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História dos protocolos de Redes sem fio André Lisboa da Conceição Júnior * Resumo: Este artigo apresenta a temática das redes sem fio, tendo como delimitação a narrativa histórica do nascimento, desenvolvimento e as inovações relativas aos protocolos de rede sem fio. São expostos todos os principais protocolos, os aspectos físicos e tecnológicos dos mesmos. A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho fora oriunda de uma criteriosa pesquisa bibliografia em livros e artigos, para colher os relatos históricos relativos a tema abordado. Palavras-chave: Bluetooth, ZigBee, 1G, 2G, 3G, 4G, 5G, UWB, Wi-Fi, Redes Sem Fio. Abstract: This article presents the theme of wireless networks, with the historical narrative of birth, development and innovations related to wireless network protocols as a delimitation. All the main protocols are exposed, as well as the physical and technological aspects of them. The methodology used for the development of the work came from a thorough bibliography search in books and articles, to collect historical reports on the topic addressed. Keywords: Bluetooth;Zig Bee;1G; 2G; 3G; 4G; 5G; UWB; Wi-Fi; Rfid; Wireless Networks. INTRODUÇÃO A necessidade sempre as mães de todas as invenções, segundo Platão, sendo assim a mobilidade tornou de fato uma carência a ser a lacuna que existia, surgiu primeiramente como um complemento as redes cabeadas que já existiam, de modo a possibilitar o aumento do raio de alcance pelas redes locais. * Graduado em Engenharia Mecatrônica. Possui experiência na área de Qualidade e processos adquirida durante a estadia no complexo industrial Ford. Revista Tempo Amazônico

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História dos protocolos de Redes sem fio

André Lisboa da Conceição Júnior *

Resumo: Este artigo apresenta a temática das redes sem fio,

tendo como delimitação a narrativa histórica do

nascimento, desenvolvimento e as inovações relativas aos

protocolos de rede sem fio. São expostos todos os principais

protocolos, os aspectos físicos e tecnológicos dos mesmos.

A metodologia utilizada para o desenvolvimento do

trabalho fora oriunda de uma criteriosa pesquisa

bibliografia em livros e artigos, para colher os relatos

históricos relativos a tema abordado.

Palavras-chave: Bluetooth, ZigBee, 1G, 2G, 3G, 4G, 5G,

UWB, Wi-Fi, Redes Sem Fio.

Abstract: This article presents the theme of wireless

networks, with the historical narrative of birth,

development and innovations related to wireless network

protocols as a delimitation. All the main protocols are

exposed, as well as the physical and technological aspects

of them. The methodology used for the development of the

work came from a thorough bibliography search in books

and articles, to collect historical reports on the topic

addressed.

Keywords: Bluetooth;Zig Bee;1G; 2G; 3G; 4G; 5G; UWB;

Wi-Fi; Rfid; Wireless Networks.

INTRODUÇÃO

A necessidade sempre as mães de todas as invenções, segundo Platão, sendo assim a

mobilidade tornou de fato uma carência a ser a lacuna que existia, surgiu primeiramente como

um complemento as redes cabeadas que já existiam, de modo a possibilitar o aumento do raio

de alcance pelas redes locais.

* Graduado em Engenharia Mecatrônica. Possui experiência na área de Qualidade e processos adquirida durante a

estadia no complexo industrial Ford.

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Um outro fato que podemos observar é que não houve uma acomodação por parte dos

desenvolvedores que tinha um objetivo bem especifico a implantação de inúmeras redes de

comunicação forem necessárias, proporcionando a inclusão de diversas pessoas de âmbito

geográfico mundial afim de integrá-los em uma grande rede.

Com a popularização da informática em esfera global, devido ao seu raio de alcance

ter se tornado tão abrangente em função da internet, as tecnologias periféricas ou de apoio

cresceram na mesma velocidade evolutiva, surgindo novos dispositivos de acesso uns mais

moderno com a disponibilidade convencional e outros com a mobilidade como principal

característica, visto isso se precisava criar redes de suporte paras as duas possibilidade, daí

surgiram à modalidade de rede sem fio, que logo se disseminaram e alcançaram os usuários

corporativos e domésticos.

As redes sem fio passaram a ser utilizadas nas mais diversas áreas, que seja nas

telecomunicações que não mais se resumia em serviços de voz como também em serviços de

dados (vídeo, dados e voz), acionamento e controle de equipamentos, transmissão de dados,

além de alcançar a conectividades entre os periféricos tornado uma alternativa complementar a

conexões convencionais e a interconexão entre dispositivos.

Essa demanda crescente culminou no surgimento de diversos protocolos para

atividades especificas, sendo assim a necessidade de padronização era eminente, em virtude

desse crescimento o IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers) que padronizou

todas as redes.

Essa evolução possibilitou o incremento no aumento da velocidade de transmissão que

possibilitou a diversificação em contra mão a todo esse processo evolutivo, havia uma

necessidade de criação de uma infraestrutura mais robusta (softwares e hardwares mais

elaborados) o que demanda em custo mais elevado e inviabilizava a utilização das redes sem

fio em aplicações mais simplórias.

Em virtude disso surgiram diversos protocolos que necessita de baixo consumo

energético, raio de alcance variável entre os seus pontos de acesso (Hot spots) e taxas de

transmissões que também são variáveis.

Essas características proporcionam a uma infraestrutura mais simples e barata, o que

incide diretamente no custo de implementação e no consumo energético. Tornando-o ideal para

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aplicações como as de interconexões entre dispositivos, acionamento e controle de

eletrodomésticos em ambientes industriais.

Essa tendência é apontada por diversos pesquisadores que preveem ainda que, em um

futuro bem próximo, onde quer que um indivíduo esteja, ele estará coberto por uma rede, seja

ela individual, doméstica ou coletiva, com acesso à Internet vinte e quatro horas por dia, sete

dias por semana.

A realidade é que, independente da tecnologia, as redes wireless atuais possibilitam

soluções viáveis para os projetos de redes onde a utilização de cabeamento convencional não é

possível ou economicamente inviável, oferecendo uma melhor relação custo/benefício.

Embora ainda permaneçam algumas dúvidas e discussões sobre a confiabilidade e a

eficiência das redes sem fio no que diz respeito à segurança na transmissão da informação, as

redes wireless atuais oferecem um gerenciamento mais fácil, simplicidade na instalação e

configuração quando comparadas às redes estruturadas. Somado a esse fato, a grande maioria

das tecnologias de redes wireless permite plena conectividade e atende aos padrões e normas

dos organismos internacionais.

TECNOLOGIAS DE REDES SEM FIO

No estuário de Long Island, apoiadas na madeira e do aço e no meio do caminho entre

Brooklyn e Montauk, estava a Wardenclyffe Tower que serviu como peça central de um

laboratório que parecia está desenvolvendo algo que parecia louco.

A missão deste cientista chamado Nikola Tesla, era levar energia elétrica sem fio até

Londres, financiados pelas JP Morgan um dos grandes investidores da Wall Street, como a

relação conflituosa entre investidores e cientistas, não tornaram o laboratório sobre o comando

de Tesla como o berçário onde nasceria as primeiros protocolos de redes sem fio, isso por quê

má decisões e muito azar impediram-no de conseguir realizar o seu grande sonho.(Trajkovic,

2005)

No períodos iniciais a tecnologia sem fio, foi marcado por grandes embates e conflitos

de um lado e do outros exemplos gloriosos de grandes conquistas cientificas, já que seu

desenvolvimento é complexo e estava ligadas ao desenvolvimento das primeiras teorias de

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ondas eletromagnéticas até o surgimento dos primeiros telégrafos que demorou décadas para

ser desenvolvidas.

Para que o grande passo fosse dado para chegar próximo ao que temos hoje demorou

um século, já que o avanço de enviar pequenos sinais sobre as águas foram bem vagarosos.

Depois que se alcançou objetivo e o surgimento para o que viria ser o passo inicial,

deu um passo largo para a inovação, tanto que nos últimos anos cada vez mais soluções se

tornaram possível desde a tecnologia móvel celular até o aparecimento de outros protocolos de

rede sem fio.

Quando as ideias começam a dar certo, surgem com elas outras que são aparentemente

extravagantes, no entanto isso que hoje parece ser incombinável, como foram as redes sem fio

do passado, pode ser o novo norte que se faz necessário para despertar em pesquisadores a

arregaçar as mangas, como: A transmissão da internet através de lasers fixados no espaço e

velocidades cada vez maiores de transmissão com raios de alcance cada vez maiores.

(Trajkovic, 2005)

A princípio eram apenas coadjuvantes as redes cabeadas, com o intuito de promover a

mobilidade, visualização rápida de dados independe da localização do usuário, onde os dados

são transmitidos pelo espaço livre que se constituem de meios naturais para a propagação de

sinais eletromagnéticas, promovendo uma interconexão completa, com uma grande

flexibilidade na localização entre as partes que se comunicam, sendo essa a principal diferença

entre as redes sem fio e as redes convencionais (Silva, 2004)

O processo continuou com o desenvolvimento de novas tecnologias e no aumento da

velocidade de transmissão de dados que contribuiu com a diversificação das possibilidades até

ao desenvolvimento de tecnologias para aplicações mais simples assim como o Bluetooth, com

infraestrutura mais simples e baixo consumo energético o que lhe vocaciona a tal

desinência.(Bluetooth SIG, 2000)

OS PRIMÓRDIOS DOS PROTOCOLOS DE REDE SEM FIO

O trabalho caracteriza-se por uma pesquisa qualitativa, conforme Neves afirmou, que

a “pesquisa qualitativa compreende um conjunto de diferentes técnicas interpretativas que

visam a descrever e a decodificar os componentes de um sistema complexo de significados”,

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quanto à finalidade caracteriza-se por ser uma pesquisa descritiva baseada em estudo de caso,

com coleta de dados.

O estudo foi feito a partir da pesquisa de campo por meio de questionários aplicados

com questões abertas e fechadas, seguindo o modelo sugerido por Marconi e Lakatos. O

questionário aplicado as docentes são compostas por oito questões, e o da coordenadora é

composto de dez questões. Dessa forma, o instrumento de coleta de dados foi entregue as

participantes desta pesquisa, para preservar suas identidades, utilizamos apenas as expressões

professoras e coordenadora. Na análise de dados transcrevemos em forma de citação indireta a

fala das entrevistadas dando mais verdade ao trabalho.

Um dos inventos que encurtaram as distâncias demográficas criadas após o telegrafo

para a comunidade mundial, sem dúvida foram os protocolos de rede sem fio, que hoje está

presente em diversos tipos de aplicações diferentes. (Nazareno, 2006)

Ainda podemos falar que os sinais de fumaça, que Isabel anunciou o nascimento de João

Batista a sua prima Maria, também comum meio de comunicação sem fio com o encurtamento

de distâncias demográficas.

Muitos dirão que os pombos correios foi o ponta pé inicial para o que temos hoje e o

Paul Reuter, deve ser considerado o patriarca do que hoje parece para muitos tão comum e que

o pontapé inicial se deu ainda lá no século XIX. (Blazich, 2019)

Nos anos que se seguiram a tecnologia estava nascendo chamada de telegrafia sem fio,

também chamada de radiotelegrafia, que tem esse nome em virtude da propagação de ondas

eletromagnéticas de rádio tendo o ar como meio de transmissão com os pulsos curtose longos

alternados, também conhecido como Código Morse, onde o receptor capitas para o sinal

codificado e o traduz em texto pelo operador que a recepciona, esse método permitia que longas

distancias fossem encurtadas através dessa aplicação que supria essas necessidades. (Aparecida,

2012)

A origem da tecnologia sem fio como nos conhecemos hoje deu seu ponta pé inicial

em 1865 quando o escocês James Clerk Maxwell publicou um artigo sobre campos magnéticos

chamado “ Uma teoria dinâmica do Campo eletromagnético” que foi o marco zero, onde foral

estabelecidos conceitos básicos, não só para o desdobramentos dos protocolos de hoje, haja

vista também para outros ramos, como a teoria da relatividade do Albert Einstein. (Lima, 2019)

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Os conjuntos de equações apresentados por Maxwell possibilitaram os

desenvolvimento do entendimento da energia elétrica, teorizando em 1873 que as ondas

eletromagnéticas viajam a velocidade dá luz, isso descrito em apenas quatro equações, que hoje

são consideradas pilares para o domínio do campo eletromagnético, unificando as leis de Gauss,

leis de Ampére e a lei de Faraday.(Lima, 2019)

A existência das ondas magnéticas só foram provadas anos depois por Heinrich Hertz

após uma série de experimentos que ocorreram entre 1886 a 1889, o que proporcionou a

construção do primeiros aparelho de rádio do mundo que antes era somente visto como um

transmissor de pontos e traços de uma infrutífera máquina que produzia faíscas.

O fato de gerar centelhas não despertou o interesse do cientista alemão, que não deu a

devida atenção, que apenas considerava um experimento e que segundo ele não conseguia

provar de fato as ondas eletromagnéticas a olho nu, mesmo elas estando lá.

Como nenhum esforço é inútil, os seus ensaios possibilitaram estabelecer a unidade

que foi batizada com o seu nome, como a unidade internacional utilizada para definir a

frequência eletromagnética que passou a se chamar Hertz, os experimentos do cientista foi uma

enxurrada de novas invenções e inovações.(Lima, 2019)

No final do século XIX, surgiram o Guglielmo Marconi, que está empenhado do

desenvolvimento das comunicações utilizando redes sem fio, assim como o Nicola Tesla que

estava focado na promissora transmissão da energia elétrica sem a utilização de fios.

Marconi foi responsável pela construção da primeira estação de raio do mundo e pela

comercialização do primeiro telegrafo do mundo em 1890, durante os anos seguintes, o cientista

alemão Ferdinand Braun, desenvolvia um trabalho usado uma bobina de indução baseado nas

ideias patenteada pelo Tesla, posteriormente Marconi e Braun ganhariam Prêmio Nobel de 1909

pela Telegrafia sem fio.(Lorimer, 2017)

Tesla que notoriamente não teve tanta sorte e se recusou a dividir o Nobel de 1909

com Marconi e Braun, permaneceu cético com a possibilidade de desenvolver uma tecnologia

sem fio viável que substituísse a redes cabeadas de energia elétrica, depois de um momentâneo

fracasso, na produção de um transmissor sem fio de energia elétrica viável no antigo laboratório

em Long Island .

Tesla morreu num quarto de hotel em Nova York em 1943, pobre, depois de lutar na

justiça por 34 anos numa ação movida contra Marconi e Braun, a Suprema Corte dos Estados

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Unidos julgou procedente a sua ação e reconheceu o direito dele sobre a patente do transmissor

e o receptor que ele tinha desenvolvido e que antecedia as invenções de Marconi, assim como

as suas contribuições na invenção da telegrafia e na tecnologia de rádio, sendo essa a mais

importante contribuição e que ainda tem altíssima relevância para as redes sem fio atuais.

Também em 1943 a Galvin Manufacturing Corp (que mais tarde viria a se chamar

Motorola), lançou o Motorola SCR 300, também conhecido como “walkie talkie” ou “fale

andando”, numa tradução literal, sendo este um dispositivo de rádio com 35 kg com um alcance

de 16 a 32 km que era usado como uma mochila e ás vezes era necessário que duas pessoas

para operá-lo.

A frequência modular (FM) já havia sido patenteada na década anterior, o que antecede

o lançamento do Walkie-Talkie e que se tornou mais conhecido do que a Amplitude Modular

(AM), em virtude da possibilidade da transmissão de áudio com uma melhor qualidade.

A Galvin Manufacturing se atentou a possibilidade que um rádio FM, com vias

receptoras e emissora, possibilitaria uma conversação entre as duas pessoas, primeiros

experimentos foram utilizados em táxis, com a utilização de rádios bidirecionais em 1944 e

após a segunda guerra mundial em 1946, quando a Motorola lançou o primeiro telefone para

automóveis e neste mesmo ano a empresa passou a se chamar Motorola Inc. (Sterling, 2009)

A Infraestrutura não tardou para ser desenvolvida e esta tecnologia estivesse

disponível, então a junção entre Bell System e a Western Eletric foi a pioneira na comercializar

o serviço de Radiotelefonia móvel, através de equipamentos VHF( com faixas de frequências

muito altas) e rádios FM, dividindo-se em dois sistemas distintos: um para áreas urbanas e

outros para estradas, os equipamentos necessário era embutido no próprio carro, com a baterias

sob o capô, um transmissor no porta-malas e um fone perto do banco do motorista, logo depois

a Motorola,General Eletrics e outras empresas começaram a construir sistemas semelhantes.

(Sterling, 2009)

Cerca de 50 anos depois passaram se desenvolvido uma grande gama de equipamentos

cada vez menores, tornando a miniaturização uma obsessão e para que os novos dispositivos

pudessem ser facilmente transportados, podendo caber no bolso de um paletó ou numa pequena

bolsa.

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Os primeiros dispositivos pessoais móvel, foram apelidados de “telefones de mala”,

naquela época era considerado um grande passo para o futuro, no final dos anos de 1960 que a

Bell Labs desenvolveu a tecnologia Analógica, Advanced Mobile Phone System ( AMPS), que

foi primordial para o surgimento dos primeiros serviços moveis de telefonia pessoal, sendo os

primeiros telefones rádios são considerados o marco zero ou 0G e a tecnologia AMPS como a

1º Geração da telefonia celular.(AL-SHAHRANI, Abdurrhman; AL-OLYANI, Hammod,

2009).

GRUPOS DE REDE SEM FIO

As redes sem fio (Wireless) são padronizadas segundo o IEEE que regulamentou a

norma 802.11 e as suas versões dividindo em 4 grandes grupos em virtude do seu raio de alcance

(Dynamic Wireless, 2010)

Figura 01: As Categorias de Redes sem Fios

Fonte: http://pt.kioskea.net/contents/wireless/wlintro.php3

WPAN

A PAN, do inglês Personal Area Network, é uma rede (conectada por fios ou wireless)

com tecnologia para interligar aparelhos em uma área pessoal, com um alcance de até 10 metros.

O objetivo principal é proporcionar a comunicação entre um notebook e os outros dispositivos

do usuário (como PDAs, smartphones etc.). (TINEN, 2006)

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O conceito desse tipo de rede foi criado, em um primeiro momento, por Thomas

Zimmerman em conjunto com outros pesquisadores do laboratório de mídia do MIT

(Massachusetts Institute of Technology). Posteriormente, a pesquisa foi apoiada também pela

IBM. (ZIMMERMAN, 1995)

Ela também é chamada de WPAN, nesse caso, para ressaltar a qualidade de ser uma

conexão sem fios (Wireless). Enquanto uma WPAN normalmente utiliza o Bluetooth para o

estabelecimento da rede, uma PAN que utiliza fios para estabelecer a troca de dados o faz por

meio de USB ou FireWire.

Uma PAN ou WPAN funcionam compondo uma rede de dispositivos operando por

meio do tipo de conexão escolhida (Bluetooth, USB etc.). Por meio da configuração dos

aparelhos, eles são capazes de operar em conjunto, formando uma rede e trocando informações

entre si, podendo ser utilizada para ligar determinados dispositivos a uma rede maior ou à

internet. (ZIMMERMAN, 1995)

A diferença básica entre uma PAN e uma LAN doméstica é que a primeira é centrada

em uma pessoa, para a comunicação de um computador com outros dispositivos. Já a LAN é

uma conexão local e o objetivo é que ela possa ser utilizada por vários usuários. (Perreira, 2013)

Wireless Personal Area Network ou simplesmente WPAN são conhecidas como redes

de pequeno alcance já que seu perímetro geográfico é de 10 a 100 metros. Este escopo de rede

gira em torno do indivíduo, mas efetua a comunicação entre dispositivos móveis. Essas redes

são desenvolvidas pelo Grupo 15 do IEEE e destacam-se o Bluetooth (IEEE 802.15.1) o seu

antecessor o Infra Red ou IrDA (IEEE 802.11), ZigBee (802.15.4) e o UWB (IEEE 802.15.3).

(Semprebom, 2010).

WLAN

WLAN ou Wireless Local Area Network é uma rede local ou de alcance limitado de raio

de 100 a 300 metros. Essas redes são comumente usadas em escritórios, shopping centers,

residências e instituições de ensino em como alternativa de acesso à internet ou extensões de

redes convencionais. A principal tecnologia dessa categoria é o Wi-Fi (Wireless Fidelity) que

tem a designação IEEE 802. 11b que opera em 2,4 GHz com taxas de transmissão de até 11

Mbps. (Pinheiro, 2004).

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Tabela 01: Protocolos WLAN e suas técnicas de modulação e frequências de utilização

Fonte: http://www.wi-fi.org/discover-and-learn

Autor: próprio autor

Em virtude da grande utilização das redes locais que estão sendo comumente utilizadas

em aeroportos instituições públicas, Shopping Center, trouxe a diminuição dos custos com a

aquisição dos equipamentos e consequentemente a disseminação de redes particulares muitos

comuns nos dia de hoje, comum não só nos grandes centros urbanos, sendo essa uma alternativa

ou complemento a redes cabeadas.(CNX ANIXIER, 2009)

WMAN

As WMAN ou Wireless Metropolitan Area Network são redes metropolitanas

prioritariamente usadas em redes corporativas que atravessam cidade e até mesmo estados.

Essas redes metropolitanas também são conhecidas pelo nome de Aérea Local Rádio (LBR).

(FERNANDES, 2006)

As WMAN são normatizadas segundo o IEEE 802.16, as redes mais antigas têm taxas

de transferências de 1 a 10 Mbit´s, com alcance de 4 a 10 quilômetros. (O protocolo mais

conhecido é o WiMAX que pode atingir débitos úteis de até 70 Mbit´s), sendo que essa conexão

é utilizada na prática entre os provedores de acesso e seus pontos de distribuição.

(FERNANDES, 2006)

WWAN

Wwan ou Wireless Wide Area Network- é uma Rede de grande abrangência, também

conhecida como Rede continental, já que sua área de cobertura se estende por um país ou até

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mesmo por um continente, sendo os telefones celulares os principais dispositivos utilizados

nesse escopo de rede. (Kioskea, 2009).

Essa rede é muito utilizada em serviços de voz e dados, serviços geralmente de custo

elevado não é pelos custos com a infraestrutura como também na aquisição de frequências para

uso dessas redes, essa modalidade é muito aplicada em serviços de rádio enlace de

telecomunicações e a designação e o padrão IEEE 802.20.(Tinen, 2009)

Figura 02: Características Wwan

Fonte: http://img.auctiva.com/imgdata/1/4/7/0/6/4/webimg/85892463_o.jpg

REDES SEM FIO - BLUETOOTH

Figura 03: Bluetooth

Fonte: http://i.dell.com/images/ap/featured/promos/bluetooth_logo_147x88.gif

Surgia um promissor projeto que atraia a atenção de diversas empresa de tecnologia,

que desejavam usufrui de um sistema de comunicação em redes que não precisassem de cabos

para realizar uma interconexão entre dispositivos, com tal motivação e a gritante necessidade

de mercado foi criada a Bluetooth Special Interest Group, formado por diversas empresas que

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são gigantes no setor de tecnologia em diversas áreas (desenvolvimento de chips e unidades de

processamento, telecomunicações e produção de computadores), que entendia que a

necessidade e o valor do que viria ser aperfeiçoado. (Bluetooth SIG, 2000).

As empresas Intel, IBM, Toshiba e Nokia, estão entre as empresas que integram o

Bluetooth SIG, influenciando o processo de aperfeiçoamento da tecnologia que nascia,

permitiu-se a interoperabilidade eu uso dela nos mais variados tipos de aparelhos, não

restringindo o uso a dispositivos moveis celulares, essas empresas se uniram a Ericsson para

desenvolver o padrão que seria batizado com o nome de Bluetooth e um ano depois se

integraram ao Grupo 3Com, Lucent Technologies, Microsoft e Motorola com o propósito de

maior penetração do protocolo no mercado. (Bluetooth SIG, 2000).

Este novo protocolo de rádio, que surgia foi baseado em salto de frequência de curto

alcance de 10 a 100 metros que é visa complementar ou substituir às redes convencionais

cabeadas. Esse protocolo surgiu em 1994 após a Ericsson identificar uma deficiência do

mercado de uma tecnologia sem fio com baixo consumo energético para interconexão entre

dispositivos (fones de ouvidos, aparelhos celulares, impressoras, autorrádios etc.)

O Bluetooth Special Interest Group traduziu-se numa organização privada e sem fins

lucrativos. Ela não fabrica e nem vende produtos com a tecnologia Bluetooth, apenas trabalha

continuamente no desenvolvimento da tecnologia de redes sem a utilização de fios para

implementação desta nos produtos fabricados pelos membros do grupo. As principais tarefas

do SIG são proteger a marca Bluetooth, publicar especificações, administrar a qualificação do

programa e espalhar a ideia da tecnologia de comunicação sem fios. (Bluetooth SIG, 2000)

O protocolo tem esse nome por se tratar de uma homenagem ao 1º rei Cristão da

Dinamarca o rei Harald Bluetooth, principal responsável pela união dos povos então inimigos

da região onde hoje se situam Noruega, Suécia e Dinamarca. A tradução do nome Blatand para

o inglês é Bluetooth. Como o propósito da tecnologia é promover a colaboração entre diferentes

setores industriais, tais como computação, telefonia móvel e mercado automotivo, similar aos

feitos do monarca, seu nome pareceu apropriado para a nova tecnologia. Seu logotipo também

é em homenagem a Harald Blatand.

A união das runas nórdicas (Hagall) e (Berkanan), equivalentes a H e B respectivamente,

formam seu logotipo. (Alecrim, 2009)

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A primeira versão a 1.0 foi de 1999 e hoje se encontra na versão 2.0.[38]. Essa

homenagem se dê ao fato de o rei conseguir comandar os reinos do Noruega e da Dinamarca à

distância, em 2016 foi lançada a mais nova atualização chamada de 5.0 com aperfeiçoamento

não só das velocidades de upload e download, como o raio de alcance que chegou aos 40 m.

(Alecrim, 2009)

ZIGBEE

Figura 04: ZigBee

Fonte: http://www.vivasemfio.com/blog_images/zigbee_01.gif

No sentido de preencher um as necessidades crescentes da “sociedade da informação”,

com a revolução das comunicações tem sofrido nos últimos anos de uma forma muito intensa,

dentro do contexto dos protocolos de redes sem fio, existem múltiplas alternativas, cada uma

dentro de umas determinadas aplicações.

No dia 27 de Julho de 2005, foi apresentado ao mundo o Zigbee, tendo como entidade

responsável por este protocolo é a ZigbeeTM Alliance que é formada por 200 empresas de mais

de 20 países, que são formadas por especialistas em telecomunicações como: Motorola, Philips,

Bosh, Analog Device, Freescale e Siemens, assim como especialistas em semicondutores e

membros do IEEE, com o objetivo de pesquisa e de novos negócios, o protocolo é definido

como padrão IEEE 802.15.4.(Saleiro, 2008)

O nome ZigBee vem da analogia feita ao trabalho e a forma que as abelhas se deslocam,

sua trajetória de voo em zig-zag e a sua comunicação na de busca do néctar entre as moradoras

de uma mesma colmeia ou não. (GISLASON, 2007)

Anteriormente à adopção da nomenclatura ZigBee e da constituição da ZigBeeTM

Alliance, a responsável por esta tecnologia era a empresa Philips, sendo nessa época designado

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por protocolo Home RF Lite. Apesar de atualmente admitir distintas topologias, foi através da

topologia em malha que se lhe associou o nome.

Uma malha ZigBee apresenta múltiplos percursos possíveis entre cada dispositivo, o

que permite eliminar um possível ponto de falha, através do “zig” e “zag” da informação pela

rede. As abelhas de mel, para além de viverem “em colmeia”, voam em ziguezague e dessa

forma lhe é possível informar os restantes elementos da sua comunidade da distância, direção

e localização dos alimentos descobertos. Assim, o nome deste protocolo surge da analogia da

estrutura e modo de funcionamento da rede de comunicações para com modo de vida das

abelhas. (GISLASON, 2007)

Até o surgimento do Zigbee não existia nenhuma norma de redes sem fios em âmbito

de sensores e dispositivos de controle, que surgia como uma opção mais barata do que os seus

concorrentes Bluetooth e Wi-Fi, não só do ponto de vista financeiro, como do ponto de vista

energético com uma elevada confiabilidade.(DA SILVA, 2009)

WI-FI

Figura 05: Wi-Fi

Fonte:http://www.unifai.edu.br/upload/Noticia/%7B39EA2CCA-16BB-4728-9E9C-

F4E7DB948870%7D_wifi1.jpg

Na década de 1990, os engenheiros tiveram a percepção, que existia uma lacuna muito

grande do mercado que tinha uma eminente necessidade de desenvolver uma tecnologia não

serviria apenas para conectar pessoas de lugares longínquo diminuindo as distâncias

geográficas, utilizando as bandas de espectros disponíveis através de um meio físico que outrora

não era explorado para enviar quantidades de dados pelo ar.

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A grande mudança que ocorreu foi o fim da necessidade de não ficar os antigos redes

convencionais, para se conectar à internet, desde 1988 visionários perceberam que a decisão da

FCC se tornou possível para criar um padrão para serviços de internet sem fio.

O novo padrão foi nomeado pelo IEEE como 802.11, também foi estabelecido em 1997

uma estrutura básica, para a então rede apelidado de Fidelidade sem fio, passando a se chamar

posteriormente de Wi-Fi, o seu nome é oriundo de uma abreviação do termo em inglês "Wireless

Fidelity" que é muito confundido como um termo genérico a todas as redes sem fio e a entidade

responsável pelo desenvolvimento da tecnologia Wi-Fi Alliance não reconhece tal alusão

descabida. (Wi-Fi Alliance, 2009)

A Wi-Fi Alliance é uma composição formada por: 3Com, Nokia, Lucent Technologies

(atualmente Alcatel-Lucent) e Symbol Technologies (adquirida pela Motorola) que nasceu em

1999 com o nome de Weca e 4 anos depois passou a ter o nome que conhecemos hoje.

O Wi-Fi possui três versões que diferenciam umas das outras nos quesitos faixa de

operação e velocidade de transmissão. Aplicações principais: Redes locais internas de

escritórios, shopping centers e residências, substituindo ou complementando redes que utilizam

cabos coaxiais públicas ou privadas. (ALECRIM, 2008).

RFID

Com base nas teorias de Michael Faray e de James Clerk Maxwell ambos físicos

contemporâneos do século XIX, foram fundamentais para o desenvolvimento do RFID,

conseguiram encontrar fórmulas que descrevem bem o comportamento das ondas

eletromagnéticas, buscando ampliar a aplicação das recém criadas na época leis de

comunicação por rádio e radar.

Nicola Tesla conseguiu realizar a primeira transmissão de potência elétrica sem fio na

época possuía um grande suporte financeiro de um patrocinador e por isso realizou diversos

experimentos visando o envio de energia elétrica utilizando o ar como meio físico de

transmissão ,neste mesmo período Heirinch Hertz demostrou a propagação das ondas

eletromagnéticas e a sua possível detecção, numa época que os geradores eram capazes de criar

ondas de curtas que eram suficientes para criar experimentos com os conhecimentos que já

possuíam nesse período.

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Os primeiros dispositivos com funções análogas aos que temos hoje no RFID, foram

utilizados durante a Segunda Guerra Mundial, tanto os aliados como os países do eixo

utilizavam radar, que havia sido inventado em 1935 por Robert Alexander Watson-Watt para

detectar a aproximação de aviões, no entanto havia um problema a ser resolvido, não se

distinguia quem era aliado ou inimigo.(Manish e Shahram, 2005)

Os alemães encontraram uma solução, pensaram em movimentar as aeronaves de forma

que o sinal refletido chegasse de uma forma diferente do convencional, os britânicos

desenvolveram um sistema de identificação conhecido como IFF (identify friend or foe),

disponível em cada aeronave um transmissor, que ao receber um sinal do radar, enviava outro

sinal identificando-o como aliado.(Glover e Bhatt, 2006).

Duas décadas depois seguintes houve começaram as pesquisas demostrando que a

frequência de rádio poderia identificar de forma remota um objetivo, ainda que existisse

algumas limitações já era um avanço, no entanto adoção em larga escala os altos custos de

aquisição, falta de padronização e regulamentação para utilização das etiquetas inteligentes. A

partir de 1980, especialmente por investimento do governo americano, esse tipo de dispositivo

ganhou algumas novas aplicações.

Nos primórdios dos anos 1990, a IBM desenvolveu um sistema de RFID utilizando UHF

(Ultra High Frequency), que oferecia maior raio de alcance, maior velocidade em troca de

dados, tecnologia carecia de padrões abertos e internacionais para que fosse possibilitado o seu

desenvolvimento. (Dobkin, 2008).

A Organização Internacional de Padrões(ISO),iniciaram o processo de padronização do

RFID, mais tarde em 1999 com a fundação do MIT(Massachussets Institute of Technology) e

o apoio da Procter & Gamble e da Gillette, o Auto-ID Center (Centro de Identificação

Automática),chegaram ao padrão que nós temos hoje, sendo considerada a tecnologia que

substitui a código de barras devido a quantidade de informações que podem ser armazenadas.

Nos dias de hoje, os desafios que precisam ser superados são: Ampliação do uso de

sistemas RFID UHF são a alta absorção de ondas nessa frequência por líquidos e seu

comportamento altamente refletivo em metais, aliada a impossibilidade de ultrapassar barreiras

físicas. (Manish e Shahram, 2005).

UWB

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A tecnologia UWB ou Ultra Wide Band, funciona na faixa de 3,1 GHz a 10,6 GHz para

aplicação em redes de computadores que primeiramente desenvolvido para aplicações militares,

com o alto nível de segurança e confiabilidade como os radares em 1960, com uma pequena

interrupção, retornando apenas logo após a tese do Dr. Gerald F. Ross sobre o eletromagnetismo

no domínio do tempo ter sido lançada.

Logo após a patente ter sido publica, fruto de 10 anos de estudo o protocolo UWB, teve

a sua primeira demonstração ao grande público, o padrão de transmissão sem fio UWB utiliza

sinais de rádio de baixa energia na forma de pulsos curtos.

Com a geração de milhões de pulsos por segundo, o UWB pode transmitir grandes

quantidades de dados por segundo, que por possuir essa característica, suporta melhor as

aplicações que necessitam ao máximo de grandes larguras de banda, como por exemplo,

transmissões de vídeo via streaming. Comparado às demais tecnologias wireless, o UWB pode

transmitir dados a mais de 100 Mbps, enquanto a máxima velocidade da tecnologia 802.11 é de

11 Mbps por segundo ou 1 Mbps para o Bluetooth. (Goldman, 2004)

Em 1994, foram desenvolvidos os primeiros aplicativos de comunicação que suportados

pela UWB, quase uma década depois, mais especificamente em 2002 a Federal

Communications Commission (FCC), divulgou o relatório de aceitação do UWB.

A ideia original era utilizá-lo como meio de transmissão de dados em alta velocidade

para estabelecer interconexões entre dispositivos eletrônicos domésticos com computadores,

periféricos e dispositivos móveis sem interferências na transmissão com celulares ou TVs.

Essa tecnologia representa a comunicação do futuro da demótica, além de ser usada no

desenvolvimento de novos produtos que necessitam de cada vez mais de banda larga.

(Goldman, 2004)

REDES DE TELEFONIA MÓVEL

A Telefonia móvel portátil, tem o seu início comercial histórico mundial em 1973,

devido a sua primeira chamada entre um telefone móvel para um telefone fixo, desmitificando

as teorias contrarias que comprovaram em abril em 1973 que a tecnologia funcionava

perfeitamente.

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Figura 06: Evolução da tecnologia celular

Fonte: Silva, 2010

A primeira rede móvel foi projetada em 1947 de forma correta, através da Bell Labs que

introduziu primeiramente nos veículos da Polícia de Nova York, sendo um período não muito

conhecido da história da telefonia, sendo a Motorola a primeira a criar um dispositivo móvel

desenvolvido para ser utilizado forma do automóvel.(Sterling, 2009)

Em 1977 foram dados os inícios dos testes de campo, num modelo tecnológico que

pudesse atuar dentro de uma área limitada, denominada de célula de comunicação, onde o

dispositivo desloca-se entre as células havendo uma comunicação entre as células, permitindo

que estes fossem atendidos em diversas áreas da região demográfica.

Como a finalidade de alcançar uma grande área de cobertura através de um transmissor

de alta potência, utilizando as técnicas de acesso de Acesso Múltiplo de Divisor de Frequência

(FDMA), onde cada usuário era alocado em frequências distintas, com uma área de cobertura

muito boa com a limitação de número de usuários por celular.

Com uma baixa capacidade de alocar dispositivos por células, o sistema móvel da Bell

em Nova York, numa área com dois mil quintetos e oitenta quilômetros quadrados, só suportava

12 ligações simultâneas.

Com essas limitações, as agências governamentais de regulamentação, não conseguiam

atender à crescente demanda, pois não tinha condições de alocar mais espectros, ficando

evidente a necessidade de restruturação do sistema de telefonia por rádio para que se obtivesse

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uma maior capacidade, ainda que existissem poucos espectros disponíveis para que esse sistema

operasse. (AL-SHAHRANI, Abdurrhman; AL-OLYANI, Hammod, 2009).

Tal necessidade serviu mais uma vez como mola propulsora para essa solução, desse

problema que existia até então, por esse motivo em 22 de junho de 1981 a FCC, que é um órgão

regulamentador estadunidense de telecomunicações definiram o sistema telefonia móvel

celular.

Como um sistema móvel terrestre de alta capacidade, no qual as faixas de frequência de

operação em disponibilidade são divididas em canais reservados, em grupos ou em células que

tem uma determinada abrangência geográfica de serviço, podendo ter suas faixas de frequência

podem ser reutilizados em diferentes áreas de serviço. (RODRIGUES, 2000).

PRIMEIRA GERAÇÃO

Com o advento dos microprocessadores e a ascensão da telefonia móvel de celular nas

décadas de 1970 e 1980, a primeira geração da comunicação celular eram essencialmente

analógicos e utilizavam a tecnologia FDMA para a comunicação e projetado apenas para

trafego de voz, cujo os primeiros sistemas: Nordic Mobile Telecomunications

(NMT),Advanced Mobile Phone Service (AMPS),Total Access Comunications System

(TACS),Extended Total Access Comunications System (ETACS), C450 e o Radicom

2000.(AL-SHAHRANI, Abdurrhman; AL-OLYANI, Hammod, 2009).

Segundo AL-SHAHRANI e AL-OLYANI (2009), o NMT foi o primeiro sistema celular

analógico, que teve as suas operações na Escandinávia em 1979 com uma banda de frequência

de 450 MHz e posteriormente batizado de NMT 450.

O sistema em um curto espaço de tempo, necessitou de mais capacidade de banda

passando a operar em 900 MHz e foi rebatizado de NMT900. Quando o AMPS foi lançado nos

EUA em 1978 pelo laboratórios Bell, só passou a ter uma operação comercial em 1983 na

cidade de Chicago, em 1982 começaram as operações no Reino Unido através da TACS

operando na banda de 450 MHz e posteriormente a Radicom 2000, numa frequência de 200

MHz passou a operar na Alemanha e na França em 1985.(AL-SHAHRANI, Abdurrhman; AL-

OLYANI, Hammod, 2009).

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SEGUNDA GERAÇÃO

A padronização da telefonia celular europeu, devido a demanda crescente do serviço

móvel, foi necessário o desenvolvimento de sistemas que utilizam tecnologia digital, sendo a

2º geração começaram a ser comercializados no início da década de 1990 impulsionado pela

necessidade da inovação e pelo advento tecnológicos de circuitos integrados permitiam a efetiva

utilização de sistemas de transmissão digital.

As novas técnicas de codificação digital de voz, maior eficiência do espectro disponível,

melhor qualidade nas ligações, tráfegos de dados na rede e a criptografia da informação,

possibilitaram com uma maior capacidade tecnológica em vantagem sobre a antiga tecnologia

analógica.

Com esse avanço tecnológico, tiveram como resultado novos protocolos de telefonia

móvel como: GSM, CT-2 e DECT na Europa, o TDMA, também conhecido como IS-54 e IS-

136), (CDMA IS-95) nos EUA e o PDC no Japão. (CASTRO, 2009).

GERAÇÃO 2.5

Da 2º para geração 2.5 a evolução se deu pelo incremento serviços que utilizavam a

internet móvel ainda que tímida, considerado o degrau de transição entre a 2º e a 3º geração,

definido pela mídia especializada e não pelo UIT União Internacional de Telecomunicações.

Esse termo foi criado para introduzir para o grande público a utilização dos serviços de

streaming, com uma velocidade superior ao que vinha sendo oferecido na tecnologia 2G, como

as tecnologias EDGE no padrão GSM e 1xRTT no padrão CDMA. (Mishra, 2004)

TERCEIRA GERAÇÃO

A 3º geração foi marcada por duas vertentes: Criação de um Padrão Mundial enquanto,

uma outra defendia a evolução das redes e sistemas, ambas as vertentes possibilitarem a

economia de fabricação em escala dos componentes do sistema.

A segunda ganhou mais força, permitida por grandes investimentos já realizados pelas

operadoras, na implantação das redes e pelos fabricantes em processo de fabricação e

desenvolvimentos de novos produtos tivessem seus direitos protegidos. (3G Americas, 2010)

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Em comparação com as gerações que lhe antecedem foi possível introduzir aos serviços

de comunicação uma banda larga com altas taxas de Download e Upload imunes a

interferências, sendo os novos padrões desenvolvidos foram:

• UMTS: Padrão 3G que estabeleceu como a evolução para as operadoras que adotaram

a GSM e que utiliza como interface de rádio o WCDMA ou EDGE. Com taxas de

transmissão que vão de 144 kbps a 2 Mbps que variam de acordo com ambiente de

transmissão e a mobilidade do usuário, possibilitaram a inserção de novos serviços

como: streaming, transferência de grandes arquivos e videoconferências para uma

grande variedade de aparelhos como telefones celulares, PDAs e laptops. Sendo

possível graça a uma grande banda larga disponível.

• CDMA 1xEV-DO: É o padrão adotado pela tecnologia CDMA, utilizava frequências

distintas para dados e voz, mantendo a portadora para o upload da geração anterior

CMDA2000, no download utiliza a mesma do TDMA operando em 800 e 1900 Mhz.

(3G Americas, 2010).

GERAÇÃO 3.5

HSPA, HSPDA e HSUPA: Com um mercado cada vez mais competitivo, atualizações

são necessárias, quando em 2006 surgiram atualizações da rede 3G que teoricamente

estabeleciam velocidades teoricamente possíveis na casa dos 42, 3 Mbps, só que na prática

ficaram imitado aos 5 até 30 Mbps.

HSPA: é o resultado da utilização de dois protocolos de telefonia móvel, o High Speed

Downlink Packet Access (HSDPA) e do High Speed Uplink Packet Access (HSUPA). Ele

amplia e melhora o desempenho dos protocolos WCDMA existentes com taxa de dados que

podem chegar até 14 Mbps no downlink e 5.8 Mbps no uplink. (Alecrim, 2008).

QUARTA GERAÇÃO

Segundo Platão é a necessidade que é a mãe de toda invenção, menos de 10 anos após

implementação das redes 3G, a indústria anunciou o surgimento de um novo protocolo sendo

prontamente homologado pela 3GPP(Generation Partnership Project),ocupando faixas de

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frequência que variam entre 1800 Mhz até 2500 Mhz, logo após o fim da TV analógica passou

a operar também na faixa dos 700 Mhz.

Teoricamente as redes 4G, promete operando nessas frequências velocidades de até 100

Mb/s de Download e 50 Mb/s de upload, comparando com outras tecnologias baseadas no IP

como o WiMax com as velocidades beirando 1Gb/s. (Campos, 2012)

A tecnologia foi desenvolvida para obter pico de velocidade altíssimo, com a máxima

qualidade, levando em consideração a infraestrutura com um baixo custo em consideração a

geração anterior, permitindo também a mobilidade que permite operar desde 1,4 MHz até 20

MHz, com frequências 450 MHz, 700 MHz, 800 MHz, 1800 MHz, 2100 MHz, 2600 MHz

dentre outras.

Além dessa faixa herdada da TV analógica, a faixa de 1700 e 1800 também em outra

hora eram utilizadas por outros equipamentos, passou a ser utilizada por esse nicho tecnológico

também, atingindo velocidade de cerca de 20 MB, podendo chegar até ter picos de 300 MB.

(Teixeira, 2015)

GERAÇÃO 4.5

Como a busca da melhoria contínua, sendo está projetada para ser provedora de serviço

baseado em dados, com isso a necessidade da percepção do usuário de uma resposta mais rápida

para uma nova experiência pessoal, foi lançado o LTE, sendo padronizada pela 3GPP.

Com uma redundância aprimorada e permissão para conexões com outros serviços,

através do número de elementos de rede, indo na contramão do HSPA, que era uma atualização

da arquitetura UMTS, o 3GPP especificou o LTE como uma nova estrutura baseada na

comutação de pacotes de dados.

O LTE tem como objetivo principal para minimizar a complexidade do sistema e dos

dispositivos dos usuários, possibilitando uma flexibilidade do espectro através de novas

frequências, permitindo a coexistência com outras redes de outras gerações, já implantadas tipas

GSM e o WCDMA oferecendo velocidades de download e upload muito mais altas. (

DAHLMAN, 2011)

QUINTA GERAÇÃO

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Em 2008 foi criado um grupo de cooperação para desenvolvimento da chamada 5G ou

da Quinta Geração de internet móvel ou Quinta Geração de sistema sem fio, dado o ponto de

partida dos estudos do para substituir as redes 4G, num prazo pré-estabelecido em 10 anos.

A Universidade de Surrey fez um aporte de 18,6 milhões de dólares, para implantação

de um novo centro de pesquisa para um desenvolvimento da rede 5G em outubro de 2012 neste

mesmo ano, no mês de novembro a União Europeia criou o maior consórcio europeu na

pesquisa rumo ao 5G chamado de METIS, com os objetivos: De desenvolver um conceito para

um sistema de comunicação móveis e o futuro do sistema de comunicação móvel no continente.

(Osseiran,2016)

O Grupo de Trabalho 5D (WP 5D) começou Fevereiro de 2013, iniciou um estudo sobre

sistemas de telefonia móvel e as tendências tecnológicas para 2020 e mais a frente, com um

objetivo de ter uma melhor compreensão dos aspectos técnicos de comunicação móveis para

definir os próximos passos para quinta geração e a tecnologia que irá sucedê-lo mais à frente.

A Samsung Eletronics anunciou que desenvolveram o primeiro sistema 5G do mundo

em maio de 2013, neste mesmo ano um acordo conjunto entre a Índia e Israel é assinado para

o desenvolvimento da quinta geração de telecomunicações, neste mesmo ano no mês de outubro

a Nippon Telegraph Telephone – NTT lança a primeira rede 5G no mundo no Japão.

Em novembro de 2013, a Huawei investiu cerca de US$ 600 milhões para

desenvolvimento e pesquisa de uma rede 100 vezes mais rápida do que as redes LTE’s já

comercializadas mundo afora. (Osseiran, 2016)

Em fevereiro de 2015 o centro de inovação da Universidade de Surrey em no Reino

Unido, conseguiu enviar dados a velocidade de 1 Terabit por segundo, os pesquisadores

conseguiram uma taxa de transmissão 65 mil vezes acima da média dos downloads das redes

4G já comercializadas.

Em 2008 a “5G mobile communication systems based on beam-division multiple access

and relays with group cooperation”, foi criada na Coreia do sul, na Europa uma comissão

europeia Neelie Kroes recebeu investimento na ordem de € 50 milhões para pesquisas para

desenvolvimento e implantação de uma rede 5G até 2020.

O projeto METIS 2020 foi incentivado por várias empresas de telecomunicação e por

um fabricante de automóveis, para criar um padrão que fosse consenso no mundo todo, além

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disso ainda em 2013 foi iniciado um novo projeto chamado 5Green, com o foco em uma rede

5 G sustentável com um conceito ecológico.(Osseiran, 2016)

A empresa Artemis pCell Technology,anunciou em fevereiro de 2014 no seu canal do

Youtube, que a sua rede era compatível com o dispositivo 4G LTE, tais como chaves de

hardware compatíveis com o Iphone e LT, para cada célula pessoal sintetizada, um pcell, em

torno de cada antena, com a capacidade dada ao seu espectro 1000 mx maior do que a rede 4G

mais atualizada da Europa naquela época.

Com rendimentos melhores essa tecnologia possibilitava o uso dessas tecnologias

próximos a mesma antena ou num comboio ou até em locais com alta densidade de pessoas

como num estádio de futebol, muito diferente do que ocorre nas versões atuais e a

disponibilidade do sinal.

Com a miniaturização das antenas, custos mais acessível, facilidade na instalação

servem como vantagem para as empresas que desejam implantá-las em seus sites, comparado

com os antigos equipamentos 3G e 4G equipamentos que tem a máxima eficiência de

capacidade de recepção de sinal em condições adversas em áreas com grandes densidades

demográficas.(Osseiran, 2016)

O 5G oferece suporte para a WWWW (Wireless World Wide Web),atrelado a essa

altíssima velocidade, oferecimento de serviços de Jornais Multimídia devido a possibilidade de

transmissão de dados mais forte, devido a diminuição da latência da rede, que permite uma

maior eficácia, outro ganho consubstancial foi o suporte multimídia interativa, voz, streaming

de vídeo e serviços de internet, que abre a possibilidade da criação de cidades inteligentes e o

desenvolvimento de veículos autônomos. (WALL, 2016)

As metas para o futuro 5G incluem velocidades significativamente mais rápidas

(um mínimo de 1 Gbps e talvez até 10 Gbps), além de menores requisitos de energia para melhor

suportar grandes números de novos dispositivos da Internet das Coisas (IoT). Ela terá recursos

para fornecer conectividade de vários dispositivos, velocidades de dados mais altas, para citar

apenas algumas. (WALL, 2016).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Quando as primeiras teorias surgiram na década de 40 do século XX, não se imaginava

que 80 anos depois tantos desdobramentos fossem possíveis numa tecnologia que era inviável

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ser desenvolvida no século passado, tornou rumos talvez não planejados, como por exemplo o

surgimento de inúmeros protocolos de redes sem fio e as quantidade infinitas aplicações que

utilizam essa tecnologia.

Condicionadas como redes complementares as redes cabeadas, devido as suas

limitações geográficas, as redes sem fio se tornaram diversificadas, assim como tornaram

possíveis a interconexão entre diversos dispositivos sejam ele transmissores de voz, dados ou

vídeo o que o não limita a uma conexão para transmissão de arquivos.

Considera-se como um grande avanço tecnológico, hoje com um custo acessível, com

baixo consumo energético, com inúmeras possibilidades ainda a serem exploradas.

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