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REVISTA No 73 • ouTubRo/NoVEmbRo 2008
Perdigão reforçaa sua atuação no rio grande do sul e se torna a maior emPregadora local
CRESCENDOCOM OS GAÚCHOS
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rio
2 Perdigão HoJe
No início de 2008, a Perdigão concluiu o maior
investimento de toda a sua história – adquiriu
o controle da Eleva, uma das mais tradicionais
indústrias gaúchas, por R$ 1,7 bilhão. Com essa
operação, a companhia se tornou um dos maiores players da
indústria brasileira de lácteos e, ainda, ampliou fortemente
a sua atuação no Rio Grande do Sul, onde já é a maior em-
pregadora de mão-de-obra.
Historicamente, a Perdigão sempre manteve estreitos vín-
culos com o estado, vizinho de Santa Catarina, onde iniciou
suas atividades, há sete décadas e meia. Vinha dos campos
gaúcho o milho que abasteceu os seus primeiros plantéis
de aves e suínos. Nos anos 80, instalou sua primeira base
industrial em Marau e, desde então, conquistou um espaço
cada vez maior no mapa gaúcho dos negócios e na vida de
muitos municípios. Vários deles têm na Perdigão o principal
agente de desenvolvimento.
A incorporação da Eleva consolidou nossa parceria com
a terra de Érico Veríssimo, Mario Quintana, Lupicínio Rodri-
gues, Elis Regina e tantos outros talentos. O Rio Grande é a
maior operação da empresa e, da mesma forma, os produtos
Perdigão são líderes de mercado na preferência dos consu-
midores locais.
A Perdigão não gera apenas negócios. Também leva para
todas as regiões do estado, da área metropolitana de Porto
Alegre à região da Campanha, um modelo de negócios ba-
seado na busca da inovação, nos avanços tecnológicos, na
capacidade de pessoal, na preservação do meio ambiente e
na melhoria da qualidade de vida das comunidades.
O mesmo ocorre em todos os estados em que a empresa
está presente. Para a Perdigão, o papel de uma organização
empresarial não é apenas obter lucro – o que, aliás, ela tem
feito muito bem. É, sobretudo, contribuir para o desenvol-
vimento e para uma sociedade que ofereça oportunidades
para todos.
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José Antonio do Prado Fay
Gaúcho de Porto Alegre,
diretor geral da Unidade
de Negócios Perdigão e
presidente da Perdigão a
partir de novembro
3 Meio AMbieNteMais um prêmio
4 LogísticAO megaCD São Paulo
6 ProdutosPara todos os gostos
8 iNtegrAçãoEmoções em Carambeí
10 cAPANo mapa do Sul
14 gestãoNa era eletrônica
15 LácteosMudança de cultura
16 PArceriAAposta na expansão
18 AcoNteceNotícias Perdigão
gaúchaA forçA
Perdigão HoJe 3
Meio
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te
MAis uMA conquista
A unidade de Herval d´oeste é premiada por seu sistema de gestão integrada
Queda nos índices de falhas ope-
racionais; 500 dias sem aci-
dentes com afastamento; mais
investimentos no tratamento
de efluentes; gerenciamento de 100% dos
resíduos gerados no complexo industrial.
Esses são, em resumo, alguns dos principais
resultados da implantação do Sistema de
Gestão Integrada (SGI) na unidade de Herval
d´Oeste (SC). Reflexo de um trabalho que
levou à certificação nas normas ISO 9001,
de qualidade; ISO 14001, de gerenciamento
ambiental, e OHSAS 18001, de saúde e se-
gurança no trabalho, o SGI valeu à empresa
a conquista do Prêmio Fritz Müller 2008, na
categoria Gestão Ambiental.
“O SGI é um importante diferencial que
tornou o complexo mais competitivo e produ-
tivo e reforçou seus elos com a comunidade”,
explica Deivis Luis Kunst, coordenador do
Sistema de Gestão Ambiental de Herval
d’Oeste. Com cerca de 1.500 funcionários e
operação em dois turnos, a unidade é voltada
para o abate e processamento de suínos.
De Herval d´Oeste são embarcados cortes
suínos para a Rússia. Na área ambiental,
um dos pontos fortes na implantação do
SGI foi a disseminação das boas práticas e
dos sistemas de controle. “O
comprometimento de todos,
da alta direção ao pessoal
das linhas de produção,
também pesou bastante”,
avalia Deivis. Além do Fritz
Müller, outro importante re-
conhecimento tem vindo
das escolas da cidade e da
vizinha Joaçaba, que levam
seus alunos para conhecer
de perto o que a Perdigão
faz pela preservação do
meio ambiente.
CaMpeã eM prêMioS
Concedido pela Fundação do Meio ambiente (Fatma) desde 1982, o Fritz Müller é a mais importante premiação na área ambiental da região sul. Com a conquista obtida por Herval d´oeste em 2008, a Perdigão passa a acumular oito troféus, liderando o ranking das empresas vitoriosas. as iniciativas premiadas foram:
1996Modernização da estação de tratamento de efluentes de Videira2000Conjunto de programas adotados em Capinzal2003Projetos implantados em Videira2004obras ambientais em Herval D´oeste2005Criação da reserva ambiental natureza Viva, em Videira2006Consolidação do sistema de efluentes de Capinzal2007Conjunto de ações de gestão ambiental implantado nas unidades industriais 2008Conjunto de ações em Herval d’oeste
Comemoração: a vitória nasceu do comprometimento
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4 Perdigão HoJe
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o CD De últiMA geração
são Paulo passa a contar com um dos maiores e mais avançados centros de distribuição do país
Já está em operação em Embu das Artes,
a 27 quilômetros da região central de
São Paulo, o novo Centro de Distribui-
ção (CD), que vai atender a cerca de
16 mil clientes da Perdigão em toda a área
metropolitana, principal mercado consumi-
dor do país. “É o maior da companhia e um
dos maiores do país no setor de alimentos
refrigerados”, diz João Batista Oneda, gerente
nacional de Logística.
Com cerca de 29 mil metros de área
construída, o novo CD tem capacidade para
quase 24 mil posições, é dotado de soluções
logísticas e equipamentos de última geração
e foi projetado especialmente para operar
com carnes e produtos lácteos refrigerados.
“Ele é um retrato do novo perfil da empresa”,
conta Oneda.
No total, os investimentos no empre-
endimento ultrapassaram R$ 126 milhões,
volume de recursos equivalente aos exigidos
para a instalação de uma planta industrial
de médio porte. Desde 2006, equipes das
áreas de logística, engenharia e tecnologia
da informação vinham trabalhando em
conjunto nesse projeto.
A localização ganhou dimensão es-
tratégica. Enquanto técnicos da Perdigão
visitavam no exterior centros de distribuição
considerados referência no ramo de ali-
Embu: projeto mobilizou toda a empresa e investiu recursos iguais aos exigidos para instalar uma fábrica. Ao fundo, montagem final dos transelevadores
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5Perdigão HoJe 5
mentos, aqui tinham início os estudos para
escolha do terreno. Os principais pontos que
orientaram a busca foram a proximidade
com as principais rodovias que chegam à
capital paulista, o acesso fácil à Grande São
Paulo e a oferta de mão-de-obra.
Na era dos robôsA opção foi por uma área de 302 mil
metros quadrados, em frente à Rodovia Régis
Bittencourt, principal via de ligação entre
São Paulo e o sul do país. É pela Régis Bitten-
court, privatizada recentemente, que trafega
grande parte da frota da Perdigão, trazendo
produtos das fábricas do Rio Grande do Sul,
de Santa Catarina e do Paraná ou levando
cargas das unidades do Centro-Oeste para
os portos de Itajaí e Paranaguá, onde são
embarcadas para o exterior.
O prédio foi rigorosamente planejado
para permitir mais velocidade e segurança
às operações. As câmaras para armazena-
gem estão instaladas em 9,6 mil metros
quadrados. O CD também conta com duas
antecâmaras – uma para recebimento, com
quase 4 mil metros quadrados, e outra para
expedição, com cerca de 3,2 mil –, o que
possibilita realizar simultaneamente ope-
rações de carga e descarga por 24 horas.
Também há docas para a entrada e saída de
mercadorias. São 50, no total, ajustadas ao
perfil da frota da Perdigão, que inclui desde
grandes carretas, que chegam das fábricas,
até veículos de pequeno porte, que saem
do CD para rodar nas cidades.
Os avanços tecnológicos representam
outro grande diferencial. Uma das inova-
ções é o conjunto de sete transelevadores,
dispostos numa área de 4,4 mil metros qua-
drados e 35 metros de altura. Importados
da Espanha, eles funcionam como robôs,
operando por meio de um software, sem
interferência humana, em temperaturas de
até 25 graus negativos. Com montagem
complexa, os transelevadores vão entrar
em operação no início de 2009.
2 mil toneladas de açoFabricados na Itália, os equipamentos
de movimentação são o que há de mais
moderno no mercado, assim como os pro-
cessos utilizados. É o caso, por exemplo,
do voice-picking, sistema de comando de
voz para separação dos pedidos, ou do
gerenciamento por rádio-freqüência. Tudo
foi rigorosamente planejado para que a
primeira carga a chegar seja também a
primeira a sair, o que é crucial no setor de
refrigerados.
Os números do empreendimento são
grandiosos. A terraplenagem movimentou
400 mil metros cúbicos de terra, o equi-
valente a 73 mil viagens de caminhão. As
esteiras transportadoras, que ligam as câma-
ras e antecâmaras com os transelevadores,
medem 350 metros lineares. No total, são
110 equipamentos de movimentação, 68
portas de câmaras e antecâmaras e 400
motores. A montagem do sistema de tran-
selevadores consumiu 2 mil toneladas de
aço e 2 toneladas de parafusos.
A parte humana recebeu atenção es-
pecial. O setor de apoio, onde ficam as
instalações da administração, vestiários e
refeitórios, tem uma área de convivência,
com acesso à internet. Os transportadores
e carreteiros também dispõem de completa
infra-estrutura para seu conforto e lazer,
incluindo banheiros privativos, vestiário,
escritório, cozinha e churrasqueira.
O projeto do CD também buscou solu-
ções para o uso racional de recursos natu-
rais. A água das chuvas é reaproveitada na
limpeza do prédio e na irrigação dos jardins.
Um sistema de desumidificação das câmaras
com água quente ou processos químicos, no
caso dos congelados, permite economizar
energia no processo de degelo. Além disso,
uma área de 70 mil metros quadrados foi
reservada para preservação ambiental, com
o plantio de diversas espécies.Embu: projeto mobilizou toda a empresa e investiu recursos iguais aos exigidos para instalar uma fábrica. Ao fundo, montagem final dos transelevadores
Separação de pedidos: uma das etapas que conta com soluções tecnológicas inovadoras
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6 Perdigão HoJe
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com a aquisição da Eleva e da
Cotochés, a Perdigão avançou
no setor de lácteos e firmou
presença em importantes seg-
mentos. A empresa passou a ter grande
participação no mercado de queijos, ofe-
rencendo um amplo portfólio de produtos,
duas marcas de presença nacional (Santa
Rosa e Elegê) e duas regionais (Cotochés
e Unileite).
A pulverização, com milhares de pe-
quenos fabricantes, dificulta a consolida-
ção de dados sobre a produção de queijos
no Brasil, iniciada com a chegada dos
imigrantes europeus, principalmente por-
tugueses, italianos, alemães e, em menor
escala, holandeses e dinamarqueses, que
trouxeram para cá uma tradição milenar.
Segundo estimativa da consultoria Euromo-
nitor, publicada em maio pelo jornal Valor
Econômico, a indústria de queijos movi-
menta anualmente cerca de R$ 8 bilhões.
Os queijos processados, segmento
em que a Perdigão atua, respondem por
20% desse total e têm apresentado cres-
cimento de 5%, em média, ao longo dos
últimos anos. A empresa é forte especial-
mente nos tipos prato e mussarela, dois
dos mais procurados e mais tradicionais
queijos produzidos no Brasil. Macio, de
coloração amarelo-claro e sabor suave,
o prato foi introduzido no país nos anos
20 por imigrantes dinamarqueses. Com o
tempo, conquistou os brasileiros e passou
a ser largamente utilizado em sanduíches,
aperitivos e saladas. Já a mussarela, indis-
pensável para uma boa pizza, tem origem
italiana e era produzida inicialmente com
com várias marcas, a Perdigão tem opções de queijos para todos os gostos
AMploportfólio
7Perdigão HoJe 7
leite de búfala. Com a troca pelo leite de
vaca, ganhou o mundo e hoje está entre os
queijos preferidos no Brasil.
Utilizando a força de sua distribuição e
o prestígio da marca Perdigão, a empresa
planeja reforçar sua atuação nesse seg-
mento. Ações de marketing estão pro-
gramadas para dar suporte aos produtos
do portfólio, que deverá ser ampliado.
“Teremos novidades em breve”, afirma
Mila Fiorese, gerente de marketing de
leites e queijos.
Santa RosaUma das principais marcas da Perdigão
é Santa Rosa (RS), cujos produtos eram
fabricados originalmente na cidade do
mesmo nome. Os queijos prato e mussa-
rela Santa Rosa têm presença nacional e
trazem a qualidade e o sabor típico dos
produtos frescos da fazenda. O Queijo
Mussarela o Queijo Prato são fabricados
com leite fresco e pasteurizado, cuida-
dosamente selecionado para oferecer um
produto final de alta qualidade. “Por suas
características e pela facilidade de derreter
no ponto certo, o Queijo Mussarela é ideal
para ser usado em pizzas, e os dois são bas-
tante consumidos para acompanhar lan-
ches e sanduíches”, diz Mila. Atualmente,
os queijos são produzidos na vizinha Três
de Maio e na unidade de Ijuí.
ElegêProduzidos com quase meio século de
experiência e tecnologia em alimentos, os
queijos Prato e Mussarela Elegê também dão
um sabor especial a sanduíches, petiscos e
a uma ampla gama de receitas, acentuando
o sabor dos pratos, que ficam de dar água
na boca. Os dois são preparados com o
puro Leite Elegê e com técnicas tradicionais
adotadas nas melhores queijarias do mundo.
Já comercializados em diversas regiões, os
queijos Elegê em breve chegarão aos pontos-
de-venda de todo o país. Os produtos são
fabricados nas unidades gaúchas de Três de
Maio (mussarela) e Ijuí (prato).
CotochésA linha Cotochés é uma tradição mi-
neira desde 1950. Um dos pontos fortes é o
queijo Minas Frescal, de sabor mais suave,
ideal para o café da manhã e para acompa-
nhar a sobremesa. Com a goiabada, forma
uma dupla imbatível.
Outra opção, entre os queijos tipo Minas
é o Padrão, curado ou meia-cura e mais
consistente que o tipo Frescal. Já o queijo
Reino Cotochés é uma boa sugestão para
sanduíches ou nas receitas culinárias. Todos
os queijos são produzidos na unidade de Rio
Casca (MG), de onde também saem grandes
volumes de queijos mussarela e prato.
UnileiteDepois de completar meio século, a
marca Unileite, fabricada em Ivoti (RS)
continua fiel às suas origens, reunindo
qualidade e tecnologia de ponta em uma
linha completa de queijos, produzidos
com leite selecionado. Seu portfólio inclui
queijos Quark, Mussarela, Prato e Minas
Frescal, com uma opção light para o Quark
e uma versão sem sal para o queijo Minas.
Os produtos Unileite fazem parte do dia-a-
dia dos gaúchos e catarinenses e são distri-
buídos principalmente por carreteiros che-
gando fresquinhos aos pontos-de-vendas.
8 Perdigão HoJe
inte
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Josué Ribeiro Alves, funcionário da
área corporativa da Regional Videira
(SC), mudou sua rotina nos últimos
meses. Além do trabalho e das ati-
vidades que desenvolve normalmente,
passou a treinar pesado duas vezes por
semana. Ele faz parte da equipe de futebol
suíço que vai representar Videira nos Jogos
da Integração Perdigão, programados para
o período de 13 a 15 de novembro, em
Carambeí, no Paraná.
Os Jogos da Integração foram realizados
pela primeira vez em 1989, em Videira,
com o nome de Olimpíadas Perdigão.
Desde então, nenhum outro
evento esportivo e cultural
promovido por uma organi-
zação empresarial mobiliza
tanta gente. Em sua 13ª edição
e agora com novo nome, vai
reunir cerca de 1.300 funcio-
nários de todas as unidades da
empresa. Para participar das
competições, muitos deles vão
cruzar o país inteiro.
“Os jogos promovem a
integração, desenvolvem ha-
bilidades, estimulam a supera-
ção de obstáculos e criam um
ambiente altamente positivo
para os funcionários, além
de abrir canais de relaciona-
mento com a comunidade”,
diz Gilberto Orsato, diretor de
Relações Humanas. Importante instrumento
de união, eles ganharam um papel ainda
mais relevante quando a Perdigão abriu
novas fronteiras, expandindo o mapa de
seus negócios. “O esporte é o mais forte
elo para aproximar as pessoas”, afirma.
Expectativa nos Campos GeraisO evento está sendo aguardado com
ansiedade pelos atletas. “Todos estão mo-
tivados e treinando intensamente para
representar bem sua unidade”, diz Josué,
que competirá pela segunda vez. Mas a
expectativa não é menor em Carambeí.
Os Jogos da Integração já quebraram a
rotina da cidade, de pouco mais de 16 mil
habitantes, que vai sediar os jogos pela
primeira vez, e estão movimentando toda
a região dos Campos Gerais, no centro do
estado, onde estão localizados municípios
como Ponta Grossa e Castro.
Fundada por imigrantes holandeses, a
cidade conserva a herança de seus primei-
ros povoadores nos traços arquitetônicos
de suas casas e no sabor de suas tortas.
Em 2000, a Perdigão adquiriu uma planta
de aves – frangos e perus – e em 2006
união e conquistascarambeí vai sediar um dos maiores eventos esportivos do mundo corporativo
Josué: pronto para entrar em campo
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9Perdigão HoJe 9
assumiu o controle total da Batavo, fabri-
cante de produtos lácteos. Juntas, as duas
fábricas empregam atualmente mais de 5
mil funcionários.
A cidade e a Regional Carambeí
estão trabalhando ativamente nos pre-
parativos, mantendo uma tradição. A
cada edição, a cidade escolhida como
sede dos jogos não mede esforços para
organizar um evento inesquecível, numa
saudável competição.
Um dos diferenciais deste ano é a mo-
derna estrutura social e esportiva que foi
montada especialmente para os jogos. Além
dos espaços cedidos pela prefeitura, que
fornecerá os alojamentos, e pelo governo
do estado, os atletas contarão com um
moderno ginásio – equipado com quadras
poliesportivas, campos de futebol suíço,
futebol de campo, academia, quadras de
bocha e salão de jogos –, onde vão acon-
tecer a maior parte das competições. O
complexo faz parte da sede da Sociedade
Esportiva e Recreativa Perdigão (Serp), o
clube de funcionários da empresa, em fase
final de construção, que tem inauguração
prevista para meados de outubro.
22 modalidadesUma das vantagens em relação às ou-
tras edições é que este ano os locais dos
jogos são todos muito próximos, o que
permitirá que os visitantes tenham tempo
para conhecer melhor a cidade e participar
de mais atividades. São esperados visitantes
de toda a região e de vários estados vizi-
nhos, o que deverá dar forte impulso ao
comércio e ao turismo, como aconteceu
em todos os eventos anteriores.
Serão disputadas 22 modalidades,
incluindo esportes olímpicos – as várias
versões de futebol (entre elas futsal femi-
nino), basquete, handebol e natação, e
a popular bocha. Mas os jogos de salão
(dama, canastra e dominó) também prome-
tem grandes emoções. Outros pontos altos
serão o Festival da Canção e a escolha da
Rainha dos Jogos da Integração.
O evento será aberto com um desfile das
delegações, que percorrerão as principais
ruas da cidade até o ginásio, onde aconte-
cerá a cerimônia para hastear a bandeira e
acender a pira olímpica. Um dos momentos
mais esperados é o show com a banda Jota
Quest, que deverá atrair grande público.
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AvAnço no rio grandePerdigão fortalece participação na economia gaúcha e contribui para o desenvolvimento do estado
No primeiro semestre de 2008,
quase 518 mil toneladas de
produtos saíram das unidades
de carnes e lácteos da Perdigão
no Rio Grande do Sul para abastecer pontos-
de-venda de todo o país. É um volume que
exigiria 20 mil carretas se fosse transportado
simultaneamente. Em vendas, essa enorme
carga correspondeu a R$ 1,5 bilhão, receita
suficiente para colocar a empresa entre as
dez maiores do estado.
A Perdigão, que já era a maior processa-
dora de carnes do Rio Grande do Sul, reforçou
sua presença no topo do ranking do setor de
alimentos com a aquisição da Eleva, detentora
das marcas Avipal e Elegê, concluída no início
do ano. “O Rio Grande do Sul, quando con-
siderados os segmentos de carnes e lácteos,
passou a ser a principal base de operação da
companhia”, diz Joaquim Goulart Nunes,
diretor de operações da Regional Sul.
Qualquer que seja o indicador utilizado,
a empresa tem posição de destaque na eco-
nomia gaúcha. Os números falam por si.
São 14 plantas industriais – oito de carnes e
seis de lácteos –, além de fábricas de ração,
centros de distribuição, filiais e postos de
recebimento de leite em terras gaúchas, com
um quadro que chegou a 14,8 mil funcioná-
rios no final de julho, fazendo da Perdigão
a maior empregadora local. O número de
abates de aves da empresa passou de 111,9
milhões de cabeças em 2007 para 122,8
milhões no primeiro semestre de 2008. Os
abates de suínos, que em 2007 atingiram 691
mil cabeças, cresceram para 707 mil cabeças
entre janeiro e julho deste ano.
De tudo o que a Perdigão exportou nos
primeiros seis meses do ano, um terço foi
produzido no Rio Grande do Sul. O valor –
cerca de R$ 812 milhões – representa quase
o dobro do registrado no primeiro semestre
de 2007 e ficou só um pouco abaixo do total
exportado por todas as indústrias de calçados,
um dos setores industriais mais fortes e tradi-
cionais do estado.
Em ICMS (Imposto Sobre Circulação de
Mercadorias e Prestação de Serviços), a Per-
digão gerou R$ 29,2 milhões nos primeiros
meses de 2008. Entre impostos e contribuições,
o total chegou a R$ 167 milhões. Para se ter
uma idéia, é o dobro do orçamento anual – ou
seja, todos os recursos financeiros – de uma
cidade como Lajeado, de 68 mil habitantes,
onde a empresa tem uma planta de abates
de aves e suínos.
Recursos e bem-estar“Trata-se de uma notável contribuição ao
nosso desenvolvimento, pelo que representa
de aporte de recursos, geração de receita tribu-
tária, criação de empregos diretos e indiretos
e expansão da circulação de riquezas”, diz
a governadora Yeda Crusius. “Saúdo com o
maior entusiasmo a nova e decisiva fase da
Perdigão no Rio Grande do Sul, pelo que
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Yeda Crusius: “uma notável contribuição para o nosso desenvolvimento”
11Perdigão HoJe 11
significa de aporte à economia e à promoção
do bem-estar social do estado e das comuni-
dades onde atua.”
Em todos os municípios em que mantém
bases operacionais, a Perdigão está entre os
maiores agentes de desenvolvimento e, em
muitos, é o principal deles. Em Marau, de 34
mil habitantes, onde conta com três plantas
de aves, a empresa responde por 44,7% do
movimento econômico da cidade. Na vizinha
Camargo, que tem na avicultura a principal
atividade de seus 2.500 moradores, sua par-
ticipação chega a 55,7%.
“Camargo é apenas um exemplo do vigor
que a Perdigão leva à zona rural. A empresa
dispõe de uma rede de 3.450 produtores
integrados de aves e suínos, em sua maior
parte pequenos e médios proprietários, sem
contar os mais de 15 mil produtores de leite,
que respondem por cerca de 40% do volume
captado nas bacias gaúchas”, ressalta o diretor
regional. Entre janeiro e junho, as granjas
dos integrados consumiram quase 500 mil
toneladas de grãos.
“Ao realizar grandes investimentos no Rio
Grande do Sul, a Perdigão deu uma contribui-
ção inestimável para ampliar o emprego e a
renda na economia gaúcha”, diz o ex-ministro
da agricultura Francisco Turra, presidente exe-
cutivo da Associação Brasileira dos Produtores
e Exportadores de Frangos (Abef). “Por isso,
merece uma contrapartida da parte do governo
estadual, na forma de investimentos públicos
na área de sanidade e infra-estrutura.”
No mapa do estadoNa área metropolitana de Porto Alegre,
onde vivem 40% dos gaúchos, a empresa
tem uma unidade de abate de frangos, uma
fábrica de rações, um incubatório e uma
planta de lácteos. Na região noroeste, rica
em milho, soja, leite, aves e suínos, concentra
algumas de suas principais bases, como Marau
(carnes) e Ijui e Santa Rosa (lácteos). Serafina
Corrêa, base de outra unidade de carnes, está
localizada na região nordeste, que tem um
dos melhores padrões de vida do estado. Na
zona central, fica o complexo de Teutônia,
a maior das unidades de lácteos (ver mapa
na página 13).
Em 2007, sustentada pelo bom desempe-
nho do agronegócio e da indústria, a economia
gaúcha voltou a crescer. O PIB teve alta de
7%, acima do índice nacional e a Perdigão
participou ativamente dessa retomada. Com
a incorporação da Eleva, seus investimentos
no estado totalizaram R$ 1,74 bilhão.
O Rio Grande do Sul é quarta maior eco-
nomia e o quarto maior mercado do país,
depois de São Paulo, do Rio de Janeiro e de
Minas Gerais. É um dos campeões do agrone-
gócio, mas também conta com um amplo e
diversificado parque industrial e um forte setor
de serviços. A Perdigão é líder de mercado
em carnes e lácteos no estado.
Esse potencial, somado ao bom momento
econômico, criou um ambiente favorável aos
negócios, que tem atraído novos investimentos.
“Um exemplo clássico e de grande ressonân-
cia é o da Perdigão” destaca a governadora
Yeda Crusius.
O plano de novos investimentos da em-
presa no Rio Grande do Sul contempla as
operações de lácteos e carnes. Só na planta
de carnes de Lajeado serão aplicados cerca de
R$ 60 milhões, para aumento da capacidade
de abates de aves, de 350 mil para 500 mil,
e de suínos, de 2 mil para 4 mil.
Segundo o gerente de operação de lác-
teos da Regional Sul, Angelo Faria, também
estão sendo investidos R$ 80 milhões nesse
segmento. Entre os projetos, destacam-se a
construção de uma indústria de leite em pó em
Três de Maio e de uma unidade de recepção
e resfriamento em Bagé. Além da moderniza-
ção da unidade de Ijuí, a planta de Teutônia
também recebe uma série de melhorias, como
a instalação de equipamentos de última ge-
ração para o processamento de produtos e a
ampliação da capacidade de estocagem do
Centro de Distribuição especializado em leite
UHT e subprodutos.
unidade de Teutônia: o maior complexo de lácteos da companhia
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12 Perdigão HoJe
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Elos históricosA Eleva consolidou a atuação da Perdigão,
mas os laços da empresa com os gauchos são
bem mais antigos. O que serviu de plataforma
para o salto que a companhia empreendeu
no Rio Grande do Sul foi a compra, em me-
ados dos anos 80, do Frigorífico Borella, de
Marau, fabricante de uma linha de produtos
que sempre foram sinônimo de qualidade.
Depois, veio a aquisição da Ideal, em Sera-
fina Corrêa.
A partir daí, os negócios do estado não
pararam de crescer. No final dos anos 90, a
empresa planejava instalar uma planta de
aves na Argentina, que seria a primeira fora
do Brasil. Depois de estudos que mostraram
diversos atrativos, acabou optando por instalar
uma nova unidade em Marau.
“O lance mais recente, antes da aquisição
da Eleva, foi a incorporação da Sino dos Alpes,
de Bom Retiro do Sul, fabricante de produtos
à base de carne suína e de frango. operação
permitiu desafogar o fluxo das plantas de
Marau e Serafina Corrêa, centralizando em
Bom Retiro a produção de linhas de pequena
escala”, lembra Joaquim Goulart.
Mas os investimentos no estado nem
sempre corresponderam aos períodos de
crescimento econômico. Em 2005, quando
a expansão gaúcha perdeu fôlego, a empresa
começou a operar um megaCD em Marau
(RS), na época um dos maiores da companhia.
Entre 2005 e 2007, os recursos aplicados em
Marau e Serafina Corrêa superaram a casa de
R$ 110 milhões. “Investimos em expansão e
na modernização das linhas, com a introdução
de equipamentos de última geração e os mais
avançados processos”, informa Joaquim.
Para dar suporte aos negócios locais, a
companhia mantém uma forte estrutura de
agropecuária e uma base administrativa que,
no momento, trabalha nos processos de a
captura de sinergias e integração entre as
equipes da Perdigão e da Eleva.
Muito além de riquezasPara a Perdigão, tão importante quanto
produzir riquezas é buscar avanços tecnoló-
gicos, obter ganhos em capacitação profis-
sional, contribuir para a preservação do meio
ambiente e promover o desenvolvimento das
comunidades que vivem ao redor de suas
bases e são essas as marcas de suas operações
no Rio Grande do Sul.
“Com uma plataforma industrial estru-
turada, diversificada e competitiva e seus
investimentos em pesquisa, segurança ali-
mentar, inovação e tecnologia, a Perdigão está
agregando valor ao perfil do Rio Grande do
Sul”, diz o empresário Paulo Tigre, presidente
da Federação das Indústrias do Rio Grande
do Sul (Fiergs). “A empresa será uma indu-
tora natural na expansão das oportunidades,
comprometida com o dinamismo das ações
e dos projetos nos quais o empresariado
gaúcho está engajado atualmente.”
Na área social, assim como em todas
as regiões onde está instalada, a empresa
desenvolve dezenas de projetos e mais um
está nascendo em Marau. É o Programa de
Inclusão da Pessoa com Deficiência, em par-
ceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi)
e já adotado em Videira (SC). “O programa
vai oferecer acesso à educação e descobrir
talentos”, explica Joaquim.
A parceria entre a Perdigão e o Rio Grande
do Sul tem muitos lances pela frente.
Planta de carnes de Serafina Corrêa: em expansão permanente
DiV
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Tigre, da Fiergs: “uma indutora de oportunidades”
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13Perdigão HoJe 13
Marau
Serafina Corrêa
Mato Castelhano
Gaurama
Lajeado
Teutônia
Arroio do Meio
Bom Retiro
São Lourenço do Sul
Ivoti
Porto Alegre
Capão do Leão
Santa Rosa
Três de Maio
Ijuí
Complexo de Carnes
Escritório Central
Complexo de Lácteos
Fábrica de Ração
CDs de Carne
operadoreS loGÍStiCoS - CarneS
operadoreS loGÍStiCoS - lÁCteoS
inCUbatórioSentrepoStoS de
leiteFiliaiS de vendaS
lÁCteoSalegrete – – – • –arroio do Meio – – • – –Cachoeirinha – • – – –Campo Bom – • – – –Canoas • – – – –Caxias do sul – – • – –Cerro largo – – – • –Chapada – – – • –Cordilheira alta – – – • –Crissiumal – – – • –esteio • • – – –Frederico Westphalen – – – • –garibaldi – – • – –ijuí – • – • •ivoti – – – • •Jacutinga – – – • –Marau – – • – –Porto alegre • – • – –santa Maria – • – – –santa rosa – – – • •são lourenço – – – • •são sepé – – – • –sede nova – – – • –tapera – – – • –teutônia – • – • •três de Maio – – – • –Viamão – – • – –
Maior baSe de operaÇõeS
Pelos quatro cantos do Rio
Grande do Sul circula a serviço
da Perdigão um total de 2,5 mil
caminhões, vinculados a 650
microempresas, que geram mais
de 3,2 mil empregos diretos.
14 Perdigão HoJe
GeS
tão
o fiM Do
papelPerdigão inova nos processos de transição para adotar a nota fiscal eletrônica
desde setembro, 37 unidades
da Perdigão em 16 estados,
passaram a emitir notas fis-
cais eletrônicas. Nesta pri-
meira fase, a versão eletrônica – ou
NF-e – corresponde a cerca de 50% do
total das notas e a 56% do faturamento.
Com isso, a empresa se antecipa à
exigência legal que tornou obrigatória
a substituição da nota fiscal de papel
para diversos setores, incluindo o de
carnes.
A criação da NF-e, por parte do go-
verno, é uma das medidas do programa
de modernização do sistema tributário
brasileiro e um dos pontos-chaves para
a instituição de uma reforma tributária.
Além de racionalização, ela traz vanta-
gens como redução de custos gráficos,
armazenagem e papel. Sua introdução,
no entanto, é um processo complexo e
as dificuldades aumentam quanto maior
é a organização. É o caso da Perdigão,
uma das maiores emissoras de notas do
país: a previsão da empresa para 2008 é
gerar 8 milhões de documentos.
Cerca de três dezenas de profissio-
nais das mais diversas especialidades
– da fiscal à logística, da tecnologia
da informação à infra-estrutura – estão
trabalhando no projeto, sob a coorde-
nação do Centro de Serviços Integrados
Perdigão, que concentra uma série de
serviços da companhia, em Itajaí (SC).
Às dificuldades decorrentes do porte
da companhia, vieram se somar outras,
como o prazo legal para implantação
em diversas unidades e as recentes aqui-
sições, como a da Eleva, que utilizava
processos e sistemas diferentes. “Mas
o desafio está sendo vencido no prazo
previsto”, diz Anderson Godzikowski,
gestor do projeto.
A primeira etapa, de planejamento,
envolveu estudos com técnicos da Secre-
taria da Fazenda de São Paulo e avaliações
sobre o impacto da mudança em cada
setor da empresa. Uma das iniciativas
inovadoras foi trabalhar em conjunto
com uma equipe da SAP, responsável
pelo software de gestão empresarial
utilizado pela companhia.
O projeto foi estruturado em dois
pilares: técnico e gestão da mudança.
“Temos cerca de 10 mil colaborado-
res com algum tipo de envolvimento
com a nota fiscal e eles estão habitu-
ados com o papel”, afirma Anderson.
A fase atual, de implantação e testes,
teve início com palestras nas unidades e
um trabalho de esclarecimento baseado
em um vídeo e material explicativo,
distribuídos para as equipes das áreas
comercial, de logística e back-office em
todas as unidades.
15Perdigão HoJe 15
lÁC
teoS
sAlto De qualidadeAs ações da Perdigão para promover a melhoria da qualidade da bacia leiteira de bom conselho
o início das operações da planta
de lácteos, parte do complexo
agroindustrial que a Perdigão
constrói em Bom Conselho,
no agreste de Pernambuco, está programado
para o primeiro trimestre de 2009. Mas, desde
junho, a empresa já está captando leite de
produtores locais, para estabelecer relacio-
namento comercial e técnico, além de pro-
mover junto aos produtores promover ajus-
tes que permitirão oferecer ao consumidor
produtos com maior qualidade.
Superando as expectativas, a captação
na região atingiu cerca de 50 mil litros por
dia, volume que deverá triplicar até a en-
trada da fábrica em atividade. Esse número
impressiona especialmente diante do perfil
dos produtores da região, em sua maioria
médios proprietários. Mas a maior conquista,
para a empresa e para o setor leiteiro, são os
ganhos de qualidade.
Bom Conselho sempre teve no leite uma
de suas principais atividades econômicas.
No entanto, o grande potencial de sua ba-
cia era contido por um conjunto de fatores,
que inibiram o crescimento do rebanho e
da falta de uma política de relacionamento
estável e seguro com as indústrias de trans-
formação.
O principal deles era justamente a qua-
lidade, assunto que ganhou importância
ainda maior diante das exigências e do re-
forço na fiscalização por parte do governo
federal. A Perdigão está mudando esse qua-
dro. Com a expertise acumulada nas ope-
rações da Batavo e da Elegê, está implan-
tando uma nova cultura na região. Os in-
centivos oferecidos pelo Fidelizaleite, pro-
grama de relacionamento com os produto-
res, já garantiram ganhos de produtividade
e de qualidade.
Cada produtor recebe orientação para
se ajustar aos rigorosos padrões de quali-
dade da empresa, parte do compromisso
de oferecer sempre o melhor ao consumi-
dor. O trabalho reforçou, por exemplo, a
importância da higienização em todas as
etapas da cadeia, da ordenha ao armaze-
namento e transporte.
Mas o salto que o sistema precisa dar
também depende de um empurrão das di-
versas instâncias de governo, na forma de
investimentos para assegurar o abasteci-
mento de água potável, fundamental para
a boa higienização do processo de coleta
e para consumo do rebanho, e da melho-
ria das estradas vicinais, evitando perdas
para o produtor por falta de acesso às suas
propriedades.Também é importante a co-
laboração das concessionárias de energia
para garantir um fornecimento estável, que
possibilite o armazenamento de leite em
condições adequadas.
Com isso, Bom Conselho e a região te-
rão tudo para ficar em pé de igualdade com
as melhores bacias leiteiras do país.
Vista aérea do canteiro de obras, onde cerca de 400 homens estão trabalhando na etapa final da planta de lácteos. Em seguida, vai ter início a construção de um centro de distribuição (CD), com início de operações previsto para maio de 2009. A unidade de carnes, que completa o projeto, começa a ser erguida nas próximas semanas.
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16 Perdigão HoJe
par
Cer
ia
ApostA nA expansãoNos próximos dois anos, o
Grupo Mateus vai inaugurar
mais cinco supermercados,
reforçando sua posição de
maior rede maranhense – atualmente,
são 12 supermercados. No médio e longo
prazo, a meta é estar presente em todos
os municípios com mais de 80 mil habi-
tantes. “Nossa estratégia é investir sempre
em expansão, e o Maranhão ainda tem
muito campo para nosso crescimento”,
diz Ilson Mateus Rodrigues, diretor presi-
dente e fundador da companhia.
Crescer é o que o Ilson, 45 anos,
vem fazendo desde meados dos anos
80, quando abriu uma mercearia, de 50
metros quadrados, em Balsas, a 800 qui-
lômetros da capital São Luís. Na direção
de um velho caminhão, ele trazia merca-
dorias de Imperatriz, a 400 quilômetros,
para vender na cidade. Com muito traba-
lho e visão de empreendedor, em pouco
tempo transformou o negócio em um
supermercado de médio porte.
Na esteira da sojaNos tempos de inflação elevada,
quando muitos de seus concorrentes pre-
feriam os ganhos do mercado financeiro,
Ilson investiu no crescimento e, desde
então, nunca mais parou. O sucesso
que obteve foi destaque recentemente
na revista Veja: segundo a publicação,
Ilson é um caso exemplar da capacidade
de explorar oportunidades trazidas pela
expansão da soja, que se tornou a grande
fonte de riquezas do sul do Maranhão,
onde fica Balsas.
A soja elevou a renda da região e
criou novos hábitos de consumo. Ilson
percebeu as mudanças que aconteciam e
lucrou com elas. No embalo da soja, abriu
outras lojas e em pouco tempo chegava às
principais cidades do estado. Em 2000,
inaugurou o primeiro supermercado em
Imperatriz, o segundo maior pólo econô-
mico do Maranhão. Três anos depois, a
rede fazia sua estréia na capital.
“Os Supermercados Mateus são mo-
o sucesso do grupo Mateus, a maior rede comercial do Maranhão
Perdigão nas gôndolas: uma cooperação que se fortalece cada vez mais
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17Perdigão HoJe 17
dernos e amplos, com 20 ou 25 check-
outs, e não ficam nada a dever para os
dos grandes centros”, afirma Jefferson
Borges, gerente da filial Fortaleza, res-
ponsável por uma área que se estende
até o Maranhão. Outros pontos impor-
tantes para a rápida expansão da rede
são os preços atrativos, a qualidade no
atendimento aos clientes e a capacita-
ção dos funcionários. “Foi isso que nos
permitiu construir com sucesso a nossa
trajetória”, comenta Ilson.
Elos estreitosAo longo desse caminho, o Grupo
Mateus e a Perdigão sempre mantiveram
um forte vínculo. Produtos Perdigão, Ba-
tavo e Elegê têm destaque nas gôndolas
das lojas e encontram bastante aceitação.
Os carros-chefes de vendas são as salsi-
chas, os hambúrgueres, os presuntos, as
lingüiças e a linha de pratos prontos, mas
todo o mix de produtos que a Perdigão
oferece é muito procurado, por sua quali-
dade e praticidade. “Como acontece nos
grandes centros, o consumidor do Mara-
nhão também procura esses atributos e a
rede é muito atenta às necessidades do
mercado”, analisa Jefferson.
“Nossa parceria foi se fortalecendo
conforme a rede se desenvolveu”, ob-
serva Ilson. Atualmente, o Grupo Mateus
está entre os cinco maiores clientes da
unidade regional de Fortaleza, respon-
sável também pelo o abastecimento do
Maranhã. O grupo sempre mostrou re-
ceptividade às novidades da Perdigão e a
empresa, por sua vez, desenvolve perma-
nentemente ações promocionais para dar
Ilson mateus: visão para construir um caso empresarial de sucesso
suporte ao esforço de vendas da rede.
Um indicador desse vínculo foi a
visita recente de Ilson a Embu das Ar-
tes para conhecer o mais novo centro
de distribuição (CD) da Perdigão (ver
reportagem das páginas 4 e 5). Seu
interesse era ver de perto novidades em
processos e equipamentos, já que em
breve estará em funcionamento o CD
para refrigerados construído pelo Grupo
Mateus, com uma área de 3 mil metros
quadrados. O ritmo das obras é intenso,
para que tudo esteja pronto e funcio-
nando bem até o Natal.
Desde 1998, Ilson passou a abrir no-
vas frentes, dando origem ao Grupo Ma-
teus, que tem uma equipe com mais de
4 mil funcionários. A primeira aposta foi
no atacado: atualmente o grupo distribui
cerca de 10 mil itens no Maranhão, Pará,
Piauí, Tocantins, em Pernambuco e na
Bahia, com uma frota de mais de 270
caminhões e um moderno sistema de lo-
gística desenvolvido especialmente para
a empresa. O marco mais recente dessa
diversificação foi a abertura, no ano pas-
sado, da primeira loja cash-and-carry,
combinação entre atacado de auto-ser-
viço e varejo que ganhou o apelido de
“atacarejo”. Dentro de dois meses, vem
aí um novo passo: vai ser inaugurada
mais uma loja de atacado.
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Ca
pa
18 Perdigão HoJe
aCo
nte
Ce
o Brasil nAs telAs
um cd pArA bovinos
desde julho, o Centro de Distribuição de Bauru (SP), que havia
sido transformado em escritório comercial e ponto de cross-
docking (recebimento e redistribuição de produtos) está nova-
mente em atividade, operando exclusivamente com carnes bovinas,
segmento que faz parte do portfólio da empresa desde 2006.
O CD recebe toda a produção do frigorífico de Mirassol
d´Oeste (MT), que é depois distribuída para o interior de São
Paulo e para outras capitais. A capacidade de armazenamento é
de 400 toneladas, volume que deverá ser ampliado futuramente,
possibilitando atender a todos os segmentos de clientes. O maior
desafio do projeto foi reajustar o sistema para operar com pesos
variáveis, característica dos cortes bovinos.
7 de setemBro nA rússiA
As comemorações oficiais do 7 de
Setembro na Embaixada do Brasil
em Moscou a, comandadas pelo
embaixador Carlos Antonio da Rocha Para-
nhos, tiveram apoio da Perdigão. Centenas
de convidados da missão diplomática brasi-
leira estiveram presentes ao evento, quando
puderam degustar produtos das marcas
Perdigão e fazenda, comercializados na
Rússia. O cardápio incluiu o strogonoff de
carne, strogonoff de frango e pão de queijo,
recém lançados naquele país.
Mais de 40 mil pessoas participaram do projeto Cir-
cuito Cinema em Movimento – Ciclo de Exibições e
Debates, iniciativa da Perdigão que levou 15 filmes
e documentários da mais recente produção nacional para oito
cidades de cinco estados onde a empresa mantém unidades
industriais. Entre os títulos apresentados estavam campeões de
bilheteria como Tropa de Elite e Cidade dos Homens.
Produzido com benefícios da Lei Rouanet, de incentivo à
cultura, o projeto visa democratizar o acesso ao cinema nacional
de faixas da população não incluídas nos roteiros de exibição, por
falta de salas ou de condições socioeconômicas. Fizeram parte
do circuito sessões exclusivas para alunos de escolas públicas,
seguidas de debates, com participação de atores dos filmes,
como Darlan Cunha e Douglas Silva (foto), além de especialistas
nos temas apresentados nas telas, professores e formadores de
opinião. As sessões noturnas foram abertas à comunidade.
A receptividade foi muito além do esperado. Em Mirassol
d´Oeste (MT), de 25 mil habitantes, os filmes foram vistos por
quase 8 mil pessoas.
ale
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nD
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Perdigão HoJe 19
Mais uma opção de sabor para
quem não dispensa o gosto da
manteiga, mas quer manter seu
coração saudável. É isso o que oferece
o novo creme vegetal Becel sabor man-
teiga, que acaba de chegar às gôndolas
dos supermercados.
Desde o seu lançamento, há 35 anos,
Becel tem como alvo os consumidores
preocupados com a saúde cardiovascular
e por isso foi o único creme vegetal que
nunca utilizou gordura trans em sua formu-
lação. Agora é o primeiro a trazer o sabor
manteiga, sem abrir mão das suas caracte-
rísticas originais. Becel sabor manteiga é rica
em gorduras poliinsaturadas, ômegas 3 e 6,
vitaminas A, D e E e Folic B, composto
formado pelas vitaminas B6,
B12 e ácido fólico.
Desde o começo do
ano a marca vem traba-
lhando a campanha “Ame seu
coração”, que inclui filmes na
televisão – com locução do
ator Paulo Goulart – e o uso
de diversas outras mídias.
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Perdigão Hoje é uma publicação periódica da Perdigão Agroindustrial S.A. de circulação externa e distribuição gratuita.
Conselho Editorial: Nildemar Secches; Paulo Ernani de Oliveira; José Antonio Fay; Wlademir Paravisi; Antonio Augusto De Toni; Luís Ricardo Luz; Leopoldo Viriato Saboya; Nelson Vas Hacklauer; Gilberto Orsato; Nilvo Mittanck; Luiz Stábile; Ricardo Robert Menezes; Maurício Puliti; Luiz A. Machado de Brito; Gentil Gaedke; Joaquim Goulart Nunes; Sidiney Koerich e Flávio Carlos Kaiber. Coordenação: Rosa Baptistella. Colaboração: Luciana Ueda; Jones Broleze; Camila Regis; Francini Lira. Gestores de Comunicação: Gilson César Rodrigues (Rio Verde); Lonneke Sanders (Europa); Lucinéia Leidens (Videira); Marcos Roberto Bueno Antunes (Carambeí); Vanderlei Barbieri (Herval d’Oeste);
Produção: Blander & Associados Comunicação: tel. (11) 3032-3236, e-mail: [email protected]. Editor: Mario Blander (MTb 13.346 SP). Colaborou: Eleni Oliveira Rocha Revisão: Chris Binato Direção de Arte e Produção Gráfica: Camarinha Comunicação & Design: tel. (11) 3034-4893. Tiragem: 12 mil exemplares.
SAC Perdigão 0800-7017782
número 1 eM AliMentos
saudável e sAborosA
um aumento de 27% no faturamento,
o acesso ao mercado externo, o pla-
nejamento estratégico, a aquisição
da gaúcha Eleva, da holandesa Plusfood e
das linhas de margarina Doriana e Clay-
bon. Por esse amplo conjunto de fatores,
a Perdigão foi eleita a melhor empresa do
setor de alimentos de 2007 na nova edição
do prêmio As melhores da Dinheiro, uma
iniciativa da revista Istoé Dinheiro.
Outro item que também contou pontos
para a escolha foi a gestão de recursos
humanos da companhia. A cerimônia de
premiação aconteceu em agosto, em São
Paulo, com a presença dos ministros Mi-
guel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria
e Comércio Exterior, e Hélio Costa, das
Comunicações.
Vladimir Rissardi foi promovido a • gerente de Administração e de Recur-sos Humanos das unidades de lácteos de MG (Ravena e Rio Casca) e GO (Itumbiara).
Outra promoção na área de Admi-• nistração e Recursos Humanos é a de José Mário Batistela Ramos, que vai responder pela gerência nas unidades de lácteos de SP e RJ.
Fernando Zupirolli Uchoa de Oliveira • assume a gerência de Tributos, respon-dendo pela área tributária corporativa, vinculada ao gerente de controladoria, Itacir Piccoli.
Na Unidade de Negócios Perdix, • Michele Muccillo foi promovida a ge-rente de Exportação de Lácteos, e Ra-fael Zanoni Soares assume e gerência de vendas Américas. Ambos vêm da equipe da Eleva.
Mariucha Ferreira Castro foi contra-• tada como gerente de produto das li-nhas de presunto, salsichas,cortes de aves e suínos. Vai responder à gerên-cia de marketing de industrializados do Negócio Perdigão.