Revista Portos e Navios Ago/2013
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ESTAMOSCONSTRUINDOUM MAR DEOPORTUNIDADESNO BRASIL
Nossa empresa já nasceu forte e está crescendo com foco na competitividade global, excelência operacional e responsabilidade socioambiental. Estamos criando um estaleiro de última geração na Bahia, onde serão construídas seis sondas de perfuração para o pré-sal. No Rio de Janeiro, já estamos convertendo o casco de quatro navios VLCC em FPSO. Nossas atividades vão gerar cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos, movimentando uma extensa cadeia de fornecedores. O desafio está apenas começando. Navegue conosco. Embarque em www.eepsa.com.br
ANR_21X28cm_PARAGUACU_EEP.pdf 1 22/07/13 15:05
O Porto Sul terá invest imentos de
aproximadamente R$ 3,5 bilhões. O
terminal de uso público também mo-
vimentará óleos, combustíveis e carga
geral. O governo baiano pretende lan-
çar um edital até setembro para atrair
investimentos privados para o com-
plexo portuário. Segundo Costa, exis-
tem mais de 10 empresas interessadas
em entrar no negócio, sendo a maioria
ligada ao segmento de mineração.
A Assembleia Legislativa da Bahia
aprovou, em dezembro de 2012, a lei região. Os primeiros embarques da que regulamenta a Sociedade de Pro-
Danilo Oliveira
A
Aposta para
re tomada
Porto Sul recebe autorização e Bahia lançará edital para atrair investimentos privados para o porto público
Bahia corre atrás do prejuízo
para ganhar lugar de desta -
que entre os principais esta -
dos brasileiros com atividade
portuária. O projeto do Porto Sul, a ser
construído no município de Ilhéus, é a
esperança do governo local para alavan-
car a movimentação de granéis sólidos
e retomar o embarque de algumas car-
gas produzidas na região que migraram
para outros estados. Em junho, o gover-
no estadual assinou o contrato de con-
cessão de uma área para o terminal
de uso privativo da Bahia Mineração
(Bamin) — primeira empresa privada
a ser implantada no complexo.
A meta é movimentar até 25 mi-
lhões de toneladas de minério de fer -
ro no primeiro ano de operação do
TUP. Os portos baianos em operação
transportam cerca de 35 milhões de
toneladas/ano de carga. A área de 495
hectares autorizada servirá para o pro-
cessamento, armazenamento e em-
barque do minério de ferro extra ído
da mina Pedra de Ferro, em Caetité. A
Bamin já possui licença para extração
do minério A expectativa do governo baiano é
que as primeiras estacas do terminal
da Bamin comecem a ser instaladas no
início de 2014. Para isso, é necessário
que o projeto reúna todas as licenças
até o fnal de 2013. Entre as exigências,
os empreendedores terão que prestar
esclarecimentos ao Ministério Públi- co sobre o impacto do projeto para
A meta é movimentar até 25 milhões de toneladas de minério de ferro no primeiro ano de operação do terminal
Bamin devem começar após um ano e
meio de obras. Inicialmente devem ser
gerados em torno de 2,5 mil empregos.
Um dos objetivos desse projeto é
descentralizar investimentos e a ope-
ração de cargas, hoje concentradas
na grande Salvador, para o sul e oeste
baianos. “A criação do complexo Por-
to Sul chega para ser um eixo logístico
com a capacidade de agregar ao sul e
ao oeste baianos soluções capazes de
colocar o Brasil entre os maiores forne-
cedores de minérios e grãos do mun-
do”, diz o secretário da Indústria Naval e Portuária da Bahia, Carlos Costa. O li tora l ba iano tem em torno de
1,2 mil quilômetros de extensão. Cos-
ta destaca a localização estratégica do empreendimento, com possibilidade
de rotas para a África, Europa e Esta- dos Unidos, além da maior proximida-
de do Canal do Panamá, em compara-
ção aos portos do Sul e Sudeste.
pósito Específco (SPE) que dará base
legal ao Porto Sul. A SPE permitirá a
construção e operação do complexo
portuário. Já se sabe que a ponte de
acesso ao terminal da Bamin será cons-
truída pela própria empresa e também
servirá ao porto público que será cons-
truído ao lado do TUP da Bamin. Com
investimentos de R$ 165 milhões, a ponte
Ilhéus-Pontal será construída sobre o Rio
Cachoeira, ligando as orlas norte e sul.
A administração estadual terá par-
ticipação minoritária no Porto Sul, po-
rém com poder decisivo de voto. Costa explica que o formato pretendido pelo
governo do estado é reunir algumas empresas de médio porte, ao invés
do monopólio de poucas empresas. A postura tem como objetivo a atra -
ção de capital privado e a formação de preços competitivos. “A ideia é que
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haja uma pulverização de empresas que possam servir aos
exportadores e que possamos trazer a competitividade e o
atrativo de preços para dentro do terminal público”, detalha Costa.
O governo baiano est ima um potencia l de 10 milhões
de grãos agrícolas já produzidos no estado que podem ser
exportados pelo porto público. Costa calcula que, inicial -
mente, devem ser escoados pelo Porto Sul entre cinco e seis
milhões de toneladas de grãos agrícolas, que hoje já são produ-
zidos no estado. Atualmente, a Bahia é considerada o terceiro maior estado produtor de minério. A meta baiana é ultrapassar
Minas Gerais e se tornar o principal produtor brasileiro. O esta- do baseia-se nas prospecções em andamento.
Os trabalhos de desobstrução para navegação na Bacia do
São Francisco já duram cerca de um ano e têm apoio do Mi-
nistério dos Transportes, através do
, da Companhia
de Desenvolvimento dos vales de São Francisco e do Par -
naíba (Codevasf ) e do Banco Mundial. O projeto do Porto
Sul foi idealizado no conceito de porto-indústria. O governo
estimulará a implantação de indústrias ligadas às atividades
do porto. “Quanto mais perto estiver do recebimento dos in -
sumos e das áreas de exportação, maiores serão os ganhos”, afrma Costa.
O Porto Sul é um dos principais projetos do pacote de in-
vestimentos para portos anunciados pelo governo federal. O
Terminal de Utilização da Zona de Apoio Logístico, da SPE,
e o TUP da Bamin são os primeiros terminais privados na
Bahia autorizados pelo governo federal após a nova Lei dos
Portos (12.815/2013). Eles constam na lista dos 50 terminais
de uso privado autorizados pelo governo federal em julho.
Além da localização, os idealizadores do Porto Sul desta -
cam a possibilidade de integração com outros modais como
diferencial. O governo da Bahia vislumbra duas soluções de
intermodalidade com a revitalização do rio São Francisco e
melhorias na ferrovia Juazeiro-Salvador. Costa lembra que
o porto fuvial de Juazeiro (BA) foi revitalizado e permitirá
a integração com a hidrovia do São Francisco. Já a ferrovia
substituirá a bitola antiga.
O governo baiano espera integrar o complexo à hidrovia
do São Francisco, de Juazeiro a Bom Jesus a Lapa, conec -
tando o novo porto ao nordeste da Bahia. “Estamos traba-
lhando para integrar a hidrovia do São Francisco à ferrovia
Leste-Oeste na altura de Bom Jesus da Lapa, para entrada de
insumos e saída da produção”, adianta Costa.
Ao longo do São Francisco existem minas de ferro em
prospecção, além de bauxita e enxofre em grande quantida-
de para serem transportados por via fuvial. O projeto prevê
ainda desembarcar petróleo no Porto Sul até a divisa com Pernambuco, utilizando hidrovia. O conceito tem por base a
premissa de que não se deve transportar cargas por rodovia em trajetos maiores que 300 quilômetros.
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