Revista Pharma 19 ano IV

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Revista Pharma . 1

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A Revista Pharma é uma publicação da ABF - Associação Brasileira de Farmacêuticos voltada para os profissionais da área.

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Revista Pharma . 1

2 . Revista Pharma

Revista Pharma . 3

CNPJ: 27.665.769/0001-85

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[email protected]: 2215-0263 / 3553-1730

R. Santa Luzia, 776 sala 904 Centro - Rio de Janeiro

Coordenador Geral e Editor ResponsávelRenato Alves – Reg. DRT/RT nº 23561,OJB – Mat. Nº 202, ABI – Mat. nº 1360

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Fátima Fiuza – Reg. M.Tb. nº [email protected]

Diagramadora colaboradoraJane Fonseca

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A Revista Pharma é um autêntico canal decomunicação, entre nossos associados e

colaboradores em geral.SICOPE Sistema de Comunicação e Editora Ltda.

não se responsabiliza por ilustrações, idéias econceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas.

ABF – Associação Brasileirade Farmacêuticos

www.abf.org.brRua dos Andradas, 96/10º andar – Centro

CEP – 20051-001Tel (21) 2263-0791

Tel/fax – (21) 2233-3672Email – [email protected]

D i r e t o r i a* Presidente: Dr. JOSÉ LIPORAGE

TEIXEIRA* Vice-Presidente: Drª. SOLANGE

MACHADO DE FARIAS REIS* Diretor 1ª Secretário: Dr. JORGE

CAVALCANTI DE OLIVEIRA* Diretora 2º Secretária: Drª. LUIZA

EUGÊNIA BROERMAN CAZES* Diretora Tesoureira: Drª. LÉA DA SILVA

COSTA CORREIA* Diretor do Departamento Científico-

Cultural: Dr. ELIEZER JESUS DE LACERDABARREIRO

* Diretor do Departamento de Assistência:Dr. LUIZ FERNANDO SECCIOSO

CHIAVEGATTO* Diretora de Publicidade: Drª. NAIRAVILLAS BOAS VIDAL DE OLIVEIRA

* Diretora de Cursos: Drª. MARIA ELINEMATHEUS

* Diretora de Museu: Drª. GUACIRACORRÊA DE MATOS

* Diretora da Biblioteca: Drª. MIRIANRIBEIRO LEITE MOURA

* Diretor da Revista Pharma: Dr. PAULOROBERTO GOMES DOS SANTOS* Diretora da Revista Brasileira de

Farmácia: Drª. MARIA IZABEL SAMPAIODOS SANTOS

Após um período de interrupção, a Pharma está

de volta!

O Informativo da Associação Brasileira de

Farmacêuticos retorna com novos editores e novo

formato. Mas, com o mesmo objetivo de estimular o

desenvolvimento da cultura, do ensino e da pesquisa

no âmbito da profissão farmacêutica por todo o Brasil.

A revista pretende servir como mais um meio de comunicação entre a

ABF e os mais de 150 mil farmacêuticos e 300 mil estudantes de Farmácia que

enfrentam ou enfrentarão um mercado de trabalho repleto de desafios diante

do caos na saúde pública e que exige cada vez mais capacitação e união.

Nesta edição, reapresentamos a ABF, sua biblioteca, seus cursos,

seu museu e sua revista científica. Também apresentamos as novas colunas

da Pharma e como matéria principal o ingresso da Associação Brasileira

de Farmacêuticos no Fórum Permanente Mercosul para o Trabalho em

Saúde.

A revista está em suas mãos. A partir de agora, abrimos mais essa

porta para que você troque conhecimentos e debata questões para

realizarmos ações que possibilitem mais oportunidades aos farmacêuticos.

Lembre-se de que nada se constrói sozinho. Queremos você conosco.

José Liporage Teixeira - CRF 5474 RJ

UMA PUBLICAÇÃO :

Em PautaUma trajetória de 93 anos marcada por lutas econquistas - Pág. 04

SaúdeCulto exagerado ao corpo leva ao consumo indiscriminadode esteróides anabolizantes – Págs. 12 e 13

AtualidadeSaiba mais sobre a gripe suína – Pág. 14

OpiniãoRevista Pharma renasce para consolidar conquistas– Pág.17

EntrevistaProfessor Levy Gomes Ferreira– Págs. 18 a 21

InformaçãoABF no Fórum Permanente MERCOSUL – Pág. 22

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4 . Revista Pharma

AAAAAA s s o c i a ç ã oA s s o c i a ç ã oA s s o c i a ç ã oA s s o c i a ç ã oA s s o c i a ç ã o

Brasileira deBrasileira deBrasileira deBrasileira deBrasileira deFFFFFarmacêuticosarmacêuticosarmacêuticosarmacêuticosarmacêuticos

(ABF)(ABF)(ABF)(ABF)(ABF), criada em 20 dejaneiro de 1916 comoinstituição nacional semfins lucrativos, de carátercientífico-profissional,vem, ao longo de 93anos, se conso-lidando como u-ma das respon-sáveis pelo desen-volvimento dacultura, do ensinoe da pesquisa noâmbito da pro-fissão farmacêu-tica. Isso semprese deu a partir deconferências, con-gressos, cursos,debates, exposi-ções em sua bi-blioteca e museu,engrandecimento

e união da classe farma-cêutica, intercâmbio cul-tural, profissional e socialcom entidades congê-neres do Brasil e de outrospaíses, e publicação derevistas científica e ins-titucional.

Foi reconhecida de

Uma trajetória de 93 anosmarcada por lutas e conquistas

Utilidade Pública de a-cordo com o Decreto Fe-deral n° 4.704 de 21/06/1923 e pela Lei Estadualn° 227 de 11/11/1962.

A sede atual, ad-quirida em 31/12/1949e inaugurada em 13/01/1951, é chamada cari-nhosamente por seusmembros de “A Casa daFarmácia”.

Na sede da ABFfuncionam a BibliotecaRodolpho Albino e o Mu-seu de Farmácia Antônio

Lago.A ABF teve, tam-

bém, participação impor-tante na criação do Sin-dicato dos Farmacêu-ticos do Rio de Janeiro,da Sociedade Brasileirade Análises Clínicas, daAcademia Nacional deFarmácia e de outras insti-tuições e associações far-macêuticas. Colaboroucom as autoridades sani-tárias para a elaboraçãoda primeira LegislaçãoFarmacêutica, em 1931.

Biblioteca da ABF

Auditório da ABF

Revista Pharma . 5

A Revista Brasileirade Farmácia (RBF) é um periódico ci-

entífico cultural, dedica-do a publicação e valo-rização de trabalhos depesquisadores farmacêu-ticos e áreas afins. Suahistória se iniciou com oidealizador e primeiropresidente da AssociaçãoBrasileira de Farmacêu-ticos (ABF), Luiz Oswal-do de Carvalho, farma-cêutico e Diretor da Re-vista de Chimica e Phy-sica, periódico que cir-culava na época, entre1915 e 1916 e que serviude apoio na divulgaçãodo primeiro apelo àclasse farmacêuticacom vistas à funda-ção da sua ABF.

Após sua fun-dação em 20/01/1916, Luiz Oswaldode Carvalho, na Pri-meira Seção do Con-selho Administrativoda ABF, realizada em10 de março de 1916,ofereceu sua Revista deChimica e Physica, queveiculava trabalhossobre as ciências aplica-das à medicina, enge-nharia, agronomia, artese indústria para órgão

Como surgiu a Revista Brasileira de Farmáciaoficial da AssociaçãoBrasileira de Farmacêu-ticos, obrigando-se apublicar, em sessãoespecial, todo expedien-te da ABF, bem como,no seu texto, toda amatéria de interesse daclasse.

Somente cercade 4 anos após, em ja-neiro de 1920, nagestão do Presidenteda ABF, Prof. Rodol-pho Albino Dias daSilva, a ABF editou oprimeiro número doseu órgão oficial própriode divulgação, o

O farmacêutico Octavio Augusto Ceva Antunes, doInstituto de Química da Universidade Federal do Rio deJaneiro, estava no voo AF 447, da Air France, quedesapareceu na noite de domingo, 31 de maio, depois dedecolar do Rio, rumo à Paris. Ele viajava acompanhado damulher, Patricia Nazareth Antunes, e do filho de três anos,Mateus Nazareth Ceva Antunes. Sem dúvida alguma, foi

Uma partida prematura que deixará saudadesuma perda irreparável e que deixará saudades, não apenasem seus alunos e familiares, mas também em todos quetiveram a oportunidade de compartilhar de sua amizade.

A ABF, através da Revista Pharma, faz umasingela homenagem ao grande pesquisador que soube,com muita generosidade e peculiaridade, transmitir seusconhecimentos.

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Boletimda Associação Brasileirade Farmacêuticos emsubstituição à Revista deChimica e Physica, depropriedade de Luiz Os-waldo de Carvalho, quefoi o órgão oficial dainstituição até 1919.

Essa publicaçãovem sendo mantida emcirculação até hoje, sen-do que, a partir de 1937,passou a denominar-seRevista da AssociaçãoBrasileira de Farmacêu-ticos e, posteriormente,em 1942, Revista Brasi-leira de Farmácia.

6 . Revista Pharma

1) A Associação Bra-

sileira de Farmacêu-

ticos tem 93 anos. Ao

longo desse período,

em sua opinião, qual

foi a conquista mais

importante da ABF e

por quê?

A sua permanência portodo esse tempo comoentidade representativados profissionais farma-cêuticos, contribuindocom o desenvolvimentoda cultura, do ensino e dapesquisa no âmbito daprofissão farmacêutica.

2) Quais as suas me-

tas como Presidente

da ABF?

Uma gestão que propiciea união dos farmacêuticos,futuros profissionais, en-tidades e a sociedade, apartir de cursos e eventosde intercâmbio cultural,

profissional e social comentidades congêneres doBrasil e de outros países,além da manutenção dapublicação da revistacientífica e da reedição darevista institucional.

3) Neste momento,

qual seria o maior ob-

jetivo e o maior de-

safio da classe farma-

cêutica?

O aumento da cre-dibilidade da populaçãonos profissionais farma-cêuticos. Para venceresse desafio acredito naparticipação mais a-tuante desses profis-sionais em eventos quepromovam melhorias naAssistência Farmacêu-tica e demais áreas afinsà Farmácia.

4) Fale um pouco so-

bre a participação da

ABF no Fórum Perma-

nente Mercosul para

Saúde. Como surgiu

esta oportunidade?

A ABF solicitou assentono Fórum por conta desua importância comoespaço de diálogo e co-operação entre gestores etrabalhadores da Saúde.A ABF participará daconstrução coletiva deuma posição comum doMinistério da Saúde doBrasil no que diz respeitoaos itens da pauta ne-gociadora da Subco-missão de Desenvol-vimento e Exercício Pro-fissional, de proposiçõesque auxiliem na for-mulação de políticas paraa gestão do trabalho e daeducação em saúde quelevem a uma maior co-bertura e qualidade daatenção à saúde da po-pulação, e da elaboraçãode propostas que au-xiliem na definição e apli-cação dos itens que com-põem a agenda de tra-

balho do Fórum.

5) O que você espera

do 6º Congresso da

Fenafar e 2º Simpósio

Nacional de Assistên-

cia Farmacêutica que

ocorrerão simultanea-

mente, em agosto, em

Salvador, Bahia?

A Federação Nacional dosFarmacêuticos é uma en-tidade representativa dacategoria farmacêutica emnível nacional na qual 17sindicatos estaduais estãofiliados. Em 35 anos, aFenafar através de seusdirigentes, construiu umahistória de busca ao res-peito à categoria e aoresgate do importantepapel social do farma-cêutico na atenção à saú-de. Nesse sexto evento,ocorrerá o momento demaior democratização daentidade, em que seráeleita a nova Diretoria daFENAFAR e aprovadosseus projetos para ospróximos três anos. Já osegundo Simpósio Na-

J osé Liporage é Diretor Técnico doServiço de Farmácia do Instituto dePesquisa Clínica Evandro Chagas

(Ipec) da Fiocruz, e foi homenageado pelaABF como Profissional de Destaque para aFarmácia Brasileira por coordenar aAssistência Farmacêutica Humanizada aosPortadores de Doenças Infecciosas.

Há 22 anos na Farmácia do Ipec,Liporage é, atualmente, Presidente da ABF,no biênio 2009/2010. Neste espaço, elerevela suas expectativas com a volta daRevista Pharma, comenta a importanteconquista da ABF na participação doFórum Permanente Mercosul para a Saúdee fala de metas e desafios.

José Liporage na Fiocruz: muito trabalho para atingir metas

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Revista Pharma . 7

cional de Assistência Far-macêutica é um exemplode evolução da Federação,que procurou oferecer ummomento de troca de as-suntos profissionais e so-ciais mesmo para não di-rigentes da Fenafar. Nesseevento, será apresentada anova Pharma a partici-pantes de todo o Brasil.

6) A Revista Pharma

ficou sem circular du-

rante um longo pe-

ríodo. Qual o motivo

de trazê-la de volta?

A ABF precisava de um

meio de comunicaçãoinstitucional para infor-mar aos sócios farma-cêuticos e estudantes,além de entidades farma-cêuticas, sobre suas pro-postas de enfrentamentode desafios diante deuma saúde pública (eprivada) deficiente e deum mercado de trabalhocompetitivo e exigente.

7) Qual a proposta da

Revista Pharma com

este retorno? Existe

alguma mudança sig-

nificativa em relação a

“A ABF participará da construçãocoletiva de uma posição comum do

Ministério da Saúde do Brasil no que dizrespeito aos itens da pauta negociadorada Subcomissão de Desenvolvimento eExercício Profissional, de proposições

que auxiliem na formulação de políticaspara a gestão do trabalho e da educação

em saúde que levem a uma maiorcobertura e qualidade da atenção à

saúde da população, e da elaboração depropostas que auxiliem na definição e

aplicação dos itens que compõem aagenda de trabalho do Fórum.”

anterior?

Informar sobre o que,com quem e como a ABFestá realizando ativi-dades para a promoçãode melhorias na quali-dade de vida profissionale social dos farma-cêuticos. As mudançaspoderão ser vistas nonovo layout da revistafísica e nos novas colunasdestinadas tanto para osprofissionais das diversasáreas de atuação do far-macêutico como paragraduandos em Farmáciae estudantes em iniciaçãocientífica em áreas far-macêuticas. Além disso, arevista também será pu-blicada on line para al-cançar um número aindamaior de pessoas.

8) Que conselho você

daria aos profissionais

que já atuam no mer-

cado ou que estão co-

meçando agora?

Importar-se com a par-ticipação em entidadesque procuram preservarou revisar os deveres edireitos dos farmacêu-ticos: associações, con-selhos ou sindicatos declasse. Seja de formamais atuante ou, ao me-nos, procurando conhe-cer o que está sendorealizado em prol da pro-fissão. E sempre se atua-lizar em cursos e eventoscientíficos para poderprestar o melhor serviçoa nossa população eengrandecer a profissãofarmacêutica.

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Anuncie na Pharma, revista institucional daABF, e exponha sua marca para farmacêuticos

de todo o BrasilLigue para: 2215-0263/3553-1730

ou mande um [email protected]

Informamos que devido á imensa procura dosprofissionais farmacêuticos para adesão do planode saúde Unimed gerenciado pela AssociaçãoBrasileira de Farmacêuticos, estaremos iniciandouma nova campanha de adesão ao plano. Osinteressados deverão contatar a secretaria daAssociação Brasileira de Farmacêuticos, através dostelefones 21 22333672 ou 21 22630791.

Tome Nota

8 . Revista Pharma

Inaugurado em janeiro de 1951, na atual sede daABF, o Museu de Farmácia Antônio Lagorecebeu o nome de um apaixonado pela

profissão, embora não fosse farmacêutico. AntônioLago, que atuava na área de comunicação, fundouo Jornal Gazeta da Farmácia, onde sempreabordava temas de interesse da área. Mas, só ojornal não era o suficiente, então, começou a semobilizar na arrecadação de peças para compor omuseu. Hoje, o acervo conta comaproximadamente 450 objetos, entre os quaismagníficos potes de porcelana, almofarizes,balanças, capsuleiros, inaladores, apertadores derolhas, destiladores e muito mais.

Posteriormente, foram incorporados osoriginais manuscritos da Farmacopéia Brasileira deRodolpho Albino e a obra Plantarum que teriapertencido a Van Nehmont em 1630, mestre deLineu, responsável pela classificação botânica. OMuseu divide-se em duas saletas, a primeira é umaréplica de uma farmácia do século XVIII, com seubalcão de atendimento, suas vidrarias, porcelanas,vasos comemorativos, equipamentos de farmáciasantigas, etc. A segunda sala possui uma bancada

Peças de rara beleza encantam o Museu Antônio Lago

de manipulação com balanças, frascos dosadores,medicamentos antigos, estante com obras antigas,entre outros.

Dra. Guacira Corrêa de Matos é diretora doMuseu e dará, no próximo número da RevistaPharma, uma entrevista para contar algumaspeculiaridades do seu trabalho.

Revista Pharma . 9

A ABF abriga em sua estrutura a Biblioteca Rodolpho Albino,

nome dado em homenagem ao ex-presidente da casa, que

foi fundada em 1929 e oficialmente inaugurada em janeiro

de 1951. O acervo reúne cerca de 2.433 livros das áreas

farmacêuticas e afins, incluindo obras de referência como

farmacopéias, dicionários, enciclopédias, guias, anuários,

congressos, seminários, além de 450 títulos de periódicos (entre

jornais, revistas, boletins, informativos) nacionais e internacionais.

Detém, por doação, a coleção particular de obras pertencentes a

Rodolpho Albino, incluindo a Farmacopéia Brasileira de nº 00001.

A Dra. Míriam Ribeiro Leite Moura é diretora da Biblioteca e

tem prestado importantes serviços ao setor, bem como a

bibliotecária Rosângela, que trabalha na ABF há anos e conhece

muito bem a dinâmica da biblioteca. Conheçam, no próximo

número da Revista Pharma, um pouco do trabalho de cada uma

que, sem dúvida, engrandece esse espaço de pesquisa e cultura.

Biblioteca da ABF reúne obras de grandes autores

10 . Revista Pharma

6º Congresso da Fenafar e 2º Simpósio Nacionalde Assistência FarmacêuticaDe 13 a 15 de agosto de 2009Salvador - BAwww.fenafar.org.br

A CPhI South America – Feira Internacional deIngredientes FarmacêuticosDe 26/08/09 até 28/08/09Transamérica Expo Center - São Paulo - SPwww.pmec-sa.com.br

V JORNADA FARMACÊUTICA DE DIAMANTINARealização: Universidade Federal dos Vales doJequitinhonha e MucuriDe 24 a 28 de agosto de 2009Local: Diamantina (MG)Informações e inscrições: (31) 8871-5567 ouwww.ufvjm.edu.br/jornadafarmaceutica

IV SIMPÓSIO IBEROAMERICANO DE PLANTASM E D I C I N A I SRealização: CYTED | CNPq | UNIVALI | UFMTDe 31 de agosto e 01 de setembro de 2009Hotel Fazenda Mato Grosso - Cuiabá (MT)Informações: www.ivsimposiodeplantas.com.br

VII CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMÁCIAH O M E O P Á T I C A14º ENCONTRO NACIONAL DEFARMACÊUTICOS HOMEOPATASRealização: ABFH - Associação Brasileira de FarmáciaHomeopáticaDe 24 a 27 de setembro de 2009Águas de Lindoia (SP)Informações: www.abfh.com.br/VIICBFH

XVI CONGRESSO PAULISTA DE FARMACÊUTICOSVIII SEMINÁRIO INTERNACIONAL DEFA R M AC Ê U T I C O SE X P O FA RRealização: Conselho Regional de Farmácia do Estadode São PauloDe 3 a 6 de outubro de 2009Palácio de Convenções do Anhembi - São Paulo (SP)Informações: (11) 3067-1468 e (11) 3067-1469, pelo

e-mail [email protected] ou pelo sitewww.congressocrf.org.br

2° CONGRESSO IBEROAMERICANO DEF I T O T E R A P I ARealização: Instituto Brasileiro de Plantas MedicinaisDe 8 a 10 de outubro de 2009Lisboa (Portugal)Informações: www.fito09.org

III CONGRESSO BRASILEIRO DE USO RACIONALDE MEDICAMENTOSRealização: Ministério da Saúde, Organização Pan-Americana de Saúde, Anvisa e Governo do Estado doCearáO evento terá a participação de autoridades no assuntobrasileiras e estrangeirasDe 26 a 30 de outubro de 2009Fortaleza (CE)Tema: Incorporando o uso racional de medicamentosàs práticas profissionais em saúde

II CONGRESSO REGIONAL DE ANÁLISESCLÍNICAS DO SUDESTERealização: Sociedade Brasileira de Análises Clínicas –SBACDe 14, 15, 16 e 17 de outubro de 2009Vila Velha (ES)Informações e inscrições: (62) 3214-1005 ouwww.cbac.org.br e www.sbac.org.br

VI CONGRESSO NACIONAL ATENCIÓNFARMACÉUT ICARealização: Fundación Pharmaceutical CareDe 15 a 17 de outubro de 2009Hotel Barceló Renacimiento – Sevilla - EspanhaInformações: www.atencionfarmaceutica2009.org

XXI CONGRESSO BRASILEIRO DEPA R A S I T O LO G I AII ENCONTRO DE PARASITOLOGIA DOM E R C O S U LRealização: Sociedade Brasileira de ParasitologiaDe 27 a 30 de outubro de 2009Foz do Iguaçu (PR)Informações: [email protected]

Revista Pharma . 11

O 6º Congresso da

FENAFAR e 2º

Simpósio Nacio-

nal de Assistência Farma-

cêutica, acontecerão pa-

ralelamente entre os dias

13 e 15 de agosto em

Salvador. O Congresso se

realiza no momento em

que a Federação Nacional

dos Farmacêuticos –

FENAFAR, completa 35

anos de luta em defesa

do farmacêutico, de uma

política nacional de

Assistência Farmacêutica

e pela universalização do

atendimento à saúde. Um

dos objetivos do encontro

é reafirmar o compro-

misso da entidade com

estas lutas, bem como

impulsionar a organi-

zação da categoria para

alcançar conquistas efe-

tivas.

Entre os temas que

serão abordados no Con-

gresso, cuja etapa nacio-

snal será precedida de

discussões em todo o

país, estão as questões

relacionadas à situação

política e econômica,

nacional e internacional,

debate que terá como

pano de fundo a crise

econômica mundial em

curso.

Veja, a seguir a

programação.

Salvador será palco do 6ºcongressoda FENAFAR em agosto

6º Congresso da Fenafar2º Seminário de Assistência Farmacêutica

2º Encontro dos Farmacêuticos do Controle Social no SUS

13/08/2009 – Quinta-Feira

8h30 – Abertura dos trabalhos e composição da 1ª mesa do simpósio9h às 12h – Avanços e Desafios da Assistência Farmacêutica no BrasilTópicos a serem abordados: Qualificação; NASF e Vigilância Sanitária.13h às 15h – 1º Tema do Congresso Situação Política Nacional e InternacionalTópicos a serem abordados – avaliação política do governo nos últimos anos(após 5º congresso, desenvolvimento, soberania, integração latino americano,crise internacional)15h30 às 19h30 - Mundo do trabalho farmacêutico e organização sindical :atualidades e perspectivasTópicos a serem abordados: formação do farmacêutico generalista; inserçãodo profissional no mercado de trabalho; novos postos de trabalho; condiçõessanitárias de trabalho, mercado de trabalho, negociação sindical dosfarmacêuticos.20h30 – Abertura oficial do 6º Congresso da Fenafar e 2º Simpósio Nacionalde Assistência Farmacêutica

14/08/2009 – Sexta-Feira

9h às 12h – Saúde: quem paga a conta?Tópicos a serem abordados: políticas públicas e privadas; judicialização; acessoe uso racional, farmácia estabelecimento de saúde; política de assistênciafarmacêutica, vigilância sanitária e farmacovigilância.12h – Almoço13h às 15h45 – Os impactos da Inovação tecnológica nas Políticas de Saúdee Assistência farmacêuticaTópicos a serem abordados: produção de fármacos, acesso a medicamentos epatentes.Debatedores Convidados16h – Grupos de Discussão

15/08/2009 – Sábado

9h às 17h – Plenária Final do 6º Congresso da Fenafar

Conheça mais a FENAFAR www.fenafar.org.br

12 . Revista Pharma

A busca de corposesculpidos à basedos chamados es-

teróides anabolizantesestá levando jovens deaparência saudável a umvício muitas vezes semvolta. Apesar de nãohaver estatísticas quecomprovem este fato,sabe-se que o número deconsumidores da drogavem aumentando con-sideravelmente, prin-cipalmente nas acade-mias. Hoje em dia, nãosão apenas os atletas embusca de mais força, ve-locidade, e resistência dosmúsculos os únicos a usá-los, cada vez mais ho-mens, jovens e mulheres,que querem ganhar mas-sa corporal em poucotempo, se deixam seduzirpelos efeitos da drogacolocando em risco asaúde por causa de umavaidade exagerada e semsentido.

O que são EsteróidesAnabolizantes

Os anabolizantessão substâncias sintéticassimilares aos hormôniossexuais masculinos e pro-movem, portanto, umaumento da massa mus-cular (efeito anaboli-zante) e o desenvolvi-mento de caracteres mas-culinizantes. A massa cor-poral aumenta porqueeles influem diretamentena capacidade do corpo

de absorver proteína,além de reter líquidoprovocando o inchaçodos músculos.

Geralmente, os a-nabolizantes ou “bom-bas”, como também sãochamados, são tomadosoralmente em cápsulas/tabletes, ou injetados nomúsculo diretamente.Muitas vezes, as drogas sãousadas em associação deaté três tipos diferentes eem doses 100 vezes mai-ores que as preconizadaspor tratamento médico.Anadrol, Oxadrin e Dura-bolin são alguns exemplosde esteróides.

Embora muita gen-te desconheça, o anabo-lizante tem uso na me-dicina para casos de os-teoporose, deficiência decrescimento, problemashormonais masculinos,como o hipogonadismo,entre outros casos. Entre-tanto, só é ministrado emdoses terapêuticas e ne-cessitam sempre de pres-crição médica para seremadquiridos. Os médicosreceitam doses de, no má-ximo, 15 mg enquantoque os fisiculturistaschegam a tomar até 300mg, dose excessivamentesuperior a recomendada.

Consequências douso de Anabolizantes

O efeito de umcorpo saudável com osanabolizantes é apenas

aparente. Está provadoque seu uso só geradanos à saúde. Os efeitoscolaterais das superdo-sagens são muitos. Apessoa pode desenvolverproblemas no fígado,inclusive câncer, reduçãoda função sexual, der-rame cerebral, alteraçõesde comportamento comaumento da agressi-vidade e nervosismo,aparecimento de acne,etc. Ao todo, 69 efeitoscolaterais já foram pes-quisados e documen-tados.

Em garotos e ho-mens existe a diminuiçãoda produção de esperma,retração dostestículos,impotên-cia sexual,dificulda-de ou dorao urinar, cal-vície, desen-volvimento irre-versível de ma-mas. Em adoles-centes de ambos ossexos, também podeocorrer parada pre-matura do crescimento,tornado-os mais baixosque outros da mesmafaixa etária que não se-jam usuários de anaboli-zantes.

A parada brusca douso de anabolizantestambém é perigoso epode produzir sintomascomo depressão, fadiga,

insônia, diminuição dalibido, dores de cabeça,dores musculares e desejode tomar cada vez maisanabolizantes, o quecaracteriza os viciados emqualquer outro tipo dedroga. O uso compar-tilhado de esteróides porseringas e agulhas nãoesterilizadas é comum epode expor o indivíduo adoenças como Aids, he-patites B e C e endo-cardite bacteriana.

Saiba mais sobre adroga

Os esteróides ana-bólicos foram desco-

Culto exagerado ao corpo leva ao consumo

Revista Pharma . 13

bertos nos anos 1930, etêm sido usados desdeentão para inúmerosprocedimentos médicos,incluindo a estimulaçãodo crescimento ósseo,apetite, puberdade ecrescimento muscular.Podem também ser usa-dos no tratamento de pa-cientes submetidos agrandes cirurgias ou quetenham sofrido acidentessérios, situações que emgeral acarretam umcolapso de proteínas nocorpo. O uso maiscomum de esteróidesanabólicos é para con-dições crônicas

debilitantes, como ocâncer e a Aids.

Os esteróides ana-bólicos podem produzirinúmeros efeitos fisioló-gicos, incluindo o de vi-rilização, maior sínteseprotéica, massa muscular,força, apetite e cresci-mento ósseo. Mas seuuso exagerado e indiscri-minado, ou seja, aqueleque não tem caráter me-dicamentoso, tem sidoassociado a diversos e-feitos colaterais incluin-do a elevação do coles-terol (aumenta os níveisde LDL e diminui os de

HDL), acne,pressão san-guínea ele-vada, hepa-totoxicidade,alterações namorfo log iado ventrículo

esquerdo docoração, entre

outras doenças derisco.

Tráfico ilegalde esteróidesanabolizantesOs anabolizantes

são geralmente consu-midos em países dife-rentes dos quais eles sãoproduzidos, por isso, écomum contrabandeá-los através das fronteirasinternacionais. Comoacontece na maioria dasoperações de tráfico,uma operação sofisti-

cada do crime organi-zado sempre está en-volvida, freqüentementeem conjunto com outrostipos de contrabando(incluindo outras drogasilegais). Ao contrário dostraficantes de drogasrecreacionais psicoativas,como maconha e he-roínas, não há muitoscasos retratados de tra-ficantes de anabolizantessendo presos que conse-guem obter a droga atra-vés do mercado negro, emais especificamente,farmacêuticos, veteri-nários, e médicos. Osanabolizantes compradosdo mercado negropodem ser falsificados ouoriginalmente produ-zidos para uso vete-rinário, o que por si só nãovem a ser perigoso, ex-ceto pelo fato de queesses medicamentos sãoproduzidos e manu-seados em ambientesmenos estéreis, já que oseu destino seria osanimais.

DistribuiçãoNos Estados Unidos

e Canadá, os anabo-lizantes são compradosassim como qualqueroutra droga ilegal atravésde “traficantes” que

o indiscriminado de esteróides anabolizantesconseguem obtê-los dediversas fontes, embora amaioria dos usuários pre-ferisse comprar legal-mente, isto não é possívelem função das leis res-tritivas. Anabolizantesfalsificados são uma so-lução comum para a faltade disponibilidade legalnos Estados Unidos e Ca-nadá, embora o mercadonegro de importaçãocontinue no México, Tai-lândia e outros paísesonde são mais facilmentedisponíveis e, em muitospaíses legalizado. Muitaspessoas produzem ana-bolizantes falsos e os co-locam à venda na inter-net, o que representa umgrande risco.

A maioria dos es-teróides analógicos sãovendidos hoje em aca-demias, competições eatravés dos correios. Amaior parte destas subs-tâncias nos EstadosUnidos é contrabando.Além disso, um grandenúmero de produtosfalsificados são vendidosparticularmente porwebsites de farmácias defachada.

Fonte:Pesquisa em sites sobre

saúde e fitness.

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14 . Revista Pharma

A gripe suína refere-se à gripe causadapelas estirpes de

vírus da gripe, chamadasvírus da gripe suína,que habitualmenteinfectam porcos, on-de são endêmicas.Em 2009 todas estasestirpes são encontra-das no vírus da gripeC e nos subtipos dovírus da gripe Aconhecidos comoH1N1, H1N2, H3N1,H3N2, e H2N3.

Quando os ví-rus da influenza dediferentes espéciesinfectam simultanea-mente o mesmo animal(como por exemplo osuíno), podem reorga-nizar-se geneticamente eoriginar uma nova estirpede vírus, tal como acon-teceu atualmente com aemergência deste novovírus circulante InfluenzaA/H1N1. A análise deste

vírus sugere que ele temuma combinação de ca-racterísticas das gripessuína, aviária e humana.

Especificamente, estacombinação não haviasido vista até agora emhumanos ou em suínos, ea sua origem é ainda des-conhecida. Mas, feliz-mente, a conclusão inicialé a de que o vírus se es-palha mais facilmenteentre os porcos, e o con-tágio de humano para

Saiba mais sobre a gripe suína

Imagem de microscópio eletrónico de uma coloraçãonegativa de um vírus de gripe H1N1.

Lavar as mãos várias vezes aodia, uma vez que estão sujeitasa tocar em várias superfíciescontaminadas.

Sempre queespirrar outossir, coloque um lenço depapel à frente da boca e donariz.

Q u a n d opossível, evite ambientesfechados com muita gente.

Em muitos países, a adoçãoda máscara de proteção foi encarada como uma

solução para evitar o contágiodo vírus. Porém, não hánenhuma evidência científicade que estas máscarasrealmente protegem comsegurança as pessoas.

humano não é tão co-mum e simples quanto oda gripe comum.

Em seres humanos,os sintomas degripe A (H1N1)são semelhantesaos da gripe esíndroma gripalem geral, nomea-damente cala-frios, febre, gar-ganta dolorida,dores musculares,dor de cabeça for-te, tosse, fraquezae desconforto ge-ral.

O vírus é trans-mitido de pessoa parapessoa, e o papel do suí-no na emergência destanova estirpe de vírusencontra-se sob inves-tigação. Contudo, é certoque não há qualquerrisco de contaminaçãoatravés da alimentaçãode carnes suínas cozinha-das. Cozinhar a carne deporco a 71 graus Celsiusmata o vírus da influenza,assim como outros víruse bactérias.

Fonte: Site Wikipédia

Como prevenir

Revista Pharma . 15

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Por: Thais Pacievitch

Infecção hospitalar éuma síndrome infec-ciosa (infecção), que

um indivíduo adquiredurante um interna-mento, ou em atendi-mento em ambulatório. Ainfecção acontece quan-do um microorganismo(vírus, bactérias, proto-zoários ou fungos) pe-netra no corpo do ser hu-mano, e se multiplica(proliferação).

Os agentes infec-ciosos estão em todos oslugares, inclusive em hos-pitais. Como nos hospi-tais são realizados proce-dimentos invasivos (cirur-gias), e são tratados trau-mas (fraturas), é maior apossibilidade de que mi-croorganismos penetremno corpo humano.

Se no momento dainternação o paciente nãoapresentava sinais, sin-tomas ou evidências clí-nicas de uma infecção,convenciona-se como in-fecção hospitalar toda in-fecção que surgir após 72horas do momento da in-ternação. A infecção diag-nosticada após a alta dohospital é caracterizadacomo infecção hospitalarquando estiver direta-mente relacionada com oprocedimento realizadodurante a internação.

Os sintomas nor-malmente são relacio-nados ao local no qual foirealizado o procedi-mento, como dor no localafetado. Geralmente opaciente apresenta umestado febril.

As infecções hospi-talares podem ser causa-das por falta de assepsia:* No meio ambiente* Do material* No paciente* Da equipe que o atende

Assepsia é o pro-cesso pelo qual são a-fastados os microorga-nismos patogênicos deum local ou objeto. Emum hospital, a assepsia éessencial para evitar asinfecções. São exemplosde assepsia:* O ato de lavar as mãos(impede a transferênciade microorganismospresentes na mão doagente de saúde para opaciente).* A esterilização dosmateriais.* Não tossir, espirrar, enem mesmo falar sobrematerial esterilizado.* Uso de papel toalhapara as mãos.* Não sentar nas camasdos pacientes.* Não colocar materiaisno chão (comadre, ba-cia).* Remoção das bactériasda pele (banho, limpeza)

Fica claro, portanto,que as medidas para aprevenção das infecçõeshospitalares são deresponsabilidade dohospital e de seus fun-cionários. A padroniza-ção das técnicas de as-sepsia é o meio mais efi-caz de evitar as infecçõeshospitalares.

Os hospitais devemcontar com uma Comis-são de Controle de Infec-ção Hospitalar (CCIH)para fazer o diagnósticode casos de infecçãohospitalar, padronizar as

técnicas de assepsia, pro-mover o treinamento defuncionários, ajudar noplanejamento do espaçofísico do hospital, con-trolar a utilização de an-tibióticos no trato das in-fecções (para impedir ouso abusivo), entre outrasatribuições.

O tratamento dasinfecções hospitalares éfeito com uso de antibió-ticos injetáveis por umperíodo que varia entre14 e 30 dias.

Fonte: Site Infoescola

Infecção Hospitalar:um risco para muitos pacientes

Procedimentos invasivos como cirurgias aumentam apossibilidade de que microorganismos penetrem nocorpo humano

16 . Revista Pharma

An t i g a m e n t e ,enxergávamoso profissional

farmacêutico como a-quele que está atrás dobalcão na drogaria. Hojeem dia, podemos perce-ber que não é só isso,além da atenção farma-cêutica por trás dos bal-cões, ele também estáinserido em outros cam-pos de atuação. Comopor exemplo:

GenéricosDesde a criação da

Lei do medicamentogenérico no Brasil em1998, o farmacêuticopassou ter mais um cam-po de atuação, o dabioequivalência e bio-disponibilidades. Deveanalisar se o medica-mento em teste cor-responde ao medica-mento de origem. Hojeno Brasil existem diversasindústrias que possuemsua equipe própria defarmacêuticos que realizaestes testes e empresasque terceirizam estesserviços.

Perito criminalCada vez mais farma-cêuticos estão atuandojunto à polícia federal ecivil brasileiras. Uma vezque crimes envolvendodrogas e tráfico de drogasvêm crescendo neste país.O farmacêutico peritodeve identificar substân-

cia com o objetivo de a-nalisar sua origem, suacomposição e sua relaçãocom a morte.

Se uma pessoa éencontrada morta e hásuspeita de que tenhasido assassinada comalgum veneno caseiro, ofarmacêutico procuraráevidências deste fato,utilizando-se de subs-tâncias e metabólitosencontrados na vítima.Bem como se uma subs-tância foi aprendida noaeroporto e é enviada aolaboratório, deve o far-macêutico identificar quesubstância é aquela.

FiscalizaçãoTambém atua o far-

macêutico junto a políciabrasileira na fiscalizaçãode indústrias farma-cêuticas, postos de saúde,laboratórios, drogarias.Sua função como fiscal éverificar se aquele esta-belecimento atende aslegislações atuais.

No Brasil, neste anode 2009, diversos me-dicamentos falsificados jáforam apreendidos, con-forme notícias, isto sedeve a atuação destesprofissionais.

Banco deCélulas Troncos

No Brasil, nos últimoscinco anos, houve umgrande aumento nonúmero de laboratórios

que oferecem o serviçode Criopreservação,neste ramo os farma-cêuticos têm atuaçãoestratégica, uma vez queo conhecimento obtidodurante a educação aca-dêmica é essencial paradesenvolver as atividadesnestes laboratórios.

Outros camposAlém des-

tes, o farma-cêutico já

Farmacêutico:A profissão do medicamento sobre novos olhares

está atuando em diversosoutros como indústriasveterinárias, cosméticos,consultoria, distribuido-ras, ensino, registro denovos produtos, pesqui-sas e muito mais.

Fábio ReisFarmacêutico

Fonte:profissionaldasaúde.com

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Revista Pharma . 17

Revista Pharma renasce para consolidar conquistasAo final do curso na Universidade Federal do

Rio de Janeiro, estagiava no Serviço de Farmácia doInstituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas daFundação Oswaldo Cruz, quando fui convidado pormeu antigo chefe a acompanhá-lo a uma reunião naAssociação Brasileira de Farmacêuticos, até entãodesconhecida por mim.

Primeiramente, esse farmacêutico tãoorgulhoso da sua profissão me apresentou aosfuncionários. Depois, levou-me ao auditório, passandopela biblioteca, onde vi a primeira FarmacopéiaBrasileira e modernas publicações, chegando aomuseu, ou melhor, a uma réplica de farmácia antiga,sempre contanto muitas das histórias da “Casa daFarmácia”.

Fiquei bastante impressionado com ainstituição que vem participando do desenvolvimentoda cultura, do ensino e da pesquisa, e da preservaçãoda memória da Farmácia, desde 1912. Queriaparticipar daquele ambiente, ajudar de alguma formameus futuros colegas a manter viva aquelaassociação, mas não havia espaço para umgraduando.

Formado, após uma capacitação, retornei à ABF

para cursar a conceituada Especialização emFarmacologia. A partir daí, também passei a freqüentaranimados almoços do Dia do Farmacêutico,Congressos Riopharma e demais eventos promovidospela instituição em parceria com o Conselho Regionalde Farmácia do Rio de Janeiro e outras entidades.

Hoje, com a mesma empolgação daquele chefe,que se tornou o atual Presidente da ABF, reedito aPharma, revista institucional bimestral, criada emjaneiro de 1982, a fim de complementar a RevistaBrasileira de Farmácia, periódico científico, comdistribuição física de iniciais 2.000 exemplares epublicação na Internet.

A Pharma renasce alinhada às propostas danova Diretoria da ABF: engrandecimento e união daclasse farmacêutica pelo intercâmbio cultural,profissional e social com entidades congêneres doBrasil e outros países. E mantém a afirmação de seuprimeiro editorial: consolidação das conquistas,continuação das lutas e prestígio do farmacêutico esuas atividades.

Nessa edição, apresentamos a ABF, suasdependências, seus funcionários e suas revistas paraos graduandos e recém formados, e a reapresentamos

aos antigos sócios. Paraas próximas, aguar-damos a sua contribui-ção, enviando-nos críti-cas e sugestões de colu-nas, eventos e matérias.

A atual Pharmapretende ser uma revistaescrita não apenas porseus editores e sim porfarmacêuticos, estu-dantes de Farmácia e to-dos aqueles que têm acontribuir com a profis-são farmacêutica. Part-icipe!

Paulo R. G. SantosFarmacêuticoCRF-RJ 9227

18 . Revista Pharma

PROFESSOR LEVYGOMES FERREIRAUm farmacêutico que ajudou a

construir e a escrever a história doensino de Farmácia no Brasil

Responsável porerguer alguns dosprincipais pilares

da Faculdade de Far-mácia, da UniversidadeFederal do Rio de Janeiro(UFRJ), o Professor LevyGomes Ferreira contribuiainda para escrever a“genealogia” dos 60anos da instituição epopularizar a história daFarmácia no Brasil. Umacadêmico completo,com atuação nas salas deaula e na administração.Um farmacêutico exem-plar, que carrega consigoa dedicação e o esforçopara implantar um mo-delo de assistência far-macêutica no Brasil.Guardião das relíquiasdo Museu da FarmáciaAntônio Lago, Dr. Levyfoi o criador de um pro-jeto itinerante que leva oconhecimento farma-cêutico até o povo, des-pertando a vocação pelaprofissão.

Levy Gomes Fer-reira ingressou como alu-no da Faculdade Nacio-nal de Farmácia, da Uni-versidade do Brasil (atualUFRJ), assim que elarecebeu a sua auto-nomia. Em 1950, for-

mou-se como farmacêu-tico-químico e logo en-trou para o Doutorado,recebendo, de pronto,um convite para incor-porar-se ao quadro do-cente da escola. Ele nãopoderia prever o futuro,mas o seu destino lhereservou algumas res-ponsabilidades que iriammarcar a história da Fa-culdade para sempre.

A transferência daFaculdade de Farmácia daPraia Vermelha para o Fun-dão. A implantação doServiço de Farmácia noHospital Universitário Cle-mentino Fraga Filho. Acriação da Farmácia Uni-versitária. Ao todo, foram43 anos dedicados à ins-tituição. Na carreira de ma-gistério galgou todos ospostos até chegar à adjun-to 4. Uma de suas maioresdecepções é não ter havidoconcurso para ProfessorTitular enquanto ainda fa-zia parte do quadro do-cente da universidade. Por12 anos consecutivos, noperíodo compreendidoentre 1982 e 1994, al-ternou-se na gestão daFaculdade de Farmácia,ocupando o cargo dediretor e vice-diretor.

A PAIXÃOPELA FARMÁCIA

Paralelamente àssuas atividades univer-sitárias, Levy Gomes Fer-reira foi assessor e far-macêutico responsávelpor vários laboratórios ehospitais. Fez cinco con-cursos públicos, e passou,com êxito, em todos.Optou por seguir carreirano Hospital dos Servi-dores do Estado do Riode Janeiro e lá perma-neceu, por 20 anos, atéser convidado para ins-talar e chefiar o Serviçode Farmácia do HospitalUn ivers i tá r io/UFRJ .Depois de aposentadopela Federal foi convi-dado para trabalhar na

Santa Casa de Miseri-córdia e, posteriormente,a dar aulas na Univer-sidade Gama Filho, ondetambém exerceu o cargode coordenador deestágios.

Levy Gomes Ferrei-ra possui uma atividadeintelectual dinâmica.Desenvolveu vários es-tudos premiados, quecomprovaram a inefi-cácia de medicamentos,e foram responsáveis re-tirá-los do mercado. In-dependente de todos osseus encargos profissio-nais, o professor Levysempre teve uma paixão:a cosmetologia. Gostavade desenvolver produtoscosméticos próprios, fa-

Revista Pharma . 19

Portal: Desde menino o Sr. jáqueria ser farmacêutico? Comosurgiu este gosto pela Ciência?Prof. Levy Gomes Ferreira: Eu nasciem um meio onde eu só via remédiodiante de mim. Eu vivia na farmáciado meu pai, nos fundos, dentro deuma tina, um barril de vinho cortadoao meio, onde minha mãe colocavaos brinquedos e eu ficava brincando.Fiz o meu curso primário, secundárioe científico. Aos poucos fui meentusiasmando e me envolvendocom a atividade do meu pai. Nãocontente em ser apenasfarmacêutico, meu pai decidiuestudar Odontologia. Minha mãeficava trabalhando na farmácia ecomo eu ajudava a arrumar as coisaslá também, comecei a dominar tudoaquilo. Ele se formou, montouconsultório em cima da farmácia,exerceu a profissão. Passou mais umtempo, meu pai resolveu estudarMedicina. No mesmo ano em queele saiu formado médico, eu saífarmacêutico. Ele decidiu ficar naMedicina e eu tomei conta dafarmácia.

Portal: E como o magistério

entrou na sua vida?Prof. Levy Gomes Ferreira: Quandome formei, em 1950, recebi o PrêmioRaul Leite, que era um antigolaboratório que dava medalha deouro para o primeiro aluno da turma,e também, uma matrícula na Pós-graduação. Naquela época, nãohavia Mestrado nem especialização,era Doutorado direto. Estavafazendo este curso quando o Prof.Alcides Figueiredo da Silva Jardim,Prof. Titular de Química IndustrialFarmacêutica me chamou para irtrabalhar com ele.Foi então que tomei a decisão de irpara o magistério e a minha vidamudou toda. No início eu erainibido. Primeiro ganhei uma bolsado CNPq para fazer pesquisa,desenvolvendo a tese de doutoradoe, dali em diante, fui nomeadoprofessor auxiliar, aí fiz carreira naUFRJ.Meu pai, que já estava com oconsultório médico dele, resolveuvender a farmácia e dar o consultóriodentário para o meu irmão, queestudou Odontologia. Fiquei de1951 até 1994 na UFRJ, ao todo 43anos, onde lecionei diversas

zia creme para as mãos,hidratante, creme para orosto. Atualmente, suavida é dedicada a trans-mitir sua experiência ci-entífica nos livros. Já pos-sui pelo menos 18 temaslistados, alguns volumesprevistos para seremlançados ainda este ano.

A PAIXÃO PELOSAMIGOS FARMACÊUTICOS

Graças à iniciativade Levy Gomes Ferreira aturma dos “farmaco-landos” de 1950 pode sereunir, em 2001, paracomemorar o seu Jubileude Ouro. Com uma de-dicação impecável, en-trou em contato com ca-da um, aplicando umquestionário específicopara conseguir delineargenealogia dos formadosdaquela época. Foi cons-tatado por Levy que, em50 anos, os colegas deturma geraram 60 filhose 103 netos. Durante operíodo de pré-produçãodas comemorações doJubileu - que se estendeupor uma semana comdireito à missa, viagem,almoço e homenagens –os amigos receberam bo-letins periódicos rela-tando como era a Fa-culdade de Farmácia, em1950, e como ela é nostempos atuais. Uma con-tribuição e tanto, não sópara o resgate da me-mória afetiva, mas tam-bém para a recuperaçãoda história da Faculdade

ENTREVISTA EXCLUSIVA PORTAL DOS FÁRMACOS

de Farmácia da UFRJ.

A PAIXÃO PELA FAMÍLIA

Levy Gomes Fereiraconvergiu no casamentoas suas duas paixões: aFarmácia e a Família.Casou-se com a far-macêutica Haydée NevesFerreira, que foi suacompanheira de classenos tempos de faculdadee com ela teve 5 filhos.Recentemente Levy, que

tem berço em uma fa-mília numerosa, recebeuuma importante incum-bência de uma prima -construir a árvore ge-nealógica do ramo dosOliveira Guimarães. Prof.Levy, que foi bastanteeficaz na procura porseus colegas de turma defaculdade, agora trans-fere para a família o seuespírito investigador. Oprojeto genealógico é

uma forma de home-nagem à sua mãe, ElzaOliveira Ferreira (ElzaOliveira Guimarães –nome de solteira), quehoje está com 95 anos, eé a única representanteviva dos 18 filhos da avóde Levy. Quem tiverinformações referentesaos membros e des-cendentes de sua família,favor entrar em contatocom o Mestre.

20 . Revista Pharma

disciplinas e também atueicomo administrador.

Portal: O Sr. foi o res-ponsável por fazer atransferência da Facul-dade de Farmácia daPraia Vermelha para oFundão. Como foi esseprocesso de mudança?Prof. Levy Gomes Ferreira:O reitor da época, o Prof.Reinaldo Costa me cha-mou para ser responsávelpela mudança. Aceitei odesafio. Tive que escolherquais laboratórios iamprimeiro. Fui ao Fundãodistribuir as salas. Aospoucos, ia desmontandoos laboratórios e levandoaquilo que era possível levar. Bancada de azulejonão dava, mas levei todas as de aço inoxidável.Fazia relação de tudo, o caminhão carregava,quando chegava lá uma equipe ajudava o professora montar. Havia muitos problemas de aparelhosque não entravam pela porta, eram mais altos doque a altura da sala. Tive que fazer um buraco de2x2m para um destilador caber. Ele está lá até hojeno Centro de Ciências da Saúde, no bloco B,subsolo. Foi uma fase difícil pois tinha aula na PraiaVermelha e no Fundão. E, além disso, nessa épocahaviam feito uma reforma e todas as químicastinham ido para o Instituto de Química, no outroprédio, no Centro de Tecnologia. Foi um ano desufoco. Isso foi entre 1978 e 79, há 30 anos.

Portal: O Sr. já desenvolveu importantes pes-quisas que foram responsáveis por retirar al-guns medicamentos do mercado. Cite algunsexemplos.Prof. Levy Gomes Ferreira: Em 1967 ganhei, commais outros dois colegas, já falecidos, o 1º. Premioda Federação das Associações de Farmácia eBioquímica do Brasil (FABB) pelo trabalho sobre oácido para-aminossalicílico (PAS), em xaropes, queeram usados para tuberculose. Verificamos nos

estudos que ele se hi-drolisava e perdia a ati-vidade. O produto saíabom da indústria, mas,depois de um tempo, co-mo o xarope era feitocom água, ele hidrolisavao ácido para-amino eperdia, assim, a sua ati-vidade. Este trabalhocontribuiu para que todosos fabricantes de pro-dutos com este compostoquímico, na forma farma-cêutica de xarope, retiras-sem do mercado suasrespectivas especiali-dades. Em 1973, publica-mos um trabalho sobre apilocarpina, que era usa-da para glaucoma. Acon-

tecia a mesma coisa, descobrimos, com o tempo,que ela se hidrolisava e perdia a atividade farmaco-lógica, ou seja, perdia a ação. Dessa vez o medica-mento não foi retirado do mercado, mas teve suafórmula modificada.

Portal: A Física Industrial era umas das dis-ciplinas ministradas pelo Sr. Explique o queé a liofolização e quais as vantagens de seobter um medicamento a partir desse pro-cesso.Prof. Levy Gomes Ferreira: Na Física Industrial seestuda o uso do frio e do calor na indústria far-macêutica e de alimentos. O frio é usado paraconservar as substâncias, pois os microorganismossó conseguem se reproduzir a 37 graus. O frio nãomata os germes, só não deixa eles se reproduzirem.Já o calor é usado nos processos de esterilização,onde se liquida com todos os microorganismos.Na indústria farmacêutica o calor é muito usadopara dissolver xaropes e para, através do vapor,concentrar soluções. A liofilização é um processomoderníssimo de secagem. Já pensou, secar umasubstância com o frio? O processo é feito atravésdo congelamento. Vai sugando, com um vácuomuito intenso, o que está congelado e a água, que

Revista Pharma . 21

está ali, passa direto do estado sólido para o ga-soso, o resto precipita. O medicamento liofilizadoirá durar mais tempo, pois não será hidrolisado pelaágua. Só será dissolvido no momento em que forser usado. Muitos injetáveis são feitos assim. Hámuitas substâncias que se decompõem, por issonão podemos usar o calor, a liofilização sendo aalternativa mais recomendada.

Portal: Como administrador da Faculdade deFarmácia da UFRJ quais foram as suas mai-ores dificuldades e suas principais conquistas?Prof. Levy Gomes Ferreira: Tínhamos sempre quelutar com as verbas, adequando as nossasnecessidades à verba que era designada. A gentelutava pelo aumento do orçamento para a comprade equipamentos. A tecnologia avança, eranecessário lutar para conseguir os aparelhos maismodernos para que os nossos profissionais saíssemcom nível bom. Às vezes, também tínhamos queapaziguar as confusões internas, que sempreexistiam. Entre as conquistas posso destacar amudança para o Fundão e a montagem da Farmáciapadrão do Hospital Universitário Clementino FragaFilho. Mas a grande conquista foi mesmo a FarmáciaUniversitária, criada em 1986.

Portal: Na Associação Brasileira dos Far-macêuticos (ABF) o Sr. foi diretor do MuseuAntônio Lago e criou o projeto do MuseuItinerante. Qual a importância de se po-pularizar a história da Farmácia?Prof. Levy Gomes Ferreira: O Museu é bonito, masfica no décimo andar de um prédio na Centro daCidade, na Rua dos Andradas. É de difícil acessopara a população. Quando há um evento quedemonstra um interesse em nosso trabalho, nóslevamos o museu. É importante as pessoas teremconhecimento de como evoluiu o medicamento.Um outro objetivo do projeto é despertar avocação para a profissão.

Portal: O Sr. é considerado pela nova ge-ração uma referência em assistência far-macêutica. Quando o Sr. começou a desen-volver este trabalho?Prof. Levy Gomes Ferreira: Esse interesse começou

a ser despertado em mim já quando eu atendiano balcão da farmácia do meu pai. Percebia que apopulação tinha uma carência enorme deinformações e eu tinha condições de dar um tipode assistência melhor. Acho primordial ofarmacêutico ser para a população uma espéciede agente sanitário, levando a informação sobreas doenças. Em breve, sairá uma portaria para fazerdo farmacêutico um agente sanitário, dentro dasdrogarias, para ensinar as coisas à população naassistência farmacêutica. Quanto a ser referência,acho que é por causa do Hospital do Fundão tersido considerado um centro de excelência doMinistério de ensino em hospital. Eu recebia alunosdo Brasil inteiro, que vinham fazer estágio comigo,para depois voltarem para os seus Estados eimplantarem o que viram.

Portal: Como o Sr. acha que deveria sercomposto o arsenal terapêutico ideal damodernidade?Prof. Levy Gomes Ferreira: Em breve, deve sair omedicamento inteligente. Com doses menores,efeitos secundários mínimos, que irá atuar direto nofoco onde está a doença. Chama-se nanome-dicamento. A nanotecnologia está avançandomuito. Com o nanomedicamento e as vacinas, oarsenal terapêutico vai ser maravilhoso. A vacina paramim é o melhor medicamento que tem, não possuiefeitos colaterais e protege a pessoa de terdeterminada doença. Vacina não é um produtodefinido ativo, é feita com o próprio germe que faz adoença. Só a presença dele morto já faz vocêdesenvolver no seu organismo os anticorpos, asdefesas para aquela doença. Agora foi descoberta avacina para o câncer de útero, é 99% de proteção.

Portal: Quais são as suas principais metas?Prof. Levy Gomes Ferreira: Já cumpri a missão de daraula, agora a minha ocupação está sendo escrever livrospara deixar registrada a experiência adquirida. Assinoo prefácio do livro que conta a história dos 60 anosda Faculdade de Farmácia da UFRJ. Tenho 18 livrospara escrever listados. Enquanto estiver vivo, e puder,vou seguindo essa lista.

Fonte: Portal dos Fármacos

22 . Revista Pharma

Em função dos rele-vantes serviços pres-tados na área da

saúde, e da experiênciaobtida ao longo de 93anos de trabalho ininter-rupto, a ABF foi aceitacomo membro integranteno Fórum PermanenteMercosul para o Tra-balho em Saúde, a fimde somar conhecimentose dar sua valiosa contri-buição no sentido deobter os resultados pre-tendidos pelo Fórum.Mantendo-se sempreatualizada e atuante noque diz respeito aos a-vanços da classe, a ABF,em conjunto com outrasinstituições, terá pelafrente o desafio de criarmecanismos para a im-plementação de açõesconjuntas que possamsolucionar os problemasligados ao processo deregularização do exercí-cio profissional, princi-palmente nos municípiosde fronteira com oMercosul.

O processo de inte-gração regional, bemcomo a gestão do traba-lho e da educação emsaúde, têm sido umapreocupação dos paísesque integram o Mercosul,visando, essencialmente,a qualidade da saúde esua garantia a população.Uma questão que vemsendo de interesse co-mum diz respeito a re-

gularização do exercícioprofissional e à harmoni-zação da legislação vi-gente. No sentido de porem prática estes aspectos,foi criado, em abril de2004, o Fórum Perma-nente Mercosul para oTrabalho em Saúde, coma proposta de se tornarum espaço de diálogo ecooperação entre ges-tores e trabalhadores desaúde, sob a responsa-bilidade institucional doDepartamento de Gestãoe da Regulação doTrabalho em Saúde /Ministério da Saúde.

A proposta do Fó-rum é construir uma po-sição comum aos mem-bros do Mercosul, apre-sentando proposições queauxiliem a formulação depolíticas para gestão dotrabalho e da educaçãoem saúde. Pretende-se,com a criação do Fórum,ampliar a cobertura, bemcomo a qualidade da a-tenção dispensada à saú-de da população. Atravésde uma concentração dees-forços, os países que fa-zem parte do Mercosulvão tentar criar condiçõesfavoráveis para garantir

que a saúde seja, de fato,um direito de todas aspessoas e promover a ca-pacitação profissionalpara a garantia dessedireito.

O Mercosule sua formação

O Mercado Co-mum do Sul – Mercosul– é um bloco econômicoformado pelo Brasil,Argentina, Paraguai, Uru-guai e, desde julho de2006, pela Venezuela,estes países são cha-mados de “Estados Par-tes”. Já a Bolívia, Chile,Colômbia, Peru e Equa-dor, por terem acordos deconvergência econômicacom o Mercosul, sãoconhecidos como “Es-tados Associados”.

Criado em Marçode 1991 por uma cartaconstitutiva denominada– Tratado de Assunção –o Mercosul foi dotado depersonalidade jurídicainterna e internacional etem como meta a am-pliação das atuais di-mensões de seus mer-cados nacionais, acele-rando seus processos dedesenvolvimento eco-nômico. O Mercosul seconstitui a partir de umamplo conjunto de acor-dos bilaterais e regionais,formando, assim, umMercado Comum com alivre circulação de bens ecapital de conhecimento.

ABF no Fórum Permanente Mercosul.Uma conquista como instituição pela saúde.

Hall principal da ABF, por aqui passam mais de 100pessoas por dia entre estudantes e farmacêuticos.

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24 . Revista Pharma