Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

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BETH-SHALOM www.Beth-Shalom.com.br Maio de 2008 • Ano 30 • Nº 5 • R$ 3,50

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Revista Noticias de Israel - Maio de 2008 - Ano 30 - Nº 5 Assuntos abordados neste número: • Além do Véu - Rumo ao Futuro • O Mais "Importante" é Israel • A Importância de Uma Interpretação Literal • Isaías 53 e o Messias de Israel (2ª Parte) HORIZONTE: • Turistas satisfeitos em Israel • EL AL - eleita a companhia aérea mais segura do mundo • O desenvolvimento populacional de Israel • A Marinha russa volta ao mar Mediterrâneo • A arma secreta das estrelas

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BETH-SHALOM www.Beth-Shalom.com.br Maio de 2008 • Ano 30 • Nº 5 • R$ 3,50

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É uma publicação mensal da ““OObbrraaMMiissssiioonnáárriiaa CChhaammaaddaa ddaa MMeeiiaa--NNooiittee”” comlicença da ““VVeerreeiinn ffüürr BBiibbeellssttuuddiiuumm iinn IIssrraaeell,,BBeetthh--SShhaalloomm”” (Associação Beth-Shalom paraEstudo Bíblico em Israel), da Suíça.

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EEddiiççõõeess IInntteerrnnaacciioonnaaiissA revista “Notícias de Israel” é publicadatambém em espanhol, inglês, alemão,holandês e francês.

As opiniões expressas nos artigos assinadossão de responsabilidade dos autores.

INPI nº 040614Registro nº 50 do Cartório Especial

OO oobbjjeettiivvoo ddaa AAssssoocciiaaççããoo BBeetthh--SShhaalloomm ppaarraaEEssttuuddoo BBííbblliiccoo eemm IIssrraaeell éé ddeessppeerrttaarr eeffoommeennttaarr eennttrree ooss ccrriissttããooss oo aammoorr ppeelloo EEssttaaddooddee IIssrraaeell ee ppeellooss jjuuddeeuuss.. Ela demonstra oamor de Jesus pelo Seu povo de maneiraprática, através da realização de projetossociais e de auxílio a Israel. Além disso,promove também CCoonnggrreessssooss ssoobbrree aa PPaallaavvrraaPPrrooffééttiiccaa eemm JJeerruussaalléémm e vviiaaggeennss, com aintenção de levar maior número possível deperegrinos cristãos a Israel, onde mantém aCasa de Hóspedes “Beth-Shalom” (no monteCarmelo, em Haifa).

ISRAELNotícias de

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4 Prezados Amigos de Israel

HHOORRIIZZOONNTTEE

• Turistas satisfeitos em Israel - 16• EL AL - eleita a companhia aérea mais segura do mundo - 16• O desenvolvimento populacional de Israel - 17• A Marinha russa volta ao mar

Mediterrâneo - 18• A arma secreta das estrelas - 20

índice5 Além do Véu - Rumo ao Futuro

9 O Mais “Importante” é Israel

12 A Importância de Uma Interpretação Literal

14 Isaías 53 e o Messias de Israel (2ª Parte)

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44 Notícias de Israel, maio de 2008

Em fevereiro a companhia israelense deabastecimento de água “Mekorot” celebrou seu70º aniversário. Durante as festividades, BenjaminElieser, ministro da Infra-Estrutura Nacional,elogiou as grandes conquistas da companhia emtodas as áreas do abastecimento de água. Eletambém mencionou como ela angarioureconhecimento internacional pelo seu trabalho.Até as Nações Unidas qualificaram comoexemplar o sistema de abastecimento de águaisraelense. Por isso, muitos países com problemashídricos semelhantes enviam seus especialistas aIsrael para aprender mais sobre as soluçõesencontradas. Elieser salientou que a “Mekorot”teria contribuído para concretizar profeciasbíblicas, por exemplo, as palavras em Isaías 41.18-19: “Abrirei rios nos altos desnudos e fontesno meio dos vales; tornarei o deserto emaçudes de águas e a terra seca, emmananciais. Plantarei no deserto o cedro, aacácia, a murta e a oliveira; conjuntamente,porei no ermo o cipreste, o olmeiro e obuxo”.

Ele também mencionou que, segundo a Bíblia,períodos de estiagem sempre se abateram sobreIsrael, mas que os patriarcas também jápesquisaram buscando soluções para o problema.Israel tem enfrentado novamente um período deseca, em que não chove o suficiente há cincoanos. Em vista dessas circunstâncias, a “Mekorot”se vê obrigada a buscar soluções mais definitivas,principalmente pelo aumento do consumo de águapor uma população crescente. A alternativamoderna seriam as instalações de dessalinizaçãoda água do mar. No prazo de cinco anospretende-se construir mais cinco usinas, somadasàs duas já em funcionamento. Com isso, um terçoda necessidade de água potável, de 750 milhões demetros cúbicos, estaria coberta.

Ronen Wolfman, diretor-geral da “Mekorot”,explicou ainda como a companhia de águacontribuiu para garantir as fronteiras do país. Já naépoca do Mandato Britânico a água foi conduzidapara o deserto do Neguev, portanto, para o Suldo país. Assim, foi possível criar ali mais onzenovas colônias judaicas, que na Guerra daIndependência detiveram as tropas egípcias. Semessas colônias judaicas no Sul os egípcios teriamconquistado o Neguev, e hoje Israel seria um paísmuito menor. Conforme Wolfman, a “Mekorot”supre não apenas o consumo próprio mas

também fornece 45 milhões de metros cúbicos deágua aos palestinos na Judéia, Samaria e Gaza.Outros 55 milhões de metros cúbicos vãoanualmente para a Jordânia, cumprindo o que foiacordado no tratado de paz entre os dois países.Por isso, Wolfman espera que a água,contrariando temores expressos com excessivafreqüência, não venha a se tornar a causa de novasguerras, mas sirva de ponte para a paz.

Apesar desse maravilhoso cumprimento préviodas profecias bíblicas por ocasião do retorno dopovo judeu para sua terra, o cumprimento plenoainda está no futuro. Mas é impressionante verpessoas de muitos países, com problemassemelhantes de abastecimento de água, vindo aIsrael para aprender com o sucesso dos judeusnessa área. Quase se poderia pensar que esseprocesso já é o pré-cumprimento de Zacarias8.23. Lá está escrito que, no reino messiânico depaz, pessoas de todas as nações irão se apegar aosjudeus porque reconheceram que a bênção deDeus está com esse povo.

Unidos nAquele que não apenas fala mastambém cumpre o que prometeu, saúdo com umcordial

Shalom!

FFrreeddii WWiinnkklleerr

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55Notícias de Israel, maio de 2008

O capítulo 11 de Romanos tam-bém considera a imerecida graçaque Deus estendeu aos gentios emconseqüência de Israel ter sido tem-porariamente colocado de lado.Junto com esses profundos esclare-cimentos, abrem-se as cortinas dofuturo e aparece a estrada que estáalém dos dias sombrios da insurrei-ção global e cataclísmica que estápor vir.

O cerne da questão é entenderque, a despeito do que digam os in-famadores, nas suas alegações deque o momento da oportunidade deIsrael terminou no período final doAntigo Testamento ou quando anação rejeitou o Messias, o NovoTestamento comprova que tais de-tratores de Israel estão equivocados.Israel foi, é, e sempre será o temacentral da realidade profética e his-tórica. Existe um dito popular nos

esportes que pode muito bem seraplicado nesse campo do tratamen-to dispensacional da Bíblia: “Nuncatire seus olhos da bola”. No assuntoem questão, a correlação é: nuncatire seus olhos de Israel.

Uma Certeza“Pergunto, pois: terá Deus, por-

ventura, rejeitado o seu povo? De mo-do nenhum! [i.e., nunca concebamessa idéia] ...Deus não rejeitou o seupovo, a quem de antemão conheceu”(Romanos 11.1-2).

Mesmo nas horas mais depri-mentes dos deslizes espirituais deIsrael, Deus, em Sua infinita graça,preservou a nação e manteve umremanescente. Um exemplo dissose verifica nesta resposta que o Se-nhor deu ao profeta Elias quandoeste instou na Sua presença contra

os israelitas, os quais, impregnadosde idolatria, resistiram à pregaçãodos profetas e perseguiram os men-sageiros de Deus: “Que lhe disse, po-rém, a resposta divina? Reservei paramim sete mil homens, que não dobra-ram os joelhos diante de Baal” (v. 4).

Numa transposição rápida da-quele momento para o presente, aPalavra declara: “Assim, pois, tam-bém agora, no tempo de hoje, sobrevi-ve um remanescente segundo a eleiçãoda graça” (v. 5).

O remanescente de Israel segun-do a graça reforça aquilo que é ditoem Romanos 11.25: “...veio endure-cimento em parte a Israel” (grifo doautor). Por essa razão, é incorretoafirmar que a nação inteira se en-contra em rebelião contra Deus. Naprática, há pelo menos três grandescorrentes de pensamento religiosoentre o povo judeu. Em primeiro

O texto crucial do Novo Testamento na identificação de Is-rael, de seu destino profético e do relacionamento dos crentesem Cristo com o povo judeu é o capítulo 11 da Epístola aos Ro-manos. Deus explicou nos mínimos detalhes se realmente haviarejeitado a Israel e se os crentes em Cristo passaram a ocuparo lugar do Povo Escolhido no plano de Deus.

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lugar, há o remanescente de crentesno Messias, Jesus, como anterior-mente mencionamos. Em segundolugar, há um núcleo de judeus con-servadores, ortodoxos e ultra-orto-doxos que crêem em Deus. Por fim,vêm os judeus agnósticos e ateusque duvidam da existência de Javé,o SENHOR, ou se recusam a crernEle.

Portanto, a questão não é que amaior parcela do povo judeu nãocreia em Deus; eles crêem. O pro-blema reside na identidade do Mes-sias. Não se trata de uma identifica-ção qualquer; ela direciona o focodas atenções nos últimos dias justa-mente para o Messias e para o cora-ção da nação de Israel que a Ele seconverte.

Um EnigmaTantas realidades, que parecem

nebulosas para nossa mente finita,estão harmoniosamente determina-das na mente de Deus e nos serãoreveladas no devido tempo. Esse é

o caso da cegueira parcial de Israel(vv. 8-10). Por que devia ser assim?Por que a misericórdia tinha de seroferecida aos gentios, um verdadei-ro bando de ímpios, incivilizados,idólatras, depravados e espiritual-mente indignos?

“Pergunto, pois: porventura, trope-çaram para que caíssem? De modo ne-nhum! Mas, pela sua transgressão[i.e., do Israel parcialmente cego],veio a salvação aos gentios, para pô-los em ciúmes. Ora, se a transgressãodeles redundou em riqueza para omundo, e o seu abatimento, em rique-za para os gentios, quanto mais a suaplenitude!” (vv. 11-12).

Nesse “prendedor” estão pendu-radas estas duas revelações decisi-vas: (1) A incompreensível graça deDeus tem se estendido aos gentiosindignos; e (2) A plenitude futura eglória vindoura de Israel, há tantotempo esperadas, estão indelevel-mente garantidas.

A evidência comprova o seguin-te: Deus está salvando os gentios eIsrael terá seu lugar exclusivo quan-

do a teocracia se consumar nas erasvindouras. Portanto, a despeito doque os adeptos da Teologia daSubstituição queiram considerar, aIgreja e Israel são entidades distin-tas e não se pode aceitar uma, des-cartando a outra.

Uma ObrigaçãoOs fatos nesse caso revelam que

a Igreja, na verdade, é um fenôme-no milagroso, mas temporário, coma missão de tornar Cristo conheci-do até que a Noiva esteja completae o Arrebatamento remova da terraos crentes em Cristo. Ao fazer usoda analogia de uma oliveira cultiva-da (i.e., Israel), o apóstolo Paulo re-trata a Igreja como o conjunto deramos silvestres que foram enxerta-dos com um propósito que vai alémde meramente resgatar os gentiospela graça:

“Se, porém, alguns dos ramos fo-ram quebrados, e tu, sendo oliveirabrava, foste enxertado em meio deles ete tornaste participante da raiz e daseiva da oliveira, não te glories contraos ramos; porém, se te gloriares, sabeque não és tu que sustentas a raiz, masa raiz, a ti [...] Porque, se Deus nãopoupou os ramos naturais, tambémnão te poupará” (vv. 17-18,21).

Nesse texto, Deus nos adverteexatamente contra o perigo de nosorgulharmos da posição que ocupa-mos, envenenados pelo menosprezoao povo judeu e por uma atitude cí-nica quanto ao amor de Deus poreles. As Escrituras condenam todasas formas de anti-semitismo – tanto

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Ao fazer uso da analogia de uma oliveira cultivada (i.e., Israel), o apóstolo Paulo retrata a Igreja como o conjunto de ramos silvestres que foram enxertados com um propósitoque vai além de meramente resgatar os gentios pela graça.

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o anti-semitismo sutilmente veladoquanto o anti-semitismo ofensiva-mente descarado. Contudo já esta-va predito que isso se tornaria atendência num mundo turbinadopela mentalidade profana. A Segun-da Epístola aos Tessalonicensesmenciona uma onda de apostasia(i.e., o desvio e abandono da fé)que precederia a Segunda Vinda deCristo. Entre as mais abomináveismanifestações de decadência socialse encontra o anti-semitismo teoló-gico que está em ascensão nos cír-culos cristãos, inclusive em ambien-tes considerados evangélicos. Naatual atmosfera, talvez alguém pos-sa conjecturar que já estejamos en-trando nesse período apóstata.

Entretanto, a plena restauraçãode Israel está garantida, como estáescrito:

“Ora, se a transgressão deles re-dundou em riqueza para o mundo, e oseu abatimento, em riqueza para osgentios, quanto mais a sua plenitude![...] Eles também, se não permanece-rem na incredulidade, serão enxerta-dos; pois Deus é poderoso para os en-xertar de novo” (Rm 11.12,23).

O propósito de Deus em aben-çoar os gentios com a redençãoatravés do povo judeu, povo esseque nos proporcionou as Escriturase o Cristo, é fazer com que os gen-tios salvos em Cristo se tornem mi-nistros da “provocação” (v. 11). Is-to é, os crentes em Cristo devem vi-ver de tal maneira que os outros,judeus e gentios, se sintam provoca-dos a buscar Jesus Cristo. Viver deoutra maneira é negar nossa obriga-ção e desprezar o privilégio que te-mos de ser a “luz do mundo”.

Uma Explicação“Porque não quero, irmãos, que ig-

noreis este mistério (para que não se-jais presumidos em vós mesmos): queveio endurecimento em parte a Israel,

até que haja entrado a plenitude dosgentios” (Rm 11.25).

Aproxima-se o dia em que che-gará “a plenitude dos gentios”. Emtermos simples e claros, a Igreja es-tá a caminho do Arrebatamento –momento esse em que se comple-tará o número de gentios a seremsalvos, em que o programa de Deuspara a Igreja neste mundo se finda-rá e o Senhor voltará para nos ar-rebatar ao céu (Jo 14.1-4; 1 Ts4.13-17).

Sua volta iminente é o grandeincentivo para estarmos prontos arealizar a obra do Senhor até quechegue o momento dessa transcen-dente jornada ao Seu lado.

Ela também é um outro tipo demotivação: eu não fui criado naigreja, nem freqüentei classes daEscola Bíblica Dominical duranteos anos da minha formação. Co-nhecendo pouco a respeito deDeus, a vaga e inquietante noçãoque eu tinha era a de que, quandomorresse, havia uma escuridão e

um buraco preparado no solo paramim. O primeiro contato formalque tive com a mensagem do Evan-gelho foi numa conferência deevangelização em massa ocorrida nacidade de Detroit, Michigan(EUA), onde um pregador hebreu-cristão proclamava o Evangelho.Depois do evento, saí daquele localpraticamente da mesma forma queentrei, mas com uma diferença – eufora convencido de três coisas: (1)De que a Bíblia é a Palavra deDeus; (2) de que Cristo estava naiminência de voltar; e (3) de que eunão estava preparado para encon-trá-Lo.

Depois daquilo, fiquei intrigadodurante seis meses com o fato deque Jesus podia voltar a qualquermomento e me encontrar desprepa-rado; a experiência daqueles diaspode ser denominada de convenci-mento. Numa madrugada a questãofoi resolvida. Eu nasci de novo pelafé em Cristo. Isso aconteceu há 60anos atrás e posso lhes afirmar que

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Os crentes em Cristo devem viver de tal maneira que os outros, judeus e gentios, se sintam provocados a buscar Jesus Cristo,

pois temos o privilégio de ser a “luz do mundo”.

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a volta iminente de Cristo é tão realpara mim hoje como o foi naquelanoite de primavera do ano de 1948.

Minha expectativa está atreladaàquilo que temos diante de nós nasEscrituras. O próximo aconteci-mento grandioso no cronograma deDeus é o Arrebatamento da Igreja –ou, como consta no texto acima, odia em que a plenitude dos gentiostiver entrado: “E, assim, todo o Israelserá salvo, como está escrito: Virá deSião o Libertador e ele apartará de Ja-có as impiedades. Esta é a minhaaliança com eles, quando eu tirar osseus pecados” (vv. 26-27).

O que esse texto diz é o seguin-te: o Senhor nosso Deus nunca seesquece de uma promessa. Ele fir-mou uma aliança com o povo judeuque diz respeito à terra e ao rei deIsrael. Tais promessas são eternas esão tão irrevogáveis como a pro-messa que Deus fez de conceder vi-da eterna aos crentes em Cristo.Você pode ter tanta certeza do céuno dia de hoje como terá no mo-mento em que puser seus pés naentrada da glória celestial.

A revelação profética não termi-na no fim da Era da Igreja. Em cer-

to sentido, a Era da Igreja é apenaso começo. Somos lembrados deque não devemos tirar os olhos deIsrael. Essa advertência nunca foitão verdadeira quanto é na atuali-dade. Chegará o dia em que todo oIsrael será atraído para o seu Liber-tador prometido e, pela fé nEle, se-rá salvo. A Palavra chega até nóspor intermédio do profeta Isaías:

“Virá o Redentor a Sião e aos deJacó que se converterem, diz o SE-NHOR. Quanto a mim, esta é a minhaaliança com eles, diz o SENHOR: omeu Espírito, que está sobre ti, e asminhas palavras, que pus na tua boca,não se apartarão dela, nem da de teusfilhos, nem da dos filhos de teus filhos,não se apartarão desde agora e paratodo o sempre, dizo SENHOR” (Is59.20-21).

À medidaque Deus con-duz a história,podemos afir-mar junto com oapóstolo Paulo:“Porque os dons ea vocação deDeus são irrevo-

gáveis” (Rm11.29).

Além disso, àmedida que exa-minamos cuida-dosamente ocampo inteiro daverdade dispensa-cional – o roteiroplanejado porDeus que conduzà eternidade –não nos resta fa-zer outra coisa se-não exclamar:

“Ó profundida-de da riqueza, tan-to da sabedoria co-mo do conhecimen-to de Deus! Quão

insondáveis são os seus juízos, e quãoinescrutáveis, os seus caminhos!Quem, pois, conheceu a mente do Se-nhor? Ou quem foi o seu conselheiro?Ou quem primeiro deu a ele para quelhe venha a ser restituído? Porque dele,e por meio dele, e para ele são todas ascoisas. A ele, pois, a glória eternamen-te. Amém!” (vv. 33-36). (Israel MyGlory)

Elwood McQuaid é editor-executivo de TheFriends of Israel.

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Você pode ter tanta certeza do céu no dia de hoje como terá no momento em que puser seus pés na entrada da glória celestial.

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Minha filha mais nova acaba de con-cluir seu segundo ano de faculdadenuma universidade secular (N. do T.:nos EUA há universidades cuja orienta-ção educacional é cristã, daí a diferencia-ção pelo uso do termo “secular”). No intuitode cultuar a Deus com outros irmãos, ela levouquase dois anos inteiros para encontrar uma igre-ja que não se considere “o novo Israel” e que nãocreia que Deus rejeitou definitivamente o povojudeu.

Enquanto preparávamos uma edição da nossa revista,um amigo me deu um sábio conselho em poucas palavras:“Cuide para que o mais importante seja, de fato, o maisimportante”. O mais importante não é o número de dis-pensações bíblicas, nem é a enorme quantidade de diferençasque poderíamos alistar entre a Teologia Aliancista (ou Teologiada Substituição) e a Teologia Dispensacionalista. A “coisa maisimportante” é aquilo que minha filha priorizou quando visitavavárias igrejas e solicitava a declaração de fé de cada uma delas.O “mais importante” é Israel.

Quando eu era uma crente recém-convertida a Cristo, passa-va muitas horas ouvindo pregações pelo rádio. Felizmente, ha-via em nossa região uma excelente emissora de rádio evangélicadirigida por um dedicado crente em Cristo, que era criteriosocom a programação que permitia ir ao ar. Certa ocasião eu ou-via um famoso pastor presbiteriano que começava uma série depregações no livro de Isaías.

Ele introduziu sua pregação com a seguinte história: há mui-tos anos, quando ainda era um jovem pastor que acabara de seformar no seminário, ele cria que todas as maravilhosas promes-sas que Deus fizera a Israel no Antigo Testamento agora se des-tinavam à Igreja. A oportunidade de Israel tinha chegado e foradesperdiçada. A nação de Israel pecara, perdera sua terra e forasubstituída pela Igreja – esta que passou a ser o novo povo esco-lhido por Deus (uma peculiaridade interessante desse ponto devista é a de que as pessoas que o adotam ainda consentem que ogenuíno povo de Israel fique com todas as maldições prometi-das por Deus, enquanto a Igreja fica com todas as bênçãos).

Entretanto, a esposa daquele jovem pastorinterpretava a Bíblia de modo um pouco maisliteral. Ela cria que a partir do momento emque Deus fazia uma promessa, Ele a cumpria.Então, aquele pastor contou que sua esposaorava todos os dias para que ele chegasse auma compreensão melhor e mais exata da Pa-lavra de Deus.

Um dia ele decidiu estudar o livro deIsaías com toda seriedade e afinco. Extasiadopelas grandiosas promessas que Deus fizera aIsrael, ele começou a analisar sua perspectivade Deus. Que Deus era aquele a quem eleservia, que fizera promessas tão maravilhosascomo essas para, depois, anulá-las e concedê-las a outros?

Por fim, ele chegou à conclusão de que ti-nha de tomar uma decisão acerca de Deus.Ou Deus era: (1) incapaz de cumprir as pro-messas que fez a Israel; ou (2) Ele era ummentiroso que nunca teve a intenção de cum-prir as promessas que fez a Israel; ou (3) Ele

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ainda estava para cumprir as pro-messas que fez a Israel. Aquele pas-tor optou pela terceira e última al-ternativa.

À medida que a sociedade aonosso redor se deteriora e o lobbymuçulmano se torna mais forte acada dia, tanto nos Estados Unidosquanto no Ocidente, o mundo – in-clusive grande parte da “cristanda-de” – quer nos fazer acreditar que oterritório no qual está situada a na-ção de Israel é de quem dele seapoderar ou que ele pertence aosárabes por direito. Contudo, o maisimportante continua a ser o maisimportante. Israel não é a Igreja e aIgreja não é Israel.

A verdade é que Deus confiou aAbraão e seus descendentes natu-rais a terra de Canaã, medianteuma aliança incondicional que nun-ca foi ab-rogada ou abolida. Muitaspessoas confundem a Aliança Mo-saica – que exigia a obediência deIsrael – com a Aliança Abraâmica,que não estava condicionada à obe-diência. Pelo fato de não obedece-rem à Aliança Mosaica, os israelitasforam privados das bênçãos tempo-

rais de que po-deriam desfrutare sofreram o cas-tigo de serem ex-pulsos tempora-riamente de suaterra. Porém elesainda possuem aEscritura de pos-se daquela terraque Deus lhesoutorgou por he-rança.

A NovaAliança – quetambém foi fir-mada por Deuscom Israel emJeremias 31 –substitui a Alian-ça Mosaica, mas

não substitui a Aliança Abraâmica.Desde o momento em que Deus aestabeleceu no livro de Gênesis ea reafirmou ao longo de todo oAntigo Testamento, a AliançaAbraâmica – que inclui a provisãoda terra e todas as outras promes-sas – é infalível.

O Deus a quemsirvo não é impoten-te. Não é à toa queEle se chama o DeusTodo-Poderoso. SeEle foi capaz de criaro mundo em seisdias, se foi capaz deabrir o mar Verme-lho para que um po-vo de 2 milhões emeio de pessoas oatravessasse do Egitopara Canaã a pés en-xutos levando seusrebanhos, se foi ca-paz de fazer cair docéu o maná durante40 anos para alimen-tar Seu povo a quemEle guiava por meiode uma coluna de

nuvem durante o dia e uma colunade fogo durante a noite, então Elecertamente é capaz de trazer Israelde volta para Si numa genuína con-versão espiritual e abençoar fisica-mente o povo judeu com a terraque lhes prometeu.

A Aliança Abraâmica não se ba-seou na obediência de Israel, masno amor leal de Deus, como estáescrito: “Porquanto amou teus pais, eescolheu a sua descendência depois de-les” (Dt 4.37). Moisés fez a seguintedeclaração aos israelitas:

“Não vos teve o SENHOR afeição,nem vos escolheu porque fôsseis maisnumerosos do que qualquer povo, poiséreis o menor de todos os povos, masporque o SENHOR vos amava e, paraguardar o juramento que fizeraa vossos pais...” (Dt 7.7-8; ênfaseacrescentada).

Moisés os advertiu de que seeles abandonassem o Senhor Deus,seriam espalhados por entre as na-ções e perseguidos (Lv 26.14-39;Dt 28.15-68). Mas ainda assim, oSenhor afirmou: “...se o seu coraçãoincircunciso se humilhar, e tomarem

1100 Notícias de Israel, maio de 2008

Desde o momento em que Deus a estabeleceu no livro deGênesis e a reafirmou ao longo de todo o Antigo Testamento, a Aliança Abraâmica – que inclui a provisão da terra e todas as outras promessas – é infalível.

À medida que a sociedade ao nosso redor se deteriora eo lobby muçulmano se torna mais forte a cada dia, tanto

nos Estados Unidos quanto no Ocidente, o mundo – inclusive grande parte da “cristandade” – quer nos fazer

acreditar que o território no qual está situada a nação deIsrael é de quem dele se apoderar ou que ele pertence

aos árabes por direito.

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eles por bem o castigo da sua iniqüida-de, então, me lembrarei da minhaaliança com Jacó, e também da minhaaliança com Isaque, e também da mi-nha aliança com Abraão, e da terrame lembrarei” (Lv 26.41-42). Porquê? Porque Deus confiou aquelaterra ao povo de Israel “para todo osempre” (Dt 4.40).

A que espécie de Deus você ser-ve? Se foi enxertado na família da féatravés da Nova Aliança, você setornou um descendente espiritualde Abraão, não um descendentenatural. Se Deus não for fiel emcumprir as promessas que fez a Is-rael, como é que você pode estarcerto de que Ele será fiel em cum-prir as promessas que fez a você? Àsemelhança da Aliança Abraâmica,a Nova Aliança é incondicional.Não se baseia na sua ininterruptaobediência; baseia-se no amor leal

de Deus por você (Jo3.16; Rm 5.8). Feliz-mente para todos nós,“Deus não é homem, paraque minta; nem filho dehomem, para que se arre-penda. Porventura, tendoele prometido, não o fará?Ou, tendo falado, não ocumprirá?” (Nm 23.19).Por isso Ele “cumprirá”a Aliança Abraâmica, a“aliança que fez comAbraão e do juramentoque fez a Isaque; o qualconfirmou a Jacó por de-creto e a Israel, por alian-ça perpétua, dizendo:Dar-vos-ei a terra de Ca-naã como quinhão da vos-sa herança” (1 Cr 16.16-18; Sl 105.9-11).

Além disso, Ele tam-bém cumprirá a NovaAliança que fez com Is-rael, de livrar fisicamen-te a nação inteira e rege-nerá-la espiritualmente

num único dia (Zc 12.10; Rm11.26). Em seguida, Ele cumprirá aAliança Davídica ao fazer com queJesus, o Messias, o Filho de Davi,se assente no trono de Davi parareinar sobre todo o Reino Messiâni-co, primeiramente por mil anos e,então, para todo o sempre (2 Sm7.12,16; Is 9.7; Ap 20.4,6).

Não se deixe enganar por filoso-fias de homens que “interpretam”aquilo que Deusdiz de modo afazer com que osentido do quefoi dito porDeus seja com-p l e t a m e n t eoposto ao queestá escrito emSua Palavra.“Cuide paraque o mais im-

portante seja, de fato, o mais im-portante”. Israel e a Igreja não são amesma coisa. O amor incondicionaldo Deus todo-poderoso por ambos,Israel e a Igreja, é que continua aser o mesmo.

A passagem bíblica a seguir foiproferida e escrita pelo profeta Jere-mias ao povo judeu, os descenden-tes naturais de Abraão, Isaque e Ja-có. Se o Deus a quem você serve éonipotente, fiel e verdadeiro, talpassagem não pode se aplicar a ne-nhum outro que não seja exclusiva-mente o Israel nacional:

“Eis que eu os congregarei de todasas terras, para onde os lancei na mi-nha ira, no meu furor e na minhagrande indignação; tornarei a trazê-losa este lugar e farei que nele habitem se-guramente. Eles serão o meu povo, eeu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um sócoração e um só caminho, para que metemam todos os dias, para seu bem ebem de seus filhos. Farei com elesaliança eterna, segundo a qual nãodeixarei de lhes fazer o bem; e porei omeu temor no seu coração, para quenunca se apartem de mim. Alegrar-me-ei por causa deles e lhes farei bem;plantá-los-ei firmemente nesta terra, detodo o meu coração e de toda a minhaalma. Porque assim diz o SENHOR:Assim como fiz vir sobre este povo todoeste grande mal, assim lhes trarei todoo bem que lhes estou prometendo” (Jr32.37-42). (Israel My Glory)

Lorna Simcox é redatora-chefe de TheFriends of Israel.

1111Notícias de Israel, maio de 2008

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“Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus. Dar-lhes-ei um só coração e um só caminho, paraque me temam todos os dias, para seu bem e bemde seus filhos” (Jr 32.38-39).

Page 12: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

1122 Notícias de Israel, maio de 2008

Hermenêutica é a arte e ciênciada interpretação. Quando a maioriados leitores abre um jornal ou livropara ler, eles partem do pressupostode que o autor tem a intenção deque entendam o que ele diz naqueletexto. Os leitores instintivamentetambém assumem a postura de que,para entender aquilo que o autorestá dizendo, precisam utilizar umahermenêutica literal ou normal, asaber, eles devem interpretar o tex-to literalmente ou naturalmente, amenos que o contexto indique ou-tra coisa.

Na interpretação da Bíblia não édiferente. O objetivo é entenderaquilo que o autor humano queriadizer à medida que era movido peloEspírito Santo. Fazemos isso pelouso de uma hermenêutica literal(mesmo em passagens que envol-

vam profecias referentes ao fim dostempos), exceto quando o contextoindicar outra postura.

Infelizmente, grandes partes dasEscrituras, especialmente do AntigoTestamento, têm sido interpretadaspor teólogos da substituição (i.e.,adeptos da Teologia da Substitui-ção) os quais fazem uso daquilo quese denomina método alegórico deinterpretação. Tal método parte dopressuposto de que existe um senti-do das Escrituras mais profundo,mais espiritual ou místico, que vaialém da mera compreensão literal, eque esse sentido oculto só pode serdiscernido por aqueles que são ca-pazes de desvendar seus segredos.

Essa mentalidade predominaprincipalmente quando se trata deinterpretar passagens proféticas. Nométodo alegórico, ao invés de ser

interpretada literalmente, a profeciaé interpretada de modo figurado esimbólico.

Entretanto, o método alegóricoinduz a alguns erros graves:

1. Quanto às Duas Vindas de Cristo:Trata-se de um método herme-

neuticamente incoerente. Os teólo-gos adeptos da Teologia da Substi-tuição interpretam a Primeira Vindade Jesus de maneira literal, porém,interpretam figuradamente as profe-cias referentes à Sua Segunda Vinda.

2. Quanto a Israel:O método alegórico falha em

deixar claras as distinções bíblicasentre Israel e a Igreja. Apesar do

BRUCE SCOTT

Page 13: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

grande número de passagens bíbli-cas nas quais há evidências de queDeus preparou um futuro distintopara Israel, os teólogos adeptos daTeologia da Substituição ignoramtais passagens ou apresentam sub-terfúgios para as mesmas ou, ainda,aplicam-nas figuradamente à Igreja.

Eles são rápidos na aplicação dasbênçãos de Israel à Igreja, mas nãosão tão rápidos em aplicar as maldi-ções de Israel à Igreja.

Além do mais, se a Igreja é o“Israel espiritual” da atualidade,como alega a Teologia da Substitui-ção, quem, então, seriam atualmen-te os “espirituais” Edom, Moabe,Amom, Filístia, Egito e todas as ou-tras nações mencionadas no AntigoTestamento?

3. Quanto ao Caráter de Deus:O método alegórico também

suscita uma grave desconfiança

quanto à veracidade de Deus. SeDeus, no Antigo Testamento, pro-meteu a Israel um reino literal e ter-reno, mas, de fato, tinha em menteum reino figurado e imaterial, o queisso revela sobre o caráter de Deus?Será que Deus engana Seu povocom promessas literais para, então,responsabilizá-lo por não reconhe-cer que, na verdade, eram promes-sas figuradas?

Em contrapartida, quando umahermenêutica literal é aplicada demaneira coeren-te, obtém-seuma harmoniosac o m p r e e n s ã odas Escriturascomo um todo.As diferentes ad-ministrações dogoverno deDeus na terravêm à luz. Reve-lam-se os planosdistintos de

Deus para Israel e para a Igreja (is-so não quer dizer dois caminhos desalvação, mas sim um plano e pro-grama diferente). A revelação doNovo Testamento não redefine osconceitos do Antigo Testamento.

Além disso, uma enorme quanti-dade de textos bíblicos proféticosainda não cumpridos, principal-mente aqueles do Antigo Testa-mento, passa a ser tratada de mododevido e honesto. Os acontecimen-tos do fim dos tempos começam aser delineados e devidamente locali-zados no cronograma de Deus. Emais, o caráter de Deus, ao invés decair em descrédito, dá toda provade sua inculpabilidade. A glória deDeus é identificada como o alvo su-premo de toda a história.

Uma hermenêutica literal nãofaz com que as coisas sejam assim;ao contrário, tal hermenêutica sim-plesmente revela que as coisas são,de fato, assim.

Quando se usa coerentementeuma hermenêutica literal para en-tender as Escrituras Sagradas, o re-sultado é o Dispensacionalismo;quando, porém, não se usa umahermenêutica literal de maneiracoerente, o resultado é a Teologiada Substituição. (Israel My Glory)

Bruce Scott é coordenador de recrutamentode The Friends of Israel.

1133Notícias de Israel, maio de 2008

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Na interpretação da Bíblia, o objetivo é entender aquilo que o autor humano queriadizer à medida que era movido pelo Espírito Santo.

Page 14: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

Quem é o Servo do Senhorapresentado em Isaías 53?A resposta é difícil de en-

tender por causa do grande preçoque Deus pagou por nossa reden-ção. Alguns crêem que Isaías 53não se refere a uma pessoa real,mas à nação de Israel. Essa idéiaestá correta? Ou essa passagemdescreve o Deus Todo-Poderosoque veio a este mundo? Os versí-culos 6 a 9 nos dão a resposta:“Todos nós andávamos desgarradoscomo ovelhas; cada um se desviavapelo caminho, mas o SENHOR fez cairsobre ele a iniqüidade de nós todos”(Isaías 53.6).

Este Servo do Senhor deu a Suavida para nos salvar. Enquanto to-dos nós estávamos distantes dEle,Ele ofereceu Sua vida como um sa-crifício completo por transgressorese pecadores, revelando Seu grandeamor por nós: “Mas Deus prova oseu próprio amor para conosco pelo fa-to de ter Cristo (o Messias) morridopor nós, sendo nós ainda pecadores”(Rm 5.8).

O profeta enfatizou que este Ser-vo do Senhor carrega (toma sobre

Si) nossos pecados. Quem está qua-lificado a fazer tal coisa? Quem po-de perdoar nossos pecados e nosdeclarar justificados?

O próprio Isaías disse que ape-nas Deus pode limpar nossos peca-dos: “Eu, eu mesmo, sou o que apagoas tuas transgressões por amor de mime dos teus pecados não me lembro” (Is43.25). Deus disse, em Isaías44.22: “Desfaço as tuas transgressõescomo a névoa e os teus pecados, comoa nuvem; torna-te para mim, porqueeu te remi”.

Portanto, o Servo do Senhor sópode ser o próprio Deus. Se assimnão fosse, Ele não poderia perdoarnossos pecados.

As palavras “mas o SENHOR fezcair sobre ele”, reforçam a verdadede que há múltiplas entidades emum Deus. A palavra “ele” refere-seao Servo do Senhor, que obviamen-te é o Senhor mesmo. A pluralidadetambém aparece em Provérbios30.4, que se refere a Deus como Paie Filho: “Quem subiu ao céu e des-ceu? Quem encerrou os ventos nos seuspunhos? Quem amarrou as águas nasua roupa? Quem estabeleceu todas as

extremidades da terra? Qual é o seunome, e qual é o nome de seu filho, se éque o sabes?” (veja também o Salmo 2e Daniel 3.25).

O Sofrimento do ServoApenas uma pessoa na História

enquadrou-se na descrição do sofri-mento do Servo do Senhor apresen-tada em Isaías 53: Jesus Cristo. Eleé El Shaddai, que veio ao mundo naforma de homem para nos resgatardos nossos pecados (veja “UmDeus, Três Entidades”, na ediçãode maio da revista Chamada daMeia-Noite).

Isaías 53.7-9: “Ele foi oprimido ehumilhado, mas não abriu a boca; co-mo cordeiro foi levado ao matadouro;e, como ovelha muda perante os seustosquiadores, ele não abriu a boca. Porjuízo opressor foi arrebatado, e de sualinhagem, quem dela cogitou? Por-quanto foi cortado da terra dos viven-tes; por causa da transgressão do meupovo, foi ele ferido. Designaram-lhe asepultura com os perversos, mas com orico esteve na sua morte, posto que

1144 Notícias de Israel, maio de 2008

Page 15: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

nunca fez injustiça, nem dolo algum seachou em sua boca”.

Aqui o Servo do Senhor aceitatratamento injusto com humildadee sem objeção. Ele não luta ou serebela, mas faz o que Lhe foi orde-nado.

A palavra “oprimido” denota queEle foi ferido por opressores. Seusilêncio e sua obediência são com-parados ao cordeiro levado para oabate. O povo de Israel é descritocomo carente de um sacrifício porsuas transgressões: “Porquanto foicortado da terra dos viventes; por cau-sa da transgressão do meu povo, foi eleferido” (Is 53.8). Porém, o Servoque foi “ferido” por essas trangres-sões é descrito como sem injustiça(v. 9). Isaías apropriadamente O re-tratou como um cordeiro: o Cor-deiro da expiação, imaculado e per-feito, como um cordeiro para o sa-crifício. Assim era o Servo doSenhor.

Os israelitas sabiam que somen-te animais perfeitos podiam ser usa-dos para sacrifícios. Esses animaiseram apenas símbolo do sacrifíciofinal que um dia seria oferecido pe-los pecados da humanidade. Isaíasafirmou claramente que o Servo doSenhor é o real e eterno Sacrifício(confira Hb 9-10).

Por essa razão, João Batista cla-mou quando viu Jesus: “Eis o Cor-deiro de Deus, que tira o pecado domundo!” (Jo 1.29).

Alguns argumentam que Jesusreclamou e rebelou-se pedindo aDeus, o Pai, que passasse dEle “estecálice” (Mt 26.39), mas não é as-sim. Jesus Cristo, o Filho de Deus,conhecia a pureza e a santidade, esabia bem a dor que Lhe estava re-servada. Ele sabia do resultado damaldição do pecado que estava paratomar sobre Si.

Quando pediu a Deus para pas-sar dEle o cálice, Ele realmente per-

guntou se havia outra forma de re-dimir a humanidade. A intenção deJesus não era abandonar a humani-dade a Satanás e não lamentou tervindo para redimi-la. Ele simples-mente queria evitar a separação deDeus, o Pai, mesmo que fosse porum momento: “Deus meu, Deusmeu, por que me desamparaste?” (Sl22.1; Mc 15.34).

Entretanto, Ele sabia que nãohavia outro caminho. Não havia so-lução além do derramamento dosangue puro e expiatório do Servodo Senhor – Jesus Cristo, o Filho deDeus e o Servo sofredor de Isaías53. (Israel My Glory) – continua

Meno Kalisher é pastor da “Assembléia deJerusalém – Casa da Redenção” em Jerusa-lém. Ele tem falado em convenções e eventosevangélicos em Israel e em outros países eserá um dos palestrantes em nosso 10º Con-gresso Internacional Sobre a Palavra Pro-fética em Águas de Lindóia/SP (22 a25/10/2008). Seu pai, Zvi, é sobrevivente doHolocausto nazista.

1155Notícias de Israel, maio de 2008

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Isaías apropriadamente retratou o Servo do Senhor como um cordeiro: o Cordeiroda expiação, imaculado e perfeito, como um cordeiro para o sacrifício.

Assim era o Servo do Senhor.

Page 16: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

O instituto de pesquisas israe-lense “Geocartographic” publicourecentemente o resultado de umapesquisa de opinião realizada en-tre turistas em visita a Israel.

A pesquisa foi realizada no primei-ro semestre de 2007. Nessa época onúmero de turistas estrangeiros recémcomeçava a crescer, após a queda emrazão da guerra do Líbano (2006). Nofinal, o ano de 2007 registrou um re-corde de visitantes. Conforme o resulta-do das pesquisas de opinião, os turis-tas gostaram mais dos lugares históri-cos. Numa escala entre 1 e 5 pontos,estes alcançaram nota 4,5. A seguran-ça no país também recebeu dos turistasa observação “muito satisfeito”, ex-

pressa com 4,3 pontos.As atrações da paisa-gem de Israel, comoparques, reservas natu-rais ou paisagens obti-veram 4,2 pontos, ouseja, igualmente uma

nota muito positiva.Os restaurantes fi-caram no lugar se-guinte, com 4,07pontos, seguidos deperto pelo sistemade rodovias com4,0 pontos. (AN)

É um fato queos turistas estãomuito segurosem Israel. Jamaisum ônibus turís-tico sofreu algumataque terrorista,o que certamenteé um milagre di-vino. Gostaría-

mos de convidar os leitores: leiamnas próximas edições os relatossobre a visita dos grupos da Beth-Shalom a Israel e preparem-se pa-ra participar no próximo ano. Is-rael busca amigos verdadeiros!(Conno Malgo)

1166 Notícias de Israel, maio de 2008

Turistas satisfeitos em Israel

“Israel é seguro”

Jamais um ônibus turístico sofreu algum ataque terrorista, o que certamente é um milagre divino.

Na foto: turistas em Israel.

Muitos israelenses não aceitamadquirir passagens de empresas aé-reas estrangeiras. Por razões de se-gurança, eles sentem-se mais tran-qüilos voando com sua companhiaaérea nacional. E não apenas os is-raelenses são dessa opinião...

EL AL significa “para cima”. A ex-pressão hebraica está documentada na

Bíblia em Oséias 11.7. A empresa (e oEstado) celebram neste mês seus 60anos de existência. A partir do aeropor-to Ben Gurion em Tel Aviv, a EL AL rea-liza vôos para 42 destinos diferentes emmuitas partes do mundo. No final de2007 ela operava 35 aviões de passa-geiros e de carga (exclusivamenteBoeing). Mesmo que a EL AL tenha sido

repetidamente o alvo do terrorismo ára-be, a companhia aérea desfruta de óti-mo conceito no que diz respeito à segu-rança de vôo. Devido à constanteameaça, a EL AL é conhecida por seuscontroles rígidos de pessoas e baga-gens. Cada vôo é acompanhado por“Sky-Marshals” armados. Alguns aviõesestão equipados com sistemas anti-mís-seis. Além disso, as chapas do assoalhoentre o setor de passageiros e o com-partimento de carga são especialmentereforçadas, para que a aeronave consi-ga aterrissar mesmo que haja a explo-são de uma bomba no compartimentode bagagens. Os leitores da revista Glo-bal Traveler elegeram a EL AL como aempresa aérea mais segura do mundo.Como noticiou a mídia israelense, o ge-rente administrativo da EL AL para a

EL AL – eleita acompanhia aérea maissegura do mundo

Sucesso israelense nos ares

Page 17: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

América do Norte e Central recebeu adistinção em Nova York. (AN)

Não admira que a EL AL te-nha sido coroada a empresa aé-

rea mais segura do mundo. Essacompanhia também é uma daspoucas que ajudaram a cumprira Palavra Profética – pois a ELAL trouxe para casa muitos ju-deus, seja da Rússia, do Iêmen,da Etiópia ou de outras nações.Certamente Isaías 60.8-9 é apli-cável especialmente neste sentido:“Quem são estes que vêmvoando como nuvens e comopombas, ao seu pombal? Cer-tamente, as terras do mar meaguardarão; virão primeiro osnavios de Társis para traze-rem teus filhos de longe...”Sempre que possível, os gruposda Beth-Shalom voam com a ELAL. E quem voa com a EL ALapóia Israel. (Conno Malgo)

1177Notícias de Israel, maio de 2008

Horizonte

“Quem são estes que vêm voando como nuvens e como pombas, ao seu pombal? Certamente, as terras do mar me aguardarão; virão primeiro os navios de Társis para trazerem teus filhos de longe...” (Is 60.8-9).

No dia após a declaração da inde-pendência do Estado de Israel por BenGurion, quando começou a Guerra daIndependência, esse país viu-se frentea frente com uma gigantesca suprema-cia militar, tendo de lutar contra cincoexércitos árabes. Israel contava comparcos 700.000 habitantes judeus. Sepensarmos que antes da “proclama-ção” do Estado judeu por TheodorHerzl, somente algumas dezenas demilhares de judeus compunham o “an-tigo Yishuv” (a comunidade judaica naentão Palestina, antes do estabeleci-mento do Estado de Israel), esse cres-

cimento da popula-ção, através dasduas ondas migra-tórias de 1882 e

1947, é uma história incomum e semprecedentes.

Com a fundação do Estado, foramsuspensas as barreiras dos mandatá-rios britânicos à imigração. Finalmenteos judeus podiam vir a Israel sem en-traves. Entre 31 de maio e 31 de de-zembro de 1948, 100.000 judeuschegaram a Israel. Esse número recor-de foi sobrepujado logo no ano se-guinte, pois em 1949 um total de239.000 judeus chegaram de volta à

O desenvolvimentopopulacional de Israel

60 anos de Israel – uma retrospectiva

O Estado de Israel tinha menos de 700.000 cidadãos quando foi fundado em maio de1948. Hoje vivem em Israel mais de sete milhões de habitantes, dos quais cerca de5,4 milhões são judeus. Vejamos um breve retrospecto do crescimento populacionaldesse jovem país.

Com a fundação do Estado, foram

suspensas as barreirasdos mandatários britâ-nicos à imigração. Na

foto: jovens judeus nascolinas da Judéia.

Page 18: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

sua pátria. Em meses de pico, seu nú-mero chegava a 30.000 pessoas. Emdezembro de 1949, o Estado judeucelebrou a festa do “milhão”. No finalde 2007, Israel contava com 7,2 mi-lhões de habitantes, dos quais 5,4 mi-lhões são judeus. Ao todo, desde afundação do Estado, Israel recebeu4,7 milhões de novos imigrantes.

Imediatamente após a fundação doEstado, os sobreviventes do Holocaus-to acorreram em massa a Israel. Nasdécadas de 1950 e 1960 foram os ju-deus nos países árabes que temiampelas suas vidas. Esses judeus sefara-ditas (orientais) vieram principalmentedo Norte da África, do Iêmen, do Irã,do Iraque, etc. Décadas mais tarde, ju-deus de outras partes do mundo, bemcomo da África do Sul, sentiram-sechamados a Israel. Com a queda daCortina de Ferro no ano de 1989, teveinício uma das maiores ondas de imi-gração. Desde então, quase um mi-lhão de judeus entraram em Israel vin-dos dos países da ex-União Soviética.No mesmo período também foi levada

a cabo a salvação da comunidade ju-daica que vivia na Etiópia (através dasespetaculares pontes-aéreas “Opera-ção Moisés” em 1984 e “OperaçãoSalomão” em 1991).

Em Israel são faladas diversas lín-guas, pois em toda família existe pelomenos uma pessoa que não nasceu nopaís. Entre a população judaico-israe-lense, 26% têm pelo menos um dospais nascido em Israel, 37% são israe-lenses de primeira geração, 27% sãoimigrantes vindos do Ocidente e 42%são oriundos da Ásia ou da África,principalmente dos países árabes. Emnúmeros: em 2006, dos 5 milhões decidadãos israelenses, 1,67 milhõeseram judeus que não nasceram nopaís. Da Ásia (Turquia, Iraque, Iêmen,Irã, Índia e Paquistão) vieram209.300 imigrantes ; 306.100 eramda África (Marrocos, Argélia, Tunísia,Líbia e Etiópia); 705.100 procediamdos países da ex-União Soviética;308.500 vieram da Europa; 81.500eram da América do Norte e 59.800procediam da América Latina. (AN)

Relatos desse tipo são um for-talecimento para nossa fé, poisconfirmam a absoluta confiabili-dade da Palavra de Deus. Emmuitas passagens da Bíblia le-mos que Deus vai trazer Seu po-vo de volta para Eretz Israel (aTerra de Israel – veja, por exem-plo, Ezequiel 36.24). Em 1948eram 700.000 judeus no país;hoje já são 5,4 milhões. Isso re-presenta um crescimento demais de 700%! A Bíblia é ver-dadeira! Uma das principais ra-zões de Israel ser tão odiado pe-lo mundo é que se trata de umaprova da veracidade da Bíblia.E o mundo, que em sua maio-ria rejeita a Sagrada Escritura,jamais poderia tornar-se amigode um Estado judeu. Isso expli-ca porque um dia todas as na-ções se voltarão contra Israel, oque está predito em Zacarias 12e 14. O Senhor, então, interfe-rirá em favor de Israel. (ConnoMalgo).

1188 Notícias de Israel, maio de 2008

Horizonte

“Retornamos ao Mediterrâneo paraiçar a bandeira russa”, anunciou noinício de 2008 o ministro da Defesarusso, Anatoli Serdjukow. A presençarussa na região mediterrânea serácomposta por 11 navios, incluindo umporta-aviões com 47 aviões de guerra.

Conforme dados de Moscou, incial-mente a Marinha russa fará manobrasno Mediterrâneo. Em seguida, o porta-

aviões deverá ser retirado da região,enquanto os outros navios permanece-rão na área. Isso acontece por ordensdo comandante da Marinha de Guerrarussa, almirante Wladimir Massorin,que por diversas vezes já se manifesta-ra em público por uma “desejável pre-sença russa no Mediterrâneo”.

Os portos que receberão os na-vios russos serão, como nos tempos

A Marinha russa volta aomar Mediterrâneo

Potencial palco de conflito internacional?

Após 16 anos a Marinha russa está novamente presente no mar Mediterrâneo. Isso é motivo de preocupação.

Navio de treinamento russo.

Page 19: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

da Guerra Fria, as cidades portuá-rias sírias de Latakia e Tartus. Essessão os únicos portos a abrigarem na-vios russos fora de seu próprio terri-tório. Um acordo nesse sentido já foiassinado em 2006 entre a Rússia ea Síria.

Em imagens de satélite pode-se vernitidamente os trabalhos de reformaque estão sendo executados no portode Latakia. Ali encontrava-se a “Base720”, que foi abandonada em 1991por conta do desmoronamento da ex-União Soviética. Em Tartus também jáse observam preparativos da recons-trução, e executa-se principalmente oaprofundamento do calado do canalde navegação.

A renovada presença russa no Me-diterrâneo tem significado decisivo noequilíbrio estratégico da região. Elainibe a liberdade de movimento tantoda Marinha quanto da Aeronáutica deIsrael.

Especialistas mili-tares e do serviçosecreto israelenseassinalam que apresença russa noMediterrâneo repre-senta a continuida-de de um processoque já começou háalgum tempo. Delonga data, centenasde conselheiros mili-tares russos perma-necem na Síria. Elesassessoram o exér-cito sírio, mas tam-bém estão ocupadoscom a instalação de novos sistemasbélicos. Trata-se, principalmente, desistemas de controle que permitemum monitoramento mais seguro doespaço aéreo sírio. Israel está ven-do nisso um paralelo com o perío-do entre a Guerra dos Seis Dias

(1967) e a Guerra do Yom Kippur(1973). Naquela época também es-tavam presentes na Síria inúmerosassessores militares soviéticos, quedesempenhavam diversas tarefas napreparação do país para futuros con-frontos militares.

Até agora as fontes oficiais de Is-rael ainda não se manifestaram arespeito desse desenvolvimento. Po-rém, analistas militares deixaramtransparecer que a presença russana Síria é causa de grande preocu-pação para o exército israelense epara os políticos responsáveis. (ZviLidar)

Será que Gogue de Magogueestá se manifestando perto dacosta israelense? Muitos vêemGogue e Magogue (veja Eze-quiel 38 e 39) como sendo aatual Rússia. Se for mesmo as-sim, a notícia acima adquire for-ça bíblico-profética. Mesmoque, atualmente, a Rússia man-tenha relações diplomáticas comIsrael, esse país, especialmenteno tempo da União Soviética,não era um grande amigo dosjudeus. A atual Rússia apóia oIrã e lhe fornece material ra-dioativo para suas usinas atômi-cas. Esse fato fala por si mes-mo. (Conno Malgo)

1199Notícias de Israel, maio de 2008

Horizonte

Navio russo no Mediterrâneo.

Os portos que receberão os navios russos serão, como nos tempos da Guerra Fria, as cidades portuárias sírias de Latakia e Tartus. Na foto: Latakia e o porto.

Page 20: Revista Noticias de Israel - Maio de 2008

Em Beverly Hills podem ser vistoscom freqüência os astros acompanha-dos de guarda-costas israelenses. Al-guns desses guarda-costas também jáusufruem do status de celebridades.Outros ex-soldados das tropas de eliteprocuram manter-se anônimos.

Mas, por que justamente guarda-cos-tas israelenses são tão procurados, prin-cipalmente pelos astros de Hollywood?

Segundo a opinião de um especia-lista israelense que trabalha nos Esta-dos Unidos, identificado apenas como“Josh”, o que diferencia os guarda-costas israelenses é um misto de discri-

ção, formação profissio-nal e experiência. Joshserviu até 2006 ao exér-cito israelense e atual-mente trabalha como es-pecialista em segurançana região de Washing-ton, D.C. “O exército is-raelense goza de famamundial com suas reali-zações militares. Igual-mente importante naárea da segurança é adiscrição, bem como a

correta avaliação e o manejo de infor-mações”, diz ele.

“Justamente quando se trata dediscrição, os guarda-costas israelensestêm excelente fama. No passado, fre-qüentemente vazaram para o públicoinformações sobre a vida particular decelebridades, porque os guarda-costasnão conseguiam calar sua boca. Isso éconsiderado altamente não-profissio-nal, mas volta e meia acontece. Os as-tros nos Estados Unidos têm feito exce-lentes experiências com forças de se-gurança israelenses. Essa fama seespalha”.

Experiências ativas em combate eem situações de risco concedem aosisraelenses seu bom nome como guar-da-costas. Soldados israelenses sãotreinados não apenas a estarem cons-tantemente atentos mas sempre umpasso à frente. Isso lhes proporcionauma grande vantagem e também de-sempenha papel importante na horade proteger os astros e estrelas. Umguarda-costas precisa saber avaliarquando alguém que se aproxima éapenas um fã inofensivo caçando au-tógrafos. Também precisa demonstrarmuito tato com o humor de seu prote-gido.

Emil Fisher, que dirige uma em-presa de segurança na Virginia, es-pecializou-se em serviço de guarda-costas para celebridades em turnêspelo mundo. “Tenho contrato com mui-tos ex-soldados israelenses. Eles sãosimplesmente a elite na hora de man-ter os olhos e ouvidos atentos e com-binar informações”. Elijah Shaw, do-no de uma firma de segurança emMinnesota, formula sua opinião daseguinte forma: “Já que os israelen-ses estão acostumados com o confli-to constante, ficam sempre alertas.Eles, por assim dizer, nunca desligam.Em meu serviço para estrelas mun-diais como Naomi Campbell e Mi-chael Bolton, isso é de valor inesti-mável”.

Muitos dos guarda-costas israelen-ses não fazem diferença quanto aoque protegem. “Tanto faz protegeruma personalidade famosa ou seupróprio país. Quando um fã persegueuma celebridade, isso é terrorismo”,declarou numa entrevista o especialis-ta em anti-terrorismo Aaron Cohen.“No combate ao terrorismo é sempreimportante saber com quem se está li-dando. Então, adquire-se uma idéiado que eventualmente nos espera, epodemos tomar medidas preventivas.Por isso, a elite de Hollywood tem àsua disposição um comando israelen-se”. (AN)

2200 Notícias de Israel, maio de 2008

Horizonte

A arma secreta das estrelas

Guarda-costas israelenses

Guarda-costas israelenses gozam de fama mundial. Em sua maioria, eles foram soldados das tropas de elite do exército israelense. Suas vantagens foramdescobertas pelas celebridades norte-americanas.

Os israelenses estão acostumados ao conflito constante, por isso estão sempre em prontidão. Eles jamais desligam.