Revista formigas 02

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Entrevista

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Entrevista

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Muitos diretores jovens, dei-

xam seus clubes pelo fato de

dizerem que estão muito

ocupados. Como você concilia

as atividades do clube com a

vida profissional?

“Eu sou muito hiperativo, gosto de sempre

estar em atividade, resolvi dedicar isso a igreja, há

tempo para tudo, igreja, família, trabalho, lazer, na-

morada e tudo mais, é só saber conciliar as coisas,

ou seja, ligar uma a outra, se eu conseguir fazer

com que minha família entenda que o clube é im-

portante em minha vida, que o meu chefe saiba que

de alguma forma o serviço dos desbravadores pode

trazer benefício a minha instituição e que minha

namorada esteja sempre nas atividades do clube,

automaticamente farei com que os momentos do

clube sejam momentos de lazer ao lado de amigos,

essa é a idéia.”

Dê onde vem tanta criativida-

de para envolver os meninos

de seu clube?

“Eu dedico minha vida ao clube, então em todas

as coisas que faço eu logo imagino como seria levar aquilo

para o clube, converso com a diretoria e conselheiros, eles

abraçam a idéia e sempre dá certo, sem o esforço de cada

um muitas programações que fizemos jamais dariam cer-

to, as vezes eu chego com o “esqueleto” de uma idéia e a

galera do clube logo aprimora e fica muito melhor. Talvez

o fato da liderança de nosso clube estar na média de 18 a

30 anos de idade ajuda na realização de programas criati-

vos, eles sabem o que o desbravador anseia.”

“Eu sou muito perfeccio-nista, então as vezes quero

que os líderes de nosso clube também sejam, esqueço que

eles também são jovens e estão aprendendo assim como eu, te-nho bastante frieza para lidar

com situações adversas, me sinto a vontade resolvendo pro-

blemas, as vezes ficamos um pouco mais alterados, mas

‘perder a cabeça’ não me lem-bro que isso tenha acontecido.”

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Qual foi a situação mais emoci-

onante encarada pelo clube?

“Eu sou muito perfeccio-nista, então as vezes quero

que os líderes de nosso clube também sejam, esqueço que

eles também são jovens e estão aprendendo assim como eu, te-nho bastante frieza para lidar

com situações adversas, me sinto a vontade resolvendo pro-

blemas, as vezes ficamos um pouco mais alterados, mas

‘perder a cabeça’ não me lem-bro que isso tenha acontecido.”

Difícil escolher uma, mas é uma emoção

contínua e que esperamos que acabe em breve, se

trata de uma família que faz parte do clube, a Valdi-

rene (mãe) e seus 05 (cinco) filhos (a), quando a

igreja/clube ficou sabendo da barra que eles en-

frentam com o caso de Leucemia do moleque de 05

anos, o Darlan está fazendo tratamento na AACC,

será muito legal quando ele se curar definitivamen-

te. Outra situação inesquecível foi quando fomos

selecionados por uma mineradora para ganhar o

valor de R$ 7.406,00 para adquirir nossa Banda de

Percussão (FANFARRA).

Vocês são considerados uma

referência nacional. A que se

deve este sucesso? Sempre foi

assim?

A diretoria sempre buscou fazer o me-

lhor para o clube, não sabemos se somos refe-

rência nacional, mas dedicamos com muito

amor o nosso tempo ao clube, buscamos fazer

programas criativos, evitamos desmarcar reuni-

ões e fazemos com que cada desbravador seja

apaixonado pelo clube Formigas, temos apenas

2 anos de existência, sabemos que melhoramos

muito perto do que tínhamos há 2 anos atrás

(nada e muita vontade), ficamos felizes quando

alguns clubes de outros estados fazem contato

querendo saber mais sobre o clube ou sobre

alguma idéia específica.

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O que mais te deixa feliz na

função de diretor?

“Dessa forma tenho a oportunidade de ex-

plorar as virtudes de cada pessoa, seja de minha

diretoria até aquele desbravador que tem dificulda-

des de aprendizagem, fico feliz por conseguir moti-

var as pessoas à trabalhar para Jesus e poder contri-

buir na mudança de vida de outras.”

Muita gente diz, que trabalhar

com adolescente é complica-

do. Como você encara essa fase

em seu clube?

Trabalhar com pessoas é complicado, e com os

adolescentes não seria diferente. Os mesmos

estão entrando em uma fase de descobertas e

cabe a nós como igreja auxiliá-los a fazerem a

distinção do que é bom e do que faz mal. Eles

têm muito respeito pela minha pessoa e pelas

coisas do clube e da igreja, busco ser amigo de

cada um e não apenas diretor, isso facilita o ser-

viço da direção. Outro benefício é que aos pou-

cos conseguimos fazer com que alguns pais

apoiassem diretamente o clube, essa parceria

entre igreja, pais e direção facilita o serviço.

Qual foi a situação mais emoci-

onante que você já encarou

com algum desbravador?

Cada vez que eu ouço de um desbravador

que ele tem vontade de se batizar é uma nova

emoção. Nesses 2 anos de existenciabatiza-

mos 12 desbravadores, em nenhum momento

a diretoria força ou pressiona eles para o ba-

tismo, apenas temos um estudo bíblico co-

mandado pelo Edilson, nosso capelão. Em um

formato diferenciado ensinamos para nossos

meninos temas complicados da Bíblia. a ami-

zade que eles encontram dentro do clube

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Os pais, a igreja ou outros já

deixaram de acreditar em vo-

cê, na posição de diretor pelo

fato de ser jovem?

Sim. Já me deparei com pais que se as-

sustaram quando me viram pessoal-

mente, mas levo na boa. Gosto de de-

safios, sei de minha capacidade em li-

derar e quero aprimorar isso a cada dia,

quando fico diante de algo do tipo me

lembro de uma pregação de um pastor

que citou os grandes nomes da Bíblia e

falou as idades destes personagens, to-

dos eram muito novos quando assumi-

ram grandes situações. Busco sempre

passar confiança aos pais e fazer com

que eles confiem em mim, mas não se

isentem de suas responsabilidades co-

mo pais.

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Que recado você deixa hoje para

os jovens diretores?

“Sempre digo aos meus amigos e companheiros de

clube, quando trabalhamos para Deus, Ele trabalha

para nós. Não adianta termos apenas tempo para a

faculdade, cursos e profissionalização, temos que fa-

zer tudo isso dando prioridade as coisas de Deus.

Sou de família humilde, minha mãe é cozinheira e

cuidou de cinco filhos sozinha, mas isso nunca foi

empecilho para eu deixar de ter minha casa, meu

carro, minha profissão e as coisas que sonho. Sei

que Deus que me deu tudo isso e quero retribuir

dando-lhe todo meu tempo e dedicação. Ter orgu-

lho de sua família, se espelhar nas coisas boas

que seus pais te ensinam e trabalhar com

muita humildade, esse é o caminho. MARA-

NATA!”