Revista Ribatejo Invest / novembro 2015

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NERSANT Business promoveu mais de 650 reuniões de negócios com empresários de todo o mundo Novembro 2015 | N.º 2 + Inovação Biocarbo inova na produção de carvão Internacionalização Ludistones duplica volume de negócios graças ao aumento das exportações Anabela Freitas “Compete ao município criar condições para que se criem postos de trabalho” ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL Viver o Tejo Ribatejo a pé e de bicicleta Sítio do Empreendedor “Amor Lusitano” é uma casa portuguesa, com certeza

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Nesta edição, a Ribatejo Invest dá a conhecer as novidades das empresas da região, bem como projetos de apoio à envolvente empresarial. No âmbito da rúbrica desenvolvimento regional é apresentada a Vinomatos, a estratégia de apoio ao tecido empresarial do concelho de Tomar, através de uma entrevista à Presidente do Município, Anabela Freitas. Na área da inovação, apresentamos a Biocarbo. Em destaque também, ao nível do empreendedorismo, o espaço Amor Lusitano. Na rúbrica internacionalização, é dada a conhecer a empresa Ludistones, assim como o NERSANT Business e ainda um estudo de mercado sobre Benguela (Angola). Não esquecendo a importância do turismo nesta região única, apresentamos a rota "Ribatejo a Pé ou de Bicicleta".

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NERSANT Businesspromoveu mais de 650 reuniões de negócios com empresários de todo o mundo

Novembro 2015 | N.º 2

+Inovação

Biocarbo inova na produção de carvão

Internacionalização

Ludistones duplica volume de negócios graças ao aumento das exportações

Anabela Freitas “Compete ao município criar condições para que se criem postos de trabalho”

ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL

Viver o Tejo

Ribatejo a pé

e de bicicleta

Sítio do Empreendedor

“Amor Lusitano” é uma casa portuguesa, com certeza

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3www.nersant.pt NOVEMBRO 2015

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ÍNDICE

Novembro 2015 | N.º 2

FICHA TÉCNICA

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Diretora:Maria Salomé Rafael

Conselho Redatorial:Cláudia MonteiroSandra [email protected]

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6artigo 12.º, n.º 1 a)

Publicidade:Maria João [email protected]

Propriedade:NERSANT, AE.Várzea de Mesiões - Apartado 1772354-909 Torres NovasTel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade:Mensal

Tiragem:250 exemplares

DESENVOLVIMENTO REGIONAL04 Breves

06 Empresas

10 Produtos / Marcas: Vinomatos

12 Poder Local

14 Entrevista a Anabela Freitas, Presidente da Câmara Municipal de Tomar

INFORMAÇÃO E APOIO18 Portugal 2020

21 Portugal Inovação Social

25 Formação-ação: A formação no interior das empresas

28 Dicas de segurança informática

VIVER O TEJO26 Ribatejo a Pé e de Bicicleta

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO30 Notícias

34 Sítio do Empreendedor: Amor Lusitano

36 Empresas inovadoras: Biocarbo

INTERNACIONALIZAÇÃO38 Notícias

40 Empresas exportadoras: Ludistones

42 NERSANT Business

46 Benguela – Angola

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Com o objetivo de dar a conhecer os seus produtos ao mercado, a Adega Cooperativa de Alcanhões tem agora um novo website. Este portal apresenta não só a adega e o seu historial, mas também os seus vinhos e medalhas obtidas. Está disponível no endereço www.adegaalcanhoes.pt. Trata-se de um portal compatível com todos os dispositivos.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

ADEGA COOPERATIVA DE ALCANHÕES COM NOVO WEBSITE

A J.J.M. Esperança, Lda empresa metalomecânica fabricante de equipamentos para máquinas de construção civil, obras públicas, fl orestais e agrícolas sediada no Parque Empresarial de Tomar, viu reforçada a sua política de gestão com a recertifi cação concedida pelo Bureau Veritas para os próximos três anos, do seu sistema de gestão da qualidade pela Norma ISO 9001:2008.Ocupando uma área total de 1.2 hectares, é o fabricante nacional com a maior gama de produtos nas áreas em que opera, estando já presente em vários países na Europa e em África.Com esta ferramenta, a empresa continua devidamente apetrechada para expandir a sua estratégia de internacionalização, principalmente nos mercados europeus, tradicionalmente mais exigentes no que respeita às políticas de garantia da qualidade dos produtos fabricados.

J.J.M. ESPERANÇA RENOVOU CERTIFICAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA QUALIDADE

Editorial

Ribatejo Invest

Nesta segunda edição da Revista Ribatejo Invest continuamos a percorrer o distrito em busca de novos casos de sucesso

empresarial. Felizmente, abundam no Ribatejo histórias de sucesso de empresas e empresários com visão de negócio e que, em conjunto com os seus colaboradores, contribuem para gerar riqueza e emprego. São empresas inovadoras, como a Biocargo, que opera no setor do carvão, empresas que nasceram de sonhos e projetos de jovens empreendedores, como o Amor Lusitano, ou ainda empresas que se direcionaram para a conquista de novos mercados, como a Ludistones, o que lhes permitiu duplicar o seu volume de negócios. Este mês, damos um especial destaque à 4.ª edição do NERSANT Business, o maior evento nacional de networking, que juntou na cidade de Tomar empresários de 17 países e que permitiu a realização de 650 reuniões de negócios, potenciando a realização de novos negócios para as empresas da região. E Tomar é precisamente o concelho que olhamos com maior atenção nesta edição. A presidente da Câmara Municipal, Anabela Freitas, concedeu uma entrevista à Ribatejo Invest onde fala dos projetos em curso, dos constrangimentos existentes e dos desafi os para o futuro.

Maria Salomé Rafael

Presidente da Direção da NERSANT

Breves

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TRIGÉNIUS RENOVA DISTINÇÃO DE PME LÍDER 2015

A TRIGÉNIUS foi novamente distinguida como PME Líder, um selo de reputação de empresas atribuído pelo IAPMEI, a fi m de reconhecer o mérito das PME nacionais com desempenhos acima da média quer a nível da gestão quer a nível do ambiente económico-fi nanceiro.Este reconhecimento comprova a estratégia da TRIGÉNIUS, baseada na capacidade de inovar e de responder às dinâmicas do mercado com uma atitude fi rme e focada na satisfação do cliente.A empresa de Tecnologias de Informação tem apostado fortemente nos Recursos Humanos, na formação certifi cada, bem como na melhoria constante dos serviços de suporte ao cliente, através de ferramentas inovadoras que pretendem facilitar a relação com a TRIGÉNIUS, bem como permitir o acesso a informação privilegiada.“Acreditamos que este posicionamento explica a atribuição consecutiva, desde 2007, do estatuto PME Líder à TRIGÉNIUS. Um reconhecimento obtido devido ao mérito de todos os colaboradores da empresa” afi rma Filipe Cortez, Diretor Financeiro e Administrador da empresa de Tecnologias de Informação.

NOVA GARRAFA DE AZEITE GALLO COM DESIGN DA ARTISTA PLÁSTICA JOANA VASCONCELOS

O ícone do Azeite Gallo em Portugal recebeu nova roupagem, exclusiva e levada a cabo pela artista plástica portuguesa mais reconhecida internacionalmente: Joana Vasconcelos.Com uma imagem reinventada da marca e um design único, a garrafa POP GALLO, chega ao mercado nacional com o compromisso de promover o talento nacional, apostando na valorização e inovação como fatores diferenciadores.Com a assinatura de Joana Vasconcelos,

a recente inovação de Gallo, inspirada na obra Pop Gallo, promete surpreender os consumidores com uma edição especial que mantém o essencial do Gallo Clássico.Paralelamente, o novo design do Azeite Gallo Virgem Extra Clássico e da Lata Gallo Virgem Extra Clássico assinala a presença portuguesa no Brasil, nomeadamente a celebração dos 450 anos da fundação da cidade do Rio de Janeiro.

ADEGA DO CARTAXO APRESENTA NOVAS COLHEITAS BRIDÃO

No ano em que a marca Bridão comemora os seus 20 anos, a Adega do Cartaxo continua a surpreender com vinhos de elevada qualidade. Ao longo destes anos, a Adega alcançou uma notoriedade junto dos seus consumidores fi delizando os mesmos a uma marca que tem apostado em elevados padrões de qualidade. Estes 20 anos conferem uma elevada distinção e um prestígio aos vinhos Bridão, que têm vindo a ser destacados com inúmeros prémios, quer a nível nacional e internacional.A Adega do Cartaxo dá agora a conhecer aos seus consumidores seis novas colheitas: Alicante Bouchet 2013; Touriga Nacional 2013; Trincadeira 2013; Private Collection 2013; Reserva Branco 2014; e Reserva Tinto 2013.A Adega tem agora como objetivo continuar a apostar em vinhos de qualidade para o seu segmento topo e evidenciar a excelência bem como o rigor existente nas técnicas de produção dos seus vinhos.

A Papelaria Fernandes inaugurou um novo espaço em Abrantes. A abertura da nova papelaria do grupo aconteceu no dia 06 de outubro, estando a nova papelaria situada na rua de Moçambique, 192, loja 1. A Papelaria Fernandes, desde 1891, atravessou a vida de muitas gerações ao longo do seu tempo. Anos marcados por forte tradição, mas também por uma visão de futuro e modernidade. Fatores que fazem a empresa continuar a ser uma referência única em Portugal. As lojas da Papelaria Fernandes comercializam uma gama de mais de 20 mil artigos.Produtos de qualidade e inovadores e materiais técnicos e atuais, em que a notoriedade das marcas e a sua diversidade tornam a Papelaria Fernandes, não só um nome intemporal, mas um sinónimo de excelência.Os contactos da loja de Abrantes são [email protected] e 241 400 212.

PAPELARIA FERNANDES INAUGUROU LOJA EM ABRANTES

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O Hotel Luz Charming Houses, situado na aldeia de Moimento, em Fátima, acaba de ser considerado o melhor hotel boutique da Europa, na categoria Newcomer, pelos World Boutique Hotel Awards. A cerimónia fi nal decorreu em Londres no dia 30 de outubro.

Este hotel foi inaugurado em abril e resulta do projeto de um jovem casal, Pedro Augusto Silva e Ana Alves, que foi também a arquiteta responsável pelo pro-jeto. O Luz Houses Hotel apresenta um design arrojado, onde o passado e o pre-sente se conjugam de uma forma harmo-niosa. Inspirado na arquitetura tradicional da região de Fátima e da Serra de Aire, dos séculos XIX e XX, este hotel é constituído por três blocos de edifícios térreos, pelos quais se distribuem 14 quartos, e pelo edifício principal, onde se concentram a master suite (no piso superior, com sala de estar, cozinha, lareira e varanda), a receção, a pequena mercearia, a sala de estar (que pode ser convertida em espaço de reuniões) com honesty bar (concei-to que se baseia na honestidade, onde o

hóspede se serve livremente e regista os consumos no caderno que serão depois acrescentados ao valor da estadia) e a sala de refeições. Na unidade hoteleira, há ainda uma ermida, um abrigo de ove-lhas, uma gruta com zona de massagens e tratamentos, uma cisterna e um forno a lenha.

Já na sua quinta edição, os World Bouti-que Hotel Awards elegem todos os anos os mais luxuosos e singulares hotéis boutique do mundo. Ao todo são 11 as categorias a

Um dos mais luxuosos hotéis boutiquedo mundo está… em Fátima

A Digidelta situa-se na 14.ª posição do ranking das Melhores e Maiores Empresas Portuguesas e no Top 10 a nível de risco baixo, segundo o Guia das PME publicado pelo Diário Económico. O mesmo estudo conclui também que as 550 maiores PME nacionais faturaram 15,5 mil milhões de euros em 2014, tendo exportado 3,9 mil milhões, apontando esta com uma grande ajuda para a saída de Portugal da crise.

A Digidelta é um fabricante e integrador de sistemas para os mercados de impressão digital, exibição, etiquetagem e comunica-ção visual, situado em Torres Novas e tem apresentado crescimentos acima dos 30% ao ano, duplicando a faturação de 2012 de 15 milhões para 31 milhões em 2014.

Fundada em 1986 por Rui Leitão, a empresa conta com mais de 80 colabo-radores e tem no seu ADN, segundo frisa o seu CEO, “pensar inovação diariamen-

concurso. Este ano, os hotéis portugue-ses foram nomeados para três catego-rias. Para além do Luz Charming, outras duas unidades hoteleiras portuguesas (o Pocinho Bay, localizado na ilha do Pico e o Martinhal Beach Resort & Hotel, em Sagres) integraram a lista de nomeados na categoria de hotéis junto à praia ou costa (Beach or Coastal). Também o Carmo’s Boutique Hotel, em Ponte de Lima, foi um dos vencedores na categoria de melhor retiro relaxante (Relaxation Retreat).

Digidelta no top 15 das maiores e melhores PME do país

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

te, estando muito atenta às necessidades existentes identifi cadas, com oportunidade para inovar e diferenciar”, através da sua equipa de ‘Business Development’.

Para Rui Leitão, o sucesso passa por ter “uma gestão dividida em 50% de ins-piração e 50% de dedicação, com base no compromisso dos objetivos. Sem negócio não há gestão e sem gestão não há negó-cio”, defende o responsável.

De frisar o peso de 55% da internacio-nalização na faturação e o investimento de 8,5 milhões de euros na nova fábrica de Torres Novas que, diz, “irá possibilitar crescer a exportação, com o objetivo de em 2020 chegar aos 60 milhões de euros”. A fábrica garante por exemplo a produção de tecnologia LED para exibição de conteúdos digitais. A Digidelta tem aliás uma marca própria neste campo, a NetScreen.

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A gala do Prémio Mobis, que distin-gue as melhores marcas de mobiliário, decoração e artigos para a casa, teve lugar no Casino do Estoril em outubro e distinguiu a Temahome com o galardão de “Melhor Marca de Design Contempo-râneo” de 2015.

O Prémio Mobis, promovido pela revis-ta Mobiliário em Notícia desde 2001, é uma ocasião única que reúne os mais variados agentes do setor do mobiliário e decoração, com o objetivo de distinguir as melhores marcas e promover a qua-lidade e competitividade das empresas. A Temahome recebe pela segunda vez o galardão para “Melhor Marca de Design Contemporâneo”, tendo em edições ante-riores recebido igualmente prémios na categoria de “Prestígio Internacional” e “Design”.

A Temahome é uma marca portuguesa de mobiliário contemporâneo, que desen-volve e produz na sua fábrica de Tomar uma completa coleção de produtos, em linha com as tendências e exigências dos mais diversos mercados mundiais.

Através de uma experiente e inovadora equipa de design em permanente contacto com o processo produtivo e servida por um departamento de protótipos que viabi-liza e incentiva a experimentação de novas ideias e conceitos, são criados produtos funcionais que procuram as melhores soluções para a organização de variados espaços, com enfoque na simplicidade, modularidade e qualidade, apostando em peças diferenciadoras e intemporais.

Com mais de três décadas de experiên-cia, a Temahome conta com uma equipa

A Golegã inaugurou, no fi nal de outu-bro, uma nova loja Continente Bom dia. Este novo supermercado permitiu criar 37 postos de trabalho, dos quais 15 foram o primeiro emprego, e aposta numa política de proximidade à comu-nidade, com a aquisição de produtos locais aos (já) membros do Clube de Produtores Continente, nomeadamente, Mendes Gonçalves (Paladin) e Agromais, assim como à Fidalgo Casa Agrícola, à Sociedade Panifi cadora Costa e Ferreira e à Confeitaria do Vale.

A nova loja, do grupo Sonae, localiza-se à entrada da vila, junto da Rotunda do Cavalo, numa zona urbanística que foi agora recuperada, solucionando-se assim um problema que há muito se esperava resolver.

O novo espaço comercial ocupa uma área de 840 metros quadrados, tem 7 caixas de pagamento, 74 lugares de esta-cionamento, uma cafetaria, peixaria e espaço Wells. Dispõe ainda de tecnolo-gias avançadas de redução de consumos de energia, de produção de frio com gases de menor impacto e equipamentos de baixo consumo de água.

Na região, o Continente assume tam-bém um papel de apoio a instituições sociais: Sociedade Protetora dos Ani-mais, CRIT, Gabinete de Ação Social de Torres Novas, Santa Casa de Torres Novas, Projeto Sorrisos Partilhados, Canil Intermunicipal de Torres Novas, Centro de Dia da Aroeira, Creche, ATL e Centro de Dia de Almeirim, CRIAL, San-ta Casa de Almeirim, Associação Club dos Patolas, Santa Casa de Abrantes e Casa Paroquial de S. Vicente – Abran-tes.

A Ribatejo Invest tem conhecimento que estão também já a decorrer obras para a abertura de uma nova loja Con-tinente, em Fátima.

Continente Bom Dia abre na Golegã

TEMAHOME é a Melhor Marca de Design Contemporâneo 2015

de 165 profi ssionais especializados, que trabalham ao longo de uma área partilha-da de 17.000m2 entre fábrica e escritórios, implantados numa zona de grande beleza natural de aproximadamente 77.000m2, dentro dos limites da cidade de Tomar.

A Temahome está intimamente ligada à sua cidade natal, Tomar, a última cida-de templária a ser erigida, que ganhou vida dentro das muralhas do Convento de Cristo – classifi cado como Património da Humanidade pela UNESCO.

Rodeada de história e beleza, a Temaho-me cria design com paixão e orgulho nas suas origens, assumindo como essencial a necessidade de adaptação à realidade de um mundo em constante mudança, mas mantendo-se fi el à sua identidade e ao caminho traçado pelo passado e para o futuro.

DISTRITO DE SANTARÉM COM VÁRIAS DISTINÇÕES

Ainda do distrito de Santarém, os Prémios Mobis destacaram Sérgio Rebola da Green Apple na categoria de Geração Empreendedora e ainda Eulália Henriques da Artimol, ven-cedora na categoria Mulheres de Sucesso.

Foi recordado também Joaquim Pereira Louro, da empresa JJLou-ro, ao ser-lhe atribuído o prémio Memória. A receber o galardão, em representação da empresa, esteve António Bolito.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A primeira entidade nacional a ser detentora da Declaração Ambiental de Produto (DAP) é uma empresa de Abran-tes. Trata-se da Sofalca - Sociedade Central de Produtos de Cortiça, Lda.

Com a obtenção desta DAP do Aglome-rado de Cortiça Expandida, a Sofalca pre-tende reforçar e realçar as características do seu produto 100% natural e sustentável para isolamento térmico e acústico, reves-timentos e design. A DAP da Sofalca é, assim, a única registada na Plataforma para a Construção Sustentável do Centro-Habitat a DAPHabitat a nível nacional e em fase de registo na ECOPlatform a nível Europeu, o que trará à empresa evidente visibilidade e vantagem no mercado.

Através da atribuição da DAP, pretende-se desta forma apresentar uma fonte de informação segura e completa sobre o desempenho ambiental do aglomerado de cortiça expandida, reforçando e realçando as suas características ecológicas, apos-tar no conhecimento pormenorizado das implicações decorrentes ao longo do pro-cesso de fabrico dos produtos, permitindo identifi car oportunidades de melhoria nos processos unitários constituintes do siste-ma do produto e identifi car soluções para otimizar a sustentabilidade dos processos de fabrico e de toda a organização.

SISTEMA DAPHABITATCom o objetivo de identifi car e reduzir

os impactes ambientais negativos proce-dentes das atividades produtivas da fi leira do habitat, reconhece-se como bom prin-cípio estudar o desempenho ambiental dos produtos e serviços utilizados nesta cadeia. As declarações ambientais Tipo III são baseadas em estudos de Avaliação de Ciclo de Vida (ACV), que objetivam identi-fi car os potenciais impactes dos produtos/serviços. Assim as DAP, surgem como uma ferramenta de comunicação da informação ambiental de produtos/serviços asseguran-do a sua validade científi ca, por ser um documento verifi cado por terceira parte antes de publicado.

Com o intuito de cooperar na elaboração e publicação deste tipo de documentos em Portugal, nasceu o Sistema DAPHabitat,

programa de registo nacional de Declara-ções Ambientais do tipo III para produtos da fi leira do habitat.

O sistema DAPHabitat foi construído no âmbito de um projeto SIAC, aprovado no âmbito da Estratégia de efi ciência coleti-va do Cluster Habitat Sustentável (QREN POFC 01/SIAC/2011 nº18653) que visou desenvolver, com visibilidade nacional e internacional, um sistema de verifi cação e registo de declarações ambientais de produtos (DAP), específi co para produtos do habitat, com base em critérios obje-tivos e independentes, que permitam a realização e disponibilização de RCP que fundamentem a elaboração das DAP devi-damente validadas numa base de dados de acesso público.

Sofalca é detentora da primeira Declaração Ambiental de Produto em Portugal

Criados instrumentos fi nanceiros para apoiar fi nanciamento das PME

Foram publicados em Diário da República os Decretos-Lei n.º 225/2015 e 226/2015 de 9 de Outubro, que criam os Fundos de Capital/Quase Capital e de Dívida/Garantia.

Nos Decretos-Lei agora publicados é referido “Tendo sido identifi cadas, no estudo levado a cabo pelas autoridades nacio-nais, falhas de mercado relativas a instrumentos de capital e quase capital, importa constituir um fundo de fundos, a gerir pela IFD, que tem como função principal cofi nanciar as solu-ções de capitalização das empresas, na vertente dos capitais permanentes, com o objetivo de reforçar as suas capacidades competitivas, nomeadamente através da intervenção de capital de risco e ou business angels. Estes instrumentos atuam na capitalização das empresas através do reforço dos seus capitais mercado identifi cadas.”

O Fundo de Capital/Quase Capital pretende criar ou reforçar instrumentos fi nanceiros de capitalização de empresas com

recurso a fi nanciamento de fundos comunitários, especialmente nas fases de criação e de arranque de empresas e para projetos de desenvolvimento de novos produtos ou serviços, enquanto o Fundo de Dívida/Garantia está vocacionado para operações que corrijam insufi ciências de mercado no que respeita ao fi nanciamento das PME.

Estes Fundos vão ser geridos pela IFD - Instituição Financeira de Desenvolvimento, S. A.. Sendo fundo de fundos, não captam recursos junto do público, contando apenas com contribuições do Estado Português e da União Europeia ou de outras entidades cuja participação nesse fundo venha a ser aceite.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Vinomatos é líder mundial na plantação mecanizada

As máquinas de plantar do futuro

Na origem da Vinomatos está uma máquina de plantar guiada por satélite inventada e concebida em França por um

homem do terreno, Georges Mandrafi na, fundador da empresa. Foi em 1982, numa altura em que a marcação do terreno para plantação era ainda feita de forma manual, que Georges Mandrafi na criou e patenteou a primeira máquina com funcionamento a laser para a plantação. Sempre de olhos postos na prestação de um melhor serviço, o empresário volta a surpreender, 12 anos

depois, em 1994, com uma nova criação: a aplicação do sistema GPS à plantação. Desde essa altura até aos dias de hoje nada mais foi o mesmo. Instalada em Portugal em 1998, a empresa passa a ser líder mun-dial na área da plantação mecanizada.

“Com a integração do sistema GPS pode-se trabalhar 24 sobre 24 horas, dia e noite, o que rentabiliza muito o trabalho. Com esta tecnologia, o trator consegue fazer o processo quase todo sozinho. A plantação é defi nida no monitor e o trator executa a marcação automática no terreno com mar-

gens de erro inferiores a um centímetro. É um trabalho com muito maior precisão. Ganha-se tempo, qualidade de trabalho e respeito pela natureza”, explicou Georges Mandrafi na.

Mas a Vinomatos é muito mais do que um mero fabricante de máquinas plan-tadoras guiadas por GPS. Para além de também vender as suas máquinas, o core business da empresa é a prestação de ser-viços de plantação mecanizada guiada por GPS, nomeadamente de vinha, olival e pomar, apostando na oferta de um ser-viço chave na mão que garante ao inves-tidor ou proprietário apoio total durante o projeto de plantação com a garantia de uma monitorização das culturas. “Neste momento, temos 37 máquinas ao serviço dos nossos clientes”, precisou o diretor da Vinomatos.

“Somos líderes mundiais porque a nossa máquina é a mais sofi sticada do mercado. Não há esta perfeição! Existem outros que trabalham mais barato, mas que não pres-tam o serviço com este nível de qualidade e com esta rapidez”, fez saber Georges Mandrafi na, atribuindo à qualidade do serviço prestado e à constante evolução das suas máquinas a razão do sucesso alcançado pela empresa.

Mas, a Vinomatos não se fi ca por aqui. Neste momento, Georges Mandrafi na está a trabalhar no desenvolvimento de um Georges Mandrafi na é o fundador da Vinomatos

Estão longe os tempos em que eram necessárias dezenas de homens e semanas de trabalho para plantar um pomar. Hoje em dia, é possível fazê-lo em tempo record, graças à tecnologia criada pela Vinomatos. As máquinas de plantação mecanizada em constante evolução são a razão do sucesso da empresa de Caxarias.

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novo tipo de máquina para colher azeito-na e amêndoa, destinada a plantações de regime intensivo. “Muitas herdades não são hoje rentáveis devido ao processo de colheita, demasiado demorado. A colhei-ta de cada árvore demora entre 1,30 a 2 minutos a realizar! Com esta nova máqui-na, estamos a reduzir o tempo de colheita. Colheremos uma árvore em cerca de 30 segundos!”, explicou o empresário. “Esta máquina vai ser um êxito muito gran-de para a empresa”, afi rmou, orgulhoso, Georges Mandrafi na, que revelou ainda que esta nova máquina deverá estar no mercado em 2016.

INTERNACIONALIZAÇÃOCom um volume de exportação que anda

na ordem dos 80 por cento, a internacio-nalização é, de facto, o forte da empresa. França, por ser o berço desta empresa é, naturalmente, o principal mercado internacional da Vinomatos. No entanto, a empresa tem realizado trabalhos com grande expressão em Espanha, Marrocos, Argélia e Tunísia, e, com menor expres-são, na América do Sul. “Por exemplo, plantámos 400 hectares de olival em Marrocos, numa só parcela, em regime super-intensivo, mas já fomos responsá-veis por projetos de milhares de hectares, naquela região. Também fi zemos, no sul de Espanha, uma plantação de 600 hec-tares de olival. Todos os anos plantamos mais de 1000 hectares de vinha em França e este ano aumentámos em 15 por cento o volume de trabalho”, esclareceu Georges Mandrafi na.

PlantaçãoA máquina abre um rego de 30cm de profundidade, o tutor é plantado, a planta

é posicionada após o tutor. Quando a terra começa a recobrir a planta, a água é injetada com um volume variável de 1 a 4 litros de água por pé. De seguida, o sulco volta a ser fechado por duas rasettes montadas sobre um paralelograma. A junção de funções é comandada pelo autómato que dá os pontos precisos de plantação do tutor, da planta e da sua irrigação, bem como o alinhamento das plantas na linha e na sua perpendicular, assim como o espaçamento entre as linhas. O autómato coloca estas informações no seu sistema de dados por satélite. Para isso, é neces-sário ter uma base no solo que nos dê uma posição, bem como uma base sobre o trator que permite conhecer ao centímetro a posição da plantação.

Em Portugal, a empresa plantou até ao momento na zona do Oeste, centenas de hectares de pereiras, macieiras e vinha, nomeadamente nas zonas de Fanadia, Alenquer e Lourinhã, entre outras. Recen-temente, a Vinomatos terminou, em Aljus-trel, Alentejo, um projeto de 450 hectares de olival super intensivo.

NOVOS INVESTIMENTOSCom cerca de 100 trabalhadores, a

Vinomatos tem vindo a realizar investi-mentos signifi cativos. Recentemente, a empresa mudou de instalações, detendo agora um novo e moderno edifício admi-nistrativo, que alberga os escritórios da empresa, bem como um novo armazém, onde são fabricadas as máquinas plan-tadoras e onde está localizada a área de manutenção das mesmas. Para além disso, irá nascer brevemente neste espaço uma área de exposição dos diversos produtos que a empresa oferece. Paralelamente às infraestruturas, a empresa vai realizar em breve um investimento na ordem dos 2 milhões de euros, para a renovação do parque de máquinas. O desenvolvimento da nova máquina de colheita é também uma das prioridades da empresa.

Serviços VinomatosPara além dos serviços de planta-

ção, a Vinomatos comercializa trato-res e maquinaria agrícola. A empresa é um concessionário Fendt e Landini e importadora exclusiva da marca de tratores Foton em Portugal. Relativa-mente a esta marca, a empresa dispõe de tratores cabinados e sem cabine que vão desde os 25 aos 100 cv de potência, oferecendo uma ótima rela-ção qualidade/preço. Tem também uma gama de alfaias e maquinaria agrícola, como rachadores de lenha, pulverizadores, tutores de bambu, tri-turadores, corta-matos, subsoladores, chiseis, entre outros. A Vinomatos é também representante da Trimble, uma marca americana líder em sis-temas de GPS agrícolas.

PORQUÊ A PLANTAÇÃO GUIADA POR SATÉLITE?O satélite dá a garantia de um alinha-

mento perfeito, com margens de erro inferiores a um centímetro. Na ótica da manutenção e da colheita mecanizada e cada vez mais avançadas das vinhas e dos pomares, o satélite permite evitar os pro-blemas ligados ao crescimento anárquico das plantações. Além da qualidade do tra-balho, outras mais-valias são os ganhos de tempo e a possibilidade de avançar 24 sobre 24 horas, mesmo nos períodos de visibilidade reduzida ou nula, o que confere naturalmente maior rapidez em todo o processo.

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Centro Integrado de Gestão de Resíduos nasce na Chamusca

A Câmara Municipal do Cartaxo esta-beleceu parceria com restaurantes, pro-dutores de vinho, associações e empre-sários para assinalar o Dia Europeu do Enoturismo. O programa decorre de 1 a 8 de novembro e inclui um conjunto de iniciativas que contam com a participação de onze restaurantes, que criaram emen-tas especiais para serem acompanhadas por vinhos do concelho.

Dia 08 de novembro, o Mercado Munici-pal do Cartaxo recebe, das 9h30 às 18h00,

o Mercado do Vinho & Companhia, onde se pode encontrar a gastronomia tradicional e os vinhos do concelho. Às 13h30, serve-se o Almoço Vínico preparado pelo restauran-te Copo 3. Situado no Mercado Municipal, o restaurante escolheu os vinhos da Adega Cooperativa do Cartaxo, da Casa Agríco-la Pitada Verde e da Sociedade Agrícola Casal do Conde, para acompanharem a Tábua Mista de Sabores Ribatejanos, o Ossobuco Avinhado Bem Acompanhado e os Paladares Natalícios.

A Ambimed inaugurou recentemen-te no Ecoparque do Relvão, situado na Carregueira, concelho da Chamusca, um incinerador de resíduos de última geração com princípios inovadores e de acordo com as Melhores Tecnologias Disponíveis (MTD´s) e que irá complementar a rede de tratamento de resíduos hospitalares perigosos, e não só. Encontrando-se em fase de testes, este novo equipamento iniciará o seu funcionamento efetivo em novembro.

A cerimónia de inauguração contou com a presença do presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, de representantes de toda a estrutura de governo local, de toda a Direção da Agência Portuguesa de Ambiente, vários presidentes de câmaras de municípios, da Resitejo e do seu administrador executivo e de um alto representante da Embaixada Americana, evidenciando a importância do evento e da infraestrutura, considerada fundamental para a gestão integrada de resíduos da península Ibérica.

Foi também importante a presença de cerca de uma centena de representantes de hospitais de todo o país e de outras entidades produtoras de resíduos direta-

Dia Europeu do Enoturismo celebrado no Cartaxo

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

mente interessadas nas mais valias desta infraestrutura. O conceito de forno rota-tivo a funcionar de acordo com alguns princípios de pirolise / gaseifi cação foram considerados, de forma unanime, aspetos particularmente efi cazes do sistema.

No CIGR a Ambimed pretende tratar todos os resíduos hospitalares de risco específi co, classifi cados como resíduos do grupo GIV (cf. despacho 242/96, de 13 de agosto), assim como os resíduos de medicamentos, os resíduos provenientes do serviço Expert Solutions, os subprodu-tos de origem animal (SPOA) e outros que careçam de destruição por incineração, numa capacidade para processar 5.400 toneladas/ano.

A Ambimed, Gestão Ambiental Lda., empresa do grupo Stericycle Portugal, é líder de mercado na disponibilização de serviços globais de gestão de resíduos hospitalares. Para além da instalação do CIGR, juntar-se-á, em breve, uma outra incineradora hospitalar ao Eco Parque do Relvão.

Em matéria de impostos para 2016, e tendo como desígnios a criação de emprego e o aumento da competitividade, a Câma-ra Municipal de Vila Nova da Barquinha decidiu manter a isenção do pagamento da taxa de derrama das empresas.

Para além disso, o município vai ain-da manter a taxa de 0,32 do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), e aplicar a redução máxima para famílias com dependentes.

O município prescinde desta receita e

Município da Barquinha mantém isenção de derrama para empresas

atribui um desconto de 10% aos agregados familiares com um dependente, 15% para as famílias com dois e 20% para famílias com três ou mais dependentes.

A autarquia volta ainda a devolver aos munícipes parte da receita do Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singu-lares (IRS) cobrado pelo Estado (0,5%), abdicando dessa verba em 2016, com o objetivo de atrair novos residentes. Esta proposta já foi aprovada em Assembleia Municipal.

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Empreendimento turístico nasce em Constância

Promovido pela Vila Poema, Sociedade de Gestão Hoteleira, Lda, o Villa Tejo Nature & Spa Hotel, assim se deverá cha-mar o novo empreendimento, é compos-to por três corpos que se interligam em forma de «V», projetando vistas para a envolvente natural, o que lhe permitirá estabelecer uma cumplicidade com o meio onde se integra, contribuindo de forma inegável para a sua valorização.

Assumindo-se como um empreendi-mento que se pretende integrar na envol-vente natural, com uma ligação muito forte aos rios Tejo e Zêzere, o Villa Tejo Nature & Spa Hotel, entre outros, é cons-tituído pelos seguintes equipamentos: 28 quartos duplos, 10 suites, 5 suites pre-mium com jacuzzi na varanda, SPA com piscina interior, jacuzzi, banho turco, sala de relaxamento e massagem com duche, restaurante, bar e um auditório. No seu exterior, estão contempladas amplas áre-as verdes de utilização comum, percursos pedestres e de btt, zonas de estaciona-mento, uma esplanada panorâmica, uma piscina exterior para adultos e crianças e, um parque infantil aquático.

O empreendimento criará 28 postos de trabalho diretos e terá 28 quartos duplos, 10 suites, 5 suites premium com jacuzzi na varanda, SPA com piscina interior, jacuzzi, banho turco, sala de relaxamento e massagem com duche, restaurante, bar e um auditório. No seu exterior, estão contempladas amplas áreas verdes de utilização comum, percursos pedestres e de btt, zonas de estacionamento, uma esplanada panorâmica, uma piscina exte-rior para adultos e crianças e, um parque infantil aquático.

O Hotel, que nascerá junto à rotunda com a A23 em Constância, num investi-mento de 3 milhões de euros, aguarda aprovação. Uma vez aprovado, o empre-endimento turístico deverá abrir portas em 2017.

O Município de Alcanena realizou no auditório municipal uma sessão de escla-recimentos sobre a área de reabilitação urbana de Alcanena, que teve como ora-dores os Arquitetos Sérgio Simões e Nídia Brígida.

Esta sessão de esclarecimentos, uma ini-ciativa da Câmara Municipal de Alcanena, através da Divisão de Desenvolvimento Sustentável e Urbanismo, foi aberta a todos os munícipes. No decorrer do semi-nário, os oradores abordaram os apoios, benefícios e procedimentos no âmbito da reabilitação urbana.

Alcanena promoveu “Janela Aberta à Reabilitação”

Lançamento público da Carta de Azeites Sabores de Tomar

Foi lançada publicamente no espaço dos produtores locais da Feira de Santa Iria, a Carta de Azeites Sabores de Tomar. Trata-se da terceira carta deste género lançada pelo Município em colaboração com os produtores, depois daquelas que foram feitas para o vinho e para o mel. O objetivo é promover os produtos oriundos do concelho, sob a designação genérica de Sabores de Tomar, e que tem passado tam-bém pela realização de iniciativas como a presença na Feira de santa Iria com stands próprios ou a Mostra de Sabores de Tomar que decorreu durante a Festa dos Tabuleiros.

Para o futuro, uma das prioridades será a aposta em certames de âmbito nacional, como é o caso da Portugal Agro - Feira

Internacional das Regiões, da Agricultura e do Agro-alimentar, a decorrer na FIL, em Lisboa, no fi nal de novembro, em que os Sabores de Tomar estarão presentes com um espaço próprio.

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A economia tem sofrido modifi cações profundas. De que forma estas mudanças se fi zeram sentir em Tomar?

O setor secundário teve outrora uma importância primordial em Tomar, sendo mesmo o maior empregador do concelho. Neste momento, e infelizmente, isso já não acontece, devido ao encerramento de muitas das fábricas que aqui estavam instaladas. Hoje em dia, temos um tecido empresarial composto essencialmente por micro e pequenas empresas, a maior parte de cariz familiar. Quanto a setores de atividade, embora o setor primário esteja a ser uma agradável surpresa, o que tem surgido em Tomar são, na sua maioria, empresas na área da restauração.

Tomar é uma das mais belas cidades nacionais… Que lugar ocupa o turismo na economia do concelho?

Sem dúvida que o turismo é um setor estratégico. Mas ainda há muito trabalho por fazer. Tomar tem um conjunto de recursos turísticos, mas que ainda não estão transformados em produtos turís-ticos e é neste sentido que a câmara tem trabalhado. O único recurso turístico que já está transformado em produto é o Con-vento de Cristo. Mas este não é o nosso único produto. Tomar é muito mais do

Anabela Freitas, Presidente da Câmara Municipal de Tomar

“Compete ao município criar condições para que se criem postos de trabalho”Tomar é um misto de história e inovação. O desenvolvimento económico do concelho passa, segundo a Presidente da Câmara Municipal, por transformar os produtos em recursos turísticos e por continuar a apostar numa boa interligação entre o mundo empresarial e académico. Do município, os investidores podem esperar acompanhamento personalizado e celeridade na análise dos projetos.

que o convento. Existem várias oportu-nidades ao nível do turismo que podem ser potenciadas e são oportunidades de negócio.

Em primeiro lugar, é preciso todo um trabalho a montante que sustente o Con-vento de Cristo, pelo que o município tem trabalhado na criação da marca templária. Estamos altamente ligados aos templá-rios, mas são ainda ausentes os produtos que nos ligam aos mesmos. É necessá-rio estruturar toda a fi leira à volta desta marca: o merchandising, a gastronomia, o artesanato, entre outros. Neste momen-

to, estamos a preparar uma candidatura conjunta com Espanha e França para a criação de uma rota templária. Das duas cidades espanholas com que estamos a trabalhar, ambas têm um bolo templário, que é vendido em todas as pastelarias em embalagens devidamente ornamentados com o símbolo templário. Tudo isto precisa de ser trabalhado em Tomar!

Por outro lado, e uma vez que o Conven-to de Cristo, a principal atração da cidade, não fi ca no centro, é preciso criar roteiros que apresentem a cidade ao visitante. Para além do Convento de Cristo e da evidente ligação aos templários, Tomar tem ves-tígios de diferentes épocas da história: romana, medieval, até do Estado Novo. A nossa arquitetura é riquíssima! Preci-samos de roteiros que agreguem a oferta e a apresentem de forma estruturada ao turista. A criação do roteiro sobre as jane-las de Tomar, por exemplo, é uma grande oportunidade para o setor do turismo. Em Tomar sente-se falta de guias turísticos que façam visitas pelo centro histórico… a nos-sa geografi a por si só é uma oportunidade de negócio: o nosso território é plano, e a partir do centro histórico, consegue-se visi-tar uma série de produtos interessantes.

Outra oportunidade é o turismo judaico. Tomar tem a sinagoga mais antiga do país,

Sem dúvida que o turismo é um setor estratégico. Mas ainda há muito trabalho por fazer. Tomar tem um conjunto de recursos turísticos, mas que ainda não estão transformados em produtos turísticos.”

ENTREVISTA

Câmara

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datada do século XV, em perfeito estado de conservação. Através do Portugal 2020, conseguimos garantir algumas verbas para a transformação deste produto num recurso turístico. Para além de obras de conservação, iremos introduzir conteúdos para quem a visita, requalifi car o espaço envolvente, transformando um jardim num espaço multifunções. É um jardim que vai permitir, por exemplo, a realização de pequenos concertos. Os operadores aqui têm a maior importância para a dinami-zação destes espaços.

Temos também um belíssimo centro histórico que precisa ser revitalizado e nesse sentido, a nova política de cidades e a questão da revitalização destes espa-ços parece-nos fundamental neste quadro comunitário de apoio que estamos a viver, para que se permita que os centros histó-ricos cada vez mais tenham mais pessoas. Temos estado a trabalhar também com os proprietários do centro histórico no sentido de os informar daquilo que são as oportunidades dentro da área de reabili-tação urbana, que já temos perfeitamente defi nida e aprovada, e também as oportu-nidades que existem no Portugal 2020. É preferível cobrar menos de renda do que ter as casas fechadas e estamos a fazer esse trabalho também.

E para albergar todas estas oportunida-des, apesar de estarmos bem apetrechados, continua a haver falta de camas disponí-veis. O perfi l do nosso turista mudou e é preciso aumentar a nossa oferta hoteleira nas várias camadas, quer numa camada média-alta, mas também numa camada média e até para uma camada mais baixa.

Fora da cidade, Tomar tem ainda a albu-feira do Castelo de Bode…

Decorreu recentemente em Ferreira do Zêzere, o campeonato mundial de wake-board e isso teve obviamente impacte na hotelaria de Tomar. Com a realização deste campeonato, verifi cou-se que este desporto constitui uma clara oportunidade para os municípios com acesso à barragem. Neste momento, foi já criada uma pista de wakeboard ao longo da albufeira do Castelo de Bode, sendo um dos pontos em Tomar. A obra física está praticamente concluída e neste momento estamos a tentar encontrar um modelo de gestão desta pista. Para além desta nova pista ser mais um fator de atratividade para a região, terá também oportunidades de negócio inerentes. Serão obviamente os privados a explorar a pista, bem como todas as infraestruturas de apoio, entre as quais o bar e os balneários.

Ainda relativamente à albufeira do Cas-telo de Bode, existe um constrangimento ao investimento que temos tentado com-bater, que é o facto de o plano de ordena-mento da mesma ser demasiado restritivo. Temos, por exemplo, um investimento previsto para a ilha do Lombo que está “preso” devido ao plano de ordenamento da albufeira. Temos acompanhado este investidor privado junto das entidades nacionais competentes para tentar resolver esta questão, mas não está a ser fácil. Já andamos a tentar ultrapassar este cons-trangimento há um ano, lutando para que o investimento se efetive.

Que investimento é este?Existe na Ilha do Lombo uma estalagem

já antiga. Trata-se de um investidor estran-geiro que quer fazer obras de moderniza-ção nesta estalagem, para aqui construir um centro de estágios para poder receber equipas de remo. Será necessário, entre outro tipo de remodelações, construir giná-

sio adequado e ainda um ancoradouro. O investimento, na ordem dos 20 milhões

de euros, insere-se na União de Freguesias da Junceira - Serra, e criará entre 16 a 20 postos de trabalho, o que para aquela zona será excelente! É também uma iniciativa que trará, naturalmente, mais pessoas a Tomar.

Para além deste acompanhamento dos investidores, de que forma apoia o muni-cípio quem pretende criar empresas no concelho? Existem infraestruturas, por exemplo?

Compete ao município criar condições para que se criem postos de trabalho e estamos a trabalhar neste sentido. Quando chegámos à Câmara, deparámo-nos com uma zona industrial com 32 anos. Uma zona que já não correspondia às necessi-dades das empresas, que hoje em dia são outras. Alterámos os regulamentos desta zona industrial, baixámos os preços dos terrenos e transformámo-la num parque empresarial.

Com uma planta perfeitamente atualiza-da do parque empresarial, fi zemos opera-ções de charme junto da AICEP, para que esta entidade possa também apresentar Tomar como destino de investimento. Uma vez que no parque empresarial há uma estação de caminhos de ferro, conversá-mos já com a Infraestruturas de Portu-gal (antiga REFER), para equacionar um aumento do transporte de cargas caso tal seja necessário no futuro, o que seria ótimo para o escoamento dos produtos.

Criámos ainda um gabinete, o Tomar 2020, onde facultamos informações e apoios a todos os investidores que preten-dem escolher Tomar para acolher as suas empresas. Prometemos ainda celeridade na análise dos projetos de investimento das empresas, através da criação do serviço via verde. Através do mesmo, quando um

Delegação de Troyes em Tomar na preparação da Rota Templária

Uma delegação de Troyes, cidade francesa fundadora da Ordem dos Templários, cujo concílio ali se realizou em 1128, esteve em Tomar, integrando os consultores que estão a preparar a candidatura ao Conselho da Europa tendo em vista a cria-ção da Rota Europeia dos Templários (Itinerário Cultural de Lugares Templários). Esta visita de trabalho percorreu Tomar, Alcobaça, Dornes e Almourol e segue-se à visita preparatória de trabalho realizada o ano passado pelo Município de Tomar ao Departamento de l’Aube, sedeado em Troyes.

Além das visitas, realizaram-se ainda várias reuniões de trabalho. No primeiro dia de trabalho a comitiva foi recebida no Convento de Cristo pela sua diretora Andreia Galvão e pelos presidentes das câmaras da Barquinha, Fernando Freire e de Tomar, Anabela Freitas.

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projeto de investimento entra na Câmara, tem prioridade sobre todos os projetos que estamos a analisar.

Consideramos que é muito importan-te que o mundo académico se associe ao mundo empresarial e, neste sentido, iniciámos também conversações com o Instituto Politécnico de Tomar, para a criação de uma incubadora de empresas.

Paralelamente ao cariz histórico da cida-de de Tomar existe uma grande predispo-sição para a inovação e novas tecnologias, com o Instituto Politécnico de Tomar a assumir grande destaque. Fale-nos desta relação.

Uma das vantagens competitivas de Tomar é, de facto, ter no seu território uma instituição de ensino superior que deve e tem trabalhado em conjunto com as empresas. Veja-se o exemplo da ins-talação da IBM… Devo referir, no entan-to, que assim que chegámos à Câmara, assinámos com o Instituto Politécnico de Tomar um protocolo, onde a relação vai para além daquilo que é o trabalho deste Instituto com as empresas. Neste protocolo, estipulámos que o município “quando vende a cidade”, deve “vender” também esta instituição de ensino e vice-versa. Câmara e Politécnico “vendem” a cidade como um todo. Paralelamente ao Politécnico de Tomar, também a NERSANT

O CENIT está a funcionar em pleno e foram já criados, em apenas dois anos, os 200 postos de trabalho perspetivados para quatro anos.”

está a fazer um excelente trabalho de apoio aos empresários no nosso território.

Em relação à IBM… que projeto é este? De que forma dinamiza economicamente a região?

A SoftINSA, empresa do Grupo IBM, a Câmara Municipal de Tomar e o Instituto Politécnico de Tomar assinaram um pro-tocolo de cooperação para a criação de um Centro de Inovação e Tecnologia na cidade, o CENIT. Trata-se de uma parceria tecnológica que visa o desenvolvimento das tecnologias de informação na região. O novo centro, gerido pela SoftINSA e parte integrante de uma rede de centros de pres-tação de serviços de tecnologia do Grupo IBM à escala mundial, está a funcionar em pleno e foram já criados, em apenas dois anos, os 200 postos de trabalho perspeti-vados para quatro anos.

O que pretendemos também com o investimento de empresas no nosso ter-ritório é que estas empresas criem ou deixem algo à região. E é isto que está a acontecer.

A empresa tem falado com os nossos empresários, analisando as suas neces-sidades, estando a criar soluções tecno-lógicas adequadas. Cumpre-se, assim, a interligação entre o mundo académico e o mundo empresarial. No âmbito do CENIT, e da nova tendência daquilo que são as smart cities, foi criado já um produto – o smarter fest – que foi testado na nossa festa dos tabuleiros e que já apresentei numa conferência em Israel.

Em suma, o que podem as empresas esperar do município de Tomar?

Uma porta sempre aberta, celeridade e acompanhamento personalizado dos seus projetos de investimento.

ENTREVISTA

Constrangimentos à instalação de empresasQuestionada quanto aos constrangimentos sentidos pelas empresas hoje em

dia, a Presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas, referiu de imediato os custos de contexto que as mesmas têm. Por outro lado, refere ainda que nem todas as cidades estão devidamente equipadas e infraestruturadas ade-quadamente. “Espera-se que todas as cidades sejam, verdadeiramente, cidades do século XXI, devidamente preparadas e equipadas. Parte-se do princípio que as infraestruturas estão todas feitas, o que não acontece. Tomar é um município que se quer preparar para o século XXI, mas tem infraestruturas do século XIX. Uma empresa tem que ter fi bra ótica, água, saneamento, gás canalizado. Tem água, mas saneamento não tem! A nossa taxa de cobertura é muito baixa. Tudo isto é um constrangimento à instalação das empresas. É preciso aplicar dinheiro público para segurar este investimento e é neste sentido que estamos também a trabalhar. Estamos a modernizar as nossas infraestruturas. Estas têm de estar perfeitamente atualizadas e funcionais para quem quer investir no nosso terri-tório”, desabafou a autarca.

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No âmbito do Sistema de Incen-tivos - Qualifi cação PME, inte-grado no domínio do Emprego e Valorização Económica de

Recursos Endógenos, encontra-se aberta a 2.ª fase do concurso para a Contratação de Recursos Humanos Altamente Qualifi -cados, associada a Estratégias de Inovação e Crescimento das Empresas.

Este concurso, destinado às Pequenas e Médias Empresas (PME), tem como obje-tivo o apoio na contratação, por parte das empresas, de recursos humanos altamente qualifi cados dotados de grau académico com nível de qualifi cação igual ou superior a 6 (licenciados, mestres, doutorados ou pós-doutorados), como forma de aquisição de massa crítica e de suporte ao desen-volvimento de processos que promovam a inovação empresarial.

No âmbito deste Sistema de Incentivo são elegíveis as despesas com o salário base e respetivos encargos sociais obriga-tórios dos recursos humanos altamente qualifi cados contratados, sendo o salário base mínimo elegível de 1500 euros men-sais e máximo de 2600 euros mensais. O incentivo a conceder é de 50 por cento a fundo perdido.

O apoio a conceder às despesas acima referidas vigora por um período mínimo de 24 meses e máximo de 36 meses. Note-se que os trabalhadores a contratar não poderão ter vínculo de trabalho com a empresa benefi ciária ou com empresas parceiras ou associadas desta, durante os 12 meses anteriores à data da candidatura, nem corresponder a postos de trabalho de gerentes, administradores e/ou sócios/acio-nistas das empresas benefi ciárias. Deverá registar-se sim, uma criação líquida de

Apoios para a contratação de recursos humanos altamente qualifi cados

postos de trabalho ao nível dos recursos humanos altamente qualifi cados.

Para candidaturas ao Programa Opera-cional Regional do Centro deverá ainda ser demonstrado o contributo do projeto para a prossecução do objetivo específi co e da prioridade de investimento “reforçar as competências de I&D e a valorização internacional das empresas, por meio da contratação de recursos altamente qualifi cados”. Já no âmbito de candida-turas ao Programa Operacional Regio-nal do Alentejo a prioridade recai para projetos de investimento que evidenciem “aumentar a disponibilidade de recur-sos humanos altamente qualifi cados nas empresas, como contributo para elevar

as competências empresariais em I&I e intensifi car as interações entre empresas e outras entidades do sistema de I&I.” Desde modo, é solicitado aquando a submissão da candidatura a entrega de um plano de inserção dos recursos humanos altamente qualifi cados na estratégia de inovação e crescimento da empresa.

Para esta medida o CENTRO 2020 alo-cou ao concurso uma dotação global de 5 milhões de Euros, recorrendo ao Fundo Social Europeu. O concurso tem duas fases de acesso, sendo que a primeira terminou a 30 de outubro e a segunda termina a 30 de dezembro de 2015.

No ALENTEJO 2020, o concurso apre-senta também duas fases, correspondente a uma 1.ª fase que terminou a 31 de Outu-bro, seguindo-se imediatamente a 2.º fase de candidaturas, a decorrer no período de 02 de novembro a 15 de dezembro 2015. A dotação do Fundo FSE afeta aos concursos é de um milhão de euros, distribuído pelas duas fases, 500 mil euros em cada fase.

A apresentação de candidaturas é efe-tuada através de formulário eletrónico no Balcão 2020 através do link https://www.portugal2020.pt/Balcao2020/. Cada PME pode apresentar apenas uma can-didatura.

Portugal 2020. Assim se denomina o novo quadro de apoio que vem substituir o antigo QREN e que vai permitir que Portugal receba, até 2020, 25 mil milhões de euros. As empresas do Ribatejo não devem perder esta oportunidade.

INFORMAÇÃO E APOIO

Domínio: Competitividade e Internacionalização

SISTEMA DE INCENTIVOS - QUALIFICAÇÃO DE PME

Contratação de Recursos Altamente Qualifi cados

POR Aviso N.º Data Início Data Encerramento

CENTRO - Programa Operacional Regional do Centro

CENTRO-59-2015-02 (2ª fase)

02-11-201530-12-2015 (18 horas)

ALENTEJO 2020 - Programa Operacional Regional do Alentejo

ALT20-59-2015-12 (2ª fase)

02-11-201515-12-2015 (18 horas)

CANDIDATURAS ABERTAS

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Outros Sistemas de Incentivos com Candidaturas Abertas:

Aviso nº 17/SI/2015 - Proteção de Direitos • da Propriedade Industrial - Projetos Individuais

Data de início: 03-07-2015Data de encerramento: 31-12-2015

Apoia entre outros custos, o registo de direitos de propriedade industrial sob a forma de registo de patentes, modelos de utilidade, desenhos ou modelos, pelas vias nacional, europeia e internacional.

Aviso N.º 12/SI/2015 - Sistema de Incen-• tivos “Investigação e Desenvolvimento Tecnológico” - Vale I&D

Data de início: 15-05-2015 Data de encerramento: 31-03-2016

Apoia a aquisição de serviços de con-sultoria, a entidade acreditada, na área de Investigação e Desenvolvimento Tecnoló-gico, por exemplo para registo de paten-tes, modelos de utilidade, desenhos ou modelos, pelas vias nacional, europeia e internacional.

Aviso N.º 11/SI/2015 - Internacionalização • de I&D - Projetos Individuais

Data de início: 28-04-2015Data de encerramento: 31-12-2015

Apoio à preparação e submissão de can-didaturas a programas internacionais de IDI e a dinamização da participação em redes internacionais de IDI por parte de empresas.

Aviso N.º14/SI/2015 - Sistema de Incen-• tivos “Internacionalização PME” - Vale Internacionalização

Data de início: 15-05-2015Data de encerramento: 31-03-2016

Apoia a aquisição de serviços de con-sultoria, a entidade acreditada, na área de prospeção de mercado, estudos de merca-do e visita planeada aos mercados.

VALE INTERNACIONALIZAÇÃO FINANCIAMENTO DE 75% A FUNDO PERDIDO

APOIO A EMPRESAS PARA INICIAR O SEU PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO(para empresas que não tenham registo de exportações nos últimos 12 meses)

Incentivo máximo – 15.000,00 €•

Consultoria individualizada na área da Internacionalização•

Estudo de mercados•

Estratégia de Internacionalização da empresa•

Angariação de contactos de potenciais clientes e parceiros•

Visita aos mercados com agenda de contactos•

A NERSANT, como entidade acreditada para prestar os serviços do Vale Interna-cionalização, apoia as empresas com interesse por este sistema de incentivo.

Contactos:[email protected] ou por tel. 249 839 500

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Com a criação da Iniciativa Portu-gal Inovação Social, em dezem-bro de 2014, Portugal foi pioneiro na União Europeia ao canalizar

uma parcela importante (cerca de 150M de euros) de fundos estruturais europeus do novo ciclo de programação 2014-2020 para a promoção da inovação social.

A Portugal Inovação Social pretende apoiar Iniciativas de Inovação e Empre-endedorismo Social (IIES) que:

Sejam focadas numa missão social, pro-• curando resolver problemas importantes e negligenciados da sociedade;

Sejam inovadoras, por serem pioneiras a • nível mundial ou nacional, ou por serem réplicas pioneiras a nível regional de ino-vações sociais com impacto validado;

Tenham um modelo passível de ser siste-• matizado e replicado num contexto mais vasto, dada a natureza do problema que abordam e da solução que propõem;

Procuram medir e validar o seu impacto, • de forma a melhorarem continuamente o seu desempenho e a mobilizarem mais recursos;

Adotem estratégias de implementa-• ção com mecanismos que promovam a sustentabilidade económica, através da efi ciente mobilização de recursos, geração de receitas, ou poupança na despesa pública.

Projetos com estas características são os principais benefi ciários dos programas de fi nanciamento a desenvolver pela Portugal Inovação Social, quer sejam oriundos de organizações da economia social, quer sejam dinamizados por empreendedores independentes, no seio da administração pública, ou por organizações da econo-mia social, em muitos casos em lógica de parceria.

A Portugal Inovação Social irá também dinamizar um ecossistema de entidades parceiras que capacitem, financiem e acompanhem estas iniciativas, ajudando-as a atingir uma escala maior e mais impacto.

A Portugal Inovação Social irá atuar através de quatro programas de fi nancia-mento complementares, que acompanham o ciclo de vida das IIES:

1. Programa de Capacitação para o Inves-timento Social, destinado a fortalecer a capacidade das IIES de gerar impacto e receber investimento social;

2. Programa de Parcerias para o Impacto, para cofi nanciamento de investimento filantrópico por investidores sociais, com o objetivo de estabelecer ou desen-volver IIES;

3. Títulos de Impacto Social (TIS), com vista à contratualização de interven-ções que levem a uma maior inovação e efi ciência na prestação de serviços públicos, numa lógica de reembolso dos investimentos após demonstração dos resultados alcançados;

4. Fundo para a Inovação social (FIS), para cofi nanciamento, numa lógica de instrumento fi nanceiro, de operações de investimento social, realizadas por entidades investidoras qualifi cadas, que concedam crédito e/ou quase-capital para a consolidação ou expansão de IIES.

O Programa de Capacitação para o Investimento Social pretende apoiar IIES no reforço das suas capacidades organi-zativas e competências de gestão, com o objetivo de as tornar mais preparadas para gerar impacto social e captar inves-timento social.

O Programa de Parcerias para o Impacto apoia IIES que queiram implementar um plano de desenvolvimento, crescimento ou replicação, de 1 a 3 anos, para alcançarem maior escala e impacto e que necessitem de pelo menos 100,000 euros de fi nancia-mento. O plano de desenvolvimento pode consistir num processo de crescimento regional ou nacional para uma iniciativa de inovação social que já validou o seu piloto, ou na réplica regional ou nacional de uma inovação social internacional já validada, ou num plano de disseminação ou internacionalização de uma iniciativa de inovação social sediada em Portugal.

Portugal Inovação Social

Os Títulos de Impacto Social são meca-nismos de financiamento que pressu-põem a celebração de um contrato entre investidores sociais, entidades públicas e organizações da economia social, para concretizar resultados sociais específi -cos. Mobilizam capital para investir em organizações, empreendedores sociais e iniciativas que evidenciem impacto social e potencial retorno fi nanceiro.

O Fundo para a Inovação Social é o maior dos quatro programas de finan-ciamento da Iniciativa Portugal Inovação Social. Assume uma confi guração de Ins-trumento Financeiro, sendo dirigido a Ini-ciativas de Inovação e Empreendedorismo Social (IIES) em fase de consolidação e/ou expansão. Funcionará enquanto fundo grossista, canalizando o apoio dos Fundos estruturais e de investimento europeus (FEEI) através de intermediários de inves-timento social, tais como instituições de crédito ou entidades gestoras de fundos de empreendedorismo social.

Com o objetivo de colmatar falhas de mercado no acesso a fi nanciamento por parte das IIES, o Fundo para a Inovação Social irá cofinanciar, via fundos reta-lhistas criados por esses intermediários, empréstimos, garantias, capital e quase-capital, adequados às suas necessidades específi cas.

INFORMAÇÃO E APOIO

Informação adicional em:

www.inovacaosocial.portugal2020.pt

www.nersantsocial.pt

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A importância do terceiro setor nunca foi tão grande como no mundo de hoje, nomeadamente no atual contexto da economia

portuguesa. No entanto, a importância deste setor

ultrapassa a dimensão económica, eviden-ciada sobretudo quando falamos da neces-sidade de garantir aos cidadãos o acesso a serviços de qualidade, adequados à satisfa-ção das suas necessidades e expetativas.

Apesar do conceito de Qualidade ter estado inicialmente associado à indústria e ao produto em si, tornou-se cada vez mais abrangente à medida que se generalizou o fornecimento de serviços. Como qual-quer empresa, também as entidades da Economia Social, por via da sua missão, estão orientadas para o Cliente uma vez que é para ele, e para a satisfação das suas necessidades, que trabalham e existem.

Atualmente, a palavra “Qualidade” é uma expressão utilizada em todas as organiza-ções e está associada a uma necessidade urgente de mudar.

É neste sentido que a qualidade da orga-nização e da gestão destas entidades é ainda mais relevante e que as organizações da eco-nomia social têm cada vez maior consciência da importância da certifi cação de qualidade.

Contudo, apesar da boa vontade, há muitas organizações que estão a dar os seus primeiros passos na implementação de condutas normalizadas e que, por isso não têm, interna e individualmente um modelo que vise uma utilização otimizada dos recursos que têm ao seu dispor.

Com o objetivo de constituir um referen-cial normativo transversal ao funcionamen-to destas organizações, que permita avaliar a qualidade dos serviços prestados e conse-quentemente diferenciar positivamente as respostas sociais, o Instituto da Segurança Social, I.P. disponibiliza os Modelos de Ava-liação da Qualidade das Respostas Sociais, que se baseiam nos princípios de gestão da qualidade e onde são estabelecidos os requisitos necessários à implementação do Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ) dos serviços prestados pelas Respostas Sociais: Acolhimento Familiar, Lar Residencial, Centro de Atividades Ocupacionais, Lar de Infância e Juventude, Centro de Aco-

lhimento Temporário, Estruturas Residen-ciais para Idosos, Creches, Centros de Dia e Serviços de Apoio Domiciliário.

Um SGQ para funcionar bem necessita de intervir e até mesmo colmatar os proble-mas específi cos de cada organização pelo que um bom diagnóstico das necessidades e dos problemas da organização é funda-mental para ajustar os modelos à realidade concreta de cada instituição.

A NERSANT é reconhecida pelo tra-balho que tem desenvolvido em prol das empresas da região. Tem como missão “promover o desenvolvimento da econo-mia da Região de Santarém, apoiando a actividade empresarial”. Para tal tem con-cretizado diversas iniciativas, muitas das quais em conjunto com outras entidades, sempre com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento e competitividade das entidades da região.

É neste sentido que se encontra a dina-mizar o projecto “Economia Social – Pre-parar e Implementar SGQ” que pretende preparar a implementação do sistema de gestão da qualidade nas instituições da Economia Social, visando a coerência entre a Estratégia da Entidade e o seu Modelo Organizacional e destes com o Sistema de Gestão da Qualidade a implementar bem como desenhar em cada entidade, um SGQ potenciador de melhorias orga-nizacionais, em termos de estrutura de responsabilidades fl exível e de estruturas de coordenação e de controlo efi cazes e efi cientes, e potenciador de melhorias de rentabilidade e tempos de resposta.

Através desse projeto, a associação empresarial pretende que estas entida-des possam responder da melhor forma às solicitações dos seus utentes, através da implementação de um Sistema de Ges-tão da Qualidade, que vai ao encontro das pretensões dos Manuais da Segurança Social, enquanto referenciais normativos

que permitem regular positivamente as respostas sociais e avaliar a qualidade dos serviços prestados por cada uma das insti-tuições, sejam elas Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) ou outras instituições públicas ou privadas.

Esta atuação permite sistematizar os fl u-xos de comunicação, clarifi cando, quem faz, o quê, como, quando e onde. Prevê ainda a monitorização e avaliação da efi cácia dos processos de comunicação e a sua melhoria continua. Todo o sistema é documentado, sendo registadas as atividades defi nidas, e funciona como um precioso auxiliar para todos aqueles que nela, mudam de fun-ções e assumem novas responsabilidades, bem como para a integração de novos colaboradores.

Para as entidades da economia social este desafio é apenas possível com o envolvimento e empenho de todas as par-tes interessadas: clientes, colaboradores, parceiros e sociedade, e pela capacidade de cada organização, em função das res-postas sociais que dispõe, mobilizar de for-ma efi ciente todos os recursos, internos e externos, melhorando continuamente a sua efi cácia e efi ciência de forma a prosseguir os seus objetivos sem desperdício.

É inegável que a Qualidade é fundamen-tal e que a implementação de um sistema de gestão da qualidade leva a uma melhoria de organização interna e consequentemen-te a uma melhoria de gestão de recursos.

A avaliação feita pelo ISS, I.P. aquando da recente revisão dos Modelos de Avaliação da Qualidade das Respostas Sociais, resume bem a importância de continuar a garantir a todos o acesso crescente a serviços de qualidade, cada vez mais adequados à satis-fação das suas necessidades: “a experiência da implementação de Sistemas de Gestão da Qualidade, que originaram as primeiras respostas sociais certifi cadas com a mar-ca ISS, mostra que o investimento inicial na (re)organização dos processos permite ganhos em termos da efi ciência, da efi cácia e da racionalização dos serviços prestados, alargando e aumentando, desta forma, a satisfação das necessidades e das expectati-vas de clientes, colaboradores e parceiros. E se a satisfação das necessidades foi durante muito tempo efetivamente sentida pelas partes interessadas, ela pode ser agora, adicionalmente e através da marca ISS, evidenciada e provada”.

Importância de implementação do Sistema de Gestão da Qualidade no 3º setorMónica SilvaDepartamento de Formação e Qualifi cação da NERSANT

OPINIÃO

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Formação-ação: A formação no interior das empresas

600 empresários envolvidos em projetos de formação-açãoCerca de 600 empresários da região do Ribatejo a fazer formação é o balanço da dinamização da NERSANT no âmbito de projetos de formação-ação, projetos esses direcionados exclusivamente para empresários.

Intervenções utilizando a metodolo-gia de formação-ação, podem ter um papel fundamental na implementação de projetos estruturantes, que permi-

tam ganhos de efi ciência e produtividade. Este modelo caracteriza-se pela sua fl exi-bilidade e facilidade de ser orientado em função da estratégia e objetivos pretendi-dos pelas empresas, o que permite uma resposta muito direcionada às reais neces-sidades destas. É ainda caracterizado pela sua fl exibilidade ao nível da organização, sendo totalmente adaptável às caracterís-ticas e disponibilidades de cada empresa. Na formação-ação, é articulada formação em sala com consultoria em cada orga-nização. Este conjunto de ações, desen-volvido em harmonia com a estratégia da empresa, permite que a aprendizagem se processe através do desenvolvimento de competências (formação) e resolução de problemas reais (ação).

A mais-valia da utilização de uma meto-dologia de formação-ação reside no facto de todo o projeto ser acompanhado pelo empresário/gestor e ser definido com a empresa e para esta, com o objetivo específi co de obtenção de melhorias ao nível global. Assim, esta metodologia distingue-se como uma mais-valia para garantir os objetivos de desenvolvimen-to da empresa, apresentando-se como um meio através do qual a organização prepara os seus recursos humanos e as competências próprias para promover o projeto de desenvolvimento em que esta investe.

Uma empresa que participa num pro-jeto de formação-ação percorre várias fases, tipicamente associadas às sequên-cias do projeto de modernização e baseia o seu desenvolvimento na alternância entre os ambientes de formação em sala (de menor duração) e os períodos de consultoria na empresa (de maior duração).

O percorrer destas fases, que pode che-gar a durar mais de um ano, apela ao

INFORMAÇÃO E APOIO

“Devido à participação num projeto de formação-ação, as minhas empresas são hoje mais cientes do seu papel no mercado.”

Mário Macedo - gerente MJV Hipólito

“Aprendi a liderar melhor e tomar decisões mais acertadas.”

Emerson Caetano - sócio-gerente do Restaurante Pizzaria Cosa Nostra

“Estamos mais e melhor preparados.”

Luís Gonçalves e Rui Ribeiro - gerentes da SEVEFER - Indústria de Pastelaria, Lda.

“Com esta intervenção na empresa, relembrei conceitos estratégicos, fi nanceiros, de marketing.”

Sílvia Caetano - Diretora da Sampedras, Aplicação de Pedra, Lda.

“Permitiu-nos verifi car que há outras possibilidades de gestão.”

Alda Fróis e Florindo Ventura - sócio gerentes da Maquettree Studios - Maquetas, Lda.

envolvimento sequencial de toda a hierar-quia da empresa, a um nível de respon-sabilidades cada vez mais abrangente à medida que se aproxima da concretização dos seus objetivos de melhoria.

Neste momento, cerca de 600 empresas

foram intervencionadas neste projeto de formação-ação ao longo dos anos pela NERSANT, em áreas distintas, como a Qualidade, Ambiente e Segurança, a Ges-tão Estratégica e Operacional e a Inter-nacionalização.

TESTEMUNHOS

Mais informação: Departamento de Formação e Qualifi cação da NERSANT Tel.: 249 839 500 | Email.: [email protected] | www.nersant.pt

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Ribatejo a Pé e de BicicletaE

sta rota engloba circuitos que atualmente são praticados e que estão disponibilizados

a qualquer praticante das modalidades de pedestrianismo e de BTT, pois encontram-

se devidamente sinalizados e homologados. As caminhadas pedestres têm vindo a

ganhar bastantes aderentes em virtude de ser uma atividade acessível a qualquer um

e representar uma das modalidades mais económicas. Os circuitos de bicicleta podem ser mais

variados, se bem que os indicados sejam os que incluem menos troços em estrada, e, portanto,

em terra batida. A orografi a do terreno não é muito acentuada pelo que benefi ciará a prática de

qualquer uma das referidas modalidades.

O Parque de São Lourenço, em Abrantes, é um parque urbano com boas infraestruturas que tem

sido utilizado como ponto de partida para percursos pedestres que passam por Rio de Moinhos,

Constância e Castelo de Almourol, até Tancos.

VIVER O TEJO

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Dia 1ManhãPercurso: Parque de São Lourenço (Abrantes) - Rio de Moinhos - Constância Operadores: Glaciar SportsBar/ Ponto AventuraAlmoço: Restaurante O Ramiro (Rio de Moinhos)

TardeVisita ao Centro de Ciência Viva de ConstânciaIntegrado na rede dos Centros de Ciência Viva, este centro constitui um convite à participação em atividades baseadas na Astronomia, proporcionando variadas experiências e oportunidades de conhecer o Céu e a Ciência.

Visita ao Jardim Horto de CamõesNeste jardim, podemos encontrar 52 espécies botânicas referidas por Camões na sua lírica e nos “Lusíadas”. São pontos de maior interesse: o painel de azulejos elucidativo; a estátua de Camões; o Jardim de Macau; um pequeno auditório com uma reprodução do Planetário de

Ptolomeu; uma esfera armilar; um poço de traça árabe e, uma âncora do séc. XVII arrancada ao Tejo e classifi cada pelo Museu de Marinha.Jantar: Restaurante D. José Pinhão/ Remédio D´Alma em ConstânciaAlojamento: Casa João Chagas (Constância)/ Quinta de Coalhos (Abrantes)

Dia 2ManhãPercurso: Constância – Castelo de Almourol – TancosAlmoço: Restaurante Almourol (Tancos) / Restaurante Ribeirinho (Vila Nova da Barquinha).

TardeVisita ao Castelo de AlmourolFortaleza reconstruída por Gualdim Pais, em 1171, é o ex-líbris do concelho de Vila Nova da Barquinha. À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exemplares mais representativos da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários.

Gastronomia - A não perder

• Sopa de peixes do Rio Tejo

• Enguias Grelhadas com migas

• Lombinho de fataça com molho azeite e coentros e migas de couve

• Lombinho de Porco Ribatejana com batatinha a murro

• Açorda de Ovas com Sável Frito (fevereiro-abril)

• Lampreia com arroz de cabidela (janeiro-abril)

• Tigelada de Rio de Moinhos

• Doce de Pão

Informações e reservas:www.viverotejo.pt

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A cada dia que passa as tecnologias de informação vão ganhando cada vez mais importância nas empresas, passando de uma mais-valia a algo essencial ao fun-cionamento de uma empresa. Com isso, assuntos como a segurança informática tornam se cada vez mais relevantes. Em boa parte, a segurança informática numa empresa passa pela definição de medi-das de segurança e uma boa utilização do sistema informático por parte dos cola-boradores. Nesse sentido existem alguns conhecimentos que devemos ter em conta, tanto ao nível de utilização (colaborador) como ao nível de implementação (admi-nistrador do sistema).

DICA Nº 1

Antivírus sempre instalado e atualizado

O uso de programas de antivírus é uma das formas de segurança mais abrangentes na proteção de equipamentos informá-ticos. Todos os dias surgem novos vírus informáticos, sendo que devemos também acompanhar essa evolução. Para isso, nada melhor do que ter um antivírus que vai acompanhando essa evolução, de forma a mantermo-nos protegidos. Um vírus informático é algo que normalmente se associa aos computadores, mas não é algo que apenas coloque em risco a seguran-ça dos computadores. Dispositivos como smartphones, tablets ou outros equipa-mentos informáticos também podem ser infetados com vírus, sendo a instalação de um programa de antivírus também uma boa medida de prevenção.

DICA Nº 2

Cuidado com as mensagens de email que recebe

O serviço de e-mail é dos recursos infor-máticos mais utilizados nas empresas, mas quando utilizado incorretamente pode ser uma grande falha de segurança. Um bom exemplo disso são as tentativas de fraude, que têm como objetivo adquirir informa-ções pessoais ou confi denciais através de uma mensagem de e-mail. Nesse caso o remetente da mensagem faz-se passar por uma entidade confi ável, de forma a então tentar adquirir a informação que pretende.

Mas como podemos prevenir estas situa-ções? Um sistema de e-mail com bom fi ltro de spam é algo que pode ajudar, embo-ra nunca garanta a 100% a resolução do

Dicas de segurança informática

INFORMAÇÃO E APOIO

Hugo GonçalvesEngenheiro Informático

problema. Para isso, devemos sensibilizar os colaboradores a terem atenção aos e-mails que abrem e à informação que fornecem.

DICA Nº 3Cuidados a ter com as passwords

A segurança de passwords passa em boa parte por ter passwords fortes e seguras. Para isso existe um conjunto de boas prá-ticas que devemos ter em conta, tais como:

Passwords longas e que usem uma • combinação com o maior número de diferentes caracteres (letras maiúsculas, letras minúsculas, números e caracteres especiais);

Evitar passwords que sigam uma sequên-• cia logica (Ex: abcdefg, 123456789, etc.) ou que possam ser associados a nós (Ex: núme-ro de telefone, data de nascimento, etc.);

Alterar passwords com frequência e não • as memorizar no browser (pois caso alguém tenha acesso ao nosso compu-tador, também terá acesso aos serviços que lá tenhamos memorizados);

Usar uma password diferente por cada • serviço e nunca divulgar a sua password a terceiros.

DICA Nº 4Elaborar uma estratégia de segurança para a sua empresa

Na segurança informática não existe uma fórmula geral que garanta a segu-rança. Devemos sempre analisar quais as vulnerabilidades que estamos sujeitos e então tentar encontrar medidas para corrigir essas vulnerabilidades. Dito isto, não quer dizer que não exista um conjunto de boas práticas que se podem aplicar na generalidade dos casos, tais como:

Posicionar fi rewalls em pontos estraté-• gicos da nossa rede, de forma a fi ltrar o tráfego que entra e sai da nossa rede;

Formação contínua dos colaboradores •

sobre as ameaças a que estão sujeitos e em que

podem colocar o sistema em risco;

Limitar as permissões dos colabora-• dores, por exemplo não permitir que um colaborador possa instalar novos programas no computador de forma a prevenir a instalação de programas maliciosos;

Efetuar regularmente cópias de segu-• ranças dos dados mais importantes, de forma a prevenir a perca de informa-ções importantes em caso de avarias de algum equipamento.

DICA Nº 5

Ter também cuidados a nível da proteção física

A segurança de um sistema informáti-co também é garantida por medidas que limitem o acesso físico a equipamentos críticos para o sistema. Um bom exemplo disso são as salas de servidores, que devem ter o acesso limitado apenas aos admi-nistradores do sistema. Pois são pontos sensíveis para o sistema, onde algo como o desligar de uma tomada pode afetar o funcionamento do sistema informático. Quando falamos em segurança física, o controlo de acessos não é o único fator que devemos ter em conta. Aspetos como, por exemplo, a temperatura de uma sala de servidores (de forma a evitar o sobrea-quecimento dos equipamentos), prevenção de catástrofes naturais (incêndios, inun-dações, etc.) ou roubo de equipamentos também são fatores que devemos ter em conta quando se fala da segurança física de um sistema informático.

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Desde o dia 13 de outubro que as plata-formas de crowdfunding através de dona-tivo e/ou recompensa se podem inscrever no Portal do Consumidor.

De acordo com a informação presen-te em Diário da República, que estipula “as regras aplicáveis ao procedimento de comunicação prévia de início de atividade das plataformas de fi nanciamento colabo-rativo nas modalidades de donativo e/ou

com recompensa” estas plataformas têm de comunicar o início da atividade “até 30 dias antes do início da mesma”. Para isso, é necessário preencher o formulário presente no Portal do Consumidor. Por outro lado, as plataformas que já existem e que operem no âmbito destas modali-dades devem no prazo de 20 dias úteis preencher a documentação presente no Portal do Consumidor.

Crowdfunding: Plataformas já se podem inscrever no Portal do Consumidor

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Tecnopólo do Vale do Tejo inaugura Laboratórios de Serviços Partilhados

Abrantes tem agora ao dispor das empresas um dos centros de investigação aplicada mais bem equipados do país

O Tecnopólo do Vale do Tejo acaba de reforçar as suas valências com a inaugu-ração, no dia 22 de outubro, dos Labora-tórios de Serviços Partilhados que junta os laboratórios das áreas de engenharias e comunicação social da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes e o LINE.IPT, Laboratórios de Inovação Industrial e Empresarial. Estão assim criadas as con-dições para responder adequadamente às necessidades de tecnologia e inovação das empresas.

O LINE.IPT, instalado há cinco anos no único Parque Tecnológico do Médio Tejo, com mais de meio milhão de euros em receitas, expande assim a sua ativi-dade e aumenta a efi ciência da utiliza-ção de recursos na prestação de serviços às empresas da região. Passa a ser um dos centros de investigação aplicada e desenvolvimento mais bem equipados do país, fi cando apto a responder aos novos desafi os que se colocam em matéria de incorporação de tecnologia e inovação, promovendo competências nas áreas da engenharia, para além do apoio aos cursos do Instituto Politécnico de Tomar.

Na ocasião, para além da assinatura do protocolo que estabelece a forma de gestão e exploração do LINE entre a TAGUSVAL-LEY e o Instituto Politécnico de Tomar, foi ainda assinado um contrato de pres-tação de serviços entre a TAGUSVALLEY e a COMPTA, Equipamentos e Serviços de Informática para instalação de uma delegação no INOV.POINT – Centro de Incubação e Inovação Empresarial, uma das valências do Tecnopólo. A COMPTA

é a empresa mais antiga do país a traba-lhar nas várias áreas das tecnologias, com operações em três Continentes, sendo portanto uma mais-valia para Abrantes e para a região do Médio Tejo.

Evocando os 10 anos de investimento em infraestruturas e equipamentos no Tecnopólo, a Presidente da Câmara de Abrantes (que também preside à TAGUS-VALLEY), Maria do Céu Albuquerque, colocou a tónica do seu discurso no futuro: “importa agora dar corpo a uma estraté-gia coletiva focada no capital humano e naquilo que é preciso fazer para o seu desenvolvimento”, salientou. Defendendo o conceito dos laboratórios vivos (períme-tro urbano onde empresas e institutos de investigação testam técnica e comercial-mente novas tecnologias e novos serviços), a autarca de Abrantes afi rmou que o desa-

fi o para o futuro é “passar da fábrica de adubos - O Tecnopólo de Abrantes nasceu onde no passado laborou a Quimigal - para a fábrica de talentos”, criando valor eco-nómico para a região e aproximando as empresas dos centros do conhecimento, com respostas efetivas às necessidades do concelho, da região e do país.

Foram muitos os convidados presen-tes para este novo espaço, que ficou agora apto a responder às necessidades de tecnologia e inovação das empresas, promovendo competências nas áreas da engenharia, para além do apoio aos cursos já ministrados.

O Vice-Presidente da Direção da NER-SANT, Domingos Chambel, foi um dos pre-sentes nesta inauguração do Tecnopólo, local onde, aliás, se situa também o núcleo de Abrantes da associação empresarial.

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Aluno do Instituto Politécnico de Santarém ganha segundo prémio do concurso Poliempreende

Inn Golegã é o nome do novo Hostel que abriu há poucas semanas na vila ribate-jana da Golegã. Este novo espaço de alo-jamento conta com três quartos, um de casal, um triplo e um quádruplo, batizados de “Campinos”, “Toureiros” e “Avieiros”, numa homenagem à cultura local. A cozi-nha, onde os hóspedes podem preparar as suas refeições, está totalmente equipada com loiças e pequenos eletrodomésticos, e existe ainda um espaço próprio para cuidar da roupa, dotado de máquina de lavar e secar e ferro de engomar. O espaço de refeições é comum à sala de estar e está equipado com TV Cabo e mesas de refei-ções. A zona de duches e wc’s é partilhada e por toda a casa existe rede wireless.

Elsa Lourenço é a empreendedora que deu corpo a este projeto. À Ribatejo Invest confessa que a ideia de abrir um Hostel surgiu do “gosto e do prazer” que lhe dá trabalhar em turismo, área onde exerce a sua atividade profissional. Apesar do número de camas na Golegã ter aumen-tado nos últimos anos e de existir muita qualidade na oferta local, “parecia-me que faltava um segmento, que cada vez mais assume relevância a nível nacional, comprovado pelo número de Hostels que abriram nos últimos anos”. “Fazia-me sentido a abertura de um espaço, cuja oferta fosse diferenciada da que já existia, indo de encontro àqueles que pretendem uma dormida mais económica, embora de qualidade, e onde possam confecionar as suas próprias refeições, cuidar da sua roupa”, explicou.

Da ideia, Elsa Lourenço passou rapi-damente à ação. Comprou um imóvel no centro da vila da Golegã e recorrendo a capitais próprios, avançou com todas as obras de reabilitação necessárias ao funcionamento do Hostel. Pelo caminho, experimentou as agruras habituais por que passam todos os empresários e empre-

endedores, quando as coisas nem sempre correm à velocidade desejada. Assume, no entanto que “em termos de legalização, a comunicação prévia à Câmara Municipal foi efetuada a 14 de novembro de 2014 e deu entrada no Portal no mesmo dia. Mais célere, impossível”, sublinha.

Embora estando de portas abertas há muito pouco tempo, Elsa Lourenço faz para já um balanço muito positivo: “já tivemos algumas dormidas de Caminheiros de San-tiago, estamos lotados para o próximo cer-tame da Golegã e já com marcações para a Feira de 2016! Esperamos vir a tornar-nos num espaço em que as pessoas se sintam bem e que pensem sempre em voltar”.

Novo hostel “Inn Golegã” já abriu

O Instituto Politécnico de Santarém, ganhou, pelo segundo ano consecutivo, o 2.º prémio a nível nacional do concurso Poliempreendre. Diogo Afonso Morga-do, aluno do curso de Licenciatura em Gestão das Organizações Desportivas da Escola Superior de Desporto de Rio Maior, ganhou o segundo lugar , da 12.ª edição do Concurso Nacional do Poliempreende, com o projeto “Individual Training”. A entrega dos prémios decorreu no dia 9 de outubro, no Instituto Politécnico de Leiria, entidade organizadora, e contou com a presença de Maria Teresa Azoia, que obteve igualmente o segundo lugar a nível nacional neste mesmo concurso em 2014, com o projeto “Iellow”, da Esco-la Superior Agrária, e que tem sido um sucesso em termos de projeto de empre-endedorismo.

De referir que o Poliempreende é uma iniciativa que visa, através de um concurso de ideias e de planos de negócios, avaliar e premiar projetos desenvolvidos e apresen-tados por alunos, diplomados ou docen-tes destas instituições, ou outras pessoas, desde que integrem equipas constituídas por estudantes e/ou diplomados.

A fi gura do alojamento local foi criada em 2008 (Decreto-Lei n.º 39/2008) para regular a prestação de serviços de alojamento temporário em estabelecimentos que não reunissem os requisitos legalmente exigidos para se qualifi carem como empreendimentos turísticos. Porém, a dinâmica do mercado da procura e oferta fez surgir e proliferar outros tipos de alojamento, como os hostels, que vieram obrigar a novas alterações legislativas. O Decreto-Lei n.º 128/2014, complementado posteriormente Decreto-Lei n.º 63/2015 trouxe algumas novidades, defi nindo os requisitos de funcionamento de um Hostel.Desta forma “Hostel” é a denominação utilizada pelos estabelecimentos de hospedagem cuja unidade de alojamento predominante é o dormitório. Estes devem ser constituídos por um número mínimo de quatro camas, podendo o número de camas ser inferior a quatro se as mesmas forem em beliche. Outros dos requisitos reportam-se à obrigatoriedade de existência espaços sociais comuns, cozinha e área de refeições de utilização e livre acesso pelos hóspedes. As instalações sanitárias podem ser comuns a vários quartos ou dormitórios e ser mistas ou separadas por sexos.

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A Comissão Europeia investirá quase 16 mil milhões de euros em investigação e inovação nos próximos dois anos, no âmbito do Programa-Quadro Horizonte 2020, o programa da UE para o fi nancia-mento da investigação e da inovação, de acordo com o novo Programa de Trabalho para o período 2016-17.

As novas oportunidades de fi nanciamen-to oferecidas pelo Programa de Trabalho estão em sintonia com as prioridades políticas da Comissão do presidente Jean-Claude Juncker e prestarão um contributo signifi cativo para o Pacote para o Empre-go, o Crescimento e o Investimento, para o Mercado Único Digital, para a União da Energia e política de alterações climá-ticas, para o reforço do setor industrial no Mercado Interno e para converter a Europa num interveniente mais forte na cena mundial.

Carlos Moedas, Comissário da Inves-tigação, Ciência e Inovação, afi rmou: “A investigação e a inovação constituem os motores do progresso da Europa e são essenciais para fazermos face aos novos desafi os prementes com que nos confron-tamos hoje, como é o caso da imigração, das alterações climáticas, da energia não poluente e da promoção de sociedades sau-dáveis. Ao longo dos próximos dois anos, 16 mil milhões de euros, provenientes do Programa-Quadro Horizonte 2020, darão apoio aos esforços científi cos de topo na Europa, fazendo a diferença para a vida dos cidadãos.”

Em sintonia com as prioridades estra-tégicas do Comissário Carlos Moedas, o Programa-Quadro Horizonte 2020 será aberto à inovação, à ciência e ao mundo. O novo Programa de Trabalho para 2016-17 oferece oportunidades de fi nanciamento através de uma série de convites à apre-sentação de propostas, contratos públicos

Comissão Europeia investe 16 mil milhões de euros em fi nanciamento à investigação e inovação ao longo dos próximos dois anos

e outras medidas, como os prémios Hori-zonte, que, em conjunto, abrangem cerca de 600 tópicos. A estrutura do programa traduz a fl exibilidade global do Programa-Quadro Horizonte 2020, que se centra nas prioridades da UE a longo prazo e nos desafios societais mais prementes, permitindo-lhe simultaneamente fazer face, prontamente, aos problemas que surjam entretanto, por exemplo surtos de doenças.

O programa apoiará uma série de ini-ciativas transversais: a modernização da indústria transformadora europeia (mil milhões de euros); as tecnologias e nor-mas para a condução automática (mais de 100 milhões de euros); a Internet das coisas (139 milhões de euros) que diz res-peito à digitalização das indústrias da UE; a Indústria 2020 na Economia Circular (670 milhões de euros) para o desenvolvi-mento de economias fortes e sustentáveis; e as Cidades Inteligentes e Sustentáveis (232 milhões de euros) para a melhor integração dos aspetos relacionados com a proteção do ambiente, os transportes, a energia e as redes digitais nos ambientes

O HORIZONTE 2020 - O QUE É?

O programa da União Europeia para o financiamento da investigação e da inovação, o chamado Horizonte 2020, foi lançado em 1 de janeiro de 2014. Ao longo de sete anos, são investidos 77 mil milhões de euros em projetos de investigação e inovação destinados a apoiar a competitividade económica da Europa e a alargar as fronteiras do conhecimento humano. O orçamento da UE para a

investigação visa sobretudo melhorar as condições de vida dos cidadãos em domínios como a saúde, o ambiente, os transportes, a alimentação e a energia. As parcerias de investigação com os setores farmacêutico, aeroespacial, automóvel e da eletrónica também encorajam o investimento do setor privado em prol do crescimento e da criação de empregos altamente qualifi cados no futuro.

urbanos da UE.Além disso, serão disponibilizados pelo

menos 8 milhões de euros para fi nancia-mento à investigação no domínio da segu-rança das fronteiras externas, para ajudar a identifi car e prevenir o tráfi co de seres humanos e a introdução clandestina de migrantes; 27 milhões de euros para as novas tecnologias endereçadas à prevenção do crime e do terrorismo, bem como 15 milhões de euros para a investigação sobre a origem e o impacto dos fl uxos migrató-rios na Europa. O novo Programa de Traba-lho permitirá também aproveitar os êxitos da investigação na área da saúde, como as descobertas inovadoras relacionadas com o Ébola, já apoiadas pelo Programa-Quadro Horizonte 2020, através do investimento de 5 milhões de euros para fazer face ao grave surto da praga que atinge as olivei-ras, a Xylella fastidiosa.

O novo Programa de Trabalho tem igual-mente como objetivo melhorar o impacto do fi nanciamento do Horizonte 2020. Em primeiro lugar, irá assegurar a disponibili-zação de um maior volume de fundos para as empresas inovadoras, graças às novas possibilidades de alavancagem apoiadas pelo Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos (FEIE), para além um mon-tante superior a 740 milhões de EUR des-tinado a apoiar atividades de investigação e inovação em cerca de 2000 pequenas e médias empresas (PME). Mais será tam-bém feito para melhorar as sinergias com outros programas de fi nanciamento da UE, assim como para apoiar os investigadores nos seus pedidos de fi nanciamento, com orientações e critérios de impacto mais claros.

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

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34 www.nersant.ptNOVEMBRO 2015

Foi a bonita história de amor entre um alentejano de Reguengos de Monsaraz e uma ribatejana de Tomar que deu origem ao “Amor

Lusitano”, uma casa portuguesa que está a fazer a delícia dos visitantes. Luís Sousa Bibi e a sua esposa Valérie juntaram num só espaço um wine bar, uma cafetaria e pastelaria e ainda uma loja de produtos portugueses, neste que consideram “o seu primeiro fi lho.”

“Foi o amor pela minha esposa que me fez efetivamente avançar para a criação do meu próprio negócio. Larguei a minha carreira ligada à restauração e gestão hoteleira no norte do país, para estar com a minha mulher”, contou à Ribatejo Invest Luís Sousa Bibi, visivelmente feliz com o nascimento do seu “Amor Lusita-no” que gere em Tomar desde março.

Relativamente ao core business, um negócio relacionado com os vinhos foi sempre uma prioridade do casal. “Somos apreciadores de vinho e ter um espaço

relacionado com esta temática foi sempre o nosso objetivo. Decidimos criar um wine bar com loja de produtos portu-gueses”, referiu o empresário à Revista Ribatejo Invest, deixando escapar, em tom de brincadeira, que a única coisa que não é portuguesa nesta casa, é, curio-samente, o nome da sua esposa. Para além da loja de produtos portugueses, continuou, “para satisfazer o gosto tão lusitano por café, decidimos incluir o conceito de cafetaria / pastelaria”.

O espaço é bastante particular e distin-gue-se pela singularidade da decoração e do ambiente. Desde os motivos alusivos ao nosso país cravados na decoração, à música ambiente, “sempre fado ou música tradicional portuguesa, tudo é Portugal”. Para não falar dos produtos. No que ao wine bar diz respeito, a venda de vinho a copo tem sido um conceito vencedor: “temos à disposição do cliente oito referências de vinho tinto a copo, para além dos brancos e dos rosés”, enu-

merou Luís Sousa Bibi, que acrescentou ainda que os visitantes podem também degustar outro tipo de licores portugue-ses, como a ginjinha e até o gin, também produzido em Portugal.

A casa portuguesa conta com pro-dutos que vão desde os vinhos, licores, compotas, chás, conservas, fl or de sal, queijos e enchidos, a sabonetes. Tudo cuidadosamente exposto e embalado por entre o mobiliário vintage que envolve o espaço, e que conta ainda com uma área de leitura, onde os visitantes podem tomar, por exemplo, o seu copo de vinho enquanto se deliciam com as diversas obras literárias do espólio da Biblioteca de Tomar.

Quanto à cafetaria / pastelaria, a aposta na diferenciação e qualidade dos produ-tos tem dado cartas ao “Amor Lusitano”. Para um pequeno-almoço ou refeição ligeira, desde um petisco ou até um lan-che, esta casa portuguesa está sempre aberta para o receber e fazer recomen-dações que vão ao encontro do que se deseja. A doçaria regional portuguesa vem das suas origens até ao espaço para deliciar todos os que o visitam. Da emen-ta fazem parte, por exemplo, as tostas

Novo espaço para relaxar, conviver, provar, ouvir, amar e sentir... em Tomar

“Amor Lusitano” é uma casa portuguesa, com certeza

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

“É uma casa portuguesa, com certeza” cantava Amália Rodrigues, parecendo referir-se ao espaço que Luís Sousa Bibi e a sua esposa inauguraram em Tomar, em março deste ano. Desde os azulejos que acolhem o visitante à entrada, aos vinhos portugueses adornados no espaço, e ao ambiente acolhedor que se sente, tudo neste quadro parece encaixar-se perfeitamente ao espaço “Amor Lusitano”. É o primeiro fi lho resultante do amor entre um alentejano e uma ribatejana.

O Amor Lusitano nasce para mostrar a todos os que nos visitam um pouco da cultura portuguesa. Local para relaxar, conviver, provar, ouvir, amar e sentir...”

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Valérie Sousa Bibi e Luís Sousa Bibi apresentam o seu “Amor Lusitano”

Contactos

Av. Dr. Cândido Madureira, Nº19 - 212300-531 Tomar • Ribatejo - PortugalE-mail: [email protected] Tel./Fax: +351 249 324 254Telemóvel: +351 962 411 888www.amorlusitano.pt

feitas com pão regional ou bolo do caco e a torrada à Amor Lusitano, que vem acompanhada de mel, compota e cho-colate. São também servidas refeições ligeiras, como sopas, saladas e folhados, que têm tido bastante aceitação por parte do público.

Quanto ao segredo do sucesso do seu negócio, Luís Sousa Bibi não hesita. “Para além da harmonização de conceitos num mesmo espaço, o nosso Amor Lusitano pretende ser a réplica perfeita de uma sala de estar. Diria que o bom ambiente e os sentimentos positivos que o espaço transmite são a alma do negócio”, con-cluiu o empresário.

Para já, 70 por cento da clientela são pessoas residentes em Tomar. Mas o Amor Lusitano começa já a ser para-gem obrigatória de muitos turistas que visitam a cidade. “Temos atualmente clientes britânicos que tiveram conheci-mento do negócio em Inglaterra”, conta, orgulhoso, Luís Sousa Bibi.

O espaço está aberto de domingo a quinta, das 09h00 às 22h00, e às sextas-feiras, sábados e vésperas de feriado, das 09h00 às 24h00.

EVENTOS

Sendo uma casa onde os vinhos assu-mem lugar de destaque, o Amor Lusitano realiza periodicamente provas de vinhos em parceria com diversas adegas. Até ao momento, já foram realizadas provas de vinhos da Quinta do Côro, da Adega Maior, da Quinta da Casa Amarela e da Ervideira. Provas de produtos, workshops e degustação de gins da Sharish e um workshop de Tixas (mascote do festival Bons Sons, realizado na Aldeia de Cem Soldos, em Tomar) foram outro tipo de eventos já realizados no Amor Lusitano. O último evento, uma prova de vinhos, espumantes e aguardentes, realizou-se no dia 17 de outubro, em parceria com as Caves São Domingos.

O empreendedor Luís Sousa Bibi recorreu aos serviços de apoio ao empreendedorismo da NERSANT para a elaboração do plano de negócios. O programa da NERSANT para apoio à criação de empresas no Ribatejo é o Sítio do Empreendedor e está disponível em http://sitiodoempreendedor.nersant.pt/.

SÍTIO DO EMPREENDEDOR

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Ninguém acreditava no negó-cio do carvão com este tipo de madeira porque esta não tinha peso. Sendo mais leve, pensava-

se que não daria lucro”, contou Manuel Silva, que insistiu, e bem, na produção de carvão com madeira de eucalipto. “Fui o primeiro fabricante de carvão de eucalipto! Após estudar quimicamente o carvão, con-fi rmei que, enquanto os carvões normais têm uma percentagem de carbono fi xo na ordem dos 55%, o carvão de eucalipto tem uma percentagem de carbono fi xo à volta dos 70%, o que signifi ca que o seu grau de pureza é cerca de 20% maior!”, revelou Manuel Silva, que viu nesta diferença de qualidade, uma oportunidade de negócio. “Comecei a fabricar exclusivamente car-vão de eucalipto que, pela sua qualidade, é mais indicada para fazer grelhados. Desen-

volvi não só a indústria da produção do carvão de eucalipto, mas também uma nova forma de o embalar – em saco de papel – muito mais higiénica”, esclareceu Manuel Silva, orgulhoso por hoje vender carvão de eucalipto para grelhados, quer para o mercado doméstico, quer para a restauração.

Mas, a introdução do eucalipto na pro-dução do carvão, foi apenas a primeira inovação de Manuel Silva. “O negócio do carvão é um negócio mal-amado e ain-da muito rudimentar, pelo que é difícil inovar neste setor. No entanto, comecei a estudar formas de obter maior produ-tividade e exponenciar a qualidade do carvão de eucalipto”, contou o empresário, que começou por desenvolver um novo forno. “Os fornos utilizados na produção de carvão são demasiado artesanais. São

normalmente redondos, só têm uma porta e têm várias chaminés, o que compromete a sua produtividade, uma vez que só conse-gue levar cerca de 20m3 de madeira. Este novo forno que desenvolvi foi totalmente pensado para o aumento da produção do carvão. Trata-se de um forno retangular, para poder receber as peças de madei-ra inteiras. Graças a este novo forno, o eucalipto não necessita ser cortado em pedaços, uma vez que o forno permite peças com tamanhos até 2,20m e 50cm de diâmetro. O novo forno tem agora capa-cidade para 60 ou 70m3 de madeira, mais do triplo dos fornos artesanais”, divulgou orgulhoso o empresário. Para além disso, “o forno é carregável e descarregável com maquinaria, o que não acontece com a maior parte da concorrência. Tem ainda uma única chaminé e a vantagem de ser

Biocarbo inova na produção de carvãoOriundo de uma família de carvoeiros, Manuel Silva está há 35 anos aos comandos da Biocarbo, empresa herdada dos seus pais e com quem aprendeu tudo sobre este negócio. Tudo, menos a empreender. Foi pioneiro na introdução do eucalipto no fabrico do carvão, desenvolveu e detém a patente de um forno completamente inovador na indústria e está neste momento a desenvolver uma tecnologia que permite transformar os gases decorrentes do fabrico do carvão, em energia.

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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semiautomático. Tudo isto é completa-mente novo nesta indústria! Com este tipo de forno, completamente inovador, o produto é mais facilmente controlável e sai com melhor qualidade, atingindo os 75% de carbono fi xo, ao invés dos 60% dos fornos tradicionais”.

Este foi um trabalho, continuou Manuel Silva, que levou algum tempo, mas que valeu a pena. “Desenvolvi e alaguei mais de 30 fornos até chegar a um forno consen-sual, que me dá o máximo de fabricação. Este forno é único, detenho a sua paten-te, e valeu-me a atribuição de um prémio monetário por parte da Junta Nacional de Investigação Científi ca em 1985”, revelou o empresário que, devido a esta inovação, produz cerca de 150 toneladas de carvão por mês, com apenas três empregados na área do fabrico. “Ao contrário da concor-rência, que trabalha manualmente, estou industrializado. Ninguém consegue uma produção destas com tão poucos recursos humanos! Os meus concorrentes, para pro-duzirem oito toneladas de carvão, levam cerca de um mês para o transformar, enquanto eu produzo a mesma quantidade em apenas oito dias”, fez saber. Existe ain-da uma particularidade que faz a diferença na qualidade do carvão da Biocarbo: os fornos de Manuel Silva são dos poucos do país que são cobertos. “A produção de carvão fi ca arruinada quando chove, uma vez que é necessário que os fornos sequem ao natural para garantir a quali-dade do produto. Com os fornos cobertos, a Biocarbo não tem esse tipo de problema. Produz o ano inteiro e sempre com a mes-ma qualidade”, adiantou o empresário.

Atualmente, a incessante busca por fazer mais e melhor levou o empresário a procurar a Universidade de Aveiro. Nes-te momento, Manuel Silva está a traba-

lhar na modernização do forno que tem patenteado, mas também numa tecnologia inovadora complementar ao mesmo que permitirá à Biocarbo reaproveitar os gases que são libertados aquando do processo de produção do carvão, transformando-os em energia. “Dentro de três anos, espero ter esta tecnologia ao nosso serviço”, revelou o empresário.

BIOCARBO QUER CONTINUAR A CRESCERCom um volume de negócios na ordem

de 1 milhão de euros, a Biocarbo, acredita o empresário Manuel Silva, ainda pode ir mais além. “O carvão continua a ter muita venda e muita aplicação. Ao contrário do que as pessoas pensam, cada vez há mais procura de carvão. Aliás, esta procura acentua-se em tempos de crise, uma vez que as pessoas tendem a optar por fazer cozinhados em casa. Neste momento não vendemos mais porque não temos capacidade de produção”, disse Manuel Silva que pretende em breve duplicar a produção. “Temos neste momento sete fornos e pretendemos ter mais sete, o que vai resultar naturalmente num aumento do volume de negócios”, contou.

“Para além de Portugal não ser auto-sus-

A Biocarbo, S.A. está neste momento sedeada na Chamusca, na zona industrial de Ulme, a única onde existe uma área própria para a produção de carvão. A receção da madeira de eucalipto é feita neste local, onde estão também os sete fornos de que a empresa dispõe. Uma vez produzido o carvão, o mesmo segue posteriormente em big bags para Ourém, onde é devidamente acondicionado e embalado em sacos de papel e enviado para distribuição. No total, a empresa tem 11 trabalhadores.

tentável na produção de carvão – impor-tamos grande quantidade da América do Sul – existem ainda grandes oportunidades de negócio em países como a Bélgica e a Holanda, grandes consumidores de carvão. Também África é uma grande oportunida-de, uma vez que o carvão é, para muitos, a única energia disponível para cozinhar, pelo que pretendemos que este aumento da produção resulte naturalmente num aumento do volume de exportações, que neste momento é de 50%, fruto do nosso negócio com o distribuidor Cash and Car-ry, em França”, revelou o empresário.

Este aumento do número de fornos vai ainda ser exponenciado quando estiver a trabalhar em pleno a tecnologia que estamos a desenvolver com a Universida-de de Aveiro, para o aproveitamento dos gases para geração de energia. “Quantos mais fornos tivermos, mais energia vamos gerar, o que signifi ca que vamos ter menos custos com eletricidade e vamos ainda poder vender grande parte à rede. Esta tecnologia pode vir a ser tão rentável como a venda dos carvões em si”, esclareceu, satisfeito, o empresário.

Manuel Silva está há 35 anos aos comandos da Biocarbo

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A Biocarbo é uma marca registada de carvão, à venda em Portugal e França, através dos revendedores Cash and Carry. Vende carvão vegetal para consumo doméstico, em sacos de papel de 7dcm3 e 14 dcm3 e para restauração, em sacos de papel de 34dcm3.”

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O Paladin ketchup “À Portuguesa” está entre uma seleção de produtos inovadores em destaque na feira internacional Anuga, que decorreu em outubro na cidade ale-mã de Colónia, tendo sido a única marca portuguesa nomeada para participar neste concurso de inovação.

Nomeados na rubrica ‘Top Innovations’ pela organização da feira, um total de 61 produtos de oito categorias do setor agroalimentar (bebidas, mercearia, padaria&bebidas quentes e produtos do dia, entre outras) concorreram ao título de produtos mais inovadores do ano e esti-veram em exibição num local privilegiado do certame.

O produto da especialista em temperos portuguesa Mendes Gonçalves, situada na Golegã, foi lançado no mercado português em abril deste ano. Feito 100% a partir de tomate português, “considerado um dos melhores do mundo pela sua doçura e qualidade”, o projeto demorou um ano a sair do papel.

“É uma prova que é possível fazer dife-rente do que existe no mercado. Além de ter sabor e tempero bem portugueses, eno-brece uma das matérias-primas de excelên-cia – o tomate português. O nosso objetivo é internacionalizar mais esta novidade e dar os temperos de Portugal a provar a muitos consumidores pelo mundo fora”.

Paladin foi a única marca portuguesa nomeada para participar em concurso de inovação da ANUGA

Uma nova unidade hoteleira de cinco estrelas nasceu nas margens do Douro, num investimento que foi a primeira ope-ração na Europa de um Grupo Tailandês. Coube à Bindopor, parceira do projeto, o desenvolvimento, produção e instalação de uma solução integrada de Wayfi nding, Sinalética, Artwork e Iluminação Decorativa.

Segundo a empresa de Ourém, esta foi uma tarefa abrangente e complexa, que passou por um trabalho colaborativo com os diversos intervenientes no projeto espalhados um pouco pelo mundo: Arquitetos, Investidor, Construção e Fiscalização em Portugal, Brand Owner em Bangkok, Interior e Light Designers em New York e Procurement no Dubai.

No fi nal, Nicholas Yarnel, o Diretor Geral da unidade, deixou o seguinte testemunho: “We have just opened Six Senses Douro Valley with Bindopor as our partner, and could not be happier.

Professional, proactive, supportive partner who followed through on all our tight deadlines. Would highly recommend and look forward to work on the next project together.”

Sinalética da Bindopor na primeira operação na Europa de grupo tailandês

INTERNACIONALIZAÇÃO

Cristal presente na ANUGA Food Fair 2015Com mais de 75 anos

de história, a marca Cris-tal tem acompanhado as tendências de mercado de uma forma dinâmica, lançando novos sabores e aromas. A marca esteve presente como expositor na ANUGA com o objetivo de lançar a nova gama de Vinagretes, Cremes Bal-sâmicos, Molhos Picantes e Molhos do Mundo, que estará disponível no mer-cado até fi nal do ano.

SOBRE A ANUGA

Realizada de 10 a 14 de outubro em Colónia, na Alemanha, a ANUGA é uma das maiores feiras internacionais de alimentação e bebidas do mundo e conta com expositores e visitantes de todos os países que ali se encontram para realizar os seus negócios inter-nacionais e estabelecer relações com empresas de outros países. No âmbito da inovação, a ANUGA apresenta as últimas tendências do setor: Tudo que há de mais importante em produtos e conceitos é apresentado e discutido neste certame.

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A Olitrem, Indústria de Refrigera-ção, S.A., vocacionada para o projeto, produção, assistência e comercializa-ção de equipamento de refrigeração e hotelaria em geral, marcou presença em novembro num dos maiores certames do setor das bebidas, em Nuremberga, na Alemanha. O certame contou com cerca de 1150 expositores (matérias-pri-mas, tecnologia, logística e marketing) que dão a conhecer os seus desenvolvi-mentos ligados à indústria das bebidas.

Neste certame, a Olitrem apresentou

a sua gama de produtos para o setor das bebidas, nomeadamente produtos para a refrigeração (armários de refrigeração e caves de vinhos, por exemplo) e ainda a sua gama de câmaras frigorífi cas.

Atualmente a produção da Olitrem des-

tina-se maioritariamente aos mercados de exportação e está a passar por uma fase de transição para o novo referencial normativo dos sistemas de gestão de qua-lidade NP EN ISO 9001:2008. A empresa localiza-se em Tremês, Santarém.

Portugal recebeu nos dias 26 e 27 de outubro, uma delegação europeia de Industriais de Curtumes e de perso-nalidades ligadas a esta indústria, que vieram participar na Assembleia Geral da COTANCE – Confederação Europeia das Associações Nacionais da Indústria de Curtumes e no Seminário Europeu “A Future for European Leather”.

Considerando a importância deste acontecimento, a APIC – Associação Portuguesa dos Industriais de Curtu-mes, com a colaboração do CTIC – Cen-tro Tecnológico das Indústrias do Couro e da Câmara Municipal de Alcanena, criou um evento mais abrangente, designado por Leather Days, onde, para além de se receber esta comiti-

va europeia, foram também tratadas outras matérias de interesse para o desenvolvimento da Indústria de Cur-tumes Portuguesa.

Ainda no âmbito desta iniciativa, foram também recebidas delegações da AICEP e do COMPETE 2020, que efetuaram visitas a fábricas e empresas de curtumes.

Olitrem apresenta catálogo de produtos na Alemanha…

Leather DaysAlcanena recebeu delegação europeia de industriais dos curtumes

…e a Henriques e Henriques, na Holanda A apostar na internacionalização está também a Henriques &

Henriques, empresa situada em Caxarias, Ourém, que atua no mer-cado da conceção e fabrico de reservatórios metálicos para diver-sas áreas, como os reservatórios metálicos para combustíveis líqui-dos e outros, equipamentos sob pressão, silos e caldeiraria em geral.

Tendo em conta o seu ramo de atividade, a empresa participa em novembro na Aquatech Amsterdam, feira internacional na área das tec-nologias ligadas à agua, onde mais de 18 mil profi ssionais internacionais estão presentes para trocar ideias e fazer negócios.

No âmbito da sua estratégia de internacionalização, e com o mesmo objetivo, a Henriques e Henriques esteve em outubro na feira Pollutec Maroc, que decorreu em Casablanca, Marrocos.

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INTERNACIONALIZAÇÃO

Luís Tomás trabalhou desde sem-pre no setor da pedra. A opção de iniciar uma atividade para a qual possui vocação e na qual

detém experiência, foi, portanto, uma forma de dar um novo rumo à situação de desemprego voluntário que abraçou. Nasce assim, em agosto de 2013, a Ludis-tones, empresa que tem como objetivo de negócio a identifi cação e comercialização de pedras ornamentais, sobretudo Már-mores e Calcários.

Ciente da conjuntura económica, o empreendedor desde cedo percebeu que o sucesso da empresa passaria pela comer-cialização dos seus produtos além-frontei-ras, tendo planeado a exportação desde o arranque da empresa, e concretizado esta intenção logo em 2014. “A Ludisto-nes começou a exportar para Espanha em 2014 e este ano já exporta para mais quatro mercados, França, China, Estados Unidos da América e Noruega!”, contou à Ribatejo Invest o empresário. “No fi nal do ano de 2013, tínhamos um volume de negócios na ordem dos 350 mil euros, em 2014, contabilizámos 600 mil euros, e este ano teremos um volume de negó-cios que andará entre os 800 e os 900 mil euros, seguramente”, revelou Luís Tomás, que atribui aos mercados inter-nacionais, o sucesso da empresa. Contas feitas, a empresa mais do que duplicou o seu volume de negócios em apenas dois anos. “Neste momento, 50 por cento da

A Ribatejo Invest foi conhecer a Ludistones, uma empresa criada em 2013 por Luís Tomás e que atua no setor das pedras ornamentais. A empresa passou de 350 mil euros, no primeiro ano, para 600 mil, em 2014. Este ano, o volume de negócios ascenderá a 800 mil euros. Tudo graças à sua estratégia de internacionalização.

Ludistones duplica volume de negócios graças ao aumento das exportações

Luís Tomás passou de empreendedor a empresário

Para criar a Ludistones, Luís Tomás recorreu ao programa de apoio à criação de empresas da NERSANT, o Sítio do Empreendedor. Foi também uma das empresas da região a participar no Vale Inovação, programa que permitiu à empresa a aquisição de serviços de consultoria e de inovação.

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nossa produção vai para o mercado nacio-nal e 50 por cento vai para o mercado internacional”, divulgou o empresário, acrescentando que o objetivo da empresa é chegar rapidamente aos 80 por cento de volume de exportação. Para concretizar este objetivo, o empresário está já a traba-lhar: “O ano passado estivemos, enquanto visitantes, na Marmomacc, feira do setor da pedra que se realiza em Verona, Itália, e de lá trouxemos alguns contactos. Sen-do esta uma das mais importantes feiras do setor, estamos já a preparar a nossa participação na próxima edição da feira enquanto expositores”, disse Luís Tomás.

O futuro da empresa, diz o empresário, passa pelos mercados internacionais. “Em Portugal, estamos a receber a 90 ou 120 dias, quando temos de pagar às pedreiras a 60 dias. Com os mercados externos, temos a vantagem dos recebimentos. Os nossos clientes estrangeiros pagam a 30 dias.

No caso de Espanha, por exemplo, não há produto que não saia daqui sem estar pago”, contou.

Uma vez que o foco da empresa é aumentar o volume de exportação, a Ludistones apostou também na criação do site, em português, inglês e francês, que lhe permite chegar mais facilmente aos mercados internacionais. Para além disso, a empresa, que antes apenas vendia o produto em bruto, está neste momento a fazer o acabamento do produto. “Nes-te momento temos uma parceria com uma empresa especializada que procede à transformação da pedra, por forma a dar resposta às exigências dos mercados internacionais, que têm preferência pelo produto acabado. As máquinas de corte trabalham ao milímetro, tendo o produto, por esse motivo, um acabamento perfeito”, deixa escapar o empresário, que refere que a empresa tem agora capacidade para

vender ladrilhos, chapa, fachada, entre outros produtos acabados. Tudo com a máxima qualidade. “Um dos aspetos que nos diferencia da concorrência é o facto de estar em permanência na empresa. Percorro as pedreiras para escolher as melhores pedras. Temos ainda um camião que efetua o serviço de transporte até ao cliente, com a máxima segurança”, fez saber o responsável da Lusdistones.

NOVOS INVESTIMENTOS

A Ludistones labora atualmente num espaço alugado e tem subcontratado o serviço de acabamento das pedras. Ques-tionado quanto ao futuro da empresa, Luís Tomás revelou que “devido ao aumento do número de clientes, especialmente estran-geiros, vamos adquirir um novo camião que garanta o transporte da mercadoria. Estamos também à procura de um espaço que pretendemos comprar para insta-lação de um pavilhão próprio, para que comecemos, individualmente, a efetuar os acabamentos à pedra”. O investimento é de cerca de um milhão e meio de euros e vai possibilitar a criação de 3 postos de trabalho. Em 2020, todo o investimento deverá estar concretizado.

ContactosLudistones, Lda.Colos – Murteira2015-159 AlcanedeTel.: (+351) 916 174 335E-mail.: [email protected]

C t t

A Marmomacc é a principal feira na indústria da pedra e representa toda esta fi leira, desde matérias-primas para produtos acabados, máquinas e tecnologias para o processamento das possíveis aplicações da pedra em arquitetura e no design. Decorre anualmente em Verona, Itália.

LUDISTONES EXPÕE NA PRÓXIMA EDIÇÃO DA MARMOMACC

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INTERNACIONALIZAÇÃO

NERSANT Business promoveu mais de 650 reuniões de negócios com empresários de todo o mundo

Oevento encerrou com a rea-lização de visitas às empre-sas da região. Foi organizado pela Associação Empresarial

da Região de Santarém e já vai na sua quarta edição, sendo uma das maiores mostras de networking internacional em Portugal e uma referência no que diz res-peito ao apoio à internacionalização das empresas.

A Presidente da NERSANT, Salomé Rafael, deixou um cumprimento espe-cial à “participação e envolvimento dos empresários portugueses e das comiti-vas internacionais presentes no evento” e destacou a importância da iniciativa para a internacionalização das empresas portuguesas e exportação dos produtos e serviços do nosso país. “Este encontro

internacional tem crescido de ano para ano e ganho preponderância nacional. O seu modelo é muito objetivo e centra-do na realização efetiva de reuniões de negócio. Esperamos, com esta iniciativa, contribuir para dar a conhecer as poten-cialidades da região e do país, bem como a qualidade das empresas portuguesas, dos seus produtos e serviços, abrindo assim portas de negócio e entrada nos diferen-tes mercados internacionais”, declarou a responsável.

O NERSANT Business tem um cariz muito pragmático, focado no encontro entre empresários e na realização de negócios. África do Sul, Alemanha, Angola, Brasil, Canadá, Colômbia, Espanha, EUA, França, Irão, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Peru, São Tomé e Príncipe,

Suíça e Vietname. Foram estes os países que marcaram presença na edição de 2015. No total, foram 17 países e 38 os setores de atividade representados, com destaque para a agricultura e agroindús-tria, hotelaria e turismo, calçado e têxtil, construção civil e obras públicas, energia e combustíveis, logística e transportes, metalomecânica, saúde, entre outros.

Para além dos empresários interessa-dos em estabelecer parcerias de negócio com as empresas portuguesas, também entidades institucionais e governamentais fi zeram parte das comitivas internacio-nais que marcaram presença no evento, fundamentais para agilizar contactos e as particularidades das negociações internacionais. As reuniões de negócio foram agendadas de acordo com os obje-

O NERSANT Business 2015 terminou no dia 21 de outubro o ciclo de reuniões de negócios no Hotel dos Templários, em Tomar. No total foram realizados mais de 650 reuniões entre empresários portugueses e empresários dos 17 países que se fi zeram representar no encontro internacional de negócios.

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tivos específi cos de cada um dos países e empresários presentes. Tal como as visitas programadas a diversas empresas.

O NERSANT Business tem como objeti-vos proporcionar a realização de negócios entre os empresários da Região do Ribate-jo e os empresários estrangeiros, promo-ver a internacionalização das empresas e dos produtos da Região e dar a conhecer

aos investidores presentes as potencia-lidades do Ribatejo, nomeadamente as infraestruturas de acolhimento existentes, entre as quais se incluem Centros Tecno-lógicos, cinco novos Parques de Negócios e escolas profi ssionais que trabalham em cooperação com empresas e instituições de ensino superior.

O evento teve início em 2012. A pri-

meira edição contou com a presença de 5 países e a segunda, em 2013, reuniu delegações de 10 países no Ribatejo. Na edição de 2014 foram 14 as delegações internacionais, vindas de Espanha, Fran-ça, Suíça, Angola, Moçambique, Cabo Ver-de, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Suazilândia, Argélia, Brasil, Colômbia, Irão e Canadá.

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Entreposto premiou empresários da região presentes no eventoO Entreposto Auto patrocinou o NER-

SANT Business 2015, tendo realizado durante o evento um concurso, aberto à participação de todos os empresários portugueses presentes no evento. No jantar de encerramento do evento, o representante da empresa, Dias da Sil-va, anunciou os vencedores do concurso, tendo efetuado a entrega de cada um dos prémios diretamente nas empresas.

O 3.º prémio foi atribuído à empresa

RIMOL, Lda., que recebeu do Entreposto um guarda chuva da Audi, recebido por José Campos de Oliveira. O 2.º prémio foi atribuído à empresa Pinhal da Torre, que recebeu um Suporte/Cabide da Volkswa-gen para banco condutor ou pendura. O prémio foi recebido por Francisco Cunha.

A empresa Orivárzea S.A. recebeu o 1.º prémio deste concurso. Filipe Ventura recebeu do Entreposto um suporte para bicicletas.

Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros deu as boas-vindas às 17 delegações estrangeiras presentes

A cerimónia de abertura, que se rea-lizou no dia 19 de outubro, contou com a presença do Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira, que deu as boas-vindas a todas as delegações, antes de se dar início às reuniões B2B.

“Portugal tem uma situação privilegia-da, capacidade para atrair investimento estrangeiro, para colocar os seus produtos no exterior e para internacionalizar as suas empresas. O país conseguiu nestes anos um crescimento económico muito interessante. Devemos fechar 2015 com um crescimento económico de 2%, acima da média da zona euro e daquilo que era habitual. Hoje exportamos mais do que importamos. A nossa balança desequili-brou-se favoravelmente porque as nossas exportações cresceram signifi cativamen-te”, afi rmou Luís Campos Ferreira, Secre-tário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação.

O governante afi rmou ainda que “temos neste momento uma grande relação entre os estabelecimentos de ensino e o tecido empresarial. Há uma grande capacida-de de migrar o conhecimento. Temos de desenvolver a indústria do nosso país, uma indústria moderna e competitiva. Portugal tem 12 a 13% do seu PIB em indústria.”

Por sua vez, Salomé Rafael, Presidente da NERSANT, salientou o desempenho do região ao nível das exportações. “O Ribatejo tem-se assumido como uma grande alavanca das exportações nacio-

nais, como comprovam os números. De 2003 a 2013, as exportações cres-ceram 69,48%, tendo a nossa região alcançado um aumento superior à media nacional, na ordem dos 80,39%”.

“A criação do NERSANT Business assume-se como mais uma iniciativa da NERSANT no apoio às empresas tendo em vista a sua internacionalização e a exportação dos seus produtos e servi-ços. Esperamos que o evento seja muito profícuo e que dele resultem negócios com os empresários dos diversos países presentes e o fortalecimento das relações

do Ribatejo e de Portugal com os dife-rentes países participantes”, declarou a responsável.

Rui Serrano, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Tomar, reconheceu que “o apoio da NERSANT junto dos empresários tem sido de grande mérito e representa-tivo de todos os empresários do nosso distrito. É uma associação que merece todo o nosso reconhecimento. É muito importante a realização deste evento em Tomar, que conta com uma posição estratégica fundamental para o desenvol-vimento de negócios”.

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ANGOLA - A ECONOMIA

A recuperação da economia angolana consolidou-se ao longo de 2012 e dos primeiros meses de 2013, evidenciando assim a ultrapassagem do choque pro-vocado em 2009 pela crise internacional – devido sobretudo à quebra inicial nas receitas petrolíferas, cujo impacto não foi possível acomodar de imediato. O esforço de ajustamento então empreendido (no quadro de um programa apoiado pelo FMI) e o regresso das receitas petrolí-feras a patamares elevados permitiram, porém, uma substancial correção dos desequilíbrios, que culminou no período em análise. Constata-se, de facto, uma aceleração do ritmo de crescimento eco-nómico, um abrandamento da cadência infl acionária para mínimos históricos e o apuramento de novos excedentes signifi cativos nos planos orçamental e externo, que possibilitaram a redução do peso assumido pela dívida pública e o significativo reforço das reservas cambiais.

Na esfera produtiva, continuou patente o dinamismo da economia não-petrolífera, que tem crescido a taxas reais superio-res às do setor petrolífero desde 2006 – e deverá benefi ciar, a curto prazo, com o forte estímulo orçamental associado ao OGE/2013. Permanecerá todavia depen-dente, a mais longo prazo, do combate aos constrangimentos estruturais em domí-nios como as infraestruturas, os recursos humanos ou o ambiente de negócios (um desafi o assumido pelas próprias autori-dades angolanas).

A PROVÍNCIA DE BENGUELAA província compreende 10 municípios

e 31 comunas. O Governo é presidido por um Governador Provincial coadjuvado por 3 vice – governadores.

A estrutura orgânica da província com-porta 4 Delegações Provinciais, 19 Direc-ções Provinciais e 17 Institutos Públicos.

Principais Recursos Os recursos naturais, nomeadamente

fl orestais, pesqueiros, minerais, hídricos

e outros, fi zeram nascer no território da Província um expressivo setor da Indústria Alimentar, Ligeira, Pesada e de Transfor-mação, que abrange o açúcar, o álcool e melaço, as conservas de frutas vegetais, a carne, o peixe, a farinha de milho e de trigo, as rações para animais, o óleo ali-mentar, as gorduras e sabão, as bebidas alcoólicas, fermentadas e espirituosas, a desfi bra do sisal, têxteis e confecções, a madeira, os mobiliários, o papel, os cal-çados, o tabaco, a construção e repara-ção naval, o cimento, as cerâmicas, os mosaicos e mármores e uma vasta gama

de outros produtos e serviços de apoio à indústria, sendo atualmente o segundo parque industrial de Angola.

As principais culturas agrícolas são: a banana, o milho, o sorgo, a batata rena, a batata doce, o sisal, o algodão, o café, o palmar, o trigo, os abacaxis, o feijão, a mandioca, as hortícolas, os citrinos, a manga, o tabaco, a cana de açúcar e outras.

No que toca à pecuária, a diversidade existente na província é umas das mais expressivas do país, tendo ocupado o quar-to lugar na produção pecuária.

Benguela – Angola

Oportunidades para as empresas do Ribatejo

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A PROVÍNCIA DE BENGUELA – ATIVIDADE ECONÓMICAAgricultura

A província de Benguela apresenta um elevado potencial agropecuário (histori-camente já comprovado), resultante de uma estrutura de solos ímpar e de uma diversidade climática favorável, aliadas a uma rede hidrográfi ca de invejável quali-dade. A circunstância da província contar com cerca de um milhão de hectares de terras lavráveis, traduz as capacidades de desenvolvimento da atividade agrícola desta zona.

A agricultura foi, todavia, um dos seto-res mais afetados pelo confl ito armado, sobretudo devido aos efeitos induzidos pela deslocação de milhares de campo-neses das suas zonas de origem para o litoral em busca de segurança, assim como pela presença de minas, espalhadas por zonas aráveis, o que, naturalmente, ini-be as populações de conquistarem novos terrenos ou recuperarem terrenos ante-riormente explorados.

De igual modo, o período de guerra afectou a atividade pecuária na provín-cia de Benguela, como se constata pela diminuição do número de efetivos bovinos

na sua vertente artesanal.A Baía Farta possui um potencial ímpar

em matéria de exploração da pesca indus-trial.

Todavia, a situação, de momento, não é animadora. Existem mais de 50 empresas semiparalisadas, o que representa cerca de 1.500 postos de trabalho em situação de subaproveitamento.

No que diz respeito à vertente artesanal, a pesca é uma das fontes de rendimento mais importantes de uma franja da popu-lação, em especial das que se encontram ao longo das costas marítima e ribeiri-nha, contribuindo para o desenvolvimento socioeconómico regional, bem como para o reforço nutricional das populações nes-tas áreas. Estimativas apontam para mais de sete mil o número de pescadores na província de Benguela.

IndústriaFalar de indústria na província de

Benguela é falar do setor industrial não piscatório, designadamente a montante e a jusante da agro-indústria. Neste sub-setor estão em funcionamento ou com possibilidade de recuperação algumas unidades industriais, designadamente

de 800 mil, em 1973, para aproximada-mente 100 mil, segundo os últimos dados disponíveis. Encontra-se em fase inicial um projeto de fomento pecuário com a introdução de diversas medidas, de forma a redinamizar esta atividade na província, com inevitáveis externalidades positivas, como a dispersão de espécies leiteiras e de carne nobre, a par da utilização de gado como fator produtivo de tração, com con-sequências óbvias na melhoria nutricional da população.

A província oferece condições favoráveis ao desenvolvimento de uma impressio-nante de culturas.

Estas culturas desenvolvem-se com um sistema de culturas que sinteticamente podemos sistematizar da seguinte for-ma.

Relativamente às práticas agrícolas, dados da FAO sistematizam da seguinte forma a situação prevalecente na provín-cia de Benguela.

O milho é a base da alimentação pra-ticada na província, conjugado com os hortícolas, a fuba e o peixe.

Relativamente à pesca, o seu contributo para a estrutura produtiva provincial deve ser separado na sua vertente industrial e

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PROVÍNCIA DE BENGUELA - CULTURAS DESENVOLVIDAS

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nos óleos, sabão, moageiras (industriais e artesanais), massas alimentares, refri-gerantes, duas unidades de produção de açúcar (avultando a do Dombe Grande que oferece algumas possibilidades de recuperação), rações, salineiras e unidades de produção de inputs agrícolas.

Todavia, os níveis de operacionalidade persistem relativamente baixos, verifi can-do-se a existência de uma elevada percen-tagem de unidades industriais paralisadas ou semiparalisadas.

Assiste-se, presentemente, à conscien-cialização da necessidade de inversão de ciclo, potenciado pelas infraestruturas de apoio à atividade económica pré-existentes na província de Benguela, de entre elas avultando o parque industrial da Catum-bela e o Porto do Lobito, as quais não deixarão, certamente, de desempenhar no futuro um papel fundamental na revita-lização da base económica da província.

Comércio e Serviços O comércio na província de Benguela

beneficia da influência geoestratégica do porto marítimo na cidade do Lobito, permitindo-lhe benefi ciar da localização, do ponto de vista do comércio com o inte-rior do País, bem como no eixo nacional norte-sul. Este acesso privilegiado fun-ciona ainda como principal entrada de mercadorias vindas do sul do continente africano.

A atividade comercial tem alguma expressão na vertente formal, mas carac-teriza-se ainda sobretudo pela importância do mercado informal que é desenvolvido com regularidade nos municípios do lito-ral, nomeadamente no Lobito, em Ben-guela e em Baía Farta.

Turismo As potencialidades turísticas da provín-

cia de Benguela, de que são exemplos as praias, a paisagem e o património natural, as facilidades de transporte e o dinamismo evidenciado pela oferta hoteleira e de res-tauração deixam antever que a província será, a médio prazo, um importante desti-no turístico do país e, caso evolua de forma sustentável e consistente, um potencial destino internacional para férias.

Trata-se de uma atividade que represen-ta uma aposta com grande interesse estra-tégico para a província, na medida em que gera um efeito multiplicador na economia da região ao estimular o desenvolvimento de um vasto conjunto de atividades como os transportes, a construção, o comércio e serviços, a agricultura e indústria, entre outras. Trata-se, também de uma atividade intensiva em mão-de-obra, criando, como tal, muitos postos de trabalho. Gera impor-tantes rendimentos, origina a arrecadação de divisas e de receita pública, conserva e valoriza o património e a cultura e enco-raja a preservação do ambiente.

Hotelaria e RestauraçãoA atual capacidade instalada a nível

dos meios de alojamento e da restaura-ção em toda a província é de 21 unidades hoteleiras, 61 pensões e outros meios de alojamento e, ainda, 871 restaurantes e 56 estabelecimentos classifi cados como meios complementares de alojamento. Refi ra-se que mais de 75% da capacidade de alojamento e mais de 90% da restau-ração instalada concentra-se nas cidades de Benguela e Lobito.

A atividade na província tem-se carac-terizado por uma forte dinâmica de evolu-ção, mesmo acima do desempenho global da economia. Estima-se que a taxa média de crescimento da atividade deste setor se tenha estabelecido em torno de 12%, ao ano. Entre os muitos produtos turísticos que sustentam a atividade, o turismo de negócios é aquele que, por enquanto, tem um maior signifi cado.

Porém, as atividades turísticas não dependem apenas do potencial turístico, mas de um conjunto muito mais comple-xo, onde para além dos elementos internos ao setor, como a hotelaria, a restauração, o transporte e a animação, estão incluídos elementos como a segurança pública, a segurança alimentar, a assistência hospi-talar, o abastecimento de água e energia elétrica, a limpeza urbana, entre outros. A este nível a província ainda terá que evoluir bastante para se tornar um destino

PROVÍNCIA DE BENGUELA - SISTEMA DE CULTURAS

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turístico consistente e sustentável.Entre os elementos internos ao setor da

hotelaria e restauração merece destaque a necessidade de recursos humanos qua-lifi cados capazes, na medida em que se tratam de atividades essencialmente pres-tadoras de serviços, pelo que a qualidade da sua prestação depende diretamente do desempenho da sua mão-de-obra. A este nível há que encontrar rapidamente as respostas que o setor já necessita.

A PROVÍNCIA DE BENGUELA – SETORES ESTRATÉGICOS

Benguela tem uma herança histórica em termos de especialização produtiva que deve ser tomada como base de referência para pensar o futuro e fazer adequadas opções de desenvolvimento, não repro-duzindo, contudo, sem reflexão e ajus-tamentos, um quadro que, pelas razões de todos conhecidas, se foi praticamente esvaziando nos últimos trinta anos.

Há um conjunto de factores que são intemporais (localização da província no espaço geográfi co do território angolano e dos países vizinhos com os quais está ligada pelo CFB) e outros que já estão em processo de recuperação e reajustamento

(porto do Lobito, caminho de ferro, vias rodoviárias) que permitem que se mante-nha com forte capacidade de suporte uma análise e escolha de opções que já prova-ram no passado ser as mais adequadas às potencialidades pré-existentes.

Nesse sentido, o Governo Provincial está apostado em concentrar as suas grandes opções de política pública numa matriz reduzida mas bem sólida e coesa de linhas estratégicas de desenvolvimento, que funcionem como grandes motores de arrastamento sobre a atividade económica e as opções de investimento e desenvolvi-mento dos agentes económicos nacionais e estrangeiros.

Em termos genéricos, deve fazer-se a concentração das prioridades de desen-volvimento a serem assumidas e interna-lizadas pelas forças político-institucionais, nas seguintes cinco grandes linhas estra-tégicas de desenvolvimento:

Indústria transformadora;•

Agro-indústria – «cluster» da alimen-• tação;

Pescas e transformação industrial de • pescado;

Agricultura extensiva;•

Turismo.•

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Nestas opções há algumas ideias-chave que convém ter sempre presente, como grandes suportes e fatores agregadores das vontades políticas e das decisões de desenvolvimento e empresariais.

A província de Benguela reúne condi-ções intrínsecas e, em alguns casos, em potência, para um processo de desenvol-vimento com alguma densidade matricial – isto é, diversifi cado e variado em termos de atividades económicas e especializações produtivas – fundamental para melhorar a coesão e o equilíbrio territorial do vasto país, nomeadamente pela conjugação das valências do porto e do caminho-de-ferro, infraestruturas com enorme potência num futuro próximo, nomeadamente quando o Caminho de Ferro de Benguela (CFB) for integralmente recuperado até à fronteira, daí resultando como efeito imediato, e certamente de grande escala, a amplia-ção e diversifi cação do papel do porto do Lobito como infraestrutura determinan-te para a ligação da economia regional (nacional e internacional) ao mundo por via marítima.

O porto e o caminho-de-ferro constituem um fator dual determinante para o futuro de toda a economia da região – ligação «hinterland» e ligação internacional – reto-mando aliás, mas em contexto diferente, um papel que já teve no passado. Os qua-dros de desenvolvimento industrial susce-tíveis de aprofundamento mais adequado à envolvente histórica, à «tradição» e às condições endógenas apontam para, pelo menos, duas linhas motrizes: recuperação criteriosa mas sustentada do passado, por um lado, e «reindustrialização», através de projetos de raiz, aproveitando as poten-cialidades existentes, nomeadamente um mercado interno com grande défi ce de consumo, universalizadas a qualquer tipo de produções.

Eixos de Desenvolvimento EconómicoEm linha com que o foi anteriormen-

te referido, o Governo da Província de Benguela defi niu dois grandes eixos de desenvolvimento económico no horizonte de médio e longo-prazo, pelos quais pas-sarão, inevitavelmente, as oportunidades de mercado e de negócio que se colocarão ao empreendedor:

Agro-Indústria e Pescas;•

Turismo .•

Trata-se de eixos de desenvolvimen-to estruturados de acordo com uma lógica matricial, cruzando a dimensão territorial com atividades económicas específi cas.

PROVÍNCIA DE BENGUELA - PRÁTICAS AGRÍCOLAS

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