Revista InFormação | IFRJ | Março 2014

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Março de 2014 Informativo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ Alunos do campus Rio de Janeiro são destaque em Olimpíada de Matemática O IFRJ pelo olhar dos seus Seleção de fotos Olhares do IFRJ revela ângulos originais dos campi do Instituto Aluna do campus Realengo participa de intercâmbio no Canadá pelo Programa Ciência sem Fronteiras

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Março de 2014

Informativo do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ

Alunos do campus Rio de Janeiro são destaque em Olimpíada de Matemática

O IFRJ pelo olhar dos seusSeleção de fotos Olhares do IFRJ revela ângulos originais dos campi do Instituto

Aluna do campus Realengo participa de intercâmbio no Canadá pelo Programa Ciência sem Fronteiras

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3O desafio de bordar no campus Arraial do Cabo

9Confira os Olhares do IFRJ

14Músicos do campus Volta Redonda se dividem entre estudos, carreira e banda

12Alunas do campus Duque de Caxias participam de projeto na área de polímeros

Aulas de canto fazem parte da matriz curricular de alunos do campus Pinheiral 7Jornal mural do campus Paracambi discute temas da atualidade 10Coleta seletiva no campus Nilópolis 12

Equipe formada no campus São Gonçalo disputa campeonato de peladas 13Nasce o grêmio do campus Eng. Paulo de Frontin 15

Oficina de aluno do campus Mesquita ensina como fazer bioscosméticos 4

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A atividade foi uma troca de co-nhecimentos e a oportunidade de voltar aos

valores ditados no passado enquanto quebramos a ideia de que algumas coisas são antiquadas ou feitas

para garotas.

Stefany Camacho, campus Arraial do Cabo

Quando se pensa em bor-dado, talvez a primeira imagem que brote na ca-

beça seja a de algumas pessoas, em geral mulheres e de idade mais avançada, sentadas com as pernas cruzadas e a agulha firme formando um grande número de “x”pelo tecido. Não é todo dia que se encontra por aí um grupo de alunos dedi-cados a algo que provavelmente seria tido como “coisa da avó”. Focados na arte de fazer ponto de cruz, estudantes do campus Arraial do Cabo se lançaram ao desafio de aprender a bordar. A aluna Stefany Camacho apren-deu a bordar com a prima quan-do tinha por volta de sete anos, e foi assim, de um jeito todo fami-liar que, tentando desmistificar a prática,a menina propôs a um gru-po de alunos do campus um rápi-do curso de ponto de cruz em que eles poderiam recriar seu perso-nagem de desenho favorito e até mesmo brincar com suas próprias criações. “É como se fosse uma ta-peçaria que não fica com os dois lados fofos”, explica. “A atividade foi uma troca de co-

nhecimentos e a oportunidade de voltar aos valores ditados no pas-sado enquanto quebramos a idéia de que algumas coisas são anti-quadas ou feitas para garotas.” explica Stefany. “Era uma forma de questionar por que antes as mu-lheres ficavam com coisas peque-nas e os homens, não. Acho que isso se reflete na forma de escre-ver, no formato da letra das garo-tas ser mais redondo e trabalhado e no ato de botar um parafuso na parede, que parece tão fácil para os homens e uma tarefa complexa para algumas mulheres”, diz. O curso começou com cin-co alunos. Depois, foram aceitas também meninas interessadas no trabalho. O projeto foi a maior surpresa da IV Semana Acadêmi-ca do campus Arraial do Cabo, re-alizada em 20, 30 e 31 de agosto de 2013. “Nós fizemos pequenos quadrinhos com papelão para o evento na escola, algumas toa-lhinhas e capinhas para celular”, conta a aluna. Ao observar a arte dos colegas e a forma como se di-vertiam - lembra Stefany -, muitos garotos se aproximaram do stand do curso informal de bordado

Sem medo de agulha

campus arraial do cabo

Aluna do IFRJ ensina ponto de cruz para alunos e alunas do campus Arraial do Cabo

para meninos – e agora meninas – e se sentaram para aprender o desafio do ponto de cruz. Como a proposta das aulas era liberar a criatividade dos estudan-tes, Stefany Camacho se dedicou a explicar como surgiu a técnica que aprenderiam e o que ela sig-nificava, deixando, porém, o tema livre para quem quisesse tentar. A maioria dos alunos escolheu fazer algo relacionado ao universo dos animes, os desenhos animados ja-poneses. Porém, foi na intenção

de lançar o próprio persona-gem através dos esboços de sua autoria que o aluno Jander Dantas, presente desde a pri-meira fase do projeto, decidiu aprender bordado. “O curso me ajudou a quebrar tabus e enfrentar paradigmas”, comen-ta o rapaz. Foi proposta uma variação nas aulas, para não ficar ape-nas no aprendizado de ponto de cruz, o que foi bem aceito pelos alunos.

Alunos de ponto de cruz reproduziram desenhos de anime e criaram tam-bém seus próprios personagens

AsCom/campus Arraial do Cabo

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O aluno de especialização em Educação e Divulga-ção Científica do campus

Mesquita Helmut Feijó, em parce-ria com o químico Rafael Lopes e outros alunos voluntários, oferece uma oficina de biocosméticos em workshops e feiras de ciências. A atividade tem como objetivo con-feccionar cosméticos através de produtos naturais. Voltada tanto para um grupo mais leigo como para um grupo mais especializado – como, por exemplo, pessoas que trabalham com estética ou profissionais da área de ciências –, a oficina ofe-rece aos participantes uma troca de conhecimento bem dinâmica e prática ao utilizar produtos do dia-a-dia no processo de criação dos cosméticos. Com mel, farinha, sachês de chá e açúcar é possível criar produtos como hidratantes corporais e cremes de limpeza fa-cial. Tendo como proposta uma oficina interativa, os participantes podem ver de perto o processo de produ-ção dos cosméticos e, até mesmo,

Beleza que se põe na mesaAluno do campus Mesquita apresenta ofi-cina de biocosméticos

campus mesquita

participar como voluntário. Helmut ressalta o papel da interação. “As pessoas não têm muita noção de como são feitos os biocosméticos. Eles precisam entender o porquê desde o começo”, explica. Inicialmente oferecida em workshops, a oficina ganhou maior notoriedade ao participar da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em outubro de 2013. “Estamos formulando mais coisas para [a oficina] ficar ainda mais interessante”, acrescenta Helmut, que planeja expandir a atividade e já recebeu convites para apre-sentar a oficina de biocosméticos em outras feiras. Professor licenciado em Biolo-gia e aluno do campus Mesquita desde maio de 2013, Helmut Feijó explica a importância da oficina na sua formação acadêmica: “A oficina me ajuda, pois uma das monografias que desenvolvo aqui no curso da pós-graduação é exa-tamente sobre esse tema”, conclui o pós-graduando, que atualmente desenvolve um trabalho sobre ma-nipulação de biocosméticos.

Helmut Feijó (de verde), Rafael Lopes ( agachado) e alunas voluntárias

Conta-se que Cleópatra já utilizava uma mistura com mel para pintar as pálpebras. Rico em vitamina A, D, E e C, o mel é considerado um dos nutrientes mais ricos da natureza, com propriedades hidradantes e regenerativas. Em combinação com açúcar cristal, é possível obter um excelente esfoliante para a pele.

Mel e açúcar, uma receita simples para esfoliação da pele

Arquivo pessoal

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Tapinhas no ombro e felici-tações de professores pelos corredores do campus Rio de

Janeiro do IFRJ foram o suficiente para catalisar a vontade do estu-dante Marcial Pazos Lopez Junior de continuar na nona edição da Olimpíada Brasileira de Matemáti-ca das Escolas Públicas (OBMEP). Ele havia ido bem na primeira fase da competição, que acabou lhe rendendo uma medalha de ouro pelo segundo lugar geral e muito orgulho para ele mesmo e toda a escola. Aos 19 anos e no último perío-do no curso técnico em Química, Marcial já participou de outras olimpíadas científicas e edições da OBMEP, sendo esta a primeira vez em que ganha uma medalha de ouro. Com apreço por números e cálculos, ele conta que sempre recebeu incentivo dos docentes para participar da competição, em especial dos professores de matemática Rafael de Freitas e Taís Pereira, organizadores e entusias-tas da olimpíada no ano passado. Marcial conta ainda que outro grande estímulo para ele e mais dois amigos foi uma aposta que fi-zeram ao localizar seus nomes no topo da lista dos classificados da

primeira fase, no mural da escola. Ele conta que não acreditou no re-sultado da segunda fase. “Saí da prova achando que tinha ido bem, mas não imaginava que ganharia uma medalha de ouro”, diz. Para ele, o ritmo puxado da esco-la foi o suficiente para garantir sua excelente colocação no ranking nacional. “Eu sempre fui bom em matemática, mas mesmo assim eu sempre tive que estudar para me garantir”, comenta. O IFRJ parti-cipa desde a primeira edição da OBMEP, em 2005, e já teve alunos premiados antes. Segundo o pro-fessor Rafael, nesta nona edição não houve nenhum treinamento à parte para os alunos participan-tes, mas sempre houve disposição dos docentes para auxiliá-los. “Em 2009, havia uma preparação dos professores com os alunos e tive-mos bastantes premiados”, conta. “Temos intenção de voltar com isso”. Todos os alunos são convoca-dos para participar da olimpíada, que é composta por duas fases. A primeira é uma prova de múltipla escolha, em que os 5% melhores colocados são classificados pelas suas próprias escolas para a etapa seguinte. Já a segunda fase é dis-

sertativa e corrigida por comitês escolhidos pela coordenação da OBMEP – primeiro regionalmente e depois a nível nacional por uma equipe unificada que escolhe os futuros premiados. Marcial con-sidera o nível de dificuldade das etapas destoantes. “A primeira é mais fácil, são questões de lógica. Na segunda temos que realmente fazer cálculos”, explica.

Medalhista de bronze já tem experiência na OBMEP

Também não foi novidade para o medalhista de bronze, Mateus Barradas Ribeiro, participar da competição. O estudante de Bio-tecnologia de 15 anos participa há quatro edições da OBMEP e já acumula três medalhas de bronze e um certificado de menção honro-sa, que homenageia bons desem-penhos. A recorrência nos bons resultados não virou uma rotina cansativa. “Afinal, é sempre mais uma conquista”, comenta. Assim como Marcial, ele acredita que nível puxado do ensino no Ins-tituto Federal foi o que certifi-cou seu bom rendimento nas provas. Além das medalhas, os

campus rio de janeiro

No fim das contas, medalhasAlunos do campus Rio de Janeiro se destacam na Olimpíada Brasileira de Mate-máticas das Escolas Públicas

“Saí da prova achando que tinha ido bem, mas não imaginava que ganharia uma medalha de ouro”, conta Marcial Junior

primeiros colocados ganham bol-sas de estudo em programas de Iniciação Científica Jr. (PIBIC Jr.). Marcial e Mateus esperam que as conquistas agreguem ainda mais valor aos seus currículos. “A me-dalha é, de certa forma, um dife-rencial para o nível técnico”, afir-ma Marcial. Ele pretende entrar no curso de Engenharia Química no Instituto Militar de Engenharia (IME) no próximo ano. Ele conta que no último vestibular passou no concurso, mas não chegou a ser classificado. Já Mateus, ainda in-deciso com o seu futuro acadêmi-co, segue por enquanto no PIBIC Jr., com a bolsa que ganhou em uma das OBMEPs. “Talvez eu ten-te medicina, ainda não sei”, diz. Nesta nona edição, cerca de 200 alunos do campus Rio de Ja-neiro do IFRJ participaram da olim-píada. Uma adesão grande, segun-do o professor Rafael de Freitas. O resultado foi animador: além das medalhas de ouro e bronze, outros 17 alunos ganharam certificados de menção honrosa. Por não ser obrigatória, o que move os que participam é o incentivo que re-cebem. Inspiram-se nas medalhas dos colegas, nas congratulações e interesse dos professores, na pro-messa de ainda mais conquistas e orgulho. Desta vez, irão se inspirar em Marcial e Mateus.

Aos 15 anos, Mateus Ribeiro já acumula medalhas da OBMEP

AsCom/campus Rio de Janeiro

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campus realengo

Ela está no Canadá

A aluna Isabela Sebastian Vieira Barbosa Sá, do cur-so de Terapia Ocupacional,

embarcou no fim de dezembro para o Canadá. Ela participa de um intercâmbio de 14 meses na Universidade de Alberta, pelo programa Ciência sem Fronteiras (CsF). Ao encontrar informações sobre o Ciência sem Fronteiras no site do IFRJ, Isabela passou a se inscrever nas chamadas do programa. O Ciência sem Fronteiras é um pro-grama que busca promover a con-solidação, expansão e internacio-nalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio e da mobilidade internacional. A iniciativa é fruto de esforço con-junto dos Ministérios da Ciência,

Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Ministério da Educação (MEC), por meio de suas respectivas ins-tituições de fomento – CNPq e Capes –, e Secretarias de Ensino Superior e de Ensino Tecnológico do MEC. Para participar do programa, o aluno deve estar cursando o ensi-no superior nas áreas prioritárias do CsF. Isabela estuda Terapia Ocupacional no campus Realengo e agora participa, na Universidade de Alberta, do curso de Educação Física. “Todo conhecimento é bem--vindo, e nesse caso há muito co-nhecimento correlato para estudar entre esses dois cursos. Está sendo uma oportunidade indispensável”, diz Isabela. A Universidade é loca-lizada em Edmonton, província de Alberta, e conta com cerca de 35

mil estudantes por ano. Isabela, que sempre teve interes-se em fazer intercâmbio, confessa que nunca imaginou participar de um por uma Instituição de nível su-perior. Apesar de inicialmente te-merosos, os familiares de Isabela deram total apoio a ela. A coor-denação do curso de Terapia Ocu-pacional do campus também aju-dou a encorajar a aluna, que de início não estava muito confiante com a ideia de ir a um país em que não conhecia ninguém. No final, a oportunidade de aprender e vi-ver novas experiências teve maior peso em sua decisão. Há mais de um mês no Ca-nadá, Isabela conta que não tem saído muito, além de ir à Universi-dade. É inverno no país, que regis-tra temperaturas abaixo de zero.

Proficiência na língua estrangeira é um dos requisitos

Isabela fez o IELTS (Internatio-nal English Language Testing Sys-tem), um exame de proficiência em inglês reconhecido e aceito por instituições de ensino em todo o mundo. Para passar pelo IELTS com su-cesso, Isabela estudou as provas antigas disponibilizadas no site do exame. Também pediu dicas para amigos que já haviam realizado a prova. “Para quem deseja par-ticipar dessa avaliação, aconselho que comece a se preparar desde já. Busque o edital e estude as pro-vas antigas, pois muitas questões se repetem”, observa. Com o intercâmbio, os planos para o futuro de Isabela foram mudados. Hoje ela pretende fazer mestrado e doutorado também no exterior.

“É complicado andar pela rua, nevando e ventando, com -20°C e sensação térmica de -35°C.” Em seu tempo livre, ela busca con-versar com os alunos e fazer no-vas amizades. “Estou cercada de brasileiros, coreanos, chineses, angolanos, japoneses, franceses, alemães, enfim, estou cercada por estudantes do mundo inteiro”, con-ta a aluna. Ao analisar as diferenças cul-turais com seu país de origem, Isabela concluiu que o comporta-mento das pessoas é o que mais diferencia a cultura brasileira da canadense. “Aqui, as pessoas con-fiam muito em sua palavra, e dão valor ao respeito do cumprimento das leis e regras”, comenta.

Aluna de Terapia Ocupacional, Isabela Sá participa de intercâmbio na Universidade de Alberta, pelo programa Ciência sem Fronteiras

Universidade de Alberta é uma das mais conceituadas instituições de ensino superior do Canadá

Arquivo pessoal

saiba mais sobre o programa ciência sem fronteiras em www.cienciasemfronteiras.gov.br

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O desafio é escutar, silenciar, sentir as notas e se deixar levar pela melodia. Desde

2013, semanalmente, são ofere-cidas aos estudantes do campus Nilo Peçanha - Pinheiral oficinas de canto, de teclado, leitura e escrita musical. As aulas propõem aos alu-nos o despertar da sensibilidade sonora e estética e são ministradas pela professora Gesiane Castro. Além das oficinas, a música pas-sou a fazer parte da grade dos cursos integrados ao ensino médio ofertados no campus. A inserção do estudo da música na matriz cur-ricular da instituição tem o objetivo de despertar a apreciação musi-cal e ampliar a experiência sono-ra dos estudantes. Ou seja, criar ferramentas que possibilitem ao

aluno a compreensão do discurso musical, de modo a tornar a escuta mais significativa. Na opinião do estudante João Gabriel de Souza Silva, do cur-so técnico em Agropecuária, as aulas de música contribuem tam-bém para o desenvolvimento da atenção e da disciplina. “A música acalma,” acrescentou. E tudo isso, segundo o estudante, auxilia no desenvolvimento acadêmico dos alunos em todas as disciplinas. A professora Gesiane esclarece que o exercício do canto coletivo desenvolve também habilidades de trabalho conjunto, cooperação e respeito ao próximo. Cada par-ticipante trabalha em conjunto e individualmente para a construção de uma obra. Todos precisam res-

peitar espaços e trabalhar para a harmonia do grupo. E a harmonia da música do cam-pus Pinheiral envolveu também os estudantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Pinheiral. Semanalmente, o campus os recebe para atividades da “Oficina de Sons”, que traba-lha canto e sensibilização musical. A APAE de Pinheiral, anterior-mente ao projeto de música em parceria com campus, já reconhe-cia o potencial da música para o desenvolvimento da comunicação, da atenção, entre outras habili-dades dos alunos. Sendo assim, propostas de atividades de canto, dança, ginástica rítmica e de tea-tro com o suporte da música, já aconteciam na associação.

Segundo a professora de Edu-cação Física da APAE, Adriana Mara de Souza Menezes, a pro-posta das aulas no campus Pinhei-ral inspirou sentimentos de matu-ridade nos estudantes. Adriana relatou que eles adquiriram uma postura diferenciada para realizar as aulas em um espaço externo às instalações da associação. A professora defendeu ainda que a atividade é um importante exercí-cio de convívio para os alunos na comunidade. A proposta de trabalho da mú-sica com os alunos da APAE está inserida nas atividades institucio-nais de consolidação do Núcleo de Assistência às Pessoas com Ne-cessidades Específicas (Napne) do campus Pinheiral.

Tons de PinheiralAulas de música no campus Pinheiral despertam sensibilidade sonora e estética

campus pinheiral

Em parceria com a APAE, o campus desenvolve a ‘Oficina de Sons’, que trabalha canto e sensibilização musical

AsCom/campus Pinheiral

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Jardim Sensorial do campus Realengo.

Juliana Lopes de Mello Gentil, 22 anos, aluna do 4ª período do bacharelado em Terapia Ocupacional.

Um olhar do meu campus. Com esse tema, foi lançado, em fevereiro, a seleção de fotos “Olhares do IFRJ”, voltada a alunos de qualquer nível de ensino da instituição. Dezenas de fotos foram enviadas e, abaixo, selecionamos algumas para esta edição.

Se a sua foto não foi selecionada agora, nada impede que ela possa vir em outras edições da revista InFormação ou seja utilizada em materiais de divulgação institucional, sempre com os créditos do autor, conforme as regras da seleção. Fique atento às próximas edições do “Olhares do IFRJ”.

Exposição de projeto sobre eletrólise na VI Semacit - Semana

Científico-Tecnológica do Campus Duque de Caxias. Fevereiro

de 2014.

Paula de Melo Rodrigues, 21 anos, aluna do 5ª período do

curso técnico em Petróleo e Gás.

Olhares do IFRJ

Corredor do terceiro andar do campus Paracambi. Fevereiro de 2014.

Júlia Nascimento de Brito, 15 anos, aluna do 1ª período do curso técnico em Mecânica.

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Um olhar do meu campus. Com esse tema, foi lançado, em fevereiro, a seleção de fotos “Olhares do IFRJ”, voltada a alunos de qualquer nível de ensino da instituição. Dezenas de fotos foram enviadas e, abaixo, selecionamos algumas para esta edição.

Se a sua foto não foi selecionada agora, nada impede que ela possa vir em outras edições da revista InFormação ou seja utilizada em materiais de divulgação institucional, sempre com os créditos do autor, conforme as regras da seleção. Fique atento às próximas edições do “Olhares do IFRJ”.

Olhares do IFRJ

Setor de Piscicultura do campus Pinheiral. Retrata as ga-

lochas de uma aluna, dentro do córrego que serve como

abastecimento para a UEP de piscicultura. Novembro de

2013.

Joyce dos Santos de Souza, 15 anos, aluna do 1º ano do

curso técnico em Agropecuária.

Corredor do terceiro andar do campus Paracambi. Fevereiro de 2014.

Júlia Nascimento de Brito, 15 anos, aluna do 1ª período do curso técnico em Mecânica.

Canteiro de rosas no campus Eng. Paulo de Frontin. Junho de 2013.

Jônatas Vieira de Oliveira, 18 anos, aluno do 4º período do curso técnico em Informática para Internet.

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Fazer mais. Essa é a vontade e a motivação das alunas do 4º período do curso de Mecânica

do campus Paracambi Gabriela Cerqueira e Karla Camacho, de 18 e 17 anos, respectivamente. Isso foi o suficiente para que elas, ao lado do professor de Português Fábio Fonseca e da professora de Sociologia Mariana Maior, produ-zissem o jornal mural O Multifário para a comunidade acadêmica do campus Paracambi. Multifário significa “que se diz ou se exprime de muitos modos. Que pode ser de várias espécies ou que se apresenta sob diversos aspectos”. O Multifário surgiu como um projeto para viabilizar outras atividades, como cine-deba-tes e rodas de leituras. “Temos um espaço no mural onde colocamos sugestões de filmes e livros. Que-remos passar eles na escola tam-bém, vontade é o que não falta”, conta Karla. O objetivo do jornal mural é conscientizar e provocar refle-xões sobre os assuntos sociais que aborda, como as manifestações de junho de 2013 no Brasil, cotas raciais e legalização da maconha. “A função é ser um contraponto.

Trazemos os assuntos que geral-mente estão em pauta na socie-dade para fazer todos pensarem, refletirem e pesquisarem além do que colocamos no mural”, explica Gabriela. Para as alunas, levantar essas discussões no ambiente educacio-nal é essencial, pois as instituições de ensino não funcionam indepen-dentes da sociedade. “É uma insti-tuição social que forma cidadãos. Não é só a formação técnica que conta por sermos de um curso téc-nico. Acreditamos muito na forma-ção cidadã também”, aponta as alunas. A professora Mariana conside-ra o processo educativo para além das salas de aula. Ela afirma que o aluno fica mais passivo nas au-las tradicionais e expositivas. Ela vê nesse canal de interação uma forma de os estudantes buscarem mais proatividade, já que é um espaço para eles se expressarem, debaterem, lerem e escreverem. O professor Fábio também acre-dita que a forma como o jornal surgiu é diferente, pois não teve partida do corpo docente. “A gen-te faz o inverso. Rompe o espaço sagrado do saber que é considera-

do apenas dentro da sala de aula, de forma verticalizada. Eu ainda não levei o Multifário para sala de aula, mas já levei a sala de aula para o Multifário”, afirma Fábio Fonseca. Já a professora Mariana Maior leva o O Multifário para dentro das suas turmas. Ela incentiva os alunos a lerem, comenta sobre as matérias feitas e já discutiu o arti-go sobre racismo que Gabriela fez para a segunda edição do jornal. “Os temas têm relação direta com as minhas aulas, como desigual-dade social, racial, de gênero, movimentos sociais, manifestações e protestos, capitalismo, exclu-são...”, conta Mariana que, ainda sim, acha que falta vontade de ler por parte de muitas pessoas. O projeto também contou com o apoio da diretora-geral do cam-pus, Cristiane Henriques, que for-neceu material, impressora colo-rida da direção e incentivo. “Os nossos corredores precisam de mais cor”, comenta Cristiane. Mariana acredita no projeto e na vontade de as alunas se expres-sarem e escreverem o que sentem e pensam. “Quando os alunos de-monstram esse interesse, esse de-

sejo de participar mais na escola, para ‘além da sala de aula’, acho que nós educadores temos que dar todo apoio. Como não incentivar e apoiar um projeto desses?”, con-clui a professora. A organização do projeto é fei-ta pelas duas alunas e os dois pro-fessores, porém a participação por meio de envio de textos, sugestões e intervenções é aberta a todos.

Intervenções no campus

Além do jornal mural que fica no hall do 2º andar, as estudantes espalharam pelo campus placas com frases de efeito. “Inútil”, “Em terra de cego quem tem olho vê”, “Eu sou humano”, entre outras. Se-gundo Gabriela, a intenção é cau-sar intervenções. “Dessa forma, a gente perturba o meio e essa perturbação sempre gera alguma reação. Nem sempre é favorável, mas não importa se vão gostar ou não. Não queremos fazer com que as pessoas pensem igual à gente. Queremos fazer as pessoas pensa-rem”, revela a aluna. Essas intervenções já causaram comentários por meio de um servi-dor, em outro momento uma aluna tirou uma foto embaixo da placa “Inútil” e postou no seu Facebook, e um outro estudante, na placa da frase “Eu sou humano”, acrescen-tou de caneta “e racional”. Gabriela e Karla esperam que o projeto continue quando elas se formarem. “Se você motiva, é mais fácil as pessoas aderirem. Espera-mos que o Multifário seja duradou-ro, que o assumam. Vou ficar feliz de ter sido parte do início disso”, conta Gabriela.

campus paracambi

Do latim, multifariusJornal organizado por alunos e professores do campus Paracambi propõe reflexões sobre temas da atualidade

Não queremos fazer com que as pessoas pen-sem igual à gente. Queremos fazer as pessoas pensarem.

Gabriela Cerqueira, campus Paracambi.

No mural do campus Paracambi, qualquer um pode intervir no jornal O Multifário

AsCom/campus Paracambi

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Com o meio ambiente em foco e o surgimento crescen-te de produtos sustentáveis

no mercado, o campus Duque de Caxias está desenvolvendo o projeto de pesquisa “Obtenção de bioplástico através do resíduo do soro do leite e derivados”. O projeto é uma parceria entre o La-boratório Multidisplinar de Geren-ciamento de Resíduos (LMGR) do IFRJ – campus Duque de Caxias, a Universidade Federal do Rio de Ja-neiro (UFRJ), o Instituto de Macro-moléculas Professora Eloisa Mano (IMA) e o Laboratório de Biopolí-meros e Sensores (LaBioS). A iniciativa para desenvolvimen-to do projeto surgiu a partir dos professores Sérgio Thode, Mar-celo Sena e Adriano Cruz, junto dos alunos do curso de Polímeros Ana Paula da Silva, Cíntia Patrí-cia Paixão, Fabíola Maranhão e Thuanny Almeida. Segundo o pro-fessor Sérgio Thode, que leciona matérias como Gestão Ambiental e Qualidade e Saúde e Meio Am-biente, os próprios alunos do curso demonstraram o interesse em reali-zar alguns ensaios. “Simplesmente direcionamos a idéia para traba-lhar com algum resíduo. Creio que as motivações de pesquisa devem surgir de demandas sociais”, diz Thode. O projeto, que terá duração de um ano, tem como objetivo de-senvolver filmes plásticos comes-tíveis, os bioplásticos, utilizando diferentes combinações de soro proveniente do processo de fabri-cação da manteiga e da caseína (proteína do leite). A partir da ob-tenção deste bioplástico, será pos-sível contribuir para redução do volume de plástico convencional no ambiente, ajudando a diminuir os efeitos negativos do descarte inadequado deste tipo de mate-rial. Além disso, a pesquisa visa a conseguir resultados que possam agregar valor a um subproduto da indústria de produtos lácteos. A aluna do último período do curso Técnico em Polímeros do campus Duque de Caxias Fabíola Maranhão é uma das voluntárias no projeto de pesquisa e diz que a experiência tem agregado conhe-cimentos teóricos e práticos à sua vida acadêmica. “Está sendo mui-

to bom, pois pretendo trabalhar na área de produção de produtos sustentáveis e a pesquisa me pro-porciona o aperfeiçoamento no conhecimento sobre plásticos que não prejudicam o ambiente”, dis-se. Fabíola comenta ainda sobre a rotina do laboratório: “Trabalha-mos na pesquisa pelo menos três dias na semana, entre quatro e seis horas por dia”. Os bioplásticos são plásticos obtidos de matérias-primas dife-rentes do petróleo e, quando des-cartados, são decompostos por microorganismos. Já os plásticos convencionais demoram anos ou até séculos para serem degrada-dos por completo na natureza. Apesar de a pesquisa estar em sua fase inicial, é possível obser-var alguns resultados. De acordo com os professores, já foi obtido um material plástico, mas com poucas propriedades mecânicas e térmicas. As pesquisas estão sen-do alinhadas para que os insumos que garantam a boa qualidade do material sejam encontrados. “Queremos melhorar este plásti-co analisando suas propriedades físicas, ópticas e geológicas, tais como: permeabilidade ao vapor de água e ao oxigênio, umidade e solubilidade, firmeza e módulo

de elasticidade, transmissão de luz e cor instrumental”, acrescenta o professor Thode. Outra voluntária da pesquisa é a estudante do curso técnico em Polímeros Cíntia Paixão, uma das responsáveis pelo blog Química Sustentável. Cíntia acredita que a prática do laboratório tem contri-buído para ampliar seus horizon-tes e comprovar a lei de Lavoisier

- na natureza nada se cria e nada se perde, tudo se transforma. “Pre-paro-me para continuar remando contra a maré desse mundo capi-talista, onde os indivíduos não se preocupam com as consequências de suas atitudes. Pretendo dissemi-nar, com satisfação pessoal, todo conhecimento que me foi e que me está sendo passado”, conclui a aluna.

Nos passos de LavoisierCampus Duque de Caxias estuda obtenção de bioplásticos a partir de resíduos do leite

campus duque de caxias

Cíntia, Fabíola e Thuanny

Alunas trabalham no Laboratório Multidisciplinar de Gerenciamente de Resíduos do campus Duque de Caxias

Sérgio Thode

Sérgio Thode

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campus nilópolis

Mudança de hábitoImplantação de coleta seletiva no campus Nilópolis amplia consciência ambiental da comunidade acadêmica

O campus Nilópolis recebeu em janeiro novas lixeiras de coleta seletiva. A inicia-

tiva partiu do Grupo de Estudos em Sustentabilidade e Educação Ambiental (GESEA), formado por uma equipe multidisciplinar de pro-fessores e alunos do campus. As lixeiras foram adquiridas com recursos do Programa Sustenta--Ação, que recebe apoio finan-ceiro do Ministério da Educação para desenvolver ações relacio-nadas à extensão universitária. A ideia surgiu durante evento no dia Mundial do Meio Ambiente, em 2012, quando alunos e servidores do campus foram convidados a de-

positar em um baú suas sugestões para melhorar a escola. A instala-ção dos coletores no campus foi um dos dez assuntos mais citados. “Todos têm papel fundamental para que o processo funcione a contento, e precisamos de ideias e sugestões para fazer os ajustes necessários”, diz Priscila Marques, coordenadora do Programa de Extensão Universitária Sustenta--Ação. Para garantir o descarte ade-quado, há algum tempo os resídu-os coletados como recicláveis no campus são encaminhados para a cooperativa de catadores Coop-carmo, de Mesquita. A coleta tem

sido feita quinzenalmente e o gru-po está tentando ainda organizar o armazenamento interno dos resí-duos para verificar a necessidade de uma coleta mais frequente, em função da instalação dos coleto-res.

GESEA reúne alunos e professores de dife-rentes formações

O GESEA atua no campus des-de 2012 e realiza eventos sobre temas como sustentabilidade, lite-ratura e reciclagem. A equipe é composta por cinco professores e três alunos, e conta com a colabo-ração de outros dois alunos e um servidor. A implantação da coleta se-letiva animou principalmente os alunos, em especial os do curso técnico em Controle Ambiental, que durante toda a sua estadia no campus aprendem sobre o acom-panhamento de atividades preven-tivas da poluição por meio de Edu-cação Ambiental, da Tecnologia Ambiental e da Gestão Ambiental, além de coletar, armazenar, anali-sar, disseminar e gerenciar os da-dos ambientais. “Um projeto que já deveria existir há bastante tempo, ainda mais porque aprendemos isso no curso e somos um Instituto”, avalia Pablo dos Santos, aluno do curso técnico em Controle Ambiental. Perguntado sobre quais outras medidas sustentáveis o campus de-veria adotar, Pablo responde que

gostaria da criação de projeto ou oficina que ensinasse os alunos a fazer bom uso dos materiais reci-cláveis (criação de utensílios, brin-quedos, artesanato etc.). A coleta seletiva ainda não é uma prática comum no universo da maioria dos alunos, mas eles têm se empenhado para contribuir com as mudanças ambientais. Após duas semanas da chegada das li-xeiras, já é possível perceber uma alteração no comportamento dos alunos, apesar das dificuldades ini-ciais com a identificação de cada tipo de resíduo. Para Rita de Cás-sia, do curso técnico de Montagem e Suporte em Informática, essa é uma tarefa fácil. Ela já realiza a separação do lixo em casa e doa as garrafas PET para uma vizinha que trabalha com artesanato. “É uma coisa útil e necessária. As pes-soas devem se conscientizar e usar as lixeiras coloridas. Mas já vi que muita coisa mudou. Antigamente eu reparava muito lixo nas mesas deixado pelos alunos, mas agora não, eles estão jogando fora e se-parando, o que é mais importan-te”, observa Rita. A aluna Amanda Souza, do 1º período do curso técnico de Con-trole Ambiental, diz que ainda não se sente segura para utilizar os co-letores: “Eu tenho medo de jogar na cor errada. Apesar de saber que é muito importante, prefiro uti-lizar uma lixeira comum para não prejudicar a reciclagem no caso de jogar errado”, conta a aluna.

PLÁSTICO

VIDRO

PAPEL

METAL

LIXO ORGÂNICO

LIXO NÃO ENCAMINHADO À RECICLAGEM

PLÁSTICO

RESÍDUOS PERIGOSOS

LIXO HOSPITALAR

RESÍDUOS RADIOATIVOS

Não sabe onde jogar o lixo? Confira as cores para cada tipo de resíduo

Coleta seletiva surgiu de ideia lançada em evento no Dia Mundial do Meio Ambiente

AsCom/campus Nilópolis

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Real Ousadia F.C.campus são gonçalo

Um time de muita “ousadia”. Assim se define o Real Ou-sadia Futebol Clube, time

com base formada por alunos do campus São Gonçalo. A equipe foi criada para disputar a “Copa F7 Niteroiense”, mas os jogadores já visam a outros campeonatos. A equipe é composta por alunos dos cursos técnico em Química, Segu-rança do Trabalho, do Pronatec - e por amigos. São eles: Julio Aguiar, Mateus Araujo, Pablo Dias, Thia-go Henzen, Mateus Namora, Breno Pereira, Gabriel Jerônimo, Caio Willy, Mateus Oliveira, Vitor Wionosky, Mario Pacheco, Tiago Nogueira, Lucas Nogueira, João Pedro, Renan Carvalho, Denis Wermeling, João Figueirò e Shay-ne Pimentel. A equipe nasceu quando os alu-nos Julio Aguiar e Mateus Araujo compartilhavam a vontade de mon-tar um time de amigos do campus, para disputar o F7 Niteroiense. O campeonato é disputado às sextas--feiras, no Colégio São Vicente de Paulo, em Niterói. O capitão Julio acredita no potencial do seu time. “Esperamos estar na final”, disse, humildemente. Os jogadores se conheceram nos corredores, na sala de aula, campeonatos e nas festas dos ami-gos. Mas para entrar no time é ne-cessário ter “boa habilidade e, de preferência, ser aluno do campus São Gonçalo”, lembrou o capitão. Os jogadores ainda não têm patrocínio e treinador. No momen-to, eles contam com a ajuda do pai de um amigo, que acompanha o time nos jogos, e com a colabora-ção do professor Edson Farret. O capitão Julio reconhece o esforço

do professor Edson. “Ele nos deu o livro Futsal - Teoria e Prática, que é de sua autoria, com sugestões de jogadas ensaiadas para ajudar o Real Ousadia F.C”, disse. Sem ter um lugar fixo para treinar, os jogadores já comemoram a nova quadra do campus, onde será o campo de treinamento do R.O.F.C. A maior dificuldade enfren-tada pelos alunos é a falta de pre-paro físico. Os jogadores não são profissionais, exceto o artilheiro Thiago Hanzen, que joga no Clu-be Canto do Rio, em Niterói. A fi-losofia do Real Ousadia é “ir para cima, atrás dos gols do início ao fim”.

E o Real Ousadia vem escalado com Lontra, Rexona-man, Me Na-mora, Galã...

Ala esquerdo do Real Ousadia, Thiago Hanzen é aluno do curso técnico em Segurança do Traba-lho. Seu time de coração é o Fla-mengo e seu ídolo é Zico. TH7, como é conhecido, conta que já participou de muitas peneiras e passou em todas. Ao ser pergun-tado sobre o que ele aprendeu em sala de aula e aplica no campo, o jogador responde que foi o ra-ciocínio rápido e a trabalhar em grupo. Apesar de ser profissional, Thiago não pretende seguir a car-reira de jogador. O seu objetivo é cursar a faculdade de Engenharia Ambiental. Os jogadores do R.O.F.C são reconhecidos por seus apelidos, que surgiram durantes as brinca-deiras entre os amigos. O capitão Julio é conhecido como “Capita”. O mascote do time, Mateus Araú-

Shayne Pimentel

jo, foi apelidado de “Lontra”. Pablo Dias é o “Rexona-man”, e Mateus Namora é conhecido pelo apelido “ Me Namora”. O joga-dor Breno Pereira foi apelidado de “Smurf”. Jerônimo Gabriel é Bel Canavaro. Caio Wily foi apeli-dado de “Cachorrão”, e Matheus Oliveira é conhecido como “ Saco-lé Man”. Vitor Wionoscky atende por “Galã”. Mateus Araujo, mascote do time, que está cursando o 3° período do curso técnico em Quí-mica, e pretende cursar Engenha-ria Química, é o ala - esquerdo do Real Ousadia Futebol Clube. Tor-cedor do Vasco da Gama, Araujo tem como maior ídolo Zidane, mas ele ressalta que gosta do Garrin-cha e do Messi. Para ele, é “tran-quilo” conciliar os treinos e a vida acadêmica. O Real Ousadia tem uma fanpage no Facebook, em que podem ser encontradas fotos dos jogos, dos jogadores, bastidores e informações atualizadas sobre o time. A página serviu de inspi-ração para as alunas Nathália As-sumpção e Juliana Leite, que são as responsáveis pela criação da fanpage “Loucas pela Ousadia”, a “torcida organizada do Real Ou-sadia F.C”. Na página, os torcedo-res encontram os hinos, compostos pelo aluno do campus Luis Antônio Filho, para cantar nos jogos da equipe.

Mateus Araujo Gabriel Jerônimo Lucas Nogueira

Julio Aguiar

Vitor Wionoscky

Equipe de futebol formada no campus São Gonçalo participa de campeonato em Niterói

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A pessoa amada em 3 diasBanda formada no campus Volta Redonda pensa em voos altos na carreira

Escolher qual carreira seguir é algo muito difícil para al-gumas pessoas. Geralmen-

te ouve-se dizer que temos que descobrir qual é o nosso dom. E quando se tem mais de um dom, o que fazer? Isso aconteceu com um grupo de alunos do curso de Automação Industrial do campus Volta Redonda que decidiram conciliar a carreira industrial com a música. Tudo começou quando eles ain-da eram crianças e se reuniram para tocar. A partir daí, eles não pararam mais e formaram a ban-da “Trago seu amor em 3 dias”, um nome bem alternativo, assim como seu estilo. Formada por três alunos do IFRJ e um já egresso, a banda vem sendo destaque nas programações realizadas pelo campus. A banda formada pelos jovens Leon Custódio, Ericks Dalboni, Macauley Moraes e Túlio Freitas teve sua primeira apresentação no Dia Cult, evento que já faz parte do calendário institucional do campus Volta Redonda desde 2012 e tem como objetivo propor-cionar aos alunos um dia voltado somente para as práticas culturais e da arte. Nesse dia, os alunos e servi-dores contam com exposições de fotos, desenhos, pintura, oficinas e apresentações. É ai que entra o Show de Talentos – os alunos po-dem mostrar o lado artístico que existe dentro deles, e fazerem o que de melhor sabem, seja can-tar, dançar ou atuar. Mostrar o que fazem de melhor. Foi exatamente isso que o grupo fez, mas não na primeira apre-sentação, segundo eles. “Nossa primeira apresentação foi horrí-vel. Foi no Show de Talentos e, como era a primeira vez, ainda estávamos muito travados, o que nos atrapalhou, e muito”, relatou Leon, dizendo que a timidez é um fator que pode prejudicar bastan-te uma banda. Segundo Macauley, um dos vocalistas da banda, tudo depen-de do comportamento dos com-ponentes durante uma apresen-tação, e eles se esforçaram para que a timidez não os atrapalhas-

se novamente. “Acho que se dei-xássemos a timidez nos dominar, não teríamos muita oportunidade de crescimento”, completou. Os alunos reconhecem que hoje estão mais desinibidos e que isso ajudou na evolução da banda. O pensamento de gravar um CD está na cabeça dos jovens, que já têm um pouco mais do que oito músicas de composição própria. “Alcançar um público maior está em nossos planos e um CD vai nos ajudar a espalhar nossa música”, afirmou Túlio, exalando expectativas.

A importância da integração do grupo é relevante, e por isso eles acreditam que estão evoluindo. Eles afirmam que todos ajudam em tudo. “Seja no processo de compo-sição, produção e até mesmo gra-vação, todos estão envolvidos”, explicou Ericks, destacando que, para o processo de composição, eles dedicam até mais que duas horas de seu tempo. Os jovens fizeram questão de citar o professor Otávio Meloni como grande incentivador da ban-da. “Desde o início, o professor

vem nos ajudando, até na esco-lha dos nomes. Tivemos vários até chegarmos a uma definição. Ele realmente nos dá força, nos ajuda muito”, conta Macauley, lembran-do que, durante um show na insti-tuição, o professor apareceu ves-tindo a camisa da banda. Ao falarem sobre a relação que estão começando a criar com o público, os alunos afirmam que um show sempre é composto 50% pela plateia e 50% pela banda. “Durante uma apresentação na instituição, observamos pessoas cantando nossa música e vestin-do nossa camisa. Ficamos impres-sionados e isso nos animou ainda mais para continuarmos o show”, afirmou Túlio. Em breve, os alunos se forma-rão e, ao serem indagados sobre futuras apresentações no campus, eles se mostram animados. “Quan-do nos formarmos e até quando chegarmos a ser uma banda de su-cesso, teremos o maior prazer em tocar no IFRJ, pois foi lá que tudo começou, lá está grande parte da nossa história”, completa Leon Custódio.

AsCom/campus Volta Redonda

Alcançar um público maior está em nossos planos e um CD vai nos ajudar

a espalhar nossa música.

Túlio Freitas, campus Volta Redonda.

A primeira apresentação da banda foi durante o Dia Cult, evento cultural do campus

campus volta redonda

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Com o grêmio, onde o grêmio estiverPrimeiro grêmio estudantil do campus Eng. Paulo de Frontin já movimenta a escola

Campus Engenheiro Paulo de Frontin

A partir da iniciativa de alu-nos do campus Engenheiro Paulo de Frontin, foi inaugu-

rado o primeiro grêmio estudantil da escola. Os grêmios estudantis são organizações sem fins lucra-tivos que representam o interesse dos estudantes, com fins cívicos, culturais, educacionais, desporti-vos e sociais. O grêmio é o órgão máximo de representação dos es-tudantes da escola e permite que os alunos discutam, criem e forta-leçam inúmeras possibilidades de ação tanto no próprio ambiente escolar quanto na comunidade. A InFormação foi ouvir do presiden-te do grêmio e aluno do primeiro período no curso de Informática para Internet, Valdir de Oliveira Neto, os planos e ações do grêmio para o ano de 2014 no campus. Segundo ele, um dos objetivos para este ano é alcançar uma for-te união entre os estudantes do campus, criando a força de todos os alunos como uma voz só, que é o grêmio. “Procuramos ouvir todos os alunos e tentar, a partir disto, criar uma unidade de pensamento a fim de expressarmos nossas ne-cessidades e projetos”, diz Valdir. Além disso, Valdir afirma que o grêmio visa, sobretudo, tornar o campus e o instituto conheci-dos e reconhecidos pelas regiões próximas a Engenheiro Paulo de

Frontin. Apesar de algumas difi-culdades para o grêmio funcionar, ações já foram realizadas, como a criação de um jornal mensal, a promoção de uma limpeza de inse-tos no campus e a organização de campeonatos esportivos. “Possuí-mos muitas idéias no papel, preci-samos de fomento para colocá-las em prática e, assim, contribuirmos para o nosso campus”, comenta.

campus engenheiro paulo de frontin

AsCom

A divisão de responsabilidades entre os integrantes do grêmio é feita a partir de cargos como te-soureiro geral, diretores de comu-nicação, esportes, eventos sociais, saúde e meio ambiente e secretá-rias. A equipe se reúne semanal-mente para conversar e discutir os problemas do campus e procurar possíveis soluções, cada um sobre a área em que atua. “Quando

achamos alguma solução mar-camos mais uma reunião e colo-camos as elucidações na mesa e vemos como podemos viabilizá-las para colocá-las em prática”, expli-ca Valdir. Entre os integrantes do grêmio estão o vice-presidente, Cleber Huais, o tesoureiro geral, Guilherme Dornelas e a secretária geral Karolinne Meyrelles.

ReitorFernando Cesar Pimentel Gusmão

Assessor de ComunicaçãoJorge de Moraes

Reportagem

Reitoria | Duque de Caxias | Eng. Paulo de FrontinPatrícia Brunharo

Arraial do CaboLetícia Ferreira

MesquitaGelton Mota

NilópolisVerônica Trindade | Sabrina Oliveira

ParacambiMichele Corrêa

PinheiralGreici Sousa

RealengoAny Caroline Pereira

Rio de JaneiroCamilla Pacheco

São GonçaloTatiana Ribeiro

Volta RedondaCamila Santos

EdiçãoJorge de MoraesLuís Costa

expediente

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