Revista On Line SulAmerica2º Edição.

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ANO 01 | Nº 02 | OUT.2011 Claudia Raia estreia Cabaret “É uma obra que continua atual” Gastronomia Da Amazônia para o eixo Rio-SP Vida em Família Prepare sua aposentadoria

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Projeto Gráfico e direção de arte, Projeto realizado na J3P PROPAGANDA.

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Claudia Raia estreia Cabaret “É uma obra que continua atual”

GastronomiaDa Amazônia para o eixo Rio-SP

Vida em FamíliaPrepare sua aposentadoria

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sulamerica.com.br

SulAmérica Saúde, a melhor receita para evitar aborrecimentos na sua empresa.

SulAmérica Saúde. Se aborrecer pra quê?

Em uma grande empresa é normal que existam problemas. Mas a

saúde dos seus funcionários não precisa ser mais um. O SulAmérica

Saúde traz agilidade e transparência para quem não quer saber

de aborrecimentos. Ele oferece diversas opções de planos, ampla

cobertura e atendimento de qualidade. Tudo de um jeito cada

vez mais rápido, claro e fácil. Afi nal, seguro é para resolver os

aborrecimentos e não para ser mais um. Consulte seu corretor de

seguros e contrate já.

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3 _Outubro 2011

Caro leitor,Dedicamos a capa desta edição a um dos espetáculos que encer-

ram a temporada deste ano do Circuito SulAmérica de Música

e Movimento. Criado em 2008, com o objetivo de patrocinar

grandes produções nacionais e internacionais de dança, música

e circo, o Circuito SulAmérica já promoveu diversos espetácu-

los. Xanadu, com Danielle Winits, e Cabaret, com Claudia Raia,

são as nossas próximas produções.

A ligação da SulAmérica com a arte e a cultura é histórica.

Fomos uma das primeiras companhias privadas a investir em

cultura no País. Em 1949, por ocasião da inauguração da filial

no Rio de Janeiro, a companhia promoveu a maior exposição de

arte moderna já realizada no Brasil até então.

Do portfólio cultural da SulAmérica fazem parte atrações

como apresentações dos tenores Luciano Pavarotti e José Car-

reras, a mostra do pintor francês Claude Monet e os shows de

homenagem ao poeta Vinicius de Moraes, em 2000, por ocasião

do seu aniversário de 87 anos.

Patrocinamos por cerca de duas décadas, em parceria com o

jornal O Globo, o Projeto Aquarius, um dos movimentos cul-

turais mais longevos do País, que chegou a reunir um público

EDITORIAL

de mais de 7 milhões de pessoas no período em que foi apoiado

pela seguradora. Multidões reunidas nas areias de Copacabana

puderam usufruir o que há de melhor na música e na dança. No

mundo da dança, graças ao patrocínio da SulAmérica, o Brasil

pôde conhecer, em 2004, o evento Dança da China, que trouxe o

que havia de mais representativo no panorama de dança chinesa.

Já com o Circuito SulAmérica de Música e Movimento, a com-

panhia passou a centralizar suas ações para atingir um público

ainda mais abrangente, democratizando o acesso à cultura e

promovendo, por meio da música, dança e arte, o desenvolvi-

mento social e cultural. Um trabalho vigoroso que incluiu o mu-

sical Gaiola das Loucas, o espetáculo de dança italiana Kataklò,

a companhia de bailarinos ilusionistas Momix Dance Theatre e a

companhia de dança contemporânea Complexions, entre outros.

Além de cultura, esta edição da revista ON Line também trata

de pessoas. Esta companhia não seria o que é se não contasse

com a força produtiva de seus mais de 5 mil colaboradores em

todo o País. Nosso objetivo é engajar todos os funcionários e dar

a eles ferramentas para que possam construir uma carreira de

sucesso alinhada aos objetivos da SulAmérica. Para isso, contra-

tamos recentemente a executiva Vanessa Pina para comandar a

diretoria de Capital Humano da SulAmérica, que nos conta em

uma entrevista exclusiva o conceito de gestão de pessoas que

pretende implantar na companhia.

A próxima edição da ON Line está prevista para o primeiro

semestre de 2012. Até lá, caro leitor, você poderá acompanhar

as novidades da SulAmérica pela internet, no site corporativo

ou em nossa fan page no Facebook.

Boa leitura!

Thomaz Cabral de Menezes

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04_Outubro 2011

06 SOBRE RODAS LOUCOS POR CARROS E PELA WEBA paixão dos brasileiros por carros invade a internet

12 VIDA SAUDÁVELPÉ NA AREIAOs benefícios do futevôlei e de outros esportes praticados na areia

18 PERFILCLAUDIA RAIA E O CABARETUm musical para sempre

24 FORA DA FIRMADO ROCK À CERÂMICAOs hobbies de Fábio Ferreira e Beth Santoro

28 CORPORATIVOO VALOR DO CAPITAL HUMANOVanessa Pina e sua metodologia de valorização do profissional

32 SUSTENTABILIDADELIXO ELETRÔNICOO descarte adequado dos aparelhos eletrônicos

40 GASTRONOMIAOS SABORES DA AMAZÔNIAA riquíssima culinária da região amazônica

48 VIDA EM FAMíLIAO PAÍS ENVELHECEA preparação rumo a uma boa aposentadoria

Sumário

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05 _Outubro 2011

Conselho Editorial

Zeca VieiraDiretor de Marketing Corporativo

Solange GuimarãesSuperintendente de Comunicação Institucional

Daniela CamposGerente de Comunicação Institucional

Sara DalsinAnalista de Comunicação Institucional

FotosPhotocâmera

Projeto Editorial

Rua Artur de Azevedo, 560 - Pinheiros - SP 05404-001 - Tel.: ( 55 11) 2182-9500 www.j3p.com.br

Fábio PereiraDiretor de Criação

Cesar RodriguesDireção de Arte Projeto Gráfico

Melissa RondonDireção de Arte

Chico VolponiCoordenador de Custom Publishing

Débora Moysés e Luciana FagundesRevisão

Osmar Tavares JuniorArte Final

Giuliano PereiraDiretor Responsável

Sergio ZobaranConteúdo

ColaboradoresEduardo ZobaranFrançoise TerzianLéa Maria Aarão ReisVerônica Couto (textos)Paulo Brenta Fernando Frazão (fotos) Nelson Aguilar (fotos)

PUBLISHING

52 CONTA CORRENTENA ONDA DOS BONS VENTOSO Brasil experimenta os benefícios do bônus demográfico

58 CASA E ARQUITETURALAR DOCE ESCRITÓRIOPara deixar seu ambiente de trabalho mais funcional e agradável

64 BRASIL S/ALEONEL ANDRADE, PRESIDENTE DA CREDICARDA importância das parcerias estratégicas e como anda o mercado de cartões

70 hUMORPOR DIOgO SALLESSaúde Ativa

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6_Outubro 2011

Sobre Rodas

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07 _Outubro 2011

POR EDUARDO ZOBARAN

APAIXONADOS PoR C@RRoS

Os automóveis – e seus fãs blogueiros – invadem a internet

A paixão dos brasileiros por automóveis cresce a cada dia,

sem que seja necessária a construção de qualquer autódro-

mo. Bastam uma conexão na internet e uma rápida visita

aos sites de buscas para encontrar centenas de endereços

em português que tratam do assunto. Carros de corrida, antigos ou

modifi cados são apenas algumas das opções no vasto cardápio digital,

no qual as mulheres, antes vistas apenas na hora de segurar o guarda-

sol sobre o capacete dos pilotos de Fórmula 1, ganham posições. “Ain-

da existe muito preconceito nesse universo por eu ser uma mulher e

conhecer do assunto. É até pior do que no futebol. Tento não dar muita

bola para isso e só expor as minhas opiniões. Assim já convenço a

pessoa que sei do que estou falando e a birra acaba” – relata Bárbara

Franzin, do blog velocidade.org.

À esquerda: Ony Coutinho começou sua paixão por carros quando entrou para a faculdade de economia e ganhou o antigo carro da família

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08_Outubro 2011

Sobre Rodas

Bárbara Franzin criou um blog de automobilismo sem pretensões e o hobby se tornou trabalho

Apaixonada por corridas, a jornalista de 27 anos começou a frequen-

tar autódromos em 1998. O interesse inicial era pela Fórmula 1, mas

invadiu outras categorias do automobilismo. Em 2005, queria investir

seu tempo no assunto e criou o blog com a ajuda do noivo, que deu

dicas para o design da página. Não parou mais. Desde 2007, o blog

faz um podcast, bate-papo de Bárbara com outro blogueiro, Thiago

Raposo, do Café com F1. Recentemente, um terceiro blogueiro, Thiago

Rosa, também do velocidade.org, foi adicionado ao programa que já ul-

trapassou sua centésima edição. “Durante a semana temos textos mais

variados ou opinativos, o podcast e a coluna Diário de Bordo. No fi m

de semana cobrimos as categorias que estão rolando. Confesso que não

é fácil esse ritmo de atualizações. A média é de um ou dois posts por

dia, aumentando para quatro ou cinco no sábado e domingo” – explica

Bárbara, mostrando que o blog deixou de ser brincadeira há muito

“Eu vejo a participação das mulheres crescendo

cada vez mais, tanto nas pistas quanto nas

coberturas”Bárbara Franzin

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tempo. “Temos um grupo de editores no Facebook

com quem compartilhamos sugestões de pauta ou

ideias, e quem estiver livre naquele momento avisa

que escreverá sobre o assunto.”

Contaminada pela vida de blogueira e pelas com-

petições, Bárbara também se dedica a interagir com

os leitores do blog. É de lá que recebe muitos elogios

pelo fato de ser uma mulher e manter um blog sobre

o universo dos carros. “Eu vejo a participação das

mulheres crescendo cada vez mais, tanto nas pistas

quanto nas coberturas. São mulheres que trabalham

em equipes, assessoram pilotos, são enviadas de

seus veículos ou que correm mesmo. Podemos ver na

Indy, em que temos três mulheres no grid e sempre

chamando atenção. Tem muita mulher fã de corrida

também, e esse número aumenta cada dia mais.”

Para uma jovem jornalista de São Paulo, a esco-

lha por um blog para falar de sua paixão foi natu-

ral. Um economista de 50 anos, que trabalha numa

empresa de consultoria imobiliária no Rio de Ja-

neiro, escolheu a mesma ferramenta para divulgar

sua paixão. Aficionado por um modelo específico de

carros da americana Chrysler, o DeSoto, Ony Cou-

tinho fez da internet uma prateleira para a coleção

que guarda na garagem de seu prédio. Algo que po-

deria ter ajudado a garimpar informações quando

resolveu reformar com peças originais o presente

que seu pai ofereceu a ele quando ingressou na fa-

culdade em 1980, um DeSoto Diplomat Special De

Luxe Sedan de 1947. “Queria fazer uma bela refor-

ma, 100% original. Levei mais de três anos restau-

rando. Fiz muitos contatos com sócios do Veteran

Car Club – o clube de carros antigos com repre-

sentação em várias cidades do Brasil – e escrevia

para o exterior. Era tudo via correio, um verdadeiro

estudo para obter informações”, relembra.

A blogueira posa no Autódromo de Interlagos ao lado do piloto brasileiro Luiz Razia

Automobilismo: paixão nacional

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10_Outubro 2011

Sobre Rodas

Mesmo quando encontrava uma peça, a certeza de

tê-la não existia. Em uma de suas buscas, localizou

um pequeno holofote no melhor estilo dos carros de

polícia e que tanto queria. Com um valor inestimá-

vel, o dono topou uma troca com uma condição: que

o ajudasse a encontrar uma lente para seu Ford de

1929. “Quem tem boca vai a Roma e naquela época

era assim mesmo. Hoje, os livros estão na internet. É

link, é fórum, é tudo” – explica Coutinho, que parti-

cipa diariamente de um movimentado fórum com do-

nos de Chryslers antigos dos Estados Unidos. “Isso só

acrescenta. Para montar meu carro, tive que viajar, ir

para feiras, garimpar as peças em ferros-velhos. Hoje

existem mercados das pulgas nos eventos e também

na internet. Está tudo mais fácil.” Coutinho prefe-

re não responder quantos carros possui na garagem,

mas seu blog, desotony.blogspot.com, dá a dica ao

apontar seis, dos quais quatro são DeSoto. Tem ainda

outro que utiliza no dia a dia para evitar desgastes

das relíquias. As raridades ganham as ruas nos fi ns

de semana, seja quando Coutinho vai jogar peteca

com os amigos na praia ou jantar com a família em

um restaurante. Os manobristas, no entanto, nun-

ca desfrutam a oportunidade de guiar seu carro. Só

poucos amigos têm o privilégio. “Estacionar? De jeito

nenhum. Só quando tem encontro de carros antigos

em Araxá é que deixo um amigo dirigir. Levo sem-

pre dois carros. Vou em um e ele no outro” – conta

Coutinho, citando o encontro que acontece na cidade

mineira a quase 800 km do Rio de Janeiro.

A SulAmérica tem o produto ideal para quem acabou de realizar o sonho de comprar um carro novo: o SulAmérica Auto Zero km. O produto foi elaborado para atender às necessidades dos clientes que acabaram de investir em um veículo zero, garantindo a segurança do patrimônio. O seguro traz vantagens exclusivas aos proprietários de carros novos, veículos de passeio e picapes, entre elas a possibilidade de contratação do seguro do veículo pelo valor pago no ato da compra, por toda a vigência do contrato, e para os casos de sinistro com perda total, na modalidade Valor Determinado. Além disso, o cliente conta com serviços diferenciados dentro do pacote da Assistência 24 Horas, como o serviço Leva e Traz para a primeira revisão do automóvel, em que um profi ssional busca o veículo segurado e direciona à concessionária escolhida pelo cliente para a revisão disponibilizando um táxi, sem custo, para transportá-lo de volta à sua casa ou à concessionária para a retirada do veículo. O cliente que contratar o plano 4 da Assistência 24 Horas conta também com cobertura para danos nas lanternas, retrovisores e faróis gra-tuita, opção disponível para veículos de fabricação nacional. Para os veículos com chave codifi cada, um benefício extra: em caso de perda, a seguradora providenciará a segunda via sem custo adicional. Mulheres ganham em dobro Mulheres motoristas que acabaram de comprar um carro novo terão vanta-gens duplicadas. Isso porque, além de todos os diferenciais que a cliente ganha ao ter o seguro para o público feminino – como o Motorista Amigo, troca de pneus ilimitada e profi ssional para acompanhá-la à delegacia para a efetivação do boletim de ocorrência, por exemplo –, ainda pode incluir todas as vantagens do SulAmérica Auto Zero km na apólice.

SulAmérica Auto Zero kmCARRO ZERO, VANTAGENS MIL

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11 _Outubro 2011

Curiosamente, o primeiro dos DeSoto parou na

mão dele por acaso. Caçula de cinco irmãos, seu pai

estava com as economias apertadas quando o fi lho

ingressou na faculdade. Todos os irmãos já haviam

levado um automóvel para casa quando passaram no

vestibular e a solução encontrada foi deixar o fi lho

mais novo com o carro encostado na garagem. Anti-

quado, o DeSoto fazia uma de suas irmãs passar ver-

gonha sempre que era utilizado pela família. Trinta

e um anos depois, fez do economista apaixonado por

carros um verdadeiro mecânico. “Aprendi com todos

os meus mecânicos calibres, medições e todos os cui-

dados que deveria ter. Hoje, quem faz a ofi cina sou

eu: freio, embreagem, carburador”, orgulha-se.

“Para montar meu carro, tive que viajar, ir para feiras, garimpar as peças em ferros-velhos. Hoje existem mercados das pulgas nos eventos e também na internet. Está tudo mais fácil”

Ony Coutinho

Para manter sua paixão por carros antigos, Ony aprendeu a mecânica dos veículos e é ele quem faz os reparos

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SUOR nA AREIADisponíveis em grande parte do Brasil,as praias são um ambiente democráticopara a prática de esportes ao ar livre

Rafael Abdo sobe para cabecear a bola nas areias de praia carioca

Vida Saudável

A bola sobe junto à rede e o jogador tem apenas um

toque para passá-la para a quadra adversária. Em

uma partida de vôlei, bastaria um toque com a mão

para conquistar o ponto. Mas o jogo é de futevôlei, e a única

opção para Rafael Abdo, corretor de seguros, é lançar um

dos pés à altura da rede de mais de 2 metros – e a bola vira

ponto. Depois da manobra plástica, vai de encontro ao chão.

A areia da praia da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, amor-

tece o impacto. A poucos metros dali, duas duplas disputam

uma animada partida de beach tennis, uma modalidade que

chegou há poucos anos no Brasil. Amigos conversam du-

rante um trote leve pela areia fofa, e uma pelada começa

a ser disputada por meninos e meninas. Tudo na areia, um

espaço democrático e presente em todo o litoral brasileiro,

que oferece condições únicas para a prática esportiva e está

ao lado de um refrescante mergulho.

POR EDUARDO ZOBARAN | FOTOS FERNANDO FRAZÃO

Page 13: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

“Não faço academia. Só o que faço de exercício é jogar futevôlei. Nos fi ns de semana, chego na rede às 8h da manhã e passo o dia inteiro jogando”

Abdo e seu time são premiados pelo diretor Carlos Alexandre ao fi nal do Futvôlei 4x4 SulAmérica

Brasil e Paraguai fi zeram a grande fi nal

Thomaz Cabral deMenezes com Romário

13 _Outubro 2011

“Não faço academia. Só o que faço de exercício é

jogar futevôlei. Nos fi ns de semana, chego na rede às

8h da manhã e passo o dia inteiro jogando. Só saio no

fi nal da tarde. Quando tenho algum tempo nos dias

de semana, seja bem cedo ou depois do trabalho, dou

uma passada por lá e isso já basta”, conta Abdo, sócio

da Paper Assessoria de Seguros.

A dedicação já rendeu vitórias em torneios amadores

realizados na praia ou em condomínios. Abdo chegou

a se inscrever em um torneio em Miami, nos Estados

Unidos, mas, na última hora, por conta do trabalho,

acabou tendo que cancelar a participação. O troféu

mais importante foi conquistado no inédito Mundial

de Futevôlei 4x4 SulAmérica, disputado entre março e

abril deste ano, em Ipanema. Enquanto o Paraguai de

Romerito e Quicho – melhor jogador do campeonato

– desbancou equipes brasileiras de Romário e Renato

Gaúcho, Abdo venceu no torneio paralelo, disputado

apenas por amadores. Além do troféu, ele se apressa

em contar que ainda levou para casa uma bicicleta.

Abdo já trocou passes com o ex-jogador da seleção

brasileira Júnior e com Júlio César, atual goleiro da

seleção. Flamenguista, no início de julho, pela pri-

meira vez, dividiu a quadra com Ronaldinho Gaúcho,

craque de seu time do coração. Uma responsabilidade.

“Fiz dupla com ele. É uma pressão e, ainda por cima,

estávamos jogando contra o melhor jogador do Brasil.

Fomos muito bem e ganhamos por 24 a 22.”

Rafael Abdo

Page 14: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

“Muitas pessoas usam o treino na areia para dar um condicionamento físico ou recuperar lesões”

Equipe de corrida treina na areia fofa da Praia do Leblon. Ao fundo, o Morro dos Dois Irmãos

14_Outubro 2011

Vida Saudável

O que Abdo escolheu como estilo de vida há 11

anos, muitas assessorias esportivas investiram como

fonte de motivação para seus alunos. Dos grupos de

corrida de rua aos consultores individuais de atle-

tas amadores ou profi ssionais que exigem melhoria

no rendimento, não há quem não aproveite as ca-

racterísticas únicas da areia para auxiliar na busca

por melhores tempos e qualidade de vida. “Muitas

pessoas usam o treino na areia para dar um condi-

cionamento físico ou recuperar lesões. Você tem que

aplicar muito mais força na areia e as passadas são

irregulares, diferentemente do que acontece no as-

falto. Muda a amplitude da passada, a forma de pisar

é diferente, a força aplicada no pé também. Como é

uma atividade sempre irregular, acaba trabalhando

muito os músculos estabilizadores, da parte interna

e externa da perna”, explica Ricardo Hirsch, diretor

técnico da Personal Life, com mais de 350 alunos em

São Paulo e no Rio de Janeiro. A areia fofa absorve

o impacto, outro benefício, mas o trabalho, ressalta

Hirsch, exige orientação de um especialista. Mesmo

para aqueles que já estão habituados a correr no as-

falto ou na esteira, a transição para a areia deve ser

lenta e gradual. “Meia hora na areia pode representar

até uma hora e meia na rua. Tem que começar de-

vagar, com 5 ou 10 minutinhos”, conta Hirsch, que

também usa a areia como estímulo para a fuga dos

ambientes fechados das academias.

Ricardo Hirsch

Page 15: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

15 _Outubro 2011

A areia fofa das praias amortece as quedas de outra turma de atletas. São os praticantes do slackline. O esporte, criado por escaladores em períodos de distração e treinamento, é uma versão moderna da corda bamba. Ao cruzar a corda, presa em duas árvores em praias ou parques, os praticantes testam seu equilíbrio. “É um esporte de desafios e sempre em harmonia com a natureza”, explica Gildeão Melo, o Xaro-pinho, atleta da Slackline Brasil. “Para quem está em forma, em duas horas já dá para atravessar um slack de 7 ou 8 metros.” A distância, é claro, já ficou pequena para Gildeão. Escalador, ele pratica o esporte há mais de três anos – que

é exatamente o tempo em que a prática virou febre no Brasil. Já são mais de 3 mil praticantes no País, mas poucos fazem o que Gildeão consegue. Ele treina o longline, com cordas de 25 a 30 metros. Tudo para se aventurar no highline, que é o longline em altitude. “Um dos melhores lugares é atravessar alguns pontos da Pedra da Gávea, na zona Sul do Rio. São mais de 800 metros de altitude com vento forte e a vista mais bonita da cidade”, conta ele, que, por precaução, veste um cinto de segurança ligado à corda. “O esporte trabalha abdômen, panturrilha e coxa. Mas o que mais exercita é a cabeça”, completa.

Na corda, um esporte “cabeça”

Slackline: a nova moda que invade as praias cariocas

Page 16: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

16_Outubro 2011

Vida Saudável

O futebol de areia e o vôlei de praia são esportes já

consagrados, assim como o frescobol. Nos últimos dois

anos, um esporte nem tão novo invadiu as areias do

Rio de Janeiro e conquistou praticantes de todas essas

modalidades. Inventado há mais de 30 anos em Raven-

na, na Itália, o beach tennis, ou tênis de praia, trabalha

membros inferiores e superiores sem deixar de lado a

competitividade. Samantha Barijan e Joana Cortez são

as representantes brasileiras no circuito mundial femi-

nino. Samantha é a sétima colocada no ranking mun-

dial, e Joana, que é bicampeã pan-americana de tênis,

quinta. “Virou uma epidemia no Rio de Janeiro e quase

que um estilo de vida para algumas pessoas.

Assim como o frescobol, é fácil de jogar e de apren-

der. E também tem a parte competitiva”, explica Sa-

mantha. As regras são parecidas com as do tênis, com

partidas divididas em sets e games. A rede lembra a do

vôlei, com 1,70 m, e a raquete é mais parecida com a

do frescobol. Já a bola é como a utilizada nas partidas

de tênis, só que despressurizada. Há partidas simples e

de duplas, e longas disputas são comuns. “O curioso é

que o beach tennis trouxe a turma que já frequentava

a praia para jogar futebol, vôlei e frescobol. O pessoal

do tênis gostou e entrou também”, conta Samantha,

que dá aulas em uma academia da Barra da Tijuca

e na praia. “Tem gente que não gosta de academia.

Beach tennis: competição e performance

Page 17: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

17 _Outubro 2011

Da respiração à circulação de um atleta, muito de sua saúde passa pela boca. Aqueles que praticam esporte precisam estar aptos para “entrar em campo” sem diminuir o rendimento físico ou sofrer trau-mas – prevenindo-se e tratando integralmente de sua saúde. O SulAmérica Odontológico oferece, entre as vantagens, opções de coberturas adicionais às exigidas por lei. Além disso, todos os clientes contam ainda com uma rede nacional referenciada com profi ssionais qualifi cados e com títulos de especialização, incluindo dentistas habilitados a tratar de pacientes portadores de necessida-des especiais, e reembolso no Brasil e no exterior. Aquele que optar por contratar o seguro odontológico com a SulAmérica dispõe ainda da opção de contratação do plano Prestige, o que inclui, entre os di-ferenciais, a emergência odontológica domiciliar, concierge, courier para retirada de documentos de reembolso, rede referenciada exclu-siva, clareamento a laser e o Spa Odontológico, um serviço exclusivo para um tratamento dentário completo, podendo ser realizado em um único dia, para maior comodidade do segurado. O SulAmérica Odontológico oferece contratação fl exível, sem carên-cia, e é destinado a empresas do segmento PME, de 3 a 29 pessoas, e grupos acima de 30 membros. Todo cliente que adquire o seguro tem como benefício o Saúde Bucal Ativa, programa de prevenção e promoção à saúde bucal, cujo principal objetivo é combater as causas e gerenciar doenças crônicas por meio de uma equipe de profi ssionais especializados da SulAmérica.

Aqui a gente trabalha membros inferiores e superio-

res. É um esporte completo.” Independentemente do

esporte ou mesmo da superfície em que for praticado,

é sempre importante a atenção com a saúde. Históri-

co familiar de doenças e exames médicos atuais são

algumas das informações que devem ser passadas ao

profi ssional que orientará as atividades. Se não forem

bem trabalhados, os exercícios na areia podem ser

arriscados. E as lesões, diz Hirsch, nem sempre apa-

recem imediatamente: “A lesão não é ação e reação.

Você dá uma corrida agora, amanhã e depois, mas só

muito na frente é que vai ver um resultado negativo,

como uma lesão”.

A saúde começa pela bocaSulAmérica Odontológico cresce e se consolida no mercado

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Page 18: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

18_Outubro 2011

Perfil

Não se pode fazer qualquer analogia entre a personagem Sally Bowles, uma prostituta, eternizada no filme Cabaret por Liza Minneli (o que lhe rendeu um Oscar em 1973), com a vida ou a obra de Claudia Raia. Para a atriz, que está prestes a dar vida à personagem na versão brasileira da história, a grande dife-rença entre as duas é que, enquanto Sally Bowles não consegue entrar em con-tato com ela mesma, Claudia busca se conhecer profundamente. “Neste último ano dei de cara comigo mesma”, comenta.

São 28 anos de uma sólida carreira, de muito sucesso. Do cult ao pop, foram 13 peças de teatro (da pioneira Chorus Line, aos 17 anos, até a atual Cabaret), 13 novelas (de Roque Santeiro a Ti-ti-ti, passando pela Rainha da Sucata e A Fa-vorita), sete programas de televisão (entre eles TV Pirata e Não Fuja da Raia) e quatro minisséries (destaque para Engraçadinha, de Nelson Rodrigues), sempre na TV Globo, além de cinco filmes de longa-metragem, como Matou a Família e Foi ao Cinema e Os Normais. Dirigida por José Possi Neto, em versão brasileira de Miguel Falabella e direção musical de Marconi Araújo – e com estreia em ou-tubro, no Teatro Procópio Ferreira, em São Paulo –, Cabaret segue depois para o Rio de Janeiro, em março de 2012: Claudia Raia não para.

“Quero ser Bibi Ferreira e Marília Pêra quando crescer”

Claudia Raia estreia em São Paulo o eterno musical Cabaret, com patrocínio da SulAmérica, e dá entrevista exclusiva à ON Line

18_Outubro 2011

POR SERGIO ZOBARAN | FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Page 19: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

FOTO : PASCHOAL RODRIGUEZBELEZA: DANIEL HERNANDEZSTYLING: FABRICIO MAIA

Page 20: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

ON Line: Vimos você pela primeira vez no musical Chorus Line, uma produção do Walter Clark, no Rio de Janeiro, num teatro em Copacabana...Claudia Raia: Chorus Line estreou em São Paulo no Teatro Sér-

gio Cardoso e no Rio foi no Teatro Tereza Rachel. Era o meu

início, e o teatro me arrebatou.

ON Line: Você fazia a Sheila, a mais velha do elenco de baila-rinos, a ex-mulher do Zack, não era isso? Como se sentia, tão garotinha, fazendo aquele papel?Claudia Raia: Foi um grande desafi o, já que eu tinha 17 anos e

nunca tinha trabalhado como atriz. Entrei no susto, e o exercício

de representar me fez uma atriz.

On Line: O musical Cabaret volta aos palcos brasileiros mais de 20 anos depois (a primeira produção brasileira foi assina-da por Jorge Takla, em 1989). Por quê? Claudia Raia: Cabaret é uma obra que não envelhece, continua

atual. É possível visitá-la e reinventá-la, agora e para sempre.

On Line: Ao comprar os direitos do espetáculo junto com San-dro Chaim, o que vocês têm em mente, além de um sucesso estrondoso, como sempre acontece com seus musicais?Claudia Raia: Temos a paixão pelo teatro musical e a coragem

de remontar uma obra tão conhecida sob um novo olhar.

On Line: Como vê a cena brasileira no gênero? Acha que aju-dou a reabrir o caminho para o musical no Brasil?Claudia Raia: Claro que sim, e não fi z isso sozinha. Miguel Fa-

labella, Charles Möeller, Claudio Botelho, Wolf Maya, Marília

Pêra, Jorge Takla e Bibi Ferreira contribuíram muito e lutaram

pelo teatro musical.

On Line: Inspira-se em alguma dama do teatro, do musical ao rebolado? Claudia Raia: Tenho dois lindos exemplos a seguir, Bibi Ferrei-

ra e Marília Pêra, duas grandes atrizes, cantoras, show women.

Quero ser como elas quando crescer.

teatro (T), novelas (N), programas de TV (P), minisséries (M) e fi lmes (F).

ROQUE SANTEIRO (N)Personagem: Ninon Autor: Dias Gomes e Aguinaldo Silva Direção: Gonzaga Blota, Jayme Monjardim, Marcos Paulo e Paulo Ubiratan

1986 CIDA, A GATA ROQUEIRA (P)Personagem: Cida Autor: Paulo César Coutinho Direção: Roberto Thalma

1987SASSARICANDO (N)Personagem: Tancinha Autor: Silvio de Abreu Direção: Cecil Thiré, Lucas Bueno e Miguel Falabella O OUTRO (N)Personagem: Edwiges Autor: Aguinaldo Silva Direção: Miguel Falabella

1984JÔ SOARES (P)Autor: Max Nunes, Milton Marques e Paulo César Maruzzi Direção: Cecil Thiré

1985GATÃO DE ESTIMAÇÃO (T)Autor: Gérard LauzierAdaptação: Luis Fernando Veríssimo

1988SPLISH SPLASH (T)Autor: Flávio Marinho Direção: Wolf Maya

TV PIRATA (P)Autor: Casseta & Planeta, Luis Fernando Veríssimo, Patricia Travassos e Mauro RasiDireção: Guel Arraes

KUARUP (F)Autor: Antonio Callado Direção: Ruy Guerra

1989LOJA DOS HORRORES (T)Autor: Roger Corman Tradução: Flávio Marinho Direção: Wolf Maya

BOCA DE OURO (F)Autor: Nelson RodriguesDireção: Walter Avancini

1983CHORUS LINE (T)Personagem: Sheila Autores: James Kirkwood e Nicholas Dante Direção: Michael Bennett

20_Outubro 2011

Perfi l

Linha do tempo da carreira

Page 21: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

On Line: Fale sobre a escolha da direção por José Possi Neto e a versão brasileira de Miguel Falabella. Eles, de alguma forma, atualizaram a peça?Claudia Raia: O Possi é um antigo sonho, acho um diretor

extraordinário, autoral e com uma estética muito sofi stica-

da e inesperada. Miguel, com todo o seu talento e humor,

traz para nossa versão um pouco da brasilidade – sem per-

der a Alemanha dos anos 1930.

On Line: A caracterização feita por Liza Minneli a influenciou?Claudia Raia: Sem dúvida infl uencia, já que a Liza Minneli

é Sally Bowles, e eu entro de coadjuvante neste grande

sucesso que deu o Oscar a ela. A personagem nada tem a

ver com o meu momento, nem com a minha personalidade,

a Sally Bowles é uma prostituta que vive muitos persona-

gens dentro dela e não consegue entrar em contato com ela

mesma. Já eu busco me conhecer e me administrar e neste

último ano dei de cara comigo mesma.

1991/92/93 NÃO FUJA DA RAIA (T) Autor: Silvio de Abreu Direção: Jorge Fernando

1991MATOU A FAMÍLIA E FOI AO CIMENA (F)Autor: Júlio Bressane Direção: Neville D’Almeida

1992DEUS NOS ACUDA (N)Personagem: Maria Escandalosa Autor: Silvio de AbreuDireção: Jorge Fernando

1993 ED MORT – NUNCA HOUVE UMA MULHER COMO GILDA (P) Personagem: Gilda Autor: Luis Fernando Veríssimo Adaptação: Jorge Furtado Direção: Guel Arraes

LISBELA E O PRISIONEIRO (M) Personagem: Inalda Autor: Osmar Lins Direção: Guel Arraes

1995 ENGRAÇADINHA (M)Personagem: Engraçadinha Autor: Nelson Rodrigues Direção: Denise Saraceni e Johnny Jardim

1990RAINHA DA SUCATA (N)Personagem: Adriana(bailarina das pernas grossas) Autor: Silvio de Abreu Direção: Jorge Fernando TV PIRATA (P)

1993/94/95/96NAS RAIAS DA LOUCURA (T)Autor: Silvio de Abreu Direção: Jorge Fernando

1995/6: NÃO FUJA DA RAIA (P)Autor: Silvio de Abreu Direção: Jorge Fernando

21 _Outubro 2011

FOTO: PASCHOAL RODRIGUEZ | BELEZA: DANIEL HERNANDEZ | STYLING: FABRICIO MAIA

Page 22: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

On Line: Como está o seu preparo físico e emocional para encenar o espetáculo?Claudia Raia: Não só meu preparo físico é intenso, mas também o meu preparo

vocal. Malho pelo menos quatro vezes por semana, faço aula de balé clássico

seis vezes por semana e aula de canto também, além de seguir uma dieta ba-

lanceada; tudo com supervisão de excelentes profi ssionais.

On Line: A estreia em São Paulo tem uma razão estratégica? Por quê?Claudia Raia: São Paulo é a grande capital do cenário artístico nacional. Aqui

temos um público preparado e com poder aquisitivo. E já viciado em musicais.

On Line: Qual a importância do patrocínio na realização de uma peça? Como foi até vocês chegarem à SulAmérica? Claudia Raia: Bom, seria impossível sem o apoio dos patrocinadores. São pro-

jetos caríssimos e com manutenção cara também, e o preço dos ingressos

jamais supriria as necessidades da produção. Portanto, é inviável sem patrocí-

nio. A SulAmérica já é parceira da Chaim Produções há algum tempo, e agora

sinto muito orgulho em ter uma seguradora com tanta credibilidade unindo

seu nome ao nosso.

2001/02AS FILHAS DA MÃE (N)Personagem: Ramona Autor: Silvio de Abreu Direção: Jorge Fernando

OS NORMAIS (P)Direção: Guel Arraes

2002O BEIJO DO VAMPIRO (N)Personagem: Mina Autor: Antônio Calmon Direção: Marcos Paulo e Roberto Naar

2003ABRACADABRA (F)Personagem: Madrasta da Branca de Neve Autor: Flávio de Souza Direção: Moacir Góes

1998TORRE DE BABEL (N)Personagem: Ângela Vidal Autor: Silvio de Abreu Direção: Denise Saraceni

1996CAIA NA RAIA (T) Autor: Silvio de Abreu Direção: Jorge Fernando

Linha do tempo da carreirateatro (T), novelas (N), programas de TV (P), minisséries (M) e fi lmes (F).

1999 5 X COMÉDIA (T)Autor: Miguel Falabella Direção: Miguel Falabella

2000TERRA NOSTRA (N)Personagem: Hortência Autor: Benedito Ruy Barbosa Direção: Jayme Monjardim e Carlos Magalhães

2004/05BATALHA DE ARROZ NUM RINGUE PARA DOIS (T)Personagem: Ângela Autor: Mauro Rasi Direção: Miguel Falabella

2005MAD MARIA (M)Personagem: Teresa Autor: Benedito Ruy Barbosa Direção: Jayme Monjardim

2006 BELÍSSIMA (N)Personagem: Safi ra Autor: Sílvio de Abreu Direção: Denise Saraceni

2000/01O BEIJO DA MULHER ARANHA (T)Personagem: Aurora Baseado no romance de Manuel PuigVersão musical: Claudio Botelho Direção: Wolf Maya

“Cabaret é uma obra que não envelhece, continua atual. É possível visitá-la e reinventá-la, agora e para sempre”

Claudia Raia

22_Outubro 2011

Perfi l

Page 23: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

Com estreia marcada para a segunda semana de outubro no Teatro Pro-cópio Ferreira, em São Paulo, Cabaret é mais uma grande peça musical internacional patrocinada pela SulAmérica este ano, em seu Circuito SulAmérica de Música e Movimento. Ao lado de Hair, um símbolo vivo da cultura hippie dos anos 1960, e de Xanadu, que revive o auge da era das discotecas, Cabaret, que tem direção de José Possi Neto e direção musical de Marconi Araujó, promete marcar a história dos musicais no País. O enredo do espetáculo conta a história da cantora e dançarina

SERVIÇO

CABARETA partir de 27 de outubroTeatro Procópio FerreiraRua Augusta, 2.823 – São Paulo30% de desconto para clientes,funcionários e corretores SulAmérica

Cabaret e Xanadu

americana Sally Bowles, que se envolve com um professor de inglês e um nobre alemão em plena Alemanha nazista, nos anos 1930. Cabaret fi ca em cartaz na capital paulista até março, seguindo para o Rio de Ja-neiro, onde cumpre temporada por todo o primeiro semestre do próximo ano. Xanadu estreia no Rio de Janeiro em dezembro deste ano, com Thiago Fragoso, além de Danielle Winits à frente do elenco como a bela musa grega Kira, que cai do Monte Olympus diretamente em Venice Beach, na Califórnia, na década de 1980. 

XANADUA partir de 1º de dezembroTeatro Oi Casa Grande – Rua Afrânio de Mello Franco, 290 – Rio de Janeiro 30% de desconto para clientes,funcionários e corretores SulAmérica

Circuito SulAmérica de música e movimento: é tempo de grandes musicais

2007SETE PECADOS (N)Personagem: Ágatha Autor: Walcyr Carrasco Direção: Jorge Fernando

2008A FAVORITA (N)Personagem: Donatela Fontini Autor: João Emanuel Carneiro Direção: Ricardo Waddington

2009 OS NORMAIS 2 - A NOITE MAIS MALUCA DE TODAS (F)Direção: José Alvarenga Jr.

2006/07SWEET CHARITY (T)Personagem: Charity Autor: Neil Simon Direção: Charles Möeller Versão musical: Claudio Botelho

2009/2010PERNAS PRO AR (T)Personagem: Helô Autor: Luis Fernando Veríssimo Direção: Cacá Carvalho

2010TI-TI-TI (N)Personagem: Jaqueline Autor: Maria Adelaide Amaral Direção: Jorge Fernando

2011 Cabaret (T)Personagem: Sally BowlesVersão brasileira: Miguel FalabellaDireção: José Possi Neto

23 _Outubro 2011

FOTO: PASCHOAL RODRIGUEZ | BELEZA: DANIEL HERNANDEZ STYLING: FABRICIO MAIA

Page 24: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

24_Outubro 2011

Fora da Firma

Para o paulista Fábio Ferreira, supervisor de sinistro de seguro saúde e baterista da banda Garbage Truck, a possibilidade da realização de um hobby no dia a dia, em paralelo ao trabalho e à família, é importantíssima e o leva longe. Já para a carioca Beth Santoro, não existe hora ou local para o momento da criação. Segundo esta corretora e ceramista – simultaneamente –, ele chega de repente, unindo natureza, ciência e arte.

o LADo InTERESSAnTE E DESConHECIDo DE QUEM VoCÊ ConHECE

LADO B

Fabio Ferreira descobriu o rock com Led Zeppelin

Page 25: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

25 _Outubro 2011

Fábio Ferreira “Ao ouvir Led Zeppelin, entendi o que é tocar uma bate-

ria, não só com as mãos, mas com o coração e a alma.” O

depoimento é do supervisor de sinistro de seguro saúde da

SulAmérica, Fábio Ferreira, cuja vida mudou a partir daí.

Em paralelo ao seu trabalho na seguradora e à sua família,

a bateria, sua paixão, é seu instrumento na banda Garbage

Truck (caminhão de lixo), uma homenagem à californiana

Creedence Clearwater Revival, em que todos trabalhavam

com caminhões – alguns eram até lixeiros – e consegui-

ram seus instrumentos em depósitos de descartes. “Nossa

banda toca releituras de outras bandas e intérpretes, como

Eric Clapton, B.B. King, Rolling Stones, Ray Charles, Elvis

Presley, ZZ Top, Chuck Berry, Buddy Guy e outros nomes,

a lista é enorme.”

A banda se apresenta em eventos, na maioria das vezes,

em moto clubes do Rio, Minas Gerais e São Paulo, como

no encontro de carros Kultura Kustom, no ABC, região me-

tropolitana da capital. Assim, o “caminhão”, como a ban-

da chama a Kombi abarrotada de músicos e instrumentos,

roda o ano todo, em lugares e cidades diferentes. Eles tam-

bém fazem seu show em pubs e bares com foco neste gêne-

ro de música, em especial as casas de blues, rock e classic

rock, como o Woodstock Bar, Manifesto, Rústico, Black-

mor Rock, Charles Edward, Mr. Blues, Café Piu-Piu, Little

Darling e O’Malleys Pub, entre outros. “Eu sou compositor,

escrevo músicas nacionais, voltadas ao R&B – Ritmo em

Blues –, para cantores e cantoras do segmento, e, às vezes,

gravo a bateria destas músicas junto a outras bandas do

gênero”, diz Fábio, que tem como compositores favoritos

os brasileiros Cazuza e Frejat, além de Fernando Fernandes

e Marcelo Schevano. “Meus pais me incentivaram a com-

prar minha primeira bateria no antigo Mappin, na rua São

Bento. Atualmente, minha família (a mulher, Shirlei, e os

filhos, Gabriel, 12, e Vinicius, 6), continua dando todo o

apoio para que eu não pare de tocar e compor.” Fábio tam-

bém valoriza o caminho que segue com a banda. “À noite

nos proporciona grandes amigos, muitos músicos, intérpre-

tes e compositores, todos muito unidos, fora nossos amigos

de moto clube, que enchem as casas onde tocamos.”

NEL

SON

AG

UIL

AR

Page 26: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

26_Outubro 2011

Fora da Firma

É possível viver de música? “É possível viver com ela,

mas todos nós da banda temos família e muitos compro-

missos”, afirma. Em casa, Fábio tem apenas um amplifi-

cador e uma guitarra usados para compor, e sua bateria

fica desmontada, aguardando o novo show, enquanto so-

nha com a possibilidade de mais investimento em cultura

por parte das grandes companhias nacionais. “Os jovens de

hoje estão cada vez mais deixando de se interessar por to-

car um instrumento. Gostaria que as escolas fossem como a

minha, que tinha aulas de iniciação musical, incentivando

a paixão pela música”, desabafa.

Beth SantoroA formação universitária foi em arquitetura, em 1982. Mas,

em tempos de construção civil em crise e com vontade de

ter seu próprio negócio, Beth Santoro foi incentivada pelo

cunhado, que trabalhava na área de seguros, a mudar de

ramo e ser corretora. No curso da Funenseg, realizado em

1989, conquistou o primeiro lugar entre as 13 turmas do

curso, logo começou a exercer a carreira, em parceria com

a SulAmérica. “Em 1994, junto com meu sócio e marido,

Eduardo Lima, abri a Relgo Corretora de Seguros, localizada

no Rio de Janeiro, onde trabalho até hoje. Construímos um

negócio sólido, em que a nossa especialidade é o segurado,

pessoa física ou jurídica. Porém nosso principal projeto, sem-

pre em crescimento, é a família. Temos 35 anos de casados

e três filhos: Luciana, Tatiana e Eduardo Filho; e três netos:

Gabriel, Mateus e Julia.” Mas Beth sentia que faltava algo:

“ideias borbulhavam em minha mente; foi quando encontrei

na cerâmica a forma de expressar meus sonhos e sentimen-

tos”. Começou em 1993 a mexer com o barro e fez diversos

cursos – modelagem, massas cerâmicas e coloridas, esmal-

tes, paleteado e outros –, “mas me considero autodidata”. Já

o vidro entrou em sua vida quando conheceu o trabalho do

vidreiro e mestre Roberto Bonino. “Ele me mostrou como um

material tão frágil pode ser transformado com o calor, sem

quebrar, em algo tão belo. O fusing me arrebatou, passando

a fazer parte da minha arte.” Para poder participar de expo-

sições, teve a ajuda dos seus companheiros na Relgo, que

seguraram a barra deixando seu tempo livre para a criação.

NEL

SON

AG

UIL

AR

Com sua banda nos ensaios de terça à noite

Page 27: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

27 _Outubro 2011

“Ideias borbulhavam em minha mente, e na

cerâmica encontrei a forma de expressar meus sonhos”

Assim, fez várias exposições em museus e galerias, ganhou prêmios, foi

presidente da Associação de Ceramistas do Rio de Janeiro, desenvolveu

cursos na Universidade Estácio de Sá, trabalhou em pesquisas e projetos

com a Incubadora Cultural da PUC-RJ, participou do projeto Portas Aber-

tas - Caminho das Artes, recebeu Moção Congratulatória pela Assembleia

Legislativa do Estado, concluiu a pós-graduação em Docência do Ensino

Superior, em 2002, e ministrou workshops e cursos para adultos e crianças

– ufa! Admiradora do trabalho de artistas como Mariana Canepa, Fran-

cisco Brennand e Helio Rodrigues, entre outros, Beth curte a cerâmica de

alta temperatura, queimada a 1.240 ºC. E amassar, moldar e transformar

o barro em peças artísticas, nas quais busca formas orgânicas e abstratas.

No ramo das peças utilitárias, desenvolveu uma linha de panelas e pratos

para fondue. Mas o que mais a fascina é o raku, uma técnica desenvolvi-

da no Japão no século XVI, associada ao ritual do chá e da fi losofi a zen

budista – e na qual uma peça nunca fi ca igual à outra. “Atualmente estou

envolvida em projetos de cerâmica e vidro para a construção civil e na

elaboração de um novo ateliê na Barra da Tijuca, com cursos de cerâmica

e vidro, e um espaço para exposição e comercialização. Em paralelo, o

projeto prevê o curso de oleiro, com o objetivo social de aproveitar os

jovens de escolas públicas, em especial de baixa renda.

Beth Santoro

FOTO

S AC

ERVO

PES

SOAL

ACER

VO P

ESSO

AL

Técnicas diversas em vidro e cerâmica

Beth Santoro fez diversos cursos, mas se denomina autodidata

Page 28: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

28_Outubro 2011

Corporativo

A s pessoas são únicas, não há uma mesma receita

para lidar com elas”, afi rma a nova diretora de Ca-

pital Humano da SulAmérica Seguros e Previdência,

Vanessa Pina, com 20 anos de experiência na área

de recursos humanos em empresas multinacionais, de capital lo-

cal ou consultorias. Por isso mesmo – por serem tantas indivi-

dualidades e jeitos próprios de reagir às circunstâncias – não é

uma missão trivial estar à frente da área de recursos humanos

e reger todas essas diferenças, num conjunto de 5 mil funcio-

nários, em 55 fi liais pelo Brasil, e sintonizar todos nos mesmos

objetivos. Ela não se assusta. “As pessoas desejam se realizar no

trabalho. Nossa razão de ser, em recursos humanos, é ajudar os

líderes e todos os colaboradores a encontrar a melhor forma de

viabilizar esta meta, agregando valor para todos os envolvidos.

Suas responsabilidades na posição anterior, antes de se integrar

ao time da SulAmérica, abrangiam a América Latina, o Caribe e

o Canadá. “Tive a oportunidade de lidar com diferentes culturas,

GENTEa melhor estratégiaA nova diretora de Capital Humano da SulAmérica, Vanessa Pina, acredita em um modelo estratégico de gestão de pessoas, desenvolvido em parceria com as lideranças da empresa, capaz de promover uma administração de talentos totalmente alinhada ao negócio

diferentes visões de mundo e experiências diversas. Você en-

tende, claramente, que uma prática de sucesso em um local ou

em uma empresa não necessariamente dará certo se for copiada

em outra”, conta. Na diretoria de Capital Humano da SulAméri-

ca, Vanessa vai conduzir projetos e iniciativas em linha com as

muitas evoluções em curso dentro da companhia. “O Brasil vive

um momento de aquecimento no segmento de seguros. O consu-

midor brasileiro aumentou seu poder de compra, especialmente

na classe C, e quer inovação, novas tecnologias, novos produtos

fi nanceiros. Tudo isso tem impacto na força de trabalho”, afi rma.

Entre os efeitos desses movimentos, a diretora aponta uma maior

concorrência por talentos e a busca por profi ssionais versáteis

e criativos. “Precisamos preparar nossa força de trabalho para

mudanças constantes.” Isso signifi ca, diz Vanessa, ter colabora-

dores capazes de responder rapidamente às novas demandas do

mercado, que lidem bem com processos de reestruturação e que

saibam aprender formas diferentes de atuar e fazer negócio.

POR VERôNIcA cOUtO FOTOS DIVULGAÇÃO

Page 29: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

29 _Outubro 2011

Vanessa Pina

Page 30: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

30_Outubro 2011

Para desenvolver e manter essas competências, ela garante que há metodologias específi cas,

destinadas a preparar os milhares de profi ssionais da empresa. A executiva explica como se

dá essa necessidade na prática. “A SulAmérica, ao vender um seguro, por exemplo, vende

um compromisso com o nosso consumidor. O compromisso de que, se nosso cliente tiver um

problema com seu carro, estaremos lá para apoiá-lo. Que, se houver um sinistro e ele precisar

de seu seguro saúde, a SulAmérica estará presente. Que, quando ele se aposentar, estaremos lá

também. E, assim, em todas as nossas linhas de negócio. Nosso relacionamento estende-se por

longo tempo. E todos os nossos 5 mil funcionários precisam estar aptos a atender bem nosso

consumidor de forma ágil e transparente. Precisamos estar alinhados em todos os momentos.

Quando se fecha uma venda, todos devem celebrar, porque todas as áreas da empresa contri-

buíram para isto.” A proposta de Vanessa, então, é construir uma área de recursos humanos

que siga o ritmo de evolução futura projetada para a empresa. Para isso, ela quer engajar as

lideranças com o objetivo de mobilizar e capacitar todos os funcionários. O primeiro passo

é identifi car como o conhecimento é desenvolvido na empresa, principalmente nas áreas de

competências-chave, entre elas: gestão de risco, cálculos atuariais, desenvolvimento de pro-

dutos, etc. Depois, defi nir também as características pessoais que são importantes: fl exibili-

dade, capacidade de adaptação, de gerenciar stakeholders – externos e internos –, de defi nir

prioridades e de “fazer acontecer”. Essas informações serão a base para a criação de uma

plataforma estruturada de gestão de pessoas e de conhecimento.

Corporativo

Vanessa Pina

“Faz parte da iniciativa

capacitar todos os funcionários”

Experiência para reger 5 mil funcionários, em 55 fi liais pelo

Brasil, e sintonizar todos nos mesmos objetivos

Page 31: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

Essa plataforma, continua a executiva, tem como sustentação

a Universidade Corporativa da seguradora, a UniverSAS. Mas

isso não signifi ca apenas treinamentos. “Aproximadamente 70%

do processo de capacitação de um profi ssional ocorre na prática

do trabalho, 20% por meio de coaching e suporte do gestor e

apenas 10% através de treinamentos formais.

Prioridade na agenda de Capital HumanoTrês principais pilares de trabalho estão na agenda da área de Capi-

tal Humano da SulAmérica. “O primeiro é a evolução dos processos

de gestão de pessoas”, diz Vanessa. Neste pilar, encontram-se os

modelos e programas de RH. “A partir da defi nição de aonde a

companhia quer chegar a curto, médio e longo prazo, identifi ca-

mos o perfi l de nossos colaboradores e o que esperamos deles”,

explica. Em contrapartida, a empresa constrói o que os especialistas

chamam de Employee Value Proposition (EVP), ou, numa tradução

livre, proposta de valor para o empregado, que é o conjunto de re-

compensas oferecido de acordo com a performance esperada. Esse

pilar inclui o processo de recrutamento e seleção dos funcionários.

“A SulAmérica é uma empresa muito especial e precisamos divul-

gar isto no mercado, criando o desejo nos talentos de trabalhar

na empresa”, diz a diretora. O que não acontece sem que se esta-

beleçam, por exemplo, trilhas de carreiras, modelos de remunera-

ção e de reconhecimento. E também de sucessão, observa Vanessa.

A clareza nesses aspectos apoia a tomada de decisão dos gesto-

res e serve de guia para os próprios funcionários no que se refere

ao seu desenvolvimento.

O segundo pilar da plataforma é o desenvolvimento das lideran-

ças. “O papel dos gestores de pessoas é elemento-chave na constru-

ção de uma empresa ainda melhor para se trabalhar. Nosso modelo

de gestão deve garantir que eles estejam alinhados aos valores da

SulAmérica e tomem decisões com base neles. Isso vai resultar na

mobilização dos funcionários e, consequentemente, na alta perfor-

mance”, diz a executiva. E o terceiro pilar é a plataforma de comu-

nicação. Ou seja, a ação de abrir canais e diminuir barreiras entre a

alta liderança e a base, fazendo fl uir informações para que todos en-

tendam os objetivos e as estratégias em andamento. “O grande ob-

jetivo é garantir o engajamento dos funcionários”, afi rma Vanessa.

Demanda de negóciosO tema pessoas encontra-se no topo da agenda dos presidentes

das empresas. De um lado, deve existir uma direção que saiba o

que quer de RH, e, do outro, um RH que saiba enxergar a em-

presa com a cabeça dos negócios. Nesse sentido, Vanessa afi rma

que conta com a parceria do principal executivo da SulAmérica,

Thomaz Cabral de Menezes, e dos demais dirigentes da empre-

sa. “A agenda de gestão de pessoas faz parte da prioridade do

negócio. Não é responsabilidade apenas da área de recursos hu-

manos”, reforça a executiva, para quem também não estão fora

da agenda ações voltadas para os parceiros. “Entendemos que

temos o papel de apoiar o desenvolvimento dos nossos correto-

res, pois trata-se de um importante canal de distribuição.”

Para transformar ações e planejamento em resultados tan-

gíveis, “estaremos aplicando as melhores práticas do mercado

para entregar soluções de gestão que respondam às necessidades

de negócio. Não por meio de modelos prontos, mas com ferra-

mentas customizadas a demandas dinâmicas e bem específi cas”.

A executiva dá um exemplo prático. Supondo que haja um ges-

tor novo na equipe ou que determinado grupo de trabalho não

esteja funcional. A área de Capital Humano vai usar o conheci-

mento disponível na plataforma, capacitar o gestor, avaliar se os

objetivos corporativos não estão claros, se o perfi l do gestor ou

da equipe não está adequado à função e tentar entender o que

precisa ser mudado.

Vanessa afi rma que a área de recursos humanos terá uma atu-

ação estratégica claramente comunicada, que inclui a visão de

futuro e o que a empresa deve fazer hoje para tornar viável

sua sustentabilidade; identifi ca as barreiras que impedem o bom

desempenho e inclui planos de ação para eliminá-las; inclui um

profundo entendimento do perfi l atual dos colaboradores, suas

características e necessidades e como este perfi l deve ser no fu-

turo; tem uma clara defi nição das prioridades de curto, médio e

longo prazo; e monitora indicadores constantemente. E por que

Vanessa mudou o nome da diretoria de recursos humanos para

Capital Humano? “Acredito que o conceito de recursos humanos

está muito associado a questões físicas, fi nanceiras, materiais. E

o principal ativo da SulAmérica são as pessoas”, afi rma.

31 _Outubro 2011

Page 32: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

Com a aprovação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, crescem as opções de serviços para o consumidor descartar adequadamente os aparelhos que não usa mais. Jogá-los

em qualquer lugar pode provocar sérias contaminações às pessoas e ao ambiente

LIXO ELETRÔNICO:O PERIGO MORA

DENTRO DE CASA

Sustentabilidade

POR VERôNIcA cOUtO

Page 33: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

O Brasil produz por dia nada menos do que 2,6 quilos de lixo eletrônico – ou

e-lixo – por habitante, segundo dados citados por Lina Medeiros, sócia da Re-

genero, empresa carioca especializada no descarte de produtos de tecnologia da

informação. E esse total só tende a crescer. Até 2012, espera-se que a indústria

eletrônica dobre o número de equipamentos vendidos - hoje, da ordem de 120 milhões a 150

milhões de unidades por ano, dos quais cerca de 70% são para substituir aparelhos usados,

que serão “encostados”, de acordo com a estimativa do diretor da Descarte Certo, outra em-

presa de gestão de e-lixo, Ernesto Watanabe. Se contarmos apenas os computadores, já são

cerca de 10 milhões/ano fabricados no País, dos quais uma parcela pequeníssima é reciclada.

Quase ninguém se dá o trabalho de jogar fora seus aparelhos antigos. Os dados apresenta-

dos por Lina indicam que cerca de 70% dos computadores que deixam de ser usados ficam

largados num canto da casa ou da empresa. Outros 15% vão para aterros sanitários, o que é

ilegal e perigoso, porque há várias substâncias nos componentes do equipamento que podem

contaminar o solo (veja o quadro). E só 11% são destinados à reciclagem, isto é, para sua

transformação e reaproveitamento produtivo.

SHU

TTER

STO

CK

Page 34: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

34_Outubro 2011

Após 19 anos de tramitação no Congresso Nacional,

foi finalmente sancionada em 2010 a lei 12.305, que

instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, para

disciplinar o descarte de uma série de tipos de produ-

tos, inclusive os eletrônicos. No ano passado, também

se aprovou a sua primeira fase de regulamentação,

que, no entanto, manteve vários aspectos do proble-

ma indefinidos. Por exemplo, a lei estabeleceu que são

corresponsáveis pelos produtos o fabricante ou impor-

tador, o canal que o vendeu e o consumidor. Mas não

está claro quem paga a conta. Ou seja, quem assume

os custos de transporte e reciclagem do equipamento

descartado. O tema está na pauta dos comitês inter-

ministeriais que, junto às entidades empresariais e da

sociedade civil, se dedicam aos próximos passos da

regulamentação da lei. Watanabe observa que, embora

as pessoas e as empresas já remunerem a prefeitura

para que recolha o lixo comum, por meio de impostos

ou taxas, ainda resistem à ideia de pagar pelo descarte

dos eletrônicos. “Um produto desse tipo deve passar

por um processo chamado de manufatura reversa: ser

desmontado para se separar todos os elementos com

que foi criado,” explica. Uma parte deles será reciclada

e outra, depois de limpa, destinada ao aterro.

Sustentabilidade

Perigo escondidoAlém de gases, plástico e vidro, os produtos eletrônicos contêm várias substâncias que podem causar problemas de saúde, se forem expostos ao contato humano. Por isso, eles não podem simplesmente ser jogados fora e lançados ao solo dos aterros sanitários, que, como as pessoas, ficam sujeitos à contamina-ção. Confira alguns desses perigos escondidos nos aparelhos.Mercúrio – provoca distúrbios renais e neurológicos (irritabi-lidade, timidez e problemas de memória), mutações genéticas, alterações no metabolismo e deficiências nos órgãos senso-riais (tremores, distorções da visão e da audição).Cádmio – é um agente cancerígeno, causador de danos ao sistema nervoso. Acumula-se principalmente nos rins, no fígado e nos ossos. Provoca dores reumáticas e mialgias, distúrbios metabólicos que levam à osteoporose, disfunção renal e câncer.Chumbo – provoca perda de memória, dor de cabeça, irri-tabilidade, tremores musculares, lentidão de raciocínio, alu-cinação, anemia, depressão, insônia, paralisia, salivação, náuseas, vômitos, cólicas, perda do tônus muscular, atrofia e perturbações visuais, além de hiperatividade. Lítio – afeta o sistema nervoso central, gerando visão turva, ruídos nos ouvidos, vertigens, debilidades e tremores. Níquel – causa dermatites, distúrbios respiratórios, gengivi-tes, sabor metálico, efeitos carcinogênicos, cirrose e insufici-ência renal.Zinco – provoca vômitos e diarreias. Cobalto e seus componentes – presentes na bateria de lí-tio, causam asma, bronquite e conjuntivite. Bióxido de manganês – usado nas pilhas alcalinas, provoca anemia, dores abdominais, vômitos, crises nervosas, dores de cabeça, seborreia, impotência, tremor nas mãos e pertur-bação emocional.

FONTE: Regenero

Page 35: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

35 _Outubro 2011

Para que essa operação dê lucro, os componentes aproveitáveis devem

ser integrados novamente à cadeia de produção, como insumos, geran-

do valor. Para que isso aconteça, são necessários processos de benefi cia-

mento muitas vezes caros e só disponíveis no exterior.

Fora do armárioA Descarte Certo e a Regenero, entre outras empresas que surgem para

atender a essa demanda, coletam os aparelhos nas casas das pessoas

– ou nas empresas –, tratam até certa medida as suas partes e peças e

encaminham o que não conseguem processar para empresas autorizadas,

por certifi cações e normas de qualidade, a fazer o restante do trabalho.

Mas Watanabe ressalta que um dos maiores desafi os para uma política

de resíduos funcionar é motivar o consumidor a tirar os equipamentos

do armário. As pilhas e baterias, por exemplo, já contam com uma

resolução sobre descarte do Conselho Nacional do Meio Ambiente,

Conama, desde 1999, mas de baixa efi cácia. “Não há fi scalização,

ninguém se sente estimulado a buscar os postos de coleta”, diz. No caso

da nova lei, ele acredita que seu efeito também depende de como vão

evoluir as regulamentações.

“Pessoas aindaresistem à ideia de pagar pela coleta e reciclagem”

Ernesto Watanabe

SHU

TTER

STO

CK

Dos cerca de 10 milhões de equipamentos fabricados no Brasil, apenas uma pequena parcela é reciclada

Page 36: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

36_Outubro 2011

Nesse sentido, o Comitê para Democratização da Informática (CDI),

organização não governamental que atua em comunidades de baixa

renda, começou este ano a apoiar a coleta e o tratamento do e-lixo,

informa o diretor de Operações da matriz da entidade, José Edimilson

Canaes. Das suas 17 regionais, quatro vão atuar na coleta e reciclagem

dos produtos, ou do seu encaminhamento para o processamento corre-

to: Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Manaus – as duas

últimas já com atividades em curso. No Rio, 6 das 66 escolas da ONG

já se tornaram pontos de entrega de lixo eletrônico dos moradores dos

seus bairros. Depois de reunidos os equipamentos, a NDMetais, empresa

parceira do CDI, passa nas comunidades para recolhê-los. O que não é

recuperado para reúso segue para prestadores de serviços capazes de

desenvolver os diferentes processos de reciclagem ou descarte. Para cor-

porações, a ONG também pode assegurar o destino final da sua base de

sistemas, de acordo com os termos da legislação.

“Os custos dessa operação, contudo, são altos”, diz Canaes. Alguns

processos podem ser contratados no Brasil, geralmente em São Pau-

lo; outros, só no exterior. Para ser sustentável, argumenta o diretor da

entidade, a gestão do descarte deve movimentar uma cadeia ampla de

reaproveitamento. Por isso, o CDI pleiteou ao governo do Estado do Rio

de Janeiro o financiamento de um projeto orçado em R$ 900 mil para

transferência e disseminação de métodos recicladores. A ideia é dar

conta, localmente, de 200 toneladas por mês de resíduo tecnológico,

80% da demanda local. Na proposta, a Universidade Federal do Rio de

Janeiro (UFRJ) entra com a tecnologia para componentes complexos,

como os monitores de TVs de plasma e outros, que, depois, seria repas-

sada para uma rede de pequenos recicladores locais.

Serviço de coletaA entidade divide os lixos eletrônicos entre aqueles da linha branca,

como as geladeiras; os da linha verde, dos itens tecnológicos (fax, com-

putador, celular, impressora, videogames, etc.); e os da linha marrom,

dos produtos de entretenimento. Entre esses últimos, Canaes chama a

atenção para previsões de que a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada

de 2016 vão resultar em 130 milhões de aparelhos de TV com tubo de

CRT descartados. “Em um computador, 48% são partes de metal, 23%

de plástico e 25% de vidro, se for um monitor tradicional, de CRT. Em

uma televisão, o vidro chega a 62%.”

Sustentabilidade

ACER

VO P

ESSO

AL

José Edimilson Canaes

Page 37: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

37 _Outubro 2011

Lina, da Regenero, lembra das difi culdades que ela e seus

outros quatro sócios enfrentavam para conseguir descartar

os produtos da empresa em que, na ocasião, os cinco traba-

lhavam, todos na área de informática. “Nós precisávamos

transportar os equipamentos para São Paulo, custava caro,

e a diretoria não aprovava. Até que, no ano passado, um

dos nossos amigos teve um insight: por que a gente não

cria uma empresa para isso?” Atualmente, a Regenero co-

leta cerca de 5 toneladas por mês de e-lixo, a maioria de

pessoas físicas e, em maior volume, televisores e monitores

de tubo (CRT). A empresa separa por tipo de peça e destina

a refi narias, em que os componentes serão incinerados ou

fundidos. Os componentes incluem chumbo, prata e ouro,

entre outros metais, plástico, alumínio, cobre e partes de

PVC. Da ordem de 98% a 99% do conjunto pode ser rein-

troduzido na cadeia industrial. Pelo serviço de coleta, a

empresa cobra uma taxa de R$ 0,90 por quilômetro – a

contar da sua sede no bairro da Cidade Nova, região cen-

tral da capital carioca. São aceitos produtos de informática

e eletroeletrônicos em geral (com exceção de geladeiras).

Se é possível recauchutar o equipamento para uso, Lina diz

que o encaminha para doação.

Watanabe, da paulista Descarte Certo, acredita que, em

quatro ou cinco anos, o descarte apropriado dos produ-

“O CDI quer processar200 toneladas por mês deresíduo tecnológico, 80%da demanda local. A UFRJentra com a tecnologiapara componentes complexos, como os monitores de plasma”

tos estará incluído na venda, da mesma forma como,

hoje, a garantia contra defeitos. A empresa dele tem

vários modelos de cobrança e de parcerias. O usuário

pode entrar no site, agendar o dia de coleta, pedir um

orçamento e fechar a contratação on-line. Também

pode comprar o serviço nas lojas do Carrefour. Por

exemplo, junto com a aquisição de um televisor, levar

o descarte do modelo velho, e, para uma data futu-

ra, também do novo. Outra forma de atuação é com

parceiros industriais. A Descarte Certo é responsável,

por exemplo, pelo recolhimento e destinação dos car-

tuchos dos usuários de uma grande marca de impres-

soras. “É preciso criar formas atrativas, associar com

outros serviços, como cartão de crédito e seguros, para

estimular o usuário a tratar corretamente seus produ-

tos”, argumenta Watanabe. Por enquanto, ele acredita

que menos de 5% do e-lixo brasileiro tenha o trata-

mento adequado.

José Edimilson Canaes

SHU

TTER

STO

CK

Page 38: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

38_Outubro 2011

Sustentabilidade

As escolas do programa CDI Comunidade oferecem conte-údos educacionais para conscientizar os consumidores de eletrônicos dos riscos relacionados ao seu descarte inade-quado. “Lixo é um problema sério. Como somos indutores de lixo eletrônico, pelo uso de tecnologia no fomento a projetos e avanços sociais, já ensinamos o que fazer com ele, onde depositar, os riscos para a água, as plantas, a saúde das pessoas”, conta o diretor de Operações do CDI matriz, José Edimilson Canaes. E, nas escolas que já começaram a atuar como postos de coleta, também há uma orientação especial, “para que a pessoa entenda que está trabalhando com uma coisa valiosa e que jogar o aparelho fora como um lixo qual-quer pode provocar uma contaminação séria”. O programa CDI Comunidade, focado no apoio a áreas de baixa renda, desenvolve várias atividades. Seu fundamento está na educação – inclusão digital, efi ciência no consumo de energia, educação fi nanceira, etc. –, que envolve uma me-todologia própria da entidade, mas sempre associada a uma parceira local, como uma associação de moradores. Todo o trabalho, segundo Canaes, é voltado à transformação da so-ciedade. São cursos e serviços já sistematizados pela rede CDI e que são oferecidos nos CDIs Comunidade, as escolas de que fala o diretor da ONG. Desde os mais tradicionais – como o de montagem e manutenção de computadores – até os de edição de vídeo e criação de blogs, por exemplo, cujas demandas são crescentes. A SulAmérica mantém uma parceria com o CDI para promo-ver ações na comunidade do bairro do Estácio de Sá e Cidade Nova, no Rio de Janeiro, onde estão as suas instalações. O propósito é reduzir as condições de risco social e estimular o

SulAmérica e CDI – parceria para a inclusão digital

desenvolvimento local por meio de inclusão digital e social, fomentando iniciativas de voluntariado, acesso à tecnologia e à educação. A unidade CDI Comunidade Estácio de Sá - Cidadão de Berço atende 38 alunos em cursos de Offi ce e multimídia. Este ano, vão passar por eles cerca de 180 moradores da região, a maioria de 15 a 29 anos. Como as demais escolas da rede no Rio, vai se transformar em um posto de coleta de lixo eletrôni-co, até o fi nal do ano. O Comitê para Democratização da Informática (CDI) foi fundado em 1995, com foco no uso da tecnologia como ferramenta para combater a pobreza e a desigualdade, estimulando o empreendedo-rismo e criando novas gerações de empreendedores sociais.

Para ler a íntegra da lei que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos, acesse:http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm

Page 39: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

39 _Outubro 2011

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Page 40: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

40_Outubro 2011

AMAZÔNIA (quase) DESConHECIDAO Pará se divide entre o Norte e o Sul e traz para São Paulo sua riquíssima culináriaPOR LUIZA FEcAROttA, repórter do caderno comida, da Folha de S.Paulo FOTOS DIVULGAÇÃO

40 _Outubro 2011

Gastronomia

Filhote com tucupi e tapioca, do restaurante D.O.M., em São Paulo

Page 41: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

41 _Outubro 2011

N ão faz nem três anos que o chef Alex Atala trouxe

da Amazônia um fruto do mar de mangue esqui-

sito, com aspecto de lombriga, que se abriga em

troncos. E foi de um pedaço de tronco, no meio

do salão de seu restaurante D.O.M., em São Paulo, que ele tirou

o turu para servir à nata – da nata – dos chefs da vanguar-

da espanhola, em seu auge. Estavam reunidos ali Ferran Adrià,

Martín Berasategui, Juan Mari Arzak e mais uma comitiva de

cozinheiros da Espanha que se amontoaram diante daquilo,

curiosos. Alex Atala não é só o chef mais celebrado do Brasil –

e considerado o sétimo melhor do mundo pela revista britânica

Restaurant. Ele representa e encabeça esse espírito desbravador

de conhecer o Brasil que os próprios brasileiros desconhecem. E

é aí que surgem suas incursões na floresta e sua busca obstinada

por ingredientes que aos trancos e barrancos – e quase nunca

– chegam a São Paulo. Assim ele dá base e fomenta a cozinha

do Brasil que faz uso de técnicas de vanguarda, mas explora in-

gredientes nativos. E dessas andanças e testes saem curiosidades

(apenas para nós, sulistas) como o jambu, uma erva com a ca-

pacidade de anestesiar ligeiramente a língua quando mastigada.

O jambu é que dá forma a pratos tradicionais e típicos do Pará,

como o tucupi, um caldo ralo feito a partir da raiz da mandioca-

brava, que entra na composição do tacacá, caldo feito com a

goma da mandioca, temperado com alho, sal e pimenta.

Blinis de moqueca e camarão grelhado com creme e farofa de castanha-do-pará, do chef Roland Villard, do Le Pré Catelan, no Rio

Surpresa de chocolate e creme de coco com sorvetes de frutas da Amazônia, açaí, cupuaçu e taperebá, do restaurante Le Pré Catelan, no Rio

Page 42: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

42_Outubro 2011

Gastronomia

No D.O.M., Alex emprega a erva no preparo do consommé

de cogumelos ao perfume de ervas, por exemplo, que leva

ainda chicória e alfavaca do Pará, duas outras ervas da flo-

resta. Para chegar mais perto da Amazônia, porém, é preciso

provar de suas frutas, que quase nunca chegam intactas por

aqui, depois de uma viagem longa, e dos peixes de rio. O

filhote, de carne branca e firme, é uma das estrelas. Aparece

também em seu cardápio, servido na companhia de tucupi e

tapioca. Há poucos dias, protagonizou um festival coman-

dado a quatro mãos no restaurante Tordesilhas, quando a

chef Mara Salles recebeu em sua cozinha Thiago Castanho,

do restaurante Remanso do Peixe, em Belém do Pará. Ele é

um dos nomes em maior ascensão naquelas bandas e mos-

trou em São Paulo um trabalho marcado por ingredientes

de lá, que, aliás, trouxe na mala. Foram quilos e quilos de

matéria-prima (quase 200 kg, no total), divididos em cinco

isopores, autorizados pelo governo a embarcar. Fez uma

versão do filhote que serve em seu restaurante: o peixe

fresco, criado solto, sem ração – hoje muitos são criados

em cativeiro — e que chega à mesa num ensopado espesso

de tucupi temperado com chicória, jambu, pimentão, ce-

bola, alfavaca e coentro. Esse prato ganha a companhia

de uma farinha chamada ovinha, da região de Uarani: um

achado. Ela é preparada às margens do rio Solimões — e

somente lá — e, depois de hidratada, transforma-se em pe-

quenas bolinhas que lembram ovas de peixe e sêmola de

cuscuz marroquino.

Antes de tudo, o chef abriu o apetite dos comensais com

um beiju cica com manteiga de aviú e tucumã. Ahn? A

massa do beiju, seca e quebradiça, é feita da massa da ta-

pioca prensada. Aviús são os minicamarões — minúscu-

los mesmo! — de água doce de Santarém, que são secos e

salgados. Tucumã é um fruto típico da região amazônica,

oleoso e alaranjado, que incrementa a receita da manteiga,

com base na polpa da fruta e banha de porco. No cardápio

do festival, ainda apareceram uma salada de folhas e ervas

da Amazônia, com vinagrete de taperebá, fruta de casca

fina e polpa alaranjada de sabor azedo, típica da Amazônia

e da Mata Atlântica. Mais: pirarucu defumado artesanal-

mente, de sabor acentuado, cozido em leite de coco e ser-

vido com banana-da-terra cozida e grelhada; um prato da

ilha de Marajó (porco cozido em tucumã); sorvete de bacuri

Chef Alex Atala, do restaurante D.O.M., um dos mais prestigiados no mundo

Pirarucu fresco grelhado com tucupi e minilegumes, servido no restaurante Tordesilhas, em São Paulo

Page 43: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

43 _Outubro 2011

(saborosa fruta da região) com flor de vinagreira empana-

da com farinha, de sabor delicadamente azedo. Vinagreira,

diga-se, é uma hortaliça que provavelmente se originou na

África e no Brasil é usada principalmente na cozinha ma-

ranhense. O festival acabou, com reservas esgotadas, mas o

Tordesilhas permanece um bom lugar para provar daquela

cozinha de raiz amazônica. Fixo no cardápio, há o clássico

pato ao tucupi, o chibé, um caldo refrescante de origem

indígena que leva ervas amazônicas, água gelada e farinha

ovinha de Uarini. Ainda desfilam pirarucu fresco grelhado

com tucupi e minilegumes, filhote ao molho de hortaliças

com purê de banana-da-terra e, para encerrar, três sorve-

tes: cupuaçu, açaí e tapioca. E só é preciso lembrar que são

pratos de valor um pouquinho salgado. Natural, para che-

garem em São Paulo em boas condições, esses ingredientes

exigem um caríssimo transporte aéreo que leva os preços

lá para o alto. Mas vale a pena.

Ambiente do restaurante D.O.M., do chef Alex Atala, eleito o 7º melhor do mundo pela revista britânica Restaurant

Filhote ao molho de hortaliças com purê de banana-da-terra, do restaurante Tordesilhas, em São Paulo

Page 44: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

44_Outubro 2011

Gastronomia

Ingredientes: Para o consommé

•1 litro de água•200 g de shitake seco•30 g de cebola cortada em meia lua•Sal •2 pimentas-de-cheiro•50 ml de vinagre de vinho tinto•100 ml de tucupi•5 galhos de coentro

Sautée de cogumelos•Azeite de alho•Azeite de ervas•30 g de shimeji•30 g de shitake•30 g de paris •20 g de yamabushitake•20 g de pleurotos eryngu•20 g de nameko enoritake•Sal e pimenta-do-reino

Ervas da horta para finalização•Azeite de ervas

•6 ciboulettes•1 galho de cerefólio•1 galho de salsa crespa•1 galho de manjericão•1 galho de coentro•1 galho de salsa lisa•Brotos de beterraba•Brotos de azedinha•Brotos de rúcula selvagem•Brotos de mache•Brotos de mentruz•Flor de jambu

Ervas da Floresta•1 maço de alfavaca do Pará•1 maço de chicória do Pará•1 maço de jambu•1 maço de caruru

Azeite de alho•500 g de alho•1 litro de azeite de oliva

Preparo:Tire a casca do alho, aqueça uma panela

Consommé de cogumelos com perfumes de ervas da horta e da florestacom água e deixe-o imerso por cerca de 5 minutos. Dispense a água e retire a casca do alho. Bata no liquidificador junto com o azeite. Guarde na geladeira.Para o consommé

Cozinhe em fogo baixo por 40 minutos o shitake seco com a água e o vinagre. Deixe descansar por 1 hora, coe e reserve (dispense uma parte dos cogumelos). Adicione a cebo-la, o tucupi, a pimenta-de-cheiro, o coentro e acerte o sal. Coe e reserve. Para o sautée

Fatie finamente os cogumelos. Em uma fri-gideira, salteie-os com o azeite de alho, reser-vando alguns para a decoração. Adicione as ervas da floresta picadas e o azeite de ervas.

Num prato fundo, disponha no centro o sautée de cogumelos, decore com as ervas da horta e os cogumelos crus. Salpique pimenta-do-reino e no momento do serviço, com o au-xílio de uma jarra, sirva o consommé na frente do comensal.

Receita do chef Alex Atala, do restaurante D.O.M.

Page 45: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

45 _Outubro 2011

Alternativas e descobertasA cozinha amazônica é um bom caminho para conhecer

e resgatar - quem sabe – o Brasil de antigamente. Foi ali

naquela região ao norte, que avança inclusive por outros

territórios, que a culinária se manteve mais preservada, em

relação ao resto do País. Pela dificuldade de acesso, as co-

munidades – e suas cozinhas – ficaram isoladas e, aos pou-

cos, vão aparecendo para o mundo, via trabalho de chefs.

O uso desses ingredientes aparece também como uma for-

ma de preservar a região via culinária. E faz do Brasil uma

potência gastronômica para o mundo que atrai olhares de

chefs internacionais para a riqueza de suas possibilidades.

Para Felipe Ribenboim, que acaba de fechar as portas de

seu restaurante Dois - Cozinha Contemporânea, para um

período de incubação (que desaguará em um novo projeto

com estreia prevista para 2012), está claro que ainda se tem

pouco acesso a muitos desses produtos, mas nasce uma

preocupação, tardiamente, de entrar em contato com o que

é nosso, brasileiro.

“Sempre tivemos muito acesso a ingredientes importados,

agora estamos invertendo esse cenário e conhecendo mais

os nossos produtos que sempre foram tratados como inaces-

síveis”, ou desinteressantes. Ainda se conhece muito pouco.

Muito pouco do que existe e muito pouco dos usos que tais

matérias-primas permitem na cozinha. E ainda há uma difi-

culdade enorme em trazer isso para São Paulo.

Mas há alternativas. Inspirado pelo trabalho de Ferran

Adrià, com quem já fez estágio, Ribenboim aproveita seus

estudos para testar produtos para criar saídas curiosas. Ele

fazia no Dois, por exemplo, um ossobuco de vitela com po-

lenta mole e ervilha-torta incrementado com uma redução

de iquiriba - especiaria aromática muito usada em banhos de

cheiros, com perfume floral e sem tanta picância. Mas a iqui-

riba é difícil de encontrar aqui – compravam, aliás, em lojas

Ao lado:Chef Roland Villard, do restaurante

Le Pré Catelan, no Rio, que faz menu-degustação apoiado em

ingredientes amazônicos

Abaixo:Chef Felipe Ribenboim, do extinto

Dois – Cozinha Contemporânea,um entusiasta dos

ingredientes brasileiros

Page 46: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

46_Outubro 2011

Gastronomia

de umbanda e candomblé. “A gente desenvolveu uma essência

dessa iquiriba com uma empresa de aromas porque não tínhamos

acesso a isso sempre”, diz Ribenboim.

Empenhado nas descobertas de técnicas que ajudam a desven-

dar as possibilidades de uso de cada ingrediente, Ribenboim tam-

bém elaborou uma receita de ravióli de palmito pupunha recheado

de cogumelos e salada de brotos e germinados (muitos deles do

Norte). Em uma de suas versões, o ravióli leva uma pincelada de

tucupi reduzido, inspirado no antigo tucupi preto, seco ao sol e

temperado com formiga pelos índios.

No Rio de Janeiro, um dos mais celebrados chefs de cozinha da

cidade, o francês Roland Villard, apresenta em seu sofisticado res-

taurante Le Pré Catelan, no hotel Sofitel Rio, em Copacabana, um

menu dedicado integralmente à Amazônia. Villard, que foi um dos

primeiros nomes a disseminar ingredientes brasileiros por meio de

técnicas francesas, ainda nos anos 80 – assim como fizeram seus

conterrâneos Claude Troisgros e Laurent Suaudeau neste país –,

resgata sabores nacionais ainda desconhecidos.

Brandade de tucunaré (um peixe de médio porte típico das

águas dos rios amazônicos, que se alimentam de peixes menores

e pequenos crustáceos) ao leite de coco abre o menu-degustação

que se desenrola em dez etapas, por R$ 250. Na sequência, sur-

gem receitas como o beiju de tapioca recheado com crustáceos

e palmito fresco finalizado com geleia de pimenta ou o pastel

Beiju de tapioca recheado com crustáceos e palmito fresco acompanhado de geleia de pimenta e brandade de tucunaré ao leite de coco, do restaurante Le Pré Catelan

Page 47: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

47 _Outubro 2011

de carne de siri com chutney de bacuri (fruto esverdeado do bacurizeiro

usado sobretudo na elaboração de doces e sorvetes) e “pérolas” de sagu de

tapioca marinadas na caipirinha.

Nas receitas de Villard também aparecem outros ingredientes caracte-

rísticos da cozinha amazonense, como o pirarucu, um peixe de feições

pré-históricas, com gordura entremeada em sua carne, castanha-do-pará,

jambu, tambaqui (outro peixe de lá pelo qual o chef se encantou em suas

andanças), farinha de mandioca e frutas daquela região, como açaí, cupu-

açu e taperebá. Com o time de chefs como Felipe Ribenboim, Alex Atala,

Mara Salles, Roland Villard e Thiago Castanho, a Amazônia vai saindo

das suas fronteiras e surgindo em mesas dentro e fora do Brasil. Espere-

mos mais novidades. Hão de vir.

SERVIÇO | ONDE COMERSÃO PAULOD.O.M.Rua Barão de Capanema, 549, Cerqueira César, tel.: 11 3088-0761TordesilhasRua Bela Cintra, 465, Consolação, tel.: 11 3107-7444

RIO DE JANEIROLe Pré Catelan (Hotel Sofitel Rio)Av. Atlântica, 4.240, Copacabana, tel.: 21 2525-1160

BELÉM DO PARÁRemanso do PeixeTravessa Barão do Triunfo, 2.590, Casa 64, tel.: 91 3228-2477

Ambiente do sofisticado restaurante Le Pré Catelan,

no Rio

Pastel de carne de siri com “pérolas” de sagu de tapioca e chutney de bacuri, do chef Roland Villard

Page 48: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

48_Outubro 2011

A NOVA TERCEIRA IDADEA figura do idoso inativo não existe mais. O Brasil agora se vê diante de um novo perfil de pessoas com mais de 60 anos

Vida em Família

POR LÉA MARIA AARÃO REIS

A atual terceira idade tem mais preocupações com sua própria saúde

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Page 49: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

Renato Veras

49 _Outubro 2011

Um país com cara jovem, mas com os primeiros

cabelos brancos: esta é a imagem que o médico

Renato Veras costuma usar para se referir ao rápi-

do envelhecimento da população no país. O Brasil

está assumindo um perfi l demográfi co de países mais velhos e

desenvolvidos, com um franco aumento da terceira idade e si-

multânea redução da taxa de natalidade, dizem os especialistas.

E eles acrescentam: o que era chamado de pirâmide etária, hoje

se assemelha a um círculo que caminha para a forma de uma

pirâmide invertida, como ocorre nos países europeus. Além dis-

so, o perfi l desta população é outro. O idoso de hoje é extre-

mamente ativo. Muitos deles continuam trabalhando mesmo já

tendo atingido a idade para se aposentar e mantêm-se produti-

vos por muitos anos. Os novos idosos também têm uma maior

consciência sobre os cuidados que devem ter com sua saúde e

praticam esportes e atividades físicas. O avanço da medicina e

da tecnologia, que permitem ao homem ultrapassar a barreira

dos 90 anos, e a mudança na dinâmica familiar, que passa a ter

no máximo dois fi lhos por casal, complementam o atual cená-

rio. Ou seja: o Brasil tem hoje, segundo o Instituto Brasileiro

de Geografi a e Estatística(IBGE), uma formidável população de

cerca de 20 milhões de pessoas acima dos 60 anos de idade – o

que signifi ca praticamente dez por cento de sua população. Em

Estados como o de São Paulo, com PIB e Índice de Desenvol-

vimento Humano(IDH) elevados, os números são ainda maio-

res. Com este quadro, duas perguntas pedem respostas precisas:

como fi ca a estrutura da família brasileira com tantos idosos

para cuidar? E quais são as preocupações básicas daqueles que

se aposentaram ou estão em vias de parar de trabalhar diante de

mais 30 anos que a vida agora lhes oferece de presente?

Para a psicanalista Elisabeth Adler, que atende a grupos de

idosos no seu consultório no bairro do Jardim Botânico, na

zona sul do Rio de Janeiro, “a velhice ainda é um fenômeno de

gênero feminino”. Ao fazer este comentário, Elisabeth está se

referindo à imensa maioria de senhoras viúvas, de mais de 80

anos de idade, de classe média, que vive com acompanhantes

mesmo quando contam com o carinho e a atenção dos fi lhos.

“Elas são mais longevas. Enquanto vivem, em média, 76 anos,

os homens brasileiros apenas chegam aos 70.” Já na opinião de

Veras, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (UNA-

TI), que funciona na Universidade do Estado do Rio de Janeiro

(UERJ), com mais de dois mil alunos, “é cada vez maior o nú-

mero de idosos vivendo sozinhos. As famílias atuais são

menores, têm grande mobilidade, e pouco conservam da

estrutura da família nuclear do passado”.

Projetos de aposentadoriaÉ importante o profi ssional se preparar para a aposenta-

doria. Seja do ponto de vista fi nanceiro ou pensando no

aspecto emocional. “Há empresas que oferecem programas

de preparação para esse momento delicado”, diz Veras, “e

quando fazemos palestras para esses grupos, mostramos os

benefícios de não parar todas as atividades”. Consultorias

nessa idade, por exemplo, são bem-vindas e podem até

ser contratadas pela própria empresa que está aposentando

o funcionário. Projetos de trabalhos acalentados durante

toda uma vida, talvez possam ser realizados a partir da

aposentadoria. Nos primeiros meses pode ser muito in-

teressante acordar, levantar da cama e não ter qualquer

atividade obrigatória; mas depois cansa. É quando, geral-

mente, aparece a depressão. Para ele, “as empresas estão

preocupadas e começaram a perceber as vantagens em

aproveitar a nova força de trabalho dos mais velhos, com

experiência, maior poder de decisão e de análise abran-

gente dos assuntos; os mais idosos têm uma visão mais

sofi sticada do contexto das situações e assim podem vê-las

com mais nitidez. É claro que estes indivíduos poderão se

sair bem em determinadas tarefas e não em outras. Como

um atleta com performances extraordinárias quando era

jovem, que, depois, ao envelhecer, continua com bom con-

dicionamento físico”.

“Há empresas que oferecem programas de preparação para esse momento delicado e, quando fazemos palestras para esses grupos, mostramos os benefícios de não parar todas as atividades”

Page 50: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

50_Outubro 2011

Vida em Família

Previdência privada para um futuro tranquiloA população brasileira vem envelhecendo a um ritmo surpreendente de duas dé-cadas para cá. Em 1990, 4,8% das pessoas faziam parte da chamada terceira ida-de. Hoje, este montante saltou para 7,4% de acordo com o Censo 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografi a e Estatística (IBGE). Com o aumento do poder aquisitivo do brasileiro, seu maior acesso à saúde e melhora na qualidade de vida, as pessoas estão vivendo mais.Porém, são poucas as que pensam na vida pós-apo-sentadoria emuita gente acaba se vendo desamparado e sem recursos fi nanceiros no futuro. Com uma atitude preventiva e colaborações mensais mínimas, é possível assegurar uma velhice tranquila. Para caber no bolso de todos, a SulAmérica ofere-ce planos de previdência sob medida que ajudam o indivíduo a acumular recursos gradativamente de forma a assegurar uma renda no momento em que desejar parar de trabalhar. Para ter acesso aos produtos não é preciso investir um grande volume de capital. A partir de R$ 100 por mês, é possível comprar um plano de previdência e investir em fundos de renda fi xa ou até 49% em renda variável. Em resumo, o cliente poupa um percentual mensal da renda mensal, aplica este dinheiro nos melhores fundos de investimento e, ao se aposentar, passa a receber a quantia investida em forma de renda.

Os programas de preparação para a aposentadoria têm sido cada vez mais frequentes

SHU

TTER

STO

CK

O fato é que, segundo Veras, a realidade do tempo

de trabalho profi ssional se inverteu: hoje, com fre-

quência, trabalhamos durante menos anos do que o

período em que se estará aposentado. Por isto, para

ele, a conta da previdência não pode fechar e o atual

momento é de transição no que se refere aos cuidados

familiares proporcionados aos mais velhos. “Veja-se,

por exemplo, o bairro de Copacabana, onde a concen-

tração de idosos é a maior do país e até do mundo – já

bateu a da Flórida, nos Estados Unidos. Lá, há prédios

em que 80% dos moradores têm mais de 60 anos de

idade e vivem sozinhos. Contam com o conforto de

serviços à mão, bancos, farmácias, consultórios, res-

taurantes, cafés, academias, clubes, cinemas, e con-

tam até com a assistência e a atenção especial dos

porteiros dos seus edifícios. Eles conhecem os hábitos

dos moradores e são treinados pela campanha Portei-

ro Amigo, um movimento criado pelos comerciantes

e instituições locais para socorrê-los rapidamente em

casos de urgência, para monitorar seus horários e para

ajudá-los de algum modo quando entram ou saem.

Page 51: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

51 _Outubro 2011

Uma aposentadoria ativa e confortávelSão cinco as preocupações sugeridas para o cidadão que ainda está no pleno exercício de suas habilidades profi ssionais. En-quanto se encontra valorizado no mercado de trabalho ele deve:

1. Procurar poupar mesmo que sejam valores pequenos, mensais;2. Aplicá-los em fundos de previdência confi áveis;3. Organizar-se para continuar desenvolvendo atividades produtivas (e rentáveis) depois da aposentadoria;4. Não esquecer que, aposentado, o estilo de vida eventualmente pode mudar;5. Para chegar à velhice confortavelmente, deve-se investir na saúde.

Lembra o Dr. Renato Veras: “A aposentadoria pode ser considerada o fi nal de uma fase da vida. Para alguns, pode representar o ingresso em um grupo de inativos para os quais a vida carece de signifi cado. Mas, para outros, pode ser a possibi-lidade de realização de novos projetos. Nas últimas décadas a economia mudou radicalmente em todo o mundo. O assalariado sabe que, atual-mente, não existe um sistema de seguridade social, qualquer que seja, baseado nas aposentadorias que garanta um nível de vida estável. Ele tem consciência que este nível pode se deteriorar continuamente depois de aposentar-se – com algumas exceções. Tenta defender-se, então, re-duzindo gastos e buscando serviços necessários a preços diferenciados. O trabalho complementar é uma solução para compensar a insufi ciência de recursos das aposentadorias. Para viver no mesmo padrão de antes é preciso elaborar um esquema razoável das próprias possibilidades, an-tes da aposentadoria, embora seja fundamental contar com rendimentos que proporcionem um nível de vida mínimo e digno. Preparar-se para a aposentadoria envolve o desenvolvimento de um projeto de vida. É o que pode dar sentido à existência. Os aposentados que não chegam a con-seguir o mínimo necessário para sobreviver têm maior difi culdade para realizar seus projetos de vida. Portanto, é necessário, enquanto adulto, conseguir meios fi nanceiros para garantir a sobrevivência básica e aí sim projetar a vida futura porque nada é mais frustrante para o ser humano do que a falta de objetivo para viver - mesmo que a satisfação pessoal não possa ser alcançada totalmente. Para desenvolver o seu projeto de vida, o aposentado – ou, mesmo antes, durante a vida adulta - deve identifi car que tipo de recursos o seu projeto requer e planejar a sua realização para, então, começar a exercitar a atividade.”

São iniciativas como essas que virão substituir os cuidados

familiares do passado e às quais devemos estar todos atentos,

porque as mudanças, no Brasil, acontecem muito rápido, ao

contrário dos países europeus, onde elas são bem mais lentas.”

Negação da velhiceO aspecto relativo aos aposentados que mais chama a atenção

de Elisabeth Adler é a garantia – tanto do poder público como

do privado – de condições dignas de moradia, atendimento

médico-dentário, de alimentação, atividades interessantes,

convívio com outros aposentados, amigos, familiares e cui-

dadores. A boa preparação para a aposentadoria, tanto para o

homem como para a mulher, deve ser feita ao longo de toda

a vida, tomando-se as providências necessárias, construindo

projetos, exercitando a capacidade de mudar, de transformar

e praticando o desapego”, diz ela. “Um dos males psicológicos

nesse momento é a depressão que pode ser desencadeada pela

perda do vigor físico, pela solidão e isolamento, e/ou por di-

fi culdades fi nanceiras, pelo ócio e pelo tédio.” Os programas

chamados de PPA – preparação para a aposentadoria – são

fundamentais, na opinião da psicanalista, “para despertar a re-

fl exão, já que ainda vivemos numa cultura que nega a velhice

e a aposentadoria e, em última instância, a morte”.

Tendo trabalhado em serviço público, com indivíduos das

classes mais pobres, Adler também oferece uma visão geral

dos cuidados e cuidadores dos idosos. “Nas classes médias o

casal trabalha, sai cedo de casa e volta tarde para dormir. As

crianças vão cada vez mais cedo para as creches e a ajuda da

avó ou das avós é episódica. Nas classes populares, encontra-

mos cada vez mais famílias constituídas de mãe trabalhadora,

pai ausente ou desconhecido e fi lhos que contam com a ajuda

fundamental, constante e contínua da avó materna.” Há estu-

dos recentes, de 2010, desenvolvidos pelo Instituto de Pesquisa

Econômica Aplicada (IPEA) que registra um número maior de

idosos (avós) auxiliando fi nanceiramente fi lhos e netos do que

desses ajudando os familiares mais velhos. É um dos sinais da

importância da expressão social e econômica dos novos ve-

lhos brasileiros – expressão aliás, que vem a ser título de livro

a ser lançado pela Editora Record: Os Novos Velhos. E é bom

não esquecer que daqui a uma geração, em 2050, pelo que

prevê a Organização das Nações Unidas ( ONU) haverá mais

brasileiros acima dos 80 anos do que na faixa de 20 a 24 anos.

E seremos o sexto país mais velho do mundo.

Page 52: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

Pela primeira vez, o Brasil experimenta os benefícios de

um fenômeno até então típico das nações desenvolvi-

das: o bônus demográfico. É assim que são chamados

os ganhos resultantes de um período em que a po-

pulação em idade produtiva se torna bem maior do que o total

de dependentes – crianças e idosos aposentados. E significa, na

prática, uma grande oportunidade para o País dar um salto no

seu desenvolvimento. Para o investidor, o contexto de reservas

em caixa e juros em queda sinaliza a hora de buscar novas apli-

cações, capazes de tirar proveito das perspectivas otimistas do

bônus demográfico e oferecer taxas melhores do que os ativos

financeiros tradicionais. No SulAmérica Summit 2011, realizado

em São Paulo, cujo tema foi “Uma visão de longo prazo: o Bra-

sil nos próximos dez anos”, especialistas discutiram como vão

A pirâmide etária brasileira promete alta produtividade e um salto no crescimento interno do País. Especialistas analisam as melhores opções de investimentos para conseguir taxas acima da média, a longo prazo

POR VERôNIcA cOUtO

se comportar os mercados durante essa onda de prosperidade

e quais serão as melhores alternativas de investimento para os

próximos 20 anos. Segundo o vice-presidente da SulAmérica In-

vestimentos, Marcelo Mello, o bônus ou dividendo demográfico

se caracteriza por baixas taxas de natalidade e de mortalidade,

população predominantemente urbana e um excesso de renda

disponível em relação aos gastos com as necessidades básicas.

Ou seja, sobra dinheiro no orçamento doméstico. Se os mais jo-

vens são propensos a gastar, o executivo observa que as pessoas

em idade produtiva, agora majoritárias, têm maior inclinação a

poupar. “As sociedades com grande percentual de pessoas em

idade produtiva aumentam a velocidade do crescimento econô-

mico”, diz. Entre 2005 e 2015, 70% do crescimento da população

latino-americana vai ocorrer no intervalo de 20 a 70 anos.

BÔNUS DEMOGRÁFICO: Como aproveitar os bons ventos

52_Outubro 2011

Conta Corrente

Page 53: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

O que acontece em um cenário de bônus demográ-

fico, explica Mello, “é que a economia passa por um

processo de acumulação de capital, em nível indivi-

dual e agregado; cresce a arrecadação fiscal do go-

verno, que pode, assim, proporcionar maiores investi-

mentos em infraestrutura; e caem as necessidades de

gastos públicos com saúde e educação, devido à faixa

etária da maioria da população”. Nos Estados Unidos e

na Europa, essa distribuição privilegiada da pirâmide

etária ocorreu durante os anos das décadas de 60 e

70. Deve chegar aos países emergentes na próxima

década e começou no Brasil no ano 2000, devendo

se estender até 2020. Por outro lado, de acordo com

Mello, os portfólios de ações são apenas 11% do total

de ativos administrados no Brasil, em comparação a 44%

nos Estados Unidos e mesmo a 82% na Alemanha. Além dis-

so, o valor de mercado dos ativos representam 73% do PIB

do País, menos do que os 80% na Colômbia, ou dos 163% no

Chile, ou, ainda, dos 113% nos Estados Unidos. O que sugere,

em síntese, que há bastante potencial para desenvolver a

indústria brasileira de fundos de investimentos, atualmente

formada por cerca de 7 mil fundos, ou US$ 972 bilhões.

Mapa das oportunidadesPara identificar as áreas com melhores potenciais e elabo-

rar as estratégias para oferecer novas opções de rentabili-

dade, a SulAmérica Investimentos criou a Superintendên-

cia de Longo Prazo (veja o quadro).

53 _Outubro 2011

SHU

TTER

STO

CK

Page 54: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

“Para conseguir aferir lucros ou taxas mais satisfatórias de

retorno, os investidores vão precisar buscar teses mais ela-

boradas para suas aplicações”, alerta o titular responsável

pela nova área, Fernando Tendolini. “Os grandes clientes,

como os fundos de pensão e os investidores institucionais

– que têm compromissos futuros com metas atuariais, ou

seja, com uma rentabilidade mínima, como no caso dos

planos de previdência –, estarão cada vez mais atentos a

formas diferenciadas de buscar retorno.”

A Superintendência de Longo Prazo, entre outras mis-

sões, vai estruturar fundos baseados em investimentos

com ciclos mais longos e, claro, capazes de oferecer re-

tornos mais altos. Algumas áreas de negócios, nesse senti-

do, destacam-se. Na opinião de Tendolini, o fenômeno de

amadurecimento da população aumenta o contingente no

mercado de trabalho, a geração de renda e os gastos com

educação, planos de saúde e imóveis (construção civil).

Segmentos que se juntam a projetos de infraestrutura, que

também serão necessários para dar conta do movimento de

expansão econômica.

• Queda na taxa de natalidade• Queda na base da pirâmide etária

• Crescimento desproporcional da força de trabalho• Excesso de renda gerado em relação às necessidades básicas

80-84

70-74

60-64

50-54

40-44

30-34

20-24

10-14

0-4

2025

8.6 6.5 4.3 2.2 0.0 2.2 4.3 6.5 8.6

80-84

70-74

60-64

50-54

40-44

30-34

20-24

10-14

0-4

2000

8.6 6.5 4.3 2.2 0.0 2.2 4.3 6.5 8.6

Geração com alta taxa de natalidade

atinge a idadede 15 anos

• Largamente rural• Alta taxa de natalidade• Alta taxa de mortalidade

• Predominantemente urbana• Baixa taxa de natalidade• Baixa taxa de mortalidade

Fem.

Masc.

Fem.

Masc.

Bônus Demográfico

“Estamos estudando o mercado interno, a sociedade brasileira e os seus vetores de crescimento”

Fernando Tendolini

54_Outubro 2011

Conta Corrente

Page 55: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

“A pergunta a ser feita é quais setores específicos

vão sentir os impactos desse incremento”, analisa o

executivo. “Por exemplo, nos aeroportos, a parte co-

mercial e os ramais logísticos podem crescer muito e

ser melhor explorados.” De modo a obter essas respos-

tas, ele conta com uma equipe dedicada a se debruçar

sobre o desenvolvimento de estratégias de longo pra-

zo. “Estamos estudando o mercado interno, a socieda-

de brasileira e os seus vetores de crescimento.”

O crescimento dos planos de saúde suplementar, por

exemplo, estaria diretamente associado à expansão do

emprego formal – não só porque a pessoa passa a ter

mais condições de adquirir o serviço, mas porque a

grande maioria das médias e grandes empresas ofe-

rece o benefício a seus funcionários. “E há bastante

espaço para novos negócios”, assinala Mello. Atual-

mente, apenas 22% da população têm plano privado

de saúde, um índice baixo em comparação a outros

mercados internacionais – 59,9% no México e 84,7%

nos Estados Unidos.

Os adultos jovens, na faixa dos 20 aos 30 anos,

também mudam mais de casa, notícia que aquece a

construção civil. Além dos efeitos da renda maior, esse

mercado experimenta os ganhos do crédito facilitado.

Mesmo assim, no Brasil, as pessoas trocam de casa em

média três vezes durante a vida, total que, nos Estados

Unidos, chega a 11,7 vezes. Com base em dados do

IBGE, da Fundação Getúlio Vargas e do JP Morgan, o

vice-presidente da SulAmérica Investimentos apontou

uma demanda de 1,5 milhão de unidades de imóveis

por ano, equivalentes a cerca de R$ 185 bilhões, com

lançamentos crescendo a um ritmo de 18% ao ano.

Mas as incorporadoras listadas em bolsa atuam apenas

nas cidades com mais de 200 mil habitantes, onde a

procura é estimada em R$ 81,7 bilhões/ano – ou seja,

só 57% do mercado potencial.

55 _Outubro 2011

SHU

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Page 56: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

Podemos entender, então, que as famílias vão mudar

mais. E impactar, assim, não só a indústria da cons-

trução civil propriamente, mas toda a cadeia do setor:

vendas de cimento, materiais de construção, etc.

Já com relação ao setor educacional, é significativo

que mais da metade dos pais brasileiros queiram que

os filhos tenham pelo menos a graduação, e mais

de 20%, que consigam também um doutorado. Os

dados são de pesquisa recente e foram apresentados

no Summit 2011. Tendolini, da Superintendência de

Longo Prazo, também observou a tendência às con-

solidações nessa área, que já vem de algum tempo e

deve continuar. É uma indústria aquecida, com fu-

sões, aquisições frequentes e altas taxas de cresci-

mento. Para se ter ideia do quanto ainda se poderia

avançar neste setor, estudos feitos pelos técnicos da

SulAmérica, com base em diferentes fontes, revelam

que a educação representa 7% da renda familiar bra-

sileira; em comparação a 17% na Coreia. Da mesma

forma, a maior parcela (ou 77%) dos universitários

entre 18 e 35 está na classe A; e apenas 9% são da

classe C. Somando todas as classes, teríamos um mer-

cado potencial de 47 milhões de estudantes – mais de

quatro vezes o atual, de 10 milhões –, se o País con-

seguir prover o financiamento dessa demanda. Nessa

área, o número de vagas criadas pelas universidades

públicas anualmente tem sido bem inferior ao total

das particulares. A tendência, de acordo com os ana-

listas da SulAmérica dedicados aos cenários futuros,

é que o governo atue com financiamentos de longo

prazo na educação superior, disponibilizando ao jo-

vem universitário maior renda mensal. Todas essas

áreas, contudo, e toda a perspectiva de crescimento

resultante do cenário favorável esbarram em garga-

los de infraestrutura. Há grandes expectativas de in-

vestimentos nesse campo.

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011(p)

2012(p)

2013(p)

2014(p)

2015(p)

1,7%1,7%1,7%1,9%

2,2%2,5%

3,0%

3,5%

3,9%4,2% 4,3% 4,3%

4,1%4,3%

4,5% 4,5%4,8%

4,9% 5,0%

Crescimento do PIB Potencial

*(p) previsão

56_Outubro 2011

Conta Corrente

Page 57: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

Governança sólida, para ganhar a longo prazoO SulAmérica Expertise Fundo de Investimentos em Ações é o primeiro pro-duto da Superintendência de Longo Prazo da SulAmérica Investimentos, uni-dade especializada em gestão de recursos de terceiros, do grupo SulAmérica. A ideia desse fundo se baseia em dois grandes pilares: a diversifi cação em relação aos tradicionais fundos de investimentos; e uma postura ativa do pon-to de vista da governança corporativa, explica o superintendente de Longo Prazo, Fernando Tendolini. “A proposta é que sejamos investidores com parti-cipação nos Conselhos de Administração e Fiscal das corporações, engajados em melhorar a percepção de valor das empresas no mercado, por meio dos instrumentos de governança.”Governança é palavra-chave nessa operação, que trabalha com empresas com alto potencial de crescimento e grande rentabilidade a longo prazo. Tendolini assumiu o novo posto, tendo atuado nos últimos dez anos como gestor de Renda Variável, principalmente em fundos reconhecidos por promo-verem avanços na governança corporativa das empresas em que aportaram recursos. “O que sustenta essa ideia é que o cenário de médio e longo prazo aponta para juros reais descendentes e para variáveis macroeconômicas, que são dadas com grande perspectiva de crescimento para diferentes setores”, afi rma o executivo. “Estamos apostando no dinamismo do Brasil.” Por en-quanto, a superintendência vai atuar concentrada no mercado de ações. No futuro, podem ser incluídas operações com créditos de longo prazo, private equity, etc. Com a nova área, a SulAmérica Investimentos passa a ter, no segmento de Renda Variável, duas equipes dedicadas a este tipo de ativo e oito analistas. A asset tem sob sua gestão R$ 20,2 bilhões, um crescimento de 25,2% em comparação a um desempenho geral da indústria de 19,7%.

No ranking de competitividade 2010/2011 do Fórum

Econômico Mundial, o Brasil aparece em 62º lugar,

com baixo risco político e mercado de capitais bem

desenvolvidos. Mas, em termos de qualidade das es-

tradas, vai à 105ª posição; e à 123ª quando o assunto

são os portos. O custo local para movimento de um

contêiner chega a US$ 1,440 mil, fortemente baseado

no transporte rodoviário (61%); enquanto, na China,

onde apenas 12% do transporte é feito por estradas, o

valor é de US$ 545.

É importante mudar a forma de transportar carga

no Brasil, alertam os analistas. Essa transformação

envolve capital intensivo e aspectos regulatórios,

para aumentar o uso de outros modais.

A vitalidade econômica desses segmentos já é no-

tável. No Summit 2011, o diretor de Investimentos

da SulAmérica, Marcelo Saddi, ressaltou que 84%

dos IPOs realizados a partir de 2004 estão associa-

dos a setores benefi ciados pelo bônus demográfi co.

Essas áreas, contudo, ainda não estão representadas

no comportamento dos indicadores da bolsa de va-

lores, que não refl etem sua força para a composição

do PIB brasileiro. Na verdade, os índices de mercado

continuam lastreados principalmente nos segmentos

exportadores, que variam principalmente conforme

as circunstâncias internacionais. Mesmo assim, es-

pera-se uma nova rodada de grandes investimentos

diretos, sem falar nas aplicações já em curso para a

exploração do petróleo em águas muito profundas –

a camada pré-sal. A estimativa é que se alcance, em

2015, uma taxa média de investimento e poupança de

21,9% sobre o PIB – para uma previsão de 19,3% em

2011. Desse índice, a parcela de poupança externa se-

ria da ordem de 3,5% contra 2,8%, no cenário calcu-

lado para este ano. Em resumo, superadas as barreiras

de infraestrutura, formação educacional e profi ssio-

nal e de ajustes regulatórios, novos setores da econo-

mia prometem gerar novos patamares de ganho para

investidores que souberem, a tempo, identifi car neles

as melhores oportunidades. O bônus demográfi co é

uma realidade para o Brasil e está só começando.

Para mais informações, acesse:www.sulamericainvestimentos.com.br

57 _Outubro 2011

DIV

ULG

AÇÃO

Page 58: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

POR SERGIO ZOBARAN FOTOS DIVULGAÇÃO

LAR DOcE ESCRITÓRIO

Boa iluminação, conforto e muita disciplina: as dicas de renomados arquitetos para trabalhar em casa ou em um escritório de pequeno porte

Casa e Arquitetura

O escritório da arquiteta Adriana Da Riva, tem janelões que dão para o jardim

de bambus - ela foi para lá quando a equipe precisou crescer, há nove anos

Page 59: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

E conomia de tempo e dinheiro, além da tranquilidade de se ter realmente tudo à mão – dos ele-

mentos básicos de um escritório tradicional às refeições e até aos fi lhos –, fazem da casa um dos

melhores espaços do mundo para exercer uma atividade profi ssional em tempos globalizados e

altamente tecnológicos. Afi nal, se hoje é possível trabalhar de qualquer lugar para qualquer lugar

via computador, a opção pelo home offi ce pode se mostrar efi ciente e até sustentável, evitando deslocamentos

e gastos de energia altamente desnecessários. Mas é importante seguir algumas regras e se impor muita dis-

ciplina para manter uma rotina produtiva e que não nos transforme em workaholics convictos – ou trabalha-

dores dispersos. Dos horários previamente estipulados à busca permanente pela concentração, tudo deve ser

pensado para se obter o melhor rendimento e conquistar esta liberdade tão desejada de atuar individualmente,

sem sofrimento e com muito orgulho e prazer, itens fundamentais para se obter o melhor resultado na hora

das tarefas que trazem o pão nosso de cada dia.

A revista ON Line foi buscar opiniões de alguns dos melhores profi ssionais do mercado para nos ajudar a

montar um canto de trabalho para chamar de seu e ouviu os arquitetos paulistanos Fernanda Marques, Guto

Requena e Adriana Da Riva, que fazem sucesso em sua profi ssão aqui e fora do Brasil com seus projetos. Eles

nos deram seus depoimentos pessoais, além de dicas precisas e preciosas para a montagem de um escritório

em casa. Afi nal, se hoje optaram por trabalhar em grandes escritórios que carregam suas grifes e competên-

cias comprovadas, foi em casa que tudo começou.

Fernanda Marques mantém em casa uma bancada de trabalho voltada para o verde

Page 60: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

60_Outubro 2011

Casa e Arquitetura

Vivendo a mesma paixão pela arquitetura, cada um

com seu estilo, Fernanda, Adriana e Guto concordam

que a organização é a base de tudo – mas reforçam

que o fato de estar cercado daquilo de que se precisa

e gosta é o mais importante na hora da montagem

adequada deste ambiente.

E qual é o maior segredo para se trabalhar num home

office ou em um pequeno escritório? Segundo Adriana

Da Riva, que antes de se mudar para uma casa nos

Jardins, que abriga sua equipe, chegou a abrir todas

as paredes de seu apartamento para transformá-lo em

um escritório integrado, “é, antes de tudo, ser muito

rigoroso com horários e ser organizado”. E, ainda, “ter

um espaço flexível e reconfigurável”, como comple-

menta Guto Requena, que acaba de montar seu novo

escritório na rua Oscar Freire por absoluta necessidade

de crescer. Para ambos, existem vantagens e desvan-

tagens no home office. “A principal vantagem é não

perder tempo com deslocamentos. E a grande desvan-

tagem é ter sempre que organizar a vida privada para

ela não ser invadida”, afirma Guto. Adriana assume

que tomou essa atitude por desejo materno: “Optei por

trabalhar em casa, pois ficaria mais próxima de minha

filha pequena. Mas, ao mesmo tempo, era difícil que

ela entendesse que eu estava trabalhando quando ela

queria brincar”. Enquanto Guto sugere como dica de

decoração do escritório caseiro ou mesmo do escri-

tório de pequenas dimensões estar cercado de objetos

com memória afetiva, lembranças da família ou da in-

fância, Adriana lembra que a situação ideal, na sua

opinião, é estar o mais possível em contato com a na-

tureza, o que sempre ajuda no desenrolar de um bom

trabalho. Atuando agora num espaço único com seus

demais arquitetos, ela garante saber o que está acon-

O jovem arquiteto Guto Requena levou

de casa a informa-lidade e a diversão

para o novo local de trabalho, onde atua de forma integrada

com seus sócios e parceiros

Page 61: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

61 _Outubro 2011

tecendo a todo momento (como foi em casa um dia),

enquanto Guto – também cercado por seus pares –

afirma que é indispensável manter um clima informal

e divertido. E por que não da mesma forma quando se

está só? Fernanda Marques, à frente de sua empresa

que ocupa três andares de um edifício comercial, em

função do crescimento de seu escritório, alerta que em

casa o ideal é escolher um local que seja bem ventila-

do e iluminado, já que muitas horas serão despendidas

neste ambiente. E dá dicas práticas: a altura da mesa

deve ficar entre 72 e 75 cm, no máximo, e a cadeira

deve ter regulagem de altura e inclinação de encosto –

uma garantia para um dia de trabalho mais produtivo.

Além disso, para ter a mobilidade necessária no dia a

dia, o ideal é o uso de uma cadeira de rodinhas. “Isso

permite alcançar o telefone ou um objeto que se faça

necessário”, explica. “Aliás, um telefone sem fio é a

solução. A base pode ficar próxima à previsão do seu

ponto fixo, sem necessidade de mudanças drásticas na

fiação, e o receptor próximo ao usuário”, completa a

arquiteta. E o computador? “Deve ficar do lado onde

a incidência de luz não seja direta na tela, nem contra

um plano que emita luz diretamente no rosto do usu-

ário. Em outras palavras, é o mesmo raciocínio usado

para definirmos a localização de um televisor.”

Fernanda ressalta que, para conseguirmos manter

nosso ambiente de trabalho o mais em ordem possível,

gaveteiros móveis são uma boa dica, pois permitem

que tenhamos nossos objetos de uso mais constante

sempre à mão, como pastas elásticas para documentos

e caixas para miudezas (“e uma boa dose de discipli-

na”). Uma recomendação importante da arquiteta é ter

uma iluminação difusa, porque os focos de luz tendem

a interferir negativamente: “Lâmpadas fluorescentes

Adriana preza a boa iluminação na casa térrea, tanto a natural quanto a artificial

Page 62: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

62_Outubro 2011

Guto Requena

Adriana Da Riva

No mezanino de Adriana está a sala de reuniões compartilhada pela equipe da redação que edita a revista Bamboo, de

arquitetura, decoração, design e paisagismo

Casa e Arquitetura

Page 63: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

63 _Outubro 2011

são ideais para atingir este resultado, além de emi-

tir pouco calor”. Apreciadora das artes, como Guto e

Adriana, Fernanda entende que obras de arte e objetos

pessoais são bem-vindos, “pois é importante reconhe-

cermos no espaço de trabalho a nossa personalidade”.

E encerra: “Para aqueles que têm a necessidade de re-

ceber clientes, o home offi ce não deverá se localizar na

área íntima da casa”. Portanto, quanto mais próximo

seu escritório estiver da porta de entrada da casa ou

apartamento, melhor.

Conheça mais os arquitetos e seus estilosEm 1995, Fernanda Marques abriu seu próprio escri-

tório para atender aos ramos residencial e imobiliário

depois de se graduar na USP em arquitetura e urba-

nismo, em 1988. O local de trabalho da arquiteta é

localizado num dos três andares que ocupa em pré-

dio emblemático do Itaim Bibi. Lá a integração entre

os arquitetos e demais funcionários se dá através da

transparência que as divisórias de vidro oferecem: to-

dos se veem, mas ainda assim mantêm a privacidade e

a concentração necessárias na hora do trabalho.

Seu estilo é marcado pela contemporaneidade e o

minimalismo. A quase engenheira Adriana Da Riva

cursou arquitetura no Mackenzie e trabalhou com um

arquiteto especialista em construções de madeira, par-

ceria que durou sete anos. Ao fi nal desta fase, decidiu

abrir seu próprio escritório, há nove anos – inicial-

mente em casa, num apartamento transformado em

loft. Hoje, cercada de bambus numa casa dos Jardins,

projeta os espaços de grandes grifes da moda nacio-

nal e internacional. Formado em arquitetura na USP,

Guto Requena defendeu o mestrado Habitar Híbrido:

Interatividade e Experiência na Era da Cibercultura,

e, em 2008, abriu em casa seu Estúdio Guto Requena,

projeto de baixo custo e apenas 80 m², apresentado

como um desdobramento de sua pesquisa. Este ano

foi obrigado a sair ‘da toca’ porque, junto com o escri-

tório Athié Wohnrath, está desenvolvendo o projeto-

conceito para a nova sede da Google em São Paulo,

um trabalho de porte que exige maior estrutura.

Optou por abrir seu negócio? Além dos cuidados com a estrutura do local de trabalho, é importante preocupar-se com a proteção do imóvel para evitar desgastes fi nanceiros no futuro e não comprometer seu negócio. A SulAmérica Seguros e Previdência investiu na segmentação de seus produtos ao desenvolver uma linha de seguros voltada especialmente para determinados setores. A solução é destinada aos segmentos de bares e restaurantes, hotéis e pousadas, shopping centers e padarias, oferecendo melhores condições e serviços para os corretores de seguros e clientes por meio de descontos e coberturas exclusivas para cada nicho de mercado. Com a segmentação do produto Empresarial, o corretor de seguros pode potencializar suas vendas oferecendo condições específi -cas para determinadas atividades, com coberturas que realmente inte-ressam ao negócio e tranquilizam o empresário.

Proteção para sua empresaO seguro para hotéis e pousadas, bares e restaurantes, shopping centers e padarias

Fernanda Marques

Page 64: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

Brasil S/A

Leonel Andrade, presidente da Credicard

Page 65: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

PARCERIAS PARA CHEGAR MAIS LONGEO presidente da Credicard, Leonel Andrade, quer ter alianças com players de grande representatividade em cada segmento de mercado

POR VERôNIcA cOUtO FOTOS NELSON AGUILAR

65 _Outubro 2011

O setor brasileiro de cartão de crédito deve crescer

de 17% a 18% este ano, segundo estimativas de mer-

cado citadas pelo presidente da Credicard no Brasil,

Leonel Andrade. Parece muito. Mas a empresa proje-

ta uma taxa ainda maior para seu próprio resultado,

que, segundo ele, deve chegar a 19%. Ou seja, obter

um faturamento de R$ 31 bilhões em 2011. “Você

conhece alguém que não tenha cartão de crédito?”,

pergunta o executivo. “É um mercado de altíssimo

crescimento. Há mais de 15 anos, supera os 10%

ao ano, mesmo durante a crise global, entre 2008 e

2009. A pessoa sem cartão se sente discriminada. Ele

virou, de fato, um substituto do dinheiro.”

A sala de trabalho do executivo fica no 17º andar

de um prédio na Água Branca, de onde se pode ver,

no inverno, um espetacular pôr do sol. Andrade,

baiano de Salvador, trabalha há nada menos do que

18 anos com cartões, os últimos cinco no grupo

Citibank – ali, há cerca de três anos, assumiu a pre-

sidência da Credicard. Desde o início da carreira,

esteve nove anos no antigo Banco Nacional (três

deles com o Cartão Nacional), outros três na Visa,

quase oito na Losango, em que também foi presi-

dente e de onde saiu para a financeira do grupo

Citibank, a atual Credicard Financiamentos.

Na opinião dele, o segmento de cartão de crédito

avançou de tal forma que o produto pode ser com-

parado hoje ao aparelho de telefone celular. Todos

têm um, às vezes vários cartões. “Não dá para par-

ticipar fortemente do mercado no Brasil sem pensar

na classe C.” Embora, destaca o executivo, a Credi-

card esteja presente em todas as faixas sociais. “Dos

nossos 7 milhões de clientes, a grande maioria vem

da classe C. Somos muito a cara do Brasil. E, além

da marca Credicard, temos a marca Citibank e a

Diners Club, de posicionamento para consumidores

de maior renda.”

Para avançar nessa demanda tão aquecida, as

alianças estratégicas são prioridade para a Credi-

card, afirma Andrade. Na definição das alianças, “a

proposta é, em cada segmento, ter um grande par-

ceiro, com alta representatividade”.

Page 66: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

66_Outubro 2011

Brasil S/A

“Dos nossos 7 milhões de clientes, a grande

maioria vem da classe C. Somos muito a

cara do Brasil”

A empresa já tem alianças com representantes dos setores de aviação, ter-

ceiro setor, entretenimento e varejo. “Faltava o setor de seguros, agora coberto

com o acordo feito com a SulAmérica (veja o box)”, comenta. “Neste caso,

temos serviços muito complementares e públicos-alvo parecidos, além de es-

tarmos em dois segmentos que têm as maiores taxas de crescimento no Brasil,

em termos de mercado financeiro”, diz o presidente da empresa de cartões. A

Credicard é a empresa mais tradicional desse mercado e a mais antiga, fundada

em 1970. Era controlada, então, pelo Citibank, Itaú e Unibanco, numa operação

que conciliou interesses e competências complementares. “O Citibank já era o

maior banco em cartão de crédito no mundo; queria ter um negócio no Brasil,

mas não tinha canal de distribuição”, conta Andrade. “Os bancos brasileiros,

por sua vez, também queriam explorar o segmento de cartão de crédito, tinham

a distribuição, mas não a experiência. Abriram, então, a Credicard, com um

terço para cada sócio.” O que se seguiu é que a marca se tornou top of mind.

Em 2002, o Unibanco decidiu sair e os sócios restantes dividiram 50% a 50%

o capital. E, em 2006, fizeram um split (separação de ações) da companhia,

dividida ao meio. O Citibank manteve a marca Credicard, e os clientes foram

distribuídos entre as duas instituições. O acordo previu, ainda, o uso da marca

pelo Itaú até dois anos atrás. Hoje, ela é 100% Citibank. “Somos o quarto do

mercado”, afirma Andrade.

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67 _Outubro 2011

Page 68: Revista On Line  SulAmerica2º Edição.

68_Outubro 2011

Brasil S/A

“A proposta é, em cada segmento, ter um grande

parceiro. Faltava o setor de seguros”

A empresa e os famososPela sala do executivo, fica clara a estratégia da empresa

em associar sua marca a pessoas notórias de diversos seg-

mentos. Pôsteres e objetos dos ícones e parceiros da empre-

sa, como a foto de Roberto Carlos, com quem a Credicard

lançou o cartão Credicard Emoções; o capacete de Ayrton

Senna, referência ao trabalho conjunto com o Instituto;

e a garota-propaganda da marca, Grazi Massafera, estão

espalhados pelo local de trabalho de Andrade. A empresa

também patrocina o Bel, do grupo baiano Chiclete com Ba-

nana. Nomes que, de acordo com o presidente da empresa,

são representativos dos diferentes segmentos do conjunto

do público brasileiro.

Mais recentemente, a Credicard fechou contrato com Fe-

lipe Neto, o vlogueiro (um blogueiro de vídeo) preferido dos

jovens, que o acompanham no Youtube. “É o vlog mais as-

sistido na internet pelos universitários”, diz Andrade. Para

lançar o cartão Meu Credicard, ele explica que a empresa

teve de se dirigir ao público universitário. “E, para isso,

precisou falar a língua em que esse jovem está.” A estraté-

gia da Credicard foi desenvolver uma campanha muito for-

te de mídia on-line. Celebridade da web, Felipe Neto postou

um vídeo em seu canal no Youtube, o “Não faz sentido”.

“Conseguiu mais de 1 milhão de visualizações em poucos

dias e levou as pessoas que gostaríamos de atingir para a

fan page do Meu Credicard no Facebook”, conta.

Para a Credicard, diz Andrade, “foi muito importante

aproveitar a audiência que o Felipe Neto tem entre os jo-

vens e utilizar a mídia on-line como veiculação prioritária

para lançar um produto diferenciado para esse grupo”. E

‘essa galera’ não é um público-alvo desprezível. Segundo

o Target Group Index, estudo do Ibope Mídia, na chamada

geração Y (de 20 a 29 anos), 69% havia feito alguma com-

pra pessoal no mês anterior à pesquisa, e a maioria enxerga

o cartão de crédito como um “facilitador” para adquirir

bens. Essa geração também foi a que apresentou, na pes-

quisa, o maior número de brasileiros dispostos a comprar

casa no prazo de um ano. E 75% querem atingir o topo

mais alto de suas carreiras.

De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de

Cartões de Crédito e Serviços, o mercado de cartões conti-

nua aquecido, apesar de medidas de contenção do governo,

como o aumento da taxa de juros. No primeiro trimestre, o

faturamento em cartões de crédito no Brasil cresceu 23%

em relação ao mesmo período de 2010, o equivalente a uma

receita da ordem de R$ 83,7 bilhões. Levando em conta

cartões de crédito, débito e de lojas, o ticket médio (valor

médio das transações) aumentou 17% em relação ao mes-

mo período do ano de 2010.

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A Credicard espera conquistar 200 mil novos clientes em três anos, dos quais 20 mil ao longo deste segundo semestre, como resultado direto da parceria fechada com a SulAmérica Seguros e Previdência para lançamento de um cartão de crédito co-branded, o SulAmérica Credicard Auto. A partir deste ano, o cartão está disponível para 1,5 milhão de clientes do seguro de automóveis da SulAmérica. Para o presidente da Credicard, Leonel Andrade, a empresa e a SulAmérica têm pontos em comum, como serem grandes players em seus seg-mentos e não trabalharem com canais próprios de distribuição física. “Operamos via internet, mala direta, telemarketing e parceiros, que asseguram ampla capilaridade aos produtos”, explica. Do ponto de vista do cliente, ele acredita que a combinação de benefícios, ao tra-zer vantagens e comodidade, vá representar um forte instrumento de fi delização para as duas parceiras. “Para nós, a aliança permite chegar a um canal de vendas único e importante, que são os 30 mil corretores de seguros que trabalham com a SulAmérica. Com esse acordo, tenho acesso à base integral dos clientes de seguro para automóvel e todo um novo canal de distribuição.” Por outro lado, a Credicard poderá

dar à SulAmérica, na opinião dele, um diferencial competitivo e maior rentabilidade. “Todos vão ter algum benefício”, afi rma o executivo. “Os corretores aumentam a possibilidade de rentabilizar o negócio ao agregar valor ao seu produto prioritário, que é o seguro.” Para eles, há uma estrutura de comunicações, treinamentos, promoções e incen-tivo, além de programas de capacitação por e-learning (ensino pela internet) e presenciais, oferecidos com a coordenação da SulAmérica. São vários os ganhos para os clientes das duas empresas promovidos pelo co-branding. Todos os portadores do cartão de crédito têm 25% de desconto em shows no Credicard Hall e no Citibank Hall, além de direito à compra de ingressos em pré-venda para todos os espetáculos de Roberto Carlos ou realizados pela Time for Fun (a mesma que trouxe o U2 ao Brasil), com quem a Credicard tem contrato. Junto à SulAméri-ca, poderão parcelar o seguro com prazo maior em vez de quatro vezes sem juros, em uma entrada mais seis parcelas sem juros. E, toda vez que usar o cartão, o cliente acumula pontos que poderão ser trocados por descontos na compra de autopeças, serviços mecânicos e até na compra dos veículos.

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Cartão SulAmérica – mais vantagens para os segurados

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