Revista Parafuso 002

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Pôster E uma entrevista com a banda Kaduká Meio Ambiente Estudo mostra que curitibanos estão bem ligados quanto ao meio ambiente Música nas férias | Saúde no Verão | #ficadica | Fala garot@ | Não faça na praia E mais: Preconceito e racismo: eles existem e precisam de gente ignorante, mal informada ou maldosa pra continuar crescendo. Você pode entender e combater esses vilões. O rapper MV Bill dá as dicas morro! Sobe o Maconha, redução da maioridade penal e homem que bate em mulher. Saiba tudo o que a DJ e ex-BBB, Lena, pensa sobre isso! Entrevista Profissões As histórias de quem escolheu um curso e depois se arrependeu A RA FU SO P Chegou aquilo que faltava na sua cabeça Janeiro #02 2011 GUSTAVO NARDELLI FOTO CAPA/ NATHALIA CAVALCANTE

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2ª edição da Revista Parafuso, uma publicação independente voltada a adolescentes de Curitiba e Região Metropolitana. Com entrevistas ao rapper MV Bill; a DJ Lena Bahirah, do BBB 10; e a banda paranaense Kaduká. Siga a gente no twitter: @RevistaParafuso

Transcript of Revista Parafuso 002

Page 1: Revista Parafuso 002

PôsterE uma entrevista com a banda Kaduká

Meio AmbienteEstudo mostra que curitibanos estãobem ligados quanto ao meio ambiente

Música nas férias | Saúde no Verão | #ficadica | Fala garot@ | Não faça na praiaE mais:

Preconceito e racismo: eles existem e precisam de gente ignorante, mal informada ou maldosa pra continuar crescendo. Você pode entender e combater esses vilões. O rapper MV Bill dá as dicas

morro!Sobe o

Maconha, redução da maioridade penal e homem

que bate em mulher. Saiba

tudo o que a DJ e ex-BBB,

Lena, pensa sobre isso!

Entrevista

ProfissõesAs histórias de quem escolheu um curso e depois se arrependeu

ARAFUSOPChegou aquilo que faltava na sua cabeça

Janeiro#022011

GUST

AVO

NARD

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FOTO CAPA/ NATHALIA CAVALCANTE

Page 2: Revista Parafuso 002

REDAÇÃOAntonio C. Senkovski (@acsenkovski)

[email protected]

Diego Silva (@diegohsilva)[email protected]

Dilair Queiroz (@dilairqueiroz)[email protected]

Nathalia Cavalcante (@cmnathalia)[email protected]

ORIENTAÇÃOElza Aparecida de Oliveira Filha

FALE COM A GENTE

PARAFUSOPARAFUSOARAFUSOP

(41) 9164-2231

[email protected]

revistaparafuso.blogspot.com

@revistaparafuso

Revista Parafuso

@cmnathaliaAno novo tá aí e tem

mais uma edição da Pa-rafuso chegando na área. Já deu pra sentir qual é a nossa, né? Claro! Manter vocês sempre bem infor-mados, e, o que é melhor, do jeito que vocês gostam! Nada de formalidades, mas sempre com o pé no chão, porque é assim que a nossa galera é.

Mas, pra quê pensar que os adolescentes vivem no mundo da lua? Esse sa-télite, na verdade, está ao alcance de vocês, que sa-bem que isso não é nada impossível! E, é nessa onda que estamos indo.

Amanhã não impor-

editorial

ta? Importa, sim! É nele que vamos nos aventurar e fazer com que as coisas aconteçam pra valer, do nosso jeito. E, que venham os vestibulares, os foras, os namoros, as cobranças. Nós encaramos, na boa, sem estresse.

O ano começou e mais desafios pela frente tanto pra vocês quanto pra gente. A ideia é manter a galera unida e que esse trabalho seja em equipe. E incluam a gente nesse grupo, viu? Por isso, aqui, as novida-des não param. Fiquem à vontade, porque nós mos-traremos a realidade! (Pra-ticamente uma estrofe de poema! rsrsrs)

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A gente nao quer so

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@Nada de ficar privilegiando só os homens. Aqui, as mulheres tem o mesmo valor! É por isso que, quando a gente usar o símbolo arroba (@) é pra vocês imaginarem tanto a letra A, quanto a letra O. Entenderam menin@s ?

Piás e GuriasPra gente vocês tem o mesmo valor!

Tá pensando que a gente é de ferro? Saiba que também nos divertimos!

As fotos são das bandas Gentileza (acima) e Móveis Coloniais de Acaju

(abaixo). E as gurias da redação foram prestigiar o show dos caras!

DILAIR QUEIROZ/ PARAFUSO

DILAIR QUEIROZ/ PARAFUSO

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culturanaveiaTeatro| Cinema| Shows | Espetáculos

Galera, Curitiba tem muitas novidades pra quem quer curtir um cineminha, teatro, show... Olha só!@cmnathalia

por aí?VEMO

que

Na sexta, dia 21, o Slàinte traz os caras do Sabonetes pra agitar o ambiente. O som vai ser regado à muita música de qualidade. Vai rolar “Hotel”, música de trabalho da banda, e as já conhecidas “Descontrolada” e “Quando ela tira o vestido”.

O Slàinte fica na Rua Presidente Taunay, 435, no Batel. Mais informações? Liga lá: 3026-8701

Pra quem quer pegar aquele cineminha,

a pedida é o novo lançamento do cinema

nacional “Desenrola”. A comédia

romântica da diretora Rosane Svartman

garante uma boa dose de diversão. O

Sabonetes

Não enrola!

O Clube de Xadrez Erbo

Stenzel está a todo vapor! A nova

sede, no Teatro Universitário de Curitiba

(TUC), ganhou mais frequentadores. Dá

uma passadinha por lá, com certeza vai ter

uma galera esperando pra uma partida. Elas

acontecem gratuitamente. Fique ligado,

porque o xadrez rola de terça a sexta das 13h

às 19h e domingo das 9h às 13h. A Galeria

Júlio Moreira espera por você, pertinho da

Praça Tiradentes e do Largo da Ordem!

Xeque-mate!

lance rola em torno de Priscila, uma menina que aproveita os 20 dias de viagem da mãe pra curtir pra valer! O filme conta com a atuação de Cláudia Ohana, Kayky Brito, Jorge De Sá, entre outros.

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LEIOEu

a Parafuso

@Smash_decodeArrasou a @Revis-taParafuso

@xM_aathx@RevistaParafuso aaaah, adoreei a revistaa ;D *---*

@ZHeGabriel@RevistaParafuso Bom d+++++++++++ Muito bacana a revista!Sucesso!

@hotdrunkA precisa mesmo contar tudo , nin-guém ve o que ele é. RT: O @orgastic_de-sire conta tudo sobre a sua sexualidade na @RevistaParafuso

@daryjunior@RevistaParafuso

Belíssimo trabalho, moçada. O futuro

é promissor. Boa sorte.

@RobertoHammer@RevistaParafuso Curioso, eu também criei uma revista para adolescentes, mas a minha é um traba-lho de conclusão de curso.

@anamiraa@RevistaParafuso Muito legal a revis-ta! Parabéns!

Na rádio frequência e no papelOlá, pessoal: Antonio, Daniel, Diego, Dilair e Nathalia! Quero cumpri-mentá-los pela Revista Parafuso. Uma “parafusada” bem articulada, sacada genial durante o curso de jornalismo da UP. Gostei da

competência, da inteligên-cia, da criatividade. Bons alunos, empreendedores e dedicados... o resultado é 10.Li tudo e gostei. Agora vem o teste com os próprios: meus meninos que estão entrando na fase da ado-lescência. Mas já percebi que tem assunto que pode lhes interessar. Depois

que eles lerem, conto o que percebi.Parabéns! A vocês e à Elza! É gratificante ser professor com esses “retornos”. Ape-nas professor. Mesmo que não seja na mídia específica.Abraço a todos.Luiz Witiuk, Curitiba (PR)Ele já deu aula de radiojor-nalismo pra todo mundo da equipe de redação.

>>> [email protected]

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Sucesso com outros públicos :)Embora eu não seja mais uma adolescente, adorei a revista, principalmente no quesito dia-gramação. Muito legal mesmo, estão de parabéns!!!Gostei também dos anúncios da própria revista. Simples, mas bem bolados!Abraços e sucesso pra revista!!!Lívia Luz, de algum lugar do sul do país...

@SidjornalistaGostaria de parabenizar aos amigos jornalistas (que já são) pela 01° edição da @RevistaParafuso Ficou espetacular. Parabéns pelo projeto!

Melhorar a cada ediçãoA revista é bem bacana sim, pena ser de Curitiba...Pra primeira edição foi boa, cla-ro que é preciso rever algumas coisas e abrir mais espaços para os leitores, mas ao decorrer das edições isso vai aparecendo!No geral tá boa sim! Valeu!Levi Vaz, de algum lugar do sul do Brasil

Uma das sugestões é falar + sobre basqueetebol e sobre músicas tipo hip hop, rap e etc. Falem também de rapers tipo 50 cent, e Snoop Dog...Eduardo Baltazar

Quero hip hop!Sucesso com outros públicos

Sou Mariana, estudante do sétimo semestre de jornalismo da Univer-sidade Federal de Santa Maria.Acabo de ler a revista de vocês e achei muito interessante a forma e a abordagem para o público jovem. Gostei que a revista circu-lou por diversos assuntos, vários deles muito importantes durante a adolescência, comoa escolha da

Crítica detalhada profissão, sexualidade, política e meio ambiente. E, intercalando, também estiveram o entreteni-mento e a pegada na linguagem direcionada para a gurizada, principalmente com o uso de coloquialismos, o que deixou a leitura bem dinâmica.Quanto a críticas, percebi pequenos probleminhas na diagramação, porque alguns textos ficaram com o espaço do justificado muito grande. E falando nisso,

achei que ela ficou muito legal. Gosto de trabalhar com diagra-mação e achei massa a lingua-gem da revista, com muitas cores e com formatos retangu-lares e quebrados que dão uma ideia de dinamicidade. Sucesso para vocês nessa nova empreitada. Aguardarei o pró-ximo número. Abraços!Mariana Cervi Soares, estu-dante de jornalismo. Santa Maria (RS)

@pahstefani@RevistaPara-fuso AMEEEI, a faixa que eu e minha amiga @marcia_wmcer jogamos pra @mceroficial saiu na revista *-------*

@JulioBasttosAcabei de ler a @RevistaParafuso super legal a edição, principalmen-te a entrevista com @Orgastic_De-sire :D (http://migre.me/2Wu8m)

@raphaelmoroz@RevistaParafuso Está muito boa a revista! Parabéns!

@diegosarzaParabéns, galera da @revistapara-fuso! Muito boa! Tem tudo para dar certo!!!

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Solta o som, DJA batida do coração é o ritmo que toca na entrevista com a ex BBB Lena Rodrigues que, nesta edição, fala sobre a tristeza da perda do irmão e do combate à violência e à corja de maldades que ela pode trazer32

Juventude da favelaNossa equipe bateu um papo cabeça com o rapper MV Bill sobre a importância das oportunidades pra conseguir dar um futuro melhor pra juventude brasileira

24Banda Kaduká Conheça o grupo paranaense que adora agitação e faz todo mundo tirar o pé do chão!

SaúdePegar um sol, comer e beber bem: a receita pra um verão saudável

39Curitibanos conscientesPesquisa mostra que a galera daqui tá mandando bem com a natureza!

22Profissões | Parte 2E quando a gente escolhe o curso errado e precisa começar tudo outra vez? O que acontece?

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Page 7: Revista Parafuso 002

PARAFUSOPARAFUSOARAFUSOP Janeiro#022011Chegou aquilo que faltava na sua cabeça

A Parafuso é nossa!Disso, os loucos sabem!!! E como ela é nossa, não deixe de participar. Escreva pra gente:[email protected]

Page 8: Revista Parafuso 002

#ficadicaSobre rodas

Pra quem tá em casa sem saber o que fazer

pra aproveitar asférias, aqui vai algumas

dicas da galera

Novos na area´

As amigas Marina e Carolina curtem ir ao parque patinar.

“Eu também gosto de ir ao Wonka Bar porque lá a música

é ótima e as pessoas que frequentam é que fazem o lugar”

- Marina Leônidas, 18 anos. “Eu venho patinar no Parque

Barigui. É perto de casa e além de ser divertido, também

ajuda na saúde” - Carolina Almeida, 19

Pra quem tá apaixonado, a dica do casal Paulo e Tatiane é

aproveitar as férias juntos. “Eu aproveito mais pra ir ao shopping

com meu namorado e com as amigas” - Tatiane Aparecida, 17

anos. “Eu gosto de sair com a minha namorada, é mais legal

porque não é muito bom sair com os pais” - Paulo Henrique, 16.

Os irmãos Felipe e Leandro são de São Bento do Sul e a dica deles, para os turistas, é visitar Curitiba. “Meu irmão tá morando aqui em Curitiba, daí vim visitar ele. O que gosto daqui é a variedade de pontos turísticos, porque lá

em São Bento não tem quase nada” - Felipe Galkowski, 17 anos. “Tô em Curitiba há seis meses. Já visitei todos os parques daqui. Agora, nas férias, vou aproveitar pra conhecer o zoológico” - Leandro Galkowski, 22.

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Por: Dilair Queiroz | Fotos: Nathalia Cavalcante

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Flashback

A Maria prefere um filminho. Sabe qual é

o preferido dela? “Eu indico pro pessoal

aproveitar pra ver o filme ‘Um amor para

recordar’, que é muito romântico. Mas é

bom pra ver com o namorado porque eu vi

sozinha” - Maria Stefani, 16 anos.

Na tela

Esse trio aqui se conhece desde a

quinta série e aproveitaram as férias

pra se reencontrarem e fizeram aquele

piquenique. Mas a dica de férias deles

não fica só nisso, não. Saca só!

“Eu gosto de sair com as amigas pra

fazer compras e ir ao cinema. O último

filme que vi e indico é o Rede Social” -

Larissa Yamamoto, 20 anos.

“Aproveito pra descansar em casa, já

que trabalho o dia inteiro. Saio mais à

noite em barzinho com os amigos” -

Lucas Afonso, 20.

“Sempre venho aqui no Jardim Botânico

com meu namorado ou com amigos,

mas também aproveito pra ler romances

e sair à noite com a galera” - Ana Pérola

Brandão, 20.

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rádiofrequênciaRankings | Top 10 | Música

98 FM

Jovem Pan 103,9 FM 1. The Time - Black Eyed Peas2. Only Girl (In The World) - Rihanna3. Like a G6 - Far East Movement 4. Loca - Shakira5. As cores - Cine 6. U Smile - Justin Bieber 7. What’s My Name? - Rihanna/ Drake8. Yeah 3 Times - Chris Brown 9. Alejandro - Lady Gaga 10. Onde Estiver - NX Zero

1. Tá vendo aquela lua - Exaltasamba 2. Adrenalina - Luan Santana 3. O Troco - Maria Cecília, Rodolfo e Exaltasamba 4. Que se dane o mundo - Adair Cardoso 5. Pra você lembrar - Restart 6. Fugidinha - Michel Teló7. Tô passando mal - Fernando & Sorocaba 8. Anjo Guardião - Banda Canal da Graça 9. Tempo ao tempo - Jorge & Mateus 10. Até o final – Fernando & Sorocaba

TOPTOPdo verãodo verão

Pesquisamos as músicas que bombaram nas férias.Dá uma olhada nas listas das principais rádios* de Curitiba e confere se a sua música está por lá!

*As rádios Lumen FM, 91 Rock e Mundo Livre não divulgam rankings em seus sites. Dados da primeira semana de janeiro de 2011

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Page 11: Revista Parafuso 002

Mix 92,9 FM

Transamérica Pop 100,3 FM

Massa FM 97,71. Adrenalina – Luan Santana2. Fugidinha - Michel Teló3. Tô passando mal – Fernando & Sorocaba4. Chuva – João Bosco & Vinicius5. Chove Chove – Jorge & Mateus6. Nosso amor já era – Hugo Pena & Gabriel7. Alucinação – Leonardo8. Que dá vontade dá – Guilherme & Santiago9. Do outro lado do rádio – Daniel10. Sem me controlar – Marcos & Belutti

1. The Time – Black Eyed Peas2. Onde Estiver – NX Zero3. Take It Off – Kesha4. Somebody to Love – B.O.B. & Hayley Williams5. Loca – Shakira6. As Cores – Cine7. US Smile – Justin Bieber8. What’s my name – Rihanna/ Drake9. De repente – Skank10. Teenage Dream – Kate Perry

1. Pra você lembrar – Restart2. As Cores – Cine3. The Time (The Dirty Bit) – Black Eyed Peas4. Loca – Shakira e Dizee Rascal5. Onde Estiver – NX Zero6. Beautiful Monster – Ne-Yo7. Deuces – Chris Brown8. Just the way you are – Bruno Mars9. Like a G6 – Far East Movement10. US Smile – Justin Bieber

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Page 12: Revista Parafuso 002

Milena Alexia Rodrigues, 15 anos – estudante“Numa praia em Florianópolis. Nossa, lá é muito bom, muito lindo. Já morei lá por um tempo”.

Naiara Aparecida Silva, 15 anos – estudante“Disney, porque todo mundo quer ir pra lá, é o sonho de qualquer um”.

Jhonathan Eduardo Souza, 16 anos –

estudante“As praias de Santa Catarina, porque lá o mar é limpo e tal”.

Grande parte da galera disse que adora uma praia,

outros preferiram roteiros internacionais; patrimônios

culturais e históricos do Brasil nem foram citados

Entrevistas: Dilair Queiroz | Fotos: Diego Silva

A cada edição, uma enquete nova feita com você!fala garot@

Qual o melhor lugar

para passar as férias?

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Page 13: Revista Parafuso 002

Christian Afonso, 15 anos – estudante“Paris, porque eu vi em um filme. Queria passar as férias na Torre Eiffel”.

Danúbia Fernanda Silva, 14 anos – estudante

“Praia, mas não tem nenhuma específica”.

Rodrigo Dias, 18 anos – atendente

“Paris. Eu acho muito legal lá. È bonito, o pessoal

comenta bastante”.

Chaiane Bozana, 16 anos – estudante

“Eu já tô passando as férias em Curitiba, isso era um

sonho. Eu sou de Mato Grosso e tenho uma amiga

morando aqui agora... daí eu vim”.

Erica Silmara, 15 anos – estudante“Floripa!”

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Page 14: Revista Parafuso 002

Laura Sampaio, 14 anos – estudante

“No Caribe. Qualquer praia com ele”.

(falando do Fernando; ao lado)Fernando Vendramini, 15 anos – estudante

“Japão, cara. Porque é longe”.

Geison do Nascimento, 16 anos – estudante

“Santa Catarina, porque lá é legal, eu

gosto de ir ao Beto Carreiro”.Kadher Gomes, 16 anos – estudante

Pra Disney. [Junto com uma certa pessoa].

Isabelle Cristina Vaedameri, 16 anos – estudante“Podia ser na Disney”.

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Page 15: Revista Parafuso 002

Pra você LembrarNem a distância ou medo de perder, nada vai te fazer esquecer... Por isso, anota aê o seu link direto de contato com a redação:[email protected]

Page 16: Revista Parafuso 002

E quando a gente descobre que fez a escolha errada? A galera

da edição passada voltou pra revelar esse segredo

Seu futuro começa agora

Page 17: Revista Parafuso 002

Parte 2

Pessoal, finalmente chegou o momento daquela conversa, que eu havia comentado na edição passada. Vocês estão lembrados?! Não??? Sem problemas, vamos refrescar essas memó-rias! Seguinte, galera, o ano começou, e pra quem tá terminando o ensino médio, tá prestes a começar uma nova etapa: encarar o vestiba. Por isso, a Parafuso quer ajudar você a fazer a melhor escolha.

Na edição passada apresentamos quatro profissões: História, Zootecnia, Artes Visuais e Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas. As quatro foram apresentadas por uma galera muito bacana. As três últimas, contaram com o apoio de quem já passou por outro curso, nada a ver com o que fazem agora! Va-mos recapitular?!

O Thiago Augusto Cruz, de 22 anos, é amar-radão em Zootecnia, quem diria que ele já fre-quentou as aulas de Administração, hein?! Isso mesmo! O eterno apaixonado por essa área ani-mal fez outro curso, antes de se encontrar como zootecnista. A Allana Shoemberger, de 20 anos, faz Artes Visuais, mas antes disso, fez curso téc-nico em prótese dentária. A artista, pelo jeito, não pensou duas vezes, antes de mudar de área. E, deu certo! O Roberto Ilarion Esteves Euflausi-no, de 22, cursa Tecnologia em Análise e Desen-volvimento de Sistemas. Antes, o cara se aven-turou nos livros de Direito. A mudança foi radical!

A MISSÃOReportagem: Nathalia Cavalcante | Fotos: Diego Silva

Agora, essa galera diz que tem certeza de estar no caminho certo

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Page 18: Revista Parafuso 002

Já sacaram qual é dessa conversa? Isso mes-

mo! Mudança de curso. Começar um, e perceber

que aquela não era a sua praia, saca?! Essa reação

é normal, já que é preciso escolher uma profis-

são tão cedo, pensando que ela é o que realmente

queremos fazer. E, no fim, percebemos que não

era nada daquilo que imaginamos. Mas, afinal,

como fazer uma boa escolha, em meio a tantas

opções??? O psicólogo comportamental Reginaldo do

Carmo Aguiar é um blogueiro e tanto. Ele dá altas

dicas, em seu blog, de como fazer uma boa esco-

lha. Uma delas é o apoio da escola e dos pais nes-

se momento importante na vida da gente. Nada

melhor do que ter o apoio desse pessoal, dando

um help. Os pais e a escola têm que auxiliar mos-

trando um bom caminho, ajudando a pesquisar

sobre a profissão, deixando ela mais próxima.

“Aos pais cabe observar a própria relação com os

filhos neste período. Quando cobrarem é impor-

tante estarem atentos ao rendimento do filho.

Tanto muito, quanto pouca cobrança promove

maus resultados. [...] Quanto às escolas, elas po-

deriam oferecer aos seus alunos espaços para re-

flexão sobre o futuro, mas de forma sistematiza-

da, com disciplinas inseridas na grade curricular

que pudessem auxiliar o jovem nas suas escolhas

futuras”, comenta o psicólogo.

Pra ajudar vocês, o Thiago lembra como

está a sua área. “O mercado de trabalho é muito

abrangente. Nós somos os profissionais da agro-

pecuária. Tem os mesmos problemas de outras

profissões, até porque, são as pessoas e não a

profissão que garante o trabalho”. Lembrando

que são cinco anos de duração e o último se-

mestre é dedicado ao estágio obrigatório. Mas

até conhecer a Zootecnia... “Comecei fazendo

Administração, justamente, porque eu não

sabia como era o mercado, e pra mim,

essa área emprega qualquer pessoa.

Aí, me frustrei bastante, porque realmente esse

negócio de terno, gravata e estresse não era pra

mim. Fiz vestibular pra cinco outros cursos, até

que eu conheci Zootecnia e falei: Meu, é isso!”,

lembra. Thiago abraçou a profissão e não quer

largar mais. “Pretendo continuar minha carreira

acadêmica, mestrado, doutorado. Quero a área

de pesquisa. É fantástico!”, diz entusiasmado.

Já pra quem ficou a fim de recordar Artes Vi-

suais, a Allana lembra! “O estágio acontece a par-

tir do segundo ano. Depois disso, o aluno deve

fazer um estágio, seja em museus ou escolas. É

necessário ter uma experiência prática antes de

se formar”. Mas, antes, a artista se aventurou

em outro curso. “Fiz o curso técnico em prótese

dentária porque saí do ensino médio e não tinha

nada pra fazer. Mas não era o que eu queria, me

formei, mas não trabalho com isso. Em 2009,

fiquei entre Arquitetura e Artes Visuais. Decidi

por Artes e não me arrependo”, recorda.

Sabia que você pode facilitar a sua escolha?

Allana dá a dica. “Não adianta dizer que o curso

é legal, que as matérias são legais. Se não é o que

a pessoa quer, pode se frustrar depois. Então é

melhor pensar bem, assistir uma aula de artes,

arquitetura, design, pra ver se é isso mesmo. A

gente estuda pra caramba! Tem que ler muito é

preciso correr atrás de livro, de artista. Tem que

gostar bastante”, reforça.

“Não adianta dizer que o curso

é legal, que as matérias são

legais. Se não é o que a pessoa

quer, pode se frustrar depois

ALLANA SHOEMBERGER

ESTUDANTE DE ARTES VISUAIS

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Page 19: Revista Parafuso 002

O Roberto também passou pela mesma

situação do Thiago e da Allana. “Eu cursei seis

meses de Direito, depois de ver muita gente

não conseguindo muita coisa na área pensei em

mudar, porque queria estabilidade financeira”,

afirma. Em relação ao curso atual... “Eu não sou

muito fã da área, não gosto de programar, mas

sei que é a área do futuro e vai me dar uma esta-

bilidade muito boa”. Ele lembra que Tecnologia

em Análise e Desenvolvimento de Sistemas é

uma boa pedida pra quem gosta de programas e

sistemas de computação. “A base que o curso dá

é muito boa. Eu posso sair como Tecnólogo em

Sistemas e ir pra qualquer outra área. O pessoal

do mestrado, do nosso setor, está trabalhando

com biologia, na parte de análise de DNA. Eles

fazem programas pra essa área. Eu posso ir pra

área de pedagogia e criar um sistema pra crian-

ças. Tem gente que nem pensa nisso, mas é algo

que pode render e dar dinheiro”, esclarece. Ro-

berto escolheu o curso, porque a área promete!

“Meu primo fez e me deu a ideia. Já que Direito

eu não queria mais, e, é uma área boa... Mas, fiz

mais pela área financeira”

Nós da Parafuso sabemos o quanto é com-

plicado essa escolha. Eu, por exemplo, também

já passei por outro curso antes de Jornalismo.

Já frequentei, por um ano e meio, as aulas de

Tecnologia em Construção Civil, quem diria...

Tive que perceber, durante o curso, que essa

área não tinha nada a ver comigo. Pensei várias

vezes e saí no momento certo. Então, troquei

a calculadora pelo bloco de notas. Mas isso,

não aconteceu somente comigo, não. A Dilair

Queiroz, que também faz parte da equipe de

redação cursou um ano inteirinho de Nutrição

e, hoje, escreve pra vocês. “Quando terminei o

ensino médio ainda não sabia qual profissão

seguir, acabei fazendo Nutrição porque era

um curso que começava a ganhar mercado. Já

de início percebi que a escolha não tinha nada

a ver comigo. Mas, mesmo assim, fui fazendo

até terminar o primeiro ano, quando final-

mente decidi que valia mais desistir do curso

e tentar a sorte em outra área do que perder

mais três anos em algo que visivelmente não

me satisfazia profissionalmente”, acrescenta.

A Dilair começou a fazer Jornalismo

um ano depois, eu comecei três anos depois

de desistir de Tecnologia em Construção Civil.

Nesse meio tempo, trabalhei, fiz outros cur-

sos, assim como a Dilair, pra não ficar parada,

o que é muito chato. Eu, na verdade, sempre

quis fazer comunicação, até então não sabia ao

certo qual curso específico: Jornalismo, Publi-

cidade ou Relações Públicas. Decidi por Jor-

nalismo, por gostar de escrever e ler, além de

admirar muito a profissão. Hoje, percebo que

foi a melhor escolha e não a troco por nada!

Com a Dilair aconteceu o mesmo. “Jornalismo

foi escolhido mais ou menos por eliminatória,

porque ele era o curso que mais tinha a ver

com meus gostos e interesses, como a leitura e

a escrita”, reforça.

EXPERIÊNCIA PRÓPRIAEXPERIÊNCIA PRÓPRIA

@cmnathalia@dilairqueiroz

A gente também não é de ferro.

Como muitos, também sentimos na

pele a descoberta da escolha “errada”

Page 20: Revista Parafuso 002

Galera, o primeiro ano é a prova de fogo!

Enquanto você está nele, rolam muitos dilemas:

Adaptação à facul, ao ensino superior em si e ao

curso. O primeiro ano é famoso por, geralmente,

não apresentar matérias práticas, dependendo

do curso. O melhor é conversar com os veteranos

e perceber qual é a real do curso nos anos seguin-

tes. “Apesar de ter começado um pouco descrente

de que daria certo, depois de três anos no curso,

acredito que dessa vez encontrei a profissão ideal

pra mim. Mesmo tendo certas áreas que não me

agradam muito, têm outras que me completam;

como o jornalismo literário, que é o que pretendo

seguir”, lembra Dilair.

A orientadora de carreira, Fátima Trindade, em

entrevista à Folha de S. Paulo, faz uma estimativa

de que 30% a 40% dos jovens mudam de curso nos

dois primeiros anos. De acordo com Fátima exis-

tem razões para isso acontecer. “A tomada de de-

cisão é realizada cada vez mais cedo, o volume de

informação é tão grande que eles não conseguem

fazer a escolha”, afirma.

Por isso, a primeira escolha pode ser reali-

zada de forma consciente. Com base em pesquisa

na área. Para Aguiar “este trabalho de escolha ini-

cial tem sido terceirizado à orientação vocacional.

Ela pode envolver testes e atividades como: orien-

tações, análises, entrevistas, palestras com profis-

sionais ou com estudantes universitários, visita a

universidades e ao campo de trabalho, literatura

pertinente aos diversos cursos e profissões exis-

tentes, conversa com amigos e discussões em gru-

po”, reforça o psicólogo.

Pra quem quiser ficar mais por dentro do as-

sunto, acesse o blog do psicólogo c o m p o r t a -mental Regi-naldo do Car-mo Aguiar.

Sem estresse!Especialistas e família

podem te ajudar a fazer

a melhor escolha

É psicólogo comportamental, formado pela Universidade Federal de Uberlândia (MG). Cursou a formação em Psicoterapia Comportamental no ITCR e é especialista em Terapia Comportamental.Blog | http://psicopoesia.blogspot.comE-mail | [email protected]

Reginaldo do Carmo Aguiar

DIVULGAÇÃO

Claudia Leitte, cantoraJá foi estudante de jornalismo

Renato Aragão, humoristaAntes dos palcos, era advogado

Malvino Salvador, ator

Estudou até o 4º ano de

Contabilidade

Lázaro Ramos, atorJá trabalhou

como técnico em patologia

Eles também mudaram o

rumo de suas vidas =)

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Page 21: Revista Parafuso 002

Deixou digitaisSe não deixar essas marcas é pq tá lendo na web. Bóra se aquietar e aguardar a versão impressa... Anuncie na @[email protected]

Page 22: Revista Parafuso 002

+ A pesquisa

Prioridade77% dos curitibanos entrevistados acreditam que o meio ambienteé mais importanteque o crescimento econômico

Separação90% afirmaram que fazem a coleta seletiva dos materiais descartados, separando garrafas, papel, orgânico, plástico, etc.

Preocupação85% dos entrevistados na capital dizem que evitam jogar no lixo comum produtos tóxicos ou que agridam a natureza, como pilhas, tintas, baterias e solventes

Plástico33% dos moradores ouvidos disseram que evitam usar sacolas plásticas em suas compras

WW

W.C

OMDE

P.COM

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novoambienteEconotícias| Dicas | Preservação

Curitiba foi considerada a capital campeã em ações de preservação do meio ambiente. Foi isso que concluiu a pesquisa “Sustentabilidade: Aqui e Agora” do Ministério do Meio Ambiente, realizada entre 27 de setembro e 13 de outubro de 2010.

A pesquisa foi feita em 11 capitais brasileiras e em cada cidade foram entrevistados 100 moradores. Os dados foram divulgados no início de janeiro e Curitiba disparou nos resultados.

Esses resultados mostram a preocupação dos curitibanos com o meio ambiente. Mas, será que esses números não podem ficar melhores? Por exemplo, se a partir de hoje você começar a separar o lixo da sua casa, estará ajudando a diminuir a poluição do nosso planeta. E não vale aquela história de “só um não faz diferença”.

Se você realmente quer fazer a diferença, espalhe essa ideia agora! Conscientize seus pais, seus amigos, seus primos, seu vizinho, seu professor. E não é só pros curitibanos não, cada um pode ajudar sua própria cidade a também virar exemplo nacional de preocupação ambiental. Então, vamos lá!

Pra fazer contraste com o céu cinzento que já virou cartão postal de Curitiba, a cidade destacou-se como a Capital Verde. E o orgulho dessa conquista não há tempo ruim que estraguePor: Dilair QueirozImagens: Divulgação

que a gente querCOR

A cidade da

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Page 23: Revista Parafuso 002

RecicleEm casa, na escola, no trabalho. É simples. Cada material tem um destino diferente, então separe: papel, vidro, metais, plásticos, orgâ-nicos e produtos tóxicos. Se não tem coleta sele-tiva no seu bairro, faça um esforço. Leve seu lixo até uma unidade de reciclagem. O planeta agradece.

EconomizeÁgua é um bem esgotável, você sabia? Um dia ela vai acabar se continuarmos a desperdiçá-la. Então, quando for tomar aquele banho relaxante, seja rá-pido. Desligue o chuveiro enquanto estiver se ensa-boando e deixe a torneira fechada enquanto escova os dentes. No fim de sema-na quando tiver faxina em casa, explique pros seus pais: eles podem reutilizar a água que lavou roupa pra lavar a calçada e o carro.

Desplugue

Pense Tenha orgulho

Isso. Tire tudo da toma-da. Não tem ninguém na sala? Desligue a TV. Vai sair? Não esque-ça de desligar o rádio. Tá de dia ainda? Então por que essa lâmpada acessa? E nada de dor-mir babando do lado do computador ligado. Desliga e vai pra cama.

Um dos maiores problemas do nosso planeta é o con-sumo exagerado. As pes-soas consomem tanto, que não há mais espaço pra pôr o que elas descartam. En-tão, pense bem da próxima vez que for ao shopping. Você realmente precisa de um celular novo? Tem cer-teza que vai morrer se não comprar aquele tênis que tá na moda? Vai fazer mui-ta diferença comprar mais uma bolsa preta que é pra-ticamente igual aquela que comprou mês passado?

Esse é o segredo pra ser um cidadão consciente. Te-nha orgulho de ser chato. Quando estiver passeando com seu amigo e ele jogar o papel do chiclete no chão, pare. Olhe pra ele, olhe pro papel no chão, olhe pra ces-ta de lixo que tá logo ali na esquina. E faça aquela cara de “meu, não acredito que você fez isso”. Sério, é fatal. Tua irmã tá há horas com o chuveiro ligado? Finja que está com dor de barriga e comece a bater desespe-radamente na porta do ba-nheiro. Teu vô veio passar o feriado em casa? Depois que ele te contar aquela história do dia em que le-vou seu pai pra pescar e os dois caíram no rio, apro-veite a brecha pra explicar como as geleiras do Pólo Norte estão derretendo por causa do aquecimento global. Não é aniversário, nem natal, mas presenteie toda família com sacolas ecológicas e certifique-se que aquelas sacolinhas de plástico do mercado nunca mais aparecerão em seu casa.

Informe-seA informação é a arma con-tra a degradação do meio ambiente. Saiba como e por que o planeta está cada dia pior, e entenda porque a culpa é nossa. Procure campanhas de proteção ambiental e saiba como ajudar. Informe-se e repas-se essa informação. Use o twitter, o blog, o orkut ou até mesmo as conversas com amigos pra divulgar isso. Conscientize-se e pas-se essa ideia adiante.

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o jovem da periferiacausa e efeito

O rapper MV Bill fala, em entrevista exclusiva à Revista Parafuso, sobre seu trabalho social e a importância de abrir espaços pro jovem da periferia escrever sua própria história

Por Dilair Queiroz | Fotos: Nathalia Cavalcante

Page 26: Revista Parafuso 002

Pense: Como você se sente quando alguém te ignora? Quando não te convidam pra ir naquela festa, ou não te chamam pra fazer um trabalho em grupo, ou ainda, te deixam de lado na hora de formar o time pro jogo na aula de educação física. Agora imagine: Ao invés de ser deixado de lado por um grupo de colegas, como se sentiria se fosse ignorado pela maioria da sociedade? E olha o motivo: a cor da sua pele. E como você re-agiria se as pessoas ao seu redor te achassem in-ferior por causa do lugar no qual você mora, pela profissão de seus pais ou pela sua classe social?

Consegue imaginar? Pra quem nunca passou por isso, parece absurdo, né? Mas essa ainda é a realidade de muitos jovens no Brasil. Por convi-ver com esse tipo de preconceito desde criança, o rapper MV Bill, nascido e criado na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro, foi, aos poucos, se revoltando contra essa realidade e buscando, através de sua música, mostrar às pessoas que o jovem da periferia é como qualquer outro. “Eles também tem sonhos, tem ambições, tem famí-lia, amigos. O que muda são as oportunidades que, pra eles, são mais raras. O jovem da perife-ria só é diferente dos outros quando se fala nas dificuldades que eles têm no dia a dia”, diz.

E essas dificuldades não são poucas. Você já deve ter visto na TV [ou sentido na própria pele] que as periferias são os lugares mais pobres, afastados dos grandes centros urbanos, onde as pessoas têm pouco acesso à saúde, à educação, à alimentação adequada e ao lazer. Mas, o que talvez você ainda não percebeu é que o maior problema da periferia é a sua separação do res-to da sociedade. “Temos um quadro de invisi-bilidade social muito grande quando se fala de afrodescendente, de periferia e das pessoas que

vivem nesses lugares. Não é só o governo, mas a própria sociedade também isola esses mora-dores através, não só do preconceito social, mas também do racial.”, afirma MV Bill.

Esse é o mesmo problema apontado pelo sociólogo Herbert Ribas, que analisa o precon-ceito racial como fruto da maneira que as coi-sas foram acontecendo durante toda a história do Brasil. “O fato da maioria dos moradores da periferia serem afrodescendentes não é coinci-dência mas, sim, consequência de um passado repleto de injustiças contra eles”. Sobre esse pas-sado de injustiças que o sociólogo comenta, nós ouvimos falar logo nos primeiros anos de escola, quando os professores explicam sobre o início da escravidão no período em que o Brasil era tratado como uma “grande fazenda” de Portu-gal (período colonial) até o “fim” dessa farra em 1888. O que falta explicar é que, mesmo depois de mais de 120 anos da abolição da escravidão, os negros ainda sentem os impactos desse passado cheio de exclusão.

“No Brasil, os negros não tiveram o mesmo tempo e as mesmas condições de se desenvolve-rem que a etnia branca, por isso hoje temos esse contraste social, no qual boa parte das pessoas da classe baixa são afrodescendentes”, explica Ribas. Segundo o sociólogo, a maior dificuldade em combater esses preconceitos é que eles são velados, ou seja, muitas pessoas são precon-ceituosas, mas poucas assumem sua posição e outras nem se dão conta disso. “É comum as pessoas fazerem comentários e piadinhas sobre pobres, negros, cotas e auxílios do governo. Esses preconceitos estão tão enraizados na sociedade, que poucos se dão conta do real significado que uma simples palavra pode carregar”.

O jovem da periferia só é diferente dos

outros quando se fala nas dificuldades que eles têm no dia a dia

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O jovem da periferia só é diferente dos

outros quando se fala nas dificuldades que eles têm no dia a dia

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Page 28: Revista Parafuso 002

Uma das principais preocupações do ra-pper MV Bill é ajudar a derrubar a imagem de malandro e criminoso que a sociedade tem do jovem da periferia. “As pessoas só têm contato com a periferia através do que veem na TV. Mas a maioria dos jornais só vai cobrir coisas na periferia quando tem tragédia. Então, como podemos esperar que as pessoas saibam que lá não tem só crime, que lá tem muita coisa boa, que também tem cultura e que a maioria dos nossos jo-vens não são delinquentes?”.

O próprio Bill responde essa pergunta. Pra ele, a melhor forma de fazer a socieda-de descobrir o jovem da periferia é deixar ele mesmo contar sua história. Sabe como? Tendo a oportunidade de demonstrar seu talento através das artes. “A gente acha que quando o jovem pega numa câmera, produz um documentário, produz sua própria arte, seja através da batida e das letras do hip hop, das cores do grafite, ele está se tornando vi-sível pra sociedade, se colocando de igual pros outros adolescentes e, mais que isso, ele também passa a se descobrir”.

Sabe quando você olha uma foto que ti-rou anos atrás e só então nota o quanto mu-dou? Não usa mais o mesmo tipo de roupa, o corte do cabelo já mudou várias vezes, até sua expressão é outra. É assim que a psicólo-ga Sthefani Gelinsky compara a descoberta

que o jovem faz de si mesmo ao ser seu pró-prio contador de histórias. “Aquele jovem que está acostumado a ver na TV, nas re-vistas, um padrão que é diferente do seu, se sente errado dentro da sociedade. A partir do momento que ele começa a produzir sua própria cultura, ele vê que suas diferenças, que antes considerava estranhas, são, na verdade, algo muito positivo, um outro jeito de ver o mundo que deve ser compartilhado com outras pessoas.”, explica.

“As coisas são mais difíceis assim, temos que lutar pra transformar essa visão amarga que a mídia e o resto da sociedade tem da gente. E os jovens sabem disso e vão atrás. Eles não querem mais o espaço trágico do crime, eles querem cultura, querem ter opi-nião, querem se ver nas mídias, mas por coi-sas boas”, explica MV Bill. Ele, que é respon-sável por diversos projetos de inclusão social de crianças e adolescentes carentes, encara o preconceito como uma ignorância. “Não se pode julgar alguém baseado na sua cor ou pela marca de suas roupas. Isso é mui-to simples e o ser humano é mais que isso. Daí eu penso da urgência de mudarmos esse modo de ver e pensar a periferia, porque se não acabarmos logo com essa distância, como se negro e branco, rico e pobre, fos-sem dois mundos, seremos pra sempre essa sociedade preconceituosa”, completa.

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Page 29: Revista Parafuso 002

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Eles não querem mais o espaço trágico do crime, eles querem cultura, querem ter opinião, querem se ver nas mídias, mas por coisas boas

MV Bill

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Rapper, escritor, ativista social,

diretor e agora ator. Pra quem não

conhecia, esse é o MV Bill. Batizado

como Alex Pereira Barbosa, nasceu

em 1974, no conjunto habitacional

Cidade de Deus, zona oeste do Rio

de Janeiro. De lá pra cá, muita coisa

aconteceu na vida desse cara que de-

dica seu trabalho à defesa da cultura

negra e da periferia. Depois de lançar

quatro CDs, co-escrever três livros e

fazer um documentário, MV Bill es-

treou ano passado como ator na nove-

la teen Malhação, na qual interpreta o

professor Antônio.

Na adolescência ele viu no rap uma

oportunidade de denunciar os proble-

mas sociais de sua comunidade. Suas le-

tras são marcadas por histórias do coti-

diano das periferias, sempre com aquela

nota de inconformismo. Além de ser um

dos criadores da Central Única de Favelas

(Cufa) e parceiro do Grupo Cultural Afro

Reggae, MV Bill também escreveu o livro

“Falcão – Meninos do Tráfico”, em parce-

ria com seu empresário Celso Athayde e

produziu o documentário com o mesmo

nome. Aliás, o apelido Bill ele tem desde crian-

ça, por causa de um desenho que vinha nas

figurinhas de chiclete, e o MV – Mensageiro

da Verdade - ficou por conta da criatividade

de moradoras de sua comunidade que viam

em suas letras um retrato da realidade.

Ele, o

RAPe a escrita

Junto com o parceiro Celso Athayde

(acima), com o qual já escreveu

dois livros e co-produziram um

videodocumentário

Fique por dentro dos trabalhos do MV Bill:

Site pessoal (www.mvbill.com.br)

Twitter (@mvbill)NA WEB

DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

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Page 31: Revista Parafuso 002

O lançamento do documentário

“Falcão: meninos do tráfico”

ocorreu em rede nacional, abrindo

o programa Fantástico , da TV Globo, em março

de 2006

O cara escreveu três livros! Em “cabeça de porco” ele narra, numa das histórias, cenas de uma favela curitibana

Em Malhação, o rapper vive o professor Antônio, talvez, um dos únicos professores negros nos mais de 10 anos da novela

REPRODUÇÃO

DIVULGAÇÃO

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Page 32: Revista Parafuso 002

Nasceupra ser

feliz?

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Page 33: Revista Parafuso 002

GUSTAVO NARDELLI/ DIVULGAÇÃO

Tá mais do que na hora da gente avançar e conhecer essa DJ [e doutora em linguística]

mais a fundo. Sai do raso, e deixa o preconceito de que pessoas que participam do BBB não tem um cérebro.

Venha conhecer um outro lado da Elenita, como ela nem gos-

ta tanto de ser chamada...Se você pertence ao gru-

po dos que embarcaram na onda dos vídeos taxativos, que

exploram o comportamento de Lena como se fosse uma

complexada, também é hora de rever seus conceitos. A

mulher que deu o que falar, no Big Brother Brasil 10, rasgou o verbo numa entrevista exclu-

siva à Revista Parafuso. Ela teve o irmão assassinado num seqüestro relâmpago e é com base nesse Start que a gente

bate um papo sobre violência.A ausência de uma política

forte pra mudar a realidade da violência no país, a presença das drogas nesse universo e

a agressão contra a mulheres são alguns dos destaques des-sa entrevista. O que ela pensa sobre o uso e venda da maco-

nha deixar de ser crime e de os adolescentes de 16 anos já po-derem ser presos nas mesmas

condições que um adulto, a tal redução da maioridade penal,

viram assunto pra discussão. Conheça um pouco mais do pensa Lena Bahirah, agora.

Pra começo de conversa...

Ela afirma que nasceu pra isso sim, mas quem a vê toda

animada nessa foto não imagina o que já enfrentou pra tentar

superar a morte de um de seus irmãos. A DJ e ex-BBB, Lena

Rodrigues, não foi a última pessoa a sofrer com a violência em

nosso “país da maravilhas”... E é justamente a violência que

escolhemos pra ser o tema da primeira parte da entrevista que

ela concedeu com exclusividade à Revista Parafuso

Entrevista: Diego SilvaTranscrição: Nathalia Cavalcante

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Page 34: Revista Parafuso 002

Em relação à morte de seu irmão, como os adolescentes devem encarar uma barra como essa?

Ninguém entendeu no BBB, porque eu não iria ficar explorando isso. O programa foi uma conseqüência... O dia em que eu fui até a porta... No dia seguinte, era aniversá-rio de cinco anos da morte do meu irmão. Isso resignificou a minha vida, porque ele tinha apenas 27 anos e era lindo. Ele sempre trabalhou muito, tinha pedido demissão, abriu a loja dele, estava começando a viver. Sabe quando você fala: “Eu vou começar a aproveitar a vida agora!” Aí, quando você começa a pensar assim, vem um cara e te dá um tiro na nuca... Tudo perdeu sentido pra mim, eu não via mais sentido nas coisas. Eu estava no meio do doutorado, eu quase lar-guei. Eu não via sentido em estudar, porque se todo mundo vai morrer, assim eu pensava na época, se eu morrer amanhã, não tinha sentido fazer o que fazia todos os dias. E de-pois você resignifica isso... Você teve sorte de conhecer a pessoa e dividir aqueles anos com a pessoa, e que você precisa valorizar quem você ama, o que existe de melhor nes-sas pessoas. Pode ser a última vez mesmo. Até pra brigar, você precisa brigar com amor com quem você ama. E se não tiver amor, porque você vai discutir? A vida é tão bre-ve...

Olhando pra tudo isso que aconteceu com seu irmão e contigo, como você en-cara a questão da violência no Brasil?

Quando eu penso no documentário “Fal-cão, meninos do tráfico”, a primeira vez que eu assisti, eu fiz um texto pro meu blog. Eu fiquei extremamente chocada, porque tem

um depoimento de uma criança de dez, onze anos, e perguntam pra ela: “Qual é o seu sonho?” Ele disse: “Meu sonho é levar minha mãe no circo”. Poxa, essa criança teve a infância roubada! Ela não pôde ser crian-ça, ela teve que ser outra coisa. E, se existe uma política decente, a política que eu tô falando não é a de político, nem de parti-do. É política pública mesmo! Educacional, esportiva... Outra possibilidade de vida po-deria ser dada a ela. Mas existe gente má no universo também, não é só falta de política. E quando eu falo de gente má, falo dos ado-lescentes de classe média alta que queimam índio ou que sai pra estuprar menina na pe-riferia. Isso não é falta de alicerce social. Isso é maldade mesmo. Falta de caráter. Isso, in-felizmente, também existe.

Qual a sua opinião a respeito de re-dução da maioridade penal?

Totalmente a favor. Mas, a gente precisa avaliar sob duas perspectivas: A redução da maioridade penal e a redução da maiorida-de penal no Brasil. A mesma coisa em rela-ção à legalização da maconha: Legalização e legalização no Brasil. É diferente, porque o Brasil não tem contexto para as duas coi-sas. Eu sou a favor das duas, mas no Brasil, a gente não tem estrutura pra isso. A gente não tem sistema penitenciário que recupere o jovem, que dê pra ele uma possibilidade de segunda chance, que dê a ele uma re-socialização. A gente não tem sistema pe-nitenciário, que se quer tenha espaço pra receber esse número maior de pessoas. En-tão, como seria implementado aqui? Nós tí-nhamos que começar a tratar de uma forma diferente, porque pegar um jovem, deixar

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Page 35: Revista Parafuso 002

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Eu estava no meio do doutorado,

eu quase larguei. Eu não via

sentido em estudar, porque se

todo mundo vai morrer, assim eu

pensava na época, se eu morrer

amanhã, não tinha sentido fazer

o que fazia todos os dias.

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Page 36: Revista Parafuso 002

No período da adolescência, como foi a sua relação com as drogas?

Eu fui a adolescente mais perfeita, mais nerd, mais certinha do universo. Eu parti-cipava de grupo de estudo, de grupo de te-atro, era fiel, não ia pra balada, aquela coisa bem quadradinha. Eu comecei a viver mi-nha adolescência, com esses sentidos todos, eu já era adulta. Muita gente veio me per-guntar: “Mas Elenita, o que você foi fazer no BBB? Uma doutora no BBB?” E daí! Eu sou uma pessoa, e uma pessoa que não viveu um monte de coisas ainda! A diferença é que eu tô numa maturidade que, provavelmente, eu não tinha quando era mais jovem, que faz com que eu decida não fazer algumas coisas. Eu não preciso usar crack, ou qual-quer coisa assim, pra saber que isso é uma droga que vai destruir o meu cérebro, que vai me deixar burra, porque eu já li sobre isso. Eu sei que pode me causar uma sen-sação positiva, mas eu também sei que vai destruir minha cabeça. De forma conscien-te, viva a liberdade de todo mundo...Colaborou: Antonio Carlos Senkovski

em um desses lugares que, depois o trans-forma em bandido profissional? A gente precisa racionalizar outras coisas. Assim como eu citei a legalização da maconha... A maconha é usada como medicamento em várias partes do mundo, se você tem câncer o médico pode prescrever pra você a tal da Marijuana. Totalmente diferente das drogas sintéticas que, essas sim, destroem o seu cé-rebro. Agora, vamos legalizar no Brasil? O Brasil não tem estrutura pra ter o álcool le-galizado! O Brasil vai ter estrutura pra ter a maconha legalizada? Imagina um monte de gente “fumada” no meio da rua, junta desse monte de gente bêbada? Não, no Brasil, não sou a favor. Essa discussão da diminuição da idade passa pela mesma reflexão.

O Brasil vai ter estrutura

pra ter a maconha

legalizada? Imagina um

monte de gente “fumada”

no meio da rua, junta

desse monte de gente

bêbada!?

Próxima ediçãoNa Parafuso que vem, tem a segunda

parte da entrevista com a Lena! Os assuntos não vão ser tão tensos como dessa vez, mas você vai gostar de conhecer o lado nerd des-sa mulher. Não vão perder, viu!?

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Page 37: Revista Parafuso 002

Chama Maria da

Penha! Chega de violência

contra mulher!

Depoimento

Meu primeiro namorado era maluco. Ele tentou se matar e disse que ia me matar,

sabe aquelas coisas... Eu acho que, historica-mente, a mulher é educada pra perdoar e pra

compreender. Isso acaba tirando um pouco a capacidade de visualizar algumas relações que são doentias. E quando ela percebe, já chegou num grau de violência tal que, muitas vezes, ela não consegue reverter. Isso é complicado. Eu já parei aula pra dar conselho pra uma menina que deu o exemplo, em sala, do namorado. Eu estava vendo a hora em que ela seria espanca-da pelo namorado!?

Eu não acho que a gente vive as coisas sem motivo. A gente vive porque é preci-

so aprender alguma coisa com elas. Cada história vivida ensina alguma coisa. O

BBB me ensi-nou algumas coisas. Aquela relação estranha me ensinou outras. O resultado de tudo o que a gente é hoje vêm de todas essas vivências, e a gente tem a responsabilidade de fazer algu-ma coisa com elas. Eu acho que devido a essa história maluca... Meu primeiro namorado, meu primeiro amor, que mesmo depois do término me perse-guiu...

A gente vê que é muito comum, não só essas mulheres que são espan-cadas, mas também que morrem pe-los namorados. No caso da Eloá, todos estavam com pena dele, na televisão: “Nossa, ele tá sofrendo de amor!”.

Ele só virou demônio depois que matou a menina, porque se não tives-se matado a menina, o Brasil inteiro estava com pena dele! A gente tem uma tendência... Um cara é um otário, pode ser um retrógrado, pode ser um machista, preconceituoso, homofóbi-co, mas se chorou... Ah, ele tá sofren-do! Eu acho que as mulheres precisam aprender a resignificar esse olhar.

TWITTER

@elenitaah

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Page 38: Revista Parafuso 002

Do lado de cáA vista é bonita e a revista é boa de provar...E quem leu, aprova! É só conferir lá na página do leitor

Revista ParafusoChegou o que faltava pra sua cabeça

Page 39: Revista Parafuso 002

aumentaosomBandas | Música | Playlist

Aqui é pra quem curte a muvuca. Agitação e muita festa são a marca dessa banda que surgiu em 2009 e já realizou diversas apresentações em festas de faculdade e em renomadas casas de show de Curitiba como a Momentai, o Curitiba Master Hall, o Moinho Eventos e o Victória Villa.

Todos os quatro integrantes tocavam em outras bandas e se conheciam de palcos, até que depois de algumas conversas começaram a combinar

melhor e apostaram no projeto. “A união aconteceu de forma espontânea, o tempo encarregou-se de cuidar de tudo”, revela a piazada da banda.

E o grupo é uma verdadeira salada de ritmos e estilos, apesar de se considerarem uma banda de micareta sertaneja, praticamente únicos no sul do Brasil. “É muita diversidade na banda. Tem músico que gosta de heavy metal, outro de reggae, outro de sertanejo, outro pagode, outro axé”, explicam. Entretanto, na hora dos shows, o que pega mesmo são as influências de cantores(as) e bandas como Ivete Sangalo, Jamil, Banda Eva, Chiclete com Banana, Asa de Águia e etc. O motivo de eu ter falado que eles compõem uma salada musical, é que sempre misturam um pouco de tudo. “Colocamos umas pitadas malucas que agradam o público. O que importa pra gente é que todos cantem e pulem do começo ao fim do show”.

Com apenas um ano de existência, a banda de micareta sertaneja, Kaduká, apresenta uma lista considerável de apresentações em lugares renomados da capital parananense. Pra quem curte muita animação e ficar suado de tanto pular e dançar, essa é a galera certa.Texto: Diego Silva | Fotos: Divulgação

JuventudecaducandoJuventudecaducando

>> Sai, coisa ruim!A Kaduká não é a primeira, nem vai ser a última

banda que encontra pedras no caminho pra conse-guir se consolidar. O primeiro problema certamen-te deve ter sido conquistar o apoio da família. Afi-nal, imaginem um bando de marmanjos crescendo dentro de casa sem que nenhum deles se interes-sasse em concluir uma faculdade ou ir trabalhar... Apesar da barra, os familiares já olham os garotos, hoje, com bem mais segurança. “Ninguém teve apoio desde o começo da escolha, mas temos certe-za que, hoje em dia, eles sentem orgulho dos filhos ao verem o trabalho ser reconhecido”, comentam.

Pior do que ter que provar pra família que a ban-da poderia dar certo, é fazer com que esse proje-to gerasse grana pra gurizada. Mas de quê adianta conseguir trabalho e não ser remunerado? Pelo menos foi isso que aconteceu algumas vezes, com

gente picareta que contratou o show e não pagou. Quando perguntados sobre a pior situação que já passaram, os músicos foram direto ao ponto. “Com certeza, foi calote no começo de tudo e contratan-te que se achava esperto, querendo destratar e hu-milhar a gente. Felizmente, hoje não trabalhamos mais para quem foi desonesto conosco algum dia”, desabafam.

Os perrengues que a banda já passou dariam pra escrever um livro. E é isso que eles disseram, em meio a muita risada, pra gente. “Xxxiiiiii tem muita coisa pra contar...” No fim do ano passado, eles até comentavam entre si que teriam muitas hitórias para contar aos netos. “Já teve gente com a calça rasgada, no camarim, dois minutos antes do show e até quem esqueceu o instrumento... Enfim, várias coisas”, revelam.

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Page 40: Revista Parafuso 002

PARAFUSO

Banda Kaduka

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Banda Kaduka

Page 42: Revista Parafuso 002

Um bando de loucos! Além de serem meio pirados, também querem contagiar a galera que vai ao show com um pouco dessa doide-ra. “A idéia é que todos fiquem loucos, é um show pra galera caducar, esquecendo todos os problemas e se importando apenas com a diversão do momento”, explicam. Além de trabalharem com música, todos também se envolvem em outras atividades, cada qual com seu emprego.

Eles contam que a ideia de colocar o nome Kaduká apareceu de uma forma bem inusi-tada. “Surgiu numa discussão de um dos in-tegrantes com sua avó. Num momento, ele quis dizer que sua vó estava ficando caduca, daí pensou que isso seria um bom nome”. Com o passar do tempo, precisaram de um título que fosse curto e tivesse impacto pra pegar perante o público e cativar a galera. Foi aí que decidiram usar esse nome mesmo. E não é que deu certo?

>> João MarceloVocalistaComida preferida: japonesaSonho: muitos, “sou um sonhador”Mania: comer porcariasQualidade: tratar bem as pessoasDefeito: ansiedadeHobby: surfar e jogar futebol

>> EvandroInstrumentos: percussão geralComida preferida: picanhaSonho: ter um futuro tranquiloMania: tocar violãoQualidade: honestidadeDefeito: ansiedadeHobby: fazer musculação e tocar violão

>> TúcoInstrumentos: violão, cavacoComida preferida: pizzaSonho: ter o trabalho reconhecido no Brasil inteiroMania: batucar em tudoQualidade: ser atenciosoDefeito: preguiçaHobby: musculação, videogame

>> LakoInstrumentos: percussão geralComida preferida: massasSonho: ajudar minha família e ter filhosMania: usar bonéQualidade: sinceridadeDefeito: ansiedadeHobby: jogar futebol e videogame

Onde vocês pretendem chegar?“Onde Deus quiser. Nosso maior sonho é que a amizade

continue sempre”

Afinal, quem é a galera da banda?

Procure pela Banda Kaduká no

Twitter (@bandakaduka),

Facebook (www.facebook.com/bandakaduka),

Orkut, Blog (bandakaduka.blogspot.com),

Youtube e no site oficial

(http://bandakaduka.com) NA WEB

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Page 43: Revista Parafuso 002

A gente vai se encontrarCedo ou tarde...E já tentou procurar a redação online?Então, bóra encontrar a gente no Orkut ou add no MSN:[email protected]

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As férias estão aí! Praia, campo, clube ou cidade? Não importa onde passar esse período tão esperado, o que realmente importa é saber aproveitar esse tempo. O verão é a estação com sinônimo de descon-tração, mas nada de se distrair no cuidado com a saúde, hein!? A galera, geralmente, se descuida por não estar em casa e manda ver em lanches que não estão com nada. O sol é outro que pode prejudicar as férias, principalmente, pra quem é mais clarinho. Esse astro tá na dele, só mandando os tais raios UVA e UVB. Esses raios aí envelhe-cem a pele e podem até causar câncer. Por isso, atenção aê, e tratem de escolher os horários adequados pra garantir um bron-ze bonito.

Galera, pra quem só fica com a pele ver-melha e não tem santo que faça se bron-

zear, o jeito é optar pela saúde e deixar o sol prá lá! O certo é abusar do protetor solar e dos

acessórios que auxiliam nes-sa proteção: boné, óculos escuros, viseira... Opção é o que não falta. Ah, não se

esqueçam do nosso amigo guarda-sol, que dá aquela

ajuda e uma sombrinha... O

recomendado pra qualquer tipo de pele é não se expor ao sol das 10h às 15h ou 16h. Nesse tempo, estão rolando os raios UVB, que são os principais responsáveis pelas queimaduras e o que mais provoca câncer.

De acordo com o Dr. Ivan de Oliveira Santos, especialista no tratamento de tu-mores de pele e professor de cirurgia des-ses tumores na Escola Paulista de Medici-na, da Universidade Federal de São Paulo, “sempre se acreditou que os raios ultravio-leta do tipo A, que incidem no restante do dia, fossem menos maléficos, apesar de provocarem o envelhecimento precoce da pele por serem mais profundos. Ultima-mente, porém, uma série de trabalhos so-bre o assunto está relacionando esse tipo de raio à incidência de melanoma, entre todos, o mais perigoso dos tumores, pois pode levar o indivíduo a óbito”, explica.

Drauzio Varella apresenta em seu site uma entrevista muito interessante com esse especialista. Nela, Dr. Ivan, lembra também que “como regra básica, todos po-dem e devem tomar sol, mas para cada um existe um limite tolerável de exposição que deve ser respeitado. A pessoa pode identifi-car seu limite, o vermelhidão ardido que se forma na pele e que incomoda à noite. Há

Saúde eSaúde ealimentaçãoalimentação

A Parafuso se preocupa com você, pra que suas férias sejam perfeitasPor: Nathalia Cavalcante

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pessoas com pele muito sensível que vão à praia, por exemplo, e nunca conseguem fi-car morenas. Essas, infelizmente, não po-dem tomar muito sol. Já uma pessoa que vai à praia e logo consegue ficar moreni-nha, não tem tanto problema porque essa coloração funciona como um filtro solar que a natureza lhe deu”, acrescenta.

Atenção, porque quanto mais tempo em exposição ao sol, mais chances de se pre-ocupar futuramente. Por isso, as crianças que se protegem, adequadamente e não se expõem em horários de risco, garantem uma pele saudável. Atenção pais! O cuida-do deve ser feito desde a infância. De acor-do com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), já foi constatada menor incidência de câncer de pele em pessoas com menos exposição solar na infância.

Seja onde for, é preciso estar atento a isso. Lembrando que não importa em qual estação esteja. O protetor solar é sempre bem-vindo e deve ser passado de 20 a 30 minutos antes, porque é seu tempo de reação. Ele gosta de ser lembrado a todo o momento, e deve ser reaplicado a cada duas horas. Por isso, abusem dele o dia inteiro, porque os raios UV estão na área, só pedem uma “licencinha” às nuvens pra chegar até aqui. Mas é no verão que eles se sentem mais à vontade. É importante lembrar também das áreas mais sensíveis como rosto, lábios, orelhas, pes-coço, mãos e pés. E, depois daquele dia de sol, o ideal é manter o cuidado também em casa. A pe-dida é passar hidratantes e sabo-netes de camomi-la ou erva-doce. Ótimos

calmantes pra pele, e nada de fazer esfo-liação, pois a pele fica muito sensível nesse período.

Galera, o papo é sério! O Inca, em pes-quisa realizada pra 2010, estimou a ocor-rência de 489.270 novos casos da doença no Brasil, 500 mil a mais que em 2009. A cosmetóloga Rosângela Scarpi alerta, no portal do Ministério da Saúde, que não se deve passar hidratante antes de ir à praia. Além disso, cuidado com os sucos!

Nem todos são ideais quando se vai en-carar o sol. “Os líquidos cítricos, como suco de limão, podem manchar a pele. Produtos com ácido, utilizados em tratamentos, de-vem ser usados à noite. Antes de saírmos de casa para tomar sol devemos retirar qual-quer tipo de produto que tivermos na pele, como desodorante e perfume. Maquiagem na praia, nem pensar. As bijuterias t a m b é m d e ve m ser dis-p e n s a -das, pois queimam o local”, lembra.

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- Os produtos em aerossol são fáceis de aplicar e espalhar;- O protetor solar em creme é indicado para peles mais secas;- Para as peles mais oleosas, é indicado o uso de loções fluídas que não seja em óleo ou gel; - O filtro solar em spray é indicado para as áreas com pelos, pois são mais práticos. Você pode usá-lo em todo o corpo se quiser. Porém, deve deixar secar naturalmente;- Quanto ao fator de proteção, acima de 30, os protetores solares são mais fortes sim, mas a proteção não aumenta muito,

E, pra quem pensa que a solução pra garantir a “morenice” é enfrentar o bron-zeamento artificial, engana-se. O Dr. Ivan adverte: “O bronzeamento artificial é con-denado pelos médicos do Grupo Brasilei-ro de Melanoma (GBM) e pela Sociedade Brasileira de Dermatologia porque faz uso

ou seja, a proteção do protetor solar 60 é apenas um pouco maior que a de 30, o que realmente aumenta muito o preço. Os pro-tetores com fatores mais altos são indica-dos para pessoas com problemas de man-chas ou doenças que são ativadas pelo sol, como o lúpus; - Em relação ao custo-benefício, portanto, protetor solar fator 15 é o indicado porque garante 94% de proteção. Se a pessoa usar o fator 33, aumentará esse índice para 97%, o que não representa uma diferença signi-ficativa.*Fontes: www.minhavida.com.br e www.drauziovarella.com.br

Como escolhero protetor solar*

Bronzeamento artificial, nem pensar!

dos raios ultravioleta do tipo A, para deixar as pessoas mais morenas e, em geral, são as de pele mais clara e mais sensível que se valem desse recurso.

O risco elevado que os raios ultravio-leta tipo A representam, somado ao fator cumulativo que, querendo ou não, existe num país de sol tropical como o nosso, jus-tifica a preocupação de que a exposição por tempo prolongado possa provocar câncer de pele”, alerta.

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Pele devidamente cuidada, agora é só se ligar com os alimentos. O corpo precisa ser lembrado em todos os as-pectos. A alimentação deve ser realiza-da de forma adequada pra não causar dor de cabeça e de estômago! As férias fazem com que o pessoal relaxe um pouco e pense: Ah, estou em férias! Mas, isso não pode significar que a saúde vai ser deixada em segundo pla-no. Já que a galera aproveita pra comer fora de casa, fiquem atentos no local, se ele mantém a higiene em dia. Caso não, deem uma de perdido e escolham outro lugar.

As refeições devem ser feitas de qua-tro a seis vezes ao dia. Um pouco em cada vez, mas de maneira saudável. Os sucos naturais e saladas devem estar sempre à mesa. Nada de alimentos gor-durosos e enlatados. É bom também trocar o sorvete pelo picolé de fruta.

A água é uma aliada da hidratação, e antes da sede se apresentar, beba

água. Em torno de dois litros por dia é o suficiente. Sinal de sede é sinal de desidratação. Os alimentos de colo-ração alaranjada, como cenoura, abó-bora, mamão e manga, e folhas verde-escuras, como rúcula e espinafre, são alimentos ricos em betacaroteno, um pigmento que é transformado em vita-mina A pelo organismo. Ele ajuda na formação da melanina e protege a pele contra os raios ultravioleta, além de contribuir ao bronzeado.

Os alimentos devem ser guardados na geladeira. Não esqueçam em cima da mesa, por favor! A temperatura am-biente faz com que os microorganismos se multipliquem. Imaginem só, nesse calor! E, se você ficar sem disposição para comer, a nutricionista Angélica de Oliveira, em entrevista ao Site Médico, alerta que “essa indisposição pode vir também por alimentação inadequada, que seria ficar sem se alimentar por muitas horas, pular o café da manhã, ingerir alimentos pesados e gordurosos e esquecer de se hidratar durante todo o dia”. Mais um motivo pra cuidar da alimentação! Agora é só curtir mais um pouco as férias, porque tá acabando...

Comilança

Ingredientes:2 fatias grossas de abacaxi 5 folhas de hortelã 1 pitada pequena de sal 1 xícara de água 4 pedras de gelo

Modo de Preparo: Pique grosseiramente as fatias de abacaxi e coloque em um liquidificador. Acrescente a hortelã, o sal, gelo e a água. Bata bem para incorporar os ingredientes. Se preferir um suco sem fibras passe pela peneira e sirva decorando com um raminho de hortelã.*Fonte: culinaria.terra.com.br

Fonte: www.minhavida.com.br e www.drauziovarella.com.br

Suco de abacaxi com hortelã*

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- Alimentos indicados: frutas, verduras, legumes, folhas verdes, cereais integrais, pães integrais, carnes magras, queijos me-nos gordurosos, sobremesas à base de frutas e muitos líquidos;

- Evitar alimentos gordurosos: carnes gor-das, queijos gordurosos, molhos à base de creme de leite, maionese;

- Evitar frituras e maneirar na bebidas alcoólicas pois, no verão, nosso organismo fica mais sensível aos condimentos fortes e às gorduras, podendo causar desconforto e mal estar;

- Se for comer um sanduíche íche, escolha os que são feitos com carnes magras, como um peito de peru, frango e queijos magros (ricota, cottage). As carnes magras possibi-litam uma digestão melhor, evitando o des-conforto intestinal;

- Ingestão de líquidos devem ser frequen-tes (água, sucos naturais, chás e água de coco);

- Cuidado com os alimentos feitos com leite, gordura e ovos na sua preparação. Ne-cessitam de refrigeração adequada, pois o calor aumenta a proliferação de bactérias que podem causar intoxicação alimentar;

- Seja criterioso ao escolher locais para consumir frutos do mar e pescados.Procure saber a procedência dos alimentos.*Fonte: www.sitemedico.com.br

O que comere o que evitar

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Divulga +A primeira edição teve duas mil

visualizações únicas. Agora que as férias estão acabando, que tal dobrar

esse número?Manda o link para os seus amigos e

ajuda a divulgar nossa revista!

Revista ParafusoAquilo que faltava pra sua cabeça

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humorbaratoReflexões | Top 10 | Opinião

Usa uma sacola, poxa! Você chupa um picolé, bebe uma latinha de refrigerante, come um salgadinho e... o lixo vai pra qual lugar? Se cada veranista resolver jogar um único item na praia, ao fim do verão a gente vai é nadar no lixo.

1. Sujar

Use a inteligência. Se não sabe nadar, não invente de querer entrar mar à dentro

como se fosse uma baleia Free Willy. Pra aumentar a segurança, se afaste dos locais

sinalizados como perigosos e vá pra um lugar mais perto de salva-vidas.

2. UrinarTá certo que ninguém vai ficar sabendo

e o mar tem água pra caramba... Mas fala sério!? Antes de ir à praia faça xixi em casa. A urina é tóxica e não é nada bacana nadar num lugar onde todo mundo faz isso.

3. Torrar

4. Morrer

Você é um ser humano, portanto não precisa imitar um pimentão. Evite ficar torrando ao sol ou use o protetor solar constantemente. E não se esqueça de passá-lo na parte de cima dos pés e atrás da orelha. Entenda mais sobre a importância de se proteger do sol

na matéria de saúde e alimentação no verão, aqui nesta revista.

coisas para

fazer na praia

NÃO1010 TextoDiego Silva

@diegohsilva

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Tá chateado, fica em casa! Nada de ficar fazendo aquele bico do qual ninguém entende o motivo. “O que tá acontecendo fulano? Nada”. Além de estar incomodando, acaba passando uma sensação chata pra todo mundo do grupo. Viagens à praia podem demorar pra se repetir. Aproveita!!

Fique longe de confusão e evite ganhar um olho roxo, sem mencionar os dentes que podem ser perdidos na areia da praia. Antes de sair disparando cantadas à beira-mar, Fernandinh@, certifique-se de que aquela pessoa não é comprometida, pra não acabar entrando em roubada. Fora do contrário, quem sabe você não encontra a outra metade da laranja?

Leve apenas o essencial para a praia. Nada de ficar montando um escritório na areia, com cadernos, livros, máquina fotográfica, filmadora de vídeo, notebook, caça-palavras, celular e coisas do tipo. E se inventar de levar alguma tralha, toma cuidado pra não esquecer nada pra trás. Já pensou se você esquece aquela sua camiseta oficial do Milan e nunca mais a encontra?

Preste um pouco mais de atenção às pessoas que estão à sua volta e saiba respeitar as diferenças. Tudo bem que uma jovem de fio dental pode aparecer e pedir pro seu pai, comprometido, passar bronzeador nas costas dela ou o garotão de sunga branca se oferecer para fazer o mesmo com a sua mãe... Mas também existem outras pessoas, seja catando latinha, revirando o lixo ou trabalhando de camelô. Apesar do cenário parecer com o de algum filme, a praia também faz parte do planeta. Não finja que certas pessoas não existem.

Você tem total direito de existir na praia, os outros também. Por isso, pense bem antes de sair correndo perto demais das pessoas que estão deitadas ou se bronzeando e tals. Aquele jatinho de areia que “espirra” na cara de quem tá relaxando é chato bagarái. Sem falar em outras ações “caridosas” de abrir o guarda-sol e fazer aquela sombra esperta em quem tá querendo se bronzear, ou ainda, ficar pedindo protetor solar de desconhecidos porque você esqueceu o seu.

Nada de levar comida inapropriada para a praia. Daí você resolve pegar a maionese do almoço do dia anterior, coloca num pote de prárdigo, leva à praia pela manhã e quando chega ao meio-dia, mistura com aquela farofa bacana e uns pedaços de carne assada que sobrou do churras. Gente... Clima quente requer muito líquido e comida fácil de ser digerida no estômago, pô! Come direito!

5. Azarar mulher/ homem d@ próxim@

6. Perder

7. Ignorar

8. Chatear

10. Emburrar

9. In

toxi

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