Revista Paralela

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Edição Junho/2015 - Revista Paralela Arte . Cultura. Livre Conteúdo inédito, que chega para abrir espaço e evidenciar um momento histórico na cena paralela de Uberlândia e região.

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& PEnSARque issoTUDO PAR-TIU de

Parceria, paixão e vontade resumem esse trabalho. A pa-ralela surgiu a partir da união dessas cabeças ‘paralelas’, mas que, por fim,não cabem no próprio tamanho, de

tantos sonhos, von-tade e amor pelo que fazem. A partir do olhar intuitivo, fez-se necessário, nesse momento, levar a cultura independente a quem mora ao lado, mas pouco sabe do potencial do vizinho. Ao contrário do que se pensa, existe mui-to conteúdo, pessoas do bem, projetos e ideias envolvidos do

outro lado.

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CENA

CERRADO

"nessa terra de tatu, guariroba e jatobá. babaçu, buriti e araçá. águas caem, viram praias sem mar. e do lado de cá, onde se escondem viventes, vozes procuram ecoar. elas têm som, mais alto que rugido de su-çuarana. elas têm cor, forte como ipê amarelo. e aprendendo com o joão de barro, vão construir sua casa."

a nova casa da cultura independente na região

Quando buscaram a localiza-ção de Uberlândia, encontraram um centro privilegiado em meio as prin-cipais capitais do país. Quando im-pulsionaram o mercado, apontaram o maior pólo atacadista da América La-tina. Mas, ao olhar para seu povo, per-deram-se entre a segunda cidade mais populosa de Minas e o desperdício de seu potencial cultural. Para reverter esse panorama, surge o "Cena Cerrado", onde todas as formas de arte independente se en-contram. Criado em 2014, o movimen-

to foi idealizado por artistas e colabo-radores que se uniram por um objetivo comum: dar visibilidade e fortalecer o cenário artístico e cultural. "Um movimento que grite por nossos artistas, nossa música, litera-tura. Unidos, vamos organizar inter-venções, eventos e festivais, que serão feitos pelos próprios artistas, abrindo não só mais um espaço, mas um fluxo de ideias que circulará em nossa re-gião", afirma Arthur Rodrigues, ideali-zador do coletivo independente. Após a inauguração, o Cena

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CENA CERRADO FEST > Depois de passar pela república Kamikaze e o Po-rão Cultura Bar, o festival chega este ano a sua terceira edição. Dessa vez, o palco é o estacionamento do Teatro Municipal Rondon Pacheco. Será mais um capítulo dessa história que começou pequena e agora invade as ruas da cidade.Se um dia os artistas careciam de espaço para mostrar seus tra-balhos, agora eles possuem casa própria. Seu novo endereço: Cena Cerrado.

CENA NA TV > Em 2015, o coletivo ganha novas proporções, com um pro-grama semanal apresentado no Canal da Gente. Mais que um espaço na grade de programação da televisão, trata-se de uma oportunidade para conhecer o potencial de seus conterrâneos, de onde você estiver. A trans-missão ocorre às segundas-feiras (18h45), com reprises às terças (12h45), quartas (18h45), quintas (22h20), sextas (18h45), sábados (20h20) e domin-gos (22h). Quem perder, ainda pode conferir a exibição no canal do Youtube.

× × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × ×

"nessa terra de tatu, guariroba e jatobá. babaçu, buriti e araçá. águas caem, viram praias sem mar. e do lado de cá, onde se escondem viventes, vozes procuram ecoar. elas têm som, mais alto que rugido de su-çuarana. elas têm cor, forte como ipê amarelo. e aprendendo com o joão de barro, vão construir sua casa."

a nova casa da cultura independente na região

Cerrado ganhou a primeira edição de seu festival, o "Cena Cerrado Fest", com atrações musicais e exposições artísti-cas. A intensa mobilização rendeu no-vas perspectivas para esperar por um caminho mais longo no cenário local. Ainda assim, para Senomar Torres, in-tegrante do coletivo, a ideia ultrapassa a organização do evento. Tudo ocorre sem nenhum fim lucrativo e com tesouraria totalmente transparente. Todo o lucro será rever-tido para o próprio coletivo e destina-do às demais ações, que visam não

apenas à promoção de eventos, como também a assistências aos artistas que queiram fazer parte do projeto, adiantou. A partir do envolvimento dos artistas, será criado um catálogo com todos os associados, promovendo di-vulgações nas mídias sociais e da co-missão de comunicação. Se a união faz a força, o "Cena Cerrado" é a oportuni-dade de unificar todo o potencial cul-tural, ampliando a esperança de quem um dia jamais imaginou ganhar a vida com a arte na região.

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O ser humano se considera mais ra-

cional, criativo e livre do que todos os ou-

tros animais. Apesar disso, prefere sobre-viver trancafiado em

uma penitenciária ideológica onde, para ser alguém, é preciso

seguir os mesmos sonhos e costumes

que os demais. Os que preferem arris-car a liberdade sur-

gem como persona-gens, uma exceção. É

o que acontece com alguns artistas mun-

do a fora. Artistas, por denunciarem a

grandeza mentirosa das verdades abso-

lutas. Artistas, por enxergarem a beleza caprichosa dos des-

vios de conduta.Para o argentino Pablo e a venezuelana Alejan-

dra, artistas de rua que vieram da escola

de circo na Argenti-na, a arte é quando

atingimos um estado de liberdade e comu-

nhão entre a mente e o coração.

O homem foi tão severa-mente reprimido e preso na correria das cidades que deixou de expressar seus dons naturais e passou a ser aquilo que agrada a família e a sociedade.

A arte é o instrumento que consegue resgatar o que existe de mais bonito e sincero do ser humano. Dialoga com a alma e serve para tocar outras pesso-as. Ela liberta, mas pode aprisionar, quando passa a ser praticada por dinheiro, sustentando o muro dessa cadeia que a sociedade criou. É o que acontece com a maioria dos grandes no-mes, preferem vender e se prender, ao invés perpetuar uma idéia que favoreça um mundo melhor e livre.

v e n e z u e l a n a A l e j a n d r a

“para essas pessoas, eu diria que elas possam

olhar para dentro de si próprias, ao menos por

um instante, para verem o que estão fazendo

de suas vidas, que não seja trabalho, ou estar

na frente da televisão, ou dentro de seus

carros. em quais desses momentos lembram-se

de ter sensibilidade para pensar em si mesmas,

seguirem seus princípios e serem felizes”

olhar da sociedade

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somo

s ac

ostumados

a ou

vir

essa

pe

rgun

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pequ

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"

“para a arte, tanto

na rua, quanto no

teatro ou em qual-

quer lugar, é essen-

cial que haja paixão

e coragem. é a ponte

para a liberdade, aí

× × ×

× × ×

então você adquire

independência. não é

o caminho mais fácil,

mas o mais gratifi-

cante. você se torna

seu próprio patrão” : : : : : : : : : : : : : :: : : : : : : : : : : :

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RGEN

TIN

O

heró

is enfrentando

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rida

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iori

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a partir de uma ideia, uma nova esperança para o rock indepen- dente da região. há quase dois anos, CLANDES-TINO (voz e violão) e MURCEGO GONZALEZ (voz e guitarra) emprestavam suas vozes para mais uma empreita-da pelos palcos. ex-integrante da anil, a dupla se juntou a TITO RIOS (voz, baixo e teclado), MARCELO MALUCO (guitarra) e MESTRE MUSTAFÁ (voz e bateria). dessa união, surgia a "canábicos". o novo trabalho contém dez faixas, sendo oito inéditas. se o que vale é a primeira impressão, a canábicos apresentou um belo cartão de visi-tas, contagiando o público nos festivais "cena na república", em uberlândia e "pegando fogo", no vitrola ambien-te cultural, em araguari. é o rock independente dando seu grito no triângulo mineiro. /////////////////////

canÁbicos

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sob influências de raimundos, the offspring, mukeka di rato, metallica e torture squad, a banda strumis surgiu em 2013, a partir da ideia de unir os amigos pra tocar músicas cover no tempo livre. eles lançaram no começo do ano o primeiro ep, ‘primiti-vos’, com cinco músicas autorais que variam do punk_hard_core ao trash metal. composta por VICTOR HUGO (vocal e guitarra), URSO (baixo e vocal) e PEDRO (bateria), além de tocarem em festas e festivais da cidade, agora vão dividir palco com a banda dead fish no dia 25 de maio, no rock festival 2015, que acontece em uberlândia. e ainda no final desse ano pretendem lançar o segundo ep.

grupo de hardcore/hiphop, originário de araguari-mg. em ativida-de desde outubro de 2013, a banda traz nas letras críticas sociais, cultura de rua, atitudes positivas. com influências do hardcore e hi-phop, com composições próprias, em um estilo original, letras for-tes e batidas pesa- das. a banda é formada por LUIDOTONI (vocal) FÁBIO HENRIQUE (baixo) GUSTAVO BITTENCOURT (guitarra) RAFAEL HONORATO (bateria) e FALCÃO MC (vocal). falcãomc também con-ta com seu projeto solo de rap. a banda traz 7 músicas autorais e trabalha no primeiro video clipe do single “largadão de mais”.

facebook.com/hard.beat.94 × @hard_beat

palco independente / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /

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× × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × × ×

St umis

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baião, maracatu, jazz, pifes, batuques, psicodelia, po-esias em canto e prosa. essa é a premissa que rege a baião mexido. formada há um ano por CITO JAZZ e DA-NIEL "GORDIM", a banda explora a riqueza da cultura nordestina, misturando diver- sas vertentes do cenário musical. frases instrumentais de saxofone/flauta ins-piradas pelo guru hermeto pachoal, além de referências

como mestre ambrósio, banda de pífanos de ca-ruaru, carlos malta, pife muderno e siba ditam o ritmo das canções. das ruas para o estúdio, a dupla, que realizou uma apresentação memorável na segunda edição do cena cerrado fest, juntou-se novamente para gravar músicas inéditas, as quais irão compor um EP a ser lançado em breve.

BAIÃO MEXIDO

vinilculturabar

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sobre o termo que deu nome à banda, iuri resende atribuiu o título à proposta comum de todos os artistas envolvidos, que em meio a um cenário paralelo, procuram fugir da realidade e levar suas produções. se-gundo ele, os psicodélicos nunca foram tão necessários. formada em 2009 , a banda é composta por IURI RESENDE (voz e baixo), FLÁVIO BONATI (guitarra), FLÁVIO JORDOK (teclados), FELIPE MACIEL (bateria), CITO JAZZ (saxofones e flautas) e JOÃO GILBERTO (samplers), os quais amadureceram juntos resultando na for-mação de um estilo musical próprio, acid rock, com as influências musicais e originalidade de cada membro.

su

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s u r r e a l b a n d a . t n b . a r t . b r

convido-o para

ter uma

viagem com

um navegante que sai em busca do sentido da vida, descobre-se e nunca mais volta ao mesmo lugar. ////// descreve

o termo

psicodélico como "o que revela a mente" /// o amadurecimen-to

sempre influen-

cia, principalmente

na necessidade

de parir

ou deixar

de lado.

///// grava-

mos onze

músicas, porém queríamos fa-zer

algo mais

con-ceitual,

onde cada

música se encaixas-se

e formasse

uma história de um nave-gante que saiu para sentir a vida e que acabou

se perdendo

um pouco e não vol-tando para casa. oito canções nos agradaram bastante ////////// ouçam

o album: alladin sane do m

estre david

bowie. é um disco pouco conhecido no brasil, mas é um

divisor de águas, é foda! ////// produzimos e gravamos no caverna estúd

io, na casa verde. um beijo, rafael vaz ///////// combina com a proposta psicodélica e intros-pectiva - a realidade é deixada de lado - como diz jack will, "a vida é uma festinha" //////////////////////// m

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medo do disco não ser

compreendido? medo nenhum! a não compreensão, foda-se.

em meio a tantos artistas se vendendo psicodélicos são de extrema importância, viva a fuga da realidade.

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" surgiu da vontade de amigos, em disse-minar a arte inde-pendente para o todo, que em cer-to ponto, carece de apoio e investidores. a propos-ta é propagar a arte independen-te, focando no aspecto coletivo entre os artistas na consciência ecológica, etc."

Tem uma ideia inovadora? Um conteúdo

afiado e útil que o público precisa e quer

ver? Já desenhou um logotipo e juntou uma equipe para trabalhar no tempo li-vre. O ÚNICO PROBLEMA: NÃO TEM DINHEIRO. O financiamento de projetos indepen-dentes de mídia não é fácil, mas com criatividade, pode ganhar força e sair do papel. Foi o que aconteceu com jovens de Uberlândia, Célio, Gilberto (Giba), Dou-glas e Michele, que idealizaram o proje-to e com empenho, ganhou a força que precisava, dando lugar ao "Morada Cul-tural". espaço físico e digital que oferece cultura e lazer para a cidade e região. "O projeto surgiu da vontade de amigos, no caso os fundado-res, em disseminar a arte independente para o todo, que em certo ponto, care-ce de apoio e investidores. Possui como proposta propagar a arte independente, focando no aspecto coletivo entre os ar-tistas na consciência ecológica, mas prin-cipalmente no que de melhor a arte tem a oferecer," comenta Célio Martins. "MO-RADA CULTURAL" se resume em duas vertentes de atuação, revista digital &

empresa de eventos culturais, atuando inicialmente na cidade de Uberlândia. Na parte de contato direto com o público, a organização busca explorar e elaborar eventos que englobe vários temas de arte contemporânea; música (shows ao

vivo e discotecagem), recitais de poe-sias, exposição de artes visuais, entre outras. No aspecto informativo digital, conta com publicação de artigos e do-cumentários elaborados pelos próprios fundadores, compartilhamento da arte e eventos dos artistas colaboradores.

facebook.com/culturalmorada

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“tenho já minha pequena his tória dentro da música regio-nal mineira, mas o que é pensar que

tenho ainda uma longa estrada a percorrer.”

compo sitor, instrumentista e

intérprete de música regi onal brasileira é ideal

i-

zador do projeto pedro antô nio convida, em uberlândia.

× Sinônimo de mineiridade, sua bagagem em meio à música é extensa e bonita de ser lembrada. ¶ Pedro começou sua carreira em meados dos anos 1980, foi um dos fundadores do grupo vocal/instrumental “Mina das Minas” como qual gravou dois discos e excursionou pela Europa. No primeiro trabalho solo, fez ponte entre a tradicional MPB e a música ‘caipira’. ¶ Traz 14 composições, sendo 13 próprias, com muita po-esia, e algumas inspiradas

no grande mestre gui-

marães rosa. Também por grandes ídolos no passado, hoje busca a natureza para

produzir./ / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / / /

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Atualmente está gravando o se-gundo disco solo: "Plantação de es-

trelas", previsto para ser lançado em julho deste ano (2015), juntamente

com shows do novo trabalho.

“tenho já minha pequena his tória dentro da música regio-nal mineira, mas o que é pensar que

tenho ainda uma longa estrada a percorrer.”

compo sitor, instrumentista e

intérprete de música regi onal brasileira é ideal

i-

zador do projeto pedro antô nio convida, em uberlândia.

“quero voltar aos festivais de mpb que con-

tinuam fortes em todo o interior do brasil &

continuar com o projeto pedro antônio convida.”

"Com a globalização de tudo, princi-palmente da mídia, nada melhor que falar de nossa própria aldeia. Isto já preconizava tom jobim muitos anos atrás. Jobim, que foi, no meu enten-

der, um grande regionalista.

O público inteligente hoje quer ouvir coisas diferentes.

Quer poesia, harmonia. Propriedades da música que estão sendo abando-

nadas. A música regional nos permite fazer esta diferença, mostrar esta poesia que continua latente.

Estamos anga-riando um público cada vez maior e vários companheiros de estrada já estão conseguindo sobreviver de e para a música, dando sequência às

suas carreiras, cantando música

: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :regional”.

: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :: : : : : :

Sobre o futuro

música regional brasileira

Page 18: Revista Paralela

o bicho urbano é um coletivo de mc’s, beatmake-

rs, boys e grafiteiros, que atuam de forma cons-

tante na produção da cultura marginal uberlan-

dense. sua formação plural é o que diferencia

a produção do grupo em relação ao restante da

produção local. formado por seis integrantes,

de ideologia política, influências musicais,

classes sociais e experiência pessoais bastan-

tes distintas, o rap do bicho urbano tem na

mistura de sonoridades, a fórmula para o traba-

lho que vem chamando a atenção e que possibili-

ta ao grupo, caminhar por entre os dois núcleos

da cena rap de uberlândia com naturalidade.

Das periferias para o centro, movimento ganha voz em Uberlândia

em sua segunda edição, o rap in udi aconteceu

no bairro luizote de freitas, em uberlândia.

o evento contou com elementos da cultura

urbana, reunindo hip hop, graffiti, rap,

break dance e dj, skate, basquete de rua,

atividades esportivas, culturais e sociais.

rap in udi

Page 19: Revista Paralela

artista plástico, desenhista, caricaturista, arte-educador, cursou licenciatura em arte-educação pela escola guignard/uemg. natural de belo horizonte, mas atualmente morando em uberlândia. está desde 1999 produzindo intervenções urbanas com grafite em muros, paredes, telas e outros suportes. suas ilustrações podem ser vistas em belo horizonte-mg, são paulo-sp & outras cidades e estados por onde passa.

“ o g a t o”

Das periferias para o centro, movimento ganha voz em Uberlândia

deQuete

ao contrário do que muita

gente pensa, grafite não é

crime. a prática do gra-

fite, desde que consentida

pelo proprietário e possui-

dor do imóvel, autorizada

pelo órgão competente, e

observadas normas de con-

servação do patrimônio his-

tórico e artístico nacio-

nal, não constitui crime.

l e i n . 1 2 . 4 0 8 , d e 2 5 d e m a i o d e 2 . 0 1 1

Page 20: Revista Paralela

"Quando a lua surgia no céu, com o mesmo

clarão dos teus olhos, era sinal que a gente

tinha que se recolher. Era hora de desron-

car o estômago, de assoprar o machucado,

de ouvir histórias pra mais de metro. Era

hora de remendar os ois, os óis, os sóis

que haviam em nós. Acontece que, dentro

de mim, nunca havia anoitecido. Nem

chegado vagalumes, monstros, essas coisas

que vivem pela noite. Até que um dia encon-

trei verbo no teu nome curto, verso na tua

ausência de sobrenomes. SOL. Por incrível

que pareça, quando Sol chegou em mim é

que conheci a noite. Contrários, agridoces,

me estrelei. Quando a maria-fumaça rasga-

va o céu, é porque era hora de galo acordar.

Da mãe coar café, do pai águar a horta. E era

hora de eu ser gente de novo. Sem roupas

que apertam as asas, sem sapatos que

escondem as escamas, sem barulhos que

calam o meu silêncio. Foi num dia desses -

sujo de paciência - que conheci Sol. Era me-

nina de cabelos

Alegria por

pouca coisa. folia de reis. (...) �

Literatura do cerradoA literatura da região também ganha espaço

e, para isso, não poderíamos deixar de lem-

brar do blog pó e sol. Há um ano abreviando

sentimentos, a página criada pelo estudante

Lucas Veiga ultrapassou este mês a marca

de 4 mil curtidas, sendo reconhecida nacio-

nalmente pelo grupo brasileiríssimos.

agora o endereço é a revista paralela.

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poesol.com.br

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AcessórioscyNtiacastRo

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viva

bem

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ia c

onst

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men-

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não

viva

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laze

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uita

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muit

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miza

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so-

nhe

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as

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oas,

pri

ncip

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ment

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cha-

ma d

o am

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assi

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você

pod

erá

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star

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sab

oros

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ato

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verd

ade.

35 anos, uberlândia, porteiro na drf. nashoras vagas é escritor. autor de dois livros.

Milton de Souza Marinho

Page 23: Revista Paralela

W W W . F A C E B O O K . C O M / L E S T A K I L U S T R A

Page 24: Revista Paralela

folia assina o projeto gráfico e a diagramação desta.

fred e renan são publi-citários. ronaldo é designer gráfico.

fred escre-ve. renan idem. ro-naldo tira retratos. fred, na prática, também é designer gráfico.

renan plane-ja. ronaldo e fred têm tatuagens e variam barba

e bigode. renan não.

fred prefere suco. renan e ronaldo,

ipa. os três peda-lam. fred

é corredor, renan faz perguntas,

ronaldo pre-fere cactos. todos gostam

de xis.

Page 25: Revista Paralela

seno

Mar

Fazer um som que você gosta e acredita, metendo a cara, não é fácil.

todos vieram pra somar e se envolver mesmo; não era só questão de palpitar aqui ou ali. desde o início nos tratamos como uma família, participando de tudo em relação à banda. cada um tem sua escola, influência, inspiração, aos poucos, tudo isso foi tomando forma. percebo que, desde os primeiros ensaios, crescemos muito juntos. as músicas estão mais elaboradas e a produção melhorou bastante também. um pouco daquilo que ouvimos ultimamente, mas as maio-res mesmo são los hermanos e radiohead. é algo que vinha desde o próprio tom jobim, que colocava muita expressão e sentimento em tudo que produzia. a banda se encaixa nisso e é muito bom que continue assim. penso que a cena cres-ceu muito, graças uma galera muito unida também. não existe rixa, picuinha ou algo parecido. é um grupo de umas 30 pessoas que, mesmo com suas prioridades nas bandas, se ajudam uns aos outros. não dá para encontrar lado ruim nis-so. se a sua banda vai tocar amanhã, você sabe que a maioria vai estar lá. além do potencial dos artistas, que lan-çam cada vez mais coisa nova e de qualidade, as próprias casas de show também se movimentam, abrindo espaço para o som autoral. historicamente, vejo algo parecido só no movimento do metal em bh, ou no angar 110, do hardcore em são paulo. aqui ainda é pequeno, mas quem sabe não estamos no mesmo caminho. tem que ter vontade, muita. a verdade é que tivemos o lançamento de um single chamado "descombina", que ganhou um videoclipe dirigido pelo eddie shumway.

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A cada ano, o Lollapalooza movimenta milhares de pessoas pelo mundo. No

Brasil, o festival chegou este ano a sua quarta edição. Antes dos artistas su-

birem ao palco em São Paulo, diversas cidades receberam eventos oficiais

para levar o som pelos quatro cantos do país. Pela primeira vez, Uberlândia

esteve entre as escolhidas. Para re-presentar a cidade, nada mais suges-

tivo que uma apresentação da “Maria

Augusta”, banda que há dois anos domina a cena indie da região. No pal-co do Groove Pub, os principais hits do festival ganharam a voz do grupo, que

agitou o público com um repertório especial. Formada por MATEUS LEÃO (voz), GUILHERME VASCONCELLOS & JOSÉ GUILHERME RANGEL (guitarra), VICTOR BUTTIGNON (baixo) e PEDRO

SURICATE (bateria), a "Maria Augusta" reúne desde os primórdios do rock até o cenário atual, sem perder a fidelida-de a uma única missão, satisfazer os amantes do rock, levando um som de

qualidade por onde passar.

Maria Augusta abre evento oficial do lollapalooza em uberlândia/ / / / / / / / / / / / / / / /

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Originada no Triângulo Mineiro, a

banda com integrantes de Uberlândia

e Araguari ganha novas proporções no rock independente. Depois de to-car em

alguns dos principais festivais do cenário alternativo, o grupo foi convidado a se apresentar no tradi-cional Canal Show

livre, em São Paulo.

O show, com

transmissão ao vivo

pela internet, levou ao público dos quatro cantos do m

undo a íntegra do EP hom

ônimo, gravado e m

ixa-do pelo produtor Gustavo Vazquez (violins, macaco bong, mqn, black drawing chalks), do RO-CK-LAB PRODUÇÕES FONOGRÁFICAS. Sob os olhares de Clem

ente Tadeu N

ascimento, um

dos pioneiros do punk rock no Brasil, o grupo não se intim

idou ao misturar o som

ruidoso, m

elódico e dançante, o qual caracte-rizou o disco de estreia.

S e e x i s t e u m c a m i n h o o n d e o e s s e é t r i l h a d o p e l a

Page 28: Revista Paralela

De encontros dentro de casa em

Uberlândia, dois irmãos descobri-

ram aquilo que os levaria além

dos lim

ites do município. Para o "M

uñoz", um

a guitarra e uma bateria foram

o suficiente para ganhar espaço em

alguns dos principais festivais do rock independente. Em

maio, a dupla inicia

uma nova turnê, dessa vez pelo sul do

Muñoz pelo sul

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país. Formado em

2012 por MAURO

FONTOURA (voz e guitarra) e SAMUEL

FONTOURA (bateria), o Muñoz ga-

nhou novas proporções a partir do EP hom

ônimo, lançado no ano seguinte.

Depois disso, a dupla marcou presen-

ça em eventos de grande visibilida-

de, como o Festival Bananada 2014

(Goiânia), Circuito Cultural Ribeira

(Natal-RN

), Festival Marreco (Patos

de Minas), Festival Gom

a (Uberlândia) e Festival Rockeira (Jaú-SP), além

de casas de show

s espalhadas pelo país. N

o fim de abril, o Duo se despediu de

Uberlândia com destino a Florianópo-

lis. Da capital catarinense, os irmãos

pedem passagem

para novos ares no cenário do rock independente.

olhar da sociedadeolhar da sociedade

uma guitarra e uma bateria foram o sufi-

ciente para ganhar espaço em alguns dos

principais festivais do rock independente.

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Foram dois anos de dedicação intensa. Duran- te o período, a Uganga inovou e se renovou em novas obras, arranjos e composições intensas inspi-radas em diferentes temas. O resultado de toda essa ação conjunta surge em “Opressor”. Lançado em 2014 pela Sapólio Rádio, com dis- tribuição da Voice Music e Hellion Records, o novo álbum é o reflexo de nada menos que 20 anos de estrada, conhecendo de perto a realidade de diversos palcos pelo mundo. Numa mistura de thrash metal e hardcore, o grupo se desprende de qual-quer restrição, inserindo uma integridade artística, técnica e até espiritual em cada faixa.Em abril, o grupo se reuniu em São Paulo como um dos escolhidos para abrir o show dos suíços do Coroner. Após quatro álbuns de estúdio, um ao vivo e duas turnês pelas Europa, a Uganga credencia seu espaço, ampliando as pá-ginas de uma história que já completa 20 anos no cenário musical.

20 AnOs

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olhar da sociedade

experiências da banda pelo mun-do ganham voz em novo álbum.

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revixt

inha d

e colo

rir m

ais in

sana d

a barã

o de c

amarg

os

Page 31: Revista Paralela

Adriano Cardoso, Alexandre Pereira, Ana Cecília Vera, Ana Clara Cortês, Ana Laura Torrano, Ana Paula Pereira, Ana Lara Costa, Ana Laura Pereira, André Ortiz, Ananda Dinato, Bruna Rosa, Barbara Morais, Barbara Zadra, Bruna Guimarães, Camila Amuy, Clandestino, Dayane Oliveira, Dayane Manoukian, Daya-ne Borges, Débora Borza, Felipe Fernandes, Felipe Maciel, Flavio Bonati, Franciele Laura, Fred Maritan, Gabriel Campos, Gabriel Pelicano, Gabriela Guimarães, Guilherme Félix, Iana Queiroz, Igor Menezes, Igor Pelegrini, Ilson Rodrigues, Isabella Vieira, Isabel Sousa, Isadora Pelegrini, João Vitor Sicari, Jordock, José Guilherme Rangel, Juliana Martins, Kamilla Gratton, Laís Vieira, Laura Facury, Luiza Morato, Loany Gon-zaga, Lohanna Paiva, Lucas Mariano, Ludmyla Barbosa, Manoela Oliveira, Marco Antônio, Mariana An-selmo, Matheus Léda, Mestre Mustafá, Murcego Gonzalez, Nataly Fagundes, Paulo Otávio Godoy, Pedro Maldonado, Pedro Vitorino, Priscilla Galvão, Rafael Oliveira, Rafael Jorge, Raíssa Camin, Raíssa Regina, Rayssa Carvalho, Renata Ribeiro, Roberto Porto Filho, Rodolfo Maritan, Senomar Torres, Stephania Araújo, Sthéfano Venga, Tainá Alves, Thaís Couto, Theo Santini, Tito Rios, Victor Buttignon, Victor Tadeu, Vitor Maldonado, Vitória Falleiros, Yasmin Guimarães, Walter Cury

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PJ GODOY & AMANDA BORGES /////////

COLABORADORES: CESAR CHAGAS + LEANDRO SUBS-

TANCE (casulo); ARTHUR RODRIGUES + BRUNA

DOURADO (cena cerrado) //////////////////

REVISÃO: PAULO HENRIQUE SOUZA /////////////

FOLIA DOS REIS: PROJETO GRÁFICO & DIAGRAMAÇÃO

PARCERIA: BRASA + FAMÍLIA REAL //////////////

e todos os amigos!

Agradecimentos:

Direção:

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