Revista Oficina de Textos

30
03 Oficina de Textos Oficina de Textos Editorial A A Revista Oficina de Texto, é uma produção acadêmica feita pe- Revista Oficina de Texto, é uma produção acadêmica feita pe- los alunos dos cursos de Ciências da Matemática e Física, da los alunos dos cursos de Ciências da Matemática e Física, da Universidade Estadual Vale do Acaraú, para a disciplina de Universidade Estadual Vale do Acaraú, para a disciplina de Português que é lecionada pela Professora Claude Berthe Bloch de C. e Silva. Português que é lecionada pela Professora Claude Berthe Bloch de C. e Silva. Assim que recebemos a missão de produzir este trabalho procuramos Assim que recebemos a missão de produzir este trabalho procuramos focar tudo que foi aprendido e discutido em sala de aula, todavia que o conte- focar tudo que foi aprendido e discutido em sala de aula, todavia que o conte- údo presente nesta revista é o mesmo, se não ainda será, apresentados a nós durante o período letivo. A partir daí surgiu o nome durante o período letivo. A partir daí surgiu o nome Oficina de Textos Oficina de Textos , que na- , que na- da mais é do que um local para aprender e aprimorar o conhecimento, neste da mais é do que um local para aprender e aprimorar o conhecimento, neste caso sobre produção textual. caso sobre produção textual. Nossa Revista procura elencar as características presente em dez tipos Nossa Revista procura elencar as características presente em dez tipos de produção textual são eles: de produção textual são eles: Resumo, Resenha, Ensaio, Textos Jornalísticos, Resumo, Resenha, Ensaio, Textos Jornalísticos, Textos Publicitários, Conto, Crônica, Artigo Científico, Redação Oficial e Intertex- Textos Publicitários, Conto, Crônica, Artigo Científico, Redação Oficial e Intertex- tualidade através de Paródia tualidade através de Paródia. A equipe da Revista Oficina de Textos espera que vocês leitores possam A equipe da Revista Oficina de Textos espera que vocês leitores possam ter uma boa leitura e principalmente uma ótima absorção do conteúdo aqui ter uma boa leitura e principalmente uma ótima absorção do conteúdo aqui explanado. explanado. Equipe de Edição

description

Revista sobre Produção textual

Transcript of Revista Oficina de Textos

Page 1: Revista Oficina de Textos

03

Oficina de TextosOficina de Textos

Editorial

AA Revista Oficina de Texto, é uma produção acadêmica feita pe-Revista Oficina de Texto, é uma produção acadêmica feita pe-

los alunos dos cursos de Ciências da Matemática e Física, da los alunos dos cursos de Ciências da Matemática e Física, da

Universidade Estadual Vale do Acaraú, para a disciplina de Universidade Estadual Vale do Acaraú, para a disciplina de

Português que é lecionada pela Professora Claude Berthe Bloch de C. e Silva.Português que é lecionada pela Professora Claude Berthe Bloch de C. e Silva.

Assim que recebemos a missão de produzir este trabalho procuramos Assim que recebemos a missão de produzir este trabalho procuramos

focar tudo que foi aprendido e discutido em sala de aula, todavia que o conte-focar tudo que foi aprendido e discutido em sala de aula, todavia que o conte-

úúddoo pprreesseennttee nneessttaa rreevviissttaa éé oo mmeessmmoo,, ssee nnããoo aaiinnddaa sseerráá,, aapprreesseennttaaddooss aa nnóóss

durante o período letivo. A partir daí surgiu o nome durante o período letivo. A partir daí surgiu o nome Oficina de TextosOficina de Textos, que na-, que na-

da mais é do que um local para aprender e aprimorar o conhecimento, neste da mais é do que um local para aprender e aprimorar o conhecimento, neste

caso sobre produção textual.caso sobre produção textual.

Nossa Revista procura elencar as características presente em dez tipos Nossa Revista procura elencar as características presente em dez tipos

de produção textual são eles: de produção textual são eles: Resumo, Resenha, Ensaio, Textos Jornalísticos, Resumo, Resenha, Ensaio, Textos Jornalísticos,

Textos Publicitários, Conto, Crônica, Artigo Científico, Redação Oficial e Intertex-Textos Publicitários, Conto, Crônica, Artigo Científico, Redação Oficial e Intertex-

tualidade através de Paródiatualidade através de Paródia..

A equipe da Revista Oficina de Textos espera que vocês leitores possam A equipe da Revista Oficina de Textos espera que vocês leitores possam

ter uma boa leitura e principalmente uma ótima absorção do conteúdo aqui ter uma boa leitura e principalmente uma ótima absorção do conteúdo aqui

explanado.explanado.

Equipe de Edição

Page 2: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

04

Oficina de TextosOficina de Textos

Índice

Resumo ........................................................ 05

Resenha ....................................................... 07

Ensaio ........................................................... 10

Conto ............................................................ 12

Crônica ...........................................................14

Artigo Científico ........................................... 17

Redação Oficial ............................................. 21

Paródia ......................................................... 22

Texto Publicitário ......................................... 24

Texto Jornalístico ........................................ 28

Page 3: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

ResumoResumo

RR esumo é a concentração de idéias sem quebra de sem quebras de sentido, esumo é a concentração de idéias sem quebra de sem quebras de sentido,

obedecendo ao fio lógico de um texto, em outro menor. O resumo facilita obedecendo ao fio lógico de um texto, em outro menor. O resumo facilita

o trabalho de captar, analisar, fixar e integrar o que se está estudando. o trabalho de captar, analisar, fixar e integrar o que se está estudando.

Com ele se formam parágrafos com sentido completo que condensa a apresentação da o-Com ele se formam parágrafos com sentido completo que condensa a apresentação da o-

bra.bra.

Devemos apresentáDevemos apresentá--lo numa estrutura orgânica capaz de revelar o plano lógico da lo numa estrutura orgânica capaz de revelar o plano lógico da

redação que é: redação que é: introdução, desenvolvimento e conclusãointrodução, desenvolvimento e conclusão; deixar em destaque os conceitos ; deixar em destaque os conceitos

fundamentais do texto; ter um cunho pessoal que permite mostrar a assimilação individual; fundamentais do texto; ter um cunho pessoal que permite mostrar a assimilação individual;

e ser fiel as idéias do autor.e ser fiel as idéias do autor.

Tipos de ResumoTipos de Resumo

Recensão: Recensão: Exposição em síntese, das principais idéias do texto;Exposição em síntese, das principais idéias do texto;

Sinopse: Sinopse: Apresentação concisa que acompanha o texto, elaborada pelo próprio autor ;Apresentação concisa que acompanha o texto, elaborada pelo próprio autor ;

Resumo (Abstract): Resumo (Abstract): Destituído de crítica é uma síntese das idéias principais do texto;Destituído de crítica é uma síntese das idéias principais do texto;

Sumário: Sumário: Enumeração mais detalhada das principais partes e seções da obra;Enumeração mais detalhada das principais partes e seções da obra;

Resenha: Resenha: Breve comentário sobre a obra e avaliação da mesma.Breve comentário sobre a obra e avaliação da mesma.

Como resumir um texto?Como resumir um texto?

Primeiro devemos lêPrimeiro devemos lê--lo até que consigamos ter uma breve compreensão de sua lo até que consigamos ter uma breve compreensão de sua

essência, a partir daí hierarquizar as idéias que se destacaram nos títulos, subtítulos e essência, a partir daí hierarquizar as idéias que se destacaram nos títulos, subtítulos e

dentro do próprio texto que são conhecidas como dentro do próprio texto que são conhecidas como palavras chavespalavras chaves. Em seguida, se qui-. Em seguida, se qui-

ser você pode criar um sistema de códigos, setas, desenhos e/ou um diagrama. O resu-ser você pode criar um sistema de códigos, setas, desenhos e/ou um diagrama. O resu-

mo poderá ser produzido com base no esquema elaborado, como se estivéssemos es-mo poderá ser produzido com base no esquema elaborado, como se estivéssemos es-

crevendo o que o esquema representa e/ou destaca. Após compreensão e précrevendo o que o esquema representa e/ou destaca. Após compreensão e pré--

organização realizada é hora de utilizar da maneira escolhida, e aplicáorganização realizada é hora de utilizar da maneira escolhida, e aplicá--la sempre tendo la sempre tendo

coesão e coerência com o texto original e principalmente com as idéias do autor, coesão e coerência com o texto original e principalmente com as idéias do autor, se-se-

guindo esse método você estará fazendo um ótimo resumo e obterá dele toda guindo esse método você estará fazendo um ótimo resumo e obterá dele toda

sua essência do texto original, mesmo em tamanho menor.sua essência do texto original, mesmo em tamanho menor.

05

Por Fabiana de Brito

Page 4: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

Exemplo de ResumoExemplo de Resumo

Capa de DVD do filme: “Coisas que perdemos pelo Caminho”Capa de DVD do filme: “Coisas que perdemos pelo Caminho”

Um trailer, um slide de fotos, uma capa de DVD (Um trailer, um slide de fotos, uma capa de DVD (foto acimafoto acima), são um dos inúme-), são um dos inúme-

ros exemplos de resumo. ros exemplos de resumo.

Gênero TextualGênero Textual

O gênero Textual é descritivo, ao dispor os principais fatos do filmeO gênero Textual é descritivo, ao dispor os principais fatos do filme

06

Page 5: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

ResenhaResenha

RR esenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objetivo, enu-esenhar significa fazer uma relação das propriedades de um objetivo, enu-

merar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstân-merar cuidadosamente seus aspectos relevantes, descrever as circunstân-

cias que o envolvem. O objeto resenhado pode ser um acontecimento cias que o envolvem. O objeto resenhado pode ser um acontecimento

qualquer da realidade (um jogo de futebol, uma comemoração solene, uma feira de livro) qualquer da realidade (um jogo de futebol, uma comemoração solene, uma feira de livro)

de textos e obras culturais (um romance, uma peça de teatro, um filme).de textos e obras culturais (um romance, uma peça de teatro, um filme).

A resenha, como qualquer modalidade de discurso descritivo, nunca pode ser com-A resenha, como qualquer modalidade de discurso descritivo, nunca pode ser com-

pleta e exaustiva, já que são infinitas as propriedades e circunstâncias que envolvem o obje-pleta e exaustiva, já que são infinitas as propriedades e circunstâncias que envolvem o obje-

to descrito. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos perti-to descrito. O resenhador deve proceder seletivamente, filtrando apenas os aspectos perti-

nentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previa-nentes do objeto, isto é, apenas aquilo que é funcional em vista de uma intenção previa-

mente definida. A importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a mente definida. A importância do que se vai relatar numa resenha depende da finalidade a

que ela se presta. que ela se presta.

A resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreci-A resenha pode ser puramente descritiva, isto é, sem nenhum julgamento ou apreci-

aaççããoo ddoo rreesseennhhaaddoorr,,oouu ccrrííttiiccaa,, ppoonnttuuaaddaa aapprreecciiaaççõõeess,, nnoottaass ee ccoorrrreellaaççõõeess eessttaabbeelleecciiddaass ppe-e-

lo juízo crítico de quem a elabore.lo juízo crítico de quem a elabore.

Estrutura da resenha descritivaEstrutura da resenha descritiva

aa. uma parte descritiva em que dão informações sobre o texto:. uma parte descritiva em que dão informações sobre o texto:

nome do autor (ou autores)nome do autor (ou autores)

título completo e exato da obra (ou artigo)título completo e exato da obra (ou artigo)

nome da obra e, se for o caso, da coleção de que faz parte da obranome da obra e, se for o caso, da coleção de que faz parte da obra

lugar e data de publicação, número de volumes e páginaslugar e data de publicação, número de volumes e páginas

PodePode--se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão de capí-se fazer, nessa parte, uma descrição sumária da estrutura da obra (divisão de capí-

tulos, índices, etc.). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua tulos, índices, etc.). No caso de uma obra estrangeira, é útil informar também a língua

da versão original e o nome do tradutor (quando se tratar de tradução).da versão original e o nome do tradutor (quando se tratar de tradução).

b. uma parte com ob. uma parte com o resumoresumo do conteúdo da obra:do conteúdo da obra:

indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de indicação sucinta do assunto global da obra (assunto tratado) e do ponto de

vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom, etc.).vista adotado pelo autor (perspectiva teórica, gênero, método, tom, etc.).

resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano ge-resumo que apresenta os pontos essenciais do texto e seu plano ge-

ral.ral. 07

Por Maria Magalhães

Page 6: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

Na resenha crítica, além dos elementos já mencionados, entram em destaque mais Na resenha crítica, além dos elementos já mencionados, entram em destaque mais

alguns elementos veja:alguns elementos veja:

Estrutura da Resenha CríticaEstrutura da Resenha Crítica

1. 1. Referência BibliográficaReferência Bibliográfica

Autor(es) Título (subtítulo) Imprensa (local da edição, editora, data)Autor(es) Título (subtítulo) Imprensa (local da edição, editora, data)

2. 2. Credenciais do AutorCredenciais do Autor

Informações gerais sobre o autor Quando? Por quê? Onde?Informações gerais sobre o autor Quando? Por quê? Onde?

3. 3. ConhecimentoConhecimento

Resumo detalhado das ideias principais De que trata a obra? O que diz? Possui alguma Resumo detalhado das ideias principais De que trata a obra? O que diz? Possui alguma

característica especial? Exige conhecimentos prévios para entendêcaracterística especial? Exige conhecimentos prévios para entendê--lo?lo?

4. a) Julgamento da obra: Como se situa o autor em relação: 4. a) Julgamento da obra: Como se situa o autor em relação: -- às escolas ou correntes às escolas ou correntes

doutrinárias?doutrinárias?

b) Mérito da obra: Qual a contribuição dada?b) Mérito da obra: Qual a contribuição dada?

c) Estilo: Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente? Linguagem correta? Ou o c) Estilo: Conciso, objetivo, simples? Claro, preciso, coerente? Linguagem correta? Ou o

contrário?contrário?

d) Forma: Lógica, sistematizada.d) Forma: Lógica, sistematizada.

Exemplo de ResenhaExemplo de Resenha

Memória Memória –– rica lembranças de um precioso modo de vidarica lembranças de um precioso modo de vida

“O diário de uma garota (Record, Maria Julieta Drummond de Andrade) u texto que “O diário de uma garota (Record, Maria Julieta Drummond de Andrade) u texto que

comove de tão bonito. Nele o leitor encontra o registro amoroso e miúdos dos peque-comove de tão bonito. Nele o leitor encontra o registro amoroso e miúdos dos peque-

nos nadas que preencheram os dias de uma adolescente em férias, no verão antigo de nos nadas que preencheram os dias de uma adolescente em férias, no verão antigo de

41 para 42. Acabamos os exames, Maria Julieta começa seu diário, anota em um cader-41 para 42. Acabamos os exames, Maria Julieta começa seu diário, anota em um cader-

no de capa dura que ela ganha já usado até a página 49. É a partir daí que o espaço é no de capa dura que ela ganha já usado até a página 49. É a partir daí que o espaço é

todo da menina, que se propõe a registra nele os principais acontecimentos desta fé-todo da menina, que se propõe a registra nele os principais acontecimentos desta fé-

rias para mais tarde recordar coisas já esquecidas.rias para mais tarde recordar coisas já esquecidas.

O resultado final dá conta plena de recado e ultrapassa em muito a proclamada O resultado final dá conta plena de recado e ultrapassa em muito a proclamada

modéstia do texto, ao ser conhecida, tinha como destinatária única a mãe da autora, a modéstia do texto, ao ser conhecida, tinha como destinatária única a mãe da autora, a

quem o caderno deveria ser entregue quando acabado.quem o caderno deveria ser entregue quando acabado.

E quais foram os afazeres de Maria Julieta naquele longínquo verão? Foram mui-E quais foram os afazeres de Maria Julieta naquele longínquo verão? Foram mui-

to, pontilhados de muita comilança e de muita leitura: cinema, doceto, pontilhados de muita comilança e de muita leitura: cinema, doce--dede--leite e novena, leite e novena,

o Ticoo Tico--Tico (revista em quadrinhos), doce de banana, teatrinho, visita, picolés, missa, Tico (revista em quadrinhos), doce de banana, teatrinho, visita, picolés, missa,

rosca, cinema de novo, sapatos novos de camurça branca, o Cruzeiro, bemrosca, cinema de novo, sapatos novos de camurça branca, o Cruzeiro, bem--

casados, romances franceses, comunhão, recorte de gravuras, espiar casa-casados, romances franceses, comunhão, recorte de gravuras, espiar casa-

mentos, bolinho de legumes, festa de aniversário, Missa do Galo, carta para mentos, bolinho de legumes, festa de aniversário, Missa do Galo, carta para

a família, dora família, dor--dede--barriga, desenho de aquarela, míngua, indigestão... barriga, desenho de aquarela, míngua, indigestão... 08

Page 7: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

Tudo parecia pouco para encher os dias de uma garota carioca em férias minei-Tudo parecia pouco para encher os dias de uma garota carioca em férias minei-

ras, das quais regressa sozinha, de avião. Tantas e tão preciosas evocações resgatam ras, das quais regressa sozinha, de avião. Tantas e tão preciosas evocações resgatam

do esquecimento um modo de vida que é hoje apenas um dolorido retrato na parede. do esquecimento um modo de vida que é hoje apenas um dolorido retrato na parede.

Retrato, entretanto, que, graças à arte de Julieta, escapa da moldura, ganha movimen-Retrato, entretanto, que, graças à arte de Julieta, escapa da moldura, ganha movimen-

tos, cheiros, risos e vida.... O livro, no entanto, guarda ainda outras riquezas: por exem-tos, cheiros, risos e vida.... O livro, no entanto, guarda ainda outras riquezas: por exem-

plo, o tom autêntico de sua linguagem, que, se, como prometeu sua autora, evita as plo, o tom autêntico de sua linguagem, que, se, como prometeu sua autora, evita as

pompas, guarda, não obstante, o sotaque antigo do tempo em que os adolescentes pompas, guarda, não obstante, o sotaque antigo do tempo em que os adolescentes

que faziam diários dominavam os pronomes cujo/a/os//as, conheciam a impessoalidade que faziam diários dominavam os pronomes cujo/a/os//as, conheciam a impessoalidade

do verbo haver no sentido de existir em[...]do verbo haver no sentido de existir em[...]

Resenha e Resumo: O que difere uma da outra?Resenha e Resumo: O que difere uma da outra?

Geralmente há uma pequena confusão entre resumo e resenha, por parte dos Geralmente há uma pequena confusão entre resumo e resenha, por parte dos

escritores. A confusão se dá justamente na troca de significação. Para muitos uma rese-escritores. A confusão se dá justamente na troca de significação. Para muitos uma rese-

nha é um resumo, ou um resumo é uma resenha. Portanto, trocando em miúdos, resu-nha é um resumo, ou um resumo é uma resenha. Portanto, trocando em miúdos, resu-

mo é apenas uma breve cópia das partes principais de um texto. Um pequeno detalhe, mo é apenas uma breve cópia das partes principais de um texto. Um pequeno detalhe,

existe, no mundo acadêmico, basicamente dois tipos de resumos: Temos o resumo de existe, no mundo acadêmico, basicamente dois tipos de resumos: Temos o resumo de

um texto, de uma obra (livro), de artigos etc. ou seja, uma compactação que aponta as um texto, de uma obra (livro), de artigos etc. ou seja, uma compactação que aponta as

principais partes do texto do “outro”. Esse pode ser definido como um “tipo” de resu-principais partes do texto do “outro”. Esse pode ser definido como um “tipo” de resu-

mo. O outro “tipo” é que diz respeito a algum trabalho próprio, a uma produção acadê-mo. O outro “tipo” é que diz respeito a algum trabalho próprio, a uma produção acadê-

mica na área de atuação ou de formação. Este resumo é utilizado em apresentações mica na área de atuação ou de formação. Este resumo é utilizado em apresentações

científicas, mostras de cursos e trabalhos etc. científicas, mostras de cursos e trabalhos etc.

Basicamente não há muitas diferenças entre ambos, podemos, porém, destacar Basicamente não há muitas diferenças entre ambos, podemos, porém, destacar

algumas: A primeira, é mais visível, diz respeito à estrutura, pois no resumo de uma o-algumas: A primeira, é mais visível, diz respeito à estrutura, pois no resumo de uma o-

bra que não seja a minha (que não é produzida pelo resumista) a estrutura deverá se-bra que não seja a minha (que não é produzida pelo resumista) a estrutura deverá se-

guir o curso normal de um texto: dividido em parágrafos. Já na resenha não há parágra-guir o curso normal de um texto: dividido em parágrafos. Já na resenha não há parágra-

fos, seguefos, segue--se escrevendo corrido até o final. Porém, não podemos nos esquecer dos se escrevendo corrido até o final. Porém, não podemos nos esquecer dos

sinais de pontuação, apesar de haver uma estrutura una o critério da norma padrão de-sinais de pontuação, apesar de haver uma estrutura una o critério da norma padrão de-

ve ser pregoada. Mais uma diferença importante, é que no resumo tempos in-ve ser pregoada. Mais uma diferença importante, é que no resumo tempos in-

trodução, desenvolvimento e conclusão que estejam conforme o autor escre-trodução, desenvolvimento e conclusão que estejam conforme o autor escre-

veu. A resenha, temos que ter a introdução, desenvolvimento e conclu-veu. A resenha, temos que ter a introdução, desenvolvimento e conclu-

são unidos. Seguindo a ordem de desenvolvimento de nossa pesquisa. são unidos. Seguindo a ordem de desenvolvimento de nossa pesquisa.

Além de colocar os nossos objetivos, pressupostos e resultados esperados.Além de colocar os nossos objetivos, pressupostos e resultados esperados. 09

Gênero TextualGênero Textual

Seu gênero textual é narrativo, ao narrar a história em 3ª pessoa do plural, mas Seu gênero textual é narrativo, ao narrar a história em 3ª pessoa do plural, mas

conta com detalhes de dissertação por seu uma resenha.conta com detalhes de dissertação por seu uma resenha.

Page 8: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

EE nsaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, ex-nsaio é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, ex-

pondo idéias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo pondo idéias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo

tema. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjeti-tema. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjeti-

vo sem que se paute em formalidades de caráter científico, e assume forma livre e assiste-vo sem que se paute em formalidades de caráter científico, e assume forma livre e assiste-

mática sem ter um estilo próprio.mática sem ter um estilo próprio.

Originalmente, o ensaio se divide em Originalmente, o ensaio se divide em formal ou discursivoformal ou discursivo e e informal ou comuminformal ou comum. No . No

formal os textos são objetivos, metódicos e estruturados, com direção a assuntos didáticos formal os textos são objetivos, metódicos e estruturados, com direção a assuntos didáticos

etc., já o informal é mais subjetivo e capricha em fantasia, o que o torna mais interessante.etc., já o informal é mais subjetivo e capricha em fantasia, o que o torna mais interessante.

EnsaioEnsaio

Características do EnsaioCaracterísticas do Ensaio

As principais características do ensaio são:As principais características do ensaio são:

a) exposição bem desenvolvida, objetiva, discursiva e concludente;a) exposição bem desenvolvida, objetiva, discursiva e concludente;

b) tese pessoal sem a comprovação última; b) tese pessoal sem a comprovação última;

c) apresentação de maturidade intelectual, incluindo juízos de valor pessoal. Um ensaio, c) apresentação de maturidade intelectual, incluindo juízos de valor pessoal. Um ensaio,

porém, não é apenas um exercício de reflexão e redação, mas também um veículo atra-porém, não é apenas um exercício de reflexão e redação, mas também um veículo atra-

vés do qual os pensamentos de qualquer escritor são reunidos e organizados e levados vés do qual os pensamentos de qualquer escritor são reunidos e organizados e levados

ao leitor de maneira clara, concisa e interessante.ao leitor de maneira clara, concisa e interessante.

Dicas para redigir um EnsaioDicas para redigir um Ensaio

Para escrever um ensaio, leve em conta os seguintes passos:Para escrever um ensaio, leve em conta os seguintes passos:

a) reflexão sobre um tema a) reflexão sobre um tema –– considere título e termos de referência, defina o objetivo considere título e termos de referência, defina o objetivo

da composição, observe o tempo disponível para a escritura distribuindoda composição, observe o tempo disponível para a escritura distribuindo--o harmonica-o harmonica-

mente, considere idéias e informações sobre o tema, decida o que o leitor precisa saber;mente, considere idéias e informações sobre o tema, decida o que o leitor precisa saber;

b) planejamento b) planejamento –– construa um esquema de tópicos, sublinhe os pontos mais relevan-construa um esquema de tópicos, sublinhe os pontos mais relevan-

tes, elabore o plano da redação, destacando a introdução, o desenvolvimento e a con-tes, elabore o plano da redação, destacando a introdução, o desenvolvimento e a con-

clusão;clusão;

c) escritura c) escritura –– digite o ensaio conforme as normas técnicas;digite o ensaio conforme as normas técnicas;

d) revisão d) revisão –– verifique se o ensaio é lido com facilidade, tem equilíbrio, se os pontos es-verifique se o ensaio é lido com facilidade, tem equilíbrio, se os pontos es-

senciais foram destacados, se não há erros de coerência ou mesmo de orto-senciais foram destacados, se não há erros de coerência ou mesmo de orto-

grafia e, principalmente, se o ensaio corresponde às expectativas de seus grafia e, principalmente, se o ensaio corresponde às expectativas de seus

leitores virtuais.leitores virtuais. 10

Por Antonio Juan

Page 9: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

Exemplo de EnsaioExemplo de Ensaio

Procura da poesiaProcura da poesia

Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a

poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os

aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse

excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile,

tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus senti-tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus senti-

mentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sen-mentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sen-

tes, isso ainda não é poesia.tes, isso ainda não é poesia.

Não cantes tua cidade, deixaNão cantes tua cidade, deixa--a em paz. O canto não é o movimento das máqui-a em paz. O canto não é o movimento das máqui-

nas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem; rumor do mar nas ru-nas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem; rumor do mar nas ru-

as junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. as junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade.

Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia

das coisas) elide sujeito e objeto.das coisas) elide sujeito e objeto.

Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não

te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões,

vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável.vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. Não Não

recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a me-recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a me-

mória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era.mória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era.

Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser

escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície

intata. Eiintata. Ei--los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de

escrevêescrevê--los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se

realize e consuma com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poe-realize e consuma com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poe-

ma a desprenderma a desprender--se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules

o poema. Aceitao poema. Aceita--o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço.o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço.

Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob

a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe de-a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe de-

res: Trouxeste a chave?res: Trouxeste a chave?

Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras.

Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em des-Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em des-

prezo.prezo.

(ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. 2. ed. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967.)(ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. 2. ed. Rio de Janeiro, Aguilar, 1967.)

Trecho do ensaio: Trecho do ensaio: Uma aula de PoesiaUma aula de Poesia, de José Nicola, de José Nicola

Fonte: www.portrasdasletras.com.brFonte: www.portrasdasletras.com.br

Gênero TextualGênero Textual

Ensaio designa um gênero literário de difícil caracterização, apesar disso Ensaio designa um gênero literário de difícil caracterização, apesar disso

vemos que é um texto descritivo ao detalhar o corpo da poesia e disser-vemos que é um texto descritivo ao detalhar o corpo da poesia e disser-

tativo ao opinar sobre a mesma.tativo ao opinar sobre a mesma.

11

Page 10: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

CC onto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito onto é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito

de tamanho em relação ao romance, que éde tamanho em relação ao romance, que é muito extenso). O eixo narrati-muito extenso). O eixo narrati-

vo do conto aborda um só conflito, um só drama e uma só ação, diferentemente das nove-vo do conto aborda um só conflito, um só drama e uma só ação, diferentemente das nove-

las.las. O conto precisa causar um efeito singular no leitor, causar muita excitação e emotivida-O conto precisa causar um efeito singular no leitor, causar muita excitação e emotivida-

de e prender a atenção, sendo o gênero literário mais moderno e que maior vitalidade pos-de e prender a atenção, sendo o gênero literário mais moderno e que maior vitalidade pos-

sui, pela simples razão que as pessoas jamais deixarão de contar o que se passa, nem de in-sui, pela simples razão que as pessoas jamais deixarão de contar o que se passa, nem de in-

teressarteressar--se pelo que lhes contam bem contado.se pelo que lhes contam bem contado.

Ao escritor de contos dáAo escritor de contos dá--se o nome de contista.se o nome de contista. É geralmente umaÉ geralmente uma história curta, história curta,

porém a mais difícil e a mais disciplinada forma de escrever prosa, pois num romance, pode porém a mais difícil e a mais disciplinada forma de escrever prosa, pois num romance, pode

o escritor ser mais descuidado e deixar escórias e superfluidades, que seriam descartáveis, o escritor ser mais descuidado e deixar escórias e superfluidades, que seriam descartáveis,

mas num conto quase todas as palavras devem estar em seus lugares exatos.mas num conto quase todas as palavras devem estar em seus lugares exatos.

Assim que entre suas principais características, estão: Assim que entre suas principais características, estão: a concisão, a precisão, a densi-a concisão, a precisão, a densi-

dadedade, a unidade de efeito ou impressão total., a unidade de efeito ou impressão total.

EnsaioEnsaio Por Mikaelle Marques

Tipos de ContosTipos de Contos

Contos são estórias curtas, menores que novelas.Contos são estórias curtas, menores que novelas.

ContosContos--dede--fadas fadas -- são contos de fadas, onde aparece o sobrenatural, o maravilhoso;são contos de fadas, onde aparece o sobrenatural, o maravilhoso;

ContosContos--dede--encantamento são estórias que apresentam metamorfoses, ou transfor-encantamento são estórias que apresentam metamorfoses, ou transfor-

mações, por encantamento, a maioria;mações, por encantamento, a maioria;

Contos maravilhosos são estórias que apresentam o elemento mágico, sobrenatural, Contos maravilhosos são estórias que apresentam o elemento mágico, sobrenatural,

integrado naturalmente nas situações apresentadas;integrado naturalmente nas situações apresentadas;

Contos de enigma ou mistério são estórias que têm como eixo um enigma a ser des-Contos de enigma ou mistério são estórias que têm como eixo um enigma a ser des-

vendado;vendado;

Contos jocosos são estórias humorísticas ou divertidas.Contos jocosos são estórias humorísticas ou divertidas.

Tipos de ContosTipos de Contos

Vede o bacharel Duarte. Acaba de compor o mais teso e correto laço de gravata que Vede o bacharel Duarte. Acaba de compor o mais teso e correto laço de gravata que

apareceu naquele ano de 1850, e anunciamapareceu naquele ano de 1850, e anunciam--lhe a visita do major Lopo Alves. Notai que lhe a visita do major Lopo Alves. Notai que

é de noite, e passa de nove horas. Duarte estremeceu e tinha duas razões para isso. A é de noite, e passa de nove horas. Duarte estremeceu e tinha duas razões para isso. A

primeira era ser o major, em qualquer ocasião, um dos mais enfadonhos sujeitos primeira era ser o major, em qualquer ocasião, um dos mais enfadonhos sujeitos

do tempo. A segunda é que ele preparavado tempo. A segunda é que ele preparava--se justamente para ir ver, em um se justamente para ir ver, em um

baile, os mais finos cabelos louros e os mais pensativos olhos baile, os mais finos cabelos louros e os mais pensativos olhos 12

Page 11: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

azuis, que este nosso clima, tão avaro deles, produzira. Datava de uma semana aquele azuis, que este nosso clima, tão avaro deles, produzira. Datava de uma semana aquele

namoro. Seu coração, deixandonamoro. Seu coração, deixando--se prender entre duas valsas, confiou aos olhos, que se prender entre duas valsas, confiou aos olhos, que

eram castanhos, uma declaração em regra, que eles pontualmente transmitiram à mo-eram castanhos, uma declaração em regra, que eles pontualmente transmitiram à mo-

ça, dez minutos antes da ceia, recebendo favorável resposta logo depois do chocolate. ça, dez minutos antes da ceia, recebendo favorável resposta logo depois do chocolate.

Três dias depois, estava a caminho a primeira carta, e pelo jeito que levavam as coisas Três dias depois, estava a caminho a primeira carta, e pelo jeito que levavam as coisas

não era de admirar que, antes do fim do ano, estivessem ambos a caminho da igreja. não era de admirar que, antes do fim do ano, estivessem ambos a caminho da igreja.

Nestas circunstâncias, a chegada de Lopo Alves era uma verdadeira calamidade. Velho Nestas circunstâncias, a chegada de Lopo Alves era uma verdadeira calamidade. Velho

amigo da família, companheiro de seu finado pai no exército, tinha jus o major a todos amigo da família, companheiro de seu finado pai no exército, tinha jus o major a todos

os respeitos. Impossível despedios respeitos. Impossível despedi--lo ou tratálo ou tratá--lo com frieza. Havia felizmente uma cir-lo com frieza. Havia felizmente uma cir-

cunstância atenuante; o major era aparentado com Cecília, a moça dos olhos azuis; em cunstância atenuante; o major era aparentado com Cecília, a moça dos olhos azuis; em

caso de necessidade, era um voto seguro.caso de necessidade, era um voto seguro.

Duarte enfiou um chambre e dirigiuDuarte enfiou um chambre e dirigiu--se para a sala, onde Lopo Alves, com um rolo debai-se para a sala, onde Lopo Alves, com um rolo debai-

xo do braço e os olhos fitos no ar, parecia totalmente alheio à chegada do bacharel.xo do braço e os olhos fitos no ar, parecia totalmente alheio à chegada do bacharel.

-- Que bom vento o trouxe a Catumbi a semelhante hora? perguntou Duarte, dando à Que bom vento o trouxe a Catumbi a semelhante hora? perguntou Duarte, dando à

voz uma expressão de prazer, aconselhada não menos pelo interesse que pelo bomvoz uma expressão de prazer, aconselhada não menos pelo interesse que pelo bom--

tom.tom.

-- Não sei se o vento que me trouxe é bom ou mau, respondeu o major sorrindo por bai-Não sei se o vento que me trouxe é bom ou mau, respondeu o major sorrindo por bai-

xo do espesso bigode grisalho; sei xo do espesso bigode grisalho; sei

que foi um vento rijo. Vai sair?que foi um vento rijo. Vai sair?

-- Vou ao Rio Comprido.Vou ao Rio Comprido.

-- Já sei; vai à casa da viúva Meneses. Já sei; vai à casa da viúva Meneses.

Minha mulher e as pequenas já lá de-Minha mulher e as pequenas já lá de-

vem estar: eu irei mais tarde, se pu-vem estar: eu irei mais tarde, se pu-

der. Creio que é cedo, não?der. Creio que é cedo, não?

Lopo Alves tirou o relógio e viu que Lopo Alves tirou o relógio e viu que

eram nove horas e meia. Passou a eram nove horas e meia. Passou a

mão pelo bigode, levantoumão pelo bigode, levantou--se, deu se, deu

alguns passos na sala, tornou a sen-alguns passos na sala, tornou a sen-

tartar--se e disse:se e disse:

-- DouDou--lhe uma notícia, que certamen-lhe uma notícia, que certamen-

te não espera. Saiba que fiz… fiz um te não espera. Saiba que fiz… fiz um

drama.drama.

[...][...]

Trecho do Conto: A chinela Turca, de Trecho do Conto: A chinela Turca, de Machado de AssisMachado de Assis..

Gênero TextualGênero Textual

Este conto apresenta em seu gênero textual, a narrativa como principal, Este conto apresenta em seu gênero textual, a narrativa como principal,

apesar disso podemos notar a presença da descrição ao detalhar parte apesar disso podemos notar a presença da descrição ao detalhar parte

do corpo, como cor dos olhosdo corpo, como cor dos olhos 13

Page 12: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

CC rônica é uma narração, segundo a ordem temporal. O termo é atribuído rônica é uma narração, segundo a ordem temporal. O termo é atribuído

aos noticiários dos jornais, comentário literários ou científicos para pre-aos noticiários dos jornais, comentário literários ou científicos para pre-

encher as páginas de um jornal.encher as páginas de um jornal.

A crônica é produzida essencialmente para ser veiculado na imprensa, ou seja, ela é A crônica é produzida essencialmente para ser veiculado na imprensa, ou seja, ela é

feita com uma finalidade utilitária e préfeita com uma finalidade utilitária e pré--determinada que é agradar leitores, o que resulta determinada que é agradar leitores, o que resulta

num laço de familiaridade entre o autor e leitor, ao longo das divulgações diárias ou sema-num laço de familiaridade entre o autor e leitor, ao longo das divulgações diárias ou sema-

nais.nais.

O fato de ser publicada em jornal lhe determina vida curta, pois é trocada diariamen-O fato de ser publicada em jornal lhe determina vida curta, pois é trocada diariamen-

te por uma nova. Coincidências com um texto apenas informativo como o de um repórter, te por uma nova. Coincidências com um texto apenas informativo como o de um repórter,

na crônica o cronista também se inspira nos acontecimentos diários. Mas há diferenças, na crônica o cronista também se inspira nos acontecimentos diários. Mas há diferenças,

pois após cercarpois após cercar--se desses acontecimentos, dá a eles um toque próprio, incluindo elemen-se desses acontecimentos, dá a eles um toque próprio, incluindo elemen-

tos como ficção, fantasia, elementos estes que o informativo não contém.tos como ficção, fantasia, elementos estes que o informativo não contém.

Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a Geralmente, as crônicas apresentam linguagem simples, espontânea, situada entre a

linguagem oral e a literária, contribuindo para que leitor se identifique com o cronista naqui-linguagem oral e a literária, contribuindo para que leitor se identifique com o cronista naqui-

lo que o último escreve.lo que o último escreve.

CrônicaCrônica Por Samara de Paula

Características de uma CrônicaCaracterísticas de uma Crônica

Em resumo, podemos determinar cinco pontos:Em resumo, podemos determinar cinco pontos:

Narração histórica pela ordem do tempo em que se deram os fatos;Narração histórica pela ordem do tempo em que se deram os fatos;

Seção ou artigo especial sobre literatura, assuntos científicos, esporte etc., em jor-Seção ou artigo especial sobre literatura, assuntos científicos, esporte etc., em jor-

nal ou outro periódico;nal ou outro periódico;

Pequeno conto baseado em algo do cotidianoPequeno conto baseado em algo do cotidiano;;

Normalmente possui uma crítica indireta;Normalmente possui uma crítica indireta;

Muitas vezes a crônica vem escrita em tom de humor, ou ironia.Muitas vezes a crônica vem escrita em tom de humor, ou ironia.

Tipos de CrônicaTipos de Crônica

Humorista, poética, narrativoHumorista, poética, narrativo--descritivo, memorialista, dissertativa, descriti-descritivo, memorialista, dissertativa, descriti-

va e narrativa.va e narrativa. 14

Page 13: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

Exemplo de CrônicaExemplo de Crônica

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casse-Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casse-

ta & Planeta deram seus depoimentos.Parecia que a qualquer instante iria estourar u-ta & Planeta deram seus depoimentos.Parecia que a qualquer instante iria estourar u-

ma piada.ma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestrutu-Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestrutu-

ração da cena.ração da cena. Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mes-Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mes-

mo o que a morte causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a a-mo o que a morte causa em todos os que ficam. A verdade é que não havia nada a a-

crescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo. Você crescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo. Você

combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos

pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina

no carro e no meio dano carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os etarde morre. Como assim? E os e--mails que você ainda não abriu, mails que você ainda não abriu,

o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um

cliente?cliente?

Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer.Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco? Você passou mais de 10 a-A troco? Você passou mais de 10 a-

nos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam nos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam

pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação físi-pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação físi-

ca, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estu-ca, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu. Passou madrugadas sem dormir para estu-

dar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de

dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais

uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na free-uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na free-

way, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu way, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinqüente que gostou do seu

tênis. Qual é? Morrer é um clichê.tênis. Qual é? Morrer é um clichê.

Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dan-Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dan-

çado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferi-çado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferi-

da. Você deixou emda. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no

varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar

suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma

vida inteira. vida inteira.

Logo você, que sempre dizia: das minhas coisasLogo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha maca-cuido eu. Que pegadinha maca-

bra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não bra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não

chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer.

Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas

e mulheres magras ee mulheres magras e morre num sábado de manhã. morre num sábado de manhã.

Se faz checkSe faz check--up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para

ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser levado a sério? Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode

ser bemser bem--vindo.vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a men-Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a men-

te, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado te, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado

nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, an-nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, an-

tes de viver até a rapa? Não se faz. tes de viver até a rapa? Não se faz. Morrer cedo é uma transgressão, des-Morrer cedo é uma transgressão, des-15

Page 14: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

16

faz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a faz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a

matériamatéria--prima das piadas.prima das piadas.

Só que esta não tem graça.Só que esta não tem graça.

Crônica de Pedro Bial sobre a morte de Bussunda do Casseta & Planeta Urgente em Junho Crônica de Pedro Bial sobre a morte de Bussunda do Casseta & Planeta Urgente em Junho

de 2006 na Alemanha durante cobertura da Copa do Mundo FIFA 2006.de 2006 na Alemanha durante cobertura da Copa do Mundo FIFA 2006.

Foi em sonho que revi longamente a amada; sentada numa velha canoa, na prai-Foi em sonho que revi longamente a amada; sentada numa velha canoa, na prai-

a, ela me sorria com afeto. Com sincero afeto a, ela me sorria com afeto. Com sincero afeto -- pois foi assim que ela me dedicou aquela pois foi assim que ela me dedicou aquela

fotografia com sua letra suave de ginasiana. (...)fotografia com sua letra suave de ginasiana. (...)

Foi em sonho que revi a longamente amada. Havia praia, uma lembrança de chuva na Foi em sonho que revi a longamente amada. Havia praia, uma lembrança de chuva na

praia, outras lembranças: água em gotas redondas, pingos d’água na sua pele de um praia, outras lembranças: água em gotas redondas, pingos d’água na sua pele de um

moreno suave, o gosto de sua pele beijada devagar...moreno suave, o gosto de sua pele beijada devagar...

Ou não será gosto, talvez a sensação diferente que dá em nossa boca uma pele de ou-Ou não será gosto, talvez a sensação diferente que dá em nossa boca uma pele de ou-

tra, esta mais seca e mais quente, aquele úmida e mansa. Mas de repente é apenas essa tra, esta mais seca e mais quente, aquele úmida e mansa. Mas de repente é apenas essa

ginasiana de pernas ágeis que vem nos trazer o retrato com sua dedicatória de sincero ginasiana de pernas ágeis que vem nos trazer o retrato com sua dedicatória de sincero

afeto; essa que ficou para sempre impossível sem, entretanto, nos magoar, sombra su-afeto; essa que ficou para sempre impossível sem, entretanto, nos magoar, sombra su-

aavvee eennttrree mmoorrrrooss..

Trecho de uma crônica de Rubem Braga.Trecho de uma crônica de Rubem Braga.

Gênero TextualGênero Textual

A crônica é fundamentalmente um texto dissertativo, e podemos ver nesses A crônica é fundamentalmente um texto dissertativo, e podemos ver nesses

exemplos isso, mas não por acaso elas também podem contar com descrição exemplos isso, mas não por acaso elas também podem contar com descrição

e narração. Nesses exemplos o que se percebe é que há um tom de descrição e narração. Nesses exemplos o que se percebe é que há um tom de descrição

ao detalhar os dias da personagem central no primeiro, e das lembranças no ao detalhar os dias da personagem central no primeiro, e das lembranças no

segundo.segundo.

Page 15: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

AA rtigo científico é uma aglomeração organizada de conhecimento de uma rtigo científico é uma aglomeração organizada de conhecimento de uma

determinada pesquisa, deixando claro e conciso o assunto ao leitor. Este determinada pesquisa, deixando claro e conciso o assunto ao leitor. Este

tipo de produção textual também é muito utilizado em universidades. tipo de produção textual também é muito utilizado em universidades. Em geral, é produção Em geral, é produção

de 40 páginas ou menos e após a conclusão deste, é submetido à comissões e conselhos de 40 páginas ou menos e após a conclusão deste, é submetido à comissões e conselhos

editoriais dos periódicos, que avaliam sua qualidade e decidem sobre sua qualidade relevân-editoriais dos periódicos, que avaliam sua qualidade e decidem sobre sua qualidade relevân-

cia e adequação ao veículo ao qual está ligado.cia e adequação ao veículo ao qual está ligado.

O artigo é dissertativo, ele procura justificativa da importância da energia nuclear, O artigo é dissertativo, ele procura justificativa da importância da energia nuclear,

mostrando as causas efeitos, permitindo uma comparação entre fontes de energia e procu-mostrando as causas efeitos, permitindo uma comparação entre fontes de energia e procu-

ra informar o desenvolvimento dos geradores e em particular, energia nuclear . O texto faz ra informar o desenvolvimento dos geradores e em particular, energia nuclear . O texto faz

uso de uma linguagem culta e de fácil interpretação, não exigindo um conhecimento apro-uso de uma linguagem culta e de fácil interpretação, não exigindo um conhecimento apro-

fundado para o entendimento do texto. fundado para o entendimento do texto.

Utilizando este esquema você consegue produzir um ótimo artigo científicoUtilizando este esquema você consegue produzir um ótimo artigo científico

O O títulotítulo deve obter uma linguagem atraente e que desperte a curiosidade do leitor, deve obter uma linguagem atraente e que desperte a curiosidade do leitor,

através do mesmo facilitará a compreensão de todo o texto.através do mesmo facilitará a compreensão de todo o texto.

O O resumoresumo apresenta os elementos que constituem a estrutura de um artigo cientifi-apresenta os elementos que constituem a estrutura de um artigo cientifi-

co bem como apresenta de forma geral as regras de apresentação, comumente é apresen-co bem como apresenta de forma geral as regras de apresentação, comumente é apresen-

tado em língua nacional e inglês. Nele também é citado os argumentos que serão tratados tado em língua nacional e inglês. Nele também é citado os argumentos que serão tratados

no texto e suas referências. Observano texto e suas referências. Observa--se sempre as palavras chaves que o constitui o artigo se sempre as palavras chaves que o constitui o artigo

elaborado, no qual promoverá o entendimento ao leitor.elaborado, no qual promoverá o entendimento ao leitor.

A A introduçãointrodução é um breve apanhado do texto geral tem por objetivo informar o as-é um breve apanhado do texto geral tem por objetivo informar o as-

sunto no qual será tratado sem muita ênfase, apenas poucos parágrafos são suficiente. É sunto no qual será tratado sem muita ênfase, apenas poucos parágrafos são suficiente. É

necessário descrever qual a importância do artigo para conhecimento do assunto, deve ser necessário descrever qual a importância do artigo para conhecimento do assunto, deve ser

bem objetivo, e se trará alguma resolução do problema referido. A introdução deve ser fina-bem objetivo, e se trará alguma resolução do problema referido. A introdução deve ser fina-

lizada com a apresentação do objetivo do trabalho.lizada com a apresentação do objetivo do trabalho.

O O desenvolvimentodesenvolvimento é o corpo do artigo, nele está o assunto principal, é a parte mais é o corpo do artigo, nele está o assunto principal, é a parte mais

extensa do texto, onde está fundamentada a teoria, resultados, gravuras e discussões. Po-extensa do texto, onde está fundamentada a teoria, resultados, gravuras e discussões. Po-

de ser dividido em várias sessões, assim quando necessário. de ser dividido em várias sessões, assim quando necessário.

A A conclusãoconclusão deve responder as questões descritas no decorrer do artigo, apresentar deve responder as questões descritas no decorrer do artigo, apresentar

argumentos convincente, sendo breve e podendo despertar a curiosidade do leitor para argumentos convincente, sendo breve e podendo despertar a curiosidade do leitor para

possíveis pesquisas do assunto questionado. possíveis pesquisas do assunto questionado.

As As referênciasreferências tem por finalidade informar ao leitor as fontes de onde os tem por finalidade informar ao leitor as fontes de onde os

dados foi tirado do texto completo ou em partes, cada parte do artigo tem dados foi tirado do texto completo ou em partes, cada parte do artigo tem

suas características, por tal conseguinte as referências podem ter origem suas características, por tal conseguinte as referências podem ter origem

de cunho diferentes. de cunho diferentes.

Artigo CientíficoArtigo Científico Por Francisco Edilson

17

Page 16: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

Exemplo de Artigo CientíficoExemplo de Artigo Científico

Energia nuclear o que é necessário Saber?Energia nuclear o que é necessário Saber?

Resumo:Resumo: Energia nuclear consiste no uso controlado das reações nucleares para a ob-Energia nuclear consiste no uso controlado das reações nucleares para a ob-

tenção de energia, tais núcleos, quando sofrem essa modificação, liberam uma quanti-tenção de energia, tais núcleos, quando sofrem essa modificação, liberam uma quanti-

dade expressiva de energia. Nos reatores nucleares, essa energia é aproveitada para dade expressiva de energia. Nos reatores nucleares, essa energia é aproveitada para

gerar calor e na sequencia energia elétrica pela movimentação de turbogeradores... gerar calor e na sequencia energia elétrica pela movimentação de turbogeradores...

PalavrasPalavras--chaves:chaves: energia nuclear; fissão e urânio.energia nuclear; fissão e urânio.

Abstract:Abstract: Nuclear energy consists in the controlled use of nuclear reactions to obtain Nuclear energy consists in the controlled use of nuclear reactions to obtain

energy, and when these nuclei undergo these changes they release a significant energy, and when these nuclei undergo these changes they release a significant

amount of energy. In the nuclei reactors, this energy is used to generate heat and elec-amount of energy. In the nuclei reactors, this energy is used to generate heat and elec-

tric energy by moving the turbogenerators.tric energy by moving the turbogenerators.

Key words:Key words: nuclear energy; fission; uranium.nuclear energy; fission; uranium.

IntroduçãoIntrodução

A energia nuclear consiste no uso das reações nucleares para a obtenção de A energia nuclear consiste no uso das reações nucleares para a obtenção de

energia e tem inúmeras aplicações nos mais diferentes ramos do conhecimento, como energia e tem inúmeras aplicações nos mais diferentes ramos do conhecimento, como

na área da saúde, industrial, ambiental, militar, biológica [ 1 ]. Além disso, a energia nu-na área da saúde, industrial, ambiental, militar, biológica [ 1 ]. Além disso, a energia nu-

clear é útil na geração de eletricidade em usinas de vários países do mundo. É peça fun-clear é útil na geração de eletricidade em usinas de vários países do mundo. É peça fun-

damental na construção da bomba atômica, bomba de hidrogênio e outras armas nu-damental na construção da bomba atômica, bomba de hidrogênio e outras armas nu-

cleares[...]cleares[...]

[...]Assim, é de fundamental importância, que a população seja informada [...]Assim, é de fundamental importância, que a população seja informada

acerca dos atuais desenvolvimento na área energética, e em particular, na área nuclear. acerca dos atuais desenvolvimento na área energética, e em particular, na área nuclear.

Este é o motivo pelo qual nos propusemos á realização deste trabalho[...]Este é o motivo pelo qual nos propusemos á realização deste trabalho[...]

DesenvolvimentoDesenvolvimento

[...]Na Europa, uma análise de país a país mostra um caminho contrastante para a ener-[...]Na Europa, uma análise de país a país mostra um caminho contrastante para a ener-

gia nuclear no continente. A Alemanha e a Bélgica recentemente ordenaram à interrup-gia nuclear no continente. A Alemanha e a Bélgica recentemente ordenaram à interrup-

ção gradual da geração nuclear, porque já garantiram o futuro da operação de suas usi-ção gradual da geração nuclear, porque já garantiram o futuro da operação de suas usi-

nas nucleares para os próximos trinta anos[...]nas nucleares para os próximos trinta anos[...]

Energia nuclear no Brasil Energia nuclear no Brasil –– dados de consumodados de consumo

[...]No quadro geral de geração de energia no Brasil, entre todas as formas comercial-[...]No quadro geral de geração de energia no Brasil, entre todas as formas comercial-

mente viáveis, o percentual de participação por fonte nuclear e de outras mente viáveis, o percentual de participação por fonte nuclear e de outras

fontes é mosrado na figura 2, verificafontes é mosrado na figura 2, verifica--se o baixo aproveitamento com rela-se o baixo aproveitamento com rela-

ção ao urânio e seus derivados, apenas 1,40%.ção ao urânio e seus derivados, apenas 1,40%. 18

Page 17: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

fonte: Ministério de Minas e Energia fonte: Ministério de Minas e Energia

Método para a obtenção da energia elétrica por fonte nuclearMétodo para a obtenção da energia elétrica por fonte nuclear

A energia elétrica gerada por uma fonte nuclear é obtida a partir do calor da reação do A energia elétrica gerada por uma fonte nuclear é obtida a partir do calor da reação do

urânio. A queima do combustível produz calor que ferve a água de uma caldeira trans-urânio. A queima do combustível produz calor que ferve a água de uma caldeira trans-

formandoformando--a em vapor. O vapor movimenta uma turbina que dá partida a um gerador a em vapor. O vapor movimenta uma turbina que dá partida a um gerador

que produz a eletricidade. A figura 6 esquematiza essa seqüência[...]que produz a eletricidade. A figura 6 esquematiza essa seqüência[...]

Fonte: [ 8 ]Fonte: [ 8 ]

19

Page 18: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

20

ConclusãoConclusão

É importante conhecer mais profundamente o funcionamento de uma usina É importante conhecer mais profundamente o funcionamento de uma usina

nuclear visto que ela tem grandes possibilidades de ser a forma de energia mais usadas nuclear visto que ela tem grandes possibilidades de ser a forma de energia mais usadas

num futuro próximo. As usinas nucleares fornecem hoje um sexto de toda eletricidade num futuro próximo. As usinas nucleares fornecem hoje um sexto de toda eletricidade

consumida no mundo. Ao lado das usinas hidrelétricas ( que fornece um pouco mais consumida no mundo. Ao lado das usinas hidrelétricas ( que fornece um pouco mais

que isso), são a principal fonte de energia que não poluem o ambiente com a emissão que isso), são a principal fonte de energia que não poluem o ambiente com a emissão

de dióxido de carbono[...]de dióxido de carbono[...]

[...]A grande quantidade de urânio existente no planeta poderia suprir os [...]A grande quantidade de urânio existente no planeta poderia suprir os

reatores de usinas nucleares e de pesquisas, bem como uso militar, com combustível reatores de usinas nucleares e de pesquisas, bem como uso militar, com combustível

nuclear por muitos anos, alimentando esses reatores durante sua vida útil (entre qua-nuclear por muitos anos, alimentando esses reatores durante sua vida útil (entre qua-

renta e cinqüenta anos).renta e cinqüenta anos).

Referencias:Referencias:

Fonte: (revista Ciências exaras e naturais Volume 11 Fonte: (revista Ciências exaras e naturais Volume 11 –– número1 janeiro/junho 2009).número1 janeiro/junho 2009).

[ 8 ] ELETRO NUCLEAR [ 8 ] ELETRO NUCLEAR –– Eletrobrás Termonuclear S/A. Disponível em: Eletrobrás Termonuclear S/A. Disponível em:

< < www.eletronuclear.gov.brwww.eletronuclear.gov.br> Acesso em: 20 dez. 2008.> Acesso em: 20 dez. 2008.

International Agency of Energy Atomic International Agency of Energy Atomic –– Agencia Internacional de Energia Atômica...Agencia Internacional de Energia Atômica...

Gênero TextualGênero Textual

Artigo científico possui um gênero textual dissertativo, pois o autor efeti-Artigo científico possui um gênero textual dissertativo, pois o autor efeti-

vamente tem que utilizar de sua opinião crítica durante a produção.vamente tem que utilizar de sua opinião crítica durante a produção.

Page 19: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

AA redação oficial é caracterizada pela impessoalidade, uso do padrão culto de redação oficial é caracterizada pela impessoalidade, uso do padrão culto de

linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Esses atributos linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade. Esses atributos

decorrem da Constituição no artigo 37. decorrem da Constituição no artigo 37.

Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administra-Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios fundamentais de toda administra-

ção pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunica-ção pública, claro está que devem igualmente nortear a elaboração dos atos e comunica-

ções oficiais. Esses mesmo princípios aplicamções oficiais. Esses mesmo princípios aplicam--se às comunicações oficiais também.se às comunicações oficiais também.

São consideradas redações oficiais: São consideradas redações oficiais: atas, carta comercial, curriculum vitae, memoran-atas, carta comercial, curriculum vitae, memoran-

do, ofício, requerimento, telegramado, ofício, requerimento, telegrama. Dentre as quais iremos destacar Ofício e Memorando.. Dentre as quais iremos destacar Ofício e Memorando.

Redação OficialRedação Oficial Por Raimundo Nonato

OfícioOfício Características básicasCaracterísticas básicas

É uma correspondência do caráter oficial dirigido por uma pessoa ou repartição É uma correspondência do caráter oficial dirigido por uma pessoa ou repartição

da mesma ou de outra categoria.da mesma ou de outra categoria.

Como elaborar?Como elaborar?

É importante à observação nas formas de tratamento requeridas de acordo com É importante à observação nas formas de tratamento requeridas de acordo com

o cargo a quem se dirigi o ofício;o cargo a quem se dirigi o ofício;

Para dirigentes governamentais como: Para dirigentes governamentais como: Presidente da República, Presidente do Supremo Presidente da República, Presidente do Supremo

Tribunal Tribunal Eleitoral; entre outros utilizaEleitoral; entre outros utiliza--se o vocativo “Excelentíssimo Senhor”, seguido se o vocativo “Excelentíssimo Senhor”, seguido

do cargo.do cargo.

Quando nos dirigimos as outras autoridades, devemos empregar o vocativo se-Quando nos dirigimos as outras autoridades, devemos empregar o vocativo se-

nhor, seguido do cargo da pessoa a quem se dirige o ofício.nhor, seguido do cargo da pessoa a quem se dirige o ofício.

Obs: Obs: é dispensável o uso do vocativo “Digníssimo” e “Mui Digníssimo”, neste tipo de é dispensável o uso do vocativo “Digníssimo” e “Mui Digníssimo”, neste tipo de

correspondência para evitar formalidade exagerada.correspondência para evitar formalidade exagerada.

MemorandoMemorando Características básicasCaracterísticas básicas

É uma espécie de carta comercial interna, ou seja, destinada a outros setores de É uma espécie de carta comercial interna, ou seja, destinada a outros setores de

um mesmo órgão oficial. Por se tratar de um documento de circulação interna, também um mesmo órgão oficial. Por se tratar de um documento de circulação interna, também

é chamado de Memorando Interno.é chamado de Memorando Interno.

Como elaborar?Como elaborar?

Por se tratar de um documento interno ele dispensa o uso de formalismo, Por se tratar de um documento interno ele dispensa o uso de formalismo,

como atenciosamente, cordialmente, etc., porém é necessário que os como atenciosamente, cordialmente, etc., porém é necessário que os

campos: campos: data, número do memorando, emissor e destinatário data, número do memorando, emissor e destinatário sejam preen-sejam preen-

chidos. E cada memorando deve se limitar a somente um assunto.chidos. E cada memorando deve se limitar a somente um assunto. 21

Page 20: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

22

Exemplo de OfícioExemplo de Ofício

Page 21: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

Exemplo de MemorandoExemplo de Memorando

Gênero TextualGênero Textual

Redação OficialRedação Oficial possui um gênero textual descritivo, onde neles são possui um gênero textual descritivo, onde neles são

expostos o que se solicita com detalhes claros e concisos.expostos o que se solicita com detalhes claros e concisos. 23

Page 22: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

24

PP aródia é uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma composição aródia é uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma composição

literária, sendo portanto, uma imitação que geralmente possui efeito cômi-literária, sendo portanto, uma imitação que geralmente possui efeito cômi-

co, utilizando a ironia e o deboche.co, utilizando a ironia e o deboche.

Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos dife-Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos dife-

rentes. Na literatura a paródia é um processo de intertextualização, com a finalidade de des-rentes. Na literatura a paródia é um processo de intertextualização, com a finalidade de des-

construir ou reconstruir um texto.construir ou reconstruir um texto.

A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já exis-A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já exis-

tente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, tente e, em geral, consagrada. Seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto,

passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da

obra original para passar um pouco de alegria. A paródia pode ter intertextualidade.obra original para passar um pouco de alegria. A paródia pode ter intertextualidade.

ParódiaParódia Por Adenilson Paiva

OriginalOriginal

Sorte Grande (Poeira)Sorte Grande (Poeira)

Ivete SangaloIvete Sangalo

Composição: Lourenço Composição: Lourenço

A minha sorte grande,A minha sorte grande,

Foi você cair do céu,Foi você cair do céu,

Minha paixão verdadeira.Minha paixão verdadeira.

Viver a emoção,Viver a emoção,

Ganhar teu coração,Ganhar teu coração,

Pra ser feliz a vida inteira...Pra ser feliz a vida inteira...

É lindo o teu sorriso,É lindo o teu sorriso,

O brilho dos teus olhos,O brilho dos teus olhos,

Meu anjo querubim.Meu anjo querubim.

Doce dos teus beijos,Doce dos teus beijos,

Calor dos teus braços,Calor dos teus braços,

Perfume de jasmim...Perfume de jasmim...

Chegou no meu espaço,Chegou no meu espaço,

Mandando no pedaço,Mandando no pedaço,

Com o amor que não é brincadeira.Com o amor que não é brincadeira.

Pegou me deu um laço,Pegou me deu um laço,

Dançou bem no compasso,Dançou bem no compasso,

De prazer levantou poeira.De prazer levantou poeira.

PoeiraPoeira

PoeiraPoeira

PoeiraPoeira

Levantou poeira!Levantou poeira!

PoeiraPoeira

PoeiraPoeira

PoeiraPoeira

Levantou poeira!Levantou poeira!

Exemplo de Paródia

Page 23: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

ParódiaParódia

Sorte Grande (Passageiras)Sorte Grande (Passageiras)

Adenilson PaivaAdenilson Paiva

Composição: Adenilson PaivaComposição: Adenilson Paiva

A minha sote grande, A minha sote grande,

É estudar com a Cloude Bloc,É estudar com a Cloude Bloc,

Um português de primeira.Um português de primeira.

Estudar com emoçaoEstudar com emoçao

Também com coraçãoTambém com coração

Educação pra vida inteira...Educação pra vida inteira...

É bom ser um aluno,É bom ser um aluno,

Ver o mundo com outros olhos,Ver o mundo com outros olhos,

Um universitario se sente assim.Um universitario se sente assim.

É bom ter desejos, É bom ter desejos,

Força de vontadeForça de vontade

Entusiasmo sim...Entusiasmo sim...

Chegam os desoculpados,Chegam os desoculpados,

Querendo ter espaço, Querendo ter espaço,

A NAF não é brincadeira.A NAF não é brincadeira.

A professora nos falou, A professora nos falou,

Estude por favor, Estude por favor,

As ferias são passageiras.As ferias são passageiras.

PassageirasPassageiras

PassageirasPassageiras

PassageirasPassageiras

As ferias são passageiras!As ferias são passageiras!

PassageirasPassageiras

PassageirasPassageiras

passageiraspassageiras

As ferias são passageiras!As ferias são passageiras!

Gênero TextualGênero Textual

Paródia tem por natureza um gênero textual dissertativo, mas em casos Paródia tem por natureza um gênero textual dissertativo, mas em casos

pode contar com descrição para ajudar a enfatizar as idéias apresentadas pode contar com descrição para ajudar a enfatizar as idéias apresentadas

pelo autor.pelo autor. 25

Page 24: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

OO Jornal tem por função comunicar e por isso é um dos mais rápidos e im-Jornal tem por função comunicar e por isso é um dos mais rápidos e im-

portantes meios de se propagar notícias do mundo para o mundo. Um portantes meios de se propagar notícias do mundo para o mundo. Um

jornal é divido em várias seções primeiro para estar mais bem organizados os assuntos para jornal é divido em várias seções primeiro para estar mais bem organizados os assuntos para

fácil localização por meio do leitor, como também para evitar que um assunto conflita com fácil localização por meio do leitor, como também para evitar que um assunto conflita com

outro ou em nada tenha haver no meio de tantos do mesmo tipo.outro ou em nada tenha haver no meio de tantos do mesmo tipo.

Chamamos normalmente os textos apresentados num jornal como matéria. É co-Chamamos normalmente os textos apresentados num jornal como matéria. É co-

mum que esses textos apresentem informações, que seguem padrões que variam de um mum que esses textos apresentem informações, que seguem padrões que variam de um

jornal para outro. Mas o comum é dispor dos fatos de forma decrescente de acordo com a jornal para outro. Mas o comum é dispor dos fatos de forma decrescente de acordo com a

importância, essa técnica é chamada de pirâmide invertida, ou seja, o que é mais importante importância, essa técnica é chamada de pirâmide invertida, ou seja, o que é mais importante

fica em cima (capa com grande destaque) e o que é menos embaixo (dentro sem grande fica em cima (capa com grande destaque) e o que é menos embaixo (dentro sem grande

destaque).destaque).

O primeiro parágrafo de um texto jornalístico é chamado de O primeiro parágrafo de um texto jornalístico é chamado de LeadLead e possui nele o e possui nele o

conteúdo mais intenso da matéria, um recurso que atrai olhares para a notícia e facilita o conteúdo mais intenso da matéria, um recurso que atrai olhares para a notícia e facilita o

acesso a notícia, e geralmente o título da matéria é baseado no lead.acesso a notícia, e geralmente o título da matéria é baseado no lead.

Seu processo de produção se divide em quatro fases: Seu processo de produção se divide em quatro fases: PautaPauta, onde se determina o , onde se determina o

assunto a ser apresentado ao leitor; a assunto a ser apresentado ao leitor; a ApuraçãoApuração, momento de verificar veracidade dos fatos , momento de verificar veracidade dos fatos

e buscar provas que os comprovem; a e buscar provas que os comprovem; a RedaçãoRedação, o momento de organizar as idéias e trans-, o momento de organizar as idéias e trans-

formáformá--las em textos; e por fim a las em textos; e por fim a EdiçãoEdição, que determina os locais de cada texto conforme a , que determina os locais de cada texto conforme a

importância ou tema, além da correção e revisão dos mesmos.importância ou tema, além da correção e revisão dos mesmos.

Destacaremos nesta edição alguns dos mais característicos textos jornalísticos e su-Destacaremos nesta edição alguns dos mais característicos textos jornalísticos e su-

as características.as características.

Textos JornalísticosTextos Jornalísticos Por Tales Sousa

NotíciaNotícia

Esse tipo de texto jornalístico tem como característica principal sua linguagem Esse tipo de texto jornalístico tem como característica principal sua linguagem

direta e formal. Por natureza exerce a função de ser um texto informativo escrito de direta e formal. Por natureza exerce a função de ser um texto informativo escrito de

maneira impessoal e aplicado em terceira pessoa com freqüência. Como todo texto jor-maneira impessoal e aplicado em terceira pessoa com freqüência. Como todo texto jor-

nalístico possui um lead que é onde se concentra as informações mais importantes que nalístico possui um lead que é onde se concentra as informações mais importantes que

levaram ao fato, depois o corpo da notícia, ou seja, o desenvolvimento, contem todos levaram ao fato, depois o corpo da notícia, ou seja, o desenvolvimento, contem todos

os detalhes, causas e conseqüências, respostas para as perguntas: os detalhes, causas e conseqüências, respostas para as perguntas: Como?Como?, , Onde? Onde? e e Como Como

que aconteceu?que aconteceu?, além de dispor da repercussão que poderá ocorrer na vida dos leitores., além de dispor da repercussão que poderá ocorrer na vida dos leitores.

Não necessariamente precisa ter um público alvo, mas tendo esse Não necessariamente precisa ter um público alvo, mas tendo esse

objetivo deveobjetivo deve--se encontrar a linguagem que melhor atenda ao entendimen-se encontrar a linguagem que melhor atenda ao entendimen-

to do público alvo.to do público alvo. 26

Page 25: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

Além desses tipos de textos citados, existem outros que vão além do jornalístico, e Além desses tipos de textos citados, existem outros que vão além do jornalístico, e

que inclusive já foi tratado aqui na revista, como a crônica(p. 14), além de artigos e etc.que inclusive já foi tratado aqui na revista, como a crônica(p. 14), além de artigos e etc.

EditorialEditorial

Esse texto não necessariamente é um jornalístico, mas sim uma sessão de jornal, Esse texto não necessariamente é um jornalístico, mas sim uma sessão de jornal,

revista ou outro periódico. É dividido em revista ou outro periódico. É dividido em Editorial PrincipalEditorial Principal presente no início e presente no início e Editori-Editori-

al Secundárioal Secundário também podendo ser chamado de também podendo ser chamado de ColunaColuna. Possuem textos selecionado e . Possuem textos selecionado e

agrupados por: agrupados por: conteúdoconteúdo, , públicopúblico ou ou objetivoobjetivo. Qualquer periódico é dividido em vários . Qualquer periódico é dividido em vários

editoriais encadernados ou não.editoriais encadernados ou não.

Os temas mais comuns são: Os temas mais comuns são: PolíticaPolítica, , EconomiaEconomia, , CulturaCultura, , EsporteEsporte, , TurismoTurismo, , PaísPaís, ,

CidadeCidade, , ClassificadosClassificados, , Coluna SocialColuna Social, etc.; esse tipo de texto apresenta de forma resumida , etc.; esse tipo de texto apresenta de forma resumida

o conteúdo que será apresentado no periódico inteiro ou sobre um dos temas já cita-o conteúdo que será apresentado no periódico inteiro ou sobre um dos temas já cita-

dos. O editorial também contém a opinião e sugestão do periódico de forma parcial ou dos. O editorial também contém a opinião e sugestão do periódico de forma parcial ou

imparcial dependendo do assunto tratado, ou também a opinião de apenas um jornalis-imparcial dependendo do assunto tratado, ou também a opinião de apenas um jornalis-

ta renomado e especializado em determinado assunto.ta renomado e especializado em determinado assunto.

ReportagemReportagem

Tem em sua essência, a descrição e caracterização de eventos. A reportagem Tem em sua essência, a descrição e caracterização de eventos. A reportagem

possui questões que ao serem respondidas formam toda sua estrutura. São as possui questões que ao serem respondidas formam toda sua estrutura. São as WH Ques-WH Ques-

tionstions, em inglês mesmo, elas servem para que a reportagem tenha uma estrutura que , em inglês mesmo, elas servem para que a reportagem tenha uma estrutura que

possa informar e beneficiar o leitor. São elas: possa informar e beneficiar o leitor. São elas: O quê?O quê?, , Como?Como?, , Quando?Quando?, , Onde?Onde?, , Porquê?Porquê?, ,

Quem?Quem?..

NotaNota

É um texto curto formado apenas pelo lead. Sua característica é tratar de um as-É um texto curto formado apenas pelo lead. Sua característica é tratar de um as-

sunto de fácil compreensão e assimilação, e que seja interessante para o leito. Também sunto de fácil compreensão e assimilação, e que seja interessante para o leito. Também

pode ser um complemento de um texto em que ficou faltando detalhes que não pude-pode ser um complemento de um texto em que ficou faltando detalhes que não pude-

ram ser finalizados antes do encerramento da edição.ram ser finalizados antes do encerramento da edição.

27

Page 26: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

ExemplosExemplos NotíciaNotícia

Dilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do BrasilDilma Rousseff é a primeira mulher eleita presidente do Brasil Com 99,99% dos votos apurados, ela obteve 56,05% dos votos válidos.Com 99,99% dos votos apurados, ela obteve 56,05% dos votos válidos.

Engajamento do presidente Lula impulsionou campanha da candidataEngajamento do presidente Lula impulsionou campanha da candidata..

Do G1, em Brasília e em São Paulo Do G1, em Brasília e em São Paulo

Dilma Vana Rousseff (PT), 62 anos, foi eleita neste domingo (31) a primeira mulher presi-Dilma Vana Rousseff (PT), 62 anos, foi eleita neste domingo (31) a primeira mulher presi-

dente do Brasil. Com 92,53% dos votos apurados, às 20h04, o Tribunal Superior Eleitoral dente do Brasil. Com 92,53% dos votos apurados, às 20h04, o Tribunal Superior Eleitoral

informou que a petista tinha 55,43% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e não informou que a petista tinha 55,43% dos votos válidos (excluídos brancos e nulos) e não

podia mais ser alcançada por José Serra (PSDB), que, até o mesmo horário, totalizava podia mais ser alcançada por José Serra (PSDB), que, até o mesmo horário, totalizava

44,57%.44,57%.

Em um pronunciamento às 20h13, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricar-Em um pronunciamento às 20h13, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricar-

do Lewandowski,do Lewandowski, anunciou oficialmenteanunciou oficialmente a vitória da candidata do PT. Na manhã desta se-a vitória da candidata do PT. Na manhã desta se-

gundagunda--feira (1º), com 99,99% dos votos apurados, Dilma acumulava 56,05% dos votos váli-feira (1º), com 99,99% dos votos apurados, Dilma acumulava 56,05% dos votos váli-

dos (55.752.092 votos) e José Serra, 43,95% (43.710.422).dos (55.752.092 votos) e José Serra, 43,95% (43.710.422).

FonteFonte: : g1.com.brg1.com.br, Trecho de Matéria publicada em 31/10/2010 as 20:07 e atualizado em 01-, Trecho de Matéria publicada em 31/10/2010 as 20:07 e atualizado em 01-

/11/2010 as 06:17/11/2010 as 06:17

EditorialEditorial

Editorial: O mal a evitarEditorial: O mal a evitar

Jornal O Estado de São Paulo Jornal O Estado de São Paulo

A acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um par-A acusação do presidente da República de que a Imprensa "se comporta como um par-

tido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de per-tido político" é obviamente extensiva a este jornal. Lula, que tem o mau hábito de per-

der a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gos-der a compostura quando é contrariado, tem também todo o direito de não estar gos-

tando da cobertura que otando da cobertura que o EstadoEstado, como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado , como quase todos os órgãos de imprensa, tem dado

à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão à escandalosa deterioração moral do governo que preside. E muito menos lhe serão

agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página edi-agradáveis as opiniões sobre esse assunto diariamente manifestadas nesta página edi-

torial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre "se comportar como um torial. Mas ele está enganado. Há uma enorme diferença entre "se comportar como um

partido político" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores partido político" e tomar partido numa disputa eleitoral em que estão em jogo valores

essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.essenciais ao aprimoramento se não à própria sobrevivência da democracia neste país.

Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o Com todo o peso da responsabilidade à qual nunca se subtraiu em 135 anos de lutas, o

EstadoEstado apóia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pe-apóia a candidatura de José Serra à Presidência da República, e não apenas pe-

los méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele los méritos do candidato, por seu currículo exemplar de homem público e pelo que ele

pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e pode representar para a recondução do País ao desenvolvimento econômico e

social pautado por valores éticos. O apoio devesocial pautado por valores éticos. O apoio deve--se também à convicção de se também à convicção de

que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um gran-que o candidato Serra é o que tem melhor possibilidade de evitar um gran-

de mal para o País.de mal para o País. 28

Page 27: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

29

Efetivamente, não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a Efetivamente, não bastasse o embuste do "nunca antes", agora o dono do PT passou a

investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada investir pesado na empulhação de que a Imprensa denuncia a corrupção que degrada

seu governo por motivos partidários. [...]seu governo por motivos partidários. [...]

[...]Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha [...]Se a política é a arte de aliar meios a fins, Lula e seu entorno primam pela escolha

dos piores meios para atingir seu fim precípuo: manterdos piores meios para atingir seu fim precípuo: manter--se no poder. Para isso vale tudo: se no poder. Para isso vale tudo:

alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e, alianças espúrias, corrupção dos agentes políticos, tráfico de influência, mistificação e,

inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia inclusive, o solapamento das instituições sobre as quais repousa a democracia -- a come-a come-

çar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado çar pelo Congresso. E o que dizer da postura nada edificante de um chefe de Estado

que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao que despreza a liturgia que sua investidura exige e se entrega descontroladamente ao

desmando e à autoglorificação? Este é o "cara". Esta é a mentalidade que hipnotiza os desmando e à autoglorificação? Este é o "cara". Esta é a mentalidade que hipnotiza os

brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: "Se brasileiros. Este é o grande mau exemplo que permite a qualquer um se perguntar: "Se

ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?" Este é o mal a evi-ele pode ignorar as instituições e atropelar as leis, por que não eu?" Este é o mal a evi-

tar.tar.

Fonte: Fonte: www.estadao.com.brwww.estadao.com.br, Trecho do Editorial, Trecho do Editorial publicado na seção "Notas e Informa-publicado na seção "Notas e Informa-

ções" da edição de 26/09/2010 do Jornal O Estado de São Paulo.ções" da edição de 26/09/2010 do Jornal O Estado de São Paulo.

Gênero TextualGênero Textual

Os textos Jornalístico tem por natureza gênero textual descritivo, ao descrever para o Os textos Jornalístico tem por natureza gênero textual descritivo, ao descrever para o

leitor os fatos de maneira clara e ágil, apesar disso contém também narração, quando leitor os fatos de maneira clara e ágil, apesar disso contém também narração, quando

se faz necessário para auxiliar a compreensão do leitor, e também da dissertação quan-se faz necessário para auxiliar a compreensão do leitor, e também da dissertação quan-

do a equipe jornalística expressa suas opiniões. Nesses dois exemplos vemos uma des-do a equipe jornalística expressa suas opiniões. Nesses dois exemplos vemos uma des-

crição no primeiro ao explanar ao leitor os números da votação, e uma dissertação no crição no primeiro ao explanar ao leitor os números da votação, e uma dissertação no

segundo exemplo, quando um jornalista expressa a sua opinião sobre determinada segundo exemplo, quando um jornalista expressa a sua opinião sobre determinada

pessoa.pessoa.

Page 28: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

OO s textos publicitários também conhecidos como peças publicitárias, são de s textos publicitários também conhecidos como peças publicitárias, são de

alta circulação social e tendem a se tornar mais e mais comuns em virtude alta circulação social e tendem a se tornar mais e mais comuns em virtude

das características da sociedade em que vivemos, baseada na produção e no consumo de mer-das características da sociedade em que vivemos, baseada na produção e no consumo de mer-

cadorias. São textos que atuam justamente no sentido de convencer o público a comprar de-cadorias. São textos que atuam justamente no sentido de convencer o público a comprar de-

terminado produto ou, ainda, no sentido de despertar a consciência do público para a destrui-terminado produto ou, ainda, no sentido de despertar a consciência do público para a destrui-

ção do nosso planeta, para problemas sociais, entre outros.ção do nosso planeta, para problemas sociais, entre outros.

Neste último caso, os textos publicitários procuram "vender" uma idéia, uma forma de Neste último caso, os textos publicitários procuram "vender" uma idéia, uma forma de

conceber as coisas ou, então, buscam estimular os leitores a mudar seu comportamento, suas conceber as coisas ou, então, buscam estimular os leitores a mudar seu comportamento, suas

atitudes. Assim, temos textos publicitários que visam convencer o leitor a parar de fumar, a atitudes. Assim, temos textos publicitários que visam convencer o leitor a parar de fumar, a

levar uma vida mais saudável, a conservar o patrimônio cultural de uma cidade, a usar adequa-levar uma vida mais saudável, a conservar o patrimônio cultural de uma cidade, a usar adequa-

damente o transporte público, etc. damente o transporte público, etc.

Textos PublicitáriosTextos Publicitários Por Wagner Paiva

Características do Texto PublicitárioCaracterísticas do Texto Publicitário

Objeto que comunica algo para alguémObjeto que comunica algo para alguém

Prevê um enunciador e um enunciatário;Prevê um enunciador e um enunciatário;

Espelha o sujeito/consumidor.Espelha o sujeito/consumidor.

Objeto que comunica algo para alguémObjeto que comunica algo para alguém

Elabora significados a partir de uma cultura;Elabora significados a partir de uma cultura;

É uma construção intencional de significados.É uma construção intencional de significados.

Deve serDeve ser

Conciso;Conciso;

Persuasivo;Persuasivo;

Informativo.Informativo.

E deve ser tudo isso ao mesmo tempo.E deve ser tudo isso ao mesmo tempo.

O texto publicitário é coloquial;O texto publicitário é coloquial;

Não se prende totalmente à língua culta, pois valoriza os usos e costumes do pú-Não se prende totalmente à língua culta, pois valoriza os usos e costumes do pú-

blicoblico--alvo;alvo;

A estruturação do texto publicitário caracterizaA estruturação do texto publicitário caracteriza--se pelo uso de frases curtas, or-se pelo uso de frases curtas, or-

dem direta (sujeito, ações e complemento), supressão de palavras/expressões dem direta (sujeito, ações e complemento), supressão de palavras/expressões

que dificultem a leituraque dificultem a leitura

30

Page 29: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos

Possui um texto verbalPossui um texto verbal

Título, slogan, marca, etc..Título, slogan, marca, etc..

E outro não verbalE outro não verbal

Fotografia, cor, layout, etc..Fotografia, cor, layout, etc..

Outras características comumOutras características comum

Precisam ser planejados;Precisam ser planejados;

Deve haver cuidado com a organização textual;Deve haver cuidado com a organização textual;

O planejamento tem a função de organizar os aspectos fundamentais de uma O planejamento tem a função de organizar os aspectos fundamentais de uma

mensagem, para que o seu produto alcance um texto inteligível para o leitor.mensagem, para que o seu produto alcance um texto inteligível para o leitor.

Contextualização: Contextualização: encadeamento de informações e de idéias que situam o públicoencadeamento de informações e de idéias que situam o público

--alvo/leitor quanto aos aspectos internos e externos do texto. Prepara o leitor para alvo/leitor quanto aos aspectos internos e externos do texto. Prepara o leitor para

um entendimento eficaz do texto;um entendimento eficaz do texto;

Referências: Referências: informações que o leitor necessita para compreender as idéias que informações que o leitor necessita para compreender as idéias que

se apresentam no texto: quem; quando; o quê; como; por quê;se apresentam no texto: quem; quando; o quê; como; por quê;

Estrutura: Estrutura: cada tipo de texto tem uma estrutura adequada aos seus objetivos de cada tipo de texto tem uma estrutura adequada aos seus objetivos de

comunicação. Ela organiza as idéias no nível macro do texto;comunicação. Ela organiza as idéias no nível macro do texto;

Aspectos estéticos: Aspectos estéticos: como o texto precisa falar por si só, o papel, a revista, o tipo e como o texto precisa falar por si só, o papel, a revista, o tipo e

a cor da letra, o espaçamento... constituem aspectos estéticos que chamam a atenção a cor da letra, o espaçamento... constituem aspectos estéticos que chamam a atenção

e ajudam no seu entendimento.e ajudam no seu entendimento.

ExemplosExemplos

Gênero TextualGênero Textual

Os textos publicitário possuem em geral um gênero textual descritivo, Os textos publicitário possuem em geral um gênero textual descritivo,

mesmo sendo ele verbal ou não verbal, pois há a necessidade de descre-mesmo sendo ele verbal ou não verbal, pois há a necessidade de descre-

ver o objeto que se deseja vender.ver o objeto que se deseja vender.

31

Page 30: Revista Oficina de Textos

Oficina de TextosOficina de Textos Oficina de TextosOficina de Textos

32

Universidade Estadual Vale do Acaraú Universidade Estadual Vale do Acaraú -- UVAUVA

Núcleo de Disciplinas Complementares Núcleo de Disciplinas Complementares -- NDCNDC

Disciplina: PortuguêsDisciplina: Português

Professora: Claude Berthe Bloch de C. e SilvaProfessora: Claude Berthe Bloch de C. e Silva

Equipe 01Equipe 01

Adenilson PaivaAdenilson Paiva

Antonio JuanAntonio Juan

Fabiana de BritoFabiana de Brito

Francisco EdilsonFrancisco Edilson

Maria MagalhãesMaria Magalhães

Mikaelle MarquesMikaelle Marques

Raimundo NonatoRaimundo Nonato

Samara de PaulaSamara de Paula

Tales SousaTales Sousa

Wagner PaivaWagner Paiva

Equipe 01 Equipe 01 -- Ciências da Matemática e FísicaCiências da Matemática e Física