Revista Momento Espírito Santo - Edição 33

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O melhor do sambarock com a banda Kalifa Trabalho e vida pessoal: equilíbrio e workaholics Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras: história de luta e de esperança Passeio por Cape Town, na África do Sul MÚSICA << VIVER BEM << >> CULTURA >> DIÁRIO DE BORDO

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O melhor do sambarockcom a banda Kalifa

Trabalho e vida pessoal:equilíbrio e workaholics

Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras:história de luta e de esperança

Passeio por Cape Town, na África do Sul

MÚSICA <<

VIVER BEM <<

>> CULTURA

>> DIÁRIO DE BORDO

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ANÚNCIO SEDURB

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ANÚNCIO SEDURB

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EDITORIAL

momento-es

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Ed 33 | MOMENTO ES 7

Seguindo essa linha da conquista da felicidade na vida pessoal e interpessoal, ser condição primordial para a eficácia profissional, situamos a banda capixaba ‘Kalifa’, que no gênero ‘Sambarock’ tem como marca registrada o ‘alto astral’ apresentado em todos os 70 shows, em média, realizados por ano. A alegria praticada e conquistada também na vida pessoal se reflete no trabalho e nos palcos.

Paz, relaxamento e euforia misturam-se em sensações de prazer e transcendência na coluna ‘Simples Mentes’, e você ainda confere ‘Exemplos Oportunos’, com o artista Kléber Galvêas.

Nesses 462 anos de Vitória (ES), visitamos também um lugar que encanta e apresenta uma riqueza autêntica e criativa imensurável em sua cultura e na história de sua comunidade, a Ilha das Caieiras. Resgatamos o relato de luta e esperança das desfiadeiras de siri, que, na ‘Ilha’, são uma atração à parte.

A Momento ES desta edição está mais que especial e muitos outros assuntos interessantes o aguardam: África do Sul, dicas Cult, Projeto Luzes e Aplausos no SESI; Bullying; Mundo de miss; Moda verão 2014; Turismo; Qualificação; Empreendedorismo; Esporte, Auto e muito mais. Boa Leitura!

Da Redação.

A o longo da história da humanidade, o trabalho tem sido percebido de forma diferenciada e, além do valor intrínseco, expressa muito da essência do ser humano. O trabalho

está intimamente relacionado à personalidade. Seria correto afirmar nesse caso que o trabalho nos confere uma identidade, à medida que somos o que fazemos?

Não se pode negar que o trabalho seja essencial para o funcionamento das sociedades e valorização da autoestima, mas fique atento: mais trabalho pode não significar maior bem-estar. Existem muitas pessoas que acham o ambiente corporativo muito mais atraente do que o convívio com sua família e, muitos deles, acabam acreditando que somente o trabalho traz prazer e paixão. Atenção: você pode estar se tornando um workaholics. Os ‘workaholics’ são pessoas que se dedicam com tanto afinco ao seu trabalho que, para a maioria deles, a semana ficaria bem mais interessante se houvesse 7 (sete) dias úteis.

No ‘Viver Bem’ desta edição, você vai entender um pouco mais sobre o trabalho e como equilibrar o seu fluxo contínuo para maior eficácia. Lembrando que ser feliz também na vida pessoal e interpessoal é condição primordial para a eficácia profissional.

Vida em Equilíbrio

Ed 33 | MOMENTO ES 7

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EDIÇÃO

nesta

>>10. VIVER BEMEquilíbrio + trabalho = felicidade. Descubra se você é um profissional workaholics e aprenda como equilibrar o trabalho em sua vida.

>>14. SIMPLES MENTESPaz, relaxamento e euforia misturam-se em sensações de prazer e transcendência. Para você que já corre ou deseja correr, uma lista de 10 dicas simples capazes de dinamizar sua corrida, minimizando potenciais impactos lesivos.

Mundo de miss e moda verão 2014 com Juliana Morgado.

>>30. MODA

‘Por Baixo da Pele Fria’, primeiro livro do poeta, escritor e roteirista capixaba Caê Guimarães acaba de ser publicado na Catalunha pela Cobert Edicions, em edição bilíngue - português/catalão. O livro chega às livrarias de Barcelona, Girona, Tarragona e outras cidades catalãs nas primeiras semanas de setembro e no final do ano, em Vitória, para lançamento em terras capixabas.

>>34. ASTROLÁBIO

A Ilha das Caieiras, localizada em Vitória (ES), é um lugar que encanta e apresenta uma riqueza autêntica e criativa imensurável em sua cultura e na história de sua comunidade. Na Ilha, as desfiadeiras de siri são uma atração à parte: conheça a história de luta e esperança das mulheres desfiadeiras de siri da Ilha das Caieiras.

>>16. CULTURA

Exemplos oportunos com Kléber Galvêas. “... há algo que devo sempre lembrar. Duas pessoas inventaram o New Deal: o Presidente do Brasil e o Presidente dos Estados Unidos”. (FDR Library. Speech Files, Box 30, File 1021-A).

>>24. ABSTRATO

Com tantas mudanças hoje na vida estudantil, os pais precisam redobrar a atenção para um problema que, apesar de não ter nada de novo, continua sendo um desafio, sobretudo para a família e para os educadores: o bullying.

>>26. EM PAUTA

>>40. MÚSICA:BANDA KALIFAEm média são 70 shows por ano, e o trabalho não para. O primeiro álbum sob a produção de Felipe Gama (Seu Jorge, Catra, Marcelo D2, J3, Macucos e Tammy) foi gravado no início deste ano e tem previsão de lançamento para final de 2013. Conheça um pouco mais sobre a banda.

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momento - es

Índice

O Selo FSC atesta ao consumidor que toda a cadeia produtiva é certificada e controla seus processos, a fim de reduzir desperdícios e promover o manejo respon-sável das florestas.

>>43. NEWSDica cult com Thiago Alencar - (Cine, Ler, ouvir); Sebrae; Projeto Luzes e Aplausos no SESI; Turismo; Qualificação; Empreendedorismo; Esporte e Arte.

>>52. AUTOPara os amantes do mundo automobilístico: Icona Vulcano, o super-híbrido de 950 cv e Bugatti Veyron 16.4 Grand Sport Vitesse o conversível mais rápido do mundo.

>>54. DIÁRIO DE BORDOÁfrica do Sul: Table Mountain; Signal Hill; Lion’s Head; Bo-Kaap; Camps Bay; Clifton 4th, Camps Bay; Long Street; Dubliner; Madame Zingara; Red Hot Chilli Peppers e muito mais! Perdido ou curioso? Confira o Diário de Bordo com Thiago Bossois.

>>62. INJAPAAo longo dos últimos anos, o Instituto Jacarenema de Pesquisa Ambiental (INJAPA) promoveu diversas ações, pesquisas, monitoramentos, programas de educação ambiental e competições esportivas com o intuito de conscientizar a população em relação às problemáticas ambientais presentes em nosso dia a dia. Agora é a sua vez de ajudar. Conheça as ações do Instituto Jacarenema de Pesquisa Ambiental (INJAPA) e colabore na luta pela preservação do Rio Jucu.

EXPEDIENTEEditor e Jornalista responsável:

Arleson Schneider (MTB 3085/ES)

[email protected]

Editor de conteúdo: Lanay Rita

Colaboradores: Lanay Rita, Laiz Fidalgo, Petrus Lopes, Thiago Alencar, Ricardo Galvão, Thiago Bossois, Daniel D’avilla Stylist, Banda Kalifa e Arleson Schneider.

Colunistas: Caê Guimarães, Erlon Borges, Kléber Galvêas e Juliana Morgado.

Projeto gráfico: Thiago Bittencourt

(27) 3062-2875 | (27) 9276-8245

[email protected]

Diretor de Arte: Thiago Bittencourt

Diagramação: Thiago Bittencourt e Deco Rizzi

Diretor Comercial: Sérgio Coelho

(27) 9700-1972 | (27) 3055-1027

[email protected]

Distribuição: Dirigida e gratuita

Impressão: Gráfica e Editora GSA

Produção: Moderna Comunicação

Revisão: Jorge Luiz Elias

Foto Capa: Dona Lelete desfiando Siri - Ilha das Caieiras - Vitória/ES - Foto por Sérgio Coelho

Os artigos assinados não refletem necessaria-mente a opinião da Revista Momento Espírito Santo.

Momento Espírito Santo @momento_es

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VIVER BEM

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EquilíbrioFelicidade

Trabalho+ =

Por

Lanay Rita

É muito comum imaginarmos o

mundo do trabalho como um

espaço que, se não é agressivo,

competitivo e impessoal, pelo

menos é cinzento e pouco interessante.

Essa imagem nos acompanha desde

criança, quando vemos nosso pai chegar

do trabalho completamente exausto,

chegando da sua “batalha”.

Porém, existem muitas pessoas que

acham o ambiente corporativo muito

mais atraente do que o convívio com

sua família e, muitos deles, acabam

acreditando que somente o trabalho traz

prazer e paixão.

Esses profissionais (os workaholics)

se dedicam com tanto afinco ao seu

trabalho que, para a maioria deles, a

semana ficaria bem mais interessante se

houvesse 7 (sete) dias úteis.

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TestePara reconhecer se está se tornando um ‘workaholics’, faça o teste: se responder a 3 (três) destas perguntas de forma positiva, pode se considerar um.

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- Você leva relatórios para casa e trabalha com prazer?

- Você se isola em um canto da sua casa e se inquieta pelo fato de o tempo não passar?

- Costuma se irritar quando ao ligar para um cliente ou colega de trabalho no fim de semana, constata que eles estão na praia?

- Durante os finais de semana você sofre de insônia ou se considera culpado por “dormir demais”?

- No elevador do seu edifício percebe o vizinho como “concorrente”?

- Se sente importunado com qualquer brincadeira e se irrita profundamente com o toque do telefone?

- Acredita ter a obrigação de sempre ser produtivo, pois o ócio é um “pecado”?

- Só se interessa sobre assuntos relacionados a trabalho e, por isso mesmo, ao sair com amigos sua conversa sempre gira sobre dinheiro, planos de carreira ou projetos profissionais?

VIVER BEM

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Não se deixe “anestesiar” pela síndrome do trabalho e, acredite, não é pecado fazer da vida um exercício de prazer. Na verdade, é um jeito mais inteligente de ser mais feliz. Pois ser feliz na vida pessoal é a condição primordial para a eficácia profissional.

EquilíbrioFelicidade

Trabalho+ =

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Sim

ples

Men

tes

Clubes de corrida, corridas noturnas e outras provas sazonais vêm se desenvolvendo a partir desse movimento e seguramente o retroalimenta.

São pessoas de variadas idades, literalmente apaixonadas por essa exercitação aeróbica capaz de mexer de tal maneira com a química cerebral, que neurocientistas classificaram como “barato do corredor”, uma sensação de êxtase pós-exercício percebida por alguns praticantes.

Essa “onda” é, na verdade, uma torrente de endorfinas, neuro-hormônio fisiológico com estrutura semelhante ao ópio, liberado no cérebro ao fim de uma atividade extenuante. Há pessoas que descrevem as sensações como se tivessem ingerido alguma droga capaz de alterar o humor. Paz, relaxamento e euforia misturam-se em sensações de prazer e transcendência. Agora entendo melhor por que tem tanta gente correndo!

Sem dúvida, são vários os benefícios fisiológicos advindos de uma atividade aeróbica como correr, e é justamente por isso que irei aqui salientar algumas dicas simples de prevenção e cuidados, especialmente em relação a nossa estrutura musculoesquelética. Treinar com segurança para que esse grande barato não se torne demasiado caro.

Recentemente, recebi no consultório para tratamento algumas pessoas lesionadas em sua prática de corridas. Luxações, entorses, canelites, fraturas por estresse, rupturas musculares contabilizaram algumas dessas lesões, dentre outras possíveis na modalidade.

De uns anos para cá, venho observando um curioso

fenômeno: um sempre crescente número de pessoas

utilizando a corrida como atividade física regular.

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O corredor e o baratoPor Erlon V. Borges

Para você que já corre ou deseja correr, listei abaixo 10 dicas simples capazes de dinamizar sua corrida, minimizando potenciais impactos lesivos. Caso esteja machucado, sugiro ir direto ao item 9:

Maneje a euforia, corra com moderação e não se apresse. É nesse amor próprio que está o grande barato!

Dr. Erlon Valadares Borges é Fisioterapeuta, Especialista em Terapia Manual, Fi-siologia dos Exercícios e Psicanálise. Atua como consultor em qualidade de vida e saúde. Contatos: [email protected] - (27) 3033-5869 / (27) 9801-6898

Invista em acompanhamento profissional

Nenhuma dica aqui pode substituir a integração e o conteúdo gerado a partir do diálogo franco com Educador Físico, Nutricionista, Médico e/ou Fisioterapeuta. Escolha interagir com profissionais que aliem interesse, expertise e humildade.

1.

Cuide da alimentação e hidrataçãoUma alimentação balanceada garantirá a oferta adequada de nutrientes para a execução do exercício e período de recuperação. Hidratar-se antes durante a após o exercício permite a reposição de eletrólitos perdidos com a transpiração.

3.

Escute seu corpo e emoçõesAo fim, quero ressaltar a sabedoria que reside no antigo aforismo grego: “conhece-te a ti mesmo”. Seguramente o autoconhecimento é a melhor maneira de prevenir as lesões de toda e qualquer natureza.

10.

Cultive atividades extrasDescubra outras atividades na água e na terra como stand up, natação, caminhada e pedal a fim de contar com um leque de alternativas aeróbicas, das quais poderá lançar mão se precisar interromper a corrida temporária ou definitivamente.

8.

DescanseO repouso é parte fundamental dos treinos. Uma das principais causas de lesão é o “overtraining”, isto é, o excesso de treinamento sem o adequado período de descanso e recuperação.

6.

Utilize calçado adequadoDefinida a superfície de treino, o próximo passo é escolher um calçado (tênis) adequado ao terreno, ao seu peso e altura. De maneira especial, descubra qual a estrutura postural do seu pé (supinado, pronado ou neutro?).

5.

Escolha a superfície de treinamento

Calçadão, cimento, asfalto ou areia? Esta é uma escolha que merece um investimento em diálogo com a supervisão técnica dos treinos.

4.

Treine a respiraçãoTreinar a respiração diafragmática permitirá que você otimize os mais de 23.000 movimentos respiratórios realizados num só dia. Será mais fácil e produtivo correr assim.

2.

Aqueça, alongue e fortaleçaAlém da corrida, aprenda e pratique exercícios estáticos de força e flexibilidade que garantam estabilidade e saúde para articulações, ossos e músculos. Aquecer antes da prática da corrida é fundamental para aumentar a viscosidade articular e preparar corpo e espírito para o desafio.

7.

Trate as lesõesSe estiver sentindo dores articulares, desconfortos ou outros sintomas antes, durante ou depois da corrida procure ajuda profissional. Não insista!

9.

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CULTURA

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A FORÇA DAS MULHERES: Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras - do Ofício à Profissão

Texto Lanay Rita Fotos Sérgio Coelho

A região recebe um fluxo intenso

de turistas durante todo o ano

e hoje oferece uma ótima

infraestrutura para recebê-

los. Com o sucesso da culinária local de

característica única, muitos moradores

que trabalhavam com a pesca também

abriram seus próprios estabelecimentos

comerciais, como foi o caso do Senhor

Rogério Leonel, conhecido como Pirão,

que virou empresário e montou o

restaurante chamado ‘Pirão da Ilha’. Agora

ele trabalha como cozinheiro e ainda gera

emprego e renda para o resto da família.

“Inclusive recebi aqui, neste domingo,

o Prefeito de Vitória, Luciano Rezende.

Uma cultura centenária no ES retratada por uma

comunidade criativa e batalhadora, que viu no pescado

uma forma de profissão e sustento para mais de 100

famílias na região. Na Ilha das Caieiras, localizada na capital

do Estado, as ‘desfiadeiras de Siri’ são uma atração à parte:

mulheres talentosas que transformaram o ofício de desfiar

Siri, em ‘profissão’.

Ele prometeu que vai olhar pela

comunidade e inclusive construir um

deck para colocar os barcos.” - afirmou.

Atualmente, para garantir a segurança

de moradores e visitantes, a Prefeitura

Municipal de Vitória está reformando

o píer da Ilha das Caieiras, as obras

estão em ritmo acelerado. A Prefeitura

informou ainda sobre um projeto que

está sendo elaborado pela Secretaria de

Desenvolvimento da Cidade (Sedec) que

prevê a remodelação completa do píer e

do atracadouro, cujas estruturas estão

com tempo de vida útil ultrapassado.

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Quase do outro lado da ilha de Vitória, um grupo de artesãs mantém viva uma tradicional técnica de preparo de crustáceos. São as desfiadeiras de siri (um crustáceo mais ou menos parecido com o caranguejo, mas com uma carne mais tenra e saborosa). Mulheres de força, esperança e coragem, que se dedicam pacientemente a extrair das duras carapaças a delicada carne que servirá para compor vários pratos da culinária local, como a torta capixaba.

Dona Eliete da Silva, conhecida como Dona Lelete, muito simpática, conta um pouco sobre a origem deste ofício: “Uma tradição transmitida de geração em geração. Aprendi a desfiar o siri

Quem são as desfiadeiras de siri?

com minha avó e recebemos muitas pessoas, turistas, curiosos em relação a como se dá este processo,” explica Dona Eliete.

O turista pode degustar os siris desfiados, normalmente servidos em casquinhas do próprio siri, nos restaurantes típicos de Vitória. Uma visitante, Dona Rita Pereira, levou o filho Klaus de oito anos para conhecer as desfiadeiras. “Meu filho está lendo na escola o livro ‘De História em história se faz Vitória’ de Luiz Guilherme Santos e não poderia perder a oportunidade de trazê-lo para conhecer de perto esta cultura centenária. Afinal, você só ama o que você conhece.” - afirmou.

CULTURA

Pôr do sol na Ilha das Caieiras – Vitória/ES

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A maior parte das famílias da Ilha vive da pesca, da cata do caranguejo e de outros mariscos, além do desfio de siri, que é feito em mais de quarenta bairros na região e movimenta todo o turismo local. Uma tradição cultural da cidade, transmitida de geração em geração, tendo se tornado um atrativo turístico para os habitantes locais e para os visitantes. “Nós temos orgulho do que fazemos. O trabalho desfiando o siri deu um novo significado à vida das pessoas que moram aqui, uma reorganização familiar e financeira e um reconhecimento e valorização do nosso trabalho,” explica Dona Eliete.

Dona Eliete conta ainda que existia na região uma cooperativa das desfiadeiras de siri, mas há dois anos ela foi desativada. “Eu mesma era a presidente da cooperativa, mas com a mudança de gestão na época, o espaço foi fechado. Temos esperança em uma reorganização.” - afirmou.

Hoje em dia, a “Ilha” vive em relativa harmonia com o mangue do Lameirão (embora essa simbiose tenha sido conquistada à custa de muita degradação). Com a ajuda de projetos desenvolvidos na época da Cooperativa, foi possível alcançar algum equilíbrio entre a preservação do meio ambiente e a extração dos recursos naturais que

História

Meio Ambiente e Sustentabilidadesão usados pela população local como fonte de renda. A principal delas vem da catação de siri que, de tão intensa, virou o carro chefe da “Ilha”. Mais recentemente, a orla da Ilha das Caieiras foi cuidadosamente urbanizada, ganhando deck, quadra de esportes e até uma academia a céu aberto.

A FORÇA DAS MULHERES: Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras - do Ofício à Profissão

Dona Lelete desfiando o siri.

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20 MOMENTO ES | Ed 33

CULT

UR

A

Ao longo do calçadão, uma sucessão de pequenos restaurantes atrai a atenção de turistas e visitantes, valorizando a cultura gastronômica local. O “Pirão da Ilha” e o “Caieiras” são os mais famosos, dividindo o espaço do atracadouro. Mas há também boas opções ao longo da Rua da Felicidade – como é chamada a principal via do bairro – como o “Teresão” e o “Beco do Siri”. Dentre as maravilhas servidas estão a mariscada, a torta capixaba, o camarão frito, as moquequinhas de siri, camarão e cação, além da tradicional casquinha de siri.

Restaurante Pirão da Ilha: (27) 3323-9996

Dona Lelete - Siri e Torta Capixaba por encomenda: (27) 9752-9121

A Ilha das Caieiras é um lugar que encanta e apresenta uma riqueza autêntica e criativa imensurável em sua cultura e na história de sua comunidade. Na Ilha, as desfiadeiras são uma atração à parte: hoje fazem o seu trabalho em casa, e você ainda pode encontrá-las na Rua da Felicidade, desfiando o siri em frente à porta de suas residências. A cooperativa não existe mais, mas a história, a riqueza da cultura, a força e a esperança dessa comunidade, que luta para se manter, se perpetuarão.

Cultura Gastronômica Local

Fascínio

A FORÇA DAS MULHERES: Desfiadeiras de Siri da Ilha das Caieiras - do Ofício à Profissão

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ABSTRATO

O Partido Republicano estava há 11 anos consecutivos no poder, período em que aconteceu o pânico financei-ro de 1929, desencadeando depres-

são econômica. Num momento de descrédito quase absoluto do povo no Governo, alta cor-rupção motivando manifestações públicas em todo o país, o democrata Roosevelt apresentou o New Deal (nova política social e econômica) para a sociedade Americana. Propondo refor-mas de base, venceu o presidente Hoover, que tinha 85% da imprensa a favor da sua reeleição.

Pouco antes da posse, sofreu sério atentado à vida. Assumindo a presidência em 1933, con-vocou o Congresso para uma sessão extraordi-nária, que se estendeu por 100 dias, quando foi realizado trabalho maior do que em qualquer outro período legislativo.

O famoso “Truste do cérebro” (conselheiros do

presidente) conseguiu aprovar, no Congresso, as principais propostas do New Deal: contro-le das safras, investimento em obras públicas, legislação antitruste e trabalhista. Fracassou quando quis expurgar do seu partido membros hostis às reformas.

Roosevelt devolveu a autoestima aos america-nos, privilegiando a cultura, com inteligente e vigoroso apoio direto à produção artística local. Entre outras providências, pediu que cada Esta-do apontasse seus principais artistas plásticos. Feita uma lista com 5 mil nomes, contemplando todas as tendências e regiões do país, propôs a esses artistas um empréstimo mensal, durante 10 anos, para sustento e aquisição de material para trabalhar. O empréstimo foi amortizado anualmente, com obras dos próprios artistas beneficiários.

Ao final desse projeto, o Tesouro Americano

Não é só por ter sido o único presidente com mandato de 12 anos (1933 - 45) que Franklin Delano Roosevelt é estrela de primeira grandeza nos Estados Unidos. Contemporâneo de Getúlio Vargas, em discurso no Itamaraty (Rio, 27-11-1936), declarou: “... há algo que devo sempre lembrar. Duas pessoas inventaram o New Deal: o Presidente do Brasil e o Presidente dos Estados Unidos”. (FDR Library. Speech Files, Box 30, File 1021-A).

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Exemplos OportunosPor Kléber Galvêas

A partir desta edição, a Momento ES leva até você o universo de conceitos diferenciados desse artista nato: o capixaba Kléber Galvêas. Com diversas telas produzidas ao longo da carreira, nosso colunista expõe traços de abs-trato, retrospectiva, impressionismo e expressionismo, sendo que o artista ainda realiza um trabalho especial de restauração, além de possuir mais de 20 artigos escritos e publicados.

computou 565 mil obras de arte em escultura, pintura, desenho, aquarela, gravura e fotogra-fia. Esse acervo foi a pedra de toque para que surgissem os Museus Estaduais, que orgulham o povo americano.

Educação Artística é matéria curricular. No Espí-rito Santo, ainda não temos museu de arte com acervo permanente variado, que sirva de apoio à pesquisa.

Ontem, na TV, um baiano que transformou um punhado de palhas de palmeira em saxofone fez serenata e foi aplaudido de pé pelo público e júri. Há poucos dias apareceu na porta do meu Ateliê um carioca com uma folha de coqueiro e um facão na cintura. Perguntou se eu queria comprar um beija-flor. Não via o pássaro. Ele en-tão sacudiu a folha verde e disse: - “T’aqui, faço na hora”. Curioso, mandei ver. Em poucos mi-nutos ele me entregou um beija-flor, feito com incrível trançado de palhas. Comprei dois, que estão na entrada do meu Ateliê.

Já fui visitado por vigia noturno, dona de casa, ajudante de pedreiro, bancário, padeiro, advo-gado..., que produzem arte. Todos frustrados por não poderem se dedicar a suas vocações, desenvolverem aprendizagem e, principalmen-te, serem reconhecidos e valorizados.

É oportuno dar uma chance ao criativo povo brasileiro. Esses dois exemplos (político e cultu-ral) completam 80 anos.

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O início do ano costuma ser marcado por muitas novidades. E na vida

estudantil não é diferente: novos professores, colegas, aprendizados

e, algumas vezes, até uma nova escola. Com tantas mudanças, os

pais precisam redobrar a atenção para um problema que, apesar de

não ter nada de novo, continua sendo um desafio, sobretudo para a

família e para os educadores: o bullying.

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A mestre em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), Alessandra Azevedo Jantorno, esclarece que, justamente nesse período, a família

tem maior dificuldade de perceber alterações de comportamento nas crianças e adolescentes. “Neste início de ano, os pais estão tão comprometidos com o retorno às suas atividades profissionais e empolgados com a volta às aulas dos filhos que não notam algumas mudanças sutis, mas que podem ser sinais de que algo não vai bem.” - destacou.

Ainda de acordo com a especialista, o bullying caracteriza-se pela agressão física ou psicológica praticada intencional e repetidamente por um aluno ou grupo de alunos sobre um colega ou outro grupo. “Os considerados alvos têm, normalmente, uma característica que os diferencia (usam óculos, são obesos, os melhores ou os piores da turma, vestem-se ou pensam diferente). Trata-se de um comportamento que assenta numa relação desigual de poder que ocorre de forma contínua e hostil.” - explicou.

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ASSÉDIO E INTIMIDAÇÃO:atenção ao bullying

Por Laiz FidalgoFotos Acervo

Bullying não é brincadeira

Para quem acredita que não passa de brincadeira, Alessandra Jantorno faz um alerta: “O bullying pode assumir proporções graves e refletir-se num comportamento antissocial com consequências muito sérias, quer para os alunos agressores, quer para os agredidos”. No Espírito Santo, em março do ano passado, ganhou repercussão nacional o caso de um menino de 12 anos que cometeu suicídio após ser alvo de bullying em uma escola de Vitória.

Para tentar dar um basta em histórias como essa, escolas, pais e poder público têm se mobilizado em inúmeras ações e projetos de conscientização sobre o respeito às diferenças. Em estados como Rio de Janeiro e Santa Catarina já foram, inclusive, criadas legislações específicas para

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tratar o problema. Já as escolas capixabas estão tendo a oportunidade de se aprofundarem no assunto com o projeto Colorir – Criando Valores.

Desde 2003, o Colorir já passou por mais de 40 unidades de ensino, entre escolas públicas municipais e estaduais, faculdades e institutos de ensino técnico, promovendo atividades de caráter preventivo e educativo de combate à violência. Atualmente, o projeto atende instituições nos municípios de Vitória, Serra, Cariacica e Vila Velha, com diversos subprojetos. O diferencial dessa iniciativa é que ela estimula a reflexão e a compreensão do tema, por alunos e docentes, utilizando-se de métodos lúdicos, como teatro e psicodrama.

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AU

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Dica de LeituraConfira mais sobre o assunto no livro ilustrado “Todos contra o bullying”, do Projeto Colorir. Ele está disponível gratuitamente no link www.issuu.com/zotaestudio. Uma ótima opção para apresentar e discutir o tema com crianças e jovens!

Além da orientação sobre o respeito e a tolerância com o outro, os pais devem acompanhar de perto as interações sociais dos filhos. É o que defende a psicóloga especialista em Terapia de Família, Tatielly Baião Bonan, responsável pelo Family Care – Programa de Orientação Familiar. “Ao incorporarem o diálogo sobre a vida escolar das crianças, os pais ficam interados de quem são e como se comportam os coleguinhas dos filhos, munindo-se, assim, de informações que podem contribuir para a prevenção e o combate ao bullying.” - enfatizou.

Tatielly Bonan alerta ainda que as vítimas de bullying normalmente manifestam alguns sinais logo no início das agressões, por meio de choro, medo, isolamento, recusa em ir à escola

- Distúrbios do sono;

- Sinais de regressão (como urinar na cama);

- Sinais de depressão e tristeza;

- Dificuldade de concentração;

- Transtornos alimentares/falta de apetite;

Sinais de Alerta: fique de olho!

e solicitação de dinheiro e lanches extras. “Ao longo dos meses, a queda no rendimento escolar também começa a ser notada, pois a criança diminui o interesse pelas atividades escolares e tem dificuldade em expressar dúvidas ou opiniões em sala de aula.” - ressaltou.

“Ao longo do ano letivo, professores e diretores devem identificar as posições hierárquicas ocupadas pelos alunos, levando para a sala de aula, de forma constante, lúdica e pedagógica, a discussão sobre as diferenças pessoais, respeito e tolerância. Essas atitudes permitem que pais e alunos percebam a instituição como um lugar seguro, que aborda suas dificuldades com responsabilidade e ações coibitivas.” - concluiu Bonan.

- Irritabilidade e agressividade;

- Fobia escolar ou social;

- Demonstrações constantes de tristeza;

- Baixo rendimento escolar.

Diálogo ajuda na prevenção

ASSÉDIO E INTIMIDAÇÃO:atenção ao bullying

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MODA

Profissão: Miss – Em busca da realização de um sonho

Por Juliana Morgadowww.julianamorgado.com.br

Nossa colunista Juliana Morgado disputou com outras 35 candidatas, o MISS TERRA BRASIL 2013, ficando entre as finalistas! Nesta edição ela conta com exclusividade como foi à realização de mais esta conquista. Parabéns!

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Juliana Morgado representou o Espírito Santo no concurso Miss Terra Brasil 2013

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MO

DA

Verão 2014 - Azul Royal, Laranja, P&B (Preto e Branco), Prata e Branco e Listras

Juliana Morgado é modelo, estudante de jornalismo e apaixonada pelo mundo fashion. Assina o editorial de MODA da MOMENTOES e leva até você as novidades do mundo da moda.

Para ilustrar a tendência verão 2014, a coleção da Arezzo, está sofisticada e moderna. A marca apostou em cores como azul royal, laranja, p&b (preto e branco), prata e branco e listras.

Outras cores também fazem parte da campanha da marca, como o tradicional marrom e o navy (azul marinho e vermelho).

Vale a pena conferir e garantir o seu modelo para a estação mais quente do ano!Mais Informações: www.julianamorgado.com.br

As formas geométricas também são destaque. Outras tendências que aparecem muito são as tiras, a transparência e o couro com pegada rústica, que representa o estilo dos apaixonados pelos festivais de música.

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ASTROLÁBIO Por Caê Guimarã[email protected]

O PAVOR DO SONHADOR

É COISA DELE

O amor é água, não é tijolo.

Líquido como sou, e tolo,

Confirmo as rugas no reboco da mágoa.

Água não tolera trégua,

muda a maré conforme a entrega.

E se erguemos as paredes do horror,

não nos assustamos,

assimilamos o calo do construtor.

Conforme empilhamos tijolos,

cegamos antes dos olhos

a imagem que mais nos conforta.

À porta, molhada pela chuva,

traz a ternura, cravada

na ânsia de resposta,

uma mensagem muda.

LA POR DEL SOMIADOR ÉS COSA SEVA

L’amor és aigua, no és maó.

Líquid com sóc, i ximple,

confirmo les arrugues sobre el guix de la ferida.

L’aigua no tolera treva,

canvia la marea segons l’entrega.

I si aixequem les parets de l’horror

no ens espantem,

assimilem la durícia del constructor.

Mentre apilem maons

ceguem

la imatge que més ens consola.

A la porta, mullada de pluja,

la tendresa du, clavada

en l’ànsia de resposta,

un missatge mut.

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O ESPELHO SEU EMBLEMA,

A JANELA SUA PRECE

Abriste tu a porta?

Ou atravessaste os espelhos?

Consegues atravessar o espelho

como pularias de uma janela?

Água e Espelhos

Há quatro anos nosso colunista, Caê Guimarães, vem desenvolvendo um traba-

lho de interface da poesia com música e artes plásticas. ‘Por Baixo da Pele Fria’,

primeiro livro do poeta, escritor e roteirista capixaba, lançado originalmente em

1977 pela editora Massao Ohno, de São Paulo, acaba de ser publicado na Catalu-

nha pela Cobert Edicions, em edição bilíngue português / catalão. Com tradução

da lingüista e tradutora Joanna Castells e capa do artista plástico Helio Lozano Carreras, o livro chega às

livrarias de Barcelona, Girona, Tarragona e outras cidades catalãs nas primeiras semanas de setembro. E no

final do ano, em Vitória, para lançamento em terras capixabas.

EL MIRALL, EL TEU EMBLEMA

LA FINESTRA, LA TEVA PREGÀRIA

Vas obrir tu la porta?

O vas travessar miralls?

Saps travessar el mirall

com saltaries d’una finestra?

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SICA

Pé na estrada, brasilidade

e muita alegria!

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Kalifa Sambarock nas redes sociais

MÚSICA

Na opinião do grupo, a música pode ser utilizada como um instrumento de inclusão social? Praticam algum trabalho com esse foco?

Sem dúvidas, o melhor cachê de todos é poder usar seu trabalho para proporcionar o bem. Nós do KALIFA enten-demos que nossa música é uma ferramenta importante para transformação social, é uma grande responsabilidade formar opiniões e principalmente ajudar o próximo com nosso trabalho. O Kalifa realiza e participa de várias ações sociais, podendo citar aqui o trabalho que fizemos para os desabrigados da chuva (SAMBAROCK SOLIDÁRIO) e o mais recente SOLIDARIEDADE TERRA, onde revertemos toda a renda do evento para reconstrução do restaurante tradicional de vitória ‘Sol da Terra’, destruído em um deslizamento na última chuva forte que assolou o Estado.

Alguma inspiração especial para o CD?

Para o CD, buscamos a nossa própria identidade. Foi um processo bem difícil, mas saboroso ao mesmo tempo. Nossa intenção é traduzir no disco toda a alegria que a banda tem ao estar nos palcos, queríamos soar como soa-mos ao vivo, sem perder de vista nossas maiores referências. Nomes como Jorge Ben, Branca de neve, Trio Mo-cotó, Seu Jorge, Jackson do pandeiro, Clube do balanço têm espaço garantido nas nossas inspirações. Mas de fato nossa maior inspiração é receber o carinho e perceber a aceitação do nosso trabalho autoral pelo público, ou seja, a plateia acaba por ser nossa maior fonte, sem dúvida.

http://www.facebook.com/profile.php?id=100002616559315

http://www.facebook.com/pages/Banda--‐Kalifa/212549508791050

http://twitter.com/bandakalifa http://www.myspace.com/bandakalifa

Sambarock de Qualidade

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Para os amantes do cinema, a grande dica é o blog “Toca dos Cinéfilos”, uma verdadeira coleção de raridades da sétima arte. O blog dispõe de quase todos os filmes de grandes diretores como: Ingamar Bergman, Alfredo Hi-tchcock, Stanley Kubrich, Paul Thomas Anderson e outros grandes gênios do cinema mundial. O único problema é a indecisão na hora de escolher os filmes. Com tantas jóias, a vontade é passar o dia inteiro na toca, desfrutando desse tesouro que se encontra ao alcance de todos.

Endereço do blog: http://filmeonline-tocadoscinefilos.blogspot.com.br/

Dica Cult com Thiago Alencar – Cine, ler e ouvir

Cine - “Toca dos Cinéfilos” Ouvir - Alabama Shakes

Ler - Todo aquele JazzTodo aquele jazz é uma história de destruição. Chet Baker e seu rosto ar-ruinado ainda jovem, Art Pepper e seus desvarios na cadeia, Lester Young viciado em qualquer droga ao seu al-cance, Thelonious Monk paralisado pela doença mental. É com esse pano de fundo que o autor inglês Geoff Dyer nos conta, através de um novo olhar, a vida dos grandes gênios jazzistas. Mis-turando ficção e realidade, o autor faz um retrato daquilo que ele imaginou ser a vida dos grandes nomes do jazz no período ambientado no livro. Com essa narrativa, Geoff aproxima-se dos gênios que construíram a época de ouro da música que deu voz aos opri-midos e mudou a história dos Estados Unidos. Editora Companhia das Letras. “Um livro engenhoso escrito de forma brilhante” - The New York Times. A ven-da na Saraiva e Logos: R$ 39,50.

Em 2011, eu tive a grata surpresa de, através da revista Rolling Stone, conhecer e ouvir uma das melhoras bandas do cenário musical mundial: Alabamas Shakes. A banda de southern rock e blues-rock foi formada em Athens, Alabama, em 2009. O grupo é composto pela vocalista e guitarrista Brittany Howard, pelo guitarrista Heath Fogg, o baixista Zac Cockrell, tecladista Ben Tanner e baterista Steve Johnson. A banda recebeu três indicações para o Grammy Awards 2013, de “Melhor Performance de Rock” para o single “Hold On” e do prêmio de “Melhor Gravação” do seu primeiro álbum; Boys & Girls.Brittany foge dos padrões convencionais, quando temos como exemplos as vocalistas de bandas conhecidas mundialmente, a diferença se faz tanto na voz quanto no estilo; Brittanny cativa muito mais pelo talento vocal do que pela estética (algo considerado primordial nos dias de hoje), seus vocais firmes a colocam de igual para igual com divas consagradas pela potência vocal, tais como: Etta James, Janes Joplin e outras.

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O projeto Luzes e Aplausos, do Sesi Cultura-ES, fecha o ano de 2013 com sucesso total de sua atual temporada. Espetáculos de altíssimo nível tanto nacionais quanto locais contaram com casa lotada e grande destaque nos meios de comunicação até o momento. As apresentações musicais e teatrais deste ano seguem agora em sua reta final, sempre no privilegiado espaço do Teatro do Sesi de Jardim da Penha, em Vitória. Na parte musical, até o momento, apresentações do nível de Mariana Aydar, Mallu Magalhães, BNegão & Os Seletores de Frequência, Alaíde

Música e TeatroProjeto Luzes e Aplausos encerra temporada de sucesso no Sesi de Jardim da Penha

Costa & Gilson Peranzetta e Robertinho Silva se intercalaram com a “prata da casa” como Amaro Lima & Orquestra Camerata, Banda L20, Pé do Lixo & Java Roots, Tributo a Clara Nunes, Tamy, Wanderson Lopez, entre outros.

Já na parte de teatro, espetáculos locais e nacionais também marcaram a programação, como “O Estrangeiro” (com Guilherme Leme), “Manual Prático da Mulher Desesperada” (com Adriana Birolli) e muito mais. Completando a programação, houve a exposição da artista plástica Patrícia Krug (“Caminhos D’Alma”) no hall de entrada do Teatro.

Peça “O Estrangeiro” com Guilherme Leme.

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O projeto Luzes Aplausos encerra a tem-porada 2013 com atrações imperdíveis. A cantora Tiê, uma das atrações mais aguardadas do ano, se apresenta no dia 4 de outubro. Vera da Mata (18/10)

O projeto “Luzes e Aplausos” surgiu em 2007 para promover as ações de cultura do Sesi do Espírito Santo. Contudo, o mesmo tomou corpo e se tornou referência na música, nas artes plásticas e artes cênicas do Estado do Espírito Santo, sempre mesclando atrações locais com as de nível nacional. Além disso, o

Reta Final

O Projeto

e Mariana Moraes (09/11) completam a programação com celebrações de dois dos maiores ícones brasileiros, Dorival Caymmi e Vinicius de Moraes, respectiva-mente.

projeto se destaca por ser realizado num espaço de excelente localização, seguro e com estacionamento próprio. Para mais informações sobre a programação de 2013 do “Luzes e Aplausos”:

(27) 3334-7300 ou (27) 3334-7321.

A cantora Tiê se apresenta no dia 04 de Outubro

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Com objetivo de avançar na qualificação da mão de obra para a indústria do carnaval, a Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), em parceria com a Prefeitura de Vitória e o Governo do Estado, inaugurou a Agência de Treinamento Municipal (ATM) de Vitória nas dependências do Sambão do Povo, no bairro Mário Cypreste, na Capital. O evento contou com a

QualificaçãoFindes, Governo e Prefeitura inauguram ATM de Vitória

presença do presidente da Findes, Marcos Guerra, do governador Renato Casagrande, do prefeito de Vitória Luciano Rezende, demais autoridades e dirigentes do Sistema.

Com essa medida, já está em andamento à capacitação de 782 pessoas, distribuídas em três turnos diários, totalizando 47 turmas em 15 tipos de cursos.

Presidente do FINES, Marcos Guerra, governador do Estado, Renato Casagrande, e prefeito de Vitória, Luciano Rezende.

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O Empretec, que completou 25 anos, está presente em 34 países. Uma pesquisa com empresários de sucesso na década de 1980 identi-ficou 10 características comuns em todos eles. Foi a base para a criação da metodologia, desenvolvida pela ONU e lançada, em 1988, na Ar-gentina. O curso era voltado para desenvolver essas características

Coletivismo, cooperativismo, asso-ciativismo, autogestão e promoção de desenvolvimento social. Estes são apenas alguns dos sinônimos para explicar a economia solidária, movimento que fomenta e opor-tuniza a inclusão social de pequenos empreendedores do município de Cariacica. O evento reuniu mais de 15 produtores de todo o município, no auditório do Palácio Municipal, onde tiveram a chance de divulgar e comercializar seus trabalhos. “Este é o primeiro passo que damos a fim de garantir sustentabilidade aos

Empreendedorismo

Economia Solidária

EMPRETEC completa 25 anos

Cariacica realiza sua 1ª Mostra de Produtos da Economia Solidária negócios desses empreendedores da economia solidária. Assim, quere-mos prepará-los para utilizar o Cen-tro de Comercialização de produtos que será construído em Cariacica. Este centro, hoje, se encontra em fase de projeto, e queremos que ele se torne referência no futuro.”, afirmou o gerente de Economia Solidária, Ra-fael Aquiles Coffler.

nos empreendedores de tecnolo-gia (daí o nome “empre + tec”), mas logo viram que poderia se adaptar a qualquer área. Inscrições abertas! http://migre.me/fQ18L

Outras informações: http://www.sebrae.com.br/uf/espiritosanto/produtoseser vicos/cursos/em-pretec/

Primeira mostra de produtos da economia solidária realizada pela Prefeitura de Cariacica

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O ‘Desafio 24 horas das capitais’ teve início na cidade do Rio de Janeiro e, durante sete meses, seguiu em finais de semanas seguidos para cada capital brasileira, tendo seu desfecho na capital paulista, ‘São Paulo’. O objetivo dos atletas, além da corrida, era acompanhar o ultramarotonista Carlos Dias, responsável pela organização do evento. O capixaba Élcio Álvares Neto, único capixaba presente na última etapa realizada em São Paulo, representou muito bem o Espírito Santo e foi o único atleta da última etapa da competição que conseguiu correr as 24 horas efetivamente ao lado do super-humano, Carlos Dias, sendo o destaque desse desafio e ultrapassando a marca de 150 km de corrida .

O multiatleta capixaba, ultramaratonista terrestre e aquático, é faixa preta em Jiujutsu e tem como equipe de treinamento a ULTRASPORTS e ALLIANCE JIUJITSU. De acordo com Élcio, a etapa corrida em São Paulo

EsporteCapixaba participa de “Desafio 24 horas das capitais”

foi apenas uma preparação para outro grande desafio. “Esta etapa fez parte da minha preparação para a Jungle Marathon 2014, que será realizada na Floresta Amazônica. Vou compor uma equipe com os capixabas Bruno Silveira e Jandiara Passos, Jungles Harpia. A corrida é um desafio, uma distância de 254 km a ser percorrida em sete dias”, finaliza.

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Ficore luta para que o grafite seja mais valorizado.

O músico e grafiteiro capixaba Breno Kalic, o Ficore, de 29 anos, acaba de voltar de uma turnê pela Europa. Durante 75 dias no exterior, o artista participou de dezenas de shows e fez pelo menos 15 intervenções ur-banas na modalidade grafite.

Na passagem pela Itália, uma de suas pinturas – de três metros de altura por 15 de largura – acabou sendo

Grafiteiro e rapper, Breno Kalic ficou 75 dias na Europa fazendo intervenções urbanas

reconhecida como patrimônio cultural da cidade de Spinoso. “Foi um passo muito importante para o reconhecimento da arte capixaba. Plantei uma semente e busquei representar bem nosso Estado lá fora.” - diz o artista. Entre um evento e outro, Ficore ainda encontrou tempo para conduzir uma oficina, destinada a jovens de Tito, realizada no centro cultural da cidade.

Grande parte das obras do artista, feitas du-rante a turnê, foram realizadas através do Festival Espírito Mundo, que envolve cerca de 70 artistas brasileiros na Europa.

ArteArte de rua capixaba conquista o mundo

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EducaçãoProjeto Vitória Alfabetizada reúne emocionantes relatos de vida

Sala de Aula do projeto Vitória Alfabetizada.

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AUTO

Esse carro é a prova de que as montadoras chi-nesas estão se tornando mais ousadas a cada ano. No Salão do Automóvel de Xangai, a chi-nesa Icona apresentou o novo Vulcano, híbrido com 950 cavalos de potência e fabricado na China.

A ‘H-Turismo’ foi desenhada para ser a versão convencional de estrada e vem com um gran-de motor V12 de 6.0 litros que trabalha em conjunto com um motor elétrico de 160 cv. No total, são 950 cv de potência que galopam di-retamente para as rodas traseiras do Vulcano. A outra versão, apelidada de ‘H-Competizione’, usa um motor V6 com dois turbos acoplados e

Icona Vulcano: o super-híbrido de 950 cv dois motores elétricos, o que origina uma po-tência final de 870 cv com sistema de tração nas quatro rodas.

Uma corrida de 0 a 100 km/h no Icona Vulcano pode ser feita em apenas 2,9 ou 3,0 segundos (dependendo da versão), e a velocidade máxi-ma ronda os 350 km/h.

Apesar de terem feito esse supercarro, por en-quanto, ele é uma exceção. A montadora ago-ra está em busca de um comprador para esse carro exclusivo, que custa mais de R$ 6 milhões (US$ 3.044,000), e garante ao dono o privilégio de ter um dos primeiros supercarros chineses.

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Bugatti Veyron 16.4 Grand Sport Vitesse é o conversível mais rápido do mundoO Bugatti Veyron Super Sport pode até ter perdido o título de carro de produção mais rápida do mundo para o Hannessey Venom GT, mas o primo Veyron Grand Sport Vitesse 16.4 se tornou o roadster mais veloz já pro-duzido. O superesportivo lançado no ano passado ultrapassou a barreira dos 400 km/h, alcançando a marca exata de 408,84 km/h. O recorde foi atestado por uma empresa de certificação alemã, a Technical Inspection and Certification (TÜV). Por isso, para celebrar o feito, a marca decidiu produzir uma edição especial do modelo com um novo pacote de desempenho. Batizada de Veyron Grand Sport Vitesse World Record Car (WRC), foi exi-bida em primeira mão no Salão de Xangai,. A versão terá apenas oito unidades produzidas, por uma bagatela de 1,99 milhões de euros, sem incluir impostos ou taxas, o que equivale a R$5,1 milhões.

Assim como o modelo “convencional”, o con-versível sairá da fábrica equipado com motor 8 litros W16 quadriturbo capaz de produzir 1.216 cv. O poderoso conjunto mecânico é acoplado a um câmbio de dupla embreagem e sete velocidades, o que o ajuda acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 2,6 segundos.

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Texto Thiago Bossois

Fotos Acervo pessoaldiáriode

BORDO

Vista da Table Mountain, famoso cartão-postal de Cape Town

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Comecei esta matéria sobre meus trinta dias na África do Sul de trás para frente e agora volto ao ponto inicial da minha viagem que foi a Cidade do Cabo.

Meu objetivo era ir para Cape Town estudar inglês, voltar com uma boa desen-voltura no idioma, conhecer a cultura, ter contato com as belezas naturais da região e conhecer pessoas.

Chegando à Cidade do Cabo, fui recepcionado pelo transfer da escola de idio-mas, na qual iria estudar, e fui direto guardar as malas no quarto, que iria dividir com mais cinco pessoas. Era noite de um final de semana, e os outros ocupantes do quarto estavam viajando, aproveitando a folga da escola ou na farra pela cidade. Decidi, então, comer uma pizza com o Dinei, um colega que conheci no avião. Resolvemos pegar leve na intenção de aproveitar o dia seguinte com toda energia que tinha por conta da ansiedade de estar realizando um dos meus gran-des sonhos - conhecer a África do Sul. Desde criança sempre fui fascinado pela fauna e pelas paisagens da África que via muito pelos filmes, reportagens e agora eu estava tendo a possibilidade de ver e sentir a natureza em ação. Realmente foi surpreendente.

Estava hospedado em Sea Point, área nobre de Cape Town. Da janela do meu quarto, a vista era só “cartão postal”: Table Mountain , uma das montanhas mais fascinantes que já tive a oportunidade de conhecer; Signal Hill , que tem um pôr do Sol fantástico e, completando, o fantástico acervo de belezas naturais. Bem próximo à escola que estudava, havia a trilha que ia para a Lion’s Head, outra montanha de Cape Town, ótima para quem gosta de caminhadas com emoção. Essa combinação de montanhas bem próxima do mar é magnífica, ainda mais quando não há prédios de 15 andares encobrindo toda a beleza natural, como em alguns lugares do Brasil.

Um dos meus programas prediletos em Cape Town era ir ao Bairro Bo-Kaap, no centro da cidade, tomar um chá no Café Hass e admirar todas as casinhas colori-das do bairro tradicionalmente ocupado por mulçumanos, com várias mesquitas

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e uma arquitetura única, fazendo de Bo-Kaap um dos bairros mais charmosos e com uma história cultural riquíssima. Eu andava por lá passando pelas ruas estreitas, com as casas coladas uma nas outras. Não resistia fazer o gênero bem turista eficava fotografando os moradores, a maioria mulçumanos com os seus costumes à mostra e também os sul-africanos sempre supergentis, posando para as minhas fotos. Essa vocação multicultural de Cape Town, deixava-me mais elétrico e me fazia ficar zanzando pelas ruas da cidade, esperando algo interes-sante acontecer e quase sempre acontecia.

As praias mais famosas de Cape Town são Camps Bay e Clifton 4th, que são be-líssimas, com águas clarinhas, porém você se sente o pinguim do filme Mada-gascar, de tão gelada que é a água. Não consegui ficar um minuto no mar, mas em compensação a orla de Camps Bay oferece ótimos restaurantes para comer e beber, enquanto se admiram as belezas da praia e o poder financeiro de quem frequenta a região, isso percebido por conta da quantidade de carros Ferrari e

Casas coloridas de Bo-Kaap

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outros modelos de luxo que passavam constantemente. Confesso que eu nunca tinha visto tanto “carrão” com tanta frequência. Uma realidade com a qual eu não estava acostumado. O custo de vida para quem é estrangeiro e recebe em real, dólar e euro é bem barato, então você consegue aproveitar e conhecer o melhor da gastronomia dos bares e boates da cidade.

A noite de Cape Town é a Disney do entretenimento. Tem brinquedo para todo tipo de gosto. Isso ocorre muito por conta da diversidade cultural, e é um prato cheio para quem gosta de cultura. A Long Street, uma espécie de capital noturna de Cape Town, tem estabelecimento para todas as tribos e estilos musicais e é diversão garantida. Meu destaque é a Dubliner, uma mistura de Pub e Boate que era ponto de encontro da minha turma da escola de inglês toda quarta-feira. No primeiro andar, o bom e empoeirado rock and roll e, no segundo piso, uma pista de dança com o hit parade do momento. Nesse um mês em que lá fiquei, tive a

Long Street, capital noturna de Cape Town.

África do Sul:de trás para frente

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oportunidade de ir ao espetáculo de circo muito chique, o Madame Zingara. Além do espetáculo fantástico com quase 4 horas de duração, estava incluso um jantar com entrada, prato principal, vinho, sobremesa e tudo por apenas 400 Rand, mais ou menos R$ 100 reais. E ainda você corria o risco de assistir a um concerto do Red Hot Chilli Peppers no Cape Town Stadium, como eu tive a oportunidade de assistir (esse show foi indescritível ), ou de qualquer outro grande nome da música internacional, por conta do verão. Nessa época, Cape Town está cheia de turistas do mundo inteiro.

Assim como no Brasil, em que a desigualdade social é assustadora, uma parte de Cape Town mostra muita riqueza e desenvolvimento e como a cidade está preparada para receber turistas de toda a parte do mundo. Só que ao sair dessa parte bonita para Inglês ver, você se depara com a realidade semelhante à de varias favelas do nosso Brasil. Muita pobreza, violência e quase nenhuma perspec-tiva de mudança. Como vem acontecendo hoje em algumas favelas no Brasil, ir às townships (fave-las urbanas) para um churrasco é um dos programas para turistas mais divulgados em Cape Town. A parada ferve num galpão de zinco lotado de gringo com música superalta. Eu não fui, mas quem foi diz que vale pela experiência. As Townships nasceram no regime do Apartheid para abrigar os negros, mestiços e índios, que foram expulsos de suas casas que estavam em áreas que naquele momento só poderiam ser habitadas por brancos. Aí você começa a entrar no mundo da grande figura chamada Nelson Mandela, símbolo máximo da luta contra a segregação racial, preso por três décadas por conta do Apartheid, sai da prisão com o fim do regime e vira presidente da África do Sul em 1994, com objetivo de unir negros e brancos, mesmo sofrendo uma pressão sinistra, porque para muitos sul-africanos que sofreram horrores naquele período, Mandela como Presidente era a oportunidade da vingança, mas Mandela veio e conseguiu cumprir uma boa parte da missão, provando para o mundo que ele é uma pessoa com todas as virtudes que um ser humano pode ter. Escrevo essa matéria feliz, por ele ainda estar entre nós com 95 anos de idade.

Vista interna do Madame Zingara.

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Dicas: Café Party: O Café Caprice, em Camps Bay, é um ótimo lugar! Café durante o dia e depois das 17 horas se transforma num ótimo lugar para dançar.

Mercado: O Mercado Old Biscuit Mill no bair-ro Woodstock é um lugar super hype para quem gosta de moda, design, artesanato e gastronomia. A qualidade dos expositores é incrível e o preço melhor ainda. No espaço gastronômico da feira, a minha dica é a barraca Argentina do Juan Vais. É o lugar para comer as famosas empanadas argenti-nas e lembrar um pouco da gastronomia sul-ame-ricana.

Fique Esperto: Não dê mole à noite pelas ruas da Long Street. São comuns os ataques de mãos le-ves levando sua carteira sem você perceber. Andar em grupo inibe.

Café Caprice, em Camps Bay.

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INJAPA

Mais de 50% da população mundial ainda não têm acesso à água tratada encanada.

Conheça as ações do Instituto Jacarenema de Pesquisa Ambiental (INJAPA) e colabore na luta pela preservação do Rio JucuAo longo dos últimos anos, o Instituto Jacaren-ema de Pesquisa Ambiental (INJAPA) promoveu diversas ações, pesquisas, monitoramentos, programas de educação ambiental e com-petições esportivas com o intuito de conscien-tizar a população em relação às problemáticas ambientais presentes em nosso dia a dia.

Os recursos do (INJAPA) sempre foram capta-dos com iniciativa pública, por meio de emen-das parlamentares, mas sempre fica a per-gunta: como o Instituto poderia manter seus custos fixos sem o auxílio dessas emendas? A captação de recursos proporciona que as ações planejadas pelo Instituto possam ser realizadas

com sucesso, informando e conscientizando o cidadão capixaba em relação à conservação e preservação da Bacia Hidrográfica do Rio Jucu, localizada no município de Vila Velha.

Pensando nisso e após alguns estudos, ficou clara a necessidade de estruturar projetos que facilitem a comunicação e o entendimento da sociedade como um todo (cidadão, em-presários e instituições não governamentais) em relação à missão do INJAPA, para que após esse entendimento seja possível conquistar também a colaboração e o apoio da socie-dade para a continuação do desenvolvimento dessas ações.

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Por Petrus Lopes e Sérgio Coelho

Preserve o Rio Jucu

Em mais da metade das casas,água de qualidade é artigo de luxo.

Ações RealizadasCampanha de Limpeza de Áreas Naturais

Em 2013, oito (08) ações da Campanha de Limpeza de Áreas Naturais já foram realizadas, tendo como resultado a retirada de 2 mil kg de resíduos (metais, plástico e resíduos orgânicos) localizados em ecossistemas como: praias, mor-ros, rios e ilhas. Dentre os locais atendidos estão: Morro do Moreno em Vila Velha (Praia do Bana-nal e Trilhas); Praia da Costa em Vila Velha; Praia do Barrão na Barra do Jucu; Praia do Ulé em Guarapari; Foz do Rio Jucu em Vila Velha; Ilha das Garças em Vila Velha; Praia de Bacutia em Guarapari e Morro da Concha na Barra do Jucu.

ANOTE AÍ: A próxima ação da Campanha de Limpeza de Áreas Naturais já tem data marcada para dia 28 de setembro, na Praia de Itapoã, Vila Velha. A ação acontecerá às 9h, em frente ao Prédio Beverlly Hills, com patrocínio da Épura Construtora. Os moradores que fizeram a aquisição de seu imóvel Épura serão convida-dos a participar.

Programa Cinema Ambiental

O Cinema Ambiental consiste na transmissão de um vídeo documentário e palestra educa-tiva sobre “O Rio Jucu e a Água que você bebe’. A ação é realizada em escolas municipais e particulares, inicialmente no município de Vila Velha, e já atendeu cerca de 10 mil alunos, sen-do 500 destes de escolas particulares. Quanto à participação, as escolas públicas são isentas de pagamento e para as escolas particulares é cobrada uma taxa simbólica de R$ 5,00 (cinco reais) por aluno. No final do mês de setembro, os alunos do Colégio Marista e da Escola Contec participarão das ações educativas do Programa Cinema Ambiental.

Ação de plantio de mudas na praia.

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INJAPA

Colabore! No mês passado, o INJAPA contratou um serviço de tele-marketing que, por meio de contatos telefônicos, mídias sociais e mailings, está solicitando doações para o Insti-tuto. Interessado em colaborar e ainda não recebeu uma ligação?

Instituto Jacarenema de Pesquisa Ambiental

(27) 3534 8894

Programa Expedição Jacarenema

Nada melhor do que ir a campo para aprender sobre os ecossistemas de forma lúdica. A expe-dição Jacarenema é uma aula de campo com palestra educativa, onde o aluno tem ensina-mentos sobre os ecossistemas de estuários do Jucu, preservação e educação ambiental.

Outros projetos em andamento

As ações de pesquisa com as ‘Lontras do Rio Jucu’ para monitorar a qualidade da água con-tinuam com o auxilio do Biólogo David Costa. Outro projeto que está em andamento é o ‘Mu-seu Rio Jucu de Ciências Naturais’, uma parce-ria do INJAPA com o Governo do Estado, que disponibilizará uma área, à beira da Bahia de Vitória, para a construção do prédio do museu. Mas isso é assunto para outra edição!

PARTICIPE DOS PROGRAMAS E CAMPANHAS

Faça seu agendamento pelos telefones: (27) 3534 8894 | (27) 97300494

Ligue, conheça nossas atividades e seja também um voluntário!

Preserve o Rio Jucu

Petrus Lopes, diretor executivo do INJAPA.

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Mais de 50% da população mundial ainda não tem acesso à água tratada e encanada. Dê valor à água que chega até sua casa.

Em mais da metade das casas, água de qualidade é artigo de luxo.

Conheça as ações do Injapa e ajude a proteger o Rio Jucu.

Apoio:

/Instituto-Jacarenema-de-Pesquisa-Ambiental

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RESPEITOTODOSNA VIA

Dou preferênciaa pedestrese ciclistas.

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SOU GENTE BOA

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