REVISTA MEIO FILTRANTE

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www.meiofiltrante.com.br Especializada em Filtração - Separação - Tratamento de Água - Meio Ambiente REVISTA E PORTAL Ano XII - Nº 63 - Julho/Agosto de 2013 Tecnologia de filtro manga combate poluição atmosférica Novas tecnologias contra a escassez de água no mundo Bombas pneumáticas e de fusos entre as mais utilizadas em filtração ISSN 1676-8027 63> 9 771676 802074 Normas para construção e utilização de vasos de pressão PENTAIR INVESTE NO BRASIL PARA CONQUISTAR AS AMÉRICAS

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Matéria de capa: Pentair investe no Brasil para conquistar as américas, e muitos mais notícias sobre o mercado de filtração, tratamento de água e meio ambiente

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Espec ia l i zada em F i lt r ação - Separ ação - Tra t amento de Água - Meio Ambient e

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Ano XII - Nº 63 - Julho/Agosto de 2013

Tecnologia de �ltro mangacombate poluição atmosférica

Novas tecnologias contra a escassez de água no mundo

Bombas pneumáticas e de fusos entre as mais utilizadas em filtração

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Normas para construção eutilização de vasos de pressão

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Você pode ser saudável sem perder o estilo.O Bliss é um purifi cador compacto e práticoque reduz o cloro e acaba com as impurezas

como só um Europa é capaz. Agora você vai termuito mais saúde. E estilo, é claro.

BLISS. MAIS CORES E MILHÕESDE IMPUREZAS A MENOS.

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Seu primeiro Europa. Sempre no seu estilo.

ATENDIMENTO AO CLIENTE: (11) 3017.8400 - GRANDE SÃO PAULO E 0800 131413 - OUTRAS LOCALIDADES - DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 8 ÀS 18 HORAS. ATENDIMENTO AO CLIENTE: (11) 3017.8400 - GRANDE SÃO PAULO E 0800 131413 - OUTRAS LOCALIDADES - DE SEGUNDA A SEXTA-FEIRA, DAS 8 ÀS 18 HORAS. AOS SÁBADOS, DAS 8 ÀS 16:20 HORAS. Atenção: não nos responsabilizamos por eventuais danos que possam ser causados por peças não originais de fábrica que sejam utilizadas nos produtos. Para a sua segurança consulte sempre um Distribuidor Autorizado Europa através do site www.europa.com.br

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Pentair investe no Brasil para conquistar as Américas Empresa global aposta no mercado brasileiro e latino-americano explorando soluções em segmentosde água, fluidos, segurança e gerenciamento térmico

Normas para construção e utilização de vasos de pressãoSaiba sobre as principais normas e diretrizes para a construção de vazos de pressão e a segurança de seus operadores

Tecnologia de filtro manga combate poluição atmosféricaOs filtros do tipo manga, são opção para as indústriasque se empenham no controle da emissão de poluição atmosférica

Tipos de válvulas e critérios para aplicação industrialCom um leque de opções disponíveis hoje no mercado,as válvulas industriais são acessórios indispensáveis e de fundamental importância nas tubulações

DESTAQUENovas tecnologias contra a escassez de água no mundo

EQUIPAMENTOSBombas pneumáticas e de fusos entre as mais utilizadas

TRATAMENTO DE ÁGUAFiltros de processo proporcionam água purificada para a indústria

ESPECIAL MEIO AMBIENTERobert F. Kennedy Jr. critica privatização da água durante fórum mundial de meio ambiente

Seções 06 Filtrado - O que acontece no mercado de filtros08 Mercado - Confira as novidades no mercado industrial50 Visão Empresarial

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Equipamentos

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EDITORIAL

EditoraRogéria Sene Cortez [email protected]

DiretoresRogéria Sene Cortez MouraJoão B. [email protected]

Redação/ReportagemAnderson V. da Silva, Bruna Lavrini, Carla Legner, Cristiane Rubim e Daiana Cheis [email protected]

Comunicação Loiana Cortez Moura

Criação, Editoração e WebAnderson Vicente da SilvaPaula Zampoli

PublicidadeLaíssa Cortez MouraYara [email protected]

Capa Foto Divulgação Pentair Criação e DesenvolvimentoL3ppm - publicidade, propaganda e marketing Ltda.

Assinaturas, Circulação e Atendimento ao Cliente:Tel.: +55 11 4475-5679 [email protected]

Conselho Editorial:Alexandre Borges; Alice Maria de Melo Ribeiro; Antonio José Monte; Atsushi Gomi; Caio Mello de Abreu; Carlos Augusto de Souza; Cláudio Chaves; Denis Beber Frada; Eduardo Pacheco; Francisco Gomes Neto; Genaro Pascale Neto; Geraldo Reple Sobrinho; Hercules Guilardi; Helmut Zschieschang; Hermann Queiser; Jeffrey John Hanson; José Luis Tejon Megido; Julio Trujillo; Luciano Peske Ceron; Mauro Urbinati; Marco Aurélio Rangel; Marco Antônio Simon; Nelson Roberto Cancellara; Paulo Roberto Antunes; Patrick Galvin; Pedro Verpa; Plínio Centoamores; Ricardo Saad; Tárcia Rita Davoglio; Tarcisio Costa; Valter Medina; Vinicius Stoco Patricio e Walter Luiz Polônio.

Colaboraram nesta edição:Antonio Carlos Camargo, Sueli Curti e Ma-nuella Curti de Souza (Grupo Europa); Sér-gio Gazarini (Wega Motors); Abrafiltros (Di-retoria); Edgard Luiz Cortez (Iteb); Aldenir C. Montesso (Poli-Filtro); David Siqueira de Andrade e Gabriela Oppermann (Supply Ser-vice); Fernando Dias (Teciam); Eng. Edison Ricco Júnior e Flávia Gill (Apexfil); Sérgio Moreira Monteiro e Vinicius Stoco Patricio (Parker Hannifin); Juliana Araújo, Tathyana Prezotti e Alessandro Gaiotto (Bosch Rexro-th); André Luis Moura e Valdir Montagnoli (Laffi Filtration); Simone Minhoto Queiroz e Carlos Alberto Teixeira Mourão (Tecfil); Claudio Chaves e Anderson Alves Oliveira (Pentair); Perla Volner e José Rubens (Fil-tros Fram); Henrique Veiga (Ministério do Meio Ambiente); Felipe Pinto (Dow); Marco Antonio Carneiro (H2Life Brasil); Gislaine Matias (Hubert); Marcelo Notrispe (Vallair do Brasil); Ana Carolina Heidrich (Netzsch); Milton Mentz (MKS Engenharia); Tito de Almeida Pacheco (Vortex Consultoria Indus-trial); Marcello Vinícius Bernardini (McFil); Marcos de Oliveira (Bermad Brasil); Dina

Diamand (Tecflux-Swagelok); Djalma Bordig-non (KSB Válvulas); Cristina Hoster (Spirax Sarco); Bel Pesce (FazINOVA); e Joanna Paes de Barros e Oliveira.

Assessoria JurídicaCandido, Rozatti e Spinussi Adv. AssociadosTel.: +55 11 4438-8173 www.crsaa.com.br

A Revista MEIO FILTRANTE é uma pu-blicação da L3ppm - L Três publicidade, propaganda e marketing Ltda. Rua Aracanga, 330 – Pq. Jaçatuba CEP 09290-480 - Santo André - SPTel.: +55 11 4475-5679www.meiofiltrante.com.br

Impressão e AcabamentoGráfica IPSIS - www.ipsis.com.br

O Brasil em destaque

Nosso país atravessa um novo momento de mobilização social, que ganhou corpo através da série de manifestações que ocorrem em todo o território nacional. O Brasil é jovem e sabemos que há muito que melhorar na saúde, educação, transportes, infraestrutura – e ainda buscar eliminar a corrupção e as desigualdades sociais. Nesse sentido, que possamos todos contribuir para um momento de renovação de forma pacífica, que resulte em melhorias gradativas e contínuas para a população.O povo brasileiro é criativo, trabalhador e tem sabido lidar com adversidades ao longo de sua história, qualidades que têm sido reconhecidas por organizações internacionais de renome. Não raro, vemos brasileiros em posição de destaque no cenário internacional, traçando novos planejamentos e estratégias para grandes corporações em busca de crescimento e novas políticas de gestão.Nesta edição, trazemos como matéria de capa a trajetória da Pentair no Brasil, abordando infraestrutura, logística, linha de produtos, perspectivas e planos de negócios no país e no exterior. Entre os executivos responsáveis pela operação, contamos com a entrevista do brasileiro Cláudio Chaves, profissional reconhecido no mercado de filtração e purificação de água – e mais um exemplo de que o nosso país possui empresários e executivos que têm muito a contribuir com o mundo globalizado em diversas áreas de negócios.Trazemos também nesta edição, as novas tecnologias para enfrentar a escassez de água no mundo; as diferenças e aplicações das bombas pneumáticas e de fuso; as normas para construção e utilização de vasos de pressão; o papel dos filtros manga no combate à poluição; os critérios para o emprego de válvulas industriais; como os filtros de processo proporcionam água purificada para a indústria; a crítica de Robert Kennedy sobre a privatização da água durante fórum mundial de meio ambiente; as novidades para o setor de filtros nas seções Filtrado e Mercado; e a importância em contar com ações de prevenção no meio jurídico, na seção Visão Empresarial.

Até a próxima edição. Boa leitura e bons negócios!

Rogéria Sene Cortez MouraEditora

Os artigos e matérias não refletem a opinião desta revista, assim como declarações emitidas por entrevistados e através de anúncios, sendo de única e exclusiva responsabilidade de seus autores e anunciantes. A reprodução total ou parcial das matérias só é permitida mediante autorização prévia da Revista Meio Filtrante, e desde que citada a fonte.

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Ano XII - Nº 63 - Julho/Agosto de 2013

Tecnologia de �ltro mangacombate poluição atmosférica

Novas tecnologias contra a escassez de água no mundo

Bombas pneumáticas e de fusos entre as mais utilizadas em filtração

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Normas para construção eutilização de vasos de pressão

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Jarra com filtro conta com ação bacteriológica unindo beleza e eficiência.

A Pentair Hidro Filtros traz ao Brasil o Filtro Jarra, um purificador de água prático e com uma eficiência bacteriológica que elimina até 99,9% das bactérias presentes na água. Como o próprio nome indica o filtro é uma jarra que possui um elemento filtrante com quatro etapas de filtração e alto poder bacterio-lógico. Além de proporcionar saúde e qualidade de vida ele tem um design clean e que combina com cozinhas e escritórios. A jarra comporta 1,5 litros e conta com uma vazão de seis litros por hora. Beba uma água livre de bactérias e bem gelada, pois seu material permite ir à geladeira sem influenciar na funcionalidade do refil.

O Filtro Jarra ainda proporciona:• Retenção de sujeiras, vírus e bactérias;• Redução de cloro em mais de 75%;• Produto certificado pelo INMETRO conforme norma NBR 15.176:2004;• Previne doenças como a febre tifoide, cólera, diar-reia e a disenteria;• Pode ir à geladeira para uma água gelada;• Protege quanto à prolife-ração de bactérias;• Resistente e com elemen-to que filtra até 375 litros;• Praticidade e beleza.

Modelo será lançado no Brasil no começo de julho.

Com desempenho, funcionalidade e confiabilidade já conhecidos pelo mercado, o cromatógrafo Chromaster ganha nova versão que traz, entre outros benefícios, pressão superior aos padrões atuais. O Chromaster Ul-tra (UHPLC - Ultra High Performance Liquid Chroma-tography) será lançado no Brasil com exclusividade pela Merck Millipore, no início de julho, em evento destinados a usuários de cromatografia em laborató-rios de empresas do segmento farmacêutico. Desenvolvido pela Hitachi – empresa japonesa re-presentada pela Merck desde 1986 – o modelo acaba de ser apresentado mundialmente durante o HPLC

2013, em Amsterdam. “O processo de elaboração do Chromaster Ultra durou aproximadamente sete anos. Esse período foi fundamental para trabalhar cuidado-samente a demanda dos usuários e transformar esse modelo em referência absoluta na rotina analítica dos laboratórios mais exigentes”, revela Daniel Teixeira, coordenador de Lab Supply da Merck Millipore.Cromatografia líquidaA Merck Millipore produz solventes grau HPLC e UHPLC, água ultrapura tipo Milli-Q, filtros Millex, sistemas de filtração completos para fase móvel, colunas para HPLC e UHPLC e sais para preparo de solucões-tampão para utilização com a técnica de cromatografia líquida.

Filtrado O QUE ACONTECE NO MERCADO DE FILTROS

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Pentair lança filtro jarra no Brasil

Chromaster Ultra: mais produtividade para os laboratórios

Eaton lança o aplicativo eFiltration Mobile para os dispositivos móveis iPhone e iPad.

A Eaton fabricante de uma ampla linha de filtros indus-triais disponibilizou na apps-tore o aplicativo eFiltration Mobile, que segundo o fabri-cante o aplicativo é de fácil utilização e foi desenvolvido para facilitar a vida dos usuá-rios de sistemas de filtragem, possibilitando a tomada de decisões rápidas e seguras.Com o aplicativo da Eaton o usuário será capaz de: deter-minar a solução correta para sua aplicação, procurar por produtos de filtração da mar-

ca Eaton, acessar catálogos técnicos e informativos das linhas de produtos Eaton, assistir a vídeos expli-cativos sobre os príncipios de filtração e enviar per-guntas técnicas ao corpo de especialista da empresa.“No cenário atual de negócios, os clientes estão constante-mente em movimento, monitorando as operações e traba-lhando para atender às expectativas e metas traçadas, bem como atender às necessidades dos seus próprios clientes”, comentou Rick Jacobs, presidente da divisão de filtração da Eaton. “O aplicativo eFiltration Mobile aumenta a ca-pacidade do usuário para obter acesso instantâneo a infor-mações sobre o produto de forma eficiente para que eles possam tomar decisões mais acertivas e rápidas.” Novas versões do aplicativo já estão sendo desenvolvidas e irá incluir ferramentas de cálculo e módulos de solicitação de orçamentos e envio de solicitações para laboratório.

Quer baixar o aplicativo?Acesse: www.meiofiltrante.com.br/aplicativos

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Eaton lança aplicativo de filtragem para dispositivos móveis

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Alguns hábitos simples, como inspecionar alguns componentes do caminhão, entre eles filtros de ar e de combustível, e fazer a manutenção pre-ventiva contribuem para evitar paradas inespe-radas e prejuízo no bolso dos caminhoneiros au-tônomos e transportadores.

Ter um caminhão com a manutenção em dia é es-sencial para o transportador ou autônomo. Além de ser fundamental para garantir a segurança nas es-tradas, manter o caminhão em perfeitas condições é uma condição para que seja cumprido o prazo de entrega estipulado. “Caso o veículo quebre inespe-radamente ao transportar carga perecível, o prejuí-zo será enorme para o caminhoneiro, pois não po-derá trabalhar por alguns dias. Então, a prevenção é o melhor caminho”, afirma Jair Silva, supervisor de serviços da Wix. Segundo Silva, fazer a manutenção do veículo antes que ele apresente algum problema é garantia de segurança, conforto e economia.Para evitar surpresas desagradáveis, o supervisor de serviços recomenda a inspeção de alguns com-ponentes antes de pegar a estrada, como verificar o nível de óleo, se não há vazamentos, pneus, fa-róis, filtros, entre outros. “O motorista deve ficar atento aos sinais de desgaste das peças. O filtro de ar, por exemplo, dá sinal de saturação como perda de rendimento do veículo, aumento do consumo de combustível e da emissão de poluentes”, comenta. Silva afirma que estes são os três indicadores que

revelam que já passou da hora de realizar a manu-tenção do filtro de ar e de combustível. Os veículos mais modernos contam com um sinalizador no pai-nel que indica o momento da troca. “Um dos prin-cipais indícios no momento de substituir o filtro de combustível é a perda de potência”, enfatiza.A vida útil dos filtros varia de acordo com o local que o caminhão opera. Caminhões que trafegam fora de estrada ou em estradas mais precárias de-vem substituir os componentes antes do que os que circulam em grandes centros urbanos. “O ideal é seguir as recomendações contidas no manual do proprietário, pois estão todas a informações sobre o veículo. Então, basta verificar qual o período da troca do filtro de ar e de combustível em função da operação que exerce”, explica o supervisor de servi-ços. “Seguindo esses cuidados, o caminhoneiro vai preservar a vida útil do motor”, conclui.

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Filtros saturados podem provocar a perda de potência do caminhão

Desenvolvido para as necessidades da indústria de processo, o Proline Promag 100 tem demonstrado a capacidade de oferecer alto desempenho em diver-sas condições de processos.

Máximo desempenho em um único medidor multivariável (vazão volumétrica, condutivida-de e temperatura) com o menor transmissor do mercado. Projetado para aplicações onde o espa-ço é fundamental, o Proline Promag 100 é a esco-lha perfeita para integradores de sistemas, cons-trutores de skids e fabricantes de equipamentos.Equipado com o novo HeartBeat techology, o Proline Promag 100 fornece autodiagnóstico contínuo, além do monitoramento e verificações sob demanda para assegurar a funcionalidade correta, garantindo alta disponibilidade da plan-ta e qualidade do produto, independente do pro-cesso e das condições ambientais.Entendendo a requerimentos da indústria alimen-tícia o Proline Promag 100 é certificado IP69K para evitar que mesmo sobre extremas condições

de limpeza externa (alta pressão e temperatura) não entre água dentro do alojamento.Toda a configuração do Proline Promag 100 é reali-zada via Webserver integrado no medidor utilizan-do o cabo Ethernet, dispensando a necessidade de qualquer software para configuração.Opções de saída:• Hartr 4 à 20 mA + PFS (Pulso / Frequência / Saída de Status);• Ethernet / IP;• RS485 Modbus.

Medidores multivariável Proline Promag 100

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Mercado

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ABB nomeia Ulrich Spiesshofer como CEO

Construção da fábrica da Suzano Papel e Celulose no Maranhão atinge 85% do avanço físico geral da obra

O conselho de administração da ABB indicou, por unanimidade, Ulrich Spiesshofer, responsável pela divisão de Discrete Automation and Motion (DM), como novo CEO. Ele irá suceder Joe Hogan nessa posição, numa transição tranquila, e assu-mirá em 15 de setembro de 2013. Hogan continu-ará na ABB por alguns meses, como conselheiro sênior do Board.Spiesshofer juntou-se ao comitê executivo da ABB em 2005, e foi nomeado responsável pelo DM em 2009. Ele duplicou o faturamento da divisão de forma orgânica e inorgânica, e conduziu a inte-gração da Baldor – maior aquisição já feita pela ABB. Aumentou as margens de lucro conduzido pela transformação dos negócios da robótica, bem como o crescimento da lucratividade e uma implacável execução nas atividades de drives e motores. “A ABB desenvolveu um forte banco de talentos: estou extre-mamente satisfeito que o novo CEO venha de dentro da empresa, traga um histórico sólido e um profundo conhecimento do portfólio”, disse o chairman da ABB, Hubertus von Grünberg. “Ulrich tem sido uma força fundamental na definição e implementação da estratégia da ABB, e a integra-ção da Baldor destaca-se como um ponto de refe-rência de grandes aquisições bem-sucedidas.”Spiesshofer iniciou também outras atividades de expansão de negócios no DM com base no cres-cimento orgânico e aquisições. Elas ajudaram o DM a crescer mais rapidamente do que o merca-do, expandindo-se para novas áreas de negócio como e-mobility e fontes de alimentação inin-terrupta (UPS), de modo a equilibrar melhor ge-ograficamente o negócio. A aquisição planejada da Power-One transformou a ABB em líder glo-bal no fornecimento de inversores solares. Opor-

tunamente, será anunciado um sucessor para sua posição na divisão do DM.Joe Hogan, CEO, disse: “Ulrich desenvolveu um excelente trabalho no DM, com base em sólidos conhecimentos e na experiência adquirida em muitos anos de sucesso dentro e fora da ABB. Com sua forte contribuição e a colaboração da equipe orientada, a nossa estratégia de médio prazo tem feito grandes progressos”.Antes de assumir o DM, Ulrich foi membro do co-mitê executivo para o desenvolvimento corporati-vo, liderando o desenvolvimento e implementação da estratégia nos negócios de energia e automação, em colaboração com todos os times da ABB. Isto

inclui um roadmap para fusões e aqui-sições e a formação de uma venture de tecnologia da ABB. Ele fortaleceu a excelência operacional e processos de aquisição, estabelecendo as bases para programas de redução de custos, que têm sido executados nos últimos anos de crise econômica global.“Estou animado com a oportunidade de conduzir a ABB e servir os nossos clientes, visando dar continuidade ao sucesso de Joe”, disse Spiesshofer. “Estou ansioso para continuar o traba-

lho com todos os meus colegas do comitê executivo e de toda a equipe ABB. Juntos, vamos continuar a impulsionar o crescimento rentável e a execução”.Antes de ingressar na ABB, Spiesshofer passou três anos na Roland Berger Strategy Consultants e 11 anos na A.T. Kearney, consultoria de gestão, onde montou empresas de consultoria bem suce-didas em setores, incluindo petróleo e gás, con-cessionárias, telecomunicações e automotiva, na Europa, na Ásia e nas Américas. Ele tem mestra-do em administração de empresas e engenharia, e doutorado em economia, ambos da universida-de de Stuttgart, na Alemanha.

A construção da nova unidade industrial da Su-zano Papel e Celulose na cidade de Imperatriz, no Maranhão, atingiu 85% do avanço físico ge-ral da obra. A unidade está com 95% das obras de infraestrutura concluídas; 99% do processo de fabricação dos equipamentos superado; 93% da construção civil implantada e 50% da montagem eletromecânica concluída.Com o início da operação previsto para o quarto trimestre deste ano, a fábrica terá capacidade de produção de 1,5 milhão de toneladas de celulose

de eucalipto, volume que será direcionado, prio-ritariamente, para abastecer os mercados europeu e norte-americano. O investimento industrial es-timado é de US$ 2,3 bilhões.A empresa é controlada pela Suzano Holding e parte do Grupo Suzano, investe no setor de papel e celulose há 89 anos, com operações globais em aproximadamente 60 países. Atualmente, possui cinco unidades industriais: Suzano, Rio Verde, Li-meira e Embu, no interior do Estado de São Paulo, e Mucuri, no Estado da Bahia.

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Ecolab expande seu centro de pesquisas no Brasil

Beraca passa a ser controlada pela Holding Sabará Participações

A Ecolab, acaba de inaugurar a expansão das instala-ções do seu centro de pesquisas, desenvolvimento e en-genharia localizado em Campinas, interior de São Pau-lo. Com a ampliação, o complexo dobrou de tamanho, passando a ocupar 1300 m² de área construída.“Contar com equipes de pesquisa e desenvolvimento em nossos principais mercados geográficos nos ajuda a es-treitar as interações com nossos clientes e parceiros da cadeia de valor”, disse o Dr. Larry Berger, vice-presidente executivo e Chief Technical Officer da Ecolab. “Nosso objetivo é desenvolver soluções líderes de mercado para tornar o mundo mais limpo, mais seguro e saudável, pro-tegendo as pessoas e os recursos vitais e, ao fazer isso, ajudar nossos clientes a otimizar as suas operações.”O complexo de Campinas faz parte dos 19 centros de pes-quisa da Ecolab em todo o mundo. Tem vários laborató-rios destinados a atender as demandas tecnológicas dos mercados atendidos pela companhia. Incluindo, também, um laboratório voltado para aumentar a eficiência e a sus-tentabilidade das operações de petróleo e gás. O centro conta, ainda, com modernas instalações para pesquisas em mineração, aplicações industriais de água, aplicações para os setores de papel e celulose e açúcar e álcool, além de novos espaços para investigação em soluções de higie-nização e de processamento de alimentos e bebidas.“A expansão do centro de pesquisas de Campinas é parte da estratégia da Ecolab para acompanhar o forte ritmo

de crescimento de seus negócios no Brasil e na região latinoamericana”, afirma Jim White, vice-presidente sê-nior e presidente da Ecolab para a América Latina.De acordo com White, “A expansão do nosso centro de pesquisas nos deixará ainda mais próximos de nossos clientes no Brasil e na América Latina. Além de desen-volver novas tecnologias para atender as necessidades e as condições locais, nossos cientistas auxiliarão na aplicação de importantes programas, como a tecnolo-gia de automação 3D TRASAR® para resfriamento de água, o lubrificante à seco para esteiras engarrafadoras DryExx®, a tecnologia de mistura Pareto™ e o inovador e premiado limpador à base de enzimas Wash “N Walk”.

Com mais de 50 anos de mercado e atuação nos seg-mentos de saúde, beleza e nutrição, a Beraca, em-presa genuinamente brasileira, anuncia uma nova estratégia de negócios e passa a ser controlada pela Holding Sabará Participações. Mantendo a estrutura societária, com os irmãos Ulisses e Marco Antonio Sabará como principais acionistas, o modelo permi-tirá a expansão dos negócios, acelerando projetos de investimentos, aportes em futuras empresas coliga-das ou controladas e a estruturação de modelos fi-nanceiros que aproximem parceiros e investidores.A estratégia também faz parte das práticas de gover-nança corporativa, cujo objetivo é a proteção dos inte-resses familiares e aspectos sucessórios, isolados das empresas operacionais, preservando, contudo, o senso empreendedor dos acionistas. “A Beraca é inovadora e transversal em suas atividades. Crescemos substancial-mente na última década, a média foi de 12% ao ano, e a projeção é intensificar o ritmo de evolução nos pró-ximos cinco anos. Em 2012, por exemplo, registramos um faturamento de R$ 138 milhões, isso representa um crescimento de 15%, quando comparado a 2011. Para este ano, a expectativa é avançarmos 21%”, avalia Wellington Rodgério, diretor financeiro da Beraca.Com sete pólos de atuação no Brasil São Paulo (SP), San-ta Bárbara d’Oeste (SP), Benevides e Ananindeua (PA),

Itapissuma (PE), Pacatuba (CE), Anápolis (GO) e dois in-ternacionais, Nova Jersey (Estados Unidos) e Paris (Fran-ça), o novo modelo de negócio permitirá que a Beraca amplie o portfólio e expanda sua estrutura, oferecendo mais soluções e tecnologias para seus diferentes seg-mentos. O crescimento também permitirá que seja in-tensificado o trabalho de valorização das cadeias produ-tivas, responsável por garantir uma produção rastreada e sustentável. A iniciativa contribui com o fortalecimen-to da empresa nos mercados nacional e internacional.“O plano de expansão é resultado de investimentos de mais de 3% do faturamento em inovação e pesquisa, aplicados em 3 centros tecnológicos existentes na em-presa com equipes multidisciplinares e profissionais com titulação de mestres e doutores, e 3,2% do fatu-ramento em ações de sustentabilidade que garantem a oferta de novos produtos e serviços com alto padrão de qualidade e segurança que contribuem para geração de valor com responsabilidade. Exemplos disso são as so-luções para o setor sucroalcooleiro, para a desinfecção e tratamento de água, matérias-primas para a indústria cosmética e inovações para o setor de nutrição e saúde humana e animal. Dessa forma, podemos afirmar que conseguimos orbitar em mais de 40 mercados, isto é, do agronegócio ao petroquímico, da indústria de base à de bens de consumo”, conclui Rodgério.

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Com mais de 100 unidades fabris ao redor do mundo e com um faturamento anu-al de oito bilhões de dólares, a Pentair é hoje uma líder mundial nas soluções dos

segmentos que atende. A multinacional criada em 1966, na cidade Minneapolis, estado americano de Minnesota, iniciou seus trabalhos como uma modesta empresa especializada na criação de dis-positivos mecânicos e eletrônicos. De lá para cá, com as mudanças do tempo, vieram novas con-

quistas e a ampliação de negócios e de novas tec-nologias. Atuando com quatro linhas de soluções e divididas em sete Unidades Globais de Negócios (GBUs), a Pentair cresceu de forma sólida em todo o mundo e está preparada para conquistar os mer-cados na América Latina e Brasil.A Pentair possui a força de uma empresa com-prometida com seus clientes e oferece soluções diversificadas e voltadas aos segmentos de trata-mento de água, controle de fluidos, segu rança e

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Pentair investe no Brasil para conquistar

as Américas

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Empresa global aposta no mercado brasileiro e latino-americano explorando soluções em segmentos de água, fluidos, segurança e gerenciamento térmico

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gerenciamento térmico. Voltada para a inovação e com forte investimento em novos mercados, in-clusive em práticas sustentáveis, a corporação ini-ciou a aquisição de novas tecnologias e empresas ao adquirir a Porter-Cable em 1981, empresa que fabricava ferramentas elétricas. Em 1988 veio a Hoffman, que ainda está presente no mercado com a produção de caixas de painéis para o mercado eletroeletrônico. Uma história de crescimento, que em 2004 culminou na entrada no ramo de água e a criação da Pentair Water, especializada em so-luções para transporte, tratamento e filtração de água e fluidos. Sabendo da crescente preocupa-ção da população e a redução dos índices de água potável no mundo, a empresa investiu forte em novas tecnologias nessa área, com sistemas para linhas industriais, comerciais e residenciais.Com a evolução dos novos mercados e com a aquisição de novas empresas, a Pentair uniu for-ças com a Tyco Flow em 2012 e com a junção veio uma corporação com o dobro do tamanho e de atuação em todo o mundo. Novas tecnologias, novos mercados e a força conjunta das empresas tornaram a Pentair uma das líderes globais em tratamento de efluente. Contando com empre-endimentos de grandes proporções em seu his-tórico, como o controle de inundações de New Orleans em 2009 e um sistema de reciclagem de água da chuva para o Twins de Minnesota em 2010, a corporação mostrou sua competência ao atender e empreender soluções personalizadas para demandas de grandes proporções.Com o grande número de marcas sob sua respon-sabilidade, a Pentair unificou a sua comunicação e inicou seu reposicionamento, em busca de mais evidência no mercado e apresentando uma nova visão de futuro. “Estamos criando uma empresa ainda mais forte, com capacidade de capitalizar

novas oportunidades de crescimento e com total empenho para melhor servir nossos clientes globais”, de-fende Randall Hogan, presidente e CEO da Pentair. Presente não apenas na comercia-lização em mercados onde atua, mas tam-bém no auxílio para países emergentes, por meio do Projeto

Safewater-Cólon, que financiou a instalação de 200 sistemas de tratamentos de água e 10.000 ins-talações sanitárias em Cólon, Honduras, auxilian-do 350 mil pessoas.

América Latina e BrasilA Pentair está presente no Brasil desde 2001 ao adquirir a Taunus, fabricante de caixas e painéis para instalações eletroeletrônicas situada em Boituva, São Paulo. Além dos quadros de coman-

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Claudio Chaves

HFS 60 Silica – membrana de nanofiltração para remoção de até 99,8% de sílica coloidal

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dos produzidos, a empresa aproveitou a estrutura disponível da planta para a comercialização dos produtos das marcas Hoffmann e Schroff. Com o advento dos sistemas de filtração em 2004, a marca Pentair Water começou a se fazer presente com produtos importados já em 2005, por meio da comercialização em Boituva. Mais agressiva e voltada para o mercado de filtra-ção de água, a corporação inicia 2011 com a aqui-sição da Hidro Filtros do Brasil, uma das prin-cipais fabricantes de filtros do país e começa a sua inserção no mercado varejista brasileiro. No mesmo ano, ao adquirir a Clean Process Techno-logy, divisão da empresa Norit, líder na produção de membranas, válvulas assépticas e sistemas de recuperação de CO2, a empresa elevou sua pre-sença no mercado brasileiro. Em 2012 adquiriu o grupo Sibrape, empresa especializada em so-luções para piscinas com nome reconhecido no mercado de soluções para sistemas aquáticos. Es-tas aquisições representaram a visão de futuro e a diversificação da Pentair em todo o Brasil.Com forte presença no Brasil e tendo unidades na Argentina, Chile e México, a Pentair está pron-ta para sua expansão na América Latina. Focan-do nisso, a corporação nomeou Claudio Chaves como seu vice-presidente de vendas da América Latina da unidade de Filtration & Process. Para Netha Johnson - presidente da unidade de Filtra-tion & Process da Pentair - a escolha do executivo brasileiro é a promessa de crescimento em novos mercados e da expansão da Pentair na América Latina. “Ele é um líder comprovado, com uma formação diversificada na liderança comercial e operacional e um histórico de crescimento com

sucesso em seus negócios nos mercados da América Latina”, declarou. Um alto cargo execu-tivo, com o claro objetivo de elevar a participa-ção da empresa nos mercados em que já atua e na exploração de novos mercados.Chaves entrou para a Pentair quando houve a aquisição da Hidro Filtros do Brasil, em fevereiro de 2011, a empresa brasileira localizada em Ca-xias do Sul, Rio Grande do Sul, na qual era sócio e diretor geral. Sob sua responsabilidade, a empresa tornou-se um negócio promissor e consequente-mente, líder no mercado de produtos para filtra-ção no Brasil. Além disso, foi peça fundamental na construção e no estreitamento de relações com clientes, no desenvolvimento de soluções e pro-dutos personalizados ao introduzir técnologias inovadoras no mercado. Após a aquisição, Clau-dio continuou com suas operações na função de diretor da Pentair Hidro Filtros, levando a inte-gração da multinacional ao mercado brasileiro e capitalizando as sinergias entre a unidade de Ne-gócios e o setor de Filtração, aumentando a receita e expandindo a cobertura da empresa.Para o executivo, a sua nomeação veio com um grande desafio para a corporação no Brasil, bus-car o crescimento e em paralelo unir as forças en-tre todas as unidades. “É necessário que sejamos mais criativos, buscando eficiência, agilidade na entrega de produtos aos clientes, com espírito colaborativo, de compartilhamento e interação entre as equipes. Estou muito motivado com to-das as oportunidades que temos para transformar rapidamente a Filtration & Process em uma uni-dade de negócio reconhecida pelo mercado e pe-los talentos que a compõem”, ressaltou Claudio Chaves. Sinergias que compõem a nova face da empresa em todo o mundo e com o comprometi-mento de vencer da maneira certa.

Produtos e soluçõesCom 15 unidades fabris e cinco verticais de negó-cio no Brasil, a empresa apresenta uma ampla e eficiente gama de soluções para os diversos seg-mentos que atende:

Bebidas: Para toda indústria de cerveja, de re-frigerantes, vinhos, laticínios ou destilarias, a Pentair tem equipamentos e know-how adequa-dos para atender às necessidades dos clientes de lidarem com desafios crescentes de disponi-bilidade de matérias-primas e água, custos de energia e rígidas regulamentações ambientais.

CAPA

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Pentair BMF (Beer Membrane Filtration) Filtração de cerveja por membranas

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A solução para produção de cerveja sustentável integra as inovadoras tecnologias de válvulas da Pentair, de membranas para água, de sistema de CO2, sistemas cold block, sistemas de filtração de cerveja por membranas, livre de terra diatomácea, e equipamentos de controle de qualidade em to-das as seções de uma cervejaria moderna, desde a entrada das matérias-primas e tratamento de água, até as linhas de enchimento.Seja um único componente ou uma solução de processo de larga escala, todas as tecnologias da Pentair são desenhadas com o mesmo princípio em mente: proteger o meio ambiente e ao mesmo tempo reduzir as despesas operacionais.

Água: A Pentair ajuda a resolver a crescente de-manda mundial por água, fornecendo soluções líderes que aumentam eficiência e produtivida-de, permitindo o fornecimento de água de qua-lidade para casas e comunidades. As bombas, filtros, membranas, gabinetes e controladores trabalham em conjunto para criar a solução mais abrangente, seja para água potável ou para processos industriais.

Petróleo e gás: A Pentair possui uma variada li-nha de produtos projetados para várias tempera-turas, desde as criogênicas até as extremamente altas, abrangendo diversas aplicações na indús-tria de petróleo e gás. A linha de produtos inclui isolamento, controladores, válvulas de segurança, bombas de alto desempenho, produtos de filtra-ção e separação, monitoramento e sistemas de controle, sistemas de tratamento térmico e gabi-netes para aplicações comuns ou perigosas.

Movimentação de fluidos: A Pentair oferece aos seus clientes uma gama completa de abasteci-mento de água confiável de produtos de elimina-ção e sistemas de filtração para barcos, veículos de recreação e demais utilizações. De sistemas para piscinas até bombas de proteção de esgo-to para lanchas e trailers, os produtos Pentair garantem a melhor qualidade para o sistema. Dentro desta oferta de produtos, destacam-se as bombas Shurflo, amplamente utilizadas em bar-cos no mercado americano.

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MBR Anaeróbio – sistema que combina processo de tratamento anaeróbio com separação por membrana

Tanques Structural

Filtro Horizontal projetado e construído conforme ASME, contendo internamente elementos filtrantes Porous Media

Bomba Shurflo

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CAPA

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RCI – residencial, comercial & industrial: A Pentair possui uma gama de produtos que visam atender as linhas residenciais, comerciais e industriais le-ves. São filtros e elementos filtrantes com a fun-ção de retenção de partículas e redução do cloro utilizados em ponto de uso, ou ponto de entrada. Estes produtos são desenvolvidos conforme nor-mas da ABNT e são certificados pelo INMETRO, o que garante a qualidade e condições de uso. Além disso, comercializa tanques e válvulas com con-figurações específicas e demandas especiais, que envolvam o abrandamento e a decloração de água para os segmentos comerciais e industriais leves, permitindo controle preciso da dureza da água, removendo agentes químicos como o ferro, cálcio e magnésio. Dentro destas ofertas de produtos, destaca-se a produção local através da fábrica em Caxias do Sul, a Pentair Hidro Filtros.

Perspectivas PentairA preocupação pela potabilidade da água tornou-se uma grande preocupação mundial. Segundo a ANA – Agência Nacional de Águas, aproximadamente 2,5% da água presente no planeta é água doce, e deste, 13,7% estão no Brasil. Sabemos que cerca de dois milhões de pessoas morrem anualmente por problemas relacionados à água, o que torna esse cenário preocupante. Esta visão, somada com o crescente avanço da Classe C a nível mundial, pro-porciona à empresa uma oportunidade de pensar e aprimorar seus produtos para que estas pessoas possam ter acesso a uma água de qualidade e que seja consumida de maneira sustentável.Pensando nisso, a Pentair vem se reestruturan-do e busca, a nível mundial, entender estas mu-danças, construindo soluções de alto desempe-nho para seus clientes. Após a fusão com a Tyco

Flow, no qual a empresa dobrou o seu fatura-mento, novas estruturas comerciais estão sendo criadas para atender os mercados de crescimen-to rápido, e dentro desta visão, países de gran-de expressão mundial como o Brasil tornaram--se importantes para esse crescimento. Claudio Chaves, após ter assumido a posição de vice--presidente de vendas de toda a América Latina na divisão de Filtration & Process, vem organi-zando sua equipe para que a Pentair cresça de forma ordenada e sustentável. “Queremos am-pliar e solidificar nossa estrutura, fazendo com que nossos clientes se decidam pelas soluções Pentair, e assim garantir o desempenho desejado para o grupo nesta região”, afirma o executivo.Com essa visão de expansão, a Pentair lançou novos produtos e investiu na integração entre as diferentes equipes e as unidades de negócios. Com isso, a Pentair busca mostrar suas soluções e expertise já exploradas nos países desenvolvi-dos como os EUA e Europa. Nas mídias sociais, a Pentair vem interagindo, descobrindo e acompa-nhando as novidades que possibilitam mais saúde e qualidade de vida para todos, aproveitando ao máximo e de forma sustentável este bem tão pre-cioso do nosso planeta que é a água. RMF

Pentair Brasilwww.pentair.com.br

Purificador AS2

Sistema de tratamento de água para operações de Foodservice

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A água é um item muito importante para a sobrevivência humana, mas muitas pessoas ainda não têm acesso a ela, tan-to para consumo quanto para higiene.

Segundo a Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), menos da metade da população mun-dial tem acesso à água potável. A grande desigual-dade social, o mau uso dos recursos naturais e o desperdício agravam ainda mais o problema de escassez de água no mundo. No Brasil, regiões como a do nordeste sofrem to-dos os anos pela falta desse item tão importante. Famílias não têm água para beber, plantações e pas-tagens secam e animais morrem constantemente. Mesmo sabendo que o planeta é constituído por dois terços de água, essa quantidade não é sufi-ciente para abastecer toda a população. O grande problema é que quase toda a água do mundo está constituída em forma de gelo ou água salgada, não podendo ser consumida de imediato.Uma solução que vem crescendo bastante nos úl-timos anos, é a dessalinização. Um processo fisio-químico que retira o sal da água, tornando-a doce e ideal para o consumo. O método mais comum utili-zado nesse processo funciona como uma destilação em grande escala, a água salgada é colocada em um tanque com fundo preto e teto de vidro transparen-te que permite que o calor do sol evapore a água. O vapor passa por um resfriamento e se converte em líquido por condensação tornando-se água no estado puro. Por fim será recolhida por canaletas e então armazenada em outro tanque para consumo.

Outro processo bas-tante utilizado é co-nhecido como osmo-se reversa. Diferente-mente da osmose na-tural, onde a passagem de uma substância pura para uma solução é feita através de uma membrana se-mipermeável, como o próprio nome diz, a osmose reversa ocorre ao contrário, da solu-ção para água pura. O processo consiste em realizar a passagem da água salgada por membranas de fibra oca. Estas fibras contêm poros microscópicos e todo o sal e impurezas presentes na água ficam retidas nestes pequenos poros. Atualmente existe no país um programa do Gover-no Federal que prevê a dessalinização de águas sa-lobras em algumas regiões brasileiras, fornecendo água potável para famílias que constantemente so-frem com a seca. De acordo com Henrique Veiga, analista ambiental do Ministério do Meio Ambien-te, o projeto Água Doce atende hoje 150 comunida-des que correspondem a aproximadamente 190 mil pessoas em todo o nordeste e Minas Gerais. “Até o final de 2014 a nossa meta é 1200 sistemas e 500 mil pessoas atendidas”, completa Henrique.

O projetoFormulado em 2003, o projeto Água Doce é coor-denado pelo Ministério do Meio Ambiente, pela Secretaria de Recursos Hídricos e conta com par-

Novas tecnologias

contra a escassez de

água no mundo

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por Carla Legner

DESTAQUE

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cerias de empresas, universidades e institui-ções. Segundo Henrique, no início a partici-pação de todos esses parceiros foi fundamen-tal para fazer uma reflexão da utilização dos sistemas de dessalinização como alternativa ao acesso a água. “Na época a gente observou que muitos dos dessalinizadores que haviam sido implantados para esse tipo de serviço es-tavam parados e começamos a identificar a causa disso. Primeiro, notamos que a gestão não estava sendo feita, ou seja, não havia cui-dados por parte dos gestores dos sistemas, pe-los órgãos competentes e nem pela comuni-dade. Já o outro problema era em questão do destino correto do rejeito que é gerado nesse processo. A dessalinização gera um efluente salino que era jogado no solo sem nenhum tipo de cuidado, então, identificados os pro-blemas, implantamos uma metodologia para resolver essas situações”, conta Henrique.Hoje o programa conta com um componente bastante forte de gestão, além da equipe téc-nica, existe a mobilização social que ensi-na a comunidade a trabalhar com a parte de cuidados e gestão do sistema em si e cons-ciência ambiental, mostrando qual destino certo para os resíduos salinos. Para esses re-síduos, são utilizados tanques de contenção para que o rejeito fique confinado e evapore. Henrique explica ainda, que em algumas co-munidades já é acoplado o sistema produ-tivo onde essa água é utilizada para irrigar uma planta que consegue eliminar o sal, a mesma é utilizada como alimento para o re-banho dos caprinos, ovinos e bovinos. “As-sim a gente fecha o ciclo, garantimos água de qualidade para a população com os cuida-dos ambientais necessários e temos controle social com a participação da comunidade na gestão desses sistemas, dividindo a responsa-bilidade com a prefeitura e o estado garantin-do a sustentabilidade do projeto”, completa.

Como funcionaEm quase 10 anos de programa, houve uma reestruturação, consolidação do sistema e fortalecimento com parcerias. Hoje cada es-tado que participa tem um núcleo do pro-grama, normalmente dentro dos órgãos de recursos hídricos. Henrique explica que a água vem de um poço tubular profundo, essa água é bombeada por um reservatório, passa pelo dessalinizador e resulta na efi-ciência de 50% de água potável, os outros 50% nada mais são do que o rejeito. Após

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esse processo a água é distribuida através de um chafariz coletivo, ou seja, não vai direto a tornei-ra das pessoas. “A quantidade de água produzida depende da vazão do poço. Um poço de 1000 li-tros, por exemplo, é bombeado aproximadamente 8 horas por dia gerando 8000 mil litros de água, sendo apenas 50% aproveitado, em média temos 4000 litros de água por dia”, enfatiza. A distribuição é feita uma vez por dia. Cada famí-lia, coordenado por um fiscal da própria comuni-dade, vai até o local e pega sua cota de água. É a própria comunidade que cuida da limpeza, fisca-lização, distribuição e cuidados em todo o proces-so. “O programa é mais do que instalar sistemas, é um trabalho de gestão, mobilização social, sus-tentabilidade e meio ambiente. A dessalinização é um dos caminhos para ajudar a resolver a escas-sez de água, principalmente em regiões de seca, mas assim como os países que sofrem com proble-mas com a neve, acredito que é preciso criar uma metodologia para se antecipar a esse problema com soluções para conviver com essa situação que ocorre todos os anos. Agir em conjunto, criando e sustentando projetos como esses, implantando cisternas, reutilizando a água podem ser um bom começo”, finaliza Henrique.

Outras tecnologiasA Dow Water & Process Solutions, empresa especia-lizada em fornecer inovações e soluções baseadas em tecnologias em muitas áreas, atualmente traba-lha com diversas técnicas e tratamentos avançados para ajudar no combate da escassez de água, como dessalinização, reutilização e purificação de água residencial e comercial, entre outros. De acordo com Felipe Pinto, gerente de marketing da América Latina, a Dow há 50 anos tem se dedicado a fornecer inovações e soluções para tornar a água do mar pró-

pria para consumo humano e industrial, remover contaminantes no abastecimento dos municípios, purificar as águas para as fábricas e residências, re-duzir e recuperar o que é utilizado no processamen-to industrial. Algumas das tecnologias usadas pela empresa são a osmose reversa, para purificação de água na remoção de sais e outras impurezas e resina de troca iônica, tratamento de água para a geração de vapor, além de oferecer membranas de nano fil-tração, ultrafiltração, eletrodeionização.“Para água industrial, temos tecnologias de se-paração para produzir água ultrapura, essencial para os processos de fabricação de componentes eletrônicos e semicondutores para reduzir os des-perdícios e melhorar a eficiência energética. A dessalinização, que melhora a eficiência desses processos e outros tratamentos de água em todo o mundo, facilitando o acesso de comunidades a uma maior quantidade de água potável com cus-tos reduzidos. E no caso de projetos residenciais e comerciais trabalhamos com a purificação da água da torneira, com custo acessível, menos desperdí-cio e maior eficiência energética, indicadas para residências, restaurantes, hotéis, lava rápidos, en-tre outras aplicações comerciais”, ressalta Felipe.O gerente explica que na parte de filtração, as membranas de ultrafiltração da Dow são utiliza-das em substituição aos processos físico-químicos de tratamento de água, pois além de garantir boa qualidade da água, também causam um menor im-pacto ao meio ambiente e custos de implantação e operação competitivos. “O consumo de produ-tos químicos é bastante reduzido uma vez que as membranas em geral dispensam a etapa de flocu-lação e também agem como uma barreira física à passagem de microrganismos minimizando o con-sumo de cloro e outros agentes desinfetantes. A eficiência de concentração de sólidos da UF re-duz significativamente o volume de efluentes em comparação ao descarte de lodo de decantadores e água de retro lavagem dos filtros de areia das ETAs convencionais”, completa. Para os próximos meses a empresa já adianta uma novidade: A membrana Filmtec ECO. O produto oferece tecnologia de ponta para a dessalinização e reúso da água e tem como foco atender às neces-sidades sustentáveis do mercado. As novas mem-branas garantem baixos custos, alto desempenho e consciência ambiental ao substituir os elementos convencionais da osmose reversa por membranas Filmtec ECO. “A água é o recurso natural mais im-portante e, por isso, precisa estar acessível para todos. Com as tecnologias Dow, governos e comu-nidades conseguem acesso à água potável e, o mais importante, com custos reduzidos”, explica Felipe.

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Projetado pela H2Life Brasil, empresa especializa-da no desenvolvimento de sistemas de purificação de água, outro produto que ganha destaque é o Life Tube, produto capaz de purificar e desinfetar, em apenas três segundos, água poluída ou contami-nada sem a adição de nenhum reagente químico. Semelhante a um canudo de refrigerante é portátil e compacto. Com apenas 36 gramas, funciona por sucção oral e é ideal para o uso militar em lugares remotos ou em situação de emergência e tem capa-cidade para purificar até 200 litros de água.A inovação apresentada funciona em três etapas: pré – filtração, filtração e purificação. Na primei-ra fase são removidas da água as partículas maio-res, como areia, barro, ferrugem e outras impure-zas sólidas. Em seguida, são removidas substân-cias químicas, como cloro, pesticidas, resíduos de remédios e compostos orgânicos, melhorando o gosto, a cor e o odor da água. Na última fase, um conjunto de filtros com furos de 0,14 micron tem condições de reter 99,99% das bactérias, vírus,

protozoários, algas e micró-bios. Tudo isso é feito sem que a água perca os sais mi-nerais, que são fundamen-tais para a saúde humana. O Life Tube também pode ser utilizado por quem faz tri-lhas em matas ou montanha e atender pessoas em situa-ções emergenciais. Por ser leve e compacto, o aparelho ocupa pouco espaço e pode fazer parte tanto dos equipa-mentos de uso pessoal dos soldados, quanto ser estoca-do em embarcações, aviões e acampamentos, no caso de aplicação militar, além de ser projetado para sem-pre boiar na água, dificultando sua perda, é ide-al para o transporte de água mineral. Outro pro-duto desenvolvido, produzido e patenteado pela

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empresa, com grande potencial de uso militar é o H2Life, uma máquina que purifica água impró-pria para o consumo. Com capacidade de purificar até 6 mil litros por hora, o equipamento pode ser útil em acampamentos e também no atendimento a emergências ou catástrofes.

Pequenos gestosUm simples filtro, o reúso de água e até grandes soluções inovadoras podem mudar a vida de mi-lhares pessoas que ainda sofrem com a falta de água potável e evitar que tantas outras tenham o mesmo problema. Exemplo disso, é o do ex--surfista americano Jon Rose que, em suas via-gens pelo mundo conheceu muitos lugares que precisavam de ajuda. Através da ONG Waves for Water, leva filtros de água simples e de fácil manuseio para comunidades carentes ou regiões afetadas por grandes catástrofes pelo mundo. Jon já visitou diversos países com seu projeto, inclusive o Brasil. Semelhante ao projeto do americano, o jogador de futebol Neymar, através de seu instituto, lançou o programa Sede de Vencer, que vai levar filtros portáteis a moradores das cinco cidades que vão receber os jogos do Brasil: Brasília, Salvador, For-taleza, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. De acor-do com a instituição a ideia é beneficiar 85 mil brasileiros. O uso do sistema é simples e eficaz, basta acoplar a mangueira ao Kit em um balde e conectá-lo ao filtro que pode ser utilizado também com torneira. Uma seringa é responsável por fazer a retrolavagem nos sistemas.A Hubert, empresa especializada em condomínios, gestão patrimonial e meio ambiente, também tem soluções para evitar o desperdício de água. A fim de reduzir os consumos nos condomínios e pela justiça social que alega que não é justo pagar pelo seu vizinho que gasta água o dia inteiro, implemen-ta em seus clientes a medição individual. De acor-do com Gislaine Matias, responsável pela gestão ambiental da empresa, o processo funciona com

a individualização. “O condomínio so-licita a Hubert uma proposta para a in-dividualização. Te-mos três empresas parceiras que fazem todo um estudo para implantação do pro-jeto. Feita a vistoria o assunto vai para assembléia, se apro-

vado começa o pro-cesso de instalação e acompanhamento dos consumos, caso uma unidade esteja consu-mindo muito ou esteja com vazamento, orien-tamos o morador com dicas de consumo ou alertamos sobre pos-síveis vazamentos em sua unidade”, explica. Outro sistema aplica-do em edifícios pela Hubert é o de aprovei-tamento de água atra-vés da captação, filtra-gem e armazenamento. A captação é feita através das calhas dos telhados dos prédios, porém Gislai-ne ressalta que áreas com circulação de pessoas, animais ou máquinas não podem ser utilizadas por existir riscos de contaminação. A filtragem é feita por dispositivos instalados tanto nos tubos como na entrada da cisterna. Atualmente existem vários modelos de filtros disponíveis no mercado de acordo com a necessidade do cliente. A água captada pelos telhados é direcionada para a cis-terna, sendo filtrada antes de entrar na mesma. Da cisterna, essa água é direcionada para os pon-tos de consumo. O sistema para aproveitamento de água de mina/poço é um pouco mais complexo, pois pode exigir um pequeno sistema de tratamento de água e aná-lises constantes de qualidade, ressalta Gislaine. A empresa tem um projeto de reaproveitamento de água de poço nos condomínios onde é feita a ma-nutenção periódica dos equipamentos, esta água pode ser reutilizada para serviços de limpeza em geral, irrigação de jardim/horta, lavagem de rou-pas e descarga de vaso sanitário. “A água pode ser utilizada também em piscina, espelhos d’água e fontes, nesses casos deve ser considerada a apli-cação de cloro, conforme orientação de empresa especializada. Não podemos esquecer da impor-tância de fazer uma análise para verificação da qualidade da água”, completa Gislaine. RMF

Contato das empresas:Dow Water & Process Solutions: www.dow.comH2Life Brasil: www.h2life.com.brHubert: www.hubert.com.brProjeto Água Doce: www.mma.gov.br/agua/agua-doceSede de Vencer: www.sededevencer.comWaves for Water: www.wavesforwater.orgMedidor individual

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Com tantos tipos de bombas para siste-mas de filtragem existentes no mercado e a sua importância para o bom funcio-namento de todo o processo, seja para

qual aplicação forem utilizadas, sempre há espa-ço para que surjam novidades e novas tecnolo-gias para atender às demandas existentes. Pode-mos citar as bombas pneumáticas e de fusos, que estão entre as que mais se destacam atualmente. Entre as novas tecnologias pesquisadas no setor de bombas para sistemas de filtragem, segundo Marcelo Notrispe, gerente comercial da Vallair do Brasil, empresa que fornece ao mercado in-dustrial bombas pneumáticas e peristálticas e válvulas de diafragma e guilhotina, entre outros produtos, foram desenvolvidos vários equipa-mentos na linha pneumática. “Podemos citar bombas de duplo diafragma de alta pressão, que permitem sua utilização com filtros de até 17 bar de pressão”, afirma. Ele aponta ainda que as bombas pneumáticas de duplo diafragma com acionamento pneumático estão entre as mais uti-

lizadas hoje em sistemas de filtragem. Por isso, a empresa segue uma diretriz de cons-tante desenvolvimento de produtos voltados à tecnologia de diafragmas. “As bombas pneumá-ticas utilizam diafragmas como uma espécie de pistão para deslocar os fluidos da câmara de bombeio para fora da bomba. Segundo o geren-te comercial da Vallair, cada ciclo representa duas flexões no diafragma. “O desenvolvimen-to da tecnologia aumenta o número de ciclos que o diafragma aguenta e, portanto, a vida útil do equipamento”.“As bombas pneumáticas possuem uma grande uti-lização em processos de filtro-prensa por dispensa-rem a utilização de controle de velocidade já que não são elétricas”, esclarece Notrispe. Uma das van-tagens apresentadas, de acordo com ele, é que evi-ta prejuízos. “Quando o filtro inicia sua saturação, o equipamento simplesmente diminui seu ciclo e para totalmente quando da saturação total do filtro, sem ocasionar danos aos equipamentos”, diz.A principal característica das bombas pneumá-ticas da Vallair é que utilizam a simplicidade. Por isso, são simples e funcionais, com menor quantidade de peças, facilita e reduz o custo na manutenção, bem como o estoque de pe-ças sobressalentes. A troca das peças é fei-ta em poucos minutos e não necessita de lu-brificação. As bombas pneumáticas da Vallair atendem de forma bá-sica à maioria das apli-cações, podendo bom-

EQUIPAMENTOS

Bombas pneumáticas e de fusos entre as mais utilizadas

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Saiba os diferenciais, aplicações e características destas bombas

por Cristiane Rubim

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Bomba Pneumática

Bomba Pneumática

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bear desde ácidos até produtos cáusticos, abrasivos, etc.A Netzsch do Brasil, maior filial do grupo alemão Erich Netzsch Holding que atua com bombas para diversos segmentos, também tem investido cons-tantemente em novas tecnologias e proces-sos de produção para prover o mercado com produtos de alta per-formance, visando à qualidade e ao melhor

desempenho em sua aplicação final.Um dos lançamentos, segundo Ana Carolina Hei-drich, coordenadora de marketing da empresa, são as bombas de dois e três fusos Netzsch, série LN, ideais para sistemas de filtragem de óleo lubrifi-cante. Segundo ela, as bombas de dois e três fu-sos, série LN e 3NSL, respectivamente, são aptas a operar com pressões de até 16 e 70 bar de descarga e vazão de até 320m³/h e estão entre as mais utili-zadas atualmente em sistemas de filtragem.O que se destaca nas bombas de dois e três fusos da Netzsch é que são leves, pequenas, robustas e inovadoras; com fluxo contínuo sem pulsação (bomba de deslocamento positivo); têm fluxo sem turbulência; não formam espuma; possuem alto poder de sucção; e proporcionam manuten-ção reduzida, alta durabilidade, alta performance e baixo ruído. Atendem às seguintes aplicações: • Bombeamento de óleo lubrificante para sistemas de filtração, refrigeração e lubrificação de mancais de turbinas e geradores em usinas hidrelétricas; • Bombeamento de óleo lubrificante para siste-mas de filtração, refrigeração e lubrificação de mancais de máquinas de papel;• Bombeamento de óleos combustíveis viscosos para alimentação de motores de combustão interna;• Carregamento, descarregamento e transporte de óleo de carretas, navios, tanques, etc.

DiferenciaisNotrispe, da Vallair, explica a diferença entre as bombas elétricas e pneumáticas no sistema de filtragem. “As bombas elétricas necessitam de controle de velocidade, porque, com a sa-turação do filtro, a pressão aumenta rapida-

mente, o que pode ocasionar rompimento nas placas ou elementos filtrantes.” Já as bombas pneumáticas são controladas automaticamente. “Quando a pressão dos filtros aumenta, ou seja, quanto maior a pressão do filtro menor será a pulsação do equipamento. Este recurso faz com que a pressão do filtro aumente gradativamen-te, diminuindo a ciclagem do equipamento até sua total parada”, ressalta.Ana Carolina afirma que as bombas de fusos Netzsch garantem um bom funcionamento e eficiência de filtragem por manter o fluxo de óleo constante na linha. “Pulsações no fluxo podem causar redução na eficiência do filtro por provocar fadiga no elemento filtrante. Os filtros são testados e garantidos para operar em um fluxo constante”, destaca. RMF

Contato das empresas:Netzsch do Brasil: www.netzsch.com.brVallair do Brasil: www.vallair.com.br

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O equipamento, que é fundamental para o dia a dia da indústria, deve ser uma grande preocupação da empresa, uma vez que um erro de projeto, uso ou ma-

nutenção pode acarretar em acidentes graves.A maioria dos filtros pode ser considerado um vaso de pressão, toda a peça que é capaz de arma-zenar fluidos pressurizados é classificada como um vaso de pressão. De acordo com Edison Ricco Junior, engenheiro da Apexfil, empresa de Atibaia (SP), especializada em filtragem industrial, pode--se considerar um vaso de pressão equipamentos simples, como uma panela de pressão, até máqui-nas complexas como os filtros industriais.Como o próprio nome já diz, o vaso de pressão armazena fluidos que geram pressão e que, se não

for projetado e operado de maneira segura, pode gerar acidentes catastróficos para uma empresa. Segundo Milton Mentz, engenheiro mecânico, di-retor da MKS Engenharia, de Porto Alegre e dire-tor da Associação Brasileira de Ensaios Não Des-trutivos e Inspeção (Abendi), além dos riscos de acidentes na fábrica, a empresa ainda corre o risco de penalizações por parte dos agentes fiscalizado-res. “Estas penalizações podem chegar até mesmo à interdição da instalação onde estejam operando os equipamentos”.

DocumentaçãoDe acordo com Mentz, as normas utilizadas para confecção e uso de vasos de pressão são da NR-13, Manual técnico de caldeiras e vasos de pressão e

ESPECIAL

Normas para construção e utilização de vasos de pressão

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por Bruna Lavrini

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da norma ASME VIII. Em primeiro lugar, todo vaso de pressão deve vir de fábrica com uma série de especificações fixadas no equipamen-to. Essa ficha deve conter: fabricante, ano de fabricação, pressão máxima de trabalho admis-sível, pressão de teste hidrostático, código de projeto ano e edição e número de identificação. Todas essas informações devem estar legíveis e em local de fácil visibilidade, pois fazem parte de um programa de segurança.Além de ter algumas especificações técni-cas carimbadas na máquina, a empresa deve se preocupar em manter uma documentação atualizada sobre o produto. O prontuário do vaso de pressão deve conter: código do pro-jeto e ano de edição, especificação dos mate-riais, procedimentos utilizados na fabricação, montagem e inspeção final e determinação da PMTA, conjunto de desenhos e demais dados necessários para o monitoramento da sua vida útil, característica funcionais do equipamento e categoria do vaso. Além dessa documenta-ção, é necessário ter em dia o registro de segu-rança do maquinário, o projeto de instalação, projetos de alterações ou reparos e todos os relatórios de inspeções. É importante lembrar que, todas as plantas de uma mesma indús-tria deve ter essa documentação atualizada e arquivada. Segundo a NR-13, essa norma se aplica até as instalações marítimas. Toda a documentação exigida pela norma deve ser expedida pelo fabricante do vaso de pres-são, caso o fabricante não tenha enviado a do-cumentação, a empresa que receber o projeto de vaso de pressão deve se responsabilizar por levantar as informações e montar essa pasta.

A instalaçãoPara que o vaso de pressão possa ser operado de maneira segura, é importante que todos os drenos, respiros, bocas de visitas e indicado-res de nível estejam bem visíveis e em locais de fácil acesso.A NR-13 estabelece algumas normas para a instalação de acordo com a disponibilidade geográfica do local. No total, são um conjunto de cinco exigências que, segundo o manual, são de suma importância para a segurança do local e das pessoas que trabalham nele. Tre-cho extraído do NR-13 Manual técnico de cal-deiras e vasos de pressão:a) Dispor de pelo menos duas saídas amplas, permanentemente desobstruídas e dispostas em direções distintas;b) Dispor de fácil acesso e seguro para as ativi-

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dades de manutenção, operação e inspeção, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter dimensões que impeçam a queda de pessoas.c) Dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser bloqueadas;d) Dispor de iluminação conforme normas ofi-ciais vigentes;e) Possuir sistema de iluminação de emergência. Todas essas cinco normas são exigidas em locais onde o equipamento ficará “confinado”. Já nas instalações abertas, o projeto deve desconsiderar o item que se refere a ventilação permanente, já que a própria geografia do local proporciona essa precaução. De acordo com o manual, o descumpri-mento dessas exigências ocasiona alto risco para a vida dos operadores. A NR-13 ainda explica que, em alguns casos, o projetista não conseguirá cum-prir as normas como estão no manual e, por isso, ele deve apresentar soluções alternativas ao sindi-cato da classe predominante na fábrica onde o ma-quinário será instalado.“Os riscos de uma má utilização de um equipa-mento pressurizado é muito grande. Esse tipo de maquinário pode causar explosões muito sérias, por este motivo, a preocupação com o projeto dos equipamentos pressurizados e a correta utiliza-ção, como manutenções periódicas e o correto di-mensionamento e inspeções de equipamentos de segurança - como válvulas de alívio e de seguran-ça -, garantem o bom funcionamento dos equipa-mentos. É na fase de projeto que são verificados quais ensaios serão necessários para a inspeção intermediária e final dos equipamentos pressuri-zados”, afirma Ricco Junior.

Segurança da operação do equipamentoEm primeiro lugar, deve-se seguir o manual de instruções do vaso de pressão. Nele o operador deve encontrar: procedimento de partidas e para-das, procedimentos e parâmetros operacionais e rotina, como agir em situações de emergência e os procedimentos gerais de segurança, saúde e pre-servação do meio ambiente. A NR-13 ainda nor-matiza que os aparelhos de controle da máquina devem estar em boas condições de uso, sempre calibrados e inspecionados.Os operadores de vasos de pressão devem ser ha-bilitados para cumprir tal tarefa. Para isso, ele deve ter no mínimo o primeiro grau completo e passar por um treinamento de segurança na ope-ração de unidades de processo. Além de propor-cionar o treinamento para o operador, a fábrica deve sempre mantê-lo atualizado sobre as condi-ções do equipamento, cursos e palestras sobre as novidades que envolvem o tema.

Manutenção e inspeçãoToda a manutenção dos vasos de pressão deve ser feita de acordo com o código de projeto. Quando necessário fazer algum reparo no equipamento, os funcionários que trabalham com a máquina ou ao redor dela devem ser informados, os materiais uti-lizados no processo devem ser os pré-determinados pelo projeto e se envolver soldagem, o equipamen-to deve passar por testes hidrostáticos.Para garantir o bom funcionamento do equipamen-to e a segurança dos funcionários que trabalham com vasos de pressão, ele deve passar por algumas inspeções de segurança. A primeira delas é a inspe-ção inicial, o procedimento é feito em um equipa-mento novo dentro da fábrica onde ele irá operar. Depois de instalado e já trabalhando, o equipamento deve passar por inspeções periódicas. A NR-13 possui duas tabelas de periodicidade para essas inspeção. A diferença entre as duas é quando a fábrica possui ou não serviço próprio de inspeção de equipamentos. No primeiro caso, quando a empresa não possui equi-pe própria de inspeção, o exame externo varia de pe-riodicidade entre 1 a 5 anos, a variável é referente a ca-tegoria do vaso de pressão. O exame interno deve ser feito no tempo que varia de 3 a 10 anos. Já para o teste hidrostático a periodicidade fica entre 6 e 20 anos.Quando a fábrica tem serviço interno de inspeção, o exame externo deve ser feito numa variável de tempo que vai de 3 a 7 anos, dependendo da ca-tegoria do equipamento, o exame interno deve ser feito uma variável de 6 a 12 anos e na categoria de vaso de pressão V, o período fica a critério da em-presa. Os testes hidrostáticos para quem tem pro-grama de inspeção interno devem ser feitos entre períodos de 12 a 16 anos e, a partir da categoria III, os testes ficam a critério da fábrica.Milton Mentz, diretor da Abendi, ressalta a importân-cia de seguir de maneira assídua todas essas normas. “Quem não cumpre corre riscos de toda ordem. As normas de segurança visam garantir que estes equi-pamentos operem de forma segura. Portanto, o pri-meiro risco decorrente da não aplicação correta das mesmas é o de acidentes com danos pessoais. Além dos danos pessoais, há também os prejuízos materiais com a parada dos equipamentos, por conta de aci-dentes, vazamentos, explosões, entupimentos e etc”, explica. “E mesmo que não ocorram acidentes num primeiro momento, há ainda o risco de penalizações por conta de fiscalizações que constatem o não cum-primento das normas de segurança aplicáveis.” RMF

Contato das empresas:Abendi: www.abendi.org.brApexfil: www.apexfil.com.brMKS Engenharia: www.mksservices.com.br

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Preservar o meio ambiente é mais do que uma tarefa para as indústrias, essa pre-ocupação é um dever que, quando não cumprido, é passível de advertências e

até multas. A indústria fica exposta a processos judiciais por não cumprir as normas e assumir o risco de causar danos ao meio ambiente e, depen-dendo do segmento, a integridade física dos co-laboradores e populações ao redor da fábrica. “A emissão de poluentes tipo particulado e poluen-tes gasosos acima dos limites definidos pela Le-

gislação Ambiental acarreta em autos de infração, multas e interdição do processo gerador de polui-ção, uma vez que a Agência Ambiental responsá-vel pela fiscalização tem esta prerrogativa. Fora isso, podem haver processos judiciais relaciona-dos a segurança do trabalho (funcionários) ou de saúde pública (ministério público) em função do dano que estas emissões tenham causado a saúde das pessoas dentro e fora da unidade fabril, afir-ma Tito de Almeida Pacheco, engenheiro químico especialista em filtração industrial seca e diretor

Tecnologia de filtro manga combate poluição atmosférica

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Os filtros do tipo manga, são opção para as indústrias que se empenham no controle da emissão de poluição atmosférica

por Bruna Lavrini

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técnico da Vortex Consultoria Industrial Ltda., empresa especializada em reengenharia de siste-mas antipoluição e treinamento para formação de equipes em desempoeiramento.Uma das opções para controlar a emissão de po-luentes na atmosfera são os filtros de mangas. De acordo com Pacheco, estes equipamentos são muito eficientes para esta finalidade, além de apresentar um bom custo benefício. “Os filtros de mangas são utilizados em larga escala para con-trole da emissão de particulado, sendo a opção preferencial em relação a outros tipos de equipa-mentos, como precipitadores eletrostáticos, ciclo-nes ou lavadores de gases, devido à ótima relação custo benefício”.

A engenharia das mangasSegundo o engenheiro, os filtros de mangas tem como função a separação de gases e partículas e, por meio deles, é possível atender as normas de emissão de particulados exigidas pelas leis am-bientais. “A função desses equipamentos é separar as partículas (fase sólida) dos gases efluentes (fase gasosa), tanto para fins de recuperação de produ-to industrial (fase sólida) e purificação dos gases, quanto para retirada dos poluentes (fase sólida). Em todos os casos se faz necessário o acionamen-to periódico do sistema de limpeza do filtro para que as mangas não entupam. A vida útil do equi-pamento é definida pelo tipo de limpeza adotado pelo filtro, dois anos para jato pulsante, quatro anos para sacudimento mecânico e de seis a oito anos para fluxo reverso”, explica. Segundo Tito de Almeida Pacheco, o filtro mais utilizado pelas indústrias é aquele cujo sistema de limpeza é do tipo jato pulsante. Esse tipo de equipamento se faz tão popular por ter as maio-res taxas de filtração, fato que resulta num equi-pamento compacto e, por conseguinte, mais eco-nômico, explica.Existem alguns tipos de mangas filtrantes (ele-mentos filtrantes). As mangas podem ser cons-truídas de tecidos, não tecidos ou materiais ce-râmicos rígidos. As duas primeiras construções podem ser realizadas em materiais flexíveis plás-ticos, metálicos ou cerâmicos, dependendo da resistência térmica e química requerida pelo pro-cesso de filtração, explica o engenheiro. A cons-trução de manga mais adotada é a manga de não tecido, onde, basicamente, ela é composta por fibra, tela e fibra com algum acabamento super-ficial tipo: chamuscado, plastificado, membrana ou espumado, para um melhor destacamento da

torta de pó sobre ela formada. Por isso, alguns parâmetros de qualidade são essenciais para um bom funcionamento do equipamento e tempo de vida útil do filtro. De acordo com o diretor técni-co da Vortex, a indústria deve adquirir mangas de empresas que tenham confiabilidade no merca-do. São muitas especificidades que podem colo-car o projeto de controle de emissão de poluição atmosférica por água a baixo.Basicamente, a empresa que vai adquirir uma manga filtrante deve estar atenta a alguns itens, são eles: material da fibra e tela (não tecido) ou do tecido, material e tração / alongamento de ruptura da linha de costura, acabamento superficial, gra-matura, espessura, permeabilidade ao ar, tração / alongamento de ruptura e, eventual, tratamento químico, além de, é óbvio, do tipo de encaixe (ve-dação), dimensional e qualidade de costura.A tela de sustentação é o item mais caro do meio filtrante tipo não tecido, pois ela é responsável pela resistência mecânica do mesmo e participa ativamente na capacidade de retenção de pó. Si-tuações onde existam elevado esforço mecânico, juntamente com pós muito finos, exigem uma tela com alta eficiência”, indica o engenheiro. A gramatura do não tecido deve ser levada em consideração. Quanto mais baixa for, menor a vida útil da manga. Segundo Pacheco, a gramatura também é responsável pela eficiência de filtração,

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Patamares tecnológicos de filtros de mangas

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pois não tecidos de baixa gramatura podem gerar altas emissões de particulados. Na hora de ad-quirir as mangas, a densidade (razão entre a gra-matura e espessura) também deve ser observada. Se ela for muito baixa, a manga pode se rasgar precocemente, devido à abrasão do pó sob filtra-ção ou pode permitir passagem de particulado, explica o engenheiro.A fábrica que solicita mangas filtrantes também deve ficar muito atenta à permeabilidade ao ar que as mesmas possuem. Quanto mais alta esta taxa, maior a tendência de penetração excessiva de pó. Segundo o diretor técnico da Vortex, isso pode acarretar em maior emissão e entupimento preco-ce dos elementos filtrantes, e, por conseguinte, do filtro de mangas como um todo. Todos esses fato-res, caso mal dimensionados, geram uma vida útil menor ao jogo de mangas filtrantes.Os outros tipos de filtro de mangas que o mercado oferece são os de sacudimento mecânico e o de ar reverso. Segundo Marcello Vinícius Bernardi-ni, supervisor da McFil o filtro de ar reverso fun-ciona por meio de elementos filtrantes tubulares em tecido que realizam a filtração de dentro para fora da manga. “Este equipamento normalmente é compartimentado, pois para realizar a limpeza das mangas o fluxo é interrompido naquela câma-ra, permanece algum tempo em repouso e rece-

be um fluxo reverso ao sentido da filtração. Estas mangas são dotadas de anéis metálicos intermedi-ários que evitam o colapso da manga no momen-to da reversão. Na reversão a torta de particulado retida na superfície interna da manga se quebra e cai fazendo com que o meio filtrante regenere a sua permeabilidade naquela câmara. Em seguida a câmara é colocada em filtração novamente e outra câmara tem o seu fluxo interrompido para realizar a reversão de limpeza”, explica Marcello.Assim como os filtros de ar reverso, o filtro de mangas de sacudimento mecânico funciona por meio de elementos filtrantes tubulares em teci-do que realizam a filtração de dentro para fora da manga. “Esse filtro funciona da seguinte forma: de tempos em tempos uma estrutura interna do equi-pamento, onde são afixadas as mangas pela par-te superior, sacode através de mecanismos. Este movimento derruba a torta de particulado que fi-cou retida no interior da manga fazendo com que o meio filtrante regenere a sua permeabilidade e permita a passagem do fluxo de gases pelo filtro,” afirma Bernardini.

Vantagens e desvantagens dos filtros mangaA maior vantagem dos filtros de mangas para re-dução da emissão de poluentes na atmosfera é o custo benefício proporcionado pelo equipamento. Além disso, esse tipo de filtro é muito versátil, com um projeto bem elaborado ele se enquadra a todos os tipos de indústrias. Segundo Pacheco, os filtros de mangas ainda ajudam na redução de custos com o pós-tratamento do particulado, já que ele gera um dejeto seco.Quanto as desvantagens, o engenheiro ressalta o custo de manutenção e operação do equipamento. A empresa que opta por este equipamento precisa ter uma equipe com conhecimento para operação e manutenção preventiva da máquina. “Os filtros de mangas ainda demandam uma linha de ar com-primido em excelentes condições, de pressão está-vel, baixos teores de água e óleo para obtenção de uma boa performance de limpeza (filtros tipo jato pulsante). O equipamento também não tolera con-densação de umidade ou ácidos, nem temperatu-ras gasosas maiores que o limite de temperatura da manga filtrante”, afirma. Para o supervisor da McFil, os filtros de mangas são a melhor tecnologia que o mercado disponi-biliza para o controle de material particulado”. A alta qualidade desse tipo de filtro só é possível graças ao desenvolvimento de várias fibras sinté-ticas utilizadas na fabricação dos meios filtran-

Tipos de sistemas de desempoeiramento atualmente existentes

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tes”, afirma Marcello. “Considerando as condi-ções operacionais de um determinado processo é possível fazer a escolha do melhor meio fil-trante a ser utilizado. Este processo é realizado por meio de uma engenharia de aplicação onde todas as variáveis são consideradas, tais como condições químicas e térmicas do fluxo de gases e do particulado, granulometria do particulado, entre outras. As condições são analisadas e a escolha se faz por uma fibra que resista a esta combinação de variáveis.”Para o diretor técnico da Vortex, o know-how da empresa que está fornecendo o filtro é de suma importância para o sucesso do projeto. Quan-do um fabricante comercializa filtros de manga para segmentos industriais com o qual nunca te-nha trabalhado é como se estivesse projetando o primeiro filtro manga de seu portfolio. Cada segmento industrial tem particularidades muito distintas, exigindo pesquisa e estudo (caracteri-zação dos efluentes) para a implantação de um equipamento alinhado às suas necessidades (que atenda aos requisitos do processo fabril).Uma das causas mais comuns da falha dos filtros de mangas se deve a utilização de informações para projeto alienadas das reais condições dos efluentes a serem tratados, pois se baseiam na “experiência” do fabricante noutros processos ou em dados bibliográficos ou históricos de proces-sos similares ou numa mera amostragem de ga-ses dos efluentes, afirma o engenheiro Pacheco. Acontece que, segundo ele, o processo industrial varia e, com ele, variam também os parâmetros de caracterização dos efluentes, tais como:a) Para a fase gasosa: vazão, temperatura, compo-sição química, densidade, viscosidade, calor es-pecífico, ponto de orvalho (da água e dos ácidos)

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e concentração de material particulado;b) Para fase sólida: formato e distribuição granu-lométrica do pó, densidade aparente e absoluta, composição química, ângulos de arraste e repou-so, velocidades terminal e de transporte, além de características físico-químicas, como explosivida-de, corrosividade, fluidização, incrustração, etc.Tendo em vista que os 15 parâmetros de especi-ficação do elemento filtrante, bem como, as 24 equações matemáticas de projeto de um filtro de mangas são baseados justamente nestes parâme-tros de caracterização dos efluentes, não é difí-cil perceber que tanto a manga filtrante, quanto o filtro de mangas (independentemente da man-ga), podem falhar dependendo desta variação dos efluentes, finaliza o diretor da Vortex.

Complexidade do projeto do filtro de mangaCada projeto é específico para um processo fa-bril e, de acordo com os valores e variabilidade dos efluentes industriais, exige mais ou menos complexidade no que tange a tecnologia do fil-tro de mangas. Tito Pacheco enumerou esses graus de complexidade de um a dez no traba-lho: patamares tecnológicos em sistemas para desempoeiramento, disponível no Facebook, Linkedin ou por e-mail.

Segundo Pacheco, a incineração de lixo é o pro-cesso mais complexo para um sistema antipolui-ção, pois ele se enquadra no nível 10. “A falta de conhecimento da composição química exata do lixo gera uma elevada imprevisibilidade na com-posição dos gases efluentes. O filtro de mangas para este processo demanda especial cuidado em relação a resistência química e mecânica dos ma-teriais, desde a manga, chaparia, gaiolas, válvulas diafragma e de descarga até os sensores, dutos, chaminé e ventilador. Desta forma, se faz neces-sário mais que o absoluto domínio da química da filtração, mas também uma completa e complexa instrumentação e controle, bem como alto nível de especialização técnica das equipes de manu-tenção e operação deste tipo de sistema antipolui-ção”, alerta o engenheiro.Logo abaixo da incineração de lixo, vem o pro-cesso industrial que envolve fornos de vidro, áci-do sulfúrico e coqueria. O processo é considera-do nível 9 de complexidade. “Uma característica comum aos processos industriais deste patamar é a elevada temperatura e concentração de com-ponentes gasosos danosos a um filtro de mangas exigindo necessariamente equipamento para pré--tratamento dos gases efluentes”, indica o diretor técnico da Vortex.

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Variáveis dos efluentes que definem a especificação das mangas filtrantes

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No nível oito de complexidade se enquadra pro-cessos industriais que envolvem chumbo, alu-mínio, estanho, PCI, defensinvo e farmacêuticas. Esse processo exige filtros de manga de alta per-formance. Segundo Pacheco, o cuidado com esses particulados é essencial para a saúde pública, um pequeno vazamento pode causar desastres gran-diosos. “Neste Patamar todos os filtros de mangas devem ser de alta performance, onde emissões de 1 a 5 mg/Nm3 são o mínimo a ser atingido, sendo usualmente esperado menos do que isso. Os fu-mos metálicos e partículas de metal fundido dos processos de fundição de metais com baixo pon-to de fusão igualmente demandam decantadores antes do filtro para evitar furos ou entupimentos nas mangas. O controle rigoroso de quaisquer fa-lhas de vedações, sistema de limpeza usando gás nitrogênio, ao invés de ar comprimido, bem como do controle do teor de oxigênio nos gases para o processo de PCI (Injeção de finos de carvão) são tão indispensáveis quanto as janelas de explosão e demais sistemas de arrefecimento de explosões.”Processos industriais que envolvem celulose, cal, sabão em pó, pigmentos e fertilizantes se en-quadram no nível sete do trabalho do diretor da Vortex. Segundo Pacheco, esse tipo de processo exige alta especialização por conta da facilidade

de entupimento das mangas. “A aglomerabilidade do particulado nos processos de cal e sabão em pó são inigualáveis quando comparados aos de-mais processos industriais. Por outro lado, a ca-racterística altamente inscrustrante e corrosiva de particulados cristalinos, como os de fertilizantes, exige cuidados específicos desde a válvula de des-carga, válvula diafragma, bem como, nos ângulos da tremonha e especificação das mangas e gaiolas. Além disso, a baixíssima granulometria aliada a elevada explosividade da celulose e dos pigmen-tos costumam resultar em instalações de sistemas como portas de explosão, sistemas de injeção de CO2 líquido no duto antes do filtro, medidores de umidade e sistemas de neutralização passiva (mangas antiestáticas) e ativa (injeção de gás io-nizado) da eletricidade estática formada por estes particulados, visando a coibição da fonte de igni-ção”, explica o engenheiro.No nível seis se encaixam os processos indústriais que envolvem siderúrgicas, cimento, ferro-ligas, fundições ferro e cobre, reciclagem de alumínio e secador de maneira. Segundo Tito de Almeida Pacheco, esse tipo de processo exige filtros de manga de alto porte. O aumento do tamanho do equipamento exige mais manutenção do filtro, se sobrecarregado, o equipamento poderá precisar de trocas anuais do jogo de mangas.As indústrias que trabalham com caldeiras, for-nos a óleo, carvão, biomassa, usina de asfalto, tin-ta e galvanoplastia se enquadram no nível cinco no guia do engenheiro. “Neste nível, os cuidados são com o ponto de orvalho ácido ou a exagerada aglomerabilidade do particulado (tinta e asfalto). Questões como corrosão acelerada das gaiolas, que esfola as mangas em semanas, ou relaciona-

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AGORA É LEI!

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ONDE TEM ESTE SELO, TEM TROcA DE fILTRO

E AMBIENTE LIMPO.

Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo e Paraná, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que fará a destinação correta do descarte.

Os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos filtros usados, de formacorreta e consciente.

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AGORA É LEI!

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Em sintonia com todos os avanços em busca da sustentabilidade, a Abrafiltros, associação que reúne os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros automotivos, está coordenando a implantação de um eficiente programa-piloto de Logística Reversa em pontos de coleta nos estados de São Paulo e Paraná, onde os filtros do óleo usados são periodicamente retirados por empresa credenciada que fará a destinação correta do descarte.

Os fabricantes, importadores e distribuidores de filtros do Óleo Lubrificante Automotivo estão promovendo o descarte dos filtros usados, de formacorreta e consciente.

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das com o ataque químico das mangas, seja pelo ácido sulfúrico, pelo SO2 ou ainda pelo NO2, ne-cessitam ser consideradas. A queima da Biomassa ainda possui alguns agravantes como cinzas ex-tremamente leves ou abrasivas, bem como, gera-ção de blue-haze em função da queima incomple-ta. Caldeiras que não tenham recuperador de calor ainda costumam agravar o projeto com tempera-turas muito próximas do limite econômico para aquisição de mangas, pois acima disso, as mangas são exageradamente caras (mangas de fibra de aço inox ou cerâmica)”, detalha Pacheco.No nível quatro se enquadram as indústrias que trabalham com secadores, beneficiamento de ma-deira, spray-dryer, açúcar, pós-alimentícios solú-veis (café, suco, achocolatados e etc). De acordo com o diretor técnico da Vortex, o cuidado com este tipo de particulado está no excesso de umida-de que ele pode apresentar. “O ponto de orvalho da água deve ser rigorosamente controlado na saída da chaminé do filtro. Eventuais condensações de água, em combinação com particulados solúveis, permitem a penetração exagerada de particulado no interior das mangas, resultando em entupi-mentos irreversíveis em menos de uma semana.”Quando o processo industrial se enquadra no ní-vel três – indústrias que trabalham com caldeiras a gás, cerâmica, olaria, farinhas alimentícias e algodão –, a engenharia do filtro deve considerar possíveis aglomerações de particulados no ele-mento filtrante.Apesar de estar no segundo nível mais baixo do guia, os processos indústrias que envolvem borra-cha, móveis, fumo, plástico, couro e metalúrgicas exigem filtros mangas de alta complexidade tec-nológica, segundo Tito de Almeida Pacheco. “Aqui

a complexidade aumenta, pois será necessário li-dar com o efeito eletrostático das partículas, onde cada partícula de pó carrega certa quantidade de carga eletrostática, seja devido ao atrito com a tu-bulação, ou ao próprio processo de sua geração (moinho, rebarbação, corte, lixamento)”, afirma o engenheiro. “Usualmente tratam-se de particula-dos inflamáveis, portanto, se houver fagulha entre as mangas ou entre mangas e a carcaça do filtro, certamente haverá incêndio. Além disso, a lim-peza das mangas fica prejudicada devido a atra-ção eletrostática das partículas em seu corpo. No caso da metalúrgica, a dificuldade advém do óleo, utilizado na furação ou corte de peças. O parti-culado acaba entrando no filtro junto deste óleo, entumescendo a manga filtrante e vedando seus poros”, finaliza.Os processos industriais que envolvem cavaco, cereais, pedreiras, mineração e ração animal, são designados ao nível um do guia do engenheiro. Neste caso, o filtro é projetado para processos que exigem baixa complexidade, já que o particulado é bem graúdo e denso. “Claro que são particula-dos um pouco sensíveis a umidade ambiente, con-tudo, um bom tratamento hidrorrepelente a base de teflon na manga filtrante pode resolver o pro-blema. Um pouco de abrasividade também pode trazer preocupações, principalmente quando a relação ar-pano é inadvertidamente alta, aparen-temente justificada, pela facilidade de decantação dos particulados destes processos industriais”, afirma Pacheco. RMF

Contato das empresas:Vortex: www.vortexindustrial.com.brMcFil: www.mcfil.com.br

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Exitem diversos tipos válvulas que aten-dem os mais variados setores, como: in-dústrias farmacêutica, químicas, alimen-tícias, siderurgias, saneamento, óleo &

gás, açúcar & álcool, biocombustíveis, mineração, etc. No entanto, embora algumas válvulas tenham aplicações parecidas, cada tipo de válvula é des-tinada para uma finalidade, e existem até cursos para que o usuário aprenda a identificar cada uma, onde se aplicam e como fazer a manutenção delas. Dentro de um processo industrial, por exemplo,

as válvulas podem representar até 15% de toda instalação, que, dependendo do tipo e tamanho, essa porcentagem pode aumentar. Já que o ren-dimento de uma bomba, ou do sistema de filtra-gem, podem ser seriamente reduzidos pela falta de conhecimento sobre esses acessórios. Segundo o gerente comercial, Marcos de Oliveira, da Bermad Brasil, as válvulas industriais mais co-muns são as válvulas manuais, do tipo esfera ou gaveta para bloqueio de fluidos. “Estes produtos, normalmente, são utilizados em massa na indús-

EQUIPAMENTOS

Tipos de válvulas e critérios para aplicação industrial

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Com um leque de opções disponíveis hoje no mercado, as válvulas industriais são acessórios indispensáveis e de fundamental importância nas tubulações

por Daiana Cheis

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tria, na construção civil, no mercado de sanea-mento básico, além da utilização em máquinas e equipamentos para diversas utilidades”, diz ele. Nas industriais, na maioria, são válvulas de acio-namento manual e os principais tipos são: gaveta, globo, retenção (acionamento pelo próprio fluido de processo), guilhotina, diafragma, mangote, es-fera, borboleta e macho. As válvulas de seguran-ça e/ou alívio também são acionadas pela própria ação do fluido e utilizadas em equipamentos su-jeitos a pressões mais elevadas que a atmosférica. Já as válvulas automáticas de controle, ao contrá-rio das demais, como o próprio nome sugere, são acionadas em resposta a um comando que pode ser pneumático, elétrico ou eletropneumático, através de sensores e controladores automáticos. Ou seja, elas independem da experiência de um operador como nas válvulas industrias. Essas vál-vulas podem ser dos tipos globo sede simples ou sede dupla, globo gaiola, globo três vias, esfera segmentada, obturador excêntrico, dessuperaque-cedores de vapor, etc.Contudo, independente do tipo de válvula, é ne-cessário que o usuário conheça as diferenças en-tre elas para escolher o dispositivo certo para cada aplicação, uma vez que nem todas as válvulas po-dem operar com a mesma temperatura ou pressão. E um dos erros mais frequentes cometidos pelo usuário é a falta de conhecimento técnico do sis-tema ou da válvula adquirida. De acordo com Oli-veira, o uso incorreto da válvula, como de qual-quer outro dispositivo, pode causar ineficiência no sistema hidráulico, além de, muitas vezes, não atender o objetivo funcional. Em outras situações uma válvula subdimensionada poderá apresentar um desgaste prematuro (cavitação), além de apre-sentar ruído e tornar o abastecimento ineficiente em função da perda de carga localizada na válvula de controle. Da mesma forma, uma válvula super-dimensionada poderá apresentar dificuldade em uma operação de modulação (regulagem), pois em algumas situações uma válvula muito grande para uma vazão muito baixa implicará em uma abertu-ra muito pequena da válvula, ou seja, em algumas situações a válvula não terá uma precisão no con-trole do fluxo. E há os cuidados específicos para determinados tipos de válvulas, porque alguns problemas acontecem corriqueiramente: “em vál-vulas agulha micrométricas deve se tomar muito cuidado no fechamento, pois caso aperte muito a manopla poderá quebrar a agulha, evitando o controle do fluxo e perdendo tempo para manu-

tenção. Não são todas as válvulas micrométricas que fazem o shut-off. Para todas as válvulas a compatibilidade química da vedação, material de construção é de suma importância, pois caso a vedação seja incompatível com o fluido será danificada a vedação e sem ela haverá vazamen-to que, em alguns casos, a degradação da veda-ção acaba soltando partículas que podem entrar no sistema prejudicando equipamentos caros, sensíveis, ocasionando paradas desnecessárias e contaminação do produto final”, exemplifica Dina Diamand, do departamento de marketing da Tecflux-Swagelok Brasil.Outro erro bem comum, e que não é exclusivo des-tes usuários, é a busca por baixos preços, ao invés de qualidade. Os problemas que podem acontecer com válvulas durante a operação de um processo, por vezes, se tornam mais caros do que o custo de se escolher a válvula correta logo na primeira vez. Muitos fabricantes já se preocupam com a dura-bilidade do produto e utilizam materiais que au-mentam a vida útil destes dispositivos, como o aço inoxidável, ferro, alumínio e cobre; sendo o de aço inox o mais resistente e mais caro também. No entanto, o material a ser usado na fabricação das válvulas depende do tipo de fluido e as condi-ções de operação; da especificação ser feita corre-tamente, boas instalações, da correta manutenção e dimensionamento, com isso elas podem ter uma longa vida útil.“Se forem especificadas corretamente as válvulas são de longa duração, podendo chegar facilmente a mais de 20 anos, dependendo da criticidade da operação podem ter a necessidade de manuten-ções periódicas, reforça o gerente comercial, Djal-ma Bordignon, da KSB Válvulas Ltda.

FabricantesSão muitos os fabricantes e distribuidores de vál-vulas no Brasil e no exterior. Com 45 anos no mercado, a Bermad Brasil é uma das pioneiras no desenvolvimento e fabricação de soluções e controle de fluxo. Com subsidiárias na Austrália, Brasil, China, Itália, México, Reino Unido e EUA, a Bermad fabrica válvulas auto operadas: reduto-ras de pressão, alívio de pressão, retenções me-cânicas, válvulas borboletas, controladoras de nível, limitadoras de vazão, válvulas elétricas, além de ventosas para admissão e expulsão de ar. “A Bermad utiliza normalmente o ferro nodu-lar (dúctil), porém a empresa pode fabricar em diversos materiais como aço carbono, aço inox,

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bronze marítimo, nylon reforçado e outros mate-riais sob consulta”, comenta o gerente comercial Marcos de Oliveira.Com mais de 20 anos de experiência no setor, os produtos da Tecflux-Swagelok Brasil conquista-ram a confiança do mercado, graças à tecnologia empregada na sua fabricação, ao rígido controle de qualidade e ao alto nível técnico dos profissio-nais envolvidos, e distribuem, com exclusividade, para o Brasil válvulas para instrumentação (agu-lha, esfera, retenção, alívio proporcional, etc).Outra fabricante renomada nesse mercado é a Spirax Sarco Brasil. A empresa fabrica e comer-cializa diversos tipos de válvulas, entre elas se destaca as válvulas de segurança e alívio, mode-los SV80H e SV81H – ASME VIII – Selo “UV”, que, segundo Cristina Hoster, do departamento de marketing da empresa, são as únicas no mer-cado nacional com certificação de capacidade fi-nal nos diferentes fluidos: líquido, vapor e gás perante ao NBBI – The National Board of Boiler and Pressure Vessel Inspector.Com fabricação nacional e também no exterior, a consolidada KSB Válvulas conta com uma vas-ta variedade de produtos, sendo especialista nos tipos: esfera, gaveta, globo, retenção, borboleta, diafragma, e atuadores pneumáticos dupla ação e retorno por mola.

Tipos de válvulasA linha de válvulas, além de completa, tem inú-meras opções dividas por grupos e subgrupos.

Válvulas para bloqueio de fluxoDestinadas para permitir ou interromper o fluxo, trabalhando totalmente abertas ou completamente fechadas, não servindo, pois, para controlar vazões.

Gaveta: As válvulas de ga-veta, ou registros de gaveta, são usadas nas instalações industriais, podendo ser pro-duzidas em ferro fundido, aço inox, bronze e demais li-gas de metais. Normalmente, são desenvolvidas e projeta-das para utilização em enge-nharia sanitária, em canali-zações de esgoto, trabalhan-do em perfeitas condições quando está sob pressão e em temperaturas que não ul-trapassem os 60 graus.

Esfera: Tipo de válvula rotativa utilizada em ins-talações industriais. É amplamente aplicada em sistemas de tratamento de fluidos para o con-trole de fluxo e são adequados para aplicações corrosivas. Elas são usadas nas indústrias far-macêuticas, química, borracha, papel e celulo-se, sistemas de tratamento de água, tecelagens e fábricas de processamento de alimentos.Exemplos: Isolamento de óleo combustível, fe-chamento de linha para manutenção, retirada de amostra, etc.

Borboleta: Com funcionamento semelhante ao da válvula esfera, o tipo borboleta, geralmente, tem menor custo. Usada em sistemas de pres-são, possui bom desempenho em equipamentos de combate a incên-dios por terem um dispositivo de desligamento rápido e eficaz. Pode ser emprega-da em diferentes situações, como controle de flui-dos ou isolamento total da passagem de fluxos.

Válvula para regulagem ou controle de fluxoTem como principal função estabelecer e controlar a pressão e escoamento de fluido em tubulações.Agulha: O objetivo deste tipo de válvula é o de regu-lar o fluxo através de um sistema de regulagem sim-ples ou fina. Embora a função principal do projeto é o

EQUIPAMENTOS

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Válvulas esfera

Válvula gaveta

Válvula borboleta

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controle de fluxo, algumas válvulas também fornece o controle on-off. Exemplo: Controle de entrada de fluido para cromatógrafos gasosos e líquidos, isolar

ou drenar fluidos, painéis de controle, amostragem de gases, bancadas de teste, linhas de gases.

Globo: É um tipo de válvula comumente usada em gaso-dutos, para controlar o fluxo de fluidos mais viscosos como o óleo. Possui corpo esférico, separado por um defletor, e as válvulas automatizadas pos-suem hastes deslizantes. A válvula globo angular é indi-cada para o bloqueio, coman-do, dosagem e controle de fluidos líquidos ou gasosos.

Diafragma: As válvulas diafragma podem ser ma-nuais ou automatizadas. Suas aplicações, em geral, são como válvulas de corte em sistemas de proces-so de alimentos, bebidas, farmacêuticos e biotecno-logicos. Constituem por um corpo de válvula com

Válvula globo

Válvulas agulha micrométrica

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duas ou mais portas, um diafragma e uma “sela” ou assento em que o diafragma fecha a válvula.

Borboleta: Algumas empresas indicam e utilizam a válvula borboleta para regulagem e controle de fluxo.

Válvulas de fluxoUsadas para obstrução total ou parcial do fluxo.Pistão: A válvula de retenção tipo pistão impede o contra fluxo de fluidos, ou seja, depois que o fluxo passa pela tubulação, a válvula pistão não deixa que esse mesmo fluxo retorne por meio da tubulação, o que afetaria a bomba e causaria alagamentos.Podem ser aplicadas em siderurgias, saneamen-to, óleo & gás, mineração, indústrias, açúcar & álcool e biocombustíveis.

Válvulas para controle de pressãoUsadas para controlar a pressão com que o fluxo pode passar por ela e as aplicações são distintas.Segurança: Dispositi-vo automático de alí-vio de pressão, atuado pela pressão estática do fluido a montante da válvula. Adequado para trabalhar como válvula de segurança ou válvula de alívio, dependendo da aplica-ção desejada.

Redutoras de alívio de pressão: Sistemas de vapor bem projetados produzem vapor seco e limpo a altas pressões. Controles efetivos para esta aplicação deman-dam uma válvula auto-mática que pode reduzir a pressão do vapor de forma precisa, confiável e a um custo que atenda à aplicação. RMF

Contato das empresas:Bermad Brasil: www.bermad.com.brKSB Válvulas: www.ksb.com.brSpirax Sarco: www.spiraxsarco.comTecflux-Swagelok: www.swagelok.com.br

EQUIPAMENTOS

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Válvulas de segurança e alívio

Válvula redutora de pressão

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J á é sabido que sem água uma indústria não sobrevive, na verdade, sem água não há ne-nhuma sobrevivência. No entanto, algumas indústrias necessitam da água em alto grau

de pureza, nesses casos, somente a água potável não é suficiente e pode colocar em risco a qua-lidade do produto final. As farmacêuticas, por exemplo, necessitam da água purificada para os processos industriais. Neste caso, a água purifica-da é usada para a lavagem dos materiais de vidro presentes no laboratório, preparação de géis e rea-gentes e análises instrumentais, entre outros.

A água purificada é obtida por meio de processos que retiram os íons do líquido. O nível de pureza da água é medido em três níveis – I, II, III, quanto menor o número de íons na água maior a pureza dela. A água purificada do tipo I é com menor nível de pureza, ela é utilizada em processos laborato-riais muito específicos, como os que exigem pouca interferência e presença mínima de microorganis-mos. A água purificada do tipo II é utilizada em algumas aplicações especiais com maior presença de microorganismos, onde a água do tipo I não pos-sa ser aplicada. A água purificada do tipo III é a

TRATAMENTO DE ÁGUA

Filtros de processo proporcionam água

purificada para a indústria

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Água purificada é essencial para os laboratórios das indústrias farmacêuticas, além de outros segmentos

por Bruna Lavrini

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com maior nível de purificação, ela é usada para a lavagem dos materiais de vidro dos laboratórios e preparação de culturas bacteriológicas. O siste-ma de purificação utilizado pelos laboratórios é o ponto chave do nível de pureza da água que será usada nos processos do laboratório.

Osmose reversaEsse tipo de filtragem remove boa parte das im-purezas provenientes de contaminação iônica e orgânica. A água que passa por esse processo sai dele pré-purificada. Ela chega a remover cerca de 100% dos contaminantes – a média fica entre 90% e 99% - por isso, a água que sai deste tipo de filtro pode ser considerada de ótima qualidade.

Processo de absorção em carvãoEsse tipo de filtragem é indicado para a remo-ção de compostos orgânicos, já que é um dos melhores meios para cumprir essa tarefa. Com a absorção em carvão, ácidos orgânicos e bases presentes na água potável são eliminados. Nor-malmente, esse processo é feito antes da osmose reversa e da eletrodeionização. Por isso, o carvão é um meio de filtragem utilizado em combinação com outros filtros de processo.

EletrodeionizaçãoEste tipo de filtragem definitivamente deioniza a água e é um processo relativamente novo em relação aos outros.

UltrafiltraçãoComo o próprio nome já diz, neste processo, a água passa por uma ultrafiltragem que retira as membranas mais finas encontradas na água, pequenas bactérias também são eliminadas por meio deste processo.

Filtragem microporosaContrária a ultrafiltragem, a filtragem micropo-rosa elimina os contaminantes que possuem me-didas maiores. Este processo proporciona uma água pré-filtrada e, por isso, também exige ou-tros processos de filtragem para uma água com níveis mais altos de pureza.

Radiação ultravioletaFunciona como uma espécie de germicida na água. Com a radiação ultravioleta elimina-se as bactérias e alguns tipos de contaminantes orgânicos. RMF

Ver referências bibliográficas em nosso site: www. meiofiltrante.com.br

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A privatização é a pior questão que en-frentamos em relação à água atualmen-te. Essa é a opinião de Robert F. Kenne-dy Jr., ativista e advogado especializa-

do em direito ambiental, que participou do Fórum Mundial de Meio Ambiente, ao lado de outras au-toridades e ambientalistas, em 21 e 22 de junho, no Hotel Mabu, em Foz do Iguaçu. O evento, pro-movido pelo LIDE – Grupo de Líderes Empresa-riais, reuniu 405 empresários para discutir ações relacionadas ao tema “2013: Ano internacional da cooperação pela água”. “A água deveria ser um direito para todos os seres humanos, mesmo para quem não tem condições de pagá-la”, afirma Kennedy Jr. Ele acredita que o capitalismo de livre mercado é a melhor solu-ção, mas tem que ser manejado com um interesse

social, senão as futuras gerações vão pagar pelos nossos erros e exageros. E defende: “Devemos en-corajar o uso mais racional da água, mas não po-demos restringir o uso pela população mais pobre por meio de taxações”.Kennedy Jr. citou um exemplo de Cochabamba, na Bolívia, país onde a água foi privatizada de tal forma que pessoas morreram por falta de acesso à água. A revolta foi tamanha que as empresas fran-cesa e americana que faziam o gerenciamento das águas na cidade foram obrigadas a deixar o país. Outro exemplo nesse sentido ocorreu durante o re-gime de Pinochet no Chile, quando o ditador “ven-deu” todos os rios para a empresa Endesa. Mais tarde essa empresa foi vendida para investidores espanhóis e hoje especuladores estrangeiros são donos de toda água do país, segundo ele. O mesmo aconteceu com as florestas e isso o leva a concor-dar com um colega advogado ambientalista que diz que a democracia naquele país não é real porque não há autonomia sobre seus recursos naturais. Em relação à produção energética, o ativista expli-ca que o carvão é um dos maiores poluidores do meio ambiente nos Estados Unidos e que é preciso substituir essa fonte de energia o mais rápido pos-sível, mas há três obstáculos para novas fontes de energia: os subsídios existentes para indústria do petróleo, a falta de um sistema para novas redes de energia, mecanismos efetivos de punição para aqueles que esperdiçam recursos. Mesmo assim ele acredita no crescimento da produção de ener-gias alternativas, como a solar e a eólica, subs-tituindo as provenientes de combustíveis fósseis.

ESPECIAL MEIO AMBIENTE

Robert Kennedy critica privatização da água

durante fórum mundial de meio ambiente

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Ativista e advogado especializado em direito ambiental participou de evento promovido pelo LIDE em Foz do Iguaçu

Robert F. Kennedy Jr.

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ESPECIAL MEIO AMBIENTE

Mas deixa algumas questões. Com qual rapidez com faremos isso e quem liderará o processo? Se-rão os chineses, que estão fazendo investimentos importantes em novas tecnologias?Kennedy Jr. já foi nomeado pela revista Time como um dos “Heróis do Planeta”, por sua contri-buição na luta para salvar o rio Hudson, em Nova York, e fez parte de manifestações com um grupo de ambientalistas diante da Casa Branca contra a construção de um oleoduto. É filho do ex-senador norte-americano Robert F. Kennedy e sobrinho do ex-presidente dos EUA, John F. Kennedy, e do ex--senador Ted Kennedy. Sistema único de águaJean-Michel Cousteau, oceanógrafo, ambientalista, ecologista, educador, fundador e presidente da Oce-an Futures Society, chamou a atenção dos presentes sobre o fato de que há apenas um sistema de água no mundo e todos dependem dele. “O momento é crítico. Precisamos encontrar soluções para proteger os seres vivos do planeta”, afirmou durante o painel “Serviços Ambientais dos Oceanos”. Num mundo em que milhares de crianças morrem todos os dias por não ter acesso à água limpa e se paga mais por uma garrafa de água do que para

colocar gasolina no carro, Costeau vê boas oportunidades de ne-gócios ao se gerenciar o planeta da mesma forma como gerencia-mos empresas. O Bra-sil, segundo ele, tem a chance de ser o grande exemplo, o líder a con-vencer outras nações a proteger o meio am-biente. E isso significa gerar negócios.

Segurança hídricaNo painel “A crise global da água”, o presidente do Conselho Nacional da Água, Benedito Braga, falou sobre a necessidade de se garantir a segurança hí-drica no País, nas esferas humana, socieconômica e ecológica, dando acesso a uma água de quali-dade e em quantidades imprescindíveis para os seres humanos. “Prover segurança hídrica à popu-lação é obrigação do Estado. As soluções técnicas nós temos, mas a questão é política, necessita re-

cursos financeiros”, ressaltou Braga. Ele também frisou a importância da articulação entre vários setores da sociedade para se traçar uma política eficiente sobre as águas, que ajude a melhorar a qualidade de produção, a distribuição e a redução do risco de catástrofes. O ex-governador comentou que há necessidade de haver infraestrutura hídrica para fazer frente à va-riedade climática que causa escassez crônica em algumas regiões como Norte da China, Paquistão, Oriente Médio e Nordeste brasileiro. No Nordeste, por exemplo, chove tudo em três dias e é neces-sário armazenar essa água, de maneira racional, para momentos de seca. Durante a abertura do Fórum, Roberto Klabin, pre-sidente do LIDE Sustentabilidade, entregou um ma-nifesto pró Parque do Iguaçu para Izabella Teixeira, ministra do Meio Ambiente e Beto Richa, Gover-nador do Estado do Paraná, demonstrando o com-prometimento do empresariado com a preservação do parque. Em seguida, João Doria Jr., presidente do LIDE, convidou Luiz Eduardo Cheida, secretá-rio estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Paraná, Vicente Andreu, presidente da Ana – Agência Nacional de Águas, Beto Richa e Izabella Teixeira a assinarem o Pacto Nacional pela Gestão das Águas, uma iniciativa do Ministério do Meio Ambiente e da ANA em prol do fortalecimen-to da gestão das águas nos estados brasileiros, por meio de um programa de incentivo financeiro, com pagamento por resultados. O objetivo do pacto é promover a articulação entre União e estados pelo uso sustentável dos recursos hídricos do País. Sobre o LIDE Fundado em junho de 2003, o LIDE - Grupo de Lí-deres Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em nove países e quatro continentes. Atualmente tem 1.400 empre-sas filiadas (com as unidades nacionais e inter-nacionais), que representam 51% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e forta-lecer os princípios éticos de governança corpora-tiva no Brasil e no exterior, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio pri-vado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integra-ção entre empresas, organizações, entidades pri-vadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios. RMF

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Jean-Michel Cousteau

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A FRAM é ouRo de novo!

Na sua quarta edição o “Prêmio Sindirepa - SP – Os Melhores do Ano” avaliou a opinião de mais de 300 profissionais da reparação de veículos, sobre as marcas preferidas em 16 categorias, levando em consideração os quesitos: marca, qualidade, resultados e assistência. A FRAM obteve novamente o “Ouro”, em reconhecimento ao excelente relacionamento com o Setor de Reparação e, conforme nos empenhamos, chegamos lá de novo este ano. Isto nos motiva a concentrar esforços para mais uma conquista no ano que vem.

O SINDIREPA reconhece a FRAM,

mais uma vez, entre as melhores do ano em 2013.

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É verdadeira a afirmativa de que “a prevenção é o melhor remédio”, principalmente quan-do se trata do aspecto jurídico no ambiente empresarial. Somos reconhecidos interna-

cionalmente pelo avanço e modernidade das nossas leis. Em legislação comparada, podemos afirmar que nosso Código de Defesa do Consumidor (CDC) e os dispositivos de lei ambiental são referência mundial. Por outro lado, a produção legislativa tem um con-trassenso. O Brasil tem incontáveis edições de leis diárias que dificultam o acompanhamento, inclusive dos profissionais da área jurídica. Cita-se, a exemplo, a edição diária de um sem número de leis, normas e regulamentos no ramo de direito tributário. A ex-cessiva regulação da iniciativa privada submete o empresário a novas e cotidianas obrigações jurídicas. São leis trabalhistas, tributárias, previdenciárias, am-bientais, consumeristas, entre outras, que sempre re-presentam um acréscimo no custo para as empresas. Há que mencionar que muitas delas caem por terra posteriormente, quando têm sua constitucionalida-de questionada, após o empresário já ter arcado com os custos e tempo para adaptação de suas atividades produtivas e empresariais às exigências legais.Outro cenário que merece ser levado em conside-ração é o congestionamento do Poder Judiciário. A discussão judicial dos direitos e obrigações, em qualquer aspecto, contratual, trabalhista, empresa-rial, é morosa e muitas vezes a solução final perde sua efetividade pelo decurso do tempo. Por isso, é tão comum ouvirmos que “mais vale um mau acor-do que uma boa demanda”.No aspecto administrativo, a realidade não é outra. É notório, por exemplo, que o Brasil é um dos países em que o procedimento para a abertura de uma em-presa é um dos mais burocráticos e custosos.Por todos esses motivos acima elencados, se torna imprescindível a assessoria jurídica nas empresas. Demanda-se do profissional do direito estar cada vez mais próximo e conhecer o ambiente empresa-rial do seu cliente, tanto quanto do próprio gestor do negócio. Tanto no planejamento da atividade empre-sarial quanto na antecipação e previsão dos riscos e contingências, a assessoria jurídica tem se mostra-do vital à saúde da empresa, pois com a dinâmica alcançada pela globalização, o mercado atual não perdoa os empresários que não antevêem riscos em sua atividade econômica. Por isso, cada vez mais, as

empresas têm evoluído quanto à aceitação da impor-tância do suporte jurídico preventivo.É seguro que os custos advindos da consultoria pre-ventiva são muito menos impactantes do que os gastos no processo contencioso. Além do prejuízo à imagem da empresa, muitas vezes causados pela repercussão das ações trabalhistas e ambientais, por exemplo. É desaconselhável a postura da maioria dos empresários que só procuram uma assessoria ju-rídica quando se mostra inevitável: quando há uma ação judicial em trâmite.Nesse caso, os custos para a empresa são maiores, com percentuais altos, dependendo do valor da ação. Quando a empresa conta com assessoria jurídica é bem diferente, o custo é menor, muitas vezes calcula-do mensalmente, e há um acompanhamento constan-te das demandas ativas, constando a data provável do término de uma ação, a probabilidade de êxito e a an-tecipação dos gastos, o que facilita o planejamento do empresário para arcar com eventuais condenações.Um exemplo recorrente que vivenciamos é o cliente nos consultar quando tem um contrato descumpri-do pelo seu fornecedor para ingressarmos com uma demanda judicial. Não acompanhamos a negociação e muitas vezes a própria confecção e celebração do contrato! A própria ação pode ficar prejudicada pela inobservância dos requisitos do contrato.Além disso, com a assessoria jurídica, o empresário tem segurança em relação aos negócios praticados de modo a não acarretar penalidades pelos órgãos fisca-lizatórios e mesmo pelo Poder Judiciário. E, ainda, sempre que o empresário tiver dúvidas em como pro-ceder determinado ato, como, por exemplo, demitir um funcionário, pagar os impostos devidos, iniciar uma atividade produtiva, poderá consultar a asses-soria que irá lhe emitir um parecer com as ações cor-retas a serem tomadas. Tudo para garantir que o em-presário atue dentro da legalidade, evitando multas administrativas e demandas judiciais. RMF

VISÃO EMPRESARIAL

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Joanna Paes de Barros e OliveiraSócia do escritório Schmidt, Dell Agnolo, Candello & Paes de Barros Advogados. É graduada em Direito pela PUC/Campinas, pós-gradu-ada em Direito Processual Civil pela PUC/Campinas, pós-graduada em Responsabilidade Civil pela FGV, pós-graduada em Direito Cons-titucional pelo Centro de Extensão Universitária (CEU), pós-gradu-ada em Direito Internacional pela PUC/SP, especialista em Direito Americano e Internacional pelo CAILAW (Center of America and Internacional Law), de Dallas, nos Estados Unidos, com experiência profissional nas áreas cível, empresarial e ambiental.

A importância do suporte jurídico preventivo nas empresas

por Joanna Paes de Barros e Oliveira

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