Revista Paraty
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Transcript of Revista Paraty
Revista editada a partir dos trabalhos do estudo do
meio em Paraty feitos por um dos grupos da turma
9.3
Carolina Feijó Bittencourt
Luiza Araújo
Ingrid Rosa
João Pedro Nery de Lima
Ao leitor,
Paraty é uma cidade histórica, fundada, principalmente, com o
objetivo de servir como porta para exportação do ouro. Porém, com as
construções de estradas Paraty começou a entrar em decadência, pois
ninguém mais passava na cidade. Por volta de 1800, com as grandes
fazendas, um novo produto se destacou e fez a cidade renascer: o café. No
entanto, um novo tipo de locomoção surgiu para ajudar no deslocamento
do produto: o trem. Assim, a cidade entra em decadência novamente, mas
renasce, pela segunda vez, através do turismo, por ser uma cidade com
99% do patrimônio histórico presente.
A natureza presente nela é muito rica, com uma vegetação e fauna
características da Mata Atlântica, apresentando clima quente e úmido,
sendo composta por manguezal.
A fim de propiciar energia à população de Paraty e também para
melhorar a tecnologia do país, foram construídas usinas nucleares na
região de Angra dos Reis. Elas são indesejadas pelas pessoas, por terem
colaborado para o aumento da poluição e também pelo fato de que há
uma maneira muito melhor de se produzir eletricidade sem causar danos
à natureza: o uso de hidrelétricas.
Confira, nessa edição, um pouco mais sobre a incrível história dessa
cidade.
A vida entre os fiordes
O Saco do Mamanguá possui uma forma de “saco” que entra no
continente. Ele se encontra entre os fiordes tropicais do Rio de Janeiro, e
para se ter acesso a essa área é necessária uma pequena viagem pelo mar.
A vida da população dessa região é muito simples, e a pesca é o trabalho
predominante, pelo fato de que existe um acesso muito fácil ao mar.
Todos os resultados da pesca são levados à Paraty que é a cidade mais
próxima do local, além de possuir uma forte ligação com o comércio,
devido ao turismo.
A vegetação e a fauna do Saco do Mamanguá são muito ricas, contendo
características marcantes da Mata Atlântica primária, com clima quente e
úmido. Sua maior parte é composta pelo manguezal , o mais bem
preservado de todo o Brasil.
A construção das usinas de Angra dos Reis foi responsável por grande
parte da poluição dos mares e causa grande descontentamento em boa
parte da população que se preocupa cada vez mais com os destinos dos
resíduos liberados com a produção de energia, que não chega ao Saco do
Mamanguá.
A vida de um artesão
No Saco do Mamanguá, um fiorde tropical, localizado na baía da Ilha
Grande, encontramos pescadores e artesãos que usam de suas
habilidades para se sustentar. Entrevistamos Almerendo Silva, um artesão
de 53 anos que mudou sua rotina e seu trabalho devido a causas naturais.
Colégio São Luis – O senhor sempre viveu aqui no Saco do Mamanguá?
Como é a vida aqui?
Almerendo Silva – Sim, nasci aqui e até hoje moro no mesmo local. A vida
no Saco do Mamanguá se baseia em pesca e artesanato. Tudo que é
pescado ou produzido por aqui, é mandado para Paraty onde é vendido,
na maior parte das vezes para turistas.
CSL – Por que o senhor optou pela área do artesanato?
Almerendo – No começo eu não trabalhava nesse ramo. Eu era pescador
como a maioria dos homens que vivem aqui, mas a poluição começou a
invadir o mar e rios, o que prejudicou o meu trabalho. Foi aí que eu decidi
me tornar artesão.
CSL – O senhor acha que essa poluição é ligada à construção das usinas de
Angra?
Almerendo – Eu acredito que a construção das usinas de Angra influenciou
o aumento da poluição, mas além disso, existem muitas coisas que
poluem nossos mares.
CSL – O que o senhor pensa sobre viver tão perto de uma usina nuclear?
Almerendo – Eu tenho medo. Acho que todo mundo tem medo por causa
da bomba nuclear. Por um lado é bom para algumas cidades, pois fornece
energia,mas para outras pessoas não traz nenhuma vantagem.
CSL – O senhor já quis ou tentou começar uma vida em outro lugar?
Almerendo – Sim, quando eu era mais jovem tentei levar minha vida para
Santos, onde eu poderia continuar com o meu trabalho, mas devido às
minhas condições financeiras eu não consegui permanecer em Santos e
voltei para cá, Saco do Mamanguá, onde vivo até hoje.
História de Paraty
Paraty foi fundada em 1667, com o objetivo de servir como porto para a
exportação do ouro, mas com a grande quantidade de investidas de
piratas a rota do ouro teve que ser alterada.
Aí vieram as estradas, e com isso a cidade de Paraty, antes um forte
ponto econômico, começou a entrar em decadência, pois havia saído da
rota obrigatória para a passagem do ouro.
Por volta de 1800, com o surgimento das grandes fazendas de café,
Paraty ressurgiu, sendo um ponto importante para a exportação do
produto.
Novamente, com o aumento da tecnologia e o surgimento de trens,
Paraty foi deixada para traz, entrando novamente em decadência.
Mais uma vez, a cidade consegue ressurgir, dessa vez, baseada em
turismo, já que o patrimônio histórico da cidade está 99% presente.
A cidade, hoje, possui quatro igrejas históricas, sendo a mais
recente, a Igreja De Nossa Senhora Dos Remédios.
Na construção do centro histórico, podemos perceber a influência
dos maçons. Como Paraty era uma cidade de viajantes, recebeu uma
grande quantidade de maçons, que se instalaram e passaram a viver por
ali. Como prova, temos os símbolos maçônicos inseridos nas fachadas das
casas e igrejas.
A praça da Matriz não é a original, ela foi reconstruída em 1920,
tendo como inspiração um jardim europeu presente no Rio de Janeiro.
A presença da maçonaria na
arquitetura e na sociedade
A maçonaria descende de antigas corporações de mestres-predeiros
construtores de igrejas e catedrais, corporações formadas na Idade Média.
Desde a antiguidade, os construtores que tinham conhecimentos
especiais, formavam uma espécie de aristocracia e ganhavam privilégios,
tais como: franquias, isenções e tribunais especiais.
No século XVI, alquimistas e cientistas passaram a integrar-se nos grupos
maçons. Assim, obtiveram permissão para que a sociedade realizasse
reuniões no Templo Maçônico. Foi nessa época que os símbolos foram
introduzidos na maçonaria.
A arquitetura era uma de suas especialidades, sendo considerada a Arte
Real, cujos segredos eram transmitidos apenas àqueles que se
mostrassem dignos, utilizando os símbolos.
Paraty é uma das cidades que foram influenciadas pelos maçons, isso é
percebido nas fechadas de casas do centro histórico que são pintadas de
azul e branco, cores características de Óbidos, a principal cidade
maçônica, e os símbolos nelas contidos.
Esses símbolos podem ter significados religiosos, alquimistas, artísticos, de
riqueza ou até mesmo significados pessoais. Além de serem considerados
uma forma de linguagem, ligam a dimensão individual quotidiana,
psicológica à escala cósmica.
Segundo André Porhier, um maçon, “ o símbolo oferece-se em silêncio
àquele cujos olhos do coração estão abertos”.
Vídeo filosófico
Criamos um vídeo baseado na filosofia de um filosofo muito conhecido,
principalmente, pela Matemática: Pitágoras. Relacionamos suas
conclusões sobre relações e escalas com as construções da cidade de
Paraty, que é muito influenciada pela maçonaria.
http://www.youtube.com/watch?v=lwMOXxGMDbI&feature=youtu.be
Cartão postal
O trabalho que tivemos que fazer para inglês era elaborar um carão postal
na própria cidade de Paraty, quando a visitamos, e mandar para nossos
pais com um texto dizendo como estava sendo nossa viagem.
Trabalho de artes
Para a disciplina de artes, fizemos um quadro
representando uma foto tirada em Paraty.
Uma vida em Paraty
Em Paraty, visitamos o bairro Ilha das Cobras, considerado o subúrbio da
cidade. Ele surgiu com a instalação das pessoas que vieram trabalhar nas
obras da estrada BR101 – Rio Santos. Entrevistamos um morador local,
Edimar, que nos contou um pouco mais sobre sua vida neste bairro.
Colégio São Luis – No geral, como os moradores locais sobrevivem
economicamente? Sua profissão está relacionada direta ou indiretamente
com o turismo?
Edimar – Os moradores, em geral, vivem do turismo. Acho que minha
profissão está relacionada indiretamente, pois o turismo, aqui, é mais
relacionado com a pesca e o artesanato do que com a música.
CSL – Quais as principais dificuldades vividas pela população local?
Edimar – A principal dificuldade é a educação, devido a poucas escolas.
Não há saneamento básico, há poucos hospitais, pouco sistema de
calçamento e limpeza nas ruas.
CSL – Já pensou em deixar a cidade para “tentar a sorte” em outro local?
Por quê?
Edimar – Sim, na década de 70 fui para São Paulo para estudar desenho,
mas depois vi que não era o que eu queria, então voltei para Paraty e
iniciei minha carreira como percursionista.
CSL – O meio ambiente local é preservado? Você observa alguma ação do
governo para garantir essa preservação?
Edimar – Não, aqui, na cidade, tem muita corrupção, o governo promete,
mas não cumpre, só depois de muitas reclamações publicadas nos jornais
que eles começaram a agir. Só para vocês terem uma idéia, os manguezais
que antes havia na região, hoje não existem mais.
CSL – O que você pensa de viver tão perto de uma usina nuclear?
Edimar – Tenho medo. Até hoje ninguém nunca se interessou pela usina. A
única vantagem é a eletricidade, que poderia ser obtida de outras
maneiras. Já as desvantagens são muitas, nem sei dizer.
Trabalho de matemática
Para essa disciplina, elaboramos uma estrela de 5 pontas,
um pentágono, onde colocamos fotos tiradas por nós em Paraty.
Artigo de opinião
Energia nuclear, a solução para seus problemas
Como no século em que vivemos o que mais se preza são
os avanços tecnológicos, elétricos e econômicos, muitos países,
então, utilizam a usina nuclear para alcançar esse ideal, pois ela é
capaz de produzir uma quantidade de energia absurda. É
importante seu uso para conseguirem seu objetivo.
Ela foi uma das maiores invenções que o homem poderia
criar, sendo uma maneira diversificada para melhorar a matriz
energética do país em até 4% ao ano, causando baixos acidentes
pois, atualmente, as usinas estão mais controladas e
monitoradas.
Pelo mundo estar cada vez mais preocupado com a
questão do aquecimento global, muitos têm receio do seu uso,
mas não sabem que ela não causa dano algum, pois é uma
energia limpa, não produz gases do efeito estufa e, além disso, é
uma maneira de conseguir eletricidade sem prejudicar os
ecossistemas, sem desviar rios, ou até mesmo acabar com o
hábitat dos animais.
Segundo o cientista James Lovelock, professor da
universidade de Oxford, enquanto muitas pessoas continuam
amedrontadas diante da energia nuclear, a emissão de dióxido
de carbono na atmosfera só aumenta, então, essa energia seria a
solução para o problema.
Essa invenção energética pode ser considerada favorável,
pois aumentará o crescimento do país em termos econômicos,
por ser barata e dar mais oportunidades de emprego à
população, além de propiciar uma energia de qualidade ao povo.