Revista InterBuss - Edição 59 - 28/08/2011

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REVISTA INTERBUSS INTERBUSS REVISTA ANO 2 • Nº 59 28 de Agosto de 2011 UM SHOW DE NOVIDADES ESPECIAL TRANSPÚBLICO 2011 UM SHOW DE NOVIDADES

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Page 1: Revista InterBuss - Edição 59 - 28/08/2011

REVISTAINTERBUSSINTERBUSSREVISTA

ANO 2 • Nº 59 28 de Agosto de 2011

UM SHOW DE NOVIDADES

ESPECIAL TRANSPÚBLICO 2011

UM SHOW DE NOVIDADES

Page 2: Revista InterBuss - Edição 59 - 28/08/2011

Viajará elTransMilenioViajará elTransMilenio

REVISTA INTERBUSS ESPECIAL TRANSMILENIOREVISTA INTERBUSS ESPECIAL TRANSMILENIODIA 4 DE SETEMBRO. NÃO PERCAM!DIA 4 DE SETEMBRO. NÃO PERCAM!

Page 3: Revista InterBuss - Edição 59 - 28/08/2011

Viajará elTransMilenioViajará elTransMilenio

Você vai conhecer o sistemade transporte rápido que é

orgulho nacional colombiano

REVISTA INTERBUSS ESPECIAL TRANSMILENIOREVISTA INTERBUSS ESPECIAL TRANSMILENIODIA 4 DE SETEMBRO. NÃO PERCAM!DIA 4 DE SETEMBRO. NÃO PERCAM!

Page 4: Revista InterBuss - Edição 59 - 28/08/2011

Mercado se prepara com novidades

B E M - V I N D O S À R E V I S T A I N T E R B U S SNESTA EDIÇÃO: 44 PÁGINAS

Feira do setor de transporte coletivo que aconteceu emSão Paulo entre os dias 24 e 26 de Agosto trouxemuitas novidades para o mercado 14

| Especial Transpúblico 2011

| A Semana Revista

Incêndio suspeito destrói 15 ônibus usados emrevenda no CEFogo destruiu quinze veículos que estavam expostos na revendalocalizada à beira da BR-116, naregião de Messejana 07

| Troncalização Hortolândia

Mudanças no transporte da cidade24

| A Semana RevistaEucatur condenada a indenizarcobradora roubadaDecisão da justiça obriga empresa a pagar R$ 50 mil a cobradoraque foi assaltada oito vezes 09

Governo do Estado de São Paulo apresentou modelo para atroncalização das linhas intermunicipais de Hortolândia

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ANO 2 • Nº 59 • DOMINGO,28 DE AGOSTO DE 2011 • 1ª EDIÇÃO - 23:13 (5ª)

COLUNISTAS José Euvilásio Sales BezerraO mercado para os BRTs 39

COLUNISTAS Adamo BazaniLeblon e o combate ao fumo 42

A SEMANA REVISTAAs notícias da semana no setor de transportes 7

EDITORIALInternet e o Transporte 6

SEU MURALA seção especial do leitor 12

COLUNISTAS Fábio Takahashi TanniguchiAplicativos móveis para transporte público 26

COLUNISTAS Marisa Vanessa N. CruzO dia de fazer a diferença na Metra 13

COLUNISTAS William GimenesBaixada Santista - Pt. 1 11

AS FOTOS DA SEMANAAs fotos que foram destaque na semana 40

DOSSIÊ SÃO JOSÉ DO RIO PRETOLicitação municipal e ANTT são comentadas 30

| Deu na ImprensaZF lança novo câmbioautomático para veículos de BRTNovo eixo direcional dianteiro também foi apresentadopara mesma aplicação 10

DEU NA IMPRENSAAs notícias da imprensa especializada 10

COLUNISTAS Luciano RoncolatoNova tentativa de desmoralização 28

Obs: Excepcionalmente, o Diário de Bordo não é publicado nesta edição

| Dossiê S. J. Rio PretoItamarati falasobre licitaçõesurbana e ANTTAPBus Noroeste entrevista diretor da empresa sediada em São José do Rio Preto, que comenta sobreo novo transporte da cidadee a licitação interestadual 30

ESPECIAL TRANSPÚBLICO 2011Muitas novidades apresentadas 14

TRONCALIZAÇÃO HORTOLÂNDIARMC já tem projeto 24

PÔSTERMarcopolo Paradiso 22

Derles Borges Pichoff

EUROPA EM TRANSPORTEConheça o sistema da cidade alemã de Colônia 36

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Uma publicação da InterBuss Comunicação Ltda.

DIRETOR-PRESIDENTE / EDITOR-CHEFELuciano de Angelo Roncolato

JORNALISTA RESPONSÁVELAnderson Rogério Botan (MTB)

EQUIPE DE REPORTAGEMFelipe de Souza Pereira, Tiago de Grande, Luciano de Angelo Roncolato, Chailander de Souza Borges, Ander-son Rogério Botan, Guilherme Rafael

EQUIPE FIXA DE COLUNISTASMarisa Vanessa Norberto da Cruz, José Euvilásio Sales Bezerra, William Gimenes, Adamo Bazani, Thiago Bo-nome, Luciano de Angelo Roncolato e Fábio Takahashi Tanniguchi

REVISÃOAnderson Rogério Botan e Luciano de Angelo Ronco-lato

ARTE E DIAGRAMAÇÃOLuciano de Angelo Roncolato

AGRADECIMENTOS DESTA EDIÇÃOAgradecemos por ter colaborado com esta edição: Franz Hecher e Museu da Imagem e do Som deCampinas/SP

SOBRE A REVISTA INTERBUSSA Revista InterBuss é uma publicação semanal do site Portal InterBuss com distribuição on-line livre para todo o mundo.Seu público-alvo são frotistas, empresários do setor

de transportes, gerenciadores de trânsito e sistemas de transporte, poder público em geral e admiradores e entusiastas de ônibus de todo o Brasil e outros países.

Todo o conteúdo da Revista InterBuss provenientes de fontes terceiras tem seu crédito dado sempre ao fi-nal de cada material. O material produzido pela nossa equipe é protegido pela lei de direitos autorais e sua reprodução é autorizada após um pedido feito por es-crito, e enviado para o e-mail [email protected]. As fotos que ilustram todo o material da revista são de autoria própria e a reprodução também é autor-izada apenas após um pedido formal via e-mail. As ima-gens de autoria terceira têm seu crédito disponibilizado na lateral da mesma e sua autorização de reprodução deve ser solicitada diretamente ao autor da foto, sem interferência da Revista InterBuss. A impressão da re-vista para fins particulares é previamente autorizada, sem necessidade de pedido.

PARA ANUNCIAREnvie um e-mail para [email protected] ou ligue para (19) 9636.1087 e converse com nosso setor de publicidade. Você poderá anunciar na Revista InterBuss, ou em qualquer um dos sites parceiros do grupo InterBuss, ou até em nosso site principal. Temos diversos planos e com certeza um deles se encaixa em seu orçamento. Consulte-nos!

PARA ASSINARPor enquanto, a Revista InterBuss está sendo disponibi-lizada livremente apenas pela internet, através do site www.portalinterbuss.com.br/revista. Por esse motivo, não é possível fazer uma assinatura da mesma. Porém, você pode se inscrever para receber um alerta assim que a próxima edição sair. Basta enviar uma mensagem

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CONTATOA Revista InterBuss é um espaço democrático onde todos têm voz ativa. Você pode enviar sua sugestão de pauta, ou até uma matéria completa, pode enviar também sua crítica, elogio, ou simplesmente conver-sar com qualquer pessoa de nossa equipe de colunistas ou de repórteres. Envie seu e-mail para [email protected] ou [email protected]. Procuramos atender a todos o mais rápido possível.

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É frustrante morar em uma cidade

em que os horários e itinerários de ônibus

não estão disponíveis na Internet. Pior,

quando não estão disponíveis em nenhum

lugar, exceto por SACs (Serviços de Aten-

dimento aos Consumidores/Clientes) de

empresas ou prefeituras que, geralmente,

não funcionam, dão a informação pela

metade, ou simplesmente se recusam a fa-

lar, com funcionários que agem com uma

má vontade de dar dó.

Ou então uma cidade que divulga,

com pompa e circunstância, um sistema

de informação que dá roteiros, pontos de

referência, busca por locais geradores de

viagens... Mas que não é atualizado a con-

tento. Que peca no que é mais importante:

horários e itinerários.

A internet é o grande aliado do

usuário do transporte coletivo. Não só

pela possibilidade de ter o mapa de onde

vai, mas sim porque pode ter o principal:

a informação que ele precisa. O problema

é que essa ferramenta, que ajudaria até as

próprias empresas (por quê não?) causa

uma espécie de histeria coletiva.

É bem verdade que manter um site

de informação com itinerários e horários é

uma coisa complicada. Ainda mais cheia

de recursos. A simplicidade, nesse caso,

ganha. O que o usuário quer, em primeiro

lugar, é saber os horários da linha que ele

mais usa, seguido do itinerário dela. Depois

vem a informação sobre pontos de refer-

ência, geradores de viagens, e até dicas de

caminhos.

Por todo o país você encontra dife-

rentes tipos de visualização. Em algumas

cidades, só são disponibilizados os itin-

erários e os horários de início e término da

Internet deve ser aliada no transporte público

A N O S S A O P I N I Ã O| Editorial operação. Outros, oferecem “o pacote com-

pleto”, com os horários inclusivos (para

portadores de necessidades especiais), itin-

erário, alguns pontos de referência. Seja em

planilha do Excel, tabela do Word, ou um

grande sistema informatizado e digital, o

que importa é a informação.

Falando da Região Metropolitana

de Campinas, a situação chega a beirar o ab-

surdo. Cidades importantes como Americana

e Sumaré não possuem sistemas eficientes.

Em Americana, é através de um SAC, que se

esforça em passar a informação, mas não é a

mesma coisa. Em Sumaré, nada. Já Campinas

possui um sistema todo pomposo, mas que é

falho na hora da atualização, que acontece

“de vez em nunca”, quando todo o sistema já

está de cabeça para baixo.

Não é barato começar um sistema

de informação complexo. Mas, barato é di-

vulgar as informações de itinerários e horári-

os de uma maneira simples. E isso ampliaria

a satisfação dos usuários. Mas também am-

pliaria o poder de reclamação, de fiscalização

e de cobrança por um sistema de transporte

mais eficiente e pontual. Será que é disso

que todos têm medo?

REVISTAINTERBUSS Expediente

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• Diário do [email protected]

Incêndio suspeito destrói 15 ônibus em revenda na BR-116

Um incêndio de origem ainda desco-nhecida, mas com suspeitas de ter sido crimi-noso, provocou a destruição de, pelo menos, 15 ônibus usados que haviam sido colocados à venda em uma revenda situada na BR-116, altura do quilômetro nove, em Messejana. O sinistro foi registrado exatamente às 21h28 pela Coordenadoria Integrada de Operações de Se-gurança (Ciops). Conforme o oficial de opera-ções do Corpo de Bombeiros Militar de plantão naquela unidade, major BM Ferreira, cinco viaturas - sendo quatro do Quartel do Comando Geral, no bairro Jacarecanga, e outra do Quar-tel de Maracanaú - foram mobilizadas durante a operação de combate às chamas. A operação continuava até por volta das 23 horas. Uma enorme nuvem de fumaça negra dominou a área e podia ser vista a vários quilô-metros de distância. Dezenas de curiosos acom-panharam o trabalho do Corpo de Bombeiros e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), já que foi acionada para controlar o trânsito, já que a re-vendedora fica nas margens da BR-116, na pista de sentido Capital/Interior. Segundo as au-toridades, não houve vítimas.

Propagação

Divulgação

Destruição

O fogo se espalhou rapidamente de um ônibus para outro e foi se alastrando re-vendedora adentro. No estabelecimento, de-nominado ´Ponto do ônibus´, havia apenas um vigia. Populares tentaram, em vão, retirar os veículos dali antes que eles fossem atingidos pelas chamas. Alguns veículos somente não foram dominados totalmente pelas labaredas porque populares conseguiram empurrá-los em direção a uma rua próxima dali. Na hora do incêndio chovia naquele setor da Capital, o que contri-buiu para que o incêndio fosse debelado com

maior rapidez. Segundo o major Waldir, que co-mandou a operação de combate ás chamas e de rescaldo, um dos fatores que contribuíram para a rápida propagação das chamas foi o fato de a maioria dos veículos estarem abastecidos. O dono da revenda esteve no local, mas preferiu não dar declarações à Imprensa presente no lo-cal. Na manhã de ontem, uma equipe da Coordenadoria de Criminalística da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) fará le-vantamentos no local para apurar as causas do sinistro.

INCÊNDIO • Cerca de 15 ônibus foram destruídos na revenda de usados

A S E M A N A R E V I S T ADE 22 A 28 DE AGOSTO DE 2011

REVISTAINTERBUSS • 28/08/11 07

Suspeita-se que o incêndio tenha sido criminoso;veículos eram usados eestavam à venda no Ceará

Corredores da Zona Norte de São Paulo tem velocidade similar a de um patinete Os ônibus que se deslocam entre a zona norte e a região central de São Paulo pelos corredores de ônibus atingem veloci-dade semelhante a de um patinete elétrico, vendido para crianças de dez anos. De acordo com o texto, um dos corredores campeões em lentidão de março

a junho deste ano foi o corredor Inajar de Souza-Rio Branco-Centro, com média de 11,5 km/h nos momentos mais críticos, no período da manhã, no sentido bairro-centro. Já o corredor Pirituba-Lapa-Centro liderou em lentidão no final da tarde, no sen-tido centro-bairro, com 12,2 km/h nos picos. O desejável, afirma o engenheiro Jaime Waisman, professor da USP, mesmo

na hora mais crítica, seria de 20 km/h a 25 km/h. Técnicos da SPTrans costumam con-siderar boas as velocidades acima de 18 km/h. Durante quatro meses, 28% das velocidades médias caíram em relação a 2010 e 72% tiveram melhoria. Mas a meta de aumento da velocidade só foi atingida em 16%.

Lentidão

• Jornal [email protected]

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São Paulo amplia faixa exclusiva na Radial Leste

Repr

oduç

ão

A Radial Leste ganhará nas próxi-mas semanas a ampliação do espaço exclu-sivo para os ônibus do lado direito. O obje-tivo é aumentar a velocidade dos coletivos enquanto não sai do papel a obra de um cor-redor à esquerda, prometida pela gestão Gil-berto Kassab para que seja iniciada até 2012. A nova faixa exclusiva na Radial será implantada entre as ruas Wandenkolk e Pinhalzinho, no sentido bairro, e entre as ruas Carlos Silva e da Figueira, no sentido centro. Os viadutos Pires do Rio e Alcântara Machado ficarão de fora do novo espaço. No sentido centro, a faixa exclusiva funcionará 24 horas. No sentido bairro, somente das 10h às 23h, de segunda a sexta-feira. Hoje a Ra-dial Leste já tem um trecho de 4,4 km de faixa exclusiva. Com a ampliação, haverá um total

de 10,5 km. A previsão é que a nova área para os ônibus comece a operar ainda em setem-bro. Neste ano, a SPTrans já implantou 3,8 km de faixas exclusivas para ônibus, em trechos da Vereador José Diniz, Borges Lagoa, Domingos de Moraes e ponte do So-corro. Mas a prefeitura deve cumprir no máximo um terço da meta de 66 km de novos corredores de ônibus (com Radial, Berrini e avenida Santo Amaro, que será ligada a ou-tras vias da zona sul). A SPTrans diz que as novas faixas fazem parte de um pacote de ações para au-mentar a velocidade dos coletivos. O espe-cialista em transportes Jaime Waisman diz que a prioridade aos ônibus é correta, mas que, se não houver fiscalização, a faixa na Radial será só “para inglês ver”.

Ônibus da Real Alagoas rodam escoltados

A S E M A N A R E V I S T APaliativo

ESPERA • Ônibus entra na Radial Leste: enquanto corredor prometido não sai, faixa é criada

• Viaja [email protected]

28/08/11 • REVISTAINTERBUSS08

Alagoas

• O Jornal - [email protected] Os ônibus da empresa Real Alagoas estão sendo escoltados por guarnições da Polícia Militar no município de Marechal De-odoro. O motivo é a revolta dos moradores do Povoado Pedras, onde ocorreu um acidente na segunda-feira (29), que resultou na morte de uma criança de 12 anos. Na noite um coletivo foi apedre-jado e vários passageiros ficaram feridos. O ataque ocorreu em trecho da rodovia AL-215, no mesmo local onde o menor Márcio dos Santos Borges foi atropelado por um ônibus da Real. Vários passageiros do ônibus ficar-am feridos, sendo o caso mais grave da jo-vem, Maria Fabiana B. de Souza, que teve o braço lesionado ao ser atingida por uma das pedras arremessadas pelos manifestantes.

Romário critica empresários de ônibus deSalvador

Copa 2014

• Tô [email protected] O ex-jogador Romário falou com a imprensa após reunião com membros de consórcio. Ao deixar uma reunião a portas fechadas no escritório da Arena Fonte Nova, que contou com a presença de parlamentares e membros do Consórcio Arena Salvador, na tarde desta segunda-feira (29), o ex-atacante e deputado federal Romário (PSB-RJ) falou sobre o impasse nas obras de mobilidade em Salvador. Ele se mostrou a par das discussões na capital baiana sobre o assunto e criticou as empresas de ônibus que fazem articula-ções para conseguir a implantação de um corredor exclusivo para coletivos na Ave-nida Paralela. “Sei que há uma discussão entre metrô e BRT. Fiquei sabendo que os em-presários de ônibus não querem que façam essas obras. Tem que ver o que é para a po-pulação”, considerou.

Um projeto da Prefeitura de Ma-ceió pretende tirar os ônibus da Avenida Fernandes Lima e dar lugar ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Pela proposta, o trem urbano fará um trajeto de 20 quilômetros, partindo na Praça Centenário à Central de Abastecimento, no Santos Dumont. A ideia ousada e que vai transfor-mar a maior artéria de trânsito da capital ai-nda não tem data para sair do papel, mas já

Maceió quer trocar ônibus por VLTCopa 2014

• Correio do Povo de [email protected]

foi apresentada ao Ministério das Cidades e pode entrar no rol de projetos do Programa de Aceleração do Crescimento da Mobilidade (PAC Mobilidade). Caso seja levado adiante, o VLT da Fernandes Lima vai beneficiar cerca de 3,5 milhões de passageiros todos os dias. O pro-jeto prevê a criação de 10 estações, nos dois sentidos, incluindo a Avenida Durval de Góes Monteiro. Com a implantação do trem, o traje-to que hoje leva, em média, uma hora para ser percorrido, será feito em cerca de 15 minutos.

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Amazonas

com o passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regres-siva”. No caso, a comprovação de culpa é dispensada, pois o acidente que vitimou a cobradora atraiu a responsabilidade civil objetiva do transportador rodoviário. Sobre a redução do valor da in-denização, Delgado afirmou que a juris-prudência do TST vem se consolidando no sentido de diminuir valores “exorbitantes” ou “excessivamente metódicos”.

Eucatur é condenada a pagar R$ 50 mil a cobradora que foi assaltada oito vezes

da relação de causa e efeito entre o horário de trabalho da cobradora, os assaltos e as sequelas psicológicas. A Eucatur, então, entrou com Agravo no TST. Segundo o relator do recurso, ministro Mauricio Godinho Delgado, a sentença deve ser mantida por causa da comprovação do nexo de causalidade. Ele se baseou na Súmula 187 do Supremo Tri-bunal Federal, que diz: “a responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente

CONDENAÇÃO • Ônibus da Eucatur circula por Manaus: indenização depois de 8 assaltos

Norberto dos Santos K

unzli

• Consultor Jurí[email protected]

REVISTAINTERBUSS • 28/08/11 09

A Empresa União Cascavel de Transportes e Turismo (Eucatur) deve pagar indenização de R$ 50 mil para uma cobradora de ônibus que foi assaltada oito vezes durante o período de trabalho. A decisão é da 6ª Turma do Tribunal Supe-rior do Trabalho, que negou provimento a Agravo de Instrumento impetrado pela empresa. Foi mantida, por unanimidade, a decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região, no Amazonas. Na petição inicial, a cobradora alegou que, por determinação da empresa, cumpria jornada de trabalho das 14h até 1h30. Nesse período, contou, o ônibus em que trabalhava foi assaltado oito vezes, algumas delas com “muita violência”. Ela chegou a pedir a transferência de horário para seus superiores, pois afirmou que não tinha mais condições psicológicas de trabalhar no horário da madrugada. Pediu indenização de R$ 256 mil por danos mo-rais. A 13ª Vara do Trabalho de Manaus fixou a indenização em R$ 50 mil, ao ler em laudo médico que a cobradora, depois dos assaltos, desenvolveu um quadro de estresse pós-traumático. Ela teve sequelas, com alterações de personalidade, retrai-mento social, hipervigilância e distúrbios de sono. A empresa recorreu ao TRT-11. Alegou que os assaltos foram cometidos por terceiros e, por isso, não teria respon-sabilidade. O Regional manteve a sentença do primeiro grau diante da comprovação

A Polícia Civil investiga o assassi-nato de um funcionário de uma empresa da Rodoviária de Rondonópolis, a 210 quilô-metros de Cuiabá, que morreu a tiros no sábado (27). Segundo a polícia, um passageiro se irritou ao perder um ônibus e matou o

Funcionário da rodoviária de Rondonópolis é morto por passageiro que perdeu ônibus

Mato Grosso

[email protected]

atendente Luiz Antônio Severino com dois tiros. O homem suspeito de cometer o crime iria pegar um ônibus rumo a Cuiabá por voltar das 15h. No entanto, chegou ao local de embarque às 16h30 querendo pegar o ônibus de qualquer forma. Ainda conforme a polícia, mesmo sabendo que estava atrasado, o suspeito fi-

cou irritado e disparou dois tiros contra o funcionário da empresa, que estava de plantão no guichê de venda de passagens. A polícia faz buscas pela região para capturar o suspeito, que fugiu em uma moto. A empresa intermunicipal não quis comentar o caso, mas colocou um cartaz no local do crime dizendo que os funcionários estão de luto.

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28/08/11 • REVISTAINTERBUSS10

ZF apresenta novos produtos pra BRT A ZF apresentou ao mercado de ôni-bus urbanos dois novos produtos. Tratam-se da nova transmissão automática Ecolife, re-comendada para aplicação de circulares em sistemas BRT (Bus Rapid Transit), e do eixo dianteiro direcional ZF AV 132. A transmissão, de seis velocidades, foi projetada com escalonamento de mar-chas automáticas, com o inutito de reduzir a emissão de gases poluentes. A Ecolife contém um sistema de retarder primário integrado (ZF-Intarder), um freio hidrodinâmico que atua na desaceleração do veículo e pode obter até 400% de aumento da vida útil das lonas de freio. Para melhorar a eficiência do produ-to, o software TopoDyn Life opera em con-junto com a transmissão, gerenciando eletroni-camente o funcionamento das marchas. O TopoDyn possui diferentes programações, que variam com o tipo de topografia do percurso e

D E U N A I M P R E N S ARESUMO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DA IMPRENSA ESPECIALIZADA

Transpo Online

• Do Site da Transpo [email protected]

precisos sobre os hábitos do motorista ao volante e o consequente desempenho do caminhão, servindo de base para o treina-mento específico de cada condutor. Uma das principais novidades do serviço é que o frotista poderá acessar as informações do FleetBoard através de um aplicativo para iPhone e iPad, em tempo real.

MB testa sistema de gestãoTranspo Online

• Do site da Transpo [email protected]

características do veículo como peso e acelera-ção. A outra novidade lançada é o eixo dianteiro direcional para ônibus de piso baixo, o ZF AV

132, além das transmissões autmátizadas ZF AS Tronic lite, autmática ZF Ecomat e manual S5 420 para veículos comerciais.

Divulgação

Brasil teráantiembaçantes feitos no Brasil

Transpo Online

• Do site da Transpo [email protected]

NOVOS PRODUTOS • Nova caixa detransmissão automática Ecolife, concebida para ônibus de sistemas BRT e o eixodianteiro direcional ZF AV 132

O sistema de gestão de frota Fleet-Board, da Mercedes-Benz, até então exlu-sivo para as linhas de caminhões pesados Actros e Axor, está sendo testado em ôni-bus urbanos. Segundo a montadora, o Fleet-Board fornece ao gestor de frota dados

Div

ulga

ção

O primeiro para-brisa antiembaçante para ônibus produzidos no Brasil foi lançado pela Saint-Gobain Sekurit, que já disponibiliza a tecnologia para outros segmentos de transportes. A tecnologia foi desenvolvida ao longo dos últi-mos anos e lançada em 2010 como equipamento opcional para o Novo Uno. Nesse meio tempo, a equipe de engenharia desenvolveu simultanea-mente a versão do equipamento para ônibus e agora, a fabricante diz estar pronta para produzi-lo em suas novas instalações em Mauá. Segundo Rubens Sautner, gerente de vendas para o mer-cado de reposição, a tecnologia antiembaçante de vidros para ônibus funciona semelhantemente à dos vidros traseiros dos carros. Ele explica que o sistema consta de duas lâminas de vidro com uma camada intermediária de plástico e resistên-cia produzida com filetes de tungstênio. A tecno-logia é invisível a olho nu e permite visibilidade integral em dias de chuva ou de temperaturas baixas. Sautner diz que a produção do novo eq-uipamento só foi possível devido à inauguração de um forno de equipamentos de alta tecnologia e de amplas dimensões.

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REVISTAINTERBUSS • 28/08/11 11

Baixada Santista – Parte 1 Primeiramente peço desculpas por me ausentar desta coluna durante algumas se-manas. Diversos problemas profissionais me impediram de escreve-la. Feito esses esclare-cimentos, bola pra frente. Neste domingo (28) estive na Baixa-da Santista para prestar um concurso público municipal e aproveitei para ver como está o transporte nas cidades de Cubatão, Santos, São Vicente e Praia Grande – não consegui ir até o Guarujá e nem a outras cidades como Itanhaém, Mongaguá e Peruíbe. Santos tem um bom transporte mu-nicipal, são cerca de 40 linhas operadas pela Piracicabana Santos, sendo uma de Trólebus (não opera aos finais de semana) e há um Terminal Integrado (do Valongo, em frente a Rodoviária), além de seis ou sete linhas de transporte seletivo (micros com ar) operados pela Guaiaúba. As linhas em Santos são con-hecidas por seus números – quase todos usam a palavra CIRCULAR em suas vistas. Em São Vicente só há vans e micro-ônibus – e em gigantesco número, tanto que na divisa litorânea com a cidade de Santos há um terminal onde ficam mais de 40 car-ros, assim como em um terreno próximo à Rodoviária desta cidade que é a mais antiga do Brasil e ostenta isso na lateral dos veícu-los do transporte municipal. O intervalo entre elas é ínfimo – chega a passar 7 ou 8 carros da mesma linha em 5 minutos. Na Praia Grande há dois terminais fechados, os quais também tem como anexo rodoviárias – um em cada ponta da cidade, o Tude Bastos e o Tático, também conhecido como Vila Mirim, região na qual ela está in-serida. São 13 linhas operadas pela Piracica-bana, com apenas dois modelos de ônibus: Torino G7 e Sênior G7. O intervalo das linhas é razoável (o que destaco como negativo é a ausência da figura do cobrador). Quase todas as linhas intermunici-pais da Baixada são operadas pela Piracica-bana. Acho um pouco confuso o sistema, pois em alguns casos em vez dela usar o número oficial nas vistas – centenas na casa do 900 – usa números como 02, 04, 09, 10, etc. Sendo que há linhas municipais da cidade de Santos com estes mesmos números. Pelo menos o intervalo da maioria delas é menor do que o exposto no site da EMTU – mesmo assim as linhas que ligam Santos ao centro da cidade de São Vicente andam muito lotadas. A frota é quase toda composta de Torino G7, mas há Urbanuss Pluss ainda circulando. Em Cubatão a Piracicabana – Cu-batão deixou o sistema depois de assumir um modal que se assemelhava muito ao de São Vicente, com vans. Agora quem opera lá é a

Viação TransLíder, que pelo que vi na Via Anchieta e nos bairros encostados a ela, como a Cota 95, a Cota 200 e o Jardim Casqueiro, tem boa freqüência em suas linhas. Não vou ao Guarujá desde 2007, mas quando estive lá, a Translitoral operava o sistema urbano municipal com muitos Ur-banuss Pluss, e os terminais do Ferry-Boat e

de Vicente de Carvalho eram integrados. Não sei qual é o panorama atual na cidade. Na próxima semana vou escrever sobra o transporte rodoviário da Baixada San-tista depois da entrada da Viação Cometa no lugar da Expresso Brasileiro nas linhas para o ABC e para o Metrô Jabaquara. Até a próxi-ma.

COLUNISTAS William [email protected]

VIAÇÃO PIRACICABANA • A empresa opera as linhas urbanas das cidades de Santos e Praia Grande e as ligações metropolitandas entre essas cidades, inclusive São Vicente e Cubatão. Os modelos de ônibus são similares nessas cidades, padronizado em Marcopolo Torino com chassis Mercedes-Benz.

Luciano Roncolato

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Bons tempos

Diretamente doArquivo da Busscar

28/08/11 • REVISTAINTERBUSS12

S E U M U R A LFOTOS, EVENTOS, OPINIÃO E CARTAS

EXPONI 4

EM CURITIBAEm 2009 foi realizada a 4º edição da Exponi, na cidade de Curitiba. Em uma estação tubo da cidade fizeram a foto os seguintes colecionadores: John Berata, Sérgio Carvalho, Clebio Junior, Luciano Roncolato e Chailander Borges

Tempos áureos da Busscar

Thiago Bonome nos trás essa grande pérola diretamente dos arquivos damontadora Busscar, que deverá ter seus bens leiloados a qualquer momento para pagar dívidas trabalhistas. Bons tempos que não voltam mais.

Pesquisa da Semana

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ATÉ ONTEMESTAVA NO AR A SEGUINTE ENQUETE:

Você trocaria o ônibus de linha regular de seu bairro para andar em um veículo do trans-porte alternativo se esse fosse mais caro que o ônibus?

20% • Não

80% • Sim

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O dia de fazera diferença na Metra

Quem nunca tinha ido na garagem da Metra, em São Bernardo do Campo, a oportunidade foi nesse último domingo. A-berto ao público, quem chegou às 7 e meia da manhã teve café gratuito, pôde ouvir o depoimento da sra. Maria Beatriz Setti Braga (presidente da Metra), o cantor Frank Aguiar (vice-prefeito de São Bernardo do Campo), e outros ambientalistas. Inclusive até a jardineira da Auto Viação ABC estava presente no evento, junto com o motorista Laudelino. Na entrada, o pátio estava cheio de Caio Millennium Scania da série 54, a mais nova. Não foi difícil encontrar o pessoal, que estava em um lugar coberto. Ficamos lá no pátio até às 10 da manhã, e em seguida o público se dirigiu em um dos sete ônibus presentes no evento para levá-los ao plantio de árvores. Estavam os ônibus 5400, 5401, 5402, 5403, 5404, 5405 e 7725, identifica-dos com os dizeres “dia de fazer a diferen-ça”. Crianças até 12 anos permaneceram na garagem para a própria segurança, e a turma dos Busólogos foi direto ao ônibus 5403, junto com os funcionários da Eletra e de mais duas empresas. Na viagem, o grupo recebeu uma garrafinha de água (além da água propria-mente dita) e fomos em direção entre as paradas Itamarati e Bangu, em Santo André (duas paradas após o Terminal Santo André Leste). Ali viram várias mudas de árvores (cerca de 28), prontas para aterrar (já esca-vados), e cada uma junto com um pedaço de madeira que serve para segurar a árvore. Não demoraram muito para implan-tar as árvores no lugar, o grupo foi bastante rápido. No meio do caminho, não encon-tramos uma muda (subtraída entre sábado e domingo). Em seguida, esperamos a volta do ônibus às 11h30, em direção à parada Jardim do Mar. Como haviam muitos pais dentro daquele ônibus, o pessoal resolveu ir direto à garagem da Metra. No meio do caminho, vimos o trólebus 7301 e o híbrido 6000 car-regando as crianças para um passeio especial. Ao chegarmos de volta à Metra, fo-mos localizar o trólebus Cobrasma, um dos 46 veículos que ‘inauguraram’ o corredor de trólebus em 1988, e que hoje serve para treinamento de motoristas. Vimos também uma visão panorâmica de onde são guardados os diversos tipos de ônibus: elétricos, híbridos, a diesel e de diversos tamanhos, inclusive os de 15 metros e os articulados. Logo, fomos em direção à ampla área de manutenção da empresa, cujos pais foram

pegar as crianças ali no desembarque. Vimos alguns ônibus com o macaco hidráulico le-vantado a uma altura acima de um metro, o que deu para enxergar como é o ônibus na sua parte inferior. Enfim, o passeio terminou ali mesmo. Ao voltarmos a pé, encontramos sérias dificuldades para comprar o bilhete de volta para pegarmos o ônibus da Metra para Jabaquara. (OBS: estes ônibus ainda não têm validador de cartão para ônibus in-termunicipais, o BOM – bilhete ônibus me-

VIAGENS & MEMÓRIA Marisa Vanessa N. [email protected]

tropolitano). A partir da Parada CECOM, em São Bernardo do Campo, andamos mais de um quilômetro até os arredores da Parada Bom Jesus, em Diadema, onde compramos bilhetes, e de lá, fomos embora para a casa. Não é toda a empresa de ônibus que abre as portas ao público, infelizmente. A Me-tra é uma das referências do transporte urbano, e graças ao empenho da diretoria, todo o pú-blico pôde entrar na garagem, além de ajudar para a ampliação de árvores em torno do cor-redor. Parabéns a empresa!!

Marisa V

anessa N. Cruz

DIA DE FAZER A DIFERENÇA • O vice prefeito de S.B.Campo Frank Aguiar (ao lado da Maria Beatriz Setti Braga); Os ônibus que levaram aos lugares para o plantio e a plantação

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PULSANDONOVIDADESA edição 2011 da Feira Transpúblico, queaconteceu em São Paulo entre os dias24 e 26 de agosto trouxe muitasnovidades das montadorase das encarroçadorasde ônibus

PULSANDONOVIDADES

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MarcopoloViale BRT, um dos lançamentos

que mais chamaram a atenção dosvisitantes na Transpúblico 2011, em São Paulo

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A 3ª Feira Transpúblico 2011, re-alizada entre os dias 24 e 26 de agosto em São Paulo trouxe grandes novidades para o mercado de transporte coletivo no Brasil. To-dos os expositores apresentaram produtos no-vos, sobretudo para o segmento de urbanos, mercado esse que está bastante aquecido por conta da Copa de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Em comparação com a edição de 2009, a Transpúblico deste ano estava muito

mais organizada e com uma gama maior de produtos apresentados. As montadoras e as encarroçadoras investiram pesado em stands modernos e com muita pompa. A grande surpresa do evento ficou por conta da Marcopolo. Enquanto os visi-tantes esperavam a encarroçadora gaúcha apresentar a linha de carros altos da Gera-ção 7 de ônibus rodoviários, ela apresentou um novo conceito em ônibus urbano: o Viale BRT. Com um design arrojado e bem dife-rente de tudo que há no mercado brasileiro atualmente, o Viale BRT foi concebido para operação em corredores exclusivos com em-barque em nível. A unidade apresentada foi encarroçada em chassi Mercedes-Benz O-

• Luciano Roncolato [email protected]

• Fotos de Gustavo Bayde [email protected]

500MA. Ainda no mercado de BRT (sigla de Bus Rapid Transit - Ônibus de Trânsito Rápi-do) a Neobus apresentou seu Mega BRT, tam-bém com embarques em nível e nas versões articulada e biarticulada. Na mesma linha, porém para corredores de acesso simples, a encarroçadora fez o Mega BRS (sigla de Bus Rapid Service - Serviço de Ônibus Rápido). Duas unidades dele foram apresentadas: um de Porto Alegre e um do Rio de Janeiro. A Comil apresentou sua linha de urbanos remodelada. O Doppio, com novas linhas sobretudo na dianteira, estava encar-roçado sobre 28-330, o mais novo chassi da Volkswagen. Outro produto interessante da

Chassi O-500MDA, o grandelançamento da Mercedes-Benzpara o mercado de BRT no Brasil

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Comil foi o Svelto Piso Baixo. O design do carro ficou muito interessante e também com detalhes diferentes do Svelto convencional. A Caio levou a terceira versão do seu urbano motor traseiro: o Millennium. As maiores mudanças ficaram mesmo para a parte traseira do carro, cuja tampa do motor ganhou novas linhas. Na dianteira, a tampa de linhas retas ganhou traços arredondados, de-ixando o desenho mais harmonioso. A monta-dora paulista também levou o seu modelo di-rigido ao público do fretamento, o Solar Foz, encarroçado com chassi de motor traseiro. A Mascarello fez o grande lança-mento de seu mais novo ônibus rodoviário, o Roma 370. Seguindo as tendências de linhas

curvas, o Roma 370 chamou muito a atenção de quem estava presente no evento. Além do design externo bastante moderno, a parte in-terna também agradou bastante. Não perde em nada para modelos que estão no mercado há mais tempo. As montadoras também trouxeram grandes novidades para a Transpúblico. A MAN, detentora da marca Volksbus no Bra-sil, mostrou sua nova linha de chassis para os mais diversos segmentos. A intenção é entrar mais agressivamente no mercado com produ-tos de linha premium. Outro produto da MAN exposto na feira era o monobloco europeu Lion’s City que fará testes na Metra, em São Bernardo do Campo e deverá ainda ser con-

vertido para trólebus. A Scania apresentou soluções para BRT no Brasil. Entre os modelos expostos es-tava o Marcopolo Gran Viale K310 de quatro eixos, que tem 1,7 metros a mais que um ar-ticulado comum. Também foram apresenta-dos o K270 de 15 metros e piso baixo, e uma outra versão com apenas dois eixos e também piso baixo. A Volvo estava centrada em seu produto mais novo, que é o B270F, chassi de motor dianteiro com motor MWM. Uma unidade de Irizar Century encarroçada com o novo chassi estava exposta. De acordo com a montadora, várias unidades já foram com-ercializadas e ela chegou para brigar com os

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outros chassis da mesma categoria. O valor de venda está entre o do líder e o do vice-líder. A Mercedes-Benz apresentou sua nova linha de chassis para ônibus urbanos, rodoviários e de fretamento. Totalmente re-modelada, a linha da montadora alemã trouxe como grande novidade o O-500MDA, seu articulado com quarto eixo direcional e 23 metros de comprimento. Há também a opção do O-500UDA, com piso baixo. O MDA foi concebido para operação em corredores BRT. A linha da Mercedes-Benz foi atualizada para atender às exigências do Proconve 7 e ficou assim: o LO 915 virou LO 916 (motor OM 924 LA de 156cv), o OF-1218 virou OF-1219 (motor OM 924 LA de 185cv), o OF-1418 vi-rou OF-1519 (motor OM 924 LA de 185cv), o OF-1722 virou OF-1721 (motor OM 924 LA de 208cv), o OH-1518 virou OH-1519

(motor OM 924 LA de 185cv), o OH-1622L virou OH-1621L (motor OM 924 LA de 208cv), o O-500M urbano e rodoviario e o O-500U ganharam motor OM 924 LA de 256cv, o O-500 MA ganhou motor OM 457LA de 354cv, o O-500R ganhou motor OM 926 LA de 306cv, o O-500RS ganhou motor OM 457 LA de 354cv e o O-500RSD e o O-500RSDD ganharam motores OM 457 LA de 354cv e > 400cv. Foram lançados os chassis OF-1724 com motor OM 926 LA de 238cv e os O-500UDA e O-500MDA, com motor OM 457 LA de 354cv. Entre outros presentes estavam o hí-brido Volvo B5L na carroceria 7700, veículos do programa Caminho da Escola, a Irizar com seus produtos Century e PB, vários fornece-dores de peças, produtos para ônibus, equi-pamentos, revendas de ônibus usados e im-prensa especializada.

MERCADO PREPARADO • Acima, o Comil Svelto Midi e o modelo escolar da Mascarello. Ao lado, os modelos Mega BRS e BRT já comprados pelas cidades de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Curitiba. A diferença entre os dois modelos é o sistema de embarque: no BRT é em nível, e no BRS é rente à calçada simples

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A TRANSPÚBLICO EM FOTOS • Àesquerda, o novo Comil Doppio, com design diferenciado. À direita, o monobloco da MAN, Lion’s City, veículo que está em testes na Metra, de São Bernardo do Campo. Abaixo, da esquerda para a direita: o grande lançamento da Mascarello, o Roma 370, já com a pintura do Expresso Nordeste, a primeira empresa a comprar, Gran Viale com chassi Scania K270, para soluções em BRT, traseira do Viale BRT, o maiorlançamento da Marcopolo nos últimos tem-pos e que surpreendeu a todos na feira. Na linha de baixo, da esquerda para a direita: o Caio Solar Foz encarroçado em chassi de motor traseiro, apresentado como solução do mercado de fretamento, superlançamento da Volvo, o seu chassi demotor dianteiro, B270F, com carroceria Irizar Century, para demonstração também como solução para o mercado defretamento, e por fim o novo Caio Millenni-um. A carroceria desenvolvida para chassis de motorização traseira ou central, ganhou novo design e novas linhas.

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T R O N C A L I Z A Ç Ã O H O R T O L Â N D I A

Um debate importante vem tomando força nas cidades da região de Campinas. A sobreposição do transporte coletivo e metro-politano – problema causado principalmente pela inércia da construção do famoso Corre-dor Metropolitano Noroeste – pode parecer algo bom para o passageiro, contudo, o que se esquece de mostrar é que ele acaba pagando mais caro para ser transportado. Diante de itinerários idênticos, as empresas municipais acabam colocando menos horários, devido à baixa demanda de usuários, que acabam op-tando pelos metropolitanos, com frequência maior. A onda contra a sobreposição começou em Santa Barbara d’Oeste, passou por Americana, Nova Odessa e agora chegou até Hortolândia. A maioria das cidades já está trocando o sistema de permissão, que estão chegando ao fim, pela concessão. Sabemos que na prática, as vencedoras sempre acabam sendo as permissionárias, não se sabe por qual mágica, mas ao que parece, elas estão mesmo interessadas em dar mais conforto e comodidade aos usuários, por meio de proje-tos muito bem estudados com as prefeituras, secretarias de transporte e mobilidade urbana e empresas especializadas em elaboração de planos diretores. Vide Monte Mor, que após anos tendo apenas uma linha urbana, agora conta com um transporte eficiente e integra-do. No dia 12 de agosto, foi realizada

em Hortolândia uma audiência pública para apresentar o Plano Diretor do Transporte e as diretrizes da concessão do transporte público, que deve ter a licitação aberta em setembro. O atual contrato com a Viação Boa Vista, o-peradora no município desde os anos 90, a-inda sobre o domínio do grupo Capriolli, hoje também incorporado ao grupo Rápido Luxo Campinas, vence no mês de dezembro. A in-tenção da prefeitura é conhecer a vencedora até novembro, tempo suficiente para as tradi-cionais impugnações de edital, resultados e homologação do certame. Hoje, o sistema de transporte mu-nicipal conta com 10 linhas e a frota é de 32 veículos, entre midis e convencionais, sendo três deles reservas. A tarifa cobrada é de R$ 2,30. A principal reclamação dos usuários são os horários – em algumas linhas o intervalo chega a uma hora – a conservação dos veícu-los, itinerários que ligam o nada ao lugar ne-nhum e a falta de atendimento a diversos bair-ros. Cerca de 7 mil pessoas são transportadas por dia pelos veículos da Boa Vista. Atual-mente as linhas metropolitanas e urbanas são 100% sobrepostas. A deficiência faz com que 11 mil pessoas optem por um dos 180 veícu-los que circulam pelo transporte metropolita-no, em 16 linhas da Boa Vista e duas da Auto Viação Ouro Verde, pagando uma tarifa mais cara, hoje variando em R$ 2,90 e R$ 3,10. O estudo que resultou no Plano Dire-tor do Transportes e nas diretrizes da licitação começou em 2010, traçando as deficiências, como fortalecer o sistema e permitir o acesso de mais usuários. Ele sugere a extinção de

• Anderson [email protected]

linhas metropolitanas e a incorporação destes itinerários pelas linhas do transporte coletivo municipal de Hortolândia. Estas alterações já foram debatidas com a EMTU (Empresa Metropolitana de Transporte Urbano) e já há uma ordem de serviço para a extinção de quatro itinerários metropolitanos: Nova Hor-tolândia, Taquara Branca e Parque Orestes Ôngaro, além do seccionamento das linhas que vão para Sumaré no Terminal Metropoli-tano. Hoje elas têm ponto final no Jardim Ro-solen e Jardim Amanda. As primeiras alterações, segundo o secretário de Planejamento Urbano Ronaldo Alves dos Reis, dependem de análise do atual contrato de concessão para passarem a vigo-rar. “Tirando os veículos metropolitanos, pre-ciso ver se o atual contrato nos permite solici-tar da Viação Boa Vista a colocação de mais ônibus para suprir estes itinerários que pas-sam a ser do município”, disse. Caso não seja possível, as primeiras alterações entram em vigor a partir de novembro. A vencedora da licitação municipal vai assumir o transporte Com 44 veículos, sendo 20 normais adaptados a portadores de necessidades espe-ciais e 24 midis. A concessão será por 10 anos e a vencedora deverá construir 100 abrigos e duas estações de transferência, na Rua Cuba e Parque Pinheiros. Já o sistema metropolitano passará a ter 85 veículos, sendo 29 articula-dos e 56 convencionais, distribuídos em 11 linhas. As 10 linhas atuais serão mantidas, só que com novos itinerários, e serão criadas quatro linhas novas. Algumas delas vão ope-rar em corredor exclusivo e por isso deverão ter portas do lado esquerdo do veículo. Isso pode significar que parte dos veículos que de-ixarem as linhas metropolitanas, sejam incor-porados nos itinerários urbanos, caso a Boa Vista passe a operar esses itinerários ainda na permissão e – o que fatalmente ocorrerá – ao ganhar a licitação. Todas as alterações e fim das sobreposições deverão ser implantadas em até um ano e meio. As linhas da EMTU que atendem a região do Jardim Amanda e Jardim Rosolen vão permanecer diretas até Campinas e as que atendem hoje bairros como Parque do Horto, Boa Esperança, Jardim Minda e região cen-tral de Hortolândia passarão a contar com o transporte coletivo municipal, integrando nas estações e terminais a serem construídos e deles partirão linhas diretas até Campinas. Os usuários pagarão apenas o complemento da tarifa metropolitana, ou seja, se ele pagou R$ 2,30 no trajeto urbano, pagará apenas R$ 0,60 ou R$ 0,80 quando embarcar no metropoli-tano. No sentido inverso, ela será gratuita. A integração se dará por meio de bilhete ele-trônico.

Reorganização das linhas da EMTU-Campinas em debate

Mudanças

Cidade de Hortolândia deverá ter sistema troncalizado na ligação com Campinas e integrado com o transportemunicipal. As discussões já começaram e o primeiromodelo foi apresentado à população

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A troncalização, com viagens di-retas e sistema integrado, é essencial para a eficiência dos dois sistemas. Os intervalos de algumas linhas municipais, que hoje giram em torno de uma hora, cairão para 10 minu-tos, em média. As alterações levam em conta um prazo de 10 anos. A licitação tem como objetivo trazer ônibus que garantam a aces-sibilidade no transporte coletivo, hoje restrita a apenas um veículo, que opera na linha do Jardim Amanda. Caso a Prefeitura verifique deficiência nas linhas em operação, poderão ser feitas adequações, de acordo com a de-manda de cada uma. Além dos fiscais de rua, o sistema será fiscalizado e gerenciado por GPS, emitindo relatórios internos para saber horários e percursos cumpridos e, com isso, punir eventuais infrações.

COMO FICA As mudanças propostas para as linhas de HortolândiaLINHAS URBANAS 1 - Teminal Metropolitano - Estação de Transferência Rua Cuba (Jardim Santa Clara) 2 - Terminal Metropolitano – Parque do Horto 3 - Parque do Horto – Estação Pinheiros (AV. Emancipação) 4 - Jardim Nova América – Jardim Adelaide 5 - Jardim Amanda – Jardim Adelaide 6 - Parque do Horto – Terminal Metropolitano (caminho 2) 7 - Terminal Metropolitano – Estação de Transferência Rua Cuba (caminho 2) 8 - Jardim Amanda – Terminal Metropolitano 9 - Taquara branca - Terminal Metropolitano 10 - Jardim Aline – Estação Pinheiros 11 - Terminal Metropolitano - Estação Pinheiros 12 - Jardim São Bento – Jardim Adelaide 13 - Parque Orestes Ôngaro – Terminal Metropolitano 14 - Terminal Metropolitano – Jardim Adelaide METROPOLITANO 656 - Terminal Metropolitano Hortolândia – Terminal Rodoviário Sumaré 700 - Jardim Amanda II – Terminal Metropolitano Campinas 701 - Jardim Amanda I – Terminal Metropolitano Campinas 703 - Jardim São Sebastião – Terminal Metropolitano Campinas 704 - Jardim Sumarezinho – Terminal Metropolitano Campinas 705 - Jardim Rosolen – Terminal Metropolitano Campinas 706 - Chácaras Assay – Terminal Metropolitano Campinas 707 - Jardim Nova America – Terminal Metropolitano Campinas 739 - Jardim Amanda II – Campinas Shopping *

TRONCAIS 741 Terminal Metropolitano Hortolândia - Terminal Metropolitano Campinas 702 Terminal Metropolitano Hortolândia - Terminal Metropolitano Campinas Extintas: 694-695-696-697-697 EX2-698-699*Esta linha deverá deixar de passar pelo Centro de Hortolândia, indo direto até o Jardim Rosolen pela SP-101.

MUDANÇAS • Ônibus que faz linha metropolitana entre Campinas e Hortolândia

Luciano Roncolato

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Comprovado e testado: aplicativos móveis podemfacilitar a vida de quem usa o transporte público

Em outros artigos, já foi citado que várias cidades europeias possuem sites e aplicativos móveis que facilitam a vida do usuário do transporte público. E, como o leitor deve saber, o colunista desta seção foi para a Europa e pôde conferir a eficácia des-sas facilidades. Em Colônia, na Alemanha, primeira cidade visitada, havia um certo receio sobre como usar o transporte público, mais pela fal-ta de informações em inglês no site da KVB, estatal que administra e opera o sistema de tramways e ônibus. O “como usar” continuou uma incógnita com poucas respostas, mas o “como chegar” em qualquer lugar foi muito fácil de consultar. A única seção em inglês do site da KVB é a de consulta de como chegar em qualquer lugar da cidade, colocando in-formações de origem, destino, data e hora do deslocamento. Além disso, a associação re-gional de transporte, VRS (Verkehrsverbund Rhein-Sieg), oferece um aplicativo gratuito para aparelhos com o sistema operacional Android. Por meio dele, é possível fazer con-sultas de origem e destino, inclusive podendo usar o próprio GPS para colocar o ponto ini-cial, e visualização do mapa do transporte ferroviário da região. É uma enorme mão na roda. A própria existência do mapa offline ajuda bastante, já que não há muitos pontos de Wi-FI aberto. Além disso, para pesquisa de horário de trens da Deutsche Bahn, há o apli-cativo para Android chamado DB Navigator. Trata-se de um aplicativo bastante simples, pelo qual é possível consultar o horário dos trens. Colocando a estação de origem (ou endereço), de destino, data e hora, é possível consultar as opções com horário de partida mais próximo. Colocando algum endereço conhecido pelo programa, ele indica inclu-sive linhas municipais de ônibus e tramway para chegar até a estação de trem. Além disso, é possível consultar as próximas partidas de uma determinada estação. Ou seja, é uma óti-ma ferramenta para andar de trem pela Ale-manha. Se na Alemanha já pareceu tudo muito fácil, em Paris (França) isso foi eleva-do exponencialmente. A RATP, empresa que opera todo o transporte da cidade, oferece dois aplicativos para Android: o “RATP: Par-is Metro” e o “RATP Lite: Paris Metro”. Em suma, os dois são muito parecidos, sendo que a diferença é que o primeiro é mais completo. Porém, ambos são gratuitos, ficando a crité-rio do usuário escolher o que mais se encaixa

nas suas necessidades e no seu smartphone. Não tem internet? O aplicativo oferece mapas da rede ferroviária completa, do metrô, das principais linhas de ônibus da cidade (em dias úteis e domingos), do serviço noturno de ônibus Noctilien e dos acessos aos aero-

portos Orly e Charles de Gaulle. Porém, não ter internet em Paris é algo bastante difícil. A Prefeitura de Paris fornece gratuitamente hotspots de Wi-FI por todas as praças da ci-dade. Hotéis e estabelecimentos comerciais também oferecem pontos de Wi-FI gratuitos

PARADA DIGITAL Fábio T. [email protected]

APLICATIVOS • Da esquerda pra direita, de cima pra baixo: VRSInfo, LondonUnderground Free, DB Navigator e RATP

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Foi lançado o Caio Carolina III com

chassi Mercedes-Benz para o City Bus Simu-

lator 2010. Ele vem com duas pinturas, da

chilena Liserco e da MTA (de Nova York).

As imagens usadas do modelo no jogo são da

equipe CBS-Chile (que desenvolveu o mode-

lo) e foram retiradas do site da equipe (http://

cbs-chile.es.tl/Inicio.htm).

O download pode ser feito através do link:

http://cbs-chile.es.tl/Caio-Carolina-III.htm

NÃO DEIXE DE DAR UMA OLHADA NOCaio Carolina III (para City Bus Simulator 2010)

e abertos. Com internet, é possível fazer uma pesquisa de origem e destino no aplicativo, que indica quais linhas pegar. Além disso, é possível consultar os próximos horários de pas-sagem de uma linha de ônibus, metrô, RER ou tramway em uma estação qualquer, e também informações sobre a situação das linhas (infor-mações sobre interdições de estações, avisos de atrasos por causa de obras, etc.). Tudo muito bem integrado, tornando o aplicativo um verda-deiro centro de informações ao usuário. E tudo funciona de verdade. Já em Londres, a Transport for Lon-don (TfL), que coordena os transportes da ci-dade, não possui aplicativo para Android, mas oferece um site móvel bastante leve e adaptado aos smartphones, com apenas itens básicos,

dando ênfase à consulta de itinerário (origem/destino). Porém, é possível encontrar na An-droid Market alguns aplicativos gratuitos feitos por terceiros. O aplicativo “London Under-ground Free” merece destaque por ter um ex-celente conteúdo totalmente offline, sem neces-sidade de conexão com internet, algo que não é fácil de achar gratuitamente. Com um simples mapa do extenso metrô londrino e um sistema de pesquisa de itinerário estação-a-estação, é possível se virar muito bem. Uma iniciativa in-teressante é o mapa de minutos, que é um mapa que mostra a distância em minutos de cada es-tação com uma que o usuário seleciona. Além disso, por meio de conexão com a internet, é possível consultar pelo aplicativo as condições de operação de todas as linhas de metrô.

Como você pôde ver, informação é o que não falta ao usuário, mesmo em um smart-phone. Com muita facilidade, pude me deslo-car pelas três cidades, sem ficar perdido, sem enfrentar problemas. Por incrível que pareça, não fiquei perdido em nenhuma das cidades. Logicamente, Paris ganhou pela facilidade de achar informações em um único aplicativo móvel. Porém, as outras cidades não ficaram muito para trás, afinal, se compararmos com as cidades brasileiras, estão muito a frente. A fa-cilidade de informação e de auto-orientação é algo que faz parte da mobilidade urbana, mas as cidades brasileiras não vêem isso. Se isso já pode fazer falta para quem usa diariamente o trans-porte público, imaginem para quem chega na cidade sem saber um pingo do que é o sistema?

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Mais uma tentativa de desmoralizaçãocom ataques infundados e falsos

Na semana passada o site Por-tal InterBuss foi mais uma vez vítima de ataques infundados. Um vídeo com acusa-ções esdrúxulas foi colocado no ar por uma pessoa que não se identificou (como sempre acontece nas “denúncias” contra o Portal InterBuss). O link desse vídeo foi postado em uma foto de um Paradiso G7 1600LD da Brasil Sul no site Ônibus Bra-sil. No vídeo, o autor reclama da falta de ética da equipe do Portal InterBuss por ter pedido um veículo da Brasil Sul em 2008 para uma matéria na rodoviária de Lon-drina, e depois em 2011 teria insultado a empresa no vídeo do desfile da nova frota da Viação Garcia. Ainda disse que o Por-tal InterBuss não teria moral nenhuma para falar sobre outros colecionadores se sua própria equipe age como alguns deles. Com isso, redigi uma carta e publiquei no Ônibus Brasil, na mesma foto onde estava o link do vídeo. Segue abaixo a íntegra da carta:

“Antes de comentar esse lamen-tável vídeo optei por consultar o jurídico

do Portal InterBuss e fui orientado a escla-recer os fatos aqui mesmo, apesar de não ser o local mais apropriado. Primeiramente gostaria de esclarecer que o Portal Inter-Buss não é uma equipe, como outras que povoam este site. O Portal InterBuss é um site, com conteúdo voltado a pessoas do setor de transportes, colecionadores, em-presários, poder público e qualquer outra pessoa que se interesse pelo assunto ôni-bus. Temos colaboradores que auxiliam na manutenção do site, como parte tecnológi-ca, layout, galerias, revista, setoristas e outros. Todas essas pessoas dependem de uma autorização minha para usar o nome do site para qualquer coisa, seja para uma matéria, seja para alguma foto. Por isso não nos enquadramos como uma equipe, e sim apenas como um simples site. Estamos no ar desde dezembro de 2000 e sempre renovamos nosso con-teúdo, com o objetivo de levar ao nosso público um produto de qualidade. Nosso forte sempre foi a publicação de fotos. No ano passado criamos a Revista InterBuss como um diferencial e um algo a mais a

oferecer ao público. Rapidamente a publi-cação ganhou o respeito do mercado e está em evidência, sempre trazendo fatos inter-essantes e em primeira mão. Bom, mas vamos então ao vídeo postado. Vou começar pelo vídeo de 2008. Na ocasião, um grupo de busólo-gos de Londrina foi chamada por uma TV local para dar uma entrevista sobre o hob-by, e o carro escolhido para tal matéria foi um da Brasil Sul, que cedeu o carro gentil-mente. Em troca, a empresa teria exposta sua marca gratuitamente na TV pelo tempo na matéria. Durante a matéria, o site Por-tal InterBuss foi mencionado pelos par-ticipantes, entre eles o londrinense David Arthur, que está no vídeo, porém não há nenhuma ligação entre quem deu a entre-vista e o site. O site foi citado por na época ser um dos que mais estavam em evidência no hobby, da mesma forma que poderiam ter sido citados outros sites da época. Da-vid nunca fez parte dos colaboradores do Portal InterBuss e, como disse, mencionou o site apenas por ser um dos mais em evi-dência, nada mais.

HOBBY & DIVERSÃO Luciano [email protected]

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Quanto ao vídeo do desfile da Viação Garcia, a ligação entre o que foi supostamente falado e os colaboradores do site é no mínimo infame. Os colaboradores do Portal InterBuss, inclusive eu, estáva-mos no LD da Empresa Princesa do Ivaí, e não no da Viação Garcia, que é de onde veio a tal voz chiada que supostamente insulta a empresa concorrente, no caso a Brasil Sul. O LD da Princesa do Ivaí lo-calizava-se ainda atrás do da Viação Ouro Branco na fila, ou seja, uma distância ab-surda. A tentativa de ligar os colaborador-es do Portal InterBuss às supostas vozes é totalmente descabida e impossível. Sobre a matéria na Revista Inter-Buss, o texto foi escrito pelo amigo Cicero Junior, como consta no topo da matéria, e revisada por jornalistas. O texto mostrou como foi o evento em si, relatando todos os principais fatos com muita responsabi-lidade. Não há nada omitido ali e a matéria ficou muito boa. Não é a primeira vez que pessoas anônimas tentam desqualificar ou des-moralizar o sério trabalho realizado pelo Portal InterBuss, trabalho esse reconhe-cido por diversas personalidades do setor de transportes, órgãos reguladores, em-presários e sobretudo os colecionadores sérios e responsáveis. O mais curioso dis-so é que sempre são anônimos que fazem essas tentativas pífias. Se tais fatos são verdadeiros, porque não mostrar a cara? Será medo de lançar ao vento tantas di-famações e depois se esconder no anoni-mato com medo de ser desmascarado por ter inventado tais mentiras? Nos últimos anos foram várias essas tentativas. Outra curiosidade é que os ataques ao Portal In-terBuss e à minha pessoa em específico cresceram bastante coincidentemente de-pois da abertura da minha conta aqui no Ônibus Brasil, que ocorreu em maio deste ano. Se o problema é eu postar aqui, para mim não há problema, eu apago as mais de mil fotos que publiquei aqui nesse tempo e fecho minha conta. O hobby para mim não gira em torno apenas de foto, porém achei legal eu divulgar um pouco do que tenho aqui, e ainda trouxe mais colabora-dores do Portal que também resistiam em entrar para o Ônibus Brasil, e todos estão aqui, com suas galerias e postando quase que diariamente. Seria inveja? Mas inveja do que? Só porque posto fotos todos os dias? Só porque procuro manter um pa-drão de publicação? Se o problema é esse, eu paro de postar aqui, isso não é nenhum problema pra mim. O problema é pessoas desqualificadas tentarem manchar um tra-balho feito à anos com mentiras e sem temer sanções jurídicas, da mesma forma

que a maioria dos usuários aqui acham que empresários não acessam aqui o site, e por isso falam mal de diversas empresas, muitas vezes com palavras de baixo calão. Ledo engano, pois o que há mais aqui são empresários monitorando o que se passa a todo momento, da mesma forma que tem no Portal InterBuss e em outros sites simi-lares. Espero ter esclarecido os fatos aqui e nosso jurídico já está encaminhando as medidas cabíveis contra esse vídeo. Ah! E assim também podemos ver quem são os colecionadores de caráter e os corneteiros que estão povoando o hobby hoje. Ainda bem que a maioria é de muito caráter e os parabenizo por isso. Talvez seja por isso que ainda temos um resto de esperança na salvação deste hobby que hoje encontra-se em tão baixo nível, jogando-se uns con-tra os outros e passando rasteira em todos. (...)”

Essa carta foi apagada minutos depois de ter ido ao ar, provavelmente pela moderação do site Ônibus Brasil, por isso republicamo-a aqui para que todos ten-ham acesso ao conteúdo e a verdade dos fatos. Após a publicação, o autor do vídeo se identificou como funcionário da Brasil Sul e que estava incomodado com a baru-lheira que foi feita pela Garcia na porta da garagem no desfile, e que se eu tivesse que processar alguém teria que ser o pessoal do vídeo de 2008, pois eles falaram que eram donos do Portal InterBuss. Respon-di que o processo deveria continuar nele, pois fez uma acusação infundada sem apu-rar os fatos. Logo depois, a conta falsa no You Tube e o vídeo foram removidos. Ou seja, foi realmente mais uma acusação sem fundamento nenhum. Não é de hoje que pessoas tentam derrubar a reputação do Portal InterBuss e seus sites coligados, sempre com denúncias sem fundamento e ataques anônimos.

O mais curioso foi que algumas pessoas, sobretudo dos Estados do Piauí, Bahia e São Paulo, acreditaram nessa falsa história e passaram a se dedicar a espa-lhar esse vídeo e a me criticar, que eu não teria moral para abordar certos assuntos em minha coluna. Gostaria de saber agora como está a moral dessas mesmas pessoas hoje, já que a história foi desmentida. É mais uma prova de quem algumas pessoas estão no hobby apenas para tumultuar e querer fazer intrigas, ao invés de quererem ajudar o crescimento da atividade. Não darei os nomes das pessoas mais ácidas e que tentaram colocar o meu nome na lama, mas com certeza eles estão lendo aqui e sabem que falo dos próprios. Só digo uma coisa: lamentável essa atitude. Acreditam em tudo que falam e não perdem a opor-tunidade para fazer fofoca bem no estilo Nelson Rubens, da TV. A máscara uma hora cai, e a de vocês, caiu. Aproveito a oportunidade para agradecer aos amigos que me auxiliaram nesses dias para restabelecer a verdade, que estiveram ao meu lado apoiando nessa mais nova tentativa frustrada de desmo-ralizar o Portal InterBuss. É assim que reconhecemos as pessoas sérias que ainda fazem parte da parte boa do hobby, que pra mim ainda é a maior. E repito o que já disse aqui neste espaço uma vez: mui-tos começam no hobby e ficam por pouco tempo. E assim continua acontecendo. Colecionadores que começam, entram pra tumultuar e alguns anos depois simples-mente desaparecem, desistem do hobby ou procuram outra atividade.

* * *

Na próxima edição, junto ao Es-pecial Transmilenio, farei uma coluna es-pecial com esclarecimentos sobre alguns mal entendidos que estão circulando pela internet há alguns dias. Fiquem ligados!

MEU TWITTER •Colecionar fotos de ônibus é coisa dopassado. A moda agora é, espionar a vidapessoal dos outros!

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D O S S I Ê S Ã O J O S É D O R I O P R E T O

No dia 23 de maio deste ano, quan-do a prefeitura municipal de São José do Rio Preto, divulgou as Empresas ganhadoras da licitação, para as linhas urbanas da cidade, nós daAPBus Noroeste decidimos produzir uma série de reportagens sobre o assunto. Desde maio nós tentamos falar com as empresas para que explicassem o novo sistema, infelizmente a Circular Santa Luzia vencedora do lote 1 com 64% das linhas não quis falar com nos-sa equipe. Por telefone o chefe de trafego da empresa o Sr. Euclides Spatti informou estar proibido de falar com a imprensa e mostrar a nova frota, por determinação da diretoria da empresa e também do prefeito o Sr. Val-domiro Lopes. Já o Expresso Itamarati aceitou a nossa proposta de reportagem e nos recebeu há algumas semanas, falamos também com o vereador Marco Rillo que atua constantemente no auxilio da população em busca de um trans-porte melhor. Sr. Gentil, diretor do Expresso Itamarati. Na manhã do ultimo dia 16, o diretor do Expresso Itamarati recebeu a equipe da AP-Bus Noroeste, para uma entrevista sobre algu-mas mudanças que estão acontecendo na em-presa. Entre os assuntos abordados o Sr. Gentil falou sobre as licitações pelas quais a empresa esta participando e as renovações de frota, en-tre outros assuntos que você acompanha aqui na Revista Interbuss. Começamos falando sobre o novo

sistema de transporte coletivo de São José do Rio Preto, que foi dividido em dois lotes. A I-tamarati venceu a licitação para o segundo lote com a oferta R$ 3,9 milhões e agora aguarda para assumir as 20 linhas.

Transporte Urbano:

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Quais as expectativas da empresa para esse novo sistema urbano que esta sendo implantado na cidade?Gentil:Olha a nossa expectativa é muito boa, a prefeitura fez um projeto que visa, antes de mais nada tomar pé do sistema. O histórico de Rio Preto sempre foi da empresa operadora gerir o sistema e o que a prefeitura ta fazendo é trazer pra ela essa responsabilidade, o que é correto. Na verdade o serviço público de transporte ele tem que ser gerido pelo poder público, as empresas elas são prestadoras de serviço, a gente cumpri ordem de serviço, não deve ficar a cargo das empresas tomar de-cisões de quais as linhas que devem ser real-izadas, qual a quantidade de horários deve ser estabelecidos. Isso é papel do poder público e esta sendo feito pela prefeitura hoje. Alem disso esta sendo contemplada a situação de rastreamento de toda a frota. Rio Preto vai ter um sistema de rastreamento de frota, que vai permitir realmente ao poder publico controlar se os horários estão todos sendo cumpridos, se esta tendo atraso de horário e tudo mais. Podendo evoluir até para um situação, que a-inda não esta prevista, mas que vai estar muito

próximo, onde o próprio passageiro vai visu-alizar a chegada do ônibus, quanto tempo esta faltando pro ônibus dele chegar. Tem tambémo sistema de câmeras, são três câmeras pra to-dos os carros do sistema; isto também vai au-mentar a segurança do passageiro e você traz com isso uma condição de acompanhamento de lotação do ônibus, como o serviço esta sendo prestado e, eu acho isto até muito legal. E esta contemplado neste projeto da prefeitura também, uma série de mudanças no transito da cidade, com algumas faixas exclusivas, com modificações no terminal central, de maneira a você buscar um aumento da velocidade mé-dia desses veículos e portanto uma redução no

As licitações e as novidades que movimentam o transporte

Expresso Itamarati

São José do Rio Preto realizou recentemente processolicitatório que acabou com o quase monopólio da Circular santa Luzia na cidade e deu metade das linhas para o ExpressoItamarati. Diretor da empresa concedeu entrevista à APBUs Noroeste e falou também da licitação da ANTT• Aislan [email protected]

NOVA FROTA • Expresso Itamarati abriu suas portas à APBus Noroeste para apresentação de sua nova frota rodoviária e urbana; em breve, novos veículos double-decker chegam

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tempo de viagem. Então eu acho que por todo o investimento que esta sendo feito no sistema, pelas empresas e pela prefeitura eu acho que a gente vai ter uma boa operação.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: E o sistema de rastreamento e das câmeras é por conta das empresas?Gentil: Pelas empresas, isso tava contemplado no objeto do edital, então as empresas se com-prometeram a fazer esse investimento todo, in-clusive em frota. A Itamarati por exemplo, esta adquirindo. No nosso lote são 73 veículos, nós adquirimos 63 novos e 10 nós conseguimos adaptar, eles eram carros muito novos, ano

2010 e estão sendo adaptados pro modelo do edital e os outros 63 são carros novos. Então o investimento total no sistema vai ser bastante grande.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: A prefei-tura determinou que as empresas teriam 120 dias pra se adequarem. O senhor acha que este tempo é suficiente para assumir as linhas?Gentil: Eu acho que é suficiente, na verdade esta marcada já a data de inicio da operação. para 2 de novembro. Então a data já foi esta-belecida pela prefeitura, eu acho que da pra fazer é suficiente, nós já começamos a receber os carros e a gente imagina que até o final de

setembro, os carros já estejam todos prontos.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Como a empresa esta se adaptando para essas novas linhas, em relação a estrutura da garagem, e a quantidade de funcionários?Gentil: Nós temos uma área ali próximo da rodoviária no centro, na rua Pedro Amaral e no comecinho de setembro a gente vai começar a preparar essa área pra recebe parte dos car-ros, parte virá pra cá (Garagem-sede), por que lá não vai ter sistema de lavagem de veículos, então a lavagem vai ser feita aqui, mas parte vai ficar lá mesmo próximo da rodoviária. A parte de contratação nós já estamos com um

ESTA MATÉRIA FOI PRODUZIDA PELA APBUS NOROESTEA

islan Nascim

ento

NOVA FROTA • Expresso Itamarati abriu suas portas à APBus Noroeste para apresentação de sua nova frota rodoviária e urbana; em breve, novos veículos double-decker chegam

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quadro previsto e estamos com uma parceria com o SEST/SENAT de formação de moto-ristas. Hoje o mercado é carente de motoristas, então agente tinha essa parceria com o SEST/SENAT e eles estão montando um grupo de treinamento, para preparar o motorista, habili-tar eles pra esse tipo de operação e a nossa ex-pectativa é começar essas contratações no mês de outubro.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: O que o senhor acha da redução da tarifa dos atuais R$ 2,30 para R$ 2,10 como prevê a prefeitura? O subsídio será suficiente?Gentil: É, isto estava previsto no edital. Na verdade a tarifa técnica encontrada pela pre-feitura no projeto dela é de R$ 2,43 e ela vai subsidiar com R$ 0,33. Pelo que eu tenho conhecimento, neste ano os recursos virão da própria outorga que as empresas pagaram e pro ano que vem a prefeitura deve colocar no orçamento.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: O se-nhor acha que o segundo lote foi desfavore-cido por ter muitas linhas periféricas e muitas que passam em estradas de terra?Gentil: Não, eu acho que não. A receita vai ser arrecadada por um consórcio; e a partici-pação da receita de cada empresa já esta fixada pelo edital então, no caso da Itamarati ela vai ficar com 32,2% da receita do sistema, inde-pendente de quanto se arrecadou nas linhas da Itamarati ou nas linhas da Santa Luzia. A participação da receita feita pelo consórcio, já esta fixada no edital. A questão de você ter linhas mais periféricas ou com mais terra, isto de receita não vai ter influencia nenhuma, você pode talvez ter um pouquinho de aumento de custo. Por outro lado nós temos algumas linhas que rodam em rodovia, que são as linhas que fazem Eng.Schimidt e Vila Toninho, alguns itinerários são pela rodovia, isto também traz uma redução de custo, por que você tem me-nos troca de marcha e o carro desenvolve uma velocidade melhor. Nós fizemos essa analise na época da proposta e entendemos que isto não vai comprometer não.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Os car-ros que atualmente rodam nas linhas urbanas da empresa eles continuam no novo sistema?Gentil: Nós temos hoje 19 carros que operam em Rio Preto, desses serão aproveitados só 10 carros, que foram os últimos que nós compra-mos. Eles vão ser adaptados com a 3ª porta, por que eles não tem a 3ªporta e vão ser pinta-dos nas novas cores.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: O que o senhor achou desta nova pintura padrão da empresa?Gentil: Sinceramente? Eu sei que é do gosto

do prefeito, fiquei sabendo que foi uma de-cisão pessoal dele. Eu acho que é uma pintura que remete muito à década de 1980, não é uma pintura muito moderna, mas enfim, a gente tem que cumprir o edital, não cabe a gente discutir. Eu acho que poderia ser uma pintura um pouco mais moderna, com referencias à ci-dade. Eu pessoalmente escolheria uma pintura um pouco mais moderna, hoje se usa mais nos carros o fundo mais claro o carro com menos cores, é uma tendencia, então eu caminharia pra isso daí, mas infelizmente não é uma de-cisão nossa.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: A data para as empresas assumirem as novas linhas é 2 de novembro. O senhor acha que a prefeitura vai conseguir cumprir o prazo pra entregar as alterações que ficaram por conta dela como, a reforma do terminal e a implantação de cor-redores de ônibus?Gentil: Eu não tenho conhecimento de como isto está caminhando lá dentro, eu espero que sim, porque o terminal central hoje em Rio Preto, esta totalmente defasado em termos de estrutura. A uma dificuldade enorme de mano-bra lá dentro e isto compromete o tempo de viagem, porque o carro acaba perdendo muito tempo lá pra conseguir adentrar ao terminal e depois pra sair lá de dentro. Então tudo isto compromete a operação, por exemplo, uma viagem que você faria em 1h30min, acaba de-morando 1h50min. Então tudo isso vai com-prometendo a eficiência do sistema, então é muito importante que a prefeitura faça esse investimento, agora eu não sei te falar como isso ta caminhando la dentro.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: A prefei-tura determinou que a frota do lote 2 tenha 12minionibus (11 rodando/1 reserva), 56 midio-nibus (51 rodando/5 reservas), 5convêncionais (4 rodando/1 reserva), será possível atender a demanda as 20 linhas com essa frota?Gentil: Quem formatou o projeto foi uma em-presa de Curitiba, contratada pela prefeitura. Na nossa avaliação tem alguns ajustes a serem feitos, a gente acha que tem alguma coisa a-inda pra ser ajustada, a informação que eu tive é que a Secretária de Trânsito esta trabalhando nisto, nos últimos ajustes, nas ordens de ser-viço e na configuração do sistema. Acho que fazendo alguns pequenos ajustes, eu acho que será possível sim, atender sem problemas.

E já que o assunto da primeira parte da nossa entrevista foi a licitação do transporte urbano, vamos agora falar sobre a licitação da ANTT para as linhas interestaduais. A ANTT esta promovendo a maior licitação dos transportes rodoviários do pais, o processo foi atrasado varias vezes por pressão de algumas empresas e até por erros da própria

ANTT, mas agora ela promete que até o final de outubro as empresas possam retirar o edital. A licitação que promete revolucionar todo o sistema de linhas interestaduais e internacio-nais do pais deverá ser concluído até janeiro de 2012. O sistema de linhas conta atualmente com, aproximadamente 2.017 linhas, frota de 12 mil ônibus, 256 empresas, 19 mil pontos de origem e destino e no ano passado transportou 66,7 milhões de passageiros.

Licitação da ANTT

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Quantas linhas interestaduais a empresa tem hoje?Gentil: Interestaduais são 6 linhas.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: E a em-presa está participando da licitação?Gentil: A intenção nossa é se realmente o “Pró-Pas” caminhar, é participar sem dúvida.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: A em-presa pretende expandir as linhas, ou continua com as mesmas?Gentil: Nós temos que analisar com bastante calma, lote por lote, pra avaliar as influências desses lotes na nossa operação, pra poder to-mar a decisão. Nós estamos numa fase ainda, de entender o que é o “Pró-Pas”, entender quais as consequências dele para a empresa, então não temos uma posição em relação à isso. Sem dúvida nós vamos participar, no mínimo defendendo às linhas que nós temos hoje. Quanto a ampliar vai depender também, da gente analisar um pouco o mercado.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: O se-nhor acredita que isso vai beneficiar as em-presas e os passageiros, ou é mais uma jogada política?Gentil: Olha eu não acho que é jogada politica, acho que a ANTT esta tentando até cumprir a lei, que obriga a licitar. A grande questão que se coloca hoje, que as empresas e a associação das empresas, a ABRATI, tem batido muito é que eles estão usando um modelo teórico, que na nossa opinião não funciona. Você imagina o seguinte: Hoje o sistema tem 12 mil ônibus operando, eles falam que, com 6.800 vai ser possível operar. Teria que ter muito excesso de carro, muita oferta de horários, para que você conseguisse reduzir quase pela metade a frota e consiga operar e manter o nível do serviço. Na nossa opinião o serviço vai cair muito, então você vai ter menor oferta de horários, você vai ter que ter horários, que as vezes não agrada o passageiro e, o passageiro ele tem preferências por horários, ele quer que o horário saia em certas faixas. Se você bota um horário por exemplo, São Paulo à Rio Preto, saindo de São Paulo às 14h00 você vai ter me-nos demanda do que um horário às 20h00 ou

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19h00, porque é um horário que o cara termi-nou o trabalho dele e vai poder pegar o ônibus, ou você pegar e botar um horário que sai da rodoviária às 03h00, que não tem metrô fun-cionando, você não tem meios de o cara chegar até a rodoviária, você não vai ter passageiro. Então são questões que o “Pró-Pas” passa por cima, eles se baseiam muito em questões teóri-cas; o carro vai rodar tanto por ano, porque ele vai fazer um bate-volta lá e em 1 hora ele lava. E não funciona bem assim. A questão de car-ros reserva, eles trabalham com o percentual de 10%, nas linhas rodoviárias a gente tra-balha com muito mais do que isso, chega final de ano por exemplo, a empresa opera com o entorno de 120 carros rodoviários e quando chega nessa época de final do ano, nós che-gamos a colocar 50 carros extras e não põem mais porque não tem mais carro, porque tem demanda pra colocar. Então, como é que você trabalha só com 10% de frota extra, vai faltar carro, então são essas questões que a ABRATI tem colocado junto da ANTT, pra que seja melhorado o “Pró-Pas”, pra que o “Pró-Pas” se for implantado, não venha a piorar o sistema. Eu nunca vi uma licitação, que piore o que tá colocado ali, você pode até ter licitação que aumente o custo, como é o caso das rodovi-aspedageadas de São Paulo, mas toda licitação procura melhorar o serviço; eu não consigo conceber uma licitação que piore o serviço, que é o que a gente acha que vai acontecer, se eles insistirem nesse modelo. Eles fazem um trabalho também, o “Pró-Pas” de pegar algu-mas linhas e dividir pra varias empresas e isso gera ineficiência, porque se você tem hoje uma empresa operando uma linha e amanhã vai ter duas, em vez de ter uma garagem, com custo fixo, com estrutura de apoio, você vai pre-cisar de duas, porque cada empresa vai ter a sua. Então você ta botando custo pra dentro do sistema, quando na verdade hoje nós precisa-mos exonerar o sistema, reduzir os custos do sistema e reduzir as tarifas. São essas questões que a ABRATI tem colocado, infelizmente durante todo o processo de elaboração do “Pró-Pas” a ABRATI não foi ouvida; não ouve disposição da ANTT em ouvir os argumentos daABRATI, que eram argumentos todos no sentido de melhorar o projeto que esta sendo apresentado. Agora ele ta na rua, é realmente analisar. Eu acho que são dois trabalhos agora, a ABRATI continua fazendo um trabalho de tentar através das audiências publicas, melho-rar o projeto e cada empresa agora começar a olhar e entender um pouquinho o impacto que vai ter nas linhas delas e tudo mais.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Uma das intenções da ANTT é concentrar as linhas nas mãos das maiores empresas. O senhor acha que as empresas estão preparadas para atender essa demanda que vai surgir?

Gentil: Olha, eu acho que aconcentração ela é boa, porque você vai ganhar escala, ai você tem a condição de obter custos menores para as empresas. Só que, da maneira que eles es-tão fazendo você não vai ter esse benefício, porque você vai ter a exclusão de muitas em-presas do sistema, muitas empresas pequenas que tendem a sair e as grandes não vão gan-har escalas, então é isso que eu estou falando, em vez deles concentrarem as linhas de uma região com algumas empresas, eles esparra-maram essas linhas por vários lotes. Então, uma empresa pra ela conseguir operar um lote ela vai ter que ter garagens, esparramadas pelo Brasil inteiro e, isso não é produtivo, não é eficiente. Então, eles acabam criando um pro-blema que é social, porque pode excluir mais de 100 empresas do sistema, isto gera desem-prego, porque você pega ai um motorista de seus 45 anos, ele não arruma mais emprego, você tira esse cara do sistema ele vai fazer o que? É diferente de você pegar um cara de seus 30 anos, que facilmente ele se coloca, mas se você pegar um motorista com 50 ou 55 anos, que esta empregado e ele deixa de estar empregado ele vai fazer o que? Você tem esse problema e não cria a vantagem de ao concen-trar o sistema, ganhar escala e você não ganha escala com esse modelo, porque eles dividiram as linhas de uma maneira que as empresas vão ter que ter muitas garagens esparramadas pelo Brasil inteiro, ter muita estrutura, então isso acaba elevando o custo do sistema. São essas questões que a gente entende, que precisaria ser melhor discutidas, precisariam ser melhor analisadas, mas infelizmente a gente não tem tido da ANTT, disposição de ouvir as empre-sas e até entender essa lógica. Vamos ver ago-ra se nas audiências publicas a gente consegue avançar um pouco nisto daí.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Outra exigência da ANTT é que a frota não tenha

mais que 10 anos, com isso as empresas teriam que “aposentar” muitos ônibus. O senhor acha que as fabricantes tem condições de oferecer tantos ônibus no mercado em tão pouco tem-po?Gentil: Eu creio que sim, o Brasil tem um parque industrial, nessa área que é muito bom e eu acredito que sim, até porque, pelo o que eu li do “Pró-Pas”, haveria um prazo, a par-tir do momento que a empresa participou da licitação e ganhou, ela terá um prazo para im-plantar, eu creio que seja suficiente, pra provi-denciar as frotas. No caso da Itamarati, hoje os carros da empresa que operam são todos até 5 anos. A gente tem carros com mais de 10 anos, mas são carros que já foram retirados da operação, para a venda. Então eu não vejo problema nisto não, acho que muitas empresas até já estariam preparadas pra isso.

Agora vamos continuar falando de frota nova, desde o final de 2009 o Expresso Itamarati esta investindo pesado na renova-ção de sua frota com alguns dos veículos mais modernos oferecidos pelo mercado nacional.

Renovação de frota

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Desde 2009, quando a APBus Noroeste esteve aqui na garagem pela última vez, na chegada dos Irizar PB, a empresa comprou muitos carros novos. Quantos carros a empresa comprou desde 2009?Gentil: Em 2010, foram cerca de 80 veículos, então são pelo menos 140 veículos, contando com os urbanos. A nosa renovação é entorno de 80 veículos todo ano, só que esse ano tivemos que acelerar por causa dos urbanos, que da mais 60 alem daquilo que seria a renovação normal.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Então

REVISTAINTERBUSS • 28/08/11 33

ENTREVISTA • Aislan conversa com o diretor do Expresso Itamarati, sr. Gentil

Aislan N

ascimento

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existem a previsão de mais carros para esse ano?Gentil: Estão chegando ainda os carros, os car-ros urbanos ainda não chegaram todos.

APBus Noroeste / Revista Interbuss: Rodoviários tem mais alguns que não chega-ram?Gentil: Esta faltando chegar dos carros rodoviários, 4 carros leito, que é para trocar nossa frota de leito. Hoje a Itamarati opera horários leito de Paranaíba até São Paulo, pas-sando por Santa Fé do Sul, Votuporanga, Jales eFernandópolis. E ela opera com dois tipos de carro, isto gera até muita ciumeira entre as ci-dades; pô o carro da outra cidade é melhor do que o nosso, então nós estamos padronizando essa frota, são todos carros Double Decker já da Geração 7 da Marcopolo, com leito total e 26 poltronas vai ser um carro top de linha mes-mo, vai ser um carro fantástico. E esses carros devem chegar em novembro.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Sobre os chassis que a empresa tem escolhido, a empresa continua fiel ao “casamento” com a Mercedes-Benz, ou existe a possibilidade de outras marcas?Gentil: Olha, a parceria com a Mercedes, é uma parceria muito interessante, porque o car-ro Mercedes é um carro mais simples. A gente passou por numa época de comprar muito Volvo, mas a politica nossa é de chassis mais simples, por uma série de razões, porque a mão-de-obra nossa as vezes não esta prepara-da pra lidar com tanta tecnologia, seja porque na hora de vender você tem um carro que é complicado de por no mercado, seja porque as vezes a gente opera em regiões onde você não tem assistência, se quebra um carro desses lá em Rondônia, você não tem como consertar. Então, eu vou te dar como exemplo, a Mer-cedes é a única fabricante que tem câmbio mecânico até hoje, as outras já não tem nem essa opção mais. Ou o carro é de sistema elé-trico ou todo automático e isto é complicado. Atualmente, a nossa opção é por chassis mais simples, mais adequado a nossa realidade, que traga economia, porque tem que ser um carro econômico, que ai você tem um custo opera-cional mais baixo, principalmente em diesel. E a Mercedes ela tem nos atendido, ela tem essa politica de trabalhar com uma gama de produtos muito grande, onde você tem a opção desde carros mais sofisticados até o carro mais básico que é o que a gente tem buscado.

Para encerrar a nossa entrevista, va-mos falar sobre os 60 anos da empresa

Aniversário de 60 anos da empresa

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Este

anos a empresa comemora 60 anos. O que a gente pode esperar em comemoração a esta data tão especial?Gentil: Tem sido um ano de muita corre-ria, muita coisa acontecendo e acredito que o ano que vem também, em função dessas licitações todas que estão acontecendo, então o mercado esta mudando muito, esta passando por um reboliço enorme, seja pela concorrência com a aviação, seja pelas licitações, tem muita coisa acontecendo e a empresa esta preparada para participar desses movimentos todos ai. A expectativa nossa é muito boa, a gente tem crescido muito na área de Usina, porque quando você tem uma renovação de frota muito forte como nós temos, você gera muito car-ro pra vender e você não encontra muitas vezes mercado. Troca-se 80 carros, mas não vende 80, às vezes vende 50, então a gente tem optado por prestar serviço para as usinas, hoje pra você ter uma ideia nós temos 130 carros operando em usinas, car-ros com mais de 5 anos, quando ele sai de operação nas linhas regulares, a gente aloca eles em usinas de açúcar e álcool. Então, este é um setor que tem crescido bastante na nossa empresa. O ano esta caminhando bem e agora é trabalhar para manter a em-presa atual e preparada pra esses desafios que vem ai e vão ser muitos.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: A em-presa também tem investido em caminhões para essas usinas?Gentil: É, mas não é muita coisa não, nós es-tamos hoje com 29 caminhões, mas em fun-ção da usina pedir, olha vocês já estão aqui, vocês não querem experimentar o serviço de caminhões, então a gente compro um pouco e estamos contente, acho que esta indo bem, mas a nossa intenção não é crescer muito nisso não. É mais prospecção de ver como é esse setor. O nosso foco realmente é ônibus e é isso que a gente vai fazer.

Ao término desta entrevista, nos bastidores o Sr. Gentil fez a promessa de nos receber na garagem no fim do ano quando os novos G7DD chegarem, e este evento você acompanhará com exclusividade aqui na Re-vista Interbuss e no blog da APBus Noroeste.

Vereador Marco Rillo, um dos líderes do an-tigo movimento “Quero transporte de quali-dade”.

No ano passado surgiu na cidade um movimento denominado de “Quero transporte de qualidade” um dos líderes desse movi-mento era o vereador Marco Rillo (PT), que nos deu uma entrevista comentando as futuras mudanças no sistema de transporte coletivo de

São José do Rio Preto.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Na sua opinião, o movimento surtiu os efeitos que eram esperados?Vereador Marco Rillo: Olha o movimento surtiu efeitos, porque algumas coisas foram colocadas, mas na verdade o debate em si, onde deveria ter sido colocado as necessidades toda a mobilidade da cidade, a curto, médio e longo prazo isso foi deixado para trás, porque o prefeito ignorou o movimento e fez as coi-sas do jeito que ele quis, da forma que aquele grupo de estudo que ele contrato e que a gente não sabe quem é. E infelizmente se dividiu em dois lotes, que uma parte foi para a Itamarati e outra para a Circular e isto já estava mais que previsto, não precisava ter bola de cristal pra ver que isto iria acontecer. Nós não so-mos contra a Itamarati nem contra a Circular Santa Luzia, o nosso problema é que a gente desejava uma agencia reguladora, como tem lá em Uberlândia, onde são técnicos que co-mandam isso e, que a gente não precise ficar pedindo favor pra Circular Santa Luzia, pra Itamarati, pra mudar rota ou até de aumento de passagem, quem vê isso é essa equipe, que vê os custos, os beneficios, os insumos e os gastos. Mas infelizmente nada disso foi feito.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: De uma forma geral o que o senhor acha do estudo feito por essa empresa?Vereador Marco Rillo: Ainda não esta em pratica o novo contrato, as linhas ainda não foram alteradas, só quando começar a rodar as linhas novas do contrato novo é que sabe-remos o que realmente vai acontecer de me-lhor ou pior, para a população. A situação do jeito que esta agora, com esta integração mal feita, as pessoas indo de um bairro paralelo ao outro ter que ir no terminal central pra volta e uma série de reclamações, é ônibus super-lotados, isso ai tem que mudar, se não mudar significa que o contrato foi mal feito e a fis-calização esta sendo ineficaz.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: O sen-hor realmente acredita que o transporte irá melhorar depois de implantado o novo siste-ma?Vereador Marco Rillo: Sempre uma melhora tem, todo começo as pessoas não querem so-fre críticas então eu acredito que melhore, depois ele vão começando ver onde que en-xugar pra visar lucro. E é nesses enxugamen-tos arbitrarios como foi feito no penúltimo ano do governo Edinho, que eles fizeram um reestudo e começaram a diminuir linhas por conta própria e que foi o caos para a popu-lação. Eu acredito que depois que funcionar eles começam a mexer e se for nos mesmos métodos que foi até hoje a Circular manda

D O S S I Ê S Ã O J O S É D O R I O P R E T O

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na cidade, a Circular Santa Luzia manda na Câmara, manda no prefeito ela faz o que ela bem entende e não respeita ninguém. Então eu espero que se crie um setor que vá admi-nistrar isso porque se não nós vamos exigir, o movimento volta e nós vamos exigir.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: O sen-hor acredita que a prefeitura atualmente é ca-paz de gerir o sistema de transporte público?Vereador Marco Rillo: Não, da forma que está hoje tinha 4 pessoas que tomavam conta do transporte coletivo, mas aqueles contatos de muda linha pra cá, muda linha pra lá, mas nada de levantamento, analise de viagem, pesquisa, monitoramento, isto não existe. Só se estiverem montando agora, para inaugu-rar junto, que eu não acredito porque não vi nenhuma movimentação, até conversei com o secretário Capello e perguntei como estava a estrutura e ele falou que por enquanto não mexeram.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: A pre-feitura determinou que as empresa tinham 120 dias para assumir as linhas e que nesse prazo a prefeitura iria fazer algumas mu-danças o que o senhor acha da demora em começar essas mudanças?Vereador Marco Rillo: Isso eles não vão fazer por enquanto, eu acredito que o prefeito está tentando buscar dinheiro pra fazer os cor-redores e algumas adaptações no trânsito, mas por hora nada de concreto.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Com o novo sistema a passagem vai cair de R$ 2, 30 para R$ 2,10 pros usuários e a prefeitura entra com R$ 0,33 de subsídio. O senhor acha que a prefeitura tem condições de bancar esse sub-sídio ao longo prazo, sem que precise mexer em outros impostos?Vereador Marco Rillo: Tudo que é subsidi-ado é um risco, porque você não faz alguma coisa de concreto se não entrar dinheiro, ven-do o estado da saúde, as condições precárias da educação, a demanda de creche cada vez aumentando mais e perdendo a qualidade, vai depender muito do orçamento da cidade pra subsidiar o ônibus permanentemente. Eu acredito que em breve ele corta, isso ai é a título precário, por enquanto ele vai ter o di-nheiro que entra da outorga mas depois disso ai, acredito que ele vai alegar que não tem mais dinheiro ou o outro prefeito se quiser tira.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Temos a informação de que a nova pintura padrão foi escolhida pelo próprio prefeito. O que o senhor acha disso?Vereador Marco Rillo: Eu acho que a inicia-tiva privada, tem que ter a liberdade de por as

cores padrão dela. Ela ganhou o contrato, as vezes atendendo um pedido do prefeito em acordo licitatório, antes da licitação eles po-dem ter feito um acordo, agora se o prefeito pintar os ônibus das cores que ele gosta a ci-dade vai ficar visualmente poluída, porque o cores que não ornam nada umas com as outras.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: A cidade corre o risco de todo prefeito que entrar, mudar essas cores?Vereador Marco Rillo: Eu acho que vai de-pender do transporte, porque ninguém é o-brigado. Eu não li nenhum item na licitação que obriga cores, nem pode fazer isso porque cada empresa tem a sua marca, suas cores, eu não acredito que isso ai tenha sido forçado, pode ter sido forçado no processo, mas agora o prefeito você sabe né, como são as negocia-ções de bastidores a gente nunca sabe.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Atu-almente a frota da Circular Santa Luzia é de 273 ônibus e do Expresso Itamarati são 19 que circulam na cidade dando um total de 292 car-ros. Mas o edital prevê uma frota total de 240 veículos, ou seja 52 a menos. Esses carros não irão fazer falta?Vereador Marco Rillo: Eu não sei de onde você pegou esses dados, mas eu não acredito que vai diminuir a frota, eu acredito que a frota vai aumentar. Pra min é uma surpresa você dizer que esta diminuindo os carros, o pro-cesso licitatório tem que no minimo atender o inicial. A Circular pode ter 274 carros, mas não roda os 274, agora se diminui com frota 0km que de pouca mecânica é relativo. Agora vai ter que atender a demanda, vai ser o caos na cidade se eles diminuírem as linhas e começar

a dar problema ai vai ser terrível.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Gos-taríamos que o senhor comentasse o fato da Itamarati ter disponibilizado a nova frota ur-bana para nós fotografarmos bem como o di-retor da empresa nos concedeu uma entrevis-ta sobre o assunto, enquanto a Sta Luzia disse que não pode mostrar a frota nem falar sobre o caso em quanto o prefeito não realizar uma solenidade para entregar os novos carros.Vereador Marco Rillo: É politica empresarial mesmo, porque se a Itamarati esta passando os dados não foi o prefeito que segurou. A Circular Santa Luzia ela gosta de pegar de surpresa, é a politica da empresa, quando ela mudou os traçados das linhas ela pegou todo mundo de surpresa. Então ela vai fazer isso pra dar o “boom”, pra dar um impacto muito grande de uma vez, ou porque começa a sur-gir burburinhos, vocês estão com uma infor-mação por exemplo que vai reduzir o numero de ônibus o pessoal já vai interpretar que vai reduzir o numero de linhas. É uma jogada de marketing, com certeza.

APBusNoroeste/Revista Interbuss: Sobre a frota o senhor acha que no edital deveria ter uma clausula especificando a qualidade dos ônibus novos, para que não seja colocados ônibus menores e inferiores?Vereador Marco Rillo: A capacidade do vei-culo é importante porque tem linhas, que um veiculo gigantesco só vai atrapalhar o tran-sito. Então, hoje como nós estamos racionali-zando o transito, linhas pequenas que eles são obrigados pelo contrato a cumprir é impor-tante eles porem carros menores e aproveitar pra gastar mais nas linhas de demanda maior.

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NOVO LAYOUT • Um dos carros com o novo layout municipal de São José do Rio Preto

Maicon Igor Barbosa

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Colônia, estado da Renânia do Norte-Vestfália, Alemanha. 4ª maior cidade do país. São pouco mais de 1 milhão de habi-tantes muito bem distribuídos pelo território municipal, o que contribui para o excelente planejamento do sistema de transportes. Por-tanto, não imagine uma cidade estagnada em serviços de ônibus convencionais, mas tam-bém não espere necessidade de metrô. Colô-nia encontrou um meio termo interessante e duradouro nos tramways (bondes modernos). Antes, é importante citar um pouco da economia de Colônia. Cidade que abriga importantes escritórios, como o da compan-hia aérea alemã Lufthansa (e subsidiárias Lufthansa CityLine e Germanwings), fábri-cas da Toyota Motorsport GmbH, Deutz AG (fabricante de motores) e Ford Europe (planta do Fusion e do Fiesta), um Microsoft Tech-nology Center (Centro de Tecnologia Micro-soft) e um importante escritório e central de desenvolvimento de games da Electronic Arts (desenvolvedora da série Need for Speed, por exemplo). Por consequência da presença de-stas últimas empresas destas grandes empre-sas de software, Colônia possui uma feira de games, a Gamescom, realizada anualmente no mês de agosto, no pavilhão de exposições Koelnmesse. A cidade também possui as sedes das grandes empresas de comunica-ção da Alemanha, como os canais televisivos RTL e Westdeutscher Rundfunk (WDR) e a rede de rádios Deutschlandradio. Voltando aos transportes, Colônia possui um transporte público baseado nos

tramways, e alimentado basicamente por ônibus e bicicletas (há serviços de aluguel de bicicletas por toda a cidade e bicicletários em algumas estações). São 11 linhas de tramway (1, 3, 4, 5, 7, 9, 12, 13, 15, 16 e 18), todas diametrais, e 51 linhas de ônibus, predomi-nantemente alimentadoras e ligações de bair-ros mais próximos ao Centro. Para operar todos esses serviços, a cidade possui uma empresa estatal, a KVB (Kölner Verkehrs-Betriebe AG), que possui mais de 350 vagões de tramway e cerca de 300 ônibus. Se todo o sistema é estatal, a passa-gem deve ser barata, certo? Errado. O bilhete unitário custa 2,50 euros e há opções de bi-lhetes semanais ou mensais, que são a opção da maioria dos usuários. Porém, a qualidade do sistema supera todas as expectativas. No horário de pico, quase ninguém anda em pé nos ônibus e os tramways andam com lota-ção bastante razoável (não chega a entupir o corredor do vagão de gente a ponto do pas-sageiro sentado não conseguir se locomover decentemente até a porta). Com tanta qualidade, pode-se ima-ginar um sistema bem fechado, com termi-nais de integração, catracas nas estações de tramway, entre outros. Porém, percebe-se de cara um sistema bastante aberto. Quem pos-sui o cartão mensal ou semanal não precisa sequer validar o cartão (após uma primeira validação no primeiro uso) dentro do tram-way ou do ônibus, e anda livremente. Quem precisa comprar um bilhete unitário, deve fazê-lo dentro do veículo. Nos tramways, a máquina de compra fica no meio do vagão, enquanto nos ônibus costuma ficar em cima da caixa de roda dianteira. As máquinas são

totalmente automáticas e o usuário precisa in-serir moedas. Após completar o pagamento, o bilhete (de papel) é impresso em poucos segundos e basta o usuário fazer a validação no carimbador mais próximo (uma máquina que carimba um número de controle para uma possível fiscalização). É possível validar o bilhete unitário por mais uma vez. Porém, o usuário deve se atentar ao horário, pois há um tempo limite de integração. Caso tenha pas-sado, a validação ocorre normalmente, mas o usuário está sujeito a pagar uma multa caso

E U R O P A E M T R A N S P O R T E

Modelo alemão de transporteeficiente

Colônia

• Fábio [email protected]

TRANSPORTE • A cidade de Köln (Colônia), na Alemanha, conta com uma rede de tramways, que ligam diversas partes da cidade

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DICAS DE VIAGEM • TURISMO NACIONAL • GASTRONOMIA • TRECHOS E ROTAS

apareça alguma fiscalização. Com tanta gente discutindo BRT no Brasil, surge a questão: por que as cidades acham que só existe no mundo metrô, VLT, monotrilho e ônibus? O tramway trata-se de uma ótima opção em termos de conforto, sustentabilidade e flexbilidade. Usando uma infra-estrutura parecida com a de um corre-dor de trólebus, com pontos de parada quase iguais aos de um serviço convencional de ônibus e pouca intervenção no trânsito (o tramway pode andar junto com os carros e

parar em semáforos), é possível oferecer um transporte seguro, confortável (há um baixís-simo nível de ruídos e quase nenhuma trepi-dação), rápido e eficiente. Mas Colônia poderia ter implantado um sistema complexo de Bus Rapid Transit? Pouco provável. Com uma região central ap-ertada e com pouco espaço para vias de es-coamento, os tramways passam pelo subter-râneo com várias estações subterrâneas (por causa disso, muitos livros sobre metrô o con-sideram como um representante desse trans-

porte rápido). Um BRT não possibilitaria a criação de estações subterrâneas com tanta flexibilidade. Além disso, o tramway permite maior escalabilidade: a existência de estações subterrâneas já economizará um bom traba-lho quando a cidade crescer e necessitar de metrô, o que não deve acontecer ainda à vista. Contudo, o sistema de tramway já deve gan-har uma nova linha, que está com suas obras andando lentamente devido às descobertas de ferramentas, instrumentos e outros obje-tos antigos, muito provavelmente da época

TRANSPORTE • A cidade de Köln (Colônia), na Alemanha, conta com uma rede de tramways, que ligam diversas partes da cidade

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em que a cidade era dominada pelo Império Romano, além de problemas burocráticos e jurídicos, que envolveram inclusive uma in-vestigação de corrupção e desvios de materi-ais da obra. Pessoalmente, andando de tramway para me deslocar aos pontos mais distantes (como a região de Marsdorf e de Thielen-bruch), foi possível verificar um grande nível de conforto. É muito conveniente usar um transporte coletivo no qual não há catracas, há acessibilidade total, níveis de ocupação de-centes e fácil troca de modal. Conta também a disponibilidade de informações ao usuário. Nas principais estações, o usuário pode pegar um folheto de bolso sobre a linha de tramway ou de ônibus, com um resumo do itinerário e todos os horários. Em todas as estações há painéis indicando o tempo que resta para a chegada do próximo tramway. Os pontos de ônibus são equipados com uma lista dos pon-tos seguintes até o final da linha e os horários de passagem, que são respeitados com boa pontualidade, graças ao profissionalismo dos motorista e ao trânsito que flui bem. A única viagem mais cheia realizada durante os dias em que estive em Colônia foi na linha 18, entre Thielenbruch e Dom/Hauptbahnhof, em plena tarde do dia do Koln Lichter (Luzes de Colônia), que ocorreria um pouco mais tarde, quando é feita uma grande festa, com shows e mais de uma hora de fo-gos de artifício. O tramway não chegou a ir abarrotado, apenas estava com uma ocupação acima do normal. Andando num dia normal, foi pos-sível perceber que a grande maioria das crian-ças vão a escola usando o transporte público. Afinal, não existe perua escolar ou ônibus escolar. As crianças utilizam o transporte pú-blico para se deslocar e já aprendem a se virar sozinhas. Da mesma forma, não existem tam-bém fretados para transporte de funcionários em massa. A maioria dos fretados que se vê nas ruas de Colônia é de turistas. E como na Europa há muitos idosos, os fretados já es-tão acompanhando a necessidade de acessi-bilidade. Na frente do Schokoladenmuseum, foi visto um fretado usando exaustivamente o elevador. Algo muito interessante no trânsito de Colônia trata-se do uso de bicicletas, que circulam nas ruas mais calmas, nas ciclovias e nas calçadas largas de avenidas. Há muita gente que utiliza a bicicleta, e em alguns lugares (como a margem do rio Reno do lado da catedral) é necessário estar atento para sair da frente do ciclista que aparecer atrás. Para pedir passagem aos pedestres, as bicicletas são equipadas com uma buzina com um som de sininho. Como a cidade tem ciclovias, uma cultura que garante respeito ao ciclista e bici-cletários nas estações de tramway nos bairros

residenciais, evitam-se muitos deslocamentos de carro ou mesmo de ônibus/tramway com o uso da bicicleta. Isso ainda é incentivado pelo transporte público a um preço não tão barato, e pelo preço de estacionar na região central (seja nas garagens subterrâneas, seja na rua, é necessário pagar em um validador a energia solar). Entrar e sair de Colônia pelos meios terrestres é algo muito fácil. Todos os trens (de alta velocidade, média velocidade e re-gionais) e ônibus de linhas rodoviárias (são pouquíssimos serviços, demorados, apa-rentemente sem muito conforto, mas baratos) param na estação central (Hauptbahnhof). Na estação central, é possível fazer inúmeras baldeações intermodais. Há entrada direta para a estação subterrânea de tramways Dom/Hauptbahnhof e param algumas linhas de ônibus do lado de fora. Além disso, há ex-celente disponibilidade de táxis e uma ótima infra-estrutura, com livraria, restaurantes, lanchonetes, sala de check-in da companhia aérea alemã Lufthansa e um minimercado. Ir para o aeroporto usando o trans-porte público passa pela Hauptbahnhof tam-bém. De lá, partem linhas para o Aeroporto de Colônia/Bona (linha regional S13) e para o Aeroporto de Dusseldorf (linha regional S11, com opção de pegar algum serviço do RegioDB, o que pode até ser mais rápido). Concluindo, usar o transporte pú-

blico em Colônia é bastante fácil e conveni-ente, além de confortável. Andar de bicicleta também é fácil. Dá para deixar a bicicleta presa em um poste tranquilamente enquanto está trabalhando, por exemplo. Além disso, ainda é possível alugar uma bicicleta em um dos vários pontos de aluguel em máquinas automáticas. Já quem se locomove de carro é contemplado pelos vários túneis, que ga-rantem ótimas opções para fugir da região central, e pelas vias relativamente largas que fluem bem, e ainda possui boa oferta de es-tacionamento (até algumas estações de tram-way em bairros residenciais possuem estac-ionamento). Ou seja, a cidade está preparada para que as pessoas usem diversos modais, sem aborrecimentos. Isso porque já possuem 1 milhão de habitantes. E as cidades brasileiras de 1 milhão de habitantes, como Campinas, no interior de São Paulo, da qual os jornalistas Luciano Roncolato e Felipe Pereira falam tanto aqui na revista? Será que elas estão promovendo essa mobilidade multimodal e sustentável para garantir qualidade de vida aos seus ha-bitantes? O Brasil precisa pensar nisso, não porque receberá grandes eventos, mas porque precisa oferecer um transporte coletivo bem integrado, bem planejado, com conforto, se-gurança e pontualidade aos seus usuários, que pagam tantos impostos e passagens de ônibus tão caras por tão pouco em troca.

E U R O P A E M T R A N S P O R T E

INFORMAÇÃO • Sistema informa paradas de tramways em estações (abaixo)

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Divulgação / Luciano Roncolato

TRANSPÚBLICO • Mega BRT e Viale BRT: BRTs que podem ser usados como ônibus convencionais

O mercado para os BRTs O lançamento do NeoBus Mega BRT agitou o mercado de ônibus articulados e bi-articulados do Brasil. Prova disso foi o lançamento, na Transpúblico, do novo veícu-lo articulado da Marcopolo: o Viale BRT. O veículo é lindo. Um design muito arrojado, e bem superior ao do Mega BRT. Para as cidades que querem lançar esse serviço e querem um produto exclusivo, ele é um prato cheio. E com a garantia Marcopolo, o que dispensa comen-tários. No entanto, cabe a pergunta: quantas cidades vão implantar um BRT de verdade? Um sistema de BRTs não é algo muito barato de se fazer. Em muitas cidades, como Rio de Janeiro e São Paulo, é muito difícil de se implantar um sistema desses, visto que exigiria uma grande alteração urbanística nas áreas mais centrais – principal destino das linhas de ônibus nessas cidades –, fora os enormes custos de desapropriação para que tais mudanças fossem implementadas nessas áreas. Essa dificuldade de implementação dos BRTs não impede os gestores do trans-porte urbano de tentarem soluções mais fáceis e práticas. Algo que está sendo feito na cidade do Rio de Janeiro, onde estão implantando o BRS – Bus Rapid Service – onde os ônibus circulam por faixas exclusivas duplas a direita, aumentando em muito a velocidade do siste-ma. Na cidade de São Paulo temos algo que lembra vagamente um sistema BRT. Ter-minais com linhas tronco e alimentadoras. Mas também é só isso. Os corredores são hor-ríveis. Possuem, em sua maioria, uma faixa de rolamento, sem recuo para ultrapassagem, que, na maioria dos casos, ficam congestiona-das em horários de pico devido ao excesso de linhas. O concreto que pavimenta esses corre-dores é de segunda, tendo de ser reformado de tempos em tempos... Também possuem veícu-los articulados e bi-articulados – base de um sistema de BRT – mas que circulam não só em corredores, mas em qualquer lugar de qualquer jeito. Um sistema de BRTs, tem de atender o passageiro com maior conforto e agilidade. Muita gente aqui em São Paulo lamenta o fato dos novos BRTs veículos não circularem por aqui. Muitos se esquecem que o próprio Top Bus pode ser considerados BRT. O Mega e o Viale BRTs teriam a mesma configuração dele se viesse pra cá. No entanto, o que, na prática, esses veículos melhorariam nosso transporte? A agilidade deles morre quando ele tem de en-frentar avenidas apertadas e sem faixas exclu-sivas ou com faixas exclusivas precárias, como a ocorre com linhas como 677A/10 Terminal Jardim Ângela – Metrô Ana Rosa e 637A/10

CIRCULANDO José Euvilásio Sales [email protected]

Terminal Jardim Ângela – Pinheiros. A única vantagem é o de transportar um maior número de passageiros em um único veículo. Mas, individualmente pro passageiro, pouca coisa muda, já que ele continua gastando o mesmo tempo no trajeto casa-trabalho – isso se ele não aumenta com o seccionamento das linhas. E é essa realidade que observamos sempre quando fazemos uma viagens nos Top Bus paulista-nos. Já pro empresário, embora ele receba um subsídio para operar esse tipo de veículos, ele poderia ter um lucro muito maior se transpor-tasse o mesmo número de passageiros em um menor número de veículos. Do jeito que está

o sistema hoje, ele é obrigado a colocar mais veículos para cumprir os horários mas que, no fim das contas, atende a um mesmo número de passageiros. Espero que esses lançamentos da NeoBus e da Marcopolo sejam muito bem su-cedidos. Mas, para que isso realmente acon-teça, é necessário que haja investimentos não só nos veículos mas em vias apropriadas para eles. Do contrário, fica apenas a cara do ôni-bus bonitinho apresentado como solução para o transporte, do qual ele apenas é um pedaço de um sistema. Sistema esse que precisa ser melhorado como um todo.

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MAÍLSON ANTUNESCaio Vitória MBB OF-1315 • Werneck

A S F O T O S D A S E M A N AÔnibus Brasil • www.onibusbrasil.com

28/08/11 • REVISTAINTERBUSS40

WELLINGTON SANTOSNeobus Mega BRT Volvo B12M • Redentor

FRANZ HECHERCaio Alpha MBB O-400UPA • Ouro VerdeMATHEUS NOVACKI

Marcopolo Paradiso G7 1600LD MBB O-500RSD • Brasil Sul

RAFAEL SILVAMarcopolo Paradiso GV 1150 Scania K113TLB • Expresso do Sul

MATHEUS NOVACKIMarcopolo Paradiso G7 1200 Scania K420 • São Geraldo

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SELEÇÃO DAS MELHORES FOTOS PUBLICADAS EM SITES ESPECIALIZADOS NA SEMANA

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Eucaturcardíaco • portalinterbuss.com.br/cesarcastro

CÉSAR CASTROMarcopolo Paradiso G6 1800DD MBB O-500RSD • Eucatur

DIEGO ALMEIDABusscar Panorâmico DD • Expreso Singer

BRAIAN RAFAEL YUSEINSKIBusscar Elegance 360 Scania K380 • Catarinense

MÁRCIO DOUGLAS RIBEIRO VENINOMarcopolo Viaggio G4 MBB O-371R • Expresso Regional

WESLEY ARAÚJONeobus Spectrum MBB OF-1418 • Transmetro

Ônibus & Cia• onibusecia.fotopages.com

TIAGO DE GRANDECaio Apache Vip MBB OF-1721 • VIP M’Boi Mirim

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Leblon participa do Dia Nacional de Combate ao Fumo Os profissionais do setor de trans-portes coletivos, principalmente motoristas e cobradores, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, são vítimas de estresse principalmente devido ao dia a dia das ci-dades: trânsito complicado, o contato con-stante com dezenas de pessoas irritadas, polu-ição, medo da violência entre outros fatores. O estresse expõe estes profissionais a uma série de problemas de saúde e os deixa mais suscetíveis a problemas como depressão e vícios. Preocupada no bem estar dos fun-cionários e também dos passageiros, já que se o funcionário estiver bem, o usuário será atendido adequadamente, o Grupo Leblon Transporte de Passageiros Ltda desenvolve uma série de ações em prol da saúde e da har-monia do corpo, alma e mente dos colabora-dores. A empresa aproveita também datas especiais para fazer campanhas de consci-entização para a qualidade de vida dos fun-cionários. Nesta segunda-feira, dia 29 de agosto de 2011, Dia Nacional de Combate ao Fumo, a Leblon em sua garagem, em Mauá, na Grande São Paulo, desenvolveu um traba-lho especial para conscientizar os funcionári-os sobre os malefícios do cigarro, tanto em quem fuma e também em quem fica perto de quem sofre do vício, o chamado fumante pas-sivo. Não há uma estimativa oficial, mas o número de profissionais de transporte cole-tivo que fumam é considerado grande. A Leblon não discrimina a contrata-ção dos funcionários por este fator, mas sem-pre que o funcionário se mostrar disposto a largar o vício, seja pelo serviço de capelania ou por outras orientações profissionais, au-xilia a decisão individual do funcionário. Além disso, neste Dia de Combate ao Fumo, além de o tema ter sido abordado de maneira clara e não discriminatória, durante a ginástica laboral, realizada constantemente na garagem das empresa, foram ensinados exercícios respiratórios para fumantes e não fumantes, afim do fortalecimento dos pul-mões.

EXEMPLO DE QUEM CONSEGUIUSUPERAR O VÍCIO Vencer o vício do cigarro não é uma tarefa fácil para muita gente. Mas não é im-possível. E há vários exemplo que compro-vam que você também pode largar este hábito que faz tão mal à sua saúde e à das pessoas que estão perto. O supervisor de manutenção do

Grupo Leblon Transporte de Passageiros Ltda, unidade Mauá, Valdecir Antônio dos Santos, é prova que força de vontade e pensar na saúde e na vida em primeiro lugar fazem com que o cigarro possa ser abandonado. Ele não fuma mais há cerca de dois meses, mas era dependente há mais de 20 anos. “Comecei com 21 anos de idade. Era moda na época. Foi frequentando bailes que tive os primeiros contatos com os cigar-ros” - conta Valdecir. Ele relata que ultima-mente começou a sentir mais fortemente os efeitos do fumo. “Não conseguia dormir di-reito. Era uma sensação de falta de ar, como se eu estivesse suficado. Uma noite entreguei a carteira de cigarro a um motorista e disse chega” - relata. Valdecir explica que pelo menos por 4 vezes teve fortes vontades de cigarro após ter deixado de fumar, mas dá a dica. “Nesta hora é que devemos mostrar quem manda. Se nós ou nosso corpo. Nós é que mandamos no nosso corpo”. O ambiente de trabalho da Leblon também ajudou-o na decisão. Bem para a saúde e bem para o bolso. Valdecir gastava cerca de R$ 150 por mês só com cigarro. Hoje, em vez de fu-mar, ele se dedica a uma paixão: a música. Faz muito bem à saúde, à mente e ao cora-ção e ainda por um preço bem mais em conta. As aulas de violão custam R$ 80,00 por mês. É possível sim largar o vício. Hoje me sinto bem melhor, mais disposto, feliz, me sinto livre e recomendo a todos” - garante.

DADOS IMPRESSIONANTES Os dados da Organização Mundial da Saúde sobre os malefícios do cigarro à humanidade impressionam mais do que de muitas guerras. De acordo com o órgão, o tabagismo é a principal causa de morte evi-tável do mundo. Até junho de 2011, um terço

da população mundial adulta, 1 bilhão e 200 milhões de pessoas fumam, sendo que 47% dos homens de todo o mundo são fumantes e 12% de todas as mulheres do mundo fumam. POR ANO, 4,9 MILHÕES DE PESSOAS MORREM EM DECORRÊN-CIA DO FUMO, O QUE SIGNIFICA 10 MIL MORTES POR DIA. E se a tendência de fumantes continuar dessa maneira, so-mada ao aumento da população, a quantidade de mortes pelo tabagismo, pode chegar a 10 MILHÕES DE PESSOAS POR ANO, a maior parte, com idade produtiva, entre 35 e 69 anos. Para se ter uma idéia, entre os anos de 1939 e 1945, a Segunda Guerra Mundial foi responsável pela morte de mais de 50 mil-hões de pessoas diretamente. Proporcional-mente, o cigarro mata como se um conflito de magnitude semelhante ainda estivesse ocor-rendo. Já o tabagismo passivo, que é quan-do a pessoa inala a fumaça do cigarro de outra próxima, é responsável pela terceira causa de morte evitável, segundo a Organização Mun-dial da Saúde. Para se ter uma idéia, a fumaça do cigarro se junta aos poluentes do ar (de au-tomóveis e indústrias, por exemplo) e chega aos pulmões do fumante passivo com três vezes mais nicotina, três vezes mais monó-xido de carbono e até 50 vezes mais substân-cias cancerígenas em comparação a fumaça de que passa pelo filtro do cigarro e entra pela boca do fumante ativo. Os fumantes passivos correm 30% mais o risco de contraírem câncer de pulmão e 24% mais de terem um infarto que uma pes-soa que não fuma e não é exposta a fumaça de cigarro. Por isso, quem fuma deve se afa-star dos não fumantes na hora de consumir o cigarro por uma questão de educação e de amor a vida do semelhante.

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MUDANÇA • O Supervisor de manutenção da Leblon de Mauá, Valdecir Antônio dos San-tos, fumou por mais de 20 anos. Um dia, sentindo os efeitos do vício, decidiu dar o primeiro passo. Hoje, se sente mais realizado e com saúde

Adam

o Bazani

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