Revista Nós Somos Um Só Edição 11 - Abril

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11ª Edição da Revista Nós Somos um Só * Guerrilha Sonora; * Social Festival de Hip Hop* Mostre a Midia e muito mais

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Página 03 - Espaço do Poeta Página 04/05 - Mostre a MídiaPágina 06 - Nossa Cultura H²

Página 07 - Movimento em Ação

Página 08/09 - Garota Nós Somos Um Só - Raquel Pereira

Página 11 - Projeto Donas da Rima

Página 12 - Classico da Edição - Os Metralhas

Página 14/16 - Tudo sobre Social Festival de Hip hop -

Página 18 - Aniversario de Mano Brown 43 Anos

Página 20/23 - Guerrilha Sonora (capa) Página 25 - Espaço Dj- Dj Marola

Página 26 - Exposição Cabelaço

Página 28/29 - #HIPHOPBR

Página 30 /31 - Fragmentando - 4 Legatus Fiat Lux

Nós Somos Um Só Edição:11 Ano:02 Produção: AMH2P Associação do Movimento Hip Hop do Paranoá Responsavel: Tiago Santos (TG) Finalização: Tiago Santos (TG) Capa: Anderson Benjamim Fotos: Anderson Glock + Tiago Santos TG; + Beto Severo Matérias: Anderson Glock Tiago Santos (TG) Negro Jonas Preto Radicalibres Paula Farias Luter Melo Cristina De Souza DJ Cortecertu Suenilson Saulnier

Contatos [email protected]

9262-4488- Tiago Santos (TG)

Site: www.mh2p.k6.com.br

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Receita para um novo dia Sergio Vaz

Pegue um litro de otimismo,Duas lágrimas – de preferência

Escorridas no passado

Duas colheres de muita lutaE sonhos à vontade.

Duzentos gramas de presenteE meio quilo de futuro.

Pegue a solidão, descasque-a todaE jogue fora a semente.

Coloque tudo dentro do peitoE acenda no fogo brando das manhãs de sol

Mexa com muito entusiasmo.Ao ferver, não esqueça de colocar

Uma dose de esperançaE várias gotas de liberdade.

Sorrisos largos e abraços apertados,Para dar um gosto especial.

Quando pronto,assim que os olhos começarem a brilhar,

Sirva-o de braços abertos.

Fonte:Colecionador de pedras (Global Editora)

Espaço do Poeta

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Salve, Salve galerinha do bem!!! O nosso canal mi-diático sem “mídia” desta edição foi um pouco mais longe esse mês, mas tudo por uma boa causa. Quere-mos mostrar os nossos conteúdos com uma cara nova a cada edição, e nessa vamos tentar trazer ao nosso público e ao povo que não é a nosso favor, mais um meio que vem fazendo a diferença e nos dá uma gran-de menção do que é ser PRETO, no meio musical, no dia a dia, no meio social e representativo.

Eles trabalham com a música para apresentar o que não nos deixa expressar o lado PRETO que há em cada um de nós, resgatando os nossos valores na mu-sica negra brasileira. Após apreciar esse canal com mais cuidado consegui entender e descrever melhor o que acontece no Movimento Hip Hop do Paranoá. Por isso que no MH2P há uma concessão de que NÓS SOMOS UM SÓ, independente da quebrada o respeito é mútuo.

Na maioria das vezes vejo a realidade que: “...a derro-ta se esconde no irmão que não se assume” (Mv Bill), acrescentaria/expressaria a esse trecho o a vergonha se apresenta naquele que não se aceita e consequen-temente desrespeita o próximo que não se assume Agora venho lhes mostrar o porque de toda essa apre-ciação... nada mais nada

Mostre a Mídia

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“... Registramos a nossa discordância de parte dos DJs de “black music” brasileiros, que em suas trajetórias sempre depreciaram as músicas produzidas no Brasil nas festas e bailes black. Entendemos que essa postura colonizada sempre proporcionou um desserviço ao mo-vimento cultural de “black music” no Brasil. Nesse senti-do, nos somamos àqueles que sempre entenderam que garantir mais espaços para as músicas cantadas em português não somente atende o bom gosto de alguns, mas consiste numa necessidade para a sobrevivência do segmento.

nada menos do que da RÁDIO PRETA, que leva não só o slogan, mas representa também a cara do Brasil. Por isso digo que a caminhada é válida Dj Marcell assina os trabalhos e vem mostrando o que é a Musica Negra Brasileira, no trecho que apresentação no site da rádio reconhece:

“A Rádio Preta tem como foco a execução so-mente música preta brasileira, em especial r&b, rap, soul e funk, gêneros bastante populares no Brasil, e que caracterizam a pluralidade do gosto musical brasileiro. Desejamos abranger em nossa programação desde as novidades do segmento, os hits atuais, os grandes sucessos do passado e as raridades.”. Isso resume em parte o sentimento velado que paira sobre a maioria da sociedade que é mal in-formada e mal educada nos seus conceitos. Tente se libertar http://www.radiopreta.com.br/.

Por NEGRO JONAS

Mostre a Mídia

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O grafite brasileiro é reconhecido entre os me-lhores de todo o mundo,esta arte urbana está liga-da diretamente a vários movimentos, em especial ao Hip Hop. Para esse movimento, o grafite é a forma de ex-pressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos, ou seja o grafite reflete a realidade das ruas.

Um dos maiores avanços desta arte, é o artigo 65 da lei den úmero 9.605/98 que fora alterada no dia 25 de maio de 2011. O novo texto legal diferencia as duas atividades e deixa claro que o grafite ar-tístico não é mais considerado crime.

Os grafiteiros do Paranoá, sempre buscaram um espaço para mostrar seus trabalhos, alguns deles realizados em paradas de ônibus da cidade. Com a falta de incentivo para exposição da arte muitos juntam algumas moedas para comprar o seu spray e fazer o grafite, como já fez o grafiteiro “Sandú”, outros já conseguem um espaço e através dele mostrar a arte do grafite para alunos em escolas públicas, como atualmente vem sendo feito pelo grafiteiro “ONIX”, que da aula para crianças uma vez por semana, através de um projeto escolar.

Os grafites realizados na praça central do Para-noá/DF foram feitos dentro do “Social Festival de Hip Hop” um evento realizado pela Administração Regional do Paranoá, com apoio do Movimento Hip Hop do Paranoá, os grafiteiros que participa-ram do eventos foram:ONIX, Sandú, Mantu, Phelipe, Bobruch, Cromus, Satão e Bass.Este trabalho serve para mostrar que a cultura hip hop vem crescendo e cada dia que se passa, conquista mais espaço no cenário, mais além de espaço exigimos o respeito e a valorização.

por Tiago Santos TG

NossaCultura H²

O Grafite

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Pois o Rap, necessita muito de pessoas com força de vontade para continuar com a bandeira do mesmo levantada, cada um fazendo uma parte por mais pequena que seja é valida, eu como ad-ministrador do blog”HIP HOP NO AR”, onde também abri espaço para outros manos de diferentes estado postarem as informações locais de suas cidades, e em parceria com Mano Pool integrante do grupo“A FUSÃO” grupo do Jardim Ângela Zona Sul de SP,realizamos um projeto de coletânea a primeira foi lançada no ano passado, o foco é divulgar o som dos manos que estão na caminhada mas por motivos diversificados não lançaram CDs,e também de manos que já tem o trampo co-nhecido que colam conosco nesta coletânea também pra fortalecer o elo da corrente, a primeira e a segunda coletânea teve participações de grupos renomados, e também de outros estados como: Minas Gerais, Paraná e também de outro país com Espanha.E o volume III da coletânea já esta pra sair,até mês de maio estará nas ruas, pois o importante é se ajudarmos,para fortalecer nossa cultura, e lutar para que o trampo dos manos que estão no corre do Rap Porém no anonimato, seja valorizados e reconhecidos com o devido respeito que merecem.Um Salve a Todos os manos e minas que fazem parte da nossa cultura.

da atitude do mesmo é plausível, este projeto esta em andamento desde o ano de 2011, vários grupos de cidades diferentes de são Paulo já se apresen-taram neste local. Diadema o movimento atualmente não tem uma estrutura de casa de show fixa para realização de eventos , porém ao manos estão fazendo uma mo-bilização para mudar este cenário do Rap, estão se organizando e fazendo um projeto para manter nossa cultura em movimento, os mesmos criaram o conexão Diadema que nada mais é que a junção de vários grupos de rap, para unir força e abrir espa-ço ao Rap dentro e fora da comunidade, fechando com os parceiros de dentro do estado de São Pau-lo, de várias quebradas eventos para propagação do trampo de cada grupo envolvido dentro deste corre.

Em Diadema (SP), o Rap esta contando com evento chamado “Fortalecendo a Raiz”, o evento é realizado uma vez por mês em um bar de um morador da comunidade, que cedeu espaço onde não é cobrado valor algum de entrada do público, consta com uma estrutura simples, porém, o fato

Movimento em Ação

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Meu nome é Milena De Azevedo Queiroz “Mily”,sou b.girl. Danço a 3 anos moro em Sobradinho II, e faço parte de uma ONG chamada OPA (ONDE A PERIFERIA ACONTECE).

Recentemente tive uma bebê por enquan-to estou dando uma pausa para criar minha filha,mais depois voltarei também a dançar de novo,antes de engravidar eu fazia parte de um grupo de freestyle “ CHARADAS”

No Charadas foi onde ,aperfeiçoei alguns movimentos e técnicas e conquistei grandes amizades.

Também fiz parte do OPA MULHERES onde todas as mulheres buscavam mostrar que o lugar de mulher é onde ela quizer,sem tabus e preconceito,focando tambem em dar assis-tência a mulheres que já foram violentadas e que sofreram violência doméstica..

Garota NSUS

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Por: Tiago Santos (TG)

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Garota NSUS

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PROJETO DONAS DA RIMA

O Projeto Donas da Rima é uma iniciativa do Coletivo Nakaradura Produções, que conta com financiamen to do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal- FAC DF. O objetivo é a realização de 10 (dez) videoclipes que tenham como protagonistas mulheres artistas de diferentes grupos de rap do Distrito Federal. O projeto será realizado por meio do cumprimento de duas etapas: a) criação: pré-produção, produção e pós-produção e b) finalização: autoração e reprodução de um DVD que reúna as dez (10) produções selecionadas. Como pro duto final, o DVD Donas da Rima será ao mesmo tempo um registro do trabalho das artistas do DF e uma janela de exibição do cenário hip hop e da atuação das mulhe res nesse contexto, semeando diálogos com grupos de projeção nacional e latino-americana.

O Coletivo Nakaradura Produções foi criado em 2008 e atua como produtora de conteúdo cultural. É formado por jovens da periferia do Distrito Federal, que se reúnem para discutir e produzir audiovisu-al. A ideia é instigar outros jovens a se envolverem com a história local de suas comunidades e refletir sobre questões sociais do ponto de vista da cultura, disseminando a comunicação comunitária. O Coletivo trabalha em parceria com outras iniciativas independentes, possibilitando que muitos grupos culturais tenham acesso a ferramentas de produção e comunicação, constituindo espaços para divul-gar seus trabalhos. Dentre as atividades desenvolvidas estão a produção de videoclipes (em especial, de artistas do Rap no DF), filmes institucionais, coberturas de eventos e oficinas de formação.

Quais são os propósitos do Projeto Donas da Rima?

- Valorizar os/as artistas locais, que atuam em diferentes campos no cenário hip hop do Distrito Federal;

- Perceber as especificidades e os elementos identitários que caracterizam o rap produzidos por mu-lheres;

- Dar visibilidade à atuação feminina e problematizar os elementos de gênero no cenário musical do rap;

- Contribuir para a promoção de uma cultura de igualdade de gênero;

- Fortalecer e divulgar o rap produzido no Distrito Federal;

- Promover a articulação entre música e audiovisual, fortalecendo o papel dos videoclipes como canal de divulgação das produções;

- Abrir novas possibilidades de diálogos que contemplem questões de gênero, identidade local e pro-dução audiovisual;

- Proporcionar o acesso às produções audiovisuais realizadas a partir de um olhar periférico;

- Fornecer uma imagem alternativa aos estereótipos construídos em torno das cidades de periferia do DF.

Página 11

Por: Cristina De Souza

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E eu tenho uma vida diferente da sua já tive mordomia, mas hoje durmo nas ruas não quero nem saber que dia é, que horas são pois eu sou um fruto novo de uma nova geração. A geração que não pensa, que não sabe o que fazer quan-do ver a burguesia tomar conta do poder, e eu sei que você pensa que estou ficando louco, talvez o meu futuro seja corda no pescoço, mas eu não mudo a minha opinião, eu trabalho, dou duro e ainda me chamam de ladrão. E se me chamam de ladrão eu boto logo pra correr, não só aqui, no mundo inteiro negro luta pra viver.

REFRÃO: Se hoje eu pareço um vilão pra você é porque antes não me daram chances de vencer (bis)

Madame se liga, não pisa mais aqui, não é porque que eu sou negro você vai pisar em mim, eu já rodei uma vez, não rodo nunca mais, não serei ovelha negra na cabeça do meu pai. E como diz a verde e branco, o negro vai a guerra, o negro ajudou a construir a nossa terra. Hoje você discrimina, critica a abolição, não lembra a pele branca na palma da mão. Eu canto o rap e faço tudo pra esquecer, indiferente sim-plesmente para o mundo não vou ser.

REFRÃO: 2x

E eu tenho uma vida diferente da sua já tive mordomia, mas hoje durmo nas ruas não quero nem saber que dia é, que horas são pois eu sou um fruto novo de uma nova geração. Geração que não pensa, que não sabe o que fazer quando ver a burguesia tomar conta do poder, e eu sei que você pensa que estou ficando louco, talvez o meu futuro seja corda no pescoço, mas eu não mudo a minha opinião, eu trabalho, dou duro e ainda me chamam de ladrão. E se me chamam de ladrão eu boto logo pra correr, não só aqui, no mundo inteiro negro luta pra viver.

REFRÃO: 2x

Em 1988 a Equipe e Gravadora Chic Show, lançava o disco "O Som das Ruas" uma coletânea que trazia para cena do Hip-Hop nomes como: Os Metralhas, Sampa Crew, Ndee Naldinho, Mister, Catito, De Repent, Dee Mau e Dj.Cuca. saiba mais em www.hip-hopbrasil.com

Os destaques dessa produção foram: Os Metralhas com Rap da AboliçãoSampa Crew com Foi BomDe Repent com Pega LadrãoNdee Naldinho com Melo da Lagar-tixa e Rap de ArrombaDj.Cuca com Check my Mix

Os Metralhas Rap da Abolição

Em 1988 os gêmeos Cristiano ( Lino Krizz) e Adriano Natali-no ( Dj Dri ) tinham apenas 14 anos e surgiram no rap como Os Metralhas. A dupla participou do disco " O Som das Ruas " um dos primeiros albuns do rap Brasileiro, com a música RAP DA ABOLIÇÃO e virou sucesso nacional

Capa do Disco O Som das Ruas (1988)

Classíco do Hip Hop

Por: Preto Rapper

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Nosso Brasil

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Tudo começou na cidade satélite do Paranoá, situ-ado ao lado leste de Brasília com a reivindicação da AMH²P (Associação do Movimento Hip hop do Para-noá), para a administração regional da cidade. Em várias reuniões realizadas com os responsáveis pela parte cultural da administração, com o Diretor Social Suenilson Saulnier e com o gerente de cul-tura Woolfang Oliveira foi decidido, dias e horários de realização do evento, e o apoio de emenda par-lamentar do Deputado Distrital Robério Negreiros o mesmo criador da lei 5073/13 que colocou no calen-dário oficial do Distrito Federal, a semana do dia 26 de novembro destinada ao HIP HOP.Aos 12 dias do mês de Abril do ano de 2013,depois de semanas de intensa divulgação, começou a ser realizado o maior festival voltado a cultura hip hop da cidade, talvez o maior do DF.A noite começou, abrindo espaço para grupos ini-ciantes, convidados de outras cidades e fechando com um dos grandes nomes do Rap do DF na atu-alidade.

O grupo Dialeto, começou o show com letras de protesto e rimas bem elaboradas, logo em seguida subiu ao palco o Patrícia & Phelipe, com um show acústico Voz, violão e Cajon, fizeram um show diferente interpretando músicas dos Racionais Mc´s, Edi Rock entre outros.Outros interpretes que passaram foi Juninho e Luana, cantaram uma música que foi feita por eles para o projeto Hip hop contra o Crack.Às 22h subiu ao palco o grupo de Santa Maria/DF Guerrilha Sonora, para tirar qualquer sono através da música “ O Pesadelo Não Cochila” e também “4x4”.

Social Festival de Hip Hop

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Cleiton Cruz, mais um novo membro da AMH2P, teve sua oportunidade de cantar suas músicas em um grande evento, com uma mistura de estilos, veio com um baque, a musica RAPINVADINDO com parceria dos rapper´s Preto (Radicalibres) e Glock (Pesadelo Real).O rapper Gonagas Imagem de Rua, veio da cida-de de São Sebastião/DF para mostrar um pouco do talento e orgulho de lutar pelo rap, fechou seu show com a música “SOS Periferia”, umas das mú-sicas mais tocadas do grupo.A horas passavam, muito rap tocando, os Dj´s C-20 e Junior Sound (pai e filho), tocavam músicas de duas gerações diferentes, desde o clássico Whodi-ni, Grandmaster Flash, até chegar a Edi Rock, Mv Bill entre outros.

Às 00:28h as luzes se apagaram, os apresentado-res do evento dizem ao publico que o evento por ali havia acabado, mais o público sabia que falta-va uma peça para completar o jogo daquela noite, ao gritos de Tribo da Periferia começou o grande show, o público cantando música pós música, gri-tando, dançando curtindo até o final do show, fe-chado com a música “ Marciano”, mais de 4000 pessoas curtiram a 1ª noite deste grande evento.No dia 13 começou com o grafite realizado por

Satão e Bass, grafiteiros convidados da DFZULU que grafitaram a velha guarita que fica na praça central da cidade.O 2º dia de Festival começa sua apresentação musical, com discotecagem do DJ Tony, e co-meçou com Aliados do Entorno cantando a música “Ainda Vivo”, em seguida o show do Aliança Recons-tituída com muito rap gospel, louvando o nome do senhor Jesus Cristo, chamou ao palco para continuar a mesma pegada, Mano D Regenera-do, com muito louvor e letras de conscientização junto com seu parceiro Afegue.Marquin do Tropa, subiu ao palco cantando algu-mas canções novas mais também cantou e fez o publico cantar ao som de “Seis Bocão” e “O beck e o contra-cheque”, Em um momento do seu show Marquin fez questão de anunciar mais um grande talento, se tratava de Derick, mais um novo rapper do Paranoá que junto com o backing vocal Claudio, cantaram duas músicas deixando

Social Festival de Hip Hop

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O grupo Liberdade Condicional, chegou cantando suas músicas que marcam, mais de 20 anos de correria, em um momento o rapper “Lio” parou seu show, e deu uma idéia de incentivo aos estudos, onde se colocou como exemplo, pois recentemente terminou o ensino médio, e agora projeta um curso de nível superior.Voz Sem Medo começou cantou sucessos dos seus 3 discos e convidou o rapper Mascote do grupo Ideologia e Tal para subir ao palco, onde cantou um dos hinos das periferias ao som de “Rezem por aquele homem”.

Chegava a hora de um dos show´s mais esperados, que levou as mais de 4000 pessoas aos gritos, quan-do os graves começaram a “bater” no P.A de 48 e uma voz robotizada dizia “Neva, neva” começava ali, um dos shows mais aguardados no Paranoá, o grupo Pacifica-dores subia ao palco, ao som de gritos do público ali presente, que levou as mulheres ao delírio quando co-meçaram a cantar a música ”Não faz assim”.E assim terminaria ali o 2º dia de evento,o público com a felicidade amostra, para qualquer um ver, e já proje-tando a próxima noite. Na manhã de domingo(14) começou em-

polgada, com os preparativos para batalha de Break organizada pelo b.boy ROQUE, representante do ªMH²P, os grafiteiros Onix, Sandu, Bobruch, Mantu, Cromus e Phelipe começaram a fazer os rabiscos de seus grafites transformando o velho core-to, deixando a praça central mais colorida e mais viva.

Às 15 horas deu inicio a batalha de bre-ak, organizada pelo b.boy Roque, que teve como mestre de cerimonia Rivas referen-cia no cenário do Hip Hop do DF.A batalha foi vencida pelo B.boy amarelo e o B.boy Wesley ficando com o 2ºlugar.Às 20 horas começaram os shows do do-mingo, com Beto Severo, com letras com críticas politicas e também com incentivo a uma boa curtição.

O grupo Filosofia Negra, veio da Ceilândia/DF fortalecendo o evento e cantou a mú-sica “Internado”, logo após, veio Pesade-lo Real, formado por Glock, Prap e Negro Jonas, o grupo levou ao público muito rap com crítica politica, mais em um momento longe do normal veio a enaltecer a postura e a força do deputado distrital que apoiou o evento, coisa que nenhum outro teve a coragem de fazer, o grupo cantou a mú-sica “Prazer em conhecer” música já bem veiculada na internet, e deixou muita gente arrepiada.

Social Festival de Hip Hop

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Já era madrugada de segunda feira dia 15 mais de 3000 pessoas aguardavam, quando subiu ao palco um dos grupos de maior referencia no cenário do rap nacio-nal, nada mais nada menos do que Realidade Cruel, no comando das toca discos, estava DJ BOLA 8, com os mic´s na mãos Douglas, Karol e Leo começam show cantando “Liga Nós” muita mensagem passada musica pós musica, o grupo sem arredar o pé, cantando “Dia de Visita”, e a 1:55 minutos, cantaram a musica que se-lou o show, “Depoimento de um viciado”.

Radicalibres, grupo liderado por Preto Rapper, chegou can-tando “Apenas isso” música que é um soco no estomago de muita gente, que tem participação do rapper Glock(Pesadelo Real), com muita ideia positiva passada em suas músicas, finalizou seu show, com a música “Cantemos a Paz”, onde se formou um coral com mais de 1000 vozes cantando “..A paz aqui esta escassa vamos todos conscientizar, chega de violência ...”O grupo Diga How, chegou cantando “Até depois do fim”, música incidental de Chico Buarque, na voz de Magú , TG e participação de Higo Melo, o grupo cantou músicas para aumentar a auto estima. O fechamento do show do grupo foi com a música “Sementes do Amanhã”, onde subiram ao palco 4 crianças e em uma só voz cantaram o refrão da musica, “...Pra criança aprender, você tem que ensinar..” ao som de Lindomar Castilho o grupo entregou flores para o público.Atitude Feminina subiu ao palco com Aninha, Helen e com DJ Raffa na discotecagem, o público cantou junto cada mú-sica cantada, principalmente “Enterro do neguinho” e “Ro-sas” e música que é carro chefe do grupo.

Ás 2h da madrugada de segunda feira, foi finalizado o “Social Festival de Hip Hop”, um festival que no seu pla-nejamento já teve dificuldades, o negativismo foi um dos problemas que mais rodeou o evento, pessoas que julga-vam pelo fato de ser 3 dias de RAP, teve ameaças de tiroteio (telefonema não identificado), também teve problemas na divulgação onde foi arrancado todos os cartazes colados na cidade e o maldito pensamento negativo, “é show de rap, vai ter briga, drogas etc...”enfim tudo o que não presta, deseja-ram para o festival.Ai eu mostro o resultado final para os que não foram, e principalmente aos que desejaram o mal para o evento. Ocorrências policiais 0(zero), brigas 0(zero), média de pú-blico presente por dia 4000(quatro mil) pessoas. Portanto aqui fica os agradecimentos a todos que desejaram e fizeram parte desse festival e também aos que desejaram o mal e o insucesso, por conta de vocês lutamos mais e conseguimos fazer o melhor evento de rap do Paranoá, e não tenho medo e dizer um dos maiores do DF.

Social Festival de Hip Hop

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Os livros de história ensinam que a data de 22 de abril 1500, foi o descobrimento do Brasil, mas já sabemos que essa terra não foi descoberta, mas sim invadida.

E assim como a verdadeira lição aprendida nas ruas, a data 22 de abril, porém do ano 1970 marca o nascimento de Pedro Paulo, o homem que se tornaria

Mano Brown líder dos Racionais MC’s, que com suas letras de rap ensinou mais ao povo brasileiro sobre sua origem, do que os livros de história.

O filho da dona Ana, contrariou todas as estatísticas e agora comple-ta 43 anos de vida e de luta. E dentro da cena do RAP nacional ele

afirma que não há ninguém mais novo que ele.Ah, o cachorro louco da zona sul, o vida loka, negro drama, va-gabundo nato, mito do rap nacional, lenda viva da música negra brasileira, marrento, cara fechada, um amigo leal, um persona-gem, contraditório, polêmico, um louco, um sábio, um anjo ou sádico, cada um se refere ao Mano Brown de uma forma dife-rente. Quem diria que um morador do Capão Redondo, extremo sul de São Paulo, conseguiria despertar os mais variados senti-mentos nas mais variadas pessoas.Pois não precisa ser da periferia, nem escutar RAP para tecer opiniões sobre Mano Brown. Afinal, ele sempre chama para si o peso da responsabilidade, denunciando a violência social e policial nas comunidades carentes, mais recentemente chegou ao ponto de pedir o impeachment do governador de São Paulo, durante uma cerimônia, dentro da câmara dos vereadores.Talvez polêmico seja uma das palavras que ajude a descrever

esse furacão chamado Mano Brown, que por onde passa chama a atenção, atrai olhares atentos, ouvidos sensí-

veis a cada palavra pronunciada. Uma multidão de seguidores, querendo se aproximar cumprimen-

tar, questionar ou simplesmente abraçar, impossível ficar indiferente diante dele.E assim, como todos os grandes homens

que marcaram a história da humanidade, e que foram questionados e critica-dos, Mano Brown também é alvo de muitas criticas, porém ele mesmo já disse várias vezes, que não gosta de seguir regras, que prefere seguir o sentido contrário, para surpreender, se expressa como um homem que vive a frente de seu tempo, talvez por isso não seja compreendido.Porém nada consegue abalar a importância do Mano Brown, que soube usar a arte musical como instrumento de luta, e não se limitou aos palcos ultrapas-sando barreiras.E dentro das polêmicas e questionamentos é importante lembrar as palavras de Gandhi, “A divergência de opinião jamais deve ser motivo para a hostilida-de”.Bom, por isso e por tantas outras coisas parabéns, Mano Brown por mais um ano de vida. Você é um lutador, vida longa aos verdadeiros.

Atual e polêmico, Mano Brown completa 43 anos Por: Paula Farias

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G u e r r i l h a S on o r aGrupo composto por jovens da periferia do DF, Santa Maria Norte para ser mais preciso. Estamos no cenário do Rap Nacional, precisamente desde “2004”, buscando levar com nossa música o fim de uma di-nastia de preconceito contra o Rap, que assim como outros estilos musicais, é cultura rica em informações e traz benefícios ao bom entendedor. O nome escolhido para o grupo foi de escolha unânime entre os integrantes, era necessário um nome que trouxesse grande expressão, a conclusão foi que -Guerrilha Sonora- (Guerrilha = Forma de guerra realiza-da por pequenos grupos não disciplinados militarmente. Sonora = Que produz som ou sons) seria o ideal para representar o objetivo.

No decorrer de alguns anos o grupo participou de vários projetos e eventos, várias músicas e participações foram viabilizadas, o primeiro cd do grupo, em fase de produção, tem previsão para lançamento breve-mente, no entanto, em dezembro de 2008, Guerrilha Sonora, em parceria com diversos grupos da cidade lançou a coletânea “Se é Rap do Bom o Volume é no Máximo!!!” - Laboratório Norte, trazendo como carro chefe O Que a Santa Tem, música de trabalho do grupo, além de fazer parte da Mixtape Cartel Entorno Sul, produzida pelo coletivo BANG MONSTRO, em 2010 e, recentemente, a Mixtape individual do grupo, com músicas próprias e participações em músicas de outros grupos, distribuída gratuitamente. No “currículo” do grupo estão os estados de Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, além do Distrito Fede-ral, onde residimos. Recife é nosso próximo destino, fora de Brasília.

Contato: (61) 8464-5249 (61) 9334-3548 Email: [email protected]: http://palcomp3.com/guerrilhasonorahttp://guerrilhasonorap.blogspot.com

Capa- Guerrilha Sonora

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Por: Anderson Glock

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1- Qual a atual formação?Atualmente o grupo conta com 4 mc’s:A.R (Álisson Ricardo)Skither (Dionis Mendes)Mano Paulo (Paulo Victor)Factual (Daniel)

2- Quando o grupo se iniciou?Com uma formação diferente da atual, o grupo iniciou no ano de 2004, em uma oportunidade de concursos estudantis, em que o segmento RAP, foi extremamente valorizado por educadores e estudantes.

3- Quais são as principais influências?Sofremos total influência de música de qualida-de, com conteúdo de composição, harmonia, boa interpretação, melodias bem elaboradas. A música brasileira é rica em ótimos composito-res e intérpretes, portanto são nossa principal influência. Os artistas estrangeiros, também, nos influenciam, cedendo novas ideias para produções musicais, sejam eles do segmento, Rap, ou de qualquer outro estilo musical.

4- Analisando a atual situação do ce-nário nacional do Hip-Hop, quais os principais fatores positivos e negati-vos na opinião do GS?Do nosso ponto de vista o fator positivo é que o rap vem ganhando espaço onde não entra-va antigamente e se expandindo e abrangen-do novas ideias, que também se confunde ao ponto negativo, uma vez que por está evoluin-do muito rápido, nota-se que há perda do foco, que era nossa principal característica, que foi lutar pelas minorias, pelas melhorias...

5- O Rap do DF está em evolução ou em regressão?Falando do que é bem aceito hoje e que reú-ne maior número de pessoas em um evento, Evoluiu na aceitação, regrediu na ideia, esta deixando de ser a voz do povo pra ser única e exclusivamente a voz do traficante e dos usu-ários de drogas. Triste saber que temos bons músicos, que tem um poder de persuasão, não dando um bom exemplo.

Guerrilha Sonora

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7- Atualmente vocês participaram do Social Festival de Hip-Hop no Paranoá, que é considerado hoje como um dos maiores eventos de Hip-Hop do DF. Como foi participar desse evento?Emoção inigualável, estivemos presentes, no evento, sexta feira (12-04-2013), nos sentimos lisonjeados com a recepção que tivemos, tanto do público, quanto dos nossos companheiros do MH2P. Os cidadãos presentes naquele local, como expectadores, acompanharam o show do grupo com toda atenção, cantando o que

6- Política e Hip-Hop,é possível essa ligação?Tudo é ligado à política, e com o hip-hop não poderia ser diferente, fazemos policita diariamente, pois através das nossas letras queremos, lutamos, reivindicamos e alcançamos nossos objetivos.

8- Na visão de vocês, quem são os des-taques do Rap do DF hoje?

Vejo o GOG, como destaque constante, no Rap do Distrito Federal, torço por esse retorno ma-gistral, do grande mestre X, Viela 17, do nosso parceiro Japão, vem se destacando há alguns anos, como linha de frente.

9- Rap ostentação, comercial. Qual a visão do GS a respeito desse segui-mento?Seguimos com a nossa forma de expressão reflexiva através das composições e interpreta-ções, visamos atingir a interpretação inteligente dos nossos ouvintes, por isso escrevemos le-tras bem elaboradas, o Rap é um estilo musi-cal que possui uma missão social, procuramos aderir a essa função.O “Rap ostentação”, não nos agrada, isso não é segredo, porém, respeitamos todo traba-lho digno e honesto, desejamos sucesso a tais artistas, mas não nos envolvemos.

sabiam, atentos às letras que lhes causava reflexão, foi uma grande surpresa pra nós, além de que a quantidade, também, era animadora (rsrs), cantamos pra milhares de pessoas, vivemos a emoção de estar presente para curtir o evento, e desde já, parabenizamos a cada ser humano envolvido na organização dessa festa exemplar. QUE VENHAM OS PRÓXIMOS FESTVAIS, Paranoá, estamos à sua disposição.

Guerrilha Sonora

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10- Mandem um salve aí pra galera que curte a Nós Somos Um Só.Deixamos registrada aqui, a nossa satisfação em participar de uma entrevista, em uma revista, que atualmente, fortifica ainda mais as raízes do hip hop, no Distrito Federal e, também, em âm-bito nacional. Gostaríamos, também, de agradecer a todos aqueles que nos acompanham, direta ou indiretamente, nos apoiando a cada novo projeto, a cada nova linha composta, a cada nova “empreitada”, precisamos de vocês e temos vocês como bases de sustentação, somos fortes porque recebemos o vosso apoio, enquanto houver a disponibilização de tal sentimento dire-cionado ao Guerrilha Sonora, estaremos empenhados em cumprir com afinco nossos objetivos. Aguardem, pois em breve, muita coisa boa estará disponível!!!n Obrigado!

Guerrilha Sonora

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Máximo José da SilvaNome artístico: DJ MAROLADJ, Produtor Musical e de Eventos.

Empresário do meio Hip Hop(Loja Pro-Vinil e o selo de distribuição Marola Discos).Faz palestras e debates onde expõe sua experiência passada no envolvimento com o tráfico e uso de entorpecentes.

Foto: Jeff Borges

ESPAÇO DJ

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De 22 a 31 de julho, em Brasília, o VI Festival da Mulher Afro Latino Americana e Caribenha, Lati-nidades, vai apresentar a Exposição Fotográfica Colaborativa Cabelaço, composta por trinta fotos de cabelos e penteados afro.

A inspiração para a exposição vem do projeto Cabelaço, ato politico cultural realizado peridiodica-mente pela Irmandade Pretas Candangas, grupo de mulheres negras ativistas do Distrito Federal. O ato é geralmente realizado na Rodoviária do Plano Piloto, por onde passam diariamente mais de seiscentas mil pessoas, vindas de todas as Regiões Adminsitrativas. Envolve música, capoeira, break, poesia, samba de roda e outras manifestações e linguagens artísticas negras, para chamar atenção contra o racismo e homenagear personagens e fatos históricos relacionados ao calendário afro-brasileiro. A ideia é dar destaque para a questão da estética e auto-estima do povo negro, com o mote das apresentações, que acompanham frases declamadas e levantadas em faixas, bandei-ras, megafones, pedaços de papel, lambe-lambes e o que mais surgir de recursos, tendo como slogan: Meu cabelo é bom, ruim é o racismo”.

Enquanto mulheres e homens negr@s, de todos os tons de pele, ainda sofrem por carregarem ca-belos crespos ou mesmo cacheados e tem sua auto-estima deteriorada por um padrão de beleza racista, a pauta dos cabelos crespos é extremamente cara e se destaca cada vez mais entre os temas dos movimentos sociais e culturais negros.

Interessadas/os em participar poderão encaminhar fotos de 5 até 10mega, CMYK 300dpi, para o e-mail [email protected] com título e créditos da/o fotógrafa/o. Não é necessário ser profissional. As trinta melhores fotos irão compor a exposição, que se destina a brindar a beleza, diversidade e possibilidades estéticas de cabelos, cortes e penteado afro-brasileiros.Serviço: (061) 3233 6230 / [email protected]

DF: Exposição CabelaçoMeu cabelo é bom, ruim é o racismo

por: DJ Cortecertu Fonte: Central Hip Hop

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Adquira já o seu!2º Ultimo o novo disco do grupo

TRIBO da PERIFERIA

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Muita Luz – Nova mixtape do Projota por Mandrake rapnacional.com.br

José Tiago Sabino Pereira (São Paulo, 11 de Abril de 1986), mais conhecido pelo nome artístico Projota é um rapper, compositor e produtor musical brasileiro.

Projota começou a ganhar notoriedade nas batalhas de MCs, onde venceu quatro vezes a batalha da San-ta Cruz e três vezes a Rinha dos MCs. Como produtor musical Projota produz em geral para seus trabalhos e para amigos. Em sua estréia Projota lançou um EP intitulado de “Carta Aos Meus” em 2009, seu segundo trabalho foi a mixtape “Projeção” lançada em 2010, o seu terceiro trabalho foi o segundo EP de sua carreira “Projeção pra Elas” lançado em 2011 e no mesmo ano lançou a mixtape “Não Há Lugar Melhor no Mundo que o Nosso Lugar”.

Os fatos sociais são formados pelas representações coletivas. Isto é, "como a sociedade vê a si mesma e ao mundo que a rodeia" ou seja através de nossas ações e idéias. Idéias estas que permeiam a nossa sociedade acerca de grupos e subgrupos. Essas representações coletivas são produto da cooperação que se estende não apenas no espaço mas também de fato no tempo.Infelizmente por vezes algumas concepções ideológicas se voltam para alguns sujeitos, que são mantidos na invisibilidade, justamente para não terem o poder de decisão ou até para que suas vozes sejam cala-das.O Rap em contrapartida é utilizado como instrumento paradidático, para regulação e manutenção de nos-sas aspirações enquanto sujeitos históricos a um mundo mais justo e tolerante.E para fazê-las utilizamos a mistura e combinação de ideias, ações cotidianas e sentimentos.O mais nova música do artista Aborígine intitulada: "O Circo", nos leva a questionar até onde somos ma-rionetes nas mãos e mentes disseminadoras de falsas ideias em relação aos cidadãos e cidadãs de nossa sociedade, a qual tem por slogan: " Brasil um país de todos!"Se é de todos então eu, você, eles e elas estamos incluídos e convocados a reescrevermos a nossa his-tória! "Uma mentira pode estragas mil verdades"Provérbio: AfricanoO vídeo acima integra a Campanha Diversidade Viva, trabalho realizado pelo Rapper Aborígine, ao qual ministra oficinas de formação em Direitos Humanos e respeito à diversidade em escolas públicas do Dis-trito Federal, a partir da música O Circo.

O circo - Episódio III

[Aborígine]: Os fatos sociais são formados pelas representações

coletivas.Escrito por Marcelo Fonte:www.correriarap.com.br

#HIPHOPBR

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Viela 17 apresenta 20 de 40 – De Ceilândia para o Brasil

por Mari Fernandez (rapnacional.com.br).Projeto 20 de 40, assim intitulado o novo trabalho do grupo Viela 17 que faz referência aos 20 anos de carreira do Rapper Japão com seus 40 anos de idade..A música 20 de 40 leva o mesmo nome do CD e foi o ponto de partida para o novo projeto que tem previsão para o segundo semestre do ano de 2013, a canção con-tou com a produção do conceituado DJ Raffa Santoro.

As gravações do video clipe aconteceram a todo vapor, equipe de primeira, participações especiais. O video clipe é uma sequência dos trabalhos que estão sendo apre-sentados, como o video clipe AH TAH, vídeos das pro-duções em estúdio e vem ai com muito mais: vídeos do making of das gravações, estúdio, depoimentos e DVD.

As locações não poderiam ser em outro local, a rainha mais uma vez foi a Ceilândia e com destaque para sua grande marca a Caixa D’Agua, Feira Central, Feira do Rolo e as vielas da Expansão do Setor O.Contamos com a equipe da empresa CIA DO FILME / TROUPE DO FILME – João de Castro – Diretor de Produção, Alexandre Riulena – Direção de Fotografia, Marcio Raça e Junior Piau – Camera-man, Jessé Ribeiro(Pan) - Assistente de Camera, Dico Vilhena – travelling e maquinário, Direção de Leandro G. Moura, Edição de Ramon Amorim com Produção Artística de Daniela Mara dos Santos, colaboração da Adminis-tracão de Ceilândia, 8º Batalhão da Polícia Militar através do Sargento Darcimario, Gerência de Cultura e Sancar Centro Automotivo.

As comemorações dos 20 anos de carreira do Rapper Japão não para por ai, contará com muitas sur-presas: Lançamento do Video Clipe 20 de 40 na Praça do Cidadão – data a definir, seguido de show do rapper com convidados locais e também preparação de um grande show com convidados com grandes nomes do rap nacional – data a definir, oficinas em escola da CEI sobre o HIP HOP, entre outras ações.

O video clipe conta com o apoio do FAC e Secretaria de Cultura do Distrito Federal e tem seu lançamento

Estilo Vagabundo 3, a nova música de Mv Bill por Mandrake rapnacional.com.br

O Mensageiro da Verdade, Bill, acaba de lançar mais uma música que fará parte do seu próximo disco.

O EP que terá o nome de “Vivo/Monstrão”, esta pres-tes a ser lançado e para que você conheça um pouco mais do que vem por aí, Mv Bill disponibiliza mais uma faixa para download, totalmente grátis.

A música é a continuação da já conhecida “Estilo Va-gabundo”, que narra a discussão de um casal e que muita gente irá se identificar.

#HIPHOPBR

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Certa vez há muito tempo um nobre rico, orgulhoso e poderoso, contudo profundamente amargurado estava em seu leito de morte, e mandou que chamassem o seu único filho para jun-to de si, pois que este há muito tempo havia sido enviado por ele para que fosse educado na condição de leigo em uma respeitável ordem monástica e de armas.

Ao ver seu jovem e vigoroso herdeiro, disse-lhe usando as forças que ainda lhe restavam.

Minha hora está próxima filho meu. Vou-me embora breve, mas antes preciso lhe falar sobre o que jamais conversamos. Pai não faças esforços, respondeu o filho preocupado. Não há descanso que me recupere e nem es-forço que me faça piorar meu filho.

De tudo quanto irás herdar em rique-zas e estas não são poucas, nada mais valioso terás do que as três reco-mendações que tenho para ti no dia de hoje, aonde chego ao limiar da minha existência.

Nunca erre meu filho, pois tantas forem às vezes que tiverem oportunidade os inimigos farão comentários maldosos a teu respeito, usarão vossos tropeços como faltas impagáveis, dirão a todos o quanto foste mal, quantificarão em proporções infinitas a menor das tuas falhas, de uma ruga diagnosticar-te-ão como se leproso fosses e da sua retra-tação para com aqueles a que venhas errar falarão ser dissimulação.

Jamais confie em alguém, pois é na con-fiança que tens em outros é que nasce a traição, são aqueles que se sentam a tua mesa para tomar de tua ceia que o apunhalam como salteadores, confiar significa soltar o cabo da espada e dá vosso pescoço de própria vontade ao carrasco, ou seja, ser credo para com os homens é desejar tua própria ruína.

E por último, vos ensino e suplico não perdoe em tempo algum a teus inimigos e até mesmo os teus amigos, se estes o decepcionarem em algo. Quem perdoa abre caminho para que o beneficiado o fira com mais força depois, quem per-doa se mostra fraco perante todos por não responder com a devida força as ofensas recebidas, e ao perdoar chan-cela com teu aceite à humilhação que sofrestes perante um algoz desonrado.

Depois que disse tudo isso o pai, fitou o rosto do seu filho esperando dele o agradecimento por aquela lição, que pensava seria a de maior relevância que poderia ter dado a ele.

O filho após alguns momentos de re-flexão dirigiu-se ao pai dizendo: pai lá no priorado, para onde me mandastes quando eu tinha apenas doze anos, to-das as vezes que eu errava um exer-cício com a espada ou com o escudo, meu turcoplier me mandava continuar, todas às vezes em que me atrapalha-va com uma cerimônia um irmão mais velho prontificava-se a orientar-me e se não sabia como proceder em uma ceri-mônia havia alguém sempre disposto a ensinar.

FRAGMENTANDOLEGATUS FIAT LUX

POR: Suenilson Saulnier de Pierrelevée Sá

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Mandei te chamar, para em meus úl-timos momentos dar-te um legado de sabedoria, e o que me acontece, ao in-vés de deixar levarei de parte do meu filho, um ensinamento que supunha nem existir, face o meu vasto conhe-cimento.

Digo a ti filho meu, agora eu é que sou-be que: o erro é comum ao homem, importando apenas se ele existe inten-cionalmente, por casualidade ou por ausência de orientação.

Que a confiança no próximo emana da própria honradez pessoal, pois quem não sabe confiar é porque jamais foi digno de sê-lo também.

Quem não dá o beneficio da dúvida, não exerce o perdão é um condenado antecipado ao martírio na aurora dos tempos. Porque entre a humanidade, não se materializou o que dele não fará uso ao menos uma vez em sua trajetória terrena.

Filho me encontrastes agonizante e caminhando nas trevas. E retirou a venda da minha ignorância com teu discernimento, estou enxergando filho, estou enxergando a luz, eu estou indo, estou pronto... Fiat Lux...

Mais a frente quando me tornei um es-cudeiro, fui ao campo de guerra sendo que o irmão cavaleiroconfiava a mim sua própria vida, pois era eu que deve-ria passar-lhe as armas no tempo cer-to, alimentar e dá água ao seu cavalo para que não fraquejar-se na batalha e cuidar do arnês (arreios) do animal, para que o cavaleiro não caísse da montaria.

Não foram poucas às vezes os meus momentos de ira, devido às saudades que sentia daqui, o chefe da casa per-doava-me falando que eu aprenderia a controlar meu ímpeto enquanto todos incitavam para que eu fosse devolvi-do como infame a nossa casa. Mesmo quando, fatigado atrasei para atender o chamado a determinada contenda com uma patrulha sarracena, fui per-doado em reconhecimento ao meu es-forço nos dias anteriores.

Prosseguindo em tom de lamento, o fi-lho concluiu, pai hoje soube através de ti que: errar,confiar e perdoar nos man-cham. Tenho muitas dúvidas confesso, mas hei de saber como praticar o que me passastes.

O pai que escutara com todo interesse as palavras de seu filho, transpirando muito e pedindo ao criador que não desencarnasse sem poder falar nova-mente ao filho. Tão logo se refez, de-pois de um longo suspiro, disse: quão tolo e soberbo eu sou filho meu.

FRAGMENTANDO

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