Revista Info Aviação 17ª Edição Agosto 2012

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1 | Info Aviação | Agosto 2012 Revista Info Aviação 17ª Edição / Agosto 2012 Aviação executiva pode somar US$ 260 bi até 2021 Airbus transforma avião para 100 pessoas em jato particular Saiba como avião comercial é transformado em jato executivo

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- Planalto libera pequenos aeroportos - Embraer Inicia Fabricação do Legacy 450 - Líder Aviação investe para faturar R$ 1 bilhão até 2014

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1 | Info Aviação | Agosto 2012

Revista Info Aviação 17ª Edição / Agosto 2012

Aviação executiva pode somar US$ 260 bi até 2021

Airbus transforma avião para 100 pessoas em jato particular

Saiba como avião comercial é transformado em jato executivo

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2 | Info Aviação | Agosto 2012

Brasil é responsável por 70 dos 500 pedidos do jato da

Cirrus .......................................................................PG.04

Boeing prospecta potencial do setor de aviação gaúcho -

..................................................................................PG.05

Boeing integra próxima geração do sistema de pontaria

montado no capacete (JHCMS) no caça Silent Eagle -

..................................................................................PG.06

Força Aérea da Indonésia recebe quatro Super Tucano -

..................................................................................PG.07

Indonésia desiste de mais caças Sukhoi e aposta em F-16

usados e no K-FX ....................................................PG.09

F-X2: Desaceleração econômica adia plano de compra de

caças ........................................................................PG.10

Planalto libera pequenos aeroportos .......................PG.11

Eurocopter cria novos Centros de Desenvolvimento -

..................................................................................PG.12

Nova modernização de motores dos KC-135s da USAF

deve manter as aeronaves voando por mais 20 anos -

..................................................................................PG.14

Aviação executiva pode somar US$ 260 bi até 2021 -

..................................................................................PG.16

Embraer Inicia Fabricação do Legacy 450 .............PG.17

Força Aérea dos EUA realiza testes com veículo

hipersônico ..............................................................PG.19

Embraer entrega à Índia primeiro avião para vigilância -

.................................................................................PG. 20

Aeroporto para jatos executivos terá regulamentação -

..................................................................................PG.21

Líder Aviação investe para faturar R$ 1 bilhão até 2014 -

..................................................................................PG.24

Airbus transforma avião para 100 pessoas em jato

particular .................................................................PG.25

Embraer mostra jato de US$ 53 mi

emprestado à Presidência PG.26

Latam cria unidade

integrada para

carga PG.36

Cessna anuncia upgrade no alcance do Citation Latitude PG.38

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Brasil é responsável por 70 dos 500 pedidos do jato da Cirrus

mercado brasileiro já é um

dos mais importantes do

mundo para o novo jato

Cirrus Vision SF50, cuja primeira

entrega deverá acontecer em 2015.

Em todo o mundo, já são mais de

500 pedidos, sendo que 70 são de

brasileiros.

Presente no Brasil desde 2005,

existem, hoje, 270 Cirrus dos

modelos SR20 e SR22 voando no

país e 20 centros de serviços

capacitados a dar suporte a essa

frota. A Cirrus detém hoje 50% do

mercado de aeronaves monomotoras

a pistão, segundo dados da ANAC

(Agência Nacional de Aviação

Civil).

"Vários interessados no novo jato

são proprietários de aeronaves

Cirrus, mas acreditamos que o novo

modelo vai atrair os interessados

neste conceito de aeronaves

pessoais, diferentemente das que

existem no mercado para serem

pilotadas profissionalmente apenas",

disse Todd Simons, vice-presidente

de marketing e vendas da Cirrus

Aircraft Corporation. Segundo ele, o

novo jato, o Vision SF50 nasce com

este conceito de aeronave pessoal o

que o separa completamente das

demais aeronaves para uso

profissional disponíveis no mercado

mundial. Ou seja, assim como os

demais Cirrus já à disposição do

mercado, será um jato para ser usado

no trabalho e nas atividades

particulares.

O projeto do jato Cirrus Vision SF50

em sua fase atual de certificação vai

exigir investimentos da ordem de

140 milhões de dólares e grande

parte dos recursos virão da CAIGA,

uma empresa aeronáutica chinesa,

nova proprietária da Cirrus.

Atualmente, todos os esforços estão

sendo direcionados para a

contratação de engenheiros,

designers e outros técnicos para

completar o programa.

"Como aconteceu com o começo da

produção do monomotor SR20,

esperamos um número mínimo de

entregas no primeiro ano e

aumentaremos o ritmo nos anos

seguintes para atender a demanda",

disse Simons.

O

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Boeing prospecta potencial do setor de aviação gaúcho

nquanto o governo federal

repete os dois antecessores e

demora a definir a compra de

caças para a Força Aérea Brasileira

(FAB), gigantes como a americana

Boeing prospectam o potencial da

indústria de aviação gaúcha para

eventual fornecimento de

componentes e serviços. Integrantes

da companhia e fornecedoras

mundiais reuniram-se ontem com

fabricantes e dirigentes industriais e

do governo estadual em Porto

Alegre. Até agora, apenas uma

empresa local, a AEL Sistemas, que

foi comprada por israelenses, está na

lista de 25 brasileiras que firmaram

memorandos para futuros contratos

com a companhia de aviação.

Foi a segunda rodada de encontros

do setor local com candidatos ao

contrato bilionário na área da defesa.

Há dois meses a sessão foi com

representante da Dassault Rafale,

também na Fiergs. A intenção de

compra de 36 unidades é adiada

desde o governo Fernando Henrique

Cardoso, envolvendo mais de US$ 6

bilhões. A atual concorrência do FX-

2 tem no páreo o Saab Gripen, o

Boeing F/A-18E e o francês Dassault

Rafale. Este último chegou a ser

quase consagrado como o escolhido

em 2010, por Lula. A presidente

Dilma Rousseff comentou nesta

semana que poderá retomar a pauta.

O consultor aeronáutico e militar da

reserva Raul José Ferreira Dias

atribui a demora a uma indefinição

política. Segundo Dias, que é

representante da indústria de armas

Taurus no Ministério da Defesa, a

Aeronáutica já julgou as propostas,

que indicam desde preço até

tecnologia e compensações e

parcerias comerciais com a indústria

brasileira. O diretor-presidente da

Aeromot, Cláudio Barreto Viana,

apontou que os contratos serão

oportunidade para pequenos e

médios fornecedores. “A exigência

de compensação comercial abre

espaço para o setor”, aposta.

A representante da Boeing, Susan

Colegrove, declarou-se otimista com

a possibilidade de uma definição da

compra até dezembro. Susan

reforçou que a intenção da

companhia é de criar programas de

parceria, com desenvolvimento e

fornecedores. “Serão pelo menos 30

anos de contratos somente com os

caças, além de outros segmentos”,

acenou a americana. Hoje não há

nenhum fornecedor local na cadeia

de fabricação da indústria. A diretora

indicou que estão sendo

prospectadas empresas para compra

de componentes, soluções em

comunicação e segurança e para

manutenção e suprimentos após a

entrega dos caças, caso a americana

vença o certame.

E

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Boeing integra próxima geração do sistema de pontaria montado

no capacete (JHCMS) no caça Silent Eagle

Boeing recentemente

validou a integração da

próxima geração do

Conjunto de Sistema de Pontaria

Montado no Capacete II/h (JHMCS

II/h – Joint Helmet Mounted Cueing

System II/h) na aeronave

demonstradora da empresa F-15

Silent Eagle, continuando o

desenvolvimento dentro do prazo do

avançado caça multimissão.

O JHMCS II/h permite que um

piloto possa apontar seus sensores e

armas onde quer que ele ou ela esteja

olhando, através do uso de nova

tecnologia de rastreamento e um

display projetado na viseira do

capacete. Produzido pela Vision

Systems International (VSI), este

sistema proporciona uma

significativa melhor ergonomia e

confiabilidade, a um custo menor do

que o sistema JHMCS prévio da

VSI.

Num vôo recente, realizado em St.

Louis, foi demonstrado as melhorias

do sistema e coletado dados básicos

para a tecnologia do sensor de

rastreamento.

“Ambos os pilotos que voaram com

o sistema JHMCS II/h

imediatamente notaram que o

capacete está mais equilibrado e o

menor e mais leve cabo de interface

está menos restritivo”, disse Greg

Hardy, gerente do programa JHMCS

da Boeing.

A tecnologia do novo sistema de

rastreamento é significativamente

mais fácil de manter, mesmo

exigindo menos equipamentos de

apoio do que os rastreadores

anteriores. As melhorias eletrônicas

permitiram que todo o

processamento possa ser feito dentro

do capacete, eliminando a maioria

dos equipamentos montados na

aeronave, o que também contribui

para a economia de custos globais do

sistema.

O sistema proporciona uma fácil

transição em vôo entre os modos do

dia e de noite, aumentando a

flexibilidade da missão. A VSI

também amadureceu as tecnologias

de displays e de monitoramento para

reduzir a complexidade de

integração do sistema JHMCS II/h

num avião, uma abordagem que foi

validada durante a demonstração.

“Integrando este sistema

aperfeiçoado para o Silent Eagle

levou menos de três meses entre a

decisão de prosseguir e o primeiro

vôo”, disse Hardy. “Este cronograma

foi possível devido à dedicação da

equipe da indústria, a simplicidade

da integração física e lógica, e da

longa história entre as partes Boeing

e VSI no programa JHMCS.”

“Os avanços de tecnologia estão

modificando o mercado militar de

exibição de dados na viseira dos

capacetes”, disse Phil King,

presidente da VSI. “A rápida

validação da maturidade e

efetividade das tais diversas

tecnologias neste programa de

demonstração mostrou que podemos

atender e superar as linhas básicas de

desempenho estabelecidas pelo

extremamente bem sucedido projeto

JHMCS legado enquanto também

proporcionamos novos recursos e

reduzimos o custo para o cliente.”

A

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Força Aérea da Indonésia recebe quatro Super Tucano

Embraer Defesa e

Segurança entregou, dia 6 de

agosto, quatro aeronaves de

ataque leve e treinamento avançado

A-29 Super Tucano para a Força

Aérea da Indonésia em uma

cerimônia realizada na unidade de

Gavião Peixoto, no interior paulista.

A Indonésia é o primeiro operador

do Super Tucano na Ásia.

Os quatro A-29 Super Tucanos

fazem parte do primeiro lote de oito

aeronaves encomendadas pela Força

Aérea da Indonésia em 2010. Desde

então, a Força Aérea da Indonésia

encomendou um segundo lote de

oito Super Tucano, como parte do

seu programa de modernização,

elevando o número total de

encomendas para 16 aeronaves.

"Estamos honrados pelo fato de a

Força Aérea da Indonésia ter

selecionado o A-29 Super Tucano

para o programa de modernização de

sua frota", disse Luiz Carlos Aguiar,

presidente da Embraer Defesa e

Segurança. "O Super Tucano é uma

aeronave de experiência

comprovada, capaz de cumprir um

amplo espectro de missões e com

mais de 160 unidades em operação

no mundo todo", conclui Aguiar.

O A-29 Super Tucano foi escolhido

pelas Forças Armadas da Indonésia

para substituir sua frota de OV-10

Bronco como parte do plano de

modernização de equipamentos para

os anos 2009-2014. Com mais de

157 mil horas de voo e mais de 23

mil horas de combate, o A-29 Super

Tucano é capaz de executar uma

ampla gama de missões, que incluem

ataque leve, vigilância, interceptação

aérea e contra insurgência. A

aeronave está equipada com as mais

recentes tecnologias em sistemas

eletrônicos, eletro-ópticos,

infravermelho e laser, assim como

sistemas de rádios seguros com

enlace de dados e uma inigualável

capacidade de armamentos, o que o

torna altamente confiável e com

excelente relação custo-benefício

para um grande número de missões

militares, mesmo em pistas não

pavimentadas.

A

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Indonésia desiste de mais caças Sukhoi e aposta em F-16 usados e no K-FX

Indonésia descartou a

possibilidade de compra de

mais caças Sukhoi da

Rússia, e espera reforçar a sua frota

com modernizados caças F-16 ex-

Força Aérea dos EUA e, a longo

prazo desenvolver uma aeronave em

conjunto com a Coreia do Sul

através do programa K-FX.

A Força Aérea da Indonésia tem 10

caças Su-30 e Su-27, com seis caças

adicionais previsto para entrega, o

suficiente para formar um esquadrão.

Mas as restrições orçamentárias

transformaram a prioridade de

Jacarta nas suas frotas de aviões de

carga e de transporte, que têm sido

assoladas por acidentes fatais nos

últimos anos.

“O dinheiro está sendo

disponibilizado para acelerar a

renovação de parte da frota já

existente de 15 aviões Lockheed

Martin C-130, para comprar quatro

C-130Hs da Austrália e atualizá-los,

e comprar mais aviões de transporte

CN-295 da Indonesia Aerospace”,

disse o Air Marshal Eris Herryanto,

secretário-geral do Ministério de

Defesa da Indonésia. A Indonésia

tem em atividade quatro C-130

Hercules do modelo -B e nove do

modelo -H em sua frota.

“Estamos esperando por 24 caças F-

16 dos EUA. Com eles, teremos

aeronaves suficientes em nosso

inventário de caça para os próximos

20 anos. E isso significa que temos o

suficiente de caças Sukhoi por

enquanto”, diz ele.

“A Indonésia também tem investido

no programa K-FX da Coréia do Sul,

que irá produzir caças para substituir

aviões como o [Northrop] F-5 e F-

16. Pretendemos comprar o

suficiente de caças K-FX para três

esquadrões de 16-22 aeronaves cada

um. Isso vai cobrir as nossas

exigências a longo prazo.”

A Indonésia também recebeu

formalmente as suas quatro

primeiras aeronaves turboélices

Embraer EMB-314 Super Tucano,

que serão destacados para as missões

de contra-insurgência e de vigilância

e reconhecimento. Estes são do

primeiro de dois lotes de aeronaves,

para um total de 16, que foram

encomendados da fabricante

brasileira para substituir seus antigos

aviões North American Rockwell

OV-10 Broncos, como parte de seu

programa de modernização da frota.

O país também está no mercado para

mais helicópteros visando substituir

sua frota de Eurocopter AS332

Super Puma, enquanto mais

aeronaves tripuladas e não tripuladas

de patrulha marítima podem ser

obrigadas a manter a vigilância no

grande arquipélago.

As forças armadas e os funcionários

públicos estão pressionando o

governo para aumentar o orçamento

destinado para o plano de compra de

novas aeronaves nos próximos cinco

anos, que cobrirá 2015-2019.

Jacarta, no entanto, também está

planejando introduzir um projeto de

lei que exigirá que cerca de 20% do

valor dos novos contratos sejam

injetados de volta no país por meio

de compensações.

“A política do ministério da defesa é

que todos os contratos devem ter

compensações ou ser de produção

conjunta. Isto também deve incluir o

apoio que a aeronave receberá após a

compra. Assim, enquanto nós

podemos conseguir mais dinheiro

para a reforma pacífica de nossas

forças armadas, e isto é importante

tanto para os militares como o país

que os novos contratos criem

empregos e treinem nosso povo”,

disse Herryanto.

A

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F-X2: Desaceleração econômica adia plano de compra de caças

ministro da Defesa do

Brasil, Celso Amorim,

afirmou que a desaceleração

econômica tem atrasado a decisão do

governo de adquirir uma nova

geração de jatos de combate. “O

projeto não está sendo abandonado.

Haverá uma decisão no tempo certo.

Mas, hoje, eu prefiro não dar uma

data”, comentou o ministro em uma

entrevista para a Dow Jones. “A

situação econômica está menos

favorável do que o esperado e

naturalmente exige cuidado”,

acrescentou.

Três competidores internacionais

estão na disputa para fornecer os

caças para o Brasil: a sueca Saab,

com o modelo Gripen NG; a norte-

americana Boeing, com seu F/A-18

Super Hornet; e a francesa Dassault

Aviation, com o Rafale.

O governo brasileiro enviou uma

carta para essas empresas em junho,

pedindo que suas propostas fossem

estendidas até dezembro. Segundo o

governo, essa é uma prática comum,

que ocorre a cada seis meses quando

não há uma decisão. “Eu não estou

em conversações com nenhuma

companhia no momento, o que não

exclui a possibilidade de eu receber

alguém aqui”, comentou Amorim em

seu escritório em Brasília.

“Hoje, eu não diria que nenhuma

companhia é favorita. A questão

mais importante é quando nós vamos

fazê-lo e, então, analisaremos

novamente as propostas”, explicou o

ministro. “Existe a necessidade de

nos reequiparmos, mais isso precisa

ser resolvido de acordo com as

possibilidades do país”.

Ele disse ainda que preço, qualidade

e transferência de tecnologia são os

três principais elementos, “mas o

peso específico que será dado a cada

um deles é algo que eu ainda não

tive a chance de discutir

profundamente”.

Amorim afirmou ainda que quer

elevar o orçamento da Defesa para

2% do PIB, o que traria o Brasil para

mais perto dos níveis observados em

países como China, Rússia e Índia.

“Esse é meu objetivo. Não é um

programa de governo aprovado. É

algo que eu considero razoável de

ser atingido”. Segundo o ministro, os

gastos com defesa podem ser uma

maneira eficiente de criar e manter

empregos durante a atual

desaceleração econômica, além de

fornecer incentivos para avanços

tecnológicos. As informações são da

Dow Jones.

O

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11 | Info Aviação | Agosto 2012

Planalto libera pequenos aeroportos

governo baixará decreto,

nos próximos dias, que

autoriza empresas privadas a

operarem comercialmente a chamada

aviação executiva. O decreto,

aprovado pela presidente Dilma

Rousseff e pela Casa Civil, permitirá

que o setor privado construa

aeroportos para pouso e decolagem

de jatinhos e aviões de pequeno

porte, além de helicópteros, e faça

exploração comercial dessas

unidades.

Atualmente, o Brasil dispõe de

dezenas de aeroportos privados de

pequeno porte, mas eles não podem

atuar comercialmente. Os donos não

podem cobrar taxas de pouso e

decolagem nem instalar lojas

comerciais em suas dependências.

Funcionam também no país

aeroportos públicos de aviação geral,

em cidades como São Paulo (Campo

de Marte) e Rio de Janeiro

(Jacarepaguá).

O objetivo do governo, com o

decreto, é estimular a construção de

aeroportos de aviação executiva para

desafogar os aeroportos regulares

durante grandes eventos, como a

Copa do Mundo de 2014 e a

Olimpíada do Rio, em 2016.

Segundo estimativa oficial, entre

30% e 35% dos pousos e decolagens

dos aeroportos de São Paulo, por

exemplo, são de aviões executivos.

O governo quer evitar o que ocorreu

na África do Sul durante a Copa do

Mundo de 2010, quando o intenso

fluxo de aviões particulares

provocou congestionamentos nos

principais aeroportos daquele país.

Por causa disso, milhares de

torcedores não conseguiram assistir a

alguns jogos por causa do caos

aéreo.

Pelo menos três projetos de

aeroportos gerais devem deslanchar

após a autorização oficial. O grupo

imobiliário JHSF, dono do shopping

Cidade Jardim, em São Paulo,

pretende construir uma unidade -

batizada de Novo Aeroporto

Executivo de São Paulo (NAESP) -

em São Roque, a 60 km da capital

paulista. Os empresários Fernando

Botelho Filho e André Skaf, por sua

vez, planejam construir e operar um

aeroporto particular - o Aeródromo

Rodoanel - na região do anel

rodoviário de São Paulo.

Os dois projetos já foram

protocolados na Secretaria de

Aviação Civil (SAC) da Presidência

da República, que estuda também

autorização para um terceiro

aeroporto geral, destinado

exclusivamente a pousos e

decolagens de helicópteros - o

"Helicidade", um projeto idealizado

pelo economista Fábio Tinelli.

A aviação geral engloba todos os

setores da aviação civil que não

estão envolvidos com o transporte

aéreo regular de passageiros e de

cargas. Segundo a Associação

Brasileira de Aviação Geral

(ABAG), o Brasil possui o segundo

maior mercado de aviação executiva

do mundo, ficando atrás apenas dos

Estados Unidos.

De acordo com dados da associação,

a frota brasileira da aviões

executivos é de cerca de 12,3 mil

unidades. O segmento realiza, por

ano, mais de 800 mil voos, por meio

de mais de mil empresas.

O governo estuda, também, o

modelo de exploração de aeroportos

de grande porte, como os de Confins

(em Belo Horizonte) e Galeão (no

Rio). Na semana passada, a

presidente Dilma ordenou a

realização de estudos de modelos

alternativos à concessão desses

aeroportos ao setor privado.

O modelo de concessão, adotado nos

aeroportos de Brasília (Juscelino

Kubitschek), Campinas (Viracopos),

Guarulhos (Cumbica) e Natal (São

Gonçalo do Amarante), não está

descartado, mas o governo decidiu

analisar outras possibilidades. Além

da concessão, há três alternativas

sendo avaliadas - contratos de

Parceria Público-Privada (PPP);

adoção do Regime Diferenciado de

Contratação Pública (RDC) pela

Infraero; e adoção de uma PPP em

que a União seria o acionista

majoritário.

Há estudos também para desenvolver

a aviação regional, o que exigirá a

ampliação do número de aeroportos,

com capacidade para receber voos

regulares, de 130 para 213 - hoje, o

país dispõe de 700 aeródromos. A

meta oficial é fazer com que o

atendimento da população salte de

79%, num raio de 100 Km, para

94%. O projeto exigirá a construção

de novos aeroportos e a ampliação e

reforma dos já existentes.

O

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12 | Info Aviação | Agosto 2012

Eurocopter cria novos Centros de Desenvolvimento

epois de ter lançado o

projeto Systemhaus, em

Donauwörth, na Alemanha,

que será concluído no final deste

ano, fornecendo à sua equipe de

desenvolvimento a mais moderna

infraestrutura de alto desempenho e

performance para apoiar o seu

Programa de Inovação, a Eurocopter

anunciou o seu projeto para

modernização e expansão dessas

atividades em Marignane, na França.

Estes investimentos permitirão à

empresa, da qual a Helibras é

subsidiária no Brasil, consolidar o

seu status de líder em tecnologia,

uma característica fundamental da

Visão 2020 do grupo empresarial.

"Nossa política de inovação sempre

foi muito ambiciosa e vai continuar

assim nos próximos anos", disse o

presidente e CEO da Eurocopter

Lutz Bertling. "Isso nos permite ficar

bem à frente de nossos concorrentes

quando se trata de avanços

tecnológicos, e é uma ajuda

significativa na manutenção da nossa

posição como líder mundial nos

mercados civil e parapúblico.

Continuamos a investir em inovação

e infraestrutura, dotando nossas

equipes de desenvolvimento, com os

recursos mais modernos e adequados

e que lhes permitam enfrentar os

desafios de criar os helicópteros do

futuro", completou Bertling.

Uma cerimônia foi realizada em

Donauwörth, no dia 13 de julho, para

comemorar a conclusão do telhado

do novo Centro de

Desenvolvimento, onde cerca de 900

engenheiros trabalharão numa área

total de 30.000 metros quadrados.

Previsto para entrega no final deste

ano, o novo prédio faz parte do

projeto Systemhaus e pretende reunir

sob o mesmo teto todos os recursos,

capacidades e meios necessários para

desenvolver, produzir, certificar

helicópteros e assegurar a sua

manutenção. Como resultado, a

equipe atualmente baseada em

Ottobrunn passará a trabalhar

juntamente com os colegas em

Donauwörth, a partir de 2013.

Paralelamente à cerimônia, o estudo

para a construção de um centro de

desenvolvimento em Marignane foi

aprovado no dia 13. O projeto

começou com a remodelação do

edifício Labogir (para ensaios

mecânicos e de veículos), que foi

inaugurado no dia 16 de julho, e a

construção do edifício Helicóptero

Zero (para integração de sistemas de

vários modelos de helicópteros), a

ser entregue em abril de 2013. O

carro-chefe do futuro Centro de

Desenvolvimento de Marignane será

um novo edifício, previsto para

entrega em 2015, que irá acomodar

até mil pessoas e abrigará as

instalações para os novos programas

em desenvolvimento. A pedra

fundamental desse edifício está

prevista para julho de 2013. Além

disso, o edifício do atual escritório

de design será renovado e serão

construídas novas instalações para os

testes com aviônicos da empresa.

D

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14 | Info Aviação | Agosto 2012

Nova modernização de motores dos KC-135s da USAF deve

manter as aeronaves voando por mais 20 anos

s aeronaves KC-135

Stratotankers da década de

1950 estão programadas a

partir do ano seguinte para

receberem novos motores

atualizados que ampliarão o alcance

global da nação por mais de duas

décadas. Ao mesmo tempo,

especialistas dizem que os motores

melhorados também irão queimar

menos combustível e gastar menos

tempo em manutenção.

“Com essas melhorias, esperamos

que os motores possar ficar na asa

por mais 20 anos”, disse Steven

Walsh, especialista em gestão de

logística junto ao escritório de gestão

do programa de motores do KC-135

na Base Aérea de Tinker, Oklahoma.

“Quando vimos esse processo e

percebemos que o fabricante original

do equipamento poderia nos ajudar a

alcançar eficiência e confiabilidade

junto com o consumo de

combustível reduzido, ficamos

empolgados”, disse ele.

O processo é conhecido como um

programa de atualização de

propulsão, frequentemente chamado

C-PUP.

“O C-PUP é um componente

importante da estratégia de eficiência

de combustível do Comando de

Mobilidade Aérea (AMC), e estamos

muito satisfeitos com o progresso do

programa”, disse o general Raymond

E. Johns Jr., comandante do

Comando de Mobilidade Aérea. “O

AMC está empenhado em estimular

a inovação, eficiência e

compreendemos plenamente até

mesmo um ganho nominal de

eficiência que pode oferecer um

retorno muito maior sobre o

investimento a longo prazo”, disse

Johns.

A Força Aérea está economizando

mais de seis dólares por cada dólar

gasto no programa de atualização

através dos reduzidos custos com

combustível e manutenção, afirma o

major Mark Blumke, gerente de

logística de eficiência de

combustível do AMC. O AMC

antecipa um ganho de 1,5 por cento

pela eficiência de combustível, além

da economia de manutenção

depósito reduzida uma vez que os

novos motores estejam em serviço,

disse Blumke.

A idéia para o C-PUP começou há

quatro anos quando a equipe da

Marinha dos EUA pediu o motor

para uma de suas aeronaves da

empresa de fabricação de motores

chamada CFM – e, portanto, o “C”

no C-PUP – para projetar melhorias

no motor.

Os gestores do programa da Força

Aérea e da Marinha deram a

autorização para exercer as

atualizações do motores no início de

2010. O programa visa instalar peças

atualizados nos motores, incluindo

um atualizado bocal de alta pressão

da turbina, novas lâminas de

compressor e palhetas, uma

cobertura do conjunto da turbina e as

lâminas da turbina.

A Força Aérea vai iniciar a

atualização de 60 motores em 2013,

com 120 motores atualizados a cada

ano seguinte até os 1.440 motores

estarem em plena operação.

A

Page 15: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

15 | Info Aviação | Agosto 2012

TAM Aviação Executiva

tem interesse em ser

operadora de aeroportos

privados de aviação executiva e já

mantém conversações para participar

de dois projetos nesse sentido. O

Valor publicou ontem que o governo

baixará decreto, nos próximos dias,

autorizando empresas privadas a

operarem comercialmente terminais

com esse perfil. Há pequenos

aeroportos privados no país, mas

seus administradores não podem

fazer uso comercial deles.

"Nós fomos contactados e temos

interesse em participar, pelo menos

do processo de discussão e estarmos

presentes como operadores. Estamos

conversando. Estamos em contato e

temos interesse em participar se as

condições nos atenderem", afirmou

ao Valor, o presidente do conselho

de administração da TAM Aviação

Executiva, Mauricio Amaro. "Do

ponto de vista de oportunidade

societária, eu acho difícil. Não acho

que o negócio de operadores de

aeronaves é possuir aeroportos.

Demanda muito investimento e um

conhecimento de gestão que nós não

possuímos", acrescenta ele.

O executivo se referiu aos dois

projetos que já foram protocolados

na Secretaria de Aviação Civil

(SAC). Um é do grupo imobiliário

JHSF, que atua em incorporações,

aluguel de escritórios comerciais e

shopping centers. O outro é da dupla

de empresários Fernando Botelho

Filho e André Skaf, este último filho

do presidente da Federação das

Indústrias do Estado de São Paulo

(Fiesp), Paulo Skaf.

O projeto da JHSF deverá ser

erguido em São Roque, no interior

de São Paulo, a 62 quilômetros de

distância da capital, com área

destinada ao aeroporto de 2 milhões

de metros quadrados, de uma área

total de 7 milhões de metros

quadrados que vai incluir shopping,

centro empresarial, centro

universitário e residencial.

"O investimento no aeroporto está

em torno de R$ 600 milhões a R$

700 milhões, fora o investimento da

área imobiliária", disse o diretor de

novos negócios da JHSF, Humberto

Polatti, acrescentando que, a

previsão de início de operações é no

primeiro semestre de 2014, "em

tempo para a abertura da Copa do

Mundo".

O segundo projeto é no município de

São Paulo, "quase na divisa com

Embu-Guaçu, entre 19 e 21

quilômetros, em linha reta, do

Aeroporto de Congonhas", conta

Skaf. Segundo ele, foi criada a

empresa Harpia para ser a

administradora do aeroporto, que

ainda não tem nome.

Segundo ele, o investimento já foi

estimado, mas só poderá divulgá-lo

posteriormente. As dimensões e

capacidade operacional só serão

divulgadas após a obtenção das

licenças ambientais.

"Além da TAM, estamos

conversando com outras empresas do

mercado", acrescentou Skaf. No

entendimento dele, o contrato que

deverá ser assinado com o governo é

uma "autorização para investimento

público". O empresário acrescentou

que o prazo de vigência ainda não

está claro.

Amaro, da TAM Aviação Executiva,

afirma que uma das condições para a

empresa participar como a operadora

é justamente o tempo de duração do

contrato.

"Operadores estratégicos para esses

aeroportos deveriam ter algum tipo

de condição específica, porque

somos fontes de receita grande, de

operação de aeronave e manutenção.

Uma dessas condições é o contrato

de concessão com prazos mais

longos".

A

Page 16: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

16 | Info Aviação | Agosto 2012

Aviação executiva pode somar US$ 260 bi até 2021

Embraer acredita que o

mercado de aviação

executiva no mundo pode

movimentar US$ 260 bilhões no

período entre 2012 e 2021 no mundo

se a economia mundial conseguir

crescer em ritmo sustentável, o que

equivale a 11.275 unidades. Se o

cenário for negativo, porém, esses

números caem para US$ 205 bilhões

e 8.660 unidades.

Os números foram divulgados nesta

segunda-feira por Marco Túlio

Plegrini, vice-presidente de

operações da Embraer Aviação

Executiva. “A América Latina

crescerá num ritmo muito maior que

o mundo como um todo”, afirmou o

executivo, que participa da Labace,

uma das maiores feiras de aviação

executiva do mundo, que ocorre na

capital paulista.

Segundo Plegrini, os lucros das

empresas americanas estão altos e o

número de milionários no Brasil tem

crescido, fatores que favorecem o

mercado de aviação executiva. O

cenário na Europa, porém, deixa um

ponto de interrogação, o que tem

adiado as vendas, observou.

Ainda de acordo com o executivo,

para a América Latina são previstos

negócios entre US$ 12 bilhões e US$

16 bilhões até 2021, o equivalente a

algo entre 700 e 900 unidades. O

Brasil deve responder por 50% desse

volume.

A

Page 17: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

17 | Info Aviação | Agosto 2012

Embraer Inicia Fabricação do Legacy 450

Embraer atingiu um marco

importante no programa do

jato executivo da categoria

mid-light Legacy 450 com a

usinagem da primeira peça,

oficializando, na última semana, o

início da fabricação do primeiro

protótipo.

"Enquanto avançamos com o Legacy

500, aguardávamos este momento

para o Legacy 450", disse Ernest

Edwards, Vice-Presidente da

Embraer - Aviação Executiva. "O

corte da primeira peça para o Legacy

450 é um marco importante para o

programa de desenvolvimento destes

dois jatos revolucionários."

O componente da fuselagem

dianteira foi usinado de um bloco de

liga de alumínio por uma máquina de

cinco eixos, de alto desempenho.

Totalmente automatizado, o processo

extraiu os dados diretamente de uma

maquete digital do Legacy 450, jato

que terá 4.260 km de alcance. A

peça passou por um processo de

controle de qualidade que fez uso de

dispositivos de laser para validação,

em relação à maquete digital.

O Legacy 450 foi projetado com o

mais moderno software de

engenharia, o CATIA V5. O

planejamento de produção para a

aeronave executiva foi simulado

virtualmente por software de

manufatura digital. O corte da

primeira peça ocorre após conclusão

da Fase de Definição Conjunta da

aeronave, em maio.

O Legacy 450 e o mid-size Legacy

500 já completaram mais de 8.000

horas de testes de sistemas, com

2.500 horas de Iron Bird desde

novembro de 2010. ("Iron Bird" é

uma bancada de testes para

integração de sistemas, usada pela

engenharia da Embraer para garantir

perfeita harmonia entre todos os

sistemas vitais da aeronave).

As duas aeronaves trazem, pela

primeira vez neste segmento da

aviação executiva, a tecnologia fly-

by-wire. Com base em extenso

feedback de clientes, as aeronaves

foram projetadas com cabine de 1,82

m de altura e piso plano, resultando

na maior seção transversal e volume

de cabine em suas categorias.

Também oferecem a única galley

com pia no segmento, além de

sistema de gerenciamento de cabine

e entretenimento Ovation Select da

Honeywell. As aeronaves contam

com toalete a vácuo, o que também é

único em sua classe. A cabine de

comando é equipada com aviônicos

Pro Line Fusion da Rockwell

Collins, já prontos para os futuros

requisitos de navegação aérea

CNS/ATM.

A

Page 18: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

18 | Info Aviação | Agosto 2012

Page 19: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

19 | Info Aviação | Agosto 2012

Força Aérea dos EUA realiza testes com veículo hipersônico

Força Aérea dos Estados

Unidos realizou mais um

teste de voo com o jato

hipersônico X-51A WaveRider, que

sobrevoará o Oceânico Pacífico com

o objetivo de atingir uma velocidade

de Mach 6 (seis vezes a velocidade

do som). A esta rapidez, que pode

chegar a 7.200 km/h, a aeronave

poderia sair de Londres e chegar a

Nova York em aproximadamente

uma hora.

Um bombardeiro B-52 vai lançar o

jato não tribulado e sem asas da base

aérea de Edwards, na Califórnia, a

uma altura de aproximadamente 15

km. Neste momento a aeronave será

solta e, após uma queda livre de

cerca de quatro segundos, o motor

vai ser acionado. Então o WaveRider

subirá mais uma vez à altura de 21

km, quando poderá chegar ao Mach

6. Para se ter uma ideia da

velocidade, o avião supersônico

Concorde, de 1969, voava de

Londres a Nova York em pouco

mais de três horas e podia alcançar

no máximo 2.652 km/h.

O vôo de teste está previsto para

durar cerca de cinco minutos. No

final, a aeronave vai se quebrar em

pedaços e cair no Pacífico. Trata-se

de uma repetição da tentativa de

junho do ano passado, quando o jato

viajou a Mach 5, mas falhou ao

alcançar a velocidade desejada. Em

agosto de 2011, os cientistas

militares norte-americanos tentaram

lançar um avião não tripulado que

deveria chegar a Mach 20 (20 vezes

a velocidade do som). Os

pesquisadores, porém, perderam

contato com o veículo de teste

Falcon Hypersonic 2 (HTV-2)

depois que este se separou do

foquete que o lançou.

O projeto, financiado pelo

Pentágono e pela Nasa (mais de US$

140 milhões investidos), faz parte

dos planos para o desenvolvimento

de mísseis mais rápidos. O

Pentágono poderá, então, a

possibilidade de atingir alvos ao

redor do mundo em questão de

minutos.

O teste, porém, não tem objetivos

apenas militares. Servirá também

para fornecer informações para

projetos em andamento para criar

uma aeronave supersônica. A

pesquisa pode levar à construção de

um avião comercial, capaz de atingir

velocidades maiores do que os jatos

atuais.

A Companhia Européia de Defesa

Aeronáutica e do Espaço (EADS)

acredita que os voos hipersônicos

tripulados possam ser realidade em

um futuro próximo.

- Há interesse de ambos os lados do

Atlântico para pular uma geração e

passar do voo supersônico ao voo

hipersônico – disse Peter Robbie,

vice-presidente de desenvolvimento

de negócios da EADS à BBC. – A

ideia de ir de Tóquio a Paris em duas

horas e meia é muito atrativa para as

comunidades de negócio e políticas.

Acho que por volta de 2050 já

existirá uma aeronave neste molde.

A

Page 20: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

20 | Info Aviação | Agosto 2012

Embraer entrega à Índia primeiro avião para vigilância

Embraer entregou, dia

16/08/12, ao governo da

Índia o primeiro avião do

modelo EMB 145 AEW&C de

controle e alerta antecipado que será

utilizado pela Força Aérea desse

país.

Segundo a empresa, o aparelho

concluiu satisfatoriamente todas as

provas em terra e em voo tanto da

própria Embraer como dos sistemas

de defesa da Força Aérea Índia, que

receberá outras aeronaves do mesmo

modelo como parte de um contrato

assinado em 2008.

A Embraer não revelou o número de

aviões deste modelo adquiridos pelo

governo indiano “por uma cláusula

de confidencialidade do contrato”,

disse à Agência Efe uma fonte da

companhia.

O contrato inclui além das aeronaves

um pacote de treinamentos, suporte

técnico, peças de reposição e equipes

de apoio em terra.

O EMB 145 AEW&C entregue nesta

quinta-feira incorpora recursos como

um sistema de reabastecimento em

voo, maior capacidade elétrica e

modificações estruturais que

permitirão a instalação de avançados

sistemas de missão desenvolvidos

pelo Centro de Sistemas

Aerotransportados (CABS) da Índia,

segundo um comunicado da

empresa.

A aeronave está equipada com um

radar de varredura eletrônica

projetado e desenvolvido pelo

CABS, cujas antenas serão

instaladas na parte superior da

fuselagem.

“O sucesso deste programa é um

símbolo de cooperação entre a Índia

e Brasil”, disse o diretor do CABS,

S. Christopher, citado no

comunicado.

O EMB 145 AEW&C é um avião

desenvolvido para missões de

vigilância e controle do espaço aéreo

cujas informações ajudam a outras

aeronaves, como os caças-

bombardeiros, em tarefas de controle

e intercepção.

A

Page 21: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

21 | Info Aviação | Agosto 2012

Aeroporto para jatos executivos terá regulamentação

iante do crescimento

vigoroso da aviação

executiva no País, o governo

federal pretende tirar do papel um

decreto que regulamenta a

construção e a exploração comercial

pela iniciativa privada de aeroportos

voltados a este segmento. Somente

no ano passado, o número de

aeronaves registradas na chamada

aviação geral cresceu 6,8%. O

aumento foi puxado por um salto de

540 para 623 (15,3%) no número de

jatos executivos ante o ano anterior,

segundo a Associação Brasileira de

Aviação Civil (Abag).

O Estado teve acesso à minuta do

decreto que regulamenta a figura da

autorização, que permitiria às

empresas investir em infraestrutura

voltada à aviação executiva, hoje

deixada em segundo plano nos

grandes aeroportos, já superlotados

de voos comerciais.

Pelo documento, só seriam passíveis

de autorização "os aeródromos

voltados exclusivamente ao

processamento de serviços aéreos

privados" (aviões particulares),

especializados (como aviação

agrícola, por exemplo) e de táxi

aéreo. A restrição deixa dúvidas

sobre o que seria feito com

aeródromos privados que hoje

operam voos comerciais, situação

pouco comum, mas existente em

algumas partes do País.

De acordo com o consultor José

Wilson Massa, se assinado, o decreto

dará fôlego para a aviação executiva

continuar se desenvolvendo no País.

"A medida dá oxigênio para o

crescimento da demanda", disse o

consultor. Ele citou o caso da região

de Londrina, no Paraná, em que

usuários da aviação estariam se

mobilizando para investir em

infraestrutura. Porém, sem a

regulamentação da autorização, não

poderiam cobrar pelo uso do

aeroporto.

Um outro especialista, que pediu

para não ser identificado, comenta

que o novo modelo vai beneficiar a

Embraer, uma das principais

fabricantes de jatos executivos do

mundo. Sem infraestrutura para

receber essas aeronaves, a empresa

poderia ver suas vendas travadas.

Diferentemente dos aeroportos de

maior porte, que operam voos

D

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22 | Info Aviação | Agosto 2012

comerciais, no caso dos aeroportos

autorizados, as operadoras poderiam

estabelecer livremente os valores a

serem cobrados pela movimentação

das aeronaves e outros serviços.

Prazo. Na minuta obtida pelo Estado

não há período definido para a

duração da autorização. "A

autorização para a exploração de

aeródromo não terá sua vigência

sujeita a termo final", diz o

documento, que prevê a extinção da

outorga em alguns casos, como a

renúncia da empresa que recebeu a

autorização ou revogação por motivo

de interesse público.

Especialistas acreditam que o

estabelecimento do período de

vigência da autorização daria maior

segurança jurídica ao modelo, mas

não descartam que isso seja definido

em regulamentações

complementares.

Para abrir o aeroporto ao tráfego

aéreo, o investidor terá de obter a

homologação da Agência Nacional

de Aviação Civil (Anac) num prazo

de 36 meses a partir da obtenção da

autorização, podendo o prazo ser

prorrogado por igual período. O

intervalo é considerado razoável para

a construção ou adequação da

infraestrutura para receber voos.

Massa comenta, no entanto, que por

causa da proximidade da Copa do

Mundo de 2014, esse modelo pouco

contribuirá para a adequação da

infraestrutura para o evento. "Para a

Copa, não dá mais tempo. A solução

seria fazer melhorias na

infraestrutura existente", disse.

Page 23: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

23 | Info Aviação | Agosto 2012

Page 24: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

24 | Info Aviação | Agosto 2012

Líder Aviação investe para

faturar R$ 1 bilhão até 2014

ma das maiores empresas de

aviação executiva do país, a

Líder Aviação prevê

alcançar a casa do R$ 1 bilhão de

faturamento, no máximo, em 2014.

Neste ano, a previsão é de R$ 800

milhões. Como parte do esforço para

atingir essa marca, iniciou, no fim de

2011, um plano de investimentos de

US$ 200 milhões, que deverá ser

concluído em 2013.

A maior parte dos recursos está

sendo utilizada para ampliar a frota

de helicópteros que operam em

plataformas marítimas de exploração

de petróleo, na camada pré-sal. Do

investimento total, 75% são

financiados e 25% são próprios.

Só na compra de helicópteros, a

Líder está desembolsando US$ 140

milhões em 2012. São seis aeronaves

para operações nas plataformas de

petróleo. Quatro deles, da fabricante

americana Sikorsky, custam US$ 28

milhões cada - o que representa uma

encomenda de US$ 112 milhões,

sendo mais da metade, ou US$ 60

milhões, financiada pelo Eximbank

americano.

"Se não chegar em 2013, acho que

não passa de 2014 [faturamento de

R$ 1 bilhão]. Os investimentos estão

sendo feitos em fases. Muito desse

investimento ainda não está

produzindo receita, o que deverá

acontecer em 2013, 2014", diz o

presidente da Líder Aviação,

Eduardo Vaz.

A operação de helicópteros responde

por 65% do faturamento da Líder,

sendo que a Petrobras contribui com

80% dos resultados dessa área, com

frota de 60 helicópteros. A aviação

executiva contribui com 35% da

receita. São serviços como táxi

aéreo, venda de jatos e manutenção.

Nessa área, a Líder tem 40 aviões.

"A Petrobras é a nossa maior cliente

no fretamento de helicópteros. Ainda

não está muito claro para o mercado

qual será a velocidade do

crescimento da Petrobras. Se tiver

algum atraso na entrega de algumas

plataformas, o crescimento do setor é

afetado", diz Vaz.

Ele revela que a empresa tem

interesse em ser operadora de

aeroportos privados de aviação

executiva, a exemplo da TAM

Aviação Executiva. Vaz foi

procurado pelo grupo imobiliário

JHSF e pela dupla de empresários

André Skaf e Fernando Botelho

Filho, que têm dois projetos com

esse perfil.

A Líder está ampliando suas bases

de operação e abrindo novos centros,

como em Campos dos Goytacazes

(RJ), onde aplicou R$ 1,3 milhão.

Outra parte do investimento está

sendo usada numa nova base no

litoral paulista, em Itanhaém. A

empresa também vai investir em um

hangar para aviação executiva no

Aeroporto Internacional Antonio

Carlos Jobim (Galeão), no Rio, no

ano que vem.

A companhia está lançando a venda

compartilhada de jatos e

helicópteros. Batizada de "Líder

Share", o primeiro ativo será um

avião da americana Hawker

Beechcraft, para seis passageiros.

Serão três cotas, de US$ 800 mil

cada, que dão direito a uso de 150

horas por ano da aeronave, num

período de cinco anos. Em média,

deverão ser 13 horas por mês. O

avião é de propriedade da Líder.

A Líder passa a competir com a

Prime Fraction Club, fundada em

maio de 2010. Segundo o sócio-

diretor da empresa, Marcus Matta, a

Prime tem 11 ativos, avaliados em

R$ 100 milhões. São quatro aviões,

três helicópteros, três barcos e um

grupo de carros, com uma Ferrari e

uma Maserati. O mais novo ativo é

um jato Legacy 500, da Embraer,

que já tem um cotista interessado.

Ao todo, serão três cotas.

"Com o cenário de desaceleração,

está aumentando o número de donos

de jatos que querem compartilhar a

propriedade e reduzir os custos", diz

Matta. Segundo ele, um dos

helicópteros foi obtido com essa

negociação. Outras três estão sendo

desenvolvidas.

U

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25 | Info Aviação | Agosto 2012

Airbus transforma avião para 100 pessoas em jato particular

companhia aérea Airbus

transformou o A318, jato

comercial que comporta até

109 passageiros, em um jato

particular de luxo. Em exposição na

Labace, o ACJ318 - executivo de

US$ 68 milhões que carrega até 19

passageiros - possui escritório

privativo que pode ser convertido em

quarto e tem assentos com

configuração de luxo. A aeronave

dispõe ainda de espaço interno

chamado de "área de lazer" em que

há televisões e mesas de jantar.

"Quando se trata de jatos executivos,

o que conta é o que você oferece na

cabine. A Airbus pode oferecer um

avião que comporta 19 passageiros e

tem alcance para viagens

internacionais até aeronaves 'VIPs'

que podem transportar delegações

governamentais em voos diretos para

a maior parte do mundo", afirmou o

diretor de operações da Airbus, John

Leahy.

De acordo com a companhia aérea, o

diferencial da ACJ318 é com relação

à autonomia de voo. Enquanto o

Airbus A318 consegue fazer voos de

até 2,75 mil km em sequência, o

ACJ318 pode percorrer até 5 mil km

sem paradas, fazendo viagens

intercontinentais. Outra grande

diferença do ACJ318 é em relação às

cabines, que são mais altas. Segundo

a empresa, os jatos executivos têm

esta característica para que deem

mais conforto aos passageiros.

Segundo dados da Aribus, desde

2007, a empresa já vendeu 170 jatos

ACJ318, aeronave mais cara da

Labace, sendo que dez deles foram

vendidos em 2011.

Segundo David Vellupillai, diretor

de marketing da Airbus, "as

aeronaves são destinadas a

executivos, companhias, bilionários

e governos". De acordo com ele, o

jato já vem mobiliado com cama,

assentos de luxo, persianas

automatizadas, cama, mesa e bar. "A

aeronave já vem toda mobiliada, mas

o cliente pode fazer alterações. O

preço não difere do preço do A318,

sendo que os dois custam em torno

de US$ 68 milhões", concluiu.

A Latin American Business Aviation

Conference & Exhibition (Labace) é

a segunda maior feira do mundo na

área de aviação executiva. Na edição

de 2012, traz cerca de 70 aeronaves

executivas, de fabricação nacional e

estrangeira, e cerca de 190

expositores. São esperados 16 mil

visitantes para três dias de feira, de

15 a 17 de agosto, e o valor da

entrada é R$ 200. Os ingressos

posem ser comprados no local. O

evento atrai compradores, pilotos e

profissionais do setor, mas é aberto a

todo público.

A

Page 26: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

26 | Info Aviação | Agosto 2012

Embraer mostra jato de US$ 53 mi emprestado à Presidência

Embraer apresentou pela

primeira vez no Brasil, nesta

quarta-feira, na feira de

aviação Labace 2012, em São Paulo,

o seu avião executivo mais caro,

avaliado em US$ 53 milhões. Trata-

se do Lineage 1000, um modelo de

luxo de longa distância, feito a partir

da plataforma do Embraer 190 - que

já faz parte da frota de companhias

como a Azul Linhas Aéreas. O

modelo não é novo, está pronto

desde 2009, mas é a primeira vez

que a fabricante o expõe em um

evento comercial no Brasil.

Atualmente, um igual a ele está à

disposição da Presidência da

República, substituindo um Embraer

190 que está em manutenção.

O jato executivo tem capacidade

para até 19 passageiros, sem contar

com a tripulação, e autonomia

máxima de cerca de 8 mil km - o que

equivale a um trecho entre as cidades

de São Paulo e Lisboa, em Portugal.

Desde o seu lançamento, em 2009, já

foram entregues 12 unidade do

Lineage, para clientes do Oriente

Médio e China.

No Brasil, a Embraer ainda ainda

não comercializou nenhuma unidade,

mas enxerga um mercado em

potencial, já que o País é o segundo

que mais compra jatos executivos

atualmente, e o terceiro no mundo

em frota desse tipo de avião, com

cerca de 720 jatos, atrás do México,

com 770 unidades, e Estados

Unidos, com 11 mil unidades.

O Lineage 1000 em posse da

Presidência, desde o final do ano

passado, é usado pelo governo para

viagens pela América Latina e

possui a configuração clássica,

composta por cinco áreas distintas de

cabine com espaço para sala de

jantar, sala de estar, sala de reuniões

e até um quarto com cama de casal.

Entre os confortos do avião "super-

luxo" estão conexão com internet e

monitores de 42 polegadas.

A Embraer não revela quantos

modelos do jato pretende

comercializar no País, mas tem como

público alvo empresas de grande

porte. Em média, um Lineage 1000

demora até seis meses para ser

fabricado, dependendo de sua

configuração.

A

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27 | Info Aviação | Agosto 2012

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29 | Info Aviação | Agosto 2012

Feira em SP exibe jatos particulares de até US$ 68 milhões

impressão que

queremos passar é que a

pessoa se sinta em casa,

só que nas nuvens", diz David

Velupillai, diretor de marketing da

Airbus, depois de apresentar o jato

executivo da ACJ318, avaliado em

US$ 68 milhões. O modelo de luxo é

o mais caro em exposição na feira de

aviação Labace 2012, aberta ao

público até sexta-feira, no aeroporto

de Congonhas, em São Paulo. Cerca

de 170 unidades do jato executivo já

circulam pelo mundo. O avião

"especial" da Airbus tem autonomia

de 5 mil km e pode levar até 19

passageiros, sem contar com a

tripulação.

Com alcance intercontinental, o

Gulfstream G550 é o segundo mais

caro exibido na feira: cerca de US$

60 milhões. Ele está exposto pela

primeira vez na Labace e voa 12 mil

km sem a necessidade de

reabastecimento - de acordo com o

fabricante, a aeronave executiva de

maior alcance do mercado.

Em seguida aparece o canadense

Bombardier Global 6000. Em

condições normais, com oito

passageiros a bordo, o modelo - de

US$ 58,6 milhões - voa um trajeto

de 11.112 km sem parar para

abastecer. Assim como os outros

aviões executivos é completamente

personalizável.

A brasileira Embraer também levou

seu jato de dezenas de milhões de

dólares: exposto pela primeira vez

no Brasil o Lineage 1000 está

avaliado em US$ 53 milhões. Com

conforto e luxo semelhantes ao

modelo da Airbus, o jato também

transporta 19 passageiros, mas tem

autonomia um pouco maior, de 8 mil

km, o que equivale a um trecho São

Paulo - Lisboa, sem escalas.

A Latin American Business Aviation

Conference & Exhibition (Labace) é

a segunda maior feira do mundo na

área de aviação executiva. Na edição

de 2012, traz cerca de 70 aeronaves

executivas, de fabricação nacional e

estrangeira, e cerca de 190

expositores. São esperados 16 mil

visitantes para três dias de feira, de

15 a 17 de agosto, e o valor da

entrada é R$ 200. O evento atrai

compradores, pilotos e profissionais

do setor, mas é aberto a todo

público.

A Latin American Business Aviation

Conference & Exhibition (Labace) é

a segunda maior feira do mundo na

área de aviação executiva. Na edição

de 2012, traz cerca de 70 aeronaves

executivas, de fabricação nacional e

estrangeira, e cerca de 190

expositores. São esperados 16 mil

visitantes para três dias de feira, de

15 a 17 de agosto, e o valor da

entrada é R$ 200. Os ingressos

podem ser comprados no local. O

evento atrai compradores, pilotos e

profissionais do setor, mas é aberto a

todo público.

"A

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Saiba como avião comercial é transformado em jato executivo

ois dos jatos mais caros da

Labace, feira de aviação de

São Paulo, são modelos

executivos derivados de aviões

comerciais. Os concorrentes Airbus

ACJ318 - que custa US$ 68 milhões

- e Embraer Lineage 1000 - que tem

preço inicial de US$ 53 milhões -

possuem a estrutura de aviões

comerciais que passaram por

modificações para, assim, atender

clientes que preferem fazer voos

particulares neste tipo de aeronave.

O ACJ318 tem a mesma plataforma

do A318, avião comercial que

transporta até 109 passageiros,

enquanto o Lineage 1000 tem a

plataforma do E190, capaz de voar

com 110 pessoas. No entanto, as

principais diferenças entre esses

jatos executivos e os aviões

comerciais que os originaram estão

na cabine e na autonomia de voo.

Apesar de partir do mesmo projeto e

utilizar motor da mesma família, o

Lineage 1000, por exemplo, recebe

mais potência do que o E190, além

de mais tanques de combustível.

"Nós desenvolvemos uma solução

interior. Adicionamos tanques de

combustível no bagageiro e

dobramos o alcance do avião", disse

o vice-presidente de aviação

executiva da Embraer, Marco Túlio

Pellegrini. Para se ter uma ideia, o

Embraer 190 - que faz parte da frota

da Azul Linhas Aéreas, por exemplo,

- tem autonomia de voo de 2 mil

milhas, enquanto o Lineage permite

viagens de 4,5 mil milhas.

Além disso, o peso de decolagem

das aeronaves é diferente. Enquanto

o E190 consegue realizar decolagens

com até 50 mil kg, o Lineage 1000

consegue partir com 54 mil kg. A

diferença está explicada no motor: o

E190 é equipado com um de 18,5

mil libras ante um motor de 20 mil

libras de tração no Lineage.

O diretor de marketing da Airbus,

David Velupillai, segue a mesma

linha e destaca que este tipo de

aeronave executiva de grande porte é

"destinada a três segmentos

específicos: empresas, governo e

bilionários que fazem viagens

internacionais".

Segundo Velupillai, as diferenças

também são claramente vistas no

conforto, sendo que as companhias

tentam atender aos desejos dos

clientes no momento da escolha de

um jato executivo.

"A cabine é mais alta e mais

confortável e o cliente pode escolher

os equipamentos que quiser. Já

damos a opção de avião mobiliado,

mas o cliente pode fazer sua escolha,

O preço, contudo, não tem muitas

mudanças, girando sempre em torno

dos US$ 68 milhões".

A Latin American Business Aviation

Conference & Exhibition (Labace) é

a segunda maior feira do mundo na

área de aviação executiva. Na edição

de 2012, traz cerca de 70 aeronaves

executivas, de fabricação nacional e

estrangeira, e cerca de 190

expositores. São esperados 16 mil

visitantes para três dias de feira, de

15 a 17 de agosto, e o valor da

entrada é R$ 200. Os ingressos

podem ser comprados no local. O

evento atrai compradores, pilotos e

profissionais do setor, mas é aberto a

todo público.

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De mármore a ouro, veja as extravagâncias dos jatos de luxo

e chuveiro até acabamento

de peças em ouro são

opcionais disponíveis para

compradores endinheirados que

queiram ter mais conforto a bordo

dos jatos executivos. A feira de

aviação Labace, aberta ao público

até esta sexta-feira no aeroporto de

Congonhas, em São Paulo, reúne

alguns dos jatos mais caros do

mercado e o preço é justificado, em

parte, pela sofisticação das cabines

das aeronaves - cada vez mais

parecidas com suítes de hotéis cinco

estrelas - pelo aproveitamento dos

espaços. Segundo as fabricantes,

toda a arrumação interna e a

disposição dos ambientes dependem

do gosto e das necessidades do

proprietário abonado.

Entre os luxos do Embraer Lineage

1000, avaliado em US$ 53 milhões,

por exemplo, estão: televisores de

até 42 polegadas com DVD, suíte

com cama king size e até chuveiro

com água quente - a capacidade de

armazenamento é de 300 l de água.

O comprador pode escolher ainda

entre 60 tipos de carpete, 700 tipos

de tecido para os sofás e as poltronas

e mais de 400 tipos de couro. Entre

itens "extras" estão o revestimento

em mármore no piso do banheiro e

da cozinha.

Já o Gulfstream G550, com preço de

US$ 60 milhões, possui todas as

funcionalidades do modelo brasileiro

e adicionais, como telas individuais

para cada um dos 19 lugares

disponíveis, espaço para bar e

acabamento em madeira de lei -

conhecidas por sua resistência. No

caso do jato executivo mais caro da

Bombardier, o Global 6000,

oferecido a partir de US$ 58,6

milhões, o comprador pode optar por

itens como internet wi-fi, televisões,

detalhes de acabamento em fibra de

carbono e até um chuveiro com

temperatura regulável da água em

até 45°C, além de ducha vertical.

O Airbus ACJ318, de US$ 68

milhões, segue a mesma linha dos

outros modelos, e pode ter itens

opcionais como cama, espaço para

bar, sala de jogos e persianas

automáticas nas janelas. O

acabamento e o posicionamento de

cada móvel dentro do avião também

vão depender do gosto do

comprador: a fabricante diz que é

possível instalar videogames e até

trocar os puxadores das gavetas dos

móveis por peças com acabamento

em ouro. "O cliente pode escolher

tudo, ou quase tudo no interior da

aeronave. Estamos aqui para lidar

com qualquer tipo de pedido, mesmo

os mais excêntricos. Temos que

atender as vontades de quem paga

para se deslocar com conforto. Não

há nada de errado nisso", conclui diz

David Velupillai, diretor de

marketing da Airbus.

D

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Anúncio da concessão do Galeão sairá até outubro

governador do Rio de

Janeiro, Sergio Cabral Filho,

afirmou que o anúncio da

inclusão do Aeroporto Internacional

Tom Jobim (Galeão) na lista de

concessões do governo federal deve

acontecer até outubro.

— É absolutamente correta a

mudança de gestão do Galeão.

Conversei com a presidente Dilma

Rousseff e o anúncio deve ocorrer

em setembro ou outubro. Isso

acontecerá com o aeroporto do

Galeão e também com outros, como

o de Minas Gerais — disse o

governador, após o 1º Congresso

Nacional de Procuradores-Gerais de

Ministérios Públicos dos Estados e

da União.

Na última quarta-feira, a presidente

Dilma afirmou que as concessões de

portos e de mais aeroportos serão

anunciadas em um mês. Galeão e

Confins (Minas Gerais) deverão ser

concedidos com a mesma

modelagem dos três já leiloados

(Guarulhos, Brasília e Viracopos),

mas as regras deverão ser mais

rígidas, que atraiam grandes

operadores aeroportuários

estrangeiros. Uma possibilidade é

exigir no edital que o vencedor

contrate um operador com

experiência no processamento em

mais de cinco milhões de

passageiros por ano. Outra proposta

mantém a Infraero no negócio, mas

como sócio majoritário, ao contrário

do modelo em vigor.

Segundo Cabral, não existem

divergências no governo sobre a

necessidade de mudar a gestão do

aeroporto.

— Eu defendo o que já defendia em

2008. Eu clamo, eu apelo para que o

Galeão seja concessionado. Sou a

primeira pessoa pública no Brasil a

defender a concessão dos aeroportos,

que representam um atraso muito

grande para o país.

Para o governador, o Rio perdeu

muito tempo e já deveria ter

aeroportos adequados à dimensão do

país.

— O Brasil hoje tem uma qualidade

de serviços muito acanhada, uma

gestão ultrapassada, não por culpa da

Infraero, mas pela própria lógica da

gestão. O aeroporto é o shopping de

serviços do passageiro, que passa

horas ali para se divertir, se entreter

e descansar.

Sergio Cabral afirmou ainda que,

quando ocorre uma mudança para o

regime privado, o estado passa a ser

um parceiro que se beneficia e

assume o papel de regulador. Além

disso, prosseguiu ele, nos serviços de

pontes, portos e aeroportos, o setor

privado tem uma agilidade muito

grande para fazer manutenção e

novos investimentos.

Também faz parte do plano do

governo alavancar a aviação

regional. Uma rede de pequenos

terminais em regiões próximas as

polos industriais ou importantes para

o turismo terá investimentos para

receber voos regulares.

“Eu clamo, eu apelo para que o Galeão seja concessionado”

Sergio Cabral

Governador do Rio

O

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Latam cria unidade

integrada para carga

Latam Airlines, união entre

a chilena LAN e a TAM

Linhas Aéreas, deve

anunciar um dos passos mais

importantes do seu processo de

fusão. A holding criou uma unidade

de transporte de cargas no Brasil,

com a integração da Absa, filial da

LAN Cargo, com a TAM Cargo, que

já nasce como a maior do setor.

A TAM Cargo será a bandeira de

carga no Brasil e a LAN Cargo é a

marca para o mercado internacional.

O investimento no país será de US$

100 milhões, com recursos próprios.

Eles serão destinados a melhorias de

infraestrutura, frota e tecnologia.

Cerca de 20% dos investimentos no

país serão utilizados para ampliação

e reforma dos terminais de carga nos

aeroportos paulistas de Congonhas e

de Guarulhos. Só este último

terminal terá 14 mil metros

quadrados. Ele terá capacidade de

movimentação de mil toneladas de

remessas por dia.

Outra novidade é chegada do

primeiro avião cargueiro da TAM

Cargo. Até então, a empresa usava

os compartimentos de carga dos

aviões para passageiros da TAM

Linhas Aéreas. O primeiro avião da

TAM Cargo será um modelo 767-

300F, da americana Boeing, pintado

com o seu logotipo.

A Absa, filial da LAN Cargo há 15

anos, tem mais três aviões da mesma

família, que, a princípio,

permanecerão com a pintura da Absa

e serão operados por ela.

Comercialmente, porém, a operação

está sendo assumida pela TAM

Cargo. Ao ser acessado, o site da

Absa já faz um direcionamento para

a página de internet da TAM Cargo.

Com o 767-300F que será pintado

com o logotipo da TAM Cargo, a

LAN Cargo passa a ter 12 aeronaves

desse tipo em sua frota. Esse modelo

de avião tem capacidade para

transportar 57 toneladas, com

autonomia para voos de longo curso.

A LAN Cargo também deverá

encerrar 2012 com quatro cargueiros

do modelo 777, também da Boeing,

segundo balanço da Latam, do

segundo trimestre. A frota total,

portanto, será de 16 aviões.

A integração da área de cargas da

Latam acontece num momento de

desaceleração desse setor. No Brasil,

dados da rede de Terminais de

Logística de Carga (Teca), da

Infraero, mostram que a

movimentação total, de janeiro a

junho, acumula queda de 7,19% em

volume.

A movimentação de cargas de

importação e exportação teve recuo

de 7,56% no primeiro semestre, na

comparação anual. O transporte de

cargas domésticas apresenta redução

de 6,21%, na mesma base de

comparação.

O balanço da Latam do segundo

trimestre mostra um cenário de recuo

no transporte de cargas. A receita

com esse tipo de serviço foi de US$

382,2 milhões, uma diminuição de

6% em relação a igual período de

2011. Em volume de transporte, o

recuo foi de 2,2%, na mesma base de

comparação. Esses dados incluem

oito dias de resultado da TAM, pois

a integração foi formalizada no dia

22 de junho.

A situação do mercado global é

parecida. Segundo a Associação

Internacional do Transporte Aéreo

(da sigla em inglês Iata), o transporte

de cargas acumula recuo de 2,6% no

primeiro semestre, na comparação

anual. A maior taxa de redução foi

observada na Ásia-Pacífico, com

queda de 7,1%.

O maior crescimento do transporte

de cargas é do Oriente Médio, com

alta de 14,8% de janeiro a junho em

relação ao mesmo período do ano

passado. Na América Latina, a taxa é

negativa em 0,4%, na mesma base de

comparação.

A

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37 | Info Aviação | Agosto 2012

Honeywell fornecerá sistema de comunicação para o KC-390

Honeywell Aerospace

assinou um contrato com a

Embraer para fornecer seu

novo sistema de antenas de alto

desempenho, o eNfusion AMT-3800

Inmarsat, para a próxima geração do

Embraer KC-390, aeronave de

transporte de cargas e tropas

utilizada pela Força Aérea Brasileira.

O contrato, que também inclui cartas

de compromisso com outros 32

outros países, vem na esteira do

anúncio feito pela Honeywell em

abril para fornecer serviços globais

de conectividade em voo, obtido

após convênio exclusivo com a

Inmarsat.

A antena vai fornecer ao Embraer

KC-390, com o uso da rede

Inmarsat, maior capacidade de

comunicação e de transmissão de

dados, oferecendo também recursos

avançados de gerenciamento de

dados para Comunicação,

Navegação e Vigilância (CNS), além

de Controle de Tráfego Aéreo

(CTA). Ao utilizar a rede, os dados

podem ser enviados e recebidos em

tempo real, permitindo um fluxo

contínuo de comunicação que vai

ajudar as tripulações e maximizar as

operações tanto em terra, quanto no

ar.

A Honeywell tem uma longa história

de desenvolvimento e fornecimento

de tecnologia de uso civil e militar,

incluindo comunicações por satélite

(SATCOM) e aviônicos de apoio,

que atende governos, forças armadas

e clientes comerciais civis em todo o

mundo. Assim sendo, ao passo em

que operadores militares têm maior

necessidade por conectividade, a

capacidade de comunicação via

satélite torna-se cada vez mais

importante para assegurar um

desempenho eficiente.

A

Page 38: Revista Info Aviação 17ª Edição  Agosto 2012

38 | Info Aviação | Agosto 2012

Cessna anuncia upgrade no alcance do Citation Latitude

jato de médio porte Citation

Latitude, da Cessna, terá um

alcance máximo ainda maior

do que foi anunciado em fevereiro

deste ano. O fabricante divulgou na

LABACE, a segunda maior feira de

aviação executiva do mundo e a

maior da América Latina, que, em

vez dos 4.260 km (2.300 milhas

náuticas) anteriormente oferecidos, o

alcance será de 4.630 km (2.500

milhas náuticas).

"Um projeto inovador permite agora

que nossos clientes tenham um

aumento de 9% em alcance,

diminuindo ainda mais a necessidade

de escalas", explica Leonardo Fiuza,

diretor comercial da TAM Aviação

Executiva.

Anunciado em outubro de 2011, o

Latitude, que tem capacidade para

dois pilotos e até nove passageiros,

surgiu como um novo segmento dos

jatos Citation, posicionado entre o

XLS+ e o Sovereign. Com aviônica

Garmin G5000 totalmente touch-

screen e que dispensa o uso de

qualquer botão e cabine com piso

interno totalmente plano (1,83 m de

altura por 1,95 m de largura), o avião

revoluciona o mercado de jatos

executivos de médio porte.

A eletrônica está presente também

em cada um dos assentos. O sistema

Clarity, desenvolvido pela Cessna

em parceria com a empresa

americana Heads Up Technologies, é

uma solução de tecnologia

inteligente para cabines que se

integra à aviônica da aeronave e

pode reunir sistemas elétricos da

cabine, dados e comunicações, tudo

conectado por fibra ótica e

controlado a partir do assento por

uma interface touch-screen

totalmente intuitiva.

"As exigências das viagens de

negócios evoluíram para mais do que

simplesmente conforto e

conveniência. O uso de tecnologia é

a chave para oferecer uma cabine

mais eficaz e produtiva, fator

fundamental para criar um ambiente

de trabalho totalmente funcional.

Com o Clarity, temos uma interface

intuitiva capaz de oferecer aos

clientes um verdadeiro 'smartplane',

pronto para as mais modernas

experiências de conectividade",

afirma Leonardo Fiuza.

Já os pilotos terão à disposição uma

aviônica de última geração, baseada

no Garmin G5000, um sistema novo,

totalmente integrado e concentrado

em três telas principais multifunção

LCD de 14" e quatro painéis de

controle touch-screen. Além das

funções padrão, o G5000 oferecerá

uma interface piloto-aeronave touch-

screen, TCAS II com Change 7.1,

Synthetic Vision Technology, cartas

eletrônicas, SafeTaxi da Garmin, um

sistema de controle de voo duplo

com WAAS LPV e RNP, radar

meteorológico com detector de

turbulência e capacidade vertical de

scan.

O

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