Revista PeD 2010

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ÍndiceÍndice

GESTÃO TECNOLÓGICA

CEMIG DISTRIBUIÇÃO

CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

BATE PAPO

Fóruns TecnológicosUm espaço para pensar, planejar e decidir com precisão a gestão estratégica de tecnologia da Cemig

PlanejamentoAs mil e uma formas de acertar o caminho

Efeito coronaPorque depois da tempestade vem a bonança

Rota perfeitaExpansão das Linhas de Distribuição pode ser mais bem planejada

InovaçãoCemig desenvolve sistema inédito para diagnosticar o estado físico dos equipamentos nas subestações

PrecisãoNovo padrão de calibração de medidores de energia elétrica aumentará confiabilidade nas medições, reduzindo custos

Investimento seguroNovo software garante a hora certa de decidir onde e quando alocar os recursos da Cemig

Impactos na ictiofaunaPara compreender, muitas vezes é preciso nadar contra a corrente

Manutenção sem Perda da Parcela VariávelResultados de protótipo reduzem custos e ampliam segurança para empregados

Desempenho do sistema elétricoNovos critérios para aferir interrupções de eletricidade aumentam desempenho e eficiência do sistema

Avaliação de Impactos AmbientaisSistema Especialista reúne informações em um só banco de dados

Gestão TecnológicaPesquisa e Desenvolvimento fazem parte das estratégias globais da Cemig

PROJETOS DE P&D CEMIG/ANEEL APROVADOS

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EditorialEditorial

O MOMENTO DE PERGUNTAR

ExpedienteExpediente

Pesquisa e Desenvolvimento TecnológicoInformativo do Programa de Gestão Estratégica de Tecnologia da Cemig

Sede da Cemig, em Belo Horizonte.

Superintendência de Tecnologia e Alternativas EnergéticasAlexandre Francisco Maia Bueno

Editada pela Superintendência de Comunicação EmpresarialAv. Barbacena, 1200 - 19º andar - Belo Horizonte [email protected] www.cemig.com.br

Editor ResponsávelLuiz Henrique Michalick - Reg. Nº 2211 - SJPMG

Coordenação de EdiçãoElizeth Nunes da Silva

EdiçãoJúnia Carvalho

TextosJúnia Carvalho e Leandro Borthot

RevisãoTucha

Projeto Gráfico e EditoraçãoÉ editora!

FotografiaEugenio Paccelli

ImpressãoGráfica Del Rey

Tiragem15 mil exemplares

Diretoria

Diretor-Presidente:Djalma Bastos de Morais

Diretor Vice-presidente:Arlindo Porto Neto

Diretor Comercial:Bernardo Afonso Salomão de Alvarenga

Diretor de Distribuição e Comercialização:Fernando Henrique Schuffner Neto

Diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios:José Carlos de Mattos

Diretor de Finanças, Relações com Investidores e Controle de Participações:Luiz Fernando Rolla

Diretor de Gás:Márcio Augusto Vasconcelos Nunes

Diretor de Gestão Empresarial:Marco Antonio Rodrigues da Cunha

Diretor de Geração e Transmissão:Luiz Henrique de Castro Carvalho

Uma rápida olhada na relação de projetos de Pesquisa e Desenvolvimento da Cemig, divulgada nas últimas páginas desta edição da Revista de P&D, revela-nos a amplitude e a variedade das iniciativas da Empresa nesse sentido. Ainda mais: comprova a dedicação de mais de uma década em investir em novas tecnologias e promover o crescimento empresarial atrelado ao mercado mediante o talento e esforço do nosso pessoal.

Embora os projetos listados contemplem um período específico, ajustado à legislação federal, a história da Cemig possui capítulos que mostram sua preocupação permanente com a modernização, com o alinhamento às tendências mundiais do setor, em processos e materiais, pesquisas de mercado e registros de patentes, sempre objetivando a qualidade e o menor custo para o cliente.

Um novo capítulo está sendo iniciado, neste momento. A Cemig está se organizando para gerir os projetos com mais eficiência e de forma padronizada, com a finalidade de monitorar e gerir o conhecimento tecnológico de maneira mais efetiva e se apropriar dos resultados com maior eficiência. Tudo em perfeita sintonia com o planejamento estratégico da empresa, assegurando o crescimento com sustentabilidade.

Esta é a encomenda da Diretoria Executiva: elaborar um plano de aplicação da inovação e da tecnologia para agregar valor aos negócios da Empresa. O passo inicial será entender a própria situação em que nos encontramos, para podermos, em seguida, identificar, mediante a análise dos pontos fracos e fortes, ameaças e oportunidades, qual direção seguir.

A estratégia de crescimento da Cemig encontra-se em um momento de rápida expansão de negócios e territorial. A tecnologia não somente tem de estar alinhada a essa estratégia empresarial, mas tem de ser um dos pilares para o sucesso dela.

O momento de perguntar é aquele que pode modificar a trajetória do ser humano em qualquer esfera: pessoal, social, filosófica, cultural. Estamos nesta fase do nosso Plano de Inovação e Tecnologia, das perguntas, da reflexão, do diagnóstico, que irá nos mostrar a realidade em que nos encontramos. As respostas serão o subsídio para a elaboração das ações, para a continuidade do processo em um novo ambiente.

De início, já estamos sendo inovadores. A construção desse Plano é ação pioneira da Cemig. Outra vez somos vanguarda no setor. E, de novo, estamos buscando crescer e melhorar, sempre, a prestação de serviço aos nossos clientes.

Arlindo Porto NetoDiretor Vice-Presidente

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G E S T Ã O T E C N O L Ó G I C A

Implantar e manter

uma cultura baseada

nas melhores práticas

da inovação é um

desafio permanente

da Cemig e motivo

suficiente para colocar

a gestão tecnológica

como um pilar da

estratégia da empresa.

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FÓRUNS TECNOLÓGICOSUm espaço para pensar, planejar e decidir com precisão a gestão estratégica de tecnologia da Cemig

Fórum Tecnológico na Cemig: equipe

reunida para discutir táticas e estratégias.

A implantação e a manutenção de uma cultura de inovação em uma empresa são grandes desafios em mercados cada vez mais competitivos. Exatamente por isso, constituem motivos suficientes para ocupar espaço de destaque na gestão estratégica da empresa. Na Cemig, o Comitê de Gestão Tecnológica (CoGET), coordenado pela diretoria executiva por meio da Superintendência de Tecnologia e Alternativas Energéticas (TE), é responsável por consolidar a gestão estratégica da tecnologia

e da inovação nas empresas do Grupo, com o objetivo de aumentar a competitividade e otimização dos resultados empresariais.

Para discutir taticamente essas ações, em 2008 foram criados 12 Fóruns Tecnológicos (veja o quadro na página ao lado), divididos por áreas, a fim de promover a capacitação e a criação de conhecimentos em diversas áreas do negócio, além de contribuir para a consolidação da cultura de inovação no Grupo Cemig. Tal objetivo

vem sendo buscado mediante a participação direta de especialistas das empresas da Cemig no planejamento estratégico de tecnologia, na auditoria tecnológica, em grupos de discussão e no suporte às decisões necessárias nos diversos processos de gestão da inovação.

FUNCIONAMENTO

Mas como esses Fóruns trabalham? Criados pela TE e aprovados pelo CoGET, os 12 Fóruns Tecnológicos avaliam e selecionam todos os projetos de P&D que compõem o Plano Estratégico de Investimento em Pesquisa e Desenvolvimento da Empresa a cada ano. Os Fóruns são constituídos por especialistas da Cemig, com experiência em diversas áreas de atuação que apresentam interface com as questões relacionadas à inovação. “Criamos um ambiente transversal, no qual as empresas da Cemig podem conversar entre si, com toda a transparência, para definir os planos estratégicos de tecnologia”, afirma Frederico Bruno Ribas Soares, engenheiro de Tecnologia e Normalização da TE.

A ideia da criação dos Fóruns nasceu com base no projeto P&D 104-Sistema Integrado de Gestão da Tecnologia e da Inovação, do qual participaram oito empregados da TE. O projeto, que deu origem ao mestrado em Gestão Tecnológica de todos eles, criou um modelo de atividades relacionadas à P&D que pressupõe a existência dos Fóruns como força motriz para criar e manter a cultura de inovação tecnológica na Cemig. “Os Fóruns são o braço da gestão tecnológica na estratégia da Empresa”, explica Frederico. Eles têm atividades ligadas a três áreas: suporte à gestão de tecnologia e inovação, gestão do conhecimento e formação e treinamento.

ATRIBUIÇÕES

No suporte à gestão, os gaps tecnológicos da Empresa são permanentemente atualizados e discutidos, permitindo atividades de

benchmarking com outras empresas e centros de excelência. É essa atuação que vai gerar demandas de tecnologia para serem atendidas pelos projetos de P&D propostos a cada ano.

Além disso, os especialistas fazem a atualização do Plano Estratégico de Tecnologia planejando o futuro e definindo os temas prioritários para investimentos em P&D. Posteriormente, os grupos avaliam e selecionam os projetos de P&D que comporão o portfólio de projetos de pesquisa e desenvolvimento do ano seguinte, esclarecendo dúvidas e garantindo espaço para que os proponentes se manifestem sobre o conteúdo de seus projetos. O desenvolvimento desses projetos em sinergia com as estratégias empresariais garante o uso otimizado de recursos, evita duplicidades e maximiza resultados.

Em termos de gestão do conhecimento, os Fóruns estabeleceram reuniões periódicas – presenciais ou virtuais – para ampliar a competência interna da Empresa e promover a troca de experiências nos processos tecnológicos.

Por último, na área de formação e treinamento, os Fóruns fazem parte de cursos e palestras em gestão de projetos e outros temas especializados, cujos avanços alcançados são divulgados por meio de workshops locais. As reuniões dos Fóruns, além disso, favorecem um debate multidisciplinar sobre temas tecnológicos relevantes para o negócio Cemig.

NOVIDADES

Em abril passado, foi realizado o 1º Workshop dos Fóruns Tecnológicos, quando foi possível criar uma agenda de atividades. Entre as sugestões levantadas, alguns grupos propuseram a criação de um ambiente virtual de discussão, abrigado sob a plataforma da Internet 2.0, a ser coordenado pela TE. Em razão da proposta, nasceu um piloto que está em discussão. “Nosso objetivo é que os Fóruns de discussão virtuais sobrevivam por si mesmos e que tragam para a

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Empresa um ambiente de crescimento e debate sobre tecnologias e inovação”, lembra Frederico. “Por isso, é necessário que haja uma permanente troca de experiências e de informações entre os participantes dos fóruns para que sejam, de fato, uma ferramenta voltada para a gestão da inovação, permitindo a disseminação e a gestão do conhecimento na Empresa”.

Os Fóruns Tecnológicos, novamente, irão selecionar, a partir de outubro, os projetos de P&D da Cemig, que comporão o portfólio de

2011. Os critérios básicos que vão subsidiar a avaliação dos projetos são a originalidade, o nível de relação e alinhamento estratégico com os negócios da Cemig, a probabilidade de sucesso dos projetos e os ganhos pretendidos (veja detalhamento dos critérios de escolha no quadro ao lado). Tudo visando aos resultados efetivos dos projetos atrelados aos objetivos estratégicos da Companhia. Muito trabalho pela frente? Com certeza. Mas nada que nossos especialistas não possam enfrentar com tanto conhecimento, sinergia e visão estratégica.

FÓRUNS TECNOLÓGICOS

CRITÉRIOS DE PONTUAÇÃO PARA PROJETOS DE P&D

Meio ambiente Gestão de bacias e planejamento energético Fontes alternativas, geração distribuída e descentralizada, geração termelétrica e eficiência energética

Medição, faturamento e perdas comerciais Planejamento elétrico e energético da expansão Operação do sistema elétrico Manutenção do sistema elétrico Supervisão, controle e automação Segurança patrimonial e pessoal Novas configurações e topologias de linhas de transmissão, distribuição e subestações

Novos equipamentos e materiais Gestão, regulação e mercado da Distribuição e da Geração e Transmissão

Originalidade: grau de inovação tecnológica em relação ao mercado Relação com o negócio Cemig: grau de relação dos projetos com as atividades do Grupo Cemig Probabilidade de sucesso: está associada à complexidade do projeto, à maturidade científica do objeto da pesquisa e à capacitação da equipe envolvida no projeto Otimização de custos e receitas: contribuição do projeto na redução de custos, de multas, de perdas e aumento da receita.

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O planejamento e o

desenvolvimento de

metodologias que

permitam otimizar e

modernizar a expansão,

operação e a manutenção

das subestações e linhas

de distribuição da Cemig

ocupam o centro das

pesquisas de P&D.

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PLANEJAMENTOAs mil e uma formas de acertar o caminho

Linhas de Transmissão da Cemig: alvo de

projetos que buscam soluções viáveis

de expansão.

O planejamento não é uma tentativa de predizer o que vai acontecer. O planejamento é um instrumento para raciocinar, agora, sobre que trabalhos e ações serão necessários, hoje, para merecermos um futuro. O produto final do planejamento não é a informação: é sempre o trabalho. Essa é uma das muitas frases eternizadas por Peter Drucker, consultor e autor de vários livros conhecidos mundialmente, nos quais apresenta ideias e conceitos sobre a importância do planejamento para a boa administração dos negócios, seja em que área for.

No setor de energia elétrica, essa importância assume status de estratégia que requer muita criatividade. O trabalho de um planejador de

expansão de sistemas elétricos é um misto de arte e engenharia. Por um lado, ele é responsável por imaginar, dentre várias soluções possíveis, aquela que melhor atenderá aos planos de crescimento de uma concessionária de energia diante do boom demográfico das cidades. Por outro lado, no seu corre-corre diário, ele precisa calcular se o sistema de subtransmissão consegue suportar o crescimento de consumo e de carga, bem como implantar reforços no sistema, como a construção de novas subestações e Linhas.

Na verdade, se vários planejadores trabalhassem numa mesma situação, provavelmente, indicariam diferentes soluções baseadas em suas distintas experiências profissionais e visões

de mercado. Como garantir, então, que uma empresa está optando pela escolha correta? Em busca de resposta para suas perguntas, a Cemig, em parceria com a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), propôs, em 2005, a criação do projeto de P&D, intitulado Metodologia de planejamento ótimo do sistema elétrico considerando os riscos e as incertezas associadas ao processo.

AS DEZ MELHORES ALTERNATIVAS

Inicialmente, o projeto foi desenvolvido para criar uma metodologia que auxiliasse os planejadores a identificar soluções viáveis de expansão. Para isso, era preciso considerar critérios técnicos e econômicos, tais como o nível de tensão e o de carregamento de linhas e equipamentos, a confiabilidade, o mínimo custo e o retorno financeiro, segundo o modelo de revisão tarifária da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Visando facilitar a aplicação imediata da metodologia na empresa, a ferramenta computacional GERALT foi desenvolvida para apoiar a experiência e a capacidade de visualização do planejador. “Fizemos um Projeto de P&D de forma que o próprio sistema analisasse milhares de alternativas possíveis e indicasse ao planejador uma lista das dez melhores para sua escolha”, afirma Cleber Esteves Sacramento, gerente de Gestão e Controle de Perdas da Cemig e responsável pelo projeto.

BUSCA PERFEITA

O primeiro passo para a criação da metodologia foi avaliar, na literatura, as teorias que descreviam técnicas de otimização e de tratamento de incerteza aplicados ao sistema de subtransmissão. Após os estudos, foram selecionadas sete técnicas via metaheurística – que tenta reproduzir o comportamento e a evolução das espécies. “Diante de uma situação-problema, os programas de otimização listam

todas as soluções possíveis, dando um número de respostas extremamente elevado. Todas as técnicas tentam restringir esse espaço de possibilidades, mas cada uma delas usa um método diferente”, explica o gerente.

Com base no estudo detalhado das soluções, os resultados obtidos mostraram que a técnica Busca Tabu foi a mais indicada para resolver o problema de planejamento dos sistemas de subtransmissão. “A Busca Tabu tem a vantagem

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Metodologia de planejamento: escolha da melhor alternativa entre milhares de possibilidades.

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de não repetir um caminho por onde já passou. Ela guarda o trajeto em sua memória, para evitar voltar àquela situação, tornando mais rápido o processamento dos dados”, afirma o gerente. O que um planejador faz em três meses, o programa faz em poucas horas, com algumas limitações de modelagem.

RESULTADOS

Para ilustrar a metodologia proposta, o protótipo GERALT foi aplicado a um sistema real da Cemig. Ali o software foi testado e apresentou uma solução diferente das que foram propostas pelos planejadores. As maiores

dificuldades identificadas no processo foram o uso da interface e a manipulação dos dados. “Concluímos que, mesmo com o passo a passo, o usuário precisa ser treinado, além de pesquisar e entender a ferramenta, senão terá dificuldades”.

Concluída em 2007, a parceria com a Unifei rendeu teses de doutorado e de mestrado. O trabalho foi apresentado em congressos e seminários nacionais, realizados em Florianópolis, Rio de Janeiro e Salvador. No exterior, participou da International Conference on Probalistic Methods Applied to Power Systems, realizada em Estocolmo, Suécia, onde foi premiado.

LIVRO ESGOTADO

A tese de doutorado de Cleber Sacramento, gerente de Gestão e Controle

de Perdas da Cemig e responsável pelo projeto, versa sobre Planejamento

dinâmico da expansão de sistemas de subtransmissão através de

metaheurísticas. A repercussão do trabalho na academia foi muito positiva

em razão do seu ineditismo. Cleber, Armando, Luiz Antônio e outros

pesquisadores da Unifei, foram convidados para escrever um artigo em

inglês que seria publicado em 2008 no livro de engenharia Optimization

advances in electric power systems. “Ficamos alguns meses escrevendo

o capítulo e o enviamos para a editora. Muitos meses se passaram, eu

defendi a minha tese e nada do livro. Até havia me esquecido dele. Até

que um dia o Armando me ligou e disse que estava publicado. Na hora eu

até pensei: livro? Que livro? Fiquei surpreso. Fui depressa comprar pela

internet, mas já estava esgotado. Não porque vendeu muito, mas porque

a tiragem era pequena. Acredita que até hoje não tenho o meu exemplar?

Bast

idor

es

EFEITO CORONAPorque depois da tempestade vem a bonança

Efeito corona em um isolador da linha de transmissão: prognóstico mais seguro.

Antigamente, quando se navegava em regiões tropicais sob condições que precediam tempestades, os mastros dos navios eram envolvidos por uma delicada luz. O fenômeno se transformou em superstição divina – um sinal da proteção de Santo Elmo, padroeiro dos marinheiros –, ficando conhecido como “o fogo de Santelmo”. Com o passar dos anos, descobriu-se que as nuvens eletrizadas induziam cargas nas pontas dos mastros, produzindo o que passou a ser conhecido “por efeito ou descarga corona”.

Superstição ou ciência, o efeito corona é um fenômeno que está presente nas Linhas de Transmissão (LTs) com tensões iguais ou maiores do que 230 kV. Ele também acontece em tensões inferiores, principalmente nas LTs compactas (que possuem distâncias elétricas reduzidas). O efeito corona aparece na superfície dos condutores, nas ferragens e nos isoladores das LTs e dá origem a uma perda de energia em forma de calor, luz, energia acústica e radiações eletromagnéticas. Entretanto, a Cemig não tinha ferramentas

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para dar um prognóstico com relação a esses efeitos. Motivo para desistir? De jeito nenhum.

Em um dos projetos de P&D buscou-se, exatamente, identificar e validar uma Metodologia para avaliação do efeito corona em Linhas de Transmissão, com base em uma modelagem computacional e de estudos experimentais em laboratório, que envolveram o cálculo de campo elétrico nos condutores e isolantes em estruturas de transmissão e distribuição. O projeto é uma parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), iniciado em 2006.

MODELO COMPUTACIONAL

Segundo Edino Barbosa Giudice Filho, engenheiro de projeto de sistemas elétricos na Cemig e que trabalhou na iniciativa juntamente com o gerente do projeto, Gernan Edson Guimarães, é importante que se tenha um conhecimento fundamentado sobre a ocorrência do efeito corona para uma predição segura do fenômeno e, assim, poder validar propostas de alocação de dispositivos anticorona nas LTs e nas subestações. “A geração do efeito corona origina ruídos que interferem na vizinhança das LTs, uma vez que os ruídos podem se propagar além das faixas de segurança caso não haja um prognóstico seguro do fenômeno na fase de projeto dessas Linhas. Isso pode causar interferências na faixa de rádio e TV, danos em isolantes e ferragens da LT, além de representar perda de energia para o sistema elétrico”, afirma Edino. “Por isso, o fenômeno é visto com preocupação, podendo levar a prejuízos econômicos relacionados a reparos e substituições prematuras de equipamentos, redução na segurança e interrupção dos serviços de transmissão de energia”.

Os valores críticos de campo elétrico em determinado arranjo de ferragens estão

entre os principais parâmetros usados na predição do fenômeno corona. Na literatura, várias técnicas numéricas têm sido aplicadas no cálculo desses valores, considerando-se, também, as regiões onde eles ocorrem. “Dependendo da aplicação, cada técnica possui vantagens e desvantagens”, ressalta o gerente. “O Método de Elementos Finitos foi o nosso escolhido, e sua vantagem é a flexibilidade diante do refinamento dos resultados das soluções, podendo ser utilizado em consonância com o CoroFEM, software desenvolvido pelo projeto”.

Por meio desse sistema são analisados os campos elétricos nas superfícies dos condutores, dispositivos e ferragens das LTs e subestações. O programa trabalha com modelos em duas dimensões (2Ds) e está associado a um banco de dados dinâmico para constantes inserções e atualizações do modelo, além de ser útil para calcular a probabilidade de ocorrência e mitigação do efeito corona em diferentes montagens das LTs e SEs.

TESTES EM CAMPO

Algumas simulações com o software foram comparadas com os resultados dos trabalhos de medição realizados na Subestação (SE) Itajubá 3, que é alimentada pela LT Poços de Caldas-Cachoeira Paulista 500 kV, que dá origem às LTs Poços de Caldas-Itajubá 3 e Itajubá 3-Cachoeira Paulista. “Após a energização das Linhas, constatamos a presença de ruídos próximos ao encabeçamento das LTs e no pórtico da SE, típicos de efeito corona”. O problema demandou um trabalho experimental no Centro de Pesquisa em Engenharia Elétrica da UFMG, que desenvolveu, juntamente com a Cemig, o programa, no qual foram realizados mais de 13 ensaios de corona visual em diversos tipos de arranjo com o

intuito de auxiliar na definição e na confecção de dispositivos anti-corona (em alumínio), que, de modo geral, venham minimizar os impactos do fenômeno nas Linhas.

Os ensaios, em parceria com a UFMG, envolveram diferentes combinações de condutores, tipos de isolador e ferragens nos níveis de tensão de 138, 230 e 345 kV. Neles foi aplicada uma tensão variável e, por meio de equipamentos de visão noturna, foram registrados os níveis de tensão de aparecimento e de extinção do corona. Os estudos e resultados desse projeto deram origem a um trabalho que foi apresentado no XIX Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, no Rio de Janeiro. “Os resultados foram satisfatórios e mostraram que as análises tornam o novo software promissor, mediante a avaliação dos níveis de campo elétrico em vários arranjos e superfícies, associado a um trabalho

estatístico feito por meio de um banco de dados dinâmico”.

O próximo passo será utilizar o desenvolvimento alcançado no projeto e integrá-lo a modelos de predição de Radiointerferência que estão sendo estudados e desenvolvidos para LTs compactas de tensões de 230 kV e inferiores. As pesquisas estão em andamento sob a responsabilidade de Edino. O trabalho é uma parceria entre a Cemig e a UFMG em um programa de Doutorado. “A intenção é desenvolver um modelo de predição de Radiointerferência para LTs instaladas nos centros urbanos, objetivando a predição mais segura do fenômeno para atuar nos projetos desse tipo de LT, trazendo maior harmonia na convivência com a população e evitando interferências nas faixas de rádio e TV e interrupção no fornecimento de energia”, diz Edino.

BELEZA NÃO PÕE MESA

O estudo do efeito corona na Subestação de Itajubá 3 foi realizado à

noite, quando é possível enxergar a descarga mais claramente. A equipe

de técnicos foi a campo, com binóculos de visão noturna, para verificar

a ocorrência do efeito durante toda a madrugada. Lá pelas tantas, o

fenômeno apareceu bem evidente. O frio era intenso, e isso fez com que

o efeito corona fosse bem acentuado. A cena foi toda gravada e, embora

o fenômeno acarrete tantos problemas, ninguém pode negar que é muito

bonito de se ver. A equipe observou e marcou os pontos de ocorrência do

fenômeno nas regiões próximas e foi para o laboratório construir a réplica

e os anéis anti-corona. Depois voltou novamente a campo para analisar os

resultados. O problema foi novamente modelado e simulado. Tudo isso só

foi possível graças aos esforços de todos os envolvidos. Prova de que nem

sempre a beleza é fundamental.

Bast

idor

es

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ROTA PERFEITAExpansão das Linhas de Distribuição pode ser mais bem planejada

Rota das linhas aéreas: mais

planejamento e cuidado ambiental

na expansão.

O desenvolvimento de um sistema que define as melhores rotas para a implantação de linhas áreas de distribuição de energia elétrica já é realidade na Cemig. O projeto intitulado Ferramenta para seleção de corredor de linha aérea de transmissão utilizando inteligência computacional e geoprocessamento aplicada ao sistema elétrico, elaborado pela Concessionária em parceria com a UFMG, tornou o objetivo possível.

O ineditismo da proposta ficou marcado em razão da criação de uma ferramenta computacional que permite auxiliar a seleção de rotas ótimas, melhorando o planejamento de expansão das linhas aéreas de transmissão. Além

disso, o sistema inclui a variável ambiental nos estudos técnicos e econômicos preexistentes.

As áreas de Planejamento e de Projeto da Expansão do Sistema Elétrico da Cemig possuem várias fontes de informações para definir nova rota de linha, tais como mapas em papel, diagnósticos e relatórios. A análise desses dados, porém, gera várias etapas de trabalho, dificultando a indicação de soluções tecnicamente viáveis no tempo proposto. “A vantagem do novo sistema está na agilidade com que ele permite obter soluções por meio de uma tecnologia digital de imagens georreferenciadas (mapeamento visual), o que aperfeiçoa a tomada de decisão e aumenta

P&D 160a possibilidade de encontrar uma solução de mínimo custo”, afirma Adevaldo Rodrigues de Souza, engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig e gerente do projeto.

PROCESSAMENTO DIGITAL

O projeto foi iniciado em 2007, com a coleta de dados que permitem a leitura e o tratamento das imagens georreferenciadas. Para utilizar o sistema, é preciso selecionar, processar, tratar e classificar os mapas geográficos digitais de uma região de interesse e identificar feições geográficas. “Essa etapa denomina-se Processamento Digital de Imagens (PDI) e busca identificar a maior quantidade possível de aspectos geográficos presentes em uma imagem”, explica Adevaldo. Os mapas utilizados podem ser de estradas e rodovias, de uso e ocupação do solo, de relevo, de vegetação, de recursos hídricos, de Linhas de Transmissão existentes, de declividade e de altimetria (altura).

Na metodologia da pesquisa, optou-se por trabalhar imagens no formato raster, que permite fazer a descrição de cada pixel da imagem, já que se pode acessar, de forma simples e regular, qualquer posição do mapa por meio de sua estrutura matricial. “No Brasil existe um grande acervo de imagens nesse formato, o que exige grande espaço de armazenamento, pois quanto maior a resolução, maior a quantidade de informação espacial”.

Após a etapa de Processamento Digital, o projetista importa as imagens de interesse ao Rota, software desenvolvido pelo P&D, atribuindo valores de custo e de peso para cada uma delas. Realiza-se, então, o overlay (sobreposição) dessas imagens com o objetivo de gerar um mapa composto. “Essa sobreposição é feita por meio de uma soma ponderada de pixels, considerando os custos e os pesos atribuídos para os diferentes temas. Com isso, o projetista possui a liberdade de, por exemplo, considerar que o mapa de uso e ocupação do solo pode ser mais importante do que o mapa de relevo”, afirma o gerente. Sobre o mapa composto,

determinam-se a origem e o destino da rota e, por meio de algoritmos de otimização, chega-se ao melhor caminho por onde uma Linha de Transmissão deverá passar.

TESTE PILOTO

Para testar o software Rota e as técnicas pesquisadas, foi criado um projeto piloto homônimo para uma linha aérea da Cemig em fase de estudos na região de Acuruí-MG. Os profissionais de Planejamento do Sistema Elétrico foram capacitados para a utilização do programa. Após a seleção dos mapas relevantes ao projeto, o Rota gerou três mapas compostos com diferentes pesos para as imagens, traçando três rotas ótimas. Resultado: uma das rotas aproximou-se da que estava apontada no caminho original projetado pela Concessionária.

Por ser uma ferramenta flexível, o programa ainda permite a aplicação de diferentes critérios de outras áreas de atuação, como o monitoramento de impactos socioambientais. “Por meio de um mapeamento ambiental nos biomas de qualquer área da Concessionária, é possível criar um diagnóstico preliminar ambiental no processo de escolha de rotas alternativas, indicando a extensão da Linha de Transmissão, os possíveis impactos ambientais

Imagens georreferenciadas permitem o enriquecimento das informações das rotas das linhas de transmissão.

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e os tipos de licenciamentos necessários para

viabilizar a operação”.

Finalizado em 2008, o software ficará pronto

para uso após a criação dos mapas temáticos.

“Estamos adquirindo mapas do Conselho de

Coordenação Cartográfica de Minas Gerais, e

o próximo passo será mapear toda a área de

atuação da Cemig”, explica Adevaldo.

O projeto motivou a elaboração de duas teses

de doutorado, duas dissertações de mestrado

e duas monografias de conclusão de curso de

graduação na UFMG. Também foi referência no

curso de especialização em Meio Ambiente e

Gestão Ambiental que Adevaldo cursou em 2008,

na FUMEC. Os trabalhos foram apresentados

no Simpósio Brasileiro de Sensoriamento

Remoto, em Natal; no International Workshop

on the Algorithmic Foundations of Robotics, em

Guanajuto, no México; no Brazilian Symposium

on Computer Graphics and Image Processing; e

na Semana de Tecnologia e Inovação da Cemig,

em Belo Horizonte.

INOVAÇÃOCemig desenvolve sistema inédito para diagnosticar o estado físico dos equipamentos nas subestações

Imagem termográfica: inspeções nos

estados físicos das conexões e dos equipamentos.

A termografia é uma técnica que amplia a visão

humana além do espectro visível, por meio do

espectro infravermelho e, com isso, permite

a análise da distribuição térmica, bem como

a detecção de possíveis tendências de falha

nos equipamentos. Estudos termográficos não

são novos na Cemig existindo desde a década

de 1980. Em 2002, com o P&D 021, intitulado

Novas técnicas de manutenção preditiva

em para-raios, a Concessionária levantou o

estado da arte dos para-raios e encontrou

no infravermelho nova maneira de fazer a

predição da manutenção nesses dispositivos.

A pesquisa foi continuada em novos estudos. Um

deles, iniciado em 2006, foi o projeto Tecnologia

de processamento de imagens radiométricas para

aplicações em ambiente de subestações de energia.

Para entender a importância da iniciativa, é

preciso, antes, conhecer como a Cemig faz

manutenção preditiva. No processo de inferir

uma possível tendência de falha, ela emprega três

técnicas: a termografia, a vibrometria (vibração) e

a cromatografia (gases e solventes em função de

espectro de cores).

INSPEÇÕES

A termografia utiliza termocâmeras para fazer inspeções no estado físico das conexões e nos equipamentos. O modelo mais comum desse aparato na Cemig é a termocâmera Flir P20. Construído com uma grelha de 320 x 240 pixels,

P&D 169

ele usa o infravermelho para captar radiações

cujas temperaturas geram comprimentos de

ondas de 7 a 14 micrômetros no equipamento.

“Quando um corpo gera uma temperatura nesse

comprimento de ondas, a câmera faz o registro

daquela energia e a processa numa imagem

radiométrica formada por 76.800 pixels. No

software distribuído pelo fabricante da máquina,

consegue-se analisar e medir a temperatura de

qualquer ponto dessa imagem e apontar onde

está o possível problema”, explica Nilton Soares

da Silva, técnico de sistema elétrico de campo da

Cemig e gerente do projeto.

Conhecer e desenvolver um software livre

que possa analisar as imagens resultantes

dessa técnica sem ter de despender

recursos com a aquisição da licença de uso

do programa foi o propósito do P&D 169,

feito em parceria com o Departamento de

Engenharia Mecânica da UFMG.

ETAPAS

A primeira etapa foi conhecer o comportamento técnico do equipamento no que tange à transmissão de calor. Para isso, os pesquisadores fizeram a revisão bibliográfica do assunto, mas foi em vão. “Não existia na literatura nenhuma metodologia científica de pós-inspeção termográfica para subsidiar a tomada de decisão. Eram hieróglifos sobre o assunto”, conta o gerente. “Ao mesmo tempo que isso representou uma dificuldade, nos deu a certeza de que estávamos propondo algo inovador”.

Em seguida, as análises sobre o funcionamento da termocâmera proporcionaram o desenvolvimento de um procedimento-padrão

Flir P20: infravermelho para captar radiações que geram comprimentos de onda.

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com relação à aquisição das imagens. Munida de informação, a equipe desenvolveu o software e fez um teste de validação e de consistência do sistema especialista realizado. Ao mesmo tempo, cem empregados da Cemig participaram de um workshop sobre a ferramenta, evento repetido em 2008, após a conclusão do projeto. “Trouxemos o conhecimento e deixamos dentro de casa. Essa sempre foi nossa maior preocupação”, afirma Nilton.

RESULTADOS

Com isso, a Cemig possui, hoje, um sistema inédito e autônomo para diagnosticar o estado físico dos equipamentos das subestações, atendendo à periodicidade demandada pelo usuário e realizando uma análise preestabelecida para tomar decisões. A ideia é utilizá-lo como

plataforma para os resultados de outros projetos de P&D, criando uma ferramenta que realize o diagnóstico termográfico de forma inteligente.

No P&D 170, por exemplo, está sendo desenvolvida a aquisição totalmente automatizada de imagens dos para-raios e seu diagnóstico. Após a varredura do conjunto, será emitido um relatório sobre o estado físico dos dispositivos. A lógica utilizada para o diagnóstico foi a retirada de mais de mil medições em campo durante o P&D 021. “Os próximos passos para atingirmos o estado da arte na utilização das tecnologias dos sistemas de infravermelho na Cemig estão em andamento no projeto P&D 235. A proposta é agrupar todos os conhecimentos adquiridos e desenvolver um protótipo para monitorar, em tempo real, uma ou duas subestações, emitindo diagnósticos online dos equipamentos”, conclui o gerente.

APRENDIZADO PARA ALÉM DO SISTEMA

O desenvolvimento do P&D 169 trouxe mais do que um sistema. Segundo

Nilton Soares da Silva, técnico de sistema elétrico de campo da Cemig e

gerente do projeto, o conhecimento adquirido vai além da análise das imagens

termográficas. Ele conta: Eu e Wladkson fomos à Subestação Divinópolis

2 para fazer uma inspeção em nove para-raios. Fizemos a termografia e a

medição de corrente de fuga no primeiro, mas no segundo encontramos uma

coisa diferente: uma região bastante aquecida. Resolvemos mudar a medição

de posição, e o calor sumiu. Ao analisar o comportamento dessa diferença

no software dedicado, aprendemos que não podíamos fazer a inspeção

termográfica em apenas um ângulo, uma vez que os para-raios têm sessão

e bloco circulares. Não encontraríamos nada. Em conversas com colegas

e também em outras concessionárias, pouco se sabia dessa informação. A

partir daquele dia, modificamos a instrução de manutenção da Cemig no

caso dos para-raios e inserimos no procedimento operacional a inspeção

termográfica em, no mínimo, três ângulos diferentes. Aquilo foi a descoberta

da penicilina para nós. Motivou-nos a continuar estudando o assunto e a usar

a termografia da melhor forma possível. Foi um marco.

Bast

idor

es

PRECISÃONovo padrão de calibração de medidores de energia elétrica aumentará confiabilidade nas medições, reduzindo custos

Medição: novo padrão portátil de baixo custo vai inspecionar e verificar medidores de energia elétrica em campo.

Todo mês é a mesma coisa. Um empregado da Cemig visita as unidades consumidoras de energia elétrica para fazer a leitura dos medidores e registrar qual o consumo desde a última medição. O que poucos sabem é que esse procedimento é regido por uma legislação específica, a Resolução ANEEL 414/2010, que estabelece que o funcionamento dos medidores eletromecânicos e eletrônicos deve seguir parâmetros definidos pelo Inmetro/ABNT. Um desses parâmetros preconiza a exatidão das medidas realizadas.

Com a criação e a divulgação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a publicação da Resolução ANEEL 414/2010, já citada, além da histórica crise energética de 2001, os consumidores tornaram-se mais informados e, consequentemente, mais exigentes. Dessa forma, estão mais atentos à exatidão dos medidores de energia elétrica e à qualidade da prestação do serviço. Por isso, mesmo com todo o aparato tecnológico das medições e com a ampla capacitação profissional dos técnicos das concessionárias de energia, alguns consumidores ainda

P&D 172

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ficam em dúvida sobre se realmente pagam pelo que foi consumido ou se há alguma deficiência no processo, responsável por um consumo excessivo.

ALTERNATIVA SEGURA

Tal cenário representa um estímulo para que a Cemig busque alternativas cada vez mais seguras a fim de verificar a exatidão da medição. Para isso, utiliza os medidores de alta precisão chamados Padrões de Energia. “Tais padrões verificam os erros dos novos medidores, dos que passaram por reparos, dos que serão novamente instalados e dos que se encontram instalados nas unidades consumidoras, calibrando-os de acordo com a legislação metrológica”, afirma Luiz Renato Fraga Rios, engenheiro de Tecnologia e Normatização da Gerência de Gestão e Controle de Perdas da Distribuição e gerente do projeto.

A questão é que o atual procedimento de calibração de um medidor instalado em uma unidade proporciona custos para a retirada do medidor a ser avaliado; para a instalação de um novo e atualização do cadastro; para o deslocamento do medidor até o laboratório de calibração da Distribuidora, na Região Metropolitana de Belo Horizonte; e para a manutenção do estoque de medidores. Além disso, existe, também, a possibilidade de desconfiança do consumidor em relação aos erros detectados, tendo em vista que, apesar de ser convidado para acompanhar a calibração em laboratório, na maioria das vezes ele não pode ir.

CUSTOS MENORES

Para enfrentar o problema, o engenheiro Adelino Leandro Henriques, que atuava na Gerência de Engenharia de Medição

e Coordenação da Proteção da Receita, juntamente com a Nansen Instrumentos de Precisão, propôs o projeto Desenvolvimento de um padrão portátil de baixo custo para inspeção e verificação de medidores de energia elétrica em campo. O produto gerado pelo projeto teria de reunir, como principais características, o baixo custo, a portabilidade do padrão de calibração, a possibilidade de acompanhamento do processo de verificação pelo consumidor e, principalmente, a alta exatidão da medição.

Iniciado em 2006, a Cemig formalizou a parceria com a Nansen, empresa com know-how em soluções de medição de energia e calibração. O primeiro passo foi detalhar a especificação do dispositivo. Logo depois da prospecção do que havia de mais moderno no mercado, foram orçados dispositivos mecânicos e peças para a montagem do protótipo e, em seguida, feitos testes de calibração e ensaios em laboratório. “Desenvolveu-se o projeto mecânico para atender às necessidades de uso e de portabilidade, e o projeto de firmware e de software para a interface com o computador. Com o diagnóstico obtido nos ensaios de campo e de laboratório, os problemas detectados e as melhorias sugeridas foram atendidos”, explica Luiz Renato.

RESULTADOS

A pesquisa foi finalizada em julho de 2010, com a fabricação de dez protótipos de um Padrão de Energia portátil, capaz de calibrar medidores nos locais onde estes estão instalados sem interromper o fornecimento aos clientes e possibilitando o acompanhamento in loco dos consumidores.

O dispositivo é trifásico, permitindo a calibração de todos os tipos de medidores

do Brasil, e é de baixo custo, se comparado aos padrões atualmente comercializados no mercado. Ele também possui um grau de precisão oito vezes maior do que os medidores atuais, tendo sido testado e certificado pela Nansen e pelo Laboratório de Eletrônica de Medição da Cemig, que possuem seus padrões rastreados pela Rede Brasileira de Calibração (RBC), coordenada pelo Inmetro.

A operação é controlada por um notebook, capaz de emitir laudos que poderão ser entregues imediatamente aos consumidores e às áreas de controle das distribuidoras. Por meio de uma porta serial (USB), o programa permite o cadastro de até 1 milhão de resultados medidos. “Por ser de fácil operação, ele não requer habilidades específicas dos técnicos, demandando curto período de tempo para executar o procedimento”, comenta o gerente do projeto. Para operar o equipamento, os profissionais da Cemig Distribuição serão devidamente treinados por uma equipe técnica especializada.

Dos dez protótipos, um será entregue à UniverCemig, sete serão disponibilizados para Equipes de Campo e dois continuarão sob uso e pesquisa pelos técnicos Gleison Santos, João Paulo Batista e Sérgio Nascimento, para que o equipamento seja aprimorado. “Os integrantes da equipe se capacitaram e estão aptos a multiplicar a aplicação, podendo abranger toda a área de concessão da Cemig”, afirma Luiz Renato.

GANHOS

Com o Padrão de Energia obtido pelo projeto, a Nansen e a Cemig poderão disponibilizar no mercado um novo produto para calibração de medidores em campo, ampliando sua área de atuação e beneficiando distribuidoras e consumidores de energia elétrica. “Com isso,

a Cemig e a Nansen consolidam sua imagem como empresas inovadoras, com equipes capacitadas e de posse de uma metodologia de desenvolvimento de produtos eficaz”, lembra o gerente.

Para a Cemig, as expectativas são as melhores. Com a adoção do novo procedimento e do padrão de energia, a Distribuidora terá menor custo operacional e de estoques, ganhando tempo nas rotinas de calibração, o que contribuirá para o aumento da qualidade de seu parque de medição instalado. “Com as calibrações in loco, os custos com logística e manutenção para a substituição dos medidores poderão reduzir-se drasticamente”, explica Luiz Renato. O uso do padrão em conjunto com o software de calibração inova o processo de calibração em campo, simplificando-o de modo a permitir um diagnóstico mais rápido, transparente e de fácil entendimento. “Ela agrega valor à atividade e melhora a imagem da Empresa perante seus consumidores, além de possibilitar mais rapidamente a recuperação de perdas dado mau funcionamento dos medidores por incorreções ou irregularidades”.

Controle feito por um notebook: laudo direto para o consumidor.

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C E M I G D I S T R I B U I Ç Ã O

INVESTIMENTO SEGURONovo software garante a hora certa de decidir onde e quando alocar os recursos da Cemig

Bolsa de Valores em Nova York: ações da

Cemig direcionam investimentos.

Qual é a hora certa para investir em um novo empreendimento? O projeto Metodologia baseada na Teoria de Opções Reais para suportar as decisões de investimento no setor elétrico, iniciado em 2006 e coordenado pela Cemig, em parceria com a Unifei, tem a resposta.

O ambiente de competição no qual as empresas estão inseridas tem feito com que elas busquem adaptações às mudanças, procurando investir em projetos flexíveis e capazes de se adequarem às necessidades do mercado. Os métodos

de avaliação desses investimentos buscam atender a diferentes premissas. Cada método se baseia em um item distinto, a exemplo do balanço patrimonial e do resultado econômico. “Nesse contexto, o uso estático de técnicas tradicionais de avaliação de investimentos, como o Fluxo de Caixa Descontado (FCD), tem sofrido críticas, uma vez que pecam em analisar o valor da flexibilidade administrativa”, afirma Valério Oscar de Albuquerque, engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig e gerente do projeto.

P&D 206A pesquisa foi desenvolvida para demonstrar que a utilização dos modelos tradicionais de análise de investimento pode levar a Cemig a uma avaliação inadequada de seus aportes. “O uso de técnicas tradicionais tende a minimizar a avaliação dos nossos investimentos, principalmente aqueles que têm características como prazo, irreversibilidade e incertezas”, explica o gerente do projeto.

OPÇÕES REAIS

Para Valério, a Teoria de Opções Reais é a metodologia capaz de suprir as lacunas técnicas tradicionais de orçamento de capital e foi selecionada na literatura para levar adiante as pesquisas do projeto. “A habilidade da Teoria de Opções Reais em quantificar a flexibilidade de investimentos em projetos estratégicos a torna uma opção atraente se comparada à FDC. Muitas vezes, o momento de investir pode ser postergado ou adiantado em razão da possibilidade de alterações de diversas variáveis, como demanda, confiabilidade, tarifas e sua revisão”, explica o gerente. Embora a Teoria das Opções Reais tenha ampla gama de aplicações, o trabalho se limitou a abordar, de forma aprofundada, a sistemática de investimento no setor elétrico. “A adoção dessa teoria permitiu analisar o investimento considerando quando a opção de investir será exercida (timing) e o valor criado por se ter essa opção, agregando mais informações ao processo de tomada de decisão sobre os investimentos no setor”.

A equipe do projeto realizou a análise crítica sobre o processo de aplicação da Teoria nos projetos da Cemig, destacando quais seriam os principais ganhos com o processo. O passo seguinte foi aplicá-la ao cenário da Cemig com as devidas adaptações, tratando a “energia elétrica” como commodity – produto de base ou de pequeno grau de industrialização utilizado em transações comerciais nas bolsas de mercadorias, como café, petróleo, minério de ferro, água, crédito de carbono, etc. De posse dessas

informações, desenvolveu-se um software capaz de avaliar programas de investimento, testado em um caso real de transmissão e distribuição.

No fim do primeiro ano do projeto, uma equipe de 25 gerentes foi capacitada com noções básicas sobre a Teoria das Opções Reais e sobre o uso da ferramenta. No ano seguinte, a proposta foi comparar os resultados do primeiro ano com os métodos tradicionais para validá-la. Com o software pronto para uso, os programas de investimentos serão feitos mais facilmente, de forma clara e objetiva. Ele apresenta um diagnóstico com planejamento econômico e utiliza informações como taxa de sucesso, índices econômicos, riscos, até quando o investimento pode ser postergado e os ganhos com isso. “A avaliação econômica que já existe na Empresa tomará novos rumos para que os investimentos sejam realizados no momento certo”, garante Valério.

O projeto motivou a elaboração de duas teses de doutorado na Unifei. “No segundo semestre de 2010 faremos a segunda etapa do treinamento com os gerentes, transferindo a tecnologia para os engenheiros de planejamento da operação da Cemig”, conta o gerente.

Controle de investimentos: metodologia supre as lacunas técnicas tradicionais de orçamento de capital.

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

A política ambiental,

a redução de perdas

nos processos de

manutenção e a

eficiência do setor

elétrico são variáveis

estratégicas na

condução dos negócios

da Cemig Distribuição

e Transmissão.

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

IMPACTOS NA ICTIOFAUNAPara compreender, muitas vezes é preciso nadar contra a corrente

Pesquisa em laboratório garante

redução de impactos sobre a ictiofauna.

Especialistas de três universidades mineiras se uniram aos engenheiros e técnicos da Cemig para compreender melhor como se dá o convívio entre as operações da empresa e a ictiofauna de cada local onde ela atua. Desde 2007, quando o programa Peixe Vivo foi criado para apoiar a conservação da ictiofauna nos reservatórios da Cemig e nos rios de Minas Gerais onde eles estão instalados, muito já se avançou nos estudos. Afinal, as pesquisas para mitigar impactos das operações sobre várias espécies datam de muito antes.

O projeto Modos operativos de usinas hidrelétricas que minimizem o impacto sobre a ictiofauna, iniciado em 2003, é um dos trabalhos em andamento e vale por três. Por meio dele se propõe identificar melhorias operacionais possíveis nas usinas hidrelétricas com base em estudos voltados para a prevenção e a redução dos impactos sobre a ictiofauna durante as manobras de operação e manutenção das unidades operacionais da Cemig. O projeto foi dividido em três subprojetos, cada um deles desenvolvido em parceria com uma instituição

P&D 142de pesquisa. São elas a Unifei, a Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC

Minas) e a UFMG.

PRESSÃO E VELOCIDADE

A Unifei ficou responsável pelos estudos sobre

a variação de pressão e de velocidade da água

dentro do tubo de sucção – duto por onde

a água sai após passar pela turbina da usina

hidrelétrica. “Um dos impactos mais comuns

sobre a ictiofauna acontece quando os peixes

entram nesse tubo. Isso acontece de duas

formas: quando a turbina está em manutenção e

a água fica parada ali dentro ou quando, mesmo

com o equipamento em funcionamento, o peixe

consegue vencer a corrente e entrar, sofrendo

lesões e vindo até mesmo a morrer”, explica João

de Magalhães, analista de Meio Ambiente da

Cemig e gerente do projeto.

Para entender como a água se comporta em

termos de velocidade e pressão nos diferentes

modos de operação da turbina, seja em carga

baixa, seja em média ou alta, a Unifei construiu

uma bancada de testes em laboratório. Ali foi

simulada, em menor escala, a operação da

Usina Hidrelétrica de São Simão, hoje o maior

empreendimento da Cemig no Brasil. Sete

sondas foram acopladas em diferentes pontos

do protótipo para fornecer dados precisos sobre

o comportamento das variações de pressão e

velocidade da água naqueles pontos.

No subprojeto, concluído em agosto deste

ano, foram apresentados os dados da medição

das variáveis na Usina de São Simão. “Os

pesquisadores precisam calibrar as medidas de

laboratório com as medidas reais na Usina para

chegarem aos resultados pretendidos. A medição

ainda não foi feita porque é muito complexo

interromper o funcionamento de uma usina

desse porte. Isso demanda planejamento prévio

com as equipes de manutenção, operação e com

o operador nacional do Sistema”, explica João.

CAPACIDADE NATATÓRIA

O subprojeto em parceria com a UFMG foi

realizado no Centro de Pesquisas Hidráulicas

para estudar parâmetros fisiológicos, natatórios

e de comportamento dos peixes. “Se no projeto

da Unifei medimos a velocidade da água, na

UFMG a meta foi correlacionar esses dados com

a capacidade natatória das espécies da região

e verificar se elas seriam capazes de suportar a

variação de pressão com a usina hidrelétrica em

operação”, afirma o gerente do projeto.

Para os estudos, foram construídos dois

equipamentos experimentais. O primeiro tinha

como intuito simular pressões que variam até 100

metros de profundidade, assim como mudanças

bruscas de pressão numa fração de segundo,

o que acontece dentro no tubo de sucção. Os

peixes escolhidos para a experiência foram o

mandi, o cascudo e o piau-três-pintas. “Deles,

o mandi é a espécie mais encontrada no tubo,

porque tem o hábito de procurar locas escuras,

semelhantes às que o equipamento apresenta”,

conta João. Verificou-se que tanto o mandi como

o cascudo suportaram melhor as variações de

pressão do que o piau-três-pintas.

O segundo equipamento mediu a capacidade

natatória de peixes afetados por operações de

usinas hidrelétricas. Esse foi o primeiro estudo

realizado no Brasil sobre a capacidade natatória

de espécies de peixes tropicais. “O mandi

foi colocado em um tubo de acrílico, numa

espécie de esteira ergométrica. Ao aumentar

a intensidade da água, pudemos medir a

velocidade natatória e por quanto tempo ele

conseguia mantê-la”, explica o gerente. “Se a

capacidade de natação fosse maior do que a

velocidade em forma operativa, cerca de um

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

metro e meio por segundo, isso significaria que os peixes tinham chance de chegar ao tubo de sucção facilmente”. Os resultados mostraram que os valores de velocidade máxima obtidos foram entre 1,2 e 1,7 m/s.

PREVENÇÃO E MANEJO

Com o subprojeto, feito em parceria com a PUC Minas, foram buscadas alternativas experimentais para prevenir a entrada de peixes no tubo de sucção. O Departamento de Zoologia de Vertebrados montou um aquário e testou os aspectos comportamentais da espécie selecionada. Em vez de barreiras físicas, foram utilizadas luzes estroboscópicas, capazes de emitir flashes extremamente rápidos, curtos e brilhantes. “Peixes de fundo, como o mandi, parecem ser repelidos pela luz, pois se valem muito mais de estímulos táteis e olfativos do que os de visão”, diz João. O teste, desta vez, foi feito

com a espécie Paulistinha, pois o mandi fica sob estresse em ambientes pequenos. O aquário foi dividido em duas áreas, uma com e outra sem luz. O estímulo se mostrou eficaz para afastar os peixes de suas áreas de preferência, porém, depois de certo tempo, eles se acostumaram com a luminosidade e regressaram para o hábitat de conforto. O método foi descontinuado.

“O grande conhecimento adquirido com os três projetos é que agora sabemos como os diferentes modos de operação das usinas hidrelétricas impactam na velocidade e na pressão da água, bem como na capacidade natatória dos peixes sob essa pressão. Assim podemos atuar de maneira assertiva para consolidar medidas de manejo e prevenção de risco para a ictiofauna em usinas hidrelétricas”, afirma João. “É mediante essa perspectiva que novos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento

estão sendo elaborados e desenvolvidos”.

MANUTENÇÃO SEM PERDA DA PARCELA VARIÁVELResultados de protótipo reduzem custos e ampliam segurança para empregados

O Sistema Interligado Nacional, que detém 96,6% da capacidade da produção de energia elétrica no País, é formado por empresas transmissoras das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e parte da região Norte, que também disponibilizam sua infraestrutura para a transmissão de energia elétrica. A Cemig é uma dessas empresas e é remunerada, em contrapartida, tal como as outras, pela disponibilização de seu parque. Essa remuneração denomina-se Receita Anual Permitida (RAP).

Como forma efetiva de regular a qualidade do serviço, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) publicou a Resolução Normativa nº 270/2007, criando uma penalização pela indisponibilidade programada ou não

programada das instalações de transmissão para o Sistema Interligado Nacional. Quando ocorre a pena, intitulada “Parcela Variável”, é deduzida diretamente da RAP, diminuindo os aportes de investimento na empresa para o ano seguinte.

Uma das preocupações da Cemig era que, até o ano passado, não era possível realizar a manutenção em para-raios e transformadores de potencial capacitivo (TPC), equipamentos das subestações de 230 a 500 kV, sem interromper o fornecimento de energia elétrica. Isso, evidentemente, ocasionava o desconto da Parcela Variável. Menos energia, menos investimento. Com a conclusão do projeto Seccionador móvel 500 kV com acionador remoto, essa realidade mudou.

P&D 148

O PROJETO

Realizado em parceria com a RITZ do Brasil, empresa pioneira na fabricação de equipamentos de manutenção em linhas energizadas, e a AREVA, outra empresa especializada em tecnologias para gerenciar redes elétricas, o objetivo com o projeto foi pesquisar e desenvolver uma chave seccionadora móvel para tensões de até 550 kV que possibilitasse a desconexão e conexão de para-raios e TPCs de Linhas sem desligar os circuitos. Isso permitira manter a LT disponível.

Por meio de procedimentos de Linha Viva – em que o profissional faz a manutenção

com a linha ativada –, a concepção básica da chave é criar um caminho alternativo para o circuito e manobrar as correntes típicas desses equipamentos sem danificá-los e sem gerar perturbações no sistema elétrico.

INOVAÇÃO

O projeto foi iniciado em 2004, mas só em 2007 a parceria com as instituições rendeu frutos. “Após experiências negativas com outro fornecedor, buscamos novos parceiros com experiência no mercado, e encontramos a RITZ e a AREVA. Havia uma expectativa muito grande por parte deles e da Cemig, pois os resultados prometiam inovar a forma como a manutenção elétrica era feita no País”, afirma

Subestações de 230 a 500 kV: inovação na forma de fazer manutenção elétrica no País.

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

Geraldo Gontijo, engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da Cemig e gerente do projeto.

O primeiro passo foi buscar na literatura, mediante estudos preliminares, mecanismos para acionamento e desenvolvimento da chave. A RITZ contratou a consultoria do Laboratório de Extra-Alta Tensão da UFMG para dar suporte acadêmico na questão. “A chave deveria ser leve, de fácil montagem, possuir comando elétrico à distância e tempos muito curtos de operação para extinguir, com segurança, os arcos elétricos formados, principalmente, durante sua abertura”, explica o gerente. “Deveria também ser compacta, podendo ser montada e manobrada com segurança e confiabilidade no espaço físico entre os condutores das fases nos arranjos de subestações de 230 a 500 kV”.

RESULTADOS

E assim aconteceu. A equipe envolvida no projeto desenvolveu um protótipo e a UFMG realizou, em seu laboratório, pré-testes e ensaios. Depois disso, uma equipe da Cemig testou o protótipo em uma situação real, o que

aconteceu na Subestação Barreiro 1 – em um TPC de 345 kV. Segundo Geraldo, com a nova metodologia de trabalho, além de atender aos propósitos de evitar o desconto da Parcela Variável, é possível viabilizar a redução de custos e também dar manutenções preventivas ou corretivas em TPCs, para-raios e outras chaves de forma mais confiável e segura. “A chave foi eficiente na manobra dos TPCs e dos para-raios. Entretanto, sua utilização requer muito planejamento e supervisão, pois envolve riscos. As situações devem ser avaliadas caso a caso e a segurança dos empregados deve estar sempre em primeiro lugar”.

A utilização da chave foi requisitada, recentemente, na US Três Marias. O projeto, finalizado em 2009, está passando por ajustes para aprimorar o equipamento. O direito de propriedade intelectual é dividido entre a Cemig e a RITZ. Portanto, quando for lançado no mercado, garantirá à concessionária o retorno financeiro, por meio de recebimento de royalties com a venda de cada seccionadora. Haverá divulgação interna e disponibilização da chave para treinamento dos empregados de manutenção da Cemig.

COMEMORAÇÃO FICA PARA DEPOIS

É preciso muita persistência para levar a cabo um projeto de P&D. Além das

atividades diárias, as equipes precisam conduzir o processo controlando

custos, prazos e dando todo o encaminhamento teórico do trabalho. “Ao

contrário do que muita gente faz, o projeto Seccionador móvel 500kV com

acionador remoto não foi a minha tese de mestrado”, explica Geraldo

Gontijo, engenheiro da Cemig e gerente do projeto. “Na época, eu já estava

finalizando minha dissertação de mestrado intitulada Estudos de Efeitos

de Exposição a Campos Elétricos em Subestação de Alta Tensão: soluções

para mitigação e monitoramento. No dia do primeiro teste da seccionadora,

fomos ao laboratório da UFMG, apagamos todas as luzes e colocamos a

chave para funcionar. Gravamos tudo, e foi um sucesso. Mas, como era o

último dia para finalizar a dissertação e ela não estava pronta, tive de ir

direto para casa, enquanto o resto da equipe foi comemorar”.

Bast

idor

es

DESEMPENHO DO SISTEMA ELÉTRICONovos critérios para aferir interrupções de eletricidade aumentam desempenho e eficiência do sistema

Desempenho das Linhas de Transmissão: análise cada vez mais apurada.

Qualidade não é mais diferencial, é obrigação. No setor elétrico, a premissa não é diferente. A qualidade da energia elétrica se tornou uma preocupação crescente e comum às concessionárias e aos consumidores. Tornou-se até mesmo uma área de pesquisa da Engenharia Elétrica e engloba a análise, o diagnóstico e a solução de anomalias no sistema elétrico, que podem resultar em falhas ou na má operação de equipamentos residenciais, comerciais e industriais – dos relógios digitais domésticos às linhas de processo automatizadas.

Mas por que tais problemas acontecem? A aplicação de tecnologia de ponta tem

aumentado a sensibilidade dos aparelhos diante das variações momentâneas de tensão causadas por curtos-circuitos, mesmo que eles estejam localizados em pontos remotos do sistema elétrico. O Afundamento de Tensão (AMT) – redução na magnitude da tensão – decorrente de curto-circuitos é o fenômeno elétrico que mais afeta os sistemas industriais, acarretando prejuízos onerosos como perdas de produção devido às interrupções de processos, perdas de insumos, custos elevados relacionados à mão de obra e a reparos de equipamentos danificados.

Como, em geral, os AMTs estão relacionados às ocorrências de curto-circuito em Linhas de

P&D 157

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

Transmissão, pode-se correlacionar a perda de carga com o desempenho das mesmas. Como uma das principais concessionárias de energia elétrica do Brasil, a Cemig busca a melhoria contínua de seus processos. Anteriormente, o critério utilizado para analisar o desempenho de suas LTs considerava apenas o número total de afundamentos de tensão em cada uma. Não estabelecia, portanto, avaliações referentes à severidade desses eventos do ponto de vista do impacto sobre os consumidores.

INEDITISMO

Dessa situação nasceu, em 2006, o projeto Desenvolvimento de novos critérios para análise de desempenho das Linhas de Transmissão (LTs) baseado nas perdas de carga por afundamentos de tensão, parceria entre a Cemig e a Unifei. O ineditismo da proposta reside no fato de que a quantificação dos prejuízos associados aos afundamentos de tensão é um assunto pouco explorado na literatura técnica. Nos estudos, trata-se a questão isoladamente para cada consumidor industrial, e não de forma sistêmica.

“O projeto de P&D foi ao encontro das necessidades do setor elétrico e de seus consumidores, sobretudo os industriais, que sofrem prejuízos elevados em decorrência de afundamentos de tensão”, explica Jeder Francisco de Oliveira, engenheiro de Planejamento do Sistema Elétrico da

Cemig e gerente do projeto. “Com base no conhecimento dos prejuízos decorrentes desse distúrbio, a Cemig pode definir novos critérios para aferir investimentos em seu sistema, visando à melhoria, por exemplo, do desempenho de LTs e da eficiência do sistema elétrico”.

NOVOS CRITÉRIOS DE ANáLISE

Com o objetivo de aplicar a proposta de novos critérios para avaliar o desempenho de LTs, a primeira ação da equipe do projeto foi estabelecer uma metodologia para conhecer as ocorrências de curto-circuito na base de dados do Sistema Digital de Oscilografia (SAPNET) da Cemig. Definiu-se que o escopo da pesquisa seria o período entre 2004 e 2007 em toda a rede básica de transmissão da empresa e alguns trechos em 138 kV.

De posse da planilha de ocorrências, foram excluídas aquelas que não se enquadraram às condições estabelecidas. Resultado: nos quatro anos de avaliação, foram 2.614 afundamentos de tensão em 110 LTs da Rede Básica da Cemig (veja mais dados no box ao lado). “Analisar esse grande montante de informações foi um desafio, pois são milhares de dados de milésimos de segundo de duração”, afirma Jeder. “A equipe do Centro de Operação do Sistema (COS), mesmo sem o envolvimento oficial no projeto, foi extremamente atenciosa e solícita quando se dispôs a fornecer os dados sobre perdas de carga indispensáveis para a condução dos trabalhos”.

Sabendo que alguns curtos-circuitos são mais impactantes que outros, foram definidos quatro novos critérios, levando-se em conta: número e severidade das faltas; número de perdas instantâneas de carga; custos sob o enfoque da concessionária (demanda e energia não-suprida); e custos sob o enfoque dos consumidores (relacionados às paradas de processo, perdas de produção, etc.).

“A ponderação de acordo com os tipos de falta tem o objetivo de relacionar a quantidade dos defeitos com a severidade de cada um. Partindo

dessa premissa, os defeitos mais severos, supostamente os trifásicos, possuem um fator de ponderação superior aos menos severos, como os monofásicos”, explica Jeder. Também foram estabelecidas análises de desempenho das Linhas por quantificação da perda de carga, bem como os custos associados às ocorrências no sistema de transmissão da Cemig. Em razão da escassez de dados a respeito dos custos, adotou-se o valor de US$ 2.8/kWh.

INVESTIMENTO CERTEIRO

A Cemig, bem como outras empresas, produz um ranking de desempenho de suas Linhas. A proposta de novos indicadores para avaliar o desempenho das LTs da Cemig mostrou que o critério normalmente utilizado pelas concessionárias para a avaliação de desempenho, levando em conta apenas o número total de eventos, traz resultados distintos daqueles encontrados quando se utilizam os novos critérios. “Adotando-se a metodologia, a posição na tabela poderá ser diferente, variando de acordo com o critério utilizado. Após o cruzamento dos resultados, poderemos direcionar investimentos para aquelas que forem consideradas as mais críticas”, afirma o gerente.

O projeto está finalizado e em processo de divulgação interna. A Cemig está adotando parcialmente os critérios, especialmente sobre o número e a severidade das faltas, pois já existem ferramentas online e expertise de seus empregados para o monitoramento dessa classificação.

Os resultados do projeto renderam outros frutos. Além da proposta de indicadores para avaliar o desempenho de LTs adiante da ocorrência de afundamentos de tensão, o projeto gerou, na Unifei, uma dissertação de mestrado e a aplicação das medições em uma tese de doutorado. Artigos foram publicados e apresentados em conferências nacionais e internacionais, como o Seminário Nacional de Produção e Transmissão de Energia Elétrica, em Recife, o Power Engineering Society General Meeting, em Calgary, no Canadá, e a International Conference on Harmonics and Quality of Power, em Wollogong, Austrália. A Universidade adquiriu, ainda, o software Aspen Oneliner para simulação de curto-circuito e análise de qualidade de energia elétrica. “Esse foi o legado da Cemig ao projeto, mostrando mais uma vez que as parcerias entre a empresa e a academia são de extrema importância para entendermos os fenômenos do sistema elétrico”.

A análise dos resultados de medição de AMTs referente às ocorrências

registradas durante os quatro anos do projeto mostrou que:

– a barra de 138 kV de Conselheiro Lafaiete registrou o maior número de

ocorrências (120 eventos);

– as LTs de 138 kV foram as que causaram o maior número de registros,

totalizando 47,7% das faltas;

– observou-se que 73,5% das faltas como eram do tipo fase-terra (monofásico);

– as descargas atmosféricas foram identificadas como a causa para 48,6%

das ocorrências;

– a duração dos eventos apresentou duração média de 125 m/s.

Nova metodologia vai permitir

aprofundar a quantificação dos prejuízos relativos

aos afundamentos de tensão.

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CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAISSistema Especialista reúne informações em um só banco de dados

Avaliação de impactos ambientais

é pressuposto para cada novo

empreendimento da Cemig.

Em 1990, a Cemig publicou sua Política Ambiental para orientar e direcionar, mediante sete princípios básicos, seus esforços e investimentos para a proteção do meio ambiente e para o desenvolvimento sustentável. Alinhada a essa política, a Superintendência de Gestão Ambiental da Geração e Transmissão vem participando da elaboração de estudos de pré-viabilidade e viabilidade para a construção de usinas hidrelétricas. Neles, relacionam-se os aspectos técnicos e econômicos com os estudos ambientais, os quais identificam os impactos que poderão onerar ou até inviabilizar cada obra.

A Avaliação de Impactos Ambientais (AIA) é necessária para assegurar que se faça, antes do início do processo de obtenção das licenças ambientais para implantação do empreendimento, uma simulação dos impactos que o empreendimento vai ocasionar e definir programas

para mitigá-los. Em virtude da inexistência de uma ferramenta que pudesse fazer essa simulação, a Superintendência idealizou a construção de um software para o projeto de Desenvolvimento de um Sistema Especialista para Avaliação de Impactos Ambientais.

SISTEMA ESPECIALISTA

Iniciado em 2005, no projeto, propôs-se a criação de um sistema que integrasse diferentes metodologias de AIA em um único banco de dados capaz de fornecer informações preliminares para a classificação do empreendimento quanto aos impactos ambientais, à formulação de medidas mitigadoras e à geração de relatórios que subsidiassem a tomada de decisão. O Sistema Especialista (SE) foi desenvolvido ao longo de quatro anos, em parceria com a organização não governamental Centro Brasileiro para Conservação

P&D 158da Natureza e Desenvolvimento Sustentável (CBCN) e a FIT Inovação Tecnológica, empresa responsável pela criação do software.

O Sistema possibilita a identificação de impactos ambientais e relaciona as medidas mitigadoras para os impactos identificados. Uma vez identificadas, a essas medidas mitigadoras é possível associar programas ambientais e seus custos, para se obter a sinalização da viabilidade do empreendimento sob a ótica ambiental. “O software não substitui os estudos de pré-viabilidade, mas é uma ferramenta para a avaliação preliminar do empreendimento quanto aos impactos ambientais”, explica Carlos Magno, engenheiro ambiental da Cemig e gerente do projeto.

Estruturado com base no levantamento de dados preliminares e integrando as metodologias de Sistemas Especialistas, o projeto é capaz de importar mapas cartográficos, plantas, imagens e figuras. Com as informações compiladas, o Sistema foi modelado, originando a versão piloto. “Durante a primeira bateria de testes, os técnicos do Núcleo de Expansão da Geração, que participam da elaboração de estudos de pré-viabilidade, tiveram a oportunidade de conhecer o Sistema, propor modificações, adaptações e recursos para enriquecer o software e construir a versão final”, afirma Carlos.

AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Constituído por módulos, o software possui uma interface amigável e permite que o usuário cadastre e edite informações relevantes ao negócio. O primeiro módulo consiste na definição do tipo de empreendimento e suas características, como localização, tipo de barragem, área de reservatório e as atividades para a implantação do empreendimento. No módulo seguinte, abordam-se fatores ambientais. Nele é possível selecionar as atividades de implantação do empreendimento, como: abertura de rede viária, decapeamento de solo para empréstimo de terra, ensecamento e construção de barragens, além de enchimento de

reservatório. Também pode associar os grupos de fatores ambientais (flora e fauna) que são afetados pelas atividades, assim como os impactos oriundos.

O Sistema identifica matrizes de impacto ambiental de acordo com as informações cadastradas e as classifica com relação à magnitude (pequeno, médio ou alto), à temporalidade (curto, médio ou longo prazo) e à reversibilidade deles. O usuário pode selecionar as opções de medidas mitigadoras sugeridas aos impactos identificados ou acrescentar novas. Essas medidas são definidas como “Programas Ambientais”, permitindo mensurar, igualmente, o aporte de investimento.

Por fim, o software fornece a completa Avaliação dos Impactos Ambientais, além de possibilitar exportá-la para um modelo em Word. “O grande benefício do projeto é que ele facilita a análise ambiental sem despender grandes somas de recursos para sinalizar a viabilidade ou não de um empreendimento”, conta Carlos. “As informações cadastradas podem ser utilizadas em outros estudos, mas de modo algum o Sistema substitui nossos técnicos e engenheiros. Os usuários precisam deter conhecimento sobre o empreendimento e os impactos e programas ambientais relacionados a ele. Assim, o Sistema oferece opções, mas quem faz a escolha final é o profissional capacitado”. Concluído em 2009, o Sistema será disponibilizado para o setor elétrico

ainda este ano.

Software não substitui estudos de pré-viabilidade, mas faz a avaliação preliminar dos impactos ambientais.

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GESTÃO TECNOLÓGICAPesquisa e Desenvolvimento fazem parte das estratégias globais da Cemig

O Programa de Pesquisa & Desenvolvimento da Cemig/Aneel já tem mais de dez anos de estrada. Antes mesmo da regulamentação feita pela Aneel, por meio da Lei nº 9.991, de 1999, a Concessionária mantinha sete projetos de P&D que totalizavam R$ 680 mil de investimento. O objetivo do programa é que as concessionárias brasileiras de energia destinem 1% de sua receita para pesquisas no setor. A mais recente edição do programa da Cemig, que contempla o ano de 2010, soma 57 projetos e engloba recursos da ordem de R$ 55 milhões. Para falar sobre a estratégia da Empresa na consolidação de uma cultura de inovação, a Revista de P&D conversou com Alexandre Bueno, superintendente de Tecnologia e Alternativas Energéticas.

Revista de P&D: Quanto a Cemig investe anualmente no programa de P&D?

Alexandre Bueno: Cerca de R$ 30 milhões, mas com a contrapartida dos parceiros em laboratórios, bibliotecas, pessoal e equipamentos, esse valor chega a R$ 55 milhões por ano. Em onze anos de atividade, o programa de P&D da Cemig já destinou R$ 240 milhões para pesquisa e desenvolvimento. Os parceiros são responsáveis por mais R$ 110 milhões de recursos.

RP&D: O que pode ser feito com esse montante?

AB: Ele só pode ser usado no financiamento de projetos de P&D previamente aprovados pela Cemig, por meio do Comitê de Gestão Estratégica de Tecnologia, em um processo mediado pelos Fóruns Tecnológicos.

RP&D: Quem escolhe os temas e como isso é feito?

AB: Os temas são escolhidos por um grupo de profissionais das áreas técnicas da Cemig com vasto conhecimento na área em que atuam. Esses empregados estão distribuídos em 12 áreas de conhecimento, denominadas, internamente, como Fóruns Tecnológicos. Neles é feita a seleção dos temas e subtemas nos quais a Cemig priorizará projetos de P&D em conjunto com seus parceiros (centros de pesquisa, universidades e indústrias). Após receber as propostas dos parceiros, os Fóruns se reunem e priorizam, tecnicamente, dentre todos os projetos submetidos a seleção, aqueles que serão executados conforme os critérios válidos para aquele ciclo, diferentes a cada ano. Em seguida, essas decisões são validadas pelo Comitê de Gestão Estratégica de Tecnologia (CoGET), que conta com superintendentes representantes de todas as diretorias da Empresa.

RP&D: E o que orienta a aprovação dos projetos selecionados?

AB: No caso da Cemig, a Distribuição e a Transmissão estão sujeitas às regras de tarifas da Aneel, que tem como premissa a modicidade, ou seja, a prática do menor preço para o consumidor, assegurando a sobrevivência das concessionárias de energia elétrica. Mesmo na Geração, que atua no mercado livre e competitivo, a regra básica é a redução de custos e máxima eficiência. Para atender a essa premissa, precisamos buscar a eficiência operacional e, ainda, caminhar para a utilização da pesquisa e do desenvolvimento voltados para o grande desafio do século XXI: a sustentabilidade. São esses dois vetores que orientam a escolha dos projetos de P&D que serão financiados.

RP&D: Que percentual do investimento é destinado a cada um dos dois vetores?

AB: Ao longo dos últimos 11 anos, 73% dos recursos foram direcionados para projetos de eficiência operacional, enquanto os outros 27% se dirigiram a projetos disruptivos, ou seja, projetos que rompem com a maneira atual de fazer as coisas para apoiar a nossa busca por ser uma Empresa líder mundial em sustentabilidade. Como exemplos desses projetos, podemos citar: o desenvolvimento da célula combustível, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); o laboratório de Hidrogênio, que visa conhecer melhor essa forma de energia; a utilização da biomassa, na qual o Estado de Minas Gerais é rico; a energia eólica e solar; o biodiesel, a integração dos veículos elétricos à rede elétrica, dentre outros.

RP&D: Como esses projetos podem ser utilizados pela sociedade?

AB: Todos eles mudam o estado atual das coisas. Junto com eles surgiram ideias como o carro elétrico, o veículo aéreo não tripulado e a ampliação do uso da energia solar. Agora mesmo estamos com o projeto de um robô-mergulhador, que fará inspeções e fotos no fundo dos reservatórios e usinas da Cemig.

RP&D: De que forma o Programa de P&D está vinculado à estratégia da Cemig?

AB: O grande papel da gestão tecnológica é alinhar todos os projetos de P&D aos objetivos estratégicos da Cemig e, notadamente, alcançar o crescimento com sustentabilidade. O setor de energia elétrica tem um programa estruturado de Pesquisa e Desenvolvimento com regras próprias, definidas pela Agência Reguladora. Este programa mobiliza anualmente, nas empresas do grupo Cemig, cerca de R$ 100 milhões. Para aplicação eficaz dos recursos, a Cemig desenvolveu uma metodologia de identificação, seleção e priorização de projetos inovadores, alinhada, principalmente, ao direcionamento estratégico da Empresa. Na priorização dos projetos, considera-se esse

alinhamento, avaliado por um Comitê que tem representantes das diretorias. Com base na análise, é composto o portifólio de projetos que serão executados naquele ano.

RP&D: Existe uma metodologia para facilitar essa vinculação entre estratégia global da Cemig e gestão tecnológica?

AB: Sim. A Cemig possui uma equipe na área de gestão de inovação que desenvolveu essa metodologia. Ela inclui a definição de temas tecnológicos a subsidiar a escolha dos projetos de P&D, realizando a análise da cadeia de valor, ciclo de vida, prospecção tecnológica, identificação das competências essenciais e análise de competividade, tudo em sintonia com a estratégia global da Empresa. Tal metodologia permite a priorização dos temas e subtemas tecnológicos selecionados a cada ano.

RP&D: Como a Cemig tem tratado a permanente necessidade de inovação?

AB: A Empresa tem estimulado o desenvolvimento e a capacitação de seus empregados em mestrados, doutorados e especializações para ampliar e disseminar o conhecimento. Na Cemig nasceu a linha de pesquisa Smart Grid, uma rede inteligente que adiciona o potencial da eletrônica e da informática à rede elétrica, reunindo cerca de 20 projetos de P&D. Como? Imagine 500 mil carros elétricos ligados à rede ao mesmo tempo, cada um com o consumo idêntico ao de um chuveiro. Isso poderia ocasionar um colapso na rede. Mas se o componente eletrônico do carro, associado à rede, indicasse a que horas cada carro deve ser carregado, isso possibilitaria um rodízio, evitando o pico ou mesmo deslocando essa carga para a madrugada, quando a rede elétrica opera com ociosidade. Uma rede inteligente permite melhorias na utilização da infraestrtura existente, com a consequente redução de custos, melhor atendimento ao cliente e maior qualidade da distribuição de energia.

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PROJETOS DE P&D CEMIG/ANEEL APROVADOSVeja a relação dos projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) desde o início do programa, em 1999. Para obter mais detalhes, acesse o site: www.cemig.com.br

P&D001 - Avaliação experimental de sistemas

de ciclo combinado com células combustíveis,

microturbinas a gás e motores Stirling para geração

de eletricidade – André Martins Carvalho. Parceiro:

Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D002 - Projeto e Desenvolvimento de um

restaurador dinâmico de tensão – Tatiana Nesralla

Ribeiro – Parceiro: Universidade Federal de Minas

Gerais (UFMG).

P&D003 - Desenvolvimento de condutores

compactos homogêneos para aplicação em linhas

de distribuição e transmissão, objetivando redução

de perdas elétricas – Edino Barbosa Giudice Filho.

Parceiros: Furukawa Industrial S.A. Produtos Elétricos;

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D004 - Recuperador de calor para chuveiros

elétricos – José Carlos Ayres de Figueiredo. Parceiro:

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

(PUC Minas).

P&D005 - Aproveitamento da energia térmica

gratuita de geladeiras e freezers no aquecimento

de água em residências e condomínios – José

Carlos Ayres de Figueiredo. Parceiros: Seletro

Serviços Eletrotécnicos Ind. Com. Ltda; Tech-Trade

Tecnologia e Ciência.

P&D006 - Aplicação e Disponibilização dos dados

de monitoramento em tempo real de LT – Carlos

Alexandre Meireles do Nascimento.

P&D007 - Sistema de gestão da qualidade da

energia elétrica - GERQUALI – Tatiana Nesralla

Ribeiro. Parceiros: Pontifícia Universidade Católica

de Minas Gerais (PUC Minas); Universidade Federal

de Itajubá (Unifei).

P&D008 - Célula a combustível de polímero

condutor iônico – José Henrique Diniz. Parceiros:

Universidade de São Paulo (USP); CLAMPER-Indústria

e Comércio Ltda.; Unitech.

P&D009 - Obtenção de parâmetros de descargas

atmosféricas e aferição do sistema de localização de

tempestades – Luiz Carlos Leal Cherchiglia. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D010 - Proteção de redes elétricas de distribuição

de baixa tensão contra descargas atmosféricas –

José Vicente Pereira Duarte. Parceiro: Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D011 - Aumento de eficiência energética em

alimentadores – Luiz Augusto Castro Paiva.

P&D012 - Desenvolvimento experimental de

tecnologia para a produção de células solares de

baixo custo – Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz.

Parceiro: Fundação Centro Tecnológico de Minas

Gerais (Cetec).

P&D013 - Avaliação experimental de um sistema

de geração distribuída de energia solar fotovoltaica

interligado à rede elétrica – Antônia Sônia Alves

Cardoso Diniz. Parceiros: Centro Federal de Educação

Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG); Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas);

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

P&D014 - Utilização de bomba de calor para

aquecimento de água em residências e condomínios

– José Carlos Ayres de Figueiredo. Parceiro: Seletro

Serviços Eletrotécnicos Ind. Com. Ltda.

P&D015 - Correção de fator de potência em

alimentadores na baixa tensão de transformadores

e em unidades consumidoras – Luiz Augusto

Castro Paiva.

P&D016 - Abordagem integrada da eficiência

energética – Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz.

Parceiros: Centro Federal de Educação Tecnológica

de Minas Gerais (Cefet-MG); Pontifícia Universidade

Católica de Minas Gerais (PUC Minas); Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D017 - Avaliação tecnológica da energia solar

fotovoltaica – Antônia Sônia Alves Cardoso Diniz –

Parceiros: Pontifícia Universidade Católica de Minas

Gerais (PUC Minas); Universidade de São Paulo (USP);

Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC);

Universidade Federal de Viçosa (UFV).

P&D021 - Novas técnicas de manutenção preditiva

em para-raios – álvaro Jorge Araújo Lopes Martins.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D022 - Monitoramento e diagnóstico de

equipamentos de transformação e manobra de

subestações – álvaro Jorge Araújo Lopes Martins.

Parceiro: Pontifícia Universidade Católica de Minas

Gerais (PUC Minas).

P&D023 - Revitalização de transformadores de

potência – álvaro Jorge Araújo Lopes Martins.

Parceiros: Universidade Federal de Minas Gerais

(UFMG); Pontifícia Universidade Católica de Minas

Gerais (PUC Minas).

P&D024 - Novas metodologias e técnicas de

manutenção para comutadores de derivação sob

carga (CDCs) – Ronald Moura. Parceiros: Asea Brown

Boveri; Maschinenfabrik Reinhausen.

P&D025 - Sistema de localização de faltas para redes

de distribuição – Heitor Martins Veloso. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D028 - Sistema localizador de faltas para linhas de

transmissão – Antônio Donizetti de Andrade. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D029 - Aplicação de compósitos em estruturas de

LTs e SEs – Humberto Romério de Meneses – Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D030 - Conector de sacrifício – Roberto Márcio

Coutinho. Parceiro: Centro de Pesquisas de Energia

Elétrica (Cepel).

P&D31 - Efeito da estratificação do solo na

impedância de impulso de torres de linhas de

transmissão – Paulo José Clebicar Nogueira. Parceiro:

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

(PUC Minas).

P&D032 - INSPETOR – Sistema Inteligente de

controle e segurança de barragens – Adelaide

Linhares Carvalho Carim.

P&D033 - Influência da climatologia na previsão de

carga – Ruibran Januário dos Reis. Parceiro: Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

P&D034 - Pesquisa e desenvolvimento de

monitoramento contínuo de eficiência de turbinas

hidráulicas – Ernani Wagner Soares. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D035 - Metodologia para previsão de longo

e curto prazo de tempestades severas utilizando

dados do sistema de localização de tempestades

(SLT) e radar meteorológico – Ruibran Januário

dos Reis. Parceiro: Instituto Nacional de Pesquisas

Espaciais (INPE).

P&D036 - Software para sistema de excitação de

PCHs – Fábio José de Noronha.

P&D037 - Problemas Causados pela qualidade de

água na manutenção de usinas hidrelétricas – Maria

Edith Rolla. Parceiros: Universidade Estadual Paulista

(Unesp); Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec);

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC

Minas); Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D039 - Estudo integrado da vegetação ciliar em

diversos ecossistemas – Oscar Moura Ribeiro Neto.

Parceiro: Universidade Federal de Lavras (UFLA).

P&D040 - Transposição de peixes em reservatórios

hidrelétricos: comportamento e mortalidade – Vasco

Campos Torquato. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D041 - Estudos de metodologia para minimizar

problemas causados por parada de máquina e

operação como síncrono – Vasco Campos Torquato.

Parceiro: Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais (PUC Minas).

P&D042 - Inventário de fauna e flora das estações

ambientais da Cemig – Jefferson Ribeiro da Silva.

Parceiros: Universidade Federal de Uberlândia (UFU);

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG);

Universidade Federal de Viçosa (UFV).

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P&D043 - Pesquisa e desenvolvimento de tecnologias

de manejo do fogo – Márcio Rodrigues Corrêa.

Parceiro: Universidade Federal de Viçosa (UFV).

P&D044 - Conexão de unidades de geração

distribuída de energia ao sistema elétrico – Sebastião

Vidigal Fernandes Júnior. Parceiro: Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D045 - Avaliação da confiabilidade integrada

do sistema elétrico – Cleber Esteves Sacramento.

Parceiro: Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D047 - Avaliação de parâmetros de máquinas

síncronas – Jorge Luiz Teixeira. Parceiro: Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D048 - Modelo de forno a arco compensado – Jorge

Luiz Teixeira. Parceiro: Pontifícia Universidade Católica

de Minas Gerais (PUC Minas).

P&D049 - Critérios e procedimentos para

compensação reativa e controle de tensão – José

Roberto Valadares. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D050 - Laboratório experimental para produção

de hidrogênio para uso como vetor energético – José

Henrique Diniz. Parceiros: Laboratório de Hidrogênio

da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp);

Laboratório de Hidrogênio da COPPE/Universidade

Federal do Rio de Janeiro (UFRJ); Centro de

Pesquisas e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes);

Centro Nacional de Referência em Energia do

Hidrogênio (Ceneh).

P&D051 - Usina termelétrica solar experimental

de 10 kW utilizando concentradores cilíndrico-

parabólicos – Alexandre Heringer Lisboa. Parceiro:

Centro Federal de Educação Tecnológica de

Minas Gerais (Cefet-MG).

P&D052 - Eficientização de PCHs através do

desenvolvimento de metodologias de automação

e recuperação de PCHs antigas e de operação de

turbinas de PCHs com rotação variável – Sebastião

Valido Tavares de Quadros. Parceiro: Universidade

Federal de Itajubá (Unifei).

P&D054 - Previsor de carga on-line – Wilson Fernandes

Lage. Parceiro: Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D055 - Sistema para tratamento de alarmes –

Lúcia Helena Souza de Toledo (TR/SO). Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D059 - Medição de Descargas parciais de

transformadores de instrumentos até 550 KV no

Campo – Jéferson Inácio Lopes. Parceiro: Centro de

Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel).

P&D062 - Cultivo de peixes nativos e zoneamento de

reservatórios – Oscar Moura Ribeiro Neto. Parceiro:

Universidade Federal de Lavras (UFLA).

P&D063 - Acidentes com LTs – Estudo da camada

limite do vento em uma linha piloto em operação

– Carlos Alexandre Meireles Nascimento. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D064 - Estudo de técnicas de bioengenharia

de solos para controle de erosão em margens de

reservatórios – Márcio Rodrigues Corrêa. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D065 - Programa de pesquisa para avaliação de

densidades de plantio e rotação de plantações de

rápido crescimento para produção de biomassa para

fins energéticos em Minas Gerais – Márcio Rodrigues

Corrêa. Parceiro: Universidade Federal de Viçosa (UFV).

P&D068 - Desenvolvimento de software conversor

de protocolos para integração de equipamentos

de proteção, controle, supervisão e automação de

subestações – Anderson Fleming de Souza. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D070 - Cogeração de energia em forno rotativo de

calcinação de cimento – Eduardo Costa Vasconcelos.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D071 - Avaliação de aspectos ergonômicos da

função de eletricista de redes de distribuição – Willes

de Oliveira e Souza. Parceiro: Fundação Educacional

Lucas Machado (Feluma), mantenedora da Faculdade

de Ciências Médicas de Belo Horizonte.

P&D072 - Desenvolvimento de funções avançadas de

EMS (Energy Management System) para sistemas de

subtransmissão – Ricardo Luiz J. Carnevalli. Parceiros:

Audiolab Automação e Software Ltda.; Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas);

Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

P&D073 - Desenvolvimento de um programa

computacional para avaliar o controle coordenado

de tensão aplicada ao planejamento e operação de

sistemas elétricos – Valério Oscar de Albuquerque.

Parceiro: Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D074 - Desenvolvimento de tecnologia de

análise de redes de distribuição com geração

distribuída e reconfiguração de redes elétricas –

Helder Lara Ferreira. Parceiro: Universidade Federal

de Juiz de Fora (UFJF).

P&D075 - Proteção das redes de distribuição de

média tensão contra as descargas atmosféricas:

desenvolvimento de modelos computacionais e

validação por meio de rede experimental junto à

Estação do Morro do Cachimbo – Júlio César Santos

Ventura. Parceiro: Universidade Federal de Minas

Gerais (UFMG).

P&D076 - Estudos hidrológicos sobre o regime

de produção de água das bacias de drenagem de

cabeceira – Márcio Rodrigues Corrêa. Parceiro:

Universidade Federal de Lavras (UFLA)/Centro de

Excelência em Matas Ciliares.

P&D079 - Desenvolvimento de metodologia para

previsão de tempestades severas com antecedência

de 72 horas – Ruibran Januário dos Reis. Parceiros:

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC

Minas); Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

P&D080 - Estudo de barreiras elétricas para

impedimento de entrada de peixes em turbinas

hidráulicas – João de Magalhães Lopes. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D081 - Desenvolvimento de software a ser

integrado em sistemas de análise de perturbações –

Weber Melo de Sousa. Parceiro: Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG).

P&D082 - Aproveitamento da vazão de atração do

sistema de transposição de peixes para geração de

energia elétrica – João de Magalhães Lopes. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D084 - Predição e análise de informações de

monitoramento em tempo real de LTs – Carlos

Alexandre Meireles do Nascimento. Parceiro:

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

P&D094 - Diversidade da ictiofauna como modelo

para avaliar construção do sistema de transposição

para peixes e impacto de peixes exóticos em

reservatórios – João de Magalhães Lopes. Parceiros:

Bio-Ambiental Consultoria Ltda.; Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas);

Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

P&D096 - Desenvolvimento de protótipos de

bombas de calor para secagem de roupas e de grãos

e alimentos em médias temperaturas (até 55°C) –

José Carlos Ayres de Figueiredo. Parceiros: Serviços

Eletrotécnicos Indústria e Comércio; Tech-Trade

Empreendimentos Tecnológicos Ltda.

P&D097 - Desenvolvimento de um protótipo de

pilha a combustível de óxido sólido de 50 W – José

Henrique Diniz. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D098 - Pesquisa e desenvolvimento de

monitoramento contínuo da eficiência de usinas

térmicas – Webber Eustáquio Pereira de Aguiar.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D099 - Elaboração de especificação funcional

e por desempenho de sistemas plc com baixas

taxas de transmissão de dados – Carlos Alberto

Monteiro Leitão. Parceiro: Centro de Pesquisa e

Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).

P&D100 - Desenvolvimento de metodologias

para propagação de ondas de cheia em cenários de

operação extrema e de ruptura de barragens – Luiz

César Mendes Botelho. Parceiro: Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D101 - Repotencialização de linhas aéreas de

transmissão utilizando cabos condutores especiais

associados a altíssima temperatura de operação

– Giovani Eduardo Braga. Parceiros: Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG); Sumitomo

Corporation do Brasil S.A.

P&D102 - Desenvolvimento de técnicas preditivas

para a detecção de desgastes prematuros em

hidrogeradores – Adriana de Castro Passos.

Page 26: Revista PeD 2010

50

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P&D103 - Desenvolvimento de sistema de

chaveamento automatizado de 138 KV utilizando

estrutura de linha de transmissão – Paulo Roberto

Freitas Carvalho Costa. Parceiro: Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG).

P&D104 - Sistema de gestão da tecnologia e da

inovação – José Henrique Diniz. Parceiros: Fundação

Dom Cabral; Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais (PUC Minas).

P&D106 - Desenvolvimento de metodologia

para medição da intensidade do campo elétrico e

magnético na faixa de servidão e vizinhanças de

linhas aéreas de transmissão de energia – Gernan

Edson Guimarães. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D108 - Produção de hidrogênio através da

reforma de etanol – André Martins Carvalho.

Parceiros: Universidade Estadual Paulista Júlio de

Mesquita Filho (Unesp); Universidade Estadual de

Campinas (Unicamp).

P&D109 - Laboratório avançado de geomarketing –

Marden Menezes. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D110 - Pesquisa aplicada em tecnologias

de sensores ópticos a fibra para monitoração e

supervisão remota de redes de energia elétrica –

Carlos Alexandre Meireles do Nascimento. Parceiro:

Centro de Pesquisas e Desenvolvimento em

Telecomunicações (CPqD).

P&D111 - Pesquisa e desenvolvimento de barreira

mecânica para evitar mortandade de peixes na sucção

de turbinas hidráulicas – Carlos Aloysio Costa Diniz.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

GT111 - Barreira eletromecânica para evitar entrada

de peixes em sucção de turbinas.

P&D112 - Estudos de chuvas intensas no Estado de

Minas Gerais e previsão estatística de precipitação

mensal – Marcelo de Deus Melo. Parceiros: Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas);

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D113 - Novo método de diagnóstico de

transformadores de potência via sistemas dinâmicos

– álvaro Jorge Araújo Lopes Martins. Parceiros:

Asea Brown Boveri; Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D114 - Sistema de identificação e isolamento

de falta em máquina síncrona utilizando técnicas

de inteligência artificial – Antônio Carlos Arantes.

Parceiro: Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais (PUC Minas).

P&D117 - Avaliação do carregamento de

transformadores de potência em função da

operação em sobretensões permanentes – Sérgio

Ricardo Barbosa. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D118 - Desenvolvimento de um sistema

computacional de monitoramento on-line, via web,

de descargas atmosféricas – Armando Cazetta

Filho. Parceiro: Pontifícia Universidade Católica de

Minas Gerais (PUC Minas).

P&D119 - Conjunto motogeradores de eletricidade

usando motores de combustão interna movidos a

álcool hidratado – André Martins Carvalho. Parceiro:

Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).

P&D120 - Fundação helicoidal – Márcio Elízio da

Rocha Pereira. Parceiro: Vercon Industrial Ltda.

P&D122 - Investigação do comportamento do

concreto e de calda de cimento em contato com rochas

sulfetadas – Maria Cecília Novaes Firmo Ferreira.

Parceiro: Engenharia de Concreto e Solos Ltda.

P&D123 - Sistema de geração de energia com

motor Stirling – André Martins Carvalho. Parceiro:

Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

P&D124 - Desenvolvimento de um novo modelo de

análise de carregamento em redes de distribuição

de MT e BT – Pablo Senna Oliveira. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D125 - Concepção e desenvolvimento de novas

tecnologias para aplicação de sistemas de detecção

e localização de tempestades (SLTs) nas etapas de

projeto, manutenção e planejamento da operação do

sistema elétrico – Armando Cazetta Filho. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D126 - Desenvolvimento de sistema para

verificação de exatidão de TPs e TCs em operação

com isolação para 15 kV – Adelino Leandro Henriques.

Parceiro: Conprove Engenharia Ltda.

P&D127 - Processamento de silício para fabricação

de células solares de baixo custo – Antônia Sônia

Alves Cardoso Diniz. Parceiros: Fundação Centro

Tecnológico de Minas Gerais; Universidade Federal de

Minas Gerais.

P&D128 - Desenvolvimento de metodologia e

software para análise dos parâmetros que determinam

a disponibilidade de luz natural para fins de

faturamento da iluminação pública – Mara Amorim

de Souza Carmo Carvalho. Parceiros: Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas);

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D129 - Desenvolvimento de metodologia e

aplicativo computacional para definição da proteção

contra sobretensões em redes secundárias devido a

descargas atmosféricas – José Vicente Pereira Duarte.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D130 - Desenvolvimento e qualificação de materiais

resistentes à cavitação e análise de viabilidade de seu

uso na recuperação de rotores de turbinas hidráulicas

– Carlos Aloysio Costa Diniz. Parceiro: Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D131 - Otimização monocritério e multicritério da

configuração de redes em sistemas de distribuição,

considerando-se a reação dos sistemas de potência

– Roberto Coelho de Berrêdo. Parceiros: Audiolab

Automação e Software Ltda.; Pontifícia Universidade

Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

GT132 - Desenvolvimento de metodologias e

pesquisas no ecossistema e em plantas de usinas

hidrelétricas para controle do mexilhão-dourado

– Maria Edith Rolla. Parceiro: Fundação Centro

Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).

P&D134 - Nova concepção de estruturas para

rede de distribuição rural – RDR – Inês Maria Faria

Dângelo Baeta. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D136 - Desenvolvimento de nova metodologia

para determinação de carregamentos temporários e

de curta duração de linhas de transmissão – Helder

Lara Ferreira e Sérgio Ricardo Barbosa. Parceiro:

Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

P&D137 - Desenvolvimento de equipamento para

teste e diagnóstico básico de transformadores de

distribuição para poste com proteção operada, sem

desconexão da Rede de BT – Erivaldo Costa Couto.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D140 - Desenvolvimento de metodologia para

prospecção de projetos e avaliação de investimentos

em iluminação eficiente (i-Lumina) – Eduardo

Carvalhaes Nobre. Parceiro: Centro Federal de

Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG).

GT141 - Produção de biodiesel para geração

de energia elétrica em microturbinas e motores

estacionários – André Martins Carvalho. Parceiro:

Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec).

GT142 - Estudos sobre o comportamento dos grupos

geradores de centrais hidrelétricas operando sob

diferentes modos operativos e sua influência na

ictiofauna – João de Magalhães Lopes. Parceiros:

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

(PUC Minas); Universidade Federal de Itajubá (Unifei);

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D143 - Desenvolvimento de uma ferramenta

computacional para análise de investimentos de

transmissão e distribuição considerando risco e

incerteza em sistemas elétricos de potência – Valério

Oscar de Albuquerque. Parceiro: Universidade Federal

de Itajubá (Unifei).

P&D144 - Cianobactérias e cianotoxinas em

reservatórios de Minas Gerais – João de Magalhães

Lopes. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D145 - Nova abordagem para a determinação da

expectativa de vida útil de transformadores – Adriana

de Castro Passos. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D148 - Seccionador móvel 500 kV com acionador

remoto – Geraldo Magela Gontijo. Parceiros:

Universidade Federal de Itajubá (Unifei);

Page 27: Revista PeD 2010

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P&D150 - Metodologia de planejamento ótimo do

sistema elétrico considerando os riscos e as incertezas

associadas ao processo – Cleber Esteves Sacramento.

Parceiros: Universidade Federal de Itajubá (Unifei);

Universidade Federal de São João Del Rei (UFSJ);

Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel);

Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores,

Portugal (Inesc).

GT151 - Desenvolvimento de metodologia para

determinação da vida útil de cabos condutores utilizados

em linhas aéreas de subtransmissão e transmissão de

energia elétrica – Beline Quintino de Araújo Fonseca.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D152 - Desenvolvimento de modelos estáticos

de carga para utilização nos programas digitais de

análise de sistemas elétricos de potência – Anderson

Neves Cortez. Parceiro: Universidade Federal de

Itajubá (Unifei).

P&D153 - Desenvolvimento de metodologia para

análise do efeito corona sobre condutores e isolantes

do sistema de transmissão e distribuição de energia

– Gernan – Edson Guimarães. Parceiro: Universidade

Federal de Minas Gerais (UFMG).

GT157 - Desenvolvimento de novos critérios para

análise de desempenho de linhas de transmissão

baseado nas perdas de carga por afundamentos

de tensão – Jeder Francisco de Oliveira. Parceiro:

Universidade Federal de Itajubá (Unifei).

GT158 - Desenvolvimento de um sistema

especialista para avaliação de impactos ambientais

– Roberto Maychel Soares da Silveira. Parceiros:

Centro Brasileiro para Conservação da Natureza e

Desenvolvimento Sustentável (CBCN); Universidade

Federal de Viçosa (UFV).

P&D159 - Estudo regionalizado da ação do vento

no balanço de cadeias de isoladores para projeto

de coordenação de isolamento de linhas aéreas de

transmissão – Maurissone Ferreira Guimarães. Parceiro:

Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D160 - Ferramenta para seleção de corredor de

linha aérea de transmissão utilizando inteligência

computacional e geoprocessamento aplicada ao

sistema elétrico – Adevaldo Rodrigues de Souza.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D161 - Ferramenta computacional para avaliação

da margem de carga e segurança de tensão em

sistemas de potência – Valério Oscar de Albuquerque.

Parceiro: Universidade Federal de Engenharia de

Itajubá (Unifei).

P&D162 - Aplicação do modelamento da camada

limite atmosférica na ampacidade de linhas aéreas de

transmissão – Carlos Alexandre Meireles do Nascimento.

Parceiro: Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

P&D164 - Gateway para integração de sistemas de

medição – Flávio Henrique Martins Vieira. Parceiros:

Senergy Sistemas de Medição; Universidade Federal

de Minas Gerais (UFMG).

P&D165 - Investigação do comportamento de

materiais poliméricos para fins de aplicação em

sistemas elétricos de potência – álvaro Jorge Araújo

Lopes Martins. Parceiro: UFMG.

P&D168 - Metodologia para determinação do

carregamento admissível de transformadores

de distribuição baseado no modelo térmico e

no envelhecimento do papel isolante – Erivaldo

Costa Couto. Parceiros: Centro de Pesquisas de

Energia Elétrica (Cepel); Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

P&D169 - Tecnologia de processamento de imagens

termográficas para aplicações em ambiente de

subestações de energia – Nilton Soares da Silva.

Parceiro: UFMG.

P&D170 - Protótipo para monitoramento e

diagnóstico automático de falhas em para-raios,

Incluindo os de carboneto de silício, utilizando

técnicas de sistema de infravermelho – Nilton Soares

da Silva. Parceiro: UFMG.

P&D171 - Desenvolvimento de programa de

cálculo automático de curto-circuito e coordenação

da proteção de média tensão utilizando interface

gráfica geograficamente real – Alexandre Sales Braz.

Parceiro: UFMG.

P&D172 - Desenvolvimento de um padrão portátil de

baixo custo para inspeção e verificação de medidores

de energia elétrica em campo – Adelino Leandro

Henriques. Parceiros: Universidade Federal de Minas

Gerais (UFMG); Nansen S.A. – Instrumentos de Precisão.

P&D173 - Sistema de localização de faltas para

redes e linhas de distribuição – Heitor Martins Veloso.

Parceiro: UFMG.

P&D174 - Sistema inteligente de baixo custo para

controle integrado de cargas elétricas – CICaE –

Davidson Andreoni Rocha. Parceiros: UFMG; Cefet-MG.

P&D175 - Otimização de controle de tensão em

sistemas de distribuição – Roberto Coelho de

Berrêdo. Parceiros: Concert Technologies; Pontifícia

Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas).

GT176 - Pesquisa sobre as interações entre o regime

pluvial e o regime de escoamento das sub-bacias de

drenagem para o reservatório da UHE-Camargos –

Cemig – Rafael Augusto Fiorine. Parceiro: UFLA.

GT177 - Diagnóstico de desgastes por cavitação em

turbinas hidráulicas – Pedro Alberto Castello Branco.

Parceiros: Sá Carvalho S/A; UFMG.

GT178 - Desenvolvimento de uma central de

diagnóstico de equipamentos de subestações

da transmissão da Cemig, utilizando técnicas de

inteligência computacional – Davidson Geraldo

Ferreira. Parceiros: UFMG; PUC Minas.

P&D179 - Desenvolvimento de metodologia para

estudo e aplicação da Teoria dos Leilões na Cemig –

Marcus Vinícius de Castro Lobato (CV/AR). Parceiro:

Universidade Federal de Engenharia de Itajubá (Unifei).

P&D180 - Equipamento para automação de redes de

distribuição subterrâneas com secundário reticulado –

Christian Luiz de Castro. Parceiro: PUC Minas.

GT181 - Produção de hidrogênio por processo

eletrolítico e reforma de etanol, em alto grau de

pureza para utilização como vetor energético no

laboratório da UTE Igarapé da CEMIG – Cláudio

Homero Ferreira da Silva. Parceiro: Universidade

Estadual de Campinas (Unicamp).

P&D182 - Monitoramento e inspeção de sistemas

elétricos de potência utilizando veículo aéreo não

tripulado – Maurício de Souza Abreu. Parceiro:

Fundação para Inovações Tecnológicas (Fitec);

D183 - Avaliação experimental de sistemas de

aquecimento solar distrital para comunidades

isoladas – Modelo de sustentabilidade – Virgílio

Almeida Medeiros. Parceiro: PUC Minas.

P&D184 - Comprovação experimental de

metodologia de avaliação de transformadores de

potência em situações de operação envolvendo

sobretensionamento e sobrecarga – Sérgio Ricardo

Barbosa. Parceiro: Universidade Federal de

Minas Gerais (UFMG).

GT185 - Geração termelétrica descentralizada para

o setor siderúrgico – Carlos Renato França Maciel.

Parceiros: Usina Termelétrica Barreiro S.A.; PUC Minas.

P&D186 - Desenvolvimento de metodologia de

decisão na comercialização de energia elétrica

– Clara Márcia Henriques de Almeida Vilela.

Parceiro: Universidade Federal de Engenharia de

Itajubá (Unifei).

GT188 - Controle da drenagem ácida em barragens

de terra e enrocamento utilizando geossintéticos –

Reginaldo Araújo Machado. Parceiro: Universidade

Federal de Ouro Preto.

P&D190 - Construção de um sistema otimizado

integrado de concentradores cilíndrico-parabólicos

e rastreador solar – Alexandre Heringer Lisboa.

Parceiro: Centro Federal de Educação Tecnológica de

Minas Gerais (Cefet-MG).

GT192 - Tomada de decisão na escolha da

configuração ótima de feixes de condutores para

linhas aéreas de transmissão – Pedro Guimaraes

Giorni. Parceiro: UFMG.

D194 - Avaliação das opções tecnológicas para a

geração de eletricidade a partir do lixo urbano e poda

de árvores – Virgílio Almeida Medeiros. Parceiros:

Universidade Federal de Itajubá; Fundação de

Pesquisa e Assessoramento à Indústria.

GT195 - Modelo de transformadores de potência

preciso para uma ampla faixa de frequência – Angélica

da Costa Oliveira Rocha. Parceiro: COPPE / UFRJ.

GT196 - Desenvolvimento de metodologias para

revegetação e recobrimento vegetativo no controle

de erosão em taludes de corte de declividade

acentuada – Rodrigo Avendanha Liboni. Parceiros:

Centro Brasileiro para Conservação da Natureza;

Universidade Federal de Viçosa.

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GT198 - Avaliação ambiental do rio Paraibuna

a jusante do reservatório da PCH de Paciência,

após as descargas de fundo – Maria Edith Rolla.

Parceiros: Centro de Desenvolvimento da Tecnologia

Nuclear (CDTN); Fundação Centro Tecnológico de

Minas Gerais CETEC.

GT200 - Desenvolvimento de tecnologia para

avaliação de características natatórias da ictiofauna

migradora brasileira – João de Magalhães Lopes.

Parceiro: UFMG.

GT201 - Desenvolvimento de metodologia

para busca das condições ideais de aplicação de

equipamentos de proteção e controle no sistema

elétrico – Weber Melo de Sousa. Parceiro: Fundação

de Desenvolvimento da Pesquisa.

GT203 - Desenvolvimento de metodologia

de determinação de vazão ecológica por

bioindicadores – Marcelo de Deus Melo.

Parceiro: UFMG.

GT204 - Desenvolvimento de sistema

computacional para caracterização automática e

identificação de erros em registros oscilográficos

– Weber Melo de Sousa. Parceiro: Fundação de

Desenvolvimento da Pesquisa.

D206 - Desenvolvimento de uma nova metodologia

baseada na Teoria de Opções Reais para suportar as

decisões de investimentos em empresas do setor

elétrico – Valério Oscar de Albuquerque. Parceiro:

Universidade Federal de Itajubá.

GT207 - Desenvolvimento de metodologia para

a quantificação de emissões de gases de efeito

estufa em reservatórios hidrelétricos – Ricardo Prata

Camargos. Parceiro: UFMG.

GT208 - Desenvolvimento de técnicas de

reprodução e larvicultura de siluriformes na

Estação de Piscicultura de Volta Grande – João

de Magalhães Lopes. Parceiros: Faculdade

de Medicina do Triângulo Mineiro; Sociedade

Mineira de Cultura.

D209 - Projeto e desenvolvimento de um restaurador

dinâmico de tensão extensão – Jorge Luiz Teixeira.

Parceiro: UFMG.

D210 - Desenvolvimento de modelos e métodos para

otimização da expansão do sistema de distribuição

de média tensão – Saad do Carmo Pereira Habib.

Parceiros: Instituto de Pesquisa em Sistema de

Informação e Decisão; PUC Minas.

D211 - Desenvolvimento de ferramenta

computacional para simulação do comportamento

dinâmico de relés de duas ou mais grandezas – Júlio

César Marques de Lima. Parceiro: UFMG.

D212 - Desenvolvimento de uma metodologia para

planejamento das inspeções de baixa, média e alta

tensão com o objetivo de otimizar a recuperação de

perdas não técnicas – Adelino Leandro Henriques.

Parceiro: Universidade Federal de Itajubá.

D213 - Desenvolvimento de metodologia de

descontaminação de solos impregnados por óleo

mineral isolante – Flávio da Costa Santos. Parceiro:

Universidade Federal de Uberlândia.

D214 - Desenvolvimento de metodologia utilizando

técnica de medição direta para modelagem de cargas

do sistema – Marcelo Batista do Amaral. Parceiro:

Universidade Federal de Juiz de Fora.

D215 - Desenvolvimento de ferramenta

computacional para otimização e melhoria da

confiabilidade dos processos de operação e

manutenção da distribuição através da supervisão e

análise dos índices de qualidade do serviço – Afonso

Ferreira ávila. Parceiros: Universidade Federal de

Itajubá; Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho”.

D217 - Sistema de proteção da receita baseada

em redes neurais artificiais – Interface com WGOI

– Adelino Leandro Henriques. Parceiros: SENERGY

Sistemas de Medição S/A; UFMG.

D218 - Desenvolvimento de um equipamento para

detecção e localização on line de furto de cabos e

equipamentos – Márcio José do Prado. Parceiro:

Universidade Federal de Uberlândia.

D222 - Desenvolvimento de um “relé inteligente” para

proteção de bancos de capacitores 138 kV – configuração

estrela-aterrada – Marisa Lages Murta. Parceiro: UFMG.

D223 - Desenvolvimento e otimização de modelos

de camada limite atmosférica para aplicação em

projeto de linhas aéreas – Carlos Alexandre Meireles

Nascimento. Parceiro: UFMG.

D224 - Desenvolvimento de ferramenta

computacional para análise de afundamento de

tensão aplicada ao planejamento da expansão – Tiago

Vilela Menezes. Parceiro: UFMG.

D225 - Desenvolvimento de modelagem de

aterramentos elétricos considerando a variação

dos parâmetos do solo com a frequência para

determinação do desempenho de linhas de

transmissão frente a descargas atmosféricas – Sandro

de Castro Assis. Parceiro: Cefet-MG.

D227 - Desenvolvimento de modelo de transferência

de tecnologias a empresas da cadeia produtiva do

setor elétrico – Maria Zuleila C R Campos. Parceiros:

PUC Minas; Fundação Dom Cabral.

GT228 - Aplicações de nanotubos de carbono

em membranas de troca protônicas para células

combustíveis – Cláudio Homero Ferreira Silva.

Parceiro: UFMG.

GT230 - Concreto laminar envelopado – Márcio Elízio

da Rocha Pereira. Parceiro: UFMG.

GT231 - Unidade geradora de indução: uma

alternativa para a geração distribuída em PCHs – Luís

Eduardo Ribeiro Rosa. Parceiro: Universidade Federal

de Uberlândia.

GT232 - Desenvolvimento de membrana polimérica

para célula a combustível – Cláudio Homero Ferreira

Silva. Parceiro: UFMG.

D234 - Desenvolvimento de centrais eólicas

adaptadas às condições de vento do Estado de Minas

Gerais – Bruno Marciano Lopes. Parceiro: UFMG.

D235 - Metodologia para melhoria da confiabilidade

da termografia em sistemas de distribuição –

Henrique Eduardo Pinto Diniz. Parceiro: UFMG.

D236 - Desenvolvimento de Metodologia de

otimização de alocação de fontes de potência reativa

em sistemas de distribuição – Whester Jubert de

Araújo. Parceiro: PUC Minas.

D237 - Avaliação teórico-experimental da

gaseificação de biomassa para o acionamento de

células a combustível de óxido sólido (SOFC) – Virgílio

Almeida Medeiros. Parceiro: Universidade Federal de

Engenharia de Itajubá.

D238 - Desenvolvimento de uma metodologia

para análise de ressarcimento de equipamentos

eletroeletrônicos novos e usados, associados aos

distúrbios na rede elétrica da CEMIG, testando

dispositivos mitigadores – Jonmil Marques Borges.

Parceiro: Universidade Federal de Uberlândia.

D240 - Detecção de falhas de alta impedância em

linhas de distribuição – Eduardo Miguel Raposo.

Parceiro: Fundação Educacional Montes Claros.

D241 - Desenvolvimento de software para

conversão automática de diagramas de operação

de subestações em quadros sinóticos e base de

dados digitalizada – Bernadete Maria Mendonça

Neta. Parceiros: Audiolab Automação e

Software Ltda.; UFMG.

D242 - Análise de impactos de interações setoriais

e espaciais sobre demanda de energia elétrica no

mercado Cemig – Regina Fatima Jorge Daguer

Ravinet. Parceiro: Universidade Federal de

Juiz de Fora.

D245 - Metodologia probabilística e software para

o dimensionamento ótimo de reserva técnica de

equipamentos de subestação – Leonardo Labarrere

de Souza. Parceiro: Universidade Federal de

Engenharia de Itajubá.

D247 - Sistema de leitura de unidades consumidoras

com impedimento de acesso (casa fechada) – Flávio

Henrique Martins Vieira. Parceiros: Cefet-MG;

SENERGY Sistemas de Medição S/A.

D249 - Testador de sanidade de cruzetas de madeira

– Luciano Magno da Silva. Parceiros: KN Center;

Universidade Federal de Uberlândia.

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D250 - Desenvolvimento de coletores solares para

altas temperaturas (tecnologia Tubo de calor) –

José Carlos Ayres de Figueiredo. Parceiro: Enalter

Engenharia Ind e Com Ltda.

D251 - Projeto de tecnologia de medição de energia

térmica em processos híbridos (venda de água

quente) – José Carlos Ayres de Figueiredo. Parceiro:

Enalter Engenharia Ind. e Com. Ltda.

D252 - Utilização da bobina de Petersen no

aterramento do neutro dos transformadores das

subestações de distribuição em sistema com

neutro multi-aterrado – Afonso Ferreira ávila.

Parceiro: UFMG.

D255 - Desenvolvimento de um religador automático

para operação em redes de baixa tensão – Pablo

Senna Oliveira. Parceiro: UFMG.

D256 - Desenvolvimento de soluções tecnológicas

alternativas para eletrificação rural no contexto da

universalização do atendimento da energia e do

frequente furto de condutor neutro – Marcelo Roger

da Silva. Parceiro: UFMG.

D257 - Desenvolvimento de sistema computacional

para a elaboração de projetos de redes rurais

utilizando técnicas de sensoriamento remoto e

inteligência computacional – Roberto Coelho de

Berrêdo. Parceiro: UFMG.

D259 - Desenvolvimento de um sistema

computacional para qualificação de faltas em

sistemas de energia baseado na análise harmônica e

inteligência computacional – Thomaz Giovani Akar de

Faria. Parceiro: UFMG.

D263 - Monitoramento e controle contínuos a

baixo custo de unidades de refrigeração industriais –

Davidson Andreoni Rocha. Parceiro: UFMG.

D264 - Cabeça-de-série: aplicação de tecnologias

de monitoramento em tempo real para aumentar

a capacidade de transmissão em linhas aéreas

desenvolvidas no Brasil (P&D084 e P&D110) –

Carlos Alexandre Meireles Nascimento. Parceiro:

Universidade Federal de Juiz de Fora.

D265 - Desenvolvimento de um protótipo,

denominado Módulo Portátil, para proteção

dos sistemas elétricos em subestações – Marcus

Augustus Alves Ferreira. Parceiro: Universidade

Federal de Juiz de Fora.

D268 - Sistema retificador microprocessado de alto

desempenho – Gilberto Pereira Cortes. Parceiro:

Orteng Equipamentos e Sistemas LTDA.

D269 - Procedimentos para o ilhamento de usinas

de médio e pequeno portes em sistemas elétricos de

distribuição – Brunno Viana Santos Santana. Parceiro:

Universidade Federal de Itajubá.

D270 - Medição da impedância de aterramento de “pés

de torres” de linhas de transmissão utilizando ondas

impulsivas – Gernan Edson Guimarães. Parceiro: UFMG.

D271 - Sistema para detecção automática de

anormalidades a partir de vídeos termais obtidos com

VANTs (veículos aéreos não tripulados) – Maurício

de Souza Abreu. Parceiro: Fundação para Inovações

Técnologicas – FITEC.

D272 - Inclusão digital utilizando tecnologia power

line communication de banda larga e tecnologias

complementares – Bruno Marciano Lopes. Parceiros:

UFMG; FITEC.

D273 - Desenvolvimento de sistema frigorífico

por absorção de vapor, acionado por energia solar,

para aplicação em comunidades rurais – Virgílio

Almeida Medeiros. Parceiros: Fundação de Pesquisa e

Assessoramento à Indústria; Universidade Federal de

Engenharia de Itajubá.

D274 - Desenvolvimento de um protótipo de Janela

Inteligente para edificações – Bruno Marciano

Lopes. Parceiro: A Fundação Centro Tecnológico de

Minas Gerais – CETEC.

GT278 - Desenvolvimento de ferramenta

computacional em plataforma SSCD para flexibilizar

as inequações operativas da Rede Básica da Cemig

através da adoção de limites térmicos dinâmicos –

LTD. – Rodnei Dias dos Anjos. Parceiros: Universidade

Federal de Itajubá; PUC MG.

GT281 - Localizador de falta à terra em circuitos

de corrente contínua – Jair Vieira Tavares Júnior.

Parceiro: Universidade Federal de Uberlândia.

D285 - Cabeça-de-série: condutores compactos

desenvolvidos no Brasil: aplicação real – Edino

Barbosa Giúdice Filho. Parceiro: UFMG.

GT288 - Análise experimental e otimização de

reformadores a vapor de etanol - Cláudio Homero

Ferreira Silva. Parceiros: Universidade Federal de

Uberlândia; Usina Termelétrica Barreiro S.A.

GT291 - Produção de um protótipo de pilha a

combustível de óxido sólido com potência de

geração de 1 kW – Cláudio Homero Ferreira Silva.

Parceiro: UFMG.

GT292 - Desenvolvimento de motor de combustão

interna alimentado a hidrogênio para aplicação

estacionária e veicular – Cláudio Homero Ferreira

Silva. Parceiro: PUC Minas.

GT293 - Modelagem do arco elétrico devido a

faltas em sistemas elétricos e cálculo computacional

de seus efeitos térmicos – Francis Albert Fonseca

Nascimento. Parceiro: UFMG.

D297 - Desenvolvimento de sistema óptico para

monitoramento do regime térmico de operação

de condutores em sistemas subterrâneos de

energia elétrica - Maurissone Ferreira Guimarães.

Parceiros: Centro de Pesquisas e Desenvolvimento

em Telecomunicações; Fundação de Pesquisa e

Desenvolvimento em Telecomunicações.

D305 - Modernização de Religadores Monofásicos

Hidráulicos Aplicados em Redes Rurais - Erivaldo

Costa Couto. Parceiro: LUPA Tecnologia e

Sistemas Ltda.

D323 - Desenvolvimento de ferramenta

computacional para otimização das perdas

técnicas na distribuição considerando referencial

internacional e análise técnico-econômica - Saad do

Carmo Pereira Habib. Parceiros: AXXIOM Soluções

Tecmonógicas; Asotech Ltda; Daimon Engenharia e

Sistemas S/C Ltda.

D325 - Desenvolvimento de Secadoras Industrial/

residencial de Roupas a Bomba de Calor,

de Alta Eficiência - Matheus de Mendonça

Herzog. Parceiro: Tech Trade Empreendimentos

Tecnológicos Ltda.

D326 - Desenvolvimento de Modelos Explicativos

e Verificação de Associação entre Inadimplência

e Perda Não Técnica - Luiz Reneto Fraga Rios.

Parceiros: DataConsumer - Centro de Pesquisa

Avançada; Instituto Bioterra.

D327 - Sistema interativo integrado AMI / TV Digital

- Luís Fernando Capati. Parceiros: Fundação para

Inovações Tecnológicas; SENERGY Sistemas de

Medição S/A.

D330 - Gestor de cyber segurança operativa /

Aplicativo Supervisor de Perímetro Eletrônico de

Segurança - Marcos da Silva Rabello. Parceiros:

Concert Technologies S/A; Fundação para

Inovações Tecnológicas.

GT335 - Sistema de Registro de Informações

Gerenciais para PCHs - Pedro Alberto Castello Branco

Resende. Parceiros: AQX Instrumentação Eletrônica

S/A; Serviços Especializados em Sistemas Elétricos de

Potência Ltda.

GT341- Uso da tecnologia Wireless “ZigBee” na

construção de sensores e sistemas embarcados para

monitoramento de equipamentos de subestação

e linha de transmissão - Carlos Henrique de

Sousa Nogueira. Parceiro: Centro de Pesquisas e

Desenvolvimento em Telecomunicações.

GT351 - Sistema de Construção de Cenários

de Operação do SIN com base em Previsões

Climatológicas e Hidrológicas de Longo Prazo -

Aloísio Chaves de Carvalho. Parceiro: Hidrosoft

Engenharia e Informática S/C Ltda.

GT354 - Desenvolvimento de Protótipo de

Sistema de Medição Fasorial Sincronizada - Sônia

Ribeiro Campos Andrade. Parceiros: Concert

Technologies S/A; Universidade Federal de

Minas Gerais

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P R O J E T O S D E P & D

GT358 - Tecnologias integradas de transporte de gás

de carbonização de biomassa e beneficiamento de

subprodutos para co-geração de energia elétrica com

micro-turbinas - Cláudio Homero Ferreira da Silva.

Parceiro: AcelorMittal Bioenergia.

D362 - Desenvolvimento de metodologia e sistema

computacional para suporte à tomada de decisão

nos processos operacionais de distribuição, de

forma otimizada à regulação do serviço de energia

elétrica - Eugenio Amaral Arantes. Parceiro: Centro de

Pesquisas e Desenvolvimento em Telecomunicações.

D419 - Sistema Aéreo Autônomo Avançado para

Múltiplas Aplicações - SAAAMA - Mauricio de

Souza Abreu. Parceiros: Fundação para Inovações

Tecnológicas; Financiadora de Estudos e Projetos FINEP.

D423 - Desenvolvimento de Modelo Funcional

Smart Grid através de integrações sistêmicas

de soluções Inteligentes para automação

da rede de distribuição, infraestrutura

avançada de medição e participação do

consumidor - Daniel Senna Guimarães.

Parceiro: Centro de Pesquisas e Desenvolvimento

em Telecomunicações - CPqD

D424 - Desenvolvimento de uma Plataforma de

Testes de Conformidade e Interoperabilidade de

Dispositivos “Smart Metering” e Desenvolvimento

de uma Solução Segura de Comunicação Híbrida

WMAN-WiMAX para Automação de Rede - Daniel

Senna Guimarães. Parceiro: Fundação para

Inovações Tecnológicas.

Page 31: Revista PeD 2010