Revista Poliuretano Tecnologia & Aplicações Ed.47

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Uma publicação para os mercados da construção civil, automotivo, calçados, mineração, isolamentos térmico e acústico, refrigeração, moveleiro, entre outros www.tecnologiademateriais.com.br www.feipur.com.br Congreso Sudamericano Publicação da Editora do Administrador • Ano VIII • Nº 47 • novembro/dezembro • 2011 Prêmio Excelência 2011 Painel Mineração: palestras Impermeabilização: cases Internacional: destaques FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

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Uma publicação para os mercados da construção civil, automotivo, calçados, mineração, isolamento térmico e acústico, refrigeração, moveleiro, entre outros

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Uma publicação para os mercados da construção civil, automotivo, calçados, mineração, isolamentos térmico e acústico, refrigeração, moveleiro, entre outros

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CongresoSudamericano

P u b l i c a ç ã o d a E d i t o r a d o A d m i n i s t r a d o r • A n o V I I I • N º 47 • n ove m b r o / d e z e m b r o • 2 011

Prêmio Excelência 2011 Painel Mineração: palestrasImpermeabilização: cases Internacional: destaques

FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

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ÍNDICE

4 – Editorial • 6 – E-mails & consultas • 8 – Info PU

Seções

Amino ....................................................... 7

Air Products ............................................. 29

Arinos ...............................................4ª capa

BASF ................................................2ª capa

Bayer ......................................................... 9

Blitz ......................................................... 33

Embrapol ................................................. 29

Evonik ..............................................12 e 13

Huntsman .........................................3ª capa

Milliken ................................................... 40

Painéis Setoriais 2012 ................................ 5

Painel Espumas Flexíveis.......................... 33

Perstorp ................................................... 11

PR3 ......................................................... 46

Prime ....................................................... 41

Química Anastácio .................................. 25

3 n O V E M B R O • d E Z E M B R O • 2011

AbrafatiConfi ra os destaques apresentados durante o 12º Abrafati – Congresso Internacional de Tintas e Exposição Internacional de Fornecedores para Tintas, que ocorreu nos dias 21 e 23 de novembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, SP49

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FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012De 6 a 8 de novembro do próximo ano, será realizada a sétima edição da FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR – Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia. Confi ra as diversas novidades que serão apresentadas

Pelo MundoAcompanhe as novidades, os des-taques e as soluções apresentadas por diversas empresas de vários segmentos do mercado de poliure-tano do Brasil e do mundo. Confi ra, também, os eventos que marcaram 2011 e a expansão do mercado de poliuretano

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SeminárioA cerimônia de premiação do Prê-mio Excelência em Composites e Poliuretano em 2011 foi, pela pri-meira vez, antecedida por palestras muito interessantes, apresentada por clientes fi nais e transformadores. Confi ra o resumo completo deste evento

ImpermeabilizaçãoVeja alguns cases de impermeabi-lização realizados pela Masterpol com o produto Masterpur VD, uma membrana de PU, com moldagem in loco, isenta de voláteis ou sol-ventes, cujas propriedades finais atendem os requisitos da NBR 15487:2007 42

Prêmio ExcelênciaDiversos produtos inovadores e com elevado valor técnico concorreram e se destacaram em 2011, na 7ª edição do Prêmio Excelência em Poliuretano, realizada no dia 01 de dezembro em São Paulo, SP. Conheça as empresas concorrentes e os vencedores24

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Painel MineraçãoTecnologia de TPU para ambientes corrosivos e agressivos, e sistemas de poliuretano para a fabricação de peças técnicas foram alguns dos tó-picos das apresentações da Lubrizol e da BASF no Painel Mineração, que ocorreu em Belo Horizonte, MG. Acompanhe

Congreso SudamericanoRealizado nos dias 8 e 9 de no-vembro de 2011, na Argentina, o Congreso Sudamericano de Com-posites, Poliuretano y Plásticos de Ingeniería contou com mais de uma dezena de palestras de elevado nível técnico. Confi ra a primeira parte das apresentações

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Guia de Anunciantes

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EDITORIAL

Não basta apenas inovarNo mundo do poliuretano, a adoção de novas tecnologias depende de um elenco grande de fatores. Um

desses fatores, mas apenas um deles, é a inovação proporcionada pela tecnologia. Outro mais importante é a real possibilidade de esse produto ser adotado pela indústria, pois novos produtos costumam exigir adaptações em processo, logística, etc. Custo é claro também conta (há quem diga que este fator é quase sempre preponderante). Isso significa que inovar é bom, sim, mas que não basta para um produto, seja matéria-prima, equipamento, aditivo, etc. servir e ser aceito pelo mercado.

Algumas tecnologias com resultados já comprovados foram apresentadas no 1º Congreso Sudamericano de Composites, Poliuretano y Plásticos de Ingeniería, realizado em novembro último em Buenos Aires, Argentina. Nesse evento, vieram a público desde matérias-primas básicas, materiais auxiliares e equipamentos até novos processos e aditivos que permitem agregar propriedades diferenciadas às peças em poliuretano dos mais diversos tipos. Veja uma cobertura parcial do evento nesta edição.

Veja também quais foram os produtos concorrentes e vencedores no 7º Prêmio Excelência em Poliuretano 2011, assim como os vencedores nas categorias Fornecedor do Ano, Personalidade do Ano e Conjunto da Obra, estes últimos com perfis das carreiras dos profissionais vencedores. A cerimônia do Prêmio Excelência contou com palestras que também estão nesta edição. Outros assuntos abordados são o Painel Mineração, organizado pela Revista Poliuretano, destaques apresentados na Abrafati, cases de impermeabilização, e notícias do PU no Brasil e no mundo.

Boa leitura!

Rodrigo ContreraEditor técnico

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Mais informações: (55 11) 2899-6381/2899-6395

[email protected]

www.feipur.com.br

Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia

Feira e Congresso Internacionais de Composites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia

Divulgação O� cial Realização/Organização

Expo Center Norte Pavilhão verde São Paulo - SP - Brasil

MarçoPainel Petróleo & Gás (Rio de Janeiro, RJ)Painel Calçadista (Novo Hamburgo, RS) AbrilPainel Tecnologias de Materiais para Construção e Manu-tenção de Estádios e Centros Esportivos (São Paulo, SP)Painel Tecnologias para Abrasivos (São Paulo, SP) MaioPainel Puericultura (São Paulo, SP)Painel Energia Solar (São Paulo, SP) JunhoPainel Blindagem (São Paulo, SP)Painel Ferroviário (São Paulo, SP) AgostoPainel Naval (Rio de Janeiro, RJ)Painel Mineração (Belo Horizonte, MG) SetembroPainel Médico-Hospitalar (São Paulo, SP)

Novembro (paralelamente a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012)

Dia 6Painel Isolamento TérmicoPainel AutomotivoPainel Energia Eólica Dia 7Painel Espumas FlexíveisPainel Construção CivilPainel Náutico Dia 8Painel AeroespacialPainel Ambientes AgressivosPainel Sustentabilidade – Reciclagem e Matérias-primas de Fontes Renováveis

6 - 8 de novembro de 2012 12 h às 21 h

Painéis Setoriais 2012Realizados desde 2006, os Painéis Setoriais têm o objetivo de mostrar soluções especí� cas em composites,

poliuretano e plásticos de engenharia para cada segmento industrial. São eventos exclusivos para fabricantes de peças e pro� ssionais de indústrias usuárias. Con� ra a programação para o próximo ano:

Paineis Setoriais Feiplar_2012.indd 1 11/1/11 3:49 PM

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E-MAILS & CONSULTAS

6 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Estamos à procura de fornecedor de laminado de poliuretano com adição defibras abrasivas como componente de item para limpeza a úmido. Dante de Souza Sá

Gostaria de receber infor-mações sobre poliuretano para rolhas de cortiça aglomerada. José, Vanel aditivos

Gostaria de informações sobre resina antiaderente re-sistente às altas temperaturas para aplicação em juntas de cabeçote automotivo. Fran-cisco Moschino

Gostaria de saber como faço para adquirir um exem-plar da Revista Poliuretano. Rodrigo Benedutti

Fabricamos elastômeros de poliuretano. Gostaria de saber onde encontro cursos vol-tados para processamento e aplicação de elastômeros de PU, fundidos e moldagem por gravidade. Otaviano de oliveira

Tenho interesse em obter informações sobre a reciclagem de poliuretano. Trabalho em uma empresa que possui aparas e peças de poliuretano com um de seus resíduos e estou pesquisando a possibilidade de encaminhar esses materiais para alguma empresa. Pedro Cavalcanti

Soube da Revista Poliuretano Tecnologia & Aplicações através de uma pesquisa na internet sobre cursos para fabricação de blocos em poliuretano para pranchas de surf. Como posso obter mais informações? José Quirino, ES

Recebemos a edição nº 44 da Revista Poliuretano Tecnologia & Aplicações. Acha-mos muito interessante o perfi l do periódico para os nossos pesquisadores. Gostaríamos de verifi car a possibilidade do envio regular (em doação) dessa publicação para o IPT? Andreza Milhan

Procuro fabricantes de resinas de poliuretano para serviços de resinagem em etiquetas autoadesivas. Rosangela Lopes Milan, São Paulo

A Revista Poliuretano - Tecnologia & Aplicações é uma publicação da Editora do Administrador Ltda., uma empresa

do Grupo ArtSim, distribuída para fornecedores de matérias-primas e equipamentos para o setor de poliuretano,

fabricantes de peças em PU (transformadores) e indústrias usuárias

Diretora Executiva Simone Martins Souza (Mtb 027303)

[email protected]

Rodrigo Contrera (editor técnico)Michelle Neves

Marketing e EventosTamara Leite

Representantes de VendasBernardo Nogales

Hermas Braga NetoRosely Pinho

Tabatha MagalhãesConselho Editorial

Francisco Xavier Carvalho (Ibcom)Waldomiro Moreira (Elekeiroz)Antonio Carvalho (Reichhold)

Ismael Corazza (Jushi)Marcio Sandri (Owens Corning)

Administrativo/FinanceiroAntonio Celso Altieri

Karla Alessandra VieiraCirculação

Cristiane Shirley GuimarãesInternet

André Tavares de OliveiraProjeto Gráfi co, Diagramação

Elisângela Souza HiratsukaMarcelo Marcondes MarinPré-impressão e impressão

ArtSim Proj. Gráfi cos Ltda. - 11 3779-0270www.artsim.com.br

Tiragem8.000 exemplares

DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA: América do Sul

Editora do Administrador Ltda.

Administração, Redação e PublicidadeR. José Gonçalves, 96

05727-250 – São Paulo – SPPABX: (11)2899-6363

e-mail: [email protected]

É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer matéria desta publicação sem

autorização prévia da Editora do Administrador.

Os artigos assinados são de responsabilidade exclusiva dos autores. As opiniões expressas nestes artigos não são necessariamente ado-tadas pela Revista Poliuretano - Tecnologia

& Aplicações. A Revista também não se responsabiliza pelo conteúdo divulgado nos anúncios, mesmo os informes publicitários.

Circulaçãonovembro/dezembro de 2011

CapaPrêmio Excelência 2011: Oliveira Retentores

Impermeabilização: MasterpolPelo Mundo: BASF

Veja os assuntos abordados no Tecnologia de Materiais on line. Para ler a notícia, acesse o site www.tecnologiademateriais.com.br e faça a consulta com o assunto indicado abaixo:

Assunto Descritivo da notícia

Tintas Evonik na Abrafati 2011Adesivos A utilização de adesivos industriaisNáutico Estilo, luxo e confortoEvento Interplast 2012Energia renovável Opel revela conceito elétricoCursos Curso de poliuretanoAutomotivo Fábrica da CheryEmpreendimento Fábrica de módulos solares Reciclagem Dow adere ao CempreConstrução civil Pavimento permeávelRecursos renováveis Biocombustíveis de vegetaisAbiquim Défi ct de produtos químicosPet shop Colchonetes viscoelásticos Sustentabilidade solado 100% reciclávelCalçados Adesivos base água

www.artsim.com.br

[email protected] fax: 55 (11) 2899-6395

Cartas Twitter

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> Carrocerias térmicas

> Rolhas e laminados de Cortiça

> Blocos de Borracha e EVA

> Madeira e tecidos

> Espumas aglomeradas

> Adesivos para painel de EPS pelo processo

contínuo e descontínuo

> Adesivos para telhas em EPS

> Adesivos base água para colagem

de espumas, tecidos e madeiras

> CONHEÇA AS DIVERSAS

APLICAÇÕES DOS ADESIVOS AMINO:

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INFO PU

8 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

pavimento permeÁvelPara reformar um ambiente é preciso, antes de tudo,

pesquisar e conhecer produtos que sejam adequados para cada processo e aplicação. Exemplo dessa prática é a par-ceria entre a BASF e o escritório de arquitetura e design SuperLimão Studio, na reforma do piso externo da loja de decoração Firma Casa, utilizando o produto ElastopaveTM. Trata-se de um composto aglutinante de poliuretano que, mis-turado a cascalhos ou pedras, constrói superfícies altamente resistentes e drenantes, substituindo pavimentos convencionais.

“Uma série de testes foi realizada a fi m de verifi car o desempenho do produto em diversas condições. Decidimos aplicar o ElastopaveTM num piso sobre o qual os caminhões da obra passavam. Ao fi nal de muitos dias de exposição, observamos que o local do teste não havia sofrido danos”, contou Lula Gouveia, engenheiro do SuperLimão Studio.

O ElastopaveTM contribui igualmente para minimizar os problemas de alagamento característicos dessa região da capital, devido a sua capacidade de drenagem. Em um pavimento convencional, a absorção pode chegar a até 87%, dependendo do tipo e tamanho de brita, de acordo com testes realizados pelo Centro Tecnológico de Controle da Qualidade, Falcão Bauer, em outubro de 2010. Para mais informações acesse – www.basf.com

aDesivos base ÁGuaO Grupo FCC apresentou, ao mercado, os adesivos

especiais de poliuretano base água fabricados a partir da matéria-prima obtida com tecnologia inédita desenvolvida pela equipe de pesquisa da empresa.

De acordo com o diretor de adesivos, Valdemar Masselli, todos os fabricantes de adesivos do mercado, incluindo o Grupo FCC, buscam a matéria-prima para seus adesivos de poliuretano à base de água.

Após quase uma década de trabalho em um projeto de pesquisa que contou com apoio da FINEP, o Grupo FCC desenvolveu um processo para produzir esta matéria-prima com características distintas, possibilitando uma gama maior de opções que se somam às já existentes. Para mais infor-mações acesse – www.fcc.com.br

soluçÕes em tintasA BASF apresentou na Abrafati 2011 – Congresso Inter-

nacional de Tintas todas as suas soluções e tecnologias para a cadeira produtiva de tintas, produtos de alta performance e que impactam minimamente o meio ambiente.

Trata-se de produtos que vão desde químicos utilizados na formulação de resinas, dispersões acrílicas até pigmentos de efeito.

Entre os produtos de destaque, estão as linhas Mearlin, Firemist e Lumina, de pigmentos de efeito para aplicação em tintas automotivas e decorativas, as linhas Firemist e Velvet Pearl, pigmentos de efeito para aplicação em tintas decorativas, concreto, papel de parede, metal e madeira, além da linha de absorvedores Irgacure, Darocur, Lucirin e Tinuvin.

Outros destaques foram as linhas, Acronal, Micronal, EFKA, acrilato de butila, 1,6 hexanodiol (HDO), usado na formulação de resinas para tintas líquidas, base poliéster e tintas para can e coil, além da linha acrilato de 2-etil-hexila, monômeros especiais e as linhas Disponil AFX e Disponil FES. Para mais informações – www.basf.com

espuma visCoelÁstiCa em pet sHops

Cães e gatos agora também podem ter uma ótima noite de sono com todo o conforto que a espuma viscoelástica oferece. Fabricada com a tecnologia Vo-ralux (Voralux HK poliol em combinação com o Voralux HE 135 isocianato) da Dow, a linha de camas e colchonetes PetNap já é um sucesso entre os produtos para bichos de estimação que cada vez mais ganham o mercado.

Lançamento exclusivo da empresa Poliuretanos Brasil, a PetNap é a primeira marca brasileira a oferecer a tecnologia da espuma viscoelástica na composição de camas e colchonetes para animais de estimação. O Voralux, solução muito conhe-cida e utilizada na composição de travesseiros, foi escolhido para proporcionar mais conforto, qualidade de vida, saúde e bem-estar também aos animais domésticos.

Além do toque ultra-macio, as propriedades da visco-elástica permitem que o peso do animal seja distribuído de maneira uniforme aliviando os pontos de pressão em partes específi cas do corpo, garantindo relaxamento muscular. “A espuma viscoelástica reage à temperatura corporal, moldando--se perfeitamente aos contornos do corpo e conferindo um extraordinário conforto”, afi rmou Gustavo Ricci, gerente de marketing do negócio de poliuretanos da Dow Brasil. Para mais informações – www.dowbrasil.com

feiCon batimat 2012A 20ª edição da FEICON BATIMAT - Salão Internacional

da Construção tem motivos de sobra para comemorar. Além de completar duas décadas de existência em 2012, a Feira, que acontecerá de 27 a 31 de março de 2012, no Pavilhão de Exposi-ções do Anhembi, em São Paulo, SP espera reunir cerca de 130 mil visitantes ligados ao setor de construção civil (engenheiros, arquitetos e demais profi ssionais especializados).

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Camas e colchonetes para animais de estimação

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Camas e colchonetes para animais de estimação

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INFO PU

10 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

nova fÁbriCa De aDesivos De puA subsidiária da alemã Henkel confi rmou que construirá

uma nova fábrica no Brasil de resina de poliuretano. A uni-dade será instalada em Jundiaí, SP, na mesma área onde a empresa já possui outra fábrica dessa mesma matéria-prima que é utilizada para a fabricação de adesivos para diversos setores da indústria, segundo Julio Muñoz Kampff, presidente da Henkel Mercosul.

sistemas De tintas e revestimentos

A Evonik apresentou na Abrafati - 12º Congresso Internacional de Tintas e 12ª Exposição Internacional de Fornecedores para Tintas, a linha Acematt 3600, de agen-tes fosqueantes pós-tratado, a linha Aerodisp WR 8520, de dispersão aquosa de sílica pirogênica hidrofóbica para sistemas base água, a linha Colortrend 808, colorante para aplicações decorativas, a linha Chroma-Chem 844, sistema tintométrico e a linha Tego Twin 4100, aditivo de umectação de substrato e anticratera, sem formação de espuma para tintas e tintas de impressão.

A empresa destacou, também, a linha de agentes fos-queantes, sílicas pirogênicas de alto desempenho, aditivos antiespumantes, desaerantes, umectantes, dispersantes para pigmentos, além dos agentes de controle, dentre outros. Mais informações acesse – www.evonik.com.br

pinturas De efeitoA Merck (Jacarepaguá, RJ) mostrou suas tradicionais

linhas de pigmentos para aplicações em tintas, as linhas Colorstream Twinkle, que agregam em um único produto efeitos de nuances multicoloridas com alto brilho, e Icy White, produto que oferece o branco mais puro, com maior resistência ao amarelamento devido ao controle do substrato sintético.

O grande destaque foram os pigmentos da linha Xirallic, utilizados em aplicações automotivas, cujas características incluem brilho e transparência. A linha Xirallic oferece um cintilante único aos revestimentos e intensidade às cores, efeitos que são ainda mais valo-rizados quando expostos à luz solar.

“Nossa expectativa é oferecer avanços pioneiros para o setor através de ideias inovadoras, de produtos de alta qualidade e de suporte técnico especializado“, explicou Edson Cordeiro, diretor da divisão performance materials da área química da Merck.

A empresa focou, também, a tradicional linha de pigmentos perolizados e funcionais – como a Minatec, de pigmentos condutivos.

QuÍmiCa e teCnoloGia Dos poliuretanos

Dando sequência à programação de 2011, o engenheiro químico e professor Walter Vilar ministrará os próximos cur-sos de Química e Tecnologia dos Poliuretanos nos meses de março, abril e maio, nas seguintes datas e locais: de 27 a 29 de março, no Business Quality, no Centro do Rio de Janeiro, de 17 a 19 de abril, na Lanxess, São Leopoldo, RS e de 30 a 31 de maio, no CRQ, em Pinheiros, SP.

Mais informações: tel. (21) 2286-3505, 3455-0830 e 9632-3704 ou pelo site www.poliuretanos.com.br

CHamaDa De trabalHoA cada ano, o Center for the Polyurethanes Industry (CPI)

realiza a chamada de trabalhos e pôsteres a ser apresentada na Conferência Técnica de Poliuretano. Esta conferência é um dos mais importantes eventos da indústria para fornecedores de matérias-primas e equipamentos, e transformadores de peças em poliuretano, além de usuários fi nais, na América do Norte. A Conferência Técnica de Poliuretano 2012, que acontecerá nos dias 24 e 26 de setembro de 2012, no Omni Hotel em Atlanta, Georgia, EUA, seleciona apresentações e pôsteres que descrevam os mais recentes desenvolvimentos e pesquisas para todos os setores da indústria de poliuretano. As apresentações e os pôsteres devem abordar avanços tecnológicos em química ou no mercado de poliuretano, mas também podem focar questões ambientais.Os critérios para seleção dos trabalhos incluem originalidade e relevância do tópico e efi ciência do palestrante, entre outros itens. As sinopses dos trabalhos devem ser enviadas até o dia 1 de fevereiro de 2012, e as sinopses dos pôsteres devem ser enviadas até 22 de agosto de 2012. Mais informações - www.polyurethane.org

DoW entre as empresas entre mais sustentÁveis Do paÍs

A Dow Brasil foi reconhecida ontem como uma das empre-sas mais sustentáveis do País, pela revista Exame/editora Abril. A Companhia foi uma das 20 empresas modelo apontadas em ampla pesquisa sobre práticas socioambientais responsáveis em processos, produtos e projetos.

“É com muito orgulho que a Dow recebe esse reconheci-mento que confi rma nosso comprometimento com a promo-ção de uma indústria química sustentável, constantemente preocupada em reduzir seu impacto ambiental e capaz de benefi ciar toda a cadeia de valor através do desenvolvimento de soluções inovadoras para o atendimento das necessidades emergentes da sociedade.”, afi rmou Pedro Suarez, presidente da Dow para a América Latina.

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INFO PU

Para o Guia Exame de Sustentabilidade 2011, a Dow Brasil apresentou uma nova solução em embalagens com uma perfor-mance de reciclagem superior. Trata-se do Stand Up Pouch (SUP) feito 100% com polietileno, uma embalagem flexível, facilmente reciclável por ser monomaterial. Resultado de um ano de pesquisa e dos constantes investimentos em pesquisa e desenvolvimento da Dow em soluções sustentáveis, o Stand Up Pouch 100% PE em breve ganhará as gôndolas de supermercados de todo o Brasil. Mais informações – www.dowbrasil.com

Desafio estuDantil De inovação e sustentabiliDaDe

A Dow Brasil premiou as vencedoras da terceira edição do Desafio Estudantil de Inovação e Sustentabilidade, evento que reconhece os trabalhos acadêmicos de pesquisa que buscam soluções sustentáveis para alguns dos maiores desafios sociais, econômicos e ambientais do planeta. Este ano, três trabalhos da Universidade de São Paulo (USP) receberam prêmios de 18 mil reais, que foram pagos pela Fundação Dow, sediada nos Estados Unidos.

Iniciado em 2009, em alinhamento às metas globais de sustentabilidade da Dow 2015, o Desafio Estudantil de Inova-ção e Sustentabilidade ocorre por meio de parcerias da Dow com oito universidades - quatro nos Estados Unidos e quatro

em outras regiões do mundo, dentre elas a USP, no Brasil. Os 46 vencedores do prêmio global foram selecionados por meio de um processo interno das universidades participantes com a orientação de critérios fornecida pela Dow. Mais informações – www.dowbrasil.com

Componente para CalçaDos 100% reCiClaDo

A sustentabilidade é um tema bastante em pauta na atualidade. Muitas empresas estudam meios para tornar seus produtos susten-táveis e esse foi o caso da Magma. A empresa iniciou a produção da linha Tubox - composto termo-ecológico voltado para a composi-ção de palmilhas e contrafortes de qualquer tipo de calçado - para tênis, sapatos masculinos, sapatos de salto, sandálias, entre outros.

Desenvolvido pela Magma (São Paulo, SP), o Tubox é utilizado há seis anos com 100% de reaproveitamento de mate-riais reciclados. Para a realização do processo de fabricação do composto, a empresa compra o material utilizado de recicladoras e dos próprios clientes.

A linha é feita de material ecológico e tecnologia que a torna leve, flexível, à prova d`água e termo-moldável. Além do mais, reduz o custo da produção e da mão de obra, pois utiliza menos cola e tem fácil aplicação. Mais informações – www.magmaind.br

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BAYER: NOVO SISTEMA PARA PRODUÇÃO DE ESPUMAS

VISCOELÁSTICAS MOLDADASAndré Borba, gerente de poliuretanos da

Bayer MaterialScience para a América Latina, explicou em que consiste a viscoelasticidade, princípio de tecnologia inventada pela NASA em 1966 e que foi liberada para domínio público no início dos anos 80, virando um produto (tra-vesseiro e colchão Tempur) nos anos 90, pela empresa dinamarquesa Dan Foam (Aarup). A viscoelasticidade, segundo Borba, é a proprie-dade que faz com que um material se deforme ao mesmo tempo de forma elástica e viscosa

quando pressionado (deformado) por uma força externa. Isso acontece porque o material viscoelástico apresenta características mistas, sejam líquidas quanto sólidas cristalinas. Borba explicou então em que consistem comportamentos elásticos e viscosos ideais. Os primeiros dizem respeito a situações em que as de-formações são proporcionais às tensões aplicadas (a chamada Lei de Hooke). O módulo de elasticidade, no caso, mede a razão entre a tensão e a deformação. Já os comportamentos viscosos ideais dizem respeito a deformações contínuas e irreversíveis sofridas pelo material, ou em outras palavras a escoamento, cuja taxa serve para defi nir a viscosidade. Na prática, os materiais viscoelásticos caracterizam-se por uma recuperação lenta após compressão e também por elevada absorção de impacto. Em termos de conforto, os materiais viscoelásticos proporcionam desempenho e distribuição de pressão inigualáveis. O especialista da Bayer passou então a distinguir dois tipos de viscosidade, a química e a pneumática. Por essa distinção, a viscosidade quími-ca, alcançada por uma determinada composição polimérica, está sujeita a fenômenos diferenciados alterando-se o comportamento viscoso e elástico do material. No primeiro caso, as alterações geram sensibilidade com umidade e temperatura; no segundo,

Conferência na Argentina de elevado nível técnicoRealizado nos dias 8 e 9 de novembro de 2011,

o Congreso Sudamericano de Composites, Poliuretano

y Plásticos de Ingeniería contou com mais de uma dezena

de palestras de elevado nível técnico. Veja a seguir algumas

(outras serão publicadas na próxima edição da Revista

Poliuretano – Tecnologia & Aplicações)

causam diminuição da resistência ao rasgo e aumentam a defor-mação permanente. Já no caso da viscosidade pneumática, esta é alcançada diminuindo o fl uxo de ar entre as células e inserindo adesivos de superfície. A espuma resultante é, por um lado, muito dependente do processamento e das variações de matéria-prima e, por outro, mais sujeita à deformação permanente.

Congreso Sudamericano: palestras para técnicos e profi ssionais

André Borba, da Bayer Estrutura típica de espuma viscoelástica química (esq.) e pneumática (dir.)

Comparativamente, a típica espuma viscoelástica química apresenta uma estrutura de células abertas, enquanto a viscoe-lástica pneumática – produto de Bayfi t 13MC20 e Desmodur M100 – possui majoritariamente células fechadas. Veja na tabela abaixo 1 as principais propriedades de ambos tipos de espuma viscoelástica.

Propriedade Química Pneumática

Tempo de recuperação

2 a 3 segundos a temperatura ambiente

Até 20 segundos

Densidade Acima de 50 kg/m3 Inferior a 50 kg/m3

Sensibilidade à temperatura

Baixa Média

Permeabilidade Alta Baixa

Tabela 1 – Comparativo de propriedades entre a tecnologia viscoelástica química e a pneumática

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Borba explicou em seguida o novo sistema viscoelástico para travesseiros da Bayer. Segundo ele, o início do projeto se deveu à constatação de uma tendência de mercado verifi cada nos últimos anos pela popularização da espuma viscoelástica em várias partes do mundo. Resultante do constante intercâmbio de tecnologias entre os centros de desenvolvimento da empresa no mundo, a fórmula apresentada por Borba já foi utilizada na Itália, adaptada para trabalhar com densidades mais baixas e matérias-primas locais. Os componentes da fórmula do novo sistema viscoelástico para travesseiros da Bayer incluem o Bayfi t 13MC20 e o Desmodur M100, com relação de uso de 100 x 45 (I = 70). Com reatividade de 4000 rpm, em 5 s, a 23º C, e tempo de creme de 8 s e de gel de 45 s, a espuma re-sultante possui, a nível do mar, densidade livre de 31,2 kg/m3 e moldada recomendada de 40 a 50 kg/m3. As principais caracte-rísticas físicas da espuma viscoelástica resultante da formulação Bayer estão na tabela 2 a seguir.

PropriedadeValor

mínimoValor

máximoNorma

Densidade moldada 40 kg/m3 55 kg/m3 NBR 8537

Densidade de núcleo 38,3 kg/m3 53,5 kg/m3 NBR 8537

Resiliência 18% 19% NBR 8619

Força de indentação a 25%

21 N 36 N NBR 9176

Força de indentação a 40%

26 N 45 N NBR 9176

Força de indentação a 65%

39 N 70 N NBR 9176

Fator de conforto 1,9 1,9 NBR 9176

Deformação permanente a 50%

5,3 % 5,2 % NBR 8797

Tempo de retorno (peso 5 kg/ tempo 60 s)

25 s 12 s Interna

Tabela 2 – Propriedades do novo sistema viscoelástico pneumático para travesseiros da Bayer

Segundo Borba, portanto, o novo sistema permite trabalhar em um amplo range de densidades, encaixando-se no perfi l do mercado, com propriedades adequadas à aplicação de destino. Sendo 100% base MDI, o sistema é de fácil processamento e diminui os problemas de segurança ocupacional.

CHEM TREND: TECNOLOGIA E PROCESSAMENTO DE DESMOLDAGEMMarcos Rufato, gerente de vendas da Chem Trend (Valinhos,

SP), explicou em que consiste um agente desmoldante, acessório indispensável para produção de peças de qualidade. Segundo ele, além de recobrir a superfície de um molde para fácil remo-ção da peça moldada, o desmoldante atribui propriedades de aparência e estéticas à mesma peça. Diversos componentes são encontrados num desmoldante: ceras (de diversos tipos, pontos

de fusão e funcionalidades), silicones (que admitem ou não pintura), sabões, polímeros sintéticos, óleos, corantes, aromatizantes, emulsifi cantes, modifi cadores de superfície e veículo (água, solvente ou cossolvente).

Os desmoldantes podem ser classi-fi cados em permanentes, convencionais, semipermanentes e internos. Enquanto os permanentes e semipermanentes são física e quimicamente aderidos à superfície do molde, os convencionais não. Os desmol-dantes internos são agregados à própria química do poliuretano.

Segundo Rufato, os componentes básicos presentes num agente desmoldante, seja qual for seu tipo, são o componente de deslizamento e o componente protetor. Quanto ao veículo do desmoldante, a escolha do desmoldante base solvente ou água deve levar em conta uma série de fatores. O desmoldante base solvente, por exemplo, é aplicado em dispersões, seca rapidamen-te, promove melhor formação de fi lmes e uma superfície mais aberta, tem alto grau de acumulação no molde, contém compostos orgânicos voláteis (VOCs) e prejudica o meio ambiente. Já os desmoldantes base água são oferecidos como emulsões, secam lentamente, difi cultam a formação de fi lmes e uma superfície mais fechada, acumulam pouco no molde, não têm VOCs e portanto não prejudicam o meio ambiente.

Durante o seu desenvolvimento, os desmoldantes devem levar em conta uma série enorme de fatores, os principais sendo a gama de temperaturas do molde, os materiais do molde (alu-mínio, epóxi, aço, etc.), a geometria/complexidade do molde, o tempo de secagem, o tempo de cura, o método de aplicação do desmoldante, os requisitos de viscosidade, a limpeza/estado do molde, o sistema de injeção (aberto ou fechado), o uso de revestimentos ou reforços, o sistema de pintura (no molde ou posterior à moldagem), e operações posteriores à moldagem. Na sua relação com as matérias-primas de poliuretano, o TDI se mostra um solvente mais agressivo ao desmoldante, o mesmo acontecendo quanto maior for o índice de isocianato. Na densida-de de espuma, as baixas densidades são também mais sensíveis ao desmoldante. Outros fatores a levar em conta na escolha do correto desmoldante são o tempo de iniciação (creme), o tipo de agente de expansão e a utilização ou não de carga de fi bra de vidro na peça.

Já após a moldagem, diversos requisitos devem ser levados em consideração. Alguns deles são: a necessidade ou não de aderência/união, a limpeza e método de limpeza da peça, a pintura da peça (no molde ou posterior à moldagem), frequência de limpeza do molde, e a estética da superfície (aparência, brilho, uniformidade, antirruído, etc.). Já quanto aos equi-pamentos, é necessário prestar atenção a diversos parâmetros operacionais. Alguns deles: quantidade e pressão do fl uido, tamanho do orifício na pistola, pressão do ar de atomização, tamanho/tipo da capa de ar, distância da pistola à superfície do molde, ângulo de aplica-ção à superfície do molde, velocidade

Marcos Rufato, da Chem Trend

Desmoldagem: fase fundamental da produção

Che

m T

rend

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da pistola (o que controla a espessura e a formação da película) e condições ambientais, tais como o fl uxo/temperatura do ar, etc. Diversos outros fatores afetam a efi ciência da transferência: o tamanho e geometria da peça, a distância da pistola à superfície do molde, a viscosidade do desmoldante, o método de atomização da pistola, a pressão do fl uido e do ar de atomização, o tamanho do leque, o diâmetro do orifício da pistola, a velocidade do ar na área/cabine de aplicação, a técnica do operador, a velocidade da linha e de aplicação da pistola, assim como outros fatores são importantes para equipamentos eletrostáticos: a condutividade do desmoldante, a conexão terra dos moldes, a diferença de potencial (voltagem) entre o eletrodo e a terra e a proximidade de outras partes conectadas a terra com a pistola.

Os tipos de aplicação de desmoldantes são conhecidos: por pistola air spray, por HVLP (alto volume de ar em baixa pressão, com alta efi ciência de transferência e menor formação de nuvem), por HVLP eletrostático, por sistemas air less e air less assistidos com ar. Mostrando os equipamentos utilizados, em seguida Rufa-to comentou fenômenos desaconselháveis que ocorrem durante a aplicação de desmoldantes base água e base solvente. No caso dos desmoldantes base água, pode ocorrer aplicação excessiva ou escassa. Outros aspectos são o desequilíbrio da pressão de atomi-zação (deve-se avaliar se o spray está molhado, seco ou se há uma formação pobre de película), a formação de ureia (quando o PU reage com água do desmoldante), composição ruim de sólidos, variações da temperatura do molde, a ocorrência de áreas onde o poliuretano não entra em contato, etc. No caso dos desmoldantes base solvente, ocorrem também aplicação excessiva ou escassa, desequilíbrio da pressão de otimização, uma composição ruim de sólidos, variações da temperatura do molde, etc. Rufato mostrou também slides com fenômenos indesejáveis que podem ocorrer quando há problemas com a desmoldagem.

ASTA QUÍMICA: PROCESSO E ELABORAÇÃO DE DISPERSÕES DE

PIGMENTOSHamilton Maniglia, diretor da Asta Química (Franca, SP)

apresentou a empresa, que possui 23 anos de experiência no mercado de pigmentos dispersos, sendo certifi cada pela ISO 9001:2008. As dispersões pigmentárias, como ele as denomina, são aplicadas em diversos materiais: poliuretano (éster e éter), emulsão de PVC, epóxi, gelcoats, fl uidos de silicone e tintas base água, dentre outros. Maniglia em seguida explicou a importância das fases de processo desenvolvidas na empresa, que vão desde a seleção de matérias-primas, controle de qualidade da matéria--prima, pesagem, fase de dispersão, moagem, controle de quali-

dade, envase, expedição e, por último, faturamento. As dispersões podem ser de tipo pastoso ou fl uido. O diretor da Asta explicou que, para a seleção e compra dos pigmentos, as características das matérias-primas são um ponto chave para aprovação e aquisição das dispersões pigmentárias. Nesse sentido, os fornecedores da empresa são selecionados pela idoneidade e parceria, conceito no mercado, certifi cações, qualidade do produto e serviço, segurança nas informações e padronização. As dispersões, por sua vez, apresentam diversas vantagens em relação a outras tecnologias de coloração: agilidade no processo, limpeza (em relação ao pó), alto poder de tingimento/coloração, controle de cor/padrão de cor constante e desenvolvimento conforme a especifi cação/requisitos solicitados pelo cliente.

MAS-TIN: POLIURETANOS E ELASTÔMEROS

Fábio Maio, diretor comercial da Mas-Tin (Guarulhos, SP), concentrou a palestra nos revestimentos para aplicação industrial e decorativa da empresa, divi-didos em primers, revestimentos poliu-retânicos e revestimentos elastoméricos. Quatro foram as tecnologias de primers abordadas: os Magic Coat Imprimante TP, AT, MH e EPX. O Imprimante TP é utilizado previamente à aplicação de pinturas de poliuretano ou epóxi. O principal objetivo dessa tecnologia é minimizar o desperdício na utilização do revestimento fi nal por superabsorção. Com rendimento de 80 m², aproximadamente (com 20% para mais ou para menos), o Imprimante TP é bicomponente e é aplicado por rolete ou pincel. Já o Imprimante AT tem como principal objetivo selar a superfície de forma a minimizar o risco de infi ltrações (por meio de respiração do substrato, umidade, etc.). A aplicação do AT é feita previamente à aplicação de revestimentos de baixa e alta espessura. O rendimento médio do AT, que é aplicado por rolete ou pincel, é de 150 g/m² (com 20% para mais ou para menos). Já os Imprimante MH e EPX possuem como objetivo polimerizar a umidade presente na superfície, com o fi m de selá-la e minimizar o risco de infi ltrações (respiração do substrato, umidade, etc.). Isso signfi ca que, com esses produtos, a umidade é polimerizada durante o processo de cura. O Imprimante MH tem rendimento de 100 g/m² (20% para mais ou para menos), podendo ser aplicado por rolete, pincel e projeção, enquanto o EPX rende por volta de 150 g/m² (também com 20% para mais ou menos), aplicado por rolete e pincel (o método de projeção não se aplica a ele).

Os revestimentos poliuretânicos da Mas-tin são divididos em pinturas, revestimentos de baixa, alta e muito alta espessura, assim como alifáticos. As pinturas são indicadas para trânsito de pedes-tres e leve, indústria leve e aplicações decorativas. A pintura de PU vai por cima do substrato e de um primer por saturação. Dois são os tipos de pinturas PU da Mas-tin: o Magic Coat Poly-TOP e o Magic Coat Poly-TOP AF. Recomenda-se usar ambas pintu-ras, bicomponentes, na espessura de 250 μ. O rendimento delas é levemente diferente: 325 g/m2 para a Poly-TOP e 330 g/m2 da Dispersão: viscosidade pastosa (esq.) e fl uida (dir.)

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Fábio Maio, diretor da Mas-Tin

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Poly-TOP AF. Os revestimentos de baixa espessura são utilizados para trânsito leve e médio, indústria leve e aplicações decorativas. Dois produtos da Mas-tin dessa categoria foram destacados pelo diretor comercial da empresa: o Magic Coat RP-100D e o Magic Coat RP-130. Recomenda-se o primeiro em espessuras de 0,5 a 1,5 mm, e o rendimento é de 1,2 kg/m². O RP-130 deve ser aplicado em espessuras de 0,5 a 2 mm, e o rendimento é de 1,3 kg/m². Os revestimentos de alta espessura são indicados para trânsito leve a pesado e indústrias leves e pesadas. Dois produtos da Mas-tin desse tipo foram destacados: o Magic Coat RP-350 e o Magic Coat PM-800. Tricomponentes, esses revestimentos de alta espessura devem ser usados de 3 a 5 mm (RP-350) e 4 a 6 mm (PM-800). O rendimento desses revestimentos varia: vai de 1,6 kg/m² (RP-350) a 1,9 kg/m² (PM-800). O Magic Coat PM-1200 foi o único revestimento de muito alta espessura indi-cado pelo diretor da empresa. Usado em aplicações sujeitadas a trânsito leve a pesado e indústria leve e pesada, o PM-1200, que é tricomponente, tem espessura recomendada de 6 a 10 mm e rendimento de 2 kg/m². Já o verniz poliuretânico alifático serve como proteção para raios ultravioleta para todo tipo de superfície, podendo ser utilizado por cima de revestimentos e pinturas de PU, com primers como selantes ou de saturação. A espessura recomendada para o Seal-TOP SV, bicomponente, único produto indicado desse tipo, é de 100 μ, o rendimento é de 100 g/m² e pode ter acabamento brilhante, semi-mate e mate. Em termos de revestimentos elastoméricos, a Mas-tin disponibiliza tecnologias de poliuretano, de poliureia híbrida e de poliureia pura. Explicando as reações que foram os revestimentos desse tipo, Maio forneceu dados comparativos em termos de processamento e desempenho. Esses dados estão na tabela 1 abaixo.

PropriedadePoliureia

puraPoliureia híbrida

Poliuretano

Conteúdo de VOC 0% 0% 0%

Conteúdo de poliaminas 100% < 70% 0%

Conteúdo de poliol 0% > 30% 100%

Tipo de catálise PoliaminasPoliaminas + catalisadores + amínicos

Catalisadores amínicos

Tipo de isocianato Pré-polímero de MDI ou HDI

Pré-polímero de MDI

Pré-polímero de MDI

Elasticidade Excelente Excelente Excelente

Resistência à abrasão Excelente Muito boa Boa

Resistência química Muito boa Muito boa Excelente

Comportamento em baixa temperatura

Excelente Boa Boa

Comportamento em alta temperatura

Excelente Boa Boa

Resistência à umidade Excelente Defi ciente Defi ciente

Tabela 1 – Comparativo de propriedades entre poliureia pura e híbrida e poliuretano

Algumas aplicações desses produtos são: proteção e im-permeabilização de diques e tanques de contenção primária e secundária, assim como de tanques de contenção e tratamento de líquidos (metal – concreto), proteção anticorrosivas de tubulações e de estruturas metálicas (pipeline), assim como reforço destas últimas, impermeabilização de piscinas, telhados, pareces de bóvedas, e proteção de pisos para serviço industrial leve e pesado.

Em produtividade, enquanto o epóxi requer um intervalo de 8h em cada mão e de 24 a 48 h para liberação da área aplicada, o poliuretano requer 3 h entre cada mão e de 8 a 12 h para liberação. Para ambos materiais, em aplicações de maior espessura deve-se aplicar uma versão autonivelante ou argamassada do produto, mantendo o tempo para liberação da área. Comparativamente, o elastômero de poliureia cura em apenas 15 s, aplicando-se a espessura desejada de uma só vez. Por outro lado, se é possível aplicar, no caso do epóxi e do poliuretano, de 400 a 600 m² por dia, em elastômero de poliureia a produtividade é de 1,5 mil m² por dia. O acabamento antideslizante para epóxi e PU é alcançado ao se aplicar com slice o revestimento base, aplicando logo a seguir uma pintura (top) de acabamento. No caso de poliureia, o acabamento é alcançado confi gurando a pistola de aplicação. Em resistências e alongamento, os produtos (epóxi, poliuretano e elastômero de poliureia) apresentam os valores da tabela 2 abaixo.

Propriedade Epóxi PoliuretanoElastômero de poliureia

Resistência à abrasão

130 a 150 mg de perda

55 a 75 mg de perda

5 a 15 mg de perda

Resistência química (de 0 a 5)

2 5 4

Alongamento (%) < 30 < 60 > 300

Tabela 2 – Comparativo de propriedades entre epóxi, poliuretano e elastômero de poliureia

A impermeabilização de superfícies com epóxi e poliuretano é alcançada com a compactação do fi lme superior, que passa a sofrer desgaste e que portanto requer manutenção. O fi lme de PU é mais espesso que o de epóxi. Por usa vez, o elastômero de poliureia gera impermeabilização perfeita a desgastes agressivos em todas as camadas. Comparativamente, os produtos se desgastam de acordo com o gráfi co 1 abaixo. Note-se que enquanto o desgaste do epóxi e do poliuretano segue uma progressão aritmética até a presença do fi lme compactado, convertendo-se em seguida numa progressão geomética, o elastômero se desgasta linearmente.

Gráfi co 1 – Comparativo de durabilidade

Epóxi

Poliuretano

Elastômero de poliureia

Deg

rada

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do p

rodu

to

Linha de tempo

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KRAUSSMAFFEI: TECNOLOGIAS DE COMPOSITES COM FIBRA – APLICAÇÕES DE POLIURETANO

Manuel Weindl, gerente de vendas e de produtos em compo-sites da KraussMaffei (Munique, Alemanha), fez uma apresen-tação focada em 5 tecnologias em composites: a LFI (Long Fiber Injection Moulding ou Moldagem de Injeção de Fibras Longas), a tecnologia de núcleos de colmeia (honey comb), a FCS (Fiber Composite Spraying ou Spray de composites com fibra), a SCS (Structural Composite

Spraying ou Spray de composites estruturais) e a tradicional RTM (Resin Transfer Moulding ou Moldagem por transfe-rência de resina). Weindl começou com uma constatação: o aumento do peso dos automóveis nas últimas décadas, o que se reflete na comparação do peso médio de veículos como o Renault 19/ Megane (de 900 kg em 1974 para 1300 em 2006), o Ford Escort/ Focus (de 900 kg para 1280), o Opel Kadet/ Astra (de 780 para 1250) e do VW Golf (de 760 em 1974 para 1270 em 2006). Segundo Weindl, os principais motivos para esse aumento de peso é a incor-poração de sistemas de airbag nos automóveis, a proteção contra batidas e os reforços para impactos laterais, traseiros e frontais. Além disso, influenciam no peso sistemas para maior conforto e luxo, como servo engines, tecnologias de sensores, sistemas de navegação e comunicação, maior potência dos motores e a aplicação de sistemas para maior conforto do motorista e passageiros.

A LFI possui uma série de vantagens em relação a ou-tros processos de fabricação de peças em composites para automóveis. Em primeiro lugar, os custos (uso de roving ao invés de manta, minimização de perdas e ausência de necessidade de termoformagem). Em segundo lugar, a fle-xibilidade de produção (em gerenciamento de cor, ausência de necessidade de pré-formagem, ausência de manuseio manual da fibra, processo de uma etapa e a possibilidade de integrar insertos e elementos de fixação). Por último, a LFI permite alcançar invejáveis propriedades para a peça (alta rigidez, conteúdo de fibra ajustável, comprimento de fibra ajustável e baixa pegada térmica).

Em seguida, Weindl mostrou uma grande série de casos de peças em poliuretano, já utilizadas na indústria, que fazem uso da LFI. O Opel Zafi ra, por exemplo, tem o módulo de teto feito em PU reforçado com 22% de fi bra com painéis de fi lme plástico GEP Lexan SLX, pesando 83 kg. A inovação da aplicação está, segundo Weindl, na perfeita molhagem e distribuição das fi bras de vidro pela peça, com fi bras não orientadas, mas com comprimento e volume ajustados localmente, em processo adequado para grandes painéis de automóveis. Os benefícios: alta estabilidade dimensional

da estrutura e encaixe perfeito e processo de fabricação em apenas uma etapa. Outra aplicação da LFI é no painel de teto do Smart, feito com PU com 15% de fibra e filme plástico de acrílico (2 camadas) e ASA/PC, pesando 60 kg. A peça tem como inovação a integração dos elementos de encaixe, a ausência de orientação da fi bra, com comprimento e volume ajustados localmente em processo adequado para painéis automotivos de grande dimensão.

Já o módulo de teto da Fendt, fabricado pela Fa.-Frit-zmeier Composite (Bruckmühl, Alemanha), de dimensões 1760 x 1630 x 235 mm, com espessura de parede de 4 a 10 mm, feito de espuma de PU pesando 10,5 kg e fibra de vidro (25%) pesando 3,5 kg, com filme de dois tipos de acrítico e ABS de cor branca, é uma peça com tempo de injeção de 22 s e tempo de reação da formulação de 7 min. Outra peça é a grade frontal de caminhão da MAN, feito em PU com 25% de fibra e filme plástico, com mesmas pro-priedades que o módulo de teto do Opel Zafira (ver acima).

Já a estrutura traseira do teto conversível do BMW da série 6, feita em PU com fibra de vidro (porcentagem não divulgada) e sistema de PU alifático, além de apresentar perfeita distribuição das fibras de vidro possui a parte externa do corpo moldada com sistema de PU alifático. A capota do motor do trator New Holland, feita em poliure-tano reforçado com fibra de vidro com espessura de 3,7 a 8 mm, possui externamente um filme de 0,75 a 1,5 mm de espessura com 2 camadas de acrílico e uma de ASA/PC. Outras peças do trator são fabricadas também com esses materiais, moldados por LFI.

As inovações dessas peças incluem a tecnologia de pro-cessamento do revestimento de barreira em RIM STAR e PEGASUS, a tecnologia de processamento LFI RIM STAR, com cabeçote de mistura LFI, a engenharia de sistema e o know-how dos moldes utilizados. As vantagens são a super-fície de alta qualidade, alcançada com recursos e energia reduzidos, o processo em uma etapa (sem a necessidade de pintura adicional) e a reduzida taxa de descarte. Nesta peça, Weindl informou que foi aplicado um sistema de pintura in mould com revestimento de barreira de espessura de 0,2 mm, um revestimento de barreira por spray com espessura de 1 mm e, como passo fi nal, o LFI por sobre o revestimento de barreira, em LFI, com espessura de 4 mm. Outra peça ainda foi a grade do trailer Fendt feito em PU por LFI com pele termoformada, tecnologia RIM STAR (no caso do LFI) e cabeçote de mistura LFI. O painel, com dimensões 2420 x 1600 x 20 mm, tem superfície de elevada qualidade graças à pele termoformada, sendo fabricado em uma etapa com baixa taxa de descarte. Weindl mostrou, em separado, uma tabela comparativa das propriedades de um painel externo em LFI 3D com poliestireno em 2D. Veja a tabela 1 abaixo.

Manuel Weindl, da KraussMaffei

Módulo de teto do Smart

Krauss_

Maffei

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Projeto

Sanduíche de madeira-poli-estireno-aço

LFI com 10% de fi bra de vidro e ABS/PMMA

(acrílico)

Espessura da peça

35 mm 20 mm

Peso por m²

5 kg 4,5 kg

Transferência de calor

1,08 K 1,1 K

Lambda para o valor K

0,042 0,031

Densidade em g/cm³

De 0,3 a 0,35 De 0,3 a 0,4

Coefi ciente de variação de comprimento (%)

0,025 0,030

Tabela 1 – Quadro comparativo painel em EPS e painel em PU por LFI

Por último no que se refere à LFI, Weindl apresentou o caso da peça de encapsulamento do motor do Jehil coreano, feita em poliuretano, com 30% de fi bra de vidro, densidade de 0,6 g/cm³ e espessura de parede de 2,5 a 8 mm, resistente a temperaturas de até 150º C.

Dando sequência aos 5 processos apresentados, Weindl apresentou a tecnologia de núcleos em colmeia, com peças em colmeia e camadas interna e externa em LFI, com camada de acabamento por cima. O Hat rack do Audi A3 é feito dessa combinação de materiais, assim como a mesma peça de outros veículos europeus. A terceira tecnologia apresentada foi a FCS (Fiber Composite Spraying ou spray de composites com fi bra), que consiste, em poucas linhas, na aplicação de fi bra de vidro cortada simultaneamente à aplicação de spray de PU no molde da peça.

O corte da fibra é feito em cabeçote exclusivo, com ajuste da quantidade de fibra, enquanto o cabeçote de spray de PU promove uma excelente molhagem das fibras, com formulações de até 4 componentes. O abastecimento da máquina cortadora e de spray de PU é feito por pistão com dosador, enquanto o painel de controle possui siste-ma PUC 08 e permite um controle facilitado de todos os parâmetros de processo relevantes. A unidade de corte é montada no robot, que permite uma fácil distribuição de material, cuja mistura é limpa de forma fácil e rápida. Segundo Weindl, a tecnologia FCS possui diversas van-tagens. A primeira delas consiste na produção econômica de lotes pequenos de peças, por ser necessária apenas uma ferramentaria simples, de resina ou alumínio, não ser necessário um carregador do molde e a ferramenta pode ser facilmente trocada.

Uma vantagem relacionada à KraussMaffei diz respeito à parceria da empresa com o transformador no sentido da avaliação das ferramentas pelo departamento automotivo da empresa. O processo permite produzir peças composites com poliuretano com fibras de vidro ou naturais, utilizando ou não material de núcleo honeycomb de papel em estruturas sanduíche, com tecnologias de pintura in mould, revestimento de barreira ou gelcoat. Weindl apresentou também com exemplo diversas peças automotivas (coberturas, em sua maioria) feitas por FCS.

A quarta tecnologia apresentada pelo especialista da KraussMaffei foi o SCS (Structural Composite Spraying ou Spray de composite estrutural), em que a aplicação, na peça, de reforço em fibra de vidro é feita apenas nas regiões em que isso é solicitado.

Por último, Weindl explicou em que consiste o RTM (Resin Transfer Moulding ou Moldagem por transfe-rência de resina), processo que consiste na injeção de epóxi (bicomponente) num molde fechado em que já é aplicado o reforço (mantas de fibra de vidro ou carbono, normalmente). Processo ideal para produzir grande nú-mero de peças altamente resistentes com boa qualidade de superfície, o RTM permite alto grau de automação, o que interfere na produtividade, mantendo temperatura constante na unidade de dosificação (até 120º C).

Alguns usos do RTM são: estruturas internas, pára--choques, quadros laterais e painéis de teto. O Audi R8 V10, por exemplo, possui uma estrutura lateral em resina epóxi com manta de fibra de carbono em que o material fica visível num processo com desmoldante interno e pressão de injeção controlada (sem desorientação de fi-bras). A peça, de baixo peso, possui resistência ao impacto mecânico extremamente alta. Alguns veículos da BMW também utilizam RTM em módulos de teto com epóxi e manta de fibra de carbono, com propriedades similares às da peça do Audi. Outra peça interessante com esse pro-cesso é a alma do pára-choque de alguns BMW, fabricada por RTM com unidade de dosagem a pistão e injeção em molde fechado. Alguns tipos de colheitadeiras possuem também painéis laterais fabricados em RTM, com uso de núcleo de espuma para reduzir ainda mais o peso da peça.Hat rack do Audi A3

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DOW: SISTEMAS PARA PRESERVAÇÃO DE

INFRAESTRUTURA E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Mario Santin, gerente técnico de vendas para a Região Sul da Dow (São Paulo, SP), parcei-ra olímpica mundial, ou seja, companhia química oficial do Movimento Olímpico até 2020, explicou as razões para a ocor-rência de corrosão no concreto reforçado com malhas de aço, quais sejam, a ocorrência de ra-chaduras de encolhimento durante a cura do concreto, rachaduras de ciclos de temperatura e efeitos de

movimentos estruturais da aplicação. Numa visão técnica geral do comportamento dos reforços de aço no interior de estruturas de concreto, Santin explicou que, ao mesmo tem-po em que ocorre a redução no pH do concreto (passando de alcalino a ácido), ocorre uma perda de passivação ao redor da barra de aço, seguida com o tempo da expansão (de 3 a 6 vezes) dos subprodutos da corrosão e o simultâneo craqueamento e desprendimento da capa de concreto. Os intervalos em que ocorre a deterioração do concreto são apresentados no gráfico 1.

Como soluções para esse tipo de deterioração, podem ser aplicados revestimentos no concreto. Esses revestimen-tos diminuem a difusão de cloro, oxigênio, gás carbônico e sulfato, bloqueando ou retardando consideravelmente a fase 1 do processo de corrosão. Também com o passar do tempo os revestimentos inferiores apresentam falhas, ocorrendo a infiltração de cloruros, água e gás carbônico. Isso implica aplicar um novo recobrimento a cada 5 a 8 anos.

Como soluções técnicas de proteção de infraestrutura, Santin apresentou o sistema Traffideck, que consiste numa membrana líquida aplicada manualmente para impermea-bilização de proteção física, proporcionando excelentes propriedades mecânicas, além de resistência aos raios ultravioleta. O sistema engloba diversos produtos, sendo o E4 Primer um primer bicomponente sem solvente, o Flex 2000SG um spray bicomponente, o Grip 1000 um revestimento de proteção sem solvente e o Topcoat ASP um revestimento resistente aos raios ultravioleta sem solvente.

Em termos de juntas de dilatação, Santin apresentou a linha Joinllast 8000, produto que, como outras juntas, pro-move selagem, assegura a livre movimentação da estrutura, promove suavidade de rodagem e proporciona pisos contí-nuos. Para alta performance, as juntas de dilatação precisam ter adesão, resistência as intempéries, resistência química e propriedades mecânicas aprimoradas. A tabela 1 da próxima página mostra os valores típicos da Joinllast 8000.

Em seguida, Santin abordou a tecnologia de elastômeros por spray, em especial o mercado de poliureia orientada para construção civil. Indicando que numa edifi cação a poliureia pode ser aplicada no topo dos prédios ou outras construções, em cada andar, no térreo e inclusive no subsolo, com diversas vantagens. A poliureia como elastômero em spray consiste num determinado sistema bicomponente (poliol e isocianato), que é aplicado por máquina spray de alta pressão (por volta de 2 mil psi em faixa de temperatura de 50 a 90º C), com a mistura a ser realizada no cabeçote da pistola de aplicação. Aplicada em metal, concreto, madeira, etc., a poliureia for-ma uma membrana elástica de alta resistência mecânica que protege contra água, agentes químicos, impacto, abrasão e intempéries. A tabela 2 da próxima página serve como com-parativo técnico da poliureia em relação ao epóxi e à resina éster-vinílica, também denominada viniléster.

Dentre as vantagens da poliureia, Santin citou o fato de ter zero VOCs (compostos orgânicos voláteis), secagem extremamente veloz (de 5 a 15 s para gel, 24 h de cura para liberação ao serviço), uma ampla faixa de aplicação

Mário Santin

1 Avaliação de métodos de proteção contra corrosão de Estruturas de rodovias de Concreto armado”, Kepler, Darwin, Locke, Mayo 2000

Gráfi co 1 – Fases de deterioração do concreto

Irreparável

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Iniciação

Despassivação

Corrosão

Tempo (anos)

> 25% de reparo total do pavimento> 50% do reparo parcial do pavimento

Aproximadamente 5% de reparo total do pavimentoAproximadamente 25% do reparo parcial do pavimento1

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(em termos de temperatura e umidade), flexibilidade, re-sistência à hidrólise, excelente resistência às intempéries, excelentes propriedades físico-mecânicas e excelente proteção anticorrosiva. Como casos recentes de aplica-ção de poliureia, Santin citou o revestimento do teto do Novo Centro Tecnológico da Dow – Sistemas Formulados (Jundiaí, SP), recentemente inaugurado, com 10 mil m² de teto e aplicação de 25 t de poliureia. Outro caso foi a aplicação de poliureia num reservatório de uma estação de tratamento de água. Nesse caso, a volta ao trabalho se deu rápido: no dia seguinte à aplicação. Ainda outra aplicação se dá em áreas de trânsito pesado e autoelevadores. Se-gundo Santin, os sistemas Dow de poliureia possuem uma vantagem em relação aos dos concorrentes: a manutenção das propriedades mecânicas com grande redução do efeito “casca de laranja”.

Como complemento à palestra sobre poliureia, Santin abordou também algumas soluções inovadoras da empresa no campo da eficiência energética. Indicando quase 20 aplicações de poliuretano em construção civil com o in-tuito de atribuir isolamento térmico às edificações, Santin explicou o papel dessas soluções no sentido de os países cumprirem as metas do Comitê Internacional de Mudança Climática europeu. Segundo ele, enquanto a União Eu-ropeia visa adotar o carbono zero em construções como

objetivo mandatório, a Inglaterra, os Estados Unidos e a China já os adotaram, com resultados porém ainda tímidos. A Dow, segundo Santin, possui experiência na indústria nesse sentido, oferecendo as linhas Voracor, Voratherm, Voratec e Hyperlast como produtos de zero ODP (Potencial de Danos à Camada de Ozônio) e baixo GWP (Potencial de Aquecimento Global). Isso sem contar com as tradicionais vantagens do poliuretano como material para isolamento térmico: altos níveis de preservação de energia, melhor proteção ao meio ambiente, prevenção às mudanças cli-mática, economia para edificações privadas e pública e um alto retorno ao investimento para a indústria do setor.

HENNECKE: O ESTADO DA ARTE EM MÁQUINAS PARA

POLIURETANOThorsten Warm, gerente geral da Hennecke Brasil (São

Paulo, SP), explicou em linhas gerais em que consiste a empresa, as tecnologias em termos de máquinas de injeção e novos cabeçotes de mistura, a tecnologia CSM (Moldagem por Spray de material Composite), as máquinas de slabstock (produção de espuma em bloco) e novas aplicações.

Propriedades Método Sistema curado(Luego) 100º C,

70h(Luego) de imersão

em óleo, 70º C, 100hUnidade

Dureza DIN 53505-2000 58 66 59 o A

Alongamento à ruptura DIN 53504-2009 600 550 580 %

Descolamento DIN ISO 34-2004 40 39 37 Nmm

Tensão DIN 53504-2009 25 25 24 MPa

Densidade DIN ISO 845-2009 990 990 990 Kg/m3

Módulo de elasticidade DIN 53504-2009 405 465 415 MPa

Deformação permanente (30%, 22h, 100º C)

19 21 19 %

Abrasão DIN ISO 4649-2008 250 233 260 mg

Tabela 1 – Valores típicos da Joinllast 8000

Propriedade Epóxi Éster-vinílica Poliureia

Percentagem de não-voláteis 40 a 100 45 a 65 Superior a 99

Solvente Água ou orgânico Estireno (reativo) Nenhum

Flamabilidade Variável Alta (fl ash < 38º C) Baixa (fl ash > 93º C)

Aplicação 2 partes 1 parte mais fi bra 2 partes por impingement

Tempo de pega livre De 1 a 4 h De 10 a 60 min GT, de 4 a 8 h TF < 1 min GT, TF

Liberação para serviço 7 dias 7 dias 1 dia

Tabela 2 – Quadro comparativo entre resinas epóxi, éster-vinílicas e poliureia

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Desde 2008 uma empresa do grupo de investimentos de origem alemã Adcuram, a Hennecke nasceu em 1945, tendo sido propriedade do grupo Bayer por 40 anos e possui no mundo quase 1 mil empregados. Com sucursais em todo o mundo, a Hennecke, que até o ano passado não possuía fi lial no Brasil, abriu instalações em São Paulo, identifi cando, na América do Sul, grandes oportunidades para crescimento também na Argentina e Chile. Na Argentina, o escritório de representação da empresa é a Iturrospe (Santa Fé).

Segundo dados da empresa, o consumo total anual de poliuretano (dados de 2009) é de 13 milhões de toneladas, 4,2 milhões do setor moveleiro, 3,3 da construção civil, 1,4 do setor automotivo e 4,2 de appliances e outros. Por regiões, a América Latina responde por apenas 4,3% do total (a liderança é da Europa, seguida pela Ásia e NAFTA). O consumo de PU no Brasil é de 420 mil toneladas. No continente, a empresa projeta um crescimento no consumo de PU de 4,7% ao ano, destacando-se o Brasil, o México, a Argentina e a Colômbia. Como fatores para o crescimento, estão a necessidade de transportar e armazenar alimentos frescos, a necessidade de melhor isolamento para as residências, a necessidade de otimizar o consumo assim como o transporte de energia e a busca das pessoas por maior conforto em suas residências e escritórios. A Hennecke tem presença nos setores de injeção, slabstock, painéis sanduíche, CSM, automotivo e appliances (refrigeração e eletrodomésticos).

Warm explicou em linhas gerais o processamento de poliu-retano e deu destaque à importância da proporção de mistura, da temperatura e das pressões. “Mudando a formulação, se consegue diferentes propriedades físicas do produto”, disse. “Claro que a adição de um ‘recheio’ às propriedades físicas do produto – força, resistência à fl exão, condutividade térmi-ca, etc. – podem ser melhoradas”. Em seguida, o gerente da

Hennecke passou a comparar as tecnologias de máquinas de baixa e alta pressão, explicando como se dá a injeção em cada uma dessas máquinas: em linhas gerais, as máquinas de alta possuem cabeçotes junto às câmaras de mistura, formando uma pressão muito alta que dispensa agitadores quando da aplica-ção; já as máquinas de baixa fazem a mistura com agitadores mecânicos para materiais em pequena quantidade (até 2 l/min) e alta viscosidade. Veja a tabela 1, com as características gerais de cada uma dessas tecnologias.

Em linhas gerais, o processo de injeção de alta pressão economiza em matéria-prima, não causa desperdícios e reduz os riscos de trabalho, o que se resume ao fato de ela reduzir os custos de operação com uma tecnologia de ponta, segura e fl exível. As vantagens, segundo Warm, decisivas do processo de alta pressão são o fato de permitir aplicar a dose exata, cumprindo o perfeito peso da peça, num processamento rápi-do (com sistemas altamente reativos), com perda mínima de material e baixo impacto ambiental. Isso signifi ca, segundo o gerente da Hennecke, que a aquisição de uma máquina de baixa pressão por preço menor não compensa, dados esses benefícios.

Das máquinas Hennecke, Warm apresentou a linha Topli-ne HK, oferecida em seis diferentes tamanhos, para diversos requisitos de desempenho. A linha Topline possui o controle Wintronic, de alimentação de dados e controle de acesso e qualidade, assim como novos acoplamentos magnéticos de manutenção da temperatura e bocais com pressão constante.

Em sequência, o gerente da Hennecke no Brasil apresentou a tecnologia Hennecke de cabeçotes de mistura, cuja escolha, segundo ele, não depende do custo do investimento, mas da produtividade, repetibilidade e qualidade das peças deseja-das. Os cabeçotes Hennecke são do tipo MT (padrão), MX e MXL, todos desenvolvidos inteiramente na empresa. O MT, por exemplo, existe em seis tamanhos. Segundo Warm, dentre as vantagens da série MT em relação à concorrência estão a qualidade da mistura, a laminar de saída, o consumo de energia, os custos de manutenção e a porcentagem de problemas (me-didos por peças rejeitadas). Veja na próxima página a Figura 1, comparativa das principais características dos cabeçotes de mistura MT em relação a produtos concorrentes.

O gerente da Hennecke Brasil explicou em sequência em que consiste a tecnologia PUR CSM da empresa, literalmente Moldagem por Spray de Composite. Especialmente desenvol-vida para produzir peças leves com alta capacidade de carga, a CSM permite criar aplicações para a indústria automotiva e sanitária, dentre outras. Funcionando em moldagem aberta ou fechada, para fabricar superfícies fl exíveis, por moldagem por compressão e de fi bras naturais, a CSM utiliza fi bras de vidro cortadas com poliuretano, que reforça uma lâmina preformada, para fabricar camadas de materiais sanduíche com elevada capacidade de isolamento e redução das emissões acústicas. A CSM permite produzir peças sem o uso de solventes, man-tendo a qualidade do produto constante, em alta produtividade e com produção bastante fl exível. Em produtos sanitários, por exemplo, a austríaca Artweger e a romena Autotop utilizam esse processo. A CSM permite ser usada também na fabricação de multicomponentes com núcleo de honeycomb e camadas externas de poliuretano reforçado com fi bra de vidro. Filmes de PU sprayados de toque suave também são possíveis de

Economias de custo

Processo e máquina de baixa pressão

Processo e máquina de alta pressão

Preço da máquina baixo Preço da máquina alto

O cabeçote de mistura precisa passar por lavagem

O cabeçote de mistura é autolimpante

Pequenas saídas Saídas de até 7,8 kg/s

Não é possível realizar a mistura de relações complexas

As proporções de mistura são limitadas a 100:25

Os produtos de limpeza colocam em risco a saúde do funcionário

Os riscos não existem porque os cabeçotes são autolimpantes

Alto custo devido à limpeza e desperdícios

Menores custos de produção por não haver desperdício

A espuma não tem estrutura excelente

A espuma tem excelente estrutura

Tabela 1 – Comparativo de processos e máquinas de baixa e alta pressão

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componentes de forma pura e direta. Já a MultiFlex, indicada apenas para éter, tem uma tamanho mediano e automatização também mediana com aplicação dos componentes por man-gueira. Ambas tecnologias, segundo a empresa, permitem uma produção muito econômico e com alta efi ciência de espuma de muito boa qualidade, seja em estrutura e tamanho da célula seja em ausência de furos e com estrutura de célula controlada. A pressão do isocianato na QFM e MultiFlex é alta (100 bar) e nos aditivos é também alta (60 bar), e o material é despejado por liquid laydown, possibilitando a ausência de furos, dada a fácil saída dos gases. O retangular do produto é excelente. Segundo a empresa, o sistema de alta pressão economiza em torno de 4% de isocianato.

0

20

40

60

80

100

Economias de custo

Figura 1 – Comparação dos cabeçotes de mistura MT com cabeçotes concorrentes

MT

Concorrentes

Tempo de atividade de produção

Facilidade de instalação

Qualidade de mistura

Amplitude de aplicação

Peça honeycomb com PU com fi bra de vidro

Sistema Flat Top da Hennecke

incorporar à tecnologia. Diversos cabeçotes de mistura são utilizados com esse processo, variando de quantidade de ma-terial aplicado, número de componentes e resultado fi nal (pele sprayada, tecnologia de papel honeycomb com LFT e CSM, peças com camadas grossas e material de enchimento, etc.).

Em seguida, Warm explicou a tecnologia de máquinas Hennecke para fabricação de espumas por processos descon-tínuos e contínuos. Para processos descontínuos, a Hennecke oferece o sistema BFM Compact para produção de espumas padrão, HR, HS (super soft), viscoelásticas e com estrutura esponjosa. A máquina possui bombas de dosifi cação, tanque para o iso e misturador, com introdução manual dos outros

componentes da formulação. Outra máquina para processos descontínuos é a BFM DUO. Para processo contínuo, os blocos de espuma também podem ser padrão, HR, HS, viscoelásticas e com estrutura esponjosa.

A planta para fabricação de espuma por processo contí-nuo foi esmiuçada em seus componentes, sendo que para ela a empresa indica os processos QFM e MultiFlex. O QFM, indicado para espumas base éter e éster, é uma máquina de grandes dimensões e automatização alta com aplicação dos

Outro sistema desenvolvido pela empresa é o chamado Flat Top, que permite a produção de blocos absolutamente paralelos e quadrados, com superfícies lisas em todos os lados e ausência de desperdício. “Com alta qualidade, é possível garantir a produção de blocos sem furos e de tão alta qua-lidade quanto necessário para lâminas de espumas de baixa espessura”, disse Warm. Outra tecnologia ainda apresentada pelo executivo foi a CCT (Cell Control Technology ou Tec-nologia de Controle de Célula), que permite a fabricação de espumas de diferentes tipos, desde uma estrutura fi na até uma com células de grande dimensão.

Note-se que a diferença entre espumas com células pe-quenas e grandes está na quantidade de gás nos componentes (muita, nas pequenas e baixa, nas grandes), na pressão do cabeçote (baixa e alta, respectivamente), na nucleação devido à velocidade de corte (alta e baixa) e na pressão da injeção do isocianato (alta e baixa, respectivamente). O executivo da Hennecke indicou as principais tendências de mercado em prol de um melhor isolamento térmico e as vantagens e cuidados de se usar pentano como agente expansor para produção de espumas rígidas, tanto para painéis sanduíche, refrigeradores e isolamento de tubulações.

Patrocinadores

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As cintas pós-cirúrgicas são utilizadas para a proteção e sustentação dos cortes abdominais ou laterais e na recuperação de cirurgias. Antigamente, utilizavam-se placas de materiais rígidos ou semi-rígidos (placas de EVA), que acabavam ma-chucando o paciente.

A Hogase Espumas Injetadas (São José dos Pinhais, PR) trouxe uma solução para este problema. Com a utilização de espumas fl exíveis, com injeção de peças em alta densidade para fi carem bem fi rmes, foi possível melhorar o resultado e levar mais conforto para o usuário. Por ser uma espuma injetada em moldes, o formato tam-bém é mais adequado. O tempo de desenvolvimento foi de 4 meses, com investimento de 10 mil reais.

PORTA BAÚ FRIGORÍFICOPeça normalmente fabricada

como estrutura sanduíche combi-nando laminados por hand lay-up ou spray-up e posteriormente montados junto com componentes metálicos e poliuretano como núcleo isolante, a porta baú frigorífico passou a ser feita pelo processo de RTM-S Integrado, pela MVC Soluções em Plásticos (São José dos Pinhais,

PR). O reprojeto levou um ano e demandou um investimento de 500 mil reais, entre modelos, moldes, gabaritos e meios de produção. A porta baú frigorífi co por RTM-S Integrado passou a oferecer excelente desempenho em isolamento térmico, excelente acabamento superfi cial, redução de peso e diminuição de resíduos da fabricação. Em linhas gerais, o RTM-S Integrado consiste numa camada externa composta por pele termoplástica, uma camada por baixo dessa pele, de composites, agregando propriedades mecânicas, um nú-cleo de poliuretano expandido que integra toda a estrutura metálica que é a alma estrutural da porta, e outra camada de composites. O processo de fabricação segue a ordem inversa, de dentro para fora: primeiro o PU que é expandido com os componentes metálicos, uma película termoplástica moldada por vacuum-forming, dois sanduíches de manta de fi bra de vidro e a posterior injeção da pele termoplástica.

SILENCIADOR PARA BOMBAS PNEUMÁTICAS

Os silenciadores pneumáticos para bombas pneumáticas normalmente são itens importados, com peças metálicas usinadas, em uma monta-gem de vários componentes.

A Pneumotronic (Mairiporã, SP) desenvol-veu uma linha de silenciadores para bombas pneumáticas, na qual as peças usinadas foram substituídas por peças moldadas em PUR, com adição de cargas.

O tempo de desenvolvimento do produto foi de 1 ano, com investimento de 28 mil reais.

ESPUMAS PLACAS

Novos desenvolvimentos com alta tecnologia

Confi ra os produtos que concorreram e os vencedores da sétima edição do Prêmio

Excelência, realizado no dia 01 de dezembro em São Paulo, SP

Confi ra os produtos que concorreram e os vencedores da sétima edição do Prêmio

Uso de PU expandido

Ran

don

Luis Mendonça, da Huntsman, entrega o troféu nas mãos de Dário Bizzo, da Pneumotronic

Melhor Desenvolvimento

Tecnológico

Marcio Alexandre Rodrigues, da ASRocha/RMPA, entrega o troféu nas mãos de Horst Kroeger, da Hogase

Hog

ase

Melhor Desenvolvimento

de Produto

O uso de espumas fl exíveis no segmento médico-hospitalar

Camada de espuma viscoelástica

Luck

spum

a

Substituição de peças usinadas por PUR

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VEDAÇÃO DE BOP

A vedação anular é o principal componente do equipamen-to de segurança instalado em sondas. O BOP é o elemento de ligação entre a cabeça do poço e a sonda, trazendo o poço até a superfície e compondo o espaço anular. Ele é usado para isolar o ambiente, possibilitar a desconexão sob controle com segurança da coluna em caso de perda de posicionamento da sonda, propiciar a circulação através das saídas laterais e o retorno do fl uido de perfuração ou completação. Também permite o controle do poço quando ocorre a perda da primeira barreira de segurança, fazendo com que o mesmo seja fechado com ou sem coluna em seu interior, viabilizando a execução de diversos tipos de operações e testes no âmbito da engenharia de poços.

Quando acionada, a vedação deve fechar-se até o diâmetro zero, cortando o fl uxo entre o poço e a sonda. Neste caso, sua função é garantir a segurança de um poço evitando contami-nações do ambiente.

As peças utilizadas, atualmente, são importadas e fabrica-das em borracha. A Oliveira Retentores (Serra, ES) nacionali-zou a peça e substituiu a borracha pelo poliuretano, conferindo à peça maior resistência mecânica e química, aumentando sua durabilidade. O tempo de desenvolvimento foi de 6 meses, com investimento de 150 mil reais.

COLCHÃO SATISFACTION VISCO ONE SIDE

A Luckspuma (Ferraz de Vascon-celos, SP) desenvolveu um colchão de mola ensacada, com camadas de espuma D-45 + espuma viscoelástica,

revestido com tecido de malha com fi bra natural de bambu, com molejo de aço tipo

barril, ensacado um a um, com camadas de espuma, revestido em tecido de malha de alto padrão.

Foi desenvolvido, também, um pillow top mais fi rme, com espuma D-45, de acordo com a norma do selo Pro-Espuma ou ABNT + camada de espuma viscoelástica, também homo-logada. O tempo de desenvolvimento foi de 3 meses, com investimento de 20 mil reais.

TACOS EM PU DERRAMADOTrata-se de um desenvolvimento de um taco à base de PU

rígido, onde a inovação deste produto está em sua composição.

Os tacos fabricados com elastô-mero de PU apresentam, como prin-cipais características, alta resistência, visual brilhante e isenção de ruído quando está em contato com o solo.

Foram realizados testes de abra-são e deformação pelo IBTEC. O tem-po de desenvolvimento foi de 2 anos, com investimento de 200 mil reais.

TACO EM ELASTÔMERO DE PU PARA CAMINHÕES DE MINERAÇÃOElastômero de alta densidade e resistência

que cumpre as especifi cações de segurança para transporte pesado. O taco da Olafl ex (Bogotá, Colômbia) foi desenvolvido 100% em PU, substituindo tacos que bloqueiam pneus de veículos pesados, mas que aca-bam sendo destruídos com o uso. Não existe a fabricação desse tipo de produto na América Latina. Os segmentos para os quais esse produto é indicado são mineração, indústria cimentícia, etc. O produto foi testado em densidade, dureza e resistência mecânica no laboratório da empresa, sendo que ele tem uma superfície deslizante. O tempo de desenvolvimento foi de 3 meses, com investimento de 6 mil dólares.

POLTRONA COLCHONETE - ZAZENInovador pelo seu desenho, a poltro-

na da Artesano de Sueños (Buenos Aires, Argentina) foi desenvolvida como parte de uma linha de produtos belos, mas também úteis. Inicialmente concebido com recheio em algodão, a poltrona foi confeccionada com espuma de poliureta-no, em função de sua maior durabilidade e por ser também indicado para espaços exteriores, usando telas impermeáveis, o que não era possível com outros materiais de recheio. A estrutura é confeccionada com as técnicas tradicionais do mercado, utilizando velcro para as uniões. O produto demandou 1 mês de desenvolvimento e 1 mês de reprojeto. O produto é indicado para lojas de decoração, hotéis, residências e jardins.

TRICICLO FRIGORÍFICO DE CARGANa utilização de painéis frigoríficos

de PU de alto desempenho (massa x isolamento térmico), com o intuito de desenvolver um veículo de carga que garanta segurança alimentar, agilidade na malha urbana e baixo custo operacional, a Labonia Indústria e Comércio de Im-

Melhor Desenvolvimento

de MercadoSubstituição da borracha pelo PU

Camada de espuma viscoelástica

Luck

spum

a

Alta resistência à abrasão e à deformação

Substituição dos tacos pesados convencionais

Ola

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PU N

acio

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Peça de design com PU injetado

Zaze

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Segurança veicular e alimentar

Labo

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Substituição de peças usinadas por PUR

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26 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

plementos Rodoviários (Guarulhos, SP) desenvolveu um transporte de perecíveis em triciclo de carga acoplado em uma motocicleta convencional.

O produto possui como principais vantagens segurança veicular e alimentar, rapidez e agilidade na malha urbana, redução de custos operacionais, alivia excesso de cami-nhões na malha urbana e, é de fácil operação. O tempo de desenvolvimento foi de 4 meses.

PAINÉIS E TELHAS EM AÇO COM NÚCLEOS TERMOISOLANTES

atingem o segmento posterior do olho, o que é limitado pela dificuldade no transporte de doses eficazes de fármacos para o vítreo, retina e coróide. Injeções intravítreas vêm sendo utilizadas para transportar fármacos para o segmento posterior do olho, mas é uma técnica invasiva e apresenta riscos de infecções oculares e danos aos tecidos.

Visando a obtenção de níveis terapêuticos adequados de fármacos no segmento posterior do olho por longos períodos, sistemas poliméricos de liberação prolongada implantados diretamente no vítreo estão sendo investigados para o tratamento de várias doenças vítreo-retinianas. Tais sistemas eliminam a necessidade de aplicações repetidas, visto que o fármaco é liberado por um período de tempo maior, apresentando assim uma enorme vantagem em relação às injeções.

Neste trabalho, foi sintetizada uma dispersão aquosa de poliuretano biodegradável, e o bevacizumabe foi incorpo-rado a ela. A partir desta incorporação, implantes constitu-ídos de poliuretano e bevacizumabe foram desenvolvidos e avaliados como dispositivos intraoculares de liberação controlada do fármaco, destinados ao tratamento da re-tinopatia diabética proliferativa e degeneração muscular relacionada à idade.

Estes implantes foram caracterizados por FTIR, DRX e análise térmica, e também foram submetidos ao estudo de liberação in vitro do bevacizumabe. O fármaco foi quantificado por método analítico desenvolvido e valida-do previamente. As diferentes técnicas de caracterização revelaram que o bevacizumabe interagiu com o poliuretano após dispersão na matriz polimérica. Esta interação foi confirmada também pelo estudo de liberação in vitro, uma vez que não foram detectados picos referentes ao fármaco durante o estudo.

No processo do pré-polímero para obtenção das disper-sões aquosas de poliuretano, além da dispersão do pré-po-límero em água foi feita também a extensão de cadeia para zerar as terminações de NCO da cadeia do polímero. Essa extensão de cadeia geralmente é feita após a dispersão do pré-polímero em água, pois de outro modo o pré-polímero de alta viscosidade resultante não poderia ser disperso. Portanto, o pré-polímero com grupos isocianato terminais são dispersos em água com o auxílio do emulsificante in-terno e subsequentemente reagem com aminas ou dióis de baixa massa molar, terminando assim o processo de síntese da dispersão. Para a obtenção dos filmes poliméricos, a dispersão aquosa é colocada em moldes para secagem e os filmes são obtidos por coalescência durante a evaporação de água. Portanto, o poliuretano utilizado no presente trabalho não apresentou viabilidade para ser utilizado em sistemas de liberação prolongada do bevacizumabe.

CHOCOLATA Aumar (Santos, SP), empresa especializada na fa-

bricação de travesseiros de PU moldados sob alta pressão, desenvolveu um travesseiro fabricado à base de silicones especiais e PU tratado para atingir baixa resiliência, ou seja,

Painéis e telhas em PUR ou PIR

Isoe

ste

Desenvolvidos pela Isoeste (Anápolis, GO), os painéis são constituídos de núcleo de PUR ou PIR (densidade média de 38 a 42 kg/m³ e espuma rígida de PIR, densidade média de 38 a 42 kg/m³) de alta densidade e revestidos com chapa de aço pré-pintado. Possuem um sistema de fi xação com parafuso escondido, proporcionando um excelente acabamento estético para fachadas e fechamentos laterais, industriais e comerciais.

Os painéis são recomendados para câmaras frigorífi cas em geral, em especial, para baixa temperatura, oferecendo resistência superior, alta isolação térmica e perfeita estan-queidade. Além da agilidade na execução, os painéis possuem excelente acabamento estético e isolamento térmico, resultando na economia de energia e redução de custo de equipamentos para climatização.

Já as telhas em PUR/PIR foram desenvolvidas para serem usadas em ambientes onde se exige conforto térmico, com enorme economia de energia, bem como redução na aquisição de equipamentos de climatização e em muitos casos dispen-sando o uso dos mesmos.

As telhas são fabricadas com espuma rígida de PU (PUR), com densidade média de 38 a 42 kg/m³, espuma rígida de poliisocianurato (PIR), com densidade média de 38 a 42 kg/m³, tensão de compressão > 130 Kpa - ASTM D 1621, estabi-lidade dimensional< 1% - ASTM 2126: 72 h a -20°C a +70°C, condutibilidade térmica de 0,017 Kcal/h.m.°C - ASTM C 518, além de ser Classe R1 - ABNT MB 1562 e ecologicamente correto, ou seja, o produto é livre de CFC.

IMPLANTES INTRAOCULARES DE PU BIODEGRADÁVEL

A pesquisa realizada pela UFMG - Universidade Fede-ral de Minas Gerais aborda o tratamento de doenças que

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quando o travesseiro é manuse-ado ele amolece imediatamente a superfície tocada, com lento retorno à forma original.

Trata-se de uma réplica de uma barra de chocolate, desde a embalagem até o aroma. O

travesseiro pesa aproximada-mente 1 kg e é protegido contra

fungos, ácaros e bactérias.

BOIA OCEANOGRÁFICA

curativas dos fitoquímicos com potencial para atividades antiinflamatórias e antitrombogênicas, extraídos de en-docarpos de açaí. Para obtenção de sistemas uretânicos foi selecionado um isocianato alifático sem diluentes. Na síntese do biopoliuretano, optou-se por utilizar o biureto de hexametileno de diisocianato.

O açaizeiro, Euterpe oleracea Mart., é uma espécie fru-tífera de grande importância sócio-econômica e alimentar para a Amazônia. Na cidade de Belém, são descartados, como lixo comercial tributado, cerca de 300 toneladas por dia de frutos despolpados. 60% destes resíduos podem gerar polióis precursores de poliuretanos (PU).

Em pesquisas recentes do açaí são isolados fármacos, revelador odontológico, corantes de cirurgias oftalmológi-cas e óleo com capacidade de regeneração da pele que são usados com hidrogéis na forma de curativos.

Biomateriais poliuretanos estão sendo aplicados como implantes de próteses, implantes mamários, reparador de perdas ósseas e cartilagem, bem como aplicações ortodôn-ticas e cardiovasculares na forma de cateteres, recobri-mentos de marcapassos e stents. Estão sendo pesquisados principalmente a partir de polímeros bioreabsorvíveis como poli(a-hidróxi ácidos), poli(lactídeo) (PLA) e policaprolac-tona (PCL), além de óleos vegetais, citados é necessário a transformação em poliol, sendo comum a retirarada do excesso de diol da reação e em óleos é necessário a etapa de extração dos óleos. O poliol do açaí é natural e o benefi-ciamento da matéria-prima é físico, não ocorrendo excesso de reagentes no produto final. Esse PU pode ser utilizado no intuito de reparar tecido humano.

Em indústrias biomédicas, o produto pode ser usado como biomateriais, sendo aplicados em engenharia tecidu-al, como implantes e reparadores de perdas ósseas ou bar-reiras ortodônticas. Já nos mercados de engenharia civil e automotivo o produto é usado como isolante termoacústico.

O tempo de desenvolvimento do produto foi de 4 anos, com investimento de 100 mil reais, para a formação de quatro mestres.

Travesseiro viscoelástico com formato e aroma de chocolate

Solução para a indústria offshore

Hol

os B

rasi

l

Trata-se de uma boia de pesquisa e monitoramento cujo corpo é fabricado em composites. A Boia Holos 1.4 metros, da Holos Brasil (Rio de Janeiro, RJ), foi proje-tada para ser utilizada em águas oceânicas costeiras pela indústria offshore, permitindo o monitoramento da água, correntes, ondas, temperatura, etc., enviando os dados via satélite (as baterias são abastecidas por três paineis solares posicionados sobre o convés). Criada como opção nacional, de porte intermediário, às boias de grande porte importadas, de custo muito maior, a boia Holos 1.4 metros requer moldes de composites, estrutura interna de aço inox, preenchimento com espuma de poliuretano, é resistente e pode ser reparada em caso de acidentes ou choques. O produto demandou 6 meses de desenvolvimento e um investimento de 50 mil reais. Seus clientes são o setor de exploração de petróleo em geral, indústrias offshore e os governos (Brasil ou do exterior).

POLIURETANO À BASE DE AÇAÍ PARA A BIOFABRICAÇÃO DE

DISPOSITIVOS MÉDICOSA espuma rígida de PU com células interconectadas

de dimensões e densidades variáveis foi desenvolvida pela Unicamp – Universidade Federal de Campinas, SP, para uso na área médica, como biomaterial de suporte para crescimento celular.

O produto inova por ser um poliuretano de poliol na-tural com catalisador natural que apresenta propriedades

Aplicação em engenharia tecidual

DestaqueUniversitário

Guido Pellizzari, da Cannon do Brasil entrega o troféu nas mãos de Carmen Dias, da Unicamp

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28 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

ARINOS reduzindo seus custos com pesquisa e sob orientação de uma equipe técnica especializada. Dentre os serviços oferecidos estão a preparação de pré-polímeros, linha de simulação para fabricação de espumas flexíveis, desenvolvimento e preparação de protótipos, e avaliação e caracterização de propriedades físicas. Outro grande diferencial é a integração deste laboratório com os outros centros tecnológicos em poliuretanos e sistemas formulados da Dow, localizados nos EUA, Europa e Ásia. A estrutura integrada permite à companhia acessar rapidamente novas tecnologias e ten-dências e disponibilizá-las aos seus clientes, contribuindo gradualmente para o desenvolvimento do mercado de po-liuretanos no Brasil e América Latina.

MAC SISCONA Mac Siscon (São Paulo, SP) é distribuidora de peças de

reposição, montadora de injetoras de alta pressão, manutenção e retrofi t de equipamentos de poliuretano.

Em junho de 2011, a empresa inaugurou o ciclo de treinamentos sobre equipamentos de PU de alta pressão. O treinamento tem o objetivo de disponibilizar informações para os profi ssionais que atuam na operação e manutenção de equipamentos de PU.

O centro de treinamentos dispõe de uma sala moderna e bem equipada, com equipamento disponível para testes práticos.

SOLVAYA Solvay do Brasil (São Paulo, SP), empresa que atua há

15 anos com agentes de expansão de espumas de poliuretano, busca a satisfação e parceria dos clientes, atendendo as legis-lações aplicáveis às atividades da organização.

Ao longo desses 15 anos, a Solvay do Brasil vem trabalhan-do minuciosamente com a gestão de seus estoques e controle das importações, sempre respeitando o sistema de cotas desde que ele foi implantado, de modo a garantir o abastecimento total das necessidades dos clientes.

Visando o futuro sustentável, a empresa estudou, ao longo dos últimos anos, alternativas ao HCFC 141b. Hoje, a empresa possui uma fábrica em operação contínua na Europa, onde é fabricado regularmente o Solkane R 365mfc e suas blendas com R227, produto com ODP zero já conso-lidado no mercado como sendo uma alternativa sustentável e eficaz ao R141b.

Fornecedor do Ano 2011Conheça os perfi s dos concorrentes ao Prêmio Excelência 2011, categoria Fornecedor do Ano*

* As informações contidas nos descritivos desta matéria foram enviadas pelas próprias empresas participantes da premiação

Henrique Bavoso recebe o troféu das mãos de Leone Fragassi

Carla Rojo, da Amino entrega o troféu para Rafael Caetano, da Dow Brasil

Fornecedor do AnoDISTRIBUIDOR

Fornecedor do AnoFABRICANTE

Tradicional distribui-dora de matérias-primas para o mercado de poliu-retano, a Arinos (Osasco, SP) desenvolveu, nos últi-mos anos, os mais diversos tipos de aplicações de PU,

com destaque para a linha Poliadesivo, de adesivos para emba-lagem, os elastômeros casting e spray, os sistemas para espuma fl exível moldada, integral skin e pele integral rígidos, além dos solventes de limpeza, espumas viscoelásticas, aditivos, agentes de cura MOCA, agentes de expansão, catalisadores, cola de aglomerado, corantes, MDI, isocianatos, polióis convencionais e especiais, e silicones.

DOW BRASIL

Tradicional fabri-cante de matérias-pri-mas para o mercado de PU, a Dow (São Paulo, SP) investiu cerca de 2 milhões de dólares para a construção do Centro de Aplicações de Ter-mofixos, localizado em

Jundiaí, SP. O centro conta com um espaço de 1.200 m² e tem como objetivo oferecer tecnologias diferenciadas para os principais mercados de atuação do negócio, que engloba poliuretanos, sistemas formulados, epóxi e Dow Automo-tiva. No laboratório, os clientes da Dow podem realizar todos os testes que necessitam para obter a melhor solução,

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Page 29: Revista Poliuretano Tecnologia & Aplicações Ed.47

SULPOLFabricante e distribuidora de injetoras de PU, a Sulpol

(Canoas, RS) foi a primeira empresa a fabricar uma máqui-na injetora de alta pressão para DCPD (diciclo pentadiano) no Brasil, chamada Lógica-AP. Este equipamento viabiliza a injeção de peças de grande porte para a indústria auto-motiva (veículos leves e pesados).

O grande lançamento da empresa foi o equipamento de alta pressão utilizado para a fabricação de peças em vários tipos de poliuretano. Trata-se da linha de injetoras da série Ecológica AP que não utiliza solventes clorados para a limpeza de cabeçote e não descarta matéria-prima no início e no final das injeções como nos equipamentos de baixa pressão. Esta linha de injetoras possui um índice de nacionalização de 95% que permite o financiamento via BNDES (FINAME), facilitando o acesso das empresas do setor a essa tecnologia que vem apresentando resultados excelentes na diminuição de consumo de matéria-prima e na diminuição do desperdício gerado no processo de injeção em baixa pressão. A empresa aposta no aprimo-ramento constante da tecnologia de seus equipamentos para promover o crescimento sustentável do setor que, atualmente, é muito visado pelas instituições de proteção ao meio ambiente pelo descarte de produtos gerados no processo de injeção.

M.CASSABTradicional distribuidora de diversos tipos de polióis bási-

cos, especiais, isocianatos aromáticos e alifáticos, surfactantes, catalisadores amínicos, catalisadores de estanho, desmoldantes e aditivos de perfomance para poliuretano, a M.Cassab (São Paulo, SP) possui uma linha de sistemas próprios MPol e Ine-jct, formulados de acordo com a necessidade do cliente e que atende todos os mercados de poliuretano.

A empresa conta, também, com assistência técnica e de-senvolvimento de novos produtos para todo mercado de PU, um departamento de logística que atua em todo o território brasileiro, contribuindo para o atendimento dos clientes, e possui equipamentos adequados e modernos, que são inspecionados trimestralmente por uma empresa especializada em manutenção.

A MCassab realiza treinamentos para espumadores e cursos nos laboratórios de suas distribuídas, onde são discutidos os princípios básicos das formulações e alterações necessárias para melhorias no dia a dia de trabalho.

A empresa investe em participações nos Painéis Setoriais, realizados pela Revista Poliuretano Tecnologia & Aplicações. Esses painéis contribuem para o conhecimento e lançamentos de novos produtos.

Recentemente, a empresa está priorizando a substituição do gás HFC em suas formulações e está estudando o desen-volvimento de novos produtos para o mercado de poliuretano.

Nossos Aditivos são a chave para a performance de sua espuma

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30 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

EVENTOFEIRA

*Con� ra a programação completa dos Painéis Setoriais 2012 em www.tecnologiademateriais.com.br

De 6 a 8 de novembro do próximo ano, será realizada a sétima edição da FEIPLAR COMPOSITES & FEI-PUR – Feira e Congresso Internacionais de Com-

posites, Poliuretano e Plásticos de Engenharia. Este evento tem, como objetivo, mostrar as opções e vantagens de plásticos de performance diferenciada para os mais diversos segmentos industriais. Confi ra todas as atrações deste megaevento:

Feira – Na última edição, em 2010, cerca de 260 empresas expuseram seus produtos e serviços para um público de mais de 13.600 visitantes. A expectativa para 2012 é que aproxima-damente 280 empresas atendam cerca de 15 mil profi ssionais de toda a América Latina.

Congresso e Painéis Setoriais – Em 2010, os congressos internacionais de composites, poliuretano e plásticos de enge-nharia, e os painéis setoriais contaram com 110 palestras técni-cas, um recorde em eventos de composites em todo o mundo. Para este 2012, serão realizados:

Congressos – dirigidos para palestras que abordem solu-ções para a fabricação de peças em plásticos de performance diferenciada como, por exemplo, matérias-primas, processos, etc., sem foco específi co num determinado segmento industrial. Confi ra as datas e horários:• Poliuretano – dias 6 e 7 de novembro, no período da tarde• Composites – dias 6 e 7 de novembro, no período da tarde• Plásticos de Engenharia – dia 8 de novembro, no período da tarde

Painéis Setoriais – seminários técnicos dirigidos para pa-lestras que abordem soluções específi cas para cada segmento industrial. Veja a programação*:Dia 6 • Painel Isolamento Térmico • Painel Automotivo • Painel Energia Eólica

Dia 7 • Painel Espumas Flexíveis • Painel Construção Civil • Painel Náutico

Dia 8 • Painel Aeroespacial • Painel Ambientes Agressivos • Painel Sustentabilidade – Reciclagem e Matérias -primas de Fontes Renováveis

FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

Diversas novidades compõem a FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012.

O evento será um ponto de encontro imperdível para profi ssionais das indústrias

de poliuretano, composites e plásticos de engenharia

Congressos

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31 n O V E M B R O • d E Z E M B R O • 2011

EVENTO

Mais informações: (55 11) 2899-6381www.feiplar.com.br

Divulgação O� cial Realização/Organização Apoio

Megapatrocinadores

*Con� ra a programação completa dos Painéis Setoriais 2012 em www.tecnologiademateriais.com.br

O diferencial de 2012 serão as publicações específicas para intensificar os resultados de divulgação dos materiais composites, poliuretano e plásticos de engenharia.

Estes eventos têm o objetivo de informar fabricantes e usuários de peças sobre os benefícios e oportunidades do uso destes materiais. Para que os participantes do evento tenham em mãos uma ampla gama de informações, possi-bilitando a aplicação dos materiais no seu trabalho, serão disponibilizadas guias específicos.

Cada guia abordará:• os benefícios destes materiais para o segmento• as tecnologias/processos mais indicados • guia de fornecedores de peças • resposta às dúvidas mais frequentes

Prêmio Excelência – evento criado para homenagear os desenvolvimentos de produtos com o uso do poliureta-no, composites ou plásticos de engenharia. A XI edição do Prêmio Excelência em Composites acontecerá no dia 6 de novembro. No dia 7 é a vez da oitava edição do Prêmio Excelência em Poliuretano. Por último, no dia 8, aconte-cerá a segunda edição do Prêmio Excelência em Plásticos de Engenharia.

Demonstrações técnicas – nos três dias da feira, serão realizadas as demonstrações técnicas, sessões de fabricação de peças ao vivo. É uma chance inédita do transformador entender o funcionamento de diferentes processos e tirar suas dúvidas de processos.

Visitantes VIPs - Com o objetivo de trabalhar toda a cadeia dos composites, poliuretano e plásticos de engenharia (o que inclui os fornecedores de matérias-primas, transfor-madores e indústrias usuárias), algumas indústrias usuárias de extrema importância e significado para o crescimento dos plásticos de performance diferenciada serão as convidadas VIPs na próxima FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR e, para elas, ações específicas serão realizadas como treina-mentos, visitas direcionadas,reuniões pré-agendadas, enten-dimento de normas, análise de projetos, entre outros itens. Sabe-se que as necessidades destas empresas são também as de várias outras do mesmo segmento. Com o conhecimento destas informações, o setor de composites também poderá melhorar seu direcionamento.

Estudantes na FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012 – iniciada em 2010, esta ação tem como objetivo apre-sentar um conteúdo específico para universitários. Para isso, a organização do evento está em contato com universidades a fim de elencar os temas de maior interesse entre os alunos.

FEIPLAR COMPOSITES & FEIPUR 2012

Prêmio Excelência 2011

Demonstrações técnicas

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Paulistano nascido na Lapa, em São Paulo, que sempre viveu na região de Santo Amaro, Matias Schultz é, como o próprio nome indica, descendente de imigrantes alemães,

agricultores, a mãe de família de Erechim, RS, e o pai da extinta colônia alemã de Lucélia, no interior de São Paulo. O pai, que foi agricultor, também chegou a ser metalúrgico. Irmão de Mônica, professora de alemão, Matias começou sua carreira profi ssional como atendente em padarias, livrarias, farmácias, etc. Na época, ele tinha entre 13 e 14 anos. “Eu tenho ainda hoje a carteira pro-fi ssional de menor”, contou. Na época, ele trabalhava e estudava. Durante o ginásio, Matias queria se tornar um profi ssional e fez 1,5 ano no Senai, sendo o seu primeiro emprego profi ssional o de metalúrgico, do qual ele não gostou muito.

Nessa época, o ramo químico não era muito divulgado no Brasil e fascinado pelo desconhecido Matias resolveu, com o apoio da família, fazer o curso de técnico em química pelo Colégio Técnico Industrial Conselheiro Antônio Prado (à época Coticap, hoje Etecap, ou Escola Técnica), em Campinas, SP. Dessa época, Matias tem excelentes recordações. “O curso era integral, muito interessante, numa espécie de campus, afastado, e foi lá que eu peguei realmente o gosto pela química”, lembrou, destacando que os laboratórios do colégio eram superequipados, como se fosse uma espécie de curso superior. Substituindo o colegial, o curso do Coticap iria direcionar seus interesses à química, em seus vários ramos. Mas havia o problema da sub-sistência, e por isso aos 17 anos Matias foi obrigado a trocar o curso diurno pelo noturno, onde fi cou 2 anos. Em grade, o curso do Coticap tinha química industrial, bioquímica e petroquímica. Matias fez química industrial. “Foi realmente fascinante para mim, com planta piloto, e a garotada era idealista”. No noturno, Matias começou a trabalhar no Instituto Campineiro de Análise de Solos e Adubos (ICASA), fazendo análise de solos e adubos para receituários agrícolas. Lá ele fi cou pouco tempo, assim

como na Unicamp, em análise de alimentos, onde ele foi apro-vado num concurso de técnico de nível médio em química. Mas ele não gostou do ambiente, pouco voltado a resultados. Voltou para São Paulo, e tão logo chegou arranjou emprego na Bayer. “Na época, as indústrias precisavam urgentemente de mão de obra. Passei na porta, preenchi o currículo, e uma semana depois estava empregado”, disse ele, que na época tinha 20 anos. Na Bayer, Matias foi contratado como assistente de laboratório, e sua primeira orientação era simplesmente montar o laboratório de poliuretanos da empresa. No fi nal do mesmo ano em que foi contratado, Matias prestou concurso e foi aprovado no Instituto Oswaldo Cruz (São Paulo, SP), para fazer Engenharia Química. “Na época, o Oswaldo Cruz era o único curso de Engenharia Química noturno. Por isso, quem já estava bem situado encaminhava-se naturalmente para lá”, lembrou. Mas o curso, pelo que ele recorda, era extremamente puxado. “Tinha 6 aulas à noite, 12 no sábado e um dia da semana tinha 3 aulas à tarde”, disse. Matias precisou comprar uma moto apenas para chegar a tempo na faculdade que fi ca no lado oposto da cidade.

Nessa época, a Bayer estava planejando a transferência da produção de formulados de São Paulo para Belford Roxo, no Rio de Janeiro. “Até então, nós alugávamos um reator para produzir 5 toneladas de formulações de manhã e 5 à tarde. Na minha função, eu era responsável pelas análises de laboratório, controle de qualidade e ajuste das formulações”, disse. Após fazer um estágio de 1 mês na Trorion (Diadema, SP), Matias montou uma lista de equipamentos necessários e em 1978 o laboratório estava pronto.

Na área de poliuretanos da Bayer, Matias se achou. “Foi uma feliz coincidência. Eu, que tenho uma mente inquieta, queria um lugar onde pudesse experimentar formulações, e o poliuretano se encaixou como uma luva, pois com poliuretano os resultados são quase imediatos. Você faz a formulação e o produto sai em pouquíssimo tempo”, explicou. Desde então, Matias trabalhou com quase todas as tecnologias em poliuretano existentes, indo desde fl exíveis moldadas, semirrígidos integrais, rígidos, semirrígidos não integrais, spray, etc. Durante os seus 34 anos na empresa, Matias formou profi ssionais e acompanhou o desenvolvimento de uma infi nidade de formulações e produtos. “Muitos profi ssionais no mercado, inclusive alguns que estão na concorrência, fui eu que introduzi no poliuretano”, afi rmou ele, que esse tempo todo coordenou praticamente tudo o que diz respeito a tecnologia em poliuretano na Bayer de São Paulo. Casado com 3 fi lhos seus e mais 2 enteados, Matias aposentou--se na Bayer em 2011. Agora morando em São Caetano do Sul, diz ter recebido com surpresa o Prêmio Excelência Conjunto da Obra. Mas não nega: “foram tantos anos na Bayer em po-liuretano que não dá para contar quantas formulações, quantos profi ssionais e quantos clientes passaram pelas minhas mãos”.

Matias Schultz na sua nova residência em São Caetano do Sul

Conjunto da Obra: Matias Schultz

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ESPUMAS RÍGIDAS

O PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvol-vimento) realizou em dezembro passado o evento “Seminário atualização sobre alternativas ao HCFC-141b”, em São Pau-lo, SP, com ampla presença de representantes da indústria e apresentação de diversas tecnologias em agentes de expansão que possam substituir o HCFC-141b. Agente de expansão de espumas rígidas de poliuretano, o HCFC-141b é um produto que, apesar de satisfazer os requisitos exigidos pelo Protocolo de Montreal de não causar danos à camada de ozônio, ainda promove altos índices de GWP (Potencial de Aquecimento Global). O evento focou especialmente a tecnologia do Metilal, produto da empresa belga Lambiotte (representada no Brasil pela Arinos Química), que teve seu comportamento analisa-do e validado pelo PNUD como alternativa ao HCFC-141b. Veja a seguir uma lista parcial das palestras do evento, cuja cobertura será feita na próxima edição da revista Poliuretano – Tecnologia & Aplicações.

Metilal e outros agentes são destaque em evento do PNUDEvento ocorrido em São Paulo concentra explanações sobre as mais recentes tecnologias de

agentes de expansão em substituição ao HCFC-141b

Palestra PalestranteA Eliminação das Substâncias Destruidoras da Camada de Ozônio

Magna Luduvice - Coordenadora de Proteção da Camada de Ozônio - SMCQ/MMA

Cadastro Técnico Federal - Ações de Controle do Comércio de SDOs Flávia Motta - DIQUA/IBAMA

HCFCs phase-out – Projetos piloto para validação de tecnologias

Ana Paula Leal - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

Michel Beaujean - LambiotteAbordagem do uso de Methylal como substituto ao HCFC em espumas de poliuretano – propriedades e uso corrente

Felipe B. Janunci - Arinos Química Metilal como Agente de Expansão em Espumas de Poliuretano

Bert Veenendaal- Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

Methylal como agente de expansão na manufatura de sistemas de espuma de poliuretano – Uma abordagem para a aplicação em projetos MLF

Bert Veenendaal - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)

Baixo custo – Tecnologias de espuma de poliuretano baseadas em hidrocarbonetos

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34 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Oriundo de Descal-vado, interior de São Paulo, “entre

as rodovias Washington Luís e Anhanguera, perto de São Carlos”, como gos-ta de falar, Paulo Altoé, TSD (serviço técnico e desenvolvimento) da Dow Brasil (São Paulo, SP), é descendente de imigrantes italianos que trabalhavam

na agricultura e passados os anos emigraram para a cidade, onde trabalharam muito duro para cuidar de uma familia numerosa. Com mais cinco irmãos (ele é o segundo), Altoé direcionou-se, como todos eles, a uma formação profissio-nal. “Meus pais eram humildes e nunca tiveram educação formal, mas cuidaram dos filhos para que eles estudassem e se formassem”. Dois dos irmãos de Altoé são engenheiros, outro é advogado, uma irmã é bióloga e a caçula se formou em linguística. “Essa garra, que é passada de geração em geração na minha família, vem dos meus antepassados que precisaram literalmente fugir da fome na Europa para so-breviver no Brazil”, disse Altoé. “A dedicação aos estudos teve grande influência da minha avó paterna, que foi uma pessoa muito educada para sua época. Por três anos ela foi a primeira aluna da classe na escola em Tivoli-Roma (entre 1895-1898). Ganhou três medalhas por seu mérito e deu-as uma para meu irmão mais velho, outra para mim e outra para meu terceiro irmão. Trabalho, determinaçao e dedicação e estudos sempre foi questão de honra para todos os membros da familia”.

Foi no colégio, no Instituto de Educação, ainda em Des-calvado, que Altoé teve seu primeiro contato com química. O ensino nesse instituto (atualmente de ensino médio) era, segundo Altoé, como em muitas escolas no interior, bom, em que os professores e alunos levavam o ensino realmen-te a sério. “O que me atraiu foi a possibilidade de fazer formulações, fazer misturas”, lembrou Altoé. Orientado pela professora de química, Altoé viajou a São Paulo para fazer cursinho, no Equipe. Isso foi na década de 70. Para se

Personalidade do Ano: Paulo Altoé, da

Dow Brasil

Paulo Altoé, da Dow Brasil, nas instalações da empresa

sustentar enquanto estudava, Altoé trabalhou na Química Industrial Paulista, na área de vendas. Lá, um funcionário orientou-o a estudar na escola dele, a Faculdade Oswaldo Cruz, em São Paulo. “Faz, porque é uma escola muito ligada à indústria’, disse-me o meu colega”.

Nos últimos anos da faculdade, Altoé trabalhou na Laborterápica Bristol, empresa farmacêutica norte-ame-ricana. “Tive a oportunidade de trabalhar no laboratório de pesquisas e desenvolvimento com processos e sínteses de ampicilinas semi-sintéticas e outros antibióticos”, lembrou. “Era realmente química-fina e eu me sentia realizado lidando com moleculas tão complexas e também pela felicidade de trabalhar com profissionais excelentes e aprendendo muito com toda aquela gente”. Lá eles insistiram com Altoé que ele deveria continuar estudan-do. Altoé tomou a decisão de fazer o mestrado, que ele considera uma parte marcante de sua vida profissional e pessoal. Como pensava em voltar ao interior, foi até a USP em São Carlos, mas o prazo para inscriçoes já havia se esgotado. Viu um cartaz sobre o programa de mestra-do do IME – Instituto Militar de Engenharia – Rio de Janeiro, RJ, uma instituição de grande renome e elevado nível de ensino. Depois de todos os trâmites com papéis foi convidado pela instituiçao para fazer as provas para o ingresso. Altoé passou a fazer o curso no Rio de Janeiro, como bolsista do CNPq. A maioria dos seus professores eram estrangeiros oriundos de renomadas universidades dos Estados Unidos e Europa. As turmas de estudantes eram de no máximo dez alumos. Lá ele vivenciou uma dedicação e exigências muito grandes. Fazendo uso dos laboratórios extremamente equipados do IME, sempre disponíveis, sendo que em caso de necessidade podiam também usar os equipamentos dos laboratórios da UFRJ (Instituto de Química, NPPN Nucelo de Pesquisas de Produtos Naturais e do IMA – Instituto de Macromole-culas), Altoé defendeu uma tese cujo título foi “Síntese e complexação de ionóforos neutros – Diamidas e Diésteres “, em que sintetizou 18 moléculas inéditas, as caracterizou e fez um estudo de complexação por várias técnicas. Isso foi de 1977 a 1979. Moléculas multidentadas tipo “Ésteres de Coroa” estavam em evidência em ciências na época,

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35 n O V E M B R O • d E Z E M B R O • 2011

e sua orientadora Whei-Oh Lin era especialista na área. Com possibilidades concretas de ir estudar no exterior,

Altoé preferiu ficar no Brasil e focar sua vida profissional na indústria. Altoé teve então, em 1980, “o privilégio”, como ele diz, de trabalhar na Resana, hoje Reichhold do Brasil (Mogi das Cruzes, SP), com um dos diretores, Kars-ten Orberg, que Altoé considera brilhante e à frente do seu tempo. Lá ele trabalhou com todas as resinas derivadas de formaldeído, ou seja, resinas fenólicas, melamínicas, uréicas, cresílicas, etc., assim como com agentes tackifi-cantes e uma gama ainda mais extensa de produtos com aplicações em fundição, materiais de fricção, termofixos moldados, tintas e vernizes, dentre outros. Ainda na Re-sana, Altoé trabalhou com síntese de epóxi – novolacas e também num processo de transferência de tecnologia com resinas acrílicas em emulsão. Na Resana, Altoé ficou 8 anos, tornando-se gerente de pesquisa e desenvolvimento, liderando quase 40 pessoas. Com a empresa passando por grandes mudanças, Altoé decidiu que deveria passar por uma nova experiência profissional.

Foi quando (em 1988) entrou na Dow, com possibi-lidades de uma carreira promissora e muito interessante em pesquisas e desenvolvimento. “A Dow sempre aportou recursos adequados e possui uma estrutura invejável”, disse. Na empresa, Altoé atuou em vários segmentos, entrando na área de epóxi, tendo a oportunidade de passar vários meses na Alemanha em treinamento na tecnologia de epóxi para cura ambiente. Seu primeiro projeto na Dow foi para desenvolver endurecedores de epóxi, e depois em coatings, para manutenção, indús-tria naval, etc., e também em eletrodeposição catódica. Nesses projetos, Altoé ficou 3 anos, sendo depois no final de 1991 transferido para a área de poliuretanos, inicialmente para o segmento de elastômeros. Nessa área, Altoé trabalhou com polióis para o desenvolvimento de pré-polímeros de poliuretanos, os quais são empregados como saturantes de substratos ou adesivos para fitas em embalagems flexíveis. Na área de elastômeros, teve uma atuação marcante em aplicações de adesivos e filtros no segmento automotivo. “Minha atuação como profissional é praticamente toda na área de termofixos, tendo traba-lhado pouco tempo (aproximadamente um ano) na área de termoplásticos”, afirmou Altoé.

Com atuação em PU já em sistemas elastoméricos e matérias-primas para esse mercado, Altoé começou a parte mais longa de sua carreira, nos poliuretanos rígi-dos, a partir do ano de 1994. Altoé passou então a cuidar do mercado de construção, de painéis, blocos, tanques, tubulações e refrigeração mais comercial, concentrando--se após um tempo em refrigeração doméstica, que é um segmento mais exigente. Em 1996, Altoé foi convidado pela Dow Europa, no chamado “assignment”, para fazer parte do corpo técnico da Dow na Europa. Na época, ele era gerente de tecnologia de produtos. No grupo da Europa, Altoé passou a se concentrar no segmento de refrigeração doméstica, trabalhando no IDC (International

Development Center), centro de tecnologia de poliure-tanos da Dow localizado na cidade de Meyrin-Genebra na Suíça, próximo ao famoso CERN (Centro Europeu de Pesquisas Nucleares), onde são feitos estudos nucleares no maior acelerador de partículas e de maior energia existente no mundo. “O lugar era belíssimo, maravilhoso, inesquecível, onde eu tive a oportunidade de trabalhar com pessoas de grande conhecimento”, lembrou. Lá ele ficou quase 4 anos, trabalhando um tempo atendendo o mercado, clientes de vários países, e depois no desenvol-vimento de produtos. “Tive a oportunidade de trabalhar em muitos países da Europa, da Suécia à Turquia”, disse. No começo de 2001, ele precisou voltar.

A chegada de Altoé coincidiu com uma fase de im-plementação de sistemas baseados em hidrocarbonetos que no Brasil havia começado já em 1997. Foi Altoé que no Brasil transferiu o que aprendeu na Europa e trouxe produtos que iriam contribuir bastante para a indústria nacional. “Eu fiz parte dessa transferência desses que eu chamo produtos de excelência para o Brasil, pois na Europa eu pude participar nos processos de otimi-zação desses produtos e transferir e implementar essa tecnologia, de forma a garantir processabilidade a toda prova e conferindo alta performance de espumas para os refrigeradores das indústrias nacionais”, comentou. Nessa época passaram a ser produzidos novos polióis nas plantas da Dow do Brasil e da Argentina para os novos agentes de expansão, de forma a também garantir grande robustez nos processos e custo competitivo. “Na época da implementaçaod dos hidrocarbonetos como agentes expansores, as densidades da espuma tiveram que aumen-tar, mas com o tempo evoluímos para um ponto ideal, de forma a garantir alta eficiência energética e densidades mais baixas”, lembrou. No geral, como Altoé conta, ele teve a oportunidade de participar da eliminação do CFC, da implementação do HCFC 141b e também da elimina-ção do HCFC 141b, passando por todas essas tecnologias com muito trabalho a cada nova implementação.

Centrado nessa tecnologia, Altoé tem passado os úl-timos anos utilizando seu conhecimento para promover a tecnologia do poliuretano rígido para diversos outros mercados. Um deles é o petrolífero, onde, num projeto recente, uma equipe da Dow em conjunto com uma da Petrobras fizeram simulações, por meio do software In-sufactor, da própria Dow, da utilização de espuma rígida de poliuretano rígido em tubulações sujeitas às mais diversas solicitações.

Casado e pai de 3 filhos, Altoé sente-se como um profissional privilegiado em toda sua carreira, tendo tido oportunidade de trabalhar com profissionais de elevadíssi-mo calibre por onde passou – Europa, Estados Unidos ou mesmo no Brasil. Alguns deles: Ernst Kuhn, Roy Morgan, Paul Clavel, além de Karsten. “Eles contribuíram de for-ma marcante em minha atuação no desenvolvimento de produtos e na transferência das melhores tecnologias do ramo para a indústria nacional”, finalizou.

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SEMINÁRIO

SANKO: CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS EM ESPUMAS DE PU

Eduardo Zanini, da Sanko Es-pumas (Diadema, SP), apresentou a empresa, fundada em 1975, que emprega 400 funcionários e ocupa área de 60 mil m2. Em seguida, apresentou o mercado brasileiro de PU, dividido em 5 principais seto-res: o de mobiliário (respondendo por 55% do total), eletrodomésticos (15%), transportes/automotivo (10%), calçados (8%) e construção civil (5%). Pelos dados por ele apre-

sentados, a produção de espumas pela empresa partiu de 5,5 mil toneladas em 2005 para alcançar, em projeção para 2011, pouco mais do que 20 mil toneladas, ou seja, praticamente quadruplicando.

O mercado colchoeiro brasileiro utiliza tradicionalmente o colchão com molejo, em que o estofamento responde por 38 a 58% do colchão e em que o molejo assume altura média de 15 cm. Em espumas, a Sanko está introduzindo no mercado, segundo Zanini, um novo conceito de colchão, com altura maior, similar aos de molejo e com espuma com característi-cas especiais. Uma dessas inovações é a introdução de cortes especiais (veja foto 1).

Nesse colchão, as maiores densidades da espuma são concentradas nos pontos de maior compressão pelo corpo do usuário, e os cortes funcionam para liberar o ar e ceder com o corpo em determinadas posições. Outro tipo de corte especial (veja foto 2) utiliza espuma de maior densidade nas duas faces do colchão, com cortes transversais em outros pontos.

Palestras da cerimônia do Prêmio Excelência 2011O poliuretano e plásticos em geral foram

tema das palestras que antecederam

a cerimônia do Prêmio Excelência em

Poliuretano e Composites 2011. Veja um

resumo de duas delas

Prêmio Excelência: plateia de técnicos

Foto 1 – Colchão com espuma bidensidade e cortes especiais

Foto 2 – Colchão bidensidade, com maiores densidades nas faces

Foto 3 – Colchão bidensidade, com núcleo em HR de densidade 37

Eduardo Zanini, da Sanko

Outro perfi l de colchão é o da foto 3. Nele, podem ser vistas espumas de 2 densidades (D30, HR37 e D30), em que o suave toque da espuma da superfície é contrabalançado pelo maior suporte da espuma HR de densidade um pouco maior (37).

Veja também outro perfi l de colchão na foto 4, em que as densidades são maiores e em que a espuma HR entra como uma espécie de barreira ao corpo. O colchão nesse caso dá uma impressão de maior dureza, graças à camada de espuma HR 60.

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37 n O V E M B R O • d E Z E M B R O • 2011

Por último, a Sanko apresentou ao mercado o sistema de abertura do colchão com zíper, de forma a comprovar ao cliente o que ele está levando, assim como melhorar a higienização do colchão com o passar do tempo.

FIAT: TENDÊNCIAS NO USO DOS POLÍMEROS NA INDÚSTRIA

AUTOMOTIVARepresentando a Fiat (Betim, MG),

Paulo Roberto Carvalho Coelho Filho, gerente da engenharia de materiais, mostrou um cenário à primeira vista extremamente positivo para a indústria automotiva brasileira, segundo o qual o total de veículos comercializados no país mais que dobrou em 2010 em relação a 2005 (3,5 milhões contra 1,7 milhão, crescimento de 105%) e a pro-dução desses veículos aumentou exatos 43% (3,3 milhões contra 2,3 milhões), com demanda projetada anual para

2020 de 6 milhões de veículos. Outro dado relevante é que de país exportador de veículos, o Brasil passou nos últimos anos a importá-los, sendo que de 5 veículos comercializados interna-mente 1 é feito fora do país. Salientando que a indústria automo-tiva é sujeita a uma competitividade extremamente alta que leva à fabricação de produtos diferenciados e à adoção de inovações radicais, o especialista da Fiat forneceu dados comparativos do custo de se fabricar automóveis em países como Brasil, México, China e Índia. A conclusão da comparação é só uma, qual seja, a de que no Brasil o custo de fabricação de veículos automo-tores é por volta de 60% maior que na China e Índia, e 40% superior inclusive ao do México. Isso signifi ca que as ameaças à indústria automotiva nacional são reais e extremamente fortes. Questionado quanto aos motivos dessa realidade, Coelho Filho atribuiu a diferença especialmente ao câmbio, à diferença entre os salários entre os países e a questões de legislação. Assumindo que para combater esse cenário, podem ser adotados diversos tipos de barreiras técnicas e comerciais, o especialista salientou e garantiu que para a Fiat a única forma de competir nesse cenário é inovando com conhecimento e criatividade, partindo da rea-lidade de, nas suas palavras, “não haver incentivo que sustente permanentemente a incompetência”. Segundo ele, a única saída para a Fiat é desenvolver produtos diferenciados de alto valor agregado e principalmente vendáveis, que cumpram as quatro necessidades principais da engenharia automotiva: soluções

para acidentes e lesões de trânsito, para poluição, efeito estufa e esgotamento de petróleo, para mobilidade e para conectividade e interatividade de conforto.

A participação dos polímeros nesse contexto pode ser aferida de várias formas. O gráfi co 1 mostra a porcentagem em peso do veículo do uso de polímeros em veículos Fiat italianos. Vê-se que, se na década de 70, se deu a maior infl exão percebida no uso de plásticos nos automóveis, e hoje a sua participação está pratica-mente estável. O especialista da Fiat, questionando se o futuro do automóvel é realmente o futuro do plástico, elencou quatro itens em que o plástico se destaca no uso em automóveis: na capaci-dade de absorção de impacto, na variedade de forma e aparência, na resistência química e na resistência mecânica específi ca. Em grande medida, também, os plásticos foram responsáveis pela diminuição do peso dos carros durante e após a crise do petróleo na década de 70. Mas, para complicar o panorama, Coelho Filho salientou que os outros materiais, por exemplo o aço, o alumínio e o magnésio, também passaram por avanços, de forma a elevar a resistência e reduzir cada vez mais o peso dos automóveis. Os automóveis tendem segundo o especialista da Fiat a se tornar paradoxalmente cada vez mais pesados, graças à incorporação de equipamentos de segurança e conforto.

Outro dado relevante no quesito vantagens com redução de peso é que, segundo estudos, a economia de 50 kg de peso num automóvel reduz apenas 2% o consumo de combustível. Ainda outro dado é que a redução de peso ocasiona aumento no custo fi nal do veículo, o que é obviamente uma consequência indese-jada para a indústria. Apesar da complexidade desse panorama, o especialista da Fiat vê diversas tendências envolvendo o maior uso de polímeros em automóveis, tendências essas que dizem respeito a novas resinas, novas blendas e novos composites. Duas novidades chamam a atenção nesse panorama: a nanotecnolo-gia, com novidades em tratamentos superfi ciais (plásticos que dispensam coloração e outros que ocasionam hidrorrepelência) e aditivos (sob a forma de partículas bactericidas ou reforços estruturais, no caso dos nanotubos de carbono), e a adoção de materiais verdes em termos de polímeros (de fonte renovável, como polietileno, ésteres, polióis para espumas e poliamida 11) e fi bras (para redução de densidades e substituição da fi bra de vidro), como de bagaço de cana, coco, curauá, juta, sisal, piaçava e caroá, dentre outras. Para Coelho Filho, como conclusão, a adoção de plásticos no futuro partirá de parcerias entre as montadoras, os fornecedores e os centros de pesquisa, de forma a encontrar materiais competitivos e inovadores.

Foto 4 – Colchão com HR 60 em camada externa

Paulo Roberto Coelho,da Fiat Automóveis

Porcentagens do peso dos plásticos em modelos de automóveis da Fiat italiana

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38 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

Painel Mineração 2011

No dia 4 de agosto, 52 profissionais participaram do Painel Mineração 2011, realizado em Belo Horizonte, MG. O evento teve o objetivo de

apresentar as novas tecnologias em poliuretano e outros materiais para a fabricação e manutenção de produtos, e equipamentos utilizados na mineração.Veja a seguir um resumo das palestras.

TECNOLOGIA DE TPU PARA AMBIENTES CORROSIVOS E

AGRESSIVOSA Lubrizol (Rio de Janeiro, SP) apresentou as tecnolo-

gias de TPU para ambientes corrosivos e agressivos, o TPU em relação a outros materiais de engenharia e exemplos de aplicações atuais e potenciais na indústria de mineração.

O QUE SÃO OS TPUSEm sua palestra, André Bueno, gerente técnico da Lubrizol,

discorreu que basicamente os poliuretanos termoplásticos ou

Soluções para o mercado de mineração

Tecnologia de TPU para ambientes corrosivos e agressivos, sistemas de poliuretano para

a fabricação de peças técnicas, revestimentos e montagens de peças para o mercado de

mineração foram os tópicos das apresentações da Lubrizol e BASF no Painel Mineração. Confi ra

Cerca de 52 profi ssionais participaram do evento

TPUs são copolímeros em bloco segmentados formados por unidades repetidoras contendo o funcional uretano.

O TPU pode ser fundido ou dissolvido várias vezes. Uma peça que, por qualquer motivo, não tem mais uso, ou que teve algum problema durante a fabricação, pode ser moída, e o material, fundido e remoldado, fabricando-se uma nova peça.

Os materiais são produzidos a partir da polimerização de isocianatos (MDI e TDI), polióis (éster, éter ou capro-lactonas) e extensores de cadeia (dióis de cadeia curta).

A combinação destas diferentes matérias-primas em proporções e condições de processo de polimerização di-ferentes permite a síntese de uma gama enorme de grades diferentes de TPU com grandes variações de propriedades.

A grande diferença dos TPUs para o PU termofixo, também chamado de vazado ou fundido, é que o TPU é basicamente um componente fornecido para os transforma-dores pronto para o processamento (não há reação química durante seu processamento).

Já o PU termofixo, vazado ou fundido, é normalmente composto por dois ou três componentes, dependendo do fornecedor e da utilização final. Estes componentes são misturados e vazados ou injetados no molde onde ocorre uma reação de polimerização e cura. Em algumas formu-lações, esta cura tem que ser concluída numa estufa em temperaturas relativamente altas acima de 100º C e poderá demorar até 24 horas (dependendo da espessura, da geo-metria da peça e dos requisitos finais).

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DOS TPUS

As principais características dos TPUs são excepcional resistência à abrasão, alta tenacidade, excelente flexibili-dade em baixas temperaturas, transparência (que permite a fabricação de peças com cores vivas e fosforescentes), além da possibilidade de variar propriedades em extremos

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PAINEL MINERAÇÃO 2011

distantes como, por exemplo, respirabilidade ou barreira a gases, baixo ou alto coeficiente de atrito, baixa ou alta elasticidade, baixa ou alta durezas (de 65 shore A a 85 shore D), materiais muito rígidos.

Através de operação de conpondagem pode-se adicionar uma série de aditivos para alterar ainda mais as proprie-dades dos TPUs, como os antiestáticos, absorvedores de radiação UV e cargas de fibra de vidro.

PROCESSOS DE FABRICAÇÃOOs TPUs podem ser processados utilizando diversas

tecnologias – desde as convencionais, como injeção, sopro e extrusão, como também calandragem e dissolução.

TEMPO DE CICLOO tempo de ciclo para os TPUs normalmente são abaixo

de 1 minuto e meio. Este tempo depende da espessura da peça, da geometria e de alguns outros fatores, mas normal-mente fica abaixo de 90 segundos.

Já para os PUs termofixos base MDI/poliéster, de alta temperatura de processamento, normalmente tem-se o tem-po em torno de 20 minutos (para vazamento) e é necessário uma etapa posterior de cura em estufa de até 24 horas.

Os materiais para baixas temperaturas de processamen-to normalmente têm tempos de ciclo em torno de 20 e 30 minutos, contra menos de 1 minuto e meio para o termo-plástico. Aqui fica bastante evidente que os ciclos de fa-bricação de peças em termoplásticos são bem mais baixos, que é uma grande vantagem em termos de produtividade.

EXEMPLOS DE APLICAÇÕES DO TPU NA INDÚSTRIA DE

MINERAÇÃOMundialmente, a aplicação mais conhecida de TPU no

mercado de mineração é em recobrimento de cabos elétri-cos de alto desempenho). Neste caso, o TPU normalmente não é utilizado como isolante e sim como capa externa ou jaqueta de um conjunto de fios ou cabos recobertos com outros materiais (ex. PE ou PVC).

Por que a escolha do TPU para este tipo de aplicação? O TPU é um material que possui excepcional resistência à abrasão, química e a cortes, além de alta resistência mecâ-nica e flexibilidade em baixas temperaturas (ultrapassando os requisitos mínimos de normas internacionais como ICEA e NEMA), e também disponibilidade de grades com classificação de flamabilidade V2 ou V0.

Outras aplicações importantes do TPU nessa indústria são esteiras transportadoras e telas para peneiras. O TPU oferece, principalmente, maior resistência à abrasão às esteiras transportadoras e diversas vantagens as telas para peneiras. No processo de fabricação: alta produtividade e reciclabilidade. No uso, em relação aos metais: atenuação de vibrações e de ruídos, maior durabilidade, fácil monta-gem e desmontagem, baixo peso e ausência de corrosão.

SISTEMAS DE POLIURETANO PARA A FABRICAÇÃO DE PEÇAS

TÉCNICASEm sua palestra, Sérgio Alves da Silva Júnior, represen-

tante técnico comercial da BASF (Mauá, SP) apresentou a linha Elasturan. Trata-se de um sistema termofixo, base poliéter ou éster para a fabricação de peças técnicas para a indústria de mineração.

Atualmente no mercado trabalha-se também com siste-ma base TDI com reticulação MOCA onde as condições de trabalho apresentam-se mais severas como, por exemplo, em temperatura de trabalho acima de 100º C.

A BASF trouxe para o mercado o processo Elasturan, que foi concebido para ser um processo de ótima perfor-mance e com baixo custo. O sistema foi desenvolvido para que o transformador trabalhe sob baixas temperaturas (40 a 50º C), com o intuito de obter melhor performance e baixa viscosidade dos componentes.

CARACTERÍSTICAS DO ELASTURANAs principais características do Elasturan são alto de-

sempenho, variação de durezas (de 60 shore A a 40 shore D), permitindo geometrias de moldagens complexas em conjunto com outros materiais e fácil manuseio.

Basicamente existem sistemas base poliéster, que possuem como principais características alta resistência ao rasgo e à ruptura, ótima resistência à abrasão, a óleo e a cortes. Já os sistemas base poliéter foram desenvolvidos para aplicações de grandes cargas dinâmicas e possuem, como principais características, excelente resistência aos impactos, alta resistência à hidrólise, a microorganismos e à abrasão, além de alta durabilidade.

Em agosto de 2012, o Painel Mineração acontecerá em Belo Horizonte, MG.

Este evento tem o objetivo de apresentar soluções em materiais e aplicações para os profi ssionais de projetos e manutenção de minas, de extração de minérios, empresas de benefi ciamento e siderúrgicas.

Já na quarta edição, o Painel Mineração visa apresentar tecnologias que ofereçam maior produtividade, economia e qualidade às operações da indústria de mineração.

Confi ra a cobertura completa do Painel Mineração 2011 no site www.tecnologiademateriais.com.br

2012Painel Mineração

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Informe publicitário

A exploração da cor sempre esteve presente na história da humanidade, fato este que pode ser notado pela própria história de nosso país, que teve seu ínicio marcado pela exploração do pau-brasil de onde se extraía

o corante nomeado Brazileína. Na natureza as cores fortes dos frutos aguçam a fome dos seres vivos

e chamam a atenção dos mesmos para encontrá-los no meio da floresta. O mesmo acontece na sociedade humana e consequentemente na indústria de poliuretanos, onde cores são utilizadas para diferenciar produtos e torná-los mais atrativos ao público alvo. Dentre as principais aplicações de corantes na indústria do PU estão a diferenciação de produtos na produção, mascaramento de defeitos visuais, apelo de compra e associação à marca.

Existem basicamente duas classes de corantes utilizados na indústria de poliuretanos, as tradicionais dispersões de pigmentos e os mais recentes corantes reativos.

As dispersões, como o próprio nome sugere, são formadas pela suspen-são de partículas sólidas, compostas por múltiplos cromóforos. A potência de tingimento de cada dispersão depende da quantidade, do tamanho das par-tículas e da forma como as mesmas estão dispersas no meio, uma vez que a aglomeração de partículas é um fenômeno muito comum nesse tipo de corante e diminui significativamente o poder de tingimento do mesmo. O dispersante utilizado deve ser cuidadosamente escolhido para que seja compativel com a aplicação desejada.

Dentre as principais características de uma dispersão está a sua forma que pode ser um líquido viscoso ou pasta, sua solidez à luz, o fato de manchar qual-quer superfície que entre em contato e a possível presença de metais pesados.

O mercado de poliuretano foi dominado pelas dispersões até o ano de 1980 quando a Milliken desenvolveu, em seu centro de pesquisas, localizado em Spartanburg, na Carolina do Sul, a tecnologia de corantes reativos deno-minada Reactint®, que em poucos anos se tornaria a tecnologia de corantes para poliuretanos mais utilizada no mundo.

O segredo da tecnologia consiste em ligar quimicamente um determinado cromóforo à cadeia de um poliol. O polímero formado é um líquido homogêneo, de baixa viscosidade e com características únicas tais como altíssimo poder de tingimento, cores vibrantes, total compatibilidade com polióis e infinitas possibilidades de cores e tons a partir de apenas 6 cores primárias.

A Milliken oferece para seus clientes diversos sistemas de dosagem de-senvolvidos especificamente para cada tipo de sistema produtivo.

Vale a pena notar que a característica genuinamente líquida do corante facilita a dosagem do mesmo e, ao contrário das dispersões, elimina qualquer forma de abrasão aos equipamentos de dosagem. Isso resulta em maior vida para os equipamentos e eliminação de paradas frequentes para restauração e desentupimento de tubos e bombas.

Bruno Motta, gerente de contas da Milliken Brasil comentou que: “A natu-reza reati va dos corantes faz com que os mesmos não migrem e não afetem as propriedades do polímero mesmo quando utilizados a altas concentrações. A ausência total de metais pesados nessa classe de corantes também reduz o surgimento de “scorching”, conhecido como amarelamento térmico que pode ocorrer durante o processo de formação do polímero.”

Ele ainda acrescentou “os corantes reativos, ao contrário do que se espera de um produto de alto desempenho, por muitas vezes não elevam os custos do produto final, pois por serem muito mais potentes chegam a ser utilizados em quantidades até 10 vezes menores que as dispersões convencionais”.

Reactint® X Dispersão

Corantes reativos, você ainda irá usá-los

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CromóforoSegmento

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Sistema de dosificação para processo descontínuo

Sistema de dosificação para processo contínuo

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42 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

IMPERMEABILIZAÇÃO

CASE 1 – PISCINA RESIDENCIAL – SÃO PAULO, SP

ções impostas às estruturas pelos esforços e deformações, os temidos arremates em tubulações de diferentes materiais, os acessórios cada vez mais presentes e o surgimento dos visores.

Excepcional pelos detalhes construtivos e por suas dimen-sões (comprimento de 50 m, largura de 6 m e profundidade de 1,60 m), a piscina possui noventa e seis luminárias, um espelho de fundo em toda a extensão da raia central e dois amplos viso-res (6 m x 1 m e 2,5 m x 1 m) destinados à iluminação da sauna adjacente. A circulação e a aspiração da água são realizadas por cinquenta e quatro tubos emergentes e oito ralos de fundo.

A empresa Aquaproof Impermeabilizações (São Paulo, SP) projeta e executa a impermeabilização dessa obra de enorme responsabilidade, integralmente realizada com a membrana de poliuretano Masterpur VD. Sua excelente aderência sobre diferentes substratos permitiu a execução dos arremates dire-tamente sobre acessórios, caixilhos e tubulações.

O produto conferiu versatilidade e a agilidade, proporcionan-do rapidez na execução da impermeabilização. Após a preparação e a limpeza da área, o serviço foi concluído em apenas cinco dias – incluindo a aspersão fi nal de pó quartzo, que permite a aplica-ção do revestimento diretamente sobre a membrana, e elimina a efl orescência e os danos causados pelo carregamento oriundo da argamassa de proteção presente em outros sistemas.

Praticidade, efi ciência e inovação

Conheça alguns interessantes cases de impermeabilização realizados pela Masterpol

(Guarulhos, SP) com o Masterpur VD, uma membrana de poliuretano para

impermeabilização, com moldagem in loco, isenta de voláteis ou solventes, cujas

propriedades fi nais atendem os requisitos da NBR 15487:2007

IMPERMEABILIZAÇÃO

Impermeabilizante de PU supera desafi os

Esta imponente piscina residencial, localizada em bairro nobre de São Paulo (SP), sintetiza muitos dos signifi cativos desafi os presentes na impermeabilização de piscinas elevadas de grandes dimensões como, por exemplo, as difíceis condi-

Impermeabilização de ETA e ETE. ETA tem capacidade para tratamento de água de 15 mil l/min

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43 n O V E M B R O • d E Z E M B R O • 2011

IMPERMEABILIZAÇÃO

Impermeabilização de ETA e ETE. ETA tem capacidade para tratamento de água de 15 mil l/min

CASE 2 – ETA E ETE DE MOGI DAS CRUZES, SP

Outra aplicação deu-se nas ETA – Estação de Tratamento de Água e ETE – Estação de Tratamento de Esgoto de Mogi das Cruzes, cujas construções fi caram a cargo do Mogi-Sanear, composto pelas construtoras OAS e EIT.

A empresa Nova Impercon (Mogi das Cruzes, SP) foi incumbida da impermeabilização dos reservatórios e tanques do complexo e o produto eleito para o serviço foi o Masterpur VD. Os trabalhos abrangeram uma área de cerca de 23 mil m2.

A execução do serviço de impermeabilização envolveu não apenas a ampliação da membrana impermeável, mas também a preparação da superfície com a remoção das rebarbas de concreto, pontas de ferro, resíduos de formas de concretagem e peças de luvas de ancoragem. Incluiu também o tratamento do concreto através do reparo de falhas e fi ssuras na concre-tagem, bem como o fechamento das aberturas deixadas pelas luvas de ancoragem.

CASE 3 – USINA HIDRELÉTRICA BAGUARI, MG, E COMPLEXO

ENERGÉTICO CAÇU/BARRA DOS COQUEIROS, GO

A impermeabilização da laje dos transformadores e poço de drenagem de água e óleo da Usina Hidrelétrica Baguari foi a aplicação pioneira da membrana de poliuretano Masterpur VD no setor de geração de energia elétrica. Localizada em Governador Valadares, MG, e propriedade do Consórcio UHE Baguari, constituído pelas empresas Neoenergia, Cemig e Furnas, a usina – cuja obra civil esteve a cargo da Construtora Norberto Odebrecht – foi inaugurada em outubro de 2009, en-trando em plena operação em janeiro de 2010. Coube à Engevix

IMPERMEABILIZAÇÃO

Membrana de PU suporta carga mecânica e apresenta resistência química

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44 PO L I U R E T A N O - TECNOLOGIA & APLICAÇÕES

IMPERMEABILIZAÇÃO

Engenharia (Barueri, SP), responsável pelo projeto executivo, a escolha do impermeabilizante para aplicação nessa área crítica, na qual o produto selecionado necessita suportar tanto a carga mecânica – representada pelos quatro transformadores – como resistir quimicamente a eventuais vazamentos acidentais do óleo utilizado nesses equipamentos.

Os excelentes resultados obtidos em Baguari motivaram a Engevix Engenharia a recomendar, no projeto executivo, a ampliação do número de áreas impermeabilizadas com Masterpur VD no Complexo Energético Caçu e Barra dos Coqueiros, localizadas respectivamente em Caçu e Cachoeira Alta – GO (o complexo pertence à Gerdau Aços Longos). A construção civil foi confi ada ao Consórcio TBC – Rio Claro, formado pelas empresas Cesbe e Toniolo, Busnello. Além das lajes dos transformadores e poços de drenagem de água e óleo, em ambas as usinas a membrana de poliuretano Masterpur VD foi utilizada também na impermeabilização das lajes das salas dos grupos geradores diesel, lajes dos edifícios de controle, lajes das cabines centrais de óleo dinâmicas dos vertedouros, reservatórios de água potável e tanques separadores de água e óleo. O produto foi utilizado ainda na sala do grupo gerador diesel (UHE Caçu), na laje da central de ventilação e no piso da subestação (UHE Barra dos Coqueiros). A aplicação da membrana nessas três UHEs foi executada pela Impermavi – Serviços Técnicos de Impermeabilização (Contagem, MG).

CASE 4 – SOCIEDADE HARMONIA DE TÊNIS – SÃO PAULO, SP

A Sociedade Harmonia de Tênis, um dos mais tradicionais clubes de São Paulo e contemporâneo ao desenvolvimento do bairro do Jardim América, no qual está localizado, tem na sua sede social um dos mais belos exemplares da arquitetura moderna brasileira. Projetada pelos arquitetos Fabio Penteado, Alfredo Paesani e Teru Tamaki, a obra foi concluída em 1970 e tombada pelo Condephaat, anos mais tarde, como monumento de interesse cultural arquitetônico.

Sua cobertura em laje nervurada está repleta de domus que permitem a iluminação natural e, seguindo o projeto original, deveriam contar com uma lâmina de água permanente para proporcionar maior conforto térmico ao interior do prédio. Ao longo do tempo, entretanto, infi ltrações e vazamentos desafi aram sucessivas administrações. Além dos transtornos causados aos frequentadores da sede, havia ameaça de corrosão da armadura e de danos à estrutura da construção. Mesmo após a eliminação da lâmina de água – característica marcante do projeto original – a impermeabilização da laje permaneceu um problema crônico, especialmente na época das chuvas.

Em 2007, a diretoria da Sociedade Harmonia de Tênis decidiu reconstruir integralmente a camada impermeável da laje e devolver-lhe a lâmina de água. Durante aproximadamen-te seis meses, foram acompanhados os efeitos da aplicação experimental de uma membrana de poliuretano sobre um dos trechos mais críticos da laje e, diante dos excelentes resultados, o produto Masterpur VD foi eleito para o serviço. A empresa Aquaproof Impermeabilizações (São Paulo, SP) foi selecio-nada para projetar e executar a obra.

O produto atendeu integralmente às demandas de uma

situação particularmente crítica sob diversos aspectos, uma vez que o sistema de impermeabilização escolhido deveria não só responder às solicitações da estrutura, mas também ter resistência às intempéries e ser de rápida aplicação. Além disso, os frequentadores do Harmonia não deveriam sofrer o incômodo da presença de voláteis ou solventes, pois a obra seria executada, como de fato ocorreu, com o pleno funcionamento do clube.

A reconstituição da impermeabilização, que compreendeu a demolição e remoção de sistemas anteriormente aplicados, regularização da laje, aplicação do impermeabilizante em área de aproximadamente 1770 m2 com subsequente aspersão de pó de quartzo para acabamento fi nal e implantação de sistema de tratamento da lâmina de água (aproximadamente 120 mil litros), teve duração de quatro meses.

Produto com resistência às intempéries e de rápida aplicação

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VENCEDORES DO POLYURETHANE INNOVATION AWARD 2011

A Albemarle Corporation (EUA) e a Line-X Protective Coatings (Inglaterra) foram as vencedoras do Polyurethane Innovation Award 2011, premiação conferida pelo Center for the Polyurethane Industry (CPI), com o produto Etha-cure 90, utilizado em uma nova tecnologia de revestimento spray de coloração estável. Esta premiação ocorreu durante a CPI 2011 (em setembro, nos Estados Unidos).

Segundo os especialistas da Albermale, o uso comercial dos revestimentos elastoméricos de poliureia tem crescido rapidamente (como exemplo, cita-se a ferrovia Shanghai--Beijing). A tecnologia, entretanto, tem sofrido com a perda de cor/estabilidade UV devido ao conteúdo aromático dos revestimentos. O revestimento premiado utiliza uma nova tecnologia de poliureia totalmente alifática baseada no Ethacure 90, da Albermale, que elimina esta limitação, oferecendo revestimentos de cores estáveis, abrindo uma extensa gama de aplicações comerciais. O produto não requer topcoat adicional. Esta tecnologia proporciona rá-pido retorno ao trabalho e é amigável ao meio ambiente, gerando VOCs (compostos orgânicos voláteis) mínimos.

BAULE NA MUOVI PLASTICS 2011

A Baule (França) expôs seus produtos na Muovi Plastics 2011, em novembro, na Finlândia. Junto com seu distri-buidor da Escandinávia e Finlândia, a Waldec, a empresa apresentou suas tecnologias para a indústria plástica em geral. A exposição reuniu os profissionais da indústria do plástico do Golfo, com um total de 4250 visitantes. A exposição é trienal.

FORTE EXPANSÃO DA BAYER NA ÁSIA

Expansão na Ásia. Estes são os planos do Grupo Bayer, que planeja expandir ainda mais sua produção, rede de distribuição e atividades de pesquisa na Ásia e aumentar consideravelmente suas vendas na região nos pró-ximos anos. “Nosso objetivo é obter um aumento de mais de 60% em nossas vendas na Ásia até 2015”, afirmou o presidente do Conselho de Administração,

Marijn Dekkers, na coletiva de imprensa internacional da Bayer “Perspective on Growth in Asia” (“Perspectivas de Crescimento na Ásia”), realizada em Xangai, China. Isto

representa vendas anuais de mais de 11 bilhões de euros até 2015. Deste valor, a Grande China deve contabilizar cerca de 6 bilhões de euros. Dekkers oficialmente inaugurou uma nova unidade de produção de TDI – matéria-prima para a produção de espumas flexíveis – na Unidade Integrada da Bayer em Xangai.

Dekkers detalhou as perspectivas da empresa nos países emergentes da Ásia e afirmou que o Grupo Bayer já conduz uma proporção significativa de seus negócios na Ásia. Vinte anos atrás, a Ásia representava cerca de 10% das vendas, o equivalente a pouco mais de 2 bilhões de euros. Dez anos atrás, a proporção cresceu para cerca de 15% e, no ano passado, a região já representava cerca de 20% das vendas. Na região asiática, a Bayer alcançou um total de 6,9 bilhões de euros em vendas em 2010, incluindo 2,9 bilhões de euros na Grande China. “Realizamos investimentos de 3,4 bilhões de euros na Ásia nos últimos 10 anos, criando uma base para superar o crescimento do mercado nesta região”, disse Dekkers.

Todos os países asiáticos devem desempenhar um papel na realização do aumento de vendas para 2015. Além da China, isso se aplica especialmente à Índia, onde as vendas devem crescer de pouco mais de 0,5 bilhões de euros no ano passado para cerca de 1 bilhão de euros. As vendas no Japão devem subir de pouco menos de 2 bilhões de euros para cerca de 2,4 bilhões de euros. Para atingir seus objetivos, a Bayer planeja melhorar a disponibilidade de seus produtos na Ásia. “Já operamos com grandes unidades de produção aqui e planejamos continuar em expansão no futuro”, afirmou Dekkers. Ele disse que a Bayer continuará a expandir sua rede de distribuição para também servir aos subcentros e às áreas rurais.

O mercado chinês é de considerável importância para os negócios da MaterialScience. Por exemplo, a China é o maior mercado do mundo para a indústria da construção, automóveis e veículos ferroviários, para a indústria elétrica e eletrônica e para a produção de calçados. Essas indústrias estão entre os principais clientes da Bayer MaterialScien-ce. No ano passado, a Bayer MaterialScience obteve um faturamento 1,8 bilhões de euros (16,3 bilhões de yuan) na Grande China.

A nova unidade de TDI tem capacidade prevista de 250 mil toneladas por ano. A unidade baseia-se em uma nova tecnologia de processo que reduz o uso de solventes em cerca de 80% em comparação com unidades de dimensão semelhante que utilizam o processo convencional. Ela também reduz o consumo de energia em até 60%. O uso desta tecnologia também permite uma economia substancial nos custos operacionais e uma redução de cerca de 60 mil toneladas por ano em emissões de gás carbônico. Além disso, a nova tecnologia reduz os custos de investimento para unidades de grade escala deste tipo em cerca de 20%.

“Estamos operando no Shanghai Chemical Industry Park há dez anos”, disse o CEO da Bayer. A Bayer Mate-rialScience investiu 2,1 bilhões de euros em unidades de produção para todos os principais produtos neste site. A empresa planeja seguir esta primeira fase de investimento com uma segunda fase. A Bayer planeja investir mais 1 bilhão de euros para expandir sua capacidade de MDI

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para cerca de 1 milhão de toneladas por ano, aumentar sua capacidade de policarbonato para 500 mil toneladas por ano e construir uma nova linha de HDI que elevará a capacidade anual de 50 mil toneladas. “Estas são despesas de capital consideráveis, envolvendo expansões de capaci-dade significativas. É evidente que utilizamos a tecnologia mais recente em nossas instalações”, salientou Dekkers.

DESENVOLVIMENTOS DA BASF EM LFI (INJEÇÃO DE FIBRA

LONGA)Desde 2006, a BASF trabalha no desenvolvimento de

tecnologia para componentes de veículo LFI em ônibus, caminhões, máquinas para fins especiais e carros. A BASF Ásia-Pacífico está comemorando o sucesso de aplicação desta tecnologia também na China. Entre seus clientes importantes está a Yangzi Motor Decoration Company. A injeção de fibra longa (LFI) é usada neste mercado para reforçar com fibras de vidro longas as partes de PU leves e resistentes – a base do painel de instrumentos dos novos ônibus Scania, por exemplo.

O PU reforçado com fibras longas vem com uma série de vantagens significativas como novas dimensões de de-sign para peças internas ou externas. Ao modificar vários parâmetros da máquina é possível até mesmo alterar as características mecânicas do material em alguns casos. Com o auxílio de vários materiais decorativos (PVC, TPO, ASA/PC, entre outros) é possível adaptar a superfície para a aplicação em questão. Isto significa uma economia signi-ficativa de dinheiro e tempo – em primeiro lugar, através da utilização de filamentos de fibra de vidro de baixo custo, com redução do desperdício, graças à distribuição automa-tizada pela automação. Em segundo lugar, os componentes individuais já não têm de ser produzidos em um processo manual de laminação, o que é trabalhoso. Agora tudo o que é necessário é um ciclo de trabalho único, mesmo para os

componentes com su-perfícies muito exten-sas. Para este fim, uma folha termoplástica já termoformada é colo-cada no molde, e o po-liuretano – neste caso Elastoflex E – e fibras de vidro finamente picadas são colocadas no topo. Em seguida, o molde é fechado, o material cura, reforços de metal e fixadores são equipados para o interior, e o compo-nente Scania novo está finalizado.

MILLIKEN ADQUIRE A SIVANCEEm outubro deste ano, a Milliken adquiriu a SiVance

(EUA), uma empresa de silano, silicone e intermediários, com o objetivo de complementar seu portfólio de quími-cos de performance especial. “A aquisição da SiVance dá à Milliken novas capacidades técnicas e de inovação, e permitirá o fornecimento de produtos adicionais”, disse John Rekers, presidente da divisão química da empresa.

AVANÇOS EM RETARDANTES DE CHAMA

Um grande avanço nas pesquisas sobre re-tardantes à chama foi obtido com o trabalho conjunto da Albermale (EUA), a Louisiana Sta-te University e o Center for Advanced Micros-tructures and Devices (CAMD). Foram cria-dos novos métodos que aumentam a visualização 3D dos retardantes de chama e componentes sinérgicos, através do uso da tomografia computadorizada. Esta pesquisa mostra que é possível visualizar aditivos poliméricos de grande importância em 3D sem danificar o polímero ou a amostra de teste.Os retardantes de chama com bromo e os sinérgicos são importantes aditivos poliméricos para a segurança contra o fogo. A crescente demanda para este tipo de segurança, a diminuição do custo dos insumos e a química mais verde nos produtos de consumo vêm requerendo extensa pesquisa com foco na criação de retardantes de chama mais verdes e eficientes. A dispersão de aditivos em matrizes poliméri-cas é crítica em relação à eficiência e uso. As ferramentas espectroscópicas e métodos matemáticos desenvolvidos permitem que os pesquisadores estudem tanto a dispersão dos materiais com bromo e seus sinérgicos, como o desen-volvimento de blendas mais verdes e eficientes.

SPFA CONVENTION & EXPO 2012

A Spray Polyurethane Foam Alliance (SPFA) organi-zará a SPFA Convention & Expo 2012, que ocorrerá de 30 de janeiro a 2 de fevereiro em Dallas, Texas, EUA. Um dos destaques do evento é o curso de acreditação, cujo programa consiste de uma série de treinamentos, exames e requerimentos relacionados à experiência profissional. Trata-se de uma conquista pessoal que demonstra conhe-cimento do material e dedicação à indústria.

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INOVAÇÕES NA UTECH EUROPEA Utech Europe acontecerá de 17 a 19 de abril de 2012, no

Maastricht Exhibition and Congress Centre, em Maastricht, na Holanda. Serão três dias de inovações técnicas, de legislação e comerciais.

A abertura das palestras será conduzida por Ding Jiansheng, presidente da Yantai Wanhua Polyurethanes (China), que inclui-rá uma sessão focada na celebração de 75 anos da invenção da química dos poliuretanos, datada da patente inicial de Otto Bayer em 1937. Seis palestras focarão a história da indústria e apontarão perspectivas futuras. Especialistas discutirão o desenvolvimento das matérias-primas e equipamentos-chaves utilizados.

Outras palestras abordarão o andamento dos mercados globais (incluindo uma análise especial do desenvolvimento da indústria de poliuretano na Indonésia), inovações tecnológicas, avanços na química verde, matérias-primas de fontes renováveis, desenvol-vimentos técnicos fundamentais para o uso dos poliuretanos para espumas rígidas e fl exíveis e CASE (revestimentos, adesivos, selantes e elastômeros), e avanços científi cos para a fabricação de produtos base PU.

Além da programação técnica, haverá sessões criadas pela ISOPA (Associação Europeia de Produtores de Polióis e Diiso-cianatos) e pela Associação Europeia de Desenvolvimento da Poliureia, que falarão de questões de segurança, saúde e meio ambiente, além de detalhes da legislação dos EUA e seu impacto na indústria.

57,6 MW EM DOIS PARQUES EÓLICOS NO MARANHÃO

A Bioenergy comercializou, em dezembro de 2011, 57,6 megawatts (MW) no Leilão A-5, com dois parques localizados no Maranhão, os dois primeiros projetos eólicos do Estado. A empresa há quatro anos investe na localização de áreas na região e na medição de ventos.

Na semana anterior, a empresa negociou outros 56,7 MW em leilão próprio destinado ao Ambiente de Comercialização Livre (ACL). Isso, somado aos certames anteriores, LER 2010 e 2011, faz a empresa ter com um total de 230,4 MW em projetos, com um volume de investimentos de cerca de R$ 900 milhões.

A Bioenergy cadastrou na Empresa de Pesquisa Energética (EPE) 24 projetos de usinas eólicas no estado do Maranhão para participar de Leilão A-3 programado para o próximo dia 22 de março. Os parques acumulam 691,2 megawatts (MW) de potência instalada.

A Bioenergy conta atualmente com 28,8 MW em operação. No total, a empresa soma projetos de mais de 1,5mil MW de potência instalada.

PU CHINA 2012A PU China 2012 acontecerá de 18 a 20 de setembro,

no Shenzhen Convention & Exhibition Center, com o objetivo de reunir as principais lideranças da indústria de poliuretano na Ásia.

HENKEL LANÇA NOVO ADESIVO PARA APLICAÇÕES EM

ENERGIA EÓLICA

A Henkel introduziu um novo adesivo de poliuretano no mercado, desenvolvido para prevenir a propagação de trincas em pás eólicas e proporcionar integridade estrutural a longo prazo nos componentes das turbinas.

De acordo com a Henkel, o Macroplast UK 1340 é o primeiro adesivo de poliuretano a ser aprovado pelo Ger-manischer Lloyd (GL). Os requisitos do GL relacionam-se primeiramente com a resistência ao cisalhamento sob tensão, à resistência ao envelhecimento, ao comportamento de desli-zamento e à temperatura de transição vítrea.

O Macroplast UK 1340 demonstrou uma resistência ao cisalhamento sob tensão superior a 20 MPa sob de -40o C a 80o C e um Tg igual ou superior a 65o C. O adesivo de-monstrou resistência a fadiga dinâmica, o que permite às pás eólicas lidar com defl exão, cargas dinâmicas e tensão na linha de adesivagem, reduzindo o risco de trincas sob pressão, de acordo com a Henkel.

Em acréscimo à adesivagem de pás, o novo adesivo de poliuretano bicomponente tem também sido usado em outras aplicações de adesivagem estrutural em turbinas eólicas, in-clusive componentes adesivados no rotor da pá e na escada para montagem da torre.

LUBRIZOL ADQUIRE MERQUINSAA Lubrizol anunciou a completa compra da Merquinta.

A aquisição da empresa, uma das lídres em poliuretanos ter-moplásticos (TPUs) de especialidade, servirá para expandir os negócios dos polímeros de engenharia da Lubrizol, for-talecendo o atendimento das necessidades de seus clientes globais. A transação foi anunciada em novembro de 2011.

Com o fechamento da transação, todos os produtos Merquinsa foram integrados ao negócio de polímeros de en-genharia da Lubrizol. Algumas linhas comerciais globais da Merquinsa são Pearlstick, Pearlthane, Pearlbond e Pearlcoat, assim como a linha ECO de produtos de TPU de origem renovável.

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aditivoS e produtoS para tintaS e verniZeS

A M.Cassab (São Paulo, SP) destacou os produtos de sua parceira Samsug Chemical, com a distribuição exclusiva do HEC (hidroxietilcelulose), a partir de 2012. O HEC é um polímero de celulose usado como um aditivo em grande variedade base água de consumo e produtos industriais, sendo utilizado como espessante não-iônico, modificador de reologia em tintas base água. O produto é facilmente disperso em água fria ou quente para dar soluções de viscosidades.

A empresa mostrou a sua linha de aditivos e produtos para o mercado de tintas e vernizes composta por solven-tes, coalescentes, pigmentos orgânicos, dióxido de titânio, isocianatos alifáticos, caprolactonas, intermediário para resinas, aditivos antiespumantes, dispersantes, nivelantes e espessantes. Além de toda linha completa, a empresa marcou presença por meio de grandes parcerias com os fornecedores Oxiteno, DuPont, BASF, Eastman, Evonik, Invista, Perstorp e Lanxess.

“Foi uma oportunidade única, que permitiu mostrar nossas inovações em produtos e parcerias, e estreitar o relacionamento com os clientes e prospects”, destacou Paulo Amorim, diretor comercial das divisões químicas da M.Cassab.

SoluÇÕeS para a proteÇÃo de tintaS

A Lanxess (São Paulo, SP) mostrou suas recentes soluções para proteção e preservação de tintas.

Os produtos e soluções, que atuam contra a infestação de materiais de construção por fungos, algas, bactérias e insetos, são customizados para os clientes de indústrias de tintas, revestimentos, madeiras e setor de construção, de acordo com as exigências técnicas e reguladoras do mercado, bem como tecnologia de ponta e atestados de toxicidade e ecotoxicidade.

Os grandes destaques foram a linha de biocidas, desenvolvida para a preservação de revestimentos e em-balagens (In-can) de produtos à base água e, também, a linha de fungicidas e algicidas, que protegem o filme seco de infestação e são aplicados em revestimentos. Há ainda os inseticidas e fungicidas para madeira, aplicáveis em revestimento à base água e solvente, compostos de madeira e preservação industrial.

Um dos lançamentos apresentados pela empresa foram as linhas de fungicidas e algicidas Sporgard, usadas para a proteção do filme seco. O produto é indicado para a indús-tria da construção, que combate todos os tipos de fungos internos e possui elevados padrões industriais.

produtoS baSe ÁguaA Bayer MaterialScience (São Paulo, SP) e a divisão de

materiais inovadores do Grupo Bayer apresentaram sua linha de matérias-primas desenvolvidas para aplicações em revesti-mentos, adesivos e selantes, que reúnem alto desempenho, du-rabilidade sob condições severas e respeito ao meio ambiente.

“As nossas soluções atendem às atuais necessidades do mercado com excelentes propriedades produtivas e de resistência química, comparáveis aos tradicionais sistemas à base de solventes, embora sejam mais sustentáveis,” enfatizou Alberto Hassessian, gerente da unidade de ne-

Inovação e sustentabilidade

Confi ra os destaques apresentados durante o 12º Abrafati – Congresso Internacional

de Tintas e Exposição Internacional de Fornecedores para Tintas, que ocorreu nos

dias 21 e 23 de novembro, no Transamérica Expo Center, em São Paulo, SP

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gócios CAS (adesivos, selantes e produtos especiais) para a América Latina da Bayer MaterialScience.

Uma das tecnologias introduzidas foi a Bayhydrol, linha de dispersantes poliacrílicos (PAC) e dispersantes de poliuretano (PUD) à base água que, quando combinados aos agentes de reticulação de poliisocianato hidrolizado da Bayhydur para a formulação de dois componentes base água para sistemas de revestimento, proporcionam vantagens ecológicas e um excelente desempenho para o revestimento final.

Outros produtos proeminentes são as linhas Desmophen NH e Desmodur N, de polímeros, usados para a fabricação de revestimentos poliaspárticos de alta produtividade. De-vido à baixa viscosidade dessas matérias-primas, é possível formular revestimentos com alto conteúdo de sólidos ou até mesmo zero VOC. Os poliaspárticos permitem aplicar películas de até 400 micrometros em uma única fase, e podem ser usados para prover proteção contra corrosão, especialmente no segmento industrial e de construção civil. São aplicações que requerem revestimentos de alta pressão, permitindo uma redução no número de demãos na aplicação. Além disso, a alta velocidade de cura é mais uma atração dessa tecnologia, aumentando a sua produtividade.

Na área de adesivos, a Bayer MaterialScience mostrou as linhas Dispercoll C, de dispersantes de policloropeno base água, para adesivos de contato e a linha Dispercoll U, de dispersantes de poliuretano para adesivos ativados pelo calor, que proporcionam excelentes propriedades de resistência ao calor.

SoluÇÕeS inovadoraS e SuStentÁveiS

A Dow (São Paulo, SP) lançou, para uso no segmento arquitetônico de tintas, a linha Evoque, tecnologia única que oferece melhor cobertura do dióxido de titânio, reduz em até 20% o uso desse mineral na formulação e mantém as propriedades da tinta. Além de reduzir o custo com a matéria-prima, essa inovação minimiza o impacto energé-tico relacionado à extração do minério.

A Dow anunciou também a comercialização da linha Oudra por meio de um novo segmento de negócios para manutenção e revestimentos protetores, dedicado ao desenvolvimento de materiais inovadores e sustentáveis para o segmento industrial. O Oudra é um conjunto de soluções de alto desempenho que oferece durabilidade aos revestimentos industriais, mesmo nas condições mais extremas, e possibilitará que os formuladores explorarem novas possibilidades.

A empresa também destacou as novidades em tintas verdes e as soluções base água.

Seguindo o conceito sustentável, a unidade negócio de construção da Dow apresentou as inovações em soluções para revestimentos de telhados que oferecem maior resis-tência às intempéries e, consequentemente, durabilidade.

A Dow lançou, no Brasil, a linha Walocel MKW, linha desenvolvida para uso no mercado de construção civil.

Trata-se de uma tecnologia diferenciada para argamassas de revestimento desenvolvida a partir de éteres de celulose que apresenta excelente desempenho, oferece maior facilidade na aplicação e nivelamento da argamassa, resistência às altas temperaturas e ar incorporado estabilizado, permitin-do uma argamassa mais leve e tempo de pega otimizado.

A Dow Microbial Control também apresentou a tec-nologia Bio-Pruf que, ao ser aplicada em tintas e resinas, controla o surgimento de bactérias, fungos e algas em superfícies pintadas tais como paredes, pisos e telhados. O Bio-Pruf oferece controle microbiológico efetivo, protege e evita a degradação prematura de ambientes, além de aumentar a performance dos produtos.

SolventeS oXigenadoS de fonteS renovÁveiS e aditivoS eco-friendlY

para tintaS baSe ÁguaA Rhodia, empresa do grupo Solvay (São Paulo, SP),

apresentou seu amplo portfólio de produtos, tecnologias e serviços na área de soluções sustentáveis para o setor de tintas e vernizes, dando atenção especial aos solventes oxigenados oriundos de fontes renováveis e os aditivos eco-friendly para tintas base água.

Na área de solventes oxigenados, um dos destaques foi o Rhodia Augeo SL 191, derivado da glicerina, para tintas e vernizes empregados em pintura automotiva e repintura, tintas industriais, madeira e couro. O Rhodia Augeo SL 191 é um solvente de lenta evaporação e baixo VOC (composto orgânico volátil), que agrega propriedades técnicas capa-zes de oferecer maior produtividade e menor consumo no processo de fabricação de tintas e vernizes.

A empresa divulgou seu portfólio de tecnologias e produtos para os mercados de aditivos para tintas, com destaque para as soluções eco-friendly. Entre os produtos oferecidos pela empresa destacaram-se as soluções para polimerização (estabilizadores de emulsões/dispersões, monômeros especiais e antiespumantes).

SoluÇÕeS para tintaS de alta performance

A Lubrizol Corporation apresentou diversas soluções para tintas de alta performance, com foco em soluções sustentáveis para o futuro da indústria.

Dentre os destaques estão as linhas Hiperdispersantes Solsperse, dispersão eficiente de pigmentos para tintas au-tomotivas, OEM metal industrial e tintas para artes gráficas;emulsões de cloreto de polivinilideno e emulsões acrílicas Carboset, tintas resistentes à corrosão para OEM metal in-dustrial; dispersões uretânicas Turboset, para aplicação em pisos esportivos e outros acabamentos em pisos comerciais e residenciais de alta qualidade.

A linha Turboset Ultra Pro emprega tecnologia de última geração em acabamentos para pisos esportivos, acabamentos em pisos comerciais e residenciais de alta qualidade. Trata-se

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de uma dispersão aquosa poliuretânica autorreticulante, que elimina a necessidade de um reticulante externo e proporciona um desempenho comparável aos sistemas bi--componentes aquosos existente no mercado.

SílicaS e aluminaS pirogênicaSA Cabot (São Paulo, SP) destacou sua linha de sílicas

pirogênicas CAB-O-SIL que, por se tratar de um agente reológico, são usadas em todos os tipos de tintas líquidas, em pó, gráficas, adesivos, compostos, alimentos e cos-méticos, proporcionando melhor estabilidade reológica, como tixotropia, anti-sedimentação de pigmentos e car-gas, melhor fluidez, aumento das propriedades mecânicas (reforço), melhorias nas propriedades coesivas e adesivas, maior controle durante a cura e armazenagem, e menor tempo de incorporação e dispersão. Esta linha pode ser adaptada em várias formulações.

Outro produto de destaque foi a linha SpectrAL, de alumina pirogênica. O produto oferece maior resistência à abrasão, melhor adesão e brilho em alguns compostos, além da propriedade de agente protetivo, fosqueante e de fluidez para sistemas de tintas em pó.

A empresa mostrou, também, a linha de negros de fumos especiais, com pigmentos de vários tamanhos de partículas e estrutura, graus tratados, condutivos e com aprovação FDA da linha Monarch, BP, Regal, Mogul, Elftex, linha Vulcan, além da linha Emperor, patenteada pela empresa e desen-

volvida para atender as aplicações nas quais alto poder de tingimento, subtom azulado e fácil dispersão são requeridos como na indústria automotiva, com total compatibilidade com sistemas base água e base solvente.

novoS produtoS e inveStimentoS na abrafati

A Perstorp (São Pau-lo, SP) apresentou no 12º Congresso Interna-cional de Tintas e 12ª Exposição Internacional de Fornecedores para Tintas, as linhas de re-vestimentos e formula-dores de adesivos.

Os grandes destaques foram a linha Charmor, que oferece melhores formuladores de revestimentos intu-mescentes da categoria para a proteção de pessoas e bens e a linha de capa poliprolactonas, que permitem PUDs livres de solvente com alta flexibilidade e resistência.

A empresa mostrou, também, a linha Esaqua XL 600, de poliisocianato de fácil dispersibilidade, com ótima resistência à umidade em revestimentos de PU base água e outras solu-ções para revestimentos ambientalmente amigáveis.

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