Revista Hobby Edição 27

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# Ano 02 nº 27 # Distribuição direcionada HOBBY informação e cultura para o seu tempo livre PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: DO LOCAL AO GLOBAL Ações individuais e coletivas podem mudar o mundo. A convergência de esforços irá garantir a sobrevivência dos seres humanos no planeta. Contribua agindo localmente.

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Edição verde

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hobbyinformação e cultura para o seu tempo livre

Preservação ambiental e sustentabilidade: do local ao global

Ações individuais e coletivas podem mudar o mundo. A convergência de esforços irá garantir a sobrevivência dos seres humanos no planeta. Contribua agindo localmente.

Muito se ouve falar hoje em dia de meio ambiente, preservação ambiental, sustentabilidade... Quando ouvimos sobre estes temas, a primeira coisa que

passa na cabeça de muitas pessoas é: “que planeta deixaremos para as gerações futuras?” Pensando nisso, a Revista Hobby, em sua edição 27, mostra que, mesmo que a ajuda seja pequena, mesmo que cada um possa fazer apenas um pouquinho, dá pra mudar muita coisa. Na busca pela preservação do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida em nosso planeta, qualquer ação, ainda que bem pequena faz diferença. E tem muita gente fazendo sua parte e é isso que estamos mostrando nessa edição. Desde instituições não governamentais a grandes empresas, descobrimos muitos colaboradores “ verdes” por aqui e algumas mudanças já podem ser vistas. Casas sustentáveis, motoristas sustentáveis, decoração ecologicamente correta e até consumo sustentável. Tudo isso pode ser visto nessa edição da Hobby. Sem falar da educação e conscientização ambiental, principalmente nas escolas, fator esse de extrema importância, pois sem a educação, nenhuma outra ação é possível.Nessa edição vamos mostrar ainda que o meio ambiente e a sustentabilidade, influenciam a vida das pessoas nos mais variados setores, inclusive na moda, onde trajes e tendências sustentáveis vêm ganhando cada vez mais espaço e adeptos. No editorial de moda dessa edição, você vai saber mais sobre o estilo Animal Print e Florestas e como ficar linda com produtos que não agridem ao meio ambiente. Objetos interessantes e feitos com materiais reciclados também podem ser encontrados no Vitrine dessa edição.E ainda tem muito mais coisa interessante nessa edição, que foi pensada e feita para que você possa “ reciclar” algumas ideias e também fazer um pouquinho para ajudar a todos nós. Esperamos que vocês apreciem nossa edição “ verde”.

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EDIE

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Diretora ExecutivaCarolina Padrão

DIRETORA EXECUTIVACarolina Padrã[email protected]

JORNALISTA COLABORADOR Karine NolascoMTB 15025/[email protected]

Bianca [email protected]

DIRETORA DE ARTEClarissa [email protected]

SOCIAL mEDIARosilane Gonç[email protected]

DEPARTAmENTO GERENCIALMelina [email protected]

FOTOGRAFIAHelenilton Pinheiro

[email protected]

[email protected]

COLABORADORES DESTA EDIÇÃOPaula BarcelosHenrique BurdJanice FrançaAlaa Abdel RaheenDenise LembiBianca CasadeiFlávio Lavareda

Os textos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores e não representam necessariamente a opinião da Revista HOBBY.

REDAÇÃORua Fernando Pinto, 280 - sala 204Bairro Centro - Sete Lagoas - MG(31) 3026-2312 :: (31) 8581-7441

HOBBY Virtualwww.revistahobby.com.brrevistahobby.blogspot.comwww.twitter.com/revista_hobby

A Revista HOBBY é uma publicação da Insight Comunicação e Cultura LTDA

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“É com lagrimas nos olhos , que venho parabenizar pela linda e emocionante matéria “A MEDICINA DA FÉ “com certeza foi a melhor matéria que li até hoje!”Karine Tavares, via facebook

“Adorei a capa e a idéia! ”Junia Villani, via facebook

Casa & Decor

No Trânsito

Livro Ao Vivo

No Consumo

No Mundo NOSSA CAPA

Artigo

Grafando a Geo

Em Casa

Na Escola

Editorial de Moda

Vitrine

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26 Cultura Kids

Ad Vocatus

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Degustar20Na Empresa

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Filho de Peixe60

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Você na Hobby62

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Faça o seu jardim um atrativo para os pássaros

Hoje, com as atribulações do dia a dia se torna cada vez mais difícil o contato direto

com a natureza. O canto dos pássaros, a tranquilidade da borboleta, a beleza das flores e o sabor das frutas colhidas no pé, são coisas que não tem preço não é mesmo? Que tal trazer isso tudo pro jardim da sua casa?Além do colorido das flores e frutos, seu jardim ganhará vida ao utilizar plantas que atraem os pássaros. As espécies que atraem esses animais, são as que podem fornecer alimento a eles, geralmente possuem pouco ou quase nenhum odor, pois nas aves o olfato é pouco desenvolvido. O que chama realmente atenção são flores coloridas, vermelhas, amarelas e laranjas além do tamanho das mesmas. Quanto maior a flor ou inflorescência, melhor! Existem várias espécies interessantes para essa finalidade, como o hibisco, camarão amarelo, caetês, trepadeiras, entre outras. É importante sempre consultar um profissional de paisagismo ou de áreas

afins para atingir corretamente o seu objetivo.Se houver espaço, porque não utilizar espécies frutíferas: pitanga, acerola, romã, jabuticaba, amora. São espécies charmosas, com frutos bonitos e delicados que compõem o visual do jardim, além de serem saborosas. Frutos doces e chamativos são extremamente convidativos. Essa estratégia de atrair pássaros é muito utilizada, algumas pessoas costumam manter bebedouros para atraí-los, mas cuidado! Se a água não for trocada diariamente, você pode causar a morte dessas aves. Cultivar um jardim florido e mais seguro, pois além da beleza das flores, você propicia a continuidade da fauna urbana. Cada espécie arbórea possui características específicas de crescimento e insolação e cada espécie de pássaro é atraía por determinadas plantas. Por isso consulte sempre um paisagista e um biólogo para utilizar as espécies corretas dentro dos padrões urbanos.

ARQUIVO PESSOAL

Paula BarcelosDesigner de Ambientes

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EntrE polêmicas E sucEssos, confErência aprova tExto sEm dEfinição dE objEtivos dE sustEntabilidadE, mas cita

Erradicação da pobrEza como maior dEsafio do mundo atualpor Karine Nolasco

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Qual o futuro que queremos? Essa é a pergunta que a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento

Sustentável, a Rio +20, esperava responder para o mundo por meio do seu documento final, um texto fruto das discussões entre os diversos negociadores durante os dez dias do evento. Considerada como uma oportunidade para construir o futuro, a Rio +20 tinha como objetivo renovar o compromisso político com o desenvolvimento sustentável, através da avaliação do progresso e das falhas na implementação das decisões

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adotadas e do tratamento de temas novos. Mas o balanço dessas discussões e o documento final dividiram opiniões. Autoridades brasileiras consideraram um avanço, enquanto que os movimentos sociais, pesquisadores e alguns líderes mundiais reprovaram a falta de ousadia do texto e acreditam que o futuro que queremos não é o que foi proposto. “O documento final, de responsabilidade do Brasil, traz compromissos como o fortalecimento do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), a criação de um Fórum Político de Alto Nível Internacional

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e o desenvolvimento sustentável com erradicação da pobreza, dentre outros. Mas faltou ousadia por parte das autoridades na exigência de definições sobre responsabilidades específicas, repasses financeiros e prazos para a adoção de medidas, por exemplo”, acredita a pesquisadora Maria Claudia Borges, que participou da Conferência. Para ela, o encontro, apresentado como histórico, foi polêmico e muito tímido, pois não trouxe resoluções importantes para o meio ambiente. “A Rio+20 entra para a história repetindo um problema de sua antecessora, de 1992, que também teve sérios problemas com os meios de implementação das políticas”, diz. O Secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que o documento final da conferência ficou abaixo das expectativas, mas estava satisfeito com o resultado. “Muitas propostas eram ambiciosas, mas cada país tem seus interesses. As negociações foram muito difíceis. Eu esperava um documento final mais ambicioso. Nosso recurso mais escasso é o tempo. A mudança climática está tendo impacto em todas as questões da nossa vida. A natureza não negocia com os seres humanos”. Para a ativista ambiental Gabriela Santos, o tom de crítica também predominou na sociedade civil

organizada, as Organizações não Governamentais. “Estamos frustrados com o resultado. Grande propaganda foi feita, disseram que o evento iria ajudar a mudar o mundo e escrever um novo futuro. Mas não foi bem assim. Temos receio do retrocesso e por isso promovemos vários protestos durante a conferência”, conta. O medo do retrocesso não é infundado, segundo a pesquisadora Maria Claudia. “Acreditamos que

“Queremos metas e prazos, o meio ambiente não pode

esperar. Entramos para a história como autores de um documento criticado

até pelo presidente da ONu. Creio que esse não

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uma das principais derrotas da Rio+20 foi a exclusão das garantias de direitos reprodutivos das mulheres, que já estava no documento. Foi uma vitória principalmente do Vaticano. As mulheres têm o direito de decidirem quando e se terão filhos. Alguns países com forte influência da igreja acreditavam que isso autorizaria o aborto. Para evitar o entrave, o termo foi retirado”, lamenta.Além desses, na opinião da pesquisadora, vários outros pontos não foram avaliados como deveriam. A ausência de estabelecimento claro e objetivo de metas e decisões para o controle da destruição do meio ambiente e a garantia de preservação das florestas do planeta são alguns deles. “Os documentos previam a declaração de combate ao desmatamento e reconhecem a importância das florestas para o equilíbrio ambiental. Portanto, há recusa em propor qualquer ação de replantio das áreas destruídas. Isso fica aquém da proposta da Presidente Dilma, que impôs seu veto ao projeto do

Código Florestal”, analisa Maria Claudia. Para a ativista Gabriela, a discussão em torno da preservação dos oceanos também deixou a desejar. “Quanto a preservação dos oceanos devido a exploração do petróleo e do gás houve forte reação dos Estados Unidos, Venezuela e Rússia, que estão interessados na exploração de petróleo, e do Japão e do Canadá, preocupados em manter a exploração industrial dos recursos pesqueiros”, avalia. Segundo Maria Claudia, no que se refere às decisões, a Rio+20 não aconteceu de verdade. “As propostas estão muito aquém das decisões que a sociedade civil no Brasil vem exigindo do próprio governo brasileiro. Reunimos uma centena de representantes dos países e pouco se avançou. O documento foi muito tímido. Queremos metas e prazos, o meio ambiente não pode esperar. Entramos para a história como autores de um documento criticado até pelo presidente da ONU. Creio que esse não seja o futuro que queremos”.

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BiANCA CASADEiJornalista

Em entrevistas de emprego, nor-malmente pedem para nomear sua principal qualidade e seu

maior defeito. Em 103% dos casos a respos-ta de todo mundo é a mesma: organizada(o) e perfeccionista (respectivamente). Ponto pra quem? Pra empresa que já sabia qual seria sua resposta, ou pra vc que foi super original em responder?Nunca ouvi ninguém dizer assim: *lavo e passo muito bem e tenho uma TPM do capeta. É melhor não criticar meu trabalho no período do dia 5 ao 7. Risco grave, com direito a atenuante em casos de crime.Mas pegando carona nesse exercício de auto definição, e a considerar que a minha vida virou um ‘livro aberto’ já que ela está sendo publicada no facebook,vou te contar aqui mais ou menos o que eu descobri so-bre mim, por enquanto.Sou otimista. Brava. Copo vazio e sujo na mesa me incomoda. ‘N’ antes de ‘P’e ‘B’ também. Já perdi meu pen drive, gosto de miojo, tenho preguiça de post de auto ajuda e não sei se ‘auto ajuda’ tem hífen. Não prestei atenção na aula sobre o pac-to de Varsóvia. Adoro azul, era cruzeirense e agora sou americana. Fiz vestibular para biologia, veterinária e direito. Formei-me em comunicação e adoro a minha escolha. Achei meu pen drive. Gosto de Friends e

não entendo o Twitter. Prefiro montanha à praia. Bebo café em xícara grande. Abri conta universitária na faculdade só pra ga-nhar um ‘case’ de CD. Quero resolver o pro-blema da violência e da fome no mundo. Não li o Pequeno Príncipe, mas assisti ao desenho. Sou devota de santo que ajudaa pagar as dívidas, daquele que cura e o das causas impossíveis. Chorei no filme O Rei Leão. Sou de Leão. Tenho óculos, mas não uso. Faço a sobrancelha com navalha. Eu ainda acho que a palavra deveria ser soM-brancelha, assim como ioRgute... Já matei um cacto por falta d´agua e tenho vergonha disso. Quando jovem desci pela porta de trás do ônibus. Hoje ainda desço mas não é errado mais. Fiquei chocada com o novo acordo ortográfico. Tenho vários apelidos, Bi, Bia, Bike´s, Linda (esse é só do Lindo) e o top 10 atualmente é Manhêee... Tenho três lindos filhos. Sou uma só. Tive gripe suína. Ri na cara do médico que me mandou fazer repouso. Minha coluna acorda chateada comigo. E eu com ela. Panfletei no sinal. Na época do cursinho eu matava aula jogando sinuca no edifício Maletta. Sou desafinada. Adoro cozinhar. Odeio carnaval. Não enten-do o ‘impedimento’ em jogo de futebol. Não adianta explicar. Não tenho raiva de ninguém. Nem do Thoco, aquele cachorro desequilibrado. Tenho tatuagem. Pinto o cabelo desde os 13 anos. Nossa tem tanta coisa... e atire a primei-ra pedra quem não se identificou em pelo menos 3 coisas desta lista! Que tal comentar???Visite a página do Livro ao vivo e me conte de vctb!

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bianca por bianca

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Todos os dias pela manhã o taxista Ronaldo Mota retira o carro da garagem e parte para o trabalho. Durante todo o

dia, e desde 1990, ele leva os clientes a diversos destinos com o seu táxi. Trabalhando até 12 horas por dia, Ronaldo nunca parou para pensar que durante esse trajeto ele pode estar agredindo o meio ambiente. “Só fiquei sabendo como os veículos prejudicam o meio ambiente quando fui renovar a carteira de habilitação. Nesses 22 anos de profissão, devido ao desconhecimento, devo ter contribuído para a poluição da natureza. Eu não sabia, por exemplo, que a regulagem do carro é tão importante”, conta. De acordo com o educador ambientalLuiz Soares Reis, grande parte da população ainda

é desinformada sobre o tema. “Muitas pessoas não entendem como podem contribuir para o meio ambiente através de atitudes corretas no trânsito. É uma falta de informação com certo comodismo. Não há muitas campanhas nesse sentido e as pessoas também não interesse em buscar as informações. Elas são acomodadas e pensam que a atitude de um só não muda nada”, explica.Para Luiz, as ações ecologicamente corretas no trânsito já começam na hora de comprar o carro. “Se possível, opte por um veículo a álcool, biodiesel ou gás natural, que são os combustíveis menos poluentes. O mais poluente é o diesel. O setor automotivo demanda de recursos como aço, petróleo, água, entre outros, além de ter

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rEgulagEm do carro, manutEnção prEvEntiva E uso do transportE público. saiba como contribuir para a prEsErvação

ambiEntal com boas atitudEs no trânsito

por Karine Nolasco

MoTorisTa SuStentável

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10 ATITUDES TRâNSITO E PRESERVAçãO AMBIENTAL

- Não jogue sujeira nas ruas e estradas; - Faça sempre a manutenção preventiva do veículo;- Fique atento com a regulagem do carro;- Descarte os resíduos nos lugares corretos, como pneu e óleo;- Opte por lava-rápidos e postos que se comprometam com o uso econômico da água;- Procure não utilizar produtos tóxicos para lavar o carro; - Promova a carona solidária;- Sempre que possível, deixe o carro em casa e caminhe;- Sempre que puder useo transporte público;- Prefira carros que utilizem combustíveis menos poluentes.

processos incessantes de emissão de poluentes contribuindo para a elevação da temperatura nas cidades e para a redução da qualidade do ar. Portanto, procure saber se a empresa fabricante do carro mantém uma postura correta com relação ao meio ambiente e se as matérias-primas utilizadas são legalizadas”, ensina.A regulagem do veículo também é de extrema importância para o meio ambiente. Sem problemas de escapamentos desregulados, vazamentos de

óleo e outros imprevistos, o carro em boas condições de funcionamento irá não só poluir menos como também evitar que por falta de cuidados peças tenham que ser trocadas e grandes reformas feitas, o que irá gerar mais lixo para a natureza.“Acredito que todo proprietário de automóvel tem que fazer um fazer um pouco mais pelo meio ambiente. Ao passear,por exemplo, seja em rodovias ou zonas urbanas, não jogue lixos pela janela do carro. Também é legal promover a carona solidária, muito utilizada pelos universitários. Quando uma ou mais pessoas fazem trajetossemelhantes, ofereça uma carona. Além de economizar no combustível e noestacionamento, quando um carro fica em casa a emissão de gases tóxicos é reduzida”, afirma Luiz.Segundo o educador é importante que as práticas sustentáveis sejam ensinadas já nas autoescolas. “É preciso ensinar os novos motoristas e orientar os mais velhos sobre a preservaçãodo meio ambiente, que é coletivo. Não podemos ter atitudes individualistas e gastar todos os recursos naturais como bem entendemos. As pessoas têm que perceber que é preciso uma mudança de hábitos. A inspeção veicular, a carona solidária, dentre outros, são apenas alguns dos cuidados para que o trânsito não agrida ainda mais o nosso meio. Se cada um de nós cuidarmos um pouco ficará muito mais fácil combater os problemas ambientais”, conclui.

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a preservaçãodo meio ambiente, que é coletivo.

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Henrique BurdChef

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Neste ano está sendo realizada, no Rio de Janeiro, a conferência Rio + 20.

Novamente estaremos tentando definir meios de melhorar o planeta, com atitudes sustentáveis, não só por parte da população, mas também por parte dos profissionais que lidam com a cozinha e com o preparo dos alimentos que comemos diariamente.Muitas vezes são ações simples, mas efetivas, que nos permitirão seguir adiante. Regras para utilização, manuseio e descarte de alimentos, óleo vegetal usado e utilização de água, esse bem tão precioso, podem ser facilmente adotadas e, com certeza, resultarão em um grande ganho para todos nós.Em 2011, o evento Mesa Sustentável reuniu chefs e profissionais de gastronomia de vários países, quando foi redigida a Carta de São Paulo, que definiu algumas ações, a seguir descritas:Conhecer o alimento que adquirimos, processamos e comemos.Conservar os meios e as condições que dão origem ao alimento.Preservar, valorizar e promover as qualidades naturais do alimento, assim como seu uso saudável.Utilizar todo o alimento que adquirimos.Remunerar adequadamente os produtores do alimento, inclusive pelos serviços ambientais providenciados para a sociedade.

Aplicar conhecimento e tecnologia inovadora para valorizar a diversidade e qualidade do ingrediente, assim como de seus usos.Honrar e respeitar diariamente o ato de comer e de preparar a comida.Além disso, devemos tentar reduzir o consumo de água e realizar a coleta consciente do óleo de cozinha, que será utilizado para a fabricação de biodiesel. Vamos preservar para poder usufruir.Receita do mês: Fondue ChinoiseIngredientes: 600 g de lagarto, filet mignon ou alcatra Caldo:1 cebola,1 talo de salsão, 1 maço de cheiro-verde, 2 cenouras, 200 g de alho-poró, quanto baste de sal, quanto baste de cravo-da-índia, quanto baste de pimenta-do-reino preta em grãos, 3 litro(s) de água Deixe a carne congelar um pouco e fatie dois pontos acima da espessura do carpaccio. Distribua a carne em um prato grande.Caldo: Coloque todos os ingredientes em uma panela e deixe cozinhar. Quando os legumes estiverem prontos e o caldo reduzido, coe e passe para a panela onde será servido. Na mesa: Cada pessoa espeta uma fatia de carne bem dobradinha no garfo de fondue e mergulha no caldo de legumes. Sirva acompanhado de molho diversos, de preferência a base de maionese. Bom apetite e até mês que vem!

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gastronomia sustentável

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Fazer,

É importantE cada um fazEr a sua partE, para salvar o mEio ambiEntE E lutar por um ambiEntE intEiro

por Bianca Casadei

reUTILIZAr

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sacolas plásticas, garrafas pet, latas de alumínio, pneus velhos, e bandejinhas de isopor. Tudo parecia

muito inocente – e útil – até que o planeta deu os sinais do seu estado de saúde. Claro que somado a inúmeras carcaças de computadores e aparelhos celulares que possuem vida perecível até o atual modelo, vão acumulando um volume de lixo que já não está cabendo mais nos aterros. Considerando que a população cresceu muito (em 1950 era de 2,5 bilhões, e em 2012 já temos 7 bilhões de habitantes) e a média de vida do ser humano também aumentou nas últimas décadas, é natural que a quantidade de lixo produzido se tornou um fator ‘arregalante’ e grave. Campanhas de conscientização tem chamado a atenção de todos sobre a importância de buscar soluções para tirar o mundo deste estado terminal. Mas é fato que ninguém abre mão da praticidade de uma fralda descartável, da latinha de cerveja gelando no isopor, e porque não lembrar das embalagens descartáveis e

(mais higiênicas) que substituíram o ‘a granel’... Pois é. Tem os dois lados da moeda. O que veio para facilitar e o que é dispensável, tanto que as garrafas retornáveis têm voltado a dividir prateleiras com as garrafas plásticas. Mas estas já encontraram um jeito de se defender e mostrar ao mundo a que veio. Vassouras, obras de arte e até residências já foram feitas a partir deste material. O importante é que as empresas e as pessoas vêm se mostrando solidárias com o meio ambiente e procurando alternativas para fazer sua parte. A Designer de Interiores, Kelly Fernandes Bechtlufft, conta que aproveita a água do enxágue das roupas lavada na máquina, para lavar o chão da área externa da sua casa, assim como dá preferência para móveis e objetos de madeira de reflorestamento. “Mudei as lâmpadas normais por lâmpadas fluorescentes e aproveito os papéis ao máximo, usando os dois lados e claro, dou prefêrencia ao papel reciclado”. Conclui Kelly.

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Cláudia Ribeiro, Gestora de Marketing, disse que além de separar as latas de alumínio, garrafas PET, embalagem de produto de limpeza e de shampoos e condicionadores, tentou separar papéis. Mas como não existe coleta seletiva no bairro onde mora, acaba não sendo muito eficiente. Quanto à compra de produtos, Cláudia deu a dica: “Neste ano dei preferência por lápis de escrever e de colorir da Faber justamente

por ser um produto sustentável. Gosto quando uma empresa apresenta embalagens recicláveis ou fórmulas biodegradáveis, mas não é o meu critério para escolher o produto”. Confessa.A comunidade Reciclagem, Jardinagem e Decoração no facebook já possui mais de 29 mil curtidas e sempre apresenta opções charmosas de como reutilizar materiais e tranformar objetos e móveis em peças interessantes para sua casa. Maria Izabel, uma das idealizadoras da comunidade revela: “Acho que a Reciclagem seja uma Arte, que se inicia ao aprender-se olhar os descartáveis e perceber seu potencial. Trabalhar o material e reutilizá-lo, dando-lhe utilidade e beleza. A reciclagem merece espaço e respeito, pois beneficia toda a sociedade. Diria que o exercício deste olhar seja solução para muitos problemas sociais e econômicos”. Maria Izabel ainda completa: “Precisamos sensibilizar as autoridades para que adotem uma política que favoreça a Coleta Seletiva, desde a conscientização popular, até a triagem e beneficiamento do material. Destaco o papel do catador, que carrega (literalmente) o peso de uma sociedade consumista e vive dessas sobras”. Para visitar a comunidade é só acessar: facebook.com/ReciclagemJardinagemEDecoracao e se encantar com as diversas possibilidades de reciclagem.

A Prefeitura de Sete Lagoas vai resolver definitivamente, nos próximos meses, o problemada falta de água na cidade. Não faltará mais água em Sete Lagoas. O projeto consiste na captação

da água do Rio das Velhas, tratamento e distribuição por toda a cidade.

A maior obrade todos os tempos

em Sete Lagoas.

Obras realizadas:• Captação de água superficial no Rio das Velhas em Funilândia• Construção de 28Km de adutorascom14km de água bruta e 14km de água tratada• Construção de Estação de Tratamento de Água convencional em Funilândia com novo laboratório• Construção de Estação Elevatória de Água

Captação de água superficialno Rio das Velhas

Distribuição por toda a cidade

13 reservatórios interligados

Estação de Tratamento de Água em Funilândia

“Acho que a Reciclagem

seja uma Arte, que se inicia ao aprender-se

olhar os descartáveis e perceber seu potencial.

Trabalhar o material e reutilizá-lo, dando-

lhe utilidade e beleza. A reciclagem merece

espaço e respeito, pois beneficia toda a sociedade

foto: divulgação

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10 ATITUDES CONSUMO E PRESERVAçãO AMBIENTAL

- Que tal levar para o trabalho a sua própria xícara do café e um copo?– Leve sacolas de tecido, ou outro material quando for fazer as compras no supermercado. Já existem algumas com estampas bem interessantes disponíveis para venda. – Vai ‘alí pertinho’? Deixe o veículo em casa e faça o percurso a pé. Um bem para a natureza e para a sua saúde!– Diminua também o consumo de energia elétrica. Apague as luzes e desligue os aparelhos eletrônicos quando não estiver usando. – Aproveite a luz do sol e durante o dia deixe as janelas abertas. Substitua as lâmpadas incandecentes pelas fluorecentes.– Mangueira não é vassoura! Quando for lavar veículos, áreas externas e calçadas dê preferência para o uso de baldes.– Evite também banhos demorados e torneiras abertas enquanto escova os dentes.– Não seque tênis ou roupas no motor da geladeira.– Brinquedos, livros, roupas e calçados podem ser doados em instituições ao invés de descartados no lixo.– E o principal: Ensine as crianças a respeitar o meio ambiente! Reparou que todas estas mudanças beneficiam também a você? Economia para o meio ambiente e para o seu bolso!

A Prefeitura de Sete Lagoas vai resolver definitivamente, nos próximos meses, o problemada falta de água na cidade. Não faltará mais água em Sete Lagoas. O projeto consiste na captação

da água do Rio das Velhas, tratamento e distribuição por toda a cidade.

A maior obrade todos os tempos

em Sete Lagoas.

Obras realizadas:• Captação de água superficial no Rio das Velhas em Funilândia• Construção de 28Km de adutorascom14km de água bruta e 14km de água tratada• Construção de Estação de Tratamento de Água convencional em Funilândia com novo laboratório• Construção de Estação Elevatória de Água

Captação de água superficialno Rio das Velhas

Distribuição por toda a cidade

13 reservatórios interligados

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JANiCE FRANçAEscritora É fim de tarde. O pai chega do trabalho em casa e vê dois vultos infantis

correndo, esgueirando-se pela casa. Logo pensa sorrindo: _Alguma coisa esses dois estão aprontando!

Seus filhos eram assim; Marcelo de 11 anos e Maria Júlia de 9 anos, quando se uniam para fazer algo era porque estavam realmente confabulando, arquitetando.Ao entrar na sala de jantar, ali sobre a mesa, estava uma folha de papel estendida, estrategicamente colocada, intitulada: CONTRATO.Segurando a folha de papel entre as mãos, o pai começa a ler:Diante deste contrato, nós, Maria Júlia e Marcelo, caso nos seja permitido ganhar um cachorro, nos comprometemos a:Ali estavam redigidos todos os itens e cláusulas com as quais os dois se comprometiam diante da, talvez, derradeira tentativa de possuir um cachorrinho.Sorrindo, sem ter muito mais o que fazer, o pai pegou a caneta e assinou o contrato no espaço reservado ao seu nome.

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_______________________________________________________________________Marcelo nasceu 2000 e Maria Júlia em 2002. Ambos naturais de Sete Lagoas, MG- Brasil

história de criança para adulto lermarcelo e maria júlia Firmam contrato

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lagoas poluídas E sErra abandonada. instituiçõEs locais, como a adEsa, lutam para prEsErvar

Essas riquEzas naturais dE sEtE lagoas E acabam contribuindo para salvar o planEta. É prEciso pEnsar

global E agir local

por Karine Nolasco

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A cIDADE em noSSAS

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FotoS: Helenilton PinHeiro

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a extensa planície coberta por lindas lagoas chamaram a atenção dos bandeirantes de Fernão Dias,

conhecido como o caçador de esmeraldas, em 1667. Atraídos pela possibilidade da existência de minério, eles chegaram a Sete Lagoas e aqui fixaram a bandeira. A partir de 1880 a cidade vivenciou uma grande expansão demográfica, com crescimento do comércio e aumento populacional. De lá para cá, em virtude do desenvolvimento econômico e social, a paisagem avistada pelos bandeirantes mudou muito. A vegetação deu lugar às ruas, às praças e às casas, que já estão virando passado, substituídas por altos edifícios.

As lagoas, antes mais limpas e cristalinas, hoje padecem com a poluição vinda das garrafas pet e sacolas plásticas. E a Serra de Santa Helena, cartão postal de Sete Lagoas, é tema de um projeto em discussão na Câmara de Vereadores que propõe a redução de sua área de proteção ambiental para a realização de um zoneamento. Não há como recuperar o que ficou para trás, mas há como preservar o que ainda temos para o futuro. E a sociedade civil organizada através das ONGs está cada vez mais atenta e mobilizada para isso. A Associação de Desenvolvimento Ambiental, Adesa, é uma dessas organizações não governamentais que luta pela preservação

ambiental em Sete Lagoas e região desde dezembro de 2000. Ela foi Idealizada pelo atual Diretor Presidente, Silvio França Linhares. “Nossa primeira ação como ONG foi organizar os catadores do Lixão em uma Associação. Me marcou muito o dia da posse da diretoria deles. Aquelas pessoas, que viviam no lixão, começavam a ter um pouco de dignidade e organização. Lembro também do abraço na Lagoa Paulino no ano de 2004, em parceria com as secretarias de ensino Municipal e Estadual. Foram mais de 4.000 participantes e foi a única vez na história da cidade que isso aconteceu”, conta Silvio. Para ele, a maior dificuldade em trabalhar com as

causas ambientais em Sete Lagoas está na esfera política. “Frequentemente colocam pessoas não qualificadas para assumir importantes cargos públicos”, diz.Para a Coordenadora Geral do Projeto Nosso Parque da Adesa, Gabrielle Lana Linhares, Sete Lagoas deixa a desejar na questão ambiental. “Não temos coleta seletiva a nível municipal, nossas lagoas estão cada vez mais poluídas e maltratadas. A qualidade do ar é péssima, temos várias siderúrgicas dentro da área urbana do município. A Serra de Santa Helena é abandonada pelo poder público, falta infraestrutura para o atendimento dos turistas. Quanto à comunidade,

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parece que os sete-lagoanos estão acordando para essas questões. Vimos isso na atual discussão sobre a APA Santa Helena. Muitas pessoas se manifestaram a favor da criação de um parque, da preservação da biodiversidade da serra. Tem muito pouco incentivo e participação das indústrias e do comércio local em geral. A evolução está vindo muito lenta, mas está”, acredita. Segundo ela,

as leis ambientais é que estão ajudando muito o trabalho. “Recentemente o Governo Federal lançou uma Lei nacional que obriga a todos os estados e municípios a terem um plano de resíduos sólidos e as indústrias um projeto. Essas Leis que fazem as coisas acontecerem. Neste sentido estamos evoluindo”, explica. Os principais projetos da Adesa, além do Nosso Parque, que pretende colaborar para a recuperação ambiental do Parque da Cascata e da Serra, são a Recuperação da Microbacia do Córrego da Cascata e nascentes do Córrego do Diogo, a Brigada Voluntária de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais, o Grupo Semente de Teatro e Educação Ambiental, o Receptivo Turístico na Serra Santa Helena e a Invernada Cultural. Além disso, a organização participa de diversos Conselhos e Comitês de Bacias Hidrográficas, bem como trabalhos pontuais desenvolvidos em parceria com representantes dos setores público e privado da região.

De acordo com a pesquisadora Maria Claudia Borges, a atuação das ONGs é de extrema importância para a sociedade. “A importância das ONGs está diretamente ligada à realização de trabalhos onde o Estado não consegue ou não tem interesse em chegar. Para isso, elas precisam contar com auxílio e doações do mesmo

e também de Instituições privadas. Esse tipo de movimento vem crescendo e fazendo a diferença em nosso país”, explica Maria Claudia. Para ela, as ONGs estão mais próximas das comunidades e seus problemas e por isso tem maiores condições de formular estratégias e projetos para melhorar a qualidade de vida do cidadão e fiscalizar a atuação dos órgãos competentes nas questões que envolvem o Meio Ambiente, por exemplo. “As ONGs sérias tem a preocupação em diminuir a enorme distância entre teoria e a prática, despertando o cidadão para a consciência ambiental. Mas essa mobilização é muito difícil”, afirma. A turismóloga e coordenadora do Receptivo Turístico da Serra de Santa Helena no Projeto Nosso Parque, Aline Abreu, também acredita que envolver a população nas questões ambientais é complicado. “As principais dificuldades são a falta de conscientização e envolvimento da população, além da falta de união dos setores envolvidos, ou seja, poder público, iniciativa privada e terceiro setor. Temos como cenário em nossa cidade uma

PrECIsamos PrEsErvar:AS LAGOAS

A Lagoa Paulino, localizada no centro de Sete Lagoas, faz parte do complexo turístico da cidade juntamente com outras seis: Boa Vista, José Félix, Cercadinho, Matadouro, Catarina e da Chácara. Elas tornam a cidade conhecida como a “Terra das Lagoas Encantadas”. Mas elas estão cada vez mais poluídas e maltratadas, pois não há coleta seletiva, manutenção periódica e conscientização da população para a preservação.

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prioridade no progresso desenfreado, deixando de lado a preservação de nossa memória patrimonial e ambiental. É comum serem vistos casarões e áreas verdes desaparecerem da noite para o dia e projetos faraônicos sendo aprovados sem o conhecimento prévio de suas consequências”, observa.

Recentemente, um projeto mobilizou a sociedade para as causas ambientais em Sete Lagoas. Trata-se da Área de Proteção Ambiental da Serra de Santa Helena (APA). O projeto propõe a redução da área de preservação da Serra para a realização de um zoneamento. Após grande manifestação popular, os vereadores de Sete Lagoas mantiveram o veto ao projeto na última reunião da casa. Em

nota, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente afirmou que é preciso apresentar à comunidade o perímetro e o zoneamento da APA e identificar da maneira mais ampla possível todos os aspectos relevantes ao objeto da audiência, além de recolher subsídios e informações para a tomada de decisões do Executivo Municipal.

Para a pesquisadora Maria Claudia, essa discussão é complexa, mas necessária. “A proposta deve ser discutida com a população e também deve envolver os proprietários, já que há áreas privadas na APA. Espero que a população, em parceria com o legislativo, realize um bom projeto para o local”, diz. A Adesa também é a favor da preservação. “A Adesa vem lutando, desde o início, pela regulamentação da APA Santa Helena. Fizemos parte do primeiro Conselho Municipal da APA e, ao longo de nossa existência, temos participado dos estudos técnicos referentes à regulamentação da área”, explica Gabrielle.Apesar das dificuldades, lutar pelas causas ambientais tem suas recompensas. “A experiência e o conhecimento adquiridos, além da oportunidade em contribuir para uma sociedade melhor é gratificante. Através das ações propostas pela organização podemos repassar nosso conhecimento e as nossas vivências a pessoas que nem sempre têm acesso às informações e

PrECIsamos PrEsErvar:A SERRA DE SANTA HELENA

A Serra de Santa Helena é o ponto de maior altitude da cidade, proporcionando o contato com a natureza através da prática de diversos esportes, como o voo livre. Em seu topo está a Igrejinha de Santa Helena e o cruzeiro, de onde se tem uma bela vista panorâmica da cidade, vales, serras e municípios do entorno. A Serra de Santa Helena é um local de natureza exuberante com mata nativa e reservas de fauna e flora localizada dentro do Parque da Cascata.

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que ficam às margens dos problemas ocorridos em nossa cidade”, acredita Aline. Para o diretor presidente Silvio Linhares, ver o resultado na prática é recompensador. “Temos um grupo de teatro e, certa vez, após uma apresentação, perto da cascata na Serra, vi duas crianças que subiram a trilha catando lixo com seus pais”, conta. FuturoA Adesa iniciará um novo projeto voltado para a coleta seletiva. Será implantado um galpão de entrega voluntária de material reciclável. A ideia é inserir a coleta seletiva através das escolas, com instalação de containers e logística para atender a

demanda. Esse projeto visa dar sustentabilidade as ações da organização. “Será uma forma das pessoas contribuírem diretamente com a causa ambiental e com o nosso trabalho. Muitos perguntam como podem ajudar a Adesa e essa será uma ótima maneira: doando o seu lixo para que possamos retorná-lo ao mercado de forma consciente”, explica Gabrielle, que daqui a 50 anos, gostaria de ver a cidade com menos lixo nas ruas, mais árvores, mais parques e mais praças conservadas. “Gostaria de viver em um lugar onde o moderno conviva com o histórico. Onde o planejamento seja participativo. E que até lá ainda tenhamos as Sete Lagoas”.

PrECIsamos PrEsErvar:O PARQUE DA CASCATA

Localizado no alto da Serra de Santa Helena, o Parque da Cascata tem uma área de 215 hectares, com mata nativa e reservas de fauna e flora. Também há um lago cercado por uma praia artificial de um lado e por mata virgem do outro. O parque é utilizado pelas comunidades locais e visitantes como fonte de lazer, esportes e turismo. Dentro do Parque é possível passear por trilhas arborizadas e praticar os mais variados esportes como mountain bike, escalada, trekking e rapel. Além disso, há a cascata, com 35 metros de queda livre.

“Gostaria de viver em um

lugar onde o moderno conviva com o histórico.

Onde o planejamento seja participativo. E que

até lá ainda tenhamos as Sete Lagoas

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DENiSE LEMBiMédica Nefrologista

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segunda-feira, início da noite, última consulta. A paciente, uma senhora

de 86 anos, entra sozinha em meu consultório. Traz os exames que eu lhe pedira para tentar esclarecer os seus sintomas. Enquanto eu lia os resultados, ela me revela o que eu jamais encontraria naquelas folhas. Tranquila, vai explicando que tudo aquilo que estava sentindo era porque, na verdade, ainda não tinha aceitado a sua nova fase. Dirijo a ela um olhar que interroga: fase? Mais uma vez, é ela quem faz o diagnóstico. Explica que nossa vida é dividida em fases, cada uma delas marcada por um acontecimento e por suas particularidades. Na minha nova fase, esclarece, estou com dificuldades para aceitar as minhas limitações, principalmente o fato de que já não poderei continuar saindo sozinha. O que venho sentindo, continua, vai passar assim que eu me adaptar ao meu último ciclo. Fico em silêncio e ela responde mais uma vez ao meu olhar. Em todas as fases, mesmo aquelas que imaginamos ser

só de alegria, como o nascimento dos filhos, ressalta, viveremos também a dor e o sofrimento. Serena, me diz que foi grata a cada nova fase que viu surgindo, mesmo as mais difíceis. Ouço encantada enquanto ela completa que, em todos os ciclos, recebeu as lições que lhe valeriam para seguir em frente e que, de tudo o que aprendeu, pode dizer que o que realmente importa é com quanto amor estaremos dispostos a enfrentar cada movimento da vida. Sem deixar de me olhar, repete que o amor fez toda a diferença. Finalizo a consulta. Nada mais haveria para ser dito por mim. Recebo, admirada, as revelações de quem está se preparando para partir mais do que para ficar. Fora ela a doutora do nosso encontro. Antes de sair completa que amou a vida que lhe foi dada intensamente e seguirá amando até despedir-se dela.

Para Dominique, que ainda tão novinha, viveu a lição de saber-se doente e soube enfrentar com coragem e amor o seu ciclo de dor e sofrimento.

divulgação

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no bolso E no mEio ambiEntEpor Karine Nolasco

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Na hora de construir ou reformar o seu imóvel você busca ideias inovadoras para diminuir o impacto ambiental? E que tal

começar a pensar no tempo em que você fica embaixo do chuveiro?Uma construção que respeite o meio ambiente e a adoção de atitudes corretas dentro de casa, além de resultar em economia para o bolso no final do mês, também ajuda na preservação do planeta.Segundo especialistas, qualquer um pode ter uma casa sustentável. E o melhor: sem grandes investimentos e ideias mirabolantes. E para combinar com o lar verde, nada melhor do que assumir atitudes verdes. “O cidadão consciente compreende que pode começar a fazer sua parte com ações simples, implantadas em seu próprio lar. Essas mudanças de hábitos requerem pouco esforço e proporcionam excelentes resultados para a natureza”, afirma o arquiteto Felipe Braga.Para ele, uma construção sustentável é aquela projetada para que, no dia a dia, gaste-se o mínimo de energia e recursos naturais. “A casa amiga do meio ambiente começa já na escolha dos materiais, como madeiras reaproveitadas, e acompanha toda a execução do projeto, até a mudança de hábitos dos proprietários quando vão para a nova casa. Temos que criarmeios para que a nossa existência se sustente sem esgotar os recursos naturais do planeta”, explica. Em 2010 a administradora Fernanda Barbosa resolveu reformar a sua casa com o objetivo de torná-la mais sustentável. “Herdei a casa da minha avó. E essas construções antigas não são nada econômicas. Havia muito desperdício de água, por exemplo, pelo modo como foi feita a instalação. Fiz várias mudanças, como a trocado vaso sanitário comum por um com acionamento duplo, que utiliza menos água para resíduos líquidos”, conta. Segundo o arquiteto, essa medida, por exemplo, pode significar uma economia de até 36 litros de água por dia em uma casa com três pessoas.Fernanda também colocou plantas e flores dentro de casa, refrescando o ambiente, trocou o ar condicionado pelo ventilador, retirou as cortinas e comprou somente eletrodomésticos com o selo A, que gastam menos energia. Além disso, ela implantou um sistema que capta a água da chuva, através das calhas, reaproveitando para lavar pisos e

regar as plantas.“Várias são as medidas que podemos adotar para ter uma casa sustentável. Na reforma recomendo a reutilização de materiais como madeiras, pisos de tábua corrida, tijolos maciços, telhas, portas e janelas. A madeira pode ser aproveitada para construção de novos objetos. Também é interessante optar pela energia solar. Na construção, a utilização de vidros tem sido destaque, pois permite a entrada de luz, minimizando o gasto de energia. Procure por pisos alternativos. Há opções de pisos fabricados com resíduos de borracha que são ideais para áreas externas, pois permitem a drenagem da água. E claro, sempre que possível, preserve a vegetação”, ensina. Também faz parte da casa sustentável uma mudança de atitudes dos moradores que nela vivem como a implantaçãoda coleta seletiva e o racionamento de energia elétrica e água. “Ações muito simples contribuem para a preservação ambiental, mas deixam de serem feitas porque as pessoas desconhecem ou têm preguiça”, acredita Felipe. Para Fernanda, a reforma da sua casa trouxe esse aprendizado. “Eu deixava os aparelhos ligados na tomada, mesmo sem funcionar e utilizava cortinas em todas as janelas, o que atrapalha a entrada de luz natural, consumindo mais energia. Aprendi a fazer escolhas sustentáveis, acho que vale a pena. É bem melhor estar num lugar com um ar mais fresco e iluminado pelo sol do que cheio de lâmpadas e com um ar condicionado”, ressalta.

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10 ATITUDES CASA E PRESERVAçãO AMBIENTAL

- Utilize cores claras na pintura de paredes internas e do teto para diminuiro gasto com energia;- Opte pelas lâmpadas fluorescentes ou de LED;- Estude a possibilidade de abrir novas janelas em pontos estratégicos da sua casa para aproveitar a energia do sol;- No verão, deixe a chave do chuveiro na posição “verão”;- Se possível, instale um aquecedor de água por energia solar;- Evite colocar alimentos ainda quentes na geladeira e verifique a vedação da porta;- Não deixe objetos ligados na tomada desnecessariamente;- Economize energia com o Windows, basta desligar o monitor e o disco rígido, e deixe todo o sistema hibernando até que você volte;- Tampe suas panelas enquanto cozinha, aproveitando o calor que se perderia no ar;- Recicle o lixo.

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“Educai as crianças e não será preciso punir os homens” ( Pitágoras-580 a.C. - 497 a.C. filósofo e matemático grego.)

Tão antigas, tão sábias e, mais do nunca, tão necessárias essas palavras ditas por Pitágoras.

A socialização, seja através da música, da alfabetização, da dança, do artesanato, do teatro, da literatura deveria ser prioridade pública. A história nos mostra (e é pra isso que estudamos história na escola) que todo país que investiu em educação conseguiu maior desenvolvimento de um modo geral. O conhecimento unido à socialização é um patrimônio que tesouro algum supera.O que temos encontrado no nosso cotidiano é uma grande inversão de valores e uma pergunta fica no ar: “quem nasceu primeiro, o ovo ou a galinha?”De quem é a culpa? Só sei que enquanto muitos grupos discutem, batem boca de cá , de lá, a violência cresce, a droga ganha espaço entre os jovens, destrói famílias. Porém, existe quem assimilou perfeitamente essa máxima do filósofo grego (talvez sem nem mesmo conhecê-la). Grata e feliz surpresa tive quando, pensando em meu círculo de amigos, pude enumerar diversas pessoas neste rol. No entanto, a frase que um deles postou em uma rede social chamou-me atenção.

Dizia ele: “Descobri o elixir da juventude. Estar no meio dessas crianças e receber o carinho delas... Você não envelhece nunca!” Ao lado, uma foto dele em meio a diversas crianças que fazem parte de um projeto onde ele participa socialmente na oficina de música.É ele Geraldo Magela de Souza Pontes, 52 anos, casado, professor, formado em geografia e música, empresário (Vitrine Noivas), pai de dois filhos, sempre esteve envolvido em algum projeto em escola da rede pública com música para crianças e jovens, além de promover caminhadas ecológicas buscando a conscientização de seus alunos. Há cerca de um ano, a convite da Fátima A. de A. Resende, presidente da PLEC _Projeto Local de Envolvimento Comunitário_ Geraldinho, como é conhecido entre os amigos, vem encontrando tempo para “educar crianças” com sua música, no Bairro Itapoã II de nossa cidade.Sempre com um largo sorriso alegrando o ambiente, Geraldinho é mais um belo exemplo de gente que faz a diferença e o faz porque simplesmente sente que pode fazê-lo com alegria e naturalidade d’alma!“Altruísmo não é a propaganda do bem realizado, mas sim a realização espontânea da alma.” (Ivan Teorilang)

arquivo pessoal

socialização X trabalho comunitário

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atualmente algumas empresas agregaram em seu currículo a sua vocação para cuidar do meio

ambiente. Tá todo mundo, ou quase todo mundo, preocupado em dar a sua contribuição. Não é possível salvar o mundo sozinho, mas aquele ditado que ‘A união faz a força’ traduz bem o espírito da coisa.Cada um faz um tiquinho, reutiliza, reaproveita, recicla, reinventa. Tanto é que o setor moveleiro e o da construção cível, tem utilizado madeira de reflorestamento na criação de seus produtos. E não faltam opções. Araucária, Pinus, Teca, Eucalipto (a mais famosa delas) entre outras. E não se preocupe quanto à beleza ou qualidade. Todas são resistentes, com bom acabamento e o mais importante: nasceram pra isso. O mercado de plantio destas espécies cresceu muito nos últimos anos. Claro que a nossa extensão territorial, condições climáticas favoráveis, solo e infraestrutura contribuíram para esta aquecida no mercado. Além da madeira, aquecimento global,

emissão de poluentes e volume de lixo, a água, (sem ela a população morre) é outra grande preocupação para o futuro da humanidade. Os dados divulgados são que, dos 97,6% da água no planeta, nos sobra os 2,4% restantes de água fresca para o consumo. É grave, mas nem tanto - ainda - para os Brasileiros, que

MOVIMENTO CYAN DA AMBEV PROMOVEU O AQUALUME, FESTIVAL CULTURAL PELO USO CONSCIENTE DA ÁGUA

O Movimento CYAN, da Ambev, promoveu o Aqualume, um festival cultural para conscientizar a população sobre o uso racional da água. O evento aconteceu paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, de 15 a 24 de junho, às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O objetivo do Aqualume é aproximar a população da discussão sobre o destino dos recursos naturais, tema que é foi um dos pontos de debate mais aguardados para a Conferência. O evento que foi aberto ao público, abordou de maneira irreverente e divertida, a importância de conscientizar e praticar hábitos que contribuam para um planeta mais sadio. Com programação direcionada as crianças, o projeto realizou atividades de recreação sobre o tema “experiências com água”, contação de histórias e uma apresentação teatral.

“A redução no índice

de consumo de água conquistada em 2010, seria o suficiente para abastecer uma cidade de 54.981 habitantes

por um mês

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MOVIMENTO CYAN DA AMBEV PROMOVEU O AQUALUME, FESTIVAL CULTURAL PELO USO CONSCIENTE DA ÁGUA

O Movimento CYAN, da Ambev, promoveu o Aqualume, um festival cultural para conscientizar a população sobre o uso racional da água. O evento aconteceu paralelamente à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, de 15 a 24 de junho, às margens da lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro. O objetivo do Aqualume é aproximar a população da discussão sobre o destino dos recursos naturais, tema que é foi um dos pontos de debate mais aguardados para a Conferência. O evento que foi aberto ao público, abordou de maneira irreverente e divertida, a importância de conscientizar e praticar hábitos que contribuam para um planeta mais sadio. Com programação direcionada as crianças, o projeto realizou atividades de recreação sobre o tema “experiências com água”, contação de histórias e uma apresentação teatral.

somos privilegiados com grandes reservas em quase todos os estados, com exceção de alguns do nordeste. O problema é a distribuição desigual da água no mundo e os dados, tem causado histeria. Claro que isso não exclui a responsabilidade do nosso país e das nossas empresas em cuidar deste ‘patrimônio’.A Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) é a quarta maior cervejaria do mundo. Com sede em São Paulo e fábrica em Sete Lagoas, MG, a empresa possui uma política sólida em preservar o meio ambiente através de programas que reduzem o impacto das suas atividades no uso dos recursos naturais. Como a água é a principal matéria prima da produção da cerveja, correspondendo em mais de 90% da composição da bebida, a empresa investiu – e muito- na preservação dos recursos hídricos, garantindo uma melhor utilização dele. Tanto na tecnologia aplicada no processo de exploração do recurso, (seus poços são regulamentados pelo IGAM - Instituto Mineiro de Gestão das Águas) quanto no treinamento do seu pessoal. Isso conferiu a Fabrica de

Sete Lagoas, o status de referência nacional em preservação da água. Thiago Azevedo, gerente de meio ambiente da fábrica, revelou: “A redução no índice de consumo de água conquistada em 2010, seria o suficiente para abastecer uma cidade de 54.981 habitantes por um mês”. Impressionante, não?

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por Karine Nolasco

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que começa cedo

Foto: divulGAção Arquivo eSColA eStAduAl JoSé BoniFáCio

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Para resolver os problemas ambientais, é necessário mais do que separar o lixo para reciclagem

ou economizar água durante o banho. Refletir sobre o nosso comportamento e as relações que temos com a natureza e com as pessoas também é fundamental. É preciso conscientização. E quanto mais cedo, melhor. É por isso que tem sido frequente e cada vez mais obrigatória a utilização da Educação Ambiental nas escolas. A Educação Ambiental é uma ferramenta para formar cidadãos com uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta. Segundo a pedagoga Ana Carolina Araújo, a Educação Ambiental surgiu durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente realizada em Estocolmo, na Suécia, em 1972. “Foi nesse momento que a sociedade tomou conhecimento dos problemas ambientais e os governos perceberam que a educação seria o melhor meio para mudar o mundo. Para alguns pesquisadores, nos afastamos tanto da natureza, que foi necessário criar o termo educação ambiental”, explica. De acordo com Ana Carolina, na educação ambiental é preciso usar ferramentas transformadoras. “Utilizamos

uma pedagogia que desenvolve a percepção de alunos e professores. As atividades devem ser aplicadas em espaços naturais: na praça, no parque, na praia, na serra e até mesmo no jardim da escola. Temos que criar interação e harmonia entre os alunos e com o meio ambiente. Nessa proposta pedagógica, o professor não ensina o que é natureza e não a descreve, mas relaciona-se com ela e compartilha com os alunos o que para ele faz sentido”, ensina. Para a professora Vânia Maria Cunha, o professor precisa dar o exemplo e experimentar aquilo que ele ensina. “Todos nós comemos, produzimos lixo, utilizamos água, usamos energia elétrica e somos consumidores de um mercado pouco preocupado com o meio ambiente. Portanto, temos nossa parcela de responsabilidade e temos que agir. Vejo professores que ensinam sobre a coleta seletiva, mas que não a fazem em casa. Os alunos percebem se acreditamos naquilo que estamos ensinando ou não”, observa. O encantamento dos estudantes pelo tema vem dessa troca com o professor, que motiva a turma a querer aprender. A estudante da sexta série do ensino fundamental, Laura Azevedo, é uma das alunas mais aplicadas quando o

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Foto: João BAtiStA roCHA

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assunto é preservação ambiental. “Aprendi que devemos preservar a natureza acima de tudo. Podemos construir as casas e empresas, mas há formas de fazer isso sem acabar com as árvores. Separar o lixo também ajuda muito”, conta. Ela aprendeu as lições nas aulas de Geografia da professora Vânia.

Mas não é só nessa disciplina que o tema deve ser trabalhado. “O assunto Meio Ambiente tem que ser abordado por todos os educadores, de diferentes disciplinas, ou constituir-se na forma de projetos interdisciplinares. A educação ambiental deve fazer parte do projeto pedagógico da escola e toda a equipe precisa estar envolvida com a proposta”, acredita Ana Carolina. É muito difícil, por exemplo, um professor discutir e propor atividades de plantio e cuidados com as árvores se os funcionários da limpeza não participarem desse movimento.“É preciso que a escola e sua equipe aprendam a olhar para o ambiente em que vivem percebendo que somos parte dele e também responsáveis por ele. As pessoas deveriam se preocupar com a preservação do meio ambiente, porém estão deixando para a nova geração. Mas não podemos fugir do dever de conscientizá-la através da Educação Ambiental, buscando formas de agir individual e coletivamente. Só assim será possível que a nova geração contribua com soluções para os desafios do mundo e para a garantia de um futuro para os seres humanos no planeta”, conclui a pedagoga.

“As pessoas deveriam se preocupar com a

preservação do meio ambiente, porém estão

deixando para a nova geração. Mas não

podemos fugir do dever de conscientizá-la através

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Foto: divulGAção ASeCretAriA de vilA velHA

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FLÁViO LAVAREDAAdvogado

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alÉm da mera contemplação

Contemplar a natureza é, hoje, uma obrigação. Olhos desdenhosos fitam aquelas

pessoas (coitadas!) que não se comovem com o verde das árvores, o cheiro de esterco e umidade do orvalho. Se você não se comove com o olhar lânguido de um fox terrier, você provavelmente não merece viver entre nós, segundo essa gente. Existe, sim, uma velada ditadura ecológica promovida por uma certa patrulha da nova “moral verde”. Um raciocínio autoritário igual àquele que, em outros tempos, ergueu-se contra o capitalismo, a democracia e o divórcio. Amanhã, talvez, essa turma se levante contra sutiã meia-taça e a sopa de ervilha. Carência de objetivade leva a destemperos.Nos congratulamos por termos consciência ecológica e gritarmos contra a morte de um koala na Austrália Meridional, ou quando uma Baleia Cachalote levanta sua calda sobre as águas, em inequívoca indiferença aos espectadores. Afinal, existem políticos, ONGS, promotores de justiça e autoridades em profusão no nosso país. Cumpre a elas tomarem alguma atitude, enquanto ficamos aqui separando papel, vidro e plástico em nossos sacos de lixo (biodegradáveis, claro!).Pois bem, a Constituição da República nos ofereceu a chamada Ação Popular

Ambiental. É um instrumento jurídico que serve para suspender ou mesmo anular atos lesivos ao meio ambiente. O objetivo aqui é beneficiar a sociedade, a chamada “polis”, onde eu e você estamos inseridos. A preocupação é garantir o equilíbrio da natureza para viabilizar a vida humana de hoje e de amanhã. Eis aí o conceito de sustentabilidade.Imagine uma situação hipotética: o Poder Legislativo de uma cidade aprova uma lei determinando, digamos, o loteamento de uma área de reconhecida proteção ambiental. Ótima oportunidade para um cidadão provocar o Poder Judiciário a se manifestar sobre o caso. O juiz avaliará a situação podendo determinar a suspensão do loteamento ou até a anulação do ato que ordenou o mesmo. Simples e direto. Não há necessidade de procurar um político, uma associação ou qualquer autoridade. Democrático e participativo como deve ser em um país desenvolvido.A Ação Popular Ambiental é uma opção contundente e deve ser levada em conta na hora de defender o ecossistema; visa proteger o ser humano. Sim, meio ambiente equilibrado é um direito humano. Assim como contemplar a natureza também é. Cada um a sua maneira.

foto: divulgação

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mistura chic

by Villa Faenzafotos studio helenilton pinheiro produção de moda clarissa carvalho

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Superestilosos as estampas de bichos, floresta, couro, e texturas diferentes invadem o clima frio e transformam peças clássicas em looks cheio de personalidade.

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NaHoBBYVitrine

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1.ABAJUR Feito com lacres de latas de alumínio

2.COLAR ESPIRALcolar confecionado com garrrafas petwww.ekochik.com

3.SAPATILHASapato feito de jornal reciclado moxsieshoppe.com

4.FLORESFlores para decoraçaõ feito com arame(11) 5041-9747

5.ECO BIKEbicicleta infantil feita com madeira recicladaR$398,00 ekochik.com

6.PUFFFeito com latas de tintas usadasCriação do artista Da Lata.preço: [email protected]

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mAmãe FernAndA, mAriA ClArA e Pedro FAzendo o ProGrAmA PreFerido, ir Ao CluBe

JArAGuá.

oliveirA e GABriel São PAlmeirenSeS.deSde Pequeno GABriel entende AS CoreS dA CAmiSA Como “Gol”,Pelo FAto de que quAndo Seu PAi ASSiStiA AoS JoGoS do time SemPre GritAvA

Gol,e quAndo ele veStiA A CAmiSA dele,ele Já FAlAvA: “PAPA,Gol!”,AGorA Com PouCo mAiS de 3 AnoS,GABriel Já

CHAmA Pelo nome do PAlmeirAS,e SemPre ASSiSte Ao JoGo Com Seu PAi.FilHo de PeiXe,PeiXinHo é....e Como oliveirA

reForçA; “FilHo de PorCo,PorquinHo é!

o iury GoStA muito de dAnçAr PrinCiPAlmente em FeStAS JuninAS , e SemPre q ue tem AlGo

nA eSColA A mAmãe AleSSAndrA ProCurA PArtiCiPAr PoiS São muito ComuniCAtivoS e Bem

eStrovertidoS;’’ FilHo de PeiXe PeiXinHo é’’!!!

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A mAmãe roSÂnGelA e SuA FilHA AdorAm Se veStir iGuAiS, então num doS AniverSárioS de roSÂnGelA elA

Fez umA SurPreSA PrA SuA FilHA, mAndou ConFeCCionAr umA rouPA

iGuAl A delA. elA Amou.FilHo de PeiXe PeiXnHo é!

rodriGo FAriAS e Sue FilHo, rodriGo Jr GoStAm de FAzer de tudo um PouCo, deSde BrinCAdeirAS, torCer PArA o Cruzeiro, BAGunçA no quArto, PASSeioS, mAS ACimA de tudo, eStAr JuntoS ComPArtilHAndo CAdA momento.

JeFFerSon CéSAr e yASmin FilHoS dA eliSÂnGelA, SemPre A APoiAm e AComPAnHAm noS movimentoS SoCiAiS. JeFFerSon é ComPonente do ColeGiAdo dA eSColA eStAduAl ProFeSSor CÂndido Azeredo e A PequenA

yASmin ColABorA em todAS AS AtividAdeS, demonStrAndo que tem umA tendênCiA A Se envolver nAS CAuSAS que

ContriBuem PArA o deSenvolvimento HumAno.

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CÊ o Group.Br é fruto da vontade de seus co-fundadores, Andressa Furletti, débora Balardini e thiago Felix, em

divulgar e vivenciar a cultura Brasileira no exterior através das artes cênicas. os três se conheceram há um ano e começaram com pequenas leituras de peças brasileiras. A intimidade e a ânsia de se conectarem mais com o Brasil e a arte de fazer teatro levou o grupo a pensar mais seriamente na responsabilidade de estabelecer em nova york aquilo que realmente estava faltando na grande metrópole: teatro Brasileiro. Como já moram em nova york há muitos anos, os fundadores foram se conectando mais entre si e resgatando suas origens através do teatro físico de pesquisa. usando textos inéditos, assim como de autores consagrados, o grupo, que é a única companhia de teatro brasileiro em nova york, expande seus territórios dentro do teatro realista e do teatro experimental deixando claro que não existem fronteiras quando se trata de levar a arte ao mundo.Conheça o grupo através do endereço: group.br.com “A SerPente” de nelSon rodriGueSvocê emprestaria o seu marido a sua irmã por uma noite? Comemorando o centenário de nelson rodrigues, a companhia GrouP.Br traz a manhattan a última peça do autor. envolvente e sedutora como todas as obras de rodrigues, A SerPent promete movimentar a Big Apple entre os dias 12 e 15 de julho, no teatro lAteA em downtown. Serão 5 apresentações em português com legenda em inglês. A história se passa no rio de Janeiro. dois casais moram na mesma casa, mas o casamento de ligia e décio não vai bem, enquanto Guida e Paulo vivem em eterna lua de mel. ligia frustrada e infeliz, pensa em se matar, até que sua irmã Guida a impede e lhe propõe uma noite com seu próprio marido... no elenco, Andressa Furletti, mônica Steuer, thiago Felix, modesto lacen, e débora Balardini, prometem deliciosamente trazer o melhor da arte e da cultura brasileira ao palco.

GruPo de teAtro BrASileiro APreSentA nelSon rodriGueS em novA york

por Carla Portella

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todos os anos, a artista plástica Adriana drummond abre as portas do templo 8 para uma temporada de eventos gastronômicos, culturais e musicais. A temporada de eventos, que dura cerca de 2 meses por ano, chegou em 2012 com uma novidade.. entre os dias 31 de maio e 20 de julho o templo 8 está sendo aberto às quintas-feiras para jantares temáticos e às sextas-feiras para shows, drinks e belisquetes. o tema “da Bossa nova aos Aromas do mundo” tem sido a inspiração dos músicos, atores e chefs de cozinha para enriquecer ainda mais as noites sete-lagoanas. A programação cultural foi cuidadosamente preparada para contemplar veteranos já consagrados do meio musical sete-lagoano a lançamentos de projetos modernos e ousados.toda a parte gourmet vem sendo cuidadosamente preparada pelos chefes parceiros da temporada 2012, Adan Al Garcia e Pathu Castro, que formam o grupo “Aromas do mundo”. Sua proposta no templo 8 é compartilhar a proposta de exaltar uma das principais características de um Bistrô , que é a presença marcante de um chef que prepara a refeição ao seu exato gosto, de forma artesanal, tornado-a única e extremamente pessoal.estão acontecendo ainda três exposições de artistas plásticos inéditos em Sete lagoas: Adriano Araújo , elisiana Alves e valéria diaz. Serviço: Festival Gastronômico: “da Bossa nova aos Aromas do mundo”31 de maio a 20 de julhotemplo 8 - Praça tiradentes, 240maiores informações através do endereço www.facebook.com/templo8

dA BoSSA novA AoS AromAS do mundo

por Marina Santos

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todA enCAntAdA eStA A FAmíliA de luAnA e netinHo...o mêS de mAio Começou CHeio de emoçõeS Com o nASCimento de AliCe SilvA rodriGueS. PArABénS A mAmãe CoruJA, luAnA AnGéliCA SilvA e Ao PAPAi JoAquim SAntAnA rodriGueS neto. A eStA FAmíliA lindA deSeJo SAúde e PAz SemPre!

A rotinA CorridA, CAStinG todoS oS diAS, àS vezeS várioS em um meSmo diA. SAir Correndo PArA não CHeGAr AtrASAdA, àS vezeS dorme mAl, Come mAl, e meSmo ASSim tem que PAreCer imPeCável no diA SeGuinte eStA eStá Sendo A rotinA dA modelo nAtáliA diniz de CAetAnóPoliS e eX-AlunA do CurSo de modelo Com AndréiA montAy. HoJe morA em mAnilA, CAPitAl dAS FiliPinAS. umA Jovem SonHAdorA de 19 AnoS que deSde CriAnçA imAGinA-Se em reviStAS e PASSArelAS Com o inCentivo dA FAmíliA reAlizA SonHo de Ser modelo internACionAl. mAiS SuCeSSo nAtáliA diniz!

ineSqueCível SeriA A PAlAvrA deFinidA PArA A FeStA de 15 AnoS de iArA nASCimento CoStA mArinHo FilHA de JeruSA nASCimento, FotoGrAFA ConCeituAdA nA reGião e rAimundo mArinHo (mundinHo) diretor do BuFFet ivone FeStAS tAmBém em PArAoPeBA. umA noite enCAntAdA CHeiA de SurPreSAS Com SeuS AnFitriõeS SemPre tão SimPátiCoS e ConvidAdoS eleGAntíSSimoS. PArAoPeBA Foi “vitrine quente e PerFeitA” PArA muitAS FeStAS dA reGião. iArA A voCê deSeJAmoS tudo de melHor dA vidA e que Seu CAminHo SeJA SemPre Florido. JeruSA eA mundinHo, PArABénS Ao CAPriCHo, Amor e dediCAção A FeStA mAiS lindA do Ano!

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que A reGião é re-CHeAdA de Gente BonitA e tAlentoSA iSSo todo mundo SABe.e Com iSSo A AGênCiA de mode-loS BridGe modelS CHeGA AtuAndo no merCAdo Pu-BliCitário, modA e eventoS em GerAl dA reGião. ContA-to: [email protected] ou www.FACeBook.Com/AndreiA.mon-tAy

PArABénS Ao PAdre wAntiul PelA orGAnizAção dA BelíSSimA mAniFeStAção PoPulAr nA PrAçA de CAetAnóPoliS no diA 23 de JunHo, PelA ContinuAção dAS oBrAS. ABrAço e orAção em deFeSA dA PrAçA Antonio P mASCArenHAS. Povo unido é Povo Forte!

terminA mAiS umA turmA do CurSo de modelo e mAnequim Com AndréiA montAy.CurSo eSte que vem revelAndo BelezA e tAlento nA reGião.

kArlA FiGueiredo de JeSuS FilHA de GilBerto FerreirA de JeSuS e mAurA FerreirA de FiGueiredo é AlunA do CurSo de modelo e mAnequim Com AndréiA montAy e eStA BuSCAndo umA oPortunidAde nA áreA. kArlA ComPletA 16 AnoS em 02 de JulHo, PArABénS e BoA Sorte kArlA!

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Onde EncontRaR

kARINE [email protected]

JORNAL GERAISr. Fernando Pinto, 280 - sl 204 [email protected]: (31)3026-2312

PorTaL sETE LaGoas 360r. Fernando Pinto, 280 - sl 204 [email protected]: (31)3026-2312

PAULA BARCELOSDesigner de [email protected]

JANICE FRANÇAColunista - Gragando a GeoCultura [email protected]

BIANCA [email protected]

FRANCISCA ARAÚJO RESENDEColunista - Fisioterapeutawww.franciscaresende.com.brTel.: (31) 3771-9181

HENRIqUE BURDColunista - Chef do sublime Gula [email protected].: (31) 3771-2414

HELENILTON PINHEIROFotógrafowww.heleniltonpinheiro.comTel: (31) 3774-8498

AqUáTICAav. marechal Castelo Branco, 2200(31)3774-1560

NETwww.netastro.com.br Tel: 0800 727 0000

UNImEDwww.unimedsetelagoas.com.brTel: (31)2106-1919

INSGwww.nossamarca.org.brTel: (31) 2107-6145

PERFECT LOVECristiane araujo Tel: (31)9321-4215

NADO LIVRErua Juca Cândido, 423Tel: (31) 3772-1500

OLIGONav. Guimaraes rosa, 401 Bom JardimTel: 3773-9222

GIGI FREITASTeófilo otoni, 749Tel: 3771-4847

VILLA FAENzAPrç alexandre Lanza, 94 loja 2(31)3772-1921

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kLUSshopping sete Lagoas, loja 279Tel.: (31) 3774-8469

PUCiec.pucminas.brTel: (31) 3774-9686

DENISE LEmBImédica NefrologistaTel: (31) 3771-7533

ADESAwww.nossoparque.org.brTel.: (31) 3026-2628