Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

44
78 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393 Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02 PAINÉIS RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS NO XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE PERIODONTOLOGIA BRASÍLIA – DF – BRASIL

Transcript of Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

Page 1: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

78 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

PAINÉIS

RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS

NO XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE

PERIODONTOLOGIABRASíLIA – DF – BRASIL

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 78 26/06/2015 13:33:32

Page 2: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

79

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

RESUMOS DOS TRABALHOS PREMIADOS APRESENTADOS NO PAINEL DO XXVI CONGRESSO BRASILEIRO DE PERIODONTOLOGIA

CATEGORIA GRADUAÇÃO

1º LUGAR:GUIA PRÁTICO PARA O AUXILIO DA APRENDIZAGEM E EXECUÇÃO DE RASPAGEM E ALISAMENTO CORONO-RADICULARAutores: Carlos Alexandre Soares Andrade, Valéria Martins de Araújo Carneiro e Wagner Rodrigues Duarte.

2º LUGAR: IMUNOPATOGÊNESE DA PERIODONTITE: UMA BREVE REVISÃO DOS MECANISMOS CELULARES E MOLECULARESAutores: Júlia Faria Nunes, Maria do Carmo Machado Guimarães, Valéria Martins de Araújo Carneiro, André Cruz de Sousa, Anne Caroline Eleutério Leite.

CATEGORIA PÓS-GRADUAÇÃO

1º LUGAR: REABILITAÇÃO ESTÉTICA IMEDIATA COM IMPLANTE EM ALVÉOLO COMPROMETIDOAutores: Luiz Guilherme Freitas de Paula, Fausto Frizzera Borges Filho, Camila Cruz Lorenzetti, Lívia Jacovassi Tavares, Rosemary Adriana Chierici Marcantonio, Elcio Marcantonio Junior.

2º LUGAR:PROTOCOLO DE HIGIENE ORAL NA UTIAutores: Eliane Rocha Cardoso, Giovana Valle Vieira, Celi Vieira, Camila Freitas.

MENÇÕES HONROSAS:

AVALIAÇÃO DO EFEITO ADJUVANTE DE BACTÉRIAS PROBIÓTICAS DO GÊNERO BIFIDOBACTERIUM NO TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO DA PERIODONTITE EXPERIMENTAL EM RATOSAutores: Pedro Henrique Felix Silva, Gustavo Carvalho, Luiz Fernando Ferreira, Flávia Furlaneto, Michel Messora.

INFLUÊNCIA DA LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO RECOBRIMENTO RADICULAR ASSOCIADO À TÉCNICA DE ENXERTO CONJUNTIVO EM FUMANTES. ESTUDO PILOTOAutores: Marcus Vinícius Alves Fonseca, Stephanie Botti Fernandes Dias, Warley David Kerbauy, Maria Aparecida Neves Jardini, Mauro Pedrine Santamaria.

AVALIAÇÃO DO EFEITO ADJUVANTE DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA NO TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO DA PERIODONTITE AGRESSIVAAutores: Felipe Torres Dantas, André Luís Gomes Moreira, Paula Gabriela Faciola Pessôa de Oliveira, Arthur Belém Novaes Júnior, Michel Reis Messora.

COMPARAÇÕES CLíNICAS E MICROBIOLÓGICAS DE INDIVíDUOS EXPOSTOS E NÃO EXPOSTOS AO CRACkAutores: Maísa Casarin, Raquel Pippi Antoniazzi, Rodrigo de Almeida Vaucher, Carlos Alberto Feldens, Fabricio Batistin Zanatta.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 79 26/06/2015 13:33:32

Page 3: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

80 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

RESUMOS DOS TRABALHOS APRESENTADOS NO PAINEL DO XXVI CONGRESSO BRASILEIRODE PERIODONTOLOGIA

INFLUÊNCIA DA CESSAÇÃO DO HÁBITO DE FUMAR NA CONDIÇÃO PERIODONTAL

Autores: Liana Linhares Lima Serra*, Igor de Sousa Bringel, Luciana Salles Branco de Almeida, Cláudia Maria Coelho Alves, Adriana de Fátima Vasconcelos PereiraFiliação: *Universidade Federal do MaranhãoE-mail: [email protected]

RESUMOEste estudo retrospectivo foi baseado na avaliação de fichas clínicas de ex-fumantes, de ambos os gêneros, na faixa etária de 18 a 59 anos, atendidos na Clínica de Periodontia da UFMA, entre os anos de 2010 a 2013. Foram incluídos 74 ex-fumantes que cessaram o hábito pelo menos 1 ano antes do início da pesquisa. O nível de exposição ao fumo foi categorizado em períodos de ≤10 anos, entre 11-20 anos, entre 21-30 anos e ≥ 31 anos. Os dados sobre os parâmetros periodontais e perda dentária foram submetidos à análise descritiva e ao teste Kruskal-Wallis com nível de significância de 5%; 36 pacientes (48,64%) eram homens e 38 (51,36%) mulheres. Em sua maioria, os pacientes eram casados (56,76%) e possuíam emprego formal (63,51%). Em relação ao tempo de cessação do hábito, a predominância foi maior entre os ex-fumantes que haviam parado de fumar até 10 anos (51,35%). A menor média de índice de sangramento gengival foi encontrada em ex-fumantes com mais de 31 anos de cessação (10,00±28,28). A prevalência do envolvimento de furca foi maior entre os pacientes de até 10 anos de cessação. A mobilidade dentária foi de grau 1- ex-fumantes até 10 anos (45,83%); grau 2- ex-fumantes de 11 a 20 anos (57,69%); grau 3- ex-fumantes de 21 a 30 anos (100%). Para a perda dentária, a predominância foi maior entre os ex-fumantes ≤10 anos de até 8 dentes (61,11%). Concluiu-se que quanto maior foi o tempo de cessação do hábito de fumar, melhores foram os diagnósticos periodontais.

DOENÇA PERI-IMPLANTAR: DIAGNÓSTICO, CAUSA E TRATAMENTO- RELATO DE CASO

Autores: Sâmara Silva Tomaz*, Sérgio Eduardo Braga da CruzFiliação: *Universidade Paulista- UNIP/BrasíliaE-mail: [email protected]

RESUMOA implantodontia é importante no processo de reabilitação oral e cada vez mais os pacientes e profissionais optam por ela no planejamento do tratamento. Porém, a longevidade dos implantes pode ser comprometida por fatores como a doença peri-implantar. A doença peri-implantar é definida por: mucosite peri-implantar, inflamação reversível dos tecidos moles ao redor dos implantes; e peri-implantite, inflamação local destrutiva de osso marginal com formação de bolsa peri-implantar. Este estudo relata um caso clínico de um paciente com peri-implantite, no qual foi proposto a adequação prévia do meio bucal, a utilização de antibióticos e analgésicos, associada com bochecho clorexidina 0,12%, seguida de terapia regenerativa mediante enxerto ósseo. O paciente foi avaliado por um período de uma semana, quinze dias, um mês e três meses após o tratamento, sendo que se observou uma leve abertura circular de aproximadamente 2,0 mm de raio na área peri-implantar. Na literatura, ainda não está esclarecida qual a melhor estratégia para o tratamento da peri-implantite, considerando sua morfologia, extensão e severidade. Casos clínicos foram apresentados com diferentes terapias, não havendo concordância dos melhores protocolos. É imprescindível que pacientes com implantes façam parte de um programa de manutenção com visitas regulares evitar o aparecimento das doenças peri-implantares ou para que o diagnóstico precoce seja feito, restabelecendo saúde e minimizando possíveis consequências.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 80 26/06/2015 13:33:32

Page 4: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

81

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

ACURÁCIA E PRECISÃO DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE FEIXE CÔNICO NA DETECÇÃO DE DEFEITOS ÓSSEOS PERIODONTAIS INTERPROXIMAIS EM MANDíBULAS SUíNAS

Autores: Vanessa Camillo de Almeida*, Fernanda Salineiro, Lucas Rodrigues Pinheiro, Marcelo de Gusmão Paraíso Cavalcanti, Cláudio Mendes PannutiFiliação: *Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo – USPE-mail: [email protected]

RESUMOA tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) vem ganhando espaço na odontologia. O objetivo deste estudo foi avaliar acurácia e precisão da TCFC na detecção de defeitos ósseos interproximais de diferentes tamanhos em mandíbulas suínas. A hipótese era de que TCFC seria acurada para detectar lesões incipientes. Após cálculo amostral, foram adquiridas 20 mandíbulas secas, com aplicação de cera para simulação de tecido mole. Cada mandíbula continha 4 áreas experimentais (crista óssea entre 1º e 2º pré-molares e entre 2º pré-molar e 1º molar, ambos os lados). Após aleatorização, foi aplicada bolinha de algodão com ácido perclórico 70-72% para criação dos defeitos ósseos, sendo 20 lesões com exposição ao ácido por 2 horas, 20 por 4 horas, 20 por 6 horas e 20 áreas sem lesões (controles). Após aquisição das tomografias, elas foram analisadas por dois radiologistas treinados. A presença de lesões na mandíbula seca foi considerada o padrão-ouro. A análise estatística determinou sensibilidade, especificidade e acurácia da TCFC. A acurácia da TCFC variou de 0,725 a 0,775. A análise de regressão multinível mostrou que o tamanho da lesão influenciou na sensibilidade. A concordância interexaminador foi razoável e a concordância intraexaminador variou de boa a muito boa. Concluímos que a TCFC foi mais acurada para detecção de defeitos de maior tamanho (6 horas). Além disso, como a precisão foi baixa, a TCFC não parece ser vantajosa na detecção de defeitos periodontais incipientes.

AUMENTO DE COROA CLÍNICA PARA CORREÇÃO DE SORRISO GENGIVAL: RELATO DE CASO CLÍNICO

Autores: Luís Carlos Leal-Santana*, Camila Cristina de Foggi, Cássio Rocha Scardueli, Fausto Frizzera, Élcio Marcantonio JrFiliação: *Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESPE-mail: [email protected]

RESUMOO sorriso gengival ocorre devido à erupção dental passiva alterada, levando à exposição excessiva de gengiva além dos limites cervicais do elemento dental. O aumento da demanda estética e a autopercepção desta condição por pacientes impulsionaram a busca por técnicas que solucionassem seus anseios. Assim, este trabalho visa apresentar a técnica para aumento de coroa clínica e discutir aspectos estéticos de interesse periodontal a partir do resultado obtido de um caso clínico. A paciente S.F., gênero feminino, apresentou-se com queixa de exposição gengival excessiva e de coroas clínicas curtas na região anterior do arco superior. Após exame clínico, a paciente foi diagnosticada com sorriso gengival. Assim, utilizando-se uma sonda periodontal, foi realizada a profundidade de sondagem e medida a distância da crista óssea à junção cemento-esmalte. Foi empregada a técnica de gengivectomia associada à osteoplastia para o reestabelecimento do espaço biológico. Após o período de cicatrização, foi possível observar a restauração das relações harmônicas do sorriso e do espaço biológico. Assim, com base no resultado obtido, o aumento de coroa clínica mostrou-se uma técnica eficaz, possibilitando atender às expectativas da paciente.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 81 26/06/2015 13:33:32

Page 5: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

82 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

AVALIAÇÃO DAS CARACTERíSTICAS E COMPORTAMENTOS DOS TECIDOS PERIODONTAIS NO TRATAMENTO CIRÚRGICO DE ERUPÇÃO PASSIVA ALTERADA

Autores: Aline Thomazelli Peres Tomazoli*, Jéssica Marques Soumaille, Dimitris N. Tatakis, Cléverson de Oliveira e SilvaFiliação: *Universidade Estadual de MaringáE-mail: [email protected]

RESUMOA erupção passiva alterada (EPA) pode resultar em queixa estética por parte dos pacientes. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar o comportamento dos tecidos periodontais após a cirurgia para tratamento da EPA. Vinte e dois indivíduos diagnosticados com EPA receberam tratamento cirúrgico por meio de gengivoplastia associada a osteotomia entre os dentes 13 e 23 e foram acompanhados durante os períodos de 7, 15, 30, 90 e 180 dias pós-operatórios. Analisou-se: tamanho da coroa, altura gengival, profundidade de sondagem, sangramento à sondagem e as distâncias entre margem gengival - junção cemento-esmalte (JCE), JCE - crista óssea alveolar (COA). Os dados foram submetidos ao teste estatístico ANOVA de medidas repetidas e teste de correlação de Pearson com nível de significância de 5%. Observou-se uma redução do espaço biológico de cerca de 0,3 mm, um aumento da coroa clínica de 1,4 mm (p<0,05) e uma redução de 0,9 mm na altura da gengiva inserida (p<0,05) durante o período de observação do estudo. Os incisivos centrais foram os dentes mais afetados com a EPA, apresentando a menor distância entre a JCE-COA (1,0 mm). Concluiu-se que o tratamento promoveu um aumento da coroa clínica e diminuição da altura gengival, mantendo esses níveis estáveis ao longo do tempo, e ainda promoveu uma diminuição do espaço biológico.

TRATAMENTO DE DESARMONIA GENGIVAL ANTERIOR COM CIRURGIA PLÁSTICA PERIODONTAL

Autores: Lauren Frenzel Schuch*, Josué Martos, Luis Eduardo Rilling da Nova Cruz, Suzanne Mendes de AlmeidaFiliação: *Universidade Federal de PelotasE-mail: [email protected]

RESUMOMuitos pacientes procuram atendimento odontológico em busca da correção do sorriso gengival, que apresenta como característica fundamental uma ampla faixa gengival exposta, exemplificado por uma linha alta e formando uma condição considerada não anatômica. Essa eventualidade clínica pode estar associada a fatores de riscos específicos, como a deficiência na higiene oral, inflamação gengival pré-existente ou a uma combinação de drogas potencialmente indutoras do crescimento gengival. Para a escolha do procedimento cirúrgico correto é preciso avaliar se o aumento gengival advém de um elemento dentário curto, hipertrofia gengival ou uma erupção incompleta, os quais podem ser corrigidos através da gengivectomia ou do retalho posicionado apicalmente, com ou sem redução óssea. O objetivo deste trabalho foi descrever um tratamento cirúrgico periodontal na região dos dentes ântero-superiores com a finalidade de restabelecer a estética periodontal após finalização da mecânica ortodôntica. Conclui-se, portanto, que a gengivectomia associada à plastia gengival viabilizou a estética periodontal do caso clínico apresentado, solucionando a desproporção periodontal de maneira satisfatória.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 82 26/06/2015 13:33:32

Page 6: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

83

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

MORFOLOGIA DE DENTES PERMANENTES E SUA INTER-RELAÇÃO COM O DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS PERIODONTAIS LOCALIZADAS

Autores: Suzanne Mendes de Almeida*, Lauren Frenzel Schuch, Luis Eduardo Rilling da Nova Cruz, Josué MartosFiliação: *Universidade Federal de PelotasE-mail: [email protected]

RESUMOO conhecimento da anatomia radicular e de suas variações de desenvolvimento é uma condição essencial para o tratamento periodontal adequado. Determinadas particularidades anatômicas podem estar relacionadas com a instalação e perpetuação de algumas alterações periodontais localizadas. Alterações morfológicas na estrutura dental são consideradas fatores de risco para a evolução da doença periodontal, uma vez que podem favorecer a retenção de placa bacteriana e cálculo. O objetivo do presente estudo foi revisar na literatura as anomalias de desenvolvimento presentes na anatomia radicular que representam fator predisponente ao aparecimento e progressão da doença periodontal. O controle mecânico do biofilme dentário pode ser influenciado negativamente na presença de concavidades radiculares, projeção cervical de esmalte, defeitos na junção esmalte-cemento, sulcos palato-radiculares, pérolas de esmalte e pré-furca, pela possibilidade de constituírem-se de verdadeiros nichos de retenção bacteriana. Concluímos pelos achados bibliográficos que a presença de anomalias anatômicas é um achado frequente em molares, devendo ser levado em consideração durante o exame e a terapia periodontal.

RESTABELECIMENTO DA ESTÉTICA DENTÁRIA E PERIODONTAL ATRAVÉS DE UMA RESTAURAÇÃO TRANSCIRÚRGICA

Autores: Alexandre De Rossi*, Caroline Fernandes e Silva, Luis Eduardo Rilling da Nova Cruz, Josué MartosFiliação: *Faculdade de Odontologia de Pelotas - UFPel E-mail: [email protected]

RESUMOUma restauração é considerada como satisfatória, quando permite uma interação saudável com todas as estruturas biológicas da cavidade oral, compreendendo necessidades estéticas, anatômicas e fisiológicas. Existem algumas situações clínicas que levam a perda cervical de estrutura dental e invadem a zona do espaço biológico do periodonto como, por exemplo, as fraturas coronárias ou corono-radiculares impossibilitando procedimentos supragengivais, necessitando de intervenções cirúrgico-periodontais. O objetivo deste trabalho é descrever o tratamento restaurador transcirúrgico de um incisivo central superior esquerdo (21) fraturado e com margens subgengivais nas faces vestibular e mesial. A partir do acesso cirúrgico às margens dentais associado a uma plastia da superfície radicular foi realizado o isolamento do campo operatório. Após os procedimentos adesivos de rotina e incrementos de resina composta, partiu-se para a remoção de irregularidades e o refinamento da adaptação do material. O caso apresenta controle clínico-radiográfico de vinte e quatro meses, observa-se a manutenção de uma excelente condição clínica dos tecidos periodontais aliado a um bom controle de placa por parte do paciente. Conclui-se que a abordagem empregada permitiu realizar o procedimento restaurador com adequado contorno e polimento, solucionou o problema restaurador, sem prejuízos para a estética vermelha e para a saúde dos tecidos periodontais.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 83 26/06/2015 13:33:32

Page 7: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

84 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

SEVERIDADE DA PERIODONTITE AGRESSIVA GENERALIZADA, TRATAMENTO PERIODONTAL PRÉVIO E HÁBITOS DE HIGIENE ORAL

Autores: Thais Rodrigues Lima*, Kellyane Thayna Chaves Santiago, Nádia Accioly Pinto Nogueira, Rodrigo Otávio Rêgo, Virginia Régia Souza da SilveiraFiliação: *Universidade Federal do Ceará - Campus SobralE-mail: [email protected]

RESUMOEste estudo teve por objetivo avaliar a relação entre tratamento periodontal prévio (TPP), hábitos de higiene oral e severidade da periodontite agressiva generalizada (PAG). Cinquenta e cinco indivíduos com PAG (28,5 ± 6,1 anos) foram analisados através de Índice de Placa (IP), Índice Gengival (IG), profundidade de sondagem (PS), perda de inserção clínica (PIC), sangramento à sondagem (SS), TPP, frequência de escovação, uso de fio dental e de antissépticos bucais. Médias de IP, IG, PS, PIC e SS de todos os sítios foram respectivamente 33,8% ± 17,9; 13,8% ± 8,5; 3,4 mm ± 0,7; 3,8 mm ± 0,9 e 46,1% ± 17,2. Quanto aos hábitos de higiene oral, 72,7% escovavam os dentes pelo menos três vezes ao dia e 41,8% faziam uso diário de fio dental. Esses dados não foram significantes quando relacionados à severidade da PAG. Indivíduos que nunca haviam recebido TPP (63,6%) apresentaram maior percentual (p<0,05) de sítios com PS 4-6 mm (32,4% ± 13,1%) do que aqueles com TPP (25,5% ± 8,2%). A análise de regressão logística mostrou que indivíduos que haviam sido submetidos à TPP apresentavam uma maior tendência a utilizarem o fio dental (p = 0,005). Conclui-se que indivíduos diagnosticados com PAG que nunca haviam recebido TPP apresentaram maior proporção de sítios com PS moderada do que aqueles que já haviam recebido TPP. Não foram encontradas diferenças significantes entre os hábitos de higiene oral e a severidade da DP na PAG.

ASSOCIAÇÃO ENTRE PERIODONTITE E DIABETES MELLITUS TIPO II EM MULHERES COM DIABETES GESTACIONAL PRÉVIO: UM FOLLOW-UP DE 3 ANOS

Autores: Rafael Paschoal Esteves Lima*, Luís Otávio Miranda Cota, Tarcília Aparecida Silva, Fernando Oliveira CostaFiliação: *Universidade Federal de Minas GeraisE-mail: [email protected]

RESUMOMulheres portadoras de diabetes gestacional (DMG) têm risco aumentado de desenvolver diabetes mellitus (DM) tipo 2 após gestação. O objetivo deste estudo foi analisar a associação entre periodontite e o desenvolvimento do DM tipo 2 em mulheres diagnosticadas com DMG previamente. A amostra foi constituída inicialmente por 90 mulheres com DMG submetidas a exame periodontal (T0). Após aproximadamente 3 anos, 49 mulheres foram submetidas a novo exame periodontal (T1) e foram coletadas características biológicas, comportamentais e sociais de interesse. Adicionalmente, foram solicitados exames de glicemia em jejum e hemoglobina glicada para diagnóstico do DM tipo 2. Os parâmetros periodontais analisados em T0 e T1 incluíram sangramento à sondagem (SS), profundidade de sondagem (PS) e nível clínico de inserção (NCI). A incidência de DM tipo-2 observada foi de 18,4% e de periodontite de 10,2%. Não houve diferença significativa para a incidência de DM tipo 2 entre mulheres com e sem periodontite e nem associação com parâmetros periodontais de extensão e gravidade analisados. Significativa associação entre o índice de massa corporal elevado e DM tipo 2 foi observada. A alta incidência de DM tipo 2 em mulheres com história de DMG justifica a necessidade de identificação de fatores de risco associados. Na amostra estudada não foi observado impacto da periodontite no desenvolvimento do DM tipo 2 em mulheres com DMG prévio.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 84 26/06/2015 13:33:32

Page 8: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

85

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

ENXERTO DE MUCOSA MASTIGATÓRIA PARA CORREÇÃO DE DEFEITO MUCOGENGIVAL - RELATO DE CASO

Autores: Carolina Gordiano Ribeiro*, Laís Oliveira Gomes, Sandro BittencourtFiliação: *Escola Bahiana de Medicina e Saúde PúblicaE-mail: [email protected]

RESUMOO objetivo do presente trabalho é relatar um caso clínico de enxerto de mucosa mastigatória para tratamento de defeito mucogengival, visando recobrimento radicular parcial e, principalmente, aumento de tecido queratinizado na área da unidade 31. Paciente N.P.M, com 31 anos de idade, apresentava história pregressa de periodontite crônica, recessão gengival vestibular classe III de Miller e exposição radicular na unidade 31 com comprometimento endodôntico. Após tratamento periodontal básico, realizou-se tratamento endodôntico na unidade referida e foi proposta a realização de enxerto de mucosa mastigatória na mesma unidade. O procedimento cirúrgico foi iniciado por uma apicectomia, por conta da exposição do ápice, e plastia radicular para diminuir a convexidade radicular. Posteriormente, um leito receptor, de retalho parcial, foi preparado. O enxerto foi removido do palato e estabilizado no leito receptor com suturas simples. A remoção das suturas foi realizada após sete dias no palato e quinze dias na região enxertada. O enxerto proporcionou um ganho de tecido queratinizado, recobrimento radicular parcial, melhora na higienização da paciente e manutenção da unidade em boca.

CIRURGIA PERIODONTAL PARA EXCISÃO DE GRANULOMA PIOGÊNICO EM REGIÃO DE INCISIVOS SUPERIORES

Autores: Caroline Fernandes e Silva*, Josué Martos, Luis Eduardo Rilling da Nova CruzFiliação: *Universidade Federal de PelotasE-mail: [email protected]

RESUMOO granuloma piogênico ou tumor gravídico consiste em uma lesão proliferativa não neoplásica de característica reacional, composta por tecido de granulação com extensa vascularização. Em geral, o granuloma piogênico está associado a uma alteração periodontal inflamatória aliada a fatores hormonais como o estado gestacional. O objetivo deste trabalho é descrever o tratamento cirúrgico periodontal de uma paciente gestante com presença de granuloma intra-oral na região ântero-superior. Após exame clínico verificou-se a presença de um nódulo na mucosa jugal esquerda na região de incisivos superiores apresentando características fibrosa, eritematosa, pediculada, com superfície irregular e ulcerada. A lesão apresentava-se sangrante e com evolução clínica de aproximadamente quatro meses. O tratamento eleito foi a excisão cirúrgica periodontal da lesão aliada a uma pequena plastia da área. Após a excisão da lesão efetuou-se a sutura e proteção da região com cimento cirúrgico além da prescrição de gluconato de clorexidina para manutenção periodontal. A análise histopatológica revelou ulceração e proliferação vascular similar a tecido de granulação. Após 30 dias de proservação clínico-cirúrgica a paciente apresentou processo de cicatrização dentro dos parâmetros biofisiológicos dos tecidos periodontais envolvidos. Dessa forma, conclui-se pelo caso clínico exposto que a terapia cirúrgica excisional associada à plastia periodontal se mostrou efetivo para resolução do granuloma piogênico.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 85 26/06/2015 13:33:32

Page 9: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

86 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES MEMBRANAS DE COLÁGENO, UTILIZADAS EM REGENERAÇÃO TECIDUAL GUIADA, POR MEIO DE MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA

Autores: Fernando Antônio Mauad De Abreu*, Bruno Machado Bertassoli, Juliano Douglas Silva Albergaria, Gerluza Aparecida Borges Silva, Erika Cristina JorgeFiliação: *Instituto de Ciências Biológicas da UFMGE-mail: [email protected]

RESUMOO colágeno vem sendo utilizado como material de escolha para biomateriais absorvíveis. A ligação cruzada (cross-link) de membranas de colágeno, utilizadas na Regeneração Tecidual Guiada (RTG), aumenta seu tempo de bioabsorção e estabilidade estrutural, no entanto membranas sem ligação cruzada são excelentes agentes hemostáticos, devido sua porosidade que viabiliza uma maior colonização celular. Esse estudo avaliou, por meio de microscopia eletrônica de varredura (MEV), a estrutura microscópica, topografia e contaminação de superfície de cinco membranas de colágeno, comercialmente disponíveis: Bio-Gide®(BG), Mucografth®(MG), Surgidry Filme®(SF), Surgidry Esponja®(SE) e Lyostypt®(LY). Os resultados demonstraram diferenças consideráveis entre as membranas, com e sem ligação cruzada, variando no desenho de sua topografia, dos poros e espessura. Não foram observados contaminação de superfície. Foi observada uma estrutura microscópica mista na membrana MG, sugerindo ser formada por colágeno com e sem ligação cruzada. Concluímos que, apesar de serem direcionadas ao uso de uma mesma técnica cirúrgica, a RTG, a estrutura e topografia desses biomateriais se diferenciam consideravelmente, de acordo com o tratamento do colágeno. Como perspectivas, novos estudos devem ser conduzidos, envolvendo cultura celular sobre essas membranas, para entendermos melhor a influência dessas diferenças estruturais no comportamento celular.

UTILIZAÇÃO DE MATRIZ COLÁGENA SUíNA PARA AUMENTO DE FAIXA DE TECIDO CERATINIZADO EM ÁREA EDÊNTULA VISANDO À INSTALAÇÃO DE IMPLANTES OSSEOINTEGRADOS

Autores: Uislen Berian Cadore*, Danilo Maeda Reino, Rafael Verleigia Mantovani, Leandro Fabiano Alves da Costa, José Augusto Gabarra Jr., Sérgio Luís Scombatti de SouzaFiliação: Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto- Universidade de São PauloE-mail: [email protected]

RESUMOSabe-se atualmente que em condições de saúde periodontal, ou seja, com controle adequado de biofilme profissional/ paciente e ausência de inflamação, a presença de mucosa ceratinizada não é necessária para o equilíbrio da saúde periodontal. Esta discussão estende-se às áreas reabilitadas com implantes osseointegrados, não havendo ainda um consenso da quantidade de tecido ceratinizado necessário. Entretanto, estudos clínicos demonstraram que a ausência de mucosa ceratinizada ao redor de implantes aumenta o acúmulo de placa e a persistência da inflamação, tendo como resultado em longo prazo a perda óssea ao redor dos implantes. Este trabalho visa descrever um caso clínico de cirurgia utilizando matriz colágena suína enxertada sobre área edêntula objetivando ganho de faixa de tecido ceratinizado. Para tal, foi realizada incisão horizontal na linha mucogengival associada a incisões verticais relaxantes de espessura parcial, determinando um leito cirúrgico com periósteo. Sobre ele, foi posicionada e suturada com fio de nylon 5-0 matriz colágena suína (Mucograft, Geistlich, Suíça). O paciente recebeu acompanhamento profissional por 5 meses pós-operatórios. Após este período, houve aumento da faixa de tecido ceratinizado em 3 mm, com formação de novo tecido com aspecto compatível com saúde. Concluiu-se que o ganho obtido vai permitir a instalação de implantes osseointegrados em uma área com maior quantidade de mucosa ceratinizada.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 86 26/06/2015 13:33:32

Page 10: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

87

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

ASPECTOS RADIOGRÁFICOS DAS PERIODONTOPATIAS NA WEB

Autores: Leticia Soares Chaves Pires*, Fernanda Maciel Fernandes, Lorrany Alessa Pamplona Borba, Patricia de Oliveira Santos, Paula Renata Damasceno Oliveira, Ismar Nery NetoFiliação: *Faculdade UniEvangelica de AnapolisE-mail: [email protected]

RESUMOMesmo com todo o desenvolvimento tecnológico-digital das últimas décadas, poucos são os endereços eletrônicos que disponibilizam trabalhos e materiais didáticos com fundamentação científica. O presente estudo procura suprir parte desta lacuna através de um material didático digital sobre os aspectos radiográficos da doença periodontal. O objetivo foi desenvolver um material didático online gratuito para o estudo dos aspectos radiográficos das periodontopatias no site do Curso de Odontologia de Anápolis-UniEVANGÉLICA. Foram analisadas as radiografias de 300 prontuários obtidos de pacientes atendidos na Clínica Escola do Curso de Odontologia-UniEVANGÉLICA, que apresentavam PSR (Periodontal Screenningand Recording) com valores 3 e 4. As radiografias foram digitalizadas em um scanner HP modelo G4050 e tratadas nos programas Adobe Photoshop e Radiocef Studio 2.0. A revisão de literatura foi realizada através de artigos científicos e livros didáticos sobre a doença periodontal. As imagens digitais obtidas dos prontuários foram utilizadas para exemplificar os fatores envolvidos, estágios da periodontite e para compor um banco de imagens livres para que o internauta possa usá-las em seus estudos ou trabalhos. Conclusão O material didático online produzido poderá ser utilizado como ferramenta de ensino, estudo e aprendizagem sobre os aspectos radiográficos das periodontopatias, tanto por acadêmicos como por profissionais da odontologia.

AVALIAÇÃO DAS CONDIÇÕES PERIODONTAIS ANTES ES APÓS TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO-CIRÚRGICO EM MULHERES PORTADORAS DE CÂNCER DE MAMA SOB QUIMIOTERAPIA

Autores: Kelly Rocio Vargas Villafuerte*, Felipe Torres Dantas, Michel Reis Messora, Hélio Humberto Angotti Carrara, Daniela Bazan PaliotoFiliação: *Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto - Universidade de São PauloE-mail: [email protected]

RESUMOCerca de 70% dos pacientes com câncer recebem quimioterapia no decorrer do tratamento e severas complicações bucais podem surgir. O objetivo deste estudo foi avaliar as condições periodontais antes e após tratamento periodontal não–cirúrgico (TPNC) em pacientes com câncer de mama sob quimioterapia e, monitorar as condições clínicas e sistêmicas dessas pacientes. 59 participantes foram divididas em quatro grupos: saudáveis (SAU n = 16); com câncer e sem doença periodontal (CAN n = 15); sem câncer e com doença periodontal (DP n = 18); com câncer e doença periodontal (CAN-DP n = 10). Foram avaliados: índice de placa (IP), índice gengival (IG), profundidade de sondagem (PS), nível clínico de inserção (NCI) e os níveis de proteína c-reativa (PCR) no baseline, aos 45 e 90 dias após TPNC. Comparações inter e intra-grupos foram avaliadas pelo test Post-Hoc de Bonferroni e pelo teste ANOVA. Após TPNC, observou-se uma redução significativa (p<0,05) de PS e ganho do NCI no grupo DP aos 90 dias em relação ao baseline. O grupo CAN-DP exibiu maior frequência de bolsas residuais comparado ao grupo DP. Houve redução significativa do IP e IG aos 45, 90 dias (p<0,05) em todos os grupos. Em relação aos níveis de PCR, os grupos DP e CAN apresentaram redução significativa aos 45 dias. Pode-se concluir que a TPNC reduz os marcadores clínicos inflamatórios de gengivite e de periodontite e os parâmetros hematológicos tanto em pacientes saudáveis como nos pacientes com câncer e em quimioterapia.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 87 26/06/2015 13:33:32

Page 11: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

88 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

TÉCNICA DO ROLO MODIFICADA PARA CORREÇÃO DE DEFEITOS NA MAXILA ANTERIOR: RELATO DE CASO

Autores: Gustav Guimaraes*, Maria Rosa Felix Sousa Gomide Guimarães, Mariane Azuma, Diego Valentim, Eloi Dezan Junior, Luciano Tavares Angelo CintraFiliação: *Faculdade São Lucas - Porto Velho/ROE-mail: [email protected]

RESUMODefeitos na crista óssea alveolar são frequentemente encontrados em pacientes parcialmente desdentados. Estes defeitos podem estar relacionados com várias causas, incluindo extrações traumáticas, extrações de dentes com extensa perda óssea devido às lesões periodontais ou patologias periapicais, transtornos do desenvolvimento, trauma externo e tumores. Desta forma a reabilitação com próteses se torna comprometida e o resultado estético desejável não pode ser obtido caso ocorra quebra da harmonia entre prótese e tecidos moles, mesmo que a aparência e a forma da coroa protética estejam aceitáveis. Além disso, podem ocorrer também problemas na fonética e na higienização oral. Diversas técnicas têm sido sugeridas para corrigir estes tecidos com deformidades, seja, pela regeneração óssea guiada ou procedimentos para aumentar o volume dos tecidos moles. O presente trabalho tem o objetivo de apresentar um relato de caso clínico com uma modificação da técnica do rolo para correção de defeito na maxila anterior, tendo como resultado a redução do tempo de tratamento, redução do risco de necrose do enxerto, restabelecendo as funções mastigatórias, estéticas e fonéticas.

FECHAMENTO DE DIASTEMA ANTERIOR APÓS FRENECTOMIA

Autores: Maria Rosa F.S Gomide Guimarães*, Gustav Guiimarães, Diego Valentim, Mariane Azuma, Eloi Dezan Junior, Luciano Tavares Ângelo CintraFiliação: *Faculdade São Lucas - Porto Velho/ROE-mail: [email protected]

RESUMOO freio labial é uma membrana que une os lábios e bochechas ao processo alveolar. Uma das indicações para a remoção cirúrgica do freio é a prevenção da formação e permanência do diastema anterior ou a forma de tratamento para o diastema já instalado. Quando localizado entre os incisivos centrais superiores se torna um problema estético, relativamente comum durante a dentição mista e que pode ter causas patológicas ou estar relacionado com os fatores de desenvolvimento. Como tratamento existe os procedimentos restauradores, cirurgia de frenectomia e a ortodontia. O objetivo deste trabalho é apresentar um relato de caso de uma paciente de 9 anos de idade com inserção alta do freio labial e presença de diastema anterior cujo o tratamento proposto foi a cirurgia de frenectomia sem nenhuma intervenção ortodôntica. O fechamento natural do diastema foi observado após 2 meses e a paciente foi acompanhada durante 4 anos após o procedimento. O espaço entre os incisivos anteriores superiores permaneceu fechado, não sendo necessário a realização do tratamento ortodôntico ou o fechamento artificial com resina composta.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 88 26/06/2015 13:33:32

Page 12: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

89

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

TRATAMENTO DE RETRAÇÕES GENGIVAIS MÚLTIPLAS UTILIZANDO A MODIFICAÇÃO DA TÉCNICA DE RETALHO POSICIONADO CORONALMENTE ASSOCIADA À MATRIZ COLÁGENA SUíNA

Autores: Luciana Prado Maia*, Helen Fernanda dos Santos, Matheus Soriano GomesFiliação: *Faculdade de Odontologia da Universidade do Oeste Paulista – UNOESTEE-mail: [email protected]

RESUMOQuando retrações gengivais múltiplas estão presentes em áreas estéticas é importante a seleção de técnicas cirúrgicas que permitam que todos os defeitos gengivais sejam corrigidos simultaneamente. Adicionalmente, dependendo do número de dentes envolvidos, uma grande quantidade de tecido doador é necessária, aumentando a morbidade do procedimento cirúrgico e diminuindo a aceitação do paciente. Assim, substitutos para o enxerto de tecido conjuntivo têm sido desenvolvidos, objetivando tornar as cirurgias mais rápidas e com maior taxa de sucesso. O objetivo do presente trabalho é relatar o recobrimento radicular de retrações gengivais múltiplas com o emprego de uma modificação da técnica de retalho posicionado coronalmente sem incisões relaxantes, associada a enxerto de matriz colágena suína (MCS). O paciente compareceu à Clínica de Periodontia da UNOESTE queixando-se de comprometimento estético oral. No exame clínico intra-oral foi observada presença generalizada de retrações gengivais. Após ser submetido a raspagem e alisamento radicular, profilaxia e instrução de higiene bucal, foi realizada cirurgia para o recobrimento das retrações gengivais no sextante superior direito. Após 3 meses de proservação observou-se recobrimento radicular satisfatório, com formação de gengiva inserida, queratinizada e de boa espessura, com satisfação do paciente. Conclui-se que a MCS combinada a técnica de recobrimento sem incisões relaxantes pode ser utilizada com previsibilidade.

USO DE ANFETAMINA E SUA REPERCUSSÃO NA SAÚDE PERIODONTAL - UMA REVISÃO DE LITERATURA

Autores: Rafael Ferreira*, Adriana Campos Passanezi Sant’Ana, Sebastião Luiz Aguiar Greghi, Carla Andreotti Damante, Mariana Schutzer Ragghianti ZangrandoFiliação: *Faculdade de Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo (FOB/USP) E-mail: [email protected]

RESUMOAs anfetaminas são drogas sintéticas que atuam sobre o sistema nervoso central e estimulam a atividade cerebral. Atualmente, essas drogas estimulantes têm sido utilizadas por jovens e adultos de maneira não controlada ou de forma abusiva. Por serem potentes inibidores de apetite e apresentar potencial estimulante, os “rebites” ou “bolinhas” são utilizados por profissionais que precisam de ampla jornada de trabalho (como caminhoneiros e estudantes) ou por pessoas que querem emagrecer. O uso das anfetaminas compromete a saúde bucal devido à negligência com os cuidados de higiene bucal, associada à vasoconstrição periférica e imunossupressão. Este quadro favorece o aparecimento e progressão das doenças periodontais. O objetivo dessa revisão de literatura é abordar os efeitos das anfetaminas na saúde bucal e sistêmica, apresentando também um relato de caso clínico. O abuso de drogas e o vício que elas acarretam têm consequências negativas tanto para os usuários quanto para a sociedade. A abordagem aos usuários de drogas estimulantes deve ter um enfoque multidisciplinar, uma vez que envolve uma interação de fatores biopsicossociais, necessitando de políticas públicas que alcancem esse grupo de indivíduos. Portanto, deve ser considerado a reabilitação global desse paciente, tanto no contexto social em que o individuo está inserido, como para a sua saúde bucal e sistêmica afim de se promover qualidade de vida aos mesmos.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 89 26/06/2015 13:33:32

Page 13: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

90 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

SíNDROME METABÓLICA, DESFECHOS PERIODONTAIS E PERDA DENTÁRIA

Autores: Bruna Frizon Greggianin*, Marta Liliana Musskopf, Luciana Dondonis Daudt, Patrícia Weidlich, Fernando Gerchman, Rui Vicente OppermannFiliação: *Universidade Federal do Rio Grande do SulE-mail: [email protected]

RESUMOA síndrome metabólica é uma condição cuja prevalência tem aumentado e existe plausibilidade para uma possível associação entre esta e a periodontite. O objetivo deste estudo foi estudar a possível associação entre síndrome metabólica e periodontite. Foi conduzido um estudo observacional transversal com grupo de comparação (expostos- indivíduos com síndrome metabólica e não expostos- indivíduos sem síndrome metabólica). Os indivíduos foram submetidos a exame periodontal completo, exames sanguíneos e antropométricos. Foi realizada análise uni e multivariada com ajuste para idade, sexo, hábito de fumar, anos de estudo e nível socioeconômico. Na análise univariada, a síndrome metabólica apresentou razão de prevalência de 1,62 (IC 95%:1,13-2,34) em relação à periodontite como desfecho dicotômico (presente se perda de inserção ≥6 mm em pelo menos 2 sítios proximais de dentes diferentes e profundidade de sondagem ≥5 mm em pelo menos 1 sítio proximal). No modelo ajustado passou para 1,16 (IC95%:0,83-1,63). Síndrome metabólica esteve associada com média de perda de inserção mesmo após ajuste na análise total 1,16(IC 95%:1-1,34) e por faixa etária para a faixa de 41-60 anos 1,2(IC 95%:1,01-1,42) e também com perda dentária (>6 dentes) 1,23(IC 95%:1,02-1,49) para todas as idades, tanto nas análises cruas como ajustadas. Pode-se concluir que existe uma associação significativa entre síndrome metabólica e ambas perda de inserção e perda dentária.

USO DE MEDICAÇÃO ANALGÉSICA APÓS TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO CIRÚRGICO

Autores: Fernanda Carpes Milanesi*, Caroline Schirmer Fraga Pereira, Mariane Domingues Botti, Maria Beatriz Cardoso Ferreira, Patricia WeidlichFiliação: *Mestrado em Periodontia UFRGSE-mail: [email protected]

RESUMOEste estudo transversal teve por objetivo avaliar uso de analgésico em pacientes com periodontite submetidos a tratamento periodontal não cirúrgico. Foram avaliados 132 pacientes com periodontite e com indicação de raspagem e alisamento radicular subgengival (RASUB), tratados por alunos de graduação e pós-graduação em Periodontia da Faculdade de Odontologia da UFRGS. Durante a RASUB, foram seguidos todos os requisitos necessários para a efetividade na realização da técnica e minimização de eventos que possam gerar desconforto adicional no período pós-operatório. Ao final do procedimento, foram orientados a preencher a ficha de controle de dor no período pós-operatório, na qual era registrado, entre outros dados, a necessidade de uso de analgésico, o horário e o tipo de medicação utilizada. Foram fornecidos oito comprimidos de paracetamol 500mg a cada paciente, para uso em esquema de demanda. A maior frequência de uso de analgésico ocorreu 2 horas após o procedimento, quando 33% dos pacientes sentiram necessidade de usar analgésico. A frequência do uso de analgésico não esteve associada com número de dentes instrumentados na sessão (p = 0.98), profundidade de sondagem (p = 0,81), gênero (p = 0,38) e tabagismo (p = 0,11). Conclui-se que o uso de analgésico no período pós-operatorio de RASUB não está associado com o grau de inflamação periodontal e o número de dentes tratados na sessão.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 90 26/06/2015 13:33:32

Page 14: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

91

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

ÁCIDO HIALURÔNICO AUMENTA A DEPOSIÇÃO DE MATRIZ ÓSSEA ASSOCIADO AO MAIOR NÚMERO DE CÉLULAS POSITIVAS PARA O RECEPTOR 1B DA PROTEíNA OSTEOMORFOGENÉTICA

Autores: Laura Savaris Tozzo*, Danilo Gustavo Pulita Alanis, Sônia Mara Luczyszyn, Sung Hyun Kin, Vinicius Augusto Tramontina, Vula PapalexiouFiliação: *Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)E-mail: [email protected]

RESUMOA recuperação de tecido ósseo perdido, com baixa morbidade e alta taxa de regeneração tecidual, tem sido fundamental para reabilitação de alguns pacientes. Muitos biomateriais tem sido testados, isoladamente ou em associação, como o ácido hialurônico (AH). O objetivo deste estudo foi analisar a expressão de BMPR-IB, por análise imunoistoquímica, em defeitos criados artificialmente em tíbia de coelho, com e sem a presença de AH gel. Para tanto, 45 coelhos albinos receberam duas perfurações na tíbia, medindo 4,1 mm de diâmetro e 2,0 mm de profundidade. Um defeito foi preenchido por coágulo (grupo controle) e outro por AH (grupo experimental). As peças cirúrgicas foram removidas após a morte dos animais com 20, 30 e 40 dias e foram fixadas, desmineralizadas e incluídas em parafina para análise imunoistoquímica. Foi quantificada a percentagem de matriz óssea neoformada e contado o número de células BMPR-1B+. Nos grupos controles, o número de células BMPR-IB+ aumentou (p<0,05), enquanto nos grupos experimentais houve diminuição do número destas células (p<0,05) com o tempo de tratamento. No entanto, no grupo controle de 40 dias, o número de células BMPR-IB+ foi menor que no grupo experimental de 20 dias. A utilização do AH promoveu aumento da deposição de matriz óssea comparada ao coágulo (p<0,05) e esta ocorreu de forma mais rápida e densa, resultando em maior formação de tecido ósseo.

TRATAMENTO PERIODONTAL A PARTIR DO TRANSPLANTE AUTÓLOGO DE CÉLULAS TRONCO MONONUCLEARES DA MEDULA ÓSSEA: CD45+ E CD34

Autores: Vula Papalexiou*, Gustavo Sartori, Vinícius Augusto Tramontina, Sung Hyun Kim, Sônia Mara LuczysynFiliação: *Pontifícia Universidade Católica do Paraná E-mail: [email protected]

RESUMOA restauração do periodonto destruído pela doença periodontal, tem novas perspectivas com os avanços nas pesquisas com células tronco. Este estudo avaliou o transplante autólogo das células tronco mononucleares da medula óssea associada ao tratamento convencional da periodontite. Foram avaliados 54 ratos Wistar, divididos em dois grupos. Terapia Periodontal Convencional (TPC) e Terapia Periodontal Convencional com Transplante de Células Tronco Mononucleares (TPC+CTMN). Nos dois grupos foi induzida a doença periodontal nos primeiros molares inferiores do lado esquerdo. Histologicamente avaliou-se: angiogênese (Hematoxilina e Eosina), colágeno tipo I e tipo III (Picrosirius red). A presença de hemáceas no vaso sanguíneo foi utilizada como critério para a contagem do número de vasos. Para análise de fibras colágeno tipo I e tipo III foi realizada análise digital por birrefringência utilizando o Image Pro Plus. Na comparação dos grupos foi utilizado o teste t-Student para amostras independentes. No grupo TPC+CTMN a média do número de vasos e a percentagem de colágeno tipo I foi significantemente menor que no grupo TPC (p = 0,003). A média de colágeno tipo III foi significante menor que no grupo TPC+CTMN em relação ao grupo TPC (p = 0,0001). A terapia periodontal convencional associada ao transplante autólogo de células tronco mononucleares proporcionou uma melhora na vascularização do periodonto afetado pela doença periodontal quando comparado à terapia periodontal convencional.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 91 26/06/2015 13:33:32

Page 15: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

92 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

AVALIAÇÃO DO REPARO ÓSSEO COM A UTILIZAÇÃO DA FIBRINA RICA EM PLAQUETAS ASSOCIADA OU NÃO A ENXERTO BOVINO ANORGÂNICO. ESTUDO HISTOLÓGICO EM COELHOS

Autores: Sonia Mara Luczyszyn*, Aníbal Soleil Abatte Filho, Sung Huyn Kim, Vinícius Augusto Tramontina, Vula PapalexiouFiliação: *Pontifícia Universidade Católica do ParanáE-mail: [email protected]

RESUMOApós a extração dentária, o processo alveolar sofre uma gradual atrofia fisiológica, impossibilitando ou dificultando a instalação de implantes. Alguns autores preconizam a utilização de concentrados de plaquetas para acelerar a regeneração óssea. A fibrina rica em plaquetas e leucócitos tem sido utilizada para cicatrização de tecidos moles ou duros na Periodontia e Cirurgias Maxilo Faciais. O Bio-Oss® é um osso de origem bovina, desproteinado, usado em cirurgias de rebordo alveolar e levantamento de seio maxilar, servindo como arcabouço para crescimento do novo tecido ósseo. O objetivo do presente estudo foi avaliar, histologicamente, o processo de reparo ósseo e o potencial regenerativo da fibrina rica em plaquetas (L-PRF) e do osso bovino anorgânico (Bio-Oss), associados ou não, em defeitos criados na calvária de coelhos. Foram criados 4 defeitos de 7 mm de diâmetro na calvária de 20 coelhos. Os defeitos foram preenchidos com um dos seguintes materiais: L-PRF; L-PRF + Bio-Oss; Bio-Oss e um dos defeitos serviu como controle. Os animais foram mortos após 60 dias e os defeitos avaliados histologicamente. . Uma grande porcentagem de formação óssea foi encontrada no grupo L-PRF. Com relação ao preenchimento ósseo, o grupo Bio-Oss apresentou a maior média de preenchimento. O L-PRF levou a maior formação óssea e sua associação com o Bio-Oss mostrou-se favorável, permitindo maior ganho de volume de tecido formado.

CORRELAÇÃO ENTRE DIFERENTES MEDIDAS DE AVALIAÇÃO DA INSERÇÃO PERIODONTAL RESIDUAL - RESULTADOS PARCIAIS

Autores: Alessandra Pascotini Grellmann*, Fabiane Ames, Juliana Maier, Danilo Antonio Milbradt Dutra, Fabricio Batistin ZanattaFiliação: *Universidade Federal de Santa MariaE-mail: [email protected]

RESUMOA tomada de decisão deve ser realizada com base no diagnóstico acurado e em uma adequada estimação do prognóstico do caso. O estudo objetivou avaliar a correlação entre diferentes formas de avaliação da inserção periodontal remanescente. 32 dentes com indicação prévia de exodontia foram avaliados quanto a medidas clínicas, radiográficas e microscópicas. Previamente à exodontia, as medidas do Nível de Inserção Clínico (NIC) e da inserção óssea radiográfica foram utilizadas para a estimação da Inserção Periodontal Remanescente Clínica (IPRC) e Inserção Óssea Remanescente (IOR), respectivamente. Após as exodontias, os dentes foram armazenados em solução aquosa de Etanol a 10% e posteriormente corados com Hematoxilina 5%, para a área de ligamento periodontal remanescente ser avaliada (IPRL - padrão ouro). Correlações entre a IPRC e IOR com o padrão ouro e uma regressão linear simples e múltipla foram realizadas. Nas análises de regressão estratificadas para PS, estratos de PS e NIC superiores (>5 mm e >7 mm, respectivamente) mostraram coeficientes de determinação maiores que os radiográficos. Entretanto, de uma forma geral, foram encontrados maiores coeficientes quando as avaliações clínicas e radiográficas foram associadas (entre 0,66 - 0,77), independente da medida PS e NIC. Concluiu-se que o Exame Clínico (IPRC) e o Exame Radiográfico (IOR) apresentam forte correlação com o exame microscópico (IPRL) e que a associação desses dois exames aumenta a acurácia da avaliação da IPRC.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 92 26/06/2015 13:33:32

Page 16: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

93

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

AVALIAÇÃO DO EFEITO ADJUVANTE DA TERAPIA FOTODINÂMICA ANTIMICROBIANA NO TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO DA PERIODONTITE AGRESSIVA

Autores: Felipe Torres Dantas*, André Luís Gomes Moreira, Paula Gabriela Faciola Pessôa de Oliveira, Arthur Belém Novaes Júnior, Michel Reis MessoraFiliação: *Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FORP-USP)E-mail: [email protected]

RESUMOO tratamento da periodontite agressiva (PA) representa um desafio para os clínicos, pois não existem protocolos padronizados para um controle eficiente da doença. O propósito deste estudo foi avaliar o efeito de múltiplas aplicações da Terapia Fotodinâmica antimicrobiana (TFDa) como adjuvante ao tratamento periodontal não cirúrgico em pacientes com PA. Com um modelo de estudo do tipo boca dividida, 20 pacientes com PA foram tratados com TFDa (Grupo Teste) associada à raspagem e alisamento radicular (RAR) ou apenas RAR (Grupo Controle). As aplicações da TFDa foram realizadas em 4 episódios (dias 0, 2, 7 e 14). Todos os pacientes foram acompanhados por 90 dias. Os seguintes parâmetros clínicos e microbiológicos foram analisados: I) profundidade de sondagem (PS) e nível de inserção clínico (NIC); II) contagem de 40 espécies subgengivais em amostras de placa bacteriana (checkerboard DNA-DNA hybridization ). Os dados obtidos foram estatisticamente analisados. Na análise de bolsas periodontais profundas, o Grupo Teste apresentou diminuição de PS e ganho de inserção clínica significativamente maiores que os do Grupo Controle aos 90 dias (p<0,05). O Grupo Teste apresentou menor quantidade de patógenos periodontais dos complexos vermelho e laranja que o Grupo Controle (p<0.05). Pode-se concluir que a utilização de aplicações múltiplas da TFDa promove benefícios adicionais à RAR em pacientes com PA, melhorando os parâmetros clínicos e microbiológicos periodontais.

CONDIÇÃO PERIODONTAL E CÂNCER DE MAMA: UM ESTUDO CASO-CONTROLE. RESULTADOS PARCIAIS

Autores: Camila Silveira Sfreddo*, Juliana Maier, Carlos Heitor Cunha MoreiraFiliação: *Universidade Federal de Santa MariaE-mail: [email protected]

RESUMOEstudos recentes encontraram associação entre a doença periodontal e alguns tipos de câncer. Nós avaliamos a associação entre periodontite e o câncer de mama. A amostra parcial deste estudo caso-controle compreendeu 67 mulheres com diagnóstico de câncer de mama (casos) atendidas no Hospital Universitário de Santa Maria, Brasil, pareadas por idade e fumo com 67 controles recrutados no mesmo local (abril de 2013 a maio de 2014). Nós realizamos entrevista sobre variáveis sociodemográficas, comportamental e associadas ao câncer, análise do prontuário médico, e exame periodontal completo. Nós consideramos o Nível de Inserção Clínico (NIC) periodontal a variável preditora. Regressão Logística avaliou a associação entre perda de inserção e o câncer de mama. Houve associações entre NIC (P = 0,00), idade (P = 0,03), renda familiar (P = 0,02), idade no nascimento do primeiro filho (P = 0,04) e tempo de amamentação (P = 0,01) e o câncer de mama. Na análise de regressão ajustada para idade, NIC ≥ 1,69 mm [odds ratio (OR) = 2,31; intervalo de confiança (IC) de 95% = 1,02 - 5,24] e idade ≥ 56 anos (OR = 2,17; IC 95% = 1,06 - 4,43) foram associados ao câncer de mama. A associação preliminar entre NIC e câncer de mama sugere que a perda de inserção periodontal pode ser um possível indicador de risco para esse câncer.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 93 26/06/2015 13:33:32

Page 17: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

94 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

EFEITO DE UM DENTIFRíCIO COM TRICLOSAN NA FORMAÇÃO DO BIOFILME SUBGENGIVAL

Autores: Gabriela Otero dos Santos*, Ernesto Andrade, Patricia Weidlich, Sabrina Carvalho Gomes, Rui Vicente OppermannFiliação: *Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGSE-mail: [email protected]

RESUMOO presente ensaio clínico randomizado, cruzado, duplo cego comparou a formação do biofilme subgengival, avaliando Zona Livre de Placa (IZLP), utilizando suspensão de um dentifrício a base de Triclosan e um controle, ao longo de 96h sem controle mecânico. Participaram do estudo 26 estudantes de odontologia. O dentifrício teste (Colgate® Total) e controle (Colgate® MP) foram adquiridos pelo estudo. As suspensões foram preparadas a partir da diluição de 1g em 10 mL de água destilada. Os participantes realizaram 2 bochechos diários com 10ml por 1 minuto. A distribuição do biofilme, de acordo com o IZLP (ausência de depósitos corados = 0, presença de depósitos corados com ZLP = 1, presença de biofilme subgengival = 2), foi levantada a cada 24 horas. Após um interstício de 10 dias a rotina se repetiu com troca das suspensões. Conversões dos escores 0 e 1 para 2 foram avaliadas. Os testes de Friedman e Wilcoxon foram empregados com 5% de significância. As diferenças nas conversões para 2 nas proximais entre teste e controle não foram significativas no período 24-48h No período 48-72h o produto teste resultou em menor percentual de conversões para 2, ou seja, menor presença de biofilme subgengival. No período 72-96h, a relação foi inversa (teste = 32,3% e controle = 30,1%; p = 0,002). Nas superfícies livres não foram observadas diferenças significativas. Conclui-se que o dentifrício teste retarda significativamente a formação do biofilme subgengival em até 72 horas comparado ao controle.

PERDA ÓSSEA PERIAPICAL E MARGINAL RELACIONADA AO INSUCESSO DA TERAPIA ENDODÔNTICA:RELATO DE CASO CLíNICO

Autores: Flavia Cristina Castilho Cucolo*, Ana Emília Farias Pontes, Benedicto Egbert ToledoFiliação: * Fundação Educacional de Barretos- UNIFEB E-mail: [email protected]

RESUMOÉ apresentado um caso de lesão apical endodôntica com comunicação bucal, por fístula aberta na união mucogengival associada a inflamação gengival. A paciente queixou-se de drenagem de secreção purulenta e mal cheiro que se perpetuava há 12 meses. Estava em tratamento ortodôntico e só utilizou bochechos com antissépticos e antibiótico. O exame clínico mostrou, além da fístula, inflamação e recessão gengival e o radiográfico, com rastreamento da fístula, rarefação óssea extensa na região do elemento 21.A cirurgia feita com elevação do tecido desde a margem gengival, mostrou que o defeito tinha 5mm de diâmetro com reabsorção radicular e exposição do material obturador, além de reabsorção de tecido ósseo marginal. A lesão foi removida com curetagem da cavidade óssea e realizada apicectomia radicular com retroinstrumentação e vedação do conduto com MTA e preenchimento da loja com biomaterial e membrana reabsorvível. Não houve intercorrências no período pós-operatório e a sutura foi removida em 10 dias; a comunicação se mantêm fechada, sem queixa de dor, mal cheiro ou secreção purulenta e com remodelação de tecido gengival.Com base nos achados clínicos e radiográficos pode-se concluir que a cirurgia parendodôntica com apicectomia, retroinstrumentação, vedamento com MTA e preenchimento do defeito com biomaterial assegurou o sucesso clínico e reparo ósseo após acompanhamento de 5 anos, permitindo a complementação funcional e estética.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 94 26/06/2015 13:33:32

Page 18: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

95

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

MANIFESTAÇÃO DE PSORíASE BUCAL APÓS CIRURGIA PERIODONTAL: RELATO DE CASO CLíNICO

Autores: Julien Rodrigues Pires*, Kelly Cristine Freitas Machado, Adriana Campos Passanezi Sant’Ana, Larissa Costa PessoaFiliação: *Universidade Paulista – UNIP – BrasíliaE-mail: [email protected]

RESUMOA psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele cujas lesões típicas apresentam-se como placas vermelhas, descamativas, frequentemente simétricas em pele. O diagnóstico é clínico, podendo ser confirmada através de biópsia da lesão. Embora a psoríase seja uma doença cutânea característica, em raros casos pode se manifestar em boca e nestes casos, a ação do cirurgião-dentista é de grande relevância para que os pacientes tenham um tratamento adequado. Este trabalho tem o objetivo de relatar um caso clínico de uma paciente de 32 anos, que estava com psoríase cutânea controlada e necessitava de cirurgia periodontal. Dias após ato cirúrgico, a paciente apresentou lesões ulcerativas extensas limitadas em toda a região onde foi realizada a gengivectomia plástica, com quadro bastante doloroso, dificultando sua alimentação e higienização. Inicialmente foi realizada laserterapia de baixa intensidade, no entanto, não havia regressão das ulcerações. Ao verificar a cronicidade das lesões e, conforme as semanas seguintes, a paciente relatou sintomas compatíveis com a ativação da psoríase em pele. O tratamento odontológico foi medicamentoso e controle infeccioso por métodos mecânicos e químicos, sendo importante a compreensão dos fatores sistêmicos a fim de evitar sequelas após cirurgia e atuação rápida no controle dos sintomas inflamatórios manifestados pela psoríase, contribuindo para o quadro clínico da paciente.

USO DE MATRIZ COLÁGENA SUíNA COMO SUBSTITUTO AO ENXERTO EPITÉLIO-CONJUNTIVO AUTÓGENO: RELATO DE CASO

Autores: Marilia Bianchini Lemos Reis*, Umberto Demoner Ramos, Gustavo Henrique Apolinario Vieira, Tulio Bonna Pignaton, Arthur Belem Novaes JúniorFiliação: *Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto- USPE-mail: [email protected]

RESUMOO estágio atual da implantodontia exige excelência estética e funcional. A saúde periimplantar e manutenção da estética pós tratamento são primordiais para o sucesso clínico. A faixa de tecido queratinizado mínimo tem sido uma discussão controversa e, por muitas vezes, não é considerada determinante para a saúde dos tecidos gengivais. Porém, estudos clínicos tem comprovado que há menor acumulo de placa e, a longo prazo, menor probabilidade de perda óssea e retração mucosa ao redor de implantes. Em casos de detecção de futuros problemas mucogengivais, pode se fazer uso da técnica do enxerto epitélio-conjuntivo autógeno, com o objetivo de aumentar a faixa de gengiva queratinizada previamente a instalação de implantes. Nestes casos, há necessidade de uma segunda área cirúrgica gerando aumento do tempo cirúrgico, morbidade e desconforto pós-operatório ao paciente. Uma alternativa aos enxertos autógenos é o uso da Matriz Colágena Suína, que pode substituir o enxerto autógeno satisfatoriamente, preenchendo inclusive suas limitações como quantidade de tecido doador, resultados estéticos quanto à coloração e principalmente, diminuindo desconforto pós-operatório. O objetivo deste trabalho é relatar e descrever um caso com o uso da matriz colágena suína como enxerto livre para aumento de faixa de mucosa queratinizada previamente a colocação de um implante.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 95 26/06/2015 13:33:32

Page 19: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

96 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

PREVALÊNCIA DE ABSCESSOS PERIODONTAIS EM PACIENTES ATENDIDOS NO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PERIODONTIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL

Autores: Keity Taminski*, Francisco Wilker Mustafa Gomes Muniz, Patrícia Daniela Melchiors Angst, Sabrina Carvalho GomesFiliação: *Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGSE-mail: [email protected]

RESUMOUma das hipóteses para a causa de abscessos periodontais é a interrupção da drenagem da bolsa, podendo ser ocasionada pelo tratamento da gengivite realizado como uma etapa prévia ao da periodontite. Esse modelo terapêutico é preconizado pela Periodontia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Este estudo avaliou retrospectivamente a prevalência de abscessos periodontais em pacientes atendidos pelo curso de especialização em Periodontia-UFRGS. Dados demográficos e clínicos de interesse foram coletados a partir da análise dos prontuários dos pacientes atendidos entre 2011 e 2014, por um único examinador. Dados foram analisados utilizando-se o teste Binomial. Após, associação entre as variáveis foi verificada por regressão. Dentre 366 prontuários elegíveis, apenas 166 apresentaram dados completos sobre o tratamento realizado. Nove casos de abscessos periodontais, em pacientes distintos, foram encontrados, sendo esta prevalência significativa na amostra (p 0,05) não foram associadas à ocorrência de abscessos. Concluiu-se que o tratamento da gengivite prévio ao da periodontite não influenciou na prevalência dos abscessos e que nenhuma das variáveis coletadas possui influência sobre esta patologia.

ENXERTO DE OSSO BOVINO INORGÂNICO EM BLOCO PARA RECONSTRUÇÃO DE REBORDO SEVERAMENTE REABSORVIDO NA REGIÃO ANTERIOR SUPERIOR: RELATO DE CASO CLíNICO

Autores: Vitor de Toledo Stuani*, Mariana Schutzer Ragghianti-Zangrando, Carla Andreotti Damante, Accácio Lins do Vale,,Adriana C Passanezi Sant’AnaFiliação: *Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São PauloE-mail: [email protected]

RESUMOA deficiência de altura ou espessura de rebordo ósseo na região superior anterior representa um desafio terapêutico à reabilitação oral suportada por dentes ou implantes. A reanatomização de rebordos atróficos por meio de enxerto de tecido conjuntivo subepitelial tem sido amplamente utilizada para correção estética de rebordo desdentado, porém apresenta como desvantagens o aumento na morbidade pós-operatória, limitação da quantidade de tecido doador e necessidade de mais de uma intervenção cirúrgica, dependendo do volume de tecido mole a ser regenerado e instabilidade de volume ao longo do tempo, podendo resultar em diminuição da espessura gengival conseguida após a cirurgia. Por essas razões, enxertos ósseos autógenos, heterógenos ou xenógenos, em bloco ou particulado, foram propostos para a reconstrução de rebordos severamente reabsorvidos. O objetivo deste estudo é discutir, a partir da apresentação de caso clínico de paciente do sexo feminino apresentando ausência do incisivo central superior com reabsorção acentuada da tábua óssea vestibular, as vantagens da utilização de enxerto de osso bovino inorgânico em bloco para reconstrução do rebordo visando a reabilitação oral por meio de prótese fixa convencional. Os resultados do tratamento indicaram que o osso bovino inorgânico em bloco foi capaz de reconstituir o volume tecidual necessário à reconstrução estética da área, sugerindo que o material pode ser utilizado para reconstrução de rebordos severamente atrofiados.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 96 26/06/2015 13:33:32

Page 20: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

97

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO DO CIRURGIÃO-DENTISTA EM EQUIPES MULTIPROFISSIONAIS NO AMBIENTE HOSPITALAR

Autores: Thais Camila Gonçalves Silva*, Cíntia Daniela Gomes Resende, Larissa PessoaFiliação: *Universidade Paulista – UNIPE-mail: [email protected]

RESUMOO atendimento odontológico a pacientes hospitalizados portadores de enfermidades sistêmicas contribui efetivamente para sua recuperação. A magnitude da odontologia hospitalar na manutenção da saúde bucal dos pacientes de unidade de terapia intensiva (UTI) promove melhora no quadro sistêmico do paciente,evitando o aumento da proliferação de fungos e bactérias consequentes de diversas doenças sistêmicas, sendo considerado de extrema relevância sua atuação pelas equipes médicas.Além disto, o cirurgião-dentista é o profissional mais preparado para a realização de procedimentos com envolvimento bucal no ambiente de internações, auxiliando de forma direta na diminuição de custos, na condição clínica e na média de permanência do paciente no hospital. O objetivo deste trabalho é mostrar através de uma revisão de literatura, a importância da participação do cirurgião-dentista em equipes multiprofissionais de atenção à saúde, assim como, refletir sobre a complexidade dessa atividade.

COMPARAÇÕES CLíNICAS E MICROBIOLÓGICAS DE INDIVíDUOS EXPOSTOS E NÃO EXPOSTOS AO CRACk

Autores: Maísa Casarin*, Raquel Pippi Antoniazzi, Rodrigo de Almeida Vaucher, Carlos Alberto Feldens, Fabricio Batistin ZanattaFiliação: *Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)E-mail: [email protected]

RESUMOInúmeros indicadores de risco têm evidenciado uma possível participação na modulação da progressão da doença periodontal. Há evidências demonstrando que algumas drogas ilícitas como a Cocaína e Heroína podem influenciar na etiopatogenia da doença. Entretanto, há poucas evidências investigando a influência do crack na epidemiologia e perfil de periodontopatógenos na periodontite. O objetivo foi comparar a prevalência de periodontite e a contagem de alguns periodontopatógenos em indivíduos expostos ao crack à sujeitos controles pareados por idade, sexo e exposição ao tabaco. Este estudo transversal incluiu 155 sujeitos (74 expostos ao crack /81 não expostos). Foram coletadas variáveis demográficas, clínicas e biofilme subgengival para análise em PCR de tempo real da contagem de Aggregatibacter actinomycetemcomitans (Aa), Prevotella intermédia (Pi), Porphyromonas gingivalis (Pg) e Fusobacterium nucleatum (Fn). Os resultados demonstraram que os expostos apresentaram piores condições periodontais (P<0,05), com exceção de ISG e cálculo. A prevalência da contagem 108 UFC/ml foi significativamente maior para Aa (P=0,006), Pi (P = 0,04) e Fn (P = 0,004). Entretanto, para Pg não foi encontrada diferença estatística (P = 0,211). Conclui-se que há uma associação entre uso de crack e doença periodontal. Neste sentido, políticas de promoção de saúde bucal parecem ser necessárias para a contenção de danos nos usuários da droga.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 97 26/06/2015 13:33:32

Page 21: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

98 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

TRATAMENTO PERIODONTAL CIRÚRGICO PARA CORREÇÃO DO SORRISO GENGIVAL: RELATO DE CASO

Autores: Emmanuel Albuquerque de Souza*, Rafaella Bastos Leite, Íris Sant’Anna Araújo Rodrigues, Bruno César de Vasconcelos GurgelFiliação: *UNIPE - Centro Universitário de João PessoaE-mail: [email protected]

RESUMOUma exposição excessiva da gengiva ao sorrir é uma condição desarmônica que afeta negativamente a estética do sorriso e pode estar relacionada com fatores esqueléticos, gengivais, labiais, musculares, iatrogênicos ou combinação destes. A avaliação do sorriso gengival só deve ser considerada após a erupção de todos os dentes permanentes e, preferencialmente, após o final do período de crescimento do complexo maxilomandibular, pois até este, pode haver mudanças. Diante disso, o objetivo desse trabalho é relatar um caso clínico do tratamento do sorriso gengival por meio de uma cirurgia plástica periodontal. Paciente do sexo feminino, 24 anos, queixava-se de ampla exposição gengival ao sorrir. Após o exame clínico, foi diagnosticado sorriso gengival associado a erupção passiva alterada com exposição de mais de 4mm ao sorrir. Foi planejada uma cirurgia periodontal a retalho com osteotomia para remocão do excesso de tecido gengival por meio de uma incisão por bisel interno e remoção óssea com auxílio de micro-cinzéis e caneta de alta-rotação. Após o pós-operatório de 3 meses, pode-se perceber a correção do sorriso gengival e um resultado estético bastante satisfatório. O correto diagnóstico, seleção da técnica cirúrgica para a correção do sorriso gengival e entendimento do padrão estético que o paciente almeja foram de fundamental importância para o sucesso do tratamento.

PARÂMETROS PERIODONTAIS E VOLUME DE FLUIDO CREVICULAR GENGIVAL EM PACIENTES EM MANUTENÇÃO PERIÓDICA E PREVENTIVA - RESULTADOS PARCIAIS

Autores: Anderson Falcão Tambara*, Ana Paula Pereira Reiniger, Carlos Heitor Cunha Moreira, Débora do Canto Assaf, Karla Zanini KantorskiFiliação: *Universidade Federal de Santa MariaE-mail: [email protected]

RESUMOEste estudo avaliou diferentes estratos de Profundidade de Sondagem (PS) e Sangramento à Sondagem (SS) que informam diferentes gravidades de inflamação. PS foi categorizada em rasa ≤3mm, moderada 4-6mm e profunda ≥7 mm.SS foi mensurado de forma não dicotômica (SS0-ausência, SS1-presença de ponto sangrante, SS2-sangramento ao longo da margem). SS e PS foram comparados com o volume de fluído crevicular gengival (FCG). A amostra foi composta por pacientes em manutenção periódica e preventiva na Universidade Federal de Santa Maria. Dois examinadores calibrados para PS e NIC realizaram os exames. Volume de FCG foi mensurado em dois sítios com perda de inserção para cada estrato de PS em cada paciente. Vinte pacientes foram examinados. Análise estatística descritiva foi realizada.O volume de FCG aumentou de acordo com o aumento da PS. Em sítios profundos o volume de FCG foi aproximadamente o dobro do observado em sítios rasos.A intensidade do SS pareceu não influenciar no volume de FCG.Na mesma categoria de SS, aumento do volume de FCG de acordo com o aumento da PS foi verificado. Quando o volume de FCG foi comparado na mesma categoria de PS mas com diferentes escores de SS(SS1 versus SS2), valores médios similares foram observados. Os resultados demonstraram que diferentes estratos de PS refletiram em diferentes níveis de inflamação, enquanto que os escores de SS apresentaram volume de FCG similares.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 98 26/06/2015 13:33:33

Page 22: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

99

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

AVALIAÇÃO DA EXPRESSÃO DE HSP60 AUTÓLOGA EM INDIVíDUOS COM PERIODONTITE CRÔNICA APÓS ESTíMULOS ANTIGÊNICOS DE PORPHYROMONAS GINGIVALIS E DO SEU POTENCIAL IMUNOGÊNICO

Autores: Ana Carla Montino Pimentel*, Marcia Tosta Xavier, Paulo Cirino De Carvalho Filho, Ellen Karla Nobre Dos Santos Lima, Soraya Castro TrindadeFiliação: *Universidade Federal da BahiaE-mail: [email protected]

RESUMOA periodontite é uma doença de etiologia multifatorial, estando sua patogênese associada aos aspectos imuno-inflamatórios e à microbiota bucal do hospedeiro, tendo Porphyromonas gingivalis como um dos principais patógenos envolvidos na sua etiologia. No presente estudo será avaliada a expressão de proteínas de choque térmico de 60 KDa autólogas (HSP60) em células estimuladas com antígenos de Porphyromonas gingivalis de indivíduos portadores de periodontite, assim como o potencial imunogênico, por meio de cultivo de células mononucleares de sangue periférico (CMSP) com HSP60 humano isolado e associado à HmuY e a antígenos somáticos, ambos de Porphyromonas gingivalis. Os indivíduos voluntários cadastrados no programa serão atendidos no ambulatório da Universidade Estadual de Feira de Santana, examinados e classificados quanto aos descritores clínicos utilizados no diagnóstico de portadores de periodontite crônica. Células de sangue periférico serão cultivadas com o extrato bruto e com a proteína recombinante HmuY de Porphyromonas gingivalis por 48h e a expressão de HSP60 será avaliada por RT-PCR em tempo real. Para avaliação do potencial imunogênico, após cultivo com PBMC de HSP60, HSP60+HmuY e HSP60+Pg a quantificação das citocinas IL-2, IL-4, IL-6, IL-10, TNF, IFN-γ e IL-17A e de anticorpos anti-HSP60 humano será realizada por citometria de fluxo.

CARREADOR DE OXIGÊNIO OU ETANOL POTENCIALIZANDO O EFEITO FOTODINÂMICO ANTIMICROBIANO DE FENOTIAZíNICOS EM BIOFILMES DE PSEUDOMONAS AERUGINOSA

Autores: Cibele Bruno Campagnolo*, Emília Pithan Prochnow, Maritieli Righi Martins, Roberto Christ Vianna Santos, Karla Zanini KantorskiFiliação: *Universidade Federal de Santa MariaE-mail: [email protected]

RESUMOPseudomonas aeruginosa (P.A.) é uma bactéria oportunista, de difícil controle em casos de infecção hospitalar devido a sua alta capacidade de mutação, tornando-a resistente a alguns antimicrobianos. Formulações de Azul de Metileno (AM) e Azul de Toluidina (AT) contendo etanol ou carreador de oxigênio foram avaliadas quanto ao efeito antimicrobiano em biofilmes de P.A. Formulações fotoativadas continham os fotossensibilizadores (Fs) (250 μM) diluídos em água tamponada (pH 5,6), etanol 10% (tampão:álcool etílico 90:10), etanol 20% (tampão:álcool etílico 80:20) e emulsão com perfluordecaleno, tampão e triton-X100 (60:35:5). Biofilmes sem tratamento e expostos ao tampão, etanol 10% e 20% sem fotoativação foram avaliados como controles. Os dados de UFC (log10) foram avaliados por post hoc Dunnett. Teste t-Student avaliou diferenças entre os Fs na mesma formulação. Tampão ou etanol 10% não tiveram efeito antimicrobiano. Etanol 20% reduziu significativamente a viabilidade bacteriana (1,2 log10, P = 0,009). As menores médias de UFC log10 foram observadas com AM e etanol 10% (P = 0,052; redução de 2,18 log10) e 20% (P = 0,053; redução de 2,18 log10). Reduções microbianas do AM e AT em água foram de 1,13 log10 e 1,10 log10, respectivamente. Com o carreador as reduções foram de 1,74 e 1,70 para AM e AT, respectivamente. Formulações de AM contendo etanol são comparáveis a alguns antibióticos no tratamento de biofilmes de P.A. in vitro.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 99 26/06/2015 13:33:33

Page 23: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

100 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

LIGAMENTO PERIODONTAL RESIDUAL EM DENTES EXTRAíDOS - AMOSTRA REPRESENTATIVA DO SERVIÇO PÚBLICO DE SANTA MARIA - RS

Autores: Juliana Maier, Camila Silveira Sfreddo, Carlos Heitor Cunha MoreiraFiliação: *Universidade Federal de Santa MariaE-mail: [email protected]

RESUMOPeriodontite causa expressivas perdas dentárias, porém há uma discrepância entre a alta frequência de exodontia por razão periodontal e a baixa prevalência de periodontite grave. Nós avaliamos a área de ligamento periodontal remanescente (ALPR) em dentes extraídos no serviço público de saúde de Santa Maria, RS. Este censo foi composto por dentes permanentes extraídos coletados de agosto a dezembro de 2013 e fichas contendo razão da extração, idade e gênero dos pacientes. Nós excluímos raízes residuais, terceiros molares, dentes com cárie na JCE, fraturas ou tecido ósseo adjacente às superfícies radiculares. Determinamos o percentual da ALPR, após cada dente ter sido corado com hematoxilina e analisado em estereomicroscópio (7,5X). Teste de Mann-Whitney comparou ALPR por superfície e ALPR total entre dentes extraídos por razão periodontal e outras razões. Estratificamos dentes extraídos por razão periodontal em pontos de corte de ALPR (25, 40 e 50%). 725 dentes foram coletados (311 excluídos) e 414 avaliados microscopicamente. ALPR de dentes extraídos por razão periodontal e outras razões foi 34,86% e 79,56%, respectivamente (P≤0,001). 189, 93 e 43 dentes poderiam ter sido mantidos após tratamento periodontal ao consideramos níveis de ligamento periodontal residual ≥25%, ≥40% ou ≥50%, respectivamente. Um percentual significativo de dentes extraídos por razão periodontal poderia ter sido mantido após tratamento periodontal.

PLANEJAMENTO INTEGRADO DE PACIENTE COM RECESSÕES MÚLTIPLAS

Autores: Vanessa Carla Queiroz Neves*, Marcelo Brunozzi, Fernando Salimon Ribeiro, Elizangela Partata Zuza, Juliana Rico Pires, Ana Emília Farias PontesFiliação: *Fundação Educacional de Barretos – UNIFEBE-mail: [email protected]

RESUMOO objetivo deste estudo foi descrever o plano de tratamento integrado de um paciente com recessões gengivais múltiplas. 0 paciente E.S.M., 38 anos, procurou tratamento com queixa de insatisfação estética, medo de perder os dentes, hipersensibilidade dentinária, sangramento e sensibilidade gengival à escovação. Ao exame clínico e radiográfico constatou-se gengivite, recessões gengivais múltiplas (classe I e II de Miller, 1985), lesões de cárie, cálculos supra e subgengivais, e mordida aberta anterior. Planejou-se, instrução de higiene bucal, motivação ao paciente, remoção dos fatores de retenção de biofilme, curetagem e selamento das lesões cariosas. Na reavaliação, planejou-se o tratamento subgengival, reforço da instrução de higiene oral, recobrimento das recessões gengivais e encaminhamento para tratamento ortodôntico. Com a realização do tratamento periodontal básico, escovação correta e o uso do fio dental, houve melhora considerável, nos índices de placa e sangramento gengival, e recessão tecidual. Com base no relato apresentado pôde-se concluir que, a elaboração de um plano de tratamento integrado, se dá a partir de um correto diagnóstico e um plano de tratamento organizado e elaborado de forma individualizada, priorizando a manutenção da motivação do paciente quanto à higiene bucal, uma vez que esse foi um fator determinante na melhoria das recessões, com a resolução da inflamação presente nessas áreas.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 100 26/06/2015 13:33:33

Page 24: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

101

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

INFLUÊNCIA DA LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO RECOBRIMENTO RADICULAR ASSOCIADO À TÉCNICA DE ENXERTO CONJUNTIVO EM FUMANTES. ESTUDO PILOTO

Autores: Marcus Vinícius Alves Fonseca*, Stephanie Botti Fernandes Dias, Warley David Kerbauy, Maria Aparecida Neves Jardini, Mauro Pedrine SantamariaFiliação: * Programa de Biopatologia Bucal - Instituto de Ciências e Tecnologia de São José dos Campos/ UNESP E-mail: [email protected]

RESUMOExistem na literatura diversos estudos demonstrando que pacientes fumantes têm pior prognóstico no tratamento de recessão gengival comparados aos não fumantes. Assim, há a necessidade de novas abordagens que aumentem a previsibilidade do tratamento das recessões gengivais neste grupo. O objetivo do presente estudo foi avaliar a influência da terapia com laser de baixa intensidade associado à técnica de enxerto de tecido conjuntivo para recobrimento radicular em fumantes e comparar os resultados com pacientes não fumantes. Para tal, foi realizado um ensaio clínico seguindo as normas do CONSORT-STATEMENT 2010. Foram 20 pacientes com recessão gengival divididos nos grupos teste (N = 10): enxerto de tecido conjuntivo associado à aplicação de laser de baixa intensidade em fumantes e o grupo controle (N = 10): enxerto de tecido conjuntivo associado à aplicação de laser de baixa intensidade em não fumantes. Foram avaliados o recobrimento radicular, estética e hipersensibilidade 6 meses após o procedimento. Não houve diferença estatisticamente significante nas avaliações estética e de hipersensibilidade (p = 0,915 e p=0,502, respectivamente). Em relação ao recobrimento radicular tivemos médias de 60,5%±30,9% e 84,4%±23,7%, respectivamente para teste e controle, não apresentando diferença estatisticamente significante (p = 0,068). Dentro das limitações do estudo, concluímos que a aplicação de laser pode ser uma opção para o aumento da previsibilidade em procedimentos de recobrimento.

PLANEJAMENTO DO TRATAMENTO DE RECESSÕES GENERALIZADAS

Autores: Bruna Rocha Minuncio*, Ana Emilia Pontes, Vanessa Carla Queiroz Neves, Fernando Ribeiro Salimon, Juliana Rico Pires, Marcelo BrunoziFiliação: *Fundação Educacional de Barretos – UNIFEBE-mail: [email protected]

RESUMOPaciente J.C.H., 31 anos procurou atendimento com queixa principal de hipersensibilidade dentária generalizada e queixa de alteração de estética. As áreas das recessões a serem tratadas foram caninos, pré-molares, e molares, sendo todas as áreas classificadas como classe I de Miller, causadas por excesso de força à escovação. Planejou-se então, a instrução de higiene enfocando o controle da força aplicada, e recobrimento cirúrgico das recessões. Em todas as áreas optou-se pelo reposicionamento coronal do retalho, variando o tipo de material de preenchimento utilizado. No dente 16 e no 26 foi utilizada matriz de colágeno (Mucograft). Nos dentes 13 e 14, bem como nos dentes 23 e 24 foi usado enxerto de tecido conjuntivo. No dente 46 não foi usado material. Três meses após, a única área em que houve recidiva foi a do dente 46. Por sua vez, nos demais o recobrimento das recessões variou entre 2 e 5 mm. A paciente não relatou hipersensibilidade. Com base no relato apresentado, sugere-se que o uso de materiais de enxerto é benéfico para evitar recidivas após o tratamento de recessões gengivais.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 101 26/06/2015 13:33:33

Page 25: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

102 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

TERAPIA CELULAR COM AUTO-ENXERTO DE CÉLULAS DO LIGAMENTO PERIODONTAL E POLPA DENTÁRIA - PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA COLETA DOS TECIDOS

Autores: Carla de Oliveira Pires da Silva, Milena Suemi Irie, Gustavo Henrique Apolinário Vieira, Cristine D’Almeida Borges, Mario Taba JuniorFiliação: *Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USPE-mail: [email protected]

RESUMOA periodontite é uma doença inflamatória crônica, multifatorial, altamente prevalente na população que compromete os tecidos de suporte dos dentes gerando sequelas de difícil resolução. A terapia tecidual parece ser uma alternativa promissora, visto que as células indiferenciadas presentes no ligamento periodontal (LP) e na polpa dentária (PD) tem demonstrado grande potencial terapêutico. Apesar disso, tem sido material de descarte após exodontia. Esta é a fase experimental que visa criar protocolo de coleta de LP e PD. Para isso, após a exodontia, o elemento dentário é retido pela área de coroa. Com uma lâmina de bisturi, numa angulação de 90º com a raiz, é feito o movimento de deslizamento pelo terço médio radicular, que deve ser repetido até que a coleta do LP seja concluída, com isso o tecido é aglomerado na lâmina, sendo removido ao contato com o tubo de armazenamento. Terminada a coleta do LP, o dente precisa ser fraturado para a obtenção da PD. O instrumento para fragmentação é a torquês, uma ferramenta de construção civil. A área de corte da ferramenta é posicionada no eixo axial do dente, na junção cemento-esmalte. É recomendado envolver a torquês, com o dente já posicionado, no interior de um saco, evitando a perda de amostra. Quando aplicada a força, o dente é segmentado em duas partes, coroa e raiz, permitindo a coleta do material presente na câmara pulpar. Com lâmina de bisturi é finalizada a coleta da PD, em seguida deve ser depositada em tubo e armazenada.

INTER-RELAÇÃO ENTRE DOENÇA PERIODONTAL E DIABETES MELLITUS GESTACIONAL

Autores: Caroline Argolo Brito Oliveira*, Urbino da Rocha Tunes, Roberta Santos TunesFiliação: *Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP)E-mail: [email protected]

RESUMODiabetes mellitus (DM) e a doença periodontal (DP) são desordens crônicas que se inter-relacionam. Há uma relação bidirecional entre ambas, na qual o DM é fator de risco que favorece a progressão da DP, enquanto a DP pode piorar o controle glicêmico nos diabéticos. Diante da associação entre DM e DP, parece relevante a relação entre diabetes mellitus gestacional (DMG) e DP, pois verificou-se que gestantes com DMG apresentam maior prevalência de DP que aquelas sem esta doença. Assim, o objetivo deste trabalho é revisar a literatura sobre a relação entre DP crônica e DMG. O DM induz alterações no periodonto, interferindo na função de neutrófilos e macrófagos, assim como a DP pode levar a disseminação através da circulação sanguínea, de mediadores inflamatórios, podendo induzir um estado inflamatório sistêmico, aumentando a resistência insulínica e piorando o controle glicêmico de diabéticos. Durante a gestação, pode haver uma inflamação intensa no periodonto, devido à elevação nos níveis de estrogênio e progesterona. Além das alterações hormonais, há um aumento da resistência insulínica materna, que age como um mecanismo fisiológico, para garantir suprimento adequado de carboidratos para o feto, podendo haver uma redução da sensibilidade à ação da insulina. Sugere-se que a DP pode intensificar a baixa sensibilidade insulínica decorrente da gestação, contribuindo para a intolerância à glicose e o DMG. Logo, é provável que haja plausibilidade biológica na relação entre DP e DMG.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 102 26/06/2015 13:33:33

Page 26: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

103

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

ENXERTO ÓSSEO EM NEOFORMAÇÃO: NOVA TÉCNICA CIRÚRGICA PARA TRATAMENTO DE RECESSÕES GENGIVAIS EXTENSAS

Autores: Luisa Andrade Valle*, Carla Andreotti Damante, Euloir Passanezi, Adriana Campos Passanezi Sant’Ana, Bruna Fidencio Rahal FerrazFiliação: *Faculdade de Odontologia de Bauru/USPE-mail: [email protected]

RESUMODiferentes técnicas cirúrgicas têm sido propostas para recobrimento radicular, com resultados variáveis, especialmente em áreas de recessão profunda. Exceto a técnica de regeneração tecidual guiada, nenhum dos procedimentos cirúrgicos atuais visando o reposicionamento coronal da margem gengival apresentam previsibilidade de resultados em recessões extensas e amplas. O objetivo do presente relato de casos é descrever uma técnica alternativa para recobrimento radicular em sítios apresentando recessões classe I ou II de Miller com extensão ≥4mm.Quatro pacientes com recessões extensas foram tratados através da técnica de enxerto ósseo em neoformação, que consiste na criação cirúrgica de um alvéolo de extração em rebordo edêntulo para posterior transferência do tecido de granulação presente em seu interior à recessão gengival, decorridos 21 dias. Parâmetros periodontais, incluindo profundidade de sondagem (PS), nível de inserção clínica (NIC), recessão da margem gengival (R), sangramento à sondagem (SS), índice de placa (IP) e quantidade de gengiva ceratinizada (GC), foram analisados por único examinador no baseline e decorridos 1,3,6,9 e 12 meses da cirurgia para recobrimento. Todos os casos demonstraram redução de R e PS, além de ganho de NIC, embora não tenha havido aumento de GC. Esses resultados sugerem que a técnica de granulação óssea é efetiva para o tratamento de recessões gengivais profundas, podendo favorecer a regeneração dos tecidos periodontais de suporte perdidos.

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA AFETA A PROGRESSÃO E O REPARO DA DOENÇA PERIODONTAL INDUZIDA EM RATOS

Autores: Gustavo Henrique Apolinário Vieira*, Patricia Garani Fernandes, Janine Montenegro Toscano Moura, Viviane Casagrande Mariguela, Michel Reis Messora, Mário Taba JuniorFiliação: *Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto – USPE-mail: [email protected]

RESUMOA Doença Periodontal (DP) é uma doença inflamatória crônica que afeta os tecidos de suporte dos dentes e pode levar à perda dentária. A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), parece estar associadas com o seu desenvolvimento. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da HAS na DP induzida por ligadura em ratos espontaneamente hipertensos (SHR) comparados com ratos normosistêmicos. 72 ratos machos adultos divididos em quarto grupos (n=18): WK-C, WK-DP, SHR-C, SHR-DP (WK = ratos Wistar Kyoto normotensos; C – Grupos controle e DP – Grupos Periodontite). Nos Grupos DP, os 1°s molares inferiores dos animais foram ligados com fio de seda. Foram realizadas análises histométrica (área de perda óssea alveolar na região de furca - POA), histoquímica (número de células positivas para a fosfatase ácida tartarato-resistente - TRAP) e de expressão gênica (PCR array). Os dados obtidos foram estatisticamente analisados. Os grupos SHR-DP e WK-DP apresentaram POA significativamente maior que seus respectivos controles aos 10 e 21 dias pós-operatórios (p<0,05). A POA e o número de células TRAP-positivas foram significativamente maiores no grupo SHR-DP quando comparados ao grupo WK-DP aos 10 dias pós-operatórios (p<0,05). Nas análises com PCR array, constatou-se que o Grupo SHR-DP apresentou um perfil gênico up-regulated quando comparado ao Grupo WK-DP aos 10 e 21 dias pós-operatórios. Assim a hipertensão arterial sistêmica potencializa a destruição tecidual decorrente da doença periodontal.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 103 26/06/2015 13:33:33

Page 27: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

104 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

TRATAMENTO ODONTOLÓGICO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS

Autores: Danielle Leal Vieira, André Ferreira Leite, Nilce Santos de Melo, Paulo Tadeu de Souza FigueiredoFiliação: Universidade de BrasíliaE-mail: [email protected]

RESUMOEm geral, pacientes oncológicos apresentam necessidades odontológicas significativas que demandam atendimento prévio à oncoterapia. O objetivo do tratamento é eliminar ou estabilizar as condições bucais para minimizar a infecção local e sistêmica, durante e após o tratamento do câncer, como também, acompanhar o possível surgimento de sequelas resultantes do tratamento oncoterápico. Esse estudo ambispectivo objetivou avaliar as condições bucais e a prevalência das sequelas orais decorrentes do tratamento oncológico em pacientes atendidos no Hospital Universitário de Brasília. Ao exame clínico a totalidade da amostra mostrou necessidades de intervenção odontológica. A mucosite e xerostomia foram as sequelas de maior frequência entre os pacientes avaliados. Embora os tratamentos oncoterápicos possam predispor à diferentes sequelas orais, a frequência de xerostomia e mucosite foi mais evidente em pacientes com terapia oncológicas combinadas. Esses fatos reforçam a importância da participação do cirurgião dentista na equipe multiprofissional envolvida no tratamento do câncer oral, podendo impactar positivamente na qualidade de vida dos pacientes.

IMUNOPATOGÊNESE DA PERIODONTITE: UMA BREVE REVISÃO DOS MECANISMOS CELULARES E MOLECULARES

Autores: Júlia Faria Nunes*, Maria do Carmo Machado Guimarães, Valéria Martins de Araújo Carneiro, André Cruz de Sousa, Anne Caroline Eleutério LeiteFiliação: * Universidade Católica de BrasíliaE-mail: [email protected]

RESUMOAs doenças periodontais (DP) representam a manifestação patológica da resposta imunológica do hospedeiro frente ao desafio microbiano na interface dentogengival. Esta revisão teve como objetivo relatar brevemente os mecanismos celulares e moleculares envolvidos na inflamação periodontal, na perda óssea alveolar e sua repercussão sistêmica. A resposta inflamatória aguda protetora torna-se falha na remoção das células inflamatórias caracterizando a lesão crônica. Também, células T e B participam ativamente da patogênese da doença. As diferentes subpopulações Th1 (efetora) e Th2 (supressora) podem ter variadas funções, dependendo da estimulação imunológica, quando ativadas desempenham papéis antagônicos na DP, sendo o equilíbrio mantido pela imunorregulação. O sistema RANKL/RANK (ligante do receptor ativador de fator nuclear kappa beta/receptor ativador de fator nuclear kappa beta) e a osteoprotegerina (OPG) têm contribuído significativamente para o estabelecimento da osteoimunologia como moduladores chave da fisiologia e patologia da reabsorção óssea na DP. Ainda não há terapias periodontais específicas envolvendo a biologia celular e molecular, apresentando assim diversos efeitos colaterais. Porém, as terapias vigentes atuam com sucesso na redução e remissão dos sinais clínicos da inflamação nos sítios afetados. Contudo, novos tratamentos para as DP devem abordar a contribuição das células imunológicas na reabsorção óssea, particularmente quanto à patogenia da doença.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 104 26/06/2015 13:33:33

Page 28: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

105

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

PORPHYROMONAS GINGIVALIS E GINGIPAíNAS EM MECANISMOS DE EVASÃO DO SISTEMA IMUNE HOSPEDEIRO

Autores: Ellen Karla Nobre dos Santos Lima*, Patricia Mares de Miranda, Sibelle Almeida Freitas, Paulo Cirino de Carvalho Filho, Márcia Tosta Xavier, Soraya Castro TrindadeFiliação: *Universidade Federal da BahiaE-mail: [email protected]

RESUMOPorphyromonas gingivalis (Pg) é patógeno-chave na periodontite crônica. Apresenta fatores de virulência, que favorecem a infecção e a permanência em seu hospedeiro, destacando-se as gingipaínas (Gps), as quais atuam nos mecanismos de evasão da resposta imune. O objetivo desta revisão é abordar as Gps e suas funções relacionadas ao escape da resposta inflamatória deflagrada para inibir a infecção. As bases de dados PubMed e BVS (BIREME) foram acessadas até março de 2015, buscando pelos descritores Porphyromonas gingivalis gingipain e Porphyromonas gingivalis gingipain evasion (immune system evasion). As proteases são secretadas por Pg para prover nutrientes ao degradarem proteínas do hospedeiro. As cisteíno proteases são denominadas Gps, referidas como Arg-gingipaínas (RgpA e RgpB) e Lys-gingipaína (Kgp). Gps ativam ou impedem mecanismos pró-inflamatórios quando em baixas ou em altas concentrações respectivamente; havendo, em cultura, uma diminuição da sua expressão ao elevar-se a temperatura (37-40°C). Gps afetam a atividade de peptídeos antibacterianos da mucosa; promovem a diminuição da resposta imune de fibroblastos e clivam componentes do sistema imune, como citocinas, imunoglobulinas e receptores celulares; além de contribuírem para a resistência de Pg ao estresse oxidativo e à fagocitose. Dessa forma, Gps confirmam-se alvos atuais no estudo da patogênese da doença periodontal, contribuindo para o conhecimento da resposta imune nas doenças infecciosas crônicas.

PARÂMETROS CLíNICOS RELACIONADOS COM A PREVISIBILIDADE DA COBERTURA RADICULAR POR MEIO DO RETALHO POSICIONADO CORONALMENTE

Autores: Thaís Ribeiral Vieira*, Rodrigo Villamarim Soares, Martinho Campolina Rebello Horta, Elton Gonçalves ZenóbioFiliação: *Universidade Federal de Minas GeraisE-mail: [email protected]

RESUMOAinda não existe na literatura um consenso sobre a associação dos parâmetros clínicos periodontais (PCP) com o grau de recobrimento radicular (RR). Neste contexto, este estudo avaliou a influência dos PCP no RR por meio do retalho posicionado coronalmente (RPC). A amostra foi constituída de 14 indivíduos, com recessão periodontal classe I ou II de Miller nos caninos e/ou pré-molares superiores, totalizando 39 recessões, que foram tratadas com a técnica do RPC. A profundidade de sondagem (PS), recessão periodontal no sentido ápico-coronal (RPAC), recessão periodontal no sentido mésio-distal (RPMD), nível clínico de inserção (NCI), mucosa ceratinizada (MC), mucosa ceratinizada inserida (MCI), espessura da margem gengival livre (EMGL) e o grau de cobertura radicular foram avaliados no período inicial, em 90 dias e após 1 ano da execução dos procedimentos cirúrgicos. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da PUC Minas. Foram utilizados os testes t Student, Mann-Whitney e correlação de Pearson. Uma cobertura radicular significativa tanto na RPAC (92,79%) como na RPMD (83,71%) foi observada (p<0,05). Uma relação indireta, significativa, entre EMGL inicial e recessão periodontal (tanto RPAC como RPMD) final foi constatada. A RPAC inicial, a MC inicial e a EMGL inicial foram os parâmetros que exerceram maior influência na cobertura radicular por meio da técnica de deslize coronal do retalho.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 105 26/06/2015 13:33:33

Page 29: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

106 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

PERFIL PERIODONTAL DOS PACIENTES TABAGISTAS ATENDIDOS NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANGÉLICA

Autores: Cibelly Correia Souza, Leonardo Leles Monturil, Sara Maria do Amaral Melo, Thiago Baruc Carlos Ferreira, Virgílio Moreira Roriz, Paula Renata Damaceno OliveiraFiliação: *UniEvangélica - Centro Universitário de AnápolisE-mail: [email protected]

RESUMOO hábito de fumar pode afetar gravemente a saúde do indivíduo, sendo considerado um dos fatores de risco mais significantes na progressão da doença periodontal, prejudicando a cicatrização e as respostas ao tratamento básico e cirúrgico. Este estudo teve como objetivo avaliar a condição periodontal dos pacientes fumantes atendidos na clínica escola da Faculdade de Odontologia da UniEVANGÉLICA. É uma pesquisa descritiva documental quantitativa que avaliou prontuários destes pacientes no período de 2009 a 2013. Nos prontuários foram analisados principalmente o Exame Periodontal Simplificado (PSR) e a classificação da doença periodontal dos pacientes que apresentaram periodontite. Dentre os 51 prontuários, 57% (n = 29) eram mulheres, 43,14% (n = 22) tinham entre 40 e 50 anos. Do total de prontuários, 39,22% (n = 20) apresentavam gengivite; dos pacientes com periodontite, a Crônica Localizada foi constatada em 48% (n = 15), a Crônica Generalizada em 45% (n = 14), enquanto as Agressivas Localizada e Generalizada foram encontradas em 3% cada (n = 1). Pelos dados do PSR, pode-se observar que 64,71% (n=) apresentaram o código *, sendo a recessão gengival em 47% (n = 25), seguido da mobilidade em 32% (n = 17) e lesão de furca em 9% (n = 5). De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa, pode-se notar uma prevalência de pacientes do gênero feminino e a periodontite crônica localizada foi a doença periodontal mais prevalente.

EFEITOS DO MONITORAMENTO LONGITUDINAL SOBRE O PERIODONTO DE CRIANÇAS COM DIABETES TIPO 1

Autores: Larissa Ferreira Silva*, Mariana Caldas de Oliveira Mattos, Maria José da Silva Figueirêdo Sé, Heliana Dantas Mestrinho, Maria do Carmo Machado GuimarãesFiliação: * Universidade de BrasíliaE-mail: [email protected]

RESUMOO objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do monitoramento longitudinal sobre o status periodontal de crianças com diabetes tipo 1. O status periodontal de 36 crianças (4–19 de idade), 19 com diabetes e 17 controles não diabéticos, foi avaliado clinicamente. As crianças foram submetidas a um programa de atendimento mensal, incluindo medidas profiláticas e de tratamento das necessidades odontológicas, durante 6 meses. Índice de placa (PI), índice gengival (GI) e número de sítios com profundidade de sondagem >4mm (PPD>4mm ) foram registrados ao exame inicial e aos seis meses. Após seis meses de participação do programa, os grupos apresentaram PI, GI e PPD sem diferenças estatisticamente significativas. PPDi >4mm dos pacientes diabéticos (4.0) foi significativamente maior que o PPDi>4mm do grupo controle (1.0), (Mann-Whitney, p<0.05). No entanto, aos seis meses, o PPD>4mm do grupo diabético apresentou redução significativa para 1.0 (Análise de variância, P=0.021). O programa de monitoramento longitudinal proporcionou melhoria das condições periodontais das crianças diabéticas e não diabéticas, demonstrando constituir importante medida de promoção de saúde bucal e de prevenção à doença periodontal.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 106 26/06/2015 13:33:33

Page 30: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

107

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

AVALIAÇÃO DO EFEITO ADJUVANTE DE BACTÉRIAS PROBIÓTICAS DO GÊNERO BIFIDOBACTERIUM NO TRATAMENTO NÃO CIRÚRGICO DA PERIODONTITE EXPERIMENTAL EM RATOS

Autores: Pedro Henrique Felix Silva*, Gustavo Carvalho, Luiz Fernando Ferreira, Flávia Furlaneto, Michel MessoraFiliação: *Curso de Especialização em Periodontia – AORPE-mail: [email protected]

RESUMOO objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos da terapia probiótica (PROB) como um adjunto à raspagem e alisamento radicular (RAR) em ratos com periodontite experimental (PE). 48 ratos foram divididos nos grupos C (controle), PROB, PE e PE/PROB. Nos grupos PE e PE/PROB, os 1os molares inferiores dos animais receberam ligaduras de seda. Após 14 dias (dia 0 do experimento), as ligaduras foram removidas e RAR foi realizada nos animais dos grupos PE e PE/PROB. O agente probiótico Bifidobacterium animalis subsp. lactis HN019 foi adicionado diariamente à água dos animais dos grupos PROB e PE/PROB durante 15 dias a partir do dia 0. Cada grupo foi subdividido (n=6) para eutanásia aos 7 ou 15 dias e as mandíbulas foram excisadas para a realização de análise histomorfométrica. Os dados obtidos foram estatisticamente analisados (ANOVA, p<0,05). O grupo PE/PROB apresentou perdas óssea alveolar e de inserção reduzidas quando comparado com o grupo PE aos 15 dias (p<0,05). O grupo PE apresentou aumento significativo nas perdas óssea alveolar e de inserção de 7 para 15 dias (p<0,05). Conclui-se que a administração do probiótico Bifidobacterium animalis subsp. lactis HN019 como uma terapia adjunta potencializa os efeitos da RAR na PE em ratos.

INSTALAÇÃO DE IMPLANTE OSSEOINTEGRADO APÓS LEVANTAMENTO DE SEIO MAXILAR UTILIZANDO FOSFATO β TRICÁLCICO DE FASE PURA

Autores: Jéssyka Furtado Marquez da Cunha*, Paula Horrana Cândido, Cecília Lorena Cardoso Ribeiro, José Cláudio Motão, Paula Renata Damaceno, Germana Jayme BorgesFiliação: * Centro Universitário de Anápolis - UniEVANGÉLICAE-mail: [email protected]

RESUMOEnxertos ósseos para preenchimento do assoalho do seio maxilar influenciam diretamente no planejamento do comprimento dos implantes. Desta forma, o preenchimento dessas cavidades com biomateriais promove a diminuição das mesmas para que os comprimentos e diâmetros dos implantes sejam maiores, resultando em uma maior estabilidade destes. Diante disso, o presente trabalho, por meio de um relato de caso, apresenta uma cirurgia traumática de levantamento de assoalho de seio maxilar por meio de acesso Caldwell-luc utilizando fosfato β tricálcico (Cerasorb®) de fase pura. Sendo este um produto caracterizado pela multiporosidade interconectiva e por uma estrutura de grânulo poligonal que quase imita a estrutura do osso autógeno, atuando como material osteocondutor, permitindo veicular sobre os grandes componentes celulares necessários a neoformação óssea. Por meio deste trabalho conclui-se que mesmo utilizando um biomaterial não-autógeno, obteve um resultado satisfatório, onde após ser feita uma análise tomográfica os resultados mostraram tecido ósseo maduro nos fragmentos enviados e clinicamente os implantes apresentaram travamento satisfatório, além disso houve diminuição na dificuldade técnica, na duração, nos custos e na morbidade do procedimento cirúrgico.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 107 26/06/2015 13:33:33

Page 31: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

108 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

IMPACTO DA PERIODONTITE CRÔNICA NA QUALIDADE DE VIDA DE INDIVíDUOS COM DIABETES MELLITUS II

Autores: Rosa Maria Jardim Rodrigues*, Leila Cristina dos Santos Mourão, Maria Emília Mesquita Cansanção Felipe, Antonio Andrade Canabarro Jr., Ricardo Guimarães FischerFiliação: *UERJ - Faculdade de OdontologiaE-mail: [email protected]

RESUMOVários estudos sugerem que a Periodontite Crônica (PC) pode agravar odiabetes mellitus tipo II (DMII) e pode também afetar a qualidade de vida (QV) dospacientes. O objetivo foi avaliar o impacto da PC na QV de Indivíduos com DMII. Avaliou-se 135 pessoas com DMII de ambos os gêneros, idades entre 32-76 anos, cadastradas no Instituto Estadual de Diabetes e Endocrinologia, RJ. Foram realizados exames periodontais, sangramento a sondagem (SS), profundidade de bolsa à sondagem e nível de inserção clínica (NIC), e de QV (OHIP-14), por profissionais calibrados.O diagnóstico e a gravidade da PC foram assim definidos: mínimo de 2 sítios em 2 dentes não adjacentes, sendo Gengivite (GG), NIC 0 com SS,PC Moderada (PCM), NIC de 3 a 4 mm e PC Grave (PCG) NIC > ou = 5 mm. 37.8 % dos pacientes apresentaram GG, 34.04% PCM e 28.14% PCG. O tempo médio de DMII era: GG 9.7 (±6.1), PCM 9.4 (±8.1) e PCG 10,0 (±8.0), sem diferença entre eles (p= 0.689, Kruskal-Wallis). Os valores médios de QV para os diferentes grupos foram: GG 2.0 (±3.1), PCM 5.4 (±4.0) e PCG 6.4 (±5.5). Observou-se uma diferença estatisticamente significativa entre os grupos (p GG (Mann-Whitney). Pacientes com DMII e com Periodontal Crônica, independente de sua gravidade, apresentaram maiores impactos negativos na QV do que diabéticos apenas com gengivite.

PREENCHIMENTO ÓSSEO APÓS UTILIZAÇÃO DE FOSFATO BETA TRICÁLCIO E MEMBRANA DE COLÁGENO

Autores: Joyce Micaelle de Oliveira Resende*, Patricia Michelle Romualdo Martins, Jéssica Crisóstomo Silva, Germana Jayme Borges, José Cláudio MotãoFiliação: *Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICAE-mail: [email protected]

RESUMODurante os mecanismos de regeneração e reparo a proliferação celular ocorre de diferentes formas e velocidades. Barreiras e substitutos ósseos reabsorvíveis têm mostrado excelente meio de impedir a formação e crescimento de fibras e outros tecidos em lojas ósseas onde se objetiva o preenchimento com osso. O presente trabalho relata um caso clínico no qual se utilizou o fosfato beta tricálcio de fase pura, Cerasorb, associado à membrana de colágeno com o intuito de favorecer a formação óssea em um defeito ósseo na maxila com comunicação vestíbulo-lingual e comprometimento do assoalho do seio maxilar. A paciente M.A. de 40 anos, gênero feminino, compareceu à clínica odontológica escola da UniEvangélica apresentando uma lesão na região dos pré-molares superiores. Segundo a paciente, ela já havia sido submetida a várias cirurgias para reparo desse defeito ósseo, sem sucesso, impossibilitando a colocação de implantes. Após exames clínicos e radiográficos iniciou-se o tratamento. Inicialmente foi inserido no defeito ósseo o fosfato beta tricálcio, que atua como um osteocondutor favorecendo a migração de células ósseas e permitindo a formação óssea no local. Em seguida, uma membrana de colágeno foi posicionada. Após 8 meses observou-se por meio de tomografia, a completa formação óssea na região. Conclui-se assim que o biomaterial apresentou biocompatibilidade em contato com o tecido ósseo, e tem capacidade osteocondutora, observada por sua reabsorção e consequente deposição óssea.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 108 26/06/2015 13:33:33

Page 32: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

109

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

RESISTÊNCIA INSULíNICA EM PACIENTES COM DOENÇA PERIODONTAL E SíNDROME METABÓLICA

Autores: Humberto Lucas Bastos de Souza*, Maria Carolina Silva Mascarenhas Bezerra, Armênio Costa Guimarães, Urbino da Rocha Tunes, Roberta Santos TunesFiliação: *Escola Bahiana de Medicina e Saúde PúblicaE-mail: [email protected]

RESUMOEste estudo avaliou a associação entre doença periodontal (DP) e síndrome metabólica (SM), verificando a influência da resistência insulínica (RI) nestas patologias. Pacientes (41) do ambulatório de obesidade, após anamnese, avaliação física e laboratorial, foram divididos em quatro grupos (1: SM com alteração glicêmica; 2: SM sem alteração glicêmicas; 3: sem SM com alterações glicêmicas; 4: sem SM sem alterações glicêmicas) e avaliados segundo a condição periodontal: com e sem periodontite leve, moderada e severa; porcentagem (%) de sítios com Ps (profundidade de sondagem) >3mm e ≤5mm (Ps 1) / >5mm e ≤7mm (Ps 2) / >7mm (Ps 3) e Nic (nível de inserção clínica) >3mm e ≤5mm (Nic 1) / >5mm e ≤7 mm (Nic 2) / >7mm (Nic 3). A RI foi avaliada pelo índice HOMA. Os grupos 1 e 2 apresentaram maiores médias de Ps e Nic e % de Ps1 e Nic1, estatisticamente significativas, em relação ao grupo 4 (p≤0,019). Diabéticos apresentaram maiores médias de Ps, estatisticamente significativas, em relação àqueles sem alterações glicêmicas (p = 0,035). Indivíduos com SM (67,7%) apresentaram periodontite, sendo 47,1% com periodontite grave (p = 0,005). Houve uma correlação positiva entre a alteração da pressão arterial com a periodontite (p = 0,005). Foi verificada uma associação entre SM e maior gravidade de parâmetros periodontais, sendo as alterações glicêmicas, sobretudo Diabetes Mellitus, fatores contribuintes para o agravamento das mesmas. O HOMA-IR não refletiu piores condições periodontais.

PERFIL PERIODONTAL DOS PACIENTES ATENDIDOS NA FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIEVANGÉLICA

Autores: Jéssica Crisóstomo Silva*, Sara Maria do Amaral Melo, Vinícius Marques Oliveira, Virgílio Moreira Roriz, Paula Renata Damaceno OliveiraFiliação: *Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICAE-mail: [email protected]

RESUMOA Doença Periodontal é caracterizada por uma doença infecciosa resultante da inflamação dos tecidos de suporte e dos tecidos de revestimento dos dentes. Ela pode ser classificada em: gengivite quando compromete o periodonto de proteção e periodontite que acomete os tecidos de inserção. Este estudo teve como objetivo verificar qual o perfil periodontal dos pacientes atendidos na Faculdade de Odontologia de UniEVANGÉLICA. É uma pesquisa documental descritiva que avaliou prontuários de pacientes atendidos na clínica da Faculdade de Odontologia da UniEVANGÉLICA no período de 2009 a 2013. Nos prontuários foram analisados principalmente o Exame Periodontal Simplificado (PSR), a classificação da doença periodontal e o periograma dos pacientes que apresentaram periodontite. Dentre os 233 prontuários, 68% (n = 158) eram mulheres, 33,05% (n = 77) tinham entre 40 e 50 anos e 21% (n = 51) eram fumantes. Do total de prontuários 55 % (n = 129) possuíam gengivite, dos pacientes com periodontite, a Crônica Localizada foi constatada em 48% (n = 50), a Crônica Generalizada em 40% (n = 42), enquanto as Agressivas Localizada e Generalizada foram encontradas em 7% (n = 7) e 5% (n = 5) respectivamente. Pelos dados do PSR, pode-se observar que 49% (n = 114) apresentaram o código *. De acordo com os resultados obtidos nesta pesquisa, pode-se notar uma prevalência de pacientes do gênero feminino e a gengivite foi a doença periodontal mais prevalente seguida pela periodontite crônica localizada.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 109 26/06/2015 13:33:33

Page 33: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

110 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

PERFORMANCE E CAPACIDADE MASTIGATÓRIA DE USUÁRIOS DE PRÓTESES REMOVíVEIS COM DIFERENTES GRAVIDADES DE PERDA DE INSERÇÃO - UM ESTUDO PILOTO

Autores: Michely Ediani Machado*, Ana Paula Jaskulski, Lucia Helena Mozzaquattro, Fabricio Batistin ZanattaFiliação: *Universidade Federal de Santa Maria- RS (UFSM)E-mail: [email protected]

RESUMOSegundo alguns autores, um dos fracassos da prótese parcial removível (PPR) está associado ao comprometimento dos dentes pilares por perda de inserção. Entretanto, parece não haver evidências da associação entre a performance e a capacidade mastigatórias em usuários de PPRs cujos pilares periodontais apresentam diferentes gravidades de perda de inserção. O presente estudo piloto analisou a capacidade, performance e satisfação mastigatórias de 11 indivíduos portadores de PPRs. A inserção periodontal remanescente nos pilares primários e secundários também foi calculada. Como resultados, foram analisadas 14 próteses. Destas 10 apresentaram retenção e estabilidade “boa” ou “excelente” e 4 receberam a classificação de “ruim”. A média de dentes presentes foi de aproximadamente 18. A pontuação média dos questionários foi de 12,1, 29,82 e 8,63 para Capacidade Mastigatória, satisfação mastigatória e Escala Analógica Visual, respectivamente. Quanto às condições periodontais foi encontrada uma média de 1,98 mm e 1,41 mm para PS e NIC, respectivamente. A inserção periodontal remanescente média dos retentores primários foi de 78,40% e de 74,78% para os retentores secundários. Conclui-se que a despeito da boa adaptação e estabilidade das PPRs encontradas, a performance mastigatória apresentou-se muito deficiente, o que foi coerente com a satisfação mastigatória e com a auto-percepção geral da qualidade da PPR.

A CONDIÇÃO PERIODONTAL DAS GESTANTES ATENDIDAS EM UMA MATERNIDADE DO MUNICíPIO DE ANÁPOLIS-GO

Autores: Edivânia Barbosa Dourado*, Stephanny Loschayda Araujo Rocha, Virgílio Moreira RorizFiliação: *Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICAE-mail: [email protected]

RESUMOA gestação representa um período de modificações no corpo da mulher, principalmente devido ao aumento das taxas de alguns hormônios, levando também às alterações bucais, em especial relacionados aos tecidos periodontais. Esta pesquisa tem como objetivo conhecer a prevalência de doença periodontal em gestantes por meio de exames periodontais e a quantidade de dentes perdidos em uma maternidade no município de Anápolis-GO. Foram incluídas 100 gestantes do primeiro ao nono mês de gestação que concordaram em participar da pesquisa. Os dados clínicos avaliados foram: Exame de PSR (“Exame Periodontal Simplificado”), sangramento à sondagem (IG) e dentes perdidos. Das 100 gestantes avaliadas, os resultados mostraram que em todos os sextantes tiveram a média de 90% de código 2, já o código “0” (zero) não foi observado em nenhuma paciente, bem como nem o código * (asterisco: mobilidade, lesão de furca, recessão maior ou igual a 3 mm). Em relação ao índice gengival (IG), apenas 12% das gestantes não apresentaram sangramento a sondagem. Em relação aos dentes ausentes 62% delas apresentavam pelo menos um dente perdido com uma média de perda dental de apenas 1,35 entre as gestantes. Pelos resultados encontrados, por meio do exame de PSR, pôde-se concluir que a gengivite foi a doença periodontal prevalente em todas as gestantes, não sendo observada periodontite em nenhuma delas e que apenas uma minoria não apresentou sangramento à sondagem, nem ausências dentais.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 110 26/06/2015 13:33:33

Page 34: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

111

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

GUIA PRÁTICO PARA O AUXILIO DA APRENDIZAGEM E EXECUÇÃO DE RASPAGEM E ALISAMENTO CORONO-RADICULAR

Autores: Carlos Alexandre Soares Andrade*, Valéria Martins de Araújo CarneiroFiliação: *Universidade de Brasília – UNBE-mail: [email protected]

RESUMOO procedimento de raspagem e alisamento radicular é de fundamental importância no tratamento de doenças periodontais e possui um grau de dificuldade elevado. A falta de consenso e de um roteiro bem definido nos livros texto de periodontia faz com que o aluno de graduação fique confuso diante do aprendizado do procedimento. O presente trabalho apresenta de forma simples um guia visual dos pontos fundamentais para que o procedimento de raspagem e alisamento radicular seja executado adequadamente. O objetivo do trabalho foi criar um guia de fácil compreensão, para auxiliar estudantes de odontologia e cirurgiões-dentistas na execução adequada do procedimento de raspagem e alisamento radicular de todos os sextantes. Os posicionamentos e apoios foram testados em manequins de periodontia no laboratório pré-clínico. A partir da validação clínica das posições de raspagem, um guia em forma de esquema/desenho foi produzido. A primeira parte do guia mostra os sextantes coloridos para orientação do operador, a segunda mostra um relógio com a posição do operador, a terceira mostra a inclinação da cadeira do paciente e finalmente a quarta mostra as posições da mão do operador e o apoio dos dedos, sendo um para canhotos e outro para destros. O guia/esquema confeccionado contém imagens autoexplicativas e pode substituir textos extremamente descritivos e de difícil compreensão. Portanto, sugere-se que esse guia possa ser uma ferramenta de ensino mais eficiente.

RELAÇÃO ENTRE DOENÇA PERIODONTAL E DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Autores: Ricardo Militão de Lima*, Elaine Bicalho Maia CorreiaFiliação: *Curso de Odontologia do Centro Universitário UNIEUROE-mail: [email protected]

RESUMOA Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), é um processo patológico progressivo que agride os tecidos pulmonares e tem como principal fator etiológico, a agressão desses tecidos por substâncias tóxicas, sendo o fumo o principal fator apontado no desenvolvimento dessa doença. Estudos nos EUA apontam a DPOC como a quarta maior causa de morte com uma taxa de mortalidade de aproximadamente 43,3 indivíduos para cada 100.000. Nos últimos tempos, a comunidade científica tem procurado compreender os fatores que ligam a DPOC à doença periodontal (DP). O aumento da presença de citocinas pro-inflamatórias na circulação sanguínea provocada pela DPOC pode facilitar a progressão da doença periodontal, dado que o processo de reação inflamatória é semelhante em ambas as doenças. Alguns autores tem apresentado estatísticas significativas ao relacionar DPOC e DP, nas quais os indivíduos com DP e DPOC possuíam maior perda de inserção do que aqueles que não eram portadores de DPOC e que quanto maior a perda de inserção, maior é o déficit pulmonar em portadores de DPOC. A pneumonia nosocomial, uma das subclassificações da DPOC, é apontada como o segundo fator de infecção hospitalar, afetando indivíduos de todas as idades. Até metade dos pacientes acometidos por pneumonia nosocomial vêm a óbito, por causa dessa infecção. Entretanto, há a necessidade da realização de estudos mais criteriosos, com vistas a elucidar a relação das duas patologias.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 111 26/06/2015 13:33:33

Page 35: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

112 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

CIRURGIA PERIODONTAL PARA REMOÇÃO DE FIBROMATOSE GENGIVAL IDIÓPATICA GENERALIZADA EM CRIANÇA

Autores: Sâmella Rocha Almeida*, Wesley Hallef Cardoso Seixas, Brunno Santos De Freitas Silva, Fernanda Paula Yamamoto Silva, Virgílio Moreira RorizFiliação: *Centro Universitário de Anápolis – UniEVANGÉLICAE-mail: [email protected]

RESUMOFibromatose gengival é um termo genérico usado clinicamente para identificar um aumento volumétrico da gengiva, freqüentemente resultado do acúmulo de grande quantidade de colágeno. A fibromatose gengival pode ser classificada em iatrogênica, idiopática, inflamatória, medicamentosa e hereditária. Este trabalho tem por objetivo descrever um caso de uma criança que foi submetida a cirurgia periodontal para remoção tecidual relacionada à fibromatose gengival idiopática. O paciente com 9 anos de idade, do gênero masculino, procurou o atendimento odontológico, juntamente com sua mãe. Foi relatado que o menor sempre se queixava de que a gengiva era muito grande e os dentes muito pequenos, além disso, também relatava dificuldade em escovar a superfície dos dentes. Ao exame clínico, pode se observar um crescimento gengival generalizado, tanto pelas faces lingual/palatina quanto por vestibular, associado aos dentes decíduos e aos permanentes e várias áreas inflamadas. Como tratamento para resolução do caso optou-se pela cirurgia de gengivectomia. Esta foi executada empregando a técnica de bisel interno com lâmina 15c em 45° com a crista óssea alveolar, circundando todas as faces vestibulares dos dentes e a palatina dos molares. Foi removido cerca de 3 mm de tecido gengival de forma generalizada e parte do material enviado para biópsia. O diagnóstico histológico foi fibromatose. O paciente se mostrou bastante satisfeito com o resultado estético após 3 meses de acompanhamento.

REABILITAÇÃO ESTÉTICA IMEDIATA COM IMPLANTE EM ALVÉOLO COMPROMETIDO

Autores: Luiz Guilherme Freitas de Paula*, Fausto Frizzera Borges Filho, Camila Cruz Lorenzetti, Lívia Jacovassi Tavares, Rosemary Adriana Chierici Marcantonio, Elcio Marcantonio JuniorFiliação: *Faculdade de Odontologia de Araraquara – UNESPE-mail: [email protected]

RESUMOA substituição de dentes comprometidos por implantes em áreas estéticas de maneira imediata é cada vez mais utilizada na prática clínica diária. Para obter sucesso nas restaurações sobre implantes devemos ter uma visão multidisciplinar durante o diagnóstico e planejamento, buscando um resultado que tenha previsibilidade e atenda as expectativas estéticas e funcionais do paciente. Este relato de caso clínico apresenta um paciente com o dente 24 fraturado, onde após avaliação da tomografia computadorizada foi detectada o comprometimento dentário e do osso vestibular. O tratamento consistiu na exodontia minimamente invasiva e inserção de um implante estreito com conexão morse em uma posição tridimensional ideal para a reabilitação protética. Devido a obtenção de estabilidade primária do implante maior do que 32 Ncm foi confeccionado um provisório imediato com contorno côncavo em sua porção subgengival. Para manutenção da margem gengival uma matriz 3D de colágeno suíno foi utilizada e o defeito ósseo vestibular foi reconstruído com matriz óssea bovina contendo 10% de colágeno suíno e membrana de colágeno não reticulada. Após o período de osseointegração do implante foi confeccionado uma prótese do tipo parafusada com pilar de zircônia fabricado por meio do método CAD-CAM e a coroa foi fabricada em dissilicato de lítio.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 112 26/06/2015 13:33:33

Page 36: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

113

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

USO DE ENXERTO HOMÓGENO PARA AUMENTO EM ESPESSURA DE REBORDO ALVEOLAR PRÉVIO À INSTALAÇÃO DE IMPLANTES

Autores: Lilian dos Reis Goulart Magalhães*, Ana Angélica Martins Gouveia, Marília Ferreira Rêgo Santos, Khézia Caroline Carvalho, José Claúdio Motão, Paula Renata Damaceno OliveiraFiliação: *Centro Universitário UniEvangélicaE-mail: [email protected]

RESUMOO rebordo alveolar atrófico pode ser reconstruído com enxerto ósseo o que é uma alternativa viável para reabilitação protética convencional ou instalação de implantes. O enxerto homógeno tem sido indicado para a reabilitação oral em casos que requerem obtenção de volume ósseo, além de oferecer resistência às cargas funcionais e menor morbidade diminuindo a necessidade de um segundo sítio cirúrgico. A proposta deste trabalho é a de relatar por meio de um caso clínico a reconstrução óssea de rebordo alveolar, utilizando enxerto homógeno de banco de osso para instalação de implantes. O paciente E.G.S, 48 anos, compareceu no consultório odontológico, com queixa principal relacionada à ausência de cinco elementos dentários na pré-maxila. Após a anamnese, exame clínico e radiográfico (Tomografia computadorizada) e planejamento reverso, foi constatada falta de espessura óssea horizontal na maxila impedindo a instalação dos implantes de modo convencional. Foram apresentadas as devidas vantagens e desvantagens de cada enxerto e optou-se pelo homógeno. O paciente foi submetido ao procedimento cirúrgico de enxertia óssea homógena e membrana reabsorvível de colágeno Colla Cote®. Decorrido os quinze meses de tratamento foi observado o ganho de espessura e o bom travamento dos implantes com a instalação das próteses definitivas.

AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM SOBRE OS CUIDADOS BUCAIS NOS PACIENTES DE UM HOSPITAL DO MUNICíPIO DE ANÁPOLIS. ESTUDO PILOTO

Autores: Amanda Batista Ferreira*, Geovana de Melo Rezende, Beatriz Inácio Cosmo, Daniele Oliveira Silva, Virgílio Moreira RorizFiliação: *Centro Universitário UniEvangélicaE-mail: [email protected]

RESUMOA manutenção da saúde bucal nos pacientes internados é de grande relevância para a condição da saúde geral destes, já que quando a mesma está deficiente, pode colaborar para a proliferação de alguns patógenos respiratórios levando até ao desenvolvimento de pneumonia. Este estudo teve por objetivo avaliar o conhecimento dos profissionais de enfermagem, por meio de questionário para identificar a compreensão destes sobre os cuidados bucais nos pacientes internados em um hospital de Anápolis. Foram realizados 20 questionários com profissionais e verificou-se que 75% eram técnicos em enfermagem, 20% de enfermeiros e 5% de auxiliares de enfermagem. Cerca de 70% dos profissionais responderam conhecer a importância da realização da higiene bucal e que esta é realizada, já 30% relataram que esta não é feita. Daqueles que disseram sim, 50% responderam realizar uma vez ao dia, 35% duas vezes, 10% três vezes e 5% quatro vezes ao dia; e 77,3% relataram que a higienização era feita com espátulas de madeira + gaze + antissépticos;13,6% afirmaram ser feita com escova + creme dental e 9% com escova e antisséptico. Os profissionais classificaram a importância dos cuidados bucais como de alta relevância (70%) e apontaram como principais consequências pela falta destes, as cáries, mau hálito e deposição de bactérias. Pode-se concluir que a maioria dos profissionais conhece sobre os cuidados bucais nos pacientes internados, no entanto notou-se que estes não eram realizados de forma padronizada.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 113 26/06/2015 13:33:33

Page 37: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

114 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

PERI-IMPLANTITE: PROCESSO INFECCIOSO OU REAÇÃO DE CORPO ESTRANHO?

Autores: Raphaella Coelho Michel*, Rafael Ferreira, Carla Andreotti Damante, Maria Lúcia Rubo de Rezende, Adriana Campos Passanezi Sant’Ana, Mariana Schutzer Ragghianti ZangrandoFiliação: *Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo- FOB/USPE-mail: [email protected]

RESUMOA peri-implantite se caracteriza por alterações inflamatórias envolvendo os tecidos que circundam o implante com progressiva perda óssea. Sua etiopatogenia foi inicialmente descrita como um processo infeccioso resultante da colonização de bactérias semelhantes àquelas vinculadas ao processo da doença periodontal. Entretanto, dados recentes da literatura científica trazem informações de que a perda óssea peri-implantar pode não ser deflagrada por um processo infeccioso. Essa nova visão sobre a etiologia da peri-implantite vem sendo discutida, apontando a ocorrência de uma possível reação de corpo estranho com a instalação do implante e consequente perda da estrutura óssea de suporte. De acordo com a literatura revisada, a osseointegração poderia ser caracterizada como uma reação de corpo estranho à instalação do implante, sendo que a perda óssea estaria associada a um desequilíbrio entre agentes internos ou externos do hospedeiro. Os periodontopatógenos participariam apenas como agentes potencializadores da peri-implantite e não como fator etiológico. Dessa forma, o tratamento da peri-implantite estaria mais relacionado a manutenção do equilíbrio desta reação de corpo estranho do que propriamente a remoção de patógenos. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi buscar na literatura, trabalhos sobre a etiopatogenia da peri-implantite e discutir suas diferentes considerações com intuito de entender o papel dessa mudança de conceitos no tratamento da peri-implantite.

A DOENÇA PERIODONTAL PODE INFLUENCIAR NO PARTO E NO PESO AO NASCER?

Autores: Adriana Cruañes Mingotti*, Fernanda Guerra Velasco, André Prado Grion, Andrea Cristina Botelho Silva, Thamirys Cosmo Grillo Fajardo, Saulo Duarte PassosFiliação: *Faculdade de Medicina de JundiaíE-mail: [email protected]

RESUMOA relação entre doença periodontal e prematuridade tem sido reportada desde e década de 90, o propósito deste trabalho é quantificar por meio de análise parcial e não estatística o numero de RN a termo e pré-termo nos grupos controle (saudável, com gengivite ou periodontite leve) e grupo caso (periodontite moderada e avançada) de uma pesquisa em andamento na Faculdade de Medicina de Jundiaí, sob o título: Estudo da eficácia do tratamento periodontal durante a gestação como fator de redução da incidência do parto pré-termo e RN de baixo peso. Grupo controle apresentou 4,23% e grupo caso 8,33% de RN pré-termo. Embora com resultados parciais, verificamos a relação e nossas pesquisas se direcionam para exame e diagnóstico das mulheres que tiveram RN pré-termo, sugerimos que esse grupo deve ser melhor estudado.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 114 26/06/2015 13:33:33

Page 38: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

115

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

AVALIAÇÃO DO DORSO LINGUAL PELO CIRURGIÃO DENTISTA PARA O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL ENTRE CANDIDA ALBICANS E BIOFILME LINGUAL NOS PACIENTES EM UTI

Autores: Angela Beatriz Cavalcante de Amorim Izac*, Fabiana Mundim Cobucci Sorice, Camila de Freitas, Celi Novaes VieiraFiliação: *Associação Brasileira de Odontologia de GoiásE-mail: [email protected]

RESUMOA Candidíase é uma infecção fúngica causada por microrganismos Candida sp, a albicans a espécie mais encontrada na cavidade bucal. Estudos confirmam que pacientes em UTI apresentam risco de desenvolverem alterações bucais que promovam colonização e proliferação de leveduras do gênero cândida no dorso lingual e tubo orotraqueal devido à deficiência imunológica, antibioticoterapia e ineficaz higiene. Foram avaliados 10 pacientes em UTI, hospital privado de Goiânia. Desses pacientes cinco, apresentavam manifestações clínicas de Cândida na cavidade bucal. Foram observadas placas brancas no dorso lingual e palato,um paciente apresentava pneumonia resistente a antibioticoterapia, às bactérias multirresistentes e cultura do aspirado traqueal positiva para Cândida albicans.A equipe intensivista acreditava que manifestação clínica sobre o dorso lingual fosse o biofilme lingual.A conduta terapêutica da odontologia intensiva foi prescrição de Nistatina 10.000UI, conforme farmácia da instituição 10mL aplicado no dorso lingual,palato e orofaringe,40 minutos após a higiene bucal ,realizada clorexidina 0,2% aquosa durante 10 dias.Foram prescritos o diagnóstico e medidas terapêuticas e relatório para a CCIH e médico, relatando a alta incidência e causas desta manifestação clínica.O objetivo deste painel será demonstrar a importância da avaliação do dorso lingual destes pacientes e conhecimento clínico para o diagnóstico diferencial entre manifestação fúngica e biofilme visível no dorso lingual.

ASSOCIAÇÃO ENTRE PERIODONTITE E DEPRESSÃO: REVISÃO SISTEMÁTICA

Autores: Milena Moreira de Araújo*, Lidiane Cristina Machado Costa, Rodrigo Lamounier Araújo de Melo Faria, Luís Otávio Miranda Cota, Carolina Castro Martins, Fernando Oliveira CostaFiliação: *Universidade Federal de Minas Gerais – UFMGE-mail: [email protected]

RESUMOIndivíduos com depressão podem ter mais chance de desenvolver periodontite. A revisão sistemática procurou evidências científicas dessa associação. Uma busca eletrônica foi realizada no PubMed, Web of Science, e Cochrane Library até novembro de 2014. Critérios de elegibilidade do estudo foram: estudos transversais, estudos de caso-controle e estudos de coorte que avaliaram periodontite em pacientes adultos com depressão. Dois pesquisadores independentes selecionaram estudos para inclusão, avaliaram a qualidade metodológica e dados extraídos. Os estudos foram avaliados quanto às características metodológicas, a análise estatística, medidas de resultados periodontais e escalas psicométricas de depressão. A partir de 356 estudos identificados e resumos disponíveis selecionados, 13 foram incluídos na revisão (oito estudos transversais, quatro estudos de caso-controle e um estudo de coorte). Oito estudos incluídos mostraram uma associação positiva entre a periodontite e depressão (p 0,05). Havia apenas um número limitado de estudos elegíveis, vários dos quais incluíam diferentes tamanhos de amostras e populações; escalas psicométricas e critérios de diagnóstico para a periodontite variados. Apesar dos estudos mostrarem uma associação positiva entre a periodontite e depressão, a evidência científica não confirmou a associação. Mais estudos são necessários, com melhores desenhos e amostras mais representativas para confirmar os resultados.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 115 26/06/2015 13:33:33

Page 39: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

116 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

REABSORÇÃO EXTERNA RADICULAR: ACOMPANHAMENTO LONGITUDINAL DE CASO CLíNICO COM TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR

Autores: Bruna Carbonari Massafra*, Mateus de Aazevedo Kinalski, Ariane Morin, Miriam Lago Magro, Cristiane Aparecida de OliveiraFiliação: *Universidade de Passo FundoE-mail: [email protected]

RESUMOAs reabsorções externas possuem diferentes fatores etiológicos. Por não apresentar sintomatologia dolorosa, muitas vezes, é diagnosticada por radiografias de rotina. Quando a lesão surge na região cervical é possível a realização do tratamento através de cirurgia periodontal para o vedamento da lesão. O objetivo do trabalho é apresentar um relato de caso de reabsorção externa do dente. No presente caso, a paciente jovem, 19 anos, saudável, procurou atendimento queixando-se de dor e sangramento gengival no dente 12. Ao exame clínico, observou-se a presença de sangramento à sondagem com 4 mm de profundidade, sorriso gengival e visível irregularidade na superfície radicular. No exame radiográfico, constatou-se uma imagem radiopaca próxima à margem gengival. Como os exames foram inconclusivos, optou-se à realização de uma cirurgia periodontal exploratória. O tratamento periodontal inicial foi realizado pelo aumento de coroa clínica. Após, o retalho foi deslocado, constatando a presença da reabsorção externa cervical da raiz, sendo a região curetada, preenchida com cimento de ionômero de vidro e osteotomias para determinação do novo espaço biológico. Após 21 dias foi realizado o tratamento endodôntico do dente. Foram realizadas reavaliações periódicas e, após 6 anos, pode-se ainda constatar o sucesso. Conclui-se que, quando diagnosticada precocemente, as reabsorções externas cervicais da raiz apresentam um bom prognóstico, além do beneficio estético da cirurgia periodontal.

A IMPORTÂNCIA DA PERIODONTIA PARA O CONTROLE DA SEPSE

Autores: Rebeca de Barcellos Alves*, Fabiana Barbosa, Emílio Barbosa e Silva, Daniela Corrêa Grisi, Fernanda de Paula, Celi VieiraFiliação: *Associação Brasileira de Odontologia - Distrito FederalE-mail: [email protected]

RESUMOOs procedimentos rotineiros de higiene bucal realizados nos pacientes internados em UTI geralmente oferecem alívio e conforto, mas poucos alcançam resposta referente à redução de carga microbiana local. Existe significante correlação entre os escores de matéria orgânica estagnada e o aumento de microrganismos no biofilme bucal. Paciente de 90 anos, gênero masculino, internado na UTI, em dieta oral, com hematoma subdural decorrente de tombo da própria altura, foi submetido à higiene oral, duas vezes ao dia, seguindo o protocolo da instituição. A Odontologia foi chamada para avaliar o paciente por apresentar sinais clínicos e laboratoriais de sepse e desconfiaram de foco bucal. Durante avaliação observou-se presença de raízes residuais, lesões de cárie e doença periodontal. Após três dias da liberação médica para realização dos procedimentos necessários, observou-se intensa piora do quadro clínico da doença periodontal, deixando clara a diferença do desafio sistêmico e ambiental que o paciente de UTI é exposto quando comparado ao paciente da comunidade. Os procedimentos de full mouth disinfection foram realizados e no dia seguinte o paciente apresentou melhora substancial. A doença periodontal acomete grande parte da população brasileira e já é um grupo de risco conhecido para a PAV. Este trabalho sugere a implementação de protocolos assistenciais que visam a saúde bucal como estratégia adicional de prevenção à sepse, mesmo em pacientes sem doenças pulmonares de base.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 116 26/06/2015 13:33:33

Page 40: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

117

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

EFEITO DO TRATAMENTO PERIODONTAL NÃO-CIRÚRGICO SOBRE O CONTROLE GLICÊMICO, MEDIADORES INFLAMATÓRIOS E ADIPOCINAS EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS

Autores: Rosa Maria Jardim Rodrigues, Maria Emília Mesquita Cansanção Felipe, Leila Cristina dos Santos Mourão, Ricardo Guimarães FischerFiliação: UERJ - Faculdade de OdontologiaE-mail: [email protected]

RESUMOO objetivo foi avaliar o efeito do tratamento periodontal não cirúrgico sobre o controle glicêmico e os níveis séricos de adipocinas e mediadores inflamatórios em pacientes com periodontite crônica e tipo 2 (DM2). Foram selecionados 42 pacientes com periodontite crônica severa e com DM2, que foram aleatoriamente alocados no grupo teste (21 pacientes), que foram submetidos ao tratamento periodontal não cirúrgico; e no grupo controle (21 pacientes), que permaneceram sem tratamento. Os parâmetros clínicos (profundidade de sondagem - PS, nível de inserção clínica - NIC, SS- sangramento à sondagem e índice de placa - IP), laboratoriais (hemoglobina glicada - HbA1c, colesterol total - CT, HDL, LDL e triglicerídeos) e os marcadores inflamatórios (interleucinas - 1β e -6, fator de necrose tumoral-α, resistina, leptina e adiponectina) foram avaliados inicialmente e 90 dias após a terapia periodontal. Houve uma redução na % dos sítios com SS, IP e nos sítios com PS ≥ 6mm em grupo teste. Os níveis de HbA1c, glicose estimada, IL-1β, TNF-α e resistina também diminuíram significativamente neste grupo. Os demais marcadores não tiveram alterações significantes em ambos os grupos. O tratamento periodontal não cirúrgico da periodontite crônica severa está associado a melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2.

PROTOCOLO DE HIGIENE ORAL NA UTI

Autores: Eliane Rocha Cardoso*, Giovana Valle Vieira, Celi Vieira, Camila FreitasFiliação: *Associação Brasileira de Odontologia de GoiásE-mail: [email protected]

RESUMOO trabalho consiste em elaborar um protocolo de manobras a serem executadas pelo cirurgião dentista no paciente sob tratamento em Unidade de Terapia Intensiva. Esses procedimentos visam a prevenção de morbidades tais como a PAV (Pneumonia associada à ventilação) e a disseminação de focos infecciosos via hematológica, reduzindo assim o tempo de internação do paciente no leito de UTI. As manobras são enumeradas desde a abordagem do paciente ao término do procedimento.Tal protocolo favorece o manejo de materiais e instrumentais utilizados pelo profissional, otimizando o atendimento e promovendo uma adequada biossegurança.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 117 26/06/2015 13:33:33

Page 41: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

118 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

RELAÇÃO ENTRE OS PARÂMETROS PERIODONTAIS E O CONTROLE GLICÊMICO EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

Autores: Adriana Corrêa de Queiroz*, Raissa Afonso da Costa, Fernando José Herkrath, Janete Maria Rebelo Vieira, Maria Augusta Bessa RebeloFiliação: *Universidade Federal do AmazonasE-mail: [email protected]

RESUMODoença Periodontal e Diabetes Mellitus são desordens crônicas de alta prevalência na população adulta. Este trabalho teve como objetivo avaliar pacientes diabéticos tipo 2 cadastrados no programa Hiperdia na cidade de Manaus/AM, buscando verificar a relação entre os parâmetros periodontais e o controle glicêmico. Foram avaliados 209 indivíduos com diabetes tipo 2, selecionados aleatoriamente de 18 unidades básicas de saúde. Os voluntários foram submetidos a entrevista, onde foram coletados dados relativos à situação socioeconômica, fatores de risco e complicações do diabetes, hábitos de higiene oral, uso dos serviços odontológicos e medidas para controle glicêmico; a exame clínico, com verificação do índice de placa, índice gengival, profundidade de sondagem, nível de inserção clínica, número de dentes e número de dentes com mobilidade; e a exame laboratorial, para análise dos níveis séricos de glicose em jejum e hemoglobina glicosilada. 26,9% dos indivíduos apresentaram periodontite leve ou moderada e 73,1% periodontite severa. Os níveis séricos de glicose em jejum e hemoglobina glicosilada mostraram-se correlacionados ao índice de placa, índice gengival, profundidade de sondagem e nível de inserção clínica. O modelo final de regressão logística mostrou que o sexo masculino, idade ≥ 50 anos, possuir menos de 9 anos de estudo, necessidade do uso de insulina e níveis séricos de hemoglobina glicosilada ≥ 9% estavam associados à periodontite severa.

PRESERVAÇÃO DAS DIMENSÕES DO REBORDO ALVEOLAR COM O USO DO BIO-OSS® COLLAGEN NO MOMENTO DA INSTALAÇÃO DE IMPLANTE IMEDIATO

Autores: Bruna Abdala Dias Ferreira*, Ana Cristina Murakawa, Luiz Gustavo Nascimento de Melo Filiação: *Universidade Paulista – UNIPE-mail: [email protected]

RESUMOApós a perda do elemento dental, a reabsorção progressiva da cortical óssea vestibular pode alterar, de forma significativa, as dimensões do rebordo alveolar e a posição da margem gengival. Estas alterações podem gerar problemas estéticos, principalmente após a instalação de implantes imediatos. O objetivo deste trabalho foi avaliar, clinicamente, a preservação tecidual em área estética de sítio tratado com o uso de uma hidroxiapatita óssea bovina particulada com colágeno (Bio-Oss®Collagen) associada à instalação de implante imediato, submetido à provisionalização imediata. Paciente gênero feminino, 21 anos, apresentou-se na clínica de implantes da Universidade Paulista - UNIP com queixa principal relacionada ao elemento 15. Após avaliação clínica, radiografia e tomográfica, observou-se que o elemento dental apresentava-se com fratura corono-radicular. Diante do quadro clínico apresentado, foi proposto a exodontia minimamente traumática do dente, instalação de implante imediato (Ankylos) e colocação de um substituto ósseo, hidroxiapatita óssea bovina particulada com colágeno (Bio-Oss®Collagen), entre o implante e a cortical óssea vestibular. A coroa provisória foi instalada na mesma sessão. Após o período de cicatrização, o paciente foi reabilitado com prótese definitiva para restabelecimento do elemento 15. Pôde-se observar, ao final do tratamento, total restabelecimento das dimensões do rebordo alveolar e obtenção de um perfil de emergência protético adequado.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 118 26/06/2015 13:33:33

Page 42: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

119

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

ABORDAGEM TERAPÊUTICA EM PRIMEIRO MOLAR SUPERIOR DIREITO ACOMETIDO POR LESÃO ENDOPERIODONTAL - RELATO DE CASO

Autores: Hebert Ruan da Silva Santos*, Marcio Alex Barros GomesFiliação: *Universidade Paulista – UNIPE-mail: [email protected]

RESUMOA polpa e o periodonto do dente estão intimamente ligados, tanto funcionalmente quanto na presença de processos patológicos, de forma que a saúde de um pode influenciar na saúde do outro. Assim, a lesão que acomete a polpa pode acometer o periodonto, originando a chamada lesão endoperiodontal, cujas sequelas clínicas e radiográficas apresentam um prognóstico bastante apreensivo. Contudo, muitas lesões combinadas são reparadas, com a preservação do elemento dentário, por meio de terapêutica correta. O caso clínico a ser relatado é do paciente CNR de 42 anos de idade. Se trata do seu primeiro molar superior direito, radiograficamente ele apresentava lesão periapical na raiz mésio-vestibular e fístula persistente. Periodontalmente havia perda de inserção e já havia sido indicada a exodontia por outros profissionais por considerarem o prognóstico desfavorável. Cabe ressaltar que o paciente estava em tratamento ortodôntico e a exodontia ou manutenção do dente interfeririam significativamente no plano de tratamento a ser adotado. O tratamento periodontal foi realizado paralelamente à intervenção endodôntica, visando o restabelecimento da inserção conjuntiva por meio de raspagem e alisamento radiculares. O resultado final foi a preservação do elemento dental devido ao completo reparo das suas estruturas de suporte e a continuidade do tratamento ortodôntico considerando a fundamental importância do primeiro molar superior como pilar de uma oclusão funcional.

INSTALAÇÃO DE IMPLANTE DE DIÂMETRO ESTREITO, COM PROVISIONALIZAÇÃO IMEDIATA EM ÁLVEOLO DE EXTRAÇÃO DE MOLAR

Autores: Gabrielle Nunes Pereira*, Luiz Gustavo Nascimento de MeloFiliação: *Universidade Paulista – UNIPE-mail: [email protected]

RESUMONa Implantodontia contemporânea, há uma mudança de paradigma na substituição de dentes perdidos, com a colocação de implantes imediatos e/ou restaurações imediatas das coroas protéticas, particularmente na zona estética. A instalação de implantes imediatos e provisionalização imediata dos mesmos, em sítios de molares, no entanto, representa um desafio. As considerações anatômicas, oclusais e biomecânicas permanecem como principais fatores que podem influenciar no resultado do tratamento. Paciente gênero masculino, 32 anos, apresentou-se na clínica da Especialização em Implantodontia da Universidade Paulista - UNIP com queixa principal do elemento 16. Após avaliação clínica, radiografia e tomográfica, observou-se que o referido elemento dental apresentava-se com cárie extensa e ausência de coroa clínica. Diante do quadro clínico apresentado, foi proposto a exodontia minimamente traumática do 16, instalação de implante imediato de diâmetro estreito (Ankylos) no septo inter-radicular e colocação de um substituto ósseo, hidroxiapatita óssea bovina particulada com colágeno (Bio-Oss®Collagen), preenchendo o espaço das raízes. A coroa protética provisória foi instalada na mesma sessão. Após o período de cicatrização, o paciente foi reabilitado com prótese definitiva sobre implante para restabelecimento do elemento 16. Pôde-se observar, ao final do tratamento, total restabelecimento das dimensões do rebordo alveolar e obtenção de um perfil de emergência protético adequado.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 119 26/06/2015 13:33:33

Page 43: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

120 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

ESTÉTICA DO SORRISO: TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR EM BUSCA DO SORRISO PERFEITO

Autores: Mateus de Azevedo Kinalski*, Bruna Carbonari Massafra, Carlos Roberto Lago, Djalma Roque Woitchunas, Olívia Bombonato Locatelli, Cristiane Aparecida de OliveiraFiliação: *Universidade Federal de PelotasE-mail: [email protected]

RESUMOA estética do sorriso e sua harmonia envolvem as corretas proporções faciais, gengivais, labiais e dentais. Assim, para que haja sucesso do tratamento, deve ocorrer a integração de diferentes especialidades odontológicas. O objetivo deste relato de caso é apresentar a integração das especialidades de Periodontia, Ortodontia e Dentística Restauradora para a correção e obtenção da estética do sorriso. No presente caso clinico, a paciente, 19 anos, gênero feminino, saudável, buscou tratamento odontológico queixando-se do ‘’aspecto de seu sorriso’’. Ao exame clinico inicial, notou-se a presença diastemas nos dentes anteriores, sorriso gengival com exposição maior que 3 mm de tecido, mordida profunda, descentralização de linha média e falta de alinhamento dental. Após planejamento, o tratamento periodontal foi realizado por meio de cirurgia à retalho e osteotomia para a correção do sorriso gengival, envolvendo dos dentes 14 ao 24 com remoção do freio labial proeminente. Após 3 meses, a paciente foi encaminhada à Ortodontia para a correção da linha média e alinhamento dental com aparelho ortodôntico fixo. Em sua fase final, foi realizado o clareamento dental e correção dos diastemas. O tratamento foi concluído após 2,5 anos e a paciente apresentou-se satisfeita com o resultado. Através dos resultados obtidos, confrontados com a literatura, pode-se concluir que a estética do sorriso deve envolver as especialidades odontológicas, resultando em harmonia facial, dental e periodontal.

APLICAÇÃO DE QUESTIONÁRIO SOBRE O GRAU DE SATISFAÇÃO NA REALIZAÇÃO DE HIGIENE BUCAL EM TRÊS HOSPITAIS DO MUNICíPIO DE GOIÂNIA

Autores: Jonas Henrique Barbosa Batista*, Célia Simone Queiroz Souza, Camila de FreitasFiliação: *Associação Brasileira de Odontologia de GoiásE-mail: [email protected]

RESUMOA higiene bucal dos pacientes internados em unidades de terapia intensiva é realizada pela equipe técnica de enfermagem. Estas profissionais nem sempre são devidamente treinadas e geralmente se baseiam em protocolos inadequados, onde os procedimentos realizados ficam muito aquém do necessário para que resultem em relevante redução da carga microbiana bucal. O correto controle do biofilme bucal e a redução de patógenos por meios químicos e/ou mecânicos são imprescindíveis para a prevenção de infecções nosocomiais, em especial a pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV) e sepse. Cientes da importância da conscientização e treinamento profissional, este estudo teve como objetivo avaliar, através de questionário, a freqüência com que é realizada a higiene bucal, o tempo em que os profissionais trabalham neste ambiente, horário de realização da higiene bucal, posição do paciente durante execução e o grau de satisfação do profissional ao desempenhar tal função. Responderam ao questionário profissionais de nível técnico, intensivistas, de três hospitais, um público, um privado e um misto, todos situados na cidade de Goiânia, com similares números de leito e grau de complexidade.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 120 26/06/2015 13:33:33

Page 44: Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd

121

Braz J Periodontol - June 2015 - volume 25 - issue 02

An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393

CIMENTO CIRÚRGICO ORTOPÉDICO PARA AUMENTO DE ESPESSURA DE REBORDO E

Autores: Germana Jayme Borges*, Luis Fernando Naldi Ruiz, Alexandre Leite Carvalho, Juliano Gonçalves MiguelFiliação: *Faculdade de Odontologia UniEvangélicaE-mail: [email protected]

RESUMOO cimento cirúrgico ortopédico é um material composto por microesferas de polimetilmetacrilato e colágeno bovino, que apresenta alto grau de biocompatibilidade. O objetivo desse trabalho é apresentar um caso clínico no qual o cimento ortopédico foi utilizado associado à prótese total fixa sobre implantes, com o intuito de otimizar a estética facial por meio da melhora do suporte labial bem como do perfil de emergência da prótese. O acesso cirúrgico foi realizado por meio de incisão supracrestal e com extensão intrassulcular na região peri-implantar. Na região posterior, incisões relaxantes permitiram a exposição da pré-maxila até a altura da espinha nasal. Após a manipulação do biomaterial, ele foi aposicionado sobre a região anterior da maxila até completa polimerização. Em seguida, foi removido e recortado para obtenção de altura e espessura adequadas. Sua espessura foi guiada pela colocação da prótese no transcirúrgico e definida quando observou-se a correção da deficiência ântero-posterior. Dois parafusos de fixação foram instalados para justaposição enxerto-leito receptor. Previamente à sutura, foi removido tecido conjuntivo da região palatina, bilateralmente, o que permitiu a alteração do fenótipo da mucosa peri-implantar. Após três meses pode-se observar aumento de espessura do rebordo e suporte labial adequado e ausência de discrepância entre as faces vestibulares dos dentes e o rebordo ósseo o que permitiu à paciente um perfil facial mais estético e harmônico.

CARACTERíSTICAS CLíNICAS BUCAIS EM PACIENTES DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Autores: José Claudio de Oliveira Del Vechio*; Juliana Rico Pires; Teresa Márcia Nascimento de Moraes; Fernando Salimon Ribeiro; Benedicto Egbert Corrêa de Toledo; Elizangela Partata ZuzaFiliação: *Fundação Educacional de Barretos – UNIFEBE-mail: [email protected]

RESUMO O objetivo deste estudo foi avaliar as características clínicas bucais em pacientes internados em UTI. Foram avaliados 44 pacientes internados na Santa Casa de Misericórdia da cidade de Barretos-SP, quanto à presença de acúmulo de placa bacteriana, lesões bucais e peribucais, hipossalivação, saburra lingual e uso de medicamentos. O conhecimento da equipe de enfermagem com relação aos cuidados bucais a pacientes críticos foi avaliado por meio de um questionário. Os resultados mostraram que as características bucais observadas foram: úlceras traumáticas (68,2%), hematoma de lábio e assoalho da boca (6,8%), hipossalivação (84,1%), acúmulo de biofilme (90,9%), saburra lingual (81,8%) e ressecamento labial (86,3%). Todos os pacientes faziam uso de medicamentos com efeitos xerogênicos. Quanto ao nível de informação da equipe de enfermagem, verificou-se que o conhecimento dos profissionais sobre os cuidados bucais apresentou-se satisfatório, porém os procedimentos de higienização não foram considerados prioritários, não havendo nenhum protocolo de conduta clínica pré-estabelecido para higienização bucal. Diante dos resultados obtidos, pode-se concluir que os pacientes internados em UTI apresentam um risco elevado em desenvolverem lesões bucais, havendo a necessidade de treinamento da equipe multidisciplinar e da supervisão de um cirurgião-dentista para diagnóstico precoce e conduta terapêutica adequada aos pacientes críticos.

Revista Perio Junho 2015 - 3ª REV - 26-06-15.indd 121 26/06/2015 13:33:33