Revista Nestlé nr 3 - Nestlé Portugal | Nestlé

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João Nunes À frente da Nestlé PURINA Portugal, confessa a paixão pelos animais Cafés TOFA A celebrar 50 anos em Portugal 4 maio 2012 Fábrica de Lagoa A origem do leite em pó João Nunes À frente da Nestlé PURINA Portugal, confessa a paixão pelos animais Cafés TOFA A celebrar 50 anos em Portugal

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João NunesÀ frente da Nestlé PURINA Portugal,confessa a paixão pelos animais

Cafés TOFAA celebrar 50 anos em Portugal

4maio2012

Fábrica de LagoaA origem do leite em pó

João NunesÀ frente da Nestlé PURINA Portugal,confessa a paixão pelos animais

Cafés TOFAA celebrar 50 anos em Portugal

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2 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Índice

Revista Institucional Nestlé Propriedade Nestlé Portugal S.A. Rua Alexandre Herculano, 8 – 2799-554 Linda-a-Velha, www.nestle.com, [email protected] Edição: Direção de RelaçõesCorporativas Responsável Editorial: Deolinda Nunes Coordenação Editorial: Marta Amaro Tiragem: 500 exemplares Papel: SATIMAT GREEN, certificado de acordo com as normas FSC –Forest Stewardship Council, 60% fibras recicladas 40% fibras virgens de florestas certificadas Produção Editorial e Gráfica Choice Comunicação Global, Lda. Impressão e acabamentoMayenceDepósito Legal n.º 332097/11 Distribuição Gratuita Proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo desta publicação sem autorização prévia do editor.

Resumo da edição

Na quarta edição da Revista N, viajamosaté à «Ilha Verde» e damos a conhecer aorigem do leite em pó que, a partir de SãoMiguel, segue para Avanca, para ser incor-porado na CERELAC e em bebidas de cafédestinadas ao setor empresarial, comer-cializadas pela Nestlé Professional. Em Es-panha, na fábrica de La Penilla, é integradoem cereais infantis e, em Itália, em LaPerugina, adicionado a chocolates, como éo caso do famoso bombom BACI.Na rubrica «À Conversa», apresenta-

mos João Nunes, Country Manager daPURINA em Portugal. Numa entrevista«vigiada» de perto pelo seu melhor amigoSpot, o responsável fala sobre o seugosto pelos animais, pelas marcas e dapaixão que o move no trabalho.A prevenção da obesidade infantil volta

a ser tema, desta vez com a apresenta-ção do programa POPE que, além daNestlé, envolve mais duas entidades nasensibilização de professores e de crian-ças para uma alimentação saudável e umestilo de vida ativo. Os produtos de Posi-cionamento Popular (PPP) e o seu contri-buto em período de contenção econó-mica é outro dos temas abordados.Este ano, os Cafés TOFA comemoram

50 anos.Vamos conhecer a história da suacriação em Portugal, em particular, pela«voz» de Carlos Costa. Hoje reformado,dedicou 30 anos da sua vida a vender amarca. «N» razões para ler até ao fim.

Relações Corporativas

7 14 34

Editorial3 Abraçar o ano com inovação e muita

criatividade

I&D4 PURINA: Estudo de Longevidade

LIFE PLAN®

6 Packaging design

À Conversa7 João Nunes

Produtos10 Produtos de Posicionamento Popular11 Webshop NESCAFÉ® Dolce Gusto®

Bem-estar12 Programa POPE

Reportagem14 Fábrica de Lagoa

Valor Partilhado20 Redução do consumo de água22 Cocoa Plan

Iniciativas24 Recursos Humanos: avaliação interna26 Estágios para filhos dos Colaboradores27 A Nestlé nas redes sociais

Ambiente28 Reciclagem de cápsulas30 Logística eficiente

Prémios31 As Marcas de Confiança

dos portugueses31 Produtos do Ano 201231 Nestlé é a empresa alimentar mais

admirada mundialmente

Efemérides32 CafésTOFA: 50.º aniversário

Curiosidades36 Nespresso desafia moda nacional

Cozinhar é fácil37 Salmão fumado com molho

de iogurte e pepino

Nestlébook38 «A Sorte dá muito Trabalho»

Agenda38 XLI Jornadas Nacionais

de Neonatologia38 XI Congresso de Nutrição

e Alimentação da AssociaçãoPortuguesa dos Nutricionistas

Nota: Revista escrita ao abrigo do novo Acordo Ortográfico.

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Não foi um ano fácil, mas em 2011 provámos que somos merecedores da con-fiança depositada há mais de 145 anos. Orgulhamo-nos dos resultados obtidos,porque sabemos de provêm de um enorme trabalho, sempre com respeito pelo

próximo, e de um esforço por antecipar as necessidades dos Consumidores.

No mercado nacional, conseguimos um total de vendas de 624,1 milhões de euros, oque corresponde a um crescimento de 3,6%. A Inovação desempenhou um papel fun-damental, a contribuir com 14%, bem como as Exportações, com 12,8%. A nível de Re-cursos Humanos, terminámos o ano com 1764 Colaboradores, tendo criado cerca de250 postos de trabalho nos últimos quatro anos.

Encaramos como nosso maior ativo a credibilidade e a confiança, conceitos cada vezmais escassos e efémeros num mercado que tem tanto de veloz como de competi-tivo. Por tal, 2012 será um ano para continuar a apostar nos Valores da marca Nestlée nas Pessoas como principais focos de interesse.

Em resposta à credibilidade que nos é dedicada, destaco os Produtos de Posiciona-mento Popular (PPP) como uma oportunidade para o Consumidor. Não queremos queabdique do sabor e da nutrição a que se habituou, por ter menor poder de compra.Assim, trabalhamos para tornar os preços mais acessíveis, através de formatos com-petitivos, novos produtos ou novos canais de distribuição.

Provamos que em tempos de austeridade é fundamental não baixar os braços. Peranteo aumento do preço das matérias-primas e a redução do consumo, respondemoscom mais trabalho, com mais inovação e, acima de tudo, com a mesma proximidadeao Consumidor.

Abraçar o anocom inovaçãoe muita criatividade

António Saraiva de ReffóiosOs últimos meses têm representado verdadeiros testes de resiliênciae de coragem para os portugueses. Nunca a palavra «crise» foi tão repetidae nos condicionou tanto a forma de atuar e de encarar o futuro.Pese embora o período difícil que atravessamos, é altura de pensar mais além,de ser determinado e de inovar. É este o espírito que vivemos diariamentena Nestlé e com que tentamos «contagiar» os nossos Consumidores, Parceirose Stakeholders: é hora de agir e de nos reinventarmos.

António Reffóios Editorial

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4 Revista Institucional da Nestlé Portugal

I&D Estudo PURINA

Prevenir a obesidadenos melhores amigos do homem

Longe de ser uma patologia

exclusiva dos humanos,

a obesidade é um distúrbio

nutricional também presente nos

animais. Na Europa, estima-se

que 40% dos cães e 30% dos

gatos observados por médicos

veterinários apresentem excesso

de peso e tendência para

problemas de saúde. Durante

mais de 14 anos, a PURINA

estudou o comportamento de 48

Labradores Retriever e provou

que a obesidade está diretamente

relacionada com uma diminuição

da esperança de vida dos cães.

Foram 48 os cães que, durante maisde catorze anos, viveram no NestléPetCare Center, nos Estados Uni-

dos, e protagonizaram o primeiro e únicoestudo feito até hoje para relacionar o ex-cesso de peso com a diminuição da es-perança de vida. Trata-se do Estudo deLongevidade LIFE PLAN® da PURINA que,desde há uma década, orienta e define asfórmulas alimentares lançadas pela marca.Realizado por uma equipa multidis-

ciplinar externa à Nestlé PURINA, eem colaboração com cinco universida-des norte-americanas, o ensaio envolveuprofissionais de várias áreas, desde nu-tricionistas, cardiologistas, ortopedistas

e endocrinologistas, e até hoje serve debase às fórmulas da PURINA.Publicado em 2004 pela imprensa cien-

tífica, o estudo teve como objetivo «de-monstrar o que se julgava certo mas nãoestava ainda provado em mamíferos su-periores, ou seja, que comer para umacondição corporal ideal aumenta a espe-rança de vida e melhora a qualidade devida», explica Ana Mimoso, VeterinaryTechnical Manager da Nestlé.A PURINA conseguiu provar de forma

concludente que os cães que comerampara uma condição corporal ideal vive-ram mais 15% de tempo e com umamelhor qualidade de vida do que os que

comeram à descrição. O primeiro grupoviveu em média 12,2 anos, enquantoo segundo ultrapassou os 14 anos (algunscães viveram até aos 17 anos, já fora doestudo).Quando não se estabelecem limites, os

animais têm tendência a comer mais23% do que o necessário e «este é o ce-nário que também se passa nas nossascasas», refere Ana Mimoso. Afinal, «a lon-gevidade é precisamente um pilar e umadas missões da Nestlé PURINA enquantoCompanhia. Pretendemos que os donospossam desfrutar dos seus animais pormais tempo e com melhor qualidade devida», afirma a responsável.

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Estudo PURINA I&D

A metodologiaRealizado no estado do Missouri, nos

Estados Unidos, o Estudo de Longevi-dade LIFE PLAN® da PURINA envolveu vá-rias ninhadas de Labradores Retriever.Os irmãos eram analisados com base emfatores como o peso, a fisionomia, a con-formação, etc., e agrupados tendo emconta a suas parecenças. De acordo comos especialistas, quando os animais sãosemelhantes fenotipicamente (externa-mente), também o são geneticamente.Neste caso, «podem-se tirar conclusõescredíveis e estatisticamente relevantes».Entre dois irmãos semelhantes, um era

integrado no grupo de controlo (alimenta-ção à descrição) e o outro no grupo de ali-mentação restrita. O primeiro comia o ali-mento que quisesse uma vez ao diadurante 15 minutos. A quantidade inge-rida era então verificada. No dia seguinte,o segundo iria comer menos 25% deração do que o primeiro, desde que estaquantidade respeitasse o mínimo de qui-localorias necessárias para cumprir os re-quisitos energéticos.Ao longo de 14 anos, foram medidos

regularmente a condição corporal, opeso, a percentagem de gordura, de ga-ses venosos, glóbulos brancos e indica-dores de patologias como a osteoartrite,a displasia da anca, etc. Concluiu-se queos cães com excesso de peso ficammais vulneráveis a doenças cardíacas epulmonares, diabetes, problemas nas ar-ticulações e intolerância ao exercício, porexemplo.

Avaliação do corpo do cãoUma das ferramentas usadas no es-

tudo foi a associação da condição cor-poral do animal à tabela Body ConditionSystem, também desenvolvida pelaNestlé PURINA. Este sistema con-siste em olhar para a forma do corpo docão e classificá-la de acordo com indi-cadores como a cintura definida e facil-mente visível a partir de um ângulo su-perior, as costelas palpáveis com umaleve camada de gordura e o abdómenrecolhido. A condição ideal é entre 4,5e 5 pontos numa escala de 1 a 9 e aqui

O DIA-A-DIA NO NESTLÉ PURINA PETCARE CENTER

Ao contrário do que normalmente se associa a umcentro de investigação, noNestlé PURINA PetCare Center, nos EUA, os animais são tratados como «reis».Aqui não se usam quaisquer métodos ou testes invasivos e existem trata-dores alocados aos cães.As suas funções passampor «passeá-los, penteá-los,fazer-lhes festas… no fundo, serem os seus donos», explica Ana Mimoso.

poderá estar a «chave» para a preven-ção da obesidade.A observação é feita normalmente pelo

médico veterinário mas também deveráser pelo dono. Curiosamente, as avalia-ções feitas pelo profissional e pelo dononão coincidem. Habitualmente, o se-gundo avalia a condição do seu cão abaixodo real, o que significa que aos olhos dodono o cão é sempre mais magro do queaos olhos do veterinário. E é nestescasos, em que gordura parece ser formo-sura, que reside o maior perigo para osamigos de quatro patas.

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6 Revista Institucional da Nestlé Portugal

I&D Packaging design

ODesign Inclusivo foca-se na diver-sidade dos Consumidores para odesenvolvimento de produtos

que satisfaçam as necessidades de maispessoas. A Nestlé é a primeira empresano sector de Food & Beverage (F&B) a uti-lizar este método e já começou a adaptaralgumas embalagens, para que sejam utili-zadas sem dificuldade, independente-mente da idade, incapacidade ou condi-ção física. «Trata-se de ser pioneiro nodesign que beneficia todos os Consumi-dores», afirma David Wiggins, Head ofPackaging no Reino Unido. Foi neste paísque esta abordagem teve origem, na Uni-versidade de Cambridge.Na Austrália, especialistas da Nestlé

investigaram o impacto da artrite na uti-lização dos seus produtos. Para isso,usaram luvas especiais concebidas peloGeorgiaTech Research Institute, emAtlanta(EUA), para simular a forma como estadoença limita os movimentos e a forçadas pessoas afetadas. Os testes foramfeitos em cinco dos produtos mais popu-lares da Companhia. Como resultado, em

parceria com a Arthritis Australia, lança-ram a Accessibility Benchmarking Scale,uma escala pioneira que permite prever apercentagem da população que conse-guirá usar as embalagens, quer tenha ounão artrite.No âmbito da investigação, o frasco de

NESCAFÉ Gold surgiu, entretanto, comum design renovado: mais fácil de segu-rar, com tampa click and lock e uma mem-brana protetora metálica simples de re-tirar. E tudo indica que a aplicação doDesign Inclusivo não ficará por aqui. Esteano a Companhia irá analisar as embala-gens de alguns dos seus produtos daMAGGI e das gamas de cereais.

Impacto social e ambientalPara a Nestlé, a sustentabilidade é

parte do negócio. É por isso que os seusdesigners ponderam este elemento desdea conceção, considerando o seu impactosocial e ambiental.Exemplo desta preocupação é a re-

cente substituição da embalagem devidro do NaturNes por outra em plástico,mais eficiente, tendo em vista a reduçãodas emissões de CO2 na cadeia de valor.A Companhia analisa sistematicamente

o impacto dos seus produtos, desde asmatérias-primas, aos processos de produ-ção, embalagem e utilização pelo Consu-midor. Além disso, recorre a ferramentasde eco-design que permitem obter dadosrelevantes sobre o ciclo de vida do pro-duto. A informação entre os designersespalhados pelo mundo flui através daNestlé Global Product Design, uma redeúnica na área de F&B.

Mais e melhor – é o objetivo que a

Nestlé pretende alcançar através do

chamado Design Inclusivo.

O desafio é conquistar mais

Consumidores, satisfazendo melhor

as suas necessidades, pela criação de

embalagens mais funcionais.

Design amigodo Consumidor

Jacky Nordsvan, Packaging Specialist da Nestlé Austrália (à esquerda) e Fergal Barry, da Organização ArthritisAustralia (à direita) simulam como uma pessoa com artrite abre a embalagem de NESCAFÉ Gold Blend.

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João Nunes À Conversa

As paixõesde João Nunes

Confessa que, desdemiúdo, o seu sonho eratrabalhar na Nestlé.Admirava a Companhiapelos produtos e pela credibilidade quetransmitia.Aos 25 anos, a paixão pelasmarcas abriu-lhe portas em Linda-a-Velhae o sonho tornou-se realidade. Sob o olharatento e curioso do seu melhor amigo,Spot, João Nunes, Country Managerda PURINA em Portugal, apresenta-se e revelacomo a paixão é o sentimento que o guiano trabalho e em cada situação da vida.

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À Conversa João Nunes

Écom um sorriso que afirma ter a«melhor equipa do mundo». Está li-gado à petfood desde 1998, depois

de ter chegado à Nestlé comoDelegado deInformaçãoMédica. Foi Gestor de Clientese de Produto, mas foi já no segmento deanimais de companhia que, durante cincoanos, viveu aquele que considera ter sido o«melhor período profissional da sua vida»,em Barcelona. Está há 22 anos na Nestlé esente que o tempo «passou a correr».Nasceu no Porto «por acaso», já que o pai

é alentejano e amãe algarvia. Aos dois anosrumouaLisboa,queconsideraa«sua»cidadee onde vive até hoje. Enquanto estudante, epor influência do pai, ingressou no InstitutoSuperior Técnico para tirar uma licenciatura

em Engenharia Civil. Entre aulas e frequên-cias – e, pelo meio, o cumprimento do ser-viço militar obrigatório – apercebeu-se deque não era aquilo que gostaria de fazer e,após três anos, decidiu «mudar de vida» eabraçar um curso de Organização e Gestãode Empresas, que concluiu enquanto traba-lhava naNestlé. Nesta área interessava-lhe avertente do contacto humano e o desenvol-vimento de «competências relacionais».A sua carreira começou a delinear-se então.Em1989 chegou àNestlé para o negócio deNutrição Infantil e o que era um sonho deinfância tornou-se realidade.Os animais de companhia sempre foram

uma constante na vida de João Nunes.Habituado a ter a companhia de cães na

família, foi com natural interesse que acei-tou o convite para se tornar Brand Mana-ger para as marcas FRISKIES Gato,GOURMET e FELIX, em 1998. Depois deum ano a trabalhar neste segmento, saiupara o país vizinho, exercendo as mesmasfunções na Nestlé PetCare Spain. Esta ex-periência permitiu-lhe crescer e desenvolvernovas competências, não só de âmbito pro-fissional como comportamental: «Conhecinovas realidades, novas culturas e novas for-mas de trabalhar», afirma. Durante a per-manência emBarcelona, tirou tambémumapós-graduação em Desenvolvimento Dire-tivo, no IESE. Aquela que era para ter sidouma expatriação de três anos, prolongou--se para cinco, por ter sido convidado para ocargo de Diretor de Vendas Retalho. O re-gresso a Portugal, em 2005, foi um matarde saudades da família e dos amigos etambém um «regresso ao mercado» e aomarketing, a sua área do «coração».

Paixão pelas marcasChama-lhes «mágicas». Mais do que

uma designação de produto, trata-se deum «mito» em que «aposta, constrói eenvolve por inteiro». Para o Country Ma-nager da PURINA em Portugal, as marcasestabelecem uma relação com o Consu-midor: conhecem os seus gostos, anseiose expectativas. A ligação entre ambosultrapassa mesmo «tudo o que é transa-cional ou tangível». João Nunes tem estapaixão desde muito novo.No caso da PURINA, é um gosto re-

forçado. Dos cinco valores damarca – pai-xão, trabalho em equipa, melhoria contí-nua, excelência e confiança – destaca oprimeiro como o que mais caracteriza amarca: «Costumo dizer que as pessoasque trabalham na PURINA não têm de terum animal de companhia, mas têm de gos-tar muito deles».Atualmente, a presença dos «melhores

amigos do homem» nos lares é cada vezmaior, consequência das novas estruturasfamiliares e do isolamento de muitaspessoas, nomeadamente idosos. Emparticular, o número de gatos tem vindo aaumentar e, apesar de ainda ser menorcomparativamente ao de cães, tende aaproximar-se. Neste ponto, João Nunes

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João Nunes À Conversa

refere, por curiosidade, que existe umamaior fidelização à marca no que toca à ali-mentação felina: «talvez porque os gatossão mais criteriosos no que comem e nãoaceitam qualquer coisa», explica. A marcaFRISKIES, pertencente à PURINA, é líder nosegmento de alimentação para gatos.

Operfil e o gosto de trabalhar emequipaDe todas as competências que valoriza

no comportamento humano, a capacidadede aprender é a que mais fascina JoãoNunes. Acredita que a relação entre idadee aprendizagem não é relevante e que, aolongo de toda a nossa vida, é o estímuloque nos faz crescer, desenvolver e conhe-cer. Constantemente, procura aprendermais no trabalho – e até em casa, quandoespreita os livros académicos dos entea-dos e acompanha os seus estudos.Com a experiência profissional que já

tem, aprendeu a ser metódico e a dargrande ênfase à fase da preparação, já que«os problemas atuais podiam ter sido ate-nuados se pensados ontem». Por isso, or-ganiza todo o trabalho atempadamente e,como brinca, «coloco primeiro as pedrasgrandes e encaixo as pequenas entre asmaiores. Se tentar fazer ao contrário, asgrandes já não caberão».

Gere uma equipa de cerca de 50 ele-mentos que têm em comum a paixãopelo negócio, pelos animais de companhiae pelas pessoas. A sua postura é a deporta aberta, preferindo sempre o con-tacto pessoal ou telefónico ao virtual.Chega à Nestlé por volta das 08h15,

após o passeio matinal com o Spot. Entrereuniões, e-mails para dar seguimento etelefonemas para fazer, João Nunes aindaencontra tempo para realizar um mes-trado executivo em Finanças no ISCTE,em Lisboa, dois dias por semana. Tentaminimizar o trabalho que leva para casa,onde chega por volta das 20h30 mas nemsempre consegue.As férias de verão costumam ser pas-

sadas no Algarve e nem neste períododesliga totalmente. Em parte, por von-tade sua: «tal como não desligo da famí-lia e dos amigos quando estou a traba-lhar». O trabalho, mais do que um dever,é um prazer para o Country Manager daPURINA e, por isso, quando não recebenotícias dos colegas, dá por si a telefonar--lhes de vez em quando para dizer um«olá», consciente de que o trabalho estábem entregue. Para alguma questão maisurgente, facilmente pega no telemóvel,mais do que recorre ao correio eletrónico.

Nos tempos livres, gosta de praticar des-porto, se possível ao ar livre. Sempre quepode, vai correr para o estádio universitá-rio, em Lisboa que, «além de ser um exce-lente espaço, é gratuito», brinca. O gostopelo judo, desporto que praticou como fe-derado durante 13 anos, também estáainda bastante vivo.Do ponto de vista pessoal, assume-se

como um «homem de família» e procuraestar presente em cada momento vivido aquatro. É mais uma pessoa de sair do quede estar em casa. Considera que um dosgrandes prazeres da vida é reunir um grupode amigos à volta de uma mesa e desfru-tar de uma experiência gourmet: «um bomvinho, uma fatia de queijo da serra commarmelada ou – um hábito que trouxe deEspanha – presunto no pão com tomate».Nas viagens, assume-se mais citadino e

gosta de conhecer as capitais europeias einternacionais. A par deste interesse, re-corda Cuba como um dos destinos de quemais gostou, evidenciando a «alegria natu-ral das pessoas, mesmo quando não têmas melhores condições de vida».

De todas ascompetênciasque valoriza nocomportamentohumano, a capacidadede aprender é a quemais fascina JoãoNunes. Acredita quea relação entre idadee aprendizagem nãoé relevante e que, aolongo de toda a nossavida, é o estímuloque nos faz crescer,desenvolver e conhecer.

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Como tirar o «S»à palavra «Crise»

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Produtos PPP

Em2008a«crise económica» instalou--se «oficialmente» no nosso país.Com ela, surgiu um novo conceito

de consumidor que, como refere PaulBulcke, CEO da Nestlé, «pode não fazertantas viagens de férias, mas continua acomer chocolate». A Companhia segue astendências do mercado alimentar e traba-lha diariamente para que a população, umpouco por todo o mundo, não prescinda

da qualidade, do sabor e da nutrição a quese habitou, há mais de 145 anos.Abrangendodesdeprodutos «best-seller»

como o NESTUMMel e as Bebidas de Ce-reais BRASA e TOFINA até às mais re-centes novidadesMAGGI Directo ao Forno,CERELACBolachaMaria ou asTabletes deChocolate Recheadas, a Nestlé desenvol-veu os Produtos de Posicionamento Po-pular para «continuar ao lado do número

Nos tempos atuais, não há dia em que a afamada «crise»não nos bata à porta. Seja através dos noticiários,de testemunhos reais ou do aumento generalizado dospreços, é uma ameaça constante que molda a nossa vidae a atitude perante o consumo. Como resposta, a Nestlécriou os Produtos de Posicionamento Popular (PPP) paraquem não prescinde da qualidade e do sabor a que sehabituou, mas a um preço mais acessível.

Como tirar o «S»à palavra «Crise»

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cada vez maior de Consumidores queprocuram fazer as escolhas mais acerta-das: os Low Food Spenders». Na suamaioria, «são famílias cujo gastomédio emalimentação e bebidas é inferior à médiada população portuguesa», como afirmaSusana Felgueiras, responsável de Inova-ção e PPP Management. Estas famíliasexistem em todas as classes sociais e,atualmente representam já mais de 65%do total da população do nosso país.Conhecer as «motivações e razões de

compra, o que compram, como comprame porque não compram» são as questõesa que a Nestlé procura responder a cadadia, porque «é inteligente poupar». O seuprincipal objetivo em disponibilizar mar-cas, produtos e soluções PPP passa porassegurar propostas de valor atrativasjunto deste target da população.

Mercado português: os bons exemplosEm tempos de crise, «aNestlé conseguiu

tirar o “s” da palavra e encontrar uma so-lução que responde às necessidades deum tipo de consumidor que não abdica da

qualidade e que, ao mesmo tempo, pro-cura na alimentação uma alternativa parapoupar», refere Susana Felgueiras.Um dos principais exemplos de imple-

mentação dos PPP nomercado nacional éo lançamento da GamaMAGGI Directo aoForno. De acordo com a responsável, «foicomo o despertar da “bela adormecida”que era a marca MAGGI em Portugal, cujaimagem transmitia elevada confiança, tra-dição e expert em culinária, ainda que oldfashioned». Em abril de 2010, é lançadauma nova solução, rápida, cómoda e eco-

Os Consumidores da NESCAFÉ® Dolce Gusto® já podem fazer a sua encomendaonline, entrando em https://www.dolce-gusto.pt. No novo canal de venda, além davariedade de produtos presentes nas superfícies comerciais, estão disponíveis cáp-sulas exclusivas, 24 horas por dia. Os portes de envio para encomendas superioresa 50 euros são gratuitos.Para os próximos anos, o objetivo damarca é apostar fortemente

nesta plataforma. Está previsto o lançamento demáquinas, bemcomo de novas variedades de cápsulas e de acessórios dedesign exclusivo. Os Consumidores podem ainda contarcommuitas promoções.

NESCAFÉ® DOLCE GUSTO® COMVENDA ONLINE

nómica na categoria de Temperos, tendo--se revelado um «contributo essencial paraconseguir o revamping (renovação damarca) com uma solução PPP».Outro exemplo da aplicação da inicia-

tiva em Portugal é NESTUM Mel, «umproduto que, de geração em geração,tem feito as delícias dos consumidores,assegurando a energia necessária paraenfrentar os desafios do dia-a-dia por umvalor bastante acessível: menos de 40cêntimos por dose».O mesmo se aplica ao lançamento da

variedade CERELAC Bolacha Maria, que«se apresenta no mercado com um preçomais acessível que o de outras varieda-des da mesma gama, revelando a preo-cupação da marca em oferecer soluçõesque permitam continuar junto das famí-lias portuguesas que há 75 anos contamconnosco».

PPP Produtos

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Bem-estar Programa POPE

Primeiro ciclo:

ensinar a escrevere também a comer

Promover uma alimentação sadia e equilibrada e estimularum estilo de vida ativo. Levar as crianças a iniciar o diacom um bom pequeno-almoço, as refeições com sopa,

não esquecendo as hortícolas e a fruta; a brincar mais no re-creio e dedicar menos tempo à televisão ou aos jogos no sofá.Estes são os objetivos base que reuniram três entidades emprotocolo: o Hospital Fernando Fonseca (Amadora/Sintra), a Câ-mara Municipal da Amadora e a Nestlé. Juntas, criaram e de-senvolveram o POPE.O programa visa ensinar práticas saudáveis de alimentação e

de exercício físico a cerca de 2000 crianças do ensino pré--escolar e do primeiro ciclo dos agrupamentos Cardoso Lopes,José Cardoso Pires, Pedro D’Orey Cunha e D. João V, no con-celho da Amadora.

Não basta ensinar. É imprescindível alterar os hábitos alimentares das crianças e prevenir que se tornemadultos obesos, com as patologias inerentes ao excesso de peso. A situação nacional é cada vez maisgrave. Estima-se que 31,5% das crianças portuguesas entre os sete e os nove anos apresentem excesso depeso. Atualmente, 11% são já obesas. A Nestlé reforça o apoio a esta causa e integra o POPE – Programade Prevenção da Obesidade Pediátrica na Escola.

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PROGRAMAAPETECE-ME

Criado no ano letivo de 1999/2000, o programa APETECE-ME visa ensinar as crianças e os seus en-carregados de educação a ter bons hábitos alimentares, a escolher os alimentos mais saudáveis para ini-ciar a manhã com energia e garantir um dia com um bom desempenho físico e intelectual. Esta iniciativa deeducação alimentar é da responsabilidade da Nestlé Portugal em parceria com a Direção-Geral de Inovação eDesenvolvimento Curricular, do Ministério da Educação. Com mais de dez anos de atuação, este programaenvolveu mais de 500 000 alunos e cerca de 2700 escolas, apenas no ano letivo 2010/11.O programa apoia os professores na preparação de atividades sobre alimentação saudável com os seus alunos, bem como

sensibiliza os encarregados de educação para a importância de estilos de vida saudáveis.

A necessidade de criar este programa surgiu devido ao ele-vado número de crianças com excesso de peso que chegavamàs consultas de pediatria do Hospital Fernando Fonseca. Se deinício se tratava de casos pontuais, gradualmente passaram ahabituais. «O excesso de peso é uma situação comportamentale que se pode prevenir», afirma Ana Leonor Perdigão, nutricio-nista e responsável da Nestlé pelo POPE. O problema decorrede uma alimentação desequilibrada e de um estilo de vida se-dentário, situações que podem e devem ser corrigidas. Num es-forço conjunto, «pretende-se trabalhar na comunidade», envol-vendo as crianças, as escolas, os encarregados de educação eo hospital.

As três etapas do POPETodo o trabalho do programa POPE é desenvolvido nas es-

colas. Numa primeira fase, faz-se o diagnóstico da situação:no início do ano letivo, os professores elaboram um pequenoquestionário de conhecimentos e de comportamento alimen-tar às crianças e aos seus encarregados de educação. Algotão simples como «conhece a roda dos alimentos» permiteaos profissionais de educação entender as rotinas alimenta-res das crianças. Esta informação é complementada com aavaliação de peso, altura e índice de massa corporal, tambémfeita na escola.Reunidos estes dados, são enviados para a equipa da con-

sulta de pediatria do Hospital Fernando Fonseca que trata osdados e define o plano de ação.A participação da Nestlé acontece através do programa

«Apetece-me», fornecendo as ferramentas de trabalho a pro-fessores e escolas. Assim, no arranque de cada ano letivo,cada turma recebe os materiais pedagógicos que acompa-nham a implementação do programa, de modo a estimular ointeresse e a curiosidade dos mais novos.

Professores como modelos de bons hábitosA criação do POPE – cujo protocolo foi assinado em janeiro de

2011 – veio dar resposta a uma necessidade já sentida pela classeeducativa. São as pessoas quemais tempo passam com as crian-ças durante o dia e acompanham de perto o seu crescimento

e desenvolvimento. Assim, a reação e o impacto em todo o uni-verso escolar foram «muito positivos».Prova disso é o facto de muitos professores terem passado a

almoçar com as suas turmas na cantina da escola, dando oexemplo ao comer a sopa, os legumes e a fruta. «Mais do queeducadores, os professores são os role-model dos alunos, é im-portante que deem o exemplo também fora da sala de aula»,considera Ana Leonor Perdigão.

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14 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Reportagem Fábrica de Lagoa

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Fábrica de Lagoa Reportagem

A fábricamaisverde da Nestlé

Nas encostas verdejantes dos Açores, são os dorsos brancose negros que escondem a maior atração das ilhas. Faunae flora unem-se para produzir o leite mais emblemático dePortugal. Desde 1971 que a Nestlé transforma em pó o leiteproveniente do pastoreio livre. De São Miguel, segue em bigbags para a fábrica de Avanca onde é incorporado na farinhaláctea CERELAC e em bebidas do segmento vending. Chegatambém a Espanha e a Itália, onde é adicionado a farinhasinfantis e a chocolates.

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16 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Reportagem Fábrica de Lagoa

A fábrica de Lagoa (ou da Prolacto, primeiro nome que teve epelo qual ainda é maioritariamente conhecida) é responsávelpela transformação de 20% do leite produzido em São Miguel,sendo um dos quatro principais players da ilha. Por ano, aproxi-madamente 70 milhões de litros dão lugar a 10 000 toneladasde leite em pó, que saem em formato industrial com destino atrês fábricas da Nestlé: Avanca, em Portugal, La Perugina, emItália e La Penilla, em Espanha. Embalado em big bags de 1150 kg,o leite em pó segue por via marítima, em contentores de apro-ximadamente 23 toneladas e, uma vez no continente, por es-trada até Espanha e Itália.Da fábrica dos Açores surgem produtos semi-fabricados e in-

dustriais que servem de matéria-prima para nutrição infantil, lei-tes de vending (Nestlé Professional), chocolates e, em menorquantidade, cereais para adultos. A unidade produz tambémmanteiga sem sal, como forma de aproveitar os excedentes degordura, apesar de não ser a sua principal área de negócio.Todo o leite transformado é oriundo da ilha de São Miguel.

A Nestlé mantém uma parceria com sete fornecedores exclu-sivos, alguns já de longa data, bem como com uma cooperativalocal.

O leite que chega provém da ordenha do dia ou, no limite, dodia anterior e vem refrigerado em cisternas. As entregas sãofeitas gradualmente entre as 7h00 e as 22h00.Na Prolacto trabalha-se 24 horas por dia, sete dias por se-

mana: «Tal como a nossa matéria-prima, que são as vacas, nóstambém nunca paramos», refere Sandra Lopes, diretora da uni-dade. Os 66 Colaboradores estão organizados por três turnosdiários, de forma a dar resposta contínua aos cerca de 240 mil

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maio 2012 17

Fábrica de Lagoa Reportagem

litros de leite que diariamente são entregues ali. Na sua maio-ria, são oriundos de escolas profissionais dos Açores, havendotambém técnicos especializados. À exceção somente de «doisou três», todos são naturais de São Miguel.

O processo: de líquido a póNa sua composição natural, o leite contém aproximada-

mente 85% de água. A atuação da fábrica da Nestlé consisteem analisar todo o leite que chega à unidade, medindo rigoro-samente os seus parâmetros de qualidade, em particular apesquisa de antibióticos. Após estar apto a ser transformado,dá-se início ao processo de calibração da matéria-gorda, maisconcretamente ao seu desnate. As natas extraídas do leiteserão transformadas em manteiga para segmentos industriais,como a pastelaria.Numa terceira fase, extrai-se a água presente no leite, atra-

vés de um processo de evaporação. O produto converte-se em50% de sólido, ganhando uma textura semelhante à do leitecondensado.Trata-se da etapa que precede o início da secagem.

A água extraída do leite, a que se dá o nome de «água da vaca»é tratada na fábrica e aproveitada para processos laterais ao fa-brico, como refrigeração ou limpezas intermédias (ver artigo àfrente).Na fase final, faz-se a secagem do leite 50% sólido, sujeito a

um efeito de pulverização com ar quente, que o transforma empó. Então é colocado em big bags industriais com mais de umatonelada ou em sacos menores, de 10 kg e 25 kg.Em termos nutricionais, o leite em pó é idêntico ao líquido:

«Na fábrica retiramos a água presente na matéria-prima que de-pois é adicionada na preparação. A maior vantagem deste leiteé a sua validade, que pode ultrapassar um ano», explica a dire-tora. No caso de pessoas que ingerem pouco leite, nomeada-mente que vivem sozinhas ou idosas, poderá ser uma boaopção para evitar o desperdício.

Leite certificadoNos Açores recolhe-se cerca de 30% do leite produzido em

Portugal, dos quais 19% provêm de São Miguel. O arquipélagoé caracterizado pela aplicação de um modelo com característi-cas singulares, no qual sobressai o pastoreio livre das vacas lei-teiras. É, com efeito, uma das duas regiões do mundo que uti-lizam o pastoreio durante todo o ano, um sistema que apenas

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18 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Reportagem Fábrica de Lagoa

encontra semelhanças na Nova Zelândia. Na sua maioria, o pas-toreio é rotativo, garantindo uma correta gestão da pastagemnatural e prevenindo um pisoteio excessivo que impediria a des-truição da camada vegetal.Uma vaca poderá produzir leite até dez meses por ano du-

rante sete a oito anos. O pico das ordenhas acontece na cha-mada «campanha de verão», período entre março e agosto. Emconsonância com o florescer das pastagens, os animais produ-zem mais leite do que na época fria.O Governo Regional dos Açores dispõe de um sistema de ava-

liação e certificação do leite produzido nas ilhas e, em confor-midade com estes resultados, a Nestlé atribui um bónus de qua-lidade aos seus fornecedores – expresso no pagamento, comoforma de incentivo à qualidade.

Produtos Nestlé com aroma aAçoresComo uma das principais exportadoras dos Açores, a fábrica

da Nestlé, em Lagoa, abastece três indústrias da Companhia:Avanca, que recebe à volta de 60% do leite em pó, La Perugina,com 28%, e La Penilla, com cerca de 9%.

SANDRA LOPES

Aos 34 anos, é a maisjovem diretora de fábrica naNestlé, em Portugal. Está emSão Miguel há quatro anosmas a sua ligação à Compa-nhia já conta uma histórialonga. Natural do Porto, ali selicenciou em engenharia quí-mica, no final da década de90. Findo o curso, estagiouna fábrica de cafés torradosda Nestlé e de lá seguiu paraAvanca, contratada para aárea de produção, em parti-cular para os cereais infantise de pequeno-almoço.Em 2005, surgiu o convite

para partir para Barcelona e integrar a sede da Nestlé em Espanha.«Foi um grande desafio e uma experiência muito enriquecedora», re-corda. Esteve ali dois anos de onde rumou a norte, para a fábrica deLa Penilla, onde foi chefe de produção de farinhas infantis. Passadoum ano, em 2008, regressou a Portugal, desta vez para «algo total-mente diferente»: ir para os Açores dirigir a fábrica de Lagoa.Demorou pouco até desmistificar a ideia que tinha da vida no ar-

quipélago: «Atualmente tenho uma opinião totalmente diferente doque de início. Os Açores apresentam uma ótima qualidade de vida.E aqui estamos acessíveis em qualquer lado». Hoje, é com alegriaque se mantém em São Miguel, tendo entretanto alargado a famíliae dado as boas-vindas à primeira filha.

NEUZA BENEVIDES

Tem 25 anos e o sotaquenão deixa dúvidas de que énatural de São Miguel. Estána fábrica de Lagoa desde2009, mais concretamentedesde 19 de maio – é comalegria e prontidão que pre-cisa o dia, afinal, é uma dataque não esquece.É responsável pelo arma-

zém técnico e tem como fun-ção organizar o stock depeças existentes para a ma-quinaria da unidade. Formadaem higiene e segurança ali-mentar, pela ENTA – Escolade Novas Tecnologias dos

Açores, passou por uma fábrica de queijos frescos e por um labo-ratório numa unidade de laticínios antes de chegar à Nestlé.O seu primeiro desafio aqui foi organizar o rés-do-chão do ar-

mazém técnico, uma tarefa que, tendo sido bem-sucedida, se alar-gou até todo o armazém e que mantém até hoje.

Na unidade portuguesa, o leite proveniente de Lagoa é inte-grado na farinha láctea CERELAC (cada embalagem contémcerca de 25% de leite), bem como em bebidas de café desti-nadas ao setor empresarial e comercializadas pela Nestlé Pro-fessional.Trata-se de um dos setores commaior capacidade decrescimento, como considera Sandra Lopes: «As empresas pro-

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maio 2012 19

Fábrica de Lagoa Reportagem

1. e 4. Exterior da fábrica.

2. Vacas leiteiras de um fornecedor local.

3. Operador de controlo do funcionamento da ETAR.

5. A saída de um big bag do embalamento.

6. e 7. Interior da fábrica: maquinaria industrial.

8. Alguns dos produtos que incorporam o leite em pó da Nestlé.

RUI GASPAR

Natural do Livramento,junto à vila de Lagoa, RuiGaspar conhece a fábricada Nestlé há longos anos.Quando era miúdo, costu-mava jogar à bola com osamigos no espaço ondeestá hoje instalada a ETAR.Nunca então pensou que«quando fosse crescido» iriatrabalhar na Prolacto.Mas o que estava longe

do pensamento tornou-se,afinal, realidade. Aos 31 anos,e desde 2004 na Nestlé,Rui Gaspar é hoje o super-visor da fabricação. Todo o

seu conhecimento foi adquirido na fábrica, por via da experiência edas ações de formação.Passou por todas as etapas do fabrico e agora coordena a

equipa de receção do leite, desnate, evaporador, pulverização, en-chimento e do fogueiro (fornecimento da energia).

ANTÓNIO COSME

Quando chegou à fábricade Lagoa tinha apenas 24anos, mas recorda bem adata, apesar de já terem pas-sado 36 anos. Natural deSão Miguel, António Cosmejá faz «parte da casa». Estafoi a primeira empresa ondetrabalhou, assim que regres-sou da tropa.Conhece a fábrica da Pro-

lacto como poucos: come-çou por trabalhar no labora-tório. Fazia então análises aoleite quando chegavam ascisternas.Passou gradualmente por

todas as etapas – físico-química, microbiologia e análises especiais– até ser promovido a chefe de laboratório, já em 2001.Ao longo de 25 anos, foi aprendendo e conhecendo novos mé-

todos, mais rápidos e mais tecnológicos, que acompanhou graçasà formação que a Nestlé lhe foi proporcionando. Até 2008 acumu-lou ainda a área de segurança da fábrica. A partir daqui, passou tam-bém a dirigir os setores da saúde e do ambiente, que ainda man-tém. Do que sempre gostou foi de trabalhar em equipa, poracreditar ser a melhor solução. E, felizmente «sempre tivemos bonsgrupos», recorda. «Tem sido uma vida dedicada à Nestlé», conta An-tónio Cosme. «Daqui já só saio para a reforma», brinca.

curam cada vez mais soluções práticas, fáceis e de qualidadeque possam ter nos escritórios», refere a responsável.No segundo caso, na fábrica de La Perugina, em Itália, o leite

português é integrado em saborosos chocolates, como é ocaso do famoso bombom BACI. A Norte de Espanha, junto aSantander, na fábrica multiproduto de La Penilla, os cereais in-fantis fabricados também ganham aroma a Açores.

Método «Egron»Apesar de existirem váriosmétodos de secagem, ométodo uti-

lizado na fábrica de Lagoa é exclusivo da Nestlé. Este processotem por base a tecnologia «Egron», cuja patente foi adquirida pelaCompanhia em 1915, tendo sido desenvolvida pela Nestlé aolongo dos anos. Atualmente, aplica-se no fabrico de inúmeros pro-dutos Nestlé em unidades espalhadas por todo o mundo.

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20 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Valor Partilhado Redução do consumo de água

Reaproveitamento da «água da vaca»Desde 2009, a fábrica de Lagoa já

conseguiu poupar cerca de 40% daágua potável municipal que consumia,através do aproveitamento da chamada«água da vaca». A ideia é simples: apro-veitar a água retirada do leite, atravésdo processo de evaporação, para reuti-lização em operações laterais, comolimpezas intermédias ou sistemas de re-frigeração. Este processo implemen-tado há três anos, além de contribuirpara a sustentabilidade ambiental, já

O exemplo açoriano para reduziro consumo de água

Desde há 80 anos que a

água tem sido um tema de

preocupação da Nestlé,

constituindo hoje um dos

três pilares fundamentais na

Criação deValor Partilhado,

a par da Nutrição e do

Desenvolvimento Rural.

A boa gestão da água e a

redução do seu consumo

são objetivos que têm vindo

a pautar a ação da

Companhia, também a

partir de São Miguel.

permitiu à fábrica poupar o equivalentea 36 000 euros.«Aproveitando o facto de o leite ter

água na sua composição natural, e já quenós não necessitamos dela porque faze-mos leite em pó, instalámos um tanqueque armazena até 20 000 litros», explicaSusana Pereira, responsável pela Área deSegurança, Saúde e Ambiente na fábricade Lagoa. Sem cheiro nem cor, a «águada vaca» é praticamente idêntica à potá-vel. Após examinada, é usada nas limpe-zas intermédias da CIP (Clean in Place),

Piscina natural de onde se extrai água salgada para reaproveitamento na refrigeração e na torre de evaporação.

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maio 2012 21

Redução do consumo de água Valor Partilhado

nomeadamente na limpeza química dostanques. «Aproveitamos a água extraídado próprio dia ou, no limite, do dia ante-rior. A que não é usada segue para aETAR (estação de tratamento de águasresiduais) e, após tratada, é devolvida aomar», explica Susana.

Preocupação pela água:ETAR construída em 2008A fábrica de Lagoa conta com um sis-

tema próprio de tratamento de águas re-siduais, desde há quatro anos, como umrequisito de licença ambiental. Esta esta-ção recebe todas as águas que provêmda fábrica – sejam de limpeza de tanquesou de camiões cisterna. A primeira fun-ção é separar gorduras e alguns sólidos.Depois, através de um processo de bom-beamento, as águas passam para o tan-que de homogeneização. Aqui é feito umacerto do pH, de forma a «não existiremgrandes choques com os microrganismosque estão dentro dos reatores», explicaSusana Pereira. Na fase seguinte, nosreatores biológicos, após ciclos de 12horas, são removidos os contaminantesda água, ficando esta tratada. É então de-volvida ao mar, numa média de quatro

vezes ao dia e numa quantidade que variaentre 100 a 120 metros cúbicos.

Extração da água salgadaOutro dos exemplos de reutilização e

de poupança de água municipal, emLagoa, é a extração de água salgada deuma «piscina natural», no terreno da fá-brica, para reaproveitamento na refrigera-ção e na torre de evaporação. A água, que

«Aproveitando o factode o leite ter água nasua composição natural,e já que nós nãonecessitamos delaporque fazemos leiteem pó, instalámos umtanque que armazenaaté 20.000 litros.Sem cheiro nem cor,a “água da vaca”é praticamenteidêntica à potável. Apósexaminada, é usada naslimpezas intermédiasda CIP (Clean in Place).»

provém diretamente do mar, é captadaatravés de um sistema instalado para oefeito. Depois de usada, segue para o sis-tema de amoníaco, de onde sai «comple-tamente limpa». Regressa ao mar a umatemperatura ligeiramente superior, massempre controlada.

39 558

4,15

2010

70 000

60 000

50 000

40 000

30 000

20 000

10 000

0

10

8

6

4

2

0

m3m3/t

66 973

47 410

6,81

5,05

2008 2009

Consumo de água potável

Consumo de água potável/tonelada de produto terminado

43 763

4,3

2011

POUPANÇA DEÁGUA GERADA

Susana Pereira, responsável pelo departamento de segurança, saúde e ambiente na fábrica de Lagoa.

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22 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Valor Partilhado The Cocoa Plan

Além de ser um chocolate deliciosopara o Consumidor, é fundamentalque derive de um cacau de «pri-

meira classe» e que seja testemunho deuma produção justa para os agricultores epara as comunidades que o cultivam,com melhores condições de vida e semmão-de-obra infantil. Estas ambições le-varam à criação do The Cocoa Plan daNestlé (Plano do Cacau) que visa melho-rar todas as etapas do «ciclo» que o grãode cacau atravessa até chegar ao Consu-midor, em forma de chocolate: agriculto-res, negociantes, distribuidores, grupossetoriais e produtores.A forma mais eficaz de ajudar é ir direta-

mente ao campo e demonstrar presencial-mente aos agricultores como podem au-mentar os seus rendimentos commaiorescolheitas de melhor qualidade. Neste sen-tido, a Companhia promove a formação emáreas como a poda de árvores, controlo depragas, colheita e cuidados ambientais.

A criação das plântulas de alto potencialSão várias as iniciativas que o plano

abrange, algumas exclusivas da Compa-nhia e outras por via de participação e deapoio junto de organizações mundiais quepartilham as preocupações e os objetivosdo The Cocoa Plan: ajudar os produtores aadministrar terrenos lucrativos, respeitar omeio ambiente, ter uma boa qualidade devida, possibilitar aos filhos o acesso a uma

boa educação e a encarar o cultivo decacau como uma profissão respeitável.Neste âmbito, a Nestlé criou um Cen-

tro de Pesquisa e Desenvolvimento, emAbidjan, na Costa do Marfim – país lídermundial na produção de cacau. É nestabase Nestlé na África Ocidental que setrabalha diretamente com as comunida-des locais e os produtores.Uma das principais ações levadas a cabo,

desde há dez anos, é a pesquisa sobre pro-pagação de plântulas de cacau de melhorqualidade e com maior rendimento – plân-tulas de alto potencial. Os estudos são tra-balhados em colaboração com o Centrode Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) daNestlé, emTour (França) e com outros ins-titutos de pesquisa como o CNRA (CentreNational de Recherche Agronomique).Como resultado dos conhecimentos e

dos investimentos que a Companhia temfeito a nível mundial, já conseguiu produzirgrandes quantidades de plantas de cacaude primeira classe,mais fortes emenos vul-neráveis a doenças e que, potencialmente,rendem o dobro, ou ainda mais, do que asárvores médias nos terrenos tradicionais.Esta eficácia é obtida com a ajuda de umprocesso de propagação acelerada, semqualquer modificação genética envolvida.O processo tem início no P&D da Nestlé,

em Tours, com botões de flores de ca-caueiros que se desenvolvem como plân-tulas no centro em Abidjan, ou no Equa-dor. Após crescerem em viveiros locais,as árvores ficam prontas para serem plan-tadas nos campos dos produtores.

No século XV, Cristóvão Colombodescobre o continente americano.Com a chegada à «terra nova», oseu paraíso terrestre, o navegador

italiano assinala nomundo«civilizado»mais do que uma novaera na História. Encontra o cacau,até aqui privilégio exclusivo dosíndios daAmérica Central que o

consideravam um «fruto sagrado».Hoje, o chocolate é uma tentação esinónimo de paixão para muitos.ANestlé faz jus à crença dos índios ezela pelo cultivo de um cacau digno

de quem não lhe resiste.

A redescobertado chocolate

Fruto do cacaueiro a ser descascado.

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O longo percurso do cacauAo contrário de outrasmatérias-primas, a

«viagem» do cacau até se tornar no apeti-toso chocolate que chega às prateleiras dosupermercado é longa e complexa. En-volve uma série de intermediários o quesignifica que, por vezes, o agricultor queestá na base do processo não recebe o pa-gamento justo. Além disso, torna mais di-fícil saber a proveniência certa do cacau, oque dificulta ainda a rastreabilidade dosagricultores e o seu acesso à formação.Veja-se então o percurso: na Costa do

Marfim, inicia-se com o agricultor quevende a sua colheita para uma cooperativaou um «pisteur» (compradores/comercian-tes viajantes que contactam os agriculto-res para comprar o máximo possível decacau). Adotam este nome porque se-guem as pistas que levam aos terrenos deprodução de cacau. Existem cerca de 700cooperativas no país e aproximadamente5000 pisteurs. Entretanto, as cooperativase os pisteurs vendem para intermediáriosmaiores, chamados «traitants» que reven-dem para exportadores. Por sua vez, estesvendem para os processadores que trans-formam cacau em chocolate.Um longo caminho que, além da dis-

persão de intermediários, origina a mis-tura de grãos de várias proveniências emgrandes remessas que seguem para omundo inteiro. Para melhorar todo o pro-cesso e garantir a proveniência do cacauusado, a Nestlé estabelece parcerias di-retas com algumas cooperativas na Costado Marfim e no Equador, de forma a en-curtar a trajetória.

Construção de escolasAlém de ensinar a cultivar melhor emais

resistente cacau, a Nestlé participa ativa-mente na melhoria das condições de vidados agricultores, zelando pelo desenvol-vimento rural das comunidades locais.

Projetos sociais como a construção de es-colas e poços de água potável são algumasdas iniciativas que melhoram a qualidadede vida destas pessoas. De acordo com aCompanhia, a principal forma de ajudar osagricultores é apoiando e investindo numprograma escolar agrícola na África Oci-dental. Esta iniciativa é organizada pelaindústria como um todo – incluindo osmaiores fabricantes de chocolate – e já be-neficiou mais de 80 000 agricultores. Nes-tas escolas agrícolas, cada duas a três se-manas aproximadamente, cerca de 30agricultores locais reúnem-se numa explo-ração agrícola de cacau.Um dos benefícios das escolas agríco-

las é que estas providenciam um fórumpara debater questões como o trabalhoinfantil, a importância da escolarizaçãopara as crianças ou o VIH/SIDA.

Exigir uma cadeia de abastecimentosustentávelDesde 2002, o UTZ CERTIFIED, uma or-

ganização internacional independente semfins lucrativos, tornou-se um dos principaisprogramas de certificação para o cacau comcultivo responsável e sustentável para as

comunidades locais e para o meio am-biente. A sua visão é conseguir uma cadeiade abastecimento sustentável – com osagricultores a implementaremboas práticase a construírem o seu negócio, a indústria arecompensá-los por produtos cultivados deforma sustentável e os Consumidores acompraremprodutos que respeitemas suasexigências em termos sociais e ambientais.Trabalhando com a indústria do cacau,

governos e várias organizações não--governamentais (ONG), a UTZ CERTIFIEDestá a desenvolver e a implementar umsistema generalizado de certificação e ras-treabilidade para o cacau sustentável.A Nestlé é membro fundador do pro-

grama do cacau. Isto significa que todos osseus fornecedores e parceiros devem cum-prir o seu Código de Fornecedor, incluindo aproibição do uso ou da obtenção de benefí-cios através de trabalho forçado ou obriga-tório, do trabalho infantil ou de formas quesejam mental, física, social ou moralmenteperigosas ou prejudiciais às crianças ou queindevidamente interfiram com suas neces-sidades escolares.

KIT KAT COM CACAU DE ORIGEM CERTIFICADA

KIT KAT, um dos chocolates mais conhecido dos portugueses, faz parte da ini-ciativa The Cocoa Plan desde setembro de 2011, comunicando-a através da suaembalagem e do site www.nestlethecocoaplan.com. Assim, cada vez que com-pramos um KIT KAT, estamos a contribuir para ajudar mais de um milhão de famí-lias ligadas à produção de cacau.

Na Costa do Marfim, a produção inicia-se com o agricultor que vende a sua colheita para uma cooperativa.

maio 2012 23

Page 24: Revista Nestlé nr 3 - Nestlé Portugal | Nestlé

24 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Iniciativas Recursos Humanos

Fazer negócios,gerir pessoas

«Fazer negócios de

sustentabilidade com base

em relações sustentáveis».

Esta é uma das premissas

da Nestlé, válida para

Clientes, Consumidores,

Colaboradores e

Stakeholders. No início de2012, completou-se

internamente o primeiro

ano de execução do modelo

Progress Evaluation (PE), onovo sistema de

desempenho dos

Colaboradores assente

em objetivos claros, factuais

e mensuráveis.

« equilíbrio em que ambos se concretizemem pleno. Aqui é valorizado o potencial dedesenvolvimento de cada profissional.

Classificar o desempenho:do todo ao individualEm 2010, a Nestlé implementou inter-

namente o PE – Progress Evaluation.Trata-se de um instrumento de avaliação queprima por ser «claro, factual e justo», deacordo comAna Gomes. Desenvolvido emtrês fases ao longo do ano – definição dosobjetivos (fevereiro/março); entrevista in-termédia (julho/setembro) e fecho das ava-liações (dezembro/fevereiro), o PE avalia odesempenho através de quatro comporta-mentos – iniciativa, cooperação proativa,prática com exemplo (ética e integridadenas ações) e orientação para resultados –e quatro a seis objetivos de desempenhofundamentais.Tal como as avaliações, os objetivos traça-

dos são concretos emensuráveis. Definidos

Aspessoas são o essencial do nossonegócio e a nossa razão de ser».Uma ideia simples que está na base

da Política de Recursos Humanos da Nestlée, em particular, dos instrumentos de ava-liação dos Colaboradores. Afinal, «aqui fa-zemos produtos de pessoas para pes-soas», refere Ana Gomes, diretora de RH.A gestão do talento e o desenvolvimento

de competências são objetivos definidosno modelo de gestão dos recursos huma-nos da Companhia.No primeiro caso, pretende-se focalizar

as «competências que os Colaboradoresdevem ter para atingirem a mudança, comvista às suas aptidões de futuro e à sus-tentabilidade do próprio negócio». Ou seja,partir do talento de cada um e do que me-lhor sabe fazer para desenvolver o trabalho.No caso do desenvolvimento de compe-

tências, procura-se unir as expetativas pro-fissionais e pessoais doColaborador aos ob-jetivos definidos pelo negócio, atingindo um

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maio 2012 25

Recursos Humanos Iniciativas

Ana Gomes, Diretora de Recursos Humanos.

mico, fomenta cursos adequados às ne-cessidades, como programas de apoio aespecializações, pós-graduações e MBA.Cada Colaborador tem ainda a possibili-

dade demudar de negócio ou de país, casomanifeste esta vontade e se considere queserá uma mais-valia para a função que de-sempenha. «Estamos em mais de 80 paí-ses, logo, sãomais de 80 oportunidades demudança de carreira», lembra a diretora deRecursos Humanos, referindo-se à expa-triação para outras delegações da Nestléno mundo.Em 2011, foram 142 Colaboradores que

mudaram de função e de local de trabalho,a nível nacional.Em ambos os modelos de avaliação

desenvolvidos pela Nestlé, procuram-sesobretudo duas coisas. A primeira é«falar uma só linguagem e seguir o mes-mo caminho», alinhando Companhia eColaborador. Em segundo lugar, gerir ex-petativas. A chefia deve apoiar de perto oseu Colaborador, orientando-o no sentidode desenvolver a sua carreira e ser o

em «cascata», vão do todo para o particu-lar: crescimento, negócio, funcional, indivi-dual. A avaliação envolve o Colaborador e oseu superior hierárquico num processo quevisa desenvolver tanto os resultados globaisda Companhia como o trabalho individual.

Avaliar as competências de cada umExistente desde 2004, o modelo Pro-

gress and Development Guide (PDG) ar-ranca com a autoavaliação do Colabora-dor e assume-se como uma apreciaçãode competências, em complemento aodesempenho. Procura-se acompanhar opercurso de cada pessoa, de forma a fo-mentar a progressão na carreira. Nesseâmbito, a Nestlé disponibiliza um «con-junto de instrumentos que são integradose que ajudam no desenvolvimento e nocrescimento profissional e pessoal do Co-laborador», como é o caso da formaçãonas mais variadas áreas e funções, pro-grama de trainees, Academia de Compe-tências ou a formação de líderes e deliderança para quadros. A nível acadé-

«guardião» do seu percurso profissional.«Vamos retendo os talentos que temosnas organizações, mantendo os Colabo-radores motivados num bom clima de tra-balho», remata Ana Gomes.

«100% francesa», está emPortugal há 14 anos e veio traba-lhar no marketing da Nespressoem 2007. Em 2011, LaetitiaBalmes abraçou um novo desa-fio na Nestlé: dos irresistíveiscafés transitou para os vicianteschocolates. «Já tinha mostradointeresse em conhecer outrarealidade e em ter uma expe-riência noutros negócios dentroda Nestlé na área demarketing.Recebi esta proposta no final de

2010 e aceitei logo. É uma ca-tegoria que tem muito que vercomigo e que me permite alar-gar os meus conhecimentos»,recorda.Decorrido mais de um ano

nas novas funções, Laetitia re-vela-se muito satisfeita com amudança: «Além de conhecerum novo negócio, estou a traba-lhar numa organização diferente,onde aprendo todos os diascom os vários departamentos.

Por outro lado, o facto de estarfisicamente em Linda-a-Velhapermite-me ter mais contacto eligação com os outros negóciosda Nestlé e com a organizaçãoIbérica.Foi um passo importante para

a progressão da minha carreira,ganhei bastantes conhecimen-tos e competências em diversasáreas onde posso aplicar a ex-periência que adquiri ao longodos anos», conta.

LAETITIA BALMES: DA NESPRESSO PARA OS CHOCOLATES

É Business Partner na área deRecursos Humanos, uma fun-ção que desempenha há poucomais de um ano. Até janeiro de2011, esteve ligado ao negócio daalimentação de animais de com-panhia comoTradeMarketingMa-nager naNestlé PURINAPetCare.A ideia de «abraçar um novo

desafio» surgiu há cerca de trêsanos, emconversa comosuperiorhierárquico e Business Partner:«Encarei esta oportunidade como

um voto de confiança nasminhascapacidades, incentivado tambémpelos meus colegas da NestléPURINA», recorda.O balanço dificilmente poderia

ser melhor: «As expectativas quetinha para este novo desafio foramtodas superadas. Descobri ummundo novo, com novos proces-sos emetodologias numaárea emquenão estava totalmente familia-rizado», afirma Miguel Gomes, aomesmo tempo que aponta como

benéfico«oestabelecimento de li-gações de maior proximidade nãosó com os novos colegas de RH,como dos negócios da minha res-ponsabilidade e antigos colegas».A mudança interna contribuiu

para o seu crescimento a nívelhumano: «potenciando as mi-nhas capacidades profissionaise proporcionando-me uma novaenergia e uma visão diferente emais abrangente do que é tra-balhar na Nestlé.»

MIGUEL GOMES: DA PURINA PARA OS RECURSOS HUMANOS

Page 26: Revista Nestlé nr 3 - Nestlé Portugal | Nestlé

Iniciativas Estágios

Férias de verão:

trocar os chinelospelos sapatos

Férias escolares costumam ser sinónimo de descanso, de sono ou de passeios com a família e amigos.

Entre julho e setembro, os estudantes aproveitam o aguardado interregno nas aulas para fazer tudo ou… nada.

Filhos dos Colaboradores da Nestlé que tenham entre 16 e 18 anos podem reservar o mês de agosto

para conhecer a empresa de que tanto ouvem falar em casa. E ainda para vivenciarem a primeira

experiência profissional.

ANestlé lançou o repto aos seusColaboradores: inscrever os fi-lhos nos Estágios de Verão, du-

rante o mês de agosto. A primeira expe-riência aconteceu no ano passado. Foramdez os jovens que acederam a trocar apraia por um horário de «adulto» e «asondas» por um trabalho profissional.

Trata-se de uma iniciativa cujo exemploprovém da sede em Vevey, na Suíça, eque, graças ao seu resultado positivojunto de Colaboradores e respetivas fa-mílias, surgiu como uma «oportunidade»na Companhia em Portugal.Repartidos por todo o país, quatro

dos estagiários integraram as equipasde Marketing, de Gelados e da Área Fi-nanceira, na sede, em Linda-a-Velha.

Os restantes distribuíram-se nas Bou-tiques Nespresso, em Lisboa, Porto eAveiro.Esta é uma experiência que permite

aos mais novos «conhecerem um poucoa realidade do trabalho dos pais», refereAndreia Dias, Recruitment Coordinator daNestlé, bem como «fazer uma primeiraaproximação à realidade do trabalho».No processo de inscrição, os interes-

sados são convidados a indicar qual aárea profissional que mais lhes interessa.A partir daqui, a Nestlé procura ajustar asua proposta de estágio à área preten-dida: «Procuramos saber junto dos dire-tores das áreas onde existe maior dispo-nibilidade para receber estes jovens», deforma a tornar a situação benéfica paraambas as partes.No final de agosto, estagiário e «tutor»

foram convidados a avaliar a iniciativa,tendo sido consensual o bom resultadoobtido. Em 2012, esta ação repetir-se-á enovos «talentos» serão descobertos den-tro da Nestlé.

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maio 2012 27

A Nestlé nas redes sociais Iniciativas

Nestlé: uma marca de boas memóriasTodos os dias, centenas de Consumido-

res falam e trocam experiências relaciona-das com a Nestlé nos diferentes meiossociais (Facebook, Twitter, Fóruns…).As pessoas recordam com nostalgia as

«papas» da sua infância, referenciam umapausa durante o estudo para um KIT KAT,ou desejam «bom dia comMokambo» aosamigos na rede. As mães trocam opiniõesem fóruns sobre a qualidade, composiçãoe propriedades dos leites com que ama-mentam os seus bebés, um apreciadorde café relata uma ida à boutique daNespresso após elogiar a qualidade damarca PURINA, enquanto outro convida osamigos para uma tarde com NESCAFÉ®

Dolce Gusto®, em sua casa. Recordam-se

As novas tecnologias de comunica-ção vieram conceder ao Consumi-dor um lugar de destaque nas redes

sociais, com a criação e partilha de con-teúdos em conversas e «murais». A facili-dade de qualquer pessoa poder criar e par-tilhar informação vem redefinir o modelode comunicação das marcas, com oword--of-mouth (boca-a-boca) a aparecer cadavez com maior destaque, sob a forma derecomendações, opiniões e experiênciaspessoais. «Esta é uma comunicação queparte das pessoas e em que as marcasperdem o controlo sobre o que é parti-lhado nas redes, podendo ser alvo de elo-gios mas também de críticas, ou simples-mente ignoradas», refere Alexandre Pedro,Social Media Coordinator da Nestlé.É desta ambiguidade que surge a ques-

tão: o que ganham as marcas com asredes sociais?Ao contrário de outros meios de comu-

nicação à sua disposição, «a interação vir-tual vem atribuir uma visibilidade baseadanas experiências individuais e nos seusvalores, quer em termos funcionais, queremocionais», acrescenta.

também os anúncios do passado que fica-ram na memória de todos. Todo um con-junto de conteúdos que tem por baseexperiências, perceções e emoções rela-tivamente às marcas do portfolio Nestlé.Perante a natural envolvência nas redes

sociais, «a Nestlé procura compreenderos insights presentes nas conversas dodia-a-dia, aproximando-se do seu Consu-midor», explica Alexandre Pedro. Esta mo-nitorização gera, então, «informações va-liosas e espontâneas», quer em termos derecetividade da marca, gestão de crisesembrionárias ou até na recolha de informa-ção domercado para criação de novos pro-dutos e/ou formas de promoção.

«Poupar nas com-pras: Durante o mêsde outubro, o DIAestá com: 25%cafés Sical (com-prei e vou comprarmuito mais por-que é o café queuso e que teveum aumento de0,30 cent)»

Fóruma nossa vida

Opiniões que percorrem omundoem segundosConsolidada a presença na casa

dos portugueses, a Nestléaproxima-se ainda mais do

Consumidor, agora por via virtual.As redes sociais são um fenómeno

a que ninguém é alheio e já setornaram num paradigma do

século XXI.A comunicação corre auma velocidade vertiginosa e asopiniões multiplicam-se. Com 500

milhões de utilizadores, oFacebook reinventou acomunicação tradicionalintroduzindo os conceitos:«gosto», «amigos», «fãs» e

«recomendações».

«Há quase 29 anos quete amo. Queres casarcomigo, Cerelac?»

«Uma pausacom KIT KAT,vai ser umanoite rechea-da deestudoárduo… :)»

«Diga bom dia comMokambo:BooommmmDiiiiiaaaaaa»

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28 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Ambiente Cápsulas

RECICLAGEM

Da cápsula usadaà transformação emmobiliárioNESCAFÉ® Dolce Gusto®

traz até nossa casa mais

do que uma diversidade

de aromas a café. Conduz

uma viagem desde o cafezal

até à cápsula, do fruto verde

à chávena e, na fase final,

representa um bom

exemplo de reciclagem

de cápsulas e consequente

redução da pegada

ecológica.

Desde 2006, data em que foi lan-çado o sistema NESCAFÉ® DolceGusto®, que a redução da pegada

ecológica tem sido uma das prioridadesda marca, nomeadamente na prevençãodo impacte ambiental dos seus produtos.

A análise a cada elo da cadeia – cápsulas,embalagens e máquina – é contínua. Estaverificação é determinada através daACV –Análise de Ciclo deVida. Até hoje, a marcaconseguiu reduzir a pegada de carbono em32%, a quantidade de energia não reno-vável em 41% e o total de água usadaem 25%.Metodologia reconhecida, este sistema

é realizado e revisto por peritos externosà Nestlé. O objetivo é avaliar o impactono meio ambiente e identificar as áreas amelhorar. A análise é feita ao longo detodo o ciclo de vida do produto, desde amatéria-prima, à produção, distribuição,utilização e ao fim de vida útil e tratamentoou deposição.São três os indicadores conhecidos da

ACV: as alterações climáticas, entre asquais emissões de gases com efeito de

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Cápsulas Ambiente

DESDE 2006:RESULTADOS NA REDUÇÃO DE PEGADA ECOLÓGICA

depósitos para a recolha de cápsulas usa-das. Entre esses locais encontram-se lojasde eletrodomésticos, supermercados, es-colas, algumas Juntas de Freguesia e Câ-maras Municipais.Tendo em conta a especificidade desta

cápsula, a tecnologia utilizada no pro-cesso foi especialmente desenvolvida paraa marca. Numa segunda fase, o plástico é

estufa expressa em gramas de CO2; oconsumo de energia primária não reno-vável e o consumo de água. Aqui, consi-dera-se a quantidade usada ao longo dacadeia de valor, expressa em litros.

O processo de reciclagem:desde a cápsula usada ao mobiliárioUm dos exemplos da boa prática am-

biental da NESCAFÉ® Dolce Gusto® foi olançamento, em 2010, da recolha de cáp-sulas, enquadrado num sistema próprio epioneiro.De acordo com a legislação atual, as

cápsulas não são consideradas embala-gens, o que significa que estão fora dagestão da Sociedade PontoVerde. Por tal,desde há dois anos, a Nestlé Portugalmontou um sistema que se inicia com arecolha destes objetos em locais especí-ficos e posterior encaminhamento para areciclagem.Trata-se de uma parceria entre a Com-

panhia e diversas instituições que aderirama esta campanha, e onde estão colocados

encaminhado para uma empresa de reci-clagem de plásticos e as borras do caféseguem para compostagem. A água utili-zada no processo é reutilizada para rega elavagem de pavimentos. Após reciclado,o plástico das cápsulas é utilizado paraproduzir mobiliário urbano para jardins,parques infantis, praias, etc.Atualmente, já estão instalados mais

de 30 pontos de recolha no país, um nú-mero em crescimento permanente.

Uma cápsula inteligenteA cápsula da NESCAFÉ® Dolce Gusto®

ganhou o nome de Smart Capsule™, apósvários anos de pesquisa e de desenvolvi-mento. E funciona de forma inteligente.O sistema permite que a pressão internada cápsula seja automaticamente ajustadaa cada produto, de modo a obter uma be-bida da melhor qualidade, seja um chá frioou um café expresso.Feita a partir de materiais plásticos de

alto rendimento, a Smart Capsule™tem uma elevada resistência mecânicaà pressão da máquina, de 15 bares. Etambém resiste à luz e ao oxigénio, ga-rantindo a preservação do aroma do pro-duto. Para preservar o ambiente, as SmartCapsules são embaladas numa caixade cartão única que é posteriormentereciclada.

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30 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Ambiente Logística eficiente

OS BONS RESULTADOSDE 2011

Como tornar a distribuição eficienteNo caso damais antiga fábrica da Nestlé

em Portugal, são tomadas algumas me-didas que contribuem para uma maior efi-ciência energética e redução dos consu-mos: toda a operação logística é feita emtransportes certificados em qualidade e/ouambiente. Diariamente, é realizado um con-trolo da ocupação dos veículos (em impor-tação e transporte para os Clientes), deforma a otimizar a relação consumo decombustível versusmaterial transportado.Para a importação de produtos de mer-

cados externos, sempre que possível, sãoutilizadas soluções de transporte multimo-dal – neste caso, combinando o transporteferroviário, rodoviário e short-sea (trans-porte marítimo de curta distância). Trata-sede uma forma de melhorar a taxa de ocu-pação dos veículos (saturação), com basenum controlo diário. Em paralelo, as moto-rizações usadas nos veículos têm a normaEUROV (menos poluentes).No caso das entregas mais pequenas a

clientes, é utilizado um transporte parti-lhado (otimizado na operação logística), di-minuindo assim a quantidade de veículosem deslocação e reduzindo, consequente-mente, as emissões poluentes de gasescom efeito de estufa (GEE).

Transportar mais em menosvezes, poupar o ambientePoupar, reduzir consumos e ser eficiente. Da fábrica ao cliente, a preocupação ambientalé constante, nomeadamente nas atividades desenvolvidas na cadeia de abastecimentoda Nestlé Portugal. Seguir uma gestão ambiental sustentável é mais do que uma ambição da Nestlé.É um compromisso.

Quando pensamos na distribuição deum produto, desde que sai da fá-brica até chegar ao destinatário,

vêm-nos à ideia algumas horas de trans-porte, seja em veículos pesados, comboiosou navios de carga. Todos os dias, milharesdeprodutosNestlé efetuamosmesmosper-cursos em Portugal e além-fronteiras. A ro-tina é semelhante, contudo o ciclo de opera-ções é constantemente analisado, de formaaminimizar os impactos no ambiente e con-tribuir para a Criação deValor Partilhado.A área de Gestão da Distribuição (GD) é

quem coordena as ações de responsabili-dade ambiental sobre as diferentes fases nociclo de distribuição dos produtos Nestlé:das fábricas, nacionais ou europeias, aosCentros de Distribuição e destes aos Con-sumidores. As medidas aprovadas pelaequipa de GD têmmaior impacto, além docentro de distribuição de Avanca, emmais12 centros em Espanha, Itália, França, Ho-landa, Polónia e Inglaterra – juntos, perfize-ram uma média de 29 carregamentossemanais, em 2011, envolvendo os Colabo-radoresdaequipaedos restantesmercados.Os objetivos traçados incluem a otimiza-

çãoda saturaçãodos veículos de importação,a análise de novas oportunidades e soluçõesno mercado para transportes nacionais e in-ternacionais e a redução em 5% (anual) dasemissões de CO2 nos transportes. Procura--se ainda garantir o objetivo SHE – SafetyHealth and Environment (Segurança, Saúdee Meio Ambiente) de «zero acidentes» emfábricas e centros de distribuição.

Fruto de uma boa gestão ambiental, no anopassado a Nestlé atingiu um valor de 109,4Kg Co2/Ton, referente às atividades desenvol-vidas na Logística PT, o que representa umadiminuição de 7,31%, face a 2010. Esta dimi-nuição deveu-se em grande parte à reduçãoda utilização do transporte rodoviário (-10%face a 2010) e a um aumento da utilização desoluções de transporte multimodal (+10%).Por seu lado, a aplicação das medidas de

eficiência, como o transporte multimodal ea utilização de contentores com maior ca-pacidade, permitiu reduzir significativa-mente as emissões de CO2 associadas –menos 48% no caso do transporte de cáp-sulas NESCAFÉ® Dolce Gusto® de Ingla-terra e menos 9% no transporte de cereaisprovenientes de França.O ano 2011 foi o mais limpo em termos

de emissões resultantes do transporte in-ternacional, nacional e do Centro de Distri-buição de Avanca. Comparando com osdois anos anteriores, verifica-se uma redu-ção de cerca de 9 kg CO2 por cada toneladade produto vendido.

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Distinções Prémios

Os Consumidores elegeram pelosegundo ano consecutivo MAGGIDirecto ao Forno como «Produto

do Ano», na categoria de temperos. Emparalelo, NESCAFÉ® Dolce Gusto® foieleito pela terceira vez na categoria debebidas em cápsulas, com as novidadesSICAL e BUONDI, bem como em Má-quinas com a Genio e Creativa.O «Produto do Ano» é uma prestigiada

certificação que resulta de um estudoindependente para apurar as preferênciasdos Consumidores.

Os produtos participantes terão de apre-sentar inovação no design, na funciona-lidade e/ou no packaging.

MAGGIDirectoaoFornoeNESCAFÉ®DolceGusto®

são Produtos doAno 2012

Pelo sétimo ano consecu-tivo, a Nestlé S.A. ficou classi-ficada em primeiro lugar nacategoria de indústrias de pro-dutos alimentares, no estudoanual das Empresas Mais Ad-miradas doMundo, desenvol-vido pela revista Fortune. ACompanhia recebeu a pontua-ção máxima em: inovação,gestão de pessoas, utilizaçãode ativos corporativos, res-ponsabilidade social, quali-dade da gestão, solidez finan-ceira, investimentos de longoprazo, qualidade dos produtose serviços e competitividadeglobal. A publicação deter-mina estes rankings enviandoquestionários a executivos deempresas da indústria alimen-tar e a analistas financeiros,pedindo-lhes para classifica-rem as empresas estudadasnum determinado número deatributos.

NESTLÉÉA EMPRESAALIMENTARMAIS ADMIRADAMUNDIALMENTE

Mmais uma vez, os Chocolates,Cereais de Pequeno-Almoço eFRISKIES foram eleitos como

as «Marcas de Confiança 2012» pelosConsumidores portugueses. Pela pri-meira vez, MAGGI venceu também estacategoria. Realizado desde 2001 pelaSelecções do Reader’s Digest, o estudoavalia os níveis de confiança dos assi-nantes da revista relativamente a pro-fissões, instituições e marcas em 16países europeus.Pelo oitavo ano consecutivo, os Choco-

lates são a marca Nestlé que merecemaior confiança dos Consumidores.Tam-bém os Cereais de Pequeno-Almoço vol-tam a ganhar, pela 8.ª vez, seis das quaisconsecutivas. A marca FRISKIES foi eleitapela 10.ª vez na categoria «Alimentos paraanimais de companhia». Já MAGGI rece-beu esta distinção pela primeira vez, narecém-criada categoria «Molhos, Tempe-ros e Condimentos».

AsMarcas de Confiançados portugueses

Dirigido aos Consumidores, o estudomantém o seu foco central na avaliaçãodos níveis de confiança dentro de umvasto leque de categorias de produtos eserviços. Nestas, os inquiridos indicam,de forma totalmente espontânea, as mar-cas que consideram merecedoras dessadesignação.

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32 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Efemérides CafésTOFA

Começou em Linda-a-Velha, onde éhoje a sede da Nestlé. De um lado afábrica e, do outro, os escritórios, que

compreendiam os serviços administrativose as vendas. Inaugurada em dezembro de1962, ganhou o nome de Torrefacção deCafés de Portugal, S.A. (abreviada como«TOFA»). A ideia de criar a marca surgiu nofinal dos anos 50 com um objetivo: comer-cializar em Portugal parte do café plantadonas fazendasangolanas.Emmeadosde1970,o país exportavamais de trêsmilhões emeiode sacas de café verde, na sua maioria, «ro-busta», considerado omelhor de África.Deu-se início à construção, na década de

1960, da que se tornaria uma das grandesmarcas portuguesas de café. Com três anosde atividade, a marca entrou no segmentode empresas e hotelaria através de umnovoserviço ao cliente: o Serviço CafésTOFA. Naaltura, ainda se usavamasmáquinas de caféde saco fornecidas aos clientes. Os profis-sionaisTOFA eram cuidadosamente forma-dos por forma a prestar assistência perma-nente e de qualidade aos seus Clientes.Os cafés eramcomercializados emgrão e

em dois tipos demoagem: para saco e paraexpresso. Enquanto os seus concorrentesaindausavamembalagensdecelofane,aTOFAinovou com a introdução da embalagem depolietileno. Ficaram célebres, neste período,os lotes demoagem sacoTOFA 404 eTOFA202, com embalagens plásticas castanhas.

Um café chamado TOFANo dia 1 de dezembro, celebra 50 anos. É uma das marcasde café mais acarinhadas pelos portugueses e promovea divulgação da cultura nacional com um gosto e aroma especiais.Fundada por Queiróz Pereira, então presidente da Companhiade Agricultura de Angola, foi criada para trazer até ao nosso paísparte do café ali plantado. Durante cinco décadas, aTOFAcresceu, enfrentou a escassez de café entre 1974 e 1976e reergueu-se, tornando-se maior e verdadeiramente «viciante».

Outra das novidades que a marca intro-duziu no mercado foi a adoção de pacotescom enchimento em vácuo: eram exem-plo os lotes TOFA 505, 303 e Descafei-nado, no segmento de consumo em casa.Passado pouco tempo, associou-se à em-presa alemã Interfrank, especializada emsolúveis, e lançou, em 1969, o Café TOFAsolúvel em embalagem de vidro de 50 g,para o consumo no lar e o Tocafé desca-feinado, para o canal Horeca. Seguiu-se olançamento de uma marca que ainda é

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maio 2012 33

CafésTOFA Efemérides

hoje um exemplo de sucesso, a TOFINA,que mistura cevada, chicória e café.Entre 1974 e 1976, à semelhança da crise

política e social que se vivia, a marca en-frentou um dos seus principais desafios.Após o 25 de Abril, a diversificação de pro-dutos passou de estratégia a uma necessi-dade. Devido à dificuldade na importaçãode cafés de Angola em 1975, a TOFA tevede gerir os stocks de 8-9meses que lhe res-tavam e de apostar emmatérias-primas na-cionais e na produção demisturas solúveis.Foi então que lançou a BRASA, mais umcaso de sucesso nas bebidas de cereais.

A passagem de uma empresa nacionala multinacionalEm 1985 deu-se «a grande viragem» na

história da TOFA, ao ser adquirida pelaNestlé. Foi também uma «viragem» impor-tante para a Companhia, que até então nãocomercializava cafés torrados. Com estaaquisição, abriu-se a porta a um novo seg-mento de mercado, com uma forte apostano canal de hotelaria, concentrando todo opotencial e valores exclusivamente na Cafe-taria Profissional. Em simultâneo, a marcaadotou logótipo próprio e definiu posicio-namento: «Cafés TOFA. Cafés com carác-ter…» Em simultâneo, desenvolveu-se agama e lançaram-se os lotes dos cafésTOFA que perduram até hoje: Clássico,Tra-dição, Expresso e Descafeinado.Em 2003, conjuntamente com o relan-

çamento da marca, foi lançado o Lote Su-premo, um lote equilibrado, aromático e

frutado. A sua composição «remete-nospara uma pauta de música que se foi com-pondo nota a nota até se chegar a uma sin-fonia, cuja melodia reflete uma harmoniade aromas, conseguida grão a grão».

O crescimento da marca atravésda sua imagemHá nove anos, os CafésTOFAmudaram a

sua imagem, adotando os traços que reco-nhecemos hoje. Além de umnovo conceitográfico, pretendeu-se comunicar umamarcaclássica, estimulante, urbana e profissional.Combinando a tradição das últimas déca-

das com modernidade, a TOFA reapresen-tou-se em 2003. «Mais leve e equilibrada, anova imagempretendeu transmitir uma per-sonalidade forte, refletindo, através do deta--lhe e do requinte, o desenho inicial quemantém a riqueza das característicasTOFA:tradição, experiência, inovação e dinamis-mo», apresenta Catarina Ferreira, Gestorada marcaTOFA.A assinatura passou a ser «A Excelência

do Café». Do logótipo às embalagens, e atéaos materiais de apoio ao ponto de venda,tudomudou com umúnico objetivo: «apre-sentar o novo conceito de modernidade,perfeitamente enquadrado com as ten-dências atuais».

Arte e prazer do café em ilustraçãoA par da apresentação da nova imagem

daTOFA, em2003, criou-se umnovo «patri-mónio gráfico através de ilustrações queservem de cenário a intensas degustaçõesde café», delineadas por cores e traços quemostram o seu espírito. Conjugando a artecomo prazer do café, a ilustração transportao Consumidor para a essência damarca e asua presença quer nosmomentosmais im-portantes quer nos mais comuns da vida.

MARIAALICE DIAS EANDRÉ DIASCafé Popicas, Lumiar, Lisboa

Mãe e filho são responsáveis pelo CaféPopicas, na zona do Lumiar, em Lisboa.Desde a criação do estabelecimento, há 29anos, que trabalham exclusivamente comaTOFA. Uma experiência «muito boa», fa-cilmente comprovada pela manutenção damarca da Nestlé até hoje: «Nunca sentivontade demudar, porque os nossos clien-tes reconhecem a qualidade do café e a re-lação com os fornecedores não podia sermelhor», afirma Maria Alice Dias.

MARIA HELENAAFONSOE CARLOSAFONSOCafé Orion, Bairro Alto, Lisboa

OCafé Orion está na família desde 1945.Passou de pai para filha e hoje é gerido pelocasal Maria Helena e Carlos Afonso. Comclientes habituais a quem se trata pelonome, vende caféTOFA hámais de 20 anos.«Temos uma relação muito boa com o ven-dedor da marca. Sempre que existe algumproblema, resolve-nos rapidamente a situa-ção, seja em dias úteis ou fins de semana»,afirma a responsável. Do ponto de vista pes-soal, Carlos Afonso também classifica ocafé TOFA como «o melhor» do mercado,pelo que não sente vontade de mudar.

1. A primeira chávenaTOFA

2. Chávenas de 2003

3. Embalagem com enchimentoem vácuo

4. Anúncio com a nova imagem

5. Ilustrações adotadas em 2003

5.

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34 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Efemérides CafésTOFA

30 anosa vender TOFA

A história damarca contada por quem a viveu

É com nostalgia e com umnatural sentimento de

pertença que Carlos Costaainda conserva um conjuntode chávenas de CaféTOFA,

entretanto já desatualizadas,testemunho das diferentes

fases que o nomeprotagonizou desde 1962.Lisboeta de origem, esteveligado à marca desde 1969.Saiu em 1999, já com 65anos, para se reformar.

Até chegar a Linda-a-Velha, ondeentão se situava a fábrica dos CafésTOFA, nunca tinha trabalhado no

segmento de produtos alimentares e, tãopouco, em vendas. Decorridos 43 anos,não esquece a primeira coisa que lhe dis-seram: «Tens um macacão? Então, veste--o e vai limpar o chão do armazém de cho-colate». E assim começou a sua carreiranos CafésTOFA. Na altura, a marca era re-presentante dos famosos chocolatesSuchard, importados da Suíça, que vinhamdiretamente para as empresas JerónimoMartins e Martins & Costa.Seis meses depois, a sua função mu-

dou radicalmente quando o chefe de ven-das o abordou: «Aqui tens um catálogo daSuchard, vai vender chocolates». CarlosCosta não imaginava o que fazer. Foi oseu primeiro grande desafio: «As lágrimasescorriam-me pela cara... Onde ia vender

e a quem?...», lembra-se de pensar. Masfoi um nervosismo que demorou pouco apassar. Afinal, «já era casado e tinha umfilho, não podia desistir…». A sua primeiraparagem foi na Pastelaria Suíça, na praçado Rossio: «Dirigi-me ao Sr. Costa, o ge-rente na altura. Contei-lhe a minha histó-ria: “vai-me desculpar, venho vender cho-colates da Suchard, não sei como fazer,mas tenho de começar por algum lado”e ele foi de uma simpatia extrema».O conselho ao recém-vendedor foi o de

pegar numa lista telefónica, anotar as me-lhores pastelarias de Lisboa e ir lá venderos chocolates. E assim foi. «Lembro-mede ir à Versailles, à Casa Macário e à pas-telaria Colombo.»Apesar de não ter experiência ou forma-

ção na área, Carlos Costa rapidamente des-cobriu a sua vocação, «quando um indiví-duo tem sangue de vendedor, consegue

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maio 2012 35

CafésTOFA Efemérides

vender tudo…» No primeiro ano, os 4000escudos que recebia de ordenado ascen-deram aos 30 000 e, no segundo, já che-gavam aos 60 000, um valor bastante sig-nificativo para a época.Por volta de 1967, deixou os chocolates

e foi convidado a ser «prospetor» paratodos os produtos daTOFA. A sua funçãoera consultar o mercado, averiguar po-tenciais clientes para serem abordadospelos vendedores, numa fase seguinte.Esteve nesta função um ano e, em 1968,progrediu novamente, passando a «ins-petor» de produtos. Cabia-lhe a missãode coordenar todas as equipas de vendasdo país e orientá-las para o negócio.

O relançamento da marcaA partir de 1974, consequência do pe-

ríodo de instabilidade política vivido nopaís após o movimento do 25 de Abril,Carlos assistiu à perda da maioria dosseus clientes, quando foi suspensa a ex-portação de café verde de Angola. Comoforma de reagir à situação, a marca redi-recionou o negócio para o sector de reta-lho, introduzindo gradualmente marcasde bebidas de cereais como a BRASA e aTOFINA que, em tempos de crise, se tor-navam substitutos do café.Em 1976, deu-se o relançamento da

marca. «Foram anos de muito trabalho ede uma enorme gratificação», lembra Car-los Costa, um dos profissionais respon-sáveis por recuperar os clientes dagrande Lisboa, então perdidos: «Além dereapresentar a marca, procurámos expli-car a cada Cliente porque tínhamos dei-xado de fornecer café, para que não sesentisse abandonado». Com esta relaçãopróxima e «assistência porta-a-porta», amarca estava novamente no mercado,cada vez mais apreciada por Clientes eConsumidores.Neste período, Carlos Costa, então chefe

de vendas, propôs à direção criar a suaprópria equipa de vendedores que seriam

escolhidos e formados por si. A ideia erater responsáveis cuja única missão eravender umamarca, em vez de várias. A su-gestão foi aceite e, através de uma técnicade «teatro de vendas» (onde os comerciaissimulavam a venda uns aos outros, atravésde jogos de argumentação), Carlos Costaformou alguns dos melhores profissionaiscomo Nuno Castanheira, Joaquim Lopes eArmindo Dias, que ainda hoje se mantêmna empresa, ou José Caninhas.Em 1985, a Nestlé adquiriu a TOFA. No

início, esta aquisição foi encarada com al-guma apreensão mas, cedo, os Colabora-dores aperceberam-se de que a estruturanão seria alterada.Teriam agora condiçõespara consolidar a presença no país, su-portados por umamultinacional que era jásinónimo de credibilidade e de respeitopelo Consumidor. Para a Nestlé, foi a che-gada ao segmento de cafés torrados.Até à idade da reforma, Carlos Costa

manteve-se na função de chefe de ven-

das. Recorda a conquista e a manutençãode «bons Clientes», como a TAP ou aEurest. Durante os 30 anos que trabalhounaTOFA, orgulha-se de dizer que «nuncateve uma discussão». O ambiente de tra-balho «não poderia ter sido melhor» eainda hoje se sente especial quando vi-sita aquela que foi a sua segunda casa du-rante três décadas.Em fim de conversa, recorda algo

simples como o agradecimento que oentão diretor comercial lhe fez – hojediretor-geral da Nestlé, António Saraivade Reffóios – por ter ido, num sábado,até à Mealhada apoiar um evento devendas: «Não fiz mais do que a minhaobrigação mas aquelas palavras no finaldo dia fizeram toda a diferença», afirma,sorrindo.

Carlos Costa com Catarina Ferreira, Gestora da marca TOFA.

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36 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Curiosidades Nespresso Designers Contest

Numa clara aposta na moda nacional, a Nespressoapresentou em março o «Nespresso Designers Contest»,um concurso que desafia estudantes de design de modaportugueses, com idades entre os 16 e os 30 anos, a criar

uma peça de vestuário feminino baseada nas cores das

cápsulas (16 Grand Crus) e um acessório com um máximode 50 cápsulas Nespresso.

NESPRESSO desafiajovens talentos damoda

Em linha com o posicionamento damarca, e na sequência do patrocí-nio oficial ao maior evento de moda

da capital portuguesa – a ModaLisboa –esta iniciativa visa descobrir talentosemergentes na área da moda, distin-guindo os autores das propostas queapresentem maior criatividade em articu-lação com a imagem Nespresso. Paraeles, estão reservados diversos prémiose a oportunidade de expor os seus traba-lhos na ModaLisboa, em outubro.O período de inscrições para o concurso

«Nespresso Designers Contest» encerraa 15 de maio com a entrega dos projetos,procedendo-se depois à pré-seleção denove trabalhos cujos criadores serão cha-mados a desenvolver os respetivos pro-tótipos. Entre eles, disputar-se-ão os trêsprimeiros lugares.Composto por reconhecidas personali-

dades do mundo da moda, o júri do con-curso é presidido por EduardaAbbondanza,Diretora da ModaLisboa, e integra os Esti-listas Manuel Alves e Nuno Baltazar, o Di-retor da Central Models, António Romano,a Diretora da Vogue, Paula Mateus, e a Di-retora de Marketing da Nespresso Portu-gal, Mafalda Flores.

Porque hoje, mais do que nunca, a pro-moção do talento dos estudantes e adistinção das escolas através dos seus tra-balhos constituemmais-valias inquestioná-veis de reputação e projeção pública, estaé uma oportunidade ímpar para os jovenstalentos portugueses domundo damoda.

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Receita Cozinhar é fácil

Ingredientes1 iogurte Sveltesse natural50 g de pepino (em cubos)20 g de endro100 g de salmão fumado (em fatias)1 copo de sumo de limãoSal e pimenta q.b.Fatias de limão q.b.

Preparação

1. Misture o iogurte natural com os cubos de pepino, o sumo de limãoe o endro picado.

2. Tempere com sal e pimenta.

3. Sirva as fatias de salmão fumado com omolho de iogurte, fatias de limãoe uns raminhos de endro.

Salmão fumado com molhode iogurte e pepino

A SABER

Dificuldade: FácilCustos: EconómicoTempo de preparação: RápidoDoses: 2

Carboidratos totais / Hidratos de Carbonototais: 7 gEnergia: 110 kcalEnergia: 462 kJGorduras totais: 2,40 gProteínas: 16 g

Entrada ou refei-ção ligeira, estareceita é muitosaborosa e ricaem nutrientesimportantes.O salmão é fon-te essencial deácidos gordosómega 3. O io-gurte confere-lheum alto valor em cálcio e o pepino con-tribui com o seu teor em vitaminas e mi-nerais. Pela sua frescura, é ótima paraos dias mais quentes.

Ana Leonor PerdigãoNestlé Portugal

COMENTÁRIODA NUTRICIONISTA

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38 Revista Institucional da Nestlé Portugal

Nestlébook Leitura

Agenda A não perder

Nome: A Sorte dá muito Trabalho

Autor: Rute Sousa Vasco, Fernando Neves de Almeida

Editor: Edições Almedina

N.º páginas: 167

António Reffóios, diretor-geral da Nestlé, António Coimbra, presidente executivoda Vodafone, Cláudia Almeida e Silva, diretora-geral da Fnac Portugal ou LuísFilipe Reis, Corporate Centre Officer' da Sonae SGPS são quatro dos 23 CEOcujos percursos profissionais são abordados neste livro.Todos subiram a pulsona carreira, conquistando o seu lugar pela via do mérito. «Por onde começa-ram? O que têm em comum? O que nos podem ensinar?» são algumas dasquestões a que os autores tentam responder na publicação. Rute Sousa Vascoconduziu as entrevistas, Fernando Neves de Almeida traçou o retrato psico-lógico do líder português e o jornalista Nicolau Santos assinou o prefácio.«Com estes 23 exemplos em mente, o leitor encontrará inspiração para o seudia a dia e ideias valiosas sobre como alcançar o sucesso», pode ler-se na si-nopse do livro.

A Sorte dá muito Trabalho

XLI Jornadas Nacionais de NeonatologiaO evento abordará o que há de novo em cirurgia e cardiologia neonatal numa reuniãomultidisciplinar: desde o diagnóstico pré-natal ao tratamento do recém-nascido.

OndeBraga (Escola de Ciências da Saúde, Universidade do Minho)

Quando10 a 12 de maio de 2012

Informaçõeswww.lusoneonatologia.com

XICONGRESSO DENUTRIÇÃO EALIMENTAÇÃO24 E 25 DE MAIO 2012CENTRO DE CONGRESSOS DA ALFÂNDEGA, PORTO

Para mais informações e inscrições:www.apn.org.pt ou http://congresso.apn.org.ptTel.: +351 222 085 981E-mail: [email protected]

NUTRIÇÃO:UMA BASE SUSTENTÁVEL

DE SAÚDE

XI Congresso de Nutrição eAlimentaçãodaAssociação Portuguesa dos Nutricionistas

Subordinado ao tema «Nutrição: uma base sus-tentável de saúde», o Congresso abordará temascomo «Necessidades energéticas em crianças,adultos e idosos», ou «Alegações nutricionais ede saúde: sua sustentação científica». Estarãopresentes, entre outros especialistas, Helena Ca-nário, nutricionista da Nestlé, que falará numamesa redonda subordinada ao tema «Novas pers-petivas sobre o consumo de laticínios».

OndePorto (Centro de Congressosda Alfândega do Porto)

Quando24 e 25 de maio de 2012

Informaçõeswww.apn.org.pt

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Descubra os pontos de recolha actualizados emwww.nespresso.com/ecolaboration

Mas infinitamente.As nossas cápsulas são feitas de alumínio,

um material infinitamente reciclável.

O alumínio das nossas cápsulas não é reciclável uma só vez…

Page 40: Revista Nestlé nr 3 - Nestlé Portugal | Nestlé

Nestlé Portugal, S.A. · Rua Alexandre Herculano, 8 · 2799-554 Linda-a-Velha · Tel: 214 148 500 · Fax: 214 143 700 · www.nestle.ptNestlé Serviço ao Consumidor · Tel: 800 203 591 · 08h30 às 18h30 (dias úteis) · E-mail: [email protected]

Presente em todas as etapas da sua vida, a Nestlé é pioneira na investigação científica, integrando a Nutrição, Saúde e Bem-Estar em todas as suas categorias de produto. A qualidade e a segurança alimentar inquestionáveis, as práticas económicas, sociais e ambientais responsáveis, a aposta no desenvolvimento dos nossos Colaboradores e a orientação para o Consumidor são as linhas que guiam a nossa actuação, partilhando o valor que criamos com os nossos parceiros.

Equilíbrio é o nossoO seucompromisso.

Líder em Nutrição, Saúde e Bem-Estar