Revista Ribatejo Invest / fevereiro 2016

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Fevereiro 2016 | N.º 5 + Empreendedorismo Projeto do Sítio do Empreendedor (NERSANT) vence Prémio EdP Expresso Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Benavente Carlos Coutinho Parlamento Europeu quer impulsionar startups Candidaturas abertas nas áreas de empreendedorismo, inovação e internacionalização Viver o Tejo Viagem pelas Terras Templárias Internacionalização Colômbia Empreendedorismo

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A Revista Ribatejo Invest pretende dar a conhecer o que de melhor se faz a nível empresarial na região do Ribatejo. Na edição de fevereiro, destacamos uma empresa no setor da restauração, "A Torre", bem como a capacidade empreendedora da Rodalgés e os esforços de internacionalização da Henriques & Henriques. Apresentamos ainda as oportunidades no âmbito do Portugal 2020, bem como alguns apoios da Comissão Europeia ao empreendedorismo.

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Fevereiro 2016 | N.º 5

+

Empreendedorismo

Projeto do Sítio do Empreendedor(NERSANT) vence Prémio EdP Expresso

Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Benavente Carlos Coutinho

Parlamento Europeu quer impulsionar startups

Candidaturas abertas nas áreas de empreendedorismo, inovação e internacionalização

Viver o Tejo

Viagem pelasTerras Templárias

Internacionalização

Colômbia

Empreendedorismo

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3www.nersant.pt FEVEREIRO 2016

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ÍNDICE

Fevereiro 2016 | N.º 5

FICHA TÉCNICA

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Diretora:Maria Salomé Rafael

Conselho Redatorial:Cláudia MonteiroSandra [email protected]

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6 artigo 12.º, n.º 1 a)

Publicidade:Maria João [email protected]

Propriedade:NERSANT, AE.Várzea de Mesiões - Apartado 1772354-909 Torres NovasTel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade:Mensal

Tiragem:250 exemplares

DESENVOLVIMENTO REGIONAL 04 Breves

06 Notícias das Empresas

12 Produtos / Marcas: A Torre

14 Poder Local

18 Entrevista a Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente

INFORMAÇÃO E APOIO 22 Portugal 2020

23 CLDS 3G Torres Novas

26 Tudo o que precisa saber sobre domínios

28 Ferramentas de Lean Manufacturing

29 Novo seguro obrigatório de responsabilidade civil industrial

30 Monitorização de Consumos de Energia

32 O Volkswagen Golf GTE - Primeiro híbrido plug-in com ADN do Golf GTI

VIVER O TEJO24 Terras Templárias

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO34 Notícias

38 Empreendedorismo: Rodalgés

INTERNACIONALIZAÇÃO40 Notícias

42 Empresas exportadoras: Henriques & Henriques

44 Informação de mercado: Colômbia

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O Querido Mudei a Casa Obras já está disponível no distrito de Santarém. José Castelo assinou recentemente o contrato de franchising com o Querido Mudei a Casa Obras, pelo que quem vive no Ribatejo já pode chamar os Queridos para fazer obras em casa. Ligado à construção civil há vários anos, José Castelo decidiu recentemente aderir ao Querido Mudei a Casa Obras, em virtude das mais-valias em termos de formação e marketing do Querido Mudei a Casa Obras e da prosperidade do negócio. Os orçamentos são gratuitos e podem ser solicitados através do call center (707 201 105) ou do site www.queridoobras.pt. A nível nacional a rede de franchisados Querido Mudei a Casa Obras já conta com 43 Queridos espalhados no país. Esta marca faz parte da MELOM, a rede n.º1 de obras em Portugal, representada em 67 unidades em Portugal. Em 2014, a MELOM e o QMAC-O faturaram 7,3 milhões de euros, o que se traduziu num crescimento de 33 por cento em comparação com o ano anterior. Estes valores referem-se a 2683 obras adjudicadas, mais 11 por cento do que em 2013. No ano passado foram realizadas cerca de 2000 pequenas intervenções com uma faturação correspondente de 800 mil euros. De referir que a MELOM é uma marca portuguesa especializada nas áreas da reabilitação de imóveis, que conta com uma rede de 104 franchisados espalhados por todo o território nacional, 37 dos quais associados ao Querido Mudei a Casa Obras. A MELOM é a primeira do setor a agrupar numa só insígnia várias empresas especializadas em áreas como a carpintaria, serralharia, pintura, pavimentos, canalização e vidros, entre outros serviços.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Editorial

Ribatejo Invest

Existem no Ribatejo aproximadamente 1815 empresas exportadoras, número que tem vindo a aumentar nos últimos anos. As empresas exportadoras, que representam apenas 15% do total de empresas da região, têm uma importância preponderante na

estrutura económica e social da região, assegurando emprego a cerca de 43% do número total de trabalhadores. Importa ainda salientar que destas 1815 empresas, 435 exportam mais de 50% do seu volume de negócios. O sucesso das empresas ribatejanas nos mercados externos é visível no crescimento das exportações de bens e serviços registado entre 2013 e 2014, e que se situou na ordem dos 5,6%, número mais elevado que a média nacional, que no mesmo período, se fi cou nos 1,7%.

Estes números são bastante satisfatórios e demonstram que as empresas ribatejanas estão a responder positivamente aos desafi os da economia portuguesa. Confi rmam ainda que os nossos produtos e serviços são competitivos no mercado global, tendo tido a NERSANT um importante papel nessa orientação, fruto do relacionamento de proximidade, conhecimento e apoio que dá às empresas da região nas suas estratégias de internacionalização.

Não obstante, são muitos os constrangimentos que afetam a competitividade das nossas empresas e as colocam em desvantagem face às suas congéneres europeias. Os custos de energia, a carga fi scal que continua elevadíssima, a legis-lação laboral desadequada, as difi culdades de fi nanciamento são apenas alguns dos problemas que as nossas empresas enfrentam diariamente e para os quais a NERSANT tem repetidamente chamado a atenção.

A reversão de algumas medidas que tinham sido recente-mente acordadas (como a interrupção da descida gradual da taxa do IRC; o aumento do imposto sobre os produtos petrolíferos; o aumento dos impostos sobre o sector bancário, no que respeita ao imposto de selo) terão repercussão direta nos custos das empresas, quando estas já enfrentam custos de fi nanciamento muito superiores aos seus concorrentes.

Não obstante estas difi culdades que vão surgindo, a NERSANT continuará a fazer ouvir a sua voz e a apresentar soluções que contribuam sempre para o sucesso das empresas do Ribatejo.

Maria Salomé Rafael

Presidente da Direção da NERSANT

A empresa Garrido Artes Gráfi cas, situada na zona industrial de Alpiarça, decidiu abrir neste mesmo espaço, um print center que responde a todas as necessidades das empresas.“Tudo para apoio às empresas” é o mote deste print center que tem como serviços cópias (pequenos e grandes formatos), encadernações, fotocópias, picotes e furos.Segundo Joaquim Garrido, responsável da empresa, este novo centro de cópias e publicidade já começou a servir os primeiros clientes. A Garrido Artes Gráfi cas é uma das mais antigas empresas de Alpiarça e está, neste momento, prestes a comemorar 30 anos.

GARRIDO ARTES GRÁFICAS ABRE PRINT CENTER EM ALPIARÇA

Até ao dia 4 de março, estão abertas inscrições para o “XVII Concurso de Vinhos do Tejo” e para o “XXXII Concurso de Vinhos do Concelho do Cartaxo – O Melhor Vinho na Produção - Colheita de 2015/2016”, data limite para os produtores do concelho e da região apresentarem os seus tintos, brancos e rosés.As amostras serão recolhidas de 7 de março a 1 de abril por técnicos da Câmara Municipal do Cartaxo e avaliadas por um júri constituído por sete provadores. Os resultados deste concurso serão divulgados durante a próxima Festa do Vinho.

CARTAXO VAI ELEGER MELHOR VINHO NA PRODUÇÃO

QUERIDO MUDEI A CASA OBRAS CHEGA A SANTARÉM

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TRIGÉNIUS É PME EXCELÊNCIA 2015...

A TRIGÉNIUS foi novamente distinguida como PME Excelência, um selo de reputação de empresas atribuído pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Ino-vação, a fi m de reconhecer o mérito das PME nacionais com desempenhos superiores a nível de gestão e ambiente económico-fi nanceiro.Vendas e resultados muito acima da média são fatores que, aliados a uma autonomia fi nanceira notável, decidem a atribuição de quem deve estar entre os “melhores dos melhores”.Após ter sido considerada PME Líder 2015, esta distinção de PME Excelência atribuída à TRI-GÉNIUS reconhece a estratégia de crescimento partilhada por todos os colaboradores e parcei-ros da empresa.Filipe Cortez, Paulo Ribeiro e Sílvio Cruz, administradores da empresa de Tecnologias de Informação de Fátima, afi rmam que é um orgulho a TRIGÉNIUS estar entre os “melhores dos melhores”. “Não trabalhamos à procura de prémios mas é sempre agradável ser reconheci-do pela nossa estratégia em oferecer produtos e serviços de qualidade, ser um parceiro de con-fi ança e sempre focado em oferecer soluções profi ssionais com forte caráter de inovação.”Para a TRIGÉNIUS, o ano de 2015 foi mais um ano de crescimento consolidado e focado na Inovação. Existiu um reforço de competências e soluções em diversas áreas, nomeadamente na área de negócio Telecomunicações como também foi feito um upgrade do Portal do Clien-te permitindo aos clientes consultarem ainda mais informação detalhada dos seus contratos e serviços. A empresa na área das tecnologias desenvolveu igualmente uma plataforma de Recursos Humanos totalmente integrada com o software de gestão PRIMAVERA, onde cada colaborador pode aceder à sua informação e realizar diversas ações de Recursos Humanos.

…E FEZ PARCERIA COM IPSSInserido na política de Responsabilidade Social da empresa, a TRIGÉNIUS realizou um protoco-lo de Cooperação com o Centro João Paulo II, instituição com uma vasta experiência no apoio a pessoas portadoras de defi ciência. O principal objetivo desta parceria consiste na implementa-ção e desenvolvimento de ações de formação na área de informática, destinadas aos resi-dentes do Centro, promovendo deste modo conhecimentos e competências em Tecnologias de Informação.

NOVO HOTEL EM FERREIRA DO ZÊZERE

Ferreira do Zêzere conta agora com uma nova unidade hoteleira, a Casa do Adro Boutique Hotel, que alia a tradição de um Solar de 1776 com as comodidades da era moderna. Dispõe de 42 quartos e está aberto há seis meses.Localizado no centro da vila de Ferreira do Zêzere, junto à igreja Matriz, o novo hotel distingue-se pela sumptuosidade e con-forto da decoração, que, entre vários ele-mentos, dispõe de um balcão em madeira lacada e um espelho. O lobby, antigo pátio de carruagens, apresenta tapetes cor de mostarda, num claro contraste com o piso negro, da mesma forma que a escadaria (ainda na pedra original) o faz com a cúpula de vidro. Já a cor das paredes – taupe – incrementa a sensação de calma e conforto.A Casa do Adro Boutique Hotel dispõe de

42 quartos, aos quais se junta a piscina exterior e o bar de apoio, que, por estar localizada no último piso, permite desfrutar de uma esplanada panorâmica.Em termos de atividades o local é propício à pratica de desportos náuticos como os passeios de barco, o wakeboard e a cano-agem.A recuperação/decoração do edifício onde está instalado este novo hotel, esteve a cargo do arquiteto Miguel Ponce Dentinho.

NERSANT RENOVA FROTA AUTOMÓVEL COM CARROS ELÉTRICOS

A NERSANT substituiu três das suas viaturas por carros elétricos com o objetivo de reduzir custos, mas também de dar o exemplo no que diz respeito a políticas de protecção ambiental. Neste sentido, a Associação tem desde o início do ano três novos carros da marca Renault que funcionam com motor elétrico, tendo sido instalado em Torres Novas, na sede da associação, um posto de carregamento para estas viaturas, embora as baterias possam ser carregadas também através de qualquer tomada elétrica. O modelo utilizado pela NERSANT, “ZOE” permite ainda carregar a bateria a partir da energia recuperada nas travagens. Ao contrário dos carros convencionais, um elétrico só tem acelerador e travão, assim como uma caixa de velocidades apenas com as mudanças de ponto morto,

marcha atrás e andamento. Como não tem velocidades, a condução de um carro elétrico é similar a um carro automático, mas é mais suave e cómoda, além de ser muito silenciosa.Duas das viaturas elétricas NERSANT estão ao serviço da sede da Associação em Torres Novas. O terceiro carro elétrico está ao serviço do Núcleo NERSANT do Sorraia.

Foi lançado no dia 4 de dezembro o novo vinho da Adega de Almeirim, o Espumante Portas do Tejo. As castas Chardonnay e Arinto produzidas em vinhas da charneca ribatejana, implantadas em solos arenosos pobres e bem drenados originaram este vinho espumante de aromas elegantes com boca complexa e estruturada e bolha fi na e persistente.De acordo com a Adega de Almeirim, este espumante “é excelente para servir como aperitivo e para acompanhar pratos de peixe gordo ou leitão assado. Deve servir-se á temperatura de 8ºc”.

LANÇADO ESPUMANTE PORTAS DO TEJO

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A gama de papel higiénico Renova Skin Care foi distinguida com o galardão “Produ-to Cinco Estrelas 2016”, tendo a marca Reno-va obtido a pontuação mais elevada desta edição no critério “Confi ança na Marca”.

As três variedades que compõem esta gama destacaram-se, em particular, na ava-liação da satisfação com a sua utilização, um indicador dedicado à qualidade e que engloba critérios como a suavidade, resis-tência, efi cácia e tamanho do rolo.

Esta nova geração do papel higiénico de 3 folhas Renova Skin Care resulta de uma seleção de fi bras naturais que garantem uma agradável sensação de suavidade. Lançada em lojas de referência de toda a Península Ibérica, a gama conta com três variedades: Skin Care Macadamia Lotion, disponível em branco e em rosa, e Skin Care Purissimo.

Pioneira no uso de tecnologia de micro-difusão para o revestimento das fi bras de papel, a Renova tem no Skin Care Macada-mia Lotion um papel higiénico cujas fi bras são envoltas e enriquecidas com uma loção baseada em óleo de noz de macadâmia. Com propriedades nutritivas e hidratantes, a aplicação deste componente inova na categoria e resulta em folhas ainda mais macias e resistentes. O papel é ainda per-fumado com uma fragrância subtil, mas cativante, proporcionando uma completa experiência sensorial de conforto a cada utilização.

Skin Care Purissimo destina-se aos con-sumidores que preferem a qualidade no seu estado mais puro, sem perfume ou loção, benefi ciando das selecionadas fi bras natu-rais que caracterizam esta gama e com um comprimento extra.

RENOVA lança produtos para uso profi ssional…

…E ganha prémio Cinco Estrelas com Renova Skin Care

A Renova acaba de lançar uma nova gama de produtos para uso profi ssional, Renova Tex, em tecido não tecido, uma linha de produtos descartá-veis de limpeza “com elevada perfor-mance, grande capacidade de absorção e resis-tência, aliada a uma tex tura única com a suavidade de um têxtil”.

“A nova gama Renova Tex, vocacionada para meios industriais, hotelaria e restau-ração, é uma gama versátil destinada às mais diversas utilizações e necessidades, combinando soluções práticas aos níveis de qualidade e efi ciência que diferenciam

os profissionais de topo”, refe-re a marca em comunicado de imprensa.

Os panos de limpeza em rolo, adequados para a utili-

zação em seco ou em húmido, especial-mente indicados p a r a o c a n a l Horeca, disponi-bilizados numa prática caixa dis-pensadora de fácil transporte; o Rolo

Industrial, extra resistente para o contacto com ácidos e solventes, ideal para ambien-tes oficinais e industriais; as Toalhas de Mão interfold, que proporcionam um maior conforto e rapidez de utilização de forma racional, prometem surpreender os mais exigentes pelas suas características únicas.

Gallo aposta em energias renováveis

Dando cumprimento à sua política de sustentabilidade, a Victor Guedes, empresa que produz e comercializa o azeite Gallo, adjudicou à Vivapower Selfenergy a execu-ção de um projeto de produção de energia renovável para autoconsumo, com o objeti-vo de tornar a unidade fabril em Abrantes energeticamente mais efi ciente.

Com a instalação de 412 painéis fotovol-taicos na cobertura da fábrica, a central fotovoltaica tem uma potência de liga-ção total de 107 kWp e a capacidade para produzir 174 MWh de energia por ano para consumo próprio, o que permitirá reduzir a fatura de energia, ao diminuir a dependência de compra de energia elé-trica à rede.

Com um investimento total de cerca 100 mil euros, este projeto de co-investimento (50%/50%) prevê a partilha de custos de investimento e proveitos da produção da energia durante 15 anos, período duran-te o qual serão partilhadas as economias energéticas totais, estimadas em mais 18 mil euros/ ano.

De acordo com o Vice-Presidente Glo-bal de Operações da Victor Guedes, Luís Simões “este é um projeto estratégico para a melhoria da sustentabilidade das nos-sas operações. O aproveitamento do Sol, um recurso natural e inesgotável, para a produção de energia elétrica é uma das diversas medidas que temos vindo a adotar no sentido de reduzirmos continuamente o impacte ambiental.”

O co-investimento do projeto com a Victor Guedes será assegurado pelo Pro-grama “Grow With Energy” da Vivapower, que disponibiliza 30 milhões de euros às empresas para projetos de produção de energia e efi ciência energética. As empre-sas interessadas poderão submeter as suas candidaturas através do website www.growwithenergy.pt.

A Vivapower Selfenergy é atualmente líder no mercado empresarial na execução de projetos de autoconsumo. A Gallo é a marca portuguesa de azeite número um no mundo, presente nos 5 continentes e em mais de 40 países.

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Foi na sede da EMEF na Amadora, que decorreu a apresentação da intervenção de meio de vida dos comboios pendulares da CP, que desde 1999 operam serviços a 220 km/h no corredor Braga – Porto – Lisboa – Faro. Depois de acumularem mais de 40 milhões de quilómetros, estas dez unidades adquiridas à Fiat Ferroviaria / Alstom vão passar por um rejuvenescimento que vai ser levado a cabo no Grupo Oficinal do Entroncamento, onde a série realiza as suas intervenções mais profundas desde que entrou ao serviço. A execução desta remodelação representa um investimen-

Ofi cina da EMEF no Entroncamento vai rejuvenescer Alfa Pendularto que ronda os 18 milhões de euros por parte da CP. O processo de intervenção terá uma duração de cerca de 3 meses em cada um dos dez comboios Alfa Pendular que compõem a frota.

Cada comboio pressupõe um investimen-to de 1,8 milhões de euros na sua revisão e modernização, envolvendo cerca de 60 profi ssionais da EMEF e subcontratados na sua realização.

As maquetes apresentadas publicamente permitiram perceber em que condições viajarão os passageiros a bordo dos reno-vados comboios, que começarão agora a entrar na ofi cina gradualmente. Cada comboio estará até 3 meses nas ofi cinas do Entroncamento, num processo longo e complexo mas que prepara os comboios para mais 15 anos de serviço com a máxi-ma atualização de equipamentos.

Os comboios Alfa Pendular irão bene-fi ciar de uma intervenção a vários níveis, melhorando o conforto e a segurança dos passageiros, em particular através da introdução de novos bancos e mate-riais de revestimento, novos sistemas de iluminação e remodelação do Bar e das casas de banho. Serão ainda realizadas manutenções mecânicas e hidráulicas. A nova geração do Alfa Pendular reforça também o seu posicionamento como um meio de transporte que permite a conti-

nuação do trabalho ou o usufruto de expe-riências multimédia: serão melhoradas as condições de acesso Wi-Fi às redes de comunicações móveis e todos os bancos terão tomadas elétricas individuais.

Os primeiros comboios Alfa Pendular da CP iniciaram o serviço em 1999, tendo entretanto percorrido mais de 41 milhões de quilómetros e transportado cerca de 26 milhões de passageiros.

A realização do projeto irá envolver mais de 60 trabalhadores da EMEF e conta ain-da com a participação de vários prestado-res de serviços nacionais especializados. A incorporação de tecnologia, materiais e serviços nacionais permitirá, assim, reforçar as competências da indústria no setor dos transportes e, em particular, na construção e manutenção de equipamen-tos ferroviários e similares.

SOBRE A EMEFA EMEF S.A. desenvolve a sua atividade

na área da metalomecânica ferroviária. Criada em 1993, surge como resultado da autonomização da área industrial da CP destinada à reparação e reabilitação do material circulante. Desde então tem vindo a alargar as suas áreas de interven-ção, quer em termos de indústria, quer em termos geográfi cos, atuando também em território internacional.

NOVO SITE JÁ ONLINEAproveitando a exposição mediáti-

ca conseguida com o lançamento da renovação dos comboios Alfa Pen-dular, a EMEF lançou um novo site. A empresa do grupo CP, dedicada à manutenção ferroviária, despediu-se do seu site antigo e abraçou um design mais moderno e intuitivo.

O grande destaque do novo site é, naturalmente, a profunda intervenção nos comboios pendulares. Além de informação sobre o projeto, é possí-vel aceder aos produtos e serviços da companhia, bem como informações úteis sobre a empresa.

A Macrofal apresentou no início do ano, dois novos produtos: o novo pavimento fl utuante Berry, sistema “Dream Click” e as novas cortinas Velux, coleção “Star Wars”. Para este último produto, a Macrofal espe-ra um importante sucesso comercial.

O pavimento fl utuante Berry Alloc Pure Click_40, é um compósito 100% resistente à água, apresentando, no entanto, padrões tão reais como as próprias madeiras, e é revolucionário no seu sistema de encaixe que para além da total simplicidade, per-mite a aplicação no sentido tradicional e também na perpendicular. Trata-se de um material anti-estático, e cuja superfície

ostenta a máxima classificação em ter-mos de segurança por não permitir que se escorregue, sendo ainda adequado para áreas comerciais e domésticas, sendo que, neste último caso, goza de uma garantia vitalícia em termos de utilização.

As cortinas Velux_StarWars resultam de uma parceria deste fabricante com a Disney, e embora se trate de uma cortina que já existia, só agora poderá ser adqui-rida com estas imagens, cujo impacte decorrente da conhecida saga se espera que seja realmente um importante sucesso comercial. Há 4 padrões disponíveis, Darth Vader/A Death Star/ Kylo Ren/ Robots. De

momento, os prazos de entrega ainda são os normais, tal como na restante gama Velux.

Fundada em 1995, a Macrofal está situa-da em Santarém. A sua imagem está asso-ciada a marcas conceituadas que repre-senta e distribui, tendo como segmento de mercado os mais variados profi ssionais ligados ao setor da construção civil.

Macrofal tem novos produtos

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Tecnorem ganha concurso para construção de colégio em Lisboa

A Tecnorém, Engenharia e Contruções S.A. classifi cou-se com o 1.º lugar no con-curso para a execução da construção do Colégio Mira-Rio, Lisboa, que terá, no total 7625m2.

Durante longos anos, o edifício do Con-vento de Telheiras, em Lisboa, manteve-se vazio enquanto a cidade evoluía à sua volta. Esse crescimento urbano fez desa-parecer os terrenos afetos ao Convento e grande parte do traçado da Estrada de Telheiras original, restando hoje apenas um troço entre a torre da igreja do Con-vento e o antigo Solar de S. Vicente, que funciona como Biblioteca Municipal.

Apesar de tudo, a escala das construções da envolvente mais próxima, bem como a presença de grandes manchas ajardi-nadas, permitiram ao antigo Convento de Telheiras manter um protagonismo urbano próximo do seu carácter origi-nal, ilustrando (parcialmente) um mundo já desaparecido de relação entre rural e urbano, típico de Lisboa.

A intenção de agora aí instalar um colé-gio surge como uma oportunidade para recuperar e valorizar essa memória da

cidade, ainda pressentida, ao mesmo tem-po que se procura compreender, satisfazer e superar as necessidades associadas ao novo programa funcional. A autoria do projeto de arquitetura para a reabilitação e ampliação do Convento para o Colégio Mira-Rio é de LGLS Arquitectos, Lda. e CVDB Arquitectos.

Interiormente no Convento, os usos pro-curam adequar- se à estrutura espacial e construtiva existente, com um mínimo de alterações e adequando a imagem propos-ta à especifi cidade da natureza programá-tica: espaços de direção, de professores, salas de estudo e de silêncio, biblioteca e espaços multiusos.

Na ampliação do Convento, localizaram-se os espaços letivos - de creche, jardim infantil, escola primária e secundária – e os espaços complementares – cantina, zonas desportivas, capela e átrio formal, servidos por uma estrutura de circulação que retoma o tema do claustro e celebra o uso de diferentes pátios e espaços exterio-res, do ponto de vista do uso, da escala, da permanência ou da sua leitura simbólica.

Esta ampliação apenas toca na pré-exis-tência do Convento, através de passagens e propostas de leitura da paisagem. Volu-metricamente, procura criar um emba-samento para o Convento, sem interferir com a imagem deste para a cidade.

A Guloso, marca líder no mercado de molhos à base de tomate é a favorita dos consumidores portugueses na categoria de molhos preparados, pelo segundo ano consecutivo.

De acordo com Tânia Caria, gestora da Marca Guloso “estamos muito satisfeitos com esta distinção e orgulhosos por ter este selo de qualidade no momento em que a Guloso está a festejar o seu 70.º aniver-sário junto dos seus consumidores”.

Com este prémio, atribuído pela consul-tora ConsumerChoice, e aferido através de prova por 2676 consumidores que entre 9 marcas avaliadas escolheram a Guloso, os produtos Molho Francesinha e QB Origi-nal passam a ostentar o selo “Escolha do Consumidor 2016” apresentando-se em linear de ponto de venda com um índice de satisfação de 85.3%.

O selo anual Escolha do Consumidor baseia-se na consulta a 62.213 consumido-res e 741 marcas, realizada pela Netsonda. Esta é a 4.ª edição dos prémios e apresenta este ano a novidade da obrigatoriedade de menção do índice de satisfação, núme-ro de marcas avaliadas e consumidores envolvidos, com o objetivo de trazer a

este mercado uma maior transparência e informando melhor os consumidores do valor que representa uma marca premiada “Escolha do Consumidor”.

A marca Guloso incorpora a seguinte gama de produtos: polpas, tomate pela-do, tomate em pedaços (simples e com sabores); molhos já prontos da Gama QB nas variedades de Bolonhesa, Ori-ginal, l´Italiana, Cogumelos e Tomate Cherry&Chili; Molho Francesinha, Molho

para Pizza, Concentrados de Tomate e Ketchup.

A excelente aceitação dos produtos Guloso no mercado deve-se ao “forte” compromisso com a qualidade, baseada em rigorosos métodos de controlo que acompanham o processo produtivo, desde o campo até ao produto fi nal.

De referir que a Guloso é uma marca oriunda do Ribatejo, detida pela empresa Sugal, situada em Benavente e Azambuja.

Molhos Guloso em primeiro lugar na Escolha do Consumidor 2016

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A Torre, a crescer há 40 anosEstrategicamente localizado na rotunda do Porto Alto (Samora Correia), onde as EN 118 e EN10 se cruzam, o restaurante marisqueira A Torre é um dos espaços de restauração mais emblemáticos da região do Ribatejo. A Torre conta já com 40 anos, ao longo dos quais soube evoluir e adaptar-se às necessidades dos novos tempos e às expetativas de uma clientela sempre exigente.

Desde que, há 40 anos, Delfim Paiva, empresário de Samora Correia com sentido apurado para o negócio, comprou as

pequenas instalações de uma antiga bomba de gasolina, pertencente à extinta Somape, para ali abrir um restaurante, muita coisa mudou. Por força dos tempos, os antigos campos agrícolas onde cultivavam batatas deram lugar a vários prédios de habitação. É no rés-do-chão de um desses edifícios, virado para a famosa rotunda do Porto Alto, que encontramos A Torre.

Delfi m Paiva recorda o tempo em que “para passar para Lisboa só havia três pontes: a ponte de Vila Franca, a ponte de Santarém e a ponte sobre o Tejo. Nos dias de caça, na altura da Feira de Santa-rém, na Feira de Vila Franca ou noutros dias festivos, as fi las eram tão grandes que iam desde a rotunda do Infantado até Lis-boa. As pessoas demoravam quatro horas para chegar a Lisboa”. O Porto Alto era então um ponto de passagem e de para-gem obrigatório para quem fazia a ligação Norte-Sul, e para quem se deslocava de e para Lisboa. Aos fi ns de semana, dezenas de camionetas de excursões paravam ali, enchendo de vida e de clientes os 23 res-taurantes que ali chegaram a existir. Os restaurantes, sempre cheios, não tinham mãos a medir para atender rapidamente os clientes que não paravam de chegar.

Quando o restaurante A Torre abriu as suas portas tornou-se o 16º restaurante naquele local. A concorrência não assustou o empresário Delfi m Paiva, pois os clien-tes chegavam para todos. Ainda hoje, o empresário considera que a concorrência e a diversidade de escolha só faz bem ao negócio, pois “as pessoas sabem que se não vão a um [restaurante] vão a outro, mas vêm, que é o mais importante!”.

Mas depois… depois tudo mudou. Cons-truíram-se novas acessibilidades, como a Ponte Vasco da Gama e a Ponte da Lezíria, que liga diretamente a A1 (autoestrada do Norte) à A13 e à A2 para o Algarve e o trânsito desviou-se para outras paragens. Para piorar a situação, o mau estado em

que se encontra o pavimento da Reta do Cabo (um dos pontos de maior sinistrali-dade rodoviária no país), e a construção de um separador central com mais de 1000 metros entre as duas faixas de rodagem na zona de passagem pelo interior do Porto Alto, foi a machadada final no setor da restauração do Porto Alto. Sem estacio-namento e com tantos obstáculos criados, os carros e os clientes deixaram de parar. E os restaurantes, alguns com décadas de história, começaram a fechar. “Infeliz-mente, hoje somos meia-dúzia”, lamenta o dono da Torre.

“Quem acompanhou a evolução, a modernidade, e apostou numas instalações condignas aguentou-se, os outros caíram”, diz. E entre os que fi caram, para além da

qualidade do serviço, tornou-se funda-mental possuir estacionamento para os clientes, caso contrário as pessoas não vêm, porque não têm onde parar e deixar o carro, explicou o empresário, apontan-do como bom exemplo o que foi feito na Mealhada ou no Canal Caveira “onde as câmaras construíram estacionamentos para que as pessoas pudessem continuar a parar. Aqui não se fez nada”, reclama.

Quanto ao restaurante de que é proprie-tário, Delfi m Paiva acentua que “foram 40 anos em constante investimento”. As antigas e modestas instalações onde abriu pela primeira vez as portas rapidamen-te deram lugar a um espaço maior, com mais conforto e com outras perspetivas de crescimento. E ao longo dos anos A

Delfi m Paiva, proprietário do restaurante “A Torre”

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Torre não tem parado de crescer e de se reinventar. O restaurante possui hoje três salas de refeição, com capacidade para 250 pessoas.

Ao longo dos anos houve clientes que se tornaram assíduos mas Delfi m Paiva aposta na discrição sobre os “notáveis” que frequentam o seu estabelecimento. “Temos muitos clientes, alguns muito importantes, mas quem os vê nem os conhece, porque eles quando vêm não querem dar nas vis-tas, só querem comer descansados. “Há um deles, um dos maiores empresários do país que vem aí quase todas as sema-nas e tem sempre mesa marcada, ali ao cantinho”, diz, apontando com o dedo uma mesa escondida. O nome? Esse não o revela. A exceção quebra-se com Mário Soares, o único nome que se permite reve-lar. “Era um cliente muito assíduo, hoje já não vem pois está muito frágil”, recorda. “Isto era uma casa que servia a fi na fl or deste país. Quando começou a ser chique ir para o Algarve toda a gente parava aqui. Como não havia outros caminhos as pes-soas saíam de Cascais depois do trabalho, demoravam duas horas a chegar aqui e paravam para jantar, só depois seguiam para o Algarve”.

E hoje? - Perguntamos. “Hoje tenho des-de o cliente que quer gastar 10, 12 euros numa refeição, ao que quer gastar 120”. Na ementa não existe apenas marisco, há mais oferta e para todas as bolsas. Ali-ás, há pratos que se mantêm inalterados há 40 anos e continuam a ser dos que mais saem, como o ensopado de enguias, enguias fritas, cabrito assado no forno,

lombo de bacalhau à Torre. Hoje vamos começar a ter pratos de sável e lampreia”, informa o proprietário, em jeito de convite. Apesar de tudo, o marisco continua a ser o ponto forte d’ A Torre, que o cliente pode escolher num dos três viveiros de marisco disponíveis.

A crise económica que se fez sentir a partir de 2011 trouxe um dos momentos mais difíceis da história desta empresa, que se viu forçada a dispensar cerca de 20 funcionários, fi cando apenas com 15. A situação melhorou, entretanto, e A Torre voltou a contratar. Hoje já tem ao serviço 26 colaboradores, alguns deles já quase com quatro décadas de casa. “Há outros que vão entrando e saindo.”

Para Delfi m Paiva, a restauração é um setor que depende de muitas variáveis. “Quando as pessoas não estão tranquilas,

têm dúvidas sobre o futuro, não saem para jantar fora”. Por isso, explica, “de há um ano e meio para cá sentiu-se uma melhoria, agora há umas semanas, baixou outra vez”. Sobre a redução da taxa do IVA de 23% para 13%, o empresário saúda esta descida na carga fi scal, mas assegura que abdicaria destes 10%, em troca de medidas mais estruturais, que permitissem ao país redu-zir a dívida pública e recuperar desta crise.

CERTIFICAÇÃO ENERGÉTICAO Restaurante A Torre participou recentemente no projeto Ribacertifi ca, desenvolvido pela NERSANT, no âmbito de efi ciência energética. A empresa já obteve a certifi cação e já implementou este projeto cujo objetivo é a redução de custos ao níve l do consumo energético.

1975 “A Torre” inaugurada a 25 de Setembro

1985 “A Torre” em pleno funcionamento

1995 “A Torre” em transformação

2005 “A Torre” para o século XXI

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O futuro Parque Empresarial do Sor-raia é já uma realidade incontornável, dado que o terreno para a instalação desta infraestrutura já é propriedade da Câmara Municipal de Coruche. O futuro parque empresarial fi cará situado numa zona contígua à atual Zona Industrial do Monte da Barca, terá cerca de 47 hectares e 94 lotes disponíveis para a instalação de mais empresas no concelho, tendo em conta que a procura continua a ser uma constante.

De acordo com o Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, a criação do Parque Empresarial do Sor-raia “é o motor da visão que temos para o concelho de Coruche. Neste momento já adquirimos o terreno, já formalizámos a escritura pública e pretendemos iniciar o quanto antes a primeira fase da obra de infraestruturação do Parque Empre-sarial, que será feita de forma faseada e que cumprirá a real prioridade que tenho para o concelho: mais desenvolvimento económico, mais investimento de empre-sas e consequente criação de emprego. Criar as condições para que haja mais emprego e fi xação de pessoas e empre-sas no concelho é a verdadeira prioridade que está ligada ao investimento no parque empresarial.”.

A excelente localização geográfi ca e boas acessibilidades, a dimensão dos lotes, uma fi scalidade competitiva e o baixo valor por m2, a proximidade ao maior centro agro-fl orestal do país e acesso a gás natural, são algumas das principais vantagens compe-titivas deste novo parque empresarial.

Recentemente foram atribuídos dois

lotes, dos poucos ainda disponíveis na Zona Industrial do Monte da Barca, à empresa IVD – Health Plastic Innovation, Lda. que comercializa plásticos na área da saúde com a marca HEPI e ainda à empresa da área da tecnologia de smartphones IKI Mobile que irá instalar aqui a sua sede social perspetivando a compra de um novo lote no Parque Empresarial do Sorraia, para a instalação da sua primeira unidade industrial em Portugal.

Paralelamente, o Município de Coru-che aprovou recentemente a criação do “Coruche Empreende – Núcleo de Ino-vação e Empreendedorismo”, enquanto infraestrutura de incubação de empresas destinada a estimular a capacidade criativa e empreendedora e modernizar o tecido empresarial no concelho e na região, em parceria com a NERSANT e com o INIAV – Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, I.P.. Será disponibilizado no mesmo espaço físico, áreas individualiza-das e um conjunto de serviços comuns com o objetivo de promover e acolher ideias, projetos e empresas, especialmente os que revelem natureza inovadora, pre-ferencialmente no setor agrofl orestal e agroindustrial/alimentar. As empresas são instaladas em espaços preparados para o efeito no edifício sito na Av. 5 de Outubro, n.º 24, em Coruche, conforme Protocolo de Colaboração estabelecido com o INIAV. Pretende-se assim criar as condições essenciais para a incubação de empresas, durante os dois primeiros anos de atividade, que posteriormente se possam vir a instalar no futuro Parque Empresarial do Sorraia.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Mação aposta na reabilitação da rede viária em 2016

A Câmara Municipal de Mação aprovou para 2016 um orçamento de 11.680.288 euros que prevê a requalifi cação no corren-te ano numa série de estradas municipais, nomeadamente nos troços entre Aboborei-ra/Alto do Pereiro, Maxieira/Venda Nova, Avessada/Envendos e acesso sul a Mação, bem como a reabilitação de estradões e caminhos municipais e arruamentos vários. Do plano de atividades consta tam-bém a reabilitação das antigas instalações dos Bombeiros Voluntários de Mação.

A vertente social é outra das prioridades do município, que irá distribuir gratuita-mente as refeições nas escolas do 1.º ciclo e jardins de infância e reforçar o apoio social aos mais carenciados, através de ajudas diretas sempre que tal seja considerado fundamental e dentro dos condicionalis-mos legais. O Clube Sénior terá mais meios para prosseguir o seu trabalho junto da população sénior do concelho e a autar-quia quer também dotar o concelho de um Centro de Atividades Ocupacionais para pessoas/jovens portadores de defi ciência.

O município pretende também iniciar os processos necessários para que os núcle-os museológicos de Ortiga e Envendos se tornem realidade e proceder à construção de um campo de jogos na EB/JI de Mação se já houver fundos comunitários do Por-tugal 2020.

Promover o concelho, os seus produtos e as suas potencialidades em feiras e outros eventos e consolidar a aposta na Feira Mos-tra de Mação, avaliando a possibilidade da feira ter mais dias de duração são outras apostas. Está também nos planos da autar-quia a aposta nos percursos pedestres, potenciar as praias fl uviais existentes e ela-borar um Plano de Intervenção Florestal.

O executivo liderado por Vasco Estrela propõe-se também apresentar um progra-ma de incentivo ao empreendedorismo jovem e incentivar a utilização do Gabinete de Apoio ao Jovem, através de instalações cedidas para que os mesmos possam ini-ciar a sua atividade.

Futuro Parque Empresarial do Sorraia é já uma realidade

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Primeiro Encontro Micológico do Observatório do Sobreiro e da Cortiça

As obras nas instalações da Loja do Cidadão de Sardoal já se encontram con-cluídas, sendo que, por motivos técnicos, os serviços irão entrar em funcionamento em 22 de fevereiro próximo.

A Loja do Cidadão de Sardoal vai fun-cionar nas instalações da antiga União Panifi cadora Sardoalense, num edifício que foi adquirido pela autarquia para o efeito e que foi alvo de obras de adaptação e reabilitação. A intervenção no espaço orçou de cerca de 400 mil euros, com um fi nanciamento de 85% oriundo de fundos comunitários do anterior quadro de apoio.

Neste novo espaço, a população con-celhia terá acesso aos serviços da Auto-ridade Tributária e da Segurança Social, sendo que ali funcionará igualmente o Gabinete de Inserção Profi ssional.

Neste edifício existirá também o Espa-ço Empreende, um espaço dedicado aos empresários e empreendedores, e um Balcão Multisserviços com dois postos de atendimento que poderão ser reservados

por diversas entidades. Será também neste novo edifício que irão passar a fun-cionar o Arquivo Municipal e o Arquivo Histórico Municipal, num espaço que garante as condições de conservação e tratamento necessárias a este tipo de documentos.

Recorde-se que o Protocolo para a cria-ção desta Loja do Cidadão no Concelho de Sardoal foi assinado em junho passado e que o assumir da gestão deste espaço é a resposta aos esforços desenvolvidos pelo Município de Sardoal no sentido de garantir a continuidade de serviços públicos neste Concelho, garantindo o acesso da população aos serviços numa lógica de proximidade.

Barquinha renovou sinalética turística e culturalO Município de Vila Nova da Barquinha

colocou nova sinalética turístico-cultural nas principais vias e entradas do concelho. Os trabalhos realizaram-se nos dias 14 e 15 de janeiro, em diversos pontos das quatro freguesias de Vila Nova da Barquinha.

As novas placas pretendem reforçar a sinalização indicativa dos mais recentes equipamentos turísticos do concelho, nomeadamente o Parque de Escultura de Contemporânea Almourol e o Centro Integrado de Educação em Ciências, bem como do ícone do património do território do Município – o Castelo de Almourol.

Esta medida tem como objetivo o aumen-to do número de visitantes a estas atrações, estando em estudo a colocação de sinaléti-ca alusiva a outros equipamentos.

Inaugurado em julho de 2005, o parque de Vila Nova da Barquinha conquistou o Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2007, na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”.

Em 2012, este espaço reconhecido e pre-miado acolheu um projeto único em Portu-gal, o Parque de Escultura Contemporânea Almourol, nomeado para melhor Expo-sição de Arte Contemporânea 2012 pela Sociedade Portuguesa de Autores (SPA).

Aqui os visitantes podem apreciar o melhor da escultura contemporânea portuguesa, com trabalhos de Alberto Carneiro, Ângela Ferreira, Carlos Nogueira, Cristina Ataíde, Fernanda Fragateiro, Joana Vasconcelos, José Pedro Croft, Pedro Cabrita Reis, Rui Chafes, Xana e Zulmiro de Carvalho.

Vila Nova da Barquinha é também um território rico em património, sendo merecedores de uma visita os incontor-náveis monumentos nacionais Castelo de Almourol e a Igreja Matriz de Atalaia, numa região marcada pela boa gastrono-mia com base nos sabores do rio.

O novo Centro Integrado de Educação em Ciências (CIEC), é um dos mais recen-tes centros de divulgação da ciência em Portugal, atração ideal para todas as ida-des. Aqui é possível visitar as exposições interativas ou realizar a festa de aniver-sário para os mais novos.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

O Observatório do Sobreiro e da Cor-tiça organizou em janeiro o Primeiro Encontro Micológico com o objetivo de proporcionar aos seus participantes um conhecimento mais aprofundado sobre cogumelos. Tem-se verifi cado um aumento signifi cativo do interesse por este recurso que faz parte dos produtos que podemos encontrar no ecossistema fl orestal como é o caso do Montado de Sobro, e que constitui uma nova fonte de rendimento para os produtores fl orestais e populações locais. Os cogumelos hoje têm não só aplicações gastronómicas, como também turísticas e outras asso-ciadas à indústria farmacêutica, o que tem provocado um aumento da procura destes produtos e consequentemente alguma desregulação na forma como este recurso é recolhido, comprometen-do de certa forma a sua sobrevivência.

Este primeiro encontro com a partici-pação de vários especialistas portugue-ses e espanhóis nas diversas áreas, tanto científi cas como comerciais, enquadrou, precisamente, estas matérias, contando ainda com uma visita a uma unidade de produção de cogumelos ii-shiitake em troncos, na Zona Industrial do Monte da Barca em Coruche.

De referir que o Observatório do Sobreiro e da Cortiça ganhou uma Men-ção Honrosa na Categoria de Melhor Projeto Público 2014, atribuída pelos Prémios de Turismo do Alentejo e Riba-tejo 2014, iniciativa que distinguiu as empresas e as entidades públicas que desenvolveram no ano anterior proje-tos de interesse turístico maior. E em 2015, o Município de Coruche ganhou o Prémio Município do Ano Portugal 2015, da região do Alentejo, com o pro-jeto do Observatório do Sobreiro e da Cortiça, atribuído pela Plataforma UM Cidades.

Loja do Cidadão em Sardoal entra em funcionamento a 22 de fevereiro

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Benavente aposta forte na reabilitação urbana

O município de Benavente prevê um investimento de 29,4 milhões de euros na reabilitação urbana de Benavente e Samora Correia. O plano Estratégico de Reabilitação Urbana de Benavente e Samora Correia foi apresentado na câmara municipal na última reunião pública do executivo e mostrou que estão previstas intervenções nas zonas mais antigas dos centros históricos das duas localidades, por forma a aproveitar os estímulos dos fundos europeus do Portugal 2020.

“O objetivo é estimular os proprietários a aproveitar e reabilitar os edifícios que possuem, devolutos ou em mau estado, para se conseguir dar vida a estas zonas e a ter um aproveitamento turístico das mesmas. Queremos ter uma revitalização económica, fixar população, reforçar a centralidade das populações, promover a oferta cultural e valorizar a identidade das localidades”, explicou o presidente da autarquia, Carlos Coutinho (CDU).

Com este plano, prevê-se intervenções em locais como o Cruzeiro do Calvário, a Praça do Município e a Praça da Repúbli-ca, em Benavente, aproveitar o Celeiro da

Novo GIP em Vila Nova da Barquinha

Vila Nova da Barquinha abriu ao público em fevereiro, o seu Gabinete de Inserção Profi ssional (GIP). A iniciativa do Muni-cípio, em parceria com o Instituto do Emprego e Formação Profi ssional (IEFP) funciona agora nas instalações do Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, no Largo 1.º de Dezembro, onde uma técnica da autarquia fará o atendimento aos uten-tes, das 9h às 12h30 e das 14h às 17h30. O serviço pode ser solicitado por marcação, através do telefone 249 720 358.

O IEFP dispõe de uma rede de Gabinetes de Inserção Profi ssional (GIP) promovidos por entidades públicas e privadas sem fi ns lucrativos credenciadas para prestar apoio a jovens e adultos desempregados no seu percurso de inserção ou reinserção no mercado de trabalho.

Os GIP, em estreita articulação com os serviços de emprego, podem desenvolver atividades como ações de apoio à procura ativa de emprego e desenvolvimento da atitude empreendedora, captação e divul-gação de ofertas de emprego e apoio à colo-cação, divulgação de medidas de apoio ao emprego, formação profi ssional e empre-

endedorismo e apoio ao encaminhamento de candidatos, divulgação de programas comunitários que promovam a mobilidade no emprego e na formação profi ssional no espaço europeu, controlo de apresentação periódica dos benefi ciários das prestações de desemprego, encaminhamento para ações promotoras do desenvolvimento de competências de empregabilidade e cria-ção do próprio emprego, apoio à inscrição

online dos candidatos a emprego, ações previstas no eixo 1 - Emprego, formação e qualifi cação do Programa de Contratos Locais de Desenvolvimento Social - CLDS+, informação sobre o conteúdo e abrangên-cia de alguns serviços e apoios em matéria de segurança social e outras atividades consideradas necessárias, pelos serviços de emprego, para apoio à inserção profi s-sional dos desempregados.

Companhia para dar lugar ao Museu do Campino e requalifi car o largo Fernando Pratas, em Samora Correia.

Mas é para os edifícios privados que aponta mais este plano e, para isso, como instrumentos de incentivo aos proprietá-rios, a autarquia adoptou várias medidas, entre as quais a isenção do Imposto Muni-cipal sobre Imóveis (IMI) após a reabilita-ção, a isenção do Imposto Municipal sobre a Transmissão Onerosa de Imóveis (IMT) na primeira transmissão, redução do IVA para 6% nas empreitadas, além de baixar a tributação do IRS de 26% para 5% no caso de arrendamento.

Carlos Coutinho disse ainda que a câma-ra vai afetar 5% dos fundos que receber do quadro comunitário de apoio Portugal 2020 para este programa. “Vamos ter de divulgar esta estratégia para termos adesão. Fize-mos uma candidatura coerente e estraté-gica aos fundos europeus e, do que me foi dito pela entidade que gere as candidaturas do Portugal 2020, a nossa candidatura está muito bem encaminhada”, referiu.

Da oposição, o vereador do PSD, José da Avó, questionou o executivo sobre

como vai atuar perante os proprietários que tenham edifícios identifi cados neste estudo, que abarcou cerca de 1160 pro-priedades por contacto porta a porta, mas que não desejem intervir nos mesmos, mesmo que necessitem manifestamente dessa intervenção.

“A câmara pode substituir-se como pro-motora das reabilitações necessárias por vários meios como a expropriação, mas creio que não será necessário. Gostaria que as coisas acontecessem por via do diálogo, benefi ciando do facto de termos conseguido sempre dialogar com a nossa gente”, explicou Carlos Coutinho.

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Como caracteriza o concelho de Bena-vente?

Benavente é um município estuarino, parte do território integra a Reserva Natural do Estuário do Tejo, outra parte integra a Zona de Proteção Especial. É um município que cresceu bastante nas últimas décadas, tem dois núcleos urba-nos signifi cativos: Benavente, que é a sede de concelho e Samora Correia, que será, neste momento, um dos maiores núcle-os populacionais do distrito, com 18 mil habitantes.

Benavente é o município mais periférico do distrito de Santarém, mas que tem a particularidade de fazer a ligação à Área Metropolitana de Lisboa, o que tem sido fundamental para o nosso processo de desenvolvimento. É um município que oferece boas condições de vida e onde o crescimento demográfi co foi acompa-nhado por um crescimento económico e pela criação de postos de trabalho. A nossa estratégia tem a diferenciação da área metropolitana de Lisboa, com um modelo urbanístico de baixa densidade

Entrevista ao Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Carlos Coutinho

“Temos assistido à consolidação de muitas empresas” A proximidade à Grande Lisboa e as boas acessibilidades rodoviárias do concelho de Benavente são alguns dos pontos fortes que a autarquia procura valorizar na estratégia de captação de novos investimentos. A Ribatejo INVEST falou com o Presidente da Câmara, Carlos Coutinho, que revelou as áreas estratégicas onde a autarquia pretende investir nos próximos anos.

populacional. Ainda o facto de termos aqui uma mancha fl orestal muito signifi cativa essencialmente composta por montado de sobreiro, no Estuário do Tejo e na Com-panhia das Lezírias, e que é o verdadeiro pulmão de Lisboa. É um município de oportunidade para os investimentos e para todos os que procuram aqui fi xar a sua residência e que queremos que sejam efetivamente integrados na comunidade. Contamos para isso com um movimento associativo muito forte, que envolve cente-nas de pessoas que trabalham em projetos

muito importantes, projetos que a Câmara apoia e procura estimular.

Falou há pouco no crescimento demo-gráfi co, mas muitos dos municípios per-deram população nos últimos anos devido à crise económica. Como é que este fenó-meno foi sentido neste concelho?

Também sentimos os efeitos desta crise económica muito grave, porém, nas últi-mas décadas crescemos acima dos 25%, ou seja, ganhámos cerca de 500 novos habi-tantes por ano. Julgo que este foi o maior

Julgo que somos o município do distrito de Santarém com menor índice de envelhecimento, o que é muito bom. De 2011 para cá, ganhámos 1000 novos habitantes, ou seja, continuámos a crescer emborade uma forma mais moderada. ”

ENTREVISTA

Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente

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crescimento registado a sul do Tejo. Con-tudo, em valores absolutos, permitiu-nos sempre uma situação muito controlada. Naturalmente que um crescimento desta natureza acarreta muitas exigências em termos de infraestruturas. Veio muita gen-te jovem, e julgo que somos o município do distrito de Santarém com menor índice de envelhecimento, o que é muito bom. De 2011 para cá, ganhámos 1000 novos habitantes, ou seja, continuámos a crescer embora de uma forma mais moderada.

Benavente conseguiu então escapar à perda de população?

Sim, continuámos a crescer, fruto da nossa estratégia de desenvolvimento, que assenta com constituir-nos como alterna-tiva à Grande Lisboa, da qual estamos ape-nas a 30 minutos de distância. Mantemos uma identidade muito própria, assente nos valores ligados à Lezíria e ao Ribate-jo, e quem escolhe esta zona para residir fá-lo também por causa desta qualidade de vida que temos para oferecer. Essa é uma estratégia que não vamos perder de vista, não queremos repetir o que se pas-

sou em Lisboa, uma pressão urbanística muito forte que levou à massifi cação do cimento. Nós não queremos ser um dor-mitório, e a Câmara não o permite. Mesmo ao nível empresarial, fomos nós que defi -nimos o que queríamos e defi nimos que queríamos empresas de média dimensão. Nunca aceitámos grandes empresas, pelo impacto que elas poderiam vir a ter no futuro, como a deslocalização, impactos ambientais, etc.

Mesmo assim assistimos nos últimos anos ao encerramento de muitas empresas no concelho…

Os efeitos da crise no nosso município e que levaram ao aumento do desemprego, fi zeram-se sentir muito em função dos pro-blemas nas micro e pequenas empresas, algumas das quais fecharam, e aos proble-mas no setor da construção civil. Este era um setor muito importante neste concelho e que foi completamente dizimado. Em relação às empresas de maior dimensão, para além da SOCTIP e da Martifer, que foram as únicas de média dimensão e com maior impacto que fecharam, as outras mantêm-se e têm tido um desempenho extraordinário.

Temos assistido à consolidação de mui-tas dessas empresas, ao aumento do volu-me de negócios e ao aumento dos postos de trabalho. Os últimos dados que temos disponíveis apontam para que estejamos já muito próximos dos 900 milhões de euros de volume de negócios gerados pelas nossas empresas. Eu tenho dado ênfase a uma situação que, para mim, é muito importante, e que são as exportações, um desígnio do nosso país, e para o qual Bena-vente tem contribuído bastante. Destes 900 milhões, mais de 200 milhões provêm

das exportações. É um desempenho muito bom e que nos abre boas perspetivas de futuro.

Quais são os setores de atividade mais representativos neste concelho?

O nosso município tem uma estratégia que julgo que foi bem desenhada, fruto também de alguns ensinamentos. Na déca-da de 80, a crise fez-se sentir de uma forma muito acentuada em Benavente. Nós tínha-mos dois setores que eram muito fortes, que eram as indústrias das madeiras e da metalomecânica. Essas empresas fecharam todas e na altura foi a Câmara que teve a capacidade de recrutar muitas dessas pessoas. A partir daí, a nossa estratégia passou por diversifi car o tecido empre-sarial, procurando selecionar empresas que não fossem muito grandes e que não fossem poluentes. Por isso, hoje temos um tecido empresarial diversifi cado, assente na indústria transformadora, na área do agroalimentar, nos plásticos, na indús-tria automóvel, logística e isso foi impor-tantíssimo para a situação que vivemos recentemente. O concelho mantém o que esteve na sua génese, um concelho rural, com um setor primário que tem aqui uma importância signifi cativa.

Tem aqui a Companhia das Lezírias que é a maior empresa agrícola do país…

Mas não temos só a CL, que é uma refe-rência. Temos também os nossos solos, que são muito ricos, são solos de aluvião, com duas culturas predominantes: o tomate e o arroz. Os nossos agricultores passaram também por um processo de adaptação e redimensionamento das suas explorações, o que permite que hoje sejam bastante competitivos e com boas produções.

Os últimos dados que temos disponíveis apontam para que estejamos já muito próximos dos 900 milhões de euros de volume de negócios gerados pelas nossas empresas.”

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Falando agora das zonas industriais, ain-da existem lotes disponíveis para acolher quem queira instalar-se em Benavente?

O concelho de Benavente tem uma parti-cularidade, temos empresas instaladas ao longo de todo o território, principalmente junto da EN118, de Samora a Benavente. Isto resulta de um processo dos anos 70, e hoje temos uma situação que existe e que resulta numa diversifi cação na ocupação dessas zonas. As zonas industriais estão com boas taxas de ocupação mas existem ainda lotes disponíveis. Contudo, a grande aposta passa pela revisão do PDM, onde aumentámos bastante a capacidade de instalação da atividade económica, em função daquilo que é a excelência das vias de comunicação que servem o município. Junto aos nós de acesso da autoestrada ampliámos significativamente as áreas para localização de atividades económicas na expetativa de nos prepararmos para aquilo que pensamos vir a acontecer e de podermos continuar a atrair novas empresas.

A autarquia está a procurar novas empresas para se instalarem em Bena-vente?

O município está a preparar-se para isso. Seguindo sempre a nossa estratégia, que passa pela promoção de um desenvol-vimento sustentável, recusando sempre tornarmo-nos um dormitório de Lisboa.

Tem conhecimento de alguns projetos empresariais em curso neste momento?

Recentemente tivemos a instalação de uma empresa que está ligada à confeção de pizzas, com uma área de 5 mil metros

quadrados, que pretende alargar já a sua atividade; estamos com um projeto de grande crescimento, trata-se da construção de um empreendimento com 270 arma-zéns por comércio por grosso, que está a ser realizado por empresários chineses. É um investimento de cerca de 40 milhões de euros que está numa fase bastante adiantada. A intenção dos promotores é concluírem no próximo ano, nós estamos com alguma expetativa porque pode haver aqui a possibilidade de criar emprego para a população deste concelho.

Tem falado na demora da revisão do PDM com alguma frequência. Em que ponto está essa situação que se arrasta há 14 anos?

O PDM em vigor tem mais de 20 anos. Trata-se de um PDM de 1ª geração, dos PDM que foram construídos para dar cumprimento aos requisitos do 1º Quadro Comunitário. Obviamente, foram primei-ras experiências, com muitas debilidades, e a previsão era que pudessem ser revistos ao fi m de 10 anos. Ora, passaram 20 anos e esse é um instrumento que ainda não está disponível no município de Benavente nem, de uma forma geral, no resto do país. No distrito de Santarém apenas dois processos de revisão, entre eles o de Benavente, se encontram numa fase mais adiantada, já aprovados em Assembleia Municipal. Isto traduz bem o que é a burocracia associada a este processo, que tem tido sucessivos avanços e recuos. Desta forma, um conce-lho que cresceu acima dos 25% tem hoje um PDM que está totalmente desajustado para a nossa realidade.

Houve abordagens de empresas às quais não tivemos resposta para dar devido a esta situação. Os limites à construção nas zonas mais rurais, onde os fi lhos não

A nossa estratégia passou por diversifi car o tecido empresarial, procurando selecionar empresas que não fossem muito grandes e que não fossem poluentes. O concelho mantém o que esteve na sua génese, um concelho rural, com um setor primário que tem aqui uma importância signifi cativa.”

podem construir a sua habitação junto aos pais, gerou também outras situações, como o abandono dessas localidades e a consequente perda de serviços, como o encerramento de escolas, postos médicos, etc. Se tivéssemos outros instrumentos de ordenamento do território hoje teríamos outras ferramentas para combater esta situação, criando condições para as pes-soas lá viverem.

Mas temos um caso paradigmático que é o caso de Santo Estêvão…

A aldeia de Santo Estêvão está asso-ciada a outro projeto do município, de valorização do turismo. Temos condi-ções excelentes, um património ambien-tal e paisagístico, o estuário do Tejo, a Companhia das Lezírias. Há muito que a Câmara definiu para essa zona o seu plano de desenvolvimento turístico. No PROT-OVT, esta zona do vale do Sorraia foi defi nida como área emergente para o turismo de natureza. Estamos a iniciar, em colaboração com a Região de Turismo do Alentejo e Ribatejo, o plano estratégico de desenvolvimento turístico do concelho, muito assente neste turismo de natureza complementado com outras intervenções e com o que já temos, designadamente o golfe. Mas existem outros tipos de proje-tos para os quais temos sido abordados e que esperamos venham a concretizar-se. Esperamos poder vir a benefi ciar desta relação de proximidade que temos com Lisboa, em redor da qual estão 3 milhões de pessoas, e que também tem grandes fl uxos turísticos.

E que projetos são esses?Alguns projetos são de grande dimensão,

ainda não podemos adiantar muito, mas estão associadas à natureza, ao cavalo e ao

ENTREVISTA

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golfe. Há um projeto para um parque de ski aquático “Wake Park”, que está para ser instalado em Santo Estevão, mas não posso ainda falar de outros projetos.

A promoção da gastronomia e dos produtos endógenos, como arroz, está também integrado nesta estratégia do município?

O arroz é muito importante para Bena-vente. Somos o 2º município do país em área afeta à produção de arroz, onde pro-duzimos o arroz carolino. A nossa estra-tégia passa por afi rmar a qualidade deste arroz e dar escala aos nossos agricultores. Temos no concelho organizações como a Orivárzea e agora a Benagro que quer replicar esse projeto, o que será bom para os nossos orizicultores ganharem escala e encararem o futuro de forma diferente. Passam a participar em todas as fases do processo, desde o cultivo, produção, trans-formação e comercialização associada à marca.

A Câmara tem de ajudar a divulgar este produto que é de muita qualidade e associá-lo à gastronomia. Vamos realizar o primeiro Festival do Arroz Carolino, no fi nal de Maio, em colaboração com a Enti-dade de Turismo do Alentejo e Ribatejo e temos a elevada expetativa que possa ser um ponto importante para a valorização deste produto e para a dinamização da restauração.

Outra das áreas estratégicas do municí-pio incide na reabilitação urbana, princi-palmente nas áreas urbanas de Benavente e Samora Correia. Pode confi rmar?

A degradação das áreas urbanas antigas é um problema do país. No nosso caso, temos Benavente e Samora Correia que são atravessadas por estradas nacionais, onde circulam diariamente 20 mil via-turas. Defi nimos assim duas ARU´s, que abrangem estas duas zonas antigas. Os planos estratégicos estão concluídos e é nossa expetativa poder avançar, de acordo com o que está defi nido nos PEDU, que candidatámos aos fundos comunitários. Esperamos requalifi car o espaço público,

com alguns equipamentos que vão ser também objeto de requalifi cação e temos a expetativa que possam vir a existir con-dições para estimular os proprietários, apesar de já vermos alguns exemplos. Os incentivos fi scais já têm alguma dimen-são mas, na nossa ótica, deve existir um instrumento financeiro, ou uma outra solução, que permita aos proprietários fazerem a recuperação dos seus imóveis. Alguns destes prédios são muito antigos, não oferecem as condições de habitabili-dade que são hoje solicitadas, são casas de dimensões muito reduzidas, e em alguns casos terão de se associar duas habitações.

E a Câmara tem o levantamento de todas as habitações, conhece todos os proprietários?

Fizemos um trabalho no plano estratégi-co e no âmbito da ARU e todos os imóveis estão caracterizados. Uma percentagem signifi cativa tem identifi cado o seu proprie-tário e outra parte tem também o seu cadas-tro com identifi cação da matriz. Este pro-jeto da autarquia procurará requalifi car o espaço público, trazer animação para estes espaços, trazer gente para morar nas zonas antigas e revitalizar o comércio tradicional. Não há varinhas mágicas para resolver este problema, mas é necessário que existam as condições e que estas sejam estimulantes para que os proprietários possam avançar. Este será um dos projetos mais importan-tes para o município nos próximos anos.

O arroz é muito importante para Benavente. Somos o 2º município do país em área afeta à produção de arroz, onde produzimos o arroz carolino. A nossa estratégia passa por afi rmar a qualidade deste arroz e dar escala aos nossos agricultores.”

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Candidaturas abertas nas áreas de empreendedorismo, inovação e internacionalização

INFORMAÇÃO E APOIO

Mais informações:

Departamento de Apoio Técnico, Inovação e CompetitividadeE-mail: [email protected].: 249 839 500

Acedendo a www.portugal2020.pt na área Candidaturas Aber-tas as empresas poderão ter acesso aos avisos de candida-

turas abertas que contêm informação tais como a tipologia das operações abrangidas, âmbito setorial, despesas elegíveis, taxas de fi nanciamento, dotação. Neste contexto, encontram-se disponíveis até ao dia 31 de março, os seguintes Sistemas de Incentivo de interesse, enquadráveis para algumas empresas:

Aviso N.º 02/SI/2016- Sistema de Incen-• tivos “Empreendedorismo Qualifi cado e Criativo”

Aviso N.º 01/SI/2016 - Sistema de Incen-• tivos “Inovação Produtiva”

Estes dois Sistemas de Incentivo já abor-dados em edições anteriores da revista per-mitem a elegibilidade de despesas, tais como a compra de máquinas e equipamentos, despesas de formação de Recursos Huma-nos, e para alguns CAE’ s despesas com construção e remodelação de edifícios.

A NERSANT dispõe de informação resu-mo destes sistemas de incentivo também no seu site em http://www.nersant.pt/noticia/portugal-2020-candidaturas-abertas.

A apresentação de candidaturas ao Por-tugal 2020 é feita sempre no próprio portal através de formulário eletrónico, sendo necessário que a empresa proceda ao seu

registo na área Balcão 2020.Gostaríamos ainda de relembrar, alguns

dos critérios de elegibilidade necessários para apresentar candidaturas, transversais à generalidade das diferentes tipologias de investimento, alertando para o fato destes critérios terem que se verifi car à data da candidatura. São eles:

A empresa estar legalmente constituí-−da;

Dispor de contabilidade organizada;− Ter a situação regularizada perante −a administração fiscal e a segurança social;

Não ter salários em atraso aos seus traba-−lhadores (verifi cado através de declaração da empresa);

Licenciamento da atividade;− Não ser uma empresa em difi culdade;− Não estar sujeita à recuperação de apoios −anteriores;

Verifi car-se o início dos trabalhos poste-−rior à data da candidatura e não incluir despesas anteriores à data da candidatura (exceto adiantamentos até 50% e estudos de viabilidade);

Projeto de investimento sustentado por −uma análise estratégica da empresa;

Demonstrar que se encontram assegu-−radas as fontes fi nanciamento;

Iniciar o projeto no prazo de 6 meses −após a comunicação da aprovação;

Cumprir os critérios de PME (certifi cação −PME no site do IAPMEI);

Ter uma autonomia fi nanceira igual ou −superior a 15% no ano pré-projeto (20% para não PME);

Ter concluído projetos anteriormente −aprovados ao abrigo da mesma tipolo-gia.

Por último, para as empresas com inte-resse na internacionalização, encontram-se abertas candidaturas até ao dia 31 março ao Sistema de Incentivo à Internacionalização PME – Vale Internacionalização:

Aviso N.º 14/SI/2015 - Sistema de Incenti-• vos “Internacionalização das PME” – Vale Internacionalização

Este Sistema de Incentivos apoia com financiamento de 75% a fundo perdido, a contratação de serviços de consultoria e prospeção de mercados, angariação de contactos de potenciais clientes e parcei-ros, presença em feiras, deslocação aos mercados. É direcionado exclusivamente a empresas que pretendam iniciar o seu processo de internacionalização, que não tenham registo de exportações nos últimos 12 meses e disponham de pelo menos 3 tra-balhadores inscritos na segurança social.

O programa Portugal 2020 dispõe de um portal com informação atualizada sobre os diversos Sistemas de Incentivo ao Investimento Empresarial disponíveis.

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23www.nersant.pt FEVEREIRO 2016

Este projeto entrou em atividade no dia 2 de novembro de 2015 e estará em vigor até 31 de outubro de 2018, tendo sido uma candida-

tura submetida ao Programa Operacional de Inclusão Social e Emprego – PO ISE, em que o Centro de Reabilitação e Integração Torrejano (CRIT) surge como a Entida-de Coordenadora Local da Parceria e o Centro de Bem-Estar Social da Zona Alta de Torres Novas, a Santa Casa da Mise-ricórdia de Torres Novas e o Jardim de Infância de S. Pedro de Torres Novas, a par do CRIT, como Entidades Locais Exe-cutoras das Ações.

Sendo um projeto da comunidade e para a comunidade do concelho de Torres Novas, o CLDS 3G tem como grande mis-são potenciar o território e a capacitação dos seus cidadãos e famílias no atual ciclo de crescimento económico, promoven-do a equidade territorial, a igualdade de oportunidades e a inclusão social nas suas mais diversas dimensões, de forma mul-tissetorial e integrada, através de ações a executar em parceria. Toda a intervenção foi desenhada tendo como foco as carac-terísticas do território, nomeadamente na caraterização apresentada no aviso de abertura de candidatura - TERRITÓ-RIOS ESPECIALMENTE AFETADOS POR DESEMPREGO - enquadrando-se as ações previstas em três grandes eixos (Eixo 1: Emprego, formação e qualifi cação; Eixo 2: Intervenção familiar e parental, preventiva da pobreza infantil e Eixo 3: Capacitação da comunidade e das instituições) que, no caso específi co de Torres Novas, deram origem aos 4 núcleos que aglomeram as atividades constituintes do referido proje-to: Núcleo de atendimento e encaminha-mento ao emprego; Núcleo de formação e qualifi cação; Núcleo terapêutico e Núcleo de dinâmicas na/com a comunidade.

O CLDS3G de Torres Novas, ao longo da sua intervenção, privilegiará o contato com a comunidade do concelho de Tor-res Novas através do Gabinete Emprego +, que disponibiliza diversos serviços de forma gratuita, entre os quais os servi-

Contrato Local de Desenvolvimento Social 3G de Torres NovasTorres Novas benefi cia, pela primeira vez, do programa de Contrato Local de Desenvolvimento Social, agora designado de 3.ª Geração (CLDS-3G), um instrumento de intervenção ao nível das problemáticas do desemprego, da pobreza e exclusão social.

ços de atendimento e encaminhamento ao emprego, o placard informativo com ofertas de emprego e formações, o serviço de apoio e acompanhamento a pessoas empreendedoras, o serviço de apoio ao emprego jovem, o serviço de informação a empresas/organizações e a famílias em situação de desemprego.

Para marcação de atendimento e/ou outros esclarecimentos, poderá dirigir-se ao nosso gabinete, sediado na Rua Ale-xandre Herculano, 112, 2350-439, Torres Novas, aberto no horário abaixo indicado, ou contatar o 249 836 061 e/ou o e-mail [email protected].

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VIVER O TEJOVIVER O TTEEJJOOOVIVER O TEJO

Dia 1Tomar

ManhãConvento de Cristo Conjunto monumental reconhecido pela UNESCO como Património da Humanidade desde 1983. É represen-tativo de seis séculos da história e da arquitetura portuguesas e considerado fundamental para a aprendizagem da nossa história, desde a conquista do território e as Cruzadas, até aos Desco-brimentos.

Almoço: Amor Lusitano - A Portuguese House;• Restaurante O Alminhas; • Restaurante A Lúria (Portela de São • Pedro).

Terras Templárias

Esta rota propõe uma visita temática aos principais monumentos templários na região presentes em Tomar, Almourol (Vila Nova da Barquinha) e Dornes (Ferreira do Zêzere). Estes locais são um mundo de histórias, segredos e surpresas. Venha connosco Viver o Tejo!

Tarde:Igreja de Santa Maria do Olival em TomarIgreja e panteão de Mestres Templá-rios. Da primitiva construção resta a fachada gótica assinalada pelo “Signum Salomonis”, marca dos cavaleiros tem-plários, contraposta na enorme rosácea. Foi a Igreja Matriz dos Descobrimentos.

Mata Nacional dos Sete MontesAntiga cerca dos freires do Convento de Cristo, é um belo parque natural, valori-zado pela ligação ao Convento e ao cen-tro histórico de Tomar. Tem percurso de manutenção e parque de merendas. Tem como bons complementos o Rio Nabão e o Jardim da Várzea Pequena.

Centro HistóricoPraça da República e ruas adjacentes.

SinagogaSituada na antiga Judiaria de Tomar, é o mais antigo templo hebraico medieval de Portugal. Mandado erigir pelo Infante D. Henrique como agradecimento pela ajuda prestada pela comu-

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nidade judaica durante o período dos Descobrimentos, o Templo é um espaço de planta quadrada, suportado por qua-tro colunas que representam as mães de Israel.

JantarRestaurante Taverna Antiqua;• Restaurante O Sabor da Pedra (Alve-• rangel)Alojamento: • Casa da Avó Genoveva (Curvaceiras);• Quinta do Troviscal (São Pedro);• Parque de Campismo de Alverangel.•

Dia 2ManhãCastelo de AlmourolFortaleza reconstruída por Gualdim Pais em 1171, é o ex-líbris do concelho de Vila Nova da Barquinha. À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exempla-res mais representativos da arquitetura militar da altura, evocando simultanea-mente os primórdios do reino de Portu-gal e a Ordem dos Templários.

AlmoçoRestaurante Almourol (Tancos)• Restaurante O Ribeirinho•

Tarde

Torre Pentagonal de DornesA Torre de Dornes constitui um raro exemplar da arquitetura militar da Reconquista. Mandada edifi car por Gualdim Pais, mestre da Ordem do Templo, para defesa da linha do Tejo, terá sido construída sobre a base de

uma antiga torre romana. No interior é possível encontrar algumas inscrições funerárias templárias. No século XVI, perdida a função guerreira, foi transfor-mada em torre sineira. Propomos, no fi nal da rota, e para relaxar, um breve passeio de canoa no fantástico espelho de água, onde poderá desfrutar de um fi nal de tarde com vista para a Vila de Dornes.

Gastronomia a não perder

Doce de Pão−

Beija-me Depressa −

Fatias de Tomar−

Informações:www.viverotejo.pt

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26 www.nersant.ptFEVEREIRO 2016

INFORMAÇÃO E APOIO

O QUE É UM DOMÍNIO?

Um domínio pode ser considerado como a morada digital da sua empresa na inter-net. Quando visitamos um site ou quan-do enviamos um e-mail é através de um domínio que identifi camos a localização do site que queremos aceder ou para onde queremos enviar um e-mail.

Um domínio é composto por duas partes, a keyword (palavra escolhida para identifi -car o domínio) e a extensão (.pt, .com, .com.pt, .eu e entre outras). Utilizando o domí-nio nersant.pt como exemplo, a keyword seria nersant e a extensão seria .pt. Os domínios são registo únicos na internet, não podendo duas empresas diferentes serem proprietárias do mesmo domínio, garantindo desta forma uma identifi cação fi dedigna para onde somos encaminhados. Por exemplo, quando acedemos ao site nersant.pt ou enviamos um e-mail para um endereço com a terminação nersant.pt temos a garantia que a informação chegará ao destino correto.

SUBDOMÍNIOS

Um subdomínio funciona como uma morada alternativa do nosso domínio, sendo que a terminação do subdomínio será sempre igual ao domínio. Utilizando

Tudo o que precisa de saber sobre DomíniosNos tempos que correm a presença das empresas na internet quase que deixou de ser uma mais-valia, passando a ser praticamente uma necessidade. Com a presença de uma empresa na internet surgem cada vez mais novas oportunidades de negócio. Para isso nada melhor que a aquisição de um domínio para a sua empresa.

novamente o domínio nersant.pt como exemplo, dentro do domínio nersant.pt existe o subdomínio club.nersant.pt.

Um domínio pode possuir um conjunto ilimitado de subdomínios (sem qualquer custo adicional).

AQUISIÇÃO DE UM DOMÍNIO

As aquisições de domínios são feitas através de entidades intermediárias na venda de domínios. A essas entidades chamamos “registar”. Em Portugal exis-tem várias entidades em que podemos registar o nosso domínio, podendo sem-pre escolher a entidade que possua os serviços que mais se adequem às suas necessidades.

A aquisição de um domínio passa essen-cialmente por escolher qual o domínio que pretendemos utilizar e verifi car se esse domínio ainda não se encontra registado (algo que normalmente pode ser visto no site de um “registar”). Os domínios, ide-almente, devem ser nome curtos e que possam facilmente identifi car a empresa, facilitando desta forma a memorização da morada digital da mesma. Após a escolha do domínio que esteja disponível, resta apenas fazer o seu registo através de uma entidade “registar”.

RENOVAÇÃO DE UM DOMÍNIO

Ao ser adquirido um domínio não fi ca-mos proprietários vitalícios do mesmo. Os domínios têm de ser renovados, e o preço dessa renovação pode variar conforme a extensão escolhida para o domínio. A partir do momento em que deixamos de pagar o registo de um domínio, esse domínio deixa de ser nossa propriedade, fi cando livre para ser registado por quem estiver interessado.

DOMÍNIO NÃO É ALOJAMENTO

Um domínio é apenas a nossa morada na internet, mas apenas essa morada não é sufi ciente para termos um site ou um serviço de e-mail a funcionar. A aquisição de um domínio e a aquisição de serviços de alojamento são serviços totalmente dife-rentes, embora normalmente possam ser adquiridos através da mesma entidade.

O preço de um serviço de alojamento varia conforme a entidade onde estamos a adquirir os serviços e conforme as espe-cifi cações do alojamento. Imaginemos que apenas queremos utilizar o nosso domí-nio para criar um serviço de e-mail para a nossa empresa. Nesse caso não existe necessidade adquirirmos os serviços de alojamento do site dessa mesma empresa.

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28 www.nersant.ptFEVEREIRO 2016

INFORMAÇÃO E APOIO

Ferramentas Lean Manufacturing contribuem para o aumento da produtividade e a redução de custos das empresas

Estes investimentos são possíveis face à aprovação do RING – Ribate-jo Inovação na Gestão, projeto sub-metido pela NERSANT – Associa-

ção Empresarial da Região de Santarém, no âmbito do Portugal 2020, o qual conta com o fi nanciamento a fundo perdido de 50%.

É objetivo do projeto RING o desen-volvimento de ações de modernização e melhoramento das metodologias e proces-sos de gestão, nas áreas da optimização de processos ou da inovação, o qual inclui a certifi cação de sistemas de gestão a imple-mentar, podendo cada empresa escolher o tipo de certifi cação que pretende consoante os seus interesses entre as opões ISO9001 (incluindo transição para o novo referencial ISO9001:2015), FSSC22000 ou NP4457.

Na área da optimização dos processos de gestão, o projeto visa com o recurso a soluções “LEAN” a redução de custos e uma maior efi ciência e efi cácia do processo produtivo.

O Lean baseia-se nos princípios produ-tivos que resultem em produzir o máximo com o mínimo possível, que se traduz em reduzir ou eliminar as atividades que não agregam valor ao produto/serviço fi nal, tais como movimentação, tempos de espera, tempos de manutenção, movimentações (de equipamentos, materiais, pessoal). Pro-

postas como a redução de movimentação, organização do posto de trabalho, balance-amento de linhas, a aplicação da metodolo-gia 5S entre muitas outras, dependendo do diagnóstico inicial à empresa, contribuem para a eliminação de desperdícios como Inventários, Sobreprodução, Tempos de Espera, Defeitos (Não Qualidade), Movi-mentações, Sobreprocessamento.

Nesta área de intervenção, o térmi-no do projeto, verifica-se cumulativa-mente com a implementação e certi-ficação de Sistemas de Gestão da Qua-lidade ISO9001 (incluindo transição

para o novo referencial ISO9001:2015) ou Segurança Alimentar (FSSC22000);

Já na área da INOVAÇÃO, pretende-se com o projeto RING introduzir metodolo-gias e ferramentas Inovadoras na empresa, que permitam a criação e desenvolvimento de novos produtos e/ou processos.

Inovar constitui-se um imperativo estra-tégico para as empresas, pela sua infl uência na competitividade, o que é reconhecido pela generalidade dos agentes económi-cos. Embora se tenha vindo a assistir a um envolvimento crescente do tecido empresa-rial português nas atividades de inovação, a maioria das PMEs tem ainda um longo caminho a percorrer neste processo, sendo a Inovação de produtos e/ou processos, uma ferramenta relevante para potenciar a competitividade das empresas, através da adoção de metodologias simples, mas inequivocamente efi cazes e efi cientes.

Pretende-se assim com o projeto, a definição e implementação de sistemas de gestão do processo de inovação, desde a geração de ideias inovadoras até ao proces-so de análise e evolução das mesmas, com a concretização de dois casos piloto.

O projeto culmina com a implementação e certifi cação do normativo - NP4457:2007 - SGIDI (Sistema de Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação).

Mais informações:[email protected] * 249 839 500

Empresas da região vão ter acesso a apoio a fundo perdido para investimentos na área da Qualidade e Segurança Alimentar com recurso a metodologias LEAN. Outra área de investimento é a área da Inovação, através da criação e desenvolvimento de novos produtos e/ou processos

Ilustração 1 – Tipos de Desperdícios

Ilustração 2 - Metodologia 5S

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29www.nersant.pt FEVEREIRO 2016

Em setembro de 2015 entrou em vigor a Portaria n.º 307/2015 que defi ne as regras aplicáveis ao seguro obrigatório de res-

ponsabilidade civil extracontratual para estabelecimentos industriais de tipo 1 e 2 e entidades acreditadas no âmbito do SIR – Sistema Industrial Responsável.

Criado no âmbito do licenciamento industrial, o SIR tem por objetivo preve-nir os riscos e inconvenientes resultan-tes da exploração dos estabelecimentos industriais, visando salvaguardar, entre outros:

Saúde pública e dos trabalhadores•

Segurança de pessoas e bens•

Segurança dos locais de trabalho•

Qualidade do ambiente•

Correto ordenamento do território•

Para tal, fi cam obrigados à celebração de seguro de responsabilidade civil:

O industrial titular da exploração de • estabelecimento industrial incluído nas tipologias 1 ou 2, tal como defi nidas no artigo 11.º do SIR;

As entidades acreditadas a que refere a • alínea j) do artigo 2.º do SIR.

O diploma estabelece ainda que cada contrato de seguro não pode abranger senão um único estabelecimento industrial.

Os capitais seguros obrigatórios variam consoante estejamos perante um estabele-cimento do tipo 1 (Responsabilidade Civil Exploração de € 187.500,00 e € 125.000,00 de Poluição Súbita e Acidental) ou de tipo 2 (Responsabilidade Civil Exploração de € 150.000,00 e € 100.000,00 de Poluição Súbita e Acidental).

Não é propriamente fácil perceber quais as empresas que efetivamente estarão obri-gadas à contratação deste novo seguro pois como se poderá verifi car seguidamente, a resposta do legislador remete-nos para uma série de regimes jurídicos, mediante a qual só através de uma análise casuística e detalhada da circunstância de cada empre-sa se poderá determinar se esta tem ou não

obrigatoriedade de contratação da apólice. De forma muito resumida, podemos

defi nir que a classifi cação nas distintas tipologias é efetuada pelo enquadramento de cada empresa conforme estabelecido no artigo 11.º da Portaria que regulamenta este sistema:

TIPOLOGIAS DOS ESTABELECIMENTOS INDUSTRIAIS

1 – Os estabelecimentos industriais classifi cam-se, em função do grau de risco potencial inerente à sua exploração, para a pessoa humana e para o ambiente, em três tipos.

2 – São incluídos no tipo 1 os estabele-cimentos cujos projetos de instalações industriais se encontrem abrangidos por, pelo menos, um dos seguintes regimes jurídicos ou circunstâncias:a) Regime jurídico de avaliação de impac-

te ambiental (RJAIA);b) Regime jurídico da prevenção e con-

trolo integrado de poluição (RJPCIP), a que se refere o capítulo II do Regime das Emissões Industriais (REI);

c) Regime jurídico de prevenção de aci-dentes graves que envolvam substân-cias perigosas (RPAG);

d) Realização de operação de gestão de resíduos que careça de vistoria prévia ao início da exploração, à luz do regime de prevenção, produção e gestão de resíduos;

e) Exploração de atividade agroalimentar que utilize matéria-prima de origem animal não transformada, de atividade que envolva a manipulação de subpro-dutos de origem animal ou de atividade de fabrico de alimentos para animais que careça de atribuição de número de controlo veterinário ou de número de

identifi cação individual, nos termos da legislação aplicável.

3 – São incluídos no tipo 2 os estabeleci-mentos industriais não incluídos no tipo 1, desde que abrangidos por pelo menos um dos seguintes regimes jurídicos ou circunstâncias:a) Regime do comércio europeu de licen-

ças de emissão de gases com efeitos de estufa (CELE);

b) Necessidade de obtenção de alvará para realização de operação de gestão de resíduos que dispense vistoria prévia, nos termos do regime geral de gestão de resíduos, com exceção dos estabe-lecimentos identifi cados pela parte 2-A do anexo I ao SIR, ainda que localizados em edifício cujo alvará admita comércio ou serviços, na condição de realizarem operações de valorização de resíduos não perigosos.

A NERSANT Seguros, em colaboração com o Grupo Rego disponibiliza-se, através dos seus serviços de consultoria, na ava-liação do enquadramento da sua empresa, bem como no desenho de uma nova apólice ou na alteração da apólice actual por forma a cumprir com o novo normativo que defi -ne como prazo limite para implementação o mês de fevereiro de 2016.

A consulta deste documento não substi-tui nem dispensa a consulta da legislação em vigor.

Novo seguro obrigatório de responsabilidade civil industrial

Mais informações:NERSANT Seguros, S.A.Telef.: 249 839 [email protected]

Page 30: Revista Ribatejo Invest / fevereiro 2016

www.nersant.ptFEVEREIRO 2016

INFORMAÇÃO E APOIO

Monitorização de Consumos de EnergiaUma ferramenta diferenciadora na gestão de energia das empresas e um passo de gigante para a efi ciência energética.

Quando monitorizamos de for-ma instantânea os diversos consumos nas nossas insta-lações, conseguimos de for-

ma expedita assumir o controlo sobre os custos associados aos diversos usos.

De um modo geral, a defi nição de um Sistema de Monitorização de Energia ultra-passa as diferentes realidades organizacio-nais, isto é, de forma simples considera-

Jorge RodriguezConsultor da Índice ICT & Management, Lda.

se que a incorporação de dispositivos de contagem de energia (qualquer que seja a forma de energia) com períodos horá-rios de integração defi nidos e associados a ferramenta (s) de análise que permitam a produção de relatórios serão um Sistema de Monitorização de Energia.

A este respeito a evolução tecnológica tem permitido o aparecimento de diver-sas ferramentas standard, que podem ser adaptadas de forma simples a cada orga-nização/instalação específi ca.

A título de exemplo podemos referir o Software desenvolvido no âmbito do Projecto RIBACertifica. A ferramenta desenvolvida para as empresas que imple-mentaram e certifi caram o seu Sistema de Gestão de Energia, pelo referencial ISO 50001 tiveram oportunidade de usufruir do ENER+.

Trata-se de um Software de Monitori-zação de Consumos de Energia Elétrica, que permite a leitura, visualização dos consumos de energia em diversos pontos

BENEFÍCIOS DA MONITORIZAÇÃO DOS CONSUMOS DE ENERGIA:Evolução histórica dos diferentes consumos de energias;•

Compreensão dos fatores que afetam o consumo energético/desempenho de • sectores ou equipamentos;

Identifi cação rápida da necessidade de intervenção na manutenção dos equipa-• mentos;

Alarme em caso de desvio aos limites estabelecidos;•

Medição real dos projetos de e¬fi ciência energética (melhoria implementadas);•

Gestão das faturas de energia.•

da instalação e a produção de relatórios de acordo com as defi nições do gestor do sistema.

É uma ferramenta de consulta online ainda que restrita aos seus administrado-res e utilizadores credenciados, simples e dinâmica, e que permite uma análise detalhada e em tempo real dos consumos da empresa. O Sistema pode monitorizar todos os pontos de consumo identi¬fi cados na instalação de acordo com os contadores de energia disponíveis.

A monitorização de consumos permi-te tornar as empresas mais conscientes sobre o caminho a seguir num trajecto de estratégia e competitividade. Apesar da abertura dos mercados é um facto que os preços da energia continuarão a subir e os Sistemas de Monitorização de Energia devem ser encarados não apenas como elementos de recolha de informação, mas como ferramentas expeditas de suporte à decisão.

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www.nersant.ptFEVEREIRO 2016

GTI/GTD e outro que o transforma num veículo silencioso com emissões zero como acontece no e-Golf.

Excecionalmente efi ciente: o Golf GTE tem um consumo médio de combustível de 1,5 l/100 km de gasolina (equivale a

O Volkswagen Golf GTE

Primeiro híbrido plug-in com ADN do Golf GTI

O design, as características dos equipamentos GT e caráter pleno de agilidade do Golf GTE foram adaptadas dire-

tamente do Golf GTI e GTD e, ao mesmo tempo, foram transferidos para o concei-to do mundo das unidades eletrifi cadas. O fornecimento da energia propulsora no Golf GTE acontece através do motor turbo a gasolina de injeção direta com 150 Cv (1.4 TSI) e do motor elétrico com uma potência de 75 kW/102 Cv.

Estas duas fontes de energia combinam-se para formar uma unidade de potência em que ambas oferecem uma notável sus-tentabilidade e desempenho dinâmico, em conjunto com uma transmissão automáti-ca DSG de 6 velocidades de dupla embraia-gem desenvolvida especialmente para modelos híbridos. O sistema total oferece uma potência de 204 Cv. Essencialmente, estes dois sistemas são o coração do novo GTE: um que lhe transmite uma dinâmica

INFORMAÇÃO E APOIO

O Golf GTE é um dos modelos compactos mais inovadores dos nossos dias, para além disso,é desportivo como os lendários Golf GTI e Golf GTD. No entanto, pode ser conduzido com zero emissões (como acontece com o e-Golf), bastando para tal pressionar um botão.

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33FEVEREIRO 2016

35 g/km de CO2) e 11,4 kWh/100 km de energia elétrica (NEDC, classifi cação para veículos híbridos). O Golf GTE percorre uma distância até 50 km em modo total-mente elétrico; a autonomia total é de cerca de 939 km.

E-mode – com zero de emissões, premin-do um interruptor: aqueles que realizem principalmente viagens de curta duração podem, teoricamente, conduzir todo o tempo no “E-mode” (ativado pelo botão) e, assim, circular com zero de emissões. Durante a noite, o condutor pode simples-mente carregar a bateria de alta tensão a partir de uma tomada convencional de uma rede doméstica (3 horas e 45 minutos até atingir 100 por cento da capacidade de carga). Se a bateria for carregada numa wallbox para a garagem ou numa estação de carregamento público, a operação leva apenas 2 horas e 15 minutos para chegar a uma taxa de 100 por cento.

Eletrizante: mesmo em viagens mais longas, e graças às características de con-trolo inteligentes do Golf GTE, o condutor pode garantir uma energia elétrica reser-vada para o fi nal da viagem; assim pode

conduzir exclusivamente com o motor elétrico com zero emissões – se o seu destino fi nal for uma zona urbana, por exemplo. Deste modo, o Golf GTE é um veículo versátil, dinâmico e extremamente efi ciente em termos de combustível para longas viagens, podendo também ser uti-lizado como um veículo de emissões zero de CO2.

Modo GTE: um verdadeiro desportivo com o pressionar de um botão. As pro-priedades sustentáveis do veículo contras-tam com o elevado nível de dinâmica de condução, o que faz jus à designação do modelo GT (Grand Turismo). Quando a potência do motor TSI é utilizada no modo GTE, as acelerações do Golf GTE são de escassos 4,9 segundos (0-60 km/h) e de 7,6 segundos (0-100 km/h). A velocidade máxima atinge os 222 km/h. No entanto, a denominada “Vmax” é de importância secundária; o que haverá a destacar em especial é a combinação entre o motor a gasolina e o motor elétrico para produzir uma força propulsora impressionante ao Golf GTE, graças a um binário máximo de 350 Nm.

Dez informações importantes sobre o Golf GTE 1. O Golf GTE percorre uma distância

até 50 km em modo totalmente elétrico; a autonomia total é de cerca de 939 km.

2. Um consumo médio de combustí-vel de escassos 1,5 l/100 km e 11,4 kWh/100 km segundo a norma NEDC, equivalente a emissões de CO2 de 35 g/km.

3. Com o GTE, o Golf torna-se no primeiro veículo do mundo a oferecer todos os tipos relevan-tes de sistemas de acionamento de condução.

4. O Golf GTE combina uma condu-ção de zero emissões com uma longa distância em ritmo de cru-zeiro num único carro.

5. O motor de injeção direta turbo (TSI) desenvolve uma potência de 150 Cv e o motor elétrico até 75 kW/102 Cv.

6. O sistema híbrido plug-in trans-mite uma energia total ao sistema de 204 Cv; o binário máximo é de 350 Nm.

7. O GTE é a terceira variante da série GT após os ícones Golf GTI e GTD; destaca o mesmo ADN des-portivo.

8. O Golf GTE atinge uma velocidade máxima de 222 km/h e acelera dos 0-100 km/h em apenas 7,6 segun-dos.

9. O equipamento base do Golf GTE inclui faróis em LED e sistema de navegação “Discover Pro” com um ecrã de 8 polegadas.

10. O Golf GTE foi lançado em Portugal em maio de 2015 e atualmente tem um preço a partir de 42.660 €. É comercializado, numa primeira fase nos concessionários Soauto Expo (Lisboa), Soauto Rolporto (Porto) e Lubrigaz (Leiria).

Mais informações:www.sivaonline.pt | www.volkswagen.pt

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34 www.nersant.ptFEVEREIRO 2016

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

O cenário imponente do Museu da Eletricidade, em Lisboa, serviu de palco para o dia decisivo da quarta edição do Energia de Portugal.

A Mater Dynamics sagrou-se vencedora do prémio de 20 mil euros para a melhor equipa, no âmbito da quarta edição desta iniciativa da EdP e do Expresso. A ideia de negócio foi acompanhada pelo Sítio do Empreendedor, programa de apoio ao empreendedorismo e à criação de empre-sas ma região do Ribatejo.

O projeto da Mater Dynamics assen-ta no desenvolvimento de sensores para monitorizar a qualidade dos produtos com recurso ao nanosensor QStamp, produto com enorme potencial de utilização no setor agroalimentar, tão relevante na eco-nomia Ribatejana.

Antes de passar pela quarta edição do Energia de Portugal, esta ideia de negócio benefi ciou do acompanhamento técnico da NERSANT no âmbito do Sítio do Empre-endedor, onde foi apoiado na identifi cação

de potenciais clientes/testers e na busca de fi nanciadores, e tendo inclusivamente participado no Mercado de Financiamen-to realizado em maio de 2015 durante o Fórum da Inovação e do Empreendedoris-mo que a NERSANT organizou no Conven-to de São Francisco em Santarém.

O QUE É?O projeto Energia de Portugal (EdP)

é uma iniciativa conjunta do Expresso e da EDP. Nasceu em 2012 com a missão de promover a veia empreendedora dos portugueses, ajudando-os a criar negócios. É um programa de aceleração de startups que estão na fase inicial de implementação da sua ideia de negócio.

Durante dois anos, a iniciativa des-mistificou as dificuldades inerentes ao lançamento de empresas em Portugal. Nesta última edição, cujos vencedores foram divulgados no fi nal do ano, a ini-ciativa reforçou o alcance do Energia de Portugal aos mercados internacionais, com uma aposta ainda maior no Brasil,

após o sucesso do alargamento em 2014, em que a China fez igualmente parte do projeto.

Na edição 2015, o Energia de Portugal focou-se nas ideias inovadoras e globais, nomeadamente nas áreas da tecnologia, cidades, produtividade, energia, mobili-dade, inovação, ambiente, comunidade e clean tech. A organização e realização dos bootcamps foi da responsabilidade da Fábrica de Startups.

Mater Dynamics foi a grande vencedora da quarta edição do Energia de Portugal

Projeto do Sítio do Empreendedor (NERSANT) vence prémio EdP-Expresso

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Parlamento Europeu quer impulsionar startupsComo estratégia para o Mercado Único

Digital na Europa, o Parlamento Europeu quer acabar com o bloqueio geográfi co e impulsionar startups europeias a desen-volverem as suas atividades.

Num relatório aprovado pela maioria dos eurodeputados, o PE apela à adoção das 16 iniciativas anunciadas pela Comis-são Europeia em maio do ano passado, dizendo que práticas como a discrimina-ção com base no endereço de IP, endereço postal ou país de emissão do cartão de

Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2016A Comissão Europeia está novamen-

te a promover os Prémios Europeus de Promoção Empresarial 2016. Lançados em 2005, estes prémios têm como obje-tivo distinguir boas práticas de promoção do empreendedorismo na Europa e são dinamizados pela DG Mercado Interno, Indústria, Empreendedorismo e PME, em parceria com entidades nacionais de coordenação em cada Estado-Membro. O IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação, I.P. é o coordenador da inicia-tiva em Portugal. O prazo para submissão de candidaturas decorre até 04 de abril.

Através deste concurso privilegia-se o papel do setor público, a nível local, regio-nal e nacional, na criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento das empre-sas e do empreendedorismo, através de projetos ou iniciativas já desenvolvidas ou em desenvolvimento. Os projetos devem existir há pelo menos dois anos e podem ser fi nanciados por fundos da União Europeia.

Podem concorrer organizações nacio-

nais, municípios, regiões e comunidades, bem como parcerias público-privadas entre entidades públicas e empreendedo-res, programas educativos e organizações empresariais.

Os Prémios Europeus de Promoção Empresarial distinguem projetos desen-volvidos em seis grandes categorias. São elas: Promoção do espírito de empreen-dedorismo; Investimento nas competên-cias empreendedoras; Desenvolvimento do ambiente empresarial; Apoio à inter-nacionalização das empresas; Apoio ao desenvolvimento de mercados ecológicos e à efi ciência dos recursos; e Empreende-dorismo responsável e inclusivo.

Numa primeira fase, serão selecionados

dois projetos nacionais que irão represen-tar o país na fi nal europeia. Na edição de 2015, o Júri nacional elegeu os projetos ACT - Acelerador de Comercialização de Tecnologias, desenvolvido pela COTEC Portugal, e Lisboa Empreende, uma inicia-tiva da Câmara Municipal de Lisboa, para representarem Portugal na fase europeia da competição, tendo este último saído vencedor da competição, trazendo para Portugal, pela primeira vez, o Grande Prémio do Júri.

Para obter mais informações sobre os Prémios Europeus de Promoção Empresa-rial 2016, os interessados podem consultar o IAPMEI, através do link http://www.iap-mei.pt/iapmei-mstplindex.php?msid=4.

crédito têm de acabar para que se pos-sa melhorar o acesso dos consumidores europeus a bens e serviços.

Neste mesmo relatório considera-se essencial que a Europa aproveite as opor-tunidades que as novas tecnologias, como a computação em nuvem, a Internet das coisas e a impressão 3D, oferecem pois são inúmeras as vantagens para a economia e a sociedade. Por um lado, permitem novos serviços inovadores a preços competitivos. Por outro, pretende-se quebrar as barrei-

ras entre Estados-Membros facilitando o acesso das empresas, especialmente startups, ao mercado estrangeiro.

É importante que os consumidores possam usufruir de um nível de protec-ção equivalente independentemente de comprarem conteúdos digitais online ou offl ine, diz o relatório. Outra recomenda-ção feita pelo PE destina-se à necessidade de encontrar soluções inovadoras para melhorar os serviços e baixar os custos de entrega de encomendas transfronteiras.

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EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Santarém cria INcubadora d’Artes

Foi apresentado no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santarém, o proje-to INcubadora d’Artes, que vai funcionar na antiga Escola Básica de Salvador. Este projeto, que se destina a pessoas singulares ou coletivas, de dentro e fora do conce-lho de Santarém, e que sejam titulares de ideias e projetos inovadores e criativos, tem como objetivos a produção da cultura, estimular a criatividade, explorar o poten-cial criativo dos artistas, mais ou menos consagrados, e incentivar o surgimento de novos artistas.

A INcubadora d’Artes pretende-se afi r-mar como um espaço privilegiado de apoio à criação artística. “O artista tem a ideia, o talento, o mérito e o engenho; a Câmara quer proporcionar os meios necessários para que os seus projetos possam, no futu-ro, ser autossustentáveis”, conforme refere Susana Pita Soares, vereadora com pelouro da cultura.

Os projetos a instalar nesta incubadora são de base criativa e cultural e, segundo Susana Pita Soares, “devem assumir-se como atividades complementares porque entendemos ser necessário que se gerem as sinergias e as economias de escala fundamentais para que a incubadora se constitua como um verdadeiro nicho de indústrias criativas”.

Em Santarém, existem muitos agentes culturais em emergência e com um extra-ordinário entusiamo empreendedor, mas com uma enorme a carência de infraes-truturas e, com este projeto, a autarquia

possibilita condições infraestruturais para a criação e sustentabilidade dos projetos de cada um destes agentes numa fase inicial.

A partir da fi sionomia do espaço existen-te e depois do levantamento de propostas junto dos criadores do concelho, a Câmara realizou algumas adaptações. No entanto e numa fase inicial, o edifício está dotado de uma sala vocacionada essencialmente para estúdio de gravação e de ensaios; uma sala pequena para apoio administrativo e pequenas reuniões; uma sala polivalente para acolher objetos de maior dimensão e que possam coadunar-se ao espaço e para pequenas apresentações do processo de construção dos trabalhos em desenvolvi-mento de ações performativas; uma sala vocacionada para alojamento coletivo; e quatro salas para as diversas atividades artísticas que se proponham ser realiza-das e que as salas tenham capacidade de aceitação.

Este espaço destina-se a áreas como as artes digitais, webdesign, multimédia,

TIC – jogos criativos, audiovisuais, ima-gem em movimento, cinema de animação, fotografi a, artes plásticas, pintura, dese-nho, escultura, gravura, ilustração/banda desenhada, teatro, marionetas, novo circo, dança, música – ensaios de grupos infor-mais, moda, design, arquitetura, joalharia, artesanato tradicional e contemporâneo.

Para Ricardo Gonçalves, presidente da autarquia, este é “um projeto muito alician-te que vai ao encontro das necessidades do nosso concelho. Nós temos um centro histórico que temos que revitalizar e são projetos como este que o fazem revitali-zar”. Indo ao encontro desta ideia, Luís Farinha, vereador da autarquia, referiu que este projeto, ao estimular a criatividade em Santarém, permite o desenvolvimento do centro histórico através do conjunto de atividades que ali se vão realizar.

A abertura deste espaço está prevista para março sendo que, durante o mês de fevereiro, a autarquia está a rececionar pro-postas, através de um formulário próprio.

Até 21 de fevereiro, todos aqueles que possuam uma ideia de negócio podem candidatar-se à 3.ª edição do concurso “Elevator Pitch – Ideias Que Marcam”, organizado pela Representação da Comis-são Europeia em Portugal.

A representação da Comissão Europeia atribui dois prémios, no valor de 5000 euros cada, aos vencedores nas categorias “Projetos nascentes” e “Projetos consoli-dados”. Para além disso, toda a formação e acompanhamento especializado que as equipas selecionadas recebem durante o concurso constituem também um valor acrescentado para os seus projetos.

A iniciativa dirige-se a todos aqueles que possuam uma ideia de negócios. Os candidatos selecionados vão ter cinco

módulos de formação (que terão lugar entre 7 e 11 de abril), centrados no desen-volvimento de competências considera-das essenciais para um empreendedor. Terão ainda sessões de coaching perso-nalizado (entre 4 e 8 de abril) e acesso a uma rede de contactos de possíveis parceiros.

Desta iniciativa sairão dois vencedo-res, que receberão 5000 mil euros cada

um. Este concurso corresponde apenas à primeira fase de uma iniciativa mais vasta (a Bolsa de Empreendedorismo 2016) que integra ainda o evento “Bol-sa de empreendedorismo”, que vai ter lugar a 9 de maio, e o concurso “Canvas – projetos que marcam”, que decorrerá na mesma data. As candidaturas podem ser feitas em www.bolsadoempreende-dorismo.pt.

Tem uma ideia de negócio? A Comissão Europeia ajuda-o a concretizá-la

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Quando vamos ao supermerca-do, os carrinhos de compras movimentam-se devido às suas rodas; no aeroporto, os equi-

pamentos para transporte das bagagens são suportados por rodas, assim como um porta-paletes ou uma simples cadeira de escritório”, lembra Ivo Paiva, diretor comercial da Rodalgés. São apenas alguns dos milhares de exemplos que poderíamos enumerar para comprovar a importância desta pequena invenção.

É precisamente no setor das rodas e rodízios que a Rodalgés tem o seu “core business”, sendo hoje uma das maiores empresas portuguesas especializadas no fornecimento destas e de outras pequenas peças, que apesar de quase invisíveis aos nossos olhos, são essenciais para a gran-de maioria das atividades económicas. A Rodalgés fornece soluções profi ssionais para armazéns e unidades fabris, cen-tros de produção, distribuição e centros logísticos, comercializando equipamentos para elevação, movimentação e transpor-

te de cargas. A empresa não faz venda direta ao público, mas possui um leque diversifi cado de clientes que vão desde as serralharias, metalomecânicas, empresas do setor automóvel e centros logísticos de armazenamento e distribuição. Do seu portfólio constam diversos equipamentos de movimentação e manuseamento de cargas, e equipamentos e acessórios de elevação, tração e fi xação de cargas, pla-taformas de acesso e trabalho para todo o tipo de usos industriais, automatismos e ferragens para portões, escadotes e andaimes.

Inserida num setor tão específi co, mas transversal a vários setores de ativida-de, Ivo Paiva refere que a empresa tem superado bem este período mais difícil da nossa economia. “Nota-se que há crise em alguns setores. Em alguns clientes houve uma quebra, mas se desceu de um lado, subiu de outro. Temos vindo a manter o nosso nível de crescimento, este ano correu-nos muito bem e não nos podemos queixar”, afirmou. Em 2015 a empresa faturou acima de um milhão de euros e

as expetativas para o futuro são otimistas, fruto das

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Temos vindo a manter o nosso nível de crescimento, este ano correu-nos muito bem e não nos podemos queixar.”

Rodalgés, uma empresa sobre rodasQuando os nossos antepassados inventaram a roda estavam longe de imaginar as consequências que a mesma iria ter no desenvolvimento mecânico e tecnológico da humanidade. Por ser uma peça hoje tão banal, é fácil esquecermo-nos de que o mundo e todas as atividades económicas e industriais se mantêm em funcionamento devido ao movimento constante de biliões e biliões de rodas, de diversos tamanhos e com variadas funções.

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parcerias estabelecidas. “O mercado tem potencial de crescimento, conhecemos a concorrência e os valores anuais deles. Tentamo-nos distinguir pelas marcas que temos, trabalhamos com marcas conceitu-adas internacionais de grande qualidade, com quem trabalhamos em exclusividade e temos um preço competitivo, explica Ivo Paiva.

Apostando na proximidade e na rapidez de resposta ao cliente, a Rodalgés tem quatro comerciais sempre na rua e tem ainda uma loja online, a partir da qual os clientes podem efetuar encomendas.

Como trabalhamos com produtos utlizados por setores mais conservadores, procuramos que os nossos catálogos apresentem um ar mais jovial, mais alegre, mais atrativo, sem nunca descurar a qualidade e a efi ciência do produto.”

A história da Rodalgés conta-se como a história de muitas empresas fami-liares. Fundada em 1998 pelo pai de Rui e de Ivo Paiva, a empresa deu os primeiros passos em Lisboa. Mais tarde, o negócio começou a crescer e surgiu a necessidade de encontrar um local onde se pudessem expandir. Nessa altura, a família já tinha um pequeno terreno em Coruche, vila onde costumavam passar os fi ns de semana, pelo que a escolha por este concelho surgiu como natural. “Como não fazemos venda ao público, era indiferente estarmos num lado ou no outro”. Coruche oferecia excelentes condições, possuía uma zona indus-trial, tem uma localização excelente no país, central e muito próximo de Lisboa, muito boas acessibilidades. O apoio e a disponibilidade que têm encontrado por parte da autarquia é também um fator destacado pelo jovem gestor.

Em 2006, a morte repentina do pai

apanhou-os de surpresa e os irmãos Ivo e Rui tiveram de tomar uma decisão acerca do futuro da empresa. Decidiram continuar e não se arrependem.

Hoje, Ivo e Rui Paiva, ocupam, respe-tivamente, as funções de diretor comer-cial e diretor fi nanceiro e lideram uma equipa de 11 colaboradores, cuja média de idades ronda os 32 anos. Nos últimos anos, em parceria com a NERSANT, têm participado em diversos projetos, nas áreas de Internacionalização, cer-tifi cação de qualidade e formação, que visam qualifi car e preparar a empresa para novos desafi os.

De destacar que foram distinguidos com o Prémio Jovens Empresários no Galardão de 2011, promovido anual-mente pela NERSANT e pelo jornal O MIRANTE e, em 2015, a RODALGÉS foi reconhecida pelo seu perfi l de desem-penho superior com o estatuto PME Líder atribuído pelo IAPMEI.

Empresa familiar

Outra das caraterísticas que distinguem a Rodalgés é a imagem inovadora e ape-lativa que tentam incutir nos produtos que comercializam. “Como trabalhamos com produtos utlizados por setores mais

conservadores, procuramos que os nossos catálogos apresentem um ar mais jovial, mais alegre, mais atrativo, sem nunca descurar a qualidade e a eficiência do produto”.

Rui e Ivo Paiva, ocupam, respetivamente, as funções de diretor fi nanceiro e diretor comercial

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A Agrosport – Cofragens de Alumínio, Lda., empresa localizada na estrada das Várzeas, Casal 3 Pinheiros, no concelho do Cartaxo, está no mercado americano desde outubro de 2015, em Manhattan.

A empresa, liderada por Paulo Neves, está a exportar cofragem de alumínio para este país, tendo já vendido quatro conten-tores deste produto, estando o quinto em preparação neste momento. De acordo com o responsável pela empresa, “a necessida-de de abordar novos mercados teve a ver com o saturamento do mercado nacional e europeu, com o qual trabalhávamos habi-

tualmente. Tendo em conta a dimensão do mercado americano e oportunidades do mercado americano, decidi realizar em outubro do ano passado uma primei-ra viagem aos Estados Unidos da América. Aterrei em Manhattan e fui de imediato visitar algumas obras. Os empresários que encontrei fi caram bastante agradados com o produto que fui apresentar”, revelou Pau-lo Neves, afirmando que a cofragem de alumínio não existia ainda neste país até à data e tem feito um grande sucesso junto dos construtores locais, por se tratar de um material mais leve e de fácil manu-seamento.

Paulo Neves classifica a entrada no mercado americano como uma aventura. “Realizei, sozinho, um estudo de merca-do sobre os Estados Unidos da América e verifi quei que havia espaço para o meu produto. Depois decidi visitar o país e apre-

sentar o meu produto. Fi-lo sozinho, sem qualquer tipo de contactos prévios”, disse o empresário, visivelmente satisfeito com a aceitação que o produto tem tido neste mercado. “Felizmente, o que acontece é que os empresários americanos vão passando a palavra e começo já a fazer orçamentos para diversas empresas. Devido à diferença horária, estou muitas vezes durante a noite a enviar orçamentos e a esclarecer ques-tões via internet com potenciais clientes americanos”, revelou.

INTERNACIONALIZAÇÃO

Agrosport entra no mercado americano

Intermarché aposta na exportação de produtos portuguesesA marca Intermarché, do grupo Os Mos-

queteiros, assinalou os seus 25 anos de atuação em Portugal com um evento em Santarém, onde reuniu empresários de hortofrutícolas e de produtos agroalimen-tares. A cadeia de supermercados trouxe a Portugal responsáveis de lojas em França e estabeleceu assim a ponte entre estas duas geografi as. O encontro teve como objetivo desafi ar e incentivar os produtos nacionais a apostarem na internacionalização apro-veitando a cadeia de lojas Intermarché.

Em Portugal, o Intermarché já ajudou à exportação de produtos no valor total de três milhões de euros. O setor agroalimentar – sumos, café, azeite – é o mais representa-tivo, mas em 2015 a marca exportou “1.000 toneladas de pêra Rocha” um número que quer “duplicar” este ano e ao qual vai juntar laranja do Algarve, afi ança Vasco Simões, administrador do Intermarché em Portugal.

No decorrer do evento, teve lugar o semi-nário “Desafi os da Exportação”, que contou com a presença de Ana Isabel Trigo Morais, diretora-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Paulo Águas, vice-presidente da Confederação

dos Agricultores de Portugal (CAP), Manuel Évora, presidente da Direção da Portugal Fresh – Associação para a Promoção das Frutas, Legumes e Flores de Portugal, Amândio Santos, presidente da Portugal Foods, e Vasco Simões, que salientaram a importância das exportações para a eco-nomia nacional, quer para equilíbrio da balança comercial, quer para rentabilidade dos empresários.

No evento esteve também o ministro da Agricultura, das Florestas e do Desen-volvimento Rural, Luís Capoulas Santos,

que enunciou alguns dos seus objetivos setoriais, nomeadamente “a manutenção de um ritmo de crescimento superior ao da economia nacional”. Garantiu ainda que tudo fará para garantir “a duplicação do valor da exportação de frutas e legumes nos próximos quatro anos”.

Atualmente, existem mais de 3.500 lojas Intermarché espalhadas por países como França, Bélgica e Polónia. Em Portugal conta com 240 espaços. A sede do grupo Os Mosqueteiros em Portugal situa-se em Bugalhos, concelho de Alcanena.

A AGROSPORT

A Agrosport iniciou a sua atividade em 1990, dedicando-se à comercialização de equipamentos para a construção civil. Em 1993 alargou a sua atividade e passou

a disponibilizar o serviço de pós venda direto, em ofi cina própria inaugurada nesse mesmo ano.

Paulo Neves

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O presidente da Agência para o Inves-timento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, anunciou a abertura de uma delegação da agência no Irão, ainda no primeiro semestre deste ano. Em declarações à Lusa, na sequência do levantamento das sanções internacionais ao Irão, o dirigente da AICEP afi rmou que se trata de “uma oportunidade extraor-dinária para as empresas portuguesas”, embora considere que “ainda é cedo para fazer uma antevisão dos resultados que poderão ser obtidos, nomeadamente ao nível das exportações”.

Contudo, salientou, “o mercado iraniano é um mercado de mais 80 milhões de con-sumidores, é o maior país daquela região. Quero deixar um sinal de otimismo e con-fi ança aos empresários portugueses que irão poder contar com o apoio e a presença portuguesa da AICEP em Teerão”.

“Significará um aumento das trocas comerciais entre os dois países, mas quere-mos fazer mais, queremos colocar Portugal na rota do capital iraniano”, acrescentou. Miguel Frasquilho referiu que “uma das prioridades da agência é a captação de

investimento, a nível global, e agora com as sanções levantadas ao Irão pode haver um interesse acrescido dos investidores iranianos em olhar para o nosso país”.

Os setores que mais poderão benefi-ciar com o fi m das sanções ao Irão são o agroalimentar, que já tem “registado uma evolução muito positiva nos mercados da região”, e o da construção civil. “Outro setor onde claramente vamos apostar é o

das tecnologias de informação e comunica-ção, onde Portugal dá cartas, e ainda mais agora, com a realização do Web Summit em Lisboa”, acrescentou.

O dirigente da AICEP considerou que “é cedo para fazer estimativas”, porque a decisão acabou de ser tomada, mas é “uma decisão que terá um impacto muito positi-vo nas nossas exportações para o Irão e nas relações comerciais entre os dois países”.

AICEP vai abrir delegação no Irão ainda neste semestre…

…E já abriu em ZuriqueO presidente da Agência para o Inves-

timento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho presidiu à abertura ofi cial de uma delegação daquela entidade em Zurique, que representa o compromisso com a promoção das rela-ções bilaterais entre Portugal e a Suíça.

Entre janeiro e novembro do ano pas-sado, as exportações de bens portugue-ses para a Suíça subiram 7,6% para 428,6 milhões de euros, face a igual período de 2014, e as importações recuaram 2,7% para 245,6 milhões de euros, o que representava um saldo da balança comercial positivo para Portugal em 183,1 milhões de euros, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em novembro do ano passado, a Suíça era o 15.º cliente de Portugal e o seu 28.º fornecedor. Em 2014, havia 3.441 empre-sas portuguesas a exportar para a Suíça. Portugal era, há dois anos, o 37.º cliente do mercado suíço e o seu 39.º fornecedor

AIP leva empresas aos EUAA Associação Industrial Portuguesa (AIP)

irá realizar uma missão empresarial aos EUA entre os dias 13 e 19 de março, no âmbito do projeto “Business Beyond Bor-ders”, focada nos setores da construção, metalomecânica, indústrias transformado-ras, tecnologias de informação, alimentar e bebidas, plásticos e moldes e calçado.

O Departamento de Internacionalização da AIP, na voz do seu diretor Paulo Caldas, considera que “os EUA são um mercado sofi sticado e com vários polos de atrativida-de e de equivalente dimensão económica, dada a sua extensão geográfi ca. As empre-sas deverão procurar desenvolver estraté-gias diferenciadas para, por exemplo, as costas Leste (onde se localizam Boston, Nova Iorque, Filadélfia ou Washington D.C.) e Oeste do país (Seattle, São Fran-cisco, Los Angeles), tendo em conta as

suas dinâmicas e idiossincrasias locais. A Califórnia, maior estado americano se considerarmos a sua economia, tem um claro potencial para os produtos e serviços portugueses, através do estabelecimento de parcerias ou investimento direto”.

Da agenda faz parte um conjunto de reuniões bilaterais com empresários locais, a realizar nas várias cidades que constituem a baía de São Francisco. Nos encontros institucionais está prevista uma reunião com a delegação da AICEP em São Francisco, para a habitual troca de impressões sobre a dinâmica do mercado e partilha de oportunidades de negócio. A missão empresarial será chefi ada pelo vice-presidente da AIP, Jorge Pais.

O projeto Business Beyond Borders é cofi nanciado pelo Compete ao abrigo do Portugal2020.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

É certo e sabido que Portugal atra-vessou uma grave crise económi-ca que contribuiu em muito para a destruição de muitas empresas

no nosso pequeno país. Só aquelas que souberam adaptar-se à nova realidade eco-nómica subsistiram, estando hoje mais e melhor preparadas para responder aos desafi os do comércio mundial.

“No ano 1999, a Henriques & Henriques deu início ao seu processo de internacio-nalização, essencialmente para Espanha. Até então, a empresa tem-se dedicado essencialmente ao mercado ibérico, o que verifi cámos ser um erro tremendo”, disse à Ribatejo Invest, João Henriques, um dos administradores da empresa. Com a crise económica, continuou o empresário, o mercado português e espanhol ressentiu-se severamente, pelo que “a faturação da Henriques & Henriques foi algo abalada”. Percebendo onde estava o erro, a empresa depressa se adaptou às novas condicionan-tes do mercado e percebeu que o futuro seria iniciar um processo de internaciona-lização forte e assente, essencialmente, na diversifi cação de mercados.

Para tal, explicou João Henriques, foi

Henriques & Henriques S.A. tem “o mundo” como horizonteÉ em Vilões, Ourém, que se situa a empresa Henriques & Henriques SA, especializada no fabrico de reservatórios metálicos há mais de 35 anos. A empresa tem apostado na diversifi cação de mercados, em novos produtos inovadores e ainda na certifi cação para se afi rmar na rota do comércio internacional.

João Henriques, administrador da Henriques & Henriques, S.A.

Há mais de 35 anos no mercado, a Henriques & Henriques tem atualmente 36 trabalhadores e um volume de negócios na ordem dos 4 milhões de euros.”

necessário acrescentar ao leque de pro-dutos da Henriques & Henriques, um produto com maior valor acrescentado e, logo, mais facilmente exportável. A empresa juntou assim, ao seu leque de reservatórios, nomeadamente reservató-rios metálicos para combustíveis líquidos e outros, equipamentos sob pressão, silos e caldeiraria em geral, um outro tipo de produto para o setor das águas e ambiente. “Em 2010 começámos por focarmo-nos mais, no fabrico de reservatórios e fi ltros para tratamento de águas e de ar, reserva-tórios para GPL, reservatórios para água sob pressão”, revelou João Henriques, acrescentando que foi com estes produ-tos que iniciou esta nova etapa rumo à internacionalização.

Para dar a conhecer este novo segmento de produto, a Henriques & Henriques tem apostado na presença em feiras, estando em “cerca de 10 certames a nível mundial por ano”. “Sabemos que este é um trabalho moroso e que requer continuidade, mas começamos já a ver frutos desta nossa aposta. Antes da crise, a empresa expor-tava 50 por cento da sua produção para Espanha, que caiu, após 2010, para metade. Neste momento, o nosso volume de expor-tação já ultrapassa os 45 por cento e está a

crescer cada vez mais, com todo o investi-mento que estamos a fazer nesta área”, fez saber João Henriques, que referiu ainda que neste momento a empresa já trabalha com mais de 25 mercados internacionais. “A nossa estratégia é vender para diversos mercados internacionais. Se algum deles cair, temos sempre os outros que suportam as vendas”, concluiu.

A necessidade de crescer no mercado internacional levou, naturalmente, a uma restruturação da empresa ao nível dos recursos humanos. A empresa, revelou o empresário, teve de colocar mais três comerciais na área internacional com conhecimentos de línguas e que fazem toda

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a prospeção de negócio além-fronteiras e acompanhamento ao cliente internacional, para além da participação nos diversos certames a nível internacional.

Mas, o trabalho da Henriques & Henri-ques SA não se fi ca por aqui. “O nosso hori-zonte é o mundo”, lançou João Henriques, dando a conhecer à Ribatejo Invest outras iniciativas da empresa com o objetivo de abrir portas à internacionalização. “Neste momento, estamos a criar um produto exclusivamente para a exportação e que acreditamos que será um sucesso nos diversos mercados internacionais”, reve-lou o empresário, deixando escapar que se trata de “um equipamento que está em fase de desenvolvimento de protótipo”. E por falar em desenvolvimento, podemos avançar também que a empresa tem em desenvolvimento um novo portal, que contará com oito línguas estrangeiras diferentes!

Mas se pensa que o investimento em internacionalização se fica por aqui, engana-se. A Henriques & Henriques SA está neste momento a implementar uma certifi cação americana, sem a qual não conseguirá entrar no mercado norte-americano, considerado prioritário pela empresa. “Em Portugal só existem, seis ou sete empresas com este tipo de certi-fi cação”, revelou orgulhoso João Henri-

ques. A American Society of Mechanical Engineers, explicou o empresário, para além de publicar normas técnicas para a construção de caldeiras e reservatórios de pressão, também certifi ca fabricantes de todo o mundo. Esta certifi cação atesta a capacidade do fabricante de construir caldeiras e/ou reservatórios de pressão de acordo com as normas americanas, e sem ela, os produtos da Henriques &

Henriques, não poderão ser vendidos nos Estados Unidos da América.

As certifi cações são, aliás, algumas das ferramentas de suporte à internacionaliza-ção e que a empresa tem vindo a usufruir ao longo dos tempos. Em 1994, a Henriques & Henriques SA certifi cou o sistema de gestão da qualidade pela ISO 9002 (atual ISO 9001), em 2012, implementou a norma ambiental ISO 14001 e a norma 18001 rela-tiva à Higiene e Segurança no Trabalho. “Tudo para termos mais acreditação no mercado internacional”, avançou o empre-sário João Henriques.

Questionado sobre se todo este inves-timento compensa, João Henriques não hesita. Responde sem mais demoras que o investimento em internacionalização com-pensa e que os resultados já se começam a notar. Acredita ainda que este, é apenas, o ponto de partida para uma Henriques & Henriques mais internacionalizada e mais competitiva. “Daqui a 5 anos, vamos estar numa posição completamente diferente da que temos hoje em dia”, disse, confi ante, o empresário. A Ribatejo Invest estará por cá, para noticiar o sucesso da empresa.

EspanhaFrançaBélgicaIrlandaSuécia

NoruegaMarrocosArgéliaTunísia

Arábia SauditaOman

RuandaSri Lanka

Cabo VerdeSão Tomé e Príncipe

AngolaNamíbia

MauríciasCongoGana

JordâniaUganda

TanzâniaSérvia

Emirados Árabes Unidos

MERCADOS CLIENTES

A nossa estratégia é vender para diversos mercados internacionais. Se algum deles cair, temos sempre os outros que suportam as vendas.”

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Com base em dados do Banco Mundial para 2013, a Colôm-bia é a 31ª economia mundial e goza dum ambiente de negó-

cios encorajador, com sólidas perspetivas de crescimento num horizonte temporal muito alargado. O país integra o grupo de novos mercados emergentes (os chamados CIVETS), ao lado da Indonésia, Vietna-me, Egito, Turquia e África do Sul. Desde março de 2011, a Colômbia recuperou o estatuto de investment grade, tendo ainda a Fitch e a Standard & Poor revisto em alta o rating para BBB, como corolário de progressos consideráveis nos domí-nios político, de segurança, orçamental e económico.

Como toda a América Latina, a Colôm-bia é um país marcado por grande estratifi cação social, com assimetrias económicas e geográficas considerá-veis. A classe média, caracterizadora da maioria das sociedades modernas, é ainda uma classe de reduzida expressão demográfi ca.

Por força das suas características geo-gráfi cas e do recente período de insegu-rança, o país regista ainda atrasos muito consideráveis em matéria de infraes-truturas, pelo que as distâncias dentro do país são imensas, medidas em horas e não em quilómetros, e cobertas inefi -cientemente por avião ou “trato-mula” (i.e. camião TIR).

O relacionamento comercial entre a Colômbia e Portugal é ainda muito inci-piente. Embora a economia colombiana seja de uma dimensão equivalente à da Dinamarca ou da Venezuela (e 40% maior do que a portuguesa), as exportações de Portugal para esses dois países são 11 vezes maiores. Esta situação refl ete fatores de ordem geográfi ca e histórica, mas é uma ilustração do potencial que existe. Segundo dados do Instituto Nacio-nal de Estatística (INE), as exportações de Portugal (apenas de bens) deverão ter terminado 2014 com um montante da ordem de 63,8 milhões de euros, num

aumento de 57,3% face a 2013. Somando as exportações de serviços, e tendo por base os dados das alfândegas colombianas, é admissível que o valor total das nos-sas exportações tenha atingido os 90-100 milhões de euros.

Não existe uma categoria de produ-tos que sobressaia em termos de expor-tações portuguesas para a Colômbia, repartindo-se essencialmente entre bens de equipamento e commodities, ou algu-

mas tecnologias de informação e pro-dutos farmacêuticos. Pelo fraco poder de compra, os bens de consumo ainda primam muito pela ausência. Mesmo o investimento em curso do grupo Jeróni-mo Martins, tomando em consideração o mercado-alvo, deverá recorrer ao sourcing eminentemente local.

A entrada em vigor, em 2013, do Tra-tado de Livre Comércio entre a União Europeia e a Colômbia, um ano após o

Informação de Mercado

ColômbiaA Colômbia é um país com cerca de 49,5 milhões de pessoas (estimativa 2014), o que a torna no terceiro maior mercado em potência da América Latina, depois do Brasil e México. Tem uma extensão territorial considerável, com uma área aproximadamente equivalente à Península Ibérica e França juntas.

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estabelecimento de um tratado semelhan-te com os EUA, tem contribuido para abrir a porta a mais exportações portuguesas. Não obstante, não deve perder-se de vista o facto de a oferta portuguesa não se dife-renciar em muitos casos da oferta de

trução), tem sido eminentemente em pequenas empresas de serviços, apoian-do localmente as vendas.

SITUAÇÃO ECONÓMICA E PERSPETIVAS

A Colômbia ao nível do produto inter-no bruto (PIB), em termos de paridade do poder de compra e com base nos valores estimados para 2013, ocupou a 4ª posição face aos países da América Latina, situando-se depois do Brasil, do México e da Argentina, e foi a 29ª econo-mia do mundo.

Com uma enorme diversidade territo-rial e detentora de uma grande variedade de recursos naturais, o país conta com importantes recursos energéticos, sen-do a exploração do petróleo uma das suas principais atividades económicas, possuindo também gás natural e carvão e produzindo energia hidroelétrica. De referir, igualmente, em termos de recursos naturais, o ouro, as esmeraldas, o minério de ferro, o níquel e o cobre.

Ao nível dos produtos agrícolas, des-tacam-se o café, as fl ores, as bananas, o arroz, o tabaco, o milho, a cana-de-açúcar, o cacau, as oleaginosas e os legumes. O

outros países com os quais a Colômbia tem um relacionamento histórico privi-legiado - EUA, Chile e Espanha.

O investimento português na Colôm-bia, com exceção dos grupos Jerónimo Martins ou Prebuild (materiais de cons-

Área: 1 038 700 km2 (fonte EIU)

Clima: A proximidade da linha do Equador faz com que não se possa falar de estações do ano. O clima é estacionário, determinado pela altitude e proximidade ao mar.

No caso de Bogotá, situada a 2 700 metros acima do mar, assemelha- se ao clima de outono em Portugal. Medellín, a 1 600 metros de altitude, goza dum clima de primavera constante. No demais território, tal como em Cali ou na costa, o clima é tropical.

Recursos naturais: A Colômbia, também designada de “Eldorado”, é conhecida desde há vários séculos pela sua abundância em recursos naturais, sejam eles de origem mineral ou agrícola.

O país é o maior produtor mundial de esmeraldas, o segundo maior produtor de ouro e platina, o quarto maior produtor de carvão e possui ainda as maiores reservas de carvão, as segundas maiores de petróleo e as terceiras maiores de gás natural da América do Sul. Esta abundância de recursos naturais colocou a Colômbia como um destino de investimento internacional prioritário para a exploração e mineração, agora que o quadro de segurança evoluiu favoravelmente.

População: 49,5 milhões de habitantes;

Densidade populacional: 44 hab./km2 (World Bank 2013)

Capital: Bogotá (8,7 milhões de habitantes)

Outras cidades importantes: Medellin (3,5 milhões), Cali (2,4 milhões), Barranquilla (1,8 milhões)

Língua ofi cial: Espanhol

Unidade monetária: Peso colombiano (COP)

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INTERNACIONALIZAÇÃO

camarão e os produtos fl orestais também são relevantes.

No que respeita às principais indús-trias, são de mencionar os têxteis, os alimentos transformados, o petróleo, o vestuário e o calçado, as bebidas, os quí-micos, o cimento, o ouro, o carvão e as esmeraldas.

A administração do atual Presiden-te Juan Manuel Santos, pretende con-tinuar a seguir políticas de estabilidade macroeconómica no período 2015-2019, procurando promover o crescimento e a criação de empregos ao nível da economia formal, assim como a implementação de programas tendo em conta o elevado índice de pobreza, o desemprego e as desigualdades. O governo está focado também na atração de investimento direto do exterior e na melhoria da envolvente tendo em vista a participação do setor privado.

A economia colombiana registou taxas de crescimento não inferiores a 4% nos últimos quatro anos. O aumento do PIB estimado para 2014 é de 5%. Perspetiva-se que possa existir um incremento da despesa pública, um forte nível de confi ança dos consumidores e signifi ca-tivos fl uxos de investimento direto do exterior no país.

INVESTIMENTO ESTRANGEIRO

A América Latina continua a ser uma região importante na captação de inves-timento direto do exterior (IDE), encon-trando-se nas vinte primeiras posições do respetivo ranking, em 2013, as economias do Brasil (6ª posição), do México (11ª), do Chile (18ª) e da Colômbia (20ª). Este país possui uma excelente posição estratégica no continente americano, estando vira-do para o Pacífi co e para o Atlântico, e

conta com uma moderna infraestrutura portuária. Tem fácil acesso ao mercado norte-americano, europeu, asiático e latino-americano. A zona horária colom-biana também representa uma vantagem face a outros países, já que é a mesma da costa leste dos Estados Unidos, o que facilita as atividades de Call Center e de Business Process Outsoursing (BPO) desde a Colômbia.

Devido à celebração de diferentes acordos de livre comércio e preferên-cias tarifárias unilaterais outorgadas, a Colômbia tem acesso a um vasto mercado de consumidores.

A estabilidade macroeconómica, a

melhoria do nível da segurança e um regime favorável ao investimento estran-geiro, contribuíram para um aumento signifi cativo do IDE nos últimos anos. O respetivo montante foi de quase 16,8 mil milhões de USD em 2013, mais do dobro do valor registado em 2009. O país ocupava a 37ª posição no ranking mundial, enquanto recetor de IDE, em 2009, passando para o 20º lugar em 2012, que se manteve no ano seguinte (dados da UNCTAD).

RELAÇÕES ECONÓMICAS COM PORTUGAL

A Colômbia tem mais importância no comércio externo português enquanto fornecedor do que como cliente. O país fi cou em 58º lugar no ranking de clientes das exportações portuguesas em 2013, com uma quota de 0,09%, sendo a melhor posição e o valor percentual mais elevado dos últimos cinco anos.

No ranking de fornecedores, o mercado colombiano ocupou o 34º lugar em 2013, representando as importações 0,35% do respetivo valor global. A posição e a quota desse ano ficaram aquém das registadas nos dois anos anteriores.

As exportações portuguesas de bens para a Colômbia aumentaram bastante no período 2009-2013. Verifi cou-se um acréscimo de 100,3% em 2010, situando-se os incrementos dos três anos seguin-tes entre cerca de 42% e 48%. Assim, o respetivo crescimento médio anual foi de 59,1%.

As nossas compras de bens provenien-tes do mercado colombiano diminuíram em 2010 e em 2013 (variações percen-tuais de -2,6% e de -28,6%), aumentando 145,2% em 2011 e 14,3% em 2012. A taxa média de crescimento anual ao longo do período em análise foi, neste caso, de 32,1%.

De janeiro a setembro de 2014, as ven-das portuguesas de bens para a Colômbia aumentaram 47,3%, tendo o acréscimo das importações sido de 2,3%, relativamente ao período homólogo do ano anterior.

No que concerne às exportações por-tuguesas para a Colômbia por grupos de produtos, nas duas primeiras posi-ções surgem as máquinas e aparelhos e os metais comuns, respetivamente, com 32,1% e 28,6% do valor global em 2013. Seguiram-se, nesse ano, os minerais e minérios (10,1%), os plásticos e borracha (9%) e os veículos e outro material de transporte (8,5%). Os cinco primeiros agrupamentos representaram, em con-junto, cerca de 88% do respetivo total.

FORMALIDADES DE ENTRADA NO PAÍS

A Colômbia é um país que não oferece quaisquer difi culdades de acesso. Os cidadãos portugueses estão dispensados de visto para perí-odos de permanência inferiores a 90 dias. Não são exigidas vacinas espe-ciais, não havendo quaisquer riscos para a saúde nas principais cidades do país. As consultas do viajante são recomendáveis, e a vacina contra a febre-amarela é exigida apenas para algumas regiões rurais e da costa. Todavia, é altamente recomendável munir-se dum seguro de saúde dado que não existe resposta adequada em termos de medicina pública.

Grupo Jerónimo Martins está presente na Colómbia com 142 lojas em operação.

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