Revista Monte Alegre

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UMA DIVA NO MONTE ALEGRE A cantora Pa Moreno se muda para o bairro e grava videoclip no trailer da Vandeca Suprassumo do luxo As sedas que ‘vestem’ o Palácio de Versalhes Ciência & Arte Esalq cria sua orquestra sinfônica Mostra Black Beleza sob medida No Facebook Monte Alegre ‘invade’ as redes sociais Julho/Agosto | 2012 | Ano 2 | Edição n° 09 Distribuição gratuita

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Edição nº 9 - Julho/Agosto2012

Transcript of Revista Monte Alegre

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UMA DIVA NOMONTE ALEGREA cantora Pa Moreno se mudapara o bairro e grava videoclipno trailer da Vandeca

Suprassumodo luxoAs sedas que ‘vestem’ oPalácio de Versalhes Ciência&Arte

Esalq cria suaorquestra sinfônica

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No FacebookMonte Alegre ‘invade’as redes sociais

Julho/Agosto | 2012 | Ano 2 | Edição n° 09

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cenárioPERFEITOHistórias, sejam elas alegres ou tristes, bonitas

ou não, precisam de um cenário. Na ficção ou na vida real, o ambiente ajuda muito a ‘contar’

uma história. Há décadas o Monte Alegre e seus muitos recantos têm servido de cenário para os mais diversos propósitos. É um lugar único, arrisco dizer ‘mágico’, cheio de uma energia boa, que faz a gente querer ficar, ficar e ficar por lá...

O Monte Alegre foi o cenário perfeito para a ‘saga’ da família Morganti e tem sido para a história de cada morador que nasceu e construiu sua vida por lá. Esse encanto todo continua exercendo um fascínio sobre muitas pessoas. Uma delas é a cantora Patrícia Moreno – a Pa – e o seu marido, o guitarrista Zé Rubens. Apaixonados pelo bairro, eles agarraram a primeira oportunidade de se mudar para lá. De mala e cuia, guitarra e microfone, o casal se instalou e decidiu homenagear o Monte Alegre ao escolhê-lo como cenário para o terceiro videoclipe do primeiro álbum da cantora. Mais que isso: o espaço eleito foi o tradicional trailer da Vandeca, onde são servidos os

deliciosos sanduíches de Vanderleia Gianotto Ferreira.

Outro ‘cenário’ deslumbrante que trazemos ao leitor nesta edição é a Itália, descrita sob o olhar da publicitária Lívia Telles, coordenadora de criação do MBM Escritório de Ideias.

Marcelo Gimenes, de Paris, conta como o Palácio de Versalhes continua sendo o cenário perfeito para as sedas luxuosas da secular Tassinari & Chatel. E, em São Paulo, a Mostra Black surge como o principal cenário das tendências em arquitetura, decoração e paisagismo no Brasil.

Estes e outros ‘cenários’ estão esperando por você neste número da Revista Monte Alegre. Escolha um (ou todos) e boa leitura!

Projeto editorial voltado à valorização da cultura, da história, dos moradores e admiradores do bairro Monte Alegre, desenvolvido por Plataform@ MBM, núcleo de gestão de conteúdo do MBM Escritório de Ideias

CNPJ 09461319/0001-99

Publicação bimestral

DiretorBruno Fernandes [email protected]

EditoraCristiane SanchesMTb 21.937

Reportagens e textosRonaldo [email protected]

Cristiane [email protected]

ColaboradoresMarcelo GimenesGiovanna BaccarinRê FernandesLívia Telles

Projeto gráfico e paginação:MBM Escritório de IdeiasAllan Felipe Dalla VillaLívia Telles

ComercialDaniela [email protected] [email protected](19) 3371-5944

Equipe MBMCristiane BoninFabrício CoralMariana GandolfiSilvana EstevesThais Alves

Anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Monte Alegre apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião de colaboradores não é necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Rua Regente Feijó, 2387 – Vila Monteiro – Piracicaba – SP – CEP 13418-560 – Fone: 3371-5944

Tiragem 1.200 exemplaresDistribuição gratuita, exclusiva e dirigida

A Revista Monte Alegre é impressa em papel couche Gloss (brilho), 660x960mm – 115g/m2, produzido pela Oji Papéis Especiais, localizada no bairro Monte Alegre.

@mbmideiasFacebook.com/mbmideias

www.mbmideias.com.br

A cantora Pa Moreno, acompanhada do marido, o guitarrista Zé Rubens, se diverte com o pequeno Raul Heise, durante a gravação do seu videoclip, que movimentou o Monte Alegre. O momento de descontração foi captado pelas lentes do fotógrafo Alessandro Maschio.

Cristiane SanchesEditora

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5- REDE DE SAUDADE

6- CIÊNCIA & ARTE

8- UMA DIVA NO MONTE ALEGRE

11- ARRAIÁ DO MONTE ALEGRE

12- UM JEITO DIFERENTE DE EDUCAR

14- CRESCER É PRECISO

15- TELA NADA GELADA

16- A VIDA AO VIVO E EM CORES

18- BELEZA SOB MEDIDA

20 - EFEITO BEIJA-FLOR

21- DELÍCIA DE SOPA!

22- SEMPRE NA MODA

24- LA NOSTRA BELLA ITALIA

28- FLAWSOME: SIM, QUEREMOS MARCAS MAIS HUMANAS

30- SUPRASSUMO DO LUXO

34- ALÉM DO BÁSICO

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Monte AlegreINTERNET

REDE DE SAUDADEEx-moradores e admiradores do Monte Alegre criam grupo no Facebook

Por Ronaldo VictoriaFoto: Alessandro Maschio

Vanesca e Ana Cristina usam o grupo do Facebook para compartilhar informações e fotos sobre o bairro

O Monte Alegre tem destaque na mais popular rede social da internet, o Facebook. O bairro é tema de ao menos três grupos na rede. O mais

frequentado foi criado há dois meses pela professora Vanesca Quadros, de 43 anos.

Ela saiu do Monte Alegre, onde morava toda a família, aos 14 anos. Mas, nesses quase 30 anos de distância, a saudade nunca a deixou. E Vanesca conta que o objetivo maior é traduzir justamente esse sentimento. “É como uma corrente de lembranças”, ela define.

Vanesca conta que se surpreendeu com a adesão das pessoas à sua ideia. Afinal, em dois meses o grupo já conta com quase 500 membros. “Percebi que as pessoas estão carentes de recordações. A maioria não mora mais lá, cada um foi para o seu lado, mas ninguém se esquece do tempo bom que viveu por lá”, destaca a professora, que hoje é bibliotecária da Escola Estadual João Guidotti, no Piracicamirim.

A época da usina, as brincadeiras na rua, a igreja pintada por Volpi, a Teixeirada (espécie de clube), as vilas operárias, as festas patrocinadas pelo comendador Pedro Morganti, o time de futebol, o Grupo Escolar Monte Alegre. Não falta assunto para os integrantes da comunidade, e o grupo tem uma média de dez posts diários.

“Ninguém reprime nada, todo mundo é livre, mas, sinceramente eu não gosto de polêmica. Não é esse o objetivo”, conta Vanesca. O que eles querem é trocar informações, identificar as pessoas de uma determinada

foto, saber de um ou de outro. Resumindo: matar saudades. “Isso é o que conta. Depois desse grupo, eu retomei vários contatos e parece que nunca deixei de estar ao lado do pessoal”, afirma. Encontro grande aconteceu em 8 de julho, durante a Festa de São Pedro, no Monte Alegre.

Quem participou foi a técnica de laboratório Ana Cristina Tonin, 36. Ela está no grupo desde o começo e é uma das mais assíduas. “Eu tenho uma vantagem

que é ser filha de José Luiz Tonin, um apaixonado pelo Monte Alegre e por fotografia”, explica.

Como o pai (que já foi matéria de capa da Revista Monte Alegre) não ‘mexe’ com internet, Ana Cristina ficou com a incumbência de escanear uma parte do rico acervo que Tonin acumulou ao longo de muitos anos. “Como o pessoal sabe que sou filha dele, sempre me pede uma foto ou outra. E eu gosto muito de ver como estão curtindo”, garante.

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Monte Alegre

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Consagrada mundialmente por sua rica produção científica, escola amplia também seu espaço para as artes e a cultura Por Ronaldo Victoria

Fotos: Bárbara Burger e Alessandro Maschio

A noite de sexta-feira, 15 de junho, foi de gala na Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz). Um concerto especial,

que aconteceu às 20h, no Salão Nobre, além de lembrar os 111 anos de fundação da instituição de ensino, marcou a estreia da orquestra formada por alunos dos diversos cursos de graduação e pós-graduação. Noite com casa cheia e plateia formada por pessoas de todas as idades, provando a abrangência do evento.

Na mesma noite, também foi inaugurado o piano de cauda Boston GP-163, da Steinway, adquirido recentemente pela escola. Quem tocou foi o professor Eduardo Monteiro, chefe do Departamento de Música da ECA (Escola de Comunicação e Artes) da USP (Universidade de São Paulo).

“A orquestra representa uma grande conquista e foi um pedido do diretor José Vicente Caixeta Filho logo que assumiu”, conta a maestrina Cíntia Pinotti, que regeu a orquestra em sua primeira apresentação. O repertório incluiu o Hino da Esalq, de Zilmar Ziller Marcos, e obras populares: Marcha, de Fischer, com arranjo de Ernst Mahle; Chalana, de Mário Zan; The Cuckoo Clock, de Bernofsky; Blue Episode, do folclore americano; e O Café, do folclore brasileiro.

O grupo musical é composto apenas por alunos, diferente de outros grupos mantidos pelo

Setor de Cultura e Extensão Universitária, como o Coral Luiz De Queiroz, que aceita membros da comunidade local.

A orquestra é formada pelos alunos: Fernanda Gianini Veirano, Luís Gustavo Tudeschini, Ramon Caria de Morais, Breno Domingos Galli, José Guilherme Prado Martins, Carolina Grando, Ana Rosária Zucon, Catharina Ortiz Thomazella, Mariana Dias Batista, Charles Alexandre Detaille, Jammer Adam Collange Cavalcanti, Murilo Fonseca Ribeiro, Patrícia Granado Sanzovo e Luciano Roberto da Silveira.

O conjunto começou os ensaios em março deste ano, com atuação intensiva. “Entrar para trabalhar com música na Esalq mudou a minha vida, por poder me dedicar totalmente a isso, e com apoio da direção”, conta Cíntia, que está há 14 anos no cargo. Ela entrou no lugar do professor Nelson Norberto Vieira, por meio de concurso.

O departamento também conta com o Coral Luiz de Queiroz, formado por 70 pessoas, entre alunos, funcionários e pessoas da comunidade externa. Há também o Grupo Vocal, integrado por pessoas de mais experiência na área. Cíntia também fica à frente, todos os anos, do Luzes e Vozes, que acontece em dezembro, unindo mais de 20 corais de todo o Estado e também da Noite de Talentos. A última aconteceu no último dia 31 de maio, com programação variada.

Ciência&Arte

A orquestra faz sua primeira apresentação sob a regência

de Cintia Pinotti

Monte Alegre naESALQnananaESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQnananaESALQESALQESALQnanananananananaESALQESALQESALQnaESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQnananaESALQESALQESALQESALQESALQESALQnanananananananaESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQnanananaESALQESALQESALQESALQnanananananananananananananananaESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQESALQ

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MUSEU

Destaque na área cultural também é o Museu Luiz de Queiroz, que existe há 26 anos na escola, no casarão neoclássico onde era a antiga residência do diretor da Esalq. Quem coordena o espaço há 23 anos é Edno Aparecido Dario, conhecido como Patacho.

“O museu tem exposições periódicas na Galeria Renato Wagner, artista que homenageamos primeiro pela sua representatividade na arte piracicabana. E depois por ser um apaixonado pela Esalq, que retratou em várias obras”, conta.

Até o dia 29 de junho, o museu apresentou os vencedores do 7º Prêmio New Holland, com o tema Retratos da Vida no Campo, de fotógrafos de várias partes do Brasil e também do exterior.

O museu abre de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, com entrada gratuita. “Em algumas exposições conseguimos pelo menos um domingo por mês aberto para ter mais público. Temos um público interno, formado pelos estudantes, e também conseguimos atrair a atenção de toda a cidade”, conta Patacho, que curiosamente é formado em educação física. “O museu foi meu segundo emprego, e com o tempo acabei estudando e me especializando em museologia”, lembra.

Ele destaca que o museu surgiu para atender a um objetivo principal: o de evitar que muitos objetos e documentos que contam a história da Esalq acabassem se perdendo.

Patacho é coordenador do Museu da Esalq

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Monte AlegreMonte AlegreMonte AlegreMÚSICA

Cantora piracicabana escolhe o trailer da Van-deca para gravar o clipe do seu primeiro álbum

Por Ronaldo VictoriaFotos: Alessandro Maschio

Uma diva no Monte

Alegre

Zé Rubens e Pa Moreno com-puseram Saudade quando

moravam na Europa

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Monte Alegre

O local não poderia ser mais típico no Monte Alegre: o trailer da Vandeca, bem em frente à rua Antonio Roque. Foi o ambiente escolhido pela cantora Pa

Moreno para gravar o terceiro clipe de seu primeiro ál-bum, com uma música que tem tudo a ver com o bairro: Saudade.

“Essa música fala de saudade do Brasil. Eu e o Zé Ru-bens (guitarrista e marido da cantora) fizemos quando es-távamos na Europa. A letra foi surgindo naturalmente por-que saudade, para mim, é um sentimento que se traduz em duas coisas: música e comida”, conta Pa. Em Saudade, ela fala das suas influências musicais (Chico, Elis, Gil, Tom, Vinícius, Cartola) e das comidas que não conseguia provar na Itália: manga, pitanga, paçoca, amendoim...

Por isso, a ambientação no trailer da Vandeca foi uma escolha natural. “Nós estávamos conversando com o Paulo Heise, que mora no bairro há al-gum tempo e está sendo nosso cicerone por aqui. Quando ele começou a contar as coisas que existem no bairro, nós dois olhamos um para a cara do outro e dissemos juntos: Sauda-de!”, conta Zé Rubens Trevisan.

O casal está há dois meses em novo en-dereço, uma casa térrea pintada de lilás na rua Antonio Roque. Deixar um prédio cen-tral, perto da Rua do Porto, não foi tarefa di-fícil, garante Trevisan. “O lugar é muito calmo, sossegado. Estou escutando coisas das quais não me lembrava mais. Não só passarinho. Eu ouço o som dos nossos eletrodomésti-cos funcionando à noite”, jura o guitarrista. A distância do Centro, acrescenta, não atra-

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Vandeca em seu tradicio-nal trailer, que serviu de cenário para o clip

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palha, já que trabalha na Candura, empresa fabrican-te de produtos de limpeza, localizada no Unileste.

Pa Moreno, ou Patrícia, também vem curtindo a sen-sação. “É muito bom estar aqui, tem sido uma descober-ta”, afirma. Para a gravação, ela utilizou um figurino que transmite bem essa essência brasileira: um colete feito à mão no Nordeste, com muitas cores fortes, e uma colar com sementes de pau-brasil.

Gravando!As mesas do trailer foram ocupadas com travessas

cheias de frutas como mamão, caju e carambola. Na parede, uma bandeira do XV de Piracicaba. A gravação transcorreu normalmente, com vários takes diretos, e

direção de Paulo Heise. ”Vou gravar várias vezes e fazer depois o trabalho de corte, sem pressa, para colocar no You Tube. Quis algo muito simples, sem mexer com a rotina do bairro”, diz.

Tanto que os carros que passavam pela rua no mo-mento da gravação nem foram desviados. O público convidado agia de forma natural, sem se preocupar com marcação, pegando pastel (que eram ‘cenográficos’, ou sem recheio, para não murcharem antes da hora) ou cerveja no trailer. Além de Pa e Zé Rubens, aparecem o baterista André Dozelli (Camarão), e Raul, filho de nove anos de Heise, simulando um solo de guitarra e com os cabelos no melhor estilo arrepiadinho.

O casal repetiu a experiência em junho, fazendo um show especial, dedicado aos moradores, no mesmo lo-cal da gravação do clipe: o trailer da Vandeca.

Zé Rubens toca sua guitarra ao lado da bandeira do XV

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Monte AlegreEVENTO

Arraiá do Monte AlegreO casal Mabel e Mael mais uma vez é o grande anfitrião da festa

Foto: Alessandro Maschio

A festa junina do Monte Alegre, que aconteceu no dia 16 de junho, foi o maior sucesso. O número de participantes chegou a surpreender

os organizadores do evento, Mabel Capeleti e Ismael Pelegrini, conhecidos como o casal Mabel e Mael.

Os dois, que já foram destaque na edição passada da Revista Monte Alegre como ‘o casal festeiro’ do bairro, mostraram que gostam mesmo de agitar o local. Tanto que o Centro Comunitário acabou ficando pequeno para a quantidade de pessoas.

É que a festa virou tema de conversas no grupo Monte Alegre do Facebook (assunto que, aliás, é tema de reportagem desta edição) e acabou contando com muitos visitantes de outros bairros.

Quem foi à festa só precisou pagar pela cerveja. Todas as outras opções de comida e bebida (cuscuz, cachorro-quente, pastel, pipoca, vinho quente e quentão) eram gratuitas. A animação ficou por conta de um DJ contratado pelos organizadores.

Mabel e Mael ofereceram a festa à comunidade

As quituteiras que garantiram mais sabor à festa

As crianças se divertiram a noite toda

O ‘arraiá’ aconteceu no Centro Comunitário

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PERFIL

Escola Novalis completa nove anos no Monte Alegre e celebra integração com a comunidade

Por Ronaldo VictoriaFoto: Alessandro Maschio

Há nove anos, a Escola Waldorf Novalis se instalou no Monte Alegre. O espaço onde até hoje ela está foi escolha dos

próprios pais dos alunos. A primeira unidade de ensino, o Jardim de Infância Alecrim, formou a sua primeira turma e era necessário um novo espaço. “Então, umas dez famílias se juntaram e compraram uma área, doando 10 mil metros quadrados para a instalação da escola”, conta a atual administradora, Laudicéia Proença Perin.

O caminho de Laudicéia com a escola surgiu bem antes dela assumir a administração, há quatro anos. Ela conta que seu sobrinho estudava no local e ela logo percebeu um diferencial de raciocínio e de comportamento na criança. “Ele era muito centrado, olhava para

a parede de uma piscina, por exemplo, e dizia: ‘Tem tantos azulejos’. E ele não é superdotado!”, conta.

Por isso, antes de administradora da Novalis, Laudicéia foi mãe de aluno, há sete anos. Os dois filhos (Guilherme, de 12 anos, e Odara, de 9) são alunos desde o ensino infantil. “De modo prático, vejo o desenvolvimento deles, que estão muito bem tanto na parte cognitiva quanto emocional. Eu sinto que são crianças felizes e que devem encontrar seu caminho”, define.

Outra diferença grande, conta Laudicéia, é que os pais são bastante exigidos, e o conceito é que não devem entregar totalmente à escola

Um jeito diferente de educar

‘Não se deve entregar totalmente à escola a tarefa

de formar os filhos’

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a tarefa de formar os filhos. “Temos a clareza de que nenhuma pedagogia, por melhor que seja, faz milagre. Nós não conseguimos sem a parceria e o envolvimento dos pais. Por outro lado, entendemos que hoje a vida não está fácil para ninguém, que todo mundo, até as crianças, é superexigido. Mas não desistimos disso e não queremos apenas preparar os alunos para o vestibular”, comenta.

Por falar em pedagogia, a seguida pela Waldorf Novalis vem do educador austríaco Rudolf Steiner, que começou a trabalhar na Europa logo depois da Segunda Guerra Mundial. O contexto é baseado na antroposofia e liga a educação com a arte. “Procuramos o desenvolvimento integral da criança e respeitamos o desenvolvimento dela. Cumprimos o currículo do MEC (Ministério da Educação), mas aplicamos os conteúdos de acordo com o momento que a criança está

vivendo”, explica.

Essa diferença, conta Laudicéia, também gera rótulos como ‘natureba’ ou ‘bicho-grilo’, mas ela diz que não tem preocupação de responder a isso. “Não sei se somos ‘naturebas’. Não incentivamos diretamente o vegetarianismo, mas temos a preocupação de respeitar aqueles alunos que adotam essa alimentação”, explica.

Hoje, Laudicéia conta que a relação da escola com o bairro só tem melhorado. “Pode ter havido algum estranhamento no começo, o que é natural, mas hoje estamos plenamente integrados na comunidade. Nós conquistamos um espaço no bairro, temos alunos que moram no Monte Alegre e sempre abrimos as portas para eles”, diz a paulista da pequena cidade de Itaberá, que mora há 20 anos em Piracicaba, de onde garante que não pretende sair mais.

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Foto: Divulgação

INDÚSTRIA

Oji Papéis Especiais investe R$ 2 milhões em cozinha térmica para aumentar produção

A Oji Papéis Especiais está investindo em tecnologia visando ao aumento da produção de papéis térmicos com a

modernização do sistema de automação da cozinha, setor responsável pelas formulações da fabricação desses papéis.

A cozinha térmica é o nome dado ao setor produtivo da Oji. Considerada o coração da fábrica, nela são processadas as matérias–primas para a elaboração do produto final. A referência seria uma cozinha caseira onde alimentos e ingredientes viram receitas, sendo assim, a cozinha térmica transforma os produtos em formulações. Já o termo ‘térmica’ refere-se à especialidade do que é produzido.

O início do projeto aconteceu no dia 20 de abril. Segundo Alessandro Rodrigues Frias, consultor de projetos, o resultado teve um ganho significativo, que só foi possível em decorrência da sinergia da companhia.

Este investimento de mais de R$ 2 milhões pretende flexibilizar ainda mais a inclusão de novas receitas, além da confiabilidade e continuidade operacional.

Segundo Paulo Cesar Amaral de Souza, assistente de processos, “a tecnologia de ponta vai garantir a padronização e produtividade, mantendo nossa excelência operacional. É assim que a Oji trabalha”, finaliza.

Crescer é preciso

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O ILUMINADO (Shining, EUA, 1980) – Um hotel perdido no meio dos Estados Unidos,

fechado por causa do Inverno inclemente. Um zelador e a família chegando. Espíritos de duas meninas que aparecem. Jack Nicholson louco quebrando a porta com

um machado. Tente não se arrepiar.

TELAnadaGELADANem sempre os filmes mais quentes são aqueles que se passam em paraísos tropicais onde o sol reina.

Esses são muito óbvios. Em tempos de friozinho gostoso, vale a pena escolher filmes que se passam num gelo danado, mas que ao mesmo tempo esquentam a nossa imaginação.

JAMAICA ABAIXO DE ZERO (Cool Runnings, EUA, 1993) – A comédia cult, que muita

gente elegeu como favorita, fala de algo totalmente improvável, mas que

aconteceu: um quarteto jamaicano que participou das Olimpíadas de Inverno. A cena da porta do aeroporto se abrindo e gelando os quatro é de rolar.

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Por Ronaldo Vitoria

O ENIGMA DE OUTRO MUNDO – (The Thing, EUA, 1982) – Uma equipe

de cientistas americanos vai até o Polo Norte numa expedição científica e acaba

sendo alvo de uma estranha criatura, que começa a atacar com tudo, praticamente dizimando a equipe. Quem será a próxima vítima?

FARGO (Fargo, EUA, 1997) – A história se passa numa cidade em que a neve toma conta de tudo quase o tempo inteiro. É nesse lugar que um vendedor forja o sequestro da mulher para pedir resgate ao sogro. Mas literalmente entra numa fria. O pezinho com meia branca na máquina de cimento é marcante.

Monte Alegre

RESGATE ABAIXO DE ZERO – (Eight Below, EUA, 2006) – Três membros de uma expedição científica são forçados a deixar para trás a equipe de cães de trenó, devido a um acidente e às condições perigosas do clima na Antártica. E os cães devem lutar para sobreviver sozinhos durante seis meses.

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ARTIGO

Com tantas possibilidades tecnológicas à nossa disposição, mesmo num país em desenvolvimento como o Brasil, de dimensões

continentais, raras são as comunidades aonde não chega ao menos um sinal de rádio ou de televisão.

Alguns centros urbanos isolados colocam uma

grande TV ou telão na praça pública garantindo à sua população o acesso a toda a sorte de informação audiovisual produzida por grandes redes, de acordo com o sistema político vigente.

Até mesmo em distritos pobres ou rurais, a

internet já chega. Os telefones celulares hoje estão nas mãos de todos, sem distinção de classe social, idade ou raça. Muitos índios, inclusive, ainda vivendo de acordo com suas culturas, já o adotaram. Esses telefones acumulam diversas funções como produzir, armazenar e reproduzir fotos, filmes, músicas, jogos e até mesmo entrar na internet. Tablets, iPads, iPhones, iPods, iIsso ou iAquilo e tantos outros dispositivos que surgem, a cada dia que passa, vêm fazendo com que a comunicação seja cada vez mais rápida e global. Podemos receber em qualquer lugar do planeta notícias fresquinhas do mundo todo até na mesma hora em que o fato está ocorrendo.

Algumas pessoas mais velhas ainda ficam

resistentes a tudo isso e pagam o alto preço de ficarem desatualizadas e anacrônicas (fora do seu tempo).

Crianças bem pequenas já levam seus dedinhos a um botão ou teclado esperando consequências. Elas já nasceram num mundo cibernético.

Entretanto, como tudo tem um senão, fica a

pergunta: será que a humanidade está realmente se comunicando melhor? Acho que mais comunicação, sim, está ocorrendo, mas não podemos afirmar que melhor.

A questão sobre a qual tenho me debruçado e provocado acaloradas discussões está ligada ao fato de que toda essa parafernália resulta numa comunicação virtual e não garantidamente real nem verdadeira.

Em sua virtualidade, os meios tecnológicos de

comunicação nos estimulam os sentidos da visão e da audição. E a própria denominação – meios - já indica que são intermediadores e não interlocutores. Nessa relação entre a pessoa e a mensagem intermediada, surgem grandes lacunas e interferências. A ausência dos outros sentidos (tato, olfato e paladar), as diferenças entre as dimensões reais e as que aparecem (peso, tamanho, profundidade, textura) e as intenções ou o que realmente se quer comunicar, tudo isso concorre para uma espécie de enfraquecimento na qualidade da comunicação.

Aproveitando que hoje, 18 de abril de 2012 (dia em que estou escrevendo este texto), faz 130 anos

A vida ao vivo e em coresRê Fernandes

[email protected]

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que o grande Monteiro Lobato nasceu, quero lembrar uma das frases da Emília, personagem do seu Sítio do Pica-pau Amarelo. Ela fala: “(...) verdade é uma espécie de mentira bem pregada, das que ninguém desconfia. Só isso.” Lembro-me muito bem quando li essa frase quando criança do impacto que ela me causou. Eu devia ser muito pequena, pois, até então não havia sequer pensado nisso.

Monteiro Lobato foi um dos grandes gênios que este

país já teve. Ele foi um dos primeiros artistas a ceder seus talentos à publicidade, criando textos e até personagens como o Jeca Tatu que divulgava o Biotônico Fontoura.

Dispensando a polêmica quero, com a frase da

Emília, apenas lembrar o caráter pouco confiável que já existe na comunicação interpessoal, o que dizer então da comunicação virtual? Terão os espectadores de hoje, os internautas, os usuários das redes sociais e dos meios de comunicação audiovisual em geral a consciência dessa fragilidade? Estará a sociedade atual devidamente preparada para fazer uma leitura crítica de tudo aquilo que vê e ouve, identificando o que é verdadeiro do que não é? Saberão fazer a devida distinção entre o que é parcial ou total?

Sabemos o quanto os meios de comunicação influenciam na formação de nossos jovens e são formadores de opiniões. E sabemos também como as escolas estão longe de preparar os alunos para o uso efetivo da linguagem audiovisual e dos meios de comunicação atuais.

Caminhamos a passos largos para tornar essa

fantástica diversidade dos maravilhosos artefatos eletrônicos acessível à grande maioria dos cidadãos. Mas será que isso também estará contribuindo para uma evolução humana, através da qual as pessoas possam estar se tornando cada vez mais bem informadas, mais éticas, mais verdadeiras, mais confiáveis e mais amorosas? Ou será o contrário?

Gostaria de encontrar respostas para essas e outras questões sobre esse vasto e complexo tema.

Que tal pensarmos nisso juntos?

Re Fernandes é piracicabana, mora no Rio, é artista multimídia,

designer, professora e pesquisadora das linguagens artísticas. É autora

do livro Da Cor Magenta – Um Tratado Sobre o Fenômeno da Cor e Suas

Aplicações, pela editora Synergia, RJ.

Page 18: Revista Monte Alegre

Monte Alegre

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ARQUITETURA

BELEZA SOB MEDIDA

Por Ronaldo VictoriaFotos: Alessandro Maschio

Roberto Migotto e Sig Bergamin usam pisos de madeira exclusivos em ambientes na

Mostra Black

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Monte Alegre

Dois dos maiores talentos da arquitetura brasileira, Roberto Migotto e Sig Berga-min, foram destaque na Hyundai Mos-

tra Black 2012, que aconteceu de maio a junho passados numa casa modernista localizada no Alto de Pinheiros, em São Paulo. Além da cria-tividade e do bom-gosto, Migotto e Bergamin tiveram em comum o fato de usarem em seus ambientes pisos da Indusparquet, líder mun-dial em pisos de madeira tropical, e uma das patrocinadoras do evento.

Realizada pelo segundo ano na capital, a Mostra Black reuniu 25 arquitetos, que cria-ram, especialmente para a ocasião, ambientes com a marca da criatividade e da sofisticação. A casa, construída nos anos 60 foi a ‘moldura’ perfeita para o talento dos artistas. No ano passado, quando foi realizada numa casa clás-sica dos anos 40, nos Jardins, a exposição teve 11 mil visitantes.

Migotto teve um piso exclusivamente cria-do pela Indusparquet para o seu ambiente. Ele escolheu o multiestruturado Sucupira Wengé, que passou por tingimento especial. O arqui-teto batizou seu trabalho de Lounge África Pop Rock, com toques étnicos, arte concreta, livros, peles e um revestimento de parede em madeira brilhante que chamou a atenção.

Um dos ícones da arquitetura brasileira contemporânea, Sig Bergamin escolheu para revestir as paredes e o teto o produto Lambril Cumaru, da Indusparquet. Bergamin mistura tudo em seu trabalho, criando um estilo mui-to pessoal. Para a Mostra Black, ele imaginou uma personagem: um roqueiro dos anos 60 que mora no deserto da Califórnia.

Na página ao lado e acima,o ambiente sofisticado criadopor Roberto Migotto; ao ladoo ambiente assinado porSig Bergamin.

Page 20: Revista Monte Alegre

Monte Alegre

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EXPOSIÇÃO

Arte e solidariedade. Esta é a fórmula in-falível que a Barce Foundation, criada pelos artistas plásticos Marcelo Gimenes

(piracicabano residente na Holanda) e Jaap Snijder, coloca a serviço de entidades assisten-ciais brasileiras, especialmente em Piracicaba. No próximo dia 27 de julho, a fundação realiza no Museu Histórico e Pedagógico Prudente de Moraes, a mostra O Efeito Beija-flor, em prol da Vaccip (Voluntários em Ação Contra o Câncer Infantil de Piracicaba). O evento tem apoio da prefeitura, por meio da Secretaria Municipal da Ação Cultural e do próprio museu.

A mostra vai reunir 35 gravuras únicas e emolduradas (43 cm x 33 cm), doadas pelos dois artistas. “O Efeito Beija-Flor é um projeto de nível internacional e tem o intuito de conscien-tizar a população mundial da necessidade de apoio aos mais necessitados”, explica Gimenes, que estará em Piracicaba na abertura da ex-posição.

Criado pela Barce Foundation, em 2010, o projeto é baseado numa lenda tupi-guarani que conta o empenho de um beija-flor em apagar as chamas que consumiam uma flores-ta, transportando água em seu pequeno bico. O esforço do pequeno pássaro teria sido ridicu-larizado pelos animais da floresta, já que seria impossível ele, sozinho, eliminar o fogo. “Estou só fazendo a minha parte”, teria dito o beija-flor em resposta ao escárnio. “Se todos fizessem sua parte, por menor que possa parecer, o mundo seria um lugar melhor”, lembra Gimenes, refer-indo-se à moral da estória.

A fundação organiza uma rifa das obras, que serão sorteadas durante o evento. São 7.500 números que estão sendo comercializa-dos. “Toda a renda arrecadada será revertida em prol da Vaccip”, enfatiza o artista piracica-bano. Para concorrer a uma das obras, basta adquirir um bilhete no valor de R$ 10 nos dife-rentes pontos de venda na cidade (veja box).

A Vaccip é uma entidade beneficente, sem fins lucrativos, que atua com uma equipe de voluntários. Organiza serviços de apoio emo-cional, moral, social e educativo às crianças que estão em fase de tratamento contra o câncer. A missão da entidade é melhorar a qualidade de vida da criança, humanizar o tratamento, aumentando assim as possibilidades de cura.

A Fundação Barce tem como objetivo ini-ciar e financiar projetos culturais para adultos e crianças carentes no Brasil. Sem funs lucrativos, a entidade arrecada fundos por meio da venda de obras de arte a preços acessíveis.

Onde encontrar a rifaVaccip (3422 3594); Marta

Benatti (3424-2421); Antonieta

Wingeter (3424-2486); Dalva Passari

(3422-8224); Maria Helena Fuzato (3413-

3860); Consultório Dentário José Carlos

Cera (3433-5580); Jornal de Piracicaba;

Silvinho Bancos de Couro; Padaria França;

restaurantes Engenho Pizza & Sushi,

Casaretto e Giardino; MBM Escritório

de Ideias (3371-5944).

Efeito Beija-florFotos: Divulgação

Mostra promovida pela Barce Foundation, da Holanda, vai beneficiar a Vaccip

Page 21: Revista Monte Alegre

GASTRONOMIA

Ingredientes- 4 colheres (sopa) de azeite - 1kg de tomates vermelhos cortados ao meio - 5 dentes grandes de alho - 1 punhado pequeno de ramos de tomilho - 1 colher (chá) de açúcar - 1 punhado pequeno de ramos de manjericão - 1 litro de caldo de vegetais coado, preparado com o que você tiver na geladeira (cenoura, salsa, cebola, aipo etc.)- sal e pimenta-do-reino

Modo de fazer 1. Pré-aqueça o forno à temperatura de 200 graus. Despeje o azeite em uma assadeira, coloque os tomates, o alho, os ramos de tomilho; polvilhe com o açúcar e tempere generosamente com sal e pimenta. Asse no forno por 20 minutos, mexendo uma ou duas vezes e adicionando o manjericão no final do cozimento. 2. Junte os tomates assados e os temperos com o caldo de vegetais, bata no liquidificador e passe a sopa por uma peneira, espremendo com as costas de uma concha; despeje em uma panela e leve para ferver até obter consistência. Prove e ajuste o tempero. Você pode cozinhar os ovos diretamente na sopa ou cozinhar à parte numa frigideira com água e vinagre e servir sobre a sopa, acompanhada de croutons.

Delícia de sopa

Sopa de tomates com

ovos pochê

Monte Alegre

Foto: Christiano Diehl

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tardes frias. A chef Sanny Braga revela a receita. Bom apetite!

Page 22: Revista Monte Alegre

Monte Alegre

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ACABAMENTO

O gesso se consolida como excelente alternativa para projetos de decoração e revestimento

Trabalhar com a placa de gesso drywall é garantia de um visual bonito, clean, e de que a decoração não sairá de moda tão

facilmente. Quem garante é o engenheiro civil Maurício Ducatti Colpas, formado pela EEP (Escola de Engenharia de Piracicaba), e que há 14 anos é proprietário da Pira Gesso.

“Hoje, o carro-chefe para os nossos projetos é o drywall, que são placas de gesso acartonado. É uma tendência que teve início na Europa e nos Estados Unidos e que, há 20 anos, também chegou ao Brasil. Não é algo que tenha perdido a força, ao

contrário, só tem aumentado nos últimos anos”, conta o engenheiro.

De acordo com Colpas, o gesso é atualmente uma excelente alternativa para projetos de decoração e revestimento. A grande vantagem é sua alta versatilidade, que proporciona resultados surpreendentes, e que valorizam o ambiente. “As principais características do gesso são a flexibilidade e a alta performance acústica, térmica e mecânica, aliada à facilidade de restauro e à simplicidade na manutenção”, destaca o engenheiro.

Sempre na modaPor Ronaldo Victoria

Foto: Alessandro Maschio

Page 23: Revista Monte Alegre

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Monte Alegre

Para atender seus clientes, a Pira Gesso, que trabalha em prédios comerciais e residenciais de São Paulo e até outros Estados, é representante exclusivo na cidade da Knauf Drywall.

Drywall, em inglês, significa ‘parede seca’, e a sua utlização possibilita rapidez na execução e leveza. Quando combinado com aplicação de lã mineral, este sistema oferece um excepcional isolamento acústico. “Essa é outra grande vantagem: permitir que o som não se espalhe, o que torna essa

aplicação interessante de salas de reuniões a locais como hospitais. Temos também chapas que são resistentes ao fogo, ideais para indústrias ou cinemas”, destaca Colpas.

Entre os produtos da Knauf, há também paredes blindadas, sistema de refrigeração e outras placas de alta dureza. “Quanto à decoração, quem dita as regras são os arquitetos e decoradores, mas nos últimos tempos tenho notado uma preferência por ambientes mais clean, e aí o gesso tem cada vez mais espaço”,

revela.

Colpas, que tem como sócio na empresa Rogério Candiotti, conta que o começo foi difícil, mas hoje já contam com um espaço consolidado. Hoje a Pira Gesso tem 40 funcionários, divididos em equipes para a execução de cada serviço. “O nosso diferencial também é dar um atendimento personalizado a cada cliente e entregar o serviço com muita qualidade. E sem prejudicar o cronograma da obra ou da reforma. Esse é nosso compromisso.”

mbm

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TURISMO

Um passeio por Roma e Florença para entender a alma dos italianos

La nostra bella Italia

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Detalhe do Duomo da Catedral Santa Maria del

Fiore, em Florença

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Monte Alegre

A Itália é tão grande e rica (não propria-

mente no sentido lite-ral das palavras) que, a princípio, parece complicado escrever um pouco sobre ela. Mas a intenção é ape-nas dividir detalhes e fragmentos do coti-diano, absorvidos por esta turista em basi-camente seis dias no ‘país na pasta’.

O contato com a Itália teve início, na verdade,

em Londres. Alguns dos melhores amigos que fiz por lá são italianos. ‘Parlam’ bastante, pensam intensamente, são astutos, inteligentes, carinho-sos e cozinham muito. Adoravam receber visitas e cozinhar para elas. A satisfação deste programa para eles era notável.

Foi com eles que aprendi mais sobre a divi-

são da Itália entre Norte e Sul, e soube que ela de fato acontece. Com origens na história política e sócio-econômica do país, esta ‘divisão’ ainda é ar-raigada nos italianos. Com amigos do Norte e do Sul, pude notar as diferenças comportamentais e gastronômicas. Sim, a forma de cozinhar também varia. O Norte tem uma cozinha mais leve, já o Sul utiliza mais os temperos e condimentos.

Começamos a viagem pelo centro, nem no

Sul, nem no Norte: a belíssima Roma. Chegando lá, ‘táxi para o hostel, per favore’. O taxista que fa-lava um misto de inglês e italiano já demonstrou sua paixão pela cidade, como um bom romano: ‘Vocês vão ficar num lugar mooolto bom. Aqui molta comida, ristorante, pasta, gelati, bira, tutti aqui! Roma nunca dorme’, gesticulando mais do que podia.

Roma é apaixonante. Em pleno centro da ci-dade depara-se com tudo aquilo que se vê nos cartões postais: Coliseu, Foro Romano, Palatino, lindas ruínas. A impressão é que eles revivem a história romana dia a dia.

As janelas das casas nas ruelas, particularmen-

te, chamavam minha atenção para fotografias a todo momento, são muito sutis. Um dos lugares para se encantar em Roma, além dos tradicionais e belíssimos pontos turísticos históricos, é a Pia-zza Navona. Há cafés e restaurantes em toda a volta da praça, e muitos artistas com seus qua-dros, desenhos e caricaturas. O pôr-do-sol com vista do alto para a cidade na Piazza Spagna tam-bém vale muito a pena.

FlorençaDepois de Roma, o destino foi Florença, uma

das cidades mais charmosas da Toscana. Vale a pena passar o dia caminhando pelas ‘piazzas e piazzales’, observando a cidade e as pessoas; vi-sitar o Duomo e o Mercado Central, com muitas tentações, pasta, queijos e molhos; passear nas margens do rio Arno e contemplar os tons ama-relo e alaranjado da ponte Vecchio, com todas as juras de amor eterno simbolizadas pelos cadea-dos que ali foram colocados.

O Coliseu que atrai milhões de turistas

todos os anos

Page 26: Revista Monte Alegre

Monte Alegre

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Sentar nas escadarias da Piazza della Signoria também pode render uma ótima tarde. Você pode ter a sorte de encontrar em ‘palhaço-sombra’ que, ali mesmo, se prepara e entra em ação. Depois de muitos sorrisos e brincadeiras com os turistas de todo tipo que passam por ali, deixe algumas moe-das no chapéu do ‘clown’ e ganhe um postal com a frase ‘Ama La Vita’.

Ainda mais reconfortante foi terminar o dia com um jantar na Trattoria Marione (dica encon-trada na Internet, com bom preço e ótima comi-da), presenciando mais que nunca os típicos italia-nos, garçons e garçonetes falando e gesticulando para lá e para cá, tomando seus cafés, cantando e fatiando seus presuntos parma. Apesar de, às ve-zes, parecer que eles estão sempre discutindo ou protestando contra algo, senti naquele momento muita felicidade e sinceridade.

E, para finalizar, o tradicional ‘limoncello fioren-tino’ gelado. Viva!

Lívia Telles é publicitária, pós-graduanda em artes visuais, intermeios e educação pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) e coordenado-ra de criação do MBM Escritório de Ideias.

Clown na Piazza della Signoria, Florença

Salumeria na Piazza Navona, Roma

Ponte Vecchio, em Florença

Page 27: Revista Monte Alegre

Banho Máster

Suíte Máster

Suíte 03Suíte 02

Circulação Íntima

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Instalações hidráulicas com Sistema Pex (instalações de água quente e fria em polieti leno reti culado)

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Piso dos subsolos com pintura em epóxi

Depósito privati vo no subsolo para todas as unidades

Construção:Incorporação: Coordenação e Vendas: Vendas:

Page 28: Revista Monte Alegre

Monte Alegre

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Na última edição de 2011, quando falamos das tendências de mercado para este ano, citamos o Flawsome,

uma tendência que se torna mais e mais realidade a cada dia. O termo, cunhado pelo pessoal da trendwatching.com, uma das principais empresas mundiais de tendências, combina as palavras em inglês ‘flaw’ e ‘awesome’, em português ‘defeito’ e ‘fantástico’, respectivamente. É um termo que nomeia o fenômeno em que consumidores não esperam que as marcas sejam perfeitas e completamente sem falhas.

Os especialistas dizem que, de fato, consumidores abraçarão marcas que são Flawsome, ou seja, geniais apesar de suas falhas. Mesmo com essas falhas (e elas são sinceras sobre isso), elas podem ser fantásticas. “Estamos falando de marcas que mostram alguma empatia, generosidade, humildade, flexibilidade,

maturidade, humor e (ousamos dizer) algum caráter e humanidade”.

Essa tendência diz muito sobre a transformação do mercado na última década. Aquele mundo criado pela propaganda tradicional e pelas grandes corporações, no qual o discurso (qualquer que fosse) se tornava verdade por meio da comunicação em massa e o consumidor simplesmente o engolia e comprav,a não mais existe. E ainda bem!

Aprendemos nesse tempo que discursos pomposos são geralmente bem diferentes da realidade e quando vemos uma empresa que assume essa realidade em seu discurso e que entrega produtos incríveis mesmo assim... Bom, temos aí alguém digno de nossa confiança e de nosso bolso.

Há dois ,"vetores chaves" que alimentam a tendência Flawsome:

• Human Brands: Sabemos que muitas coisas, inclusive o atual desdém geral com relação ao mundo corporativo e a influência da cultura on-line (com sua honestidade brutal e natureza imediatista), estão afastando os consumidores de marcas chatas e insossas, levando-os na direção de marcas que têm personalidade.

• Transparency Triunph: Os consumidores estão se beneficiando de uma transparência quase total e brutal (e assim estão descobrindo os defeitos das marcas de qualquer jeito), devido à enorme quantidade de avaliações de usuários, vazamentos de informações e índices de satisfação disponíveis na web.

Flawsome:sim, queremos marcas mais humanas

Giovanna [email protected]

Giovanna Baccarin é webdesigner, jornalista e palestrante. Especializada em marketing on-line e presença digital, é diretora da oficina22.com.br.

Page 29: Revista Monte Alegre

Memorial de Incorporação Registrado sob nº 12 com data de 24/02/2012, na matrícula 69404 livro 2-RG do 1º Cartório de Registro de Imóveis de Piracicaba. FRIAS NETO Consultoria de Imóveis, CRECI 18.650-J, SECOVI 2.310, Avenida dos Operários, 587. Fone (19) 3372-5000 - www.friasneto.com.br. Perspectiva ilustrada da planta do apartamento tipo, da torre de apartamento 278 m², com sugestão de decoração. Os materiais de acabamento integrantes deste apartamento estarão devidamente descritos nos documentos de formalização de compra e venda da unidade. Os móveis, assim como alguns materiais de acabamento aqui representados, não fazem parte integrante do contrato. As medidas são internas e de face a face das paredes. Sujeito a alterações.

Avenida Armando Cesare Dedini, 146 - Nova PiracicabaInformações: (19) 3421 1235 I www.lindenbergti mboril.com.br

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Page 30: Revista Monte Alegre

Monte AlegreDECORAÇÃO

As sedas da Tassinari & Chatel ‘vestem’ o palácio de Versalhes e fazem história

Suprassumo do luxo

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Page 31: Revista Monte Alegre

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Monte Alegre

Marcelo [email protected]

Fotos: www.tassinari-chatel.com

O luxo também conhece limites. Há coisas que nos agradam, coisas que agradam a muitos e há ainda aquelas que agra-dam a alma. E são essas as que sobrevivem ao tempo, à

história e até mesmo a uma revolução.

Calcula-se que em 2700 a.C. iniciou-se da produção de um dos materiais mais cobiçados do mundo: a seda. Segundo a lenda, foi descoberta pela imperatriz Si Ling Chi quando, por acidente, um casulo caiu na sua xícara de chá. Considerado o produto mais caro da China e protagonista da maior rota comercial da época – a rota da seda – o segredo da tecelagem foi guardado a sete chaves até o ano 300, 3.000 anos depois de sua descoberta, quando também se tornou conhecida na Índia.

O processo de obtenção da seda continua o mesmo. E, para quem não sabe como é, recomendo não ler o próximo parágrafo.

Tudo começa com a amoreira. É dessas folhas que o bicho-da-seda se alimenta. Milhares deles se empanturram por 30 dias tecendo seus casulos onde se transformam em crisálidas. Sem perdão, são todos mergulhados em água quente para libertar os filamentos da seda, assassinando assim a larva. Combinados, os filamentos formam-se fios de cor brilhante, característica do pro-duto. Cada casulo fornece entre 500 e 1.000 metros de fio de seda. Entrando, ainda em detalhes mais específicos: o tafetá é tecido com a parte mais regular e perfeita dos fios.

A seda cativa e convida ao tato. Seu brilho inconfundível e sua textura sedutora parecem predispostos ao bom gosto francês.

Em 1680, o tecelão Louis Pernon criou a Tassinari & Chatel, na

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Monte Alegre

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cidade de Lyon, no auge do reinado de Luís 14. Uma empresa de tecelagem focada na qualidade de seus produtos aliada à colaboração com os melhores artistas da época.

A inovação técnica começou com os tecelões ‘de mão’, os famosos tecelões de seda de Lyon, que estabeleceram a supremacia em todos os aspec-tos da seda. Foi na Tassinari & Chatel, em 1806, que Jacquard instalou sua máquina de tecelagem que leva seu nome. E foi por meio deste processo de fabricação (através da máquina de Jacquard), que damascos brocados, brocados e outros tecidos de seda encontraram suas melhores expressões.

Durante a era do Iluminismo, a influência da França se estendeu além de suas fronteiras e a demanda por produtos franceses aumentou em toda a Europa. No final do século 18, a empresa se imortaliza na decoração do Palácio de Versalhes, sob encomenda de Louis 16 e Maria Antonieta. O luxo era tanto, que o processo de fabricação logo se espalhou por roupas de seda, tornando a em-presa ainda mais desejada. A influência da família não para aí. Voltaire apresenta Tassinari & Chatel a Catarina 2ª. da Rússia, aumentando ainda mais a reputação da empresa.

Estilo ImpérioDepois da Revolução Francesa, Tassinari &

Chatel se torna fornecedora de Napoleão 1º. que, retornando do Egito, parou em Lyon para visitar a fábrica. Após sua coroação como imperador, aponta a Tassinari & Chatel para renovar os palá-cios devastados da França. Com desenhos criados por Percier, nasce assim o estilo Império.

A história faz parte da empresa assim como a empresa faz parte dela. Criações feitas para palá-cios nacionais como o Jardim das Tulherias, Ver-salhes, Fontainebleau, Malmaison e Compiègne contribuíram para a crescente reputação da em-

‘La chambre de la Reine’, o quarto de Maria Antonieta

no Palácio de Versalhes

A Tasssinari & Chatel foi criada pelo tecelão Louis Pernon, em

1680, na cidade de Lyon

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Monte Alegre

Page 33: Revista Monte Alegre

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Monte Alegre

‘“La chambre du Roi’: detalhe do quarto de Louis 14 no

Palácio de Versalhes

‘Sedas tecidas à mão podem custar 8.000 euros o metro

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presa, que viria a ser o único fornecedor de tecidos de seda para Napoleão 1º.

Ao longo do século 19, as encomendas chegam de membros da família real e de autoridades im-periais da França assim como do exterior. As novas criações eram exportadas para países distantes e exóticos como Turquia, Egito e Índia. Com a chega-da de uma nova era de prosperidade e o declínio do mobiliário real, uma nova clientela se apresenta: os banqueiros como Lafitte e Rothschild, e as classes de comerciantes.

Já no século 20, a reputação da ‘haute couture’ francesa se propaga em nível mundial e a Tassinari & Chatel se posiciona definitivamente como uma empresa sólida voltada à qualidade, ao tradiciona-lismo e ao valor histórico, sendo responsável pela restauração de castelos e monumentos históricos na Europa e no mundo.

É óbvio que Tassinari & Chatel não é para qual-quer um. Não só pelo preço, mas sim, pela exclusi-vidade suprema que ultrapassa o pseudo-luxo das chamadas marcas famosas. Com o preço médio de alguns centímetros de seda da Tassinari & Chatel já se pode exibir uma Luis Vuitton no braço. A maior parte dos tecidos custa entre 300 a 950 euros o me-tro, mas as sedas tecidas a mão chegam a valer mais de 8.000 mil euros cada metro.

Portanto, reveja seu conceito de luxo e aceite: o excepcional existe, mas infelizmente não é para to-dos os mortais!

Para mais informações:ANH Decoração Imp. Exp. Ltda tel. 011-30648122www.bartbrugman.com

Marcelo Gimenes é piracicabano, artista plástico pela Academia de Artes Willem de Kooning em Roterdã, colecionador e consultor de decoração na Depot Rotterdam (www.depotrotterdam.nl), diretor criativo da Snijder & CO (www.snijder-co.nl), co-fundador da Barce foundation (www.barcefoundation.org) e reside há 25 anos na Europa.

Page 34: Revista Monte Alegre

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VITRINE

Um bom (e bonito, claro!) acessório, geralmente, faz toda a diferença no look de quem é adepta estilo básico. Muitas vezes, é preciso ter paciência para encontrar a peça mais adequada, que combine com aquela roupa que acabamos de comprar. E quando a gente consegue encontrar tudo no mesmo lugar: roupas lindas e acessórios chiquérrimos?! Aí é o melhor dos mundos! Na Annik é assim. Fomos buscar algumas sugestões de acessórios que você vai adorar.

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Page 35: Revista Monte Alegre

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Page 36: Revista Monte Alegre

A OJI PAPÉIS ESPECIAIS une Japão e Brasil, duas

grandes potências do papel. Em 2012, o Grupo

OJI PAPER completa 140 anos e a fábrica de

papéis de Piracicaba, 59, dedicados, principal-

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Comemoramos, na certeza de ser a liderança

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sustentabilidade, valorização de pessoas

e o respeito ao meio ambiente.

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