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REVISTA N o 73 • OUTUBRO/NOVEMBRO 2008 PERDIGÃO REFORÇA A SUA ATUAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL E SE TORNA A MAIOR EMPREGADORA LOCAL CRESCENDO COM OS GAÚCHOS

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REVISTA No 73 • ouTubRo/NoVEmbRo 2008

Perdigão reforçaa sua atuação no rio grande do sul e se torna a maior emPregadora local

CRESCENDOCOM OS GAÚCHOS

Ca

paed

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rio

2 Perdigão HoJe

No início de 2008, a Perdigão concluiu o maior

investimento de toda a sua história – adquiriu

o controle da Eleva, uma das mais tradicionais

indústrias gaúchas, por R$ 1,7 bilhão. Com essa

operação, a companhia se tornou um dos maiores players da

indústria brasileira de lácteos e, ainda, ampliou fortemente

a sua atuação no Rio Grande do Sul, onde já é a maior em-

pregadora de mão-de-obra.

Historicamente, a Perdigão sempre manteve estreitos vín-

culos com o estado, vizinho de Santa Catarina, onde iniciou

suas atividades, há sete décadas e meia. Vinha dos campos

gaúcho o milho que abasteceu os seus primeiros plantéis

de aves e suínos. Nos anos 80, instalou sua primeira base

industrial em Marau e, desde então, conquistou um espaço

cada vez maior no mapa gaúcho dos negócios e na vida de

muitos municípios. Vários deles têm na Perdigão o principal

agente de desenvolvimento.

A incorporação da Eleva consolidou nossa parceria com

a terra de Érico Veríssimo, Mario Quintana, Lupicínio Rodri-

gues, Elis Regina e tantos outros talentos. O Rio Grande é a

maior operação da empresa e, da mesma forma, os produtos

Perdigão são líderes de mercado na preferência dos consu-

midores locais.

A Perdigão não gera apenas negócios. Também leva para

todas as regiões do estado, da área metropolitana de Porto

Alegre à região da Campanha, um modelo de negócios ba-

seado na busca da inovação, nos avanços tecnológicos, na

capacidade de pessoal, na preservação do meio ambiente e

na melhoria da qualidade de vida das comunidades.

O mesmo ocorre em todos os estados em que a empresa

está presente. Para a Perdigão, o papel de uma organização

empresarial não é apenas obter lucro – o que, aliás, ela tem

feito muito bem. É, sobretudo, contribuir para o desenvol-

vimento e para uma sociedade que ofereça oportunidades

para todos.

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osa

José Antonio do Prado Fay

Gaúcho de Porto Alegre,

diretor geral da Unidade

de Negócios Perdigão e

presidente da Perdigão a

partir de novembro

3 Meio AMbieNteMais um prêmio

4 LogísticAO megaCD São Paulo

6 ProdutosPara todos os gostos

8 iNtegrAçãoEmoções em Carambeí

10 cAPANo mapa do Sul

14 gestãoNa era eletrônica

15 LácteosMudança de cultura

16 PArceriAAposta na expansão

18 AcoNteceNotícias Perdigão

gaúchaA forçA

Perdigão HoJe 3

Meio

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te

MAis uMA conquista

A unidade de Herval d´oeste é premiada por seu sistema de gestão integrada

Queda nos índices de falhas ope-

racionais; 500 dias sem aci-

dentes com afastamento; mais

investimentos no tratamento

de efluentes; gerenciamento de 100% dos

resíduos gerados no complexo industrial.

Esses são, em resumo, alguns dos principais

resultados da implantação do Sistema de

Gestão Integrada (SGI) na unidade de Herval

d´Oeste (SC). Reflexo de um trabalho que

levou à certificação nas normas ISO 9001,

de qualidade; ISO 14001, de gerenciamento

ambiental, e OHSAS 18001, de saúde e se-

gurança no trabalho, o SGI valeu à empresa

a conquista do Prêmio Fritz Müller 2008, na

categoria Gestão Ambiental.

“O SGI é um importante diferencial que

tornou o complexo mais competitivo e produ-

tivo e reforçou seus elos com a comunidade”,

explica Deivis Luis Kunst, coordenador do

Sistema de Gestão Ambiental de Herval

d’Oeste. Com cerca de 1.500 funcionários e

operação em dois turnos, a unidade é voltada

para o abate e processamento de suínos.

De Herval d´Oeste são embarcados cortes

suínos para a Rússia. Na área ambiental,

um dos pontos fortes na implantação do

SGI foi a disseminação das boas práticas e

dos sistemas de controle. “O

comprometimento de todos,

da alta direção ao pessoal

das linhas de produção,

também pesou bastante”,

avalia Deivis. Além do Fritz

Müller, outro importante re-

conhecimento tem vindo

das escolas da cidade e da

vizinha Joaçaba, que levam

seus alunos para conhecer

de perto o que a Perdigão

faz pela preservação do

meio ambiente.

CaMpeã eM prêMioS

Concedido pela Fundação do Meio ambiente (Fatma) desde 1982, o Fritz Müller é a mais importante premiação na área ambiental da região sul. Com a conquista obtida por Herval d´oeste em 2008, a Perdigão passa a acumular oito troféus, liderando o ranking das empresas vitoriosas. as iniciativas premiadas foram:

1996Modernização da estação de tratamento de efluentes de Videira2000Conjunto de programas adotados em Capinzal2003Projetos implantados em Videira2004obras ambientais em Herval D´oeste2005Criação da reserva ambiental natureza Viva, em Videira2006Consolidação do sistema de efluentes de Capinzal2007Conjunto de ações de gestão ambiental implantado nas unidades industriais 2008Conjunto de ações em Herval d’oeste

Comemoração: a vitória nasceu do comprometimento

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4 Perdigão HoJe

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o CD De últiMA geração

são Paulo passa a contar com um dos maiores e mais avançados centros de distribuição do país

Já está em operação em Embu das Artes,

a 27 quilômetros da região central de

São Paulo, o novo Centro de Distribui-

ção (CD), que vai atender a cerca de

16 mil clientes da Perdigão em toda a área

metropolitana, principal mercado consumi-

dor do país. “É o maior da companhia e um

dos maiores do país no setor de alimentos

refrigerados”, diz João Batista Oneda, gerente

nacional de Logística.

Com cerca de 29 mil metros de área

construída, o novo CD tem capacidade para

quase 24 mil posições, é dotado de soluções

logísticas e equipamentos de última geração

e foi projetado especialmente para operar

com carnes e produtos lácteos refrigerados.

“Ele é um retrato do novo perfil da empresa”,

conta Oneda.

No total, os investimentos no empre-

endimento ultrapassaram R$ 126 milhões,

volume de recursos equivalente aos exigidos

para a instalação de uma planta industrial

de médio porte. Desde 2006, equipes das

áreas de logística, engenharia e tecnologia

da informação vinham trabalhando em

conjunto nesse projeto.

A localização ganhou dimensão es-

tratégica. Enquanto técnicos da Perdigão

visitavam no exterior centros de distribuição

considerados referência no ramo de ali-

Embu: projeto mobilizou toda a empresa e investiu recursos iguais aos exigidos para instalar uma fábrica. Ao fundo, montagem final dos transelevadores

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5Perdigão HoJe 5

mentos, aqui tinham início os estudos para

escolha do terreno. Os principais pontos que

orientaram a busca foram a proximidade

com as principais rodovias que chegam à

capital paulista, o acesso fácil à Grande São

Paulo e a oferta de mão-de-obra.

Na era dos robôsA opção foi por uma área de 302 mil

metros quadrados, em frente à Rodovia Régis

Bittencourt, principal via de ligação entre

São Paulo e o sul do país. É pela Régis Bitten-

court, privatizada recentemente, que trafega

grande parte da frota da Perdigão, trazendo

produtos das fábricas do Rio Grande do Sul,

de Santa Catarina e do Paraná ou levando

cargas das unidades do Centro-Oeste para

os portos de Itajaí e Paranaguá, onde são

embarcadas para o exterior.

O prédio foi rigorosamente planejado

para permitir mais velocidade e segurança

às operações. As câmaras para armazena-

gem estão instaladas em 9,6 mil metros

quadrados. O CD também conta com duas

antecâmaras – uma para recebimento, com

quase 4 mil metros quadrados, e outra para

expedição, com cerca de 3,2 mil –, o que

possibilita realizar simultaneamente ope-

rações de carga e descarga por 24 horas.

Também há docas para a entrada e saída de

mercadorias. São 50, no total, ajustadas ao

perfil da frota da Perdigão, que inclui desde

grandes carretas, que chegam das fábricas,

até veículos de pequeno porte, que saem

do CD para rodar nas cidades.

Os avanços tecnológicos representam

outro grande diferencial. Uma das inova-

ções é o conjunto de sete transelevadores,

dispostos numa área de 4,4 mil metros qua-

drados e 35 metros de altura. Importados

da Espanha, eles funcionam como robôs,

operando por meio de um software, sem

interferência humana, em temperaturas de

até 25 graus negativos. Com montagem

complexa, os transelevadores vão entrar

em operação no início de 2009.

2 mil toneladas de açoFabricados na Itália, os equipamentos

de movimentação são o que há de mais

moderno no mercado, assim como os pro-

cessos utilizados. É o caso, por exemplo,

do voice-picking, sistema de comando de

voz para separação dos pedidos, ou do

gerenciamento por rádio-freqüência. Tudo

foi rigorosamente planejado para que a

primeira carga a chegar seja também a

primeira a sair, o que é crucial no setor de

refrigerados.

Os números do empreendimento são

grandiosos. A terraplenagem movimentou

400 mil metros cúbicos de terra, o equi-

valente a 73 mil viagens de caminhão. As

esteiras transportadoras, que ligam as câma-

ras e antecâmaras com os transelevadores,

medem 350 metros lineares. No total, são

110 equipamentos de movimentação, 68

portas de câmaras e antecâmaras e 400

motores. A montagem do sistema de tran-

selevadores consumiu 2 mil toneladas de

aço e 2 toneladas de parafusos.

A parte humana recebeu atenção es-

pecial. O setor de apoio, onde ficam as

instalações da administração, vestiários e

refeitórios, tem uma área de convivência,

com acesso à internet. Os transportadores

e carreteiros também dispõem de completa

infra-estrutura para seu conforto e lazer,

incluindo banheiros privativos, vestiário,

escritório, cozinha e churrasqueira.

O projeto do CD também buscou solu-

ções para o uso racional de recursos natu-

rais. A água das chuvas é reaproveitada na

limpeza do prédio e na irrigação dos jardins.

Um sistema de desumidificação das câmaras

com água quente ou processos químicos, no

caso dos congelados, permite economizar

energia no processo de degelo. Além disso,

uma área de 70 mil metros quadrados foi

reservada para preservação ambiental, com

o plantio de diversas espécies.Embu: projeto mobilizou toda a empresa e investiu recursos iguais aos exigidos para instalar uma fábrica. Ao fundo, montagem final dos transelevadores

Separação de pedidos: uma das etapas que conta com soluções tecnológicas inovadoras

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com a aquisição da Eleva e da

Cotochés, a Perdigão avançou

no setor de lácteos e firmou

presença em importantes seg-

mentos. A empresa passou a ter grande

participação no mercado de queijos, ofe-

rencendo um amplo portfólio de produtos,

duas marcas de presença nacional (Santa

Rosa e Elegê) e duas regionais (Cotochés

e Unileite).

A pulverização, com milhares de pe-

quenos fabricantes, dificulta a consolida-

ção de dados sobre a produção de queijos

no Brasil, iniciada com a chegada dos

imigrantes europeus, principalmente por-

tugueses, italianos, alemães e, em menor

escala, holandeses e dinamarqueses, que

trouxeram para cá uma tradição milenar.

Segundo estimativa da consultoria Euromo-

nitor, publicada em maio pelo jornal Valor

Econômico, a indústria de queijos movi-

menta anualmente cerca de R$ 8 bilhões.

Os queijos processados, segmento

em que a Perdigão atua, respondem por

20% desse total e têm apresentado cres-

cimento de 5%, em média, ao longo dos

últimos anos. A empresa é forte especial-

mente nos tipos prato e mussarela, dois

dos mais procurados e mais tradicionais

queijos produzidos no Brasil. Macio, de

coloração amarelo-claro e sabor suave,

o prato foi introduzido no país nos anos

20 por imigrantes dinamarqueses. Com o

tempo, conquistou os brasileiros e passou

a ser largamente utilizado em sanduíches,

aperitivos e saladas. Já a mussarela, indis-

pensável para uma boa pizza, tem origem

italiana e era produzida inicialmente com

com várias marcas, a Perdigão tem opções de queijos para todos os gostos

AMploportfólio

7Perdigão HoJe 7

leite de búfala. Com a troca pelo leite de

vaca, ganhou o mundo e hoje está entre os

queijos preferidos no Brasil.

Utilizando a força de sua distribuição e

o prestígio da marca Perdigão, a empresa

planeja reforçar sua atuação nesse seg-

mento. Ações de marketing estão pro-

gramadas para dar suporte aos produtos

do portfólio, que deverá ser ampliado.

“Teremos novidades em breve”, afirma

Mila Fiorese, gerente de marketing de

leites e queijos.

Santa RosaUma das principais marcas da Perdigão

é Santa Rosa (RS), cujos produtos eram

fabricados originalmente na cidade do

mesmo nome. Os queijos prato e mussa-

rela Santa Rosa têm presença nacional e

trazem a qualidade e o sabor típico dos

produtos frescos da fazenda. O Queijo

Mussarela o Queijo Prato são fabricados

com leite fresco e pasteurizado, cuida-

dosamente selecionado para oferecer um

produto final de alta qualidade. “Por suas

características e pela facilidade de derreter

no ponto certo, o Queijo Mussarela é ideal

para ser usado em pizzas, e os dois são bas-

tante consumidos para acompanhar lan-

ches e sanduíches”, diz Mila. Atualmente,

os queijos são produzidos na vizinha Três

de Maio e na unidade de Ijuí.

ElegêProduzidos com quase meio século de

experiência e tecnologia em alimentos, os

queijos Prato e Mussarela Elegê também dão

um sabor especial a sanduíches, petiscos e

a uma ampla gama de receitas, acentuando

o sabor dos pratos, que ficam de dar água

na boca. Os dois são preparados com o

puro Leite Elegê e com técnicas tradicionais

adotadas nas melhores queijarias do mundo.

Já comercializados em diversas regiões, os

queijos Elegê em breve chegarão aos pontos-

de-venda de todo o país. Os produtos são

fabricados nas unidades gaúchas de Três de

Maio (mussarela) e Ijuí (prato).

CotochésA linha Cotochés é uma tradição mi-

neira desde 1950. Um dos pontos fortes é o

queijo Minas Frescal, de sabor mais suave,

ideal para o café da manhã e para acompa-

nhar a sobremesa. Com a goiabada, forma

uma dupla imbatível.

Outra opção, entre os queijos tipo Minas

é o Padrão, curado ou meia-cura e mais

consistente que o tipo Frescal. Já o queijo

Reino Cotochés é uma boa sugestão para

sanduíches ou nas receitas culinárias. Todos

os queijos são produzidos na unidade de Rio

Casca (MG), de onde também saem grandes

volumes de queijos mussarela e prato.

UnileiteDepois de completar meio século, a

marca Unileite, fabricada em Ivoti (RS)

continua fiel às suas origens, reunindo

qualidade e tecnologia de ponta em uma

linha completa de queijos, produzidos

com leite selecionado. Seu portfólio inclui

queijos Quark, Mussarela, Prato e Minas

Frescal, com uma opção light para o Quark

e uma versão sem sal para o queijo Minas.

Os produtos Unileite fazem parte do dia-a-

dia dos gaúchos e catarinenses e são distri-

buídos principalmente por carreteiros che-

gando fresquinhos aos pontos-de-vendas.

8 Perdigão HoJe

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Josué Ribeiro Alves, funcionário da

área corporativa da Regional Videira

(SC), mudou sua rotina nos últimos

meses. Além do trabalho e das ati-

vidades que desenvolve normalmente,

passou a treinar pesado duas vezes por

semana. Ele faz parte da equipe de futebol

suíço que vai representar Videira nos Jogos

da Integração Perdigão, programados para

o período de 13 a 15 de novembro, em

Carambeí, no Paraná.

Os Jogos da Integração foram realizados

pela primeira vez em 1989, em Videira,

com o nome de Olimpíadas Perdigão.

Desde então, nenhum outro

evento esportivo e cultural

promovido por uma organi-

zação empresarial mobiliza

tanta gente. Em sua 13ª edição

e agora com novo nome, vai

reunir cerca de 1.300 funcio-

nários de todas as unidades da

empresa. Para participar das

competições, muitos deles vão

cruzar o país inteiro.

“Os jogos promovem a

integração, desenvolvem ha-

bilidades, estimulam a supera-

ção de obstáculos e criam um

ambiente altamente positivo

para os funcionários, além

de abrir canais de relaciona-

mento com a comunidade”,

diz Gilberto Orsato, diretor de

Relações Humanas. Importante instrumento

de união, eles ganharam um papel ainda

mais relevante quando a Perdigão abriu

novas fronteiras, expandindo o mapa de

seus negócios. “O esporte é o mais forte

elo para aproximar as pessoas”, afirma.

Expectativa nos Campos GeraisO evento está sendo aguardado com

ansiedade pelos atletas. “Todos estão mo-

tivados e treinando intensamente para

representar bem sua unidade”, diz Josué,

que competirá pela segunda vez. Mas a

expectativa não é menor em Carambeí.

Os Jogos da Integração já quebraram a

rotina da cidade, de pouco mais de 16 mil

habitantes, que vai sediar os jogos pela

primeira vez, e estão movimentando toda

a região dos Campos Gerais, no centro do

estado, onde estão localizados municípios

como Ponta Grossa e Castro.

Fundada por imigrantes holandeses, a

cidade conserva a herança de seus primei-

ros povoadores nos traços arquitetônicos

de suas casas e no sabor de suas tortas.

Em 2000, a Perdigão adquiriu uma planta

de aves – frangos e perus – e em 2006

união e conquistascarambeí vai sediar um dos maiores eventos esportivos do mundo corporativo

Josué: pronto para entrar em campo

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9Perdigão HoJe 9

assumiu o controle total da Batavo, fabri-

cante de produtos lácteos. Juntas, as duas

fábricas empregam atualmente mais de 5

mil funcionários.

A cidade e a Regional Carambeí

estão trabalhando ativamente nos pre-

parativos, mantendo uma tradição. A

cada edição, a cidade escolhida como

sede dos jogos não mede esforços para

organizar um evento inesquecível, numa

saudável competição.

Um dos diferenciais deste ano é a mo-

derna estrutura social e esportiva que foi

montada especialmente para os jogos. Além

dos espaços cedidos pela prefeitura, que

fornecerá os alojamentos, e pelo governo

do estado, os atletas contarão com um

moderno ginásio – equipado com quadras

poliesportivas, campos de futebol suíço,

futebol de campo, academia, quadras de

bocha e salão de jogos –, onde vão acon-

tecer a maior parte das competições. O

complexo faz parte da sede da Sociedade

Esportiva e Recreativa Perdigão (Serp), o

clube de funcionários da empresa, em fase

final de construção, que tem inauguração

prevista para meados de outubro.

22 modalidadesUma das vantagens em relação às ou-

tras edições é que este ano os locais dos

jogos são todos muito próximos, o que

permitirá que os visitantes tenham tempo

para conhecer melhor a cidade e participar

de mais atividades. São esperados visitantes

de toda a região e de vários estados vizi-

nhos, o que deverá dar forte impulso ao

comércio e ao turismo, como aconteceu

em todos os eventos anteriores.

Serão disputadas 22 modalidades,

incluindo esportes olímpicos – as várias

versões de futebol (entre elas futsal femi-

nino), basquete, handebol e natação, e

a popular bocha. Mas os jogos de salão

(dama, canastra e dominó) também prome-

tem grandes emoções. Outros pontos altos

serão o Festival da Canção e a escolha da

Rainha dos Jogos da Integração.

O evento será aberto com um desfile das

delegações, que percorrerão as principais

ruas da cidade até o ginásio, onde aconte-

cerá a cerimônia para hastear a bandeira e

acender a pira olímpica. Um dos momentos

mais esperados é o show com a banda Jota

Quest, que deverá atrair grande público.

10 Perdigão HoJe

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AvAnço no rio grandePerdigão fortalece participação na economia gaúcha e contribui para o desenvolvimento do estado

No primeiro semestre de 2008,

quase 518 mil toneladas de

produtos saíram das unidades

de carnes e lácteos da Perdigão

no Rio Grande do Sul para abastecer pontos-

de-venda de todo o país. É um volume que

exigiria 20 mil carretas se fosse transportado

simultaneamente. Em vendas, essa enorme

carga correspondeu a R$ 1,5 bilhão, receita

suficiente para colocar a empresa entre as

dez maiores do estado.

A Perdigão, que já era a maior processa-

dora de carnes do Rio Grande do Sul, reforçou

sua presença no topo do ranking do setor de

alimentos com a aquisição da Eleva, detentora

das marcas Avipal e Elegê, concluída no início

do ano. “O Rio Grande do Sul, quando con-

siderados os segmentos de carnes e lácteos,

passou a ser a principal base de operação da

companhia”, diz Joaquim Goulart Nunes,

diretor de operações da Regional Sul.

Qualquer que seja o indicador utilizado,

a empresa tem posição de destaque na eco-

nomia gaúcha. Os números falam por si.

São 14 plantas industriais – oito de carnes e

seis de lácteos –, além de fábricas de ração,

centros de distribuição, filiais e postos de

recebimento de leite em terras gaúchas, com

um quadro que chegou a 14,8 mil funcioná-

rios no final de julho, fazendo da Perdigão

a maior empregadora local. O número de

abates de aves da empresa passou de 111,9

milhões de cabeças em 2007 para 122,8

milhões no primeiro semestre de 2008. Os

abates de suínos, que em 2007 atingiram 691

mil cabeças, cresceram para 707 mil cabeças

entre janeiro e julho deste ano.

De tudo o que a Perdigão exportou nos

primeiros seis meses do ano, um terço foi

produzido no Rio Grande do Sul. O valor –

cerca de R$ 812 milhões – representa quase

o dobro do registrado no primeiro semestre

de 2007 e ficou só um pouco abaixo do total

exportado por todas as indústrias de calçados,

um dos setores industriais mais fortes e tradi-

cionais do estado.

Em ICMS (Imposto Sobre Circulação de

Mercadorias e Prestação de Serviços), a Per-

digão gerou R$ 29,2 milhões nos primeiros

meses de 2008. Entre impostos e contribuições,

o total chegou a R$ 167 milhões. Para se ter

uma idéia, é o dobro do orçamento anual – ou

seja, todos os recursos financeiros – de uma

cidade como Lajeado, de 68 mil habitantes,

onde a empresa tem uma planta de abates

de aves e suínos.

Recursos e bem-estar“Trata-se de uma notável contribuição ao

nosso desenvolvimento, pelo que representa

de aporte de recursos, geração de receita tribu-

tária, criação de empregos diretos e indiretos

e expansão da circulação de riquezas”, diz

a governadora Yeda Crusius. “Saúdo com o

maior entusiasmo a nova e decisiva fase da

Perdigão no Rio Grande do Sul, pelo que

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Yeda Crusius: “uma notável contribuição para o nosso desenvolvimento”

11Perdigão HoJe 11

significa de aporte à economia e à promoção

do bem-estar social do estado e das comuni-

dades onde atua.”

Em todos os municípios em que mantém

bases operacionais, a Perdigão está entre os

maiores agentes de desenvolvimento e, em

muitos, é o principal deles. Em Marau, de 34

mil habitantes, onde conta com três plantas

de aves, a empresa responde por 44,7% do

movimento econômico da cidade. Na vizinha

Camargo, que tem na avicultura a principal

atividade de seus 2.500 moradores, sua par-

ticipação chega a 55,7%.

“Camargo é apenas um exemplo do vigor

que a Perdigão leva à zona rural. A empresa

dispõe de uma rede de 3.450 produtores

integrados de aves e suínos, em sua maior

parte pequenos e médios proprietários, sem

contar os mais de 15 mil produtores de leite,

que respondem por cerca de 40% do volume

captado nas bacias gaúchas”, ressalta o diretor

regional. Entre janeiro e junho, as granjas

dos integrados consumiram quase 500 mil

toneladas de grãos.

“Ao realizar grandes investimentos no Rio

Grande do Sul, a Perdigão deu uma contribui-

ção inestimável para ampliar o emprego e a

renda na economia gaúcha”, diz o ex-ministro

da agricultura Francisco Turra, presidente exe-

cutivo da Associação Brasileira dos Produtores

e Exportadores de Frangos (Abef). “Por isso,

merece uma contrapartida da parte do governo

estadual, na forma de investimentos públicos

na área de sanidade e infra-estrutura.”

No mapa do estadoNa área metropolitana de Porto Alegre,

onde vivem 40% dos gaúchos, a empresa

tem uma unidade de abate de frangos, uma

fábrica de rações, um incubatório e uma

planta de lácteos. Na região noroeste, rica

em milho, soja, leite, aves e suínos, concentra

algumas de suas principais bases, como Marau

(carnes) e Ijui e Santa Rosa (lácteos). Serafina

Corrêa, base de outra unidade de carnes, está

localizada na região nordeste, que tem um

dos melhores padrões de vida do estado. Na

zona central, fica o complexo de Teutônia,

a maior das unidades de lácteos (ver mapa

na página 13).

Em 2007, sustentada pelo bom desempe-

nho do agronegócio e da indústria, a economia

gaúcha voltou a crescer. O PIB teve alta de

7%, acima do índice nacional e a Perdigão

participou ativamente dessa retomada. Com

a incorporação da Eleva, seus investimentos

no estado totalizaram R$ 1,74 bilhão.

O Rio Grande do Sul é quarta maior eco-

nomia e o quarto maior mercado do país,

depois de São Paulo, do Rio de Janeiro e de

Minas Gerais. É um dos campeões do agrone-

gócio, mas também conta com um amplo e

diversificado parque industrial e um forte setor

de serviços. A Perdigão é líder de mercado

em carnes e lácteos no estado.

Esse potencial, somado ao bom momento

econômico, criou um ambiente favorável aos

negócios, que tem atraído novos investimentos.

“Um exemplo clássico e de grande ressonân-

cia é o da Perdigão” destaca a governadora

Yeda Crusius.

O plano de novos investimentos da em-

presa no Rio Grande do Sul contempla as

operações de lácteos e carnes. Só na planta

de carnes de Lajeado serão aplicados cerca de

R$ 60 milhões, para aumento da capacidade

de abates de aves, de 350 mil para 500 mil,

e de suínos, de 2 mil para 4 mil.

Segundo o gerente de operação de lác-

teos da Regional Sul, Angelo Faria, também

estão sendo investidos R$ 80 milhões nesse

segmento. Entre os projetos, destacam-se a

construção de uma indústria de leite em pó em

Três de Maio e de uma unidade de recepção

e resfriamento em Bagé. Além da moderniza-

ção da unidade de Ijuí, a planta de Teutônia

também recebe uma série de melhorias, como

a instalação de equipamentos de última ge-

ração para o processamento de produtos e a

ampliação da capacidade de estocagem do

Centro de Distribuição especializado em leite

UHT e subprodutos.

unidade de Teutônia: o maior complexo de lácteos da companhia

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12 Perdigão HoJe

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Elos históricosA Eleva consolidou a atuação da Perdigão,

mas os laços da empresa com os gauchos são

bem mais antigos. O que serviu de plataforma

para o salto que a companhia empreendeu

no Rio Grande do Sul foi a compra, em me-

ados dos anos 80, do Frigorífico Borella, de

Marau, fabricante de uma linha de produtos

que sempre foram sinônimo de qualidade.

Depois, veio a aquisição da Ideal, em Sera-

fina Corrêa.

A partir daí, os negócios do estado não

pararam de crescer. No final dos anos 90, a

empresa planejava instalar uma planta de

aves na Argentina, que seria a primeira fora

do Brasil. Depois de estudos que mostraram

diversos atrativos, acabou optando por instalar

uma nova unidade em Marau.

“O lance mais recente, antes da aquisição

da Eleva, foi a incorporação da Sino dos Alpes,

de Bom Retiro do Sul, fabricante de produtos

à base de carne suína e de frango. operação

permitiu desafogar o fluxo das plantas de

Marau e Serafina Corrêa, centralizando em

Bom Retiro a produção de linhas de pequena

escala”, lembra Joaquim Goulart.

Mas os investimentos no estado nem

sempre corresponderam aos períodos de

crescimento econômico. Em 2005, quando

a expansão gaúcha perdeu fôlego, a empresa

começou a operar um megaCD em Marau

(RS), na época um dos maiores da companhia.

Entre 2005 e 2007, os recursos aplicados em

Marau e Serafina Corrêa superaram a casa de

R$ 110 milhões. “Investimos em expansão e

na modernização das linhas, com a introdução

de equipamentos de última geração e os mais

avançados processos”, informa Joaquim.

Para dar suporte aos negócios locais, a

companhia mantém uma forte estrutura de

agropecuária e uma base administrativa que,

no momento, trabalha nos processos de a

captura de sinergias e integração entre as

equipes da Perdigão e da Eleva.

Muito além de riquezasPara a Perdigão, tão importante quanto

produzir riquezas é buscar avanços tecnoló-

gicos, obter ganhos em capacitação profis-

sional, contribuir para a preservação do meio

ambiente e promover o desenvolvimento das

comunidades que vivem ao redor de suas

bases e são essas as marcas de suas operações

no Rio Grande do Sul.

“Com uma plataforma industrial estru-

turada, diversificada e competitiva e seus

investimentos em pesquisa, segurança ali-

mentar, inovação e tecnologia, a Perdigão está

agregando valor ao perfil do Rio Grande do

Sul”, diz o empresário Paulo Tigre, presidente

da Federação das Indústrias do Rio Grande

do Sul (Fiergs). “A empresa será uma indu-

tora natural na expansão das oportunidades,

comprometida com o dinamismo das ações

e dos projetos nos quais o empresariado

gaúcho está engajado atualmente.”

Na área social, assim como em todas

as regiões onde está instalada, a empresa

desenvolve dezenas de projetos e mais um

está nascendo em Marau. É o Programa de

Inclusão da Pessoa com Deficiência, em par-

ceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi)

e já adotado em Videira (SC). “O programa

vai oferecer acesso à educação e descobrir

talentos”, explica Joaquim.

A parceria entre a Perdigão e o Rio Grande

do Sul tem muitos lances pela frente.

Planta de carnes de Serafina Corrêa: em expansão permanente

DiV

ulg

ão

Tigre, da Fiergs: “uma indutora de oportunidades”

Fier

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ser

ra

no

13Perdigão HoJe 13

Marau

Serafina Corrêa

Mato Castelhano

Gaurama

Lajeado

Teutônia

Arroio do Meio

Bom Retiro

São Lourenço do Sul

Ivoti

Porto Alegre

Capão do Leão

Santa Rosa

Três de Maio

Ijuí

Complexo de Carnes

Escritório Central

Complexo de Lácteos

Fábrica de Ração

CDs de Carne

operadoreS loGÍStiCoS - CarneS

operadoreS loGÍStiCoS - lÁCteoS

inCUbatórioSentrepoStoS de

leiteFiliaiS de vendaS

lÁCteoSalegrete – – – • –arroio do Meio – – • – –Cachoeirinha – • – – –Campo Bom – • – – –Canoas • – – – –Caxias do sul – – • – –Cerro largo – – – • –Chapada – – – • –Cordilheira alta – – – • –Crissiumal – – – • –esteio • • – – –Frederico Westphalen – – – • –garibaldi – – • – –ijuí – • – • •ivoti – – – • •Jacutinga – – – • –Marau – – • – –Porto alegre • – • – –santa Maria – • – – –santa rosa – – – • •são lourenço – – – • •são sepé – – – • –sede nova – – – • –tapera – – – • –teutônia – • – • •três de Maio – – – • –Viamão – – • – –

Maior baSe de operaÇõeS

Pelos quatro cantos do Rio

Grande do Sul circula a serviço

da Perdigão um total de 2,5 mil

caminhões, vinculados a 650

microempresas, que geram mais

de 3,2 mil empregos diretos.

14 Perdigão HoJe

GeS

tão

o fiM Do

papelPerdigão inova nos processos de transição para adotar a nota fiscal eletrônica

desde setembro, 37 unidades

da Perdigão em 16 estados,

passaram a emitir notas fis-

cais eletrônicas. Nesta pri-

meira fase, a versão eletrônica – ou

NF-e – corresponde a cerca de 50% do

total das notas e a 56% do faturamento.

Com isso, a empresa se antecipa à

exigência legal que tornou obrigatória

a substituição da nota fiscal de papel

para diversos setores, incluindo o de

carnes.

A criação da NF-e, por parte do go-

verno, é uma das medidas do programa

de modernização do sistema tributário

brasileiro e um dos pontos-chaves para

a instituição de uma reforma tributária.

Além de racionalização, ela traz vanta-

gens como redução de custos gráficos,

armazenagem e papel. Sua introdução,

no entanto, é um processo complexo e

as dificuldades aumentam quanto maior

é a organização. É o caso da Perdigão,

uma das maiores emissoras de notas do

país: a previsão da empresa para 2008 é

gerar 8 milhões de documentos.

Cerca de três dezenas de profissio-

nais das mais diversas especialidades

– da fiscal à logística, da tecnologia

da informação à infra-estrutura – estão

trabalhando no projeto, sob a coorde-

nação do Centro de Serviços Integrados

Perdigão, que concentra uma série de

serviços da companhia, em Itajaí (SC).

Às dificuldades decorrentes do porte

da companhia, vieram se somar outras,

como o prazo legal para implantação

em diversas unidades e as recentes aqui-

sições, como a da Eleva, que utilizava

processos e sistemas diferentes. “Mas

o desafio está sendo vencido no prazo

previsto”, diz Anderson Godzikowski,

gestor do projeto.

A primeira etapa, de planejamento,

envolveu estudos com técnicos da Secre-

taria da Fazenda de São Paulo e avaliações

sobre o impacto da mudança em cada

setor da empresa. Uma das iniciativas

inovadoras foi trabalhar em conjunto

com uma equipe da SAP, responsável

pelo software de gestão empresarial

utilizado pela companhia.

O projeto foi estruturado em dois

pilares: técnico e gestão da mudança.

“Temos cerca de 10 mil colaborado-

res com algum tipo de envolvimento

com a nota fiscal e eles estão habitu-

ados com o papel”, afirma Anderson.

A fase atual, de implantação e testes,

teve início com palestras nas unidades e

um trabalho de esclarecimento baseado

em um vídeo e material explicativo,

distribuídos para as equipes das áreas

comercial, de logística e back-office em

todas as unidades.

15Perdigão HoJe 15

lÁC

teoS

sAlto De qualidadeAs ações da Perdigão para promover a melhoria da qualidade da bacia leiteira de bom conselho

o início das operações da planta

de lácteos, parte do complexo

agroindustrial que a Perdigão

constrói em Bom Conselho,

no agreste de Pernambuco, está programado

para o primeiro trimestre de 2009. Mas, desde

junho, a empresa já está captando leite de

produtores locais, para estabelecer relacio-

namento comercial e técnico, além de pro-

mover junto aos produtores promover ajus-

tes que permitirão oferecer ao consumidor

produtos com maior qualidade.

Superando as expectativas, a captação

na região atingiu cerca de 50 mil litros por

dia, volume que deverá triplicar até a en-

trada da fábrica em atividade. Esse número

impressiona especialmente diante do perfil

dos produtores da região, em sua maioria

médios proprietários. Mas a maior conquista,

para a empresa e para o setor leiteiro, são os

ganhos de qualidade.

Bom Conselho sempre teve no leite uma

de suas principais atividades econômicas.

No entanto, o grande potencial de sua ba-

cia era contido por um conjunto de fatores,

que inibiram o crescimento do rebanho e

da falta de uma política de relacionamento

estável e seguro com as indústrias de trans-

formação.

O principal deles era justamente a qua-

lidade, assunto que ganhou importância

ainda maior diante das exigências e do re-

forço na fiscalização por parte do governo

federal. A Perdigão está mudando esse qua-

dro. Com a expertise acumulada nas ope-

rações da Batavo e da Elegê, está implan-

tando uma nova cultura na região. Os in-

centivos oferecidos pelo Fidelizaleite, pro-

grama de relacionamento com os produto-

res, já garantiram ganhos de produtividade

e de qualidade.

Cada produtor recebe orientação para

se ajustar aos rigorosos padrões de quali-

dade da empresa, parte do compromisso

de oferecer sempre o melhor ao consumi-

dor. O trabalho reforçou, por exemplo, a

importância da higienização em todas as

etapas da cadeia, da ordenha ao armaze-

namento e transporte.

Mas o salto que o sistema precisa dar

também depende de um empurrão das di-

versas instâncias de governo, na forma de

investimentos para assegurar o abasteci-

mento de água potável, fundamental para

a boa higienização do processo de coleta

e para consumo do rebanho, e da melho-

ria das estradas vicinais, evitando perdas

para o produtor por falta de acesso às suas

propriedades.Também é importante a co-

laboração das concessionárias de energia

para garantir um fornecimento estável, que

possibilite o armazenamento de leite em

condições adequadas.

Com isso, Bom Conselho e a região te-

rão tudo para ficar em pé de igualdade com

as melhores bacias leiteiras do país.

Vista aérea do canteiro de obras, onde cerca de 400 homens estão trabalhando na etapa final da planta de lácteos. Em seguida, vai ter início a construção de um centro de distribuição (CD), com início de operações previsto para maio de 2009. A unidade de carnes, que completa o projeto, começa a ser erguida nas próximas semanas.

DiV

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ão

16 Perdigão HoJe

par

Cer

ia

ApostA nA expansãoNos próximos dois anos, o

Grupo Mateus vai inaugurar

mais cinco supermercados,

reforçando sua posição de

maior rede maranhense – atualmente,

são 12 supermercados. No médio e longo

prazo, a meta é estar presente em todos

os municípios com mais de 80 mil habi-

tantes. “Nossa estratégia é investir sempre

em expansão, e o Maranhão ainda tem

muito campo para nosso crescimento”,

diz Ilson Mateus Rodrigues, diretor presi-

dente e fundador da companhia.

Crescer é o que o Ilson, 45 anos,

vem fazendo desde meados dos anos

80, quando abriu uma mercearia, de 50

metros quadrados, em Balsas, a 800 qui-

lômetros da capital São Luís. Na direção

de um velho caminhão, ele trazia merca-

dorias de Imperatriz, a 400 quilômetros,

para vender na cidade. Com muito traba-

lho e visão de empreendedor, em pouco

tempo transformou o negócio em um

supermercado de médio porte.

Na esteira da sojaNos tempos de inflação elevada,

quando muitos de seus concorrentes pre-

feriam os ganhos do mercado financeiro,

Ilson investiu no crescimento e, desde

então, nunca mais parou. O sucesso

que obteve foi destaque recentemente

na revista Veja: segundo a publicação,

Ilson é um caso exemplar da capacidade

de explorar oportunidades trazidas pela

expansão da soja, que se tornou a grande

fonte de riquezas do sul do Maranhão,

onde fica Balsas.

A soja elevou a renda da região e

criou novos hábitos de consumo. Ilson

percebeu as mudanças que aconteciam e

lucrou com elas. No embalo da soja, abriu

outras lojas e em pouco tempo chegava às

principais cidades do estado. Em 2000,

inaugurou o primeiro supermercado em

Imperatriz, o segundo maior pólo econô-

mico do Maranhão. Três anos depois, a

rede fazia sua estréia na capital.

“Os Supermercados Mateus são mo-

o sucesso do grupo Mateus, a maior rede comercial do Maranhão

Perdigão nas gôndolas: uma cooperação que se fortalece cada vez mais

DiV

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ão

17Perdigão HoJe 17

dernos e amplos, com 20 ou 25 check-

outs, e não ficam nada a dever para os

dos grandes centros”, afirma Jefferson

Borges, gerente da filial Fortaleza, res-

ponsável por uma área que se estende

até o Maranhão. Outros pontos impor-

tantes para a rápida expansão da rede

são os preços atrativos, a qualidade no

atendimento aos clientes e a capacita-

ção dos funcionários. “Foi isso que nos

permitiu construir com sucesso a nossa

trajetória”, comenta Ilson.

Elos estreitosAo longo desse caminho, o Grupo

Mateus e a Perdigão sempre mantiveram

um forte vínculo. Produtos Perdigão, Ba-

tavo e Elegê têm destaque nas gôndolas

das lojas e encontram bastante aceitação.

Os carros-chefes de vendas são as salsi-

chas, os hambúrgueres, os presuntos, as

lingüiças e a linha de pratos prontos, mas

todo o mix de produtos que a Perdigão

oferece é muito procurado, por sua quali-

dade e praticidade. “Como acontece nos

grandes centros, o consumidor do Mara-

nhão também procura esses atributos e a

rede é muito atenta às necessidades do

mercado”, analisa Jefferson.

“Nossa parceria foi se fortalecendo

conforme a rede se desenvolveu”, ob-

serva Ilson. Atualmente, o Grupo Mateus

está entre os cinco maiores clientes da

unidade regional de Fortaleza, respon-

sável também pelo o abastecimento do

Maranhã. O grupo sempre mostrou re-

ceptividade às novidades da Perdigão e a

empresa, por sua vez, desenvolve perma-

nentemente ações promocionais para dar

Ilson mateus: visão para construir um caso empresarial de sucesso

suporte ao esforço de vendas da rede.

Um indicador desse vínculo foi a

visita recente de Ilson a Embu das Ar-

tes para conhecer o mais novo centro

de distribuição (CD) da Perdigão (ver

reportagem das páginas 4 e 5). Seu

interesse era ver de perto novidades em

processos e equipamentos, já que em

breve estará em funcionamento o CD

para refrigerados construído pelo Grupo

Mateus, com uma área de 3 mil metros

quadrados. O ritmo das obras é intenso,

para que tudo esteja pronto e funcio-

nando bem até o Natal.

Desde 1998, Ilson passou a abrir no-

vas frentes, dando origem ao Grupo Ma-

teus, que tem uma equipe com mais de

4 mil funcionários. A primeira aposta foi

no atacado: atualmente o grupo distribui

cerca de 10 mil itens no Maranhão, Pará,

Piauí, Tocantins, em Pernambuco e na

Bahia, com uma frota de mais de 270

caminhões e um moderno sistema de lo-

gística desenvolvido especialmente para

a empresa. O marco mais recente dessa

diversificação foi a abertura, no ano pas-

sado, da primeira loja cash-and-carry,

combinação entre atacado de auto-ser-

viço e varejo que ganhou o apelido de

“atacarejo”. Dentro de dois meses, vem

aí um novo passo: vai ser inaugurada

mais uma loja de atacado.

DiV

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Ca

pa

18 Perdigão HoJe

aCo

nte

Ce

o Brasil nAs telAs

um cd pArA bovinos

desde julho, o Centro de Distribuição de Bauru (SP), que havia

sido transformado em escritório comercial e ponto de cross-

docking (recebimento e redistribuição de produtos) está nova-

mente em atividade, operando exclusivamente com carnes bovinas,

segmento que faz parte do portfólio da empresa desde 2006.

O CD recebe toda a produção do frigorífico de Mirassol

d´Oeste (MT), que é depois distribuída para o interior de São

Paulo e para outras capitais. A capacidade de armazenamento é

de 400 toneladas, volume que deverá ser ampliado futuramente,

possibilitando atender a todos os segmentos de clientes. O maior

desafio do projeto foi reajustar o sistema para operar com pesos

variáveis, característica dos cortes bovinos.

7 de setemBro nA rússiA

As comemorações oficiais do 7 de

Setembro na Embaixada do Brasil

em Moscou a, comandadas pelo

embaixador Carlos Antonio da Rocha Para-

nhos, tiveram apoio da Perdigão. Centenas

de convidados da missão diplomática brasi-

leira estiveram presentes ao evento, quando

puderam degustar produtos das marcas

Perdigão e fazenda, comercializados na

Rússia. O cardápio incluiu o strogonoff de

carne, strogonoff de frango e pão de queijo,

recém lançados naquele país.

Mais de 40 mil pessoas participaram do projeto Cir-

cuito Cinema em Movimento – Ciclo de Exibições e

Debates, iniciativa da Perdigão que levou 15 filmes

e documentários da mais recente produção nacional para oito

cidades de cinco estados onde a empresa mantém unidades

industriais. Entre os títulos apresentados estavam campeões de

bilheteria como Tropa de Elite e Cidade dos Homens.

Produzido com benefícios da Lei Rouanet, de incentivo à

cultura, o projeto visa democratizar o acesso ao cinema nacional

de faixas da população não incluídas nos roteiros de exibição, por

falta de salas ou de condições socioeconômicas. Fizeram parte

do circuito sessões exclusivas para alunos de escolas públicas,

seguidas de debates, com participação de atores dos filmes,

como Darlan Cunha e Douglas Silva (foto), além de especialistas

nos temas apresentados nas telas, professores e formadores de

opinião. As sessões noturnas foram abertas à comunidade.

A receptividade foi muito além do esperado. Em Mirassol

d´Oeste (MT), de 25 mil habitantes, os filmes foram vistos por

quase 8 mil pessoas.

ale

xa

nD

re

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or

no

z

Perdigão HoJe 19

Mais uma opção de sabor para

quem não dispensa o gosto da

manteiga, mas quer manter seu

coração saudável. É isso o que oferece

o novo creme vegetal Becel sabor man-

teiga, que acaba de chegar às gôndolas

dos supermercados.

Desde o seu lançamento, há 35 anos,

Becel tem como alvo os consumidores

preocupados com a saúde cardiovascular

e por isso foi o único creme vegetal que

nunca utilizou gordura trans em sua formu-

lação. Agora é o primeiro a trazer o sabor

manteiga, sem abrir mão das suas caracte-

rísticas originais. Becel sabor manteiga é rica

em gorduras poliinsaturadas, ômegas 3 e 6,

vitaminas A, D e E e Folic B, composto

formado pelas vitaminas B6,

B12 e ácido fólico.

Desde o começo do

ano a marca vem traba-

lhando a campanha “Ame seu

coração”, que inclui filmes na

televisão – com locução do

ator Paulo Goulart – e o uso

de diversas outras mídias.

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da

r

Perdigão Hoje é uma publicação periódica da Perdigão Agroindustrial S.A. de circulação externa e distribuição gratuita.

Conselho Editorial: Nildemar Secches; Paulo Ernani de Oliveira; José Antonio Fay; Wlademir Paravisi; Antonio Augusto De Toni; Luís Ricardo Luz; Leopoldo Viriato Saboya; Nelson Vas Hacklauer; Gilberto Orsato; Nilvo Mittanck; Luiz Stábile; Ricardo Robert Menezes; Maurício Puliti; Luiz A. Machado de Brito; Gentil Gaedke; Joaquim Goulart Nunes; Sidiney Koerich e Flávio Carlos Kaiber. Coordenação: Rosa Baptistella. Colaboração: Luciana Ueda; Jones Broleze; Camila Regis; Francini Lira. Gestores de Comunicação: Gilson César Rodrigues (Rio Verde); Lonneke Sanders (Europa); Lucinéia Leidens (Videira); Marcos Roberto Bueno Antunes (Carambeí); Vanderlei Barbieri (Herval d’Oeste);

Produção: Blander & Associados Comunicação: tel. (11) 3032-3236, e-mail: [email protected]. Editor: Mario Blander (MTb 13.346 SP). Colaborou: Eleni Oliveira Rocha Revisão: Chris Binato Direção de Arte e Produção Gráfica: Camarinha Comunicação & Design: tel. (11) 3034-4893. Tiragem: 12 mil exemplares.

SAC Perdigão 0800-7017782

número 1 eM AliMentos

saudável e sAborosA

um aumento de 27% no faturamento,

o acesso ao mercado externo, o pla-

nejamento estratégico, a aquisição

da gaúcha Eleva, da holandesa Plusfood e

das linhas de margarina Doriana e Clay-

bon. Por esse amplo conjunto de fatores,

a Perdigão foi eleita a melhor empresa do

setor de alimentos de 2007 na nova edição

do prêmio As melhores da Dinheiro, uma

iniciativa da revista Istoé Dinheiro.

Outro item que também contou pontos

para a escolha foi a gestão de recursos

humanos da companhia. A cerimônia de

premiação aconteceu em agosto, em São

Paulo, com a presença dos ministros Mi-

guel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria

e Comércio Exterior, e Hélio Costa, das

Comunicações.

Vladimir Rissardi foi promovido a • gerente de Administração e de Recur-sos Humanos das unidades de lácteos de MG (Ravena e Rio Casca) e GO (Itumbiara).

Outra promoção na área de Admi-• nistração e Recursos Humanos é a de José Mário Batistela Ramos, que vai responder pela gerência nas unidades de lácteos de SP e RJ.

Fernando Zupirolli Uchoa de Oliveira • assume a gerência de Tributos, respon-dendo pela área tributária corporativa, vinculada ao gerente de controladoria, Itacir Piccoli.

Na Unidade de Negócios Perdix, • Michele Muccillo foi promovida a ge-rente de Exportação de Lácteos, e Ra-fael Zanoni Soares assume e gerência de vendas Américas. Ambos vêm da equipe da Eleva.

Mariucha Ferreira Castro foi contra-• tada como gerente de produto das li-nhas de presunto, salsichas,cortes de aves e suínos. Vai responder à gerên-cia de marketing de industrializados do Negócio Perdigão.