Revista Mundo Equestre - Novembro 2011
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Bem-estar para cavalo e cavaleiro.www.mundoequestre.com.brR$
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0 #43
Número 43 | Novembro 2011
Nesta Edição
Saiba Mais
Eduardo Moreira
Respeitando limites
Entendendo a coceira
Brasileiro bronze no Pan-Americano 2011Especial: Cobertura dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara
Bernardo AlvesEntrevista exclusiva
Caro Leitor,
Nessa edição, trazemos uma cobertura especial da participação da equipe
equestre brasileira durante os jogos Pan-Americanos de Guadalajara 2011,
seguida por uma entrevista exclusiva com o cavaleiro brasileiro medalhista
de bronze da categoria Salto Individual: Bernardo Alves.
Na seção Raça do mês, conheça mais sobre os selvagens Mustangues.
Fortes, resistentes e rebeldes, descubra os motivos que fizeram esta
raça se tornar um ícone de liberdade e aventura. Hoje em dia, apro-
ximadamente 30 mil animais vivem em rebanhos selvagens no
oeste dos Estados Unidos.
Com o intuito de contribuir para a saúde de seu cavalo, confira na
seção assinada pela médica veterinária Priscila Azevedo como alguns
cuidados na escolha e manejo da ração podem afetar o bem-estar de
seu animal.
Ainda sobre relacionamento cavalo cavaleiro, Eduardo Moreira co-
menta sobre um caso bastante particular, em que um cavalo conside-
rado por muitos como um “cavalo problema” se tornou um grande
parceiro.
Uma ótima leitura,
Editor
E D I TO R I A L
10 ENtrEvIStABernardo Alves
14 rAçA do mêSMustangue
20 SAIBA mAIS Entendendo a coceira
22 ESPECIALPan Guadalajara 2011
34 PrISCILA AzEvEdoA alimentação equina II
36 CLíNICA vEtErINárIAFerrageamento e Podiatria
42 INFormECopa Hermès
44
Índice
26303239
áLBumPErFILmoNzoNNotíCIAS
10
14
ExPEdiENtE
Rua Visconde do Rio Branco 1630, sala 705, Centro. CEP 80420 210 Curitiba, [email protected] ou ligue: 41 3203.1960
Edição
Afonso Westphal
diREção ExECUtiVA E
MARkEtiNg
Manuela Merico
REdAção
Afonso Westphal giovana Neiva (Colaboração)
FotogRAFiA
grace Carvalho (Colaboração)
CAPA
Jefferson Bernardes / ViPCoMM
dEPARtAMENto CoMERCiAl
AssEssoRiA JURídiCA
Merico Advogados
ARtE E diAgRAMAção
Editora BemAmostra
REVisão lays Coutinhogiovana Neiva
EqUiPE VEtERiNáRiAPedro Vicente Michelotto Jr.Bruna dzyekanski
iMPREssão E ACABAMENto
impressul
MAlA diREtA PARA:sociedade Hípica de Brasíliasociedade Hípica Paranaensesociedade Hípica Catarinensesociedade Hípica Porto Alegrense sociedade Hípica Paulista (no clube)sociedade Hípica de Ribeirão PretoCriadores Brasileiro de Hipismo
Federações:FHPR | FCH | FHBR
todos os direitos reservados.Artigos assinados não repre-sentam necessariamente a opinião da revista.
6
22
Charme em pistaA amazona francesa Pénélope leprevost lançou sua
própria marca recentemente. são diversas linhas de
produtos, desde equipamentos para cavalos, como
tocas e mantas, a diversos modelos de roupas para
cavaleiros e amazonas. Confira os produtos no site:
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War Horse
o filme conta a história de Joey, um potro que é vendido ao exér-
cito e enviado à Europa, onde se desenrola a 1ª guerra Mundial.
A coragem de Joey toca os soldados, enquanto o cavalo sofre
pela ausência de Albert, o filho do fazendeiro que ele deixou para
trás. será que ele verá seu dono verdadeiro outra vez? o longa é
dirigido por steven spielberg e será lançado no Brasil, dia 06 de
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rianópolis a iV edição da clínica de verão retomando as
rédeas. A clínica contará com a participação da expe-
riente amazona luciana de Almeida, além dos instru-
tores Mariana Cassettari, sandro e leandro Cardoso.
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S O R T E I O D O m ê S
Para concorrer aos prêmios da revista, acesse o site da Mundo Equestre e clique em “sorteio”. Boa sorte!
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Colete exclusivoMundo Equestre
> “Adoro a revista Mundo Equestre pelo fato dela ser
uma edição bastante interativa, bonita, bem organizada
e com ótimas fotos.
Acho que faltava uma iniciativa como essa no nosso es-
porte. A equipe da Mundo Equestre está realizando esse
trabalho com muito empenho e dedicação. A revista é um
sucesso! Parabéns a todos. ”
Bibi Teixeira - Amazona - SP
> “A Mundo Equestre é uma revista com garra! É isso
o que eu vejo. tive a chance de acompanhar as pri-
meiras edições até as atuais, e o crescimento e a de-
terminação dos seus idealizadores sempre estiveram à
frente do seu tempo! Uma salva de palmas para quem
acreditou e acredita na revista, referência nacional no
hipismo e no mundo do cavalo! Um abraço a todos os
leitores!”
Sérgio Portela - Cavaleiro e fotógrafo - BA
No mês de novembro a Mundo Equestre em parceria com a Horse Riding sorteia um culote Tween Femme Jeans.
Bronze no PanCom mais de 30 anos de experiência no esporte, Bernardo Alves firma-se como grande promessa de medalha no hipismo nas Olimpíadas após garantir o bronze individual nos jogos Pan-Americanos.
Bernardo Alves
E N T R E V I S TA
10
texto: Afonso Westphal | Foto: Jefferson Bernardes/vIPComm
Com a conquista da terceira posição em Guadalajara, Bernardo torna-se um dos cavaleiros brasileiros que mais conquistou medalhas em Pan-Americanos. Nesta
entrevista, o cavaleiro comenta sobre sua impressão dos Jogos de Guadalajara e revela seus planos para Londres 2012.
.
Como você iniciou no esporte?
Eu comecei a montar logo aos 6 anos, no Cepel, na
cidade de Belo Horizonte, e foi através dos meus pais que me
apoiaram e me deram esta oportunidade.
O que representou para você a conquista da
medalha de bronze em Guadalajara?
Esta foi a minha maior vitória individual e com certeza
esta medalha será muito importante para abrir novas portas
no futuro.
Por gentileza, comente um pouco sobre a sua
fantástica égua, Bridgit.
Ela é o melhor cavalo em que eu já montei. Ela tem
todo o respeito pelos resultados, é muito competitiva
e a cada dia que passa ela está ganhando mais força e
hoje eu ainda não descobri o seu limite.
A Bridgit BWP (sela Belga) é filha de kannan e
Adora. kannan kWPN é um filho de Voltaire que hoje
é um dos principais garanhões da Europa. Ele passa
muita qualidade de limpeza e força para os seus filhos.
A égua Adora foi uma vencedora sob a sela do ludo
Philippaerts e penso que a Bridgit tem muito do seu
sangue porque ela é muito competitiva e ágil numa
pista.
Como você avalia o desempenho da equipe do
Brasil nos jogos Pan-Americanos?
o Brasil fez o seu melhor, com certeza. o problema
é que nunca os americanos tinham levado uma equipe
tão forte para os Pan-Americanos. o Rodrigo foi
impecável como cavaleiro e técnico da equipe, o doda
mostrou toda a sua experiência, provando porque é
o brasileiro melhor ranqueado no ranking da FEi e
a karina participando pela primeira vez da equipe
brasileira como titular, mostrou frieza e bastante
determinação.
Qual sua opinião sobre a dificuldade dos percursos
durante os jogos Pan-Americanos?
As dificuldades foram aumentando a cada percurso e
a última passagem em especial estava muito difícil, tinha
um triplo de potência numa saída de curva não muito
agradável. Mas ao mesmo tempo o armador colocou as
equipes favoritas no pódium e os melhores conjuntos
chegaram decidindo até a última passagem.
O que você achou da qualidade da pista de
Guadalajara?
Eu não gostei do piso, ele estava muito duro e tinha
pedaços de madeira que faziam perder um pouco da
aderência na curva. E no final, dois cavalos não puderam
terminar o Pan-Americano por causa de lesões (a égua do
Rodrigo e o cavalo do ian Millar).
Como é ter o Rodrigo Pessoa como
técnico da equipe Brasileira de Saltos?
Quais são as principais qualidades
dele como técnico?
Ele sempre foi o técnico nestes
últimos anos, mas só agora virou
oficialmente. o Rodrigo tem toda
a experiência conquistada com anos de
treinamento com o seu pai, Nelson
Pessoa, o Neco, e muito conhecimento
nestes anos todos em que ele
mostrou ser um dos melhores
cavaleiros do mundo. Além
de ótimo atleta, ele é um
grande técnico.
11
Quais são seus planos para Bridgit, após o Pan-
Americano?
Agora eu estou acreditando muito no potencial da
Bridgit, e depois deste Pan-Americano eu devo fazer um
planejamento para ela atingir o seu auge no próximo ano
durante as olimpíadas.
Como avalia as chances do Brasil de medalha
para os Jogos Olímpicos de 2012?
querendo ou não, as olimpíadas são muito diferente
dos Jogos Pan-Americanos, mas acredito que teremos
boas chances. A base da nossa equipe hoje é muito forte
e, fazendo um bom planejamento para o próximo
ano, de maneira em que não precisemos saltar muito
e atingir o melhor de cada cavalo na época dos Jogos
olímpicos, poderemos ter boas chances de medalhas
também.
Como é sua rotina de treinos? Onde você mora
atualmente?
Hoje em dia, moro na Bélgica e monto todos os
dias da semana em torno de 6 cavalos, no Haras de
gerpinnes, aonde eu alugo alguns boxes. Normalmente,
eu monto de segunda-feira a quarta-feira no haras e nos
fins de semana eu estou saltando em algum concurso na
Europa.
Quem você tem como referência dentro dos
esportes equestres?
Eu sempre fui muito fã do trabalho do cavaleiro alemão
ludger Beerbaum e inclusive eu já passei 4 meses treinando
nas cocheiras dele.
Você contou com algum apoiador nos esportes
equestres?
sim, com o apoio importantíssimo de Jorge gerdau
Johannpeter. o Jorge sempre me apoiou e há 12 anos
quando eu pedi a ele para me comprar um cavalo, ele
disse que compraria mas eu teria que vir morar na
Europa.E hoje eu tenho certeza que esta foi a melhor
decisão da minha vida.
Do que sente mais saudades do Brasil?
Eu adoro o Brasil e sinto muita saudade da família e
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dos meus amigos, mas eu ainda quero atingir o máximo do hipismo que
é conseguir uma medalha olímpica, e para isso eu tenho que treinar e
competir com os melhores e só aqui na Europa eu poderia conseguir tudo
isso.
Você treina há muitos anos fora do Brasil. Você acredita que
para se ter uma carreira de ponta no hipismo, é necessário que
o atleta se mude para treinar na Europa?
Na minha opinião o cavaleiro deve vir sim para o continente
europeu, porque no Brasil ainda não temos uma cultura hípica forte,
e se você quer ser o melhor, com certeza tem que estar competindo
entre os melhores.
Como é sua relação com os outros cavaleiros brasileiros que
moram na Bélgica? Vocês se veem com frequência?
temos uma relação muito boa. Hoje somos quase como uma
família, moramos todos muito próximos e nos encontramos quase
sempre.
Teria algum recado para deixar para os fãs do esporte no Brasil?
Podem esperar ainda mais porque montando a Bridgit eu acredito que eu
possa proporcionar muitas vitórias para vocês.
Foto: Jefferson Bernardes/vIPComm
Orgulho nacional: Bernardo Alves comemorando a merecida medalha de bronze.
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texto: Sarah Westphal | Foto: Arquivo
Mustangue
R A ç A D O m ê S
14
MustangueSelvagem com coração indomável.
15
16
O Mustangue é um animal corajoso que enfrenta o perigo, ao invés de simplesmente fugir.
S eu nome deriva da palavra
espanhola “mesteño” ou
“monstenco” que signifi-
ca selvagem ou extraviado.
Como indica a denominação, trata-se de uma
raça não domesticada e totalmente independen-
te da interferência humana. A origem do Mus-
tangue encontra-se na colonização da América.
Nessa época não havia cavalos no novo conti-
nente e os colonizadores sentiam a necessidade
de ter animais para auxiliar no trabalho braçal
e no mapeamento da região. Para resolver o
problema, os colonos europeus começaram a
trazer cavalos de seus países de origem para
ajudar no trabalho. os Estados Unidos foram os
pioneiros na “importação”, recebendo cavalos
da Espanha.
Com o passar dos anos, no entanto, obser-
vou-se que esses
cavalos não eram
bons para a exploração: tinham comportamento
arredio e comiam mais pasto que as outras raças.
Assim, o Mustangue foi substituído pelo quarto
de Milha, considerado mais obediente. Muitos
animais foram soltos, outros levados pelos índios
para diversas áreas dos Estados Unidos.
No início do século xx havia cerca de dois mil
mustangues nos Estados Unidos, porém a dispu-
ta de pasto entre criadores de gado e mustan-
gues motivou uma matança que fez com que a
manada caísse pela metade, em apenas 20 anos.
somente em 1971 foi decretada uma lei
apoiando a sobrevivência da raça. Hoje, aproxi-
madamente 30 mil animais vivem em rebanhos
selvagens no oeste dos Estados Unidos.
Influências
Muitas raças contribuíram para a formação
do mustangue atual. o sangue frio espanhol dos
primeiros cavalos foi, aos poucos, se diluindo e
Por apresentar um bom porte físico e ser mais alto que outros pôneis, o Connemara.
17
Sinônimo de força e rebeldia, a influência da raça ultrapassa barreiras, alcançando setores como o automobilístico e o cinematográfico.
dando espaço às influências das raças de sangue
quente. devido a essa miscigenação, suas carac-
terísticas são bastante variáveis, tanto na colora-
ção, quanto no tamanho: podem ser encontrados
em todas as cores e sua altura oscila entre 1,40m
e 1,50m. são cavalos de aparência robusta que
apresentam pernas fortes e resistentes, requisito
para a defesa ou fuga em situações de perigo.
Como funcionam os bandos de cavalos
selvagens
Em um bando selvagem, sempre há um gara-
nhão, suas éguas e seus potros. o garanhão é o
líder e responsável pela sobrevivência do grupo.
Por isso, está sempre atento a possíveis ataques
de predadores. Para sinalizar um ataque, o ga-
ranhão abaixa a cabeça na “posição de cobra”.
É o sinal para que ele e os outros saiam em de-
bandada.
Ele também é responsável por evitar doenças
genéticas de consanguinidade no bando, prote-
gendo as éguas contra potros precoces que ten-
tam copular antes de atingirem a maturidade. o
garanhão os adverte com mordidas nas pernas
e no pescoço, ou até mesmo com coices. quan-
do os potros chegam à maturidade, o garanhão
os expulsa do grupo para que não copulem com
suas mães e irmãs.
Num bando, a hierarquia entre os potros é
determinada pela idade, por exemplo: um potro
com 4 anos faz questão de beber água ou entrar
em um rio antes de um potro de 3 anos, a fim de
afirmar sua superioridade.
Indomáveis nas pistas e nas telas
Bravo, independente e indócil. Essas três ca-
racterísticas marcantes dessa raça foram as inspi-
rações para que a Ford, em 1965, desse o nome
de Mustang para seu maior lançamento da épo-
ca. derivado do antigo Falcon, o Mustang che-
gou ao mercado com esse nome a fim de sugerir
a bravura, potência e liberdade características
desses animais aos consumidores.
A essência liberta dos cavalos selvagens
norte-americanos inspirou também muitos ci-
neastas a roteirizar histórias usando-os como
protagonistas. Entre as aventuras cinemato-
gráficas vividas por mustangues, destacam-
se a animação spirit, o Corcel indomável, da
disney, o longa-metragem Mar de Fogo e o
popular Flicka.
No último curso que lecionei, sobre as técnicas de Monty Roberts, fui apresentado a um dos cavalos mais agressi-
vos com que já tive contato até hoje.
E D u A R D O m O R E I R AFoto: raphael macek
Um cavalo sem passado conhecido,
sem histórico narrado, cedido por um vizi-
nho para que aquele rapaz, que se dizia um
seguidor de técnicas revolucionárias apren-
didas com um cowboy americano, mos-
trasse do que era capaz. Aliás, em vários
dos cursos que leciono percebo que vários
dos cavalos com os quais tenho de traba-
lhar recebem a missão de provar que estou
errado, e que a violência é sim a resposta,
justificando assim os atos de seus donos.
imediatamente após entrar no redon-
del com o cavalo percebi a situação de pe-
rigo à qual estava exposto. o cavalo vinha
frontalmente em minha direção buscando
ferir-me com mordidas ferozes, lembrando
um cão absolutamente obcecado em der-
rubar um invasor de seu terreno. quando
eu fui corrigi-lo percebi que aquele era o
menor de meus problemas, pois assim que
eu me posicionava a sua frente ele levanta-
va seus membros dianteiros e tentava me
golpear com manotadas que seriam capa-
zes de me ferir gravemente se me acertas-
sem. Um golpe destes pode ser fatal. Eu
não podia corrigi-lo estando a sua frente,
tinha de proteger-me de suas mordidas e
não conseguia afastá-lo para ficar numa
zona segura pois ele estava com a ideia fixa
de me agredir de alguma forma e movia-se
sempre em minha direção.
decidi então que pela primeira vez na
vida deste cavalo aquelas atitudes não se-
riam premiadas com a pessoa próxima a ele
indo embora. Controlei minha respiração,
mantive minha frequência cardíaca baixa, e
quando eu conseguia ter alguns segundos
sem uma atitude agressiva do cavalo eu o
premiava com um carinho na testa, ou no
pescoço e me afastava de sua presença.
Foram 30 minutos onde eu poderia ter me
machucado seriamente, mas eu sabia que
eu era talvez a última chance de salvar a
vida deste cavalo. Ao final deste período eu
conseguia acariciá-lo com calma na testa,
no pescoço e ele havia parado de tentar me
morder e me golpear. Eu estava exausto,
era o meu limite. Ele também não me dei-
xaria avançar muito além daquilo, era o seu
limite. talvez os alunos quisessem ver um
avanço maior, como viram nos outros ani-
mais, mas eles não eram meu foco naquele
momento, era o cavalo. Eu queria que pela
primeira vez na vida ele tivesse um momen-
to com um homem e saísse mais calmo do
que entrou, mais feliz.
No dia seguinte os organizadores do
curso, pessoas fantásticas e que não tinham
culpa do dono não ter-lhes dito verdadei-
ramente o perigo que aquele cavalo repre-
sentava, vieram me falar que o cavalo havia
amanhecido absolutamente diferente. Não
estava mordendo aqueles que se aproxima-
vam, demonstrava uma calma nunca antes
vista e pouco se parecia com o cavalo de
um dia atrás. Certamente não estava cura-
do, mas sua atitude demonstrava que ele
só queria que tirassem a violência de sua
vida para mostrar que podia ser um bom
animal. Respeitando o seu limite, e também
o meu, conseguimos superar os limites que
pareciam intransponíveis. Nunca me esque-
cerei deste marcante animal.
Respeitando limites
Mesmo sendo uma ação comum entre os cavalos, a atenção com o agente causador da coceira pode prevenir futuras complicações.
Cavalo acuado, esfregando-se na sela, com falhas na pelagem... A coceira
é um incômodo extremamente comum nos equinos, e sua causa pode ser
sempre associada a uma circunstância: a alergia. Resposta exagerada do
sistema imunológico (de defesa) a uma substância estranha ao organismo, a
alergia demartológica no cavalo pode ser desencadeada por diversos fatores
– e são eles que devem ser combatidos para eliminar o sintoma da coceira.
Embora somente um sintoma, o ato incessável de coçar do animal pode
provocar feridas que venham a agir como porta de entrada para infecções –
dai a importância de se identificar o que está causando a alergia. Para isso é
preciso procurar por todos os ângulos: alimentação incorreta, contato com
produtos químicos aplicados nas instalações, fungos e saliva proveniente de
picadas de insetos são os agentes principais, e muitas vezes a profilaxia é
simples.
Evitando mosquitosMoscas extremamente pequenas, com cerca de 2 mm, as Culicoides são
as principais responsáveis por mordidas em cavalos. Ativas principalmente em
tempo quente e sem vento, por serem fracas voadoras, reproduzem-se em
ambientes mornos próximos de água, o que torna bastante efetivo remover
seu cavalo de locais com essas condições.
os mosquitos alimentam-se durante o período do pôr-do-sol até o
amanhecer, sendo importante evitar seu contato com o cavalo durante essas
horas. outras medidas profiláticas úteis incluem: envolver o cavalo com um
Entendendo a coceira
texto: mundo Equestre | Foto: Arquivo
S A I b A m A I S
20
cobertor de corpo inteiro, para dificultar mordidas;
instalar uma rede contra insetos na porta de seu
estábulo e usar repelentes. Cremes e pomadas
manipuladas especificamente para reduzir os
sintomas de alergia da pele também podem ser
usados e trazem um benefício extra: mosquitos não
gostam de morder superfícies oleosas.
FungosEsses pequenos parasitas estão normalmente
presentes no meio ambiente e na pele dos animais
com certa abundância, sendo que apenas algumas
espécies apresentam capacidade de causar doença
(tinha ou dermatofitose). Essa presença comum por
vezes atrapalha um diagnóstico, já que uma amostra
de pêlos que revele a presença de fungos pode não
ser necessariamente significativa, por exemplo.
os fungos podem se instalar facilmente no
organismo do cavalo tirando proveito também do
seu sistema imunológico enfraquecido por outra
doença, fazendo papel de agente secundário no
processo alérgico.
A umidade é a principal aliada na proliferação
de fungos causadores de doenças nos equinos, já
que fornecem ambiente propício para a reprodução
e a sobrevivência dos parasitas. Evitar a umidade é,
portanto, a principal maneira profilática para livrar
seu cavalo dos males causados por fungos. Cuidados
simples como manter o animal em abrigo nas épocas
chuvosas, deixar as baias sempre bem arejadas e
limpas diminuem muito o risco de alergia por fungos.
Ácarostambém parasitas, provocam lesões com
localização diferente dependendo da espécie a que
pertencem: na cabeça e pescoço, na base da crina
e da cauda, ou nos membros, por exemplo. seu
representante mais conhecido e principal agente
de doenças é o Sarcoptes scabiei, causador da
popular sarna ou escabiose.
A sarna desencadeia uma processo alérgico e
inflamatório na pele do animal que resulta em uma
coceira intensa quase sempre acompanhada de
prurido. dependendo de sua gravidade, prejudica
também a pelagem do animal, que se torna escassa
nas regiões afetadas.
o maior meio de propagação dessa doença
é o contato direto entre os animais, o que faz
dela altamente contagiosa. Para evitar a sarna, é
aconselhada a limpeza regular das cocheiras, além
do total isolamento de cavalos contaminados com
o restante dos animais. Materiais de procedimentos
veterinários também devem ser separados, porque
o ácaro causador consegue sobreviver por semanas
mesmo fora de um hospedeiro.
21
Pan-Americano Guadalajara 2011
22
texto: Afonso Westphal, rute Araújo e Imprensa CBH - mkt mix Foto: Jefferson Bernardes/vIPComm e StockImageServices.com/FEI
E S p E c I A L
Conquistando três medalhas: prata e bronze no Salto e bronze no CCE, o hipismo brasileiro volta de Guadalajara com novo ânimo rumo aos Jogos
Olímpicos de Londres 2012.
E m nove dias de competições, os
melhores atletas das Américas das
categorias Adestramento, Concur-
so Completo de Equitação e salto
entraram em pista em busca das cobiçadas medalhas
e da classificação para os Jogos olímpicos de londres
2012. Com boas participações dentro das três mo-
dalidades disputadas nos Jogos, a equipe equestre
brasileira demonstrou alto nível técnico e com-
petitividade, aumentando a expectativa dos
fãs brasileiros para a disputa das próximas
olimpíadas. Confira o desempenho
dos atletas do Brasil
em cada modalidade.
SaltoPor Equipes - Com
excelentes participa-
ções, a equipe brasi-
leira comandada por
Rodrigo Pessoa garantiu
a medalha de prata por equipes.
“Nós sabíamos que a briga pelo ouro com os Estados
Unidos seria muito grande. Como para eles estava em
jogo a classificação por equipe para londres, vieram
com os seus principais cavalos. Estamos contentes com
a medalha de prata, fizemos o que estava ao nosso
alcance, e é uma alegria enorme conquistar mais uma
medalha para o Brasil”, contou o campeão olímpico
Rodrigo Pessoa, que conquistou a sua quarta medalha
em Jogos Pan-Americanos.
A prova - Na primeira passagem, os quatro
conjuntos do time verde e amarelo tiveram
aproveitamento máximo com percurso sem faltas.
Com o resultado, o Brasil superou o México e passou
para a 2ª colocação na classificação geral. Na segunda,
em um percurso idêntico ao da primeira passagem
desenhado pelo mexicano Javier Fernandez, Rodrigo
Pessoa foi novamente o primeiro da equipe brasileira a
se apresentar. No dorso de HH Ashley fez um percurso
sem faltas. A amazona gaúcha karina Johannpeter
O conjunto Álvaro Affonso de Miranda, o Doda e AD Norson.
Pan-Americano Guadalajara 2011
com dragonfly de Joter fez quatro pontos, Bernardo
Alves e Bridgit zeraram o percurso e álvaro de Miranda,
o doda, com Ad Norson cometeu duas faltas. o Brasil
encerrou a participação com 11.58 pontos perdidos.
Com um aproveitamento espetacular os EUA
garantiram o ouro e a classificação olímpica. A terceira
colocação coube a equipe do México.
Individual - Em uma disputa emocionante, o
mineiro Bernardo Alves conquistou a medalha de
bronze nos Jogos Pan-Americanos. Bernardo com
Bridgit fez dois percursos impecáveis e com apenas
2.09 pontos perdidos garantiu a 3ª colocação para
o Brasil e a 22ª medalha do hipismo em Jogos Pan-
Americanos.
“Eu estou muito feliz com essa medalha. A minha
égua foi fantástica. saltou super bem mostrando que
estamos no caminho certo para a preparação para os
Jogos olímpicos”, comemorou Bernardo.
A decisão da medalha individual contou com
dois percursos distintos armados pelo mexicano
Javier Fernandez. Na primeira passagem, o paulista
doda Miranda com Ad Norson foi o primeiro
da equipe verde e amarela a entrar em pista. o
conjunto brasileiro cometeu duas faltas e ficou sem
chances de lutar por medalha, com isso o brasileiro
desistiu da segunda passagem. “o Norson não se
adaptou com este piso. Conseguimos fazer boas
apresentações nos primeiros dias, mas para a
disputa individual acabamos ficando sem chances
de medalhas. Por isso, resolvi poupá-lo e até
mesmo evitar uma possível lesão, como aconteceu
com a égua HH Ashley do Rodrigo”, comentou
doda Miranda.
Instantes finais - A medalha de bronze de
Bernardo Alves veio de um duelo contra três
americanos. o brasileiro precisava zerar seus dois
percursos e torcer para os americanos cometerem
pelo menos uma falta. Bernardo cumpriu sua
missão e o americano Mclain Ward com Antare
-F, que entrou logo após a sua apresentação,
cometeu uma falta, garantindo o bronze para o
Brasil. A amazona americana Christine Mccrea
veio na sequência com Romantovich take one
e fez percurso sem faltas. Finalmente, Bezzie
Madden com Coral Reef Via Volo, até então líder,
fez um ponto de excesso de tempo e passou a
medalha de ouro para a compatriota, ficando
com a medalha de prata. A gaúcha karina
Johannpeter com dragonfly de Joter fez quatro
pontos na primeira passagem e 16 na segunda,
terminando seu segundo Jogos Pan-Americanos
entre os 15 melhores das Américas.
Brasil pela América - Um fato a se destacar
durante a realização dos Jogos foi a presença de
profissionais brasileiros treinando equipes de outras
nacionalidades: Hélio Pessoa pela guatemala, Nelson
Pessoa pela Colômbia, Vitor Alves teixeira pela
Argentina, denis gouvea e lucas Brambilla pelo
Uruguai, além de cavaleiros que foram treinados
individualmente por outros atletas brasileiros.
Na opinião de Vitor Alves, esse fato se deve ao nível
de profissionalismo e reconhecimento que o Brasil vem
conquistando ao longo dos anos. Com investimentos
em infra-estrutura, cavalos e treinamentos nosso
País vem conquistando um espaço importante no
cenário hípico internacional.
AdestramentoBrasil na final individual
se o maior nome do
Adestramento nos Jo-
gos Pan-Americanos de
23
A amazona Karina Johannpeter, com Dragonfly de Joter, ficou com a 15ª posição da categoria individual.
24
guadalajara foi do norte-americano steffen Peters com
Weltino´s Magic, vencedor das três provas e ganhador do
ouro por Equipe e individual, dois brasileiros também fi-
zeram da competição um momento histórico para o País.
Mauro Pereira Junior montando tulum Comando sN e Ro-
gério silva Clementino com sargento do top, dois Puros
sangue lusitano, levaram o Brasil a uma final individual
depois de 28 anos. A última vez que o País tinha entrado
na disputa por medalha individual foi em 1983, nos Jogos
de Caracas, na Venezuela, quando orlando Facada, cava-
leiro português radicado no Brasil faturou o Bronze, assim
como a equipe brasileira.
Fazendo parte do seleto grupo de 15 conjuntos que
se habilitaram a participar do Freestyle, Mauro e Roger
entraram na pista do guadalajara Country Clube, decididos
a fazer bonito. E fizeram. os dois cavaleiros conseguiram
registrar as maiores notas já conquistadas por brasileiros
em competições internacionais.
A definição do pódio individual nos Jogos de
guadalajara levou em consideração a soma das notas
obtidas na prova intermediária i, realizada na segunda-
feira, (17/10), e no Freestyle de
quarta-feira, (19/10).
Estreante em Jogos Pan-
-Americanos, Mauro Pereira
Jr e tulum Comando sN chegou
à Final trazendo 70,711% da
prova intermedi-
ária i, enquanto
Roger Clementino
/ sargento do top
havia registrado
66,974%, se po-
sicionando, respecti-
vamente, em 11º e
15º lugar no ranking parcial.
No Freestyle, prova com coreografia e música, os dois
renderam ainda mais.
o primeiro a entrar em pista foi Roger Clementino com
seu sargento do top. o relógio marcava 15h30 (18h30
no Brasil). o dia quente de céu limpo inspirou o cavaleiro
sul-mato-grossense revelado na Coudelaria ilha Verde, de
Araçoiaba da serra (sP). No final da apresentação os juízes
atribuíram a performance do conjunto a nota de 72,550%.
depois foi a vez de Mauro Pereira Jr, melhor
representante do Adestramento brasileiro no Pan, com as
maiores notas na Prix st george (68,737%) e intermediária
i (70,711%). o cavaleiro paulista que representa o Haras
Juliana mais uma vez surpreendeu ao registrar a média final
de 74,275% no Freestyle. A torcida verde-amarela delirou.
Mas ainda faltavam competir os melhores conjuntos.
Colombianos, mexicanos, canadenses e norte-americanos
foram se sucedendo na pista, assim como o painel de
resultados.
No final, Mauro Pereira Jr e tulum Comando sN se
despediram dos Jogos de guadalajara com a ótima média
final de 72,493%, ocupando a 9ª colocação na classificação
final. Roger Clementino/sargento do top somou 69,762%,
ocupando o 12º lugar.
Festa Americana - o pódio individual do
Adestramento no Pan de guadalajara foi tomado pelos
Estados Unidos. o time que já havia conquistado a
medalha de ouro por Equipe no domingo, confirmou o
favoritismo e também faturou o ouro, a prata e o bronze
na disputa individual.
Às 17h40 (20h40 no Brasil), steffen Peters com
seu Weltino´s Magic foi o último competidor a entrar
em pista. o campeão norte-americano comandou o
show de encerramento da modalidade nos Jogos. A
Conquista: o cavaleiro de CCE Serguei “Guega” Fofanoff, que
junto a equipe brasileira conquistou a classificação para disputar
as Olimpíadas de 2012.
E S p E c I A L
performance do conjunto no Freestyle rendeu a
excepcional nota de 87,200%, a média final de
82,640% (na soma da intermediária e Freestyle) e a
merecida medalha de ouro.
Heather Anderson Blitz, montando Paragon,
que já vinha em segundo no ranking, fez uma linda
apresentação no Freestyle alcançando a média final de
86,650%, média final de 81,917% e a medalha de
Prata.
Marisa Festerling montando Big time também
manteve o terceiro lugar no ranking, atingindo a nota
de 80,775% no Freestyle, a média final de 77,546% e
a medalha de Bronze.
Concurso Completo de EquitaçãoEquipe conquista a terceira posição
Conquistando a medalha de bronze por equipes no
Concurso Completo de Equitação (CCE), nos Jogos Pan-
Americanos de guadalajara, a equipe brasileira formada
por serguei Fofanoff / Barbara tW, Marcio Jorge / Jo-
sephine MCJ, Jesper Martendal / land Jimmy, Marcelo
tosi / Eleda All Black e Ruy Fonseca Filho / tom Bomdaill
too garantiu a classificação para os Jogos olímpicos, em
londres, no ano que vem. o ouro foi para os Estados
Unidos e a prata para o Canadá.
“Estamos todos muito contentes. A equipe se apre-
sentou muito bem e podemos dizer que foi uma vitória
da superação. ontem tivemos a queda do Ruy e hoje a
égua do guega (serguei Fofanoff) acordou sentindo um
pouco. os veterinários fizeram um tratamento intensivo
e ela conseguiu se recuperar a tempo de passar na inspe-
ção. Caso contrário estaríamos fora da competição. Foi
uma vitória da união do grupo e isso realmente é muito
emocionante”, conta luiz Roberto giugni, presidente da
Confederação Brasileira de Hipismo (CBH).
“Agora é continuar o trabalho rumo às olimpíadas.
o CCE brasileiro vem crescendo, acabamos de renovar
com o Nick turner e o objetivo é seguir com a mesma
filosofia de treinamento e trabalho pois acreditamos que
estamos no caminho certo. toda a equipe está de para-
béns”, completou giugni.
Classificação individual - o cavaleiro
brasileiro melhor classificado foi Marcio Jorge com sua
Josephine MCJ, 9º colocado, 71,80, Jesper com land
Jimmy, 12º, 81.20, e Marcelo com Eleda All Black, 18º,
99.30. guega com Barbara tW saltou apenas
a 1ª passagem da prova de salto, válida pela
final por equipes, e não foi para a 2ª volta para
decisão final do pódio individual para poupar
a sua égua.
Gran Finale: Mauro Pereira Jr foi o
representante brasileiro melhor colocado no
Adestramento, ocupando a
9ª posição nos Jogos.
Domínio: A alegria dos atletas Norte Americanos
de Adestramento, Heather Blitz, Steffen Peters e
Marisa Festerling, na premiação individual.
Carlos gamarra e dyego Neves
Carlos seixas e Fernanda Ceconello
isabela e shirley Heusi
gabriela Pruner, germano e Bruno
Ricardo Calixto, Arnaldo Viana e otaviano Angelo
Alcides Jimenez, Pedro leon e guilherme AlonsoAnna dora Fischer Boos
Eduardo Arruda e Clarissa Rechden
Equipe Momento Equestre - José sanches, samys Montanaro, André Calió e silvia Milani
Bruna Vicense, Marina Bongiorno e Carla Batista
Mario Morgenstern, Erleno schenkel e Cristian schenkel
Arthemus de Almeida
André lara Resende
daniela lunardelli
Roland Herlory, Ana Magalhães, Pascale Mussard e Marina Al Makul
Nando Miranda
isabela salles e isabela Pinheiro
Pascale Mussard e Roland HerloryAndré Beck e Rodrigo Rivelino
sérgio e Ana Magalhães
Pascale Mussard e Patrick Albaladejo
donata Meirelles e Nizan guanaes
André Américo de Miranda
26
Á L b u m - c O pA H E R m è S
Foto por: marina malheiros
Carlos gamarra e dyego Neves
Carlos seixas e Fernanda Ceconello
Anna dora Fischer Boos
luiz Francisco Azevedo
Bob Ellis
álvaro Coelho da Fonseca
Mariana Auriemo
gustavo El Jack, André Beck e lúcia santa Cruz
Marquinhos e guilherme Ciampi
Aida de Mendonça Nunes e Carlos Vinicius gonçalves da Motta
Bruno de lucca e Pedro Fiorini
staff Hermès
Arthemus de Almeida e José Roberto Reynoso F. Filho
Rodrigo da Cunha
Chris Morais e silvia Milani
27
Foto por: Anna Paula Carvalho
Foto: marina malheiros
.
28
I N f O R m E
Paranaense de Amazonas 2011
Fotos: Grace Carvalho - HIPICS
londrina recebeu nos dias 7, 8 e 9 de outubro o Campe-
onato Paranaense de Amazonas. sediado na sociedade Ru-
ral do Paraná, a competição reuniu participantes de todo o
estado, que mostraram muita leveza e elegância nas provas
realizadas na pista de grama principal.
Prova 1m
A vencedora da categoria Amazonas B foi a representante
do Haras Adal Manoela Reis e Columbia itapuã, saltando a altu-
ra de 1m. o segundo lugar foi conquistado pela amazona Maria
Roberta P. Boeira de oliveira com HFB singulady, da sociedade
Hípica Paranaense. o conjunto da Vila Hípica de londrina, Bar-
bara Pasello e Charlton, ficou com a terceira colocação.
Prova 1,10m
kamila Miksza Ribas Prestes e le
Rose Joter do Clube Hípico de Maringá
se sagraram campeões dessa prova. A
representante da sociedade Hípica Pa-
ranaense Elisa guimarães Forchezatto
e daphine JMen conquistaram o se-
gundo lugar. A amazona Patricia Maki-
ta leitão, montando luck Jet, ficou
com a terceira posição. logo depois
dela, Juliana Macedo Ribas com Mufassa
das Cataratas.
Prova 1,20m
A grande campeã foi a londrinen-
se Jéssica Carvalho de sá com Rhonda
JMen, representante da Vila Hípica da cidade. Montando Nilo
das Cataratas, a amazona Ananda Borges conquistou o se-
gundo lugar e levou a medalha para a sociedade Hípica Para-
naense. A terceira posição da concorrida prova ficou com mais
uma amazona da soc. Hípica Paranaense, Maria Augusta P. C.
Montanha teixeira, montando Porto Frio Naerobic das Catara-
tas, seguida pela quarta colocada Amanda leite lourenço e seu
cavalo olimpico das Cataratas, de Foz do iguaçu.
Prova 1,30m
A anfitriã da competição, Paula Marchezoni Alho da sil-
va e Acordian JMen, mostrou toda a habilidade e conquistou
o primeiro lugar. o vice-campeonato coube à amazona da
sHPr Adriana Busato, com HFB Belize B. A terceira coloca-
ção ficou com o conjunto também da sociedade Hípica Pa-
ranaense tânia louise greuel e Rebel With out a Caused. A
quarta amazona melhor colocada foi Fernanda Zettel Bastos
e Nebiolo pelo Char.
Campeonato paranaense reúne asmelhores amazonas do estado em Londrina.
.
30
Stephan BarchaCom mais de 15 anos de carreira no esporte, o jovem Stephan Barcha demonstra em pista qualidade técnica
digna de grandes cavaleiros.
Foi na fazenda de criação de manga-
larga marchadores de seu pai que hoje o
cavaleiro sênior stephan Barcha deu seus
primeiros galopes, com apenas quatro
anos. A mãe do cavaleiro, bastante apre-
ensiva com as aventuras do filho, resolveu
então matriculá-lo na escola da Hípica do
Rio de Janeiro, para que pudesse aprender
a montar de forma correta e segura.
Hoje com 22 anos, stephan mora em
Copacabana e mantém uma rotina de trei-
no rigorosa: acorda diariamente às 7 da ma-
nhã e, após trabalhar seus cavalos na Hípica
Brasileira, segue viagem até a região de itai-
pava, onde monta animais de clientes em
duas propriedades particulares. Para ameni-
zar o risco de lesões causadas por tamanho
esforço físico, o cavaleiro diz frequentar
uma academia de ginástica com uma fre-
quência de pelo menos 5 vezes semanais.
tamanha dedicação vem gerando óti-
mos frutos na carreira do jovem Barcha. Em
2009, ganhou medalha de ouro por equi-
pes na Copa das Nações do Haras El Capri-
cho, na Argentina – a qual considera sua
principal conquista. Aos 14 anos, montou
por alguns meses na Europa, onde ganhou
uma importante prova na categoria Junior.
somam-se a esses títulos ainda três cam-
peonatos brasileiros, respectivamente em
2003, 2006 e 2009.
o maior colaborador de tantas con-
quistas foi o professor ibsen Villaça. “Ele
me deu todo o apoio no esporte, me mos-
trava o caminho das vitórias e me dizia que
nada estava perdido quando eu parecia
desmotivado”, recorda stephan. Foi Villaça
quem o ajudou a consolidar seu estilo de
montaria – bastante competitivo e sensível
às necessidades e limites de cada animal. A
morte prematura do treinador, em 2005,
foi, segundo o cavaleiro, seu maior desafio
dentro do hipismo. “Foi difícil me manter
motivado e com a mesma perseverança na
busca por resultados após o acontecido”,
conta.
Atualmente com seu principal cavalo
Jacady des Champs, stephan Barcha alme-
ja crescimento dentro do esporte, e sonha
com vagas importantes em campeonatos
Pan-Americanos, mundiais, e até mesmo
olímpicos. “Por que não?”, brinca o jovem
e determinado cavaleiro.
Foto: Alexandre vidal | FotoBr
• Nome: stephan Barcha
• Idade: 22 anos • Categoria: senior
• Estado: Rio de Janeiro • Cavalo: Jacady des Champs
p E R f I L
• Nome: stephan Barcha
• Idade: 22 anos • Categoria: senior
• Estado: Rio de Janeiro • Cavalo: Jacady des Champs
Eram dois vizinhos com crianças, um deles comprou
um coelho e outro comprou um filhote de pastor alemão.
Conversa entre os dois vizinhos:
- seu cachorro vai comer o meu coelho!
- de jeito nenhum. o meu pastor é um filhote, vão
crescer juntos, ficar amigos...
E parecia que o dono do cão tinha razão. Juntos cres-
ceram e era normal ver o coelho no quintal do cachorro e
vice-versa. As crianças, felizes com os dois animais. Eis que
o dono do coelho foi viajar com a família e o coelho ficou
sozinho. No domingo, à tarde, o dono do cachorro lancha-
va e, do nada, entra o pastor alemão com o coelho entre
os dentes, sujo de terra, morto. o cão levou uma surra!
dizia o homem:
- o vizinho estava certo! E agora? só podia dar nisso!
Mais algumas horas e os vizinhos vão chegar. o que fare-
mos?
todos em desespero, o cachorro, coitado, lá fora, lam-
bendo os seus ferimentos.
- Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exatamente quem teve a ideia, mas pare-
cia infalível:
- Vamos lavar o coelho, depois a gente seca com o se-
cador e o colocamos na sua casinha.
E assim fizeram. Até perfume colocaram no coelhinho.
Ficou lindo, parecia vivo...
logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os
gritos das crianças.
Alguns minutos e o dono do coelho veio bater à porta,
parecia muito assustado...
- o que foi? que cara é essa?
- o coelho morreu!!!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem... dissimulou.
- Morreu na sexta-feira! Antes de viajarmos as crianças
o enterraram no fundo do quintal e agora reapareceu!
A história termina aqui. o que aconteceu depois não
importa. Mas o grande personagem dessa história é o ca-
chorro. imaginem o coitado, desde sexta-feira procurando
em vão pelo seu amigo de infância. depois de muito fare-
jar, descobre o amigo enterrado. Muito triste, o desenterra
e vai mostrar aos seus donos, desesperado por socorro.
E humanos continuam julgando sem provas, sem o
contraditório...
A lição que podemos tirar desta história é que temos
a tendência de agir sem antes verificar a totalidade dos
acontecimentos. Principalmente quando não sabemos ou
conseguimos entender. Nossos animais falam... Aprenda a
ouví-los. Muitas vezes agimos de forma violenta baseados
em conclusões equivocadas, gerando reações indesejadas
e igualmente violentas.
Recomendo ler “o homem que ouve cavalos”, do
Monty Roberts, a todos aqueles que amam seus animais e
não querem um drama de consciência, mas claro, se você
tiver alguma...
Ver a
TotalidadeEm muitos casos, a pressa no momento de se tirar uma conclusão resulta em reações equivocadas.
m O N z O N
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Alimentaçãodos cavalos Dando continuidade ao tema abordado na edição de outubro, neste mês iremos discutir aspectos importantes com relação aos concetrados (rações).
Hoje em dia, existe uma grande variedade de rações
disponíveis no mercado, e uma das perguntas que es-
cuto com mais frequência é: qual a melhor ração para
oferecer ao meu cavalo?
A maioria das rações desenvolvidas por marcas já
consagradas são boas, mas, ainda melhor, é a ração que
você pode contar com um bom fornecimento, garantin-
do que não irá faltar e que esteja sempre fresca.
Não é indicado comprar uma ração que supere os 30
dias de fabricação. Procure sempre por rações novas e
que estejam bem armazenadas.
No momento de escolher a marca da ração, a efi-
ciência do fornecimento tem que ser levada em conta.
deve ter uma boa logística, entregar os concentrados
nos tempos combinados e dentro da validade.
Tipo de raçãoCom relação às opções de concentrados, existem os
mais energéticos, mais protéicos, enriquecido com vitami-
nas e aminoácidos, etc… A escolha por um ou outro tipo
de ração deve obedecer às características e necessidades
de cada animal.
Cada cavalo atleta precisa ter uma alimentação indi-
vidualizada que vá suprir suas carências específicas. Esse
procedimento demanda mais programação, gerencia-
mento e atenção dos tratadores, mas apresenta um resul-
tado final bastante positivo.
ExEmPLo: Um cavalo de temperamento quente
saltando as categorias de base com uma criança e que
se alimente de uma ração bastante energética, prova-
velmente terá essa característica potencializada, estará
mais ansioso, prejudicando o rendimento do conjunto.
Neste caso, o ideal seria disponibilizar uma ração pouco
energética, equilibrando o temperamento do cavalo e
contribuindo para uma montaria mais agradável. Por ou-
tro lado, se o cavalo apresenta um comportamento lin-
fático e irá saltar gPs de 1,50m , irá necessitar da ração
mais energética disponível. outras características podem
ser citadas como animais com tendência a obesidade ou
facilidade em emagrecer.
traçar o perfil do seu cavalo e entender suas neces-
sidades é o primeiro passo para acertar na escolha da
ração.
A relação entre a característica de cada cavalo, seu
uso, intensidade de provas e a que categoria está ser-
vindo pode ser avaliada pelo seu veterinário para que
encontre a rotina alimentar mais adequada.
Questão de saboroutro fator importante, porém pouco discutido, é a
palatabilidade, o paladar. Alguns cavalos comem vaga-
rosamente ou mesmo deixam parte da ração no cocho.
Existem muitos fatores que levam a este comportamen-
to, mas a causa pode estar simplesmente no paladar.
ExEmPLo: Algumas rações utilizam muito óleo a fim
de conferir maior nível energético, porém alguns animais
rejeitam o alimento devido ao sabor. Para estes cavalos
quando se oferece uma ração menos oleosa já se vê re-
solvido o problema.
Não adianta oferecer uma ração com muita energia
e o animal não comer. quando é este o caso, é possível
aumentar o volume de uma ração menos energética e
equilibrar o ganho de energia prometido por outros con-
centrados.
p R I S c I L A A z E V E D O
Para o cavalo atleta, a ração deve ser dividida em por-
ções ao longo do dia, e uma porção nunca deve passar de
3 quilos de concentrado.
se este cavalo atleta come até seis quilos de concen-
trado por dia e costuma viajar para competições, a ração
deve ser oferecida duas vezes ao dia, pela manhã e ao
final da tarde.
Muitas pessoas pensarão que estou indo contra as ba-
ses da alimentação saudável quando indico que ofereça
concentrados apenas duas vezes em 24 horas. geralmen-
te, o animal em questão tem uma rotina fixa de horários
para o trabalho no clube e outro cronograma imprevisível
para prova, assim, se você oferece três refeições em casa e
durante um campeonato não consegue a mesma frequên-
cia, estará quebrando mais uma rotina.
Cavalos adoram e precisam de rotina.
ExEmPLo: Nas viagens um tratador atento e cons-
ciente faz a diferença, ele sabe que seu cavalo fica ansio-
so quando se aproxima o horário da ração. Para um ani-
mal habituado a comer às 17hs e que tem prova marcada
às 19h, o stress de não receber a alimentação no horário
provavelmente o deixará tenso e nervoso, prejudicando
a performance. Para ele o ideal é adiantar a alimentação
para as 16:30h para que se acalme, assim terá de duas
a três horas de digestão e depois da prova receberá o
restante do volume.
Já para um cavalo que não viaja para competições,
como os de escola e de atletas amadores, dividir a ração
em três momentos é o ideal.
Mineraisoutro tópico de fundamental importância é o forne-
cido diário do sal mineral.
o cavalo apresenta avidez pelo sal conforme sua ne-
cessidade, por isso, o sal deve ser oferecido separada-
mente da ração, e nunca acrescentado a ela.
A opção pelo sal “pendurado” na cocheira é uma boa
escolha, pois são de fácil manejo, não sujam com facili-
dade e apresentam boa qualidade nutricional.
A popular mistura de sal, aveia e outros elementos a
ração definitivamente não é uma boa ideia.
As empresas produtoras de ração gastam fortunas
com pesquisa nutricional, até chegar a uma fórmula ade-
quada, equilibrada com o objetivo de oferecer uma ração
balanceada e de qualidade.
O b
om t
rata
dor
: o diálogo entre o tratador e o veterinário da equipe é fundamental para detectar e solucionar
os problemas:
- o tratador deve observar a maneira como o cavalo está se alimentando. (se está comendo
rápido, se está largando ração pela cocheira, etc…)
- o cocho deve estar sempre seco e limpo, nunca úmido.
- Após uma ou duas horas, retirar a ração que o cavalo não comeu.
- Não misturar ração nova com ração velha.
- A ração deve ser armazenada em local seco, sem contato direto com o chão ou com a parede
(para isso, utilize um estrado).
- sacos de ração abertos devem estar com a “boca” dobrada, de preferência dentro de recipientes
com tampo, como baldes grandes ou baús (evitando o contato com roedores, gambás e gatos).
Ferrageamento e a Podiatria de Cavalos
A utilização moderna dos cavalos pelo homem, seja
em condições esportivas, ou ainda, para o trabalho, só
é possível e tem seu pleno aproveitamento devido ao
ferrageamento.
A necessidade de trabalhar em diversas condições e
realizar diferentes atividades equestres faz com que o
desgaste do casco seja maior do que o seu crescimento,
exigindo assim uma proteção adicional para os mesmos.
A proteção do casco é responsabilidade das ferraduras,
do ferrageamento e da podiatria, os quais englobam as
atuais técnicas e metodologias a fim de garantir e man-
ter um bom estado de saúde e boa capacidade funcional
do casco.
A podiatria veterinária é a parte da medicina vete-
rinária responsável pelo estudo dos pés ou dos dígitos.
Fica a cargo ainda da podiatria englobar e garantir que
o processo de ferrageamento siga parâmetros técnicos
e científicos objetivando com isso a manutenção de ca-
valos equilibrados, funcionais e saudáveis. A podiatria
veterinária e o ferrageamento estão intimamente rela-
cionados com a ótima performance do cavalo em dife-
rentes modalidades e, devido a complexidade do dígito
do equino e a pequena área de suporte do cavalo, os
cascos tornam-se o mais delicado aspecto da biomecâ-
nica dos equídeos.
Além do aspecto terapêutico, onde, importantes pa-
tologias como a laminite, síndrome navicular, encastela-
mento e a osteite são alvos de ininterruptos estudos e
pesquisas, a manutenção de bons aprumos, sobre tudo
em cavalos jovens e potros é fundamental para o desen-
volvimento de cascos e aprumos adequados e eficientes.
Amparado por conceitos holísticos, devemos estar
Dr. Marcelo Miranda, Médico Veterinário. Crmv-PR 4407
36
c L í N I c A V E T E R I N Á R I A
atentos e entender que não ferramos cascos e sim ca-
valos. Uma visão global do equino antes do ferragea-
mento é fundamental para a obtenção de um resultado
diferenciado e especial, tanto para o cavalo quanto para
o cavaleiro. informações e percepções fornecidas pelo
cavaleiro sobre o comportamento e reações dos cavalos
na atividade a que se destina, fornecem informação va-
liosa para o devido ajuste podiátrico do animal.
Cavalos que se alcançam, cavalos que relutam em
fazer uma mudança, cavalos que não reunem, cavalos
que não cumprem as distâncias e cavalos que quando
galopam tiram o cavaleiro da sela são alguns exemplos
de situações de desequilíbrio dos cascos que influenciam
diretamente a condução e a performance do equino,
mas que, felizmente, têm como ser corrigido e tratado.
o casco sofre a influência de variáveis do clima,
do manejo, da atividade equestre, do piso da cochei-
ra, da manipulação do ferrador, do teor de sal do solo,
da estação do ano, da hidratação, da alimentação e de
enfermidades e situações não fisiológicas, entre outras
situações. também, por conseguinte, é verdadeiro que
quando realizamos alterações e ajustes em cascos de-
feituosos e patológicos, acabamos interferindo positiva-
mente na homeostase do cavalo.
Cada vez mais deve-se buscar formar um novo pi-
lar técnico de sustentação para o processo de ferrage-
amento moderno, aonde, o médico veterinário clínico,
o ferrador, o cavaleiro e o médico veterinário podiatra
trabalhem em conjunto a fim de alcançar sustentabilida-
de da performance dos cavalos. A interação entre ferra-
dores e veterinários é um excelente caminho para fundir
a ciência com a prática no desenvolvimento de novos
caminhos e novos conceitos em benefício da equinocul-
tura mundial.
infelizmente, em todo o mundo, muitos animais são
descartados ou precocemente aposentados devido a
problemas podiátricos, os quais, infelizmente, não rece-
beram a atenção e o cuidado devido. Muito se investe
com a aquisição de cavalos com papéis excelentes, mas,
ainda se negligencia o cuidado com os cascos e com os
aprumos. os cascos devem ser entendidos como o mais
importante sistema biológico de interação e da conver-
são da energia e da aptidão de um cavalo em movi-
mento. Nos cascos depositam-se todas as expectativas e
esperanças de um grande cavalo.
AGENDE SUA VISITA E
CONHEÇA NOSSA QUALIDADE
A organização Mundial de saúde Animal (oiE) e a FEi realiza-
ram Conferência sobre modernização nas condições de circulação
de cavalos na América do sul.
A necessidade de maior compreensão da certificação sanitária
e as exigências de quarentena para os cavalos concorrentes a ní-
vel nacional e internacional também foi destaque na conferência,
que aconteceu, durante os Jogos Pan-Americanos, em guadalajara
(MEx), com a participação de 80 ministros do governo, veterinários
internacionais e outros especialistas.
Porta-Voz da oiE, representantes do governo da América do
sul e da FEi abordaram as justificativas de algumas das atuais restri-
ções impostas aos cavalos de competição saudável quando viajam
entre países sul-americanos, e o impacto que isto pode vir a causar
sobre o desenvolvimento do esporte equestre.
Ao fim da conferência foi fechado um acordo unânime para
uma série de recomendações iniciais a serem feitas pela oiE, os
países membros, a FEi e suas Federações Nacionais nas Américas
contribuam para alcançar as mudanças necessárias.
Nas Américas, os esportes equestres tem crescido muito ao ní-
vel nacional e internacional e isso requer o aumento da circulação
de cavalos através das fronteiras, a fim
de competir.
Em 2016, Rio de Janeiro sediará os
Jogos olímpicos e agora estamos em
uma corrida contra o tempo para en-
contrar uma melhoria para a situação
atual nas Américas.
“A FEi concorda com a oiE que as
medidas sanitárias e períodos de quarentena devem ser aplicados
de forma fundamentada, que seja proporcional ao risco de todos.
Nós estamos olhando agora para frente, para encontrar facilmente
o entendido, harmonizando soluções e reduzindo confusas, e às
vezes conflitantes, exigências burocráticas.”
Com o mandato para melhorar a saúde animal e bem-estar em
todo o mundo, a oiE é reconhecida como referência de organi-
zação de definição de normas para o movimento internacional de
animais, incluindo cavalos pela organização Mundial do Comércio.
“Melhorar a circulação de cavalos, garantindo sua segurança e saú-
de é essencial para a contínua expansão do esporte a cavalo na
América do sul”, disse oiE Representante dr. gardner Murray.
Conferência FEI para América
Fonte: FEi | Foto: stockimageservices.com/FEi
Foto: Anna Paula Carvalho
N OT í c I A S - S A LTO
CSN Manoel Leão
Aconteceu entre 6 e 9 de outubro, em Ribeirão Preto, o CsN
Haras Manoel leão, que reuniu os melhores cavaleiros e amazo-
nas do País. o concurso somou 400 conjuntos inscritos e mais de
R$ 160 mil em prêmios.
As provas variaram de 1 a 1,45 metro, e foram prestigiadas
por cerca de 10 mil pessoas nos quatro dias de evento.
GrANdE PrêmIoo esperado grande Prêmio, realizado no sábado, dia
8/10, contou com a participação de 35 conjuntos com-
petidores, 7 dos quais zeraram o percurso. Numa disputa
emocionante no desempate, o cavaleiro Felipe Juarez de
lima consagrou-se campeão. Num bonito ato beneficen-
te, toda a renda arrecadada no evento foi destinada ao
programa de equoterapia do
haras, que atende atualmente
74 crianças com necessidades
especiais.
SoBrE o HArASo Haras Manoel leão foi
fundado em 2003, e suas ativi-
dades iniciais foram principalmente voltadas à criação
de cavalos da raça Brasileiro de Hipismo. Ao longo dos
anos, seus administradores resolveram, ao perceber o
potencial do lugar, ampliar suas instalações e estrutura,
tornando-o, assim, um dos haras mais completos e im-
portantes da região.
1. discurso de Murray gardner, diretor da organização Mundial da saúde Animal.
2. o senhor graeme Cooke, diretor veteri-nário da FEi.
1
2
1. A técnica do cavaleiro Felipe Juarez de lima, o Felipinho.
1AGENDE SUA VISITA E
CONHEÇA NOSSA QUALIDADE
Ministros, veterinários e dirigentes debateram questões relacionadas a otimização do trans-porte de cavalos nas Américas.
CSI 5 estrelas
de Lyon
40
N OT í c I A S - S A LTO
Enquanto a nata da modalidade saltos das Américas es-
tava em pista nos Jogos Pan-Americanos 2011 em guada-
lajara, grandes estrelas em atividade na Europa marcaram
presença no Concurso de saltos internacional 2* e 5* em
lyon, na França, entre 27 e 30/10.
Entre os cavaleiros participantes da competição, esta-
vam os brasileiros Pedro Veniss e luciana diniz (que defende
Portugal) na série 5*, e Felipe Ramos guinato e Rodrigo
Marinho na série 2*. Na quinta-feira, 27/10, o destaque
brasileiro foi o carioca Rodrigo, que levou Cleofas van Wes-
tuur ao 4º posto a 1.35 metro. No dia seguinte, o cavaleiro
medalhista Pan-Americano Pedro Veniss emplacou em 4º
lugar a 1.50 metro montando Norlam des Etisses, enquanto
a medalha de ouro ficou com o francês Phillipe Rozier e seu
ideal de Roy.
No mesmo dia, Veniss disputou a série 1,40 metro com
Ad Capuera, com quem conquistou, mais uma vez, a quarta
colocação. o campeão da vez foi o também francês Ce-
dric Angot, montando Picolo. Ainda em 28/10, luciana,
com seu Winningmood, foi a grande vencedora da prova
a 1.50/1.60 metro, cujo percurso completou sem faltas em
57s55, superando os demais 64 concorrentes. destaque
também para Athina onassis de Miranda, 11ª colocada,
com seu Ad Crosshill.
GrANdE PrêmIo – 3ª EtAPA roLEx FEI WorLdCuPquarenta cavaleiros concorreram na prova mais impor-
tante da competição, o grand Prix 5*. o melhor de todos
foi o campeão europeu Rolf goran Bengtsson – dessa vez
montando Casall la silla. o cavaleiro sueco foi o mais rápido
dos 9 concorrentes que disputaram o desempate, com a
marca de 40s88. “Casall fez a diferença saltando um per-
curso nítido hoje. Eu não ousei ir muito rápido nas linhas
longas porque esse foi o motivo pelo qual cometi um erro
semana passada”, explicou o vencedor. o sueco manteve-se
pragmático quando interrogado sobre sua vitória: “É o meu
trabalho. A vida não para uma vez que você tenha ganho
um título, você tem que continuar vencendo e assegurar-se
que o cavalo mantenha uma boa performance”, diz.
o segundo lugar do gran Prix foi conquistado por uma
amazona que está em uma boa maré atualmente, kathari-
na offel. Foi recentemente divulgado que offel terminou
sua parceria com o empresário ucraniano Alexander onis-
chenko, mas a separação não pareceu afetar os resultados
da amazona. katharina fez dois percursos zerados no gP,
montando Cathleen 28.
“Cathleen está em boa forma no momento, ela fixou
em 2º lugar na Riders tour de Hannover semana passada
e hoje não ficou muito longe da vitória. Na verdade, ela
ficou apenas 7 centésimos de segundo atrás do campeão”,
relata offel. A vice-campeã diz que não sabe como poderia
melhorar ainda mais sua participação na competição, e que
por isso não se arrepende. “ Rolf goran Bengtsson foi incrí-
vel hoje”, elogia.
Fonte: FEi - Foto: stockPhotoimages/FEi
Atletas brasileiros conquistaram im-portantes colocações durante o badala-do campeonato.
21
1. Premiação do ven-cedor Rolf-göran.
2. salto de steve guerdat, terceiro lugar no gP.
3. salto do conjunto katharina offel e Cathleen 28.
4. kevin staut, anfitrião do concurso ocupou a 4ª colocação.
3
4
Aconteceu no Haras Agromen, em orlandia, são Paulo, o Campeonato Paulista
de Cavalos Novos. Entre os dias 12 e 15 de outubro, o mais premiado criatório bra-
sileiro recebeu nada menos que 215 animais participantes, concorrendo em quatro
categorias: de quatro a sete anos.
A categoria 4 anos (1,05 metro) teve 59 concorrentes; a de 5 anos (1,15 metro)
60, a de 6 anos (1,25 metro) 63 e, finalmente, a de 7 anos (1,35 metro) contou com
31 conjuntos participantes. Foram para a decisão final os 50% melhores colocados
de cada série. os animais registrados na Federação Paulista de Hipismo também
concorreram ao título estadual.
CAtEGorIA 4 ANoS - Na sexta-feira, dia 14, 15 conjuntos chegaram zerados
ao final do terceiro percurso, habilitando-se, assim, ao desempate, que deci-
diria o vencedor pela melhor aproximação do tempo ideal de 52 segundos. o
primeiro lugar paulista e também nacional ficou com Monet HV (Manhattan
x imandra HV), apresentado por João Ferraz Coelho e marcando 51s59 no
cronômetro.
o vice campeonato foi conquistado por Airbone dC, montado por tiago
M. diniz Costa, seguido da égua gioconda JMen e Edison de Aguiar Coutinho.
CAtEGorIA 5 ANoS - dezenove concorrentes garantiram pista limpa e foram
para o desempate, também no dia 14. o tempo ideal da categoria era de 46
segundos, e quem mais aproximou-se dele foi quintana JMen (quinar Z x Pithiula
JMen), que garantiu o título estadual com Renato Rodrigues dos santos. o cam-
peão nacional foi sl Cardial (Cardento x sl sultana), apresentado pelo cavaleiro
luiz Felipe Pimenta Alves.
CAtEGorIA 6 ANoS - o desempate foi disputado por apenas 7 conjuntos que
mantiveram-se sem faltas. A disputa tanto pelo título estadual quanto pelo na-
cional foi vencida por Burggirl dC (Burggraf x Play girl doanjo), montada pelo
cavaleiro tiago M. diniz Costa, na marca de 30s17. o segundo lugar ficou com
Cantus JMen, apresentado por saint Clair de Aguiar, e a medalha de bronze foi
conquistada por gibraltar Climber e Rafael
Ribeiro.
CAtEGorIA 7 ANoS - o título de cam-
peão paulista e nacional ficou com Za-
terdag Cooper (quattro x lancelot) mon-
tado por luis Antonio Piva Filho, que
cronometrou 33s51. o segundo lugar
foi ganho por quito Jal e Fernando sa-
ragiotto, seguido pelo terceiro colocado
dimensional du Banney, com o cavaleiro
Artemus de Almeida.
Guilherme em Londres 2012> o experiente course-designer interna-
cional guilherme Jorge participará como
desenhador assistente nos Jogos olímpi-
cos de londres, auxiliando o inglês Bob
Ellis. o brasileiro já atuou como assistente
também nos Jogos Equestres Mundiais de
2010 e no Pan Americano de 2011. “Eu
e o Bob Ellis temos um ótimo relaciona-
mento, e ele queria que eu fizesse parte de
sua equipe nas olimpíadas”, comemora o
brasileiro.
Brasil no Pan> o time de atletas
brasileiros deixou gua-
dalajara com 104 atletas
classificados para os Jo-
gos olímpicos de londres
em 2012, alcançando sua melhor par-
ticipação fora de casa em Pan-Ameri-
canos. Ao total, foram 141 medalhas
para os representantes verde e ama-
relos, sendo 48 ouros, 35 pratas e 58
bronzes.
Brasileiro de Volteio> o Brasil fez bonito no 3º Campeonato
Mundial de Equitação de trabalho, reali-
zado em lyon, na França, no dia 30 de
outubro. de volta ao concurso após nove
anos, os cavaleiros brasileiros garantiram
uma medalha de bronze no individual,
com o conjunto Fábio lombardo e Brilho
do Rimo.
Master em Hong Kong> Agora é oficial: o primeiro Masters Jumping
da ásia acontecerá entre os dias 1 e 3 de março
de 2012. o evento terá como sede Hong kong,
com parceria do Jockey Clube e da Federação
Equestre da cidade. durante os três dias de
provas será entregue um total de 1 milhão de
dólares em prêmio.
Campeonato
Cavalos Novos
Fonte: impresna CBH | Foto: Roberta Milani
2. Pódio nacional, Cavalos Novos 5 anos.
1. Pódio nacional, Cavalos Novos 4 anos.
2
1
.
42
Em 22 e 23 de outubro de 2011, a Hermès realizou pela
primeira vez no Brasil um evento de hipismo clássico, na
modalidade de salto - Primeira Copa Hermès de Hipismo.
Na Fazenda Boa Vista, próxima a são Paulo, a competição
reuniu 115 renomados cavaleiros e amazonas brasileiros nas
categorias sênior, Junior, Young Rider e Amador.
A Copa Hermès, evento aberto apenas a convidados,
recebeu aproximadamente mil pessoas, entre especialistas
e iniciantes em hipismo, numa demonstração da elegância,
técnica e cumplicidade entre o cavaleiro e seu cavalo. Entre os
que prestigiaram o evento: Angela Auriemo, Mariana Auriemo
e Maria Ana do Valle Pereira, Jose Auriemo Neto, Richard
Barczinski, álvaro Coelho da Fonseca, o fotógrafo JR duran,
Rogério e Ana Joma Fasano, Joka e Nizan guanaes, Johanna
stein, entre outros.
o evento contou também com presença da delegação da
Hermès - Pascale Mussard - diretora Artística da Petit H; Patrick
Albaladejo - Vice-Presidente Executivo de desenvolvimento
Estratégico e imagem Corporativa; Fabrice Crespel - Equestrian
sales Manager, Marion Bardet - diretora do departamento
Equestre, Roland Herlory – diretor geral da Hermès para
América latina e Caribe.
Fabricante de selas e arreios desde 1837, a Hermès continua
sua jornada com seu primeiro cliente: o cavalo. Até hoje a
atividade de selaria, com ateliers situados no Faubourg saint
Honoré, 24, em Paris, continua como o trabalho central da
Hermès.
A procura constante da melhor qualidade sempre foi a busca
da Hermès. desde seu estabelecimento em 1837, seis gerações
de artesãos empreendedores e apaixonados contribuíram para
ampliar seus valores: um savoir faire construído no trabalho
altamente habilidoso e preciso dos mais finos materiais, no
amor por belos objetos criados para durar ao longo do tempo
e no espírito constante de inovação. A empresa é chefiada
pelo CEo Patrick thomas. A direção artística é de Pierre-Alexis
dumas, membro da sexta geração da família.
Exposição e artesãoPara complementar o evento, além da exposição
fotográfica “Horse” de koto Bolofo e da boutique Hermès,
era possível observar passo-a-passo a confecção da sela
talaris, lançamento no Brasil. o artesão-seleiro Roman
Burtiey, que trabalha em Paris veio especialmente para a
ocasião e mostrou o processo ao longo dos dois dias.
Copa Hermès
texto: roberta milani | Foto: Anna Paula Carvalho
I N f O R m E
.
A competiçãoo cavaleiro pernambucano, que hoje representa são Paulo, Andre Américo
de Miranda, montando Blaton, foi o vencedor do gP Prêmio Credit suisse
Hedging-griffo, a 1.55m. A prova que encerrou o evento contou com 27
participantes. desses, apenas 4 conseguiram zerar a pista elaborada por Robert
Ellis, e voltaram para o desempate.
Miranda, último a entrar no desempate, bateu a marca de 47s43 sem
faltas. Em segundo lugar ficou Felipe Amaral com dante du Petit lannoy. Em
terceiro Artemus de Almeida com dimensional landritter ii. A quarta posição
foi ocupada por Pedro Junqueira Muylaert com ducati. Em quinto Bartholomeu
Bueno de Miranda Neto com gk Romy Voltaire design. o sexto lugar foi do
cavaleiro Rafael Ribeiro com Rhea smet Climber.
“o desempate foi bom para o público e para os participantes, com lugares
de curva e galope. depois do guilherme Nogueira Jorge e da Marina Azevedo,
Robert Ellis é na minha opinião o terceiro melhor armador do mundo, afirmou
o campeão do gP Andre Miranda.
o campeão do gP Credit suisse Hedging-griffo recebeu além da sela
talaris, confeccionada pela Hermès, uma premiação em espécie no valor de
R$ 30 mil reais.
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