Revista Juntos Somos Mais Especial Tecnosinos

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Abril de 2013

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importância do Rio Grande do Sul na história da nação brasileira foiconstruída por movimentos ousados. A Revolução Farroupilha é umgrande exemplo de como os gaúchos sempre estiveram à frente da

construção do Brasil contemporâneo. Liderar é palavra de ordem na almados gaúchos. Quando fazemos um empreendimento, fazemos para queseja o melhor.

São Leopoldo, nossa porção do Rio Grande. Berço da imigração alemãno Brasil, ao seu modo, segue esta trajetória histórica. Eis nosso ParqueTecnológico (Tecnosinos), plantado no leito do Horto Florestal, ainda desco-nhecido por parte da nossa gente. São quase 20 anos desde a preparaçãoe 13 anos com certidão de nascimento. Um conglomerado de empresasque gera muita renda para a cidade e não devolve, em troca, nem fumaça enem barulho. Um gigante silencioso.

Hoje, ele se destaca como um dos centros mais importantes do nossopaís em criação de tecnologia para a indústria nacional. E para empresasestrangeiras, que atravessaram o mundo para aqui fincar suas bandeiras epara beber da mítica água do Rio dos Sinos. É um portento nativo, aquicriado e alimentado pelas mãos fortes da ACIS, da Unisinos e da PrefeituraMunicipal. É também um desagravo, ou desafio, para os desanimados quenão acreditam ser aqui o solo fértil para o crescimento das palmeiras altivasque ornam as alamedas mais ricas do planeta.

Com apenas 13 anos de existência, o Tecnosinos entrou no circuitohigh tech do Brasil. Centro de inteligência concentrada e de árduo trabalho,o Parque Tecnológico parece seguir o exemplo bem-sucedido do Vale doSilício, na Califórnia – EUA, há três décadas, quando o mundo foi transfor-mado pela tecnologia informatizada. Nunca é tarde para entrar na históriada humanidade. É graças àquela revolução da inteligência industrial quesurgiram ícones modernos como Bill Gates, criador da Microsoft, e SteveJobs, idealizador da Apple, fundadores de impérios milionários que transfor-maram para melhor o cotidiano da população mundial.

“Sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”, entoa o hino detodos os gaúchos. O Tecnosinos é nosso.

APRESENTAÇÃO

a toda terraDe modelo

A

Arquivo U

nisinos

DIRETORIA EXECUTIVADIRETORIA EXECUTIVADIRETORIA EXECUTIVADIRETORIA EXECUTIVADIRETORIA EXECUTIVAPRESIDENTERosângela Maria Herzer dos Santos

VICE-PRESIDENTESVICE-PRESIDENTESVICE-PRESIDENTESVICE-PRESIDENTESVICE-PRESIDENTESAdministrativo – Fábio FaistauerFinanceiro – Marco Aurélio ZangIndústria – Gilso GotardoComércio – Isabel Cristina StürmerMarinoniServiços – Janaina de Oliveira

CONSELHO DELIBERACONSELHO DELIBERACONSELHO DELIBERACONSELHO DELIBERACONSELHO DELIBERATIVTIVTIVTIVTIVOOOOOPresidente – Luiz Francisco Calgaroto

CONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCALCONSELHO FISCAL1º Membro – Celso Erny Kraemer2º Membro – João Claudio da Silva3º Membro – Maria do Socorro daCruz Bittencourt1º Suplente – Mário Smialowski2º Suplente – Rogério Daniel da Silva3º Suplente – Almindo Liverino deMello

EQUIPEEQUIPEEQUIPEEQUIPEEQUIPEGerência Executiva: MargareteStürmerAssessoria de Imprensa: ElizabethRenz | MTB: 8228/95Comércio Exterior: Douglas A. TissotConsultora Comercial: Sônia LimaCursos: Sheila PadilhaFinanceiro: Douglas A. TissotLocações: Sheila PadilhaParceiros Voluntários: JussaraChiapariniRelacionamento Institucional: SheilaPadilhaSecretaria Administrativa: MicheliMendesSede Social: Maria Aparecida Rosa

Juntos Somos Mais é uma publicaçãoda Associação Comercial, Industrial ede Serviços de São Leopoldo. É dirigidaaos associados, órgãos de Governo, en-tidades de classe, imprensa, entre ou-tros.

Edição Especial TEdição Especial TEdição Especial TEdição Especial TEdição Especial TecnosinosecnosinosecnosinosecnosinosecnosinosAbril de 2013Coordenação, edição e textos:Morgana Saez | MTB: 6128Paulo Velinho | MTB: 5335Fotos: Morgana Saez, Nilson Winter eArquivo UnisinosFoto de capa:kentoh/www.fotosearch.com.brProjeto e Produção Gráfica:Gilson Camargo | MTB 7137

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Rosângela Maria Herzer dos Santos

tualmente, nossa cidade contribui com 1,5%da economia do Rio Grande do Sul e com 1,7%do produto industrial do Estado. E o nosso Polo

de Informática, rebatizado de Tecnosinos, está in-crementando estes índices. É uma fortaleza econô-mica da cidade, que reúne 74 empresas oriundasde nove países. Entre elas, gigantes como a alemãSAP, líder mundial em softwares corporativos. E aindiana HCL, especialista em serviços de tecnologia,além da joint venture HT Micron, resultado da parce-ria da sul-coreana Hana Micron com a brasileiraParit. São companhias globais que estabelecem pro-dutiva colaboração com dezenas de start ups, queestão iniciando suas trajetórias abrigadas na Incu-badora Tecnológica. Sem dúvida, é um empreendi-mento que tem potencial para representar algo tãograndioso quanto o exemplo americano, quandosurgiu o Vale do Silício, nos Estados Unidos.

Nesse momento ascendente do ParqueTecnológico, é oportuno lembrar o empenho dos ho-mens e mulheres que integraram a ACIS ao projetovencedor. Sinto-me honrada de presidir uma enti-dade que teve papel preponderante nesse proces-so. A visão que meus antecessores tiveram, ao ele-ger a informática como alternativa para fomentar ocrescimento e qualidade de vida de São Leopoldoé digna de registro.

Na época, foi a sábia alternativa que eles en-contraram para contornar as limitações que a cida-de apresentava como a escassez de áreas de ter-ras e deficiência no abastecimento de energia elé-trica e de telefonia. Importa também ressaltar a de-dicação e perseverança das pessoas envolvidas di-

retamente desde a concepção do Polo, algumas de-las citadas nesta publicação. Por fim, é justo e ne-cessário destacar o elo mantido entre a ACIS, aUnisinos e o Poder Público, que culminou na cria-ção de um centro de inteligência de tecnologia einovação que ganha notoriedade internacional. Por-tanto, publicar essa edição especial da Revista Jun-tos Somos Mais, resgatando um pouco da históriado Tecnosinos, é uma homenagem àqueles que fo-ram protagonistas de sua criação e aos que estãodando continuidade ao empreendimento.

compartilhadoSucesso

São Leopoldo conta, hoje, com uma oportuni-dade e uma realidade que raras cidades brasilei-ras têm: o Tecnosinos. Desenvolvido a partir de1996, ele demanda cerca de 25% da economialeopoldense. É um importante fator de interna-cionalização, geração de empregos de qualidadee criação de imagem positiva para a cidade.

PRESIDENTE

A

Fábio W

inter

Presidente da ACIS/SL

“Meusantecessoreselegeram a

informática parao crescimento

da cidade.”

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LINHA DO TEMPO

Aqui estão relacionados alguns dos fatosmais importantes da construção do Tecnosinos.Desde a ideia inicial, a ocupação de um descam-pado, a implantação do Polo de Informática, a evo-lução para Parque Tecnológico e a solidez confir-mada pelas multinacionais. É uma síntese de qua-se 20 anos de história, em que o assentamentode “tijolo por tijolo” levou à edificação desse gi-gante da economia de São Leopoldo.

internacionais

Do terreno baldioàs empresas

1993 1996MarçoMarçoMarçoMarçoMarço – Com o objetivo de tornar São Leopol-

do competitiva em relação a outros municípios queoferecem incentivos para a instalação de novas em-presas, o integrante do grupo Jovens Empresáriosda ACIS/SL e também diretor da SKA, SiegfriedKoelln, mantém audiência com o vice-prefeito Ronal-do Ribas. No encontro, o empresário propõe a isen-ção de impostos para as empresas de informática.O assunto passa a integrar a pauta do Executivo.

AAAAAgostgostgostgostgosto, 5o, 5o, 5o, 5o, 5 – O prefeito Waldir Schmidt sancio-na a Lei nº 3874 que isenta o Imposto Sobre Servi-ços de Qualquer Natureza (ISSQN), e Imposto Pre-dial e Territorial Urbano (IPTU) para as empresasde informática até 31/12/1988.

OutubrOutubrOutubrOutubrOutubrooooo – A ACIS/SL inicia um movimento paraa implantação do Polo de Informática de São Leo-poldo, na gestão de Cláudio Coelho Marques, quevai de 1996 a 1998.

DezembrDezembrDezembrDezembrDezembro, 1o, 1o, 1o, 1o, 177777 – Delegação composta por 13empresários, prefeitos e secretários de seis cida-des do Conselho Regional de Desenvolvimento doVale dos Sinos – Consinos, visita o Centro de Pes-quisas da Petrobras, Polo de Biotecnologia da Fun-dação Bio-Rio e a incubadora de empresas da Uni-versidade Federal do Rio de Janeiro. Nesta comiti-va a ACIS/SL estava representada pelo seu presi-dente Cláudio Marques, presidente do Conselho deex-presidentes, Jorge Northfleet, e pelo vice-presidente

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1997

TecnologiaPolo deInformáticaconcentraempresas denove países

dos Jovens Empresários, Leandro Hilbk. A partir da-quela visita estabeleceu-se um plano de trabalhopara a idealização e concepção do Polo de Informá-tica de São Leopoldo.

Maio, 2Maio, 2Maio, 2Maio, 2Maio, 2 – Siegfried Koelln (SKA) e o presiden-te da Assespro, Cláudio Corrêa Carrara coordenamreunião com empresários, na Unisinos. Naquele mo-mento começava-se a delinear o futuro do setor detecnologia da informação no Rio Grande do Sul.

Maio, 5Maio, 5Maio, 5Maio, 5Maio, 5 – Formação da Comissão de Implan-tação do Polo de Informática que passou a se reu-nir todas as segundas-feiras, das 14 às 16 horas,na sede da ACIS/SL.

Os primeiros integrantes: Jorge Monteiro,Vicente de Paula Oliveira Sant´Anna, João CarlosBiacchi, Luiz Antônio Amorim Garcia, Cláudio CorrêaCarrara, Júlio Cezar Ferst, Siegfried Koelln, RoneiOrsini, Renato Nunes, Celso Schokal e Célio PedroWolfarth.

*Mesma reunião define as entidades parcei-ras ao projeto: Associação Comercial, Industrial e

de Serviços de São Leopoldo – ACIS/SL; Associa-ção das Empresas Brasileiras de Software e Servi-ços de Informática – Regional do Rio Grande do Sul– Assespro/RS; Governo do Estado do RS; Prefeitu-ra Municipal de São Leopoldo; Sindicato das Em-presas do Rio Grande do Sul; Sociedade Sul-Rio-grandense de Apoio ao Desenvolvimento deSoftware; Unisinos; empresários líderes de empre-sas consolidadas.

Maio, 5Maio, 5Maio, 5Maio, 5Maio, 5 – Prefeito Ronaldo Ribas sanciona aLei nº 4.368, que altera o Art. 1º da Lei 3874, de 05de agosto de 1993, ampliando a isenção de impos-tos (ISSQN e IPTU) até dezembro de 2003, sendoque a partir desta data a carga tributária a ser pagapassaria para 1% – o que não se concretizou.

Maio, 1Maio, 1Maio, 1Maio, 1Maio, 199999 – Comissão de Implantação do Polode Informática realiza reunião com o gerente da CRT,José Alberto Becker para solicitar 100 linhas tele-fônicas por um prazo máximo de 60 dias.

Junho, 1Junho, 1Junho, 1Junho, 1Junho, 166666 – Anunciada a implantação da In-cubadora de Empresas de Base Tecnológica daUnisinos (Unitec) pelo presidente da Assespro/RS,Cláudio Corrêa Carrara, durante reunião-almoço daACIS/SL.

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Junho, 3Junho, 3Junho, 3Junho, 3Junho, 311111 – Apresentação do projeto do Poloao secretário estadual de Desenvolvimento e deAssuntos Internacionais, Nelson Proença.

SeSeSeSeSetttttembrembrembrembrembro, 1o, 1o, 1o, 1o, 100000 – Secretário de Desenvolvimen-to formaliza apoio ao Polo durante audiência com oprefeito Ronaldo Ribas, com o presidente do Con-selho de ex-presidentes da ACIS/SL, Jorge Northfleete com o reitor da Unisinos, Aloysio Bohnen.

OutubrOutubrOutubrOutubrOutubro, 3o, 3o, 3o, 3o, 311111 – Prefeito Ronaldo Ribas sancio-na a Lei nº 4.420, criando oficialmente o Polo deInformática e seu Conselho. A mesma lei permite adoação de terreno de 36.589,29 metros quadra-dos localizado junto à Unisinos para a ACIS/SL afim de implantar o Polo. No dia anterior, o projetofoi apreciado pelos vereadores obtendo 16 votosfavoráveis e quatro contrários (bancada do PT).

Maio, 9Maio, 9Maio, 9Maio, 9Maio, 9 – Iniciam as obras do prédio da Incu-badora de Empresas de Base Tecnológica daUnisinos (Unitec).

FFFFFeeeeevvvvvereirereirereirereirereiro, 22o, 22o, 22o, 22o, 22 – Iniciam as inscrições para asempresas se instalarem na Unitec.

Junho, 30Junho, 30Junho, 30Junho, 30Junho, 30 – Inauguração da Unitec no Polode Informática de São Leopoldo.

JaneirJaneirJaneirJaneirJaneirooooo – Governo do Estado repassa R$ 324mil para pavimentação da rua interna, tubulaçõespara saneamento, energia elétrica e comunicaçõese outras pequenas áreas do Polo de Informática.

SeSeSeSeSetttttembrembrembrembrembro, 4o, 4o, 4o, 4o, 4 – Nove empresas fazem o primei-ro repasse do total de 100 parcelas da contrapartidapela ocupação da área cedida pela Prefeitura. Ovalor de R$ 4.455,88 (4.187,47 UFIRs) foi destinadoao Fundo Municipal de Saúde, especificamente aprogramas de melhorias no Hospital Centenário.

DezembrDezembrDezembrDezembrDezembrooooo – Começam as obras do ParqueTecnológico. A GVDASA Sistemas e a SKA foram asprimeiras empresas a construírem na área.

Julho, 3Julho, 3Julho, 3Julho, 3Julho, 3 – A GVDASA Sistemas inaugura suasede no Polo de Informática, sendo a primeira em-presa a se instalar no Parque Tecnológico.

OutubrOutubrOutubrOutubrOutubro, 26o, 26o, 26o, 26o, 26 – Inauguração da SKA.

NoNoNoNoNovvvvvembrembrembrembrembro, 28o, 28o, 28o, 28o, 28 – Inauguração do ParqueTecnológico.

Julho, 1Julho, 1Julho, 1Julho, 1Julho, 1ooooo – A Comissão de Implantação do Polode Informática passa a ser Conselho do Polo de In-formática. Membros deste conselho: Unisinos (CélioP.Wolfarth, Edemar de Paula, Silvia C.Dutra, trêsrepresentantes com direito a um voto), ACIS/SL(Cláudio Carrara), Condomínio (Siegfried Koelln),

Governo do Estado repassa recursos na ordemde R$ 150 mil para a terraplanagem da área doPolo de Informática.

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Seprorgs (Sérgio L.Hartz), Sedai (José M. Silves-tre), Assespro (Luiz Amorim Garcia) e PrefeituraMunicipal de SL (Celso Schokal).

A Altus inicia suas atividades no Polo deInformática. No local estão situadas as áreas depesquisa e desenvolvimento, engenharia e demaissetores administrativos da empresa. A matriz con-ta, ainda, com laboratórios especializados, suportee assistência técnica de equipamentos e espaçopara o desenvolvimento de testes de aplicações.

AAAAAbrilbrilbrilbrilbril – Prefeito Ary Vanazzi sanciona lei cri-ando o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológicoem Informática – FDTI.

DezembroDezembroDezembroDezembroDezembro – Foi criada a Partec por empre-sários e empresas do Parque Tecnológico, que viabi-lizou a construção de área de expansão do Polo.

AAAAAbril, 2bril, 2bril, 2bril, 2bril, 244444 – Inauguração da Partec disponibili-zando 5.685 m2 de área de expansão do Parque.

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Junho, 6Junho, 6Junho, 6Junho, 6Junho, 6 – A Prefeitura cria a Lei nº 6925,que concede benefício no incremento da base docálculo do ISS, índice sobre o aumento da base decálculo do imposto decorrente da ampliação de em-presas já instaladas ou com base na receita futurapara as que se instalarem no município. Cada postode trabalho ocupado por morador de São Leopoldo,a empresa receberá meio ponto extra.

JulhoJulhoJulhoJulhoJulho – A maior empresa do ramo desoftware corporativo do mundo, a alemã SAP, seinstala no Tecnosinos.

Novembro, 13Novembro, 13Novembro, 13Novembro, 13Novembro, 13 – Alteração do nome de Polode Informática para Parque Tecnológico (Tecnosinos),durante cerimônia comemorativa ao 10º aniversá-rio de implantação do Polo. No mesmo evento, aGovernança do empreendimento é repactuada pormeio da assinatura de um protocolo firmado entreUnisinos, Prefeitura, Associação das Empresas doPolo De Informática e ACIS/SL.

O Tecnosinos foi eleito O Melhor ParqueTecnológico do Brasil, pela Associação Brasileirade Parques e Incubadoras de Base Tecnológica(Anprotec), tendo concorrido com com 74 polos e150 incubadoras de todo o país.

A Incubadora do Tecnosinos foi reconhecidacomo a melhor do mundo, ao receber o prêmioBest Global Tech Based Incubator da entidade in-ternacional de parques tecnológicos, The TechnoPolice Network.

Junho, 10Junho, 10Junho, 10Junho, 10Junho, 10 – A HT Micron lança o primeirolote comercial de chips encapsulados no Rio Gran-de do Sul, que deve chegar às mãos dos consumi-dores por meio de cartões bancários e celularesno primeiro trimestre do próximo ano. O lançamen-to foi realizado no Tecnosinos.

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Protagonista doPolo de Informática

PIONEIRISMO

Talvez naquela época o jovemengenheiro Siegfried Koelln, dire-tor da SKA, líder no fornecimentode tecnologia para as engenhari-as brasileiras, não vislumbrasseesse gigante da economia: o Tec-nosinos. Mas tinha a convicção deque a junção de empresas de infor-mática seria uma excelente alter-nativa para fomentar o crescimen-to econômico da cidade. Sieg, co-mo é chamado pela maioria, resol-veu dar vida ao seu projeto e, emoutubro de 1996, dentro da Asso-ciação Comercial, Industrial e deServiços de São Leopoldo (ACIS/SL), iniciou o movimento para a im-plantação do Polo de Informática,hoje rebatizado de Tecnosinos. Oempreendimento recebeu o a-poio da Prefeitura de São Leopol-do, Unisinos e de diversas entida-des do setor.

S

Morgana Saez

Siegfried KoellnDiretor da SKA liderou

toda a fase de estruturaçãoe implantação do Polo de

Informática

ieg liderou toda a fase de estruturação e im-plantação do Polo de Informática e, hoje, pas-sados quase 20 anos, comemora atribuindo o

sucesso à parceria mantida entre ACIS, Unisinos ePrefeitura; as entidades da área de informáticaAssespro/RS, Softsul e Seprors; governo do Estadodo Rio Grande do Sul, e empresários da área deinformática. “Essa união provou a capacidade doshomens de sonhar, pensar, planejar e executar. Jun-tamos os nossos sonhos e estruturamos essa for-taleza econômica que atualmente alcança notorie-dade internacional’’, sintetiza.

Sieg relata a trajetória em torno da criação doPolo. “Inúmeras e exaustivas reuniões ocorreram

até chegarmos à criação desse ambiente propíciopara o desenvolvimento de empresas de alta tec-nologia, com todos os seus reflexos para os envol-vidos e para a sociedade gaúcha’’.

Ele lembra que antes de iniciar o movimentopela implantação do Polo, procurou o Poder Execu-tivo, em março de 1993, a fim de propor incentivospara atrair empresas de informática para São Leo-poldo. Na época, Sieg integrava o Grupo de JovensEmpresários da ACIS/SL. “Estive na prefeitura e fuirecebido pelo vice-prefeito Ronaldo Ribas. Falei danecessidade de tornar a cidade competitiva em re-lação a outros municípios, oferecendo isenção fiscalpara a área de informática”, conta. A reivindicação

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Parceria promissoraTomada a decisão da im-

plantação do Polo de Informáticaem São Leopoldo, em novembrode 1996 a ACIS reuniu Unisinos,Poder Público e empresários deinformática através de sua enti-dade Assespro/RS. A partir des-ta união, o grupo partiu para aconcretização do projeto. Em 2 demaio de 1997 ocorreu uma reuni-ão no Campus da Unisinos comum grupo de empresários do se-tor de tecnologia e informação noRS, liderada por Siegfried Koelln epelo presidente da Assespro/RS,Cláudio Corrêa Carrara. Ali come-çou a se delinear o futuro do se-tor no estado.

Construiu-se assim o proje-to do Polo em múltiplas mãos.Inicialmente houve o interesse de

12 empresas consolidadas nomercado, em montar ação conjun-ta para buscar área e financiamen-to, para que pudessem se instalarem São Leopoldo. Os interessesconvergiram para proposta de SãoLeopoldo, dentro de um projetomaior, o Polo de Informática.

Em maio de 1997 foi criadaa Comissão de Implantação doPolo de Informática.

O grupo, presidido por Sieg,saiu à procura de um local parainstalação do empreendimento.Descobriu-se uma área de 36,6m², ao lado do 16º GAC, que per-tencia à Prefeitura. Foi aprovadalei, doando a área à ACIS/SL, quea disponibilizou às empresas me-diante contrapartida ao FundoMunicipal da Saúde por 10 anos.

Em 31 de outubro de1997 foi criado oficialmente,através de lei municipal, oConselho do Polo de Informá-tica de São Leopoldo. A presi-dência ficou com o empresá-rio Siegfried Koelln, que naépoca exercia a função device-presidente de Pequenase Médias Empresas da ACIS.

CRIAÇÃO DOCONSELHO DO POLO

vidados que acabaram se aliando ao movimentoleopoldense.

“O Polo de Informática possibilitou um novohorizonte de desenvolvimento para São Leopoldo,para a Unisinos, para as empresas de informáticaexistentes, assim como criou as condições para quenovos empreendimentos nasçam, cresçam e te-nham sucesso”, afirma. Para Sieg “não existe par-que tecnológico sem aporte das empresas, que ge-ram capital, empregos e novos produtos, assim co-mo o projeto também seria inviável sem o suportede inteligência e pesquisa da universidade.”

Consolidação do Polo deInformática demandou esforçoe engajamento de diversossetores, mobilizandoempresários, universidade epoder público

Parque TecnológicoA

rquivo Unisinos

teve eco e, em 5 de agosto de 1993, o então prefei-to Waldir Schmidt sancionou Lei isentando impos-tos para as empresas do setor.

Daquela data em diante, a ideia de agregarempresas de informática na cidade passou a serprioridade, até porque, comenta Sieg, Novo Ham-burgo também se mobilizava neste sentido. Corren-do na frente, em novembro de 1996, Sieg convidouo presidente da Assespro-RS, Ronei Ferigolo, e odiretor da Meta, Cláudio Carrara (que assumiria aentidade no ano seguinte) para participar de umareunião na ACIS. O projeto do Polo agradou os con-

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São Leopoldo sai na frentee apresenta o projeto do Polo deInformática ao secretário Estadu-al de Desenvolvimento e de As-suntos Internacionais, NelsonProença. A atividade ocorreu em31 de julho de 1997, durante reu-nião-almoço da ACIS/SL realiza-da na sede da AABB.

Na ocasião, o presidente doConselho de ex-presidentes daACIS/SL, Jorge Northfleet; o pre-sidente Cláudio Coelho Marques,os vices, Siegfried Koelln, RoneiOrsini e Lauriano Pessin; o pre-feito Ronaldo Ribas e represen-tantes da Unisinos entregaram

A entrega do projeto do Polo ao Estado

Ampliando aslinhas telefônicas

Uma das primeiras pro-vidências da Comissão de Im-plantação do Polo de Infor-mática foi resolver os proble-mas de telefonia na cidade.Em 12 de maio de 1997, ogrupo se reuniu com o geren-te da CRT, José Alberto Bec-ker e oficializou pedido da re-serva de 100 linhas telefôni-cas por um prazo máximo de60 dias. O termo de compro-misso entre as partes ocorreuem função da demanda repri-mida na cidade. Nesta mes-ma reunião, um dos integran-tes do grupo, o Pró-reitor Admi-nistrativo da Unisinos, CélioWolfarth, solicitou que tam-bém fosse planejado o segun-do momento do Polo, contem-plando assim a área ondeseria utilizada pelas empre-sas que sairiam da incubado-ra. A CRT reiterou sua propos-ta de parceria.

Infraestrutura

cópia do projeto do Polo de Infor-mática ao secretário. Esta comis-são pediu apoio do governo e,também de Nelson Proença, paraa iniciativa, que representava uminvestimento da ordem de R$ 8milhões.

O secretário Nelson Proen-ça afirmou na ocasião que a co-munidade leopoldense saía nafrente e estava caminhando namesma direção dos projetos dogoverno estadual. Para ele, o Polode Informática estava entre as pri-oridades do então governador An-tônio Britto, ficando atrás apenasda reforma do Estado, da implan-tação da montadora de automó-veis e da agroindústria.

1 – CWI Sof1 – CWI Sof1 – CWI Sof1 – CWI Sof1 – CWI Softwtwtwtwtware Ltda.are Ltda.are Ltda.are Ltda.are Ltda.2 – Micromega Computadores e Sistemas Ltda.3 – Gama Gerenciament3 – Gama Gerenciament3 – Gama Gerenciament3 – Gama Gerenciament3 – Gama Gerenciamento de Documentação Ltda.o de Documentação Ltda.o de Documentação Ltda.o de Documentação Ltda.o de Documentação Ltda.4 – Sispro SA Sistemas e Processamento de Dados5 – SKA A5 – SKA A5 – SKA A5 – SKA A5 – SKA Autututututomação de Engenharias Ltda.omação de Engenharias Ltda.omação de Engenharias Ltda.omação de Engenharias Ltda.omação de Engenharias Ltda.6 – CSI Consultoria e Sistemas de Informação Ltda.7 – Me7 – Me7 – Me7 – Me7 – Meta Serta Serta Serta Serta Serviços em Infviços em Infviços em Infviços em Infviços em Informática Ltda.ormática Ltda.ormática Ltda.ormática Ltda.ormática Ltda.8 – Altus Sistemas de Informática S. A.9 – G9 – G9 – G9 – G9 – GVDVDVDVDVDASA InfASA InfASA InfASA InfASA Informática Ltda.ormática Ltda.ormática Ltda.ormática Ltda.ormática Ltda.10 – Digistar Telecomunicações S. A.

Integrantes do Parque – 1ª Fase

RepercussãoFases de implantação foramnotícia no Jornal VS

Área foi doada pela Prefeitura à ACIS/SL

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resultado afirmativo do Tecnosinos pode sermedido pelo expressivo número de empre-gos que veio a gerar em São Leopoldo. Hoje

são cerca de 4 mil empregados. Se considerarmosum salário médio de R$ 3 mil a R$ 4 mil, projeta-mos um montante expressivo de renda injetado naeconomia local em favor do desenvolvimento da ci-dade”, comenta.

Northfleet, um dos atores principais na ideali-zação do Polo, fala que quando projetaram o em-preendimento, sabiam que os polos de informáticaeram experiências bem sucedidas em vários luga-res do mundo. “Por que não daria certo aqui? Naépoca não havia telefones celulares entre nós. Atu-almente, neste lapso de tempo, a informática é abase de todos os processos produtivos, o mundonão anda sem a informática. Nossa visão de futuroestava totalmente correta”, analisa.

Northfleet fala dos passos que trilharam atéchegar à concepção do Parque Tecnológico na ci-dade. Para a sua criação, conta que seria necessá-rio um local para sua implantação. A ACIS/SL nãotinha área disponível. A Prefeitura possuía um ter-reno ao lado do 16º GAC e da Unisinos, mas nãopoderia vendê-lo para particulares.

“Chegamos a um acordo: a Prefeitura doariao terreno para a ACIS, que então disponibilizaria asempresas. Estas por sua vez repassariam um valormensalmente ao Hospital Centenário. Dois coelhosmortos com uma só paulada. Nova lei foi elabora-

ACIS/SL

Correndocontra o tempo

da. Tudo pronto: terreno disponível, lei de incenti-vos aprovada, empresas dispostas a se estabele-cer em São Leopoldo. Só faltava a decisão daUnisinos.

Neste mesmo período, a ACIS de Novo Ham-burgo também se articulava para sediar empresasde informática e tecnologia em seu município. An-tes que isso ocorresse, tivemos que acelerar o pro-cesso. Procuramos a Unisinos, porque implantar umpolo sem uma universidade, a ideia do polo nãovingaria. Marcamos uma reunião e fomos recebi-dos pelo vice-reitor, Padre Egídio, e pelo Pró-reitorAdministrativo da Unisinos, Célio Pedro Wolfarth.Como neste encontro não houve uma resposta po-sitiva, comunicamos formalmente aos representan-tes da instituição que buscaríamos a parceria deoutra universidade. O padre Egídio nos solicitou 10dias para responder. Dissemos que teríamos me-nos de uma semana, pois o tempo corria contranós. Três dias depois fomos informados pelo reitorda Unisinos, padre Aloysio Bohnen, que a universi-dade seria parceira. Estavam assim criadas as con-dições para conceber o Polo de Informática”.

Jorge Northfleet

“O

A história de São Leopoldo registra dois mo-mentos de desenvolvimento acelerado, na con-cepção do ex-presidente da ACIS/SL, JorgeNorthfleet. O primeiro, cita, a instalação do Dis-trito Industrial São Borja, na década de 1970, nofinal do governo de Olímpio Albrecht, e no gover-no de Henrique Prieto, com o aporte de empresascomo Stihl, Bessey, Barmag, Biehl e Taurus. O se-gundo, a implantação do Polo de Informática nadécada de 1990.

Morgana Saez

Presidente da ACIS/SL no biênio 1994/1996

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um espaço produtivo limpo, quase asséptico. Re-sultado de um empreendimento milionário que pra-ticamente não produz resíduos, pois seu maiorinsumo é a inteligência das pessoas. Para quemquiser conhecer a São Leopoldo do futuro, o ende-reço já é conhecido. Fica no Tecnosinos.

omo tantas outras cidades inscritas nos ma-pas territoriais ao redor do mundo, o ParqueTecnológico foi construído a partir do sonho de

pioneiros. A vontade da ocupação, expansão e pro-gresso sobre o solo bruto sempre moveu o imagi-nário da humanidade. É incrível que há apenas 16anos, em 1996, na primeira vistoria dos idealizado-res do projeto ao local, encontraram somente umplantel de vacas no pasto. A partir dali a nova “ci-dade” foi erguida como todas as outras. Por meiode um plano-diretor que estabeleceu terraplana-gem, abertura de ruas, postes de energia elétrica ecanalização de saneamento.

Hoje, o Parque Tecnológico é uma colmeia detrabalho operada por jovens com idade entre 25 e27 anos. Cidadãos futuristas, oriundos de cursostécnicos e universitários, recebem salários situa-dos bem acima da média regional. Vivem no espa-ço produtivo do pensamento, bem diferente do con-ceito da indústria tradicional. No entorno de seusprédios, a arborização é farta e o som ambiente dosilêncio é alternado pelo canto de sabiás. Nas áre-as de convivência, grupos de coreanos, alemães,americanos e brasileiros se reúnem para sorver obom café nacional. Uma cena que demonstra oquanto São Leopoldo está inserida na rota interna-cional dos negócios. São os mesmos trabalhado-

Um giganteTECNOSINOS

Existe uma pequena “cidade” dentro do mu-nicípio de São Leopoldo. Seu território é de apro-ximadamente 25 hectares, posicionado em umaárea limítrofe ao campus da Unisinos. O portalde acesso fica na estrada do Horto Florestal, pró-ximo ao quartel militar do 16º GAC. Sua popula-ção transitória é superior aos quatro mil habitan-tes, oriundos de nove nacionalidades. Por isso, oidioma dominante que se fala entre eles é o In-glês, ficando em segundo lugar a língua pátriados brasileiros. O montante financeiro geradopelo trabalho que se desenvolve em seu interiorexcede a cifra de R$ 1 bilhão anual. Fundada emmeados de 1999, a pequena “cidade” tem a de-nominação oficial de Parque Tecnológico de SãoLeopoldo (Tecnosinos).

res que vão gastar, em parte, seus salários no co-mércio leopoldense. O circuito ajustado da econo-mia autopropulsionada.

Os pioneiros previram que o Rio Grande doSul seria um cluster de tecnologia e atrairia empre-sas nacionais e internacionais. O Parque, hoje, é

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vive em São Leopoldo

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12 juntos somos mais REVISTA DA ACIS-SL 13

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14 juntos somos mais REVISTA DA ACIS-SL

O melhor parqueCom 13 anos de existência, o Parque Tecnoló-

gico de São Leopoldo (Tecnosinos) é atualmenteadministrado pelas mãos de uma mulher. Há qua-tro anos o empreendimento tem como diretora aeconomista e socióloga Susana Kakuta, doutora emSociologia e Relações Internacionais. Kakuta reú-ne em seu perfil profissional o DNA originário doTecnosinos: o inter-relacionamento do conhecimen-to da universidade (a Unisinos) com o empreende-dorismo dos negócios de base tecnológica.

A responsabilidade da gestora do ParqueTecnológico é nada menos do que gerir estrategi-

camente um conglomerado de empresas cujofaturamento bate em R$ 1,3 bilhão anual.

Dois recentes e impressionantes prêmios, umnacional e outro internacional, conferem cacife aocrescimento do Tecnosinos. O de Melhor ParqueTecnológico do Brasil, em 2010, pela AssociaçãoBrasileira de Parques e Incubadoras de Base Tecno-lógica (Anprotec). E o prêmio Best Global Tech BasedIncubator da entidade internacional de parques tec-nológicos, The Techno Police Network, em 2011.Ou seja, a Incubadora do Tecnosinos foi reconheci-da como a melhor do mundo.

tecnológico do Brasil

NONONONONOVVVVVOS INVESOS INVESOS INVESOS INVESOS INVESTIMENTTIMENTTIMENTTIMENTTIMENTOSOSOSOSOS – Três novos investimen-tos diferenciados estão em fase de implantação den-tro do Tecnosinos. São Institutos de Referência orien-tados à prestação de serviços tecnológicos para em-presas e execução de PD&I.

InstitutInstitutInstitutInstitutInstituto de Semiconduto de Semiconduto de Semiconduto de Semiconduto de Semicondutoresoresoresoresores – Estrutura diferen-ciada, com foco no encapsulamento e testes de semi-condutores. Investimento: cerca de R$ 50 milhões.

InstitutInstitutInstitutInstitutInstituto de No de No de No de No de Nutracêuticautracêuticautracêuticautracêuticautracêutica – Contempla trêsinfraestruturas: um centro de PD&I, um conjunto de la-boratórios de avaliação de conformidade na área dealimentos e local para implementação de empresas dosetor. O investimento total é de cerca de R$ 20 milhões.

ITT FUZEITT FUZEITT FUZEITT FUZEITT FUZE – Instituto de ensaios e testes e decertificação de produtos para a cadeia do setor de pe-tróleo e gás. Investimento de R$ 10 milhões.

ATUATUATUATUATUAÇÃO INTERNAAÇÃO INTERNAAÇÃO INTERNAAÇÃO INTERNAAÇÃO INTERNACIONALCIONALCIONALCIONALCIONAL

No Tecnosinos estão presentes empre-sas de nove países: Alemanha, Argenti-na, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos,Holanda, Índia, Itália, México

ESPECIALIDESPECIALIDESPECIALIDESPECIALIDESPECIALIDADES DO PARQUEADES DO PARQUEADES DO PARQUEADES DO PARQUEADES DO PARQUE

Tecnologia da InformaçãoComunicação e Convergência DigitalSemicondutores e AutomaçãoAlimentos Funcionais e NutracêuticaTecnologias Socioambientais e Energia

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A seguir está apresentada a organização queleva ao desenvolvimento do Tecnosinos. É um sis-tema que propicia, além da aproximação da univer-sidade com os empreendedores, um método paraque as empresas se instalem no Parque e sigamseu plano de negócios de acordo com o porte decada uma.

FINALIDFINALIDFINALIDFINALIDFINALIDADEADEADEADEADE – – – – – O principal objetivo do Parqueé criar a ambiência necessária ao surgimento, cres-cimento e geração de valor agregado através daimplantação de empresas de base tecnológica queimpactem no desenvolvimento socioeconômico eambiental brasileiro, em especial de sua região deabrangência.

GESGESGESGESGESTÃO ESTÃO ESTÃO ESTÃO ESTÃO ESTRATRATRATRATRATÉGICATÉGICATÉGICATÉGICATÉGICA – – – – – A governança do Par-que Tecnológico é dividida por uma tríplice hélice,assim representada:

SeSeSeSeSetttttor públicoor públicoor públicoor públicoor público – Prefeitura Municipal de SãoLeopoldo

SeSeSeSeSetttttor privor privor privor privor privadoadoadoadoado – Associação Comercial, Indus-trial e de Serviços de São Leopoldo (ACIS) e Associ-ação de Empresas do Polo de Informática.

TTTTTerererererceirceirceirceirceiro seo seo seo seo setttttororororor – Universidade do Vale do Riodos Sinos (Unisinos)

GESGESGESGESGESTÃO EXECUTIVTÃO EXECUTIVTÃO EXECUTIVTÃO EXECUTIVTÃO EXECUTIVAAAAA – – – – – Da parte operacionaldo empreendimento está encarregada a Unidadede Inovação e Tecnologia da Unisinos (Unitec). AUnitec também é responsável pela Incubadora deBase Tecnológica, que recebe empresas iniciantes.

ESPESPESPESPESPAÇOS EMPRESARIAISAÇOS EMPRESARIAISAÇOS EMPRESARIAISAÇOS EMPRESARIAISAÇOS EMPRESARIAIS – – – – – As empresas queintegram o Parque Tecnológico são assim alocadasnos prédios, conforme o porte de seus negócios:

IncubadoraIncubadoraIncubadoraIncubadoraIncubadora – É composta por salas para em-presas iniciantes, que ali podem permanecer poraté três anos, antes de passar para o Condomínio.

CondomínioCondomínioCondomínioCondomínioCondomínio – É formado por módulos de alu-guel, destinados às empresas que saem da Incu-badora ou estão estabelecidas no mercado. Sãodois prédios para esta finalidade: o CondomínioPadre Rick e o Condomínio Partec.

IndividualIndividualIndividualIndividualIndividual – Os prédios são construídos paraempresas de grande porte que operam em espaçopróprio.

A dinâmica

INSINSINSINSINSTTTTTALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕESALAÇÕES – O Tecnosinos tem um conjunto deinfraestruturas orientadas ao pleno funcionamentodas empresas e caracterizadas pela auto-sustenta-bilidade e a criação de diferenciais para as empresas.O Parque tem sua infraestrutura consolidada e cres-cente, idealizada a partir de um Plano Mestre de De-senvolvimento. Além disso, os demais serviços asso-ciados, como de redundância elétrica e de comunica-ção, segurança, viabilizam um ambiente seguro às ope-rações empresariais.

Parceiros estratégicosSindicato das Empresas de Informática doRio Grande do Sul (Seprorgs)Governo do Estado do Rio Grande do SulAssociação das Empresas Brasileiras deTecnologia da Informação, Software eInternet (Assespro/RS)Associação Sul-Riograndense de Apoio aoDesenvolvimento de Software (Softsul)Associação Brasileira da Indústria de Ele-troeletrônica – Regional Sul (Abinee)

do Parque

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Tecnosinos reúne 74 empresas de nove países,entre elas gigantes como a alemã SAP, lídermundial em softwares corporativos, e a india-

na HCL, especialista em serviços de tecnologia,além da joint venture HT Micron, resultado da par-ceria da sul-coreana Hana Micron com a brasileiraParit. Essas empresas geram mais de 4 mil empre-gos diretos em atividades de alta tecnologia. A ati-vidade passou a ganhar escala a partir de meadosda década de 2000, e hoje São Leopoldo é umadas poucas cidades brasileiras a contar com umparque internacionalizado e em plena operação. Oimpacto desse empreendimento ainda não foi de-vidamente capturado pelas métricas econômicastradicionais, mas uma estimativa conservadora pro-jeta aumento gradativo no PIB local de até 30%.

EMPRESAS

Fortalezaeconômica

AMBIENTALLEAUDAX DREAMSBOREOBRTRICENTRICONTATO MSCONTEMPLATOE-PROJETI (Gateway Box)GRANDEEGSELL (HT Micron)HKSIMPRESS-RS (I-solution)KYOODAIKYRON CONSULTINGLEARN4FUNLUNG3P PROJETOSMURA GAMESNATUROILSÓBILESBPA SIMULATORSOLTISTECSISTEL

Cluster Tecnosinos reúne 74 empresas de nove países

Banco de D

ados Tecnosinos

O

TECROTRONICAICTECWEB GLOBALGABSTER (Web Mobi)V3D (GEM Informática)VENTURAVIEIRA FILHO TECNOLOGIAAVACONALTUSACCERA – W3BOXAXXIOMEBLUE CIELOCODECOMPULINECWIDEFENDADANNUSDIGISTARDISYSE-STORAGEELY PROJETOSFH CONSULTINGFOCCO

F1 SOLUÇÕES (GSRM)GVDASAHCLLZA (Veza)HINNDELETHT MICRONLYDIANSM3CORPMETANETEYENC SISTEMAS (Grupo SKA)ZERO BRASIL (Grupo SKA)REXROTH BOSH GROUPROCHA E BADOSKASAPSAWLUZSTEFANINISOFTTEKW3K (Grupo SKA)WEBSTORAGEWORKROOM

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m sua gestão foi criado um grupo de trabalhoconjunto para elaborar um plano estratégico dedesenvolvimento econômico para São Leopol-

do. Nele, foi tão intenso o aporte da inteligência aca-dêmica que a Unisinos disponibilizou cinco pró-rei-tores para a tarefa, além da participação direta doreitor Aloysio Bohnen. A parceria prosperou tantoque um dos pró-reitores, Cláudio Marques, maistarde seria guindado à presidência da ACIS.

O objetivo do planejamento estratégico daACIS, no início da década de 1990, era alavancar arenda das famílias leopoldenses para injetar recur-sos no comércio e na área de serviços. As boas ide-ias, quando estimuladas por ações eficazes, geramresultados que as materializam. Foi o que ocorreu

A força doplanejamento

com a sugestão de se criar na cidade o Polo de Infor-mática, trazida por empresários do setor. “A semen-te do projeto foi plantada dentro daquele grupo detrabalho”, comemora Santos. Ele também exalta aparticipação do prefeito Ronaldo Ribas, que aderiuà força-tarefa com tamanho empenho que muitasvezes despachava no prédio da ACIS. Ribas autori-zou a doação do terreno à ACIS.

“A história mostrou que estávamos certos”, re-gistra Santos, ciente de que no novo milênio a infor-mática comanda as grandes inovações no mundoindustrial. Sobre o futuro promissor do Parque Tec-nológico, ele diz que “suas possibilidades são mai-ores que nossa imaginação”.

ACIS/SL

Luiz Antônio Velho dos Santos

Durante o primeiro mandato de Luiz AntônioVelho dos Santos na presidência da ACIS (1992/1994), a Unisinos foi integrada mais fortementeao contexto empresarial da cidade. A aproxima-ção de duas instituições de nomes consagradosno município caracterizou “uma mudança de filo-sofia” para ambas, segundo o ex-presidente.

E

forma levava vantagem porque na épo-ca, além de presidir a entidade tam-bém exercia o cargo de pró-reitor daUnisinos. “As tratativas se tornavammais ágeis pela proximidade entre asduas parceiras”, justifica. Durante oano de 96, desde março quando as-sumiu a entidade. Marques promoveumuitas viagens para conhecer as ins-talações de parques tecnológicos noBrasil. Cita que a derradeira foi a de17 de dezembro, quando integrou umacomitiva que visitou o Centro de Pes-quisas da Petrobras, Polo de Biotecno-logia da Fundação Bio-Rio e a incuba-dora de empresas da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro.

Cláudio MarquesCláudio MarquesCláudio MarquesCláudio MarquesCláudio Marques – Presidenteda ACIS/SL no biênio 1996/1998

Foi na gestão de Cláudio CoelhoMarques (1996/1998) na ACIS que oPolo de Informática tomou corpo. “Nomeu primeiro ano de mandato promo-vemos a união de empresários, gover-no e universidade para construir o Par-que Tecnológico’’, comenta. Ele con-fessa que inicialmente sua preferên-cia era pela área de biotecnologia,assunto que defendeu muito, mas foivoto vencido na entidade que optoupela informática. Mas isso não o de-sanimou. Levou à risca a vontade damaioria dos empresários. Muitas reu-niões, palestras e viagens ocorrerampara dar vida ao Tecnosinos.

Marques salienta que de certa

Morgana Saez

Presidente daACIS nos biênios 1992/1994 e 1998/2000

Arquivo A

CIS/SL

Gestão com a marca da união

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dos últimos cem anosA grande obra

PREFEITURA

egundo Ribas, inicialmente poucos acreditavamque este projeto chegaria ao patamar que atin-giu. Atualmente são 74 empresas oriundas de

nove países que promovem o desenvolvimento detecnologia e inovação no Estado. Além disso, estãoinstaladas num ambiente adequado de trabalho,com a utilização dos laboratórios da Unisinos, mão-de-obra especializada e possibilidade de fazer ne-gócios com as próprias empresas vizinhas, dentrodo próprio parque.

PARPARPARPARPARTICIPTICIPTICIPTICIPTICIPAÇÃO DAÇÃO DAÇÃO DAÇÃO DAÇÃO DA PREFEITURAA PREFEITURAA PREFEITURAA PREFEITURAA PREFEITURA – “Em mea-dos de março de 1993, quando eu era vice-prefei-to, recebi em meu gabinete o presidente da SKA,Siegfried Koelln, que na época integrava o grupode Jovens Empresários da ACIS/SL. Ele me faloudo interesse da entidade de atrair novas empresasde informática para São Leopoldo, oportunidade emque solicitou a redução de impostos para essasempresas.

“O nosso Polo de Informá-tica foi a grande obra realizadaem São Leopoldo nos últimos 100anos”, observa o ex-prefeito Ro-naldo Ribas. “Ele irradiou uma sé-rie de benefícios para a cidade,tanto econômico, social comoambiental”, observa. E a afirma-ção é justificada pela elevada ge-ração direta de tributos, criaçãode empregos de alto nível e umaindústria limpa, não poluidora.“Ou seja, foi um empreendimen-to compartilhado pelos empresá-rios, poder público e universida-de. E no final todos ganharam.Hoje nosso parque é o melhor doBrasil”, ressalta.

Levei o assunto ao prefeito Waldir Schmidt, quetambém se interessou pelo projeto, e em 5 de agos-to de 1993, criou a Lei Municipal nº 3.874, conce-dendo isenção do Imposto Sobre ISSQN e IPTU paraas empresas da área de informática até 31/12/1988. Novas discussões ocorreram e, em 5 de maiode 1997, quando então eu já era prefeito, sancio-nei a Lei nº 4.368, alterando o Art. 1º da Lei 3874,de 05 de agosto de 1993, ampliando essa isençãoaté dezembro de 2003, sendo que a partir destadata a carga tributária passou para 1%.

Cinco meses depois, em 31 de outubro de1997, sancionei a Lei nº 4.420, criando o Polo deInformática e a doação de uma área de terra de36.589,29 metros quadrados junto à Unisinos, paraa ACIS/SL a fim de implantar o Polo. O projeto teveapreciação dos vereadores e obteve 16 votos favo-ráveis e quatro contrários (bancada do PT)”.

De acordo com Ribas, pela previsão de recei-ta das empresas que manifestaram interesse em

S

Morgana Saez

Ronaldo Ribas Prefeito de São Leopoldo de 1997 a 2000

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se transferir para São Leopoldo, o município renun-ciaria a um incremento de receita, até o ano de2003, na ordem de R$ 8 milhões em ISSQN e IPTU.Mas em compensação, diz, não perderia os benefí-cios que este aumento de renda traria em nívelmacroeconômico ao município.

A Prefeitura, ACIS e Unisinos sempre estive-ram juntas para o objetivo comum: criação do Polode Informática.

“Foram muitos encontros e muitas leis paragarantir o funcionamento do empreendimento. In-clusive coube à Prefeitura o anteprojeto do Polo,elaborado pelo engenheiro Celso Schokal, que de-sempenhava a função de coordenador do Gabine-te e Planejamento da Prefeitura (GAP).

O terreno foi repassado à ACIS que disponibili-zou as empresas do Polo. Em contrapartida, elaspassaram a contribuir mensalmente, durante 10anos, para o Fundo Municipal de Saúde. O primeirorepasse ocorreu em 4 de setembro de 2000. Naocasião, nove empresas entregaram um total de R$4. 455,88 (4.187,47 UFIRs) à Prefeitura. A verbafoi destinada a programas do Hospital Centenário.

Contribuição revertidaao Hospital Centenário

MunicípioMunicípioMunicípioMunicípioMunicípio: Terreno, abastecimento deágua e legislação fiscalGoGoGoGoGovvvvverno do estado:erno do estado:erno do estado:erno do estado:erno do estado: Infraestrutura(terraplenagem, pavimentação, etc.);UUUUUnivnivnivnivnivererererersidadesidadesidadesidadesidade: Terreno, construção daincubadora e condomínio;EmEmEmEmEmpresaspresaspresaspresaspresas: Construção de sedes própriasOutrOutrOutrOutrOutros:os:os:os:os: Serviços e TelecomunicaçõesTTTTToooootal dos intal dos intal dos intal dos intal dos invvvvvestimentestimentestimentestimentestimentososososos: R$ 8,8 milhões.

Investimentos no Polo

“A convite do governo uruguaio, em agos-to de 1999, eu e o Sieg fomos a Montevidéupara falar do nosso Polo de Informática. Naoportunidade fomos recebidos pelo presiden-te Julio María Sanguinetti”.

Levar a experiênciado Polo ao Uruguai

Boletim da ACIS/SL

ProjetoCelsoSchokalEngenheiroque participouda formataçãodo Polo

Polo é notícia na edição de setembro de 2000

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oi durante a gestão do jovem presidente Cláu-dio Carrara (1997/1998) que a Assespro co-mandou a chegada de oito empresas que de-

ram início ao Polo – um grupo de Porto Alegre, duasde São Leopoldo e uma de Novo Hamburgo. “Nósdemos o pontapé inicial”, diz Carrara, lembrandodo tempo em que o principiante complexo tecno-lógico era formado apenas pelo Polo de Informáticae pela Incubadora.

Ainda em 1996, Cláudio Carrara integrou asprimeiras reuniões do projeto na ACIS, junto a RoneiFerigolo, presidente da Assespro em final de man-dato. Dos encontros participavam representantesda ACIS, Unisinos e da prefeitura. Além do enge-nheiro Siegfried Koelln, o “criador da criatura”. Se-gundo Carrara, a principal causa do surgimento doPolo de Informática se escreve com três letras –“Sig”, apelido de Siegfried. Para Carrara, naquelemomento havia um cenário favorável que atraía oPolo na direção de São Leopoldo, além da aproxi-mação com a universidade como fator competitivopara as empresas. “Havia também uma questãoideológica importante para o empreendimento”, elejustifica, uma oportunidade para criar na cidade umcluster, um grupo de empresas de TI que pudes-sem ser mais fortes juntas.

O grande lance da Assespro, durante a presi-dência de Cláudio Carrara, foi dar prioridade para aimplantação do Polo de Informática em São Leopol-

A chegada dasprimeirasempresas

No movimento de sinergia entre as entida-des que gestaram a criação do Parque Tecnoló-gico é importante lembrar a participação da As-sociação das Empresas Brasileiras de Tecnologiada Informação, Software e Internet (Assespro/RS).A associação teve papel decisivo na implanta-ção do Polo de Informática, a primeira base parao desenvolvimento do Tecnosinos.

ASSESPRO

do, trazendo as primeiras empresas. “Neste ambi-ente as empresas puderam construir sedes própri-as, o Polo também ajudou a sustentar o crescimen-to delas”, confirma. Na época, aquela movimenta-ção empresarial semelhante a uma ocupação mili-tar deu visibilidade ao projeto, rendendo noticiárioafirmativo nos meios de comunicação. A própriatransferência da empresa do presidente da Asses-pro, a Meta, de Porto Alegre para o Vale do Sinos,deu credibilidade à iniciativa. E, para exemplificar,tornou-se um case de sucesso. Tinha 250 empre-gados e, passada uma década, hoje conta 1500funcionários em postos espalhados pelo Brasil, 150deles atuando no Polo.

Cláudio Carrara

FPioneiro de um empreendimento bem su-

cedido, de quando ainda levantava poeira nasruas do Polo de Informática, Carrara comemoraos resultados positivos dos negócios. No seu am-biente de trabalho o tempo voa. Ele lembra que“naquela época nós antevimos que o Rio Gran-de do Sul, e o Brasil, seria um cluster de tecno-logia e atrairia empresas internacionais”. Ele serefere aos últimos cinco anos, período em queos estrangeiros aportaram em maior volume aoagora Parque Tecnológico.

Presidente da Assespro/RS no biênio 1997/1998

Morgana Saez

Capital humano

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UNISINOS

a verdade, explica padre Bohnen, a universida-de já se direcionava para este empreendimen-to. Conta que em janeiro de 1995 integrou uma

comitiva que viajou para França e Portugal numa“Missão de Estudos sobre Tecnópoles”. Com ele es-

Um parque tecnológico não se sustenta ape-nas com grandes e poderosas empresas. Ele tam-bém precisa da participação de setores públicose educacionais para se desenvolver e concorrerno mercado global. A constatação é do ex-reitorda Unisinos, Aloysio Bohnen, ao reforçar que essainteração é imprescindível para promover o cres-cimento econômico e social de uma cidade. E foicom essa visão, explica padre Bohnen, que a uni-versidade se interessou em se unir com a ACIS ePrefeitura para implantar o Polo de Informáticade São Leopoldo.

economia econhecimento

Inteligência da

N

Nilson W

inter

tavam o então prefeito de Porto Alegre, Tarso Gen-ro, o reitor da UFRGS, Hélgio Trindade, e o reitor daPUCRS, Norberto F. Rauch. Dessa viagem, dizBohnen, resultaram a solidificação do Projeto Por-to Alegre Tecnópole e a criação, em 31 de outubrode 1997, do Polo de Informática de São Leopoldo.“Voltei entusiasmado com o que vi lá fora. E hojefico feliz em ter na nossa cidade o Parque Tecnoló-gico número um do Brasil e nossa Incubadora reco-nhecida como a melhor do mundo”. Embora a eufo-ria com o sucesso do empreendimento, padreBohnen não deixa de manifestar sua preocupaçãocom as atitudes a serem adotadas na cidade.

O professor Célio Pedro Wolfarth foi um dos principais interlo-cutores entre as entidades que gestaram a criação do Polo de Infor-mática de São Leopoldo. Na condição de pró-reitor de Administraçãoda Unisinos, coube a ele dar o suporte necessário para viabilizar oempreendimento.

“Nosso objetivo era transformar o projeto num grande suces-so. E, felizmente, isso hoje é uma realidade. Foram inúmeras reuni-ões, durante dois anos consecutivos (97 e 99), sempre às segundas-feiras, das 14h às 16h. A cada dia era colocado um ‘tijolinho’ noprojeto. O trabalho abnegado das três parceiras – Universidade, ACISe Prefeitura –, garantiu este grandioso parque, considerado o me-lhor do Brasil e exemplo para outros no Estado, como o Tecnopuc”.

O envolvimento com a implantação do Tecnosinos lhe rendeu temade dissertação de mestrado em Economia, na UFRGS, em 2004,intitulada Parques Tecnológicos: Uma proposta de modelo de gestão apartir do estudo de caso do Polo de Informática de São Leopoldo.

Exemplo para outros parques

Célio Wolfarth

Aloysio Bohnen Ex-reitor da Unisinos

Morgana Saez

Ex-pró-reitor da Unisinos

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empresasdo Polo

União das

ASSOCIAÇÃO

“Somos como uma corda, cuja força é resul-tante da união de suas fibras”. Assim o presiden-te Oldemar Plantikow Brahm (da Digistar), da As-sociação do Polo de Informática de São Leopoldo,define a junção entre governo, empresários e uni-versidade para construir o Parque Tecnológico. Aentidade foi criada para dar personalidade jurídi-ca ao representante das empresas do Polo deInformática como integrante do Parque. A Asso-ciação do Polo participa da governança do Tecno-sinos, junto com a ACIS, a prefeitura municipal ea Unisinos.

empresasdo Polo

União das

Oldemar BrahmPresidente daAssociação doPolo deInformática deSão Leopoldo

stabelecida em julho de 2004, a entidade tevecomo primeiro presidente o empresárioSiegfried Koelln. Ela foi constituída, como sóci-

os fundadores, pelas empresas Altus, CWI, Digistar,Gama, Gvdasa, Meta, Micromega, SKA e Unisinos.Seu estatuto prevê como associados, além dos fun-dadores, a inclusão das categorias de conveniadose convidados.

Antes da implantação da Associação do Polode Informática, existia apenas o Conselho do Polo,instituído por lei para avaliar a adesão de novasempresas. A associação veio para melhor atenderaos interesses comuns das empresas do Polo. Ogerenciamento da “marca” do Polo foi definido co-

mo prioridade, por ser o primeiro empreendimentoda área de tecnologia da informação a ser criadono RS e com modelo inédito no país.

RECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOSRECURSOS HUMANOS – – – – – Para o atual presi-dente, um dos trunfos para a performance do Polode Informática é a parceria com a universidade, queabastece as empresas com mão-de-obra qualifica-da. “Uma empresa de tecnologia não existe semrecursos humanos capacitados”, confirma Brahm– que também é diretor de Inovação e Tecnologiada ACIS/SL, juntamente com Vera Boufler, daGvdasa, Felipe Nardi, da Menthor, e Elbert Bello,do site Curto Meu Bairro.

Segundo o empresário, esta relação empre-sa-universidade deve evoluir de patamar, citandocomo exemplo o sucesso mundial de Israel. Naquelepaís, onde ele trabalhou, a preparação acadêmicados profissionais é dirigida às necessidades espe-cíficas de absorção da indústria.

De olhos no futuro, Brahm também se preocu-pa com a pirâmide educacional. As escolas de en-sino fundamental e médio precisam dar melhor for-mação aos alunos, para que eles cheguem embasa-dos à universidade, ele diz. Caso contrário, “as em-presas não contarão com os profissionais que pre-cisam para crescer”.

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DESENVOLVIMENTO

global doconhecimento

Economia

“Os parques tecnológicossão organizações fortementecomprometidas com a cultura dainovação e do empreendedoris-mo, promovendo a competitivi-dade empresarial e o desenvolvi-mento econômico e social. Nestecontexto está o Tecnosinos, comdestacada atuação no estímuloe gerenciamento do fluxo de co-nhecimento entre centros de pes-quisa, universidades e empresas.

O comprometimento do Tec-nosinos com o trabalho regionaltraz ao Rio Grande do Sul empre-sas diferenciadas e profissionaisqualificados, agregando valor à

atividade econômica, gerandoemprego e renda. Para a indús-tria gaúcha, reconhecer o poten-cial e os diferenciais inovadoresde empresas que habitam ambi-entes como o Tecnosinos signifi-ca a oportunidade de encontrarsoluções e parcerias que contri-buam para o aumento da inten-sidade tecnológica de produtos eserviços. Ter uma instituição atu-ante como o Tecnosinos em nos-so Estado representa um cami-nho importante para exitosos re-sultados econômicos e sociais, osquais são almejados por toda asociedade.”

Cultura da inovação e do empreendedorismo

Presidente da Federação e doCentro das Indústrias (FIERGS/CIERGS)

Heitor José Müller

Dudu L

eal/ Fiergs

ara isso, explica o reitor da Unisinos, padre Mar-celo Fernandes de Aquino, estão se consolidan-do cinco institutos tecnológicos de altíssimo ní-

vel para aprimorar a produção de pesquisa aplica-da às necessidades da sociedade e do mercado.Em sintonia fina com essa iniciativa, a Unisinos for-talece sua atuação nas áreas de engenharias e datecnologia da informação, por meio do movimentoda inflexão tecnológica, ampliando parcerias comuniversidades e centros de pesquisas internacionais.

Para o reitor, o Tecnosinos vem propondo umnovo modelo econômico de desenvolvimento regio-nal motivado pelas dimensões do empreendedoris-

mo e da inovação. “É uma forte aliança entre a Uni-sinos, as empresas do Parque e as esferas do Po-der Público, onde a aproximação destes agentescria um ambiente favorável à competitividade. OParque conta com empresas de alta tecnologia na-cionais e também provenientes de nove diferen-tes países, desde norte-americanas e europeias aténossos longínquos parceiros asiáticos. Isto integraa visão da Unisinos de ser reconhecida como umauniversidade global de pesquisa. Hoje já percebe-mos a agregação deste valor para a sociedade atra-vés de novas oportunidades de empregos e melho-ria na qualidade de vida”, conclui padre Aquino.

A Unisinos trabalha para contribuir fortemen-te na inserção do Rio Grande do Sul no mapa deuma economia global do conhecimento cada vezmais centrada na inovação tecnológica.

PMarcelo Fernandes de AquinoReitor da Unisinos

Christiaan van H

attem/ U

nisinos

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