Revista Fecoopace Ed:04

16
FECOOPACE ANO I - Nº 04 - JANEIRO, 2010 | Fortaleza-CE Federação das Cooperativas de Transportes Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará |Revista Página Verde Prof. Pinheiro, Vice-Gover- nador, ressalta a importân- cia dos complementares para o Estado do Ceará. Pág. 05 SESCOOP/CE OCB/CE Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Ceará Melhorias ETUFOR participa de Congresso Nacional da ANTP em Curitiba. Pág. 08 Fair Play Viação Urbana, a empresa de transporte mais premiada do Ceará. Pág. 06 Capacitação Cooperativista Sistema OCB/SESCOOP divulga cursos de capacitação. Pág. 07 CÉSAR NOBRE ENTRE DIRETORES DA ASSOCIAÇÃO PETER PAN, CRIANÇAS E CUIDADORES Transportes Complementares ao lado da Associação Peter Pan A linha da solidariedade A solidariedade falou alto, e a FECOOPACE abraçou campanha em torno de causa nobilíssima: a luta contra o câncer. Em reunião com diretoras da Associação Peter Pan, foi colocada à disposição daquela entidade todo o poten- cial dos Transportes Complementares do Estado. Está criado o Programa Linha da Solidariedade, cujo objetivo é engajar-se à missão da Associação: “Transformar a história do câncer infantil no Estado do Ceará”. Págs. 3 e 4. “Amar é acolher, é compreender, é fazer o outro crescer.” Conheça Zilda Arns, orgulho de todo brasileiro. Pág. 4. 10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1 10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1 29/01/2010 17:39:52 29/01/2010 17:39:52

description

Revista Fecoopace Ed:04

Transcript of Revista Fecoopace Ed:04

Page 1: Revista Fecoopace Ed:04

FECOOPACEANO I - Nº 04 - JANEIRO, 2010 | Fortaleza-CE

Federação das Cooperativas

de Transportes Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará|Revista

Página Verde

Prof. Pinheiro, Vice-Gover-

nador, ressalta a importân-

cia dos complementares

para o Estado do Ceará.

Pág. 05

SESCOOP/CE

OCB/CE

Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Ceará

Melhorias

ETUFOR participa

de Congresso

Nacional da ANTP

em Curitiba.

Pág. 08

Fair Play

Viação Urbana,

a empresa de

transporte mais premiada

do Ceará.

Pág. 06

Capacitação

Cooperativista

Sistema OCB/SESCOOP

divulga cursos de

capacitação.

Pág. 07

CÉSAR NOBRE ENTRE DIRETORES DA ASSOCIAÇÃO PETER PAN, CRIANÇAS E CUIDADORES

Transportes Complementares ao lado da Associação Peter Pan

A linha da solidariedade

A solidariedade falou alto, e a FECOOPACE abraçou campanha em torno de causa nobilíssima: a luta

contra o câncer.

Em reunião com diretoras da Associação Peter Pan, foi colocada à disposição daquela entidade todo o poten-

cial dos Transportes Complementares do Estado.

Está criado o Programa Linha da Solidariedade, cujo objetivo é engajar-se à missão da

Associação: “Transformar a história do câncer infantil no Estado do Ceará”. Págs. 3 e 4.

“Amar é acolher, é compreender, é fazer o outro crescer.”Conheça Zilda Arns, orgulho de todo brasileiro.Pág. 4.

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 110576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1 29/01/2010 17:39:5229/01/2010 17:39:52

Page 2: Revista Fecoopace Ed:04

2 | Revista FECOOPACE

EDITORIAL

As matérias dessa edição podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. Os artigos assinados não refl etem, necessariamente, a opinião do jornal e/ou da Federação.

O ano de 2009 foi de experiências gratifi cantes, de vi-tórias para a FECOOPACE, cooperativas fi liadas e o público usuário em geral. No ano anterior, 2008,

começamos as discussões para concretização da tão aguardada licitação, que veio a materializar-se no ano passado. Foi um mar-co histórico, conseguimos mostrar à sociedade que somos legais, que o Governo nos reconhece como parceiros de valor na garan-tia de cidadania. Tivemos enorme êxito na licitação; 99% das cooperativas obtiveram sucesso. 2009 serviu, pois, de alicerce a grandes avanços – como é o caso do validador.

Para 2010 estamos projetando, com o Sistema OCB/SESCO-OP-CE, a realização de 4 seminários, em decorrência dos resul-tados positivos da regulamentação do Sistema Complementar. O tempo é de planejarmos ações como transportadores regulamen-tados. Temos doze anos para fazer esse planejamento e poder-mos contemplar o desejo do Governador. O Edital, do qual Cid Gomes participou diretamente, foi o que houve de melhor para o transporte da gente cearense. As cooperativas, por sua vez, de-vem contribuir para a evolução da categoria.

Governo e parlamentares comprometidos perceberam que o Sistema Complementar deveria ser efetivado, que durante muito tempo a população cearense merecia serviços de valor, humani-zados. A FECOOPACE materializou esse novo instante. A expec-tativa é de que todo esse fortalecimento venha a ter, no ano em curso, a mesma bênção. Que o esforço demandado em prol do Sistema Metropolitano seja replicado no interior do Estado.

Podemos dizer ainda que 2009 foi um ano atípico. Se tive-mos belas conquistas, como a licitação 003/2009 realizada pelo DETRAN, a aquisição de terreno para a edifi cação da COOP-TRATER e o posto de abastecimento para atender sua frota, aconteceram igualmente alguns contratempos, principalmente no tocante aos cooperados permissionários.

O número crescente de pessoas não autorizadas operando sem compromisso de qualquer espécie gerou os inevitáveis atritos com os quem têm obrigações a honrar. Outro fator de desgaste foi a inclusão, no sistema de bilhetagem eletrônica, de um dos modais de transporte ainda em janeiro de 2009 e que tiveram sua instalação, na frota metropolitana, somente no limiar do mesmo ano.

Acreditamos que em 2010 virão mais frutos positivos englo-bando todas as cooperativas. Há uma perspectiva muito boa com relação as nossas fi liadas do interior do Estado. Grandes são as perspectivas para a FECOOPACE crescer ainda mais. Está em nossos planos profi ssionalizar o quadro de diretores e funcioná-rios no sentido de dar aos cooperados sempre o melhor serviço.

Ainda em janeiro esperamos que a Comissão que avalia ques-tões da categoria com o DETRAN publique os resultados das conquistas obtidas no Diário Ofi cial do Estado. O passo seguinte será a construção do edital de licitação da área metropolitana de Fortaleza. Daí porque percorremos as prefeituras no sentido de traçar um edital que possa englobar os trabalhadores que já lidam com o transporte nessas regiões.

Para 2010 propomos, enfi m, que as pessoas leiam mais a Re-vista da FECOOPACE, que é um instrumento fantástico para entender o nosso Sistema Complementar de Passageiros. Preten-demos mostrar e trocar experiências através desta publicação, que conta com o apoio decisivo do Sistema OCB/SESCOOP-CE. É um veículo de grande poder. Desejamos um ótimo 2010 para todos os cooperados!

A Direção

A Revista FECOOPACE é uma publicação da Assessoria de Imprensa da FECOOPACE - Federação das Cooperativas de Transportes Autônomos de Passageiros do Estado do Ceará.Diretoria

Diretor Presidente: Marcos César Bezerra NobreDiretor 1° Vice-Presidente: Rugero Lima de FreitasDiretor 2° Vice-Presidente: Agostinho Cleson de Sousa LimaDiretora Administrativa: Francinúbia Furtado do ValeDiretor Financeiro: Gutemberg Machado PinheiroDiretor Secretário: Ricardo Oliveira de LimaDiretor Social: Giovane Bernardone Xavier

Conselho Fiscal 1° Conselheiro Fiscal: Antônio Pádua Chaves2° Conselheiro Fiscal: Ademir Vasconcelos Barroso3° Conselheiro Fiscal: Antonio Ivanildo Siqueira de OliveiraSuplentes do Conselho Fiscal1° Suplente: Cícero Antônio Bezerra Gomes2° Suplente: José Roberto Lourenço3° Suplente: José Wellington da Silva Conselho de Ética1° Conselheiro: Antônio Pereira de Sousa2° Conselheiro: Xilon de Sousa3° Conselheiro: Edilberto Rufi no Barroso Júnior Suplentes do Conselho de Ética 1° Suplente: Francisco Rogenilson Rodrigues Nogueira2° Suplente: Pedro Henrique da Silva

3° Suplente: Carlos Leônidas Albuquerque de Rego BarrosEndereço FECOOPACE

Avenida Presidente Costa e Silva, 4007 A - Passaré - CEP: 60.761-190 - Fortaleza-CEFone: (85) 3291.2100

Editora: Julyanna dos Santos Albuquerque (Mtb CE

2292). Colaboração: Pedro Henrique da Silva, Edvaldo Nunes, Xilon de Sousa. Consultorias: Saúde: Dra. Eliane Pinheiro; Jurídico: Dr. Carlos da Escóssia. Fotos: Imprensa FECOOPACE.Conselho Editorial: Cézar Nobre, Pedro Henrique da Silva. Contatos: telefone (085) 8892.5155. E-mail: [email protected]ção e impressão: Expressão Gráfi ca Editora.

A TOPIQUEIRA

EXPEDIENTE

Possibilidade de novas conquistas em 2010.Depende muito da união e do esforço de todos!

Pretinha, amizade e trabalho no transporte de passageirosCooperada da Coopervans

Maria Suzana da Silva, 25 anos, apesar da pouca idade já é uma veterana. Já está traba-

lhando no ramo há sete anos tendo ini-ciado por indicação de um tio. Conhecida por todos como “Pretinha” ela é feliz tra-balhando durante todo o dia. Cobradora da linha Capuã/Centro já foi, durante três anos, cobradora da Linha Icaraí/Cumbu-co. Cooperada da COOPERVANS ela se diz satisfeita com o seu trabalho por que, acima de tudo, e é feliz fazendo o que gos-ta. A seguir um bate bola com ela.

Quantas viagens você faz por dia?8 viagens.

Já passou por alguma situação difícil durante o trabalho?

Sofri um acidente em 2008. Graças a Deus não aconteceu nada e apenas des-maiei. As vezes os rapazes dão em cima de mim. O que eu faço é sorrir e continuar fazendo o meu trabalho. Durante a sema-na isso não acontece muito mas nos fi ns de semana acontece com mais freqüência por conta dos banhistas.

Qual a satisfação de trabalhar no ramo?

Eu sou muito querida e também gosto de todo mundo. Na cooperativa sou cha-

mada de “cocota” de maneira carinhosa. Isso é por que estou sempre presente as reuniões. Eu adoro os passageiros.

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 210576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 2 29/01/2010 17:39:5529/01/2010 17:39:55

Page 3: Revista Fecoopace Ed:04

3| Revista FECOOPACE

CAMPANHA FECOOPACE/ASSOCIAÇÃO PETER PAN

A Direção da FECOOPACE, re-presentada pelo presidente Cé-sar Nobre, esteve na sede da

Associação Peter Pan-APP, dia 12 de janei-ro/2010, para colocar à disposição daque-la entidade, na luta contra o câncer, todo o potencial dos Transportes Complemen-tares do Estado.

Participaram a presidente da APP, Olga Maia; a estagiária de Marketing, Natália Gomes; a coordenadora de Voluntaria-do, Vânia Ribeiro; a diretora Adminis-trativa (voluntária), Ana Maria Pita; a coordenadora do programa Visita Amiga, Maria Madalena de Lima; e o jornalista

Tarcísio Matos. Inicialmente, Olga Maia agradeceu a presença de César Nobre, ex-plicando o que é a Associação, seu papel na sociedade, um pouco de sua história, principais desafi os e projetos. E que é sem-pre bem-vinda toda forma de ajuda, mas é preciso, pois é prática da Associação, levar ao conhecimento da Diretoria o projeto de parceria naquela hora apresentado.

Uma vez aprovado, o briefi ng seguiria para a Verve Comunicação, empresa par-ceira no setor de criação de campanhas da Associação Peter Pan.

Olga Maia ressaltou a satisfação que é poder receber quem esteja verdadeira-mente interessado em abraçar a luta por amenizar a dor do próximo. E dos recur-sos que chegam à Associação por meio da campanha McDia Feliz, a quase fi nalizada construção do Centro Pediátrico do Cân-cer, a ser em breve inaugurado.

AçõesO presidente da FECOOPACE traçou

um perfi l dos Complementares no Estado e até que ponto poderia ser a colaboração das cooperativas de transporte fi liadas para uma ação que, na avaliação de Olga Maia, é decisiva neste instante: a divulga-ção, na traseira dos carros, dos sinais e sin-tomas do diagnóstico do câncer infanto-juvenil.

Campanhas para arrecadação de Nota Fiscal e do Troquinho Amigo, em caixas apropriadas, colocadas dentro dos carros, também foram sugeridas e bem aceitas. Mereceu destaque, ainda, a sugestão do “Dia FECOOPACE Feliz”, em que, uma vez no ano, um percentual das passagens pagas seria destinado à APP, tal como é o

McDia Feliz, promovido pelo Mc Donal-ds.

Compromisso daFECOOPACE

César Nobre comprometeu-se em levar para a categoria, por meio de Assembleia, todas as sugestões levantadas na reunião. De antemão, acredita que permissionários, motoristas, trocadores e coordenadores de linha se engajarão na campanha.

“Faremos uma grande reunião com a Dra. Olga em algum lugar que permita receber em torno de 200 ou 300 pessoas. Também levaremos gente da APP para dar palestras nos pontos de complementares”, explicou César. “Mobilizaremos, enfi m, todo o efetivo, toda a nossa Diretoria. A causa é justa, estamos dispostos. É o mí-nimo que podemos fazer pelos nossos ir-mãos”.

César se prontifi cou a conversar com técnicos da ETUFOR para que aquela em-presa municipal se engaje na campanha, patrocinando a mídia de divulgação da campanha, na medida em que possa libe-rar os carros de pagamento de taxa de afi -xação dos apelos educativos nesse tipo de mídia (bus-door ou traseirão).

Identifi cação com a causaA presidente da Associação Peter Pan

lembrou de detalhe que a faz acreditar que haverá engajamento por parte dos pro-fi ssionais que fazem os complementares. “Muitos, de uma forma ou de outro, co-nhecem a nossa Associação por terem sido benefi ciários. Assistimos crianças e adoles-centes de todo o Estado”.

Complementar - A linha da solidariedade

A APP é uma entidade reconhe-cida como de utilidade Pública Federal, Estadual e Municipal

que assiste crianças e adolescentes acome-tidas de câncer, bem como seus familiares.

Em 1996, iniciaram-se as primeiras vi-sitações ao Hospital Infantil Albert Sabin. O objetivo das visitas era levar aos cor-redores do câncer um pouco de carinho, de alegria, através de brincadeiras, jogos recreativos ou presentes conseguidos com amigos e parentes, que fi cavam sabendo da iniciativa e passavam a colaborar. No fi nal do ano, formou-se um pequeno grupo que se uniu à Direção do Hospital Infantil Al-bert Sabin, e, em 07 de abril de 1997, foi fundado o PROJETO PETER PAN.

Uma das primeiras e genuínas ideias daquele grupo foi o apadrinhamento, do-ando mensalmente alimentos balanceados que viabilizavam o reforço nutricional, tornando-se um forte motivo de fi deliza-ção ao tratamento. Estava plantado o em-brião de uma Associação que, com amor, trabalho e transparência, foi conseguindo unir o povo cearense para uma grande missão: “TRANSFORMAR A HISTÓ-RIA DO CÂNCER INFANTIL NO ES-TADO DO CEARÁ.”

Nasce o Hospital DiaNo mês de dezembro do ano 2000, a

Associação Peter Pan, após congregar um signifi cativo número de voluntários e ser benefi ciada com as Campanhas McDia Feliz 1999 e 2000, inaugurou o HOSPI-TAL DIA PETER PAN, onde passou a realizar todo o Serviço Público destinado à Quimioterapia Dia, em parceria com o Hospital Infantil Albert Sabin.

Ciente de que o câncer não se trata apenas com Quimioterapias, Radiotera-pias e Cirurgias, a APP vem reunindo os três Setores Econômicos, mobilizando Es-

tado, pessoas e empresas com o objetivo de viabilizar TRATAMENTO ESPECIA-LIZADO, ATENDIMENTO HUMANI-ZADO E DIAGNÓSTICO PRECOCE para aqueles que já na mais tenra infância amargam o câncer e suas consequências.

VoluntariadoNestes 13 anos de existência, a Associa-

ção Peter Pan vem realizando um volun-tariado responsável e transformador, que se tornou um verdadeiro e grande Projeto Social, representando signifi cativa rede de ações em vários segmentos sociais, com foco na cura do câncer infanto-juvenil, no Ceará, em parte do Nordeste e todo o Norte do país, no que concerne à Atenção Especializada, transformando verdadeira-mente a história do câncer infanto-juvenil no Ceará.

Fonte: site da Associação Peter Pan - http://www.app.org.br/home

A Associação Peter Pan – APP

Hospital Dia Peter Pan

Voluntária e Olga Maia

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 310576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 3 29/01/2010 17:39:5629/01/2010 17:39:56

Page 4: Revista Fecoopace Ed:04

4 | Revista FECOOPACE

CAPACITAÇÃO COOPERATIVISTA

PALAVRA DO PRESIDENTE

César Nobre

A ideia da parceria com a As-sociação Peter Pan surgiu em uma reunião da Diretoria

ao traçar a pauta da Revista FECOOPA-CE. Inicialmente pensou-se na possibili-dade de ajudar uma entidade de amparo a segmentos carentes com cestas básicas. Entre os nomes sugeridos estava o da As-sociação Peter Pan, para a qual todas as atenções se voltaram.

Em seguida, o presidente da FECOO-PACE reuniu-se com a diretoria da Asso-ciação, na sede da Vila União, no sentido de avaliar em que a Federação poderia ser útil. Logo pensou-se em uma campanha abrangente de prevenção, algo que possa

sensibilizar a população sobre o diagnós-tico precoce do câncer.

Para o diretor da Federação e presi-dente da Cootralin, Nilson Nogueira, “a Campanha será feita com muito amor, ca-rinho e dedicação”. Acompanhe a entre-vista que concedeu à Revista.

Como vai funcionar? Quantos carros entrarão nessa empreitada?

O projeto funcionará através de cam-panhas interna e externa, e contará com a ajuda dos motoristas e cobradores. Pas-saremos a eles a importância de se engaja-rem nessa luta solidária.

A campanha será feita através de mate-rial para panfl etagem dentro dos veículos e adesivos que serão colocados no vidro traseiro. Iremos mobilizar os usuários da Região Metropolitana. Serão disponibili-zadas urnas dentro dos veículos para a do-ação do “troco amigo” entre os usuários. No primeiro momento usaremos os nos-sos carros da Região Metropolitana, logo após a campanha se estenderá por todo o estado.

Qual a importância da iniciativa? Deus nos colocou nessa terra com a

missão de semear, plantar e colher. Iremos plantar o bem essas criaturinhas que tanto

necessitam de nós.  Precisamos parar um pouco e refl etir sobre a necessidade de aju-darmos o próximo.

Como Deus disse, “Amarás o teu próxi-mo como a ti mesmo”. E Jesus disse ainda: “Vinde a mim todas as criancinhas porque delas é o reino de Deus”. A Federação e toda sua diretoria estão de parabéns por se engajarem em uma campanha tão espe-cial. Tenho certeza de que nessa campanha nosso maior colaborador é Deus.

A FECOOPACE pretende estender esse projeto a outras entidades?

Sim, pretendemos divulgar a impor-tância de outras entidades se envolverem nesse projeto.

Você será responsável pelo projeto?Sim, me sinto muito feliz por estar à

frente dessa campanha. Estaremos todos nessa luta, Federação e Cooperativas fi lia-das, onde teremos o apoio dos motoristas e cobradores, todos engajados nesse proje-to social de amor e cidadania.

O que é solidariedade...“Nada é maior do que a solidariedade,

e por ela a gente não agradece, a gente se alegra.”

Alegrando-se com a solidariedade

Nilson Nogueira, Diretor da FECOOPACE e Presidente da COOTRALIN

Zilda Arns Neumann, médica pe-diatra, sanitarista e especialis-ta em Pediatria Social e Saúde

Pública, morreu no último dia 12 de ja-neiro em terremoto que devastou o Haiti. É a criadora da bem-sucedida metodolo-

gia aplicada no trabalho da Pastoral da Criança, organismo da CNBB – Conferên-cia Nacional dos Bispos do Brasil – que ela coordenava desde 1983.

Com sede em Curitiba (PR), a Pastoral presta atendimento básico a crianças nas áreas de saúde pública, nutrição e edu-cação.  Zilda nasceu em 25 de agosto de 1934, em Santa Catarina.

Aos 73 anos, já foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz três vezes seguidas e recebeu 19 prêmios entre 1988 e 2002. Por exem-plo, uma menção especial pela UNICEF – Brasil como personalidade brasileira de destaque no trabalho em prol da saúde da criança; o Prêmio Internacional OPAS – Organização Pan-americana de Saúde, em Administração Sanitária, em 1994, e

o título de Heroína da Saúde Pública das Américas, em 2002.

Citações de Zilda Arns

“O trabalho social precisa de mobili-

zação das forças. Cada um colabora com

aquilo que sabe fazer ou com o que tem

para oferecer. Deste modo, fortalece-se o

tecido que sustenta a ação e cada um sen-

te que é uma célula de transformação do

país”.

“Nunca se deve complicar o que pode

ser feito de maneira simples”.

Zilda Solidariedade, a vida pela Pastoral da Criança

Confesso que nunca vivi a experiência de visitar um local

como aquele, que não é um hospital, mas acolhe crianças que vêm de todo Estado e até de outras regiões do País para receber sessões de quimiotera-pia, fazer exames e outros pro-cedimentos. Falo da Associação Peter Pan, presidida por uma batalhadora, mulher de muita

luz: Sra. Olga Maia – a peque-na grande.

Fiquei impressionado com a estrutura da casa, o vai-vem de pequenos pacientes e seus “cuidadores” (mães, pais, fa-miliares). Me impressionou o carinho com que todos os fun-cionários e voluntários da As-sociação trabalham, sobretudo a atenção e o carinho da Sra. Olga. Vi brilho em seus olhos,

brilho que é a satisfação de acolher o próximo na dor.

Que o exemplo dela (e da-quela gigantesca obra) nos con-tagie. Com certeza teremos um mundo melhor, mais fraterno e belo de viver. Quanto a mim, particularmente, eu me conta-giei, como quero contagiar de solidariedade todos que fazem a FECOOPACE. Estamos jun-tos nesta luta.

Contagiados pelo exemplo da Associação Peter Pan

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 410576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 4 29/01/2010 17:39:5629/01/2010 17:39:56

Page 5: Revista Fecoopace Ed:04

5| Revista FECOOPACE

PÁGINA VERDE

Entrevista: vice-governador do Estado, Professor Pinheiro

“Que continue o trabalho em harmonia entre o Governo do Estado e a categoria”

A seção Páginas Verdes da Revista FECOOPACE, edição janeiro/2010, tem a honra de apresentar a entrevista com o Exmo. Sr. Vice-Governador do Es-

tado do Ceará, Professor Pinheiro.O encontro, cercado de boa-vontade e de solicitude por par-

te do vice de Cid Gomes, aconteceu no Palácio do Governo e abordou temas como o Sistema Complementar de Transportes no Estado (“a legalidade já é uma realidade e a credibilidade só se consegue com o tempo”), as saídas para o trânsito caótico de Fortaleza, Cooperativismo, meios de incentivar os permissioná-rios do Sistema, entre outros.

Confi ra!

O que motivou o Governo do Estado a abraçar o sistema de transporte complementar?

O Governo do Estado resolveu organizar o transporte no Ceará. Nós tínhamos duas realidades: o transporte feito pelas empresas de ônibus e o transporte feito pelo transporte comple-mentar. Havia muitos problemas, entre eles as linhas licitadas para transporte complementar que não funcionavam em virtude da invasão do transporte clandestino. O Governo resolveu fazer a licitação dos dois grupos exatamente para evitar esse processo que era caótico, inclusive com ameaças de morte. Nós acredita-mos que fazer isso é dar tranquilidade para quem trabalha no ramo e garantir a legalidade.

A legalidade já é uma realidade e a credibilidade só se conse-gue com o tempo. Quando assumimos a prefeitura em 2004, o transporte complementar em Fortaleza era um caos. Nós come-çamos a legalizar essa situação. A ideia é que não haja uma con-corrência entre o ônibus e a van, e sim uma complementaridade. Existem áreas que o ônibus não entra e a van entre por conta das ruas pequenas. Eu creio que nós avançamos muito nessa regula-rização e isto é fundamental para que você dê racionalidade ao Sistema de Transporte no Ceará.

Como o transporte complementar pode ajudar no trânsito caótico de Fortaleza?

São duas questões: é preciso organizar o transporte na Região Metropolitana com estações de transbordo, em que as pessoas não tivessem que vir ao centro da cidade. No início da Heráclito Graça é um caos porque você tem dezenas de carros ocupando os espaços. Quem vem de Caucaia teria que ter uma estação de transbordo no terminal de Antônio Bezerra, na Rodoviária. Com a mesma passagem, ela pegaria outra condução. O trânsito de Fortaleza está fi cando insuportável e com um aumento excessivo da frota; se não houver uma racionalização fi cará pior.

Com relação ao Cooperativismo?A cooperativa é uma experiência antiga e extremamente bem

sucedida. No Ceará nós temos experiências ruins como na área agrícola que usaram as cooperativas para levantar dinheiro pu-blico e depois dar calotes nos bancos. A gente tem que ver qual a experiência que as cooperativas de transporte estão desenvol-vendo. Pelo que sei tem sido uma experiência exitosa. No Ceará nós temos pouca tradição, mas tradição você constrói. É uma forma de organizar o negócio muito interessante.

Existe algum pensamento de incentivo do Governo aos Complementares?

Já existem algumas ações como a redução do ICMS do diesel, que já atingiu os ônibus, e que o transporte complementar tenha esse benefício, até porque a Lei não pode ser diferenciada, de vez que não se pode causar danos fi nanceiros para o outro grupo. Eu acredito que as negociações iniciadas com o Secretário da Fa-zenda, Mauro Filho, tendem a avançar e equalizar essa situação para os dois lados.

As cooperativas podem discutir com a Petrobras a redução de minérios pesados no diesel, porque isso causa um problema de saúde. Carros desregulados jogam fumaça no mundo e cau-sam um mal intenso àqueles que aspiram a fumaça tóxica. Que as cooperativas de transportes complementares entendam quão simples e efi ciente é uma regulagem dos motores utilizando um diesel de boa qualidade. É importante, ainda, ter cuidado com os ruídos, isso é ruim tanto para o trabalhador quanto para o pedestre.

A FECOOPACEGostaria de parabenizar a forma como a FECOOPACE vem

organizando o processo no Ceará. Não é um processo fácil, ele tem avanços e, às vezes, muitos recuos. A mensagem é que a tur-ma não desanime. Quero parabenizar pela persistência dos diri-gentes e esperar que a gente continue trabalhando em harmonia entre o Governo do Estado e a categoria.

Convênio com a Associação Peter PanEssa é mais uma iniciativa extremamente importante porque

se percebe a importância do Peter Pan e do hospital que cuida dessas crianças com câncer. Parabenizo a Federação e espero que os usuários colaborem, se sensibilizando para chegar a quem precisa.

Quem é o professor PinheiroO vice-governador do Estado, Francisco José Pinheiro, é pro-

fessor e pesquisador da Universidade Federal do Ceará. Gradu-ado em História pela UFC, tem especialização em História da Igreja na América Latina, pela PUC-SP; tem mestrado e dou-torado em História Social pela Universidade de Pernambuco. Lançou recentemente a obra “Notas sobre a formação social do Ceará”, resultado de sua tese de doutorado.

Pinheiro tem trabalhado no Plano de Pluarianual Participa-tivo do Estado. Apresentou o Plano de combate a desertifi ca-ção do Ceará durante a Conferência das Nações Unidas para as Questões Climáticas, em Copenhague. Ex-vereador de For-taleza, Pinheiro foi, por dois mandatos, presidente do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores de Fortaleza e ocupou o cargo de Secretário da Regional IV na atual gestão da prefeita Luizianne Lins.

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 510576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 5 29/01/2010 17:39:5729/01/2010 17:39:57

Page 6: Revista Fecoopace Ed:04

6 | Revista FECOOPACE

FAIR PLAY

Sob o slogan “Cuidar bem das pes-soas, este é o nosso caminho”, a premiada empresa Viação Urba-

na cresce em faturamento e qualidade de prestação de serviços. Na verdade os nú-meros resultam do aglomerado de duas empresas. A matriz é a própria Viação Ur-bana, e a fi lial é a Viação Dragão do Mar. O faturamento conjunto ultrapassa os 60 milhões de reais por ano. Juntas, têm cer-ca de 1.700 funcionários e uma frota de aproximadamente 400 ônibus.

A administração da Viação Urbana fi ca a cargo de Gustavo Porto; a Dragão do Mar, sob a responsabilidade de Frederico Lopes. Trata-se, pois, de administrações

distintas que se unem na hora da conso-lidação do balanço fi nanceiro. O segundo ponto de intersecção entre as duas empre-sas é o seguimento das diretrizes traçadas pelo grupo Jacó Barata, que, dentre outros empreendimentos, é também dono da Via-ção Guanabara, da Ceará Diesel, Viação Fortaleza, Via Metro e Empresa Vitória.

As premiações da Via Urbana são:

Prêmio CEPIMAR, de responsabilida-de social;

7 prêmios Delmiro Gouveia, sendo 6 por Desempenho Social e 1 por Desem-penho Econômico-Financeiro;

Prêmio ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos) de Qualidade;

Prêmios Economizar, pela melhoria na qualidade do ar;

Prêmios Maiores e Melhores do Trans-porte, patrocinado pela revista paulista Transporte Moderno, pelo quinto ano consecutivo, como a maior empresa de transporte urbano do Brasil, com base nos balanços apresentados (índices fi -nanceiros).

Graças a excelência na gestão adminis-trativa e a melhoria contínua da qualida-de dos serviços oferecidos a comunidade, a empresa recebeu em 2009 os prêmios “Maiores e Melhores” (Viação Urbana e Dragão do mar em conjunto) e o ANTP de Qualidade (Viação Urbana), que é um prêmio sabidamente desejado por todas as empresas de transporte.

Entretanto, segundo o contador Edson Peixoto, “as funções primordiais dos prê-mios são gerar sempre uma nova expecta-tiva de superação, despertar a criatividade e injetar ânimo entre os funcionários, para que não haja estacionamento da empresa na zona de conforto”.

Não obstante a problemática do trans-porte municipal (todos os ônibus têm uma cor padrão e o usuário não percebe por qual viação está sendo atendido), a empre-sa prioriza a opinião do público ao qual atende. Assim sendo, foi feita uma pesqui-sa de satisfação nas linhas atendidas ex-clusivamente pela Viação Urbana, e esta pesquisa demonstrou que mais de 80% dos passageiros estão plenamente satisfei-tos com o serviço prestado.

A COOPTRACE - Cooperativa dos Profi ssionais Proprietários de Transporte Complementar

do Estado do Ceará - participou, dia 21 de janeiro, no auditório da OCB-CE, do curso “Como realizar uma assembleia”. A Revista da FECOOPACE aproveitou a vi-sita de três diretores da Cooperativa para saber das notícias da região de Tianguá e adjacências.

Fundada em 2008 a COOPTRACE possui 122 cooperados e, segundo o di-retor fi nanceiro Aroldo Cardoso, tornou-se, aos poucos, a responsável por unir o sistema de transporte complementar da Região.

Frota em circulação atualmente

São 100 carros e uma média de 600 pessoas utilizando o serviço por dia.

As linhas que esses carros fazem

Mocambo, Flecheirinha, Pacujá, Gra-ça, Tianguá, Viçosa, Ubajara, Carnau-bal, Ibiapina, São Benedito, Guaraciaba, Moraújo,Coreaú, Granja, Camocim, Bar-roquinha e Chaval.

Maiores desafi os enfrentados

1 – O desconhecimento do que é e de como se faz o cooperativismo;

2 – O não-reconhecimento da nossa categoria por parte da administração pú-blica dos municípios;

3 – A concorrência do ilegal utilizando carros inapropriados para o transporte de pessoas. Esse fato coloca em risco a vida dos usuários e acaba por manchar a nossa imagem e a do Governo Federal afi rma o vice - presidente Francisco Roberto Lopes.

Objetivos

Para Valdemir Elias Ramos, presidente da COOPTRACE, “o maior objetivo é que a gente consiga, através dos cursos promo-vidos pela OCB, fazer com que os nossos associados entendam o que é licitação e o que é Cooperativismo”.

Completou: “Queremos unifi car a ca-tegoria para que naquela Região a popu-lação tenha um transporte de qualidade. A administração pública de cada município deve ver que o Sistema é sério”.

Considerações fi nais

“Nós acreditamos na proposta do Go-verno e agradecemos a ajuda da nossa Fe-deração. Desejamos a todos que em 2010 a gente possa estar mais unida e fortale-cida para lutar todo dia por nossa cate-goria”, conta o presidente Valdemir Elias.

Contatos Cooptrace:Rua Floriano Peixoto, 513 - Sobral-CEFone: (88) 3613.2864E-mail: [email protected]

Viação Urbana se torna a maior e mais premiada empresa de transportes públicos do Ceará

COOPTRACE e a busca constante pela união da sua categoriaNOTÍCIAS DE LÁ

Edson Peixoto, contador da Viação Urbana

Da esquerda para direita: Valdemir Elias Ramos (Presidente), Francisco Roberto Lopes (Vice Presidente) e Aroldo Cardoso Portela (Diretor Financeiro)

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 610576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 6 29/01/2010 17:39:5829/01/2010 17:39:58

Page 7: Revista Fecoopace Ed:04

7| Revista FECOOPACE

CAPACITAÇÃO COOPERATIVISTA

O Sistema OCB/SESCOOP-CE disponibilizou a programação de cursos para o I Semestre

desse ano, dividida da seguinte forma: • Cursos de Qualifi cação Profi ssio-

nal;• Cursos de Formação Cooperativis-

ta; “O programa foi baseado nas neces-

sidades das cooperativas”, afi rma Ilana Oliveira, gerente de Capacitação do Sis-tema. As cooperativas fi liadas ao Sistema receberam ofício em que deveriam listar as demandas de cada uma. Sobre a importân-cia dos cursos Ilana Oliveira se baseia no 5º Princípio do Cooperativismo, que é a Educação, Formação e Informação.

Cada cooperativa deve investir na edu-cação e na capacitação para garantir a profi ssionalização da gestão.

A Gerente de Capacitação do Sistema discorre sobre outras importantes ques-tões. Acompanhe!

DUAS FRENTES DE CAPACITAÇÃO

A qualifi cação tem como objetivo me-lhorar a função do corpo funcional da co-operativa. Buscamos dar uma formação técnica na área de atendimento ao público, inclusive na língua inglesa, visando à Copa do Mundo, e matemática fi nanceira.

A formação cooperativista é mais liga-da à gestão da cooperativa. A gente tem o FORMACOOP, curso para Conselheiro

Sistema OCB/SESCOOP-CE divulga cursos de capacitação

Ilana Maria, gerente de capacitação doSistema OCB/SESCOOP

Fiscal, curso de Contabilidade e palestras na área.

RAMO TRANSPORTE

Em 1º de abril de 2009, FECOOPACE e OCB/SESCOOP-CE desenvolveram um workshop na área de Transporte que ge-rou bons resultados. Compilamos os da-dos e chegamos a alguns cursos específi cos para o ramo, que está se estruturando. Es-tamos atentos a esse movimento. O nosso papel é a capacitação, o monitoramento e a promoção social na área cooperativista, com a profi ssionalização da gestão.

FORMACOOP

O carro-chefe do Sistema OCB/SES-COOP-CE é o FORMACOOP – Curso de Gestão Empresarial Cooperativa, cujo

objetivo fundamental é formar as coope-rativas para o exercício e a aplicação, de maneira correta, dos preceitos fundamen-tais do Cooperativismo.

ENCONTROS REGIONAIS DE

COOPERATIVAS DE TRANSPORTE

Teremos encontros nas regiões do Ca-riri/Centro Sul, Sertão Central e Norte/Vale do Aracatiaçu. Esses encontros foram pensados porque a OCB Nacional está buscando dar uma repaginada no ramo de Transporte. Esses encontros têm por obje-tivo coletar informações das três regionais do Estado. Daí deverá sair um relatório para que a OCB veja ‘a cara’ do ramo.

Confi ra o calendário completo das ações:

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 710576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 7 29/01/2010 17:40:0029/01/2010 17:40:00

Page 8: Revista Fecoopace Ed:04

8 | Revista FECOOPACE

MELHORIA DO TRANSPORTE URBANO

ETUFOR participa de Congresso Nacional da ANTP em Curitiba-PR

A Associação Nacional de Transportes Públicos promo-veu, entre os dias 29 de se-

tembro e 2 de outubro/2009, o XVII Con-gresso Brasileiro de Transporte e Trânsito. O evento, em Curitiba-PR, discutiu temas de grande relevância, como política nacio-nal de mobilidade versus desenvolvimento econômico; combate à violência e respeito aos direitos humanos no trânsito; quali-dade dos serviços de transporte e susten-tabilidade ambiental.

O Ceará participou com nove técni-cos da ETUFOR - Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza, dos quais dois apre-sentaram trabalhos: Ana Tércia – Fiscali-zação de Transporte Público e Francisco André Azo - Avaliação de Demanda no Sistema Regular – 1999/2008.

Josino de Medeiros Filho, Chefe da Di-visão de Fiscalização da ETUFOR, con-ta como foi o Congresso da ANTP, fala do Trânsito de Fortaleza e do Sistema de Transporte Complementar.

Como foi a participação da ETUFOR no evento?

Nós tivemos a participação de nove técnicos no Congresso ANTP de Trans-portes com duas apresentações de traba-lho. Tivemos, ainda, a oportunidade de

conhecer um outro modelo de transpor-te. É muito importante visualizar, in loco, alguns conhecimentos acadêmicos. Apro-veitamos a oportunidade para comparar o que foi feito em Fortaleza com outros modelos aplicados em outras capitais do País. Tivemos a oportunidade conhecer a fábrica da NEOBUS e BUSSCAR. Nós vi-mos o processo de fabricação e montagem de uma carroceria e fomos muito bem re-cebidos.

Qual tem sido o maior desafi o enfrentado pela ETUFOR?

Hoje a ETUFOR, no que tange ao ge-renciamento, busca oferecer um sistema de boa qualidade combatendo o transpor-te irregular em todas as modalidades. É obrigação da ETUFOR encontrar meca-nismos para melhorar a fl uidez do tráfe-go e ofertar o maior número possível de viagens além de atender essa demanda crescente.

O que está sendo feito?

Para Fortaleza nós temos o TRANS-FOR que é o projeto de alargamento de ruas e avenidas além da abertura de novas vias. Construção de elevados, viadutos, aquisição de veículos de alta capacidade que deverá estar disponível em 2 anos até por conta da Copa e o transporte deverá fl uir de maneira mais tranquila. Está sen-do estudado a questão do Centro. Hoje já estamos impedindo que alguns ônibus entrem no miolo do centro. Existe a pos-sibilidade de a gente priorizar algumas ruas, dentro do centro, exclusivamente para ônibus. Nós vamos ter uma resistên-cia muito grande por conta dos estaciona-mentos e comerciantes.

É uma coisa que tem que ser muito es-tudada porque quando você faz determi-nado tipo de impedimento é preciso pen-sar nas consequências. Nós vamos agen-

dar, a partir do dia 4 de janeiro, uma visita ao DETRAN para defi nirmos essa ques-tão do trajeto de todos os veículos que realizam o intermunicipal para vermos até onde eles podem entrar no centro. O desafi o maior é conseguirmos desenvolver mecanismos para dar maior fl uidez aos veículos e transporte público com vias ex-clusivas como a Bezerra de Menezes. Isso será feito em outras avenidas. Temos que dar confi abilidade ao sistema.

Com relação ao número expressivo de carros nas ruas de Fortaleza?

Com relação ao número crescente de veículos de passeio assusta e a gente vê a quantidade de veículos que estão rodan-do. É algo importante e os nossos técnicos estão empenhados em tentar aumentar a velocidade do veículo de transporte pú-blico. Os veículos estão perdendo muitas viagens em terminais porque você não consegue atender aquele horário e o usu-ário não confi a.

E o Sistema de Transporte Complemen-tar?

Por conta da regulamentação do de-creto que diz que eles só podem parar nas paradas de ônibus melhorou signifi cativa-mente o trânsito. Antes qualquer pessoa que desse a mão ele metia o pé no freio e não queria nem saber quem vinha atrás. Hoje se a van parar fora da parada ele está passível de repreensão. Os usuários reclamavam muito e com a legislação nós conseguimos fi scalizar. Num primeiro mo-mento nós apreendemos os carros e senti-mos, pouco tempo depois, uma melhora.

José Josino de Medeiros Filho é servi-dor Concursado da ETUFOR desde 1993, ocupa a Chefi a da Divisão de Fiscalização. Formado em Pedagogia, é Especialista em Gestão de Transporte Público pela UFC – Universidade Federal do Ceará.

Josino de Medeiros, chefe da divisão de fi scalização da ETUFOR

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 810576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 8 29/01/2010 17:40:0429/01/2010 17:40:04

Page 9: Revista Fecoopace Ed:04

9| Revista FECOOPACE

MEMÓRIA - 2ª PARTE

Apoios determinantes

Essa conquista teve a interferên-cia importantíssima de nossa Prefeita Dra. Louisiane Lins,

como autoridade máxima municipal, e a

abnegação de nosso à época candidato a presidente do SINDIVANS, Sr. Antônio de Pádua Chaves, juntamente com seus pares de Diretoria (Marcos César Bezerra No-bre, Waldembergue Rodrigues Praciano, não desmerecendo outros nomes tão im-portantes quanto os aqui citados. Há que se considerar o mérito de eles terem ban-cado a Cootraps, que é a sucessora da Co-tracks, primeira cooperativa de transporte no município de Fortaleza, que teve como ultimo presidente o saudoso Sr. Sebastião Vidal Barbosa da Silva (in memorian).

Em outras palavras, as pessoas acima citadas conseguiram nos resgatar da ex-clusão do Sistema de Bilhetagem Eletrô-nica, com a possibilidade de inserir toda a Categoria no Sistema Não bastasse esse grande feito, conseguiram ainda alavancar o conceito do modal, inclusive tendo o re-conhecimento nacional da Organização Administrativa, Operacional e Social do Sistema de Transporte Público Comple-mentar de Passageiros no Município de Fortaleza.

O advento do caixa único

As conquistas acima citadas propicia-ram ainda outras conquistas que consoli-daram as boas perspectivas de crescimen-to com a estruturação de infraestrutura operacional, garagens com abastecimento da frota, ofi cina para pequenos reparos, manutenção preventiva e corretiva e tal-vez a mais importante entre tantas: as ade-sões das coordenações de Linhas ao caixa único.

O caixa único teve como fato de des-taque o aumento signifi cativo de passa-geiros, sem a necessidade de recursos por parte dos operadores da popular “escova-da”, que vem a ser o companheiro de linha que deixava o companheiro seguinte sem passageiros, uma vez que o “escovador” segurava o quanto podia para levar a fatia maior do bolo, deixando o próprio com-panheiro a ver navios.

Isso hoje é passado, pois todos cum-prem seus horários religiosamente, sendo monitorados e orientados para a pontua-lidade. Tal fato aumentou a confi ança do usuário por dois motivos: o menor tempo entre os veículos da mesma linha e a cer-teza de que chegará ao compromisso assu-mido em tempo hábil.

A realidade dos transportes complementares nos dias de hojeXilon de Souza (Presidente da COOPTRATER)

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 910576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 9 29/01/2010 17:40:0529/01/2010 17:40:05

Page 10: Revista Fecoopace Ed:04

10 | Revista FECOOPACE

*Pedro Henrique Alcino

A pressa pede passagem em nossas vidas

É a s s i m que tra-t a m o s

no dia-a-dia, nos-sas atividades, seja no trabalho, na academia, na faculdade e pas-mem-se, até em velórios. Imagine um funeral em que as pessoas se despedem do morto sem sair

de seus veículos: basta entrar numa fi la, estacionar por alguns minutos e, da jane-la do carro, o motorista e seus acompa-nhantes podem registrar sua presença, ver o caixão e prestar ao morto uma última homenagem.

Você imaginou? Pois bem. Isso já acon-tece nos Estados Unidos. Os velórios dri-ve-through, copiado do estilo McDonald´s de servir. E por mais absurdo que pareça, é apenas um dos milhares exemplos de nos-sa realidade: a pressa.

Recentemente um escritor canadense relatou em uma entrevista concedida a Rede Record, que hoje, a gente olha para o relógio, não para saber que horas são,

mas para ver quanto tempo falta. Estamos sempre correndo para fazer alguma coi-sa. E dessa forma, foram introduzidos em nosso vocabulário varias expressões como “superatrasado”, “em cima da hora”, “morrendo de pressa”, dentre outras.

Portanto, é nesse espírito de “apressa-dos” que adotamos o hábito de conciliar várias atividades ao mesmo tempo. Dirigir falando ao celular; ler com a TV ligada; responder e-mail enquanto engolimos o lanche; participar de uma reunião aten-dendo telefone.

A multitarefa é um exercício diário que muitos denominam de virtude, outros de loucura. Independente do que você acre-dita ser esse malabarismo de coisas, a cer-teza é de que o nosso cérebro não atende a tudo com tanta precisão. Podemos até fazer várias atividades ao mesmo tempo, mas a chance de fazê-las bem feitas é mí-nima. E o desgaste mental costuma ser imenso.

Em um programa recente do Globo Repórter, um japonês de 103 anos, nos ensinou algumas técnicas de como chegar à longevidade. Dentre seus aconselhamen-tos, exemplifi cou que deveríamos sempre que nos alimentar, mastigar no mínimo trinta vezes. Imagine isso no meio de tan-

tas tarefas que lhes aguarda após aqueles limitados minutos de “almoço”. Sendo que esse tal ritual de alimentação, não po-deria ser de no mínimo quarenta minutos.

A velocidade vicia. E, como todo vício, pode trazer prejuízos para a saúde. O rit-mo descontrolado estimulado pelas novas tecnologias atinge nossas vidas através de uma aceleração que resulta diretamente na máquina humana: a irritação, ansiedade, o cansaço e, acima de tudo, uma intolerân-cia imensa com os nossos próprios limites. Querer fazer tudo às pressas, ou tudo ao mesmo tempo, tem nos roubado de nós mesmos. Tentar fazer uma coisa de cada vez, pode parecer banal, mas nos deixa mais próximo da tão sonhada qualidade de vida. Viver com o pé no acelerador, como se tudo fosse “para ontem”, é mal-tratar o presente e – o que é pior – pode comprometer certamente o futuro. Mas infelizmente não posso dar o bom exem-plo, pois nesse momento em que escrevo, estou jantando um delicioso pedaço de pizza mussarela, para não “perder muito tempo”, claro.

*Jornalista e presidente da Cootrasc

OPINIÃO

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1010576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 10 29/01/2010 17:40:0729/01/2010 17:40:07

Page 11: Revista Fecoopace Ed:04

11| Revista FECOOPACE

Conselheiro Fiscal e um dos funda-dores da FECOOPACE, Ademir Vasconcelos Barroso é diretor da

COOPERTEC – Cooperativa de Transporte Complementar de Passageiros do Municí-pio de Caucaia e um otimista em relação ao futuro dos transportes complementares no Estado.Aos 56 anos, vivenciou cada etapa do nasci-mento do transporte complementar no Esta-do. Orgulha-se de dizer que, com a ajuda de uma equipe batalhadora, idealizou o sistema de transporte “parecido como o que se en-contra hoje”. Confira a seguir alguns de seus pontos de vista.

O momento atualAdemir Vasconcelos - Estou satisfeito de ver o desempenho e a projeção de toda essa equipe que tem trabalhado de forma unida. Esses companheiros passaram horas e horas em reuniões e palestras na OCB/CE. O Sis-tema de Transportes Complementares, hoje,

é uma realidade, tem projeção nacional, tem o reconhecimento do Governo, é respeitado pelo trabalho que desenvolve, através de um grupo que trouxe mais qualidade aos servi-ços, essa é a nossa compensação.

Falta de reconhecimento (maior complicador no começo da luta dos

Complementares)Ademir Vasconcelos - Os órgãos do governo não recebiam e não acreditavam no nosso trabalho, até por que não era realidade. Era apenas uma vontade de fazer com que che-gasse onde estamos agora. Hoje já somos vistos de maneira diferente. Isso nos dá a satisfação de continuar a caminhada.

O futuro do TransporteComplementar no Estado

Ademir Vasconcelos – Para o futuro, vejo mais qualidade nos serviços que prestamos, mais resultados positivos para todos. Tere-

mos um transporte complementar de pri-meiro mundo. Hoje a qualidade já é muito boa. O usuário sofrido de ontem, que bus-cava qualquer tipo de condução, hoje é feliz por ter essa opção.

O sonho de um sistema de transporte complementar de primeiro mundoAdemir Vasconcelos BarrosoQUEM É ESSA GENTE QUE VOCÊ VÊ!

Estamos vivendo em um mundo cada dia mais globalizado. Em uma so-ciedade em que deveria prevalecer a

solidariedade entre as nações, mas o que esta-mos vendo é o crescimento do EU: eu posso, eu quero, eu tenho, eu faço.

A maioria das pessoas, no trânsito, pensa apenas em si. Mas, nas ruas, precisamos ser solidários e nos preocupar com a segurança dos outros também.

Devemos encarar o trânsito como algo mais simples, como o ir e vir de pessoas e veí-culos, pensar no confl ito entre o individual e o coletivo, o público e o privado. Os psicólogos estão aí, sendo chamados a analisar estes fa-tos, para estudar, explicar e se ater como este fenômeno chamado trânsito se caracteriza. Estamos na busca de explicações para tanta

agressividade, tanta violência e tanta indife-rença aos números alarmantes dessa guerra entre homens e veículos.

A ausência de educação de pedestres e dos condutores, responsáveis por comportamentos arriscados no trânsito, contribui, e muito, não só para gerar confl itos, como para radicalizá-los, onde eles são inevitáveis.

Ficamos na certeza que somente a educa-ção, a prevenção e a escolha de princípios e valores corretos irão nos levar a um trânsito com mais humanidade, harmonia, segurança e justiça para todos. Motoristas e pedestres devem buscar uma relação de respeito e soli-dariedade, observando direitos e deveres uns dos outros.

CÁ ENTRE NÓS

Solidariedade no Trânsito?

NOTÍCIA DO CEARÁ

1.187 vistorias foram realizadas no mês de dezembro

A Empresa de Transporte Urbano de

Fortaleza (Etufor) re-alizou, durante todo o mês de dezembro, 1.187 vistorias dos ve-ículos que compõem a frota do sistema de táxi, mototáxi, trans-

porte escolar e vans. No procedimento foram avaliados itens relacionados a con-forto, funcionamento e programação vi-sual dos veículos. Ao passar pela vistoria, que acontece anualmente, o veículo recebe um selo verde que o autoriza a continuar circulando nas ruas. Um selo vermelho in-dica que o carro foi reprovado no procedi-mento, sendo liberado apenas para provi-denciar os reparos necessários.

Confi ra o número de vistorias realiza-das em cada categoria de transporte:

Complementar: 43Mototáxi: 380Táxi: 457Ônibus: 225Transporte Escolar: 82

Fonte: ETUFOR (www.etufor.ce.gov.br)

Núbia FurttadoDiretora Administrativa da [email protected]

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1110576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 11 29/01/2010 17:40:0929/01/2010 17:40:09

Page 12: Revista Fecoopace Ed:04

12 | Revista FECOOPACE

OUVIDORIA

USUÁRIO RECLAMA: Dia desses subi num complementar e li num aviso, colocado na porta de descida, que enquanto a porta estivesse aberta o carro não andava. Pois num teve nada disso! O ônibus saiu, rodou uns dois quarteirões com a porta aberta, negando o que todos liam no aviso. E aí? O que vocês dizem disso?

Um morador de Rodolfo Teófi lo.

OUVIDOR RESPONDE:Bem, caro usuário, o lamentável fato

acontecido com você é uma displicência do condutor e do seu auxiliar (cobrador), tendo em vista que o aviso fi xado na porta do veículo é uma forma de alertar do perigo de ocorrer algum acidente com o carro em movimento. É importante que quando ocorrer tais fatos, seja anotado a placa do veículo e comunicada a sua referida cooperativa para se tomar as devidas providências.

USUÁRIO OBSERVA: Já vi vários ônibus circulando com elevadores e cadeiras especiais para defi cientes. Mas aí eu pergunto: é preciso mesmo? Eu, particularmente, nunca vi um só passageiro em cadeira de rodas pegar ônibus, seja complementar, seja das linhas normais.

Luciano Bonfi m, Passaré.

OUVIDOR RESPONDE:Caro Luciano, a Constituição Federal

garante a acessibilidade para portadores de defi ciência física no transporte público de passageiros, através da Lei nº 10.098, que determina a reserva de lugares para pessoas com difi culdades de locomoção, o cadeirante. Não parece, mas no Estado do Ceará, de acordo com Associação dos Defi cientes Físicos do Ceará, existem um milhão e meio de pessoas aptas a usufruir desse direito.

USUÁRIO DEFENDE: No programa CE TV do Canal 10, dia 22 de janeiro/2010, por volta das 13 horas, uma reportagem não foi nada gentil com os complementares de Fortaleza. A matéria mostrou motoristas cortando outros ônibus, causando bagunça, corre-corre e até perigo no trânsito. Queria apenas fazer um registro: se isso foi comum há quatro, cinco anos atrás, hoje em dia não é mais. Não entendi, sinceramente, o motivo daquele ataque.

Gildemar Dantas,Centro.

OUVIDOR RESPONDE: Em nome do que fazem o Sistema

Complementar de Transporte do Estado, muito obrigado.

Ouvidoria da FECOOPACE

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1210576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 12 29/01/2010 17:40:0929/01/2010 17:40:09

Page 13: Revista Fecoopace Ed:04

13| Revista FECOOPACE

O CONTADOR

Tributação sobre a Folha de Pagamento das CooperativasMarcelo Fialho (Contador da FECOOPACE)

Registro CRC-CE: 016541/O-6 Rua Pedro Borges, 135 - Sala 1601 - Edifício PortugalCentro - Fortaleza – CEFone/Fax: |85| 3226-2144 – Cel: |85| 8722-7139E-mail: [email protected]

Consultoria Contábil para Cooperativas de Transporte

Marcelo Fialho

A Lei nº 5.764/71 regu-lamenta as sociedades cooperativas, defi ne a

Política Nacional de Cooperativismo e instituiu o regime jurídico das coo-perativas.

A legislação vem dando tratamen-to diferenciado e favorecido as socie-dades cooperativas onde a atual cons-tituição dispõe que cabe a Lei Com-plementar estabelecer normas sobre a legislação tributária das sociedades cooperativas.

Apesar de tudo, o Governo, na ânsia de arrecadar, cada vez mais, está equiparando às sociedades cooperativas as demais pessoas jurídicas com fi ns lucrativos no pagamento de tributos. Desta forma, a carga tributária que é aplicada às cooperativas é muito onerosa, principalmente quanto à folha de pagamento dos empregados.

A empresa é obrigada a elaborar mensalmente a folha de pagamento da remuneração paga devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço. (art. 225 do Decreto 3.048/1999). Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário (Art. 3º - CLT).

A Portaria Interministerial MPS/MF Nº 350, de 30/12/2009, publicada no DOU de 31/12/2009, dispõe sobre o salário míni-mo e o reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, O salário foi reajustado a partir de 1º de janeiro de 2010, em 9,68% (nove inteiros e sessenta e oito cen-tésimos por cento).

O funcionário que recebe da cooperativa um salário mínimo, receberá a partir de 01 de janeiro R$ 510,00. Sobre essa remu-neração teremos a incidência dos seguintes tributos: INSS - Em-presa: 20% + Outras Entidades (Terceiros): 5,8 % + Acidente de Trabalho: 1%; FGTS - 8% e PIS – 1%, totaliza 35,80%. Consi-derado todos os direitos dos empregados, mensalmente, teremos as despesas com vale transporte, refeição e ainda as obrigações anuais como o 13º salário e as férias. Esse funcionário terá um custo mensal para a instituição de aproximadamente R$ 998,54. Custo esse bastante alto, difi cultando a empregabilidade e a re-gularização das instituições perante o Ministério do Trabalho.

TABELAS ATUALIZADAS PARAJANEIRO DE 2010

TABELA DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS EM-PREGADO, EMPREGADO DOMÉSTICO E TRABALHADOR AVULSO, PARA PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO A PAR-TIR DE 1º DE JANEIRO DE 2010

Portaria Interministerial nº 350, de 30 de dezembro de 2009, publicada no DOU de 31/12/2009, seção 1, página 51, no título do Anexo II,

SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO(R$)

ALÍQUOTA PARA FINS DE RECOLHIMENTO AO INSS

até 1.024,97 8,00%de 1.024,98 até 1.708,27 9,00%de 1.708,28 até 3.416,54 11,00%

SALÁRIO FAMÍLIAÉ direito constitucional do trabalhador de baixa renda, pago

em razão de seu dependente. JANEIRO/2010

LIMITE VALOR

Até R$ 531,12

27,24

De 531,13 até 798,30 19,19

Tabela Progressiva para o cálculo mensal do Imposto de Renda de Pessoa Física a partir do exercício de 2011, ano-calendário de 2010.

Base de cálculomensal em R$

Alíquota %Parcela a deduzir

do imposto em R$

Até 1.499,15 - -De 1.499,16 até 2.246,75 7,5 112,43De 2.246,76 até 2.995,70 15,0 280,94De 2.995,71 até 3.743,19 22,5 505,62

Acima de 3.743,19 27,5 692,78

 Tabela de dedução por dependente na determinação da Base de Cálculo do IRPF

Ano-calendárioQuantia a deduzir, por dependente,

em R$

2010 150,69

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1310576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 13 29/01/2010 17:40:1029/01/2010 17:40:10

Page 14: Revista Fecoopace Ed:04

14 | Revista FECOOPACE

ESPECIAL: DISTRIBUIDOR

O que é e como funciona a DotFlex

A DotFlex é uma empresa de desenvolvimento de sistemas, no mercado há 10 anos. Sur-

gimos no segmento bancário, desenvol-vendo sistemas para o Bradesco, mais especifi camente para o Departamento de Marketing.

No fi nal de 2003 fomos procurados por uma cooperativa de São Paulo para desenvolvermos um pequeno módulo de controle de passe papel. Daí surgiu nos-so contato com o Cooperativismo. Hoje, nosso produto atende 100% das necessi-dades de uma cooperativa de transporte de passageiros. Trabalhamos especifi ca-mente para o segmento de cooperativas.

Nosso produto trabalha interligado com a bilhetagem eletrônica, em que co-letamos os dados dos passageiros, via-gens etc.. Estas informações se transfor-mam em uma poderosa ferramenta para o gerenciamento operacional da frota, assim como da área fi nanceira, na medi-da em que controla todo o repasse para

o cooperado, com rapidez e transparên-cia no processo, devido ser via web. Os cooperados têm as informações do seu veículo em casa.

Os diferenciais do sistema são: o ge-renciamento completo de uma institui-ção voltada ao Cooperativismo; acesso via web (hospedamos nosso sistema em um dos maiores datacenters da América Latina, com total segurança e estabilida-de); especialização no segmento de co-operativas de transporte; preço, de vez que cobramos no sistema de locação, sem grande ônus para a instituição; alta disponibilidade e agilidade no suporte.

O SGTI (Sistema de Gestão Trans-porte Inteligente) tem, entre seus prin-cipais itens, o controle operacional da frota; manutenção (corretiva e preven-tiva); controle de estoque; controle de abastecimento; remição ou repasse; cai-xa único; integração com a bilhetagem eletrônica; controle de fraude no uso dos bilhetes; controle de multas; controle fi -nanceiro; consórcio; controle de acesso e muitos outros.

A FECOOPACE assinou o contrato conosco em novembro/2009. Já reali-zamos os treinamentos iniciais, o que possibilitou à Federação dar inicio ao

cadastramento inicial no sistema, fato que irá agilizar muito os trabalhos após a instalação dos validadores.

Temos outras 25 entidades com que trabalhamos, num total de 6.280 veícu-los em outros 6 Estados; atendemos des-de cooperativas com 20 até 1500 veícu-los, que é o nosso maior cliente.

Para operar o sistema DotFlex é pre-ciso passar por capacitação. Fizemos um primeiro treinamento na sede da FECO-OPACE, durou uma semana. Após a im-plantação dos validadores retornamos para completar o treinamento. Além dis-so, temos nosso suporte, disponível para dúvidas, perguntas ou sugestões.

O Cooperativismo está avançando muito no Brasil, viajamos muito no ano de 2009 e pudemos verifi car esta realida-de por todo o país. Ficamos felizes por ver que pessoas que sofriam antes na ile-galidade do transporte estão ganhando dignidade e respeito através de coopera-tivas e federações, Brasil afora.

Paulo César, Diretor da DotFlex.

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1410576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 14 29/01/2010 17:40:1229/01/2010 17:40:12

Page 15: Revista Fecoopace Ed:04

15| Revista FECOOPACE

O câncer de próstata é a segunda

causa de óbitos por câncer em ho-mens, sendo supe-rado apenas pelo câncer de pulmão. O câncer surge quando as células da próstata pas-sam a se dividir e

se multiplicar de forma desordenada, le-vando à formação de um tumor. Os dois únicos fatores confi rmadamente associa-dos ao aumento do risco de desenvolvi-mento do câncer de próstata são:

A idade: a grande maioria dos casos ocorre em homens com idade superior a 50 anos.

História familiar: história de pai ou irmão com câncer de próstata antes dos 60 anos.

Até hoje não são conhecidas formas específi cas de prevenção do câncer de próstata. No entanto, sabe-se que a ado-ção de hábitos saudáveis de vida é capaz de evitar o desenvolvimento de certas do-enças, entre elas o câncer. Deste modo, é importante:

Fazer no mínimo 30 minutos diá-rios de atividade física;

Ter uma alimentação rica em fi -bras, frutas e vegetais;

Reduzir a quantidade de gordura na alimentação, principalmente a de origem animal;

Manter o peso na medida certa; Diminuir o consumo de álcool; Não fumar. Então, ao completar 40 anos, o ho-

mem deverá fazer visitas periódicas ao seu médico, cuja fi nalidade seria preve-nir possíveis complicações da próstata!

FISIOTERAPEUTADrª. Eliane Pinheiro E-mail: [email protected]

Câncer de ProstataSAÚDE TOTAL

Monitor de pós-venda da Ce-quip, Charles Ferreira Silva, 29 anos, trabalha há 11 no

ramo de transporte e se diz um apaixona-do por carros “desde muito cedo”. Segun-do ele, o maior problema enfrentado pelo segmento é a falta de ação preventiva de danos.

Uma verifi cação simples no motor pode, para Charles, pode impedir que o dono do veículo pare de rodar e pague um valor considerável, dependendo do caso. Com a sua experiência em manutenção, dá dicas úteis sobre como manter seu car-ro em perfeito estado.

• É necessário estipular uma quilo-metragem para verifi car o fi ltro de ar, por exemplo. As pessoas, enganosamente, dão uma sopradinha para limpar o fi ltro. É um equívoco. A pessoa acaba por danifi cá-lo. Isso faz com seja mais fácil a penetração de abrasivo para dentro do motor. Eu aconselho que a cada 15 mil quilômetros o dono verifi que as condições do fi ltro de ar.

• Aconselhamos também que na

substituição do fi ltro de combustível exis-ta também uma troca do óleo do motor. Evidentemente que é preciso perceber se existe necessidade mesmo.

• Para o carro que roda dentro da cidade e em pequenas distâncias eu acon-selho que a revisão seja feita aos 20 mil quilômetros, podendo chegar até 30 mil. O freio é outro item importante e que deve ser sempre monitorado.

• A banguela coloca a vida das pessoas em risco e além disso, a injeção eletrônica não deixa de funcionar só por-que você não está acelerando. O motor está sem tração, mas precisa permanecer funcionado.

Dicas úteis do Charles, da Cequip, sobre como manter seu carro em perfeito estado

PAPO DE MECÂNICO

Redução dos custos de operação

Controle de infraçõesGerenciamento de frotas

Acessoria logística

www.mobilecomm.com.br85-3224-8690

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1510576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 15 29/01/2010 17:40:1229/01/2010 17:40:12

Page 16: Revista Fecoopace Ed:04

16 | Revista FECOOPACE

PRIMEIRA LINHA

José Edivânio Azevedo, 40 anos, é o coordenador da linha 25. Traba-

lhou como mototaxista e comerciante até conhecer, em 1997, o ramo de transporte que, segundo ele, mudou muito e “para melhor a minha vida”. Começou traba-lhando na linha 11, até a 25 ganhar a lici-tação que o colocaria em um dos maiores percursos de Fortaleza.

Azevedo, como é conhecido no meio, é o responsável por dar qualidade e se-gurança as mais de 12 mil pessoas que transporta por dia. A linha sai todo dia do Parque Santa Maria, passa por Messe-jana, BR 116, Av. Treze de Maio e chega ao destino fi nal que é o Liceu do Ceará, em Jacarecanga, no coração de Fortaleza.

Força motrizTodo o pessoal que trabalha nessa

linha deve estar fardado, não pode usar boné e nem chinela. “Trabalham aqui co-migo 2 fi scais, mais de 44 operadores. Te-mos muitas cobradoras. Todos os carros que rodam na linha possuem o validador e o meu carro foi o segundo a colocá-lo.

A maior linha de Fortaleza mudoupara melhor a vida de um coordenador

Aqui, diariamente, tiramos o extrato do validador onde é repassado para o permissionário, para que ele acompanhe como foi o dia.

O sistema de Transporte Complementar, hojeSó aqui na linha 25 estou trabalhando há mais de dez anos. Sempre gostei de transporte. Hoje eu posso dizer que o Sistema é

totalmente diferente de quando eu comecei. Está muito mais organizado, os operadores mudaram. Foi difícil no começo porque nós não podíamos rodar em paz, tranquilamente

Azevedo, coordenador da linha 25

Edna Bezerra da Silva, 52 anos, criou sete fi lhos trabalhando de sol a sol. Permissionária, moto-

rista e cobradora, trabalha no ramo há 10 anos. Hoje é cooperada da COOPERTEC e não se arrepende de ter iniciado seu tra-balho na Avenida Leste/Oeste quando, segundo relato, o seu carro era apreendi-

do quase toda semana por órgãos fi sca-lizadores. Fundadora da Linha Araturi/Centro Edna é responsável por oferecer um transporte de qualidade a mais de 300 pessoas por dia.

De tudo um poucoDona Edna lavou roupa, vendia gás

de casa em casa, pintava raspas de ma-deira para vender em lojas de artesanato e ainda exercitava a sua paixão: arranjos de fl ores. Orgulha-se de ter um bom mari-do e sete fi lhos criados com honestidade e muito trabalho. Ela se diz recompensada por ter conquistado tudo que conquistou com o seu esforço e dos seus familiares.

Luta“Eu saio de casa todo dia às quatro

da manhã. Às 11 da manhã estou em casa almoçando. Retorno as três da tarde e termino, fi nalmente, o meu dia de traba-lho, às 23:00. O meu lazer é trabalhar”. Apesar do dia exaustivo ela diz que não

pensa em parar. A sua próxima conquista é comprar um carro mais novo. Aos pou-cos, está se capitalizando para isso.

Flores para alegrar a vida “Nunca fi z um curso, foi Deus quem

me deu esse dom”, afi rma Dona Edna. Ela se refere ao trabalho de arranjos que faz desde muito jovem. “É a minha maneira de ter uma renda extra”. Arranjo para mesa, altar e parede é a especialidade dela, que aproveita o movimento intenso do Beco da Poeira para vender, juntamen-te com sua fi lha, os jarros que variam de R$ 3,00 e podem chegar até R$ 200,00.

Feliz por ter sido bem sucedida no fi -nal do ano, ela acredita que dezembro e maio são os melhores meses para vender os seus arranjos.

Edna Bezerra Almeida da SilvaContatos: (85) 8758.1210

FAZENDO ARTE

Flores a quem tudo conquistou com seu esforço e dos familiaresDona Edna

dna Bezerra da Silvaa 5252 anos

10576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 1610576 - Revista Fecoopce Nº 04.indd 16 29/01/2010 17:40:1429/01/2010 17:40:14