Revista Locaweb 19 Ed

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Métricas de mídias sociais, Tendências para 2010, Flash e HTML 5, Entrevista: Maurício de Souza

Transcript of Revista Locaweb 19 Ed

Capa:Capa Locaweb 7/12/2009 14:42 Page 2

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Locaweb em Revista Edição 19VP Comercial: Cláudio GoraGerente de Marketing: Victor Sebastian Reis da SilvaCoordenação de Comunicação: Daniela VeroneseCoordenação Editorial: Déborah De Mari e Douglas Camargo

Editora EuropaEditor e Diretor Responsável: Aydano RorizDiretor Executivo: Luiz Siqueira

Diretor Editorial e Jornalista Responsável: Roberto Araújo - MTb.10.766 - [email protected]: Paulo Basso Jr. e Sérgio ViníciusRevisão: Cátia de AlmeidaEditor de Arte (projeto gráfico): Alexandre Dias (Nani)Colaboração: Felipe Magalhães, Luciano Delfini, Gabriel Dudziak, Guilherme Tsubota, Leonor Ribeiro, Yan Borowski, Leandro Gacia e Vinícius Macedo

Publicidade São Paulo: E-mail: [email protected] de Publicidade: Mauricio Dias (11) 3038-5093Executivos de Negócios: Alessandro Donadio, AngelaTaddeo, Flavia Pinheiro, Claudia Alves, Elisangela Xavier eRodrigo Sacomani.Executivos de Contas: Leandro Blotta, Marcos Roberto eRenata NaomiCriação Publicitária: Rodrigo Barros e João Paulo Gomes (11) 3038-5103 - Tráfego: Renato Peron (11) 3038-5097Circulação e Promoção - Gerente: João AlexandreDesenvolvimento de Pessoal:Tânia Marilia Ribeiro Roriz e Elisangela Tokashiki

Locaweb em Revista é uma publicação da Editora EuropaLtda. e do departamento de comunicação e marketing daLocaweb Serviços de Internet. A Editora Europa não seresponsabiliza pelo conteúdo dos anúncios de terceiros.

Distribuidor Exclusivo para o Brasil:Fernando Chignalia Distribuidora S. A. - Rua Teodoro da Silva,907 - CEP 20563-900 - Grajaú - RJ

Impressão: Prol Editora Gráfica

Somos Filiados à ANER - Associação Nacional dos Editores de Revistas

A palavra métrica está na moda e o motivo é simples: omundo corporativo finalmente observou o crescente

número de pessoas ligadas às mídias sociais e passou a atuarcomo nunca nesse território virtual. Como todo mercado incipiente, porém, o relacionamentomais íntimo entre empresas e consumidores via ferramentas sociais trouxe na bagagem umasérie de dúvidas sobre como valorar a atuação nesse segmento. Que tipo de investimento, porexemplo, pode ser feito nessas plataformas? Como é possível medir o retorno da campanha?E, o que é mais importante, onde e de que forma são refletidos os resultados.

Ao contrário do que ocorre com os anúncios feitos em jornais ou na TV, ferramentasconsolidadas há anos no universo publicitário, o poder das mídias sociais ainda reside nessecenário obscuro, porém com potencial evidente e cada vez mais próspero. E é exatamente emmeio a esse panorama que surgem as novas métricas oferecidas por agências de publicidadee plataformas da web no sentido de orientar quem busca um lugar ao sol na internet pormeio das mídias sociais. Há caminhos e espaço para todos aproveitarem a maré, como vocêirá conferir na reportagem completa sobre o tema que ilustra a capa desta edição.

Fora isso, Locaweb em Revista traz as tendências de infraestrutura, mobile e mercadopara 2010. Ao longo das próximas páginas, você também verá entrevistas com Maurício deSousa, que usa toda a força da internet em sua produção, com direito a recursos do Twitter eOrkut, e também com Bem Self, o marqueteiro online de Barak Obama que participará dapróxima campanha de sucessão presidencial no Brasil. Há ainda reportagens técnicas como adisputa da Adobe contra o HTML 5, novidades como o Google Wave, uma interessanteabordagem sobre o uso da realidade aumentada no design e muito mais. Boa leitura eótimas festas de fim de ano!

Claudio [email protected]

ao leitorComo medir suaparticipação online

* Entrevista: Maurício de Sousa.............06

* E-mails...................................................08

* Notícias .................................................10

* Portfólio ................................................18

* Google Wave ........................................20

* Tendências 2010...................................22

* Artigo: Éster Razzo...............................27

* Métrica de redes sociais ......................28

* Eleições online .....................................38

* Artigo: Marcelo Trípoli.........................42

* Realidade aumentada ..........................44

* Artigo: René de Paula Jr ......................48

* Case: Sadia............................................50

* Facebook...............................................52

* Como colocar mapas em sites ............56

* Adobe X HTML 5 ..................................60

* Locavip ..................................................66

O que tem nesta edição...

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• Tendências 2010 22 • Realidade aumentada 44

• Capa 28 • Eleições online 38

Editorial_Sumario:W2008 7/12/2009 14:46 Page 4

Por Gabriel Dudziak

Ele começou como desenhistade cartazes e até trabalhoucomo repórter policial, mas foi

a criação da turma de histórias emquadrinhos mais famosa do Brasilque o consagrou como o Mauríciode Sousa que todos conhecem. Asaventuras de Mônica, Cebolinha,Cascão, Magali e companhia fizeramcom que Maurício conquistassemilhões de fãs em todo o País.

Mas ele não parou por aí. Aolongo dos anos, o desenhista sereinventou na mesma velocidade emque a fama de seus estúdios e oprestígio de seu trabalho cresceramentre os leitores brasileiros. Vieramas turmas do Chico Bento, doAstronauta, do Pelézinho e doRonaldinho Gaúcho, além de games,desenhos animados e, maisrecentemente, a Turma da MônicaJovem em versão mangá.

Aos 74 anos, Maurício quer mais.Ele ainda procura ser um caramultimídia: tem Orkut, Twitter eacabou de lançar um site para ascrianças fazerem seus própriosdesenhos (www.maquinadequadrinhos.com.br). Em entrevista àLocaweb em Revista, o desenhistaconta um pouco mais sobre esses eoutros assuntos relacionados àcarreira, tecnologia e internet.

Locaweb – Como você usa a internete suas muitas plataformas (Twitter,sites de relacionamento, YouTube) naatividade profissional? A webpermite que você tenha um convíviomais próximo dos leitores?Maurício de Sousa - A internet veiopara ajudar na comunicação rápida queo mundo exige e facilitou o nossocontato com os leitores. Hoje, estamospraticando a interatividade, algoessencial para sabermos como conduzirnossas criações. Eu uso o Twitter paramostrar novidades e até historinhas emprimeira mão, às vezes ainda no esboço.No Orkut, entro de vez em quando para

A interatividade éessencial para conduzirnossas criaçõesMaurício de Sousa fala sobre o uso da internet em seus trabalhos edebate questões sobre direitos autorais e interação com os leitores

Desenhista multiplataforma \\ Aos 74 anos, Maurício de Sousa tem Orkut, Twitter e acaba delançar o Máquina de Quadrinhos, um site para as crianças fazerem seus próprios desenhos

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Entrevista

responder a questões levantadas nosgrupos de discussões. Fora isso,acabamos de lançar a Máquina deQuadrinhos, em que as crianças podemcriar suas próprias historinhas da Turmada Mônica. Em um mês, tivemos 56 milhistorinhas feitas no site e acesso decerca de 60 países.

Locaweb – Você acredita que ainternet e as novas mídias vão acabarcom jornais, livros, revistas equadrinhos impressos?MS - A tecnologia avança paramelhorar a comunicação, massempre que surge algo novo há um

Entrevista:W2008 7/12/2009 13:45 Page 6

questionamento sobre o que serásubstituído. A TV não acabou com ocinema, mesmo após as digitais emLCD, som acústico e DVD. O queacontece é uma adaptação natural àsnovas tecnologias. O cinema tambémestá sendo digitalizado e as salasdiminuíram de tamanho e foram paraos shoppings. Assim, acredito que omaterial impresso deve continuar aconviver com as telas maleáveis, quejá estão sendo testadas.

Locaweb – Nesse contexto, comovocê vê os direitos autorais?MS - A legislação sempre estáatrasada diante da velocidade dasnovas formas de comunicação. O quedevemos fazer no caso dos direitosautorais é estudar maneiras de nosadequarmos aos novos tempos. Issodesde que os artistas, os criativos,não percam o chão nos seus direitosde sobrevivência profissional.

Locaweb – Você chegou a processaralgum site que veiculou suas obrassem a devida licença? Acha que esseé o caminho para lutar contra apirataria virtual? MS - Temos usado medidas judiciaisquando acontece esse tipo deocorrência. Nossos advogadosanalisam todos os casos e, a partirdaí, tomamos as providências. Minhasorte é que tenho um público fiel,que inclusive me ajuda a descobriressas ações piratas.

Locaweb – E para os novos autores, ainternet facilita as coisas? MS - Muito. Quando comecei, nãohavia nada dessa facilidade dedivulgação para mostrar minhas tirasde jornal aos possíveis compradores.Hoje, com a internet, dá paramostrar ao mundo todo o trabalhofeito. Mas esse cenário também temoutro lado. A dificuldade é a mãe dacriatividade. E isso é o grandediferencial para um artista ganharseu público.

Locaweb – Para criar a turma daMônica, você se baseou em suasfilhas e amigos de infância. E ainternet, como tem influenciado suas novas histórias?MS - A internet já entrou nashistorinhas da Turma da Mônica e hojeaté tenho um personagem específicorelacionado ao tema, o Bloguinho.

Locaweb – A Turma da Mônicasempre mostrou uma infância típicade quem nasceu nas décadas de1960, 70 e 80. Os vizinhos, asbrincadeiras na rua... Hoje, essavivência é bastante distinta. Acha que a turma perdeu apelo com a nova geração?

MS - Mantenho sempre as brincadeirasde rua para mostrar que a convivênciaentre amigos e parentes não se dáapenas via equipamentos eletrônicos.E acho que isso é um escape para osleitores que ainda querem poderbrincar com a natureza ao seu redor.Mas a turminha já está na internet.

Locaweb – Dentro desse cenário, aTurma da Mônica Jovem é umatentativa de ter mais apelo com osleitores de hoje? MS - Eu estava perdendo meus leitorespara o mangá quando chegavam pertodos 11, 12 anos. O projeto da Turma daMônica Jovem estava arquivado háanos e resolvi juntar o útil ao agradável.Deu certo. É o maior lançamento dosúltimos 30 anos.

Locaweb – Qual é a sensação depresenciar uma evoluçãotecnológica tão grande da décadade 1940, quando você era criança,até 2009, quando passou dos 70 anos e posta no twitter? MS - Ainda penso como sempre.Mantenho minha vontade de brincarcom tudo. Inclusive com osquadrinhos. É a maneira demantermos nossa inclusão no mundoem todas as idades.

* O que devemos fazerno caso dos direitosautorais é estudarmaneiras para se adequaraos novos tempos

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Entrevista

Bloguinho \\ Novo personagem traz àtona a visão do desenhista a respeito daweb e das novas tendências sociais

Jovem \\ Personagens da Turma da Mônica Jovem são em estilomangá e estão conectados à rede

Entrevista:W2008 7/12/2009 13:45 Page 7

Opera Twitter Widget \\ Ferramenta do browser Opera permite que usuário crie seus twitts e acompanhe o deseus amigos por meio de uma interface independente da página do site, que tem o serviço de microblogging

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Addon paraTwitter

Sou usuário do Twitter eacompanho asatualizações de meusamigos o dia inteiro.Entretanto, cansei de terque entrar na páginaeletrônica e deixá-la abertao tempo todo. Sou usuáriodo browser Opera e, àsvezes, também utilizo oFirefox. Vocês saberiam me dizer se há algumaddon para essesnavegadores que mepermitisse atualizar eacompanhar o Twitter semter de acessar o site otempo todo?Ana Esther - Por e-mail

Há diversas extensõesque podem

automatizar, ou mesmofacilitar, o acesso à

postagem no Twitter. Para onavegador Opera, um doswidgets - que é o nomecomo a empresa nomeiasuas extensões - maispopulares para trabalharcom a página demicroblogging é o TwitterOpera Widget, que pode ser encontrado no endereço http://widgets.opera.com/widget/7206.Para o Firefox, ocomplemento mais utilizadopara trabalhar com o Twitteré o TwitterBar, uma barraque coloca o usuário apoucos cliques da redesocial. O programinha podeser encontrado no endereço https://addons.mozilla.org/en-US/firefox/addon/4664.Há ainda um outro addonchamado PowerTwitter em https://addons.mozilla.orgen-US/firefox/addon/9591.

Download no YouTube

Ultimamente, tenhoacessado muito sites devídeo, como o YouTube.Entretanto, estouprecisando baixar algunsfilmes que encontrei napágina, mas não sei comoproceder. Há algum modode realizar download dosvídeos armazenados noYouTube?Aldo Santos - Por e-mail

Não é possível realizaro download dos vídeos

do YouTube sem o uso deprogramas específicos.Entretanto, há na internetuma infinidade de softwaresque com poucos cliquespermitem que o usuárioguarde filmes do site em seupróprio computador. Um dosmais competentes programas

que realizam a tarefa chama-se Orbit Downloader (www.orbitdownloader.com).Gratuito, o soft gerenciadownloads e é voltadoespecialmente para usuáriocom conexão rápida àinternet. Além do YouTube,ele é compatível com os mais populares sites demúsica e de vídeo da rede,conseguindo baixar osarquivos com rapidez.Leve e livre de spywares, ofuncionamento do Orbit ésimples. Basta abrir ainterface principal e, emArquivo, colocar o endereçodo arquivo para download no campo adequado, dentrode "Digite a nova URL parabaixar". Depois, bastapressionar OK.

E-mail Marketing

Preciso profissionalizarmeu envio de mala diretapor e-mail e gostaria desaber se a Locaweb temalguma ferramenta quepossa me ajudar.Ilson Antero - Por e-mail

A Locaweb tem oproduto “E-mail

Marketing” que proporciona,por exemplo, campanhaspersonalizadas, envio de e-mails caracterizados comdetalhes, como data e horamarcadas, e monitoramentodas mensagens paracomparação de resultados,entre outros itens. Para sabermais, acesse a páginalocaweb.com.br/produtos/email-marketing.html.

e-mails //Envie seu e-mailSe você tem alguma dúvida, sugestão oucrítica, entre em contato com nossa redaçãopelo e-mail [email protected].

Emails:W2008 7/12/2009 13:46 Page 8

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notícias

Os representantes

da famosa loja

virtual Camiseteria.com

(www.camisetaria.com),

uma startup do Rio de

Janeiro que promove

concursos para eleger

estampas em camisetas e,

posteriormente, as

transforma em produtos

para vender via internet,

concluíram que

necessitavam de uma

infraestrutura robusta que

oferecesse estabilidade e

segurança para suas

operações e transações de

e-commerce. Cliente da

Locaweb desde 2005, a

empresa não hesitou

em seguir as atuais

tendências de

infraestrutura e contratar

os serviços de Cloud

Computing para suportar

seu crescente tráfego

de dados.

“Migramos nosso banco

de dados do servidor

dedicado para a nuvem.

O processo foi rápido,

levou apenas meia hora”,

afirma Fábio Seixas, sócio

fundador da empresa.

A estrutura contempla

cerca de sete sistemas

distintos que rodam em

dois servidores na nuvem

e, segundo Seixas, um

terceiro será adicionado

em breve. Além disso,

quando a Camiseteria.com

adotou processamento em

cloud, reduziu seus custos

em 40% em relação ao

período em que usava

equipamento dedicado.

blog.locaweb.com.brConfira as novidades da maior empresa de serviços de internet do Brasil

Locaweb turbina siteCamiseteria.comLoja virtual migra o banco de dados do servidor dedicado para o sistema cloud computing e reduz custos em até 40%

Inovadora \\ Startup carioca que promove concursos para eleger estampas para transformá-las em produtos paravender na internet vai na onda das tendências de mercado e infraestrutura transferindo dados para as “nuvens”

Noticias_Parte1:W2008 7/12/2009 13:50 Page 10

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Locaweb internacionalizaoperações e abre subsidiáriasem Miami e Montevidéu

A Locaweb iniciou umprojeto de

internacionalização como estabelecimento deum centro técnico emMiami, nos EstadosUnidos, e um deserviços de suporte eatendimento emMontevidéu, no Uruguai.O objetivo doscomplexos é atender aclientes de línguaespanhola em todo ocontinente americano. Aação demandouinvestimentos iniciais deUS$ 1 milhão, e aexpectativa é querepresente 5% dofaturamento total dogrupo em até três anos.

Nova linha Intel® Xeon® Série 5500

A Locaweb é o primeiro Data Center do Brasil a utilizar servidorescom processadores low-voltage Intel® Xeon® Série 5500.

Nesses processadores, baseados na microarquitetura Nehalem,cada núcleo realiza o processamento de diversas aplicaçõessimultaneamente e em paralelo, oferecendo ganhos de performancesuperiores a 120%. Além disso, otimizam o ambiente devirtualização e reduzem o consumo de energia em até 40%,contribuindo para uma operação ambientalmente correta.

WEBCAST FALA SOBRE COMODIMENSIONAR INFRAESTRUTURAPARA O SEU SITE

e mais...

• Eduardo Martinez, consultor técnico de vendas da

Locaweb, criou uma apresentação que fala sobre

“Como dimensionar a infraestrutura correta para obter

uma boa performance em seu site ou aplicação web”.

Vale a pena conferir em blog.locaweb.com.br.

CLOUD COMPUTING COMEMORA UMANO COM MAIS DE 2 MIL CLIENTES

• No primeiro ano de implementação da ferramenta

Cloud Computing pela Locaweb, a qualidade da

solução e a boa aceitação do mercado renderam à

empresa mais de 2 mil servidores ativos, firmando a

marca como pioneira ao inserir a computação em

nuvem no mercado brasileiro.

Noticias_Parte1:W2008 7/12/2009 13:50 Page 11

Wishlist

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O melhor dacultura digitalNesta seção, você confere o que há de melhor nasprateleiras ao redor do mundo quando o assunto é altatecnologia, conectividade com a web e diversão eletrônica

Upgrade para o home-theaterA conceituada Harman Kardon lançou uma nova linha dereceivers para quem necessita dar um “up” no home-theater. Dos três novos modelos apresentados, o quemais se destaca é o AVR-3600. Apesar de o design nãoter sofrido mudanças, o receiver de 7.1 canais trazcaprichos como os decodificadores DTS HD e DolbyTrueHD, recurso Dolby Volume e entrada para iPod compossibilidade de reproduzir os vídeos em alta definição do dispositivo (recurso upscaling para vídeos em resolução standard). O preço é um pouco elevado: US$ 1.200, nos EUA. Mais informações: www.harman.com

Filmadora compactaA linha Sony Handycam entra no mercado de filmadoras com memóriaflash com a DCR-SX40, uma câmera leve e compacta que pode sercarregada no bolso, pois pesa apenas 330 g. Ideal para esportes,

turismo e aventura, a filmadora tem memória interna de 4 GB epermite que os vídeos sejam transferidos diretamente para sitesde relacionamento na internet, graças ao software Picture MotionBrowser, que acompanha a câmera. Possui superzoom óptico de60x; função Quick Start; microfone zoom, Easy Handycam

(ajustes automáticos); LCD de 2,7" sensível ao toque etambém é compatível com o gravador externo de DVD -DVDirect Express. A DCR-SX40 está disponível nas coresprata e vermelho, ao preço sugerido de R$ 1.499.Mais informações: www.sony.com.br

Noticias_Parte2e3_WishList:W2008 13/11/2009 17:39 Page 12

Wishlist

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Fotos para a webA Samsung ST1000 é pura conectividade. Vem comlente Schneider-Kreuznach de 35 mm e zoom óticode 5x. Além de capturar imagens de até 12 MPixelse gravar vídeos em HD (720p), também é capaz decolocar as fotos em sites de relacionamento da web,como Orkut e Facebook, por meio de uma conexãoWi-Fi. Outro atributo é a sensacional função de geo-tagging, que insere informações deposicionamento nas imagens e exibe em tempo realo nome da cidade, Estado e país onde as imagensforam clicadas. Ela ainda tem duplo estabilizador deimagem e Bluetooth. Preço médio: R$ 1.999Mais informações: www.samsung.com.br

Blackberry sem terno e gravataO Curve 8520 é o primeiro smartphone da Blackberry a oferecerfuncionalidades multimídias criadas para o público jovem. Entre as novasferramentas, destacam-se compatibilidade com MP3, AAC, WMA, MP4 eWMV, sincronização com o iTunes, processador de 512 MHz – velocidademais que suficiente para um bom desempenho na reprodução de filmes,músicas e games em 3D, conexões sem fio Bluetooth, Wi-Fi e saídapadrão (P2) para fones de ouvido. Os preços variam de R$ 490 (plano Vivoescolha 50 minutos) a R$ 49 (plano Vivo escolha 900 minutos). Em breve,o aparelho poderá ser adquirido em outras operadoras.Mais informações: http://br.blackberry.com

Fone de ouvido premiadoO HD800 da Sennheiser recebeu o prêmio EISA (EuropeanImaging and Sound Association, ou Associação Europeia deImagem e Som) de melhor fone de ouvido de 2009. Segundoo júri do evento, o fone se destacou por oferecer gravespotentes, ausência praticamente total de distorção harmônica econforto sem igual. O modelo é fabricado com materiaisespeciais de baixa ressonância, que contribuem para areprodução de um som claro e limpo, e apresenta resposta defrequência de 6 Hz a 51 kHz. O surpreendente HD800 não évendido oficialmente no Brasil, mas, nos EUA, o modelo podeser facilmente encontrado por US$ 1.200.Mais informações: www.sennheiser.com

Noticias_Parte2e3_WishList:W2008 7/12/2009 13:53 Page 13

Wishlist

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Guitarra estilosaSe você é um dos milhões de fãs do game musical Guitar Hero, comcerteza esta belezinha aí em cima irá chamar, e muito, sua atenção. Aguitarra especial semfio da Logitech é uma réplica em miniatura daclássica guitarra Stratocaster, com direito a braço em madeira maple etrastes de metal. Além disso, a barra de palheta e os botões de notaspossuem um sistema antirruído, para que o único som que você escuteseja a música do game e não os botões. A Logitech Wireless Guitar custaUS$ 200 nos EUA e é compatível com o Nintendo Wii.Mais informações: www.logitech.com

MultifuncionalcompletaA Photosmart Premium TouchSmart Web,multifuncional da HP, é uma jato de tinta que usa cincocartuchos individuais de cores e dispensa os fios decomunicação com o PC, pois traz as tecnologias semfioBluetooth e Wi-Fi integradas. Além disso, tem um painelLCD de 4,3” touch screen que acessa conteúdo paraimpressão (como mapas, fotos do Flickr e outros atrativos)direto da internet, dispensando o uso de um computador.Nos EUA, o modelo sai por US$ 400. Mais informações: www.hp.com

Celular com tela de 4” O New Chocolate BL 40, da LG, é um celular multimídiacom visual invocado e tela de 4” no formato wideHD(21:9), uma das maiores do mercado. Sua interface gráficaé atraente e já ganhou prêmios de design pelo mundo.Tem câmera de 5 MPixels, slot para cartões de até 32 GB eteclado multi touch. É a grande sensação da empresa parao início de 2010. Preço sugerido de R$ 1.699.Mais informações: www.lg.com.br

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Notícias/Circuito

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Sua leiturasobre internetConfira dicas interessantes de livros a respeito detemas ligados ao mundo da tecnologia da informação

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jQuery: A Biblioteca doProgramador JavaScriptMaurício Samy Silva relata scripts jQueryde emprego real, todos comentados edisponíveis para download. Fora isso,mostra um estudo de sintaxe e o empregodos seletores e comandos da ferramenta.Preço: R$ 75Editora: NovatecInformações: www.novatec.com.br

Google: A História doNegócio de Mídia eTecnologiaLivro narra a história deSergey Brin e Larry Page, ossóciosfundadores da Google.Há informações desde aépoca em que eles seconheceram, na Universidadede Stanford, até hoje.Preço: R$ 12,50Editora: RoccoInf.: www.rocco.com.br

A Cabeça de Steve JobsO que há, realmente, dentrodo cérebro de Steve Jobs?Segundo Leander Kahney,autor do livro, a mente dofundador da Apple é umfascinante feixe decontradições. Esta obra trazhistórias surpreendentes. Preço: R$ 36,90Editora: AgirInformações:www.ediouro.com.br

Noticias_Parte 4_Circuito_Twittosfera:W2008 13/11/2009 18:13 Page 16

Notícias/Twitter

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TWITTOSFERAConfira as novidades do microblogging Twitter

•O Twitter passo a

oferecer para todos os

usuários um botão de

retweet automático

embaixo de cada post e

permitiu que, com apenas

dois cliques, seja

repassado aquela

mensagem para seus

seguidores. Uma das

novidades é que, a partir

de agora, a informação de

quem fez o tweet original

e quem retwittou não

ficará mais restrito nos

140 caracteres da

mensagem. Além disso, é

exibida apenas uma cópia

do conteúdo retwittado

na sua timeline. Saiba o

que mais muda:

• CATEGORIA RETWEETS

Foi criada uma área

dedicada para os retweets

no menu direito da sua

home do Twitter, dividida

em três seções:

retweets daqueles

que você segue,

seus retweets e

pessoas que te

retwittam.

• IGNORAR

RETWEETS

DE ALGUÉM

Basta acessar o

perfil de alguém,

procurar pelo

botão de RTs e

desabilitá-lo. Os

retweets daquela

pessoa não mais

aparecerão na sua

timeline.

• AUTORIA EXATA

Nem sempre você sabe

se o que está lendo em

um RT foi realmente dito

pelo seu suposto autor.

A nova funcionalidade,

ao automatizar o

processo, evita esse

problema. Você

simplesmente não edita

mais a mensagem ao

retwittar. Basta apertar o

botão, confirmar, e a

mensagem é postada no

seu perfil.

• SEM MUDANÇAS

Se você não quiser usar a

nova funcionalidade do

Twitter basta escrever o

bom velho RT e colar a

msg de alguém. O botão

veio apenas para facilitar

o processo.

::LinkedIn e Twitter O LinkedIn  e o

Twitter causaram

alvoroço ao anunciar

que as suas

atualizações de

status agora  podem

ser sincronizadas.

Enquanto muitos

pensaram que os

usuários poderiam trancar

o novo recurso, de acordo

com o LinkedIn as

atualizações de status  

aumentaram em 25%.

Atualizar seu status no

LinkedIn direto do Twitter é

simples: ao twittar uma

mensagem, adicione a

hashtag #in.

::Twittter ListasHá algumas semanas, foi

lançado o Twitter listas. O

recurso  permite aos

usuários criarem listas

específicas, privadas ou

públicas e funciona como

uma poderosa ferramenta

de "indicação". O Twitter

indicou que melhorias estão

por vir e a primeira delas é a

implementação das

descrições. Antes, apenas o

título da sua lista de

indicados era visualizado.

Agora,ao editar qualquer

lista, você verá o campo

descrição, que permite

descrever a lista

que criou em 100

caracteres ou menos.

Prático \\ Botão incorporado embaixo de cada post permite que, com apenas dois cliques, a mensagem seja repassada para os seguidores

Como funciona o botão de Retweets?

Noticias_Parte 4_Circuito_Twittosfera:W2008 7/12/2009 13:58 Page 17

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portfólioConfira a agência do mês destacada pela Locawebpor produzir trabalhos online diferenciados

Agência WLDEm seus dez anos de atuação,a WDL tem consolidado sua capacidade emdesenvolvimento de soluçõesWeb, Multimídia e TI. Aagência atende clientes emdiversos ramos de atuação,como arquitetura, automaçãoindustrial, advocacia,capacitação, educação, clínicas,bares, restaurantes, moda,eventos, comunicação,turismo, lazer, relaçõespublicas e diplomacia,gastronomia, imobiliária,editoras, entre outras.

1Lustres Yamamura(www.yamamura.com.br)

2Latin Next(www.latin-next.com)

3Reserva Floral

(www.reservafloral.com.br)

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205 X 275:Layout 1 12/11/2009 17:53 Página 1

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Por Sérgio Vinícius

OGoogle abriu ao público seunovo projeto online: o Wave.Trata-se de uma plataforma

que reúne, sob a mesma interface,serviços como comunicadorinstantâneo, mensagens eletrônicas,jogos online, busca integrada, chatscoletivos e outras funções que, umdia, foram chamadas de “Web 2.0”.

Os convites começaram aaparecer aos poucos e chegam, apartir do momento em que sãoenviados, entre dois dias a umasemana. Depois de recebê-lo, é maisou menos fácil brincar com o novosistema do Google. É necessário terum cadastro prévio em qualquer umdos serviços da empresa, comoGmail, Orkut ou Blogger. Mesmoporque todos eles fazem parte, deuma forma ou de outra, do Wave.

A Locaweb em Revista avaliou onovo sistema do Google por váriosdias. Depois de realizar ações comdiferentes browsers - Firefox, Opera eChrome - conclui-se que o navegadormais indicado para rodar G Wave éseu próprio browser, o Chrome. Eleacessa as funções mais rapidamente esem distorções.

Todos os outros navegadoresavaliados mostraram problemas

Há mensagens eletrônicas, bate-papo, troca de imagens. O iníciode tudo são os contatos do Gtalk quejá estejam usando o Wave. Clica-sesobre eles e decide-se que açãorealizar. O sistema de busca, marcaregistrada da empresa quedesenvolve o Wave, também nãodeixa a desejar.

Ao lado, você confere a interfaceprincipal - mesmo porque só hábasicamente uma - do Wave, quemostra seus principais recursos.

Depois, basta cruzar os dedos eesperar que o convite chegue atévocê, assim como ocorre com quasetodos os produtos do Google.

Google Wave, otudo em um da web

{p}review

Ambicioso projeto online da empresa que detém o buscador mais popular daweb reúne rede social, instant messenger, jogos online e outras funções

diferentes. O do Firefox, por exemplo,era a lentidão no carregamento dealgumas ações. Com o Opera, ele sedizia nem mesmo compatível (efuncionou precariamente).

Em uma primeira vista, a interfacedo Wave não é tão intuitiva quanto osoutros produtos do Google. Masbastam alguns minutos para sefamiliarizar com o sistema, disponível na página wave.google.comsomente para convidados (aos poucos,os convites vão se espalhando).

O novo tudo em um do Google visareunir os principais itens da vida onlinede um usuário sob a mesma interface,no caso, web.

Ficha TécnicaNome e versão: Google WaveDesenvolvedor: Google Inc.Licença: Freeware, com conviteTamanho: Online

Compartilhar \\ A missão do Google Wave é colocar na mesma interface muito conteúdo online epermitir compartilhá-lo com os amigos; no exemplo acima, um jogo de xadrez online é disputado

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Preview

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1 WAVEComo quase todos os produtos doGoogle, o Wave é um serviçoonline, baseado na web. Ele estálocalizado no endereço eletrônicowave.google.com. Ainda em testes,trata-se de uma tentativa decentralizar diversos serviços emuma mesma interface. Os testescom o produto foram realizadoscom diversos navegadores, mas oque se portou melhor foi mesmo -para a surpresa de ninguém - oCrhome. Não tente com o Opera.

2 NAVEGAÇÃODo lado esquerdo superior da telaprincipal, e uma das únicas, fica aaba de navegação do Wave. Pormeio dela, o usuário pode acessar

mensagens, textos escritos por elemesmo, spams - se for o caso - ehistórico. É nesse local que eleacerta as configurações pessoais eativa ou desativa a possibilidade deinteragir com outros usuários,pelas bolinhas coloridas. A verdeindica que o usuário estádisponível para quaisquer eventos.

3 CONTATOSEis o principal motivo de existir do Wave. Se não é o único, trata-se de um dos principais: interagir.Nessa caixa ficam exibidos oscontatos dos amigos do usuário. Éali que, ao clicar em um nomecom foto, a pessoa pode realizarações como bater papo, enviarmensagens, iniciar jogos

eletrônicos, mostrar imagens,compartilhar conteúdo diverso.

4 INBOXEm bom português, é a caixa deentrada do usuário. Nela ficammensagens que podem serorganizadas como a preferência dequem a usa. É possível arquivaritens e procurá-los. O Googlepermite que as “Waves”, comochama as ocorrências, sejamdivididas por semana ou por mês. Épossível ainda realizar alterações nadisposição da Inbox ou mesmoarquivar ou deletar Waves.

5 ADIÇÃOCom base em uma caixa de buscas,é possível criar Waves e adicionar

participantes, de acordo com o queo usuário queira realizar. Quandoum amigo é adicionado,imediatamente surge nome, foto e oestado em que ele se encontra:online, offline.

6 FOTOSO compartilhamento de conteúdo éum dos itens mais interessantes doWave. No exemplo acima, estãodispostas fotos. Mas é possíveldividir textos, jogar em conjunto,entre outras ações.

A interface1

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Especialistas em tecnologia da informação apontam asprincipais tendências demercado, mobile, infraestrutura e redes sociais para os próximos meses

Por Gabriel Dudziak

V iradas de ano sempre trazem na bagagemaquele clássico período de análise, projetos eprojeções. Todo mundo olha o que fez de bom

e de ruim no ano passado, imagina o que podia terfeito diferente, começa a pensar em como tornarrealidade aquele sonho distante e, é claro, imagina oque pode acontecer nos próximos meses. Quando ocontexto é tecnologia, a história não é diferente. O anode 2009 foi do Twitter, da briga acirrada do Orkut como Facebook, do crescimento dos aplicativos paraaparelhos de celular, de um maior debate e aplicaçãodo conceito de cloud computing e de muitos outrosacontecimentos. Mas e a respeito de 2010, o quepodemos esperar?

A Locaweb em Revista saiu a campo para ver o quealguns dos principais especialistas do País analisamcomo tendências do mercado de internet e TI para ospróximos meses. Começará a ser dado o adeusdefinitivo aos programas guardados em nossas CPUs?Computadores ainda menores que os netbooks serão

2010

O QUEPODEMOSESPERAR

DE

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de serviços baseados emweb, evolução dedispositvos móveis eaplicativos para socialmedia. Além disso, acreditoque haverá um grande foco no potencial de iniciativasrelacionadas à computação em nuvem, em especial, odesenvolvimento para telas menores e dispositivosmóveis”, afirma.

Dentro do cenário de negócios que envolvem internet,também é comum o pensamento de que a grande redepode substituir todas as demais formas de mídia, comorádios, livros, revistas e televisão. No entanto, para odiretor executivo do site Videolog, Edson Mackeenzy, essaprevisão apocalíptica não se concretizará em 2010 nem

lançados, assim como telefonesmóveis mais inteligentes, aplicativosrevolucionários para iPhones eprocessadores menos poluentes? Omercado será testemunha dadecadência dos meios de comunicaçãoimpressos, do início efetivo datelevisão via internet e do surgimentode uma nova coqueluche que vaisubstituir os tweets e scraps? Essas eoutras ponderações e consideraçõesvocê confere a seguir:

MercadoNos próximos anos e

especialmente em 2010, o mercado deinformática e internet deve seguir amesma toada observada nos últimosmeses. Mesmo assim, os investimentosnos netbooks e smartphones e a capitalização de recursoscom as mídias sociais têm potencial para ganhar maisespaço na pauta das companhias. Outro segmento que devecrescer é o das transmissões de televisão via web, tanto emnúmero quanto em qualidade no envio de dados. Tambémserá importante observar os meios que apostarão eminiciativas multiplataforma, que devem ir desde o transportede conteúdo impresso para online até a criação de versõesespecíficas para plataformas como iPhone e outrosaparelhos portáteis.

De acordo com Michel Lent Schwartzman, especialistaem mídias interativas e gerente da agênciaOgilvyInteractive Brasil, em 2010 os serviços e aplicativosdevem continuar como o core business das companhias.“Acho que será mantido um desenvolvimento forte na área

NETBOOKS ESMARTPHONES

REDESSOCIAIS SE

RVIÇ

OS

PARA

INTE

RNET

* CONTINUAREMOS COM ODESENVOLVIMENTO EM SERVIÇOS PARA

WEB, EVOLUÇÃO DE DISPOSITVOS MÓVEISE APLICATIVOS PARA SOCIAL MEDIA

Michel Lent Schwartzman, especialista em mídias interativas e gerente da agência OgilvyInteractive Brasil

Tendências 2010

Plataformas \\ Será importanteobservar os meios que apostarão

em iniciativas multiplataforma,como a criação de versões

específicas para iPhone e outrosaparelhos portáteis

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Tendências 2010

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acessíveis à grande parte da população. “Acredito tambémque o mesmo governo que pisou na bola com a TV Digitalirá criar políticas públicas que aumentarão a oferta deconectividade para qualquer pessoa. Fora isso, apontocomo tendênia que o 3G irá baratear a ponto de umcelular pré-pago conseguir acessar, com ‘dignidade’, seussites preferidos na web”.

MobileSe há alguns anos as iniciativas tecnológicas voltadas

para celulares e smartphones pareciam uma tentativa derecriar, em uma plataforma menor e portátil, o ambiente eas práticas já adotadas nos desktops e notebooks, hoje omobile é tratado como um novo meio de comunicação.Esse “tratamento” distinto dado ao mercado também devedirecionar as iniciativas para o setor em 2010. Assim, asfuncionalidades já consolidadas, como SMS, bluetooth etransferências de arquivos devem continuar da formacomo conhecemos hoje, com o foco de inovações einvestimentos nos QR Codes. Eles são códigos impressosque levam o usuário a determinado destino ou informaçãona web e, principalmente, os sites móveis e aplicativospara aparelhos de telefonia.

“Hoje, quando falamos em sites móveis e aplicativospara celulares, observamos iniciativas voltadas mais paramarcar território do que qualquer outra coisa. Os projetostêm pouco valor e se resumem a um hotsite vazio, comprojetos bobos e sem sentido. O mercado de 2010 tem

nos anos vindouros. “Isso ocorre sempre que surge umanova mídia. Muitos vão se lembrar que as ondas FM iriamacabar com o AM, que a TV acabaria com o rádio, que o e-mail faria com que as carta virassem objeto de museu. Issoé sensacionalismo barato. O fenômeno da convergência demídias é o que vai se consolidar”, projeta.

Seguindo essa linha de raciocínio, Mackeenzy apostaem uma maior disseminação do uso de celularesconectados à internet e com funções ainda pouco

Infraestrutura de internet e TI• Alvo de debates extensos nas comunidades de especialistas emcomputadores, TI e internet, é quase unânime a opinião de que ocloud computing, o processamento em nuvens, com os aplicativos eo armazenamento de dados alocados na rede, é o futuro dacomputação. A tecnologia é considerada pelo grupo de pesquisasGartner como uma das três mais importantes tendências emergentespara os próximos cinco anos. Embora ainda não haja prazos paraessa revolução nem o fim do processador como o conhecemos, ofato é que 2010 pode representar o início desse processo.

Pesquisa realizada pela consultoria IDCprevê que gastos com serviços decomputação em nuvem tripliquem até2012, atingindo US$ 42 bilhões.• Da mesma forma, em 2010 os recursos de TI devem se voltar apráticas mais sustentáveis, o chamado TI Verde. Segundo dados doGreenpeace, as peças descartadas de aparelhos eletrônicos já são5% de todo o lixo produzido no mundo, quantidade que crescetambém à razão de 5% ao ano. Desde uma fabricação maisadequada até um descarte inteligente, feito de forma ambientalmentecorreta, o fato é que as iniciativas de sustentabilidade devem serainda mais valorizadas no ano que vem. Isso tanto pela redução decustos que imprimem às companhias quanto pela boa imagem ereputação de correção socioambiental, algo ainda pouco exploradopelas empresas do ramo, mas que pode gerar dividendos junto ainvestidores e clientes.

Cloud computing \\ O ano de 2010deve representar o início do fim dos

processadores como o conhecemosgraças à tecnologia das nuvens

MOBILE ECELULARES* EM 2004, FUI CHAMADO DE

LOUCO POR APOSTAR NOVÍDEO COMO O FUTURO.HOJE, CONHEÇO MUITAS

PESSOAS LOUCAS PARACOLOCAR PELO MENOS UM VÍDEO EM SEU SITE

Edson Mackeenzy, diretor executivo do site Videolog

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Tendências 2010

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* O MERCADO DE 2010TEM QUE ACORDAR E

FAZER HOTSITES EAPLICATIVOS

CONSISTENTESRenato Gosling, especialista em tecnologia detelefones móveis e sócio da companhia FingerTips, que desenvolve aplicativos para Iphone

lembra o exemplo do aplicativo do Campeonato Brasileirode Futebol para iPhone, patrocinado pela marca NovaSchin e projetado pela própria Finger Tips. De acordo comdados colhidos pela companhia, o programa já foi baixadomais de 40 mil vezes em três meses, e a média de tempo que seus usuários gastam com o aplicativo é de 15 minutos por dia. “Que outro meio de comunicaçãopode hoje oferecer a seu anunciante uma visibilidade tãogrande?”. Segundo Gosling, essa tendência também devese repetir no Android, sistema operacional parasmartphones com participação do Google e que, naopinião do especialista, deve receber uma aprovaçãorápida e já bombar em 2010.

Outro ramo que deve ganhar mais atenção nospróximos meses é a incorporação das redes sociais àsplataformas móveis, algo que Gosling já vê consolidado,até pelo fato de muitas pessoas twitarem e acessaremmídias sociais só pelo telefone, além de um maior espaço

aos pagamentos de bens e serviçospelo celular. De acordo com oespecialista, existem grandespossibilidades desse tipo de transaçãofinanceira se intensificar já no fim de2010. “Tecnicamente, o mercado jáestá pronto para esse tipo deinteração, mas ainda é necessário tercalma”, afirma, ressaltando que o fatode ter a tecnologia à disposição nãosignifica pronta adesão do público.

Mídias sociaisPrincipal porta de entrada de

novos usuários da internet e foco daatenção de quem já utiliza a granderede há algum tempo, as redessociais são hoje objeto de estudos efascínio por parte de corporações eespecialistas no assunto. Com oTwitter como a grande febre de 2009

INTERAÇÃO DETECNOLOGIAS

CLO

UD

COM

PUTI

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Facebook \\ Segundo o diretor executivo do site Videolog, Edson Mackeenzy, vamos presenciar a luta do Orkut para se modernizar contra o Facebook, que traz conceitos mais modernos

Comunicação \\Software do Brasileirão

opera iPhone é um exemplodo que o mercado deverá

criar para uma melhorcomunicação via mobile

que acordar e fazer hotsites e aplicativos consistentes”,afirma Renato Gosling, especialista em tecnologia detelefones móveis e sócio da companhia Finger Tips, quedesenvolve aplicativos para iPhone.

Segundo ele, hoje, a experiência do usuário com osaplicativos de smartphones é outra. Não se trata apenas deuma prática da comunicação via mobile, mas sim dacomunicação em geral. Para ilustrar sua opinião, Renato

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Tendências 2010

COMUNICAÇÃOEM TEMPO REAL

e sua habilidade como verdadeiro filtro de informaçãoqualificada, todos se perguntam qual será o próximopasso das mídias sociais.

Se no início as mídias sociais incluíam todos de formaindiscriminada, hoje há um movimento de limitação equalificação delas. Mas, afinal de contas, qual deve ser ofuturo das mídias sociais: ampliar ou restringir? “Acho queteremos ambas as vertentes: redes mais filtradas e maisabertas ao mesmo tempo. Por um lado, uso de redesespecíficas verticais mais fechadas. Poroutro, redes abrangentes e abertas voltadasmais para o social e para o lazer”, afirmaMichel Lent Schwartzman.

Na parte de aplicativos e funções, EdsonMackeenzy acredita que os vídeos pessoaiscontinuarão ganhando espaço nas redessociais. “Em 2004, fui chamado de louco porapostar no vídeo como o futuro da web.Hoje, conheço muitas pessoas loucas parapor pelo menos um vídeo em seu site. Éneste mercado que eu vou continuarapostando, em um ambiente simples,

Twitter \\ Grande febre de 2009, o microblog deve amplificar seu uso paraa capitalização de recursos por parte das empresas ao longo de 2010

intuitivo e claro, em que uma pessoa comum e o melhordos cineastas estão a um clique de serem iguais,separados apenas por talento e criatividade”, profetiza.

Outra tendência é que as redes sociais agrupem cadavez mais pessoas de gosto semelhante. “O usuário que hojese divide entre redes sociais irá se organizar cada vez maisem comunidades de interesse comum, formandoorganizações com poderes incríveis. Imagino que essascomunidades podem começar a ser como sindicatos ecooperativas sérias”.

E qual será a nova menina dos olhos das redes sociais?Com a possibilidade de interação e comunicação em temporeal, via som, imagem, vídeo, filtragem de informações pormeio do RSS e do Twitter e o lado divertido dos aplicativos,Michel Schwartzman acredita que o próximo passo dasredes sociais é juntar tudo em um só serviço. “Acho que apróxima coqueluche será uma integração ainda maior deplataformas: Orkut dentro de Facebook, Twitter em formato'nugget', to go, para ser embedado em diversas localidades.Acho que vamos caminhar para uma despersonalização dosendereços das plataformas. O site ou endereço será menosrelevante que o serviço e sua marca”, analisa.

Já para Mackeenzy, 2010 será um ano de embates e deconsolidação de usuários nos principais serviços. “Vamospresenciar a luta do Orkut para se modernizar contra oFacebook. Também acredito que o Twitter será abandonado

pelas celebridades,que não acharãomais graça em seautobigbrothear”,finaliza.

Orkut \\Especialistas apontam quedeverá ocorrer umaintegração maior entre asredes sociais, com o novoOrkut, por exemplo, alocadodentro do Facebook

* FOMOS PIONEIROS COM CLOUDCOMPUTING NO PAÍS. ISSO NOS

POSSIBILITOU SAIR NA FRENTE DOSCONCORRENTES E CONQUISTAR UM

NÚMERO SIGNIFICATIVO DE PROJETOS QUEUTILIZAM AS SOLUÇÕES DE COMPUTAÇÃO

EM NUVEM. ACREDITAMOS QUE OPRÓXIMO ANO SERÁ BASTANTE AQUECIDO.

Gilberto Mautner, Presidente da Locaweb.

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SEO Wireframing e SEO Mind Mapping

A sigla SEO significa Search Engine Optimization eengloba um conjunto de ações que tem por objetivo

melhorar o posicionamento de um site nos resultados dabusca orgânica (natural) de sistemas de pesquisa, como oGoogle. Se você está em fase de reconstrução de um site,está projetando um site novo ou pretende fazer uma dessasduas coisas, pode incluir no wireframe seu projeto de SEOna etapa de concepção e modelagem do site. Isso servecomo guia para webdesigners projetarem o layout econstruírem o site. Também facilita ter uma visão global deseu projeto SEO.

Seguem alguns passos para estabelecer um bomprojeto de SEO:

• Identifique a função principal de cada página, se éde vendas, serviços, informações.• Pesquise e identifique as palavras-chave que têmalta relevância para o conteúdo da página. Essaspalavras-chaves serão implementadas no caminho depão (breadcrumb), título, meta-tags de descrição dapágina (description meta-tag) e palavras-chaves(keywords meta-tag).• Crie o wireframe de navegação usando essaspalavras-chaves para compor a URL amigávelmantendo as informações mais relevantes noprimeiro e no segundo níveis de diretórios. Ex:www.meusite.com.br/informatica/notebook

Se você também utiliza algum serviço de análise web,como o Google Analytics, pode ser útil incluir trackingcodes (códigos de rastreamento) no wireframe para analisarse o fluxo de funilamento que deseja fazer está correto ou sefaz sentido. Também pode visualizar os pontos importantesde uma página, seu fluxo de navegação e checar se existeuma conversão interessante de ser rastreada.

Uma ferramenta ótima para fazer wireframes é o Axure,muito utilizado por arquitetos da informação. O únicoinconveniente é ser paga. No site oficial, existe uma versãotrial disponível para download.

Outras ferramentas para wireframes:• Gliffy (online) • Smartdraw (Win)• Justinmind (Win / Mac) • OmniGraffle (Mac)

Outra dica legal para organizar suas ideias e projetos SEOé usar mind maps (mapas mentais). É um recurso muitoprático, no qual as ideias são agrupadas em torno de umassunto central e, a partir dele, é possível desenvolver osconceitos que quiser.

O legal de usar mind maps é que eles proporcionam umavisão geral de seu projeto e facilita a tomada de decisões.Uma ferramenta free e online é a mindmeister. Confira nosite www.mindmeister.com.

Outras ferramentas para mind maps:• Smartdraw (Win) • Visual Mind (Win)• Conceptdraw (Win / Mac) • Xmind (Win / Mac / Linux).

Confira algumas dicas para webdesigners planejarem o layout na hora de construir um site com visão global de SEO

opinião/articulista

Éster RazzoAnalista de Desenvolvimento

de Software da [email protected]

design

artigo_ester_design:W2008 13/11/2009 19:15 Page 27

O aumento da participaçãode empresas em mídias

sociais traz à tona questõescomo o valor das métricasoferecidas por agências de

publicidade e plataformas daweb. Tudo isso num universoconstruído a partir de novosmodelos de relacionamento

entre empresa e consumidor.Especialistas em internet

discutem as técnicasmais adequadas parainvestimento nessascomunidades online

Por Luciano Delfini

P esquisas afirmam que o número de brasileiros queaderem à internet aumenta a cada mês. De acordocom dados recentes do Ibope Nielsen Online

(www.ibope.com.br), por exemplo, divulgados em outubro,houve um crescimento de 5% na quantidade de pessoascom acesso à web de julho para agosto de 2009, atingindo amarca de 47 milhões de cidadãos que já podem navegarpelo universo online de casa, do trabalho ou de qualqueroutro local. O número de usuários ativos da internettambém não fica atrás; no mesmo período analisado, oaumento foi de 2,3%, o que totalizou, em apenas um mês,37,7 milhões de brasileiros que aproveitaram o espaço virtualde variadas maneiras e com os mais diversos propósitos.

A força que o território online vem adquirindo no Paístambém pode ser conferida no relatório Wave 4 – Power tothe People (www.universalmccann.bitecp.com/wave4/Wave4.pdf), produzido anualmente pela empresanorte-americana Universal McCann (www.universal.mccann.com) e que já está em sua quarta edição (a primeira saiu em 2006).

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Matéria de Capa:W2008 7/12/2009 15:02 Page 28

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* NO FUNDO, TUDO SE RESUME A UMCANAL DE CONTATO MAIS DIRETO COM OPÚBLICO E É POR AÍ QUE AS CORPORAÇÕESPRECISAM ENCARAR AS NOVAS FERRAMENTASMarcelo Coutinho, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) econsultor de análise de marcado

* O ORKUT PEDE MÉTRICAS

ESPECÍFICAS QUE NÃO VÃO

FUNCIONAR NO TWITTER

Raquel Recuero, professora do programa de

pós-graduação em Letras da Universidade

Federal da Paraíba (UFPB)

Matéria de Capa:W2008 7/12/2009 15:03 Page 29

O estudo divulgado este ano consultou 22.729usuários da internet em 38 países, incluindo o Brasil, noperíodo de novembro de 2008 a março de 2009. Aestimativa final revelou que o universo de usuários ativosda web, atualmente, é povoado por aproximadamente625 milhões de pessoas no mundo com idade entre 16 e54 anos. Isso quer dizer, segundo o Wave 4, que um em cada 13 cidadãos do globo é usuárioativo da internet, e um em cada três usuários em umaescala geral participa ativamente desse espaço online.

Para o Brasil, o relatório de 2008/2009 da McCannaponta um total de 21,9 milhões de usuários ativos daweb. Desses, 50,06%compartilham vídeos online e15,6 milhões mantêm perfil emredes sociais, o que representauma fatia de 72% dos usuáriosativos. E se a audiência éimportante para quem pensaem criar um perfil em uma redesocial, os dados do relatóriointernacional mostram que 84%dos usuários ativos da internetno País costumam visitar operfil online de um amigo.

Ainda que tenha havidouma queda de 28% no númerode leitores brasileiros de um oumais blogs, na comparação ao relatório de 2007/2008, aquantidade de usuários ativos que se tornaram essesleitores online aumentou de 12 para 13,5 milhões.

Os mais populares, entretanto, são os vídeos em sites decompartilhamento, assistidos por93% dos usuários ativos da web noBrasil, entre 2008 e 2009. Dadostambém divulgados no Wave 4.

Tantos números são capazes deexplicar o aumento de interesse domundo corporativo nesse territóriovirtual. É um interesse crescente quecarrega com ele a necessidade deaproveitar os sistemas de métricamais adequados que analisam oimpacto gerado e o retorno quepode ser colhido pelas empresascom os investimentos em mídiassociais online.

Raquel Recuero (HTTP://pontomidia.com.br/raquel),professora do programa de pós-graduação em Letras da

Universidade Federal da Paraíba (UFPB), concorda que ointeresse pelas métricas deve crescer à medida que apublicidade corporativa em sites de compartilhamento eem redes sociais se expandir. Mas a professora, quetambém é autora do livro Redes Sociais na Internet(Editora Sulina, 2009), destaca que as métricas maisadequadas dependem muito do tipo de site analisado.

Raquel explica que os sistemas de métricacorrespondem ao objetivo, ao valor, ao próprio produto(se é um aplicativo, uma marca etc.) e ao site de redesocial que se pretende analisar. “O Orkut pede métricasespecíficas que não vão funcionar no Twitter, e nem todamétrica usada no Twitter pode atingir a meta dacorporação. Por exemplo, o número de seguidores, quepode ser uma medida falseada pelos milhares de bots escripts que existem na web”, destaca a professora.

ROI, um conceito polêmico Quando se discute um sistema que mensura o

investimento corporativo em novas mídias, o temaperpassa por um termo já bastante conhecido nomercado publicitário: o ROI, sigla em inglês para aexpressão “retorno sobre investimento” (return oninvestment). De acordo com o blog Mashable – The SocialMedia Guide, esse retorno é medido estritamente dentrodo contexto monetário, se calculado apenas a partir deuma perspectiva financeira, mas seus princípios podemser aplicados em qualquer tipo de investimento,incluindo aquele sem propósitos financeiros.

Sergio Wurschig de Oliveira, analista de projetos enovos negócios da TracerSoft Tecnologia e Sistemas,

Mídias Sociais

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Site do iBope \\ De acordo com a entidade, houve um crescimento de 5% na quantidade de pessoascom acesso à web de julho para agosto de 2009, atingindo a marca de 47 milhões de cidadãos

*BOTDiminutivo da palavra

inglesa “robot”. Dispositivoconcebido para simular

ações humanas; pode serum utilitário que

desempenha tarefasrotineiras ou, num game,

um adversário com recursode inteligência artificial.

Também é usado paracoordenar e operar um

ataque automatizado emcomputadores ligados em

uma mesma rede(HTTP://pt.wikipedia.

org/wiki/Bot).

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define o retorno sobreinvestimento como um conjuntode métricas capaz de avaliar oresultado dos investimentos docliente em uma determinadamídia, campanha ou ação demarketing. Contudo, o analistaexplica que ainda não há ummodelo exato para se mensuraro retorno sobre o investimentoem marketing ou a participaçãoem redes sociais. “Não existeuma forma precisa decruzamento de informações quepossa determinar, por exemplo,para X reais investidos Yprodutos vendidos”.

Sergio entende o conceito ROI (ou ROE - retorno porengajamento) muito mais como um “retorno sobreinfluência”, que pode ser traduzido como o impacto queuma marca causa dentro das comunidades, aquantidade de seguidores que é capaz de reunir e, acimade tudo, quantos desses seguidores são influenciados defato. Complementando a ideia, Marcelo Coutinho,professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e consultorde análise de marcado, descreve o retorno sobreinfluência como um conjunto de métricas estabelecidopara avaliar como os consumidores estão dialogando aoredor de determinada marca ou assunto. Ele destaca queo termo “influência” serve para chamar atenção para ofato de que, em um novo sistema de comunicação, asempresas não podem usar apenas as velhas métricas da

propaganda. Segundo ele, métricas como “audiência”,“custo por mil” e “recall”, amplamente aplicadas paracalcular o retorno sobre o investimento em mídiastradicionais, também são importantes para as novasmídias. Porém, devem ser complementadas por outrosindicadores, como a quantidade de pessoas que

interage em uma comunidade ou blog, em relação ao númerototal de participantes ou leitoresdesse endereço.

“Talvez seja mais importante umblog com 100 leitores, sobre o qual50 comentam, do que um blog commil leitores e nenhum comentário”,avalia Marcelo.

Raquel define o termo “retornosobre influência” como um dadoabstrato, geralmente difícil demedir, enquanto o “retorno sobreinvestimento” é mais prático ematerial. “Ambos falam de retorno,mas prefiro analisar a questão dovalor agregado pelo capital social,que não necessariamente se traduzem retorno material imediato”,esclarece ela.

Mídias Sociais

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Orkut pode fazer diferença \\ Comunidade no site pode ter 100 mil pessoas, mas se ela fica diasou semanas sem interação significativa entre integrantes, talvez não valha a pena a empresa ‘estar lá’

*BLOGMASHABLEThe Social Media Guideavalia o retorno sobreinvestimento pela fórmulamatemática (X - Y) / Y, emque X é o valor final e Y ovalor inicial aplicado pelaempresa. Em outraspalavras, se o investimentofoi de cinco dólares e aempresa encerrou acampanha com 20 dólares, oROI deve ser calculado assim(20 - 5) / 5 = 3; ou seja, oretorno foi de três vezessobre o investimento inicial(HTTP://mashable.com/2009/10/27/social-media-roi).

FGV \\ Professor da fundação acredita que métricas como “audiência”,“custo por mil” e “recall” também são importantes para as novas mídias

Site Mashable \\Editores da página

defendem que retorno doinvestimento (ROI) em

marketing, por meio deredes sociais, é medido

estritamente dentro docontexto monetário

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Desafios pela frentePara os especialistas em mídias

sociais é difícil contextualizar apreocupação em mensurar o retornosobre investimento corporativo emsites de compartilhamento e redessociais. Segundo Raquel, é menosuma preocupação que nasceu domundo corporativo e mais umapossibilidade que foi descoberta como tempo pelas agências depublicidade. Na opinião daprofessora, uma das coisas maisinteressantes da internet para amídia social é justamente a questãodos “rastros”, ou seja, de permitirque o retorno seja mensurado deforma mais rápida em cada açãorealizada na rede. “Assim, a genteconsegue perceber informaçõesfundamentais para ascorporações, tais como o buzzgerado em torno de uma marca,as impressão construídas emtorno dela etc. Essas coisas sãopreciosas porque permitem afinarcampanhas, direcionar esforços eidentificar problemas que podemficar maiores”. Post divulgado emsetembro no blog Mashable – TheSocial Media Guide revela que84% das plataformas de mídiasocial não mensuram o retornosobre investimento. O texto citaum estudo realizado pelaconsultoria norte-americanaMzinga, em parceria com aBabson Executive Education, o qual mostra que 86% dosprofissionais pesquisados, em diferentes setorescorporativos, já adotaram algum tipo de mídia social em seus negócios. No entanto, segundo o mesmo estudo, 41% desses profissionais não sabem se as ferramentas sociais usadas medem o ROI(www.mzinga.com).

Na opinião de Sergio, essa lacuna aberta entre aparticipação em novas mídias e o pouco conhecimentoem relação às ferramentas que mensuram o retorno sobreinvestimento deve ser encarada de duas maneirascomplementares. Ele avalia que, primeiramente, énecessário entender que novas mídias como sites decompartilhamento e redes sociais nasceram com foco nousuário da web e não no mundo corporativo. Ao mesmo

tempo, deve-se levar em conta que a “explosão” dessasmídias se deu de forma muito rápida, sendo um fatomuito recente a partir de uma ótica corporativa. “É ummercado que ainda está se descobrindo. As empresasperceberam rapidamente o potencial de segmentaçãodesse tipo de mídia e entraram para aproveitar a novaoportunidade”. Para o analista, o problema apareceuporque as redes sociais não estavam preparadas para omodelo de negócio corporativo, e não dispunham deferramentas que pudessem mensurar os resultados deinvestimentos corporativos dentro das mídias sociais.

Como já observado no início da matéria, Raquel acreditaque as empresas irão procurar cada vez mais as métricaspara analisar seu impacto em mídias sociais. Porém, ela nãoarrisca afirmar que esse interesse possa ser o mesmo entreos sites de compartilhamento e de redes sociais. Aprofessora lembra que muitas plataformas já dispõem deseus próprios métodos de métrica para uso interno, como oDAU (daily active users ou usuários ativos por dia) e o MAU(monthly active users ou usuários ativos por mês), entreoutros. “Mas não sei se há interesse em agregar isso comoserviço. O Twitter, por exemplo, tem aplicativos que podemser usados para medir o retorno para corporações”. Raquellembra ainda que a versão “Premium” que os fundadoresdo microblog alegam lançar em breve, e que será paga,talvez possa agregar algumas dessas métricas.

No território online, é comum se deparar comobservações que nos levam a pensar que a publicidadee a comunicação corporativa para novas mídias estãomais voltadas à construção de um relacionamentoduradouro com o consumidor.

Mídias Sociais

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*BUZZ É o termo usado paradefinir uma nova estratégiade marketing, que encorajaindivíduos a repassar umamensagem para outros,criando potencial decrescimento tanto naexposição como nainfluência da mensagem.Também define ideias quese espalham nos e pelospróprios segmentosinteressados, de formaespontânea ou planejadapor um agente externo(HTTP://pt.wikipedia.org/wiki/Buzz_marketing).

Página da Mzinga \\ Consultoria afirma que 86% dos profissionais entrevistados em uma pesquisa,de diferentes setores corporativos, já adotaram algum tipo de mídia social em seus negócios

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Marcelo completa o coro afirmando que “mídiasocial não é mídia, é relacionamento social”. Para oprofessor da FGV, isso significa que, antes de pensar naexposição da marca, o anunciante deve pensar narelevância dos serviços que a marca pode prestar parao consumidor. Segundo ele, uma marca é, antes detudo, informação e a “moeda” que circula nas redessociais digitais é informação, seja ela no formato deconteúdo, música, aplicativos ou games. “Osconsumidores não estão nesse tipo de mídia para serelacionar com marcas, estão para se relacionar compessoas com interesses em comum”.

Com uma realidade que parece distinta das açõestradicionais de comunicação corporativa, Marcelo avaliaque a estratégia de ocupação do espaço virtual deveprivilegiar iniciativas que permitam aos consumidoresencontrarem pessoas com interesses parecidos ecompartilharem informações entre si. Ele cita, comoexemplo, o caso da Nike, que criou um site em que opúblico praticante de corrida pode se relacionar entre si.A plataforma oferece ferramentas para que as pessoascriem grupos de corrida, comparem suas performancese organizem eventos, por exemplo. Por meio de umaplicativo para iPod, os corredores também podem usardados gerados pelo monitoramento de suas própriasprovas (HTTP://nikerunning.nike.com). De acordo com oprofessor da FGV, o resultado que a Nike obtém éindireto, não pela exposição da marca no sentidoclássico da expressão (propaganda), mas pelo prestígioque ela ganha entre seu público-alvo.

Sergio lembra que alguns procedimentos devem serlevados em conta no planejamento de inclusão de umaempresa em uma mídia social digital. “A empresa devefalar algo que realmente interessa ao consumidor, nuncase deixando acomodar simplesmente com ações demarketing; a empresa deve colocar o cliente no controle,ou seja, deixá-lo decidir sobre uma nova campanha, sobrea criação de um slogan, ou até mesmo aumentar oenvolvimento do consumidor em um processo de decisão;finalmente, ela deve usar as mídias sociais para gerarvalores e serviços”, ensina o analista.

Ao considerar alguns procedimentos na estruturaçãode uma campanha voltada às novas mídias sociais, aempresa pode evitar um possível resultado negativo.Sergio lembra que estudos já demonstram quecorporações que entram nas redes sociais simplesmente

Mídias Sociais

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Ao lado \\ NikeRunning é a plataforma daempresa esportiva que oferece ferramentas paraque as pessoas criem grupos de corrida,comparem suas performances e interajam

Abaixo \\ O Interactive Advertising Bureau,entidade norte-americana ligada a publicidade,publicou documento especificando definiçõespadrão para métricas em mídias sociais

Definição de métricas paraanúncios em mídias sociaisO Interactive Advertising Bureau (IAB), entidade norte-americana quereúne empresas de mídia e tecnologia, publicou este ano umdocumento especificando as definições padrão para métricas emmídias sociais. Segundo a entidade, a proposta do trabalho é definiressas métricas suplementares a partir do crescimento no número deserviços oferecido por agências de publicidade a seus clientes paramedir o retorno sobre investimentos. A íntegra do documento,disponível somente em inglês, está em www.iab.net/media/file/SocialMediaMetricsDefinitionsFinal.pdf.

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com o objetivo de divulgar suas ações de marketingcausam impactos negativos, completamente opostos aoobjetivo inicial. “Os usuários de redes sociais digitaisvalorizam e seguem empresas que optam pela interação,pelo compartilhamento de informações e conteúdosinteressantes e relevantes; empresas que demonstraminteresse e respeito pelo perfil de seus consumidores”.

Para o analista, o grande desafio que surge diante dascorporações é manter sempre um conteúdo atualizado,concentrado na segmentação, para incentivar os usuáriosna prática da leitura dos posts e fazer com que elesinterajam por meio de comentários, conversas e outrosposts. “É preciso entender que as redes sociais são grandesferramentas de diálogos abertos entre usuários eempresas, e essa conversa quanto mais franca, honesta,interessante e constante, maior a possibilidade defidelização do consumidor em relação à marca”, diz Sergio.

Um relacionamento “duradouro” só pode serentendido a partir de um diálogo contínuo entre aspartes. E Marcelo reforça essa ideia ao afirmar que asmídias sociais permitem gerar uma conversação constanteem todas as etapas do processo de venda de um produto,“desde o levantamento das informações sobre a marca atécaracterísticas do produto e dos serviços de pós-venda”. Oconsultor lembra que os consumidores operam essediálogo por meio de comentários deixados emcomunidades que discutem as empresas, os quais vãodesde o “eu odeio...” até o “eu adoro...”. Para Marcelo,uma das principais lições aprendidas até o momento éque as pessoas usam as mídias sociais, sobretudo, parafalar de si e de seus interesses, e nãonecessariamente do que consomem.“Portanto, qualquer presença dasorganizações nesse espaço deve serpensada por meio da conexão deprodutos com os interesses dosconsumidores, e não somente pela exposição de suas qualidades e diferenciais”, avalia o especialista.

Ao lembrar que os consumidoresestão nas redes sociais da web parafalar sobre o que lhes interessa enão sobre o que interessa à própriaempresa, Marcelo ressalta que asações de comunicação corporativaem novas mídias digitais são maisdifusas, caóticas e velozes do que acomunicação tradicional. “Não éuma decisão que cabe à empresa,pois os consumidores já estãofalando dela, independentementeda existência de um programa

formal de relacionamento. Mercados são conversações emeu conselho é nunca começar uma conversa sem queesteja preparado para levá-la adiante e para ouvir coisasque podem não ser muito agradáveis sobre seu produtoou serviço”.

A questão da construção de um relacionamento com oconsumidor também é apontada pela professorauniversitária. Raquel diz que o mais importante é que aempresa entenda claramente que as mídias sociais estãoconcentradas justamente nesse envolvimento com osusuários. “No fundo, tudo se resume a um canal de contatomais direto com o público e é por aí que as corporaçõesprecisam encarar as novas ferramentas. É por meio desse

Mídias Sociais

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Recepedia \\ Exemplo de estratégia bem-sucedida sob um novo formato de comunicação; iniciativaapresenta marca como um elemento que permite a conexão de pessoas com interesses em comum

Facebook \\ Ainda não há uma forma definitiva de avaliar o quanto érentável divulgar uma empresa em redes sociais, como no popular Facebook

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relacionamento que se constrói influência, feedback,relevância e capital social para a marca, empresa ouinstituição”, analisa. Como se pode notar, as dificuldadessurgem à medida que os objetivos vão se tornando claros. Na opinião do professor da FGV, mídia social dá trabalho erequer um planejamento muito mais dinâmico do que ascampanhas tradicionais. “Mas não estar nesse espaço podesignificar que sua marca simplesmente desapareça dacabeça do consumidor antes mesmo que ele decida por umconcorrente, principalmente, no caso de empresas quepossuem parcelas expressivas de consumidores entre opúblico jovem”, avalia.

Marcelo aponta as campanhas “Nikeplus”, da Nike(HTTP://www.nikecorre.com.br/tag/nikeplus), e “Recepedia”,da Unilever (HTTP://www.recepedia.com), como exemplosde estratégia bem-sucedida nesse novo formato decomunicação. De acordo com o especialista, tais iniciativasapresentam suas marcas como um elemento que permitea conexão de pessoas com interesses em comum –praticantes de corrida ou interessados em gastronomia –,nas quais as menções aos produtos aparecem de formageralmente implícita.

Cada métrica em seu lugarCom tantas particularidades norteando a relação

entre público e empresa nas mídias sociais digitais,consequentemente torna-se mais complexa a procurapelo sistema de métrica mais adequado aos objetivos einteresses de cada marca ou produto. Aqui vale lembraro que Raquel menciona no início da matéria quando

afirma que as métricas só podemser consideradas adequadas selevarmos em conta diferentesfatores, entre eles, o objetivo daempresa ao mensurar um ROI, osvalores que estão em discussão, oproduto em si e os sites de redesocial que as corporações queremdefinitivamente analisar.

Sergio recorre à mesma linha deraciocínio e afirma que cadaempresa deve ser trabalhada deforma diferente. Segundo o analista,o serviço que mensura o ROI deveter como base os tipos de métricaque serão usados e como serámedida a participação da marca

dentro de uma ou mais comunidades. Ao buscar umaferramenta que irá medir o retorno sobre o investimento,Sergio lembra que a empresa deve avaliar pontos como:

*Participação na rede por meio de medição deleitura de conteúdos

*Quantos usuários estão lendo um determinadopost e quem são eles

*Origem desses posts

*Tempo de navegação

*Conteúdo mais visualizado em um determinado endereço

*Taxa de rejeição a um post específico

*Quantidade de interações por meio de comentários ou contribuições

*Número de vezes que o conteúdo foi colocado como “favorito”

*Quantos cadastros existem para o RSS

*Número de seguidores ou membros de uma comunidade e quantos são realmente ativos e exercem influência dentro da rede

Mídias Sociais

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Ao lado \\ comScore chama atenção para ofato de que, no Brasil, sites de compartilhamentode vídeos e conteúdos são as plataformas queapresentam as mais altas taxas de crescimento

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Todo esse caminho a ser percorrido com o usuário dainternet está diretamente ligado ao fato de que, atualmente,como destaca Sergio, dentro do ambiente de colaboraçãoexistem ferramentas que permitem que os próprios usuáriosclassifiquem determinados produtos e serviços. Em outraspalavras, os internautas viram formadores de opinião. Alémdisso, devem ser levadas em conta as métricas já bemaceitas no mercado, entre elas, medição de visualização,taxa de conversão e cliques, todas em tempo real. “Nessesentido, podemos mensurar tanto a qualidade doscomentários em relação a uma marca, a um produto ouserviço quanto o número de interações realizadas”.

Vale lembrar que o território online, como qualqueroutro segmento da sociedade, é povoado por formadoresde opinião, os quais se convertem em verdadeiras métricaspara a análise de resultados. Nesse contexto, deve ser levadaem conta a expressão “whuffie”, descrita como toda trocaque não envolve dinheiro – pelo menos não envolviaquando surgiu –, mas sim reputação e capital social. Essaespécie de “moeda” traduz o retorno de uma reputaçãocriada na internet e que ultrapassou as barreiras do universovirtual e foi parar no mundo real. De acordo com Sergio, aconstrução dessa “importância” se baseia em açõespositivas e negativas e em contribuições para acomunidade online. “O whuffie mostra muito o que aspessoas pensam de você. Dessa forma, o peso de seuswhuffies é dado por suas interações com comunidadese indivíduos. Dentro desse conceito, vejo o whuffiecomo uma métrica importante para consulta de retornosobre investimentos”, esclarece o analista.

Marcelo garante que o mercado oferece diversasferramentas pagas para realizar ações de monitoramento,bem como inúmeros softwares gratuitos de métrica. Bastauma boa pesquisa na web. Porém, o consultor de mercadoalerta para o fato de que o mais importante é reconhecer ediscutir os objetivos de uma empresa para que possam sersupridos pelas métricas. “Sem uma boa análise, osresultados produzidos por esses tipos de serviço são pífios,descrições numéricas de fenômenos qualitativos resultantesdas interações sociais”.

Novas mídias, novos impactosA pesquisa Trust Barometer 2009 realizada pela

Edelman, empresa de origem norte-americana que atuano segmento de Relações Públicas (www.edelman.com),mostra que os jovens que vivem nos Estados Unidosapontam a Wikipedia como a segunda fonte com maiorcredibilidade para informações sobre uma empresa. Omesmo levantamento revela que blogs, sites decompartilhamento de vídeos e outras comunidadesonline já superaram a propaganda tradicional no que dizrespeito à credibilidade.

Fontes como Ibope Nielsen Online, Google AdPlanner (www.google.com/adplanner) e comScore(http://tinyurl.com/y9kghba) chamam atenção para o fatode que, no Brasil, sites de compartilhamento de vídeos econteúdos são as plataformas que apresentam as maisaltas taxas de crescimento. Segundo uma dessas fontes –o Ibope –, a audiência desse tipo de endereço jáultrapassou a de sites de e-mail, por exemplo. Soma-se aisso a posição de liderança ocupada pelo Brasil no que serefere ao tempo de navegação, também de acordo comdados do Ibope. No mês de julho, por exemplo, o tempomédio gasto na web atingiu as marcas de 71 horas e 30 minutos na contagem geral, incluindo aplicativos, e48 horas e 26 minutos levando em conta apenasnavegação em páginas.

Ao se deparar com estatísticas tão favoráveis para ouniverso online, logo vem à tona a discussão sobrepossíveis impactos causados por tais mudanças nas açõestradicionais de comunicação corporativa, uma vez que aweb atrai um número cada vez maior de usuários.Segundo o professor da FGV, é muito difícil preverqualquer tipo de transformação porque o investimentopublicitário na internet corresponde, de acordo comdados do Nielsen Online, a apenas 4% do orçamentototal reservado à publicidade.

Mídias Sociais

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Google Ad Planner \\ De acordo com fonte, a web já é, nos EstadosUnidos, cerca de 30% maior do que a TV a cabo, em termos de alcance

Wikipedia \\Pesquisa revela que osjovens que vivem nos

Estados Unidos apontam aenciclopédia como a

segunda fonte de maiorcredibilidade para

informações gerais

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Marcelo recorre a outro dadolevantado pelo Ibope para reforçar atese de que existe uma inércia muitogrande com relação a atitudesempresariais mais proativas noespaço online: hoje, a web já é pelomenos 30% maior do que as TVs acabo ou por assinatura.

Marcelo acredita que não há ummovimento estruturado por parte domundo corporativo no que dizrespeito a grandes ações decomunicação em novas mídias. Navisão do consultor, as empresasreagem às mudanças no ambiente aoseu redor, mas não influem sobreessas transformações. “Tenhorealizado workshops sobrecomunicação mercadológica nessenovo ambiente e o que percebo é umgrande desejo de algumas áreas daempresa em investir nesse segmento,enquanto outras resistem”.

Marcelo alerta para o fato de que as relações entreempresa e consumidores se tornaram mais simétricas e queisso pode acarretar perda de parcela de poder corporativono relacionamento. “Não posso afirmar quem perderá, se odepartamento de marketing, de relações públicas, jurídicoou de serviço de atendimento ao consumidor (SAC). Odesafio é que o poder de comandar a relação de consumonão está ligado a um concorrente específico, mas a umarede difusa de consumidores. Assim, as empresas investem,mas não na mesma proporção em que mudou ocomportamento do consumidor”.

Ameaça?As oportunidades que o universo online oferece ao

mundo corporativo não são vistas por Raquel comoameaças às campanhas publicitárias “analógicas”. Aprofessora avalia que a atenção voltada às ações decomunicação em mídias tradicionais pode até sefragmentar um pouco, mas muito dificilmente serãoencaradas como ameaças. “Penso que há sim modos decontrolar um pouco melhor o feedback do processo decomunicação nessas novas ferramentas, o querepresentam uma oportunidade interessante para ascorporações. E essa oportunidade se dá, principalmente,como canal de diálogo, de atenção direta para com oconsumidor. É preciso, assim, construir valor com essasferramentas. E o capital social não é construído só de umlado, mas pela interlocução entre empresa, instituição,público”, analisa.

A professora reconhece que existe uma tendência eminvestir em novas mídias, até pelo fato de representar umorçamento relativamente baixo, para um bom potencial decapital social que pode ser agregado a uma marca ouproduto. E, segundo ela, grande parte das agências já agregaesse tipo de ação junto com as campanhas ditas tradicionais.

Mas onde entram as métricas nesse universo baseadoem construções de diálogos duradouros com potenciaisconsumidores? Sergio avalia que a questão mais importantena discussão sobre impactos, ou não, no modo decomunicação corporativa com o público está justamente nopoder das métricas. O analista levanta a seguinte questão:“quanto você paga por um anúncio em um jornal com basena quantidade total de leitores (em que não existe agarantia de leitura) ou em um anúncio de TV, o que se pagapor audiência (a TV pode estar ligada, mas o consumidorpode estar fazendo outras atividades)?”. Para ele, a diferençaestá no fato de que, em mídias online, a empresa consegueprecisar com segurança o retorno de seu investimento. “Apublicidade, que antes tinha um caráter comunicativo, passaa ter um caráter de diálogo, de relacionamento.Acompanhando essa evolução, chegaremos ao fim dacomunicação de mão única”, acredita Sergio.

Em outras palavras, o analista avalia que, hoje, com asmídias virtuais, as marcas já não possuem mais o controle dacomunicação sobre seus produtos. Para ele, esse controle estánas mãos dos consumidores. “Isso não quer dizer que asmídias tradicionais deixarão de existir, elas terão de se adaptara essa nova realidade e encontrar formas novas de integraçãocom esse novo universo que começa a despontar”.

Mídias Sociais

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Twitter\\ Investir em novas mídias, como no site de microblogging, exige muito planejamento; mas sea empresa não se enveredar na iniciativa, corre o risto de desaparecer da mente do consumidior

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SiteXBlog

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Com as novas alterações da leieleitoral, as campanhas de 2010serão amplamente discutidas naweb. Até o marqueteiro de BarakObama participará das estratégiasonline aplicadas no Brasil

Eleiçõesnos

temposde

internet

* O voto já está meiosedimentado pela

questão geográfica.Afinal, quem

realmente fala com omorador do interior

de Pernambuco, alémda televisão?Morial Paiva, diretor de

criação da agência Talk Interactive

Por Leonor Ribeiro

OBrasil reúne atualmente mais de 64,8 milhões depessoas conectadas à internet, segundo pesquisado IBOPE/Nielsen online. Apesar de significativo,

o número aponta que apenas 30% dos brasileiros estãoonline, pois há 192 milhões de habitantes no País. Ouseja, há fortes indicadores de que, embora ainda nãosejam maioria, há um enorme contingente de pessoas aserem alcançadas via web.

De olho nesse potencial, os governantes recémaprovaram as alterações na lei eleitoral que permitem a atuação de sites jornalísticos, blogs, rede sociais, e-mail e mensagens de texto em celulares durante acampanha eleitoral. O texto validado pelos senadores,mesmo em meio à grande polêmica, é consideradobastante progressista e mantém apenas duas limitações: a proibição do anonimato aos jornalistas e a garantia do direito de resposta para aqueles que se sentirem ofendidos.

Para Beth Saad, professora titular do Departamento deJornalismo e Editoração da Escola de Comunicação e Artesda Universidade de São Paulo (ECA-USP), a liberação dacobertura web às eleições representa um verdadeiroprogresso. “Essa eleição, com a participação direta ou nãodos próprios candidatos, será bastante discutida nas redessociais – e replicada na sociedade –, porque agregamvolume importante de formadores de opinião e de açõesde cidadania”, explica. Na análise da especialista, a decisão

Eleições:W2008 7/12/2009 15:24 Page 39

beneficia diretamente muito mais os próprios políticos ecandidatos que o processo eleitoral em si. A partir dela,além de ficar definitivamente assegurada a livremanifestação do pensamento também em ambiente online,as campanhas eleitorais no Brasil terão a seu dispor asferramentas do século 21. A grande questão é: os grupospolíticos brasileiros estão preparados ou sabem usar osnovos dispositivos?

Ao analisar o nível dos debates prévios à aprovação danova emenda pelo Senado, a conclusão é clara: os políticosbrasileiros têm pouca ou nenhuma familiaridade com asnovas ferramentas e isso certamente se refletirá nas

Eleições

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campanhas de 2010. Quemacompanhou a experiência dacampanha presidencial norte--americana em 2008, porém,pode observar que a internet jáfigura entre as principaisestratégias dos políticos.

Exemplo disso é o PT(Partido dos Trabalhadores), queinvestiu nos contatos comBenjamin Self para desenvolveras estratégias digitais de suasfuturas campanhas. Ben Self,como é mais conhecido, é ogrande nome da Blue StateDigital (BSD), agênciaresponsável por desenhar a

campanha online de Barak Obama. A ideia é combinar aexperiência bem-sucedida do profissional norte-americanoaos conhecimentos dos especialistas brasileiros.

Esse alinhamento local é fundamental pois, embora oBrasil seja um verdadeiro recordista no tempo conectadoà internet - o usuário brasileiro navegou por 46 horas e 14 minutos, em média, durante o mês de agosto de 2009,passando à frente de países mais desenvolvidos comoJapão e EUA – e seja conhecido como um dos povos quemais usam as redes de relacionamento no mundo, oengajamento político com as ferramentas de internet,fundamental para o primeiro ano de uma campanhaonline, é praticamente nulo.

Para se ter uma ideia do cenário, segundo aPolitweets (www.politweets.com.br), ferramenta quecontabiliza a participação de políticos no Twitter, até omomento, 324 políticos usam o microblog no País, dosquais 66 são filiados ao PT, 52 ao PSDB e 46 ao DEM. Entreos três mais seguidos estão o governador José Serra(PSDB), seguido pelo senador Aloisio Mercadante (PT),que têm capitaneado as discussões sobre o tema, e overeador paulista Gabriel Chalita (PSDB).

Só de vereadores, porém, há mais de 7 mil no Brasil.Assim, é fácil perceber que, embora a web 2.0 e suasferramentas estejam ao alcance das eleições no País, aindahá um longo caminho a ser trilhado por aqueles quedesejam usar a internet a seu favor nas eleições.

//POLÍTICOS WEB 2.0:184 deputados federais65 vereadores32 senadores30 deputados estaduais10 prefeitos03 governadores

% Partidos20% PT16% PSDB14% Democratas13% PMDB6% PSB5% PP4% PDT 3,7% PC do B17% OutrosFonte: Politweets

Dicas de Ben Self, omarqueteiro de Obama,para uma campanha bem-sucedidaEmocionar as pessoas Esqueça clichês como “meu voto é dofulano”. Na campanha de Obama,apareceram personagens como Charles,um idoso que ingressou na campanhademocrata. O depoimento dele e decompanheiros de trabalho no comitê, sem frases feitas ou conduçãoartificial, tem mais de meio milhão de visualizações no YouTube.

Buscar engajamentoA internet não é só persuadir pessoas, mas fazer com que seengajem e trabalhem para o candidato. Cuidado para não tornar umacompetição de quantos amigos o candidato tem em uma rede social.

Construa relacionamentosVídeos editados de forma simples, postados no YouTube, passavamuma mensagem intimista da campanha. Um dos exemplos foi umjantar entre Obama e alguns eleitores, cujo slogan é “conheça overdadeiro Obama”. Na tela, aparecia um candidato descontraídodando risadas, conversando com pessoas como você sobreassuntos que conversaria com seus amigos.

TransparênciaNo melhor estilo “gente como a gente”, um organizador da campanhaaparecia no escritório do comitê agradecendo os e-mails.

Ser autênticoUma estratégia é tornar o e-mail de campanha pessoal, ou seja, umapessoa “fala” com o eleitor na mensagem.

Conversar regularmenteÉ preciso manter contato. A primeira coisa é saber de onde a pessoavem e que assuntos ou interesses vocês têm em comum.

Testar ferramentas e medir resultadosA campanha online permite testar tudo, passando pelo layout dehomepages até vídeos, ver o que dá certo e adaptar ferramentas e estratégias.

* Se 5% dos eleitores mudarem seusvotos baseados em informações colhidasna internet, (este grupo) poderá indicarquem irá para o segundo turnoMarcelo Coutinho, professor da Fundação Getúlio Vargas

Eleições:W2008 7/12/2009 15:23 Page 40

Abismo Digital Outro fator inegável no Brasil é o enorme abismo

digital. Ainda que a participação dos que têm acesso àinternet tenha quase dobrado de 13% em 2002, paracerca de 24% em 2009, cerca de 61% dos brasileirosouvidos pela pesquisa TIC Domicílios 2008, do NIC.br,afirmaram nunca terem acessado a web.

O cruzamento dos dados do Tribunal SuperiorEleitoral com os números do Comitê Gestor da Internet(CGI.br) indica que a participação dos eleitores comacesso à rede atinge cerca de 30%. Mais do que isso,segundo estudo conjunto entre o Centro de Altos Estudosde Propaganda e Marketing da ESPM (Caepm) e o IBOPEInteligência, apenas 2% dos brasileiros se informaram,principalmente, pela rede mundial durante as eleiçõesmunicipais de 2008.

Especialistas também apontam a interferência da questão geográfica. “Sabemos que longe das

capitais o acesso à internet é muito mais limitado.Historicamente temos pessoas menos informadas. Porisso, pode-se afirmar que o voto já está meio sedimentadopela questão geográfica. Afinal, quem realmente fala como morador do interior de Pernambuco além datelevisão?”, questiona Morial Paiva, o diretor de criação daagência Talk Interactive, responsável pelas ações online nareeleição do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.

Para o diretor, a internet terá um grande papel noprocesso eleitoral ao longo de 2010, mas não será fatordecisivo para decidir uma eleição. Essa opinião também épartilhada por Marcelo Coutinho, consultor e professorde pós-graduação da Fundação Getulio Vargas.Entretanto, o professor defende o poder do alcance damídia online. “Se 5% dos eleitores mudarem seus votosbaseados em informações colhidas na internet, (estegrupo) pode indicar quem irá para o segundo turno. Issoé relevante”, finaliza.

Eleições

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Qual é a receita do sucesso?Certamente, os desafios são enormes, porém, as chances desucesso são igualmente promissoras. Seguindo o potencial deinfluenciador das opiniões, a importância da internet nas eleiçõesno Brasil em 2010 estará concentrada, principalmente, nacapacidade de ativar eleitores orgânicos – “aquele com tendênciaacima da média de mobilização”. Ou seja, aqueles capazes deimpulsionar o tradicional boca a boca, trabalhando o diálogotransparente com eleitor.

Segundo Fernando Barros, presidente da agência de publicidadee marketing político Propeg, nas campanhas é importante trabalharna customização das mensagens para públicos específicos. “Épreciso investir em estratégias criativas e inéditas, esquecendo osboletins generalistas”, aponta o especialista.

Outro cuidado é evitar as estratégias chamadas de invasivas. Deacordo com pesquisa realizada pela Propeg com eleitores de SãoPaulo, Salvador, Brasília e Belo Horizonte, a maioria dos eleitores declasse C e D rejeita popups, e-mail marketing e newsletter decampanhas políticas.

Já para o “guru” Ben Self, estrategista que esteve à frente dacampanha digital de Barack Obama e responsável pela arrecadaçãode US$ 500 milhões pela internet, o fundamental é conhecer qual é oreal objetivo da campanha e ser pessoal. “É preciso ser relevante,autêntico, transparente e estar disposto a quebrar barreiras, levantarexpectativas e mensurar tudo”, afirma o especialista,complementando que não existe fórmula mágica para vencer. Confiraabaixo a entrevista concedida à Locaweb em Revista.

Locaweb: Em sua opinião, como a internet muda as campanhaseleitorais e a própria maneira de fazer política?Ben Self: Acredito que a internet permite que candidatos que

desejam criar uma nova campanha online se aproximem de seus

apoiadores de maneira diferenciada. Torna-os coparticipantes de sua

estratégia, ajudando-os a construir sua campanha online. Mas

é importante não centrar todos os esforços apenas na internet.

Deve-se ficar atento, pois muitas coisas acontecem fora dela em

uma campanha.

Locaweb: Em termos de comunicação,pensando no contexto de eleições, o quefunciona online e o que não funciona?Ben Self: Acho que as coisas que

funcionam online são as mesmas que

funcionam na vida real com as pessoas.

Ser honesto com as pessoas,

transparente e autêntico. Quando

buscamos essa simplicidade, deixando de

lado o formalismo e trabalhamos com as

técnicas da comunicação real no

ambiente online, a mágica acontece.

Locaweb: Que técnicas de comunicação podem ser valiosas duranteas campanhas eleitorais?Ben Self: A primeira coisa é descobrir o que apaixona as pessoas. Você

pode usar a tecnologia para se conectar com as pessoas de uma outra

forma e construir algo maior do que achava que seria possível, algo

que possa ser chamado de movimento. Começando pelos e-mails, que

são básicos na comunicação via internet, pode-se começar a trocar o

tradicional press release por uma mensagem menos formal informando,

por exemplo, qual o montante arrecadado para a campanha, e convidar

o interessado em tomar parte da campanha, dentro de seu raio de

alcance, envolvendo-o no processo.

Locaweb: No Brasil, embora o acesso à internet cresça anualmente,ainda não é universalizado. Há alguma estratégia especial paraatingir as classes menos favorecidas?Ben Self: Trabalhamos em diferentes países e sabemos que cada

nação possui uma realidade diferente. Isto é, coisas que funcionam

para um país, precisam ser adaptadas para outros. Nossa estratégia

é sempre trabalhar com parceiros locais, o que nos ajuda a aplicar

as estratégias para diferentes situações políticas e econômicas.

Acima de tudo, acreditamos que nosso trabalho fundamental

é construir relações honestas e abertas e esse é um princípio

que vale para toda a natureza humana e pode ser aplicado,

independentemente da situação.

* Acredito que ainternet permiteaos candidatos

que desejam criaruma nova

campanha onlinese aproximarem de

seus apoiadoresde maneira

diferenciada

Eleições:W2008 13/11/2009 17:44 Page 41

42 locaweb

Foi-se o tempo em que os consumidores acessavamsites estáticos para adquirir produtos. A experiência era

sem graça e exigia esforço, tornando a usabilidade, muitasvezes, desagradável. Agora, com a onda da interatividade, asempresas investem no conceito de social shopping. A dinâmicaé simples: você acessa o e-commerce e encontra, além demercadorias à venda, uma espécie de rede social, com espaçosespecíficos para comentários, tags e listas de discussão.

Nesse contexto, a opinião do usuário é muito valorizada.Ele tem total liberdade para criticar, elogiar e dar sugestões,contribuindo para que outros usuários adquiram ou não omesmo produto. E mais: é uma boa oportunidade para asempresas aprimorarem seus produtos e atenderem, cada vezmais, os desejos dos consumidores.

Há a possibilidade também de o consumidor acessarpromoções, criar listas de compra personalizadas paracompartilhar com seus amigos, participar de chat online eacessar, via links, informações que o ajudem a usardeterminado produto no dia a dia. Tudo isso é atraenteporque combina dois fatores essenciais: engaging in commerce(engajamento no comércio, ou seja, a participação dosusuários e a contribuição deles para o aprimoramento dosprodutos) e chatting with like-minded folks (pessoas com omesmo pensamento e sinergia para compartilharconhecimentos e experiência).

O engaging in commerce e o chatting with like-minded folkscontribuem para que, ao contrário dos sites simples, os usuáriostenham acesso a hot products, good finds, weird finds, qualityproducts e products to avoid, podendo selecionar, com maiscritérios, as mercadorias que lhe interessar. O social shopping,aos poucos, conquista as grandes marcas que realizam açõesbaseadas no conceito. Nos EUA e na Europa, essas iniciativas sãocomuns. Um bom exemplo é o Kaboodle.com.

Essa grande rede de relacionamento tem uma interfaceagradável e permite aos usuários manterem perfis parapesquisar roupas, sapatos e outros produtos. Quem quiserpode criar e participar de grupos específicos sobre algunstemas. Um deles, com 111 participantes, é o Golf for Beginners,no qual os membros discutem regras do jogo e recomendamequipamentos que podem ser encontrados no Kaboodle.com.

Outra ação que merece destaque é o Stylehive.com. A redetem blogs colaborativos, nos quais se pode comentar sobrebolsas, sapatos, blusas. No Brasil, o Wal-Mart lançou seu e-commerce inspirado no conceito de social shopping. No site,o consumidor pode avaliar produtos, conhecer itens similares,ler comentários de especialistas e participar de comunidades.

Iniciativas como esta comprovam que os consumidores já sesentem seguros para adquirir produtos pela web. O queexigem – e com razão – é uma boa experiência de compra. As empresas começam, no Brasil, a entender esse recado!

Mais que ferramentas de pesquisa e segurança, consumidoresbuscam uma boa experiência em usabilidade na hora da compra

opinião/articulista

Comprar na redenunca foi tão social 

Marcelo TrípoliPresidente da agência de

marketing digital iThink e autordo blog ifound.com.br

@[email protected]

e-business

artigo_marcelo_mercado:W2008 13/11/2009 19:17 Page 42

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Por Guilherme Tsubota e Sérgio Vinícius

E m uma sala, dois homensjogam xadrez. No ambiente,há uma mesa e duas cadeiras.

O tabuleiro e as peças do jogo nãoestão fisicamente sobre a mesa. Esseselementos são gerados por umprojetor. Mas a cada movimentorealizado com a mão pelos jogadores,peões, bispos, cavalos, rei e rainhavirtuais - como se fossem reais, demadeira ou ferro - se movimentam,obedecendo ao comando dos homens.

O cenário acima, semelhante aovisto em filmes de ficção científica, éum exemplo do que é a realidadeaumentada. Em teoria, esse conceito,em voga atualmente no mundo datecnologia, refere-se à sobreposição deimagens 3D e virtuais gerados por umcomputador a objetos reais, do mundo“de carne e osso”.

Usada em computação gráfica hámuitos anos, a realidade aumentadaganhou popularidade com o adventodas webcams. Em sites interativos egames, por exemplo, as técnicas desobreposição dos objetos virtuais sãorealizadas por meio de softwares queconseguem analisar e “enxergar”hologramas e transformá-los em

desenhos 3D na tela do computador.Ao manusear o holograma, que podeestar em uma folha de papel ou folder,você exerga, no display, suas mãosmexendo uma imagem 3D.

As possibilidades do uso dessatécnica em ambientes web sãoincríveis, sobretudo em peças demarketing. Fora isso, é possível usar atecnologia em aplicações da RA paraengenharia, nas quais a equipe podeavaliar virtualmente a construção decasas, aviões, carros e por a[i vai. Háainda a possibilidade de usar o recurso

para educação, treinamento, lazer edivulgações interativas e imersivas.Aplicações para aumentar a percepçãodo dia-a-dia e soluções médicastambém se enquadram no sistema.

GamesPara desenvolvedores,

programadores e público em geral, aspossibilidades de realidade aumentadasão mais palpáveis quando o assunto éjogos digitais. Isso porque há maispessoas interessadas ou compossibilidade de jogar o que quer que

Realidade aumentada.Ela vai invadir sua vida

designweb

Conceitos de holografia, realidade virtual e efeitos tridimensionaissaem das telas do cinema e se integram ao dia a dia das pessoas

Exemplo \\ Em http://tinyurl.com/yggbx53, você confere um vídeo sobre realidade aumentada paracompreender melhor os conceitos desta tecnologia cada vez mais aplicada a ambientes web

Design:W2008 13/11/2009 18:09 Page 44

Design

locaweb 45

seja que de projetar o próximoautomóvel da GM ou realizar umaoperação de vesícula à distância.

Entretanto, nem a realidadeaumentada nem sua aplicação aomundo dos games surgiu até agora. Aliás, a história vem de longe. Oassunto faz parte dos estudos hámuitos anos. Um dos primeiros relatosconhecidos é o de Morton Heilig, quecriou uma máquina chamadaSensorama, em 1948. A traquitanasimulava a pilotagem de umamotocicleta e foi uma iniciativa derealidade virtual, na qual um braço dopiloto é projetado.

O primeiro protótipo da ideia deHelig efetivamente nasceu em 1962.Em um intervalo de 40 anos, diversasiniciativas vieram à tona, mas o termo“realidade virtual” surgiu apenas comJaron Lanier, em 1989. Pouco depois,em 1992, o professor Thomas Caudellcitou o “realidade aumentada” em umprojeto com engenheiros da Boing.

Nesse meio-tempo, itens comorealidade virtual e holografias se popularizaram na ficção.Posteriormente, os consoles de jogospassaram a dividir a ribalta dasdiversas realidades projetadas com ocinema. O universo de Star Wars,criado por George Lucas, recheado dehologramas e da forma que ospersonagens se comunicam entre si,

tecnologias apareceram, como a febreatual de RA aplicada pelos designers. É óbvio que existe muito a evoluir,pois o maior “defeito” é que narealidade aumentada se está preso aum computador com webcam. Isso restringe muito as possibilidadespráticas. Uma das saídas maisinteligentes que há hoje em dia é ainteração com câmeras de celular. Os aparelhos mais modernos têmprocessamento gráfico excelente. Com isso novos jogos e interaçõescomeçam a aparecer.

RA no metrôEm www.metroparisiphone.com,

há um vídeo do Metro Paris Subway.Basicamente, você pode, com umaplicativo para iPhone, direcionar asua câmera para qualquer direção e,assim, ver as estações de metrô, adistância que está dela e para ondeo trem segue. Além disso, dá paraver pontos comerciais espalhadospelas redondezas.

A inovação usa o conceito derealidade aumentada sob um novoprisma que pode atrair muito os webdesigners: a adaptação para um novo conceito/mercado.

* A técnica, em voga atualmente nomundo da tecnologia, refere-se à sobreposiçãode imagens 3D e virtuais geradas por umcomputador a objetosreais, do mundo “de carne e osso”

Realidade aumentadaem funcionamentoConfira abaixo alguns vídeos de comofunciona a realidade aumentada eminiciativas de marketing http://tinyurl.com/yggbx53http://tinyurl.com/ptgxtwhttp://tinyurl.com/ykeopu2http://tinyurl.com/yhhccxphttp://tinyurl.com/yz2csnx

é uma prova disso. EmStar Trek, por sua vez, háo holodeck. Tron - UmaOdisseia Eletrônica, porsi só, é um filme inteiroem realidade virtual. EMinority Report é umshow de computaçãográfica manuseada.

Especificamente nosgames, o potencial éimenso. Ainda não há atecnologia do jogo dexadrez futurístico quefez a festa do R2D2 eChewbacca em StarWars – episódio IV, masos estudos de holografia evoluíram muito. Há cerca de 20 anos, foi construída uma máquinade fliperama um tanto atrapalhada,porém, divertida, que seguia osprincípios da realidade aumentada.Era o primórdio da holografia com umjogo de cowboy e índios. O nome eraHologram Time Traveler, que foidesenvolvido pela Sega em 1991. Ogame em si era simples: o jogadorassumia o papel do cowboy e viajavapelo tempo, enfrentando índios ehomens das cavernas. Tirando ajogabilidade de lado, eraimpressionante ver aquelehomenzinho de pé no fliperama, como “mágica”.

O tempo passou e novas

Estação no seu celular \\ Com um aplicativo para iPhone, épossível interagir com um vídeo do Metro Paris Subway

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Facebook \\ Joguinho Cannonballz from Zugara, aplicado diretamente à rede social Facebook, usatécnicas de realidade aumentada. Basta que dois usuários tenham webcam para iniciar a brincadeira

* A inovação usa o conceito de realidadeaumentada sob um novo prisma quepode atrair muito os webdesigners: a adaptação para um novo mercado

Design

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Cannonballz fromZugara usa a tecnologiapara promover umaguerra naval. Aproposta é simples:dois amigos devem terwebcams em suasmáquinas. Uma vezligadas, as duaspessoas se conectamao Facebook paraentrar no jogo. Com um cenáriomarítimo aparecendo em primeiroplano, um dos jogadores aparececom o corpo ao fundo. Em suadireção, balas de canhão sãoenviadas. Quando acertam oindivíduo, elas interagem com a pessoa.

O jogo, em particular, não é umsucesso arrasador nem gerou milhõesde dólares para seus criadores. Mas omix, a convergência de paradigmascomo games e redes sociais é algopara se prestar atenção.

No BrasilPor aqui, uma das empresas

mais conhecidas no segmento derealidade aumentada é a Pixellabs.Recentemente, como case de sucesso,a companhia criou ume RA paradegustação de um celular da LG.

A peça foi exposta em uma loja da Vivo, no Shopping Estação deInverno, em Campos do Jordão, SãoPaulo. Com o uso da tecnologia,desenvolvida pela Pixellabs, os visitantes da cidade serranabrincaram com o novo aparelho no mundo virtual e conheceram suas funcionalidades.

Para tanto, bastava posicionar umfolder disponível na loja em frente aodisplay, montado especialmente paraa ação. O equipamento possuía umacâmera acoplada. Quando o usuáriocolocava o folder em frente à câmera,aparecia no display a imagem doarena. Ao movimentar o folder, ousuário mexia também, no mundovirtual, na novidade da LG. A iniciativafez parte de uma ação de marketingque atingiu 15 mil pessoas.

Portanto, se a ideia é fazer algo dedesign inovador para promover umamarca na web, eis aqui uma ótimaoportunidade. É só abrir os olhos, especializar-se e criar projetos. Com certeza os seus clientes irão se surpreender.

Para funcionar, você precisa iniciaro aplicativo e levantar o iPhone nadireção do horizonte, para que acâmera consiga visualizar o ambiente.A partir daí, o local é reconhecido e você vê a mágica acontecer.Notificações começam a aparecer nasua tela sobre os estabelecimentos. Ainiciativa é “legal e divertida”. Sempreé interessante ver o digital semisturando com o real. Parece umfilme de ficção.

O aplicativo foi pensado paraparisienses e turistas. Ou mesmo paracuriosos ao redor do mundo. Essemodelo abrange muito mais que umaexperiência de marketing regional,mas sim de publicidade mundial.

O Metro Paris Subway avaliou beme usou o boom para potencializar onegócio via RA. A mídia indiretagerada por ser um “aplicativo comrealidade aumentada” foi imensa.

Outro exemplo da aplicação da RAestá ligado ao Facebook. O game

Pixellabs \\ A companhia criou uma situação de realidade virtualpara degustação de um aparelho celular e fez o maior sucesso

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Dando voltas

Se tem uma coisa que eu gosto é andar de táxi. Essahistória de dirigir pode até ter seus prazeres, mas é

muito, muito mais gostoso (e meio perturbador) ver oquanto a cidade mudou e você não viu. Parece mágica: eupasso todos os dias nos mesmos lugares e, debaixo do meunariz, um prédio colossal surge do nada.

Outro deleite de ser passageiro é ver quem passa.Onde eu moro e onde trabalho têm algo em comum:gente comum na rua, muita gente, e poder acompanharcom calma um ou outro sem medo de trucidar um ououtro é muito bom. Nem preciso dizer que a melhorparte, porém, é conversar com taxistas. Num táxi, ambossabem para onde vão, mas nenhum sabe de onde ooutro veio. E taxistas vêm de toda parte e observam omundo de um ponto de vista bastante singular: o avesso.

Taí uma boa inspiração para este espaço: tirar você dovolante e permitir que olhe com outros olhos a paisagem àsua volta que não enxerga faz tempo. E, enquanto isso,contar uma historinha ou outra. Que tal lhe parece? Vamosem frente, doutor.

Convenhamos: quantas oportunidades você tem paraobservar e refletir? Quantas vezes parou para respirar e, maisimportante, foi respirar outros ares? Convenhamos: poucas. Enão é nem falta de tempo, pois essa desculpa é antiga. Écomodismo mesmo. A gente se acomoda a fazer o mesmocaminho todos os dias, sem notar que mesmo o caminho jánão é mais o mesmo.

Eu tenho uma boa notícia para você: bom mesmo é o queincomoda, aquilo que faz repensar seus caminhos e atémesmo onde quer chegar. Vou dar um exemplo. Fui hoje aum desses eventos de internet. O melhor jeito de ganhardinheiro com web sempre foi e sempre será... eventos sobrecomo ganhar dinheiro com internet. Assisti a velhos amigosque têm um trabalho genial e valeu a pena. Os carascontaram o quanto vale ter equipes multidisciplinares,flexibilidade, foco no talento. Mais importante: mostraramcomo isso é difícil e trabalhoso. Que tecnologia é importantesim, mas importante mesmo é entender pessoas e trazer àtona o melhor de todos. Adorei.

Fui dar uma olhada num outro salão e estranhei: lotado.O tema era confete e mais confete sobre redes sociais. Aplateia parecia feliz. Eu, porém, estava cada vez maisinquieto, e twittei um monte sobre a atração irresistível queesse papo cômodo sobre “inovação = redes sociais” exercesobre incautos. Se redes sociais levassem a alguma inovação,o Brasil já estaria conquistando outras galáxias, e nãoestamos. E mais: se prestarmos atenção, empresasinovadoras de verdade investem em pesquisa, talentos,metodologias... ou seja, o bom, velho e trabalhoso básico.

Eu venho sendo bastante provocativo e até mesmoincômodo ultimamente: se você quer inovar, crescer e ir maislonge, saia do caminho familiar, preste atenção na realidadeà sua volta e para onde está indo. É capaz que estejaalegremente andando em círculos. E isso não tem volta.

Todo mundo quer inovar, crescer, mas para isso é preciso tomar outrocaminho além do tradicional. E isso pode ser bastante incômodo

opinião/articulista

René de Paula Jr.User Experience Evangelist

Microsoft Brasil@renedepaula

[email protected]: O UAU Nosso De Cada Dia

http://blogs.msdn.com/renedepaula

design

Ilustração/

/Alex

andre

Dias

(Nan

i)

artigo_rene_design:W2008 13/11/2009 19:21 Page 48

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A empresa Sadia(www.sadia.com.br)

lançou um novo site para a Marca Qualy(www.qualysadia.com.br).Com design moderno, anova página da parceira daLocaweb permite aointernauta acessar vídeoscom diferentes receitas quetêm a margarina Qualycomo ingrediente, além deobter dicas para uma vidamais saudável.

A nova páginaeletrônica, que teveprodução assinada pelarenomada Agência Click(www.agenciaclick.com.br)reúne, sob a mesmainterface, as principaisferramentas utilizadas nossites de maior sucesso dainternet, como blogs e

Delícia de website

caseslocaweb

Com layout moderno e fácil de navegar, novo site da Sadia esbanjainteratividade e incentiva internautas a levar uma vida mais saudável

são atualizadassemanalmente.

Por meio da páginaeletrônica, é possível enviarrecados para amigos,colegas e familiares. O“Mensagem na Torrada” é aseção responsável por isso:a ferramenta que permite ainteratividade em temporeal. Com uma animaçãoem Flash, o visitante podeescrever e enviar frases paraoutros usuários de formadivertida e inusitada.

Graças a “Mensagem naTorrada”, o internautaconvida outras pessoas avisitar o site ou até mesmopara tomar um café damanhã ou almoço.

Todo o projeto da novahomepage foi inspirado no

AgênciaClick \\ Empresa desenvolveu a página eletrônica que foiinspirada no slogan “Qualidade de Vida começa com Qualy, da Sadia”

vídeos animados einterativos. A novahomepage de Qualy temdestaques como TV Qualy,Blog da Ana e Mensagemna Torrada.

No TV Qualy, é possívelencontrar um canal comreceitas em vídeo, quemostra em detalhes apreparação de pratos que levam a Qualy como ingrediente.

No canal “Reaproveite”,o internauta encontra dicasde artistas para personalizare reaproveitar os potes damargarina Qualy.

O Blog da Ana é umaárea que traz dicas, notíciase informações relacionadasaos temas “Atualidade”,“Qualidade de Vida”,“Família” e “Culinária”, que

slogan “Qualidade de Vidacomeça com Qualy, daSadia”, que acompanha alinha desde 1991.

“Com ferramentasinterativas e linguagemsimples, procuramos fazercom que o nosso internautase sinta em casa ao entrarna nova página da Qualy”,afirma Eduardo Bernstein,diretor de marketing daSadia. A empresa, inclusive,acaba de lançar uma versãomobile remoçada de suapágina princial. Para acessaro site via celular, entre emm.sadia.com.br e confira omesmo conteúdo exibidoem www.sadia.com.br.

Ao lado, você conferemais detalhes da novapágina da Qualy.

Case:W2008 13/11/2009 18:18 Page 50

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5 CONTATOÜNo “Fale Conosco”, alé de umcanal de contato direto com aempresa, por meio de umformulário, é possível também ver otelefone de contato da companhia.

Há, por exemplo, um vídeoexplicando ao visitante comoreaproveitar um pote do produto etorná-lo um compartimento paraguardar miudezas.

3 RECEITASÜComo a seção indica, a áreaReceitas mostra como utilizar aQualy para criar muitasguloseimas. Um dos atrativos daseção é que são colocadasreceitas simples de fazer, compoucos passos a serem seguidos.Outro ponto que chama a atençãoé o riquíssimo trabalho das fotos- basta ver uma imagem da receitaque o visitante imediatamente terávontade de saboreá-la. Na página,é possível ainda dar nota para asreceitas apresentadas, mostrandomais um item interativo no site.

O site

1 PÁGINA INICIALÜNa homepage estão dispostos osprincipais elementos do site, bemcomo as seções da página. Aoacessar pela primeira vez, o espaçoda Qualy emite uma agradávelmúsica que lembra os acordeshavaianos. O som imeditamenteremete o usuário a outras questões,como qualidade de vida.

2 TV QUALYÜA Sadia resolveu usar e abusarde elementos interativos emultimídia em seu novo site. Umaprova disso, que é também umadas principais áreas da páginaeletrônica, é a TV Qualy.Aproveitando a estrutura doYouTube, onde os vídeos estãoalojados, os filmes mostram dicasdiversas relacionadas à margarina.

4 BLOGÜNo Blog da Ana, o visitanteconfere informações diversas,sempre ligadas à qualidade devida. É possível acompanhar osposts por meio de um feed RSS.

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Aprenda a usar o conjunto de APIs do sistema Connect da rede social mais popular do planeta, para incluir suas aplicações no site

Inclua seus aplicativosno Facebook

Por Guilherme Tsubota, Leandro Gacia e Vinícius Macedo

O Facebook Connect é um conjunto de APIs quepermite aos desenvolvedores levarem conexõese identidades dos usuários da rede social a

sites, blogs e aplicações, oferecendo-lhes uma melhorexperiência. Possibilita também o crescimentoexponencial de visitas aos sites que o utilizam, pois acada conteúdo compartilhado no perfil de um usuário,todos os seus amigos ficam sabendo e podem clicar devolta ao site.

A iniciativa é uma forma de dar créditos para umdeterminado comentário e também de reduzircomentários maldosos ou falsos, já que parte do perfilno Facebook da pessoa que comentou ficará expostopara todos. Programar utilizando as APIs do FacebookConnect é bem simples, o exemplo abaixo mostra umaaplicação que utiliza a ferramenta e, em seguida, comofoi implementada.

A aplicação pode ser vista em: <http://app.esporte.ig.com.br/placar/ forum/index.php?jogo=14343>

O botão do FConnect abaixo permite a conexão daaplicação com o perfil do usuário no Facebook:

A seguir, o usuário entra com seu login e senha:

Agora é hora de validar a imagem e o nome do perfil:

Em seguida, o Facebook Connect traz um pop para aconfirmação da inclusão da mensagem no mural dousuário dentro do sistema:

Programação APIs no Facebook

52 locaweb

Experiência \\ Sistema permite aos desenvolvedores levarem conexões eidentidades dos usuários de rede social a sites, blogs e aplicações

Facebook:W2008 13/11/2009 18:01 Page 52

Após a confirmação, a mensagem é postada nomural do usuário dentro do Facebook:

Agora que mostramos uma aplicação que usa oFacebook Connect, mostraremos como é simples suaimplementação. Primeiramente, é preciso criar uma contano Facebook. Depois, deve-se adicionar ao menos umamigo para validar a conta (parece mentira, masapanhamos muito até descobrir isso). Em seguida, acessewww.facebook.com/developers. Permita o acesso aodevelopers e clique em set up a new application (do ladodireito superior). Aparecerá a seguinte tela, onde dará umnome para o seu aplicativo:

Depois, preencha os dados do aplicativo:

O código API Key será usado posteriormente nocódigo para confirguração.

Nos links da esqurda, clique em Conectar. Na telaque abrirá, preencha o campo “Conectar URL” com a URL

da página que usará o Fconnect vai acessar. Porexemplo, se o endereço for “www.meu primeiroappnofacebook.com/mpa.php? id=1, opte por preencher“http://www.meuprimeiroappnofacebook.com”.

Dê Salvar alterações. Pronto! O App está configurado.

CodificaçãoUma vez configurado, você pode começar a codificar

seu aplicativo. O primeiro passo é incluir na sua tagHTML, o código xmlns:fb=<http://www.facebook.com/2008/fbml>. Esse código é preceito básicopara usar a API Facebook Connect. Depois, sua TAG HTMLficará mais ou menos assim, <html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" xmlns:fb="http://www.facebook.com/2008/fbml">. O “mais ou menos” é válido,já que depende do que estiver fazendo. Você pode ter deincluir algo a mais ou tirar o atributo do W3C.

O segundo passo é incluir a tag <scripttype="text/javascript" src="http://static.ak.connect.facebook.com/js/api_lib/v0.4/FeatureLoader.js.php/pt_BR"></script> na suapágina. É aconselhável que a inclua no final do seu código,para otimizar o carregamento da aplicação.

É possível notar - no final do endereço, onde éincluída a API - uma sintaxe “pt_BR”. Ela, como vocêdeve presumir, deixa a aplicação no idioma Português doBrasil. Ao retirar essa sintaxe, por default, a aplicação ficaem inglês. Na página http://wiki.developers.facebook.com/index.php/Facebook_Locales, você encontra todas asopções de idiomas que a API disponibiliza.

Logo abaixo da inclusão da API na página, informequal é o APP que vai ser usado. Logo acima, aoconfigurar a aplicação no Facebook, observe sua “APIKey”. É por meio dela que vai dizer a API que deve seguiras configurações que setou anteriormente.

No exemplo a seguir, você vê a função “FB.init”. Nela, épossível passar os parâmetros para o funcionamento daaplicação. O primeiro é sua “API Key”. O segundo, a páginaque recebe o callback da função desta página. Você veráuma sintaxe de condicional. Apesar de ela não ser

APIs no Facebook Programação

locaweb 53

Facebook:W2008 13/11/2009 18:01 Page 53

necessária, vale usá-la, uma vez que, na maioria doscasos, é imperioso que seja mostrada uma mensagem,seu avatar, se o usuário estiver conectado. Caso ousuário esteja conectado, seria algo como chama afunção update_user_box.

<script type="text/javascript"> FB.init("44762f7f5390e60314c0272a54edfc7e", "xd_receiver.htm", {"ifUserConnected" : update_user_box}); </script>

Agora, vamos à página que recebe o callback doFacebook, a “xd_receiver.htm”. Basta você manter umapágina HTML com o nome citado no mesmo diretório dasua aplicação com o código abaixo.

<!DOCTYPE html PUBLIC "-//W3C//DTD XHTML 1.0 Strict//EN""http://www.w3.org/TR/xhtml1/DTD/ xhtml1-strict.dtd"> <html xmlns="http://www.w3.org/1999/xhtml" >

<body> <script src="http://static.ak.connect.facebook.com/ js/api_lib/v0.4/XdCommReceiver.js" type="text/javascript"></script>

</body> </html>

A seguir, confira a função update_user_box.

function update_user_box(){ var uid=FB.Facebook.apiClient.get_session().uid; var fql='SELECT name, pic_square_with_logo, profile_url FROM user WHERE uid='+uid; FB.Facebook.apiClient. fql_query(fql,function(result){ prof_url=result[0].profile_url; prof_name=result[0].name; pic_square=result[0].pic_square_with_logo; user_box.innerHTML = “<a href=\""+prof_url+"\" class=\"foto\" target=\"_blank\"><img src=\""+pic_square+"\" /></a>" +"<p><a href=\""+prof_url+"\" class=\"user\" target=\"_blank\"><strong>" +prof_name+"</strong></a> <br /> <a href=\"javascript:FB.Connect. logout();logoutfacebook();\" title=\"logout\" class=\"logout\">(x) sair</a></p>" }); FB.XFBML.Host.parseDomTree();

}

Código comentadoLinha 1, a chamada da função. Linha 2, criada variável, recebo o número de controle

do usuário dentro do Facebook. Linha 3, há requisição via FQL dos campos que preciso

para a aplicação. Em resumo, é o avatar do usuário com ologo do Facebook, para indicar que a pessoa éproveniente do Facebook, e a URL do perfil dele onde ouid (numero de controle) é igual ao conectado.

Linha 4, na qual faço com que a API execute meu FQLe receba os itens em variáveis.

Linha 8, criada variável que recebe o HTML que queroque seja exibido na minha aplicação. Contém o link para operfil do usuário, foto e nome, além do link quedesconecta o usuário do facebook “<ahref=\"javascript:FB.Connect.logout();logoutfacebook();\"title=\"logout\" class=\"logout\">(x) sair</a>”.

Linha 11, informo à API que ela deve renderizar a página.Ao ler o trecho acima, você deve ter se perguntado se

eu não escrevi errado. Em vez de SQL, redigi FQL. Mas nãoestá errado. FQL é similar ao SQL, entretanto, fazrequisições dos dados do usuário do Facebook. Veja emhttp://wiki.developers.facebook. com/index.php/FQL.

No código acima, há link para logout do Facebook.Esta, talvez, seja a função mais fácil que será feita. Éapenas “<a href=\"javascript:FB.Connect.logout();\"title=\"logout\" class=\"logout\">logout</a>”. Só isso.

Ao clicar, o usuário se desloga do Facebook. A funçãoseguinte, chamada concomitantemente a de logout, alogoutfacebook(), serve apenas para limpar o HTML eretornar ao estado que estava antes da conexão.

E por falar em conexão, para efetuá-la com oFacebook, basta incluir o código abaixo no local ondequer que apareça o botão Fconnect. O atributo onlogin,como você deve imaginar, serve para executar umadeterminada função, no caso, “update_user_box()”,quando o usuário se logar no Facebook.

<fb:login-button onlogin="update_user_box();"></fb:login-button>

Agora, você já sabe criar um App no Facebook, logar,permanecer logado e deslogar sua aplicação. Apenas faltapublicar um comentário. O primeiro passo é criar umtemplate feed. Vá até o link http://developers.facebook.comtools.php?feed>. Procure o nome do seu aplicativo eclique em Próxima. Nesse ponto, você começa adesenvolver ou criar o seu “template feed data”.

O template nada mais é do que uma forma com que oFacebook recebe informações em JSON e o exibe no perfildo usuário com sua prévia autorização. O primeiro é deuma linha. Algumas variáveis são exclusivas, como actor

Programação APIs no Facebook

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Facebook:W2008 13/11/2009 18:01 Page 54

e images. As variáveis são exibidas na forma de{*variável*}. Por exemplo: {*actor*} escreveu um post.Sairia: Leandro escreveu um post.

Há o campo onde se desenvolve o template e, abaixo,um onde você desenvolve o JSON. Por padrão, teremos:

{”images”:[{"src":"http://pad.thedigital movement.com/_blaise/2007-06-15-dgen-breakfast.jpg","href":"http://www.facebook.com"}, {"src":"http://pad.thedigitalmovement.com/ _blaise/2007-06-13-roger-waters.jpg", "href":"http://www.facebook.com"}]}

São apenas imagens, mas vale acrescentar itens deacordo com sua necessidade. Vamos criar um exemploque envie o resultado de um jogo, o nome dos times, oescudo de cada time e o texto que você escreveu.

{”time1″:”Atlético-GO”, ”time2″:”ABC”,”gols1″:”2″,”gols2″:”0″, {”images”:[{"src":" http://pad.thedigitalmovement.com/_blaise/2007-06-15-dgen-breakfast.jpg ", "href":" http://www.facebook.com"}, {"src": " http://pad.thedigitalmovement.com/_blaise/2007-06-15-dgen-breakfast.jpg ", "href http://www.facebook.com "}]},”comentario”:”Hello World”}

Com este JSON, você pode desenvolver seu template.

{*actor*} Comentou sobre {*time1*} {*gols1*} x {*gols2*} {*time1*} -> Leandro Garcia comentou sobre Atlético-GO 2 x 0 ABC

Ao clicar em próxima, você desenvolve o templatemaior, o que é mais comumente usado. Colocaremos otítulo da mesma maneira, embora não necessite ser igual.

{*actor*} Comentou sobre {*time1*} {*gols1*} x {*gols2*} {*time1*} -> Leandro Garcia comentou sobre Atlético-GO 2 x 0 ABC

Abaixo, no histórico curto, colocaremos apenas ocomentário digitado:

{*comentario*} -> Hello World. Minha Primeira publicação’

Dê Próxima. No próximo item, você cria um link deretorno. No texto do link da ação, por exemplo: Veja maissobre o Jogo no Link da ação, ex. http://esporte.ig.com.br

Pronto. Em todo post do mural vai haver um linkpara http://esporte.ig.com.br. Você pode alterar damaneira que preferir, inclusive usar o JSON, como onúmero do jogo, por exemplo. Vai da sua necessidade.

Clique em Próxima e depois em Registrar coleção demodelo. Será aberto um pop com o identificador dotemplate. Copie-o e reserve para mais tarde. Agora, vocêtem um template elaborado. É hora de criar o códigopropriamente dito. Vamos à função em JS para publicar.

function publish(comentario){ template_data = {"time1":"Atlético-GO","time2":"ABC","gols1":"2","gols2":"0", "images":[{"src":"http://pad.the digitalmovement.com/_blaise/2007-06-15-dgen-breakfast.jpg", "href":"http://www.facebook.com"},{"src": "http://pad.thedigitalmovement.com/_blaise/2007-06-13-roger-waters.jpg", "href":"http://www.facebook.com"}] ,"comentario":comentario} facebook_publish_feed_story(141837730762, template_data); }

Publish tem a função de formatar o JSON com oscampos criados no template. Ela, em seguida, chama afunção que faz a publicação. Envia por parâmetro o iddo template e o JSON com os dados. Depois, deve-secriar a função que faz a publicação propriamente dita,vamos chamá-la de facebook_publish_feed_story.

function facebook_publish_feed_story(form_bundle_id, template_data) { FB.ensureInit(function() { FB.Connect.showFeedDialog(form_bundle_id, template_data); }); }

Com isso, é possível publicar uma mensagem noFacebook. Vamos criar um link que chame a função Publish.

<input onclick="publish(‘Hello World. Minha Primeira Publicação’)" type="button" value="Submit Comment" />

----------------------------------------------------------------------------------------Guilherme Tsubota é especialista em tecnologia mobile;Leandro Garcia é especialista em desenvolvimento pararedes sociais; e Vinicius Macedo é desenvolvedor web no iG

APIs no Facebook Programação

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Facebook:W2008 13/11/2009 18:01 Page 55

Veja como usar em seu site as ferramentas dos serviços de localização online, como Google Maps e Apontador, para facilitar a vida dos clientes

Como aplicar mapasem sua página

Por Felipe Magalhães

O s serviços de localizaçãobaseados em mapasgeográficos na web, como

Google Maps, MapLink eApontador, são tão usados hoje emdia que deram origem a um novotermo: geoweb. Essa expressãodefine exatamente o mashup noqual os internautas disponibilizaminformações como fotos, notíciasou dados em um determinadoponto do mapa. Inicialmente, eraminformações de todos os tipos,notícias ocorridas naquele local,fotos e até pontos onde um grupode pichadores tinha deixado suas marcas, mas com opassar do tempo foi possível enxergar na ferramentaum uso de grande valia para o mercado empresarial:mostrar aos clientes e internautas onde está suaempresa, facilitando assim a chegada deles atédeterminada localização física.

Mostre sua empresa no Google Local Business CenterO Google Maps é o sistema de mapas online mais

conhecido e acessado do mundo, o que já faz dele umgrande parceiro para a sua empresa. Para aplicar suapágina no sistema, acesse o Google Local BusinessCenter (www.google.com/local/add). É importante frisarque você precisa ter uma conta do Google para utilizaro recurso. Caso a página apareça em inglês, no cantosuperior direito é possível alterar o idioma antes deentrar no sistema. Depois do login, a mesma opçãoaparece ao acessar o link Settings.

Para inserir seu endereço físico na página, clique emAdicionar nova empresa. Na tela seguinte, você deverápreencher o formulário com os campos solicitados e

observar no mapa, à direita da tela, se oposicionamento está sendo feito de maneira correta. Asinformações adicionais como “Empresa/Organização”,”Telefone”, “Endereço de e-mail” e “Site” são exibidasno balão do mapa. Confira a digitação antes de avançarpara a próxima etapa.

Faça uma breve descrição sobre sua empresa e, nocampo Categoria, informe seus ramos de atuação (épossível incluir até cinco categorias). Enquanto escreve,o sistema irá sugerir categorias de acordo com o quefoi digitado. Caso queira remover alguma delas, bastaclicar no X que aparece à direita das categoriasadicionadas. Depois de preencher o formulário e revisaro mapa, clique em Próxima.

Programação Mapas no site

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Parceiro de respeito \\ O Google Maps é o sistema de mapas online mais conhecido e acessado domundo, o que já faz dele um grande parceiro para a sua empresa. Acesse www.google.com/local/add

* Geoweb é a expressão que defineexatamente o mashup no qual osinternautas disponibilizam informaçõescomo fotos, notícias ou dados em um determinado ponto do mapa

GoogleMaps:W2008 13/11/2009 18:02 Page 56

Ao lado \\ Para adicionar o endereço de suaempresa ao sistema do Google, clique emAdicionar nova empresa no campo superiordireito, como aparece na captura ao lado

Na próxima etapa, inicialmente é apresentada umatela de espera enquanto o sistema “procura” o seuendereço. O Google Local Business Center solicitaráque você informe alguns detalhes a mais sobre aempresa, como horário de funcionamento, formas depagamento com as quais trabalha, fotos, vídeos dolocal e qualquer detalhe adicional.

Ao final do processo, clique em Enviar. O sistema delocalização do Google checará a veracidade dasinformações de acordo com o método que escolher:via telefone (pelo número que você informou), viacelular (você deve informar o número e a operadora)ou via cartão-postal. Por fim, dê Concluir.

Na página apresentada a seguir, aparecerá um linkpara a Central de Negócios do Google Maps. Lá, épossível observar um painel com todas as empresascadastradas por você e o status de cada uma delas.

Caso sua empresa seja grande e possua filiais, épossível fornecer um feed ao Google Local BusinessCenter para que ele aponte todos os endereços. Essefeed pode ser facilmente criado no Excel. O Googledisponibiliza um manual simples e prático para executaro processo que pode ser acessado em www.google.com/local/add/uploadFeed?hl=pt-BR&gl=BR.

Com o cadastro feito, a localização de sua empresapoderá ser exibida entre os resultados de buscasrealizadas no Google. Como um teste, experimente

pesquisar “restaurante Rio de Janeiro” na página debusca. Você verá um mapa apontando várias empresada categoria “restaurante” espalhadas pelo Rio ecadastradas no Google Local Business Center.

Depois que tudo estiver pronto, é fácil inserir omapa apontando a localização da empresa diretamenteem seu site. Faça a busca em http://maps.google.com e,no canto superior direito, clique em Link. Aparecerá umlink para você copiar o mapa ou um código HTML quepode usar para inserir em sua página.

Como usar o serviço“Apontador beta”

O Apontador, por sua vez,fornece cadastramento gratuito da localização de sua empresa etem seu sistema em versão beta.Para iniciar o processo, énecessário estar previamentecadastrado no endereçohttp://beta.apontador.com.br/accounts/newaccount.

Mapas no site Programação

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Tudo bem detalhado \\ Há a opção de informar aos clientes diversosdetalhes sobre o seu negócio, como o horário de funcionamento

Formulário \\Para se inscrever na

ferramenta do Google, épreciso preencher um

formulário detalhado com endereço completo,descrição e área de

atuação de sua empresa

* Depois que tudo estiver pronto no Google Local Business Center, é fácil inserir o mapa apontando alocalização da empresa em seu site. Basta clicar em um link paracopiá-lo ou obter o código HTML

GoogleMaps:W2008 13/11/2009 18:02 Page 57

As informações solicitadas são básicas, tais comonome, e-mail, data de nascimento e senha. Assim que oformulário é preenchido, você é direcionado para opainel do Apontador, onde está o menu MEUS LOCAIS.

Para iniciar o apontamento de sua empresa nomapa, clique em Cadastrar novo local. A partir daí, cincoetapas deverão ser cumpridas: Informações, Mapa,Logo & Fotos, Vídeo e Visualizar.

Na área de Informações, digite o nome de suaempresa em Nome do local e o setor em que trabalhano campo Categoria. Em seguida, informe os dadossobre a localização física de seu empreendimento. Naárea de Cidade e Estado, de acordo com o que fordigitado, surgirá uma lista de municípios. O mesmoacontecerá no campo Endereço e Número. Enquantovocê digita os dados, é exibida uma lista com aspossíveis ruas, acompanhada do bairro. Nesse campo,caso o nome de sua rua seja um número, digite-o por extenso.

As outras partes do formulário são depreenchimento simples. Vale a pena ressaltar aimportância do campo “palavras-chave (Tags), pois serápor meio dele que o internauta poderá chegar até você,usando a busca do site. As palavras-chave informadas

devem estar separadas por espaço. A última opção é a área Tornar local privado, usado apenas caso nãodeseje que sua empresa apareça nos resultados dabusca do Apontador.

Siga clicando em Prosseguir. Caso as informaçõesestejam corretas, em Mapas aparecerá um mapasolicitando sua verificação quanto à localizaçãoapontada. Se estiver incorreto, basta voltar à etapaanterior e informar o local certo. Se estiver correto,pressione Prosseguir.

Na etapa Logo & Fotos, você pode selecionar umaimagem local ou hospedada em qualquer endereçotanto para o logotipo quando para a foto da empresa.Essas informações enriquecem seu mapa. Depois,clique em Prosseguir para ir para a penúltima etapa,Vídeos, na qual pode adicionar um vídeo da suaempresa via URL. Esse vídeo pode estar hospedado noYouTube, Vimeo, MySpace, entre outros. O item final,Visualizar, fornece o link da página com a sualocalização e também gera o widget do mapa paravocê colocar nos endereços que quiser.

Em primeiro lugar, é possível selecionar até quatrotamanhos de mapa. No item 2, dá para copiar o código dowidget para inseri-lo no HTML da página desejada. Já noitem 3, é exibido um preview de como ficará seu mapa.Pronto! Mas lembre-se que o serviço ainda é beta.

Programação Mapas no site

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Abaixo \\ O item final, Visualizar, fornece o link da página com sua localização etambém gera o widget do mapa para vocêcolocar nos endereços que desejar

* Após passar por cinco etapas decadastramento no Apontador, vocêpode optar por até quatro tamanhos demapa, copiar o HTML para inseri-lo napágina e ver um preview da imagem

Acima \\ Os dadossolicitados peloApontador sãobásicos, tais comonome, email, data denascimento e senha

GoogleMaps:W2008 13/11/2009 18:02 Page 58

Projeto3:anuncio 18/9/2009 18:55 Página 1

Novas especificações da linguagem para desenvolvimento de páginas nainternet promete encarar de igual para igual o soft de animações da Adobe

A queda de braço entreFlash e HTML 5

Por Yan Borowski Machado

D urante os últimos meses, muita discussão temgirado em torno do tema"HTML 5 versus Flash.Muitos apostam que a nova versão da

linguagem mais popular de construção de páginas podeenterrar o bom software da Adobe, que permite criarinterfaces animadas, leve e interativas, sobretudo noambiente web.

Para engrossar o coro daqueles que apostam que alinguagem HTML irá derrotar o Flash, navegadorespopulares como Opera, Safari, Firefox e Google Chromejá começaram a implementar alguns padrões do HTML 5. Do outro lado da questão, webdesigners edesenvolvedores fãs do Flash defendem que levarámuito tempo para que todos os recursos da ferramentada Adobe estejam presentes no HTML. E mais: há quemacredite que não é possível substituir todas aquelasanimações complexas em Flash por tags HTML. Nestareportagem, você verifica os dois lados da questão,

entrende como funcionam as mais recentes versões doprograma e da linguagem e confere prós e contras decada um deles.

A discussãoO cerne da questão é se o Flash morrerá. E, em caso

positivo, se o HTML 5 será o responsável por selar ocaixão. Mais de uma vez, Shantanu Narayen, CEO daAdobe, já afirmou que quanto mais o padrão HTMLavançar, melhores serão os conteúdos web. Logo, aempresa se mostra favorável à evolução da linguagem.

O depoimento reflete cada vez mais que a criação de aplicações ricas para a internet sejam feitas com aplataforma que for, serão cada vez mais populares. Deacordo com o CEO da Adobe, entretanto, o principaldesafio para o HTLM 5 será funcionar corretamente emdiferentes navegadores. Até hoje, exceção feita ao InternetExplorer, a maior parte dos browsers apresenta conflitosde funcionamento e exibição de páginas quando oscódigos não estão bem escritos e estruturados.

Programação Flash x HTML

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Navegadores \\ Até hoje, exceção feitaao Internet Explorer (ao lado), a maior partedos browsers, como o Firefox (abaixo)apresenta conflitos de funcionamento eexibição de páginas quando os códigos nãoestão bem escritos e estruturados

HTML x Flash:W2008 13/11/2009 17:59 Page 60

Por fim, Narayen pontua que a ideia daAdobe é, apesar de ser favorável ao HTML 5,continuar a desenvolver o Flash em suabusca para criar aplicações cada vez maisricas. Com a vasta opção de navegadoresatualmente, diz o executivo, o Flash setorna cada vez mais importante, justamentepor ser - se é que é possível - maismultiplataforma que a linguagem.

Do lado do HTML 5 está Ian Hickson, coeditor da nova linguagem e tambémfuncionário do Google. De acordo com odesenvolvedor, um dos principais problemasdo mundo da tecnololgia ocorre quando umnicho é dominado por apenas umaferramenta, uma empresa ou umatecnologia. O ideal é existirem vários players,que lutem constantemente para se superar.

Para Hickson, o Flash é uma soluçãoprivada que não se enquadra no quesito“plataforma web”. Trata-se, afinal, de umsoftware de desenvolvimento, criado emantido por uma corporação privada.“Quando se está preso a uma única empresa,você está em sua mão. Se, por acaso, eladecidir descontinuar um produto, o que oconsumidor fará?”, questiona. “Ou mesmo secomeçam a cobrar ou aumentam o preço do

programa, não há muito o que fazer”. Navisão do coautor do HTML 5, com umaplataforma aberta, um linguagem opensource ou um padrão, qualquer pessoa comconhecimento técnico pode atuar.

Os opositores do Flash deixam claro queo problema é a ferramenta se tornar, para aweb, o que o Windows se tornou para osPCs: o sistema predominante. VladimirVukicevic, líder técnico do Firefox, afirmaque a Mozilla quer que a web continueaberta para garantir que funcionalidades,como vídeos, não sejam manipuladas edependentes de entidades empresariais.

Entretanto, sobre o HTML 5 substituir oFlash, até mesmo os mais otimistas sãoprecavidos. “Para que o HTML5 e o canvassubstituam o Flash, é preciso que osdesenvolvedores realmente queiram usá-losem suas aplicações”, diz Vukicevic.

Internet Explorer e o fiel da balançaEspecialistas consultados pela Locaweb em

Revista acreditam que a questão envolvendoHTML 5 e Flash será decidida pela MIcrosoft. A falta de suporte de alguns recursos doHTML 5 no popular Internet Explorer é umproblema para desenvolvedores.

O fato de vários recursos não seremsuportados pelo navegador mais populardo planeta faz com que diversas aplicaçõesweb deixem de evoluir. Afinal, osdesenvolvedores têm de fazer adaptações nocódigo, como hacks, adicionar conteúdodentro de Flashes e usar recursos específicosdo Internet Explorer (como controles deActiveX para transparência em PNG).

Flash x HTML Programação

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FLASH PRÓS•Está no mercado desde1996. Muitos problemasjá foram resolvidos ealguns ainda terão de sersolucionados pelosnavegadores que foremprogramar seus recursos.

•É utilizado por grandesempresas, como oGoogle, com sucesso em muitos de seusserviços, hotsites.

•Já existem muitosframeworks de JavaScript,exemplo do JQuery, quepossuem inúmerosplugins para players devídeo, áudio e animações.

•Segundo a Adobe, oFlashPlayer está presente em 99% doscomputadores dosusuários de internet.

CONTRAS•O usuário tem deinstalar o plugin (hojecom 1,83 MB).

•É uma tecnologiaproprietária. Se a Adoberesolver acabar com osuporte ou transformá-loem uma tecnologia paga,todos ficarão sem opção(ou usar o Silverlight).

•São necessáriasmodificações no arquivoflash para utilizartécnicas de SEO, pois osmecanismos de buscanão conseguem ler oconteúdo das animaçõesperfeitamente(geralmente meta-tagssão inseridas na páginapara as enginesindexarem o site).

•Para criar uma animaçãoé necessário ter oambiente de criação doFlash (Mx, CS1, ..., CS4),que são pagos, para criá-la ou acoplar o vídeo/controle.

* Navegadores populares comoOpera, Firefox e Chrome jácomeçaram a implementaralguns padrões do HTML 5. Por outro lado, os fãs do Flashapontam que a linguagemincorpore os recursos da Adobe

W3Schools \\ Site conta com tutoriais e informaçõessobre linguagens de internet, como o HTML 5

W3C \\ Órgão responsável por criar padrões de linguagemde desenvolvimento de páginas, como o HTML 5

HTML x Flash:W2008 13/11/2009 17:59 Page 61

O fator relacionado ao IE não será ummero desafio para o HTML 5. Com o aumentodas ofertas de navegadores - ao lado doInternet Explorer, Firefox, Opera, Chrome eSafari vem sendo muito utilizados -, aincoerência tornou-se um problema. Muitasvezes, uma página ou recurso que funcionaperfeitamente no Safari, por exemplo,simplesmente se recusa a abrir no Opera.

Graças a esses problemas,desenvolvedores tem optado por criaraplicações para plugins, e não paraplataformas puramente web. Quando se falaem plugins, é importante notar que um dosmais populares é o Flash. Nesse ponto, oHTML 5 ficaria enfraquecido.

Obviamente, qualquer que seja oresultado da guerra, vão ser necessários anosantes que existam claros vencedores eperdedores no debate. Entretanto, uma vezque as tecnologias evoluem, o debate iráapenas intensificar. Afinal, há importantesfornecedores de software dos dois lados. Eambos têm tanto a ganhar quando a perder,independentemente da linguagem queprevalecerá. Quem sai ganhando com isso é,além dos usuários, o programadores.Desenvolvedores se beneficiarão, dada a

corrida de cada plataforma para adicionarnovas e excitantes características paraacompanhar a concorrência.

Um post de John Dowdell, executivo daAdobe, publicado em seu blogprofissional, resume bem a questão. Deacordo com ele, “toda esta campanha próHTML 5 provavelmente beneficiará o Flash,porque poucos continuam a se opor àideia de que 'experience matters'”, diz ele.“As coisas são um pouco diferentes do queeram há cinco anos. O lançamento doSilverlight ajudou a impulsionar apopularidade do Flash. O iPhone auxiliou aaumentar radicalmente o número detelefones com suporte Flash”, analisa.

Ainda segundo a visão de um dos maisimportantes representantes da Adobe, “apublicidade HTML 5 contribui paramarginalizar aos poucos quem ainda defendeque imagens, animações, áudio, vídeo einteratividade rica não têm lugar na web”.

FlashPlayer 10.1Na recém-lançada versão do FlashPlayer,

a 10.1, percebe-se a preocupação da Adobecom os smartphones. A edição em fase betade testes com o Windows Mobile e owebOS (SO do Palm Pre, que pretende baterde frente com o iPhone).

A Adobe anunciou uma parceria com aOpen Screen Project (grupo que reúne maisde 50 empresas, dentre elas o Google, quedefinem padrões e softwares) para tambémcolocar o player no BlackBerry. Entre suaspreocupações com as plataformas portáteis,foram feitas melhorias na qualidade dosvídeos e uma redução do consumo de

Programação Flash x HTML

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HTML 5PRÓS•Simplifica acodificação dos sites,deixando na mão doprogramador tagssimples para adicionaráudio, vídeo e outrascoisas no site.

•É um padrão abertoque já é seguido porgrande parte dosnavegadores web queestão no mercado hoje.

•O conteúdo fica todoaberto para quemecanismos de busca(Google, Bing e por aívai) interpretem omesmo e o indexem(foram especificadasmelhorias para trabalharcom SEO).

•Qualquer editor detexto pode criar umapágina com os novosrecursos de vídeos.

CONTRAS•Tem de serimplementado em todosos navegadores para que o site funcione etodos o acessem.

•Sendo implementadopor todos osnavegadores, o padrãopode funcionar Cross-Browser entre algunsnavegadores e entreoutros não (exemplo dos Hacks de CSS parao IE).

•Tendo em vista que opadrão HTML levouaproximadamente 10anos para chegar aoestado de hoje nosnavegadores, ele aindaleva um bom tempo paraser implementado 100%em todos.

•Provavelmente o IEserá um grandeobstáculo no caminhodo HTML5.

Flash \\ Adobe é a empresa responsável por desenvolver o software de animação mais popular do planeta

Silverlight \\ Principal concorrente do Flash será um dosresponsáveis pela gratuidade da ferramenta da Adobe

* Um dos principais problemasdo mundo da tecnololgiaocorre quando um nicho édominado por apenas umatecnologia. O ideal é existirvários players, que lutemconstantemente para se superar

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bateria para chips Tegra (nVidia - Zune HD) eSnapdragon (netBooks). Agora, também estãodisponíveis formatos para visualização de vídeos em HD.

Umas das grandes barreiras que a Adobe temenfrentado com o Flash, hoje, é o iPhone. A Apple, deSteve Jobs, já afirmou que o telefone não terá suportenativo para o Flash. De acordo com o mandachuva daempresa da maçã, “o Flash é demasiado lento para estarem smartphones acessando a web”.

Recentemente, a Adobe conseguiu contornar - empartes - o problema com relação ao iPhone. Osdesenvolvedores permitiram que o Adobe Flash ProfessionalCS5 exportasse arquivos para formatos de aplicativos dotelefone da Apple. Mas não foi dessa vez que a Adobeconseguiu colocar o suporte ao Flash no Safari.

Com essas melhorias de desempenho, o Adobe Airtambém será beneficiado. Aparentemente, as aplicaçõesusadas com Air ficarão bem menos custosas para a tãoprecisa memória RAM (o que é uma maravilha, porque omeu Twhirl come bastante).

HTML 5A linguagem HTML 5 ainda não está pronta para encarar

de igual para igual um lugar no coração dedesenvolvedores. Entretanto, as novidades do padrãoincluem itens como suporte a elementos gráficossofisticados e inserção de vídeos. Confira, abaixo, osprincipais recursos e inovações da linguagem de marcação.

Canvas - Servirá para implementação deelementos gráficos sofisticados. Essas tagspoderão ser utilizadas para edição de imagensatravés de APIs ou JavaScript. Elas também sãocompatíveis com CSS.

Vídeo - Novo recurso que permite inserir umvídeo na página com um simples"<video></video>". Adeus vídeos “embeded”!

Geolocalização - Tags que permitem um siteacessar a localização do usuário (em umsmartphone) para ampliar a experiência dele. O Safari já programou esse recurso para o iPhoneOS 3.0. O Google Latitude já está utilizando orecurso também.

Caching de aplicações - Com este recurso, as aplicações estarão disponíveis para uso offline. Na publicação provisória da W3C, oarquivamento das URLs será feito por meio decategorias. Existem as entradas mestre, que sãodocumentos que foram adicionados ao cache por

um contexto de navegação indicado por umatributo de manifesto. Trata-se da fonte da URLindicada na entrada mestre do HTML.

Banco de dados - O W3C fez uma proposta de APIpara acesso a dados com o HTML5. Nele, osnavegadores passariam a utilizar base de dadospara armazenamento das aplicações. Isso aindavai dar muito pano para manga, já que não éunanimidade entre desenvolvedores.

Na práticaAgora, é importante observar alguns exemplos de

codificação. Deixando de lado a teoria e a briga dequem vai acabar com quem, confira como funcionamalguns códigos.

Adicionar um vídeo à pagina:

Com o HTML 5: <video width="640" height="360" src="http://www.youtube.com/watch?v=VW7dh3fdYlA" controls autobuffer> <p>Você pode colocar um texto aqui dentro.</p> </video>

Ainda existe um atributo para iniciar os vídeosautomaticamente.

<video src="festa_15_anos.mov" autoplay></video>

Com Flash no HTML 4: (quem já teve de inserir um flash no conteúdo de

uma página HTML conhece o código)

<object classid="clsid:d27cdb6e-ae6d-11cf-96b8-444553540000" width="425" height="344" codebase="http://download.macromedia.com/ pub/shockwave/cabs/flash/swflash. cab#version=6,0,40,0"><param name="allowFullScreen" value="true" /><param name="allowscriptaccess" value="always" /><param name="src" value="http://www.youtube.com/ watch?v=VW7dh3fdYlA" /><param name="allowfullscreen" value="true" /><embed type="application/x-shockwave-flash" width="425" height="344" src="http://www.youtube.com/watch?v=VW7dh3fdYlA" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true"></embed></object>

Flash X HTML Programação

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HTML x Flash:W2008 13/11/2009 17:59 Page 63

Geolocalização Este é um recurso extremamente interessante. Alguns

álbuns online, como Picasa e Flickr, possuem suporte paraesse tipo de tag. São inúmeras as possibilidades deutilização. Com ele, o usuário pode tirar fotos dorestaurante que almoçou e traçar um mapa virtual com oslugares. Por meio do recurso, é possível saber regiões ondeexistem mais restaurantes que agradam ao usuário.

No sistema Symbian, que equipa vários celulares daNokia, como o smartphone N95, há um recurso chamado“location tagger”. Este recurso marca a localização(baseada no sistema de GPS do N95) no cabeçalho da foto.Esses álbuns conseguem utilizar a informação pararenderizar as fotos com a geolocalização.

Eis um exemplo de como ficaria o HTML de umobjeto mapeado com uma localização.

<span style="display:none" xmlns:geo="http:// www.w3.org/2003/01/geo/wgs84_pos#">

<geo:lat>123</geo:lat><geo:long>23.1</geo:long>

</span>

Na captura exibida naparte inferior desta página,você vê um exemplo queindica onde o usuário está.Observe que o navegadorpergunta se você desejacompartilhar a localizaçãocom o domínio que estásendo acessado. Foi utilizadoo Firefox 3.5.5 para o teste.

ConclusãoA briga é importantíssima

para que todos os browserssigam o padrão HTML 5 comperfeição e que o Flashesteja presente no meio desites que utilizem essepadrão de codificação. Afinal,o que seria do Firefox se não

existisse o Chrome? O que seria do Windows se nãofosse o Unix e suas milhões de distribuições?

O Flash, com certeza, não se sente ameaçado peloHTML 5, afinal, a exibição de vídeos é algo recentepara o próprio programa da Adobe. Todos devemlembrar-se de que a principal utilização do Flash, atémetade da década, era para animação.

O HTML, por sua vez, propõe uma série derecursos novos, como acoplar um vídeo direto noHTML ou um arquivo de áudio. Porém, obviamente,está longe de fazer tudo que o Flash faz há anos. Mesmo porque todos os navegadoresimplementariam - atente-se a este ponto - de formadiferente essas funções, sendo que existe umexcelente produto, que é o Flash, que as fazperfeitamente de maneira padronizada.

Em resumo, o Flash deve continuar presente nocotidiano da web, para demandas mais complexas. Jáo HTML 5 chega, para descomplicar muitas limitaçõesdo HTML 4, permitindo ao desenvolvedor se preocuparcom assuntos mais importantes da implantação doaplicativo e do website.

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Suporte em álbuns virtuais \\ Alguns álbuns online, como o Picasa, possuem suporte para este tipo detag. Com ele, o usuário pode tirar fotos do restaurante, onde almoçou e traçar um mapa virtual com os lugares

Geolocalização no HTML 5 \\ Observe que o navegador pergunta sobre compartilhar a localização com o domínio que está sendo acessado

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Projeto1:Anuncio 13/11/2009 19:00 Página 1

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• Grêmio• www.gremio.net

locavipparceiros/locaweb

• Ometz Group• www.ometzgroup.com.br

• Portal Educação• www.portaleducacao.com.br

Conheça aqui alguns dos principais clientes vips da Locaweb

* “O Ometz Group temcomo foco a excelênciaem serviços e, por isso,confia à Locaweb ahospedagem de sites,sistemas online e banco de

dados de todas as suas empresas. ALocaweb tem se mostrado uma empresaágil, flexível e com uma equipealtamente profissional.” Marcos Teixeira, gerente TI da Ometz Group

* “O Grêmio tem sedestacado no cenário dosgrandes clubes do Brasilpelo incremento crescenteda sua relação comtorcedores/clientes.

Nosso site é o grande canal desserelacionamento. Por isso, buscamos aparceria com a Locaweb, que tem nospermitido a disponibilidade do serviço.” Andrade Osório Prates - gerente de TI do Grêmio

* “O Data Centerda Locaweb sempreatendeu com aescalabilidade necessáriapara suportar nossademanda de serviços em

e-learning no segmento de varejo ecorporativo, mantendo com altadisponibilidade os sistemas e bancos dedados críticos ao negócio.” André Akagi, diretor de TI do Portal Educação

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