Revista Outdoor 0

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NOS BASTIDORES DA MONTANHA com Aurélio Faria VIAGENS SAUDÁVEIS em família MUS A Aventura Urbana TITAN DESERT O relato de quem lá esteve! CAMINHAR Vida activa longe do stress FOTOGRAFIA OUTDOOR com Joel Santos MERGULHA com a Elisabete Jacinto ACTIVIDADES OUTDOOR JULHO E AGOSTO outdoor www.revistaoutdoor.pt Nº0 JULHO/AGOSTO 2011 APPS OUTDOOR GRATUITAS PARA O TEU IPHONE GANHA UM TIMEX® IRONMAN® GLOBAL TRAINER™ Torna-te fã REVISTA Disponível para iPad e iPhone

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Consulte a Edição 0 da Revista Outdoor digital

Transcript of Revista Outdoor 0

Page 1: Revista Outdoor 0

Nos Bastidores da MoNtaNhacom Aurélio Faria

ViageNssaudÁVeis em família

MusA Aventura Urbana

titaN desertO relato de quem lá esteve!

CaMiNharVida activa longe do stress

FotograFia outdoorcom Joel Santos

Mergulhacom a Elisabete Jacinto

aCtiVidades outdoor Julho e agosto

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Julho_Agosto 2011 OUTDOOR6

Editorial Ficha técnica

Iniciar um projecto editorial na actual conjuntura económica é… uma Aventura! E é esta aventura que nos faz criar um projecto que acreditamos inovador: oferecer aos portugueses uma realidade ainda pouco conhecida e explorada,

em formato fora de portas.

Aqui está finalmente a Revista Outdoor, fruto de onze anos de trabalho do Portal Aventuras, pensada e idealizada des-de 2009, resultado de muito empenho e dedicação de uma equipa fantástica que nunca baixou os braços e sempre acreditou que era possível.

Temos como objectivo principal dar a conhecer um Por-tugal recheado de encantos naturais por descobrir, ideais para a prática de turismo, desporto e aventura. Fomos também saber mais junto dos Portugueses que se desta-cam neste meio: são desportistas, têm um enorme mérito nos feitos que atingem e são muito pouco reconhecidos (ainda). Queremos ser uma montra para estes aventurei-ros… e que sirvam de inspiração aos mais de 10 milhões que já somos para uma fuga da rotina, para uma saída em família, para umas férias… As nossas sugestões são diver-sas e garantimos que vos levam a locais e a actividades realmente interessantes!

A aposta no mundo digital, em alternativa ao papel, é uma consequência natural do forte crescimento tecnológico, de um ritmo de vida cada vez mais virtual e de um sentido ecológico cada vez mais necessário. O formato (esperamos nós) é bastante interactivo, com vídeos, imagens e artigos que nos cativa e nos aproxima do conteúdo.

Agradecemos a todos os que es-tiveram connos-co desde o início da criação deste projecto…o nos-so muito obriga-da. Esta revista também é vossa!Até Setembro e até lá… acompa-nhem dia a dia as novidades no Portal Aventuras.

Equipa Portal Aventuras

o Nº zero

EDiçãO nº0

WPG – Web Portals lda

NPC: 509630472

CaPital soCial: 10.000,00

rua Melvin Jones Nº5 bc – 2610-297 alfragide

telefone: 214702971

Fax: 214702973

site internet: www.revistaoutdoor.pt

e-mail: [email protected]

reGisto erC N.º 126085

EDiTOr E DirEcTOrNuNo Neves | [email protected]

MArkETing, cOMUnicAçãO E EVEnTOSisa HeleNa | [email protected]

soFia CarvalHo | [email protected]

rEViSãO Cláudia CaetaNo

cOlAbOrArAM nESTE núMErO:aurélio Faria, artur PeGas, Paulo QuiNtaNs,

riCardo MeNdes, Paulo NasCiMeNto,

elisabete JaCiNto, aNa liMa, rui Calado,

Joel saNtos, MaGali tarouCa, GoNçalo

velez, Pedro PaCHeCo, aNa barbosa.

DESign EDiTOriAliNês rosado

FOTOgrAFiAJoel saNtos

DESEnVOlViMEnTOÂNGelo saNtos

www.portalaventuras.pt

Nos Bastidores da MoNtaNhacom Aurélio Faria

ViageNssaudÁVeis em família

MusA Aventura Urbana

titaN desertO relato de quem lá esteve!

CaMiNharVida activa longe do stress

FotograFia outdoorcom Joel Santos

Mergulhacom a Elisabete Jacinto

aCtiVidades outdoor Julho e agosto

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Directrizesnº0 Julho_Agosto 2011

editorial 06

graNde reportageM

Nos bastidores da alta Montanha 08

eM FaMÍlia

viaGeNs saudáveisCaminhadas pelos cenários das caixas de bombons 14

aveNtura — Caminhada aquática 18

Jardim zoológico 20

aVeNtura

Mus Portugal 2011 22

Merrel bareFoot 28

por terra

CaMiNHadaso escape para viver uma vida activa longe do stress 32

CaMiNHada NoCturNasintra Fantasmagórica 36

eveNto — MileNio titaN desert 2011 40

a MiNHa aveNtura — “Gr14_rota do rio douro” 48

iNdoor — Preparação para uma caminhada no ginásio 52

eNtreVista

elisabete JaCiNto 54

por Água

eveNto — audi MedCup 2011 62

Passeio eM KaYaKPelo Minho em Kayak 68

iNdoor — Preparação para uma aventura em Kayak no ginásio 70

a MiNHa aveNtura — rio sabor em autonomia 72

FotograFia

eNtrevista — Joel santos por Magali tarouca 80

PortFolio do Mês — Índia 91

FotoGraFia do Mês — Pescador de sonhos 94

aPliCações iPHoNe Para FotóGraFos — triP JourNal 96

sos

sobreviveNCia — bear Grylls 98

sos em btt 100

Kids

Campos de Férias 106

aCtiVidades outdoor 112

desCoBrir

Parque Natural e Parques Nacionais 120

desaFio — Coasteering blue line 126

Cartão Jovem comemora 25 anos 130

Pousada da JuveNtude — Pousada de Juventude de alfeizerão 132

iNtra-rail — vem descobrir Portugal 134

a MiNHa eXPerieNCia 138

ViaJar

viaGeM aveNtura — Moçambique, áfrica do sul, swazilândia 140

MeMórias Por Pedro PaCHeCobreve relato de uma aventura no tecto do Mundo em 1994 142

Cuidados de alimentação em viagem 144

reCeitas outdoor 146

espaÇo apeCate 148

desporto adaptado

JoGos de PortuGal 154

atletisMo 156

a FeChar 158

Descobrir os bastidores da Alta Mon-tanha é a proposta de Aurélio Faria, que nos apresenta um relato impressionante de uma vivência intensa. “ … Muitas vezes a história está também na viagem até ao acampamento base … ”

Depois da brilhante vitória no rally da Tunísia, a equipa da revista Outdoor esteve com a Elisabete e numa conversa informal de partilha de experiências, descobrimos alguns segredos desconhe-cidos do grande público…

com a simplicidade, humildade e carisma que tão bem o caracterizam, o fotógrafo Joel Santos abriu-nos as portas para o mundo captado pela sua câmara. Viaje nas suas palavras e deslumbre-se com as suas imagens!

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Os textos e imagens presentes na Revista Outdoor são da responsabilidade dos seus autores. Não é premitido editar, reproduzir, duplicar, copiar, vender ou revender, qualquer informação presente na revista.

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Grande Reportagem

Nos Bastidores da alta MoNtaNha

“Nas encostas dos Himalaias, só existem as encostas dos Himalaias. É à distância, ou na memória, ou na imaginação que os Himalaias assumem toda a sua altitude, e até um pouco mais.”.Fernando Pessoa

Histórias Rarefeitas

Pôr-do-sol everest, vista do Kala Pattar, 5400m Nepal

Nuvem lenticular (tibete)

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Cabelos brancos. Entre os 65 e os 70 anos. Arribou ao Acampamento Base do Everest em finais de Setembro. Chegou às costas de 4 sherpas. Can-sado. Ofegante. Mal adaptado à alti-

tude. Mas determinado e com um sorriso de bem com a vida.

Era uma personagem singular, a quem chamá-mos logo carinhosamente O Velho, tal como dé-ramos alcunhas aos participantes nas expedições acampadas no término do glaciar de Khumbu.Quando soubemos o porquê da marcha de uma semana até aos 5400m de altitude, vimos n´O Ve-lho, a história perfeita entre as expedições que tentavam conquistar a face sul da montanha mais alta do mundo.Na noite da chegada, houve uma festa em sua honra. Na tenda messe, cantaram-se canções de marinheiros ingleses e cowboys americanos e trautearam-se melodias tradicionais nepalesas. O Velho a tudo assistiu, com aquele sorriso especial, sentado numa espécie de trono – a cadeira giratória usada nas expe-riências dos médicos--alpinistas britânicos. Soubemos que era o principal financiador da Expedição Médica Britânica. Tinha doado o equivalente a 80 mil Euros porque acreditava que o dinheiro servia uma causa nobre. Apesar da filha única ter morrido na monta-nha. Apesar dos jornais sensacio-nalistas britânicos lhe terem feito a vida negra, e invadido a privacidade em busca de deta-lhes mórbidos e pormenores mirabolantes sobre o desaparecimento da sua alpinista mais querida. O Velho recusou naturalmente ser entrevista-do. Mesmo assim tentámos, insistindo no fac-to de sermos portugueses, e nos mover apenas o exemplo dado pela sua presença. Os médicos mediaram as nossas abordagens, polidas de tacto e delicadeza. Acabámos, contrariados por acei-tar o Não. Mas encontrámo-nos e falámos várias vezes: na lavagem da roupa, com as mãos gela-das, imersas no riacho de água do glaciar; e na madrugada muito fria do último ataque ao Eve-rest. Nós, acordados às 4 da manhã por obrigação profissional, para registar o moral dos alpinistas. Ele, por insónia, por já ter idade para dormir pouco. Na tenda-cozinha, tomámos chá, e falá-mos de banalidades da vida, do frio e do clima da Escócia, dos ovos estrelados e do sol de Portugal.

O Velho a tudo assistiu,

com aquele sorriso especial, sentado numa espécie de trono – a ca-deira giratória usada nas experiências dos médicos-alpinistas

britânicos.

Caravana de iaques na moreia do glaciar de solu Khumbu (5000m), Nepal

ice Fall, face sul do everest

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Tal como arribou, O Velho partiu sorrateiramente numa manhã de nevoeiro, dias antes de desmonta-do o arraial do Acampamento Base. Na memória e no coração, guardo ainda o tal Sorriso de bem com a vida, a postura de quem sofreu e sobreviveu, e a serenidade de quem já sabia que faltava pouco para juntar-se à filha no Reino das Neves Eternas.Sem glória nem drama, terminaram dias depois quase dois meses de trabalho em condições-limite.A 5 mil metros de altitude, com metade do oxi-génio respirado ao nível do mar, 30 graus du-rante o dia, 20 negativos à noite, uma comida às vezes intragável, uma cama em cima de um gla-ciar que ondula e avança um metro por semana com estalos contínuos, e rodeados de conquista-dores e sonhadores, loucos e aventureiros, até não houve grandes razões de queixa.Ninguém morreu. Tudo correu, mais ou menos, conforme o planeado, à excepção do final da reportagem do Outono de 1994: «E assim acaba uma aventura portuguesa no Everest. Ventos su-periores a 100 quilómetros/hora sopraram para bem longe os sonhos de Pedro Pacheco e mais 18 alpinistas. Apanhados pela pior época de alpi-nismo dos últimos anos nos Himalaias, vencidos pela montanha que nepaleses e tibetanos cha-mam Deusa Mãe do Mundo.»Não foi preciso usar o único telefone-satélite exis-tente em todo o vale de Solu Khumbu, numa esta-ção científica italiana, a 2 dias de marcha do acam-pamento base. O pesado gerador e o rudimentar painel solar para carregar as baterias da câmara vídeo chegaram incólumes ao fim da expedição.A este anti-clímax mediático, juntaram-se al-guns sustos, mas sem consequências, como a avalanche que varreu a parte alta do Acampa-mento Base, verdadeiro abalo sísmico que du-rou segundos, e fez chover sobre as tendas pó de neve e mil e um bocados de gelo e pedras.

Onze anos depois, - na Primavera de 2005-, vol-tei com os alpinistas João Garcia e António Co-elho (Tozé) aos Himalaias, já numa época de informação instantânea e de acesso imediato à Internet. Os telefones-satélite, os painéis solares e o material mais ligeiro mediatizavam já qual-quer aventura aos mais altos cumes do plane-ta, mas criavam também uma pressão perversa para contar quase em directo as emoções, as di-ficuldades e os obstáculos inesperados que mar-cam uma expedição himalaiana.No Kangchenjunga, também no leste do Nepal, voltei a perceber que tal como numa guerra, uma reportagem sobre a alta montanha é um desafio ali-ciante mas que pode revelar o pior e o melhor da condição humana, e quão frágil é a fronteira entre a vida e a morte.

Monja budista, Nepal

Mãe e filho, lukla (2700m), Nepal

Grande Reportagem

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Da ida ao terceiro cume mais alto do pla-

neta e na montanha dos Himalaias onde reza a tradição

tibetana, os deuses da riqueza guardam ouro, prata, cobre, trigo e os livros sagrados – os 5 Te-souros das Neves Eternas! -, guardei a história de uma conquista portuguesa, mas também de um acto de heroísmo. Aos 6 mil metros de altitude, João Garcia resgatou o companheiro acometido de uma apendicite aguda. Numa corrida contra--relógio de quase 48 horas, acompanhou a des-cida de Tozé pelas dezenas de quilómetros do escorregadio e pedregoso glaciar de Yalung, até à pastagem de iaques a 4500m, onde aterrou o helicóptero chamado por telefone-satélite. Tozé voltou a Portugal com um jornalista enfer-meiro. João regressou à montanha, e alcançou ainda o cume do Kangchenjunga, iniciando o per-curso vitorioso, terminado em 2010 da conquista das 14 montanhas de 8 mil metros do planeta.

Dezassete anos depois de ter observado pela pri-meira vez o pôr-do-sol único no Everest, mantenho a certeza de que o alpinismo no arriscado e rarefei-to mundo da alta montanha é diferente do futebol. Não deve haver locutores a transmitir regularmen-te o tempo e o resultado dos alpinistas que sobem a montanha: chegar lá acima é apenas metade do

uma repor-tagem sobre a

alta montanha é um desafio aliciante mas

que pode revelar o pior e o melhor da condição humana, e quão frágil

é a fronteira entre a vida e a morte

Nascer do sol, acampamento base do everest

rota de ascensão do Kanchenjunga

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caminho, e subir é tão perigoso como descer. E muitas vezes a história está também na viagem até ao acampamento base, e nos não alpinistas que rodeiam os que arriscam tudo para conquis-tar os altos cumes dos Himalaias. ø

Aurélio FariaJornalista Sic

Da ida ao ter-ceiro cume mais

alto do planeta e na montanha dos Himalaias onde reza a tradição tibe-tana, os deuses da riqueza

guardam ouro, prata, cobre, trigo e os li-

vros sagrados

acampamento base do Kanchenjunga (5400m), Nepal

O Altímetro Digital mostra a posição em alturas (metros) no ponto onde estamos.

http://itunes.apple.com/pt/app/digital-altimeter-free/id336650411?mt=8

app iphoNeAlTíMETrO DigiTAl

Grande Reportagem

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www.garmin.pt

Viena, Feito.Próxima etapa, Londres.

Grande Motivação. Grandes Resultados.Novo relógio de ecrã táctil com GPS Forerunner ® 610.“Energia esgotada, pernas e pés doridos e um óptimo sentimento de objectivo superado.

Corri os 42 Kms e o meu relógio Forerunner 610 já está focado no meu próximo objectivo.

Com as suas características de motivação intermináveis, treinos intensivos e resultados

precisos mal posso esperar para voltar a correr.”

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Em família Viagens Saudáveis

Áustria Caminhadas pelos cenários das caixas de bombons

em abstracto qualquer viagem pode (e deve) ser saudável. Mas, dizemos nós, há umas mais saudáveis que outras. a actividade

física como parte integrante de um programa de férias, segura-mente que lhe trará a breve trecho uma melhoria da sua condição

física e do seu bem estar geral. se essas viagens forem feitas com as pessoas de quem mais gosta, pode transformar uma ex-

periência de viagem num acontecimento familiar fantástico.aquilo que vamos passar a descrever e propor é fazer férias acti-

vas, em família. em suma… Ponha a sua família a andar!

O acto de caminhar é inato aos hu-manos enquanto espécie, por isso, parece-nos normal que esse atri-buto possa ser parte integrante de um programa de férias. Tão mais

importante deve ser quando decidimos viajar com crianças, e mostrar-lhes a elas, que há mais mundo para além dos videojogos, da internet e das mensagens sms.

Seleccionamos a região de Salzburgo para oito dias de passeios, descobertas e brincadeiras.Os vales e aldeias da região de Salzburgo co-

meçam por surpreender pelo ambiente sereno, limpo e sofisticado. A arquitectura não nega que estamos entre a Baviera e o Tirol, tão pouco as suas gentes ocultam esse facto, fazendo gala no uso dos seus trajes tradicionais. Elas, saias ro-dadas até aos pés com motivos florais, avental branco imaculado, cabelo apanhado em carra-pito ou rabo de cavalo. Eles, calções com peiti-lho, meias de lã até ao joelho, sapatos de couro com atacadores e chapéu verde, com uma pena colocada sobre a lateral. Para as crianças, as descobertas começam à saída do posto de turismo da aldeia. De mapa

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OUTDOOR Julho_agosto 2011 15OUTDOOR Junho_Julho 2011 15

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Em família

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Em família

na mão lançamos-lhes o desafio de descobrir o caminho para o hotel. Descemos entre ruas es-treitas, de casas floridas e de gente alegre e sor-ridente. Neste dia de sol ameno, somos tentados a parar na geladaria.O tempo aqui passa mais devagar. Entre duas colheres de gelado, explicamos aos mais peque-nos como ler um mapa, como encontrar o Norte, como transformar aquele pedaço de papel num labirinto gigante, por onde vão passar as brinca-deiras dos próximos dias.A rede hoteleira desta região é peculiar. Sabe a outros tempos. Os hotéis são pequenos, fami-liares, decorados com as lembranças de quem os construiu e os foi deixando em herança aos descendentes. Tem uma escala humana, tão im-portante para que as crianças se possam sentir em casa.É este ambiente de descontracção, hotéis sim-ples mas muito charmosos e uma comida deli-ciosa que nos prepara para em família fazermos os passeios pedestres que temos planeados. São passeios pequenos, simples e seguros, sem-pre com um objectivo que nos levam a percor-rer vales verdejantes, cascatas impressionantes e desfiladeiros pouco comuns nas nossas latitu-des. As crianças não se cansam, apenas tem que ter um objectivo em cada dia. Algo que o tor-ne inesquecível, único. Ao fim do dia, depois de

jantar, é bom usufruir do charme da nossa “casa na montanha” e ver (ou rever) as peripécias e aventuras que vivemos em família.Esta viagem termina em Salzburgo, cidade mer-gulhada numa cultura centenária, onde a mú-sica exerce um papel de relevo, dando oportu-nidade aos mais pequenos para escutar outros sons e aprender mais sobre os compositores que criaram algumas das mais belas obras musicais da nossa era. ø

Artur Pegaswww.papa-leguas.com

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asics.pt

ASICS vem do Latim Anima Sana In Corpore Sano, que significa

“Mente sã, num corpo são”

Correr liberta mais do que suor

Untitled-2 1 28-01-2011 17:02:45

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Em família Aventura

CaMiNhada aquÁtiCa No rio Ceira – góis

as caminhadas aquáticas são recentes em Portugal. trata-se de uma ca-minhada, mas no leito do rio. tem a comodidade dos participantes terem fatos de neoprene e da caminhada se desenrolar num ambiente especta-cular, observar espécies de árvores raras como o azereiro, mas também aves de rio, como a garça real, o melro de água ou o guarda rios. a possi-

bilidade de ver lontras é rara, pois este mamífero é bastante esquivo, mas as marcas da sua presença são muitas. o silêncio e o contacto com a natu-reza são as principais características desta actividade. é uma experiência

única, num rio magnífico.

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Testemunho: Helena Moita - 35 anos“Gostei muito desta actividade... tinha medo de fazer um canyoning, mas a forma relaxante como decorreu e o nível muito acessível, fez ficar com vontade de experimentar outras actividades. Este sector do rio Ceira é muito bonito, calmo e com grande contacto com a natureza... Adorei aque-le último salto no Açude antes do Ponte Velha da Cabreira! Obrigado Trans Serrano!”

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tipo de percurso: Linear. extensão: 2 km duração: 4 a 5h. dificuldade: Médio, dependendo da condição física dos participantes e das condições do rio. Épocas recomendadas: Primavera, Verão e Outono (Maio a Outubro)descrição: Caminhada aquática pelo leito do rio Cei-ra. Este rio possui uma galeria ripícola bem preser-vada. Tem início na Foz da Fonte, um local espec-tacular do rio, onde no passado os habitantes locais desviaram o leito do rio Ceira, escavando um túnel na montanha. O percurso inicia-se aqui, junto ao túnel, um local que se presta para fotografias inesquecíveis, num local onde mais ninguém vai. O percurso inclui a passagem e transposição de alguns açudes através de saltos. Ao longo deste sector pode-se ver antigos moinhos, lagares de azeite, muros de propriedades agrícolas e pontes, tudo feito em xisto e lousa. A meio encontra-se um açude de uma antiga serração movi-da a água, com permite diversos tipos de saltos de 2 a 3 metros para um poço muito fundo. Termina na Pon-te Velha da Cabreira, um local deslumbrante com o lagar, moinho e tulhas, tudo em pedra da região. Este local tem várias opções de saltos para a água, para terminar a actividade em beleza. Durante o percurso é possível efectuar apneia. O percurso é em certos locais muito escorregadio, pelo que é necessário ter muita a atenção na progressão. recomendações: Requer alguma destreza e resis-tência física. o que deve trazer: Deve trazer água e almoço ligei-ro: sandes, fruta, barras energéticas, frutos secos etc. É necessária trazer calçado para andar na água (bo-tas de caminhada ou ténis/sapatilhas velhas), meias de neoprene (facultativo), camisola de Lycra (faculta-tivo), mochila pequena para andar na água, protector solar. Quem usar óculos graduados deve aplicar um cordão para estes andarem mais seguros. preço: 17,5€/pax inclui: Fato de neoprene e meias, seguros e enqua-dramento por monitores experientes. Disponibiliza-mos alguns óculos e tubos de apneia para o grupo. Actividade realizada com o mínimo de 6 participan-tes.um programa: Trans Serrano ø

FiCha tÉCNiCa

Este sector do

rio Ceira é mui-to bonito, calmo e com grande con-tacto com a na-

tureza...

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Em família

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(artigo escrito segundo o novo acordo ortográfico)

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Aventura

Mus portugal 2011Está de volta a mais divertida prova de aventura urbana!

Faro, beja, évora, Castelo branco, Coimbra, viseu, aveiro, Porto já receberam as mini-provas. seguem-se as mini-provas de braga e bragança

antes da final de lisboa

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Depois do sucesso da edição de 2010, a Merrell volta a trazer a Portugal a maior e mais

divertida prova de aventura urbana: o MUS 2011.

Ideal para aqueles que gostam de desafios e de imprevistos, o MUS reúne aventura, desporto, animação, cultura e solidarie-dade. E tudo isto, enquanto se explora a cidade que a recebe.

Tiago Veloso, Brand Manager da Merrell, destaca que “a abran-gência do MUS expressa de for-ma única os valores da Merrell, pois é uma prova onde a res-ponsabilidade social e ambien-tal se integram naturalmente com os outros atributos: diver-são, desporto e cultura. É com enorme satisfação que nesta segunda edição levamos esta

experiência a outras cidades, de Norte a Sul de Portugal, permitindo que os fãs de actividades ao ar livre de todo o país embarquem na mais divertida aven-tura urbana”.

A edição deste ano tem várias novidades: foi criado

um calendário nacional que vai permitir que 10 cidades,

A solidariedade é um dos atributos do

MUS. Como tal, e à seme-lhança do que aconteceu em 2010, o MUS apoia a Asso-

ciação CAIS, encaminhando para esta instituição os donativos angariados

pelas equipas.

de Norte a Sul do país, tenham oportunidade de experimentar esta aventura urbana, há pro-vas de animação destinadas ao público que assiste à competi-ção e vai permitir que a equipa vencedora da prova final partici-pe na Oyster Racing Series, nos Estados Unidos. Faro (7 Maio), Beja (14 Maio), Évora (21 Maio), Castelo Branco (28 Maio), Coimbra (4 Junho), Viseu (11 Junho), Aveiro (18 Junho), Porto (25 Junho), Braga (2 Julho) e Bragança (9 Julho) são as cidades que recebem mini provas antes da grande final de Lisboa, marcada para 16 de Julho, no coração da cidade.

O envolvimento do público em actividades inovadoras, através da produção de energia cinéti-ca, é a segunda novidade e serve de base a uma série de desafios nos quais os vencedores não vão ficar de mãos a abanar.Watt Challenge: Competição para ver quem gera mais ener-gia pedalando. DJ Contest: Concurso de DJ’s em que o sistema de som é alimen-tado pela energia produzida por pessoas a pedalar. O vencedor de cada cidade será convidado a actuar na prova de Lisboa.Pedal Milkshake: Batidos de fru-

loa

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ta feitos na hora com energia cinética. Cada pessoa pedala para confeccionar o seu.Runway Bike: Desfiles de moda em bicicleta que vão ser marca-dos pela originalidade de cada participante. Outra novidade desta edição é a possibilidade da equipa vence-dora da prova final ir à Oyster Racing Series, uma prova urba-na que se realizou pela primei-ra vez na cidade de Denver, nos Estados Unidos, em 2003, e que depressa se estendeu a outras cidades do país.

rESPOnSAbiliDADE SOciAl A solidariedade é um dos atribu-tos do MUS. Como tal, e à seme-lhança do que aconteceu em 2010, o MUS apoia a Associação CAIS, encaminhando para esta instituição os donativos angaria-dos pelas equipas. Nesta edição podem angariar--se fundos através das inscrições (por cada inscrição, a CAIS rece-be €5), da página da MUS Portu-gal no Facebook (por cada “like” a CAIS recebe €0,10), através da linha telefónica MUS de apoio à CAIS – 760 50 16 50 – sendo que a Associação recebe €0,30 por cada chamada efectuada, e pela angariação directa dos partici-pantes junto dos seus familia-res, amigos, colegas e restante cadeia de conhecimentos atra-vés de um sistema de donativos explicado mais à frente.Para Henrique Pinto, director da Associação CAIS “é com imen-so orgulho que a Associação CAIS volta a unir-se ao MUS pela segunda vez consecutiva. A aposta da Merrell, e de todo o público que adere a esta iniciati-va, em ajudar a CAIS no seu tra-balho é muito importante para o combate à pobreza. É motivador saber que há empresas e pro-jectos que não esquecem o lado solidário e socialmente respon-sável e o MUS é disso exemplo. Recordo que em 2010 esta par-ceria permitiu à CAIS angariar

A MERRELL, que em 2011 comemora 30 anos de existência, é a marca de calçado Outdoor que mais vende no mundo. Trata-se de uma marca norte--americana de calçado que se expandiu mais recentemente para a área do vestuário. Integrou desde 1997 a Wolverine Wold Wide, empresa sediada em Rockford, no Michigan, que inclui no seu portfólio marcas de grande noto-riedade como a CAT, Harley–Davidson, Patagonia, Sebago ou Hush Puppies. Actualmente a MERRELL produz mais de oito milhões de pares de sapatos por ano, distribuídos por cerca de 200 países e territórios.

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Fundada em 1994, a CAIS é uma Associação de Solida-riedade Social sem fins lucrativos. Activa e dinâmica, a CAIS é uma entidade que não só trabalha no terre-no como debate as questões sociais em Portugal. A sua missão é contribuir para o melhoramento global das condições de vida de pessoas sem casa/lar, social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco.No terreno, a CAIS actua a dois níveis: inclusão - aju-dar as pessoas a integrarem-se no mercado de trabalho ou a encontrar formas de sustentação económica mais estáveis; intervenção – promover a reflexão e o debate das questões que se ligam aos fenómenos da pobreza e exclusão, em Portugal e no mundo.

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fundos para 704 refeições com-pletas. Nesta edição a missão passa por ajudar a criar empre-go através de um novo projecto da CAIS: o Capacitar Hoje”.

A PrOVA Aos participantes cabe realizar as tarefas que lhes forem desig-nadas no menor tempo possível e, embora correr e andar de bici-cleta sejam actividades espera-das, a verdadeira aventura é o secretismo! As equipas podem ser desafiadas a fazer as coisas mais improváveis e é essa, pre-cisamente, uma das principais atracções do MUS: embarcar numa prova cujos detalhes são desconhecidos.

Como a prova é secreta, será distribuído às equipas um pas-saporte momentos antes do iní-cio, indicando o próximo local de destino. O objectivo é che-gar lá o mais rápido possível, utilizando o meio de transporte designado. Depois de cumprido o desafio as equipas retornam ao ponto de partida, onde rece-bem novas instruções. Como o MUS se inspira no forte sentido de responsabilida-de ambiental da Merrell, a valo-rização de recursos naturais, o não desperdício, o culto das energias renováveis e a preser-vação ambiental são conceitos que integram toda a prova – por exemplo, através da promoção do uso da bicicleta ou dos trans-portes públicos no desempenho das actividades.

PArTiciPArO MUS é uma prova aberta a todos os que queiram participar, desde que tenham no mínimo 14 anos e constituam uma equi-pa com 3 elementos. Os interes-sados poderão inscrever-se nos balcões e bilheteira online dos CTT a partir de 15 de Abril. O valor da inscrição é de €15 para as mini provas e €25 para a pro-va de Lisboa.

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OS PrÉMiOSMInI PrOvas: Todos os participantes recebem uma t-shirt oficial do MUS, um saco mochila, uma garrafa de água e uma barra energética. Nas mini provas, as 3 equipas que melhor se classificarem ganham Camelbacks, buffs, e equipamento Merrell no valor de €75, €50 e €25 por partici-pante. São ainda convidadas a disputar gratuitamente a prova de Lisboa, a 16 de Julho.MUs:Todos os participantes recebem uma t-shirt oficial do MUS, um buff, um saco mochila, uma gar-

rafa de água e uma barra ener-gética. Sendo a Merrell o patrocina-dor principal da Oyster Racing Series – www.oysterracingse-ries.com – a equipa vencedora da final de Lisboa ganha a par-ticipação nesta prova, com ofer-ta das viagens e estadias numa cidade ainda a designar com base no calendário da Oyster. O segundo e terceiro classifica-dos ganham Camelbacks, buffs e equipamento Merrell no valor de €150 e 100€, respecti-vamente. Do quarto ao décimo participantes, o prémio é um Camelback. ø

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a Merrell®, marca líder na criação de calçado e vestuário outdoor, que já nos habituou a qualidades como con-forto e qualidade, e a vibram®, líder

mundial em solas de borracha de alta performance responsável pelo design e produção do conhecido conceito Five Fingers®, empreenderam uma colabo-

ração exclusiva com o objectivo de criar uma sola com um design na vanguarda da adaptabilidade e movimento multi--direccional. o resultado é a Merrell barefoot, uma colecção que agora se estreia, de calçado eficiente, versátil, ultra-leve e minimalista. esta colecção

representa o calçado mais futurista que vai ao encontro das várias necessidades

dos entusiastas outdoor.

a colecção MErrELL Barefoot proporcio-na um bom equilíbrio entre protecção ao pé, amortecimento e liberdade de movi-mentos, de forma a ajudar os entusiastas do outdoor a evitar lesões e a fortalecer

os seus músculos enquanto fazem o que mais lhes dá prazer na natureza.

Os modelos que integram a MErrELL Barefoot jun-tam o design minimalista que dá liberdade ao pé, à tracção em zonas específicas do calçado para ir ao en-contro dos desafios de cada terreno – desde a estrada ao trilho de montanha. Os designs criados proporcio-nam uma locomoção mais natural, pela movimenta-ção da protecção do calcanhar e pelo amortecimento que a dianteira proporciona ao caminhar, a que se junta um alinhamento ideal. Ao estimular a muscula-tura, aumenta a força do torso, a agilidade corporal e a capacidade de queimar mais calorias.

MErrEll bArEFOOT cOllEcTiOn: DEixA-TE cOnDUzir PElOS TEUS PÉS

Entre as propostas masculinas os ténis TraIL GLOvE destinam-se a corrida e caminhada e proporcionam uma sensação próxima do terre-no. Para praticar montanhismo e alpinismo com grande naturalidade o modelo TrUE GLOvE é o ex-líbris dos desportos mais radicais. Ambos os modelos integram gáspea em pele sintética e em rede, assim como o sistema de laçagem patenteado pela marca, o Merrell Omni-Fit™,

que garante um ajuste perfeito dos ténis ao pé. Um suporte no interior oferece estabilidade ao pé e um design ergonómico com grande capa-cidade de resposta. Ainda entre as propostas masculinas o TOUGH GLOvE é um modelo construído em pele macia com um estilo casual e desportivo, com um design versátil que lhe permite andar pela cidade assim como entrar numa aventura espontânea de última hora.

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