazer um projeto com ênfase no

sucesso. Tem que ter competências,

o entendimento, ser uma instituição

sensibilizada da importância da educa-

ção profissional como um todo, daque-

les que são tidos como normais e ser

muito mais dedicada, sem o abandono

da primeira, mas alicerçada nela, para

atender às pessoas com deficiência”,

analisa o diretor de educação profis-

sional e tecnologia do Senac, professor

Ito Vieira. Ele acrescenta que existem

diversos fatores que incidem sobre

essa clientela, um deles é a confian-

ça da família para entregar o filho ou

dependente com deficiência a uma en-

tidade não especializada nesse tipo de

atendimento, como é o caso do Senac.

Muitos, inclusive, desconhecem que a

instituição desenvolva atividades edu-

cativas para o público com deficiência.

Ito Vieira vê um grande nicho de

mercado, uma oportunidade para o

Senac ser ainda mais útil para a so-

ciedade. “Vejo um potencial incomen-

surável. As empresas devem estar

atentas e buscar inteirar todos os seus

funcionários da importância não só de

cumprir cotas, mas de ter em seu qua-

dro funcional a pessoa com deficiência

devidamente preparada para realizar

com sua função. E assim cumprir seu

papel de tratar da qualidade de vida da

comunidade”, finaliza.

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54 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

Senac amplia capacidade de formação profissional em Campo MourãoNova escola inaugurada em março em foco noensino técnico e na capacitação para o trabalho

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 55 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Passada a crise, a grande

preocupação agora é com

o que está sendo chamado

de “apagão da mão-de-obra”. Alguns

setores da economia já sentem falta

de profissionais capacitados, e já há

quem pense em “importar” especia-

listas. Porém, se depender do Senac

Paraná, isso não vai acontecer porque

a qualificação profissional sempre foi

o seu foco e esse trabalho será am-

pliado ainda mais com a inauguração,

em março passado, da nova escola de

Campo Mourão.

Essa falta de pessoal qualificado é

comprovada por Geraldo Sebastião dos

Santos, proprietário de uma das mais

tradicionais padarias e lanchonete de

Campo Mourão, há 20 anos em funcio-

namento. Segundo ele, a contratação de

pessoas qualificadas na área de gastro-

nomia é sempre um problema. “Existe

uma escassez de pessoal, sobretudo

manipuladores de alimentos, confeitei-

ros, cozinheiros. Curso é pouca gente

que tem”. A alternativa para capacitar

seus 112 funcionários foi desenvolver os

próprios treinamentos.

Álvaro Machado da Luz, proprie-

tário de uma rede de supermercados,

também sentiu na pele o problema da

falta de pessoal qualificado. Nos pró-

ximos meses a empresa irá inaugurar

sua terceira loja na cidade e espera

oferecer 250 vagas de trabalho. “Não

há profissionais qualificados e já es-

tamos enfrentando dificuldades para

encontrar pessoas para a loja que va-

mos inaugurar. Por isso contamos com

o Senac para capacitá-las”, explica o

supermercadista. “Espero expandir

meus negócios contando com os pro-

fissionais formados pelo Senac”, pro-

jeta Geraldo. Tais afirmações refletem

as expectativas dos empresários de

Campo e região após a inauguração

na nova escola do Senac no município.

Moderno e com arquitetura arrojada,

inspirado no traçado do prédio histórico da

Universidade Federal do Paraná (UFPR), o

Centro de Educação Profissional (CEP)

já é considerado um dos cartões por-

tais da cidade. Uma obra cuja principal

missão é atender às necessidades de

educação profissional da população.

A solenidade levou para a cidade

várias autoridades do Estado e do País.

Estavam lá, além de dezenas de cida-

dãos campomourãoenses, o presiden-

te do Sistema Fecomércio Sesc Senac,

Darci Piana; o então governador do Pa-

raná, Roberto Requião; o presidente da

Confederação Nacional do Comércio de

Bens, Serviços e Turismo, Antonio Oli-

veira Santos; o diretor-geral do Senac

Nacional, Sidney Cunha; o diretor-geral

do Sesc nacional, Maron Emile Abi-Abib;

o prefeito de Campo Mourão, Nelson

José Tureck; o presidente da Câmara de

Vereadores, Eraldo Teodoro de Oliveira;

o diretor regional do Senac PR, Vitor Sal-

gado Monastier, o presidente do Sindica-

to Empresarial do Comércio de Campo

Mourão e Região, Nelson José Bizoto

entre outros.

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Presente de aniversárioNo aniversário do Senac, quem ga-

nhou o presente foi Campo Mourão.

No dia seguinte à inauguração – 26

de março – a instituição completou 39

anos de existência no município. “É

com imenso orgulho que o Sistema Fe-

comércio Sesc Senac amplia sua atu-

ação em Campo Mourão, que evoluiu

consideravelmente e ansiava a criação

de novos cursos e atividades com ur-

gência. Temos aqui uma escola com a

melhor tecnologia de ensino que existe

nesse País, com cursos que até então

não existiam na cidade, e que agora

darão condições de empregabilidade,

ampliando o conhecimento dos cida-

dãos que desejam melhorar seu meio

de vida”, disse o presidente do Sistema

Fecomécio Sesc Senac, Darci Piana.

“Uma obra significativa, de valor

extraordinário, que trará a cultura, a

educação, a formação, a qualificação

no currículo, para uma qualidade de

vida melhor para aqueles que sonham

por um caminho, uma luz em suas vi-

das”, enfatiza o prefeito de Campo Mou-

rão, Nelson José Tureck. Segundo ele,

os cursos de Inovação e Tecnologia do

Senac vão contribuir ainda mais para o

desenvolvimento de Campo Mourão e

dos 25 municípios que fazem parte da

Comcam (Comunidade dos Municípios

da Região de Campo Mourão).

Os aproximadamente 4.200 m2 de

área construída da nova escola permi-

tirão o atendimento de uma média de

700 alunos por dia, num total de seis

mil pessoas por ano, o dobro da capa-

cidade atual. Com mais salas de aula,

a carga horária de cursos também será

ampliada para até 50.000 horas, numa

variada programação de cursos, mui-

tos deles gratuitos.

Especializada, com equipamentos,

salas e laboratórios específicos para

cada ocupação, a escola irá priorizar a

capacitação profissional e habilitação

técnica, incluindo ainda os cursos de

aprendizagem, aperfeiçoamento e pro-

gramas socioprofissionais e culturais.

As grandes novidades são os cursos na

área de gastronomia, saúde e informá-

tica. O Senac de Campo Mourão, com o

apoio do Senac Maringá, se credenciou

junto à Microsoft IT Academy e passará

a desenvolver certificação e capacitação

em parceria com uma das maiores em-

presas de informática do mundo.

O CEP irá atender também às de-

mandas socioeconômicas no município.

Por meio do Programa Senac de Gratui-

dade (PSG), que oferece cursos a custo

zero, voltados para a qualificação e in-

clusão social de pessoas de baixa renda,

irá disseminar a cidadania através do

conhecimento e colocará pessoas mais

preparadas no mercado. Implantado há

um ano, o programa atendeu a 9.026

alunos no Paraná em 2009 e este ano

irá ampliar ainda mais a oferta de cursos

profissionalizantes gratuitos.

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S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R 57 www.fecomerciopr.com.br | www.sescpr.com.br | www.pr.senac.br

Para o presidente da Confederação

Nacional do Comércio de Bens, Servi-

ços e Turismo (CNC), Antonio Oliveira

Santos, o Centro de Educação Profis-

sional de Campo Mourão veio somar

com outras 500 unidades do Senac no

País, das quais saíram mais de 1,8 mi-

lhão de profissionais aptos para o mer-

cado de trabalho só no ano passado. O

presidente da CNC alertou que a cons-

trução de novas unidades de ensino

profissionalizante são providenciais no

atual momento de superação da crise

econômica, a fim de evitar o chamado

“apagão de mão de obra”.

“Assim como já tivemos o apagão

de energia elétrica, no momento, a

indústria e o comércio sofrem com a

falta de trabalhadores qualificados. De

sorte que, uma escola como esta se

junta às demais unidades, em respos-

ta a esses receios. Assim, nós estamos

produzindo a matéria-prima para a

economia, que é a mão de obra quali-

ficada para todo esse País”, enfatizou.

Denominador comum

O presidente do Sindicato Empre-

sarial do Comércio de Campo Mourão,

Nelson José Bizoto, um dos principais

articuladores para a construção na

nova sede, conta que a meta do Sin-

dicato é visitar os segmentos do co-

mércio e fazer um levantamento de

suas necessidades para a posterior

elaboração de cursos direcionados.

“Não podemos oferecer qualificação a

esmo. É preciso verificar as demandas

gerais dos setores do comércio para

então elaborar os cursos”, alerta. Se-

gundo ele, a área de atendimento ao

cliente é um ponto nevrálgico comum

nas empresas, sejam elas do interior

ou da capital.

Bizoto sugere que o empresário

também aproveite a estrutura do Se-

nac para se qualificar, especialmente

com cursos na área de gestão e aten-

dimento. “Tudo começa com o empre-

sário. Ele deve ter uma noção de como

funciona o empreendimento, não pre-

cisa ser um expert, mas ter um conhe-

cimento mínimo”, adverte.

Se depender do Senac não haverá “apagão de mão-de-obra”

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58 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

De mudançaAs atividades na nova sede tiveram início a partir do dia 05 de

abril. As turmas em andamento foram transferidas para o prédio

recém-inaugurado, onde também começaram os novos cursos.

Entre as novidades, está o curso de Técnico em Saúde Bucal,

com laboratório específico e equipado. Juliana Cordeiro Alves foi

uma das primeiras a fazer sua inscrição na habilitação técnica.

“Sempre tive vontade de fazer esse curso, mas não havia na cidade.

Quando começaram a construção do Senac fiquei muito feliz com a

possibilidade de abertura de uma turma. Corri para me inscrever”,

diz. Há seis anos trabalhando em uma clínica odontológica como

auxiliar de dentista, o incentivo veio do chefe, que indicou o Senac

por ser uma instituição reconhecida no mercado. A aluna conta que

seria inviável estudar em outra cidade, pelos custos com transporte

e pelo fato de já residir em Peabiru, localizada a 15 quilômetros de

Campo Mourão, onde trabalha.

Os lançamentos na área de gastronomia atraíram a atenção da

auxiliar de serviços gerais Elianice Aparecida da Luz, que se matri-

culou no curso gratuito de Atendente de Lanchonete, cujas aulas

teóricas começaram em fevereiro, ainda na sede antiga. “Para mim

está sendo uma experiência espetacular. Eu, com 38 anos, nunca

havia feito um curso profissionalizante e agora com a nova escola

tive a oportunidade de fazer”, comemora. Elianice, que adora cozi-

nhar, diz deixar de lado os serviços domésticos para frequentar as

aulas. E afirma que não vai parar por aí. “Pretendo fazer o máximo

de cursos que puder na área de gastronomia. Também quero voltar

a estudar. Apesar de ter deixado a escola há 20 anos, o curso serviu

para provar que tenho capacidade de aprender”, completa.

Além dos cursos de gastronomia gratuitos, o Senac de Cam-

po Mourão tem um projeto inédito, que pretende valorizar a culi-

nária e a cultura dos municípios que fazem parte da Comcam,

por meio de oficinas de preparo de pratos típicos da região. De-

lícias como o cabrito apressado, de Corumbataí do Sul; a leitoa

mateira, de Mamborê; a vaca atolada, de Boa Esperança e o

carneiro no buraco, de Campo Mourão, que atraem milhares de

pessoas para degustação nas tradicionais festas anuais, serão

ensinadas no CEP.

Os cursos realizados no Instituto de Beleza-Escola, o Inbel,

completam os destaques. Diversas turmas, especialmente as ca-

pacitações gratuitas, estão abertas para os que desejam ingres-

sar num dos setores que mais cresce no País, que é a beleza. De

mudança feita, o Senac fica agora localizado na Rua São Josafat,

1.651, no Centro de Campo Mourão.

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1 InstItutodeBeleza-escola

2 cozInhapedagógIca

3 laBoratórIodeInformátIca

4 audItórIopara120pessoascomelevador

parapessoascomdefIcIêncIa

5 áreadeconvIvêncIa

6 BIBlIoteca

7 laBoratórIodeanálIsesclínIcas

8 amBIentepedagógIcodeenfermagem

9 amBIentepedagógIcoderadIologIa

10 laBoratórIodepodologIa

11 lanchonete-escola

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60 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

Transporte com qualidadeSenac qualifica taxistas cascavelenses

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O taxista é praticamente o

cartão de visitas de uma

cidade. Ou, conforme diz

o presidente do Sindicato dos Taxistas

(Sinditáxi), de Cascavel, João Batista

Branco de Assis, a “chave de acesso”

(à cidade). “O turista passa primeiro

pelo taxista, na rodoviária ou aeropor-

to, e por isso ele tem a responsabili-

dade de atender e agradar o cliente,

como uma saudação de boas

vindas”, avalia.

Buscando melhorar o de-

sempenho destes profissio-

nais, o Senac, em parceria

com a Companhia de Enge-

nharia, Transporte e Trânsito

(Cetrrans), Conselho Munici-

pal de Turismo de Cascavel

(Comtur), Sinditáxi e Prefei-

tura, capacitou todos os ta-

xistas de Cascavel. As quatro

turmas do curso de Orienta-

ção Profissional e Atendimen-

to ao Turista para Taxistas

contabilizaram um total de

213 participantes, entre per-

missionários (proprietários) e

auxiliares de táxi.

João Batista fala da exis-

tência de uma lei municipal

que estabelece que a cada

três anos os taxistas reali-

zem um curso de reciclagem.

E como último já havia ven-

cido, os novos taxistas não

conseguiam retirar o alvará

por causa da situação. Po-

rém, apesar da exigência le-

gal, uma boa parcela destes

profissionais buscam mesmo

agregar novos conhecimen-

tos, ou relembrá-los, como no

caso de Jaime de Almeida e

Silva. Há oito anos no trans-

porte de passageiros, afirma

que o curso foi importante para re-

ver alguns pontos, que às vezes são

negligenciados na correria diária. “A

parte mais importante é a questão do

atendimento ao cliente, principalmen-

te para os iniciantes”, afirma Jaime,

que teve sua esposa como colega de

turma. Catarina de Fátima e Silva quer

estar preparada para auxiliá-lo no tra-

balho com o táxi e pôde conhecer a

fundo a profissão.

Para outro participante, Luis Fortu-

nato do Espírito Santo, as orientações

turísticas foram o diferencial do treina-

mento do Senac. “É interessante re-

lembrar porque tem muita coisa que a

gente acaba não fazendo por pressa,

como abrir a porta, ser mais gentil com

os passageiros. Sempre me preocupei

com o atendimento e procuro deixar a

pessoa bem à vontade no táxi. Caso

contrário, cinco minutos no carro po-

dem se tornar uma eternidade para o

cliente”, brinca Luis.

O presidente do Sinditáxi diz que já

observa mudanças na postura de mui-

tos taxistas, em quesitos como a higie-

ne do veículo, asseio pessoal, atendi-

mento. “Os taxistas de Cascavel estão

realmente prontos para atender bem

aos clientes”, assinala João Batista.

O aperfeiçoamento, com carga

horária de 39 horas, foi totalmente

gratuito para os taxistas, que pude-

ram optar por aulas nos períodos da

manhã, tarde ou noite. E a procura

foi tanta, que já está programada a

quarta turma para abril, com mais 50

vagas.

Por meio de aulas teóricas e pales-

tras, o curso tem por objetivo ampliar

os conhecimentos dos participantes,

com informações turísticas do municí-

pio e região de abrangência. Para co-

nhecer melhor os atrativos de Cascavel

e redondezas, os alunos farão um city-

tour, com guia turístico. Também são

abordadas orientações para atuação

profissional, que incluem comunicação

e atendimento ao passageiro, noções

de primeiros socorros, legislação de

trânsito, defesa pessoal, segurança

patrimonial, direção defensiva e retra-

to falado.

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62 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

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“Queremos primar, neste ano,

pela produção musical que vai

ao palco. O festival adquiriu

sua maturidade, já tem um rosto, um

jeito de acontecer, adquiriu um alto ní-

vel técnico. Temos que atender às ex-

pectativas desse público que ficou exi-

gente, com o passar dos anos”, essas

foram as palavras do diretor do Sesc

Maringá, Antônio Vieira, ao falar dos

preparativos da 32.ª Edição da Mostra

de Música Cidade Canção – Femucic.

O projeto cultural é uma realiza-

ção do Sesc Paraná, e difunde músicas

brasileiras oriundas das mais variadas

partes do Brasil, levando ao público

uma imensa pluralidade de sons e gê-

neros das raízes da nação. Quem as-

siste aos espetáculos certamente tem

a oportunidade de viajar por todas as

regiões do país sem sair de seu assen-

to do Teatro Calil Haddad, local onde

acontecem as apresentações musicais,

entre os dias 19 a 22 de maio.

Neste ano, o Femucic traz 56 mú-

sicas, oriundas de 24 estados e Dis-

trito Federal. A conquista ao palco foi

disputada, pois o Sesc recebeu 895

inscrições. Os critérios usados pela co-

missão avaliadora atenderam aos pa-

drões da qualidade do evento. Foram

quesitos analisados a originalidade, a

criatividade, a regionalidade das can-

ções para que fosse atendida a maior

parte do país, a fim de compor espe-

táculos que enchem ouvidos e olhos

dos expectadores e que representem

fielmente a música brasileira.

“Quando recebemos as músicas

com as inscrições, elas ainda não es-

tão produzidas, por isso o festival é

surpreendente. Ao chegar ao palco,

cada música recebe um tratamento

especial. Lá, com toda a estrutura e

produção a música cresce, emociona e

mexe com o público, que é parte fun-

damental desse show”, diz Vieira.

É surpreendente o volume de mú-

sicas instrumentais de qualidade que

foi enviado neste ano. Ao abrir espaço

para esse gênero musical, ele é difun-

dido no país e torna-se mais conhe-

cido, bem como outras concepções

musicais que não conquistam espaço

comercial e que têm sua qualidade. É

uma preocupação e responsabilidade

muito grandes em elaborar algo que

complemente e questione, ao mesmo

tempo, o papel dos agentes culturais,

como a equipe do Sesc, a Secretaria

de Cultura do Município de Maringá, as

escolas, faculdades de música, conser-

vatórios musicais. “Esse é um momen-

to de reflexão profunda sobre a música

brasileira e o que está sendo feito por

ela”, argumenta o diretor.

Nesta edição, uma novidade. Para

estender a preocupação com a músi-

ca o Sesc vem desenvolvendo oficinas

de percussão desde março, realizadas

na unidade de Maringá e voltada para

músicos que já tiveram iniciação aos

instrumentos. Nas noites de abertura

e encerramento, o público poderá as-

sistir a apresentações exclusivas des-

ses alunos. Além dessa inovação, a

comissão organizadora prepara outras

surpresas que prometem interagir di-

retamente com o público.

“O Femucic nas Escolas continua

com o propósito de estabelecer aos alu-

nos um primeiro contato com a música”,

conta Emersonn Amaral, integrante da

comissão organizadora do evento. A

ação, que visa levar valores musicais por

meio de palestras e apresentações rea-

lizadas pelos compositores e intérpretes

participantes, começa uma semana an-

tes das apresentações, sendo realizada

em quatro colégios da cidade e mesmo

número frentes musicais.

Com local já definido, os preparati-

vos estão na reta final. Equipe técnica

composta também, para a gravação do

CD e do segundo DVD da mostra. As

parcerias já estão firmadas com Pre-

feitura de Maringá e Rede Paranaense

de Comunicação, que realiza grande

cobertura jornalística do evento. Ago-

ra, é só aguardar e retirar os ingressos

gratuitamente no teatro e assistir ao

espetáculo.

Page 64: Revista Fecomércio PR - nº 76

64 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

nome da música intérprete cidade/uf

1. cantiga de lua .....................................................amauri falabella .................................. guarulhos/sp2. roda no samba ......................................................ana clara............................................... salvador/ba3. anagua de iaraiemanja ........................................ana paula da silva ............................... joinville/sc4. nunces de amor ...................................................ana paula da silva ................................ joinville/sc5. pedra da gaivota .................................................andré prodóssimo ............................... curitiba/pr6. samba paraná .......................................................andré prodóssimo ............................... curitiba/pr7. moçambique ..........................................................andré siqueira trio ............................. londrina/pr8. flor de cariri .......................................................bruno esteves ...................................... fortaleza/ce9. sonhos vãos ..........................................................patricia bastos e carla cabral .......... belem/pa10. cantos da floresta ............................................claúdio abrantes ................................. manaus/am11. talvez quem sabe ................................................clayton henrique ................................. maringá/pr12. feliz ......................................................................daniel migliavacca e grupo ................ curitiba/pr13. valsa de inverno .................................................daniel migliavacca e grupo ................ curitiba/pr14. tempo ruim – clamores ......................................danilo rêgo .......................................... teresina/pi15. cruz das almas ....................................................dico de alagoas ................................... maceió/al16. elétrico ...............................................................diego guerro e grupo ......................... pato branco/pr17. canto amazônico ................................................edilson schultz .................................... porto velho/ro18. samba do enguiço ...............................................eduardo machado quarteto ............... franca/sp19. dançando no rio.................................................euterpe .................................................. boa vista/rr20. choro clássico ...................................................fabricio mattos .................................... curitiba/pr21. viúva-negra .........................................................fabricio mattos .................................... curitiba/pr22. coroa do divino .................................................fernando cavallieri ............................ santo andre/sp23. navegares ............................................................fernando deghi .................................... são bernardo do campo/sp24. parulices .............................................................fernando deghi .................................... são bernardo do campo/sp25. vidas e viagens ..................................................fernando faé ........................................ cariacica/es26. choro pro joaquim ............................................geraldinho do cavaco e grupo .......... maringá/pr27. filhos da mãe d’água .........................................geraldo junior ..................................... juazeiro do norte/ce28. tema de pernambuco ..........................................glauco segundo e andré maria .......... recife/pe29. maria fumaça ......................................................grupo cataia ......................................... sorocaba/sp30. um dos últimos caboclos .................................grupo chora viola ............................... maringá/pr31. vai .........................................................................grupo dedo de moça ............................ maringá/pr32. fabiano acreditava que ele podia mudar .......grupo kicking ullets ........................... maringá/pr33. adjazz ...................................................................grupo saxofonia .................................. maringá/pr34. o vício .................................................................grupo semente de vulcão ................... recife/pe35. rap em preto e branco .......................................grupo yes banana ................................. macapa/ap36. violão sonoro ...................................................herisvaldo silva ................................... teresina/ pi37. moleque tinhoso ...............................................ivan cardoso ........................................ belem/pa38. ave noturna .......................................................joão cesar peceguini ........................... 4º centenário/pr39. o lado sul do real ..............................................joão leopoldo ...................................... sorocaba/sp40. meu jamaxim ........................................................keyla castro ......................................... boa vista/rr41. conseiêro de deus ..............................................luiz salgado ......................................... araguar/mg42. quem foi que disse .............................................mari tenório......................................... maringá/pr43. swing brasileiro ................................................mauro da costa ramos e grupo .......... mandaguari/pr44. boca mentirosa ..................................................paulino, zequinha e tercilio men ...... maringá/pr45. justificação ........................................................paulo monarco ..................................... cuiaba/mt46. jangadeiro de aparecida ..................................pedro carreiro e fabiano ................... teodoro sampaio/sp47. terra nova ..........................................................quinteto rio vermelho ....................... florianópolis/sc48. ehu-canoa ...........................................................regina dias ........................................... são carlos/sp49. rainha dos menestréis ......................................roberto bach ........................................ vitória da conquista/ba50. dona da minha verdade .....................................ronaldo gravino .................................. maringá/pr51. na paleta do pintor ............................................tânia grinberg e grupo ....................... são paulo/sp52. um dia mudo daqui .............................................thiago augusto .................................... são paulo/sp53. o choro do laço .................................................tiago souza .......................................... vera cruz/rs54. são joão ..............................................................túlio borges e anthony brito ............ brasília/df55. coco de roda em paraíba em 1966 .....................vó mera e seus netinhos ..................... joão pessoa/pb56. água e vida ..........................................................vó mera e seus netinhos ..................... joão pessoa/pb

Selecionados para Mostra de Música Cidade Canção - Femucic 2010

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Apesar de pesquisas aponta-

rem aceleração da economia

e desenvolvimento do país

em diversos setores, a fome ainda é

um problema grave no Brasil. Dados da

Unesco apontam que ela ainda é uma

das causas de morte no país. Diante

deste quadro, uma palavra se destaca

na busca de solução: solidariedade!

Essa palavra é praticada todos os

dias pelo Sesc Paraná. Desde 1991 de-

senvolve um programa de responsabili-

dade social que leva alimento a quem

mais precisa. O projeto Sopa e Pão leva

essa refeição a instituições de apoio a

pessoas sem renda, e a creches.

No projeto estão envolvidas diversas

áreas e profissionais do Sesc. Como o

Sopa e Pão é mantido pela entidade,

fazem parte do esforço os setores admi-

nistrativos e financeiros, a cozinha para

o preparo, a logística para a distribuição

e a nutrição para elaborar o cardápio das

sopas. O alimento é preparado com in-

gredientes cujos nutrientes são necessá-

rios diariamente ao corpo humano.

A sopa é elaborada diariamente e

contém proteínas provenientes de carne

branca ou bovina, carboidratos (dos le-

gumes, verduras e do pão francês que a

acompanha), e demais vitaminas e ferro

contidos também nesses ingredientes. O

projeto conta com o atestado de confor-

midade do Programa de Alimentos Se-

guros (PAS), que garante as boas condi-

ções dos preparados para consumo.

Sopa e Pão minimiza a fomeProjeto do Sesc atende de bebês a idosos, oferecendo uma alimentação sadia e nutritiva

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O trajeto da sopaTodos os dias, logo cedo, os cozi-

nheiros do Sesc iniciam a preparação

da sopa. Logo após o preparo é verifi-

cada a temperatura ideal de consumo,

atendendo às normas do PAS, e, pos-

teriormente, embaladas em recipien-

tes térmicos e carregadas em veículos

para a distribuição. Depois do horário

do almoço, Curitiba, Maringá e Gua-

rapuava fazem suas rotas de entrega.

São 12 instituições atendidas pelo pro-

grama, e 1500 refeições servidas dia-

riamente, ou seja, 1500 pessoas com

menos fome no Estado!

Ao chegar a algumas instituições

é possível avistar pessoas à espera do

alimento logo na entrada. Muitas delas

com vasilhas para levar porções que

atendam suas famílias. Como é o caso

do Centro Comunitário Nossa Senhora

Aparecida – Pequena Obra Francisca-

na, que atende 70 crianças de cinco

a dez anos matriculadas para ativida-

des religiosas e educacionais no con-

traturno e cerca de 30 adultos, sendo

eles andarilhos, carrinheiros e demais

moradores da região. A entidade tam-

bém recebe doações do Mesa Brasil,

programa também desenvolvido pelo

Sesc, que recebe doação de empresas

de alimentos próprios para consumo e

outros produtos e repassa a institui-

ções pré-cadastradas.

A irmã Cláudia Molin, que coorde-

na a relação com as entidades man-

tenedoras da instituição, conta que as

refeições servidas às crianças servem

como um lanche da tarde reforçado,

e assim, vão alimentados para suas

casas. “Este é um projeto que nunca

nos deixou e que nunca desamparou

nossas crianças. Através dele, nos sen-

timos mais seguros nesta região, que

é muito visada de assaltos. Assim, nos

tornamos amigos da população, pois

sabem que estamos contribuindo para

seu sustento”, disse ela ao se demons-

trar muito grata pelas doações.

No Centro de Educação Infantil,

casa da Criança São José, a ação so-

lidária não é diferente, porém a faixa

etária. O público do Sopa e Pão é com-

posto por bebês até crianças de 13

anos. A creche oferece também como

lanche para turmas dos maternais I,

II e III, pré-escola, e crianças e ado-

lescentes que realizam atividades de

contraturno.

A pedagoga Lucivane Rodrigues

Bueno diz que o alimento contribui mui-

to para a contenção de gastos da ins-

tituição. “Podemos oferecer a nossos

alunos um café da manhã melhor, mais

nutritivo, pois usamos a verba que se-

ria destinada ao lanche da tarde. Isso é

possível graças a doação”, explica. Além

de alimentar os 160 alunos, a sopa tam-

bém é tomada pelos 15 funcionários da

creche e, caso haja sobra, esse exce-

dente é doado a comunidade.

Comovente é o trabalho realizado

na Associação de Moradores da Comu-

nidade Vila São Domingos, que aten-

de diariamente 350 pessoas. “Deus os

abençoe!”, diz uma senhora, com a va-

silha cheia de sopa nas mãos, aos co-

laboradores do Sesc que fazem a en-

trega diária. Muitas pessoas atendidas

pela entidade não possuem residência,

ou renda e dependem do projeto para

se alimentarem diariamente.

Fundada em 1984, a entidade é

presidida por Dorvalino Manoel Pinto,

e apoia desde crianças a idosos ao

doar o que eles mais precisam como:

roupas, calçados, cobertores e comida.

A dona de casa Aparecida Deodoro re-

cebe a doação do Sopa e Pão há anos

e diz: “economizo em uma refeição di-

ária, no meu gás de cozinha, e ainda

tenho certeza de que ficarei bem ali-

mentada”, conta.

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Segurança FemininaSistema Fecomércio Sesc Senac, Polícia Militar do Paraná e Secretaria de Estado da Segurança Pública lançam, no Dia Internacional da Mulher, cartilha com orientações sobre segurança feminina

Quem nunca ouviu a fra-

se que “prevenir ainda é

o melhor remédio?” E foi

justamente com o objetivo de construir

uma cultura de prevenção que o

coronel Roberson Luiz Bondaruck,

comandante da Academia Policial

Militar do Guatupê, elaborou a

Cartilha de Segurança Feminina.

O material, composto por 33

páginas e dividido em 12 tópicos,

orienta as mulheres sobre as me-

didas que devem ser adotadas

para reduzir ou eliminar oportuni-

dades para ação de delinquentes

em ruas, bancos, no trabalho, ve-

ículos, estabelecimentos comer-

ciais e em locais de grande fluxo

de pessoas, como rodoviárias e

aeroportos. E engana-se quem

pensa que são ações difíceis de

serem executadas.

O comandante destaca que

em uma abordagem por um crimi-

noso, a vítima nunca deve reagir

e entregar o que é pedido, pois

isso aumenta, e muito, a seguran-

ça neste momento. Porém, alerta

que a Polícia Militar deve ser acio-

nada pelo telefone 190, pois inibe

futuros assaltos ou roubos. Bon-

daruck alerta que é na rua que a

mulher deve redobrar a sua aten-

ção, pois é nesta hora que está

mais vulnerável.

Estar atenta a tudo o que

acontece a sua volta é uma ação

recomendada pelo comandante, que

sugere que as mulheres utilizem bol-

sas com compartimentos mais seguros

para colocar carteiras e dinheiro, e o

ideal é que as alças sejam transversais

e que possam ser usadas a tiracolo.

Para as condutoras de veículos, a

Polícia Militar orienta nunca deixar a

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68 S I S T E M A F E C O M É R C I O S E S C S E N A C P R m a r ç o | a b r i l 2 0 1 0

Algumas dicas importantes sobre segurança:

• Nunca tenha armas em casa, principalmente se tiver crianças em casa;• Procure manter atenção constante sempre que for às ruas;• Lembre-se sempre de trancar portas e janelas quando for sair e manter as

portas fechadas e trancadas quando estiver em casa, mesmo durante o dia;• Jamais abra a porta sem ter certeza de quem bate;• Mantenha atenção constante ao entrar e sair de sua residência;• Se estiver de carro, lembre-se que objetos de valor como bolsas, carteira,

celular, não devem estar à vista;• Mantenha os vidros do seu carro fechados durante o período de permanên-

cia em semáforos;• Leve sempre sua bolsa, onde carrega dinheiro, cartões e cheques junto ao

corpo.

bolsa sobre o banco do passageiro

ou então, o celular sobre o painel. A

indicação é que estes objetos sejam

colocados em locais mais seguros,

como portaluvas, embaixo do painel,

ou sob as pernas, enquanto sentada

ao volante. E se você está pensando

em enganar o assaltante com uma

bolsa “falsa”, Bonsaruck desaconse-

lha. “Quando o delinquente perceber

que foi enganado, você ainda está ao

alcance dele. Poderá querer lhe agre-

dir como forma de vingança”, salienta.

Por fim, Bonsaruck revela que são

frequentes os golpes aplicados contra

a mulher como o falso sequestro, se-

questros de crianças ou adolescentes

subtraídos da mãe, falsos prestadores

de serviços, propostas de trabalho no

exterior.

Para as mulheres

que quiserem bus-

car informações

de como se pro-

teger e prevenir

as ações de

deliquentes, é

possível fazer

o download

da Cartilha

de Segu-

rança Fe-

minina pelos sites www.fecomerciopr.

com.br ou www.pm.pr.gov.br.

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