Revista Interação

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01 AGO SET Número Revista Interação I n FAZENDO DA CIDADE UM LUGAR MELHOR 04 SAÚDE: SEU CÉREBRO ESTÁ EM FORMA? 10 FAMÍLIA: “MEU FILHO É AUTISTA” 18 VIDA E LAZER: A CULINÁRIA ALEMÃ EM SÃO PAULO Conheça as descobertas da arqueologia de maior impacto sobre o estudo da Bíblia OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO Interacao_01.indd 1 Interacao_01.indd 1 06/07/11 21:36 06/07/11 21:36

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Revista Interação

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01AGOSET

Número

Revista Interação

InFAZENDO DA CIDADE UM LUGAR MELHOR

04 SAÚDE: SEU CÉREBRO ESTÁ EM FORMA?

10 FAMÍLIA: “MEU FILHO É AUTISTA”

18 VIDA E LAZER: A CULINÁRIA ALEMÃ EM SÃO PAULO

Conheça as descobertas da arqueologia de maior impacto sobre o estudo da Bíblia

OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO

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A igreja de Jesus Cristo tem uma histó-

ria de triunfo. Nascido há dois mil

anos, o cristianismo é o maior fenômeno

da história da civilização. O mestre Jesus

viveu apenas 33 anos, não deixou nada es-

crito de próprio punho, mas tornou-se o

centro da história humana. O fi lho de Deus

escolheu doze discípulos que propagaram

a sua mensagem depois da morte e ressur-

reição do Salvador. Apesar de serem pesso-

as simples e comuns, a mensagem de Cris-

to, cuja marca registrada é o amor, foi capaz

de mudar a história.

Isso não pode ser acaso! A igreja foi perse-

guida, os seguidores de Cristo foram e são

martirizados em muitos lugares do mundo,

gente de má índole tem prejudicado a men-

sagem do evangelho, mas, mesmo assim,

nada pode conter e impedir o avanço da

mensagem de amor, perdão, graça e salvação

do evangelho de Jesus.

Destacam-se nos ensinos de Jesus “o

amor a Deus e ao próximo” (Mt 22.37,39) e a

grande comissão da igreja de “fazer discípulos,

batizá-los e ensiná-los a obedecer ao mestre

Jesus” (Mt 28.19-20).

A Revista Interação é uma publicação da

Igreja Batista Nações Unidas. Uma igreja que

traz uma proposta de fé em comunidade dife-

renciada. Nosso desejo é viver como irmãos,

valorizando a família e procurando a milenar

sabedoria divina, expressa na Bíblia, as Escritu-

ras Sagradas dadas por Deus à humanidade.

Estamos seguros de que seguindo esta

trajetória, iremos alcançar uma convivência

comunitária saudável, conhecer os segredos

Uma Comunidade de Fé, Amor e Esperança

EDITORIAL

a

e

e-

s,

ar

u-

ta

a

os

de Deus que alimentam o coração humano

sedento de fé e espiritualidade genuínas e,

através dos princípios práticos sábios das Es-

crituras, caminharemos para vencer as lutas e

os desafi os do dia-a-dia.

Com uma proposta de fé séria e contun-

dente para hoje, os valores de nossa comuni-

dade precisam aqui ser ressaltados: princípios

bíblicos, relevância, coerência, infl uência, ex-

celência, diversidade, relacionamentos saudá-

veis, família e integridade.

Finalmente, queremos ressaltar o que

queremos ser. É simples e profundo: “Uma

comunidade de fé, amor e esperança, com-

prometida com o crescimento do reino de

Deus, para glorifi car o seu nome.” E o nos-

so objetivo maior é “transformar vidas pela

Palavra”. Com fé no poder transformador e

terapêutico da Palavra divina, nossa humil-

de oração é que Deus abençoe esta inicia-

tiva ousada de meros mortais para que a

sua graça produza resultados extraordiná-

rios que glorifi quem o nosso Senhor e Sal-

vador Jesus Cristo.

Você é convidado a nos conhecer! Que-

remos fazer do mundo um lugar melhor!

Luiz Sayão

Expediente

Editor-chefeLuiz Sayão

Coordenação executivaSusie Lee

Coordenação de produçãoSuzi Domingues

Direção de arteFernando Murakami

RevisãoMarcelle Feigol Guil

Contatos

[email protected]

Sitewww.ibnu.com.br

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SAÚDE04 Alimentos “inteligentes” podem

deixar seu cérebro mais saudável

MERCADO08 Assistência médica: por que oferecer

este benefício a seu cliente?

FAMÍLIA

10 Meu fi lho é autista. E agora? A trajetória de uma

família que recebeu o diagnóstico de autismo do

seu primeiro fi lho.

ESPECIAL

12 Os Manuscritos do Mar Morto – as incríveis

descobertas históricas que enriqueceram os

estudos dos livros do Antigo Testamento.

CIDADE

16 Como será o futuro das pessoas

que vivem nesta frenética cidade

chamada São Paulo?

VIDA E LAZER18 As especialidades

da culinária alemã.

Índice

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44444444444444444444444

um pouco de doce traz um impulso ime-

diato para a memória e o raciocínio. Con-

sumir muito, porém, causa uma descarga

de insulina e hipoglicemia, prejudica a

memória e também o corpo. Escolha car-

boidratos saudáveis como frutas e cere-

ais sem açúcar, para melhorar a memória,

sem ganhar quilos.

Café da manhã cerebral

Tentado a pular o café da manhã? Foi

descoberto que um bom café da manhã

pode melhorar a memória de curto pra-

zo e a atenção. Os estudantes que to-

mam café da manhã tendem a ter um

desempenho bem melhor do que aque-

les que o evitam. Alimentos no topo da

lista dos pesquisadores de combustível

do cérebro são grãos integrais, laticínios

e frutas. Só não coma demais! Os pes-

quisadores também descobriram que

excessos calóricos podem atrapalhar a

concentração.

Peixe é realmente uma comida cerebral

Uma fonte de proteína que melhora o

desempenho do cérebro é o peixe -

rico em ácidos graxos ômega 3. Essas

gorduras saudáveis têm um poder sur-

preendente: Diminuem o risco de de-

mência e de derrames; retardam o de-

clínio mental e possuem um papel vital

na memória, especialmente quando

Comidas para o cérebro

SAÚDE

As novidades sobre os alimentos e suplementos dietéticos afi rmam que eles podem fazer quase tudo, desde aumentar a concentração, até melhorar a memória, a atenção e a função cerebral.

Mas será que eles realmente

funcionam?

Não há como negar que à medida que a

idade avança o cérebro também enve-

lhece. A boa notícia é que você pode

aumentar as chances de manter um cé-

rebro saudável, se adicionar alimentos e

bebidas “inteligentes” na sua dieta.

A cafeína pode deixar você mais alerta

Não há mágica que impulsione o QI ou

deixe alguém mais esperto - mas certas

substâncias, como a cafeína, podem ener-

gizar e ajudá-lo a concentrar-se. Presente

no café, chocolate, bebidas energéticas e

alguns medicamentos, a cafeína dá aque-

la turbinada na circulação sanguínea no

cérebro, mas os efeitos são de curto pra-

zo. Mas, o exagero do uso pode causar

nervosismo e irritação.

O açúcar pode aumentar a atenção

O açúcar é o combustível preferido do

cérebro, mas não o de mesa, e sim a

glicose, que o corpo metaboliza

a partir dos carboidratos in-

geridos. É por isso que

Margouillat

Maridav

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envelhecemos. Para a boa saúde do cé-

rebro e do coração, coma ao menos

duas porções de peixe por semana.

Coma uma porção diária de nozes e

chocolate

Nozes e sementes são boas fontes de

vitaminas antioxidantes, que retardam o

declínio cognitivo com a idade. O cho-

colate amargo também tem poderosas

propriedades antioxidantes e contém

estimulantes naturais como a cafeína,

que pode aumentar a concentração. Trin-

ta gramas por dia de nozes e de choco-

late amargo têm todos os benefícios

necessários sem excesso de calorias,

gorduras e açúcar.

Adicione abacates e grãos integrais

Cada órgão do corpo depende do fluxo

de sangue, especialmente o coração e o

cérebro. Comer cereais integrais e frutas

como abacate pode reduzir o risco de do-

enças cardiovasculares e o colesterol ruim.

Isso reduz o risco de acúmulo de placa

bacteriana e aumenta o fluxo sanguíneo;

é uma maneira simples e saborosa de

mandar energia para as células do cére-

bro. Cereais integrais, como trigo e milho,

são também uma fonte de fibra alimentar

e vitamina E. O abacate tem apenas gor-

dura monoinsaturada, que contribui para

a circulação sanguínea saudável.

Mirtilos são super nutritivos

A pesquisa com animais mostra

que frutas vermelhas, como

amoras, ajudam a proteger

o cérebro do estresse oxida-

tivo e podem reduzir os efeitos da idade,

como a doença de Alzheimer ou a de-

mência. Sabe-se que a dieta rica em blue-

berry melhora muito a capacidade de

aprendizado e as habilidades motoras. Foi

capaz de retardar o envelhecimento de

ratos, tornando-os mentalmente equiva-

lentes a ratos mais novos.

Benefícios de uma Dieta Saudável

Parece banal, mas é verdade: Se carecer

de nutrientes essenciais, sua dieta pode

diminuir a capacidade de concentração.

Comer demais ou muito pouco também

interfere na sua capacidade de se con-

centrar. Uma refeição pesada lhe dará

certa letargia; mas poucas calorias po-

dem produzir uma fome descontrolada.

Como beneficiar o cérebro? Tenha uma

dieta bem equilibrada, com uma varie-

dade de alimentos saudáveis.

Vitaminas, minerais e suplementos?

As prateleiras cheias de suplementos

prometem melhorar a saúde, como no

caso das vitaminas B, C, E, beta-caroteno

e magnésio, mas o suplemento é útil

apenas para gente cuja dieta carece de

um nutriente específico.

Os pesquisadores estão otimistas com o

ginseng, ginkgo biloba, vitaminas, mi-

nerais, e combinações de ervas, pelo

impacto no cérebro. Verifique a melhor

indicação com seu médico.

Prepare-se para um grande dia!

Quer turbinar sua capacidade de con-

centração? Comece o dia com uma refei-

ção com um suco de fruta fresca, um pão

integral, algumas fatias de salmão defu-

mado, e uma xícara de café. Além de co-

mer uma refeição bem equilibrada, os

especialistas também recomendam:

• Tenha um sono de qualidade.

• Mantenha-se hidratado ao longo

do dia.

• Evite bebidas alcoólicas.

• Exercite o cérebro, leia e faça pausas

no dia para pensar e relaxar.

55555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555555AgoAgoAgoAgoAgoAgAgoAgAgAgAAgAgAgAgAgAgggoAgoAAgoAgAAAgAgAgAgAgooooAgoAAAAAAAgAgAAgAgAgAgooooAgoAgoAAAAAAggAgAgAgooAAAgAgAgAgoAAgAAgAgoogooAAAggggAggAgAgAAggAggggooooAAggggAgooooooAAAAgAAAggggggogooooAAAAgAggggogoooooooAAAAggggoogogogooooAAgggogogooooooAAAggggggoggoogoooooooAAAgggggogoooAAAgggggggggoooAAAAgggggooogoAAAgggggooooogoAAAAAAgAAgggggooooooAAAggoooogoAAAggggooooogoAgggooooggggggggggggggggggg /S///////S/S/S/Se/SeSe/Se/SSSSSSSSeee/SeSe////SeSe/SeSSSe/Se/See/////SSeSSeSSSSSSeeeSe//S/S/SSSSSSSeee//////Se/SeSSSSSSS////Se/SSSSeSe/Se////S/S/SSSSSSSSSeeeSee/////S/S/S/S/SSeSSSSSSSSeSeeeSee///////S/SSSSeSeeSe/////SSSSSSee//////S//S/SSSSe////////S/SSSe/////S/S/SSSSSSSS////SSSSSSSSSeee////SSSSSSSSSSeee////SSSSSS////S/SSSSSeeee////S/SSSSSeeeee///S/S/SSSSSSeeee//SSSSSSSSSeeeeeeeee//SSSSSSSeeeeeeeeeSSSSSeeeeett 1t 11t 1t 1t 1tttttttt 1t 1tt 11t 11t 1tt 111tt 1tt 1ttt 11111tttt t t 1111ttt 11t t 1t 1t t t 11t 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

a alimentar

penas gor-

ntribui para

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tra

O peixe é uma ótima fonte de proteínas para o aumento de performance do cérebro

Dr. Franco RattichieriOdontólogo especialista em cirurgia avançada em implantes (Mestrado USP)

Margouillat

Senicphoto

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UrologiaAdulto, infantil e uroginecologia

5523-3018 / 5521-4532Atende Unimed,

outros convênios e particularesR. Jaime do Espírito Santo, 60

(Trav. da R. Sócrates)

Dr. Renato Reis Silva CRM 83.974

Membro da sociedade americana de urologia (AUA) e Especialista pela Soc.

Bras. de Urologia (SBU), atua na área desde 1999, oferecendo atendimento aos seus pacientes

em seu consultório particular para os mais diversos problemas como:

Cálculos Urinários, Câncer da Próstata, Disfunção Erétil, Doenças Sexualmente

Transmissíveis, Exames Pré-Nupciais, Incontinência Urinária, Problemas

Hormonais, Próstata e Vasectomia.

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Page 8: Revista Interação

8

Prevenção para uma viagem

Durante uma partida de futebol

observamos que o time se

mobiliza com um propósito

final: o gol - este é o grande momento

da partida. Quem é apaixonado por fu-

tebol pode muito bem compreender a

profundidade deste rico e único mo-

mento, e aqueles que têm o hábito de

MERCADO

acompanhar as partidas sabem perfeita-

mente que uma EQUIPE não conseguirá

chegar ao seu objetivo se porventura

não ocorrer uma ASSISTÊNCIA perfeita,

um passe sob medida, uma jogada ines-

perada ou um drible seguido de um

passe num curto espaço do campo. No

futebol, essa assistência é de vital impor-

tância para o resultado de uma partida,

o que não será diferente em uma via-

gem de férias ou de negócios.

Vivemos um período muito signifi-

cativo no Brasil com grandes opor-

tunidades em diferentes áreas da eco-

nomia. Esse período proporciona um

crescimento relevante nas viagens na-

cionais e internacionais.

Estima-se que o número de viajantes

para os próximos cinco anos será o dobro

do índice atual, expectativa baseada nas

razões clássicas da economia: renda e

crédito. Diante deste desafio, precisamos

considerar alguns fatores importantes

neste mercado de assistência de viagem.

O mundo moderno e seus desafios:

O avanço da tecnologia e o aumento

significativo do gasto médico no mundo.

Todos nós sabemos que os serviços de

saúde em todo o mundo estão em crise.

Os especialistas afirmam que teremos sé-

rios problemas em 2015 - a IBM Global

Business Services publicou um artigo mui-

to interessante a respeito, com o título ‘He-

althcare 2015: Win-Win or Lose-Lose? As

tendências do mercado de saúde para

2015’ - vale a pena conferir esta matéria.

Este artigo nos sugere uma reflexão acer-

ca da responsabilidade de todos os envol-

vidos no sistema de saúde: consumidores,

prestadores e associados. Considerando

que existirão mudanças profundas esti-

madas para os próximos 30-50 anos, em

que a população tenderá a viver e a des-

frutar mais dos privilégios da vida, ocorrerá

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9Ago/Set 11

uma crescente demanda por saúde e con-

sequentemente as pessoas irão procurar

segurança e proteção, colunas de extrema

importância na indústria do seguro e de

carona dos programas de assistência ao

viajante disponíveis no Brasil.

Diante desse quadro, creio que ne-

nhum viajante deverá abrir mão de uma

solução de assistência em sua viagem

nacional ou internacional por um único

motivo: você é responsável pela infor-

mação que repassa ao seu cliente. Acre-

dito que o nosso papel será de oferecer

a consultoria apropriada no momento

da escolha dos programas disponíveis

de assistência de viagem.

Cenário da medicina mundial

Os Estados Unidos gastam mais em

saúde per capita que qualquer outro país

da Organização para Cooperação e Desen-

volvimento Econômico (OECD). Em Ontá-

rio, a província mais povoada do Canadá, a

previsão é de que a saúde venha represen-

tar 50% das despesas governamentais em

2011 e 100% em 2026.

Na China, 39% da população rural e

36% da população urbana não podem

pagar um tratamento médico pro-

fissional. O país não tem cobertu-

ra médica universal e todas as

consultas são pagas, cerca de 500

milhões de chineses nunca foram

atendidos. Qualquer consulta em

hospital público na China é

cobrada. Em média, 1,3

bilhão de chineses não

sabem o que é uma

consulta médica por

não terem dinheiro.

Um médico em Pe-

quim, com 26 anos de trabalho, recebe

um salário de 5.000 yuans, o que corres-

ponde a R$ 1.400,00/mês.

A China prevê um investimento de

290 bilhões de reais para tentar univer-

salizar a saúde pública. O plano prevê a

construção de 2.000 hospitais e a refor-

ma de 5.000 clínicas e postos de saúde

na zona rural. Os europeus com mais de

65 anos serão 27,5% da população do

continente até 2050.

O envelhecimento da população e

seus efeitos sobre a economia tornam-se

questão central nos países ricos. A Europa

discute a extensão da idade para a apo-

sentadoria. A meta dos europeus é frear

essa explosão imigratória. Por ano, 500 mil

estrangeiros entram ilegalmente na União

Europeia. Reino Unido e França ultrapassa-

rão a Alemanha, passando a países mais

populosos da Europa: o Reino Unido com

76,7 milhões de habitantes em torno de

2060 e a França com 71,8 milhões no mes-

mo período. Estamos ancorando em um

‘mundo sessentão’.

lho, recebe

que corres-

mento médico pro-

ão tem cobertu-

rsal e todas as

gas, cerca de 500

ses nunca foram

uer consulta em

na China é

édia, 1,3

es não

uma

por

iro.

Pe-

Você perguntaria: por que estes da-

dos mundiais? Por uma simples razão:

saúde é um bem valioso e seu cliente

também. Surgem algumas perguntas

nesta pequena reflexão – um navio sai

do porto sem proteção? Um avião deco-

la sem proteção? - Como pode então

uma pessoa viajar sem uma assistência

de viagem? Acredito que temos um

grande desafio: o de comunicar ao

cliente a importância deste serviço.

Esta reflexão poderá proporcionar

uma nova estratégia de negócios para

sua empresa, considerando que o mun-

do moderno possui seus desafios e que

os viajantes brasileiros necessitam de

proteção em suas viagens.

Quem sabe estamos descobrindo

um oceano azul?

Evandro de Oliveira CorreaConsultor de turismo e diretor comercial da Travel Ace

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FAMÍLIA

Meu Filho é Autista.

E Agora?

SxcAté 1970, poucos médicos, psicó-

logos e profi ssionais da saúde

tinham ouvido falar de autismo.

As pessoas comuns, menos ainda. E foi

nesse tempo que recebi o diagnóstico

de que nosso primogênito era autista.

Começamos a notar atitudes estra-

nhas a partir do seu primeiro ano de vida.

Como éramos marinheiros de primeira

viagem, a situação tornava-se ainda pior.

Consultamos clínicas psicológicas e até

mesmo um chefe de psiquiatria da USP,

que fi cou na dúvida sobre um diagnósti-

co para ele. Finalmente, depois de ter-

mos fi cado um ano na fi la, o Dr. Antonio

Lefèvre diagnosticou o autismo de nosso

fi lho. Sintomas: mordia a parte superior

das mãos, arrancava os cabelos, arranha-

va o rosto com as unhas, dava cabeçadas

na parede e, após ter adotado uma única

palavra como meio de comunicação, si-

lenciou-se totalmente.

O sombrio diagnóstico nos atingiu

como um raio. Eu era pastor de uma

grande igreja batista. Pedi demissão. Fui

dar aulas, trabalhar como orientador so-

cial na Prefeitura e, para não perder o há-

bito, fui ajudar a pequenina Igreja Batista

Jardim das Oliveiras, em Cidade Ademar,

zona sul de São Paulo. Em 1982, li nos jor-

nais uma pequena nota convidando pais

de autistas para um encontro com um

também pequeno grupo de casais. O

grupo sonhava em fundar uma escola

para tratamento de seus fi lhos. Na quarta

reunião, comuniquei que não iria mais.

Motivo: faltava um propósito maior para

os encontros. Tínhamos uma equipe de

profi ssionais que a Prefeitura de São Cae-

tano dispensara. Haviam fechado uma

escola mantida para tratamento de crian-

ças autistas. Nada mais tínhamos. Ofereci

então as dependências da igreja batista

que pastoreava e a escola começou. Ali

nossa escola fi cou durante dois anos. A

experiência, apesar das lutas, ia dando

certo, mas precisávamos de um local

mais central. Fomos para um sobrado na

Vila Mariana. Hoje a AMA serve de parâ-

metro para todo o Brasil.

Não há modelo padrão para uma

pessoa autista. Cada um é cada um, dizí-

amos aos pais. O autista é um ser sozi-

nho, que vive num mundo nebuloso.

Tem pouca noção de sua existência. Se

não falou qualquer palavra até os 7 anos,

difi cilmente falará algum dia. Ao sair da

rotina, descontrola-se. Não tem capaci-

dade antecipativa. Todos nós fi camos

razoavelmente tranquilos diante de pes-

soas desconhecidas. Temos como certa

a expectativa de que não vão nos atacar.

O autista ataca para se defender de um

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11Ago/Set 11

AMA - Associação dos Amigos do Autista

Site: http://www.ama.org.br

E-mail: [email protected]

Unidades:

Unidade Lavapés: 11 3376-4400

Unidade Luis Gama: 11 3376-4411

Unidade Teodureto: 11 3207-2363

Unidade Parelheiros: 11 5920-8018

Unidade Pinel: 3974-8917 ramal 293

Manoel ThéPastor da igreja batista,um dos fundadores da AMA

perigo que não existe. Gosta de brin-

quedos giratórios. Seu olhar não se fi xa

no olhar do outro. Parece resvalar-se em

nosso rosto e perder-se no horizonte.

Num ambiente estão ausentes e distan-

tes, mas, se algum dos seus rituais acon-

tece, ele acorda prontamente. Mantido

na sua rotina, fi ca calmo. Ao ouvir a pala-

vra não, perde o equilíbrio emocional.

Pode fi car sem programa, ou seja, dormir

durante o dia e fi car acordado durante a

noite. Pode não ter hora para comer ou

deixar de comer por meses! Não tem

censura, nem noção do perigo.

Ao receber o diagnóstico, a pergun-

ta normalmente é: e agora?

Esse é um momento importante. Mui-

tos pais saem à procura de cura e trata-

mento. Poderíamos falar apenas em trata-

mento, que só é buscado quando há es-

perança. Outro perigo: já que não há cura,

para que buscar tratamento?

Pergunta errada. Pode não haver

cura, mas há melhora. É possível que

haja o aprendizado de como lidar com a

criança, o que é muito importante para

o casal, irmãos, avós, parentes e vizinhos.

O tratamento começa com o preparo

de todos os familiares, pois os demais fi -

lhos, se os houver, podem fi car marginali-

zados das atenções paternas. O tratamen-

to também pode ser feito através de pro-

fi ssional treinado e no próprio ambiente

do autista. Ensiná-lo a ser independente

em questões de higiene, de rotina útil,

como lavar a louça para a mamãe, ir até a

padaria, aprender a ler por meio de jogos

(e como os jogos ensinam!), vivência em

multidão, evitar perigos, etc., tudo isso é

essencial e cada conquista é um prêmio

para todos. A família deve se preparar para

abrir mão do sonho de ter um doutor na

família. Muitas famílias preferiam ter um

autista com atitudes adequadas a ter um

fi lho sadio mas viciado em drogas. Há

multidões de pais e mães compondo esse

triste quadro.

Outro preparo importante é não ter

vergonha do infortúnio. A lei da causa e

efeito ou a doutrina das obras, em que al-

guém sofre porque está pagando por algo,

ou não recebe o bem porque não fez por

merecê-lo, é diabólica. Lúcifer, num dos

conceitos bíblicos, é “acusador”. Fica fácil ver

o próximo sofrendo e dizer que o sofrimen-

to deve-se a um carma, que é porque me-

rece, mas isso só se aplica quando o sofre-

dor é o outro. Nunca vi um sofredor defen-

dendo tal doutrina. Nunca vi um canceroso

dizer que é feliz por estar pagando pelos

seus pecados. Deus, na sua infi nita sabedo-

ria, deu-me um autista. Ele aprendeu a ler

sozinho, viaja sozinho e dialoga razoavel-

mente. Cuido dele porque veio de Deus, e

como Deus não erra, aí está a AMA - uma

bênção para muitas famílias, criada em vir-

tude do nascimento do César que, com seu

olhar inocente e com sentimentos tão pu-

ros, é tratado de “anjo”, pois, às vezes, senti-

mos que estamos sendo honrados por es-

tarmos hospedando um anjo. Posso fazer

uma sugestão? Diga ao seu anjo que você

pai e você mãe sentem-se honrados em

hospedá-lo.

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Os Fascinantes Manuscritos do Mar Morto

ESPECIAL

A arqueologia é uma ciência fascinante. Para aqueles que se interessam pelo

estudo da Bíblia, ela se torna ainda mais digna de nota. Pouca gente imagi-

na o que os achados arqueológicos signifi caram para o estudo das Escritu-

ras Sagradas nos últimos dois séculos. Os primeiros passos dessa pesquisa teve início

do século XIX, quando o estudioso alemão Seetzen explorou a Transjordânia e desco-

briu Cesaréia de Filipe, Amã (Rabá 2Sm 11.15) e Gerasa. Em meados do século XIX, o

francês De Saulcy foi o primeiro a escavar sítios arqueológicos na atual Palestina. Já o

inglês Charles Warren fez escavações em Jerusalém e datou as obras de Herodes no

grande muro de contenção da antiga plataforma do templo. O explorador francês

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Page 13: Revista Interação

13Ago/Set 11

“No total foram encontrados

mais de 900 manuscritos,

sendo 206 deles manuscritos

bíblicos. “

Arquivo pessoal

SXC

Manuscritos do Livro de Isaías encontrados em Cunrã

Charles Cler mont-Ganneau recuperou,

por volta de 1870, a famosa inscrição em

pedra de Mesa (2Rs 3.4) e encontrou a

famosa inscrição em pedra que proibia,

sob pena de morte, o acesso de gentios

ao pátio do templo.

Todavia, foi somente no fi nal do sé-

culo XIX que surgiu o primeiro grande

arqueólogo das terras bíblicas. Foi o in-

glês Sir Flinders Petrie, primeiro traba-

lhando no Egito e depois na Palestina,

que estudou a cerâmica antiga e desen-

volveu um sistema de datação dos perí-

odos e fatos bíblicos, observando e re-

gistrando as diferenças na forma, textura

e pintura da cerâmica. Petrie estudou as

várias camadas de terra dos sítios anti-

gos e descobriu que os estratos tinham

uma ordem cronológica. Outro arqueó-

logo muito importante no século XX foi

o americano William F. Albright. Os estu-

diosos evangélicos sempre valorizaram

muito a obra de Albright, não somente

por sua perícia e conhecimento, mas

também porque seu pressuposto era de

que a Bíblia é um documento historica-

mente confi ável.

No século XX, devido ao surgimento

da chamada New Archaeology, a arqueo-

logia das terras bíblicas passou a ser de-

nominada “Arqueologia Siro-palestina”. A

ideia dessa nova perspectiva é de que a

arqueologia da região deve ser percebida

por uma perspectiva científi ca. A caracte-

rística peculiar do Oriente Próximo com

seus aluviões e célebres “tels” deveria deli-

mitar a arqueologia do Oriente Próximo.

Além disso, a arqueologia passou a ter

uma abordagem multidisciplinar (valen-

do-se dos estudos de arquitetos, antropó-

logos, geólogos e osteólogos) e a não

considerar o texto bíblico como historica-

mente exato. A arqueóloga britânica Kath-

leen Kenyon foi um dos expoentes da

nova abordagem. Sua obra teve grande

impacto na estratigrafi a.

Todo o desenvolvimento dessa ciên-

cia arqueológica teve um de seus mais

importantes triunfos na metade do sé-

culo XX, quando foram encontrados os

manuscritos mais antigos do Velho Tes-

tamento em toda a história.

Os primeiros Manuscritos do Mar

Morto (MMM) foram achados por acaso

numa caverna, nas encostas rochosas do

deserto da Judéia, em março de 1947,

por dois pastores beduínos árabes que

procuravam uma cabra perdida. Jum’a

Muhammad e Muhammad Ahmad El

Hamed (edh-Dibh) foram os responsá-

veis pela grande descoberta involuntária.

Na ocasião, foram achados jarros com

manuscritos de diversos livros sagrados

de uma comunidade de judeus, possivel-

mente essênios, sugestão não conclusi-

va. Posteriormente, vários outros manus-

critos foram encontrados em outras

cavernas em torno do Mar Morto. O ma-

terial encontrado, datado desde o III sé-

culo A.C. até o ano 68 A.D., estava em

Cunrã, em Wadi Murabba’t, em Wadi Da-

liyeh, em Massada e nas cavernas de

Nahal Hever e Se’elim. >

13Ago/Set 11

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Page 14: Revista Interação

1414

Cunrã – Caverna 4 (onde foram encontrados os manuscritos de Isaías)

Arquivo pessoal

HISTÓRICO DOS ACHADOSNo total, foram encontrados mais de 900 manuscritos, sendo 206 deles manuscri-

tos bíblicos. O histórico dos achados pode ser aqui resumido:

Em Cunrã: O material encontrado estava em 11 cavernas (ou grutas).

Na Caverna 1 (1Q) foram achados o Grande Manuscrito de Isaías (1QIs), a Ordem da

Comunidade, Hinos de Gratidão e a Ordem da Guerra dos Filhos da Luz (comentário de

Habacuque), até 1947. Em 1949, foram achados cerca de outros 70 fragmentos.

Nas Cavernas 2, 5, 6, 7, 8, 9 e 10 havia apenas fragmentos de mais de 130 manuscritos.

Em 1952, a Caverna 3 trouxe a surpresa do achado do grande manuscrito de co-

bre, com uma lista dos tesouros do templo e de seus lugares.

Na Caverna 4 foram encontrados, em 1952, cerca de 400 manuscritos, sendo 100 deles

manuscritos bíblicos. Com exceção de Ester, todos os livros do Antigo Testamento esta-

vam representados, além de haver também muito material apócrifo e pseudepigráfico.

Em 1956, a Caverna 11 mostrou-se muito rica em material bem preservado. Entre

os manuscritos achou-se o livro de Salmos, o livro de Jó em aramaico, Levítico (na es-

crita antiga) e muitos fragmentos. Em 1967, foi achado o Manuscrito do Templo (o

mais extenso de todos).

Em Wadi Murabba’at: a 17 km ao sul de Cumrã, duas cavernas revelaram seus acha-

dos em 1951-52. Além dos manuscritos ligados ao exército do Bar Kochba, foi encon-

trado um manuscrito com o texto dos doze profetas menores quase idêntico ao que

conhecíamos.

Em Wadi Daliyeh: nesse local, perto de Jericó, não foi encontrado nada tão rele-

vante. Destacam-se alguns papiros samaritanos (em escrita antiga) entre os cerca de

40 manuscritos achados em 1962-64.

Em Massada: em 1963-65, foi achado um manuscrito de Eclesiástico em hebraico,

além de fragmentos de Salmos, Levítico, Gênesis e o Manuscrito dos Cânticos do Sa-

crifício do Shabath.

Em Nahal Hever e Se’elim: nessas cavernas ao sul de En-Gedi havia muito

material sobre Bar Kochba e alguns manuscritos bíblicos. Destaca-se a

tradução grega dos Profetas Menores. Foram achados entre 1952-

1961.

Antes da descoberta dos MMM, a

mais antiga cópia hebraica do AT era o

texto Ben Asher, arquivado em Lenin-

grado e datado de 1008 AD. Esse é o

Texto Massorético padrão, base da Bíblia

Hebraica de Kittel e da Bíblia Hebraica

Stuttgartensia. Todas as versões bíblicas

são baseadas no Texto Massorético, con-

forme o vemos na BHS. A grande parti-

cularidade dos MMM é que os manus-

critos bíblicos ali achados são pelo me-

nos mil anos mais antigos do que o

Texto Massorético tradicional.

A grande verdade é que os MMM con-

têm manuscritos bem diversifi cados: foram

achados manuscritos bíblicos muito bem

preservados (comparados ao Texto Masso-

rético), poucos manuscritos bíblicos cor-

rompidos e material religioso próprio da

comunidade local, o que incluía seus prin-

cípios e práticas. Deve ser lembrado aqui

que geralmente se esperaria um manuscri-

to bíblico bem corrompido (especialmente

com mil de diferença de outro). Todavia, o

número de manuscritos encontrados mui-

to próximos ao Texto Massoréti-

co é surpreendente, pois

revela uma preservação

de texto sem prece-

dentes na história. Al-

guns manuscritos, po-

rém, possuem seme-

lhanças maiores com a

Septuaginta. Essa desco-

berta tem enriquecido muito

o campo da crítica textual e deu

maior valor à versão grega do Antigo Testa-

mento, tão importante para os estudos

neo testamentários. Além disso, devemos

aqui ressaltar que os MMM têm sido úteis

aos estudiosos na solução de difíceis

ESPECIAL

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Page 15: Revista Interação

15Ago/Set 11

Luiz SayãoLinguista, teólogo e hebraísta (USP)

Nascer do sol no Mar Morto

Arquivo pessoal

problemas de tradução de passagens

obscuras do Antigo Testamento.

Historicamente, diversos estudiosos

têm se destacado no estudo dos MMM.

Devemos aqui mencionar alguns dos

principais nomes dessa história tão rica:

Eleazar Sukenik, James Biberkraut, Yigael

Yadin, Roland de Vaux, Hershel Shanks,

Elisha Qimron, Jozef Milik e José C. Marti-

nez. Os estudos arqueológicos no local,

com os textos e com outros objetos en-

contrados revelaram uma comunidade

que vivia separada da vida comum, aguar-

dando o fi nal dos tempos. Suas ruínas es-

tão bem preservadas e podem ser visita-

das próximas à Caverna 4, em Cunrã.

Aqueles que desejarem ver de per-

to os MMM, que já foram expostos no

Brasil em 2004, deverão se dirigir ao

Museu do Livro em Jerusalém. Lá são

expostos e guardados com vidros à

prova de balas.

Devemos fazer uma importante afi r-

mação: as versões bíblicas mais antigas

publicadas antes de 1947, naturalmente

não contam com toda essa riqueza dos

MMM. Algumas versões contemporâne-

as da Bíblia, em diversas línguas, têm

considerado essas descobertas extraor-

dinárias na tradução do Antigo Testa-

mento. Em português já existem várias

versões que interagem com os MMM: a

Bíblia de Jerusalém, a Tradução Ecumê-

nica da Bíblia e a Nova Versão Interna-

cional são alguns exemplos. O exame

atencioso de suas notas de rodapé reve-

lará esse fato.

Por fi m, podemos dizer que os MMM

trazem verdades que precisam ser relem-

bradas: em primeiro lugar, estamos dian-

te dos mais antigos e importantes ma-

nuscritos bíblicos já encontrados. Isso

tem uma importância extraordinária para

judeus, católicos, ortodoxos e evangéli-

cos. Em segundo lugar, a mais relevante

verdade comprovada pelos MMM foi que

as Escrituras Sagradas foram preservadas

de maneira extraordinária, como ne-

nhum outro documento da história hu-

mana. Isso só pode ser obra de Deus.

“a mais relevante verdade comprovada pelos MMM foi que as Escrituras Sagradas

foram preservadas de maneira extraordinária, como nenhum outro

documento da história humana.”

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Page 16: Revista Interação

A cidade de São Paulo impressio-

na. Com uma população de

mais de 11 milhões de habitan-

tes, São Paulo já é a sexta cidade mais

populosa do mundo. No caso da grande

São Paulo, temos a quarta maior região

metropolitana do mundo, com mais de

19 milhões de habitantes.

Capital do estado de São Paulo - a

Para onde vai este gigante?

CIDADE

locomotiva da economia brasileira - a

gigante sul-americana é hoje o décimo

maior PIB do mundo entre as principais

cidades do planeta. De acordo com a

PriceWaterHouseCoopers, a cidade terá

o sexto maior PIB das cidades da terra

em menos de dez anos.

Considerando que o estado de São

Paulo tem um PIB de cerca de 700 bilhões

de dólares (32% do Brasil, 45% do Canadá,

15% da América Latina, 1,2% do mundo),

é assustador ver que a região metropolita-

na de São Paulo é responsável por 57% do

PIB do estado paulista, cerca de 400 bi-

lhões de dólares. Se o estado de São Paulo

fosse um país europeu, seria a oitava maior

economia; se fosse um estado norte-ame-

ricano seria a quinta maior economia, na

16

Sxc

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Page 17: Revista Interação

17Ago/Set 11

frente de 46 estados da maior economia

do mundo. É um gigante.

Como a economia brasileira tende a

crescer mais nos próximos anos, essa

proporção de participação no PIB mun-

dial deve crescer. O Brasil acaba de des-

bancar a Grã-Bretanha, tornando-se a sé-

tima economia mundial, com um PIB de

2.194 bilhões de dólares. Em mais uma

década, a expectativa é que sejamos a

quinta economia do mundo, atrás ape-

nas de China, EUA, Japão e Alemanha.

O mundo que São Paulo se tornou

pode ser visto nos números. São Paulo é a

cidade com maior número de automóveis

do planeta: cerca de 7 milhões. Existem

mais de 12 mil restaurantes na cidade. As

pizzarias de São Paulo fazem mais de 1 mi-

lhão de pizzas por dia. Na cidade são pro-

duzidos cerca de 17.000 sushis por hora.

Existem 3.200 padarias que produzem 7

milhões de pãezinhos por dia. O metrô de

São Paulo transporta 3,3 milhões de passa-

geiros por dia. A gigante paulista possui a

segunda maior frota de helicópteros do

17171717171777177717771771717771717171777777777777777AgoAgoAgoAgoAgoAgoAgoAgoAgoAgoAgoAgogoAgoAgoAgogoAgogogoAgoAgAgoAgoAgogoAAgogoooAgogogoAAAgooooogoogg /Se/S/Se/Se/Se/S/Se/Se/Se/Se/Se/Se/Se/Se/Seeeeee/S/SeSS/See/Se/Se/See/S/Se/Se/See/SSeSeeeeeeeeeeSeeeeeeeSeeeSSeSeeet 1t 1t 1t 1tt 1t 1t 1tt 111t 1t 1t 111t 1t 11t 1t 1t 1t 1t 1t 11t 11t 1t 111t 1ttt 1tt 1tt 11t 111t 1t 1t 1ttt t 11t 1t 1ttttt 1t 1t 11t 1111tttt 1t 1t 1t 1tt 1t 111111t 1tt 111ttt 111tt 1t 1t 111t 1t 1111tt 11tt 11111t 1ttt 111tt 1111t 11t 1t 11ttt 11ttt 11tttt 111ttt 1111tt 11111tt 11111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111111

mundo. São 210 helipontos em toda a ci-

dade. Cerca de 1,5 milhão de pessoas cir-

culam diariamente na avenida Paulista.

Qualquer evento na Paulista tem pelo me-

nos 2 milhões de pessoas! Em seu univer-

so multicultural, São Paulo é hoje a maior

cidade japonesa fora do Japão, a maior ci-

dade libanesa fora do Líbano, a maior por-

tuguesa fora de Portugal e também a

maior italiana fora da Itália. Calcula-se que

a comunidade estrangeira de mais de

meio milhão de pessoas vive na Grande

São Paulo. Quem visita o Bom Retiro, por

exemplo, verá coreanos, judeus, bolivia-

nos, chineses e gregos convivendo pacifi -

camente no mesmo bairro.

Todo esse dinamismo econômico

não esconde a realidade dos problemas

da grande urbe. A cidade continua sen-

do palco de grandes conglomerados de

pobreza. Milhares de pessoas vivem em

favelas. A miséria ainda persiste, marca-

da pela desigualdade social.

Outra questão que assombra a vida

dos paulistanos é a insegurança. Apesar

SEUS CONFLITOS SOCIAIS CHEIOS DE DOR, ASSIM COMO SUA ESPERANÇA

E FÉ EM DEUS, FICARAM MARCADOS NA HISTÓRIA:

(...) Cada táuba que caía duia no coração

Mato Grosso quis gritá, mas em cima eu falei:

Os homis tá cá razão nós arranja outro lugar

Só se conformemo quando o Joca falou:

“Deus dá o frio conforme o cobertor”

E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim

E prá esquecê nóis cantemos assim:

Saudosa maloca, maloca querida,

Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas.

(Saudosa Maloca, Adoniran Barbosa, 1951)

de ter melhorado muito, homicídios e

assaltos fazem parte do cotidiano da ci-

dade. Poderíamos aqui falar do trânsito

caótico, das enchentes de verão, dos

metrôs e ônibus lotados, do custo de

vida elevado, dos aeroportos intransitá-

veis e da loucura que é viver na megaló-

pole paulistana. Todavia, talvez o maior

problema desse mundo chamado São

Paulo seja a cruel e silenciosa desperso-

nalização do ser humano. A frieza de

seus edifícios, a distância entre as pesso-

as economicamente motivadas e a bru-

talidade de seu movimento constante

que esconde os rostos humanos nos faz

pensar sobre o futuro dessa cidade.

O progresso não substituirá a vida,

não matará a necessidade da poesia,

nem aplacará a fome por espiritualidade

saudável. Talvez devamos pensar o futu-

ro de São Paulo a partir de seu passado

poético.

Que Deus abençoe São Paulo e nos

ajude a construir um futuro mais justo,

pacífi co e humano.

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Page 18: Revista Interação

18

VIDA E LAZER

Conhecendo a

Culinária Alemã

Ainda não tão bem conhecida

de todos os brasileiros, a culi-

nária alemã faz sucesso em

todo o mundo. Nomes como einsbein,

sauerkraut e apfelstrudel já são reconhe-

cidos por muitos que nada sabem de

alemão. No entanto, a maioria dos apre-

ciadores dos pratos germânicos imagi-

na que salsichas, batatas, carne de porco

e repolho são as únicas alternativas da

cozinha de nossos irmãos teutos.

A verdade é que a comida alemã é mar-

cada por grande diversidade. No norte do

país destacam-se sopas encorpadas, peixes

e carnes defumadas. Já no sul, aprecia-se

muito a carne de caça e a pâtisserie. Uma

das peculiaridades dos pratos germânicos

é a mistura de frutas com comidas salga-

das. Na região da Floresta Negra, serve-se

o lombo de veado com maçãs e recheado

com frutas vermelhas. Há também o tradi-

cional Himmel und Erde, que é feito de

purê de batatas e maçãs e servido com

linguiças grelhadas.

É possível que o mais conhecido e

apreciado hábito gastronômico alemão

seja apreciar uma diversidade de salsi-

chas saborosíssimas (wursts) – há salsi-

chas para grelhar/fritar (bratwurst) ou po-

chear/ferver (kochwurst), feitas com um

ou diversos tipos de carne e acrescidas

de especiarias. A weisswurst, por exem-

plo, é branca e leva vitelo, carne de boi e

salsinha. Deve ser consumida, de prefe-

weisswurst

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dos e pães especiais, e como bar à noite, com opções de porções, drinks, chopps alemães e cervejas.

rência, fresca. A crocante bockwurst, mais

conhecida aqui como salsichão de alho,

pode ser pocheada ou grelhada. A frank-

furter, uma das mais famosas, também é

bastante crocante, mas mais fi na e fei-

ta apenas de carne suína, diferentemente

da wiener, a versão da frankfurter que per-

mite carne bovina em sua composição.

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Page 19: Revista Interação

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