Revista Jardim Zoológico | Novembro 2009

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MAGAZINE SEMESTRAL Nº 10 · NOVEMBRO 2009 koala os segredos de um sedutor todos os dias são dias de visita calau-trombeteiro a aventura da reprodução

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Revista semestral Jardim Zoológico Lisboa . Portugal

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MAGAZINE SEMESTRAL Nº 10 · NovEMbRo 2009

koalaos segredos de um sedutor

todos os dias são dias de visitacalau-trombeteiroa aventura da reprodução

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Ficha técnica › CooRdENAção EdIToRIAL Serviço de Marketing › CoLAboRAdoRES Marta Pais Lopes e Rita Henriques › dESIGN Serviço de Marketing › TIRAGEM 4.000 exemplares.

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{5} Editorial

olhos virados para o futuro

{6} Curtas

formação contínua para a equipa do zoo

novas asas

momentos de encantar

amigos do zoo

répteis em evolução

preciosas ajudas

{10} 125 anos dE jardim zoológiCo

nessa data querida

{14} saiBa mais

koala › os segredos de um sedutor

{17} Eaza 2009

quem quer salvar o mundo?

{18} BastidorEs

todos os dias são dias de visita

{22} Calau-tromBEtEiro

a aventura da reprodução

{24} dEntro E fora dE portas

o zoo em festa o ano inteiro

{27} agEnda

de novembro a maio

{sumário}

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{olhos virados para o futuro}Está a chegar ao fim o ano de comemoração do 125º aniversário do Jardim Zoológico e a começar uma nova época. Recordarmos a história do Zoo e olharmos para a grande evolução que se vê em cada instalação dá-nos um ânimo redobrado para encarar o futuro.

Nesta revista, voltamos a 28 de Maio, o dia do ani-versário do Jardim Zoológico. Neste dia, recebemos a vi-sita do Presidente da República, Professor Aníbal Cavaco Silva, tendo sido relembrado o início desta grande obra e

missão do Zoo, a protecção da vida animal e a luta pela Natureza. Mas hoje, o Jardim Zoológico tem também uma outra grande missão: Educar.

Todo o parque é pensado para que cada um que o visite saia a saber mais. Afinal, to-dos somos necessários para manter o equilíbrio ambiental e, sem informação, nunca saberemos como.

Neste número, apresentamos o programa educativo mais procurado: a visita guiada, uma forma privilegiada de conhecer o Jardim Zoológico. Todos os dias rece-bemos telefonemas de dezenas de escolas de todo o país, que querem oferecer aos alunos uma aula diferente. Poderá ainda ver como funcionam essas aulas ao ar livre, num espaço privilegiado e, como este e outros programas contribuíram para a atribui-ção de utilidade educativa ao Jardim Zoológico.

Poderá também conhecer as novas crias do Jardim, um dos maiores objectivos para todos os que aqui trabalham. Quando nasce um animal, traz com ele a esperança de longa vida à sua espécie. Uma cria é mais um passo contra a extinção, na direcção de um mundo mais equilibrado. Passamos também os olhos por diversas notícias re-lacionadas com o Jardim Zoológico e damos a conhecer melhor uma espécie muito admirada por todos: o Koala.

Sabemos que tudo aquilo de que falamos não seria possível sem o enorme es-forço levado a cabo durante este mais de um século de existência. Podemos afirmar com orgulho que os animais vivem cada vez melhor, em instalações que tentamos assemelhar o mais possível aos seus habitates, com equipamentos e materiais que estimulam os seus comportamentos naturais. Tem sido ainda feito um trabalho incan-sável no que toca à reprodução e posterior reintrodução na Natureza. Mesmo com as espécies que raramente se reproduzem, temos tido resultados surpreendentes, o que não aconteceria sem conhecimento, vontade e, principalmente, um amor incondicio-nal pela Natureza.

Estes 125 anos são sobretudo motivantes para assumirmos, ainda com mais con-vicção, o compromisso de fazer sempre mais e melhor.

Mais uma vez, quero agradecer a todos aqueles que têm contribuído para que a Missão do Jardim Zoológico seja cumprida: funcionários do Jardim, visitantes, parcei-ros, voluntários e amigos. A todos um Muito Obrigado!

Francisco Naharro PiresPresidente

{5}Jardim Zoológico

Editorial

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{6} Jardim Zoológico

Curtas

Imagine que lhe pediam que alimen-tasse os Leões ou que tratasse da hi-giene dos Rinocerontes. Certamente ficaria perdido, mesmo se fosse bió-logo ou zoólogo. Para se ser tratador do Jardim Zoológico é preciso muita vontade, amor pelos animais, mas também conhecimentos.

Reprodução, enfermagem, ana-tomia e fisiologia animal, maneio animal e nutrição são algumas das áreas que constituem o programa do curso intensivo que forma os tratado-res do Jardim Zoológico. Recorren-do a empresas externas, estão a ser realizados cursos promovidos pelos Recursos Humanos, que têm como objectivo qualificar e especializar a

formação contínua para a equipa zoocategoria profissional dos tratadores, classificando-os como “Tratadores de animais selvagens”. Além das temáti-cas relacionadas directamente com os animais, os formandos aprendem tam-bém comportamentos, como lidar com a sua imagem e a da empresa e abor-dagens à função educativa do Jardim.

Este tipo de cursos de formação específica na área da prática zoológi-ca ou de maneio de animais exóticos, apesar de claramente necessários no que toca a trabalhar num parque zoo-lógico, são muito raros em Portugal, quando comparado com outros países europeus. Esta lacuna torna-se mais acentuada num momento em que a procura é cada vez maior. ∞

{curtas...

novas asasEnriquecimento ambiental é funda-mental para obter bons resultados e a equipa do Sector das Aves não tem des-cuidado. Desde o início do Verão, os tra-tadores, com ajuda de outras equipas do Jardim Zoológico, têm conseguido realizar actividades de enriquecimento ambiental em pelo menos duas insta-lações por dia. Entre outras coisas, têm colocado mais vegetação e ramagens de ervas aromáticas, ramos, troncos, “brinquedos” com madeiras e cordas. Têm também espalhado sementes ou cheiros pelo substrato da instalação, tudo de forma a garantir o entreteni-mento e estimular o comportamento natural dos animais.

Os resultados estão à vista: nasceram dois Ibis-escarlate, um Faisão-de-palawan e três Papagaios-do-equador. Estas duas últimas es-pécies fazem parte de EPP”s, ou seja, programas de reprodução, o que tor-na os seus nascimentos ainda mais relevantes. Mas a grande alegria do sector das aves deste ano foi o caso do Calau-trombeteiro, uma história que pode ser lida nesta revista. ∞

Ibis-escarlate.

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{7}Jardim Zoológico

Curtas

No Jardim Zoológico podemos en-trar num reino mágico, onde a Natu-reza é quem manda. O convite é feito a todos. Que tal atravessar a porta do Bosque Encantado?

Esta é mais uma actividade em que se aprende sem quase se dar por isso. Junto ao Parque das Merendas, numa das zonas mais bonitas e arborizadas do Jardim Zoológico, o ambiente de um bos-que é recriado por animais à solta. Uma apresentação de Aves em Vôo Livre, que rasam as cabeça dos visi-tantes, é a atracção deste espaço a que se chamou Bosque Encantado. Oferecendo um contacto único com os animais, esta actividade, conjuga na perfeição, a diversão e a forma-ção, duas das linhas principais da missão do Jardim Zoológico.

As aves, habitantes essenciais num bosque, apresentam-se com um

tratador e executam tanto os seus comportamentos naturais como ou-tros que requerem treino. Com uma produção musical e um guião cuidado, embarca-se numa viagem de aprendi-zagem com a companhia de aves de todo o mundo: Águias, Papagaios, Kookaburra, Coruja-das-neves e a coqueluche Joly, uma cria de Pecari. Recentemente, entraram no “elenco” duas Marianinhas-de-ventre-branco, que interagem directamente com os visitantes, convidados a transfor-marem-se em treinadores de aves por momentos. As Marianinhas são pequenas aves de 23 cm, coloridas e muito sociáveis e curiosas. Perto delas, é impossível não crescer uma sensibilização para os problemas da Natureza, um dos grandes objectivos deste Bosque. Como um bosque não vive só de aves, os visitantes podem também

deliciar-se com a presença de alguns mamíferos, como um Tatu e o peque-no Benjamim. Ben, como é conheci-do entre os amigos zoológicos, é um macho de Doninha-fedorenta. A sua graça e a curiosidade que desperta ultrapassa qualquer impedimento aromático...

As diferenças entre presas e predadores, aves diurnas e noctur-nas e a sua importância para o equi-líbrio ambiental são aqui explicadas aos visitantes, por entre o espanto das exuberantes aves exóticas ou os curiosos mamíferos. Esta apresen-tação de aves em vôo livre é total-mente inovadora a nível europeu e permite aos que entram neste Bos-que Encantado aprender sobre os animais e conviver com eles de for-ma mágica. Mais do que um passeio no bosque, um autêntico passeio pela Natureza. ∞

momentos de encantar

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{8} Jardim Zoológico

Curtas

Toda a dedicação e amor aos animais que caracterizam os funcionários do Jardim Zoológico não chegam, infe-lizmente, para mantê-lo de pé. Para garantir todos os cuidados aos ani-mais, é preciso contar também com os padrinhos e patrocinadores.

A partir de agora, fazer parte do grande projecto do Jardim Zoológico será muito mais fácil. Qualquer um po-derá facilmente tornar-se padrinho de um animal. É só dirigir-se à loja do Zoo e comprar um Kit, no valor de 70€, que reverte a favor do bem-estar e manu-tenção do animal afilhado. Além de uma mochila, um diploma do animal apadri-nhado e uma carta de boas vindas, en-tregues no momento, a casa chega mais tarde um Bilhete de Identidade do afilha-do. Com ele chegam também merecidas prendas para o generoso padrinho: des-

contos na entrada do Jardim Zoológico, na inscrição no ATL, nas duas lojas e nas festas de aniversário, assim como um bónus no carregamento do cartão Animax e a participação no dia especial dedicado aos Padrinhos. Além disso, o nome do benfeitor constará na Pérgola dos Padrinhos. Para quem renovar o seu apadrinhamento, a oferta é uma entra-da gratuita no Jardim Zoológico. Este kit terá grande divulgação no Natal, época em que se poderão encontrar stands de venda junto à Aldeia do Natal no Centro Comercial Alegro e nas Amoreiras.

Ser padrinho é principalmente contribuir para um projecto mundial de conservação e, sabendo isto, são várias as empresas que querem tam-bém pôr mãos à obra, apadrinhando um dos habitantes do Jardim. É o caso da Nestlé, que “adoptou” o Urso-

pardo e uma foca (esta com a marca Chocapic), e festejou o dia Mundial da Criança com muitas prendas e anima-ção para os visitantes mais pequenos. Já a Abbot “adoptou” o Pinguim-do-cabo e, para o celebrar, proporcio-nou a crianças diabéticas um dia no Jardim Zoológico, com visita guiada, em Maio deste ano. O padrinho dos Flamingos, a Simtejo, não fica atrás e ofereceu aos filhos de todos os seus funcionários, uma visita ao Jardim.

A Sony tornou-se o mais recen-te parceiro do Jardim Zoológico, ao patrocinar o serviço de fotografia. A Fotozoo é um dos serviços que o Zoo disponibiliza aos seus visitantes, que permite recordar um dia diferente e imortalizar momentos únicos, como o de receber um beijinho de um Leão-marinho ou de um Golfinho. ∞

amigos do zoo

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Rã-tomate adulta.

{9}Jardim Zoológico

Curtas

...}reptéis em evolução

Podem não dar tanto nas vistas como os grandes felinos ou os animais aquáticos, mas também os répteis são fundamentais para o equilíbrio da Natureza. Muitos estão perto de nós todos os dias, mas algumas es-pécies raras só podem mesmo ser vistas no Jardim Zoológico. E este ano, o Sector dos Répteis tem boas novidades para contar.

Às vezes, são as criaturas mais pequenas que chamam a atenção. As estrelas do momento no Reptilário estão na maternidade, num pequeno aquário: vários exemplares de Rã-tomate. Quem os olha com tanto in-teresse não sabe que está a assistir a um autêntico movimento de esperan-ça: a Rã-tomate (Dyscophus guineti) é um anfíbio sob grande ameaça.

Este aquário é uma pequena demonstração de um projecto de re-produção levado a cabo pelo Jardim

Zoológico. Em Julho, os tratadores procuraram reproduzir a época das chuvas, habitual no habitat natural desta espécie e essencial para a sua multiplicação. Para isso, construíram câmaras de chuva, procedimento pre-paratório estimulante que, segundo estudos anteriores, só dariam resul-tados passado um ano. No entanto, apenas um mês depois, a fêmea, dis-putada por dois machos, tinha posto milhares de ovos. A cerca de meia centena de girinos que sobreviveu está a chegar ao fim da sua metamorfose e as pequenas rãs que já finalizaram o processo estão mesmo a começar a juntar-se em pequenos grupos.

No Reptilário pode assistir-se, assim, à evolução da Natureza que, por mais que seja estudada pela ci-ência, parece sempre um milagre. Neste caso, o milagre da multiplica-ção da Rã-tomate! ∞

IDENTITÉ�N° dossier : 2006267EDate : 13/02/07N° :Validation DA/DC :Validation Client :ACCOR

PANTON E

00 18 31 43

100 83 00 22

A relação entre o Jardim Zoológico e as empresas não fica pelos apadri-nhamentos. As parcerias são várias e têm ajudado à divulgação do parque. O grupo Accor, um dos maiores grupos hoteleiros do mundo, é um dos contri-buintes: um voucher de 15% de des-conto no billhete de entrada no Jardim Zoológico é oferecido no check-in de todos os clientes dos hotéis. O Grupo Pestana, o maior grupo português no sector do Turismo, por sua vez, criou um pacote especial a que chamou “Fa-mily Fun”. Este “pack” inclui a estadia de sexta a domingo no Pestana Palace em Lisboa, um dos melhores hotéis do

mundo, para dois adultos e uma crian-ça e a entrada livre para a criança, desde que acompanhada pelos adultos pagantes. A partir de Dezembro, a par-ceria do Jardim Zoológico com hotéis estender-se-á, através da empresa Cheque Hotel. Serão entre 5 a 10 hotéis em que, com a reserva de um quarto, é oferecido um bilhete de entrada para o Jardim. Para o ano de 2010, espera-se uma parceria com a Carristur, a prin-cipal operadora de circuitos turísticos em autocarros panorâmicos em Por-tugal. O Jardim Zoológico irá oferecer 15% de desconto a todos os clientes da Carristur.

Mais do que serem apoios funda-mentais para a sustentabilidade do Jardim Zoológico, padrinhos, par-ceiros e patrocinadores tornam-se elos na grande corrente mundial da protecção da Natureza e essa é, sem dúvida, a maior compensação. ∞

preciosas ajudas

Jovem Rã-tomate.

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{10} Jardim Zoológico

125 anos dE jardim zoológiCo

nessa data queridaÉ difícil celebrar 125 anos num dia só, mas o Jardim Zoológico

assinalou o dia do seu aniversário de forma especial.

Mais de um século depois de o rei D. Fernando II ter inaugurado

o primeiro parque de fauna e flora da Península Ibérica, foi a

vez do Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, fazer uma

visita oficial.

Recuamos ao dia 28 de Maio, um dia de festa...

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{11}Jardim Zoológico

125 anos dE jardim zoológiCo

“o nde é que ele está?”, perguntou uma voz infantil. É um dia quente e solarengo, não há uma única

nuvem no céu, mas as árvores oferecem algumas sombras desejáveis. É o cenário perfeito para uma visita de estudo ao Jardim Zoológico. Mas hoje não é um dia normal – é 28 de Maio, o dia exacto do 125º aniversário do Zoo. As professoras falam sobre as longas pestanas das elegantes e engraçadas girafas, mas as crianças só querem saber onde está o Presi-dente da República. “Onde é que ele está?”, perguntam.

O Presidente Cavaco Silva está também a observar as gira-fas na companhia da sua mulher, a primeira-dama Maria Cava-co Silva, do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, e de um numeroso grupo de seguranças, jornalistas e pessoal do Jardim Zoológico. O Presidente, convidado de honra de hoje, olha prazeirosamente em volta e diz: “realmente, não se compara”. Cavaco Silva refere-se às diferenças entre o Jar-dim Zoológico de hoje e aquele de que se lembra de há muitos, muitos anos atrás. Continua: “o Zoo está adaptado aos nossos

dias e tem as condições de um habitat natural”. Lembra-se do tempo em África, nos anos sessenta, e da viagem em que aí re-gressou com a sua família, alguns anos mais tarde. “Havia uma manada de búfalos, a 50 metros de distância, mesmo à nossa frente. A minha mulher gritava: “pára de filmar e tira-nos da-qui!” As girafas, com aquele ar de salto alto, parecem tão felizes quanto em África. É um trabalho impressionante.”

Esta visita ao Jardim Zoológico não parece de todo um dia de trabalho. O prazer em ver os animais saudáveis e fe-lizes é notório no olhar do casal presidencial. Para que o dia fique gravado, é pedido ao Presidente que descerre uma placa comemorativa dos 125 anos do Zoo e de toda a evolução que ocorreu nesses anos. As mudanças vão surgindo no caminho da visita oficial. O Templo dos Primatas é uma das novidades mais apreciadas. Gorilas, Chimpanzés e Orangotangos mos-tram-se confortáveis no seu grande templo, repleto de espa-ços verdes, sombras e várias estruturas de madeira para que se exercitem e sejam os animais selvagens que são.

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{12} Jardim Zoológico

125 anos dE jardim zoológiCo

É um visual que conhecemos apenas de fotografias ou livros. Têm o visual característico de há mais de um século atrás, numa reconstituição histórica que nos transporta para quan-do o Zoo foi inaugurado, com a presença da família real.

A comemoração do 125º aniversário do Jardim Zooló-gico foi ainda maior tendo em conta que este ano há outro evento importante para a ciência: os 200 anos de Charles Darwin. Para celebrar, o Jardim fez uma parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian e juntos criaram a exposi-ção “Evolução de Darwin”. De 12 de Fevereiro a 24 de Maio, toda a gente pôde ver a primeira reconstituição de Darwin a três dimensões e dois módulos importados do Museu de História Natural Americano: o escritório de Darwin e uma reconstituição da sua viagem no navio Beagle. O Jardim Zoológico garantiu a presença de algumas espécies: Tar-taruga, Suricata, Mico-Leão Dourado, Piranhas, Anaconda e Chuckwalla, para alertar para a importância da preser-

Quando tiramos os olhos dos ani-

mais durante um segundo, podemos

reparar que algo está diferente no

Jardim Zoológico hoje: além da gran-

de quantidade de crianças, da pre-

sença presidencial, do cocktail ao ar

livre cuidadosamente preparado para

receber os convidados, há pessoas

com estranhas roupas vestidas.

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{13}Jardim Zoológico

125 anos dE jardim zoológiCo

vação destas espécies, cada vez mais ameaçadas pelo Ho-mem. O Jardim Zoológico também celebrou o investigador no seu próprio espaço, com o programa educativo “Co-nhecer Darwin”. Estudantes foram convidados a viajar por instruções deixadas por Darwin em cartas, seguindo um percurso exploratório pelo Zoo. Ao longo do caminho, fo-ram observadas ao vivo algumas das espécies que levaram o cientista a questionar a diversidade biológica do planeta.

A visita oficial continua debaixo de um sol ainda mais quente. Além do Templo dos Primatas, as áreas que sofreram as maiores alterações foram o Reptilário, o Vale dos Tigres e as instalações dos Rinocerontes-in-dianos e africanos. Hoje, dois homens são celebrados: Félix Naharro Pires, antigo presidente do Jardim Zo-ológico e grande impulsionador da reforma do parque, e José Garcês. Designer, pintor e escritor, José Garcês ganhou muitos prémios pelos seus livros de banda dese-

nhada, sendo um deles “A História do Jardim Zoológico de Lisboa”. Hoje, o Zoo presta-lhe homenagem com um Diploma de Sócio Benfeitor.

Caminhando em direcção à saída, o Presidente, a sua mulher e o comité páram em frente ao coreto do Jardim. A banda, também vestida como se pertencesse ao século XIX, toca “Parabéns a Você”. O Presidente e algumas pessoas do grupo acompanham, cantando timidamente. Depois do improvisado mas perfeito final, a equipa presidencial deixa o Jardim Zoológico. Mas os sorrisos dos visitantes de hoje, especialmente as crianças, tal como em qualquer dia de visita ao Zoo, permanecem. O Jardim Zoológico, tal como a Natureza, transforma-se a cada segundo, pensando no bem-estar dos animais. E, afinal, é a felicidade dos animais que põe o brilho no olhar de cada visitante. Mais selvagem a cada dia, o Jardim Zoológico encontrou para esta celebra-ção o lema mais apropriado: “125 anos cheios de vida”. ∞

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Jennifer Roesler, tratadora do Zoo de San Diego,

com o recém-chegado Koala Bamba.

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{15}Jardim Zoológico

saiBa mais

espécies de eucaliptos que se podem encontrar nessas flo-restas, eles seleccionam folhas e rebentos novos de apenas 20. Alimentam-se ainda das cascas mais macias dessas ár-vores e de solo, que lhes fornece sais minerais essenciais.

As suas características podiam ter sido perfeitamente desenhadas pelo lápis de um Walt Disney: pelagem macia, de cor cinza mesclada no dorso e branca no ventre, cabeça arredondada, orelhas grandes e peludas e nariz grande e preto, sem um único pelo. Nas patas anteriores, o polegar e o dedo seguinte são oponíveis aos restantes dedos e nas patas posteriores só os polegares são oponíveis. São estas as particularidades, juntamente com as fortes garras que têm nos dedos (à excepção dos polegares das patas poste-riores) que permitem aos Koalas agarrarem-se e subirem

o nome científico do Koala não é fácil: Phascolarctos cinereus adustus – mas, analisando palavra a pala-

vra, não podia fazer mais sentido. Deriva das palavras gre-gas phaskolon, que quer dizer “bolsa”, arktos, que significa “urso” e da palavra latina cinereus, que é nem mais nem menos do que “cor de cinza”. Já a palavra Koala foi uma derivação do dialecto aborígene e traduz uma das singula-ridades desta espécie: significa simplesmente “não bebe”.

Conseguimos dizer desde crianças: “Os Koalas vêm da Austrália”; mas a verdade é que não podemos encontrá-los em todo o território australiano. São provenientes das regiões do Leste e do Sudeste, onde vivem em florestas de eucaliptos. Mas não se pense que, por isso, têm a vida faci-litada. Os Koalas são animais exigentes e, de entre as 350

Dos Koalas, todos sabemos dizer algumas coisas de cor: vêm da Austrália, comem eucaliptos, têm estatura média e aparência doce e meiga, abraçam-se aos troncos das árvores e carregam as crias “às cavalitas”. Mas, como qual-quer sedutor, o Koala guarda segredos por detrás das suas características e dos gestos aparentemente tão simples.

os segredos de um sedutor

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{16} Jardim Zoológico

saiBa mais

bambaa estrela que veio da califórnia

No dia 22 de Outubro, o Jardim Zoológico ganhou uma nova estrela. Depois de uma viagem que du-rou mais de 24 horas, Bamba, um Koala de 6 anos, chegou finalmente à sua nova casa e, pouco tempo depois, já era possível observá-lo no topo de um dos eucaliptos, com o seu olhar doce e movimen-tos suaves.

Bamba nasceu e foi criado no Zoo de San Diego, na Califórnia, mas a partir de agora, Lis-boa será a sua nova morada. Jennifer Roesler, a tratadora que acompanhou o koala nesta viagem e nos primeiros dias em Lisboa, garantiu que a adaptação não podia ter corrido melhor: “Ele está rodeado de animais provenientes da Austrália, que são visíveis a partir do seu ambiente, portanto eu calculo que ele também os consiga cheirar. Há muita coisa a que ele tem de começar a habituar-se, mas acho que se está a ambientar muito bem.” Jennifer fala de Bamba sempre com um sorriso sincero e muita ternura. Explica que os Koalas são muito susceptíveis ao stress e há sintomas que são motivo de preocupação: tremores, soluços, falta de apetite e passar muito tempo no solo. Mas o novo residente do Jardim Zoológico não teve nenhum desses sinais. “Bamba é um caso muito especial e vocês têm muita sorte em tê-lo. É um menino mui-to doce, tem um óptimo comportamento, é muito calmo, muito seguro, está muito relaxado e a gos-tar muito da sua nova casa.”

A amizade entre o Jardim Zoológico e o Zoo de San Diego começou em 1991, quando Lisboa obteve o seu primeiro Koala vindo do outro lado do Atlântico e tem havido trocas desde então. Jennifer Roesler ficou em Lisboa durante três dias, em for-mação com os tratadores. Na hora das despedidas e já com o pensamento nas três fêmeas que estão prestes a dar à luz em San Diego, Jennifer deixa escapar: “Eu vou ter muitas saudades do Bamba, mas sei que ele está em boas mãos”. ∞

aos troncos quase lisos dos eucaliptos. Os machos pesam cerca de 10 kg e as fêmeas cerca de 8 kg. São animais soli-tários, ou, quanto muito, vivem em pequenos grupos, e têm hábitos nocturnos.

Os Koalas são da ordem Marsupialia, o que, traduzin-do para uma imagem que todos entendem, faz com que as fêmeas sejam dotadas com uma bolsa marsupial, com a abertura exterior na vertical e não na horizontal, como acon-tece com os cangurus. Durante o período de acasalamento, que acontece de Setembro a Janeiro, os machos marcam os ramos com odores provenientes de glândulas que possuem no peito e fazem vocalizações que atraem as fêmeas no cio. E não nos deixemos iludir pelo ar calmo e afectuoso destes animais. Durante a época de acasalamento, os machos lu-tam entre si para manterem o seu harém, ou seja, um grupo de fêmeas reprodutoras. O período de gestação de um Koala é muito breve: apenas 35 dias. Depois deste tempo, o recém-nascido passa então para a bolsa marsupial, onde permane-ce durante mais 7 meses. Da bolsa marsupial passará para o dorso da progenitora, ao qual se agarra até completar um ano de idade. Está explicada a imagem do Koala com a cria “às cavalitas”. Os Koalas são animais afectuosos e é pos-sível que uma fêmea que tenha sido mãe há pouco tempo, adopte uma outra cria que tenha sido abandonada pela sua progenitora.

No início do século XX, os Koalas quase estiveram em vias de extinção, mas durante a última metade do século, graças aos esforços realizados para a sua conservação, as populações têm vindo a recuperar. Os zoos de todo o mundo são uma peça importante para este processo de conser-vação da espécie e, aqui em Lisboa, qualquer pessoa que venha pode deleitar-se com estes sedutores de olhar meigo e orelhas redondas, no cimo das árvores, dando abraços largos aos troncos. ∞

Pesagem do Bamba, na instalação dos Koalas, Jardim Zoológico.

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{17}Jardim Zoológico

Eaza 2009

U m comandante e seis aventureiros partem em busca de Lobos. Gerês, Malveira, Maia, Lisboa – os Life Sa-

vers (assim se chama este grupo) percorreram o país com o objectivo de perceber porque é que o Lobo está em vias de extinção. Foram também com a missão de lançar um alerta para a protecção desta espécie. Partiram do INED (Instituto de Educação e Desenvolvimento), de Nevogilde, no Porto, e com eles levaram uma câmara e o lema “Sonhamos mudar o mundo”. O resultado foi um documentário que explica a importância do papel do Lobo na Natureza e o que a inter-venção constante do Homem tem fei-to para desiquilibrar o ecossistema. Passaram por aldeias, parques na-turais e zoos e falaram com pessoas para quem o Lobo é um amigo que precisa de ajuda e com outras que o consideram uma ameaça.

Este alerta, em forma de vídeo, valeu a este grupo de alunos e um professor, uma viagem ao Zoo de Copenhaga – foi o prémio do concurso lançado pelo Centro Pedagógico do Jardim Zoológico, com o apoio da Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular (DGIDC), no início do ano lectivo 2008/2009. Esta competição tinha o tema “Convivência Homem – Grandes Carnívoros Eu-ropeus” e o trabalho dos alunos do Porto acertou em cheio naquilo que se pretendia. O objectivo do concurso, baseado na Campanha EAZA (Associação Europeia de Zoos e Aquá-

quem quer salvar o mundo?

rios) deste ano – SOS Carnívoros – era sensibilizar para a protecção da vida animal e dos ecossistemas e também pôr os alunos a pensar e debater temas relacionados com o am-biente de forma criativa.

A criatividade foi um dos critérios de avaliação do júri, composto por representantes do Jardim Zoológico e da DGIDC, bem como o tratamento da informação e a co-municação da conservação da biodiversidade. Foram 81 os trabalhos recebidos, com a participação de 400 alunos e 44 professores, mas apenas três os prémios atribuídos. Um ao

nível pré-escolar, entregue ao Jar-dim de Infância Vimeiro I, que con-correu com uma maqueta de um jogo chamado “O meu vizinho lobo”; outro ao nível do ensino básico, atribuído ao 7º ano do Externato João Alberto Faria, da Arruda dos Vinhos; e, por último, o do ensino secundário, para

os Life Savers já aqui mencionados. Enquanto estes foram para a Escandinávia, os mais novos ganharam também via-gens financiadas pelo Jardim: uns para o Parque Nacional Peneda Gerês e outros para Inglaterra, com uma visita ao Zoo de Londres.

Este concurso foi apenas o primeiro de muitos. O Jar-dim pretende fazer novas competições, bi-anuais, sempre em prol da educação dos mais novos e acompanhando as campanhas da EAZA. ∞

O objectivo do concur-so era sensibilizar (...) e também pôr os alunos a pensar e debater temas relacionados com o am-biente de forma criativa.

1º Prémio na categoria do Pré-escolar “O meu vizinho lobo”, pelo Jardim de Infância Vimeiro I

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{18} Jardim Zoológico

BastidorEs

Não é a primeira vez no Jardim Zoológico para nenhum dos alunos mas, antes de começar a visita, Raquel recorda as regras a todos, para que tudo corra dentro das normas pre-vistas. “Não se pode dar comida aos animais. Não se pode provocar, nem tocar nos animais. E não se pode deitar lixo para o chão.” Normas recordadas e dúvidas esclarecidas: a visita pode começar.

Os Tigres-de-samatra são os primeiros a ter a com-panhia dos alunos da Escola EB 2 e 3 Dr. António Sousa Agostinho, de Almancil, que os olham, fascinados, com os narizes colados ao vidro. Assim como explica algumas coi-sas sobre os animais, Raquel Mendes também vai fazendo perguntas às crianças. É uma forma de puxar pelos conhe-cimentos deles e de criar alguma interacção.

A visita avança para os Cangurus. Há maçãs pendura-das em paus e alface colocada em níveis mais elevados e a guia aproveita para falar do enriquecimento ambiental. Ex-plica que as instalações são o mais natural possível e que há cordas, troncos, caixas e planos elevados com a comida, de modo a que os hábitos dos animais sejam o mais pare-cidos possível com os que têm no seu habitat natural. “Por-que eles na natureza têm de se esforçar para conseguir o alimento”, remata Raquel. Também Antonieta Costa, res-ponsável pelo Centro Pedagógico do Jardim Zoológico, fala da importância das acções de enriquecimento ambiental e afirma que “é fundamental promover os instintos naturais

o dia está cinzento e o céu ameaça chuva desde que a claridade acordou as primeiras horas da manhã.

O Outono parece finalmente ter chegado a Lisboa, este ano mais tarde do que manda a lei das estações. No Jardim Zoológico, não há filas nas bilheteiras, nem nos portões de entrada e lá dentro, à excepção de duas ou três famílias, poucos são os visitantes. Talvez por ser ainda de manhã. Talvez por ser dia de semana. Talvez por a meteorologia ter traído a confiança daqueles que, mal habituados, ainda queriam mais uns dias de Verão. Mas são 13h e a situação não tarda a inverter-se.

O autocarro do Algarve está atrasado, o que dá mais algum tempo a Raquel para preparar o seu material de trabalho. Envergando umas calças de ganga confortáveis e uns ténis azuis, a rapariga ajeita a placa amarela que traz ao peito. “Raquel Mendes”, pode ler-se. Todos no Jardim Zoológico a conhecem, afinal há já 3 anos que esta é a sua segunda casa. Mas, para que não restem dúvidas, Raquel veste uma t-shirt vermelha, onde em letras brancas nas costas se pode ler: “EDUCADOR Centro Pedagógico – Jar-dim Zoológico”. Está na hora de fazer uma visita guiada e Raquel pega num saco, que põe ao ombro. Está tudo pronto para a chegada da turma do Algarve.

“Olá! O meu nome é Raquel e vou ser a vossa guia.” A viagem desde Almancil até Lisboa parece não ter cansado a turma do 6º ano que acaba de se sentar em frente aos Leões.

Ao Jardim Zoológico, todos os dias chegam autocarros, cheios de crianças e jovens com um objectivo comum: deixar os livros e a televisão de parte e conhecer, ao vivo e a cores, os animais que existem em 3 dimensões e aqui tão perto de todos.

todos os dias são dias de visita

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BastidorEs

meno da mudança das escamas e faz uma revelação sobre a qual os alunos nunca tinham pensado: “Se estes animais não mudassem as escamas, ficavam sempre com o tama-nho com que tinham nascido”. Raquel fala ainda das per-seguições que o homem tem feito, ao longo dos anos, aos animais e aquilo que busca em cada um deles, como a pele, o pêlo, as escamas e os dentes. Explica como isso tem con-tribuído para a quase extinção de algumas espécies. Esta é a oportunidade perfeita para puxar pela temática da visita, que se chama precisamente “A extinção é para sempre”, e na qual os alunos são convidados a perceber quais as prin-cipais ameaças que a biodiversidade enfrenta e o que cada um deles pode fazer para alterar a situação actual do pla-neta. A responsável pelo Centro Pedagógico revela que esta visita se mantém em todos os níveis de escolaridade (mu-dando obrigatoriamente o tipo de comunicação que é feita) e que é mesmo a mais procurada, por ser uma visita mais genérica, onde é abordada uma temática muito pertinente e ajustada aos conteúdos programáticos de todos os anos. Para Antonieta Costa, o objectivo é simples. “É preciso criar emoções para alterar e gerar valores.”

Raquel Mendes diz que, como em qualquer profissão, o essencial é gostar daquilo que se faz e, mesmo com um grupo disperso e desatento como a turma de Almancil, os desafios e as compensações são sempre muitos. Junto às Girafas-de-angola, a guia da visita explica que não se po-

dos animais em todos os sentidos, desde a alimentação, ao olfacto, ao entretenimento…”.

Ainda junto aos Cangurus, Raquel continua a dar in-formações sobre esta classe de animais e, para avançar para o tema da bolsa marsupial, a guia prepara um truque que sabe impossível de falhar. “Olhem todos para o vosso polegar.” Todas as crianças esticam o dedo de imediato. “Agora, olhem para a unha do polegar. É esse o tamanho de um canguru quando nasce e é por isso que tem de se proteger na bolsa marsupial”.

Raquel Mendes explica que um dos truques para se ser um bom guia nas visitas do Jardim Zoológico é perce-ber o tipo de grupo que se tem à frente e tentar controlá-lo, fazendo com que todos fiquem à sua volta, para transmitir as informações. No final da visita, já afastada das crianças, confessa que a turma do 6º ano da escola de Almancil não foi um grupo fácil.

De volta à visita, Raquel avança com o grupo pela zona dos Esquilos, passam pelos Rinocerontes-indianos e a guia tenta apressar as crianças, que se distraem facilmente com todos os movimentos à sua volta: “Temos de nos despachar. O Jardim Zoológico tem cerca de 360 espécies e nós ainda só vimos 4.” A próxima paragem acontece junto aos répteis e Raquel está prestes a revelar a todos que saco é aquele que traz pendurado ao ombro. Lá de dentro tira amostras de escamas de cobras e tartarugas. A guia explica o fenó-

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O programa educativo promovido pelo Jardim Zoológico desde 1992, na sua vertente dirigida a escolas, obteve o reconhecimento de Utilidade Educativa pelo Ministério da Educação. A par da conservação e da in-vestigação, a educação é uma das missões do Zoo, que tem vindo a ser alcançada com a realização de uma série de programas educativos, no âmbito da educação ambiental, dirigidos a um público que vai desde o pré-escolar até ao ensino secundário. Este reconhecimento evidencia o paralelismo pedagógico entre os conteúdos veiculados pelo Jardim Zoológico e os curricula escolares.

Para levar a cabo todos os programas, o Jardim Zoológico conta com uma equipa de cerca de 30 técnicos, sendo que todos têm forma-ções anuais no sentido de prosseguir com a sua missão educativa. Anto-nieta Costa garante que estão a ser desenvolvidos mais programas para o próximo ano, com o objectivo de alcançar cada vez mais público e ex-plica aquilo que move o trabalho diário do Centro Pedagógico: “Cumprir a missão educativa do Jardim Zoológico e trabalhar no sentido de levar essa missão a um público cada vez mais vasto. Queremos que os profes-sores tenham conhecimento dos nossos projectos e queremos que eles venham com os seus alunos.” ∞

zoo de mãos dadas com o ministério daeducaçãoO Jardim Zoológico comemora 125 anos de existência, e os festejos não se esgotam com a celebração do aniversário. O dia 27 de Maio foi também de festa para o Zoo e o presente veio das mãos do Ministério da Educação.

dem sentar, ou dobrar os joelhos, para apanhar alguma coisa do chão.

Atenta a todos os jogos e estratégias de Raquel, está Sandra, umas das muitas pessoas que todos os anos, entre Setembro e Outubro, recebem formação no Centro Pedagó-gico do Jardim Zoológico. Sandra segue a visita, sempre ao lado da guia Raquel, munida de papel e caneta e com todos os sentidos bem despertos. Para levar a cabo todos os pro-gramas que fazem parte da sua missão educativa, o Jardim Zoológico conta com uma equipa de 30 técnicos e há recru-tamento todos os anos. A verdade é que o Zoo, e de acor-do com as palavras de Antonieta Costa, “tem uma série de programas educativos, desde o pré-escolar ao secundário, passando pelo ensino politécnico e superior”, que consistem em encontros com tratadores e treinadores, sessões temá-ticas e visitas guiadas. É necessário que as escolas façam uma marcação prévia e, à excepção de “O Zoo vai à esco-la”, todos os programas são gratuitos, querendo isto dizer que os alunos só têm de pagar a entrada no Parque. A nossa guia, Raquel Mendes, explica que os técnicos são escalados consoante a sua disponibilidade e que, durante esta semana, fará apenas esta visita, com a turma de Almancil. Contudo, a partir de Março, altura em que começa a época alta no Jardim Zoológico, as visitas guiadas aumentam exponencialmente e pode chegar mesmo a haver 4 grupos ao mesmo tempo. A responsável do Centro Pedagógico revela que são mais pro-

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curados pelo pré-escolar, primeiro e segundos ciclos e que o objectivo é precisamente chegar ao terceiro ciclo e ao ensino secundário. Mas os números já são impressionantes. “Todos os dias temos visitas e, no ano passado, passaram por aqui à volta de 30 mil alunos”, lembra Antonieta já sem precisar de olhar para os papéis. E mesmo num dia cinzento, a ameaçar uma chuva de Outono, o grupo de Raquel tem de se apressar para não ser apanhado por outra turma que vem imediata-mente atrás, liderada pela guia Joana.

A turma do 6º ano está agora junto aos Elefantes-afri-canos-de-savana e Raquel sabe que os animais maiores são os que exercem mais fascínio durante as visitas guiadas. É preciso abordar as questões fundamentais e avançar rapida-mente para outro ambiente para não se perder a atenção dos alunos. O sol decidiu espreitar durante uns minutos e um grupo de Flamingos desloca-se em grupo, graciosos como bailarinos numa dança ensaiada. Mas o Jardim Zoológico é um mundo de contrastes e a próxima paragem é junto aos Hipopótamos, animais fortes e maciços, que todos ficam a saber que são os que mais Homens matam em África. Na zona dos grandes primatas, Raquel Mendes ensina todas as crianças a distinguir os machos das fêmeas e garante que todos os Gorilas são diferentes uns dos outros e se dife-

renciam pelo nariz. Mas a hora de almoço há muito que já passou e o grupo de miúdos começa a acusar uma viagem longa, desde o Algarve até Lisboa. Tempo ainda para uma passagem pela zona das Focas, dos Leões-marinhos e dos Pinguins e para um resumo geral dos temas aprendidos. Raquel considera que uma visita com sucesso é aquela “em que nós conseguimos falar de tudo aquilo que temos para falar. Em que chegamos ao final e, com as perguntas que fazemos, vejamos que eles aprenderam alguma coisa.”

Raquel Mendes despede-se dos alunos de Almancil, que já só pensam nos hambúrgueres e nos gelados que querem comer. A visita de hoje não foi o exemplo de maior sucesso no currículo de Raquel, mas ela sabe que faz a dife-rença nos conhecimentos de todas as crianças e jovens que acompanha. Raquel sabe que a turma de Almancil nunca mais vai pensar num bebé Canguru sem olhar para a unha do polegar, nem vão afastar as pernas para apanhar algu-ma coisa do chão, sem se lembrarem imediatamente das girafas. É por isto que os programas educativos do Jardim Zoológico foram reconhecidos pelo Ministério da Educação e é por tudo isto que, todos os dias, professores de todos os cantos do país vêm com os seus alunos para visitas guiadas no Jardim que tem um mundo lá dentro. ∞

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A 1ª cria de Calau-trombeteiro do Jardim Zoológico.

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Calau-tromBEtEiro

fesa contra os predadores. Em meados de Junho, a fêmea deu então por concluído o seu ninho, totalmente fechado, deixando apenas uma pequena abertura para receber a ali-mentação do macho. Agora faltava apenas esperar que do ninho onde entrou uma ave, saíssem duas...

A 31 de Julho, por uma abertura construída de forma a não incomodar a futura mãe, verificou-se que a fêmea já não estava só. Uma rosada cria, ainda de olhos fechados e cerca de 2 a 3 dias, ali estava, protegida pelo corpo ma-terno. Como uma família à antiga, a mãe fica a cuidar do ninho até que a cria esteja pronta para enfrentar o exterior, enquanto o pai garante o alimento para ambos. Uma nova observação em Agosto permitiu confirmar que tudo corria como o previsto.

No final de Setembro, a equipa quis mais uma vez sa-ber como estavam as coisas. Afinal, passavam já 61 dias da data em que, previsivelmente, teria nascido o pequeno Calau-trombeteiro. Normalmente, mãe e filho saem do

ninho a partir dos 50 dias de idade. As dúvidas começam a assombrar a equipa do Sector das Aves. Será que a cria vai sobreviver? Será que vai ser necessária a intervenção dos tratadores?

No primeiro dia do mês de Ou-tubro, dissiparam-se todas as dú-

vidas. Ainda não eram 10 horas quando se começaram a ouvir pancadas fortes vindas das instalações dos Calaus-trombeteiros – é a fêmea finalmente a partir a lama e a preparar-se para deixar o ninho. Duas horas depois, é a vez de a tão esperada cria espreitar o mundo cá fora, primei-ro a medo, ainda alimentada pela mãe dentro do ninho. Às 14 horas, o pequeno Calau aventura-se e dá finalmente um passo em frente: uma nova e longa vida espera-o.

Este é um momento histórico, já que é a primeira vez que um Calau se reproduz em toda a existência de 125 anos do Jardim Zoológico! A pequena ave foi bem recebida pelo pai, o que nem sempre acontece nesta espécie, e já voa e pula de galho em galho, feliz e saudável. É um orgulho para a família – não só para os pais que o fizeram evoluir durante meses, mas também para todos os “tios” e “tias” da equipa. É caso para dizer: “um pequeno passo para o Calau-trom-beteiro, um grande passo para o Jardim Zoológico”. ∞

F oi em Janeiro deste ano. Por entre o frio do Inverno, os tratadores do Jardim Zoológico do sector das aves

começaram a notar comportamentos reprodutivos nos pe-quenos, mas muito peculiares, Calaus-trombeteiros.

De nome científico Bycanistes bucinator, estas aves da família dos Bucerotidae são românticas, já que são monogâ-micas e formam casais para toda a vida, mas também muito complexas. A sua reprodução fora do habitat natural (onde se encontra sobretudo) é extremamente difícil, já que quaisquer perturbações, desde a limpeza das instalações até às alte-rações climatéricas, podem pôr em causa o sucesso do pro-cesso reprodutivo. Assim, é muito difícil para as instituições que têm Calaus-trombeteiros conseguir que eles se multipli-quem. Os números mostram-no bem: estima-se que existam pouco mais de 100 exemplares ex-situ (fora do habitat natural) e, nos últimos 12 meses, nasceram apenas 5 crias.

O flirt que se fez sentir entre um macho e uma fêmea residentes no Jardim Zoológico foi motivo de expectativa entre a equipa – será que daqui iria sair um casamento feliz e com frutos? Como bons casamenteiros, os membros da equipa do Sector das Aves puseram mãos à obra para criar o ambien-te certo para a reprodução. No caso, música ambiente e jantar à luz das velas teriam pouco efeito. O que fize-ram, ainda em Janeiro, foi disponibilizar nas suas instalações, caixas com substrato argiloso, molhado diariamente, que servisse como “cimento” para os Calaus construírem o ninho necessário à reprodução. Uns meses mais tarde, já em Abril, foi altura de melhorar a alimentação dos dois calaus, com proteínas de pequenos ratos, acrescentando-as aos insectos que lhes são dados três vezes por semana. Foi em Maio que um tratador notou que o macho preferia a terra da instalação ao substrato argiloso como material de construção para o ni-nho da sua fêmea. A equipa passou então a soltar a terra e a molhá-la diariamente para ajudar o Calau-trombeteiro na sua tarefa.

Com o calor veio mais um avanço. No início de Junho, a fêmea passou a ficar no ninho e a ser alimentada pelo macho. Apesar de estar já bastante consistente, as obras ainda não estavam completas. Faltava fechar a “casa”, um hábito dos Calaus-trombeteiros que se julga ser uma de-

calau-trombeteiroa aventura da reprodução

O flirt que se fez sentir entre um macho e uma fêmea (...) foi motivo de expectativa entre a equipa – será que daqui iria sair um casamento feliz e com frutos?

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{24} Jardim Zoológico

dEntro E fora dE portas

A o longo deste ano, o Jardim Zoológico comemorou os seus 125 anos de existência e de missão, mas houve

muitas outras datas especiais que se foram assinalando no calendário de 2009 e que o Zoo fez questão de celebrar.

Há efemérides que não exigem qualquer esforço de memória para serem lembradas e o Dia da Criança faz, com toda a certeza, parte da lista. Para comemorar o dia 1 de Junho de uma forma muito especial, o Jardim Zoológico uniu-se à Fundação Luís Figo e a iniciativa não podia ter corrido melhor. Para alegria dos mais pequenos, a estrela do futebol esteve na Baía dos Golfinhos a distribuir autó-grafos a todos os que estavam na plateia, onde se conta-ram cerca de 900 crianças de Instituições de Solidariedade Social, convidadas pela Fundação. Mas o Dia da Criança é de festa até ao fim e as surpresas não terminaram na Baía dos Golfinhos. Quem passeou pelo parque cruzou-se cer-tamente com Gombby, o famoso padeiro da Ilha Verde, que durante todo o dia distribuiu beijos, abraços e uma lem-brança aos mais novos.

E se as crianças têm direito a ser celebradas, os avós também não podiam ser esquecidos. A propósito do Dia dos Avós, o Jardim Zoológico lançou um desafio aos mais no-

Dentro dos portões do Jardim Zoológico cabe o mundo inteiro, mas, em certos dias, há ainda mais mundo

lá dentro. Outros dias há em que os portões se abrem para deixar escapar

o mundo do zoo lá para fora.

o zoo em festa o ano inteiro

vos: um concurso de poemas dedicados aos seus avós. Os 5 autores dos melhores poemas puderam visitar o Zoo no dia 26 de Julho, o dia que é de todos os avós do mundo.

E o Jardim Zoológico ainda não tinha tido tempo para arrumar a casa depois da festa do Dia dos Avós e já se as-sinalava outra data no calendário das festividades. No dia 28 de Julho, celebrou-se o Dia da Conservação. E porque a conservação da biodiversidade faz parte integrante da mis-são actual do Jardim Zoológico, foram várias as iniciativas para dar a conhecer a contribuição que o Zoo tem na pre-servação da natureza.

O calendário de festejos dentro do Jardim Zoológico terminou com um dos dias mais simbólicos para o Par-que: o Dia Mundial do Animal, celebrado a 4 de Outubro. Para marcar este dia, foi lançado um concurso on-line, no qual os utilizadores foram convidados a enviar as três melhores fotografias tiradas a animais do Jardim Zooló-gico. A adesão foi muito maior do que a que se poderia ter inicialmente previsto e surpreendeu toda a gente. No final, os três vencedores ganharam entradas para visitar o parque no Dia Mundial do Animal. Também as crian-ças que vieram mascaradas de animais, puderam entrar

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dEntro E fora dE portas

gratuitamente neste dia. Dentro dos portões do Zoo, a animação esteve garantida durante todo o dia, com ani-madores mascarados de animais, distribuindo presentes a todos os visitantes e fazendo as delícias dos mais pe-quenos.

Mas as actividades do Jardim Zoológico não se es-gotam dentro dos portões. Há eventos com o cunho do Zoo, que se revestem de uma relevância fundamental em diversos factores da nossa sociedade. De 18 a 25 de Se-tembro, realizou-se o Green Festival, que, apesar de ir apenas na sua segunda edição, tem vindo a afirmar-se como o evento de referência na área do desenvolvimento sustentável. O Festival decorreu no Centro de Congres-sos do Estoril e focou-se essencialmente em três áreas, que são pilares da Sustentabilidade: a economia, a so-ciedade e o ambiente. Com o total apoio da Câmara Mu-nicipal de Cascais e com o Banco Santander e a PT como principais patrocinadores, o Green Festival proporcionou a todos os que participaram um programa de activida-des muito completo e atractivo, um mercado biológico e 6 dias temáticos, com oradores e conteúdos muito inte-ressantes.

De entre os convidados, destacamos

a Dra. Bruntland, autora do primeiro

relatório de sustentabilidade, entre-

gue nas Nações Unidas em 1987, e

que, já na altura, alertava o mundo

para a urgência do desenvolvimento

sustentável.

Outra das figuras de referência pre-

sente no Festival foi o dinamarquês

Bjorn Lomborg, autor de vários livros

sobre a problemática das alterações

climáticas, e que foi nomeado por

várias revistas em 2008, entre as

quais a Time e a Esquire, como uma

das 100 pessoas mais influentes do

planeta.

Autógrafos de Luís Figo na Baía dos Golfinhos, Jardim Zoológico. Dra. Bruntland no Green Festival de 2009.

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{26} Jardim Zoológico

dEntro E fora dE portas

O Green Festival é, sem dúvida, um evento de exemplar relevância para o Jardim Zoológico, no sentido em que o tema da Sustentabilidade se identifica com a própria mis-são do Zoo e constitui uma forma de a divulgar. É ainda um óptimo veículo de difusão do alerta para a conservação da natureza.

O último evento de representação do Jardim Zoo-lógico fora de portas aconteceu em dia de feriado na-cional e teve honras da Presidência da República. Para assinalar o aniversário da Implantação da República e o 5º aniversário do Museu da Presidência da República, o Jardim Zoológico fez uma apresentação de aves, no dia 5 de Outubro, onde se pôde observar a elegância de um Falcão-cara-cara e de uma Coruja-das-neves e a beleza de duas Araras-vermelhas, um Papagaio-verde-da-ama-zónia e uma Catatua-de-bico-comprido. A apresentação de aves foi semelhante à que é realizada no próprio Jar-dim Zoológico e esteve inserida num programa de ani-mação cultural a decorrer de 1 a 5 de Outubro, no Palácio de Belém.

Em todos os eventos, tanto dentro como fora de portas, o Jardim Zoológico tem sempre um único objectivo: cumprir as missões de utilidade pública e educativa que tem para com a sociedade. Deste modo, há uma frase que pode ser dita com orgulho e com toda a confiança: “Para o ano há mais!”. ∞

Apresentação “Aves em vôo livre” nos jardins do Palácio de Belém, em celebração do 5º aniversário do Museu da Presidência.

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{27}Jardim Zoológico

agEnda

21 a 31 dE dEzEmBro

atl de natal

“Aprender, explorando” é o lema des-te programa. Destina-se a todas as crianças e jovens que se interessam pela Natureza, dando-lhes a oportu-nidade de investigarem os mistérios do reino animal e de contribuirem para transformar o nosso Planeta num sítio melhor para viver. No final, os pequenos amantes da Natureza transformar-se-ão em “Embaixado-res da Natureza”.E nem os pais conseguirão escapar indiferentes!As inscrições estão abertas, visite o site www.zoo.pt.

13 a 17 dE janEiro dE 2010

btl › feira Internacional de Turismo

É já no início do próximo ano que terá lugar a 22ª edição da maior feira de turismo do País. A decorrer de 13 a 17 de Janeiro na FIL, vários são os sec-tores de turismo, nacionais e interna-cionais, que vão estar representados. E, como não podia deixar de ser, o Jardim Zoológico vai mais uma vez marcar a sua presença, para dar a co-nhecer as suas novidades. Não perca, visite o stand do Jardim Zoológico na FIL e ganhe muitas surpresas!

próximoseventos14 dE fEvErEiro

dia dos namorados

16 dE fEvErEiro

carnaval

19 dE março

dia do pai

4 dE aBril

páscoa

22 dE aBril

dia mundial da terra

2 dE maio

dia da mãe

5 dE dEzEmBro

natal antecipado com a chegada do Pai Natal ao Jardim ZoológicoNo dia 5 de Dezembro, o Jardim Zoo-lógico recebe um convidado especial: o Pai Natal! Esta é uma data especial no parque, em que todos estão convi-dados a participar.Depois do habitual espectáculo na Baía dos Golfinhos, entre as 11h e as 12h, o Pai Natal fará a sua chegada triunfal, para distribuir presentes a todas as crianças!O Jardim Zoológico preparou ainda uma série de actividades que estarão disponíveis ao longo de todo o dia. Os visitantes poderão mostrar o animal que há em si através de pinturas fa-ciais e os saudosistas podem tirar uma fotografia com o Pai Natal para mais tarde recordar este dia fantás-tico.Na parte da tarde, as crianças pode-rão participar nos ateliers infantis da Ciência Divertida, para construção de enfeites de Natal. Os participantes podem depois colocar os seus pró-prios enfeites na árvore do Pai Natal do Jardim Zoológico!Também a zona franca do Jardim Zoológico ficará decorada durante todo o mês de Dezembro. Deixe-se levar pelo espírito natalício e marque já na sua agenda o dia 5 de Dezembro para receber o Pai Natal no Jardim Zoológico.Como vem sendo habitual, serão ain-da convidadas muitas crianças de di-versas Instituições de Solidariedade Social, para que também elas pos-sam desfrutar deste dia tão especial. Afinal, são cerca de 2.000 animais para visitar!

{agenda} de novembro de 2009 a maio de 2010

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