Revista Ribatejo Invest / outubro 2015

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Ricardo Gonçalves “Acredito muito na nossa região e nos nossos empresários” Sítio do Empreendedor “Welcome to my Land” propõe nova abordagem ao turismo de Santarém Outubro 2015 | N.º 1 + Viver o Tejo Ribatejo em Canoa Desenvolvimento Regional Renova vai investir 40 milhões de euros em Torres Novas Internacionalização Moçambique e a província de Sofala tem oportunidades para a região do Ribatejo

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Nesta edição, a Ribatejo Invest dá a conhecer as novidades das empresas da região, bem como projetos de apoio à envolvente empresarial. No âmbito da rúbrica desenvolvimento regional é apresentada a Verso Move, a estratégia de apoio ao tecido empresarial do concelho de Santarém, através de uma entrevista ao Presidente do Município, Ricardo Gonçalves, bem como a empresa Crivosoft. Na área da inovação, apresentamos a Wattnext e a Bee Iellow. Em destaque também, ao nível do empreendedorismo, a Welcome to my Land. Na rúbrica internacionalização, é dado a conhecer o NERSANT Business, o portal ExportRibatejo e ainda um estudo de mercado sobre Moçambique. Não esquecendo a importância do turismo nesta região única, apresentamos a rota "Ribatejo em Canoa".

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Ricardo Gonçalves“Acredito muito na nossa região e nos nossos empresários”

Sítio do Empreendedor“Welcome to my Land”propõe nova abordagemao turismo deSantarém

Outubro 2015 | N.º 1

+Viver o Tejo

Ribatejoem Canoa

Desenvolvimento Regional

Renova vai investir40 milhões de euros em Torres Novas

Internacionalização

Moçambiquee a provínciade Sofala

tem oportunidades para a região do Ribatejo

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3www.nersant.pt OUTUBRO 2015

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ÍNDICE

Outubro 2015 | N.º 1

FICHA TÉCNICA

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Diretora:Maria Salomé Rafael

Conselho Redatorial:Cláudia MonteiroSandra [email protected]

Isento de registo na ERC ao abrigo do decreto regulamentar 8/99 de 9/6artigo 12.º, n.º 1 a)

Publicidade:Maria João [email protected]

Propriedade:NERSANT, AE.Várzea de Mesiões - Apartado 1772354-909 Torres NovasTel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 www.nersant.pt

Periodicidade:Mensal

Tiragem:500 exemplares

DESENVOLVIMENTO REGIONAL04 Breves

06 Empresas

10 Produtos / Marcas: Verso Move

12 Poder Local

14 Entrevista a Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém

17 Centro de Inovação Empresarial de Santarém: Crivosoft

INFORMAÇÃO E APOIO18 Portugal 2020

22 Plataforma PEPEX

26 Cheque-Formação

VIVER O TEJO24 Ribatejo em Canoa

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO28 Notícias

32 Empresas inovadoras: Wattnext

35 Empresas inovadoras: Bee Iellow

36 Sítio do Empreendedor: Welcome to my land

INTERNACIONALIZAÇÃO38 Notícias

41 NERSANT Business

42 Moçambique e a província de Sofala

46 ExportRibatejo

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

ADEGA DE ALMEIRIM COM LOJA ONLINE

Os vinhos da Adega de Almeirim podem agora ser comprados na internet. A adega tem agora loja online, podendo os internautas adquirir qualquer produto da adega, com possibilidade de pagamento por multibanco.Este é um novo serviço que visa facilitar a aquisição de vinhos por parte dos clientes, e a disponibilização desta nova forma de pagamento permite que todo o processo de compra seja mais fácil e rápido. Os interessados podem consultar o catálogo de vinhos e efetuar a compra dos mesmos, em www.adegaalmeirim.pt.

MOMSTEEL RENOVA ESTATUTO DE PME LÍDER 2015

A empresa BAU Special Solutions, sedeada em Torres Novas, comemorou cinco anos de atividade em Portugal. A Bau Special Solutions é uma jovem e dinâmica empresa especializada na aplicação de materiais e sistemas de impermeabilização, reabilitação, reforço e manutenção de estruturas. A empresa foi criada inicialmente em Barcelona - Espanha, e posteriormente em Lisboa – Portugal, com o objectivo de poder oferecer uma perfeita conjugação entre Serviço e Qualidade aos nossos clientes no mercado Ibérico. Os Serviços da Bau Special Solutions, incluem fornecimento e aplicação de materiais para todo tipo de impermeabilizações (injeções de resinas hidro-expansivas de poliuretano e Gel Acrílico), reforço de estruturas (argamassas fi bro-reforçadas e injeções de resinas epoxi), impermeabilizações de coberturas, muros, depósitos, piscinas, pavimentos, etc.De momento, a empresa atua no mercado nacional e ainda no mercado argelino.

BAU SPECIAL SOLUTIONS CELEBROU CINCO ANOS DE ATIVIDADE EM PORTUGAL

Editorial

Ribatejo Invest

Após vários meses de traba-lho, é com satisfação que a NERSANT apresenta hoje mais um dos seus projetos. RIBATEJO INVEST é o nome

desta nova publicação mensal, direcionada para a promoção da economia ribatejana e para a divulgação dos projetos desenvol-vidos pelas empresas, autarquias e outros atores da região.

A RIBATEJO INVEST pretende ser uma publicação especializada na área dos negó-cios e no desenvolvimento económico e regional e onde os agentes económicos e as empresas da região do Ribatejo, os seus serviços e produtos, terão sempre um lugar de destaque.

Nesta edição, e em todas as que se segui-rão, procuraremos dar especial atenção a todos os temas relacionados com o empreendedorismo, a inovação e o desen-volvimento de novos produtos, negócios e tecnologias.

Esta publicação é mais uma ferramen-ta que a NERSANT coloca ao serviço do desenvolvimento regional e que pretende dar a conhecer a todos os investidores o ambiente de negócios que se vive no RIBA-TEJO. Temos, nesta região, empresas e empresários de excelência, inovadores e empreendedores. É também no Ribate-jo que se produzem alguns dos melhores produtos do mundo em diversos setores. É essa excelência e ambição das nossas empresas que queremos divulgar e que será a matéria-prima deste novo projeto NERSANT.

Maria Salomé Rafael

Presidente da Direção da NERSANT

Breves

A MOMSTEELPOR, S.A. de Abrantes, acaba de ver renovado pelo IAPMEI (Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento), o seu estatuto de PME Líder. Este estatuto destaca empresas que evidenciem competência na gestão, capacidade de execução de uma estratégia de crescimento sustentado e excelentes perfi s de risco, suportados em sólidos indicadores económicos e fi nanceiros. A MOMSTEELPOR, S.A. congratula-se com a distinção e promete continuar a trabalhar com a mesma dedicação, experiência e confi ança.

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Pelo terceiro ano consecutivo, a Sofalca, empresa de Abrantes, associa-se ao maior evento nacional de arquitectura e cinema - Arquiteturas Film Festival Lisboa. Para esta edição a empresa produtora de aglomerado de cortiça expandida forneceu elementos modulares da sua mais recente marca de revestimentos de parede - GENCORK. Estes módulos versáteis foram a base para a criação de quatro Video Stations - postos de visionamento de curtas metragens. O conceito e o desenho espacial têm a assinatura do atelier criativo DIGITALAB. Os visitantes puderam desfrutar destes clusters cinematográfi cos no mezanine do Fórum Lisboa, entre os dias 1 e 4 de outubro. A Sofalca continua assim a sua estratégia de apoio e divulgação de eventos sociais e atividades culturais.

ANO RECORD PARA A ADEGA DO CARTAXOPresente no mercado há 60 anos a Adega do Cartaxo continua a surpreender. O ano de 2015 tem sido sem dúvida um ano de glória para a Adega, com a conquista dos prémios, “Cooperativa do ano 2014”, atribuído pela Revista de Vinhos; o troféu “Empresa Excelência do ano 2014” e “enólogo do ano 2014” – Pedro Gil Franco, atribuído pela Gala de Vinhos do Tejo.Para além destes grandes reconhecimentos a Adega conquistou um total de 43 medalhas em Concursos Nacionais e Internacionais, 1 medalha de grande ouro; 8 medalhas de ouro; 22 medalhas de prata; 9 medalhas de bronze e ainda 3 medalhas “commended”. Na génese destes inúmeros reconhecimentos, está uma atitude orientada para o mercado com forte aposta na qualidade e na irreverência dos seus vinhos e assente numa estratégia de diversifi cação de produtos e mercados.A Adega promete continuar a surpreender até ao fi m do ano, com novos lançamentos e apostas.

RAÇÕES ZÊZERE PATROCINA PROGRAMA “A QUINTA”

MOBILIÁRIO E DECORAÇÃO DO RIBATEJO EM DESTAQUE NOS PRÉMIOS MOBIS 2015

Várias empresas do Ribatejo estão nomeadas para os Pré-mios Mobis 2015, distinções que premeiam as melhores marcas e os melhores empre-sários portugueses do setor do mobiliário e da decoração em diferentes categorias.O Prémio Mobis, iniciativa da Revista Mobiliário em Notícia, foi criado em 1999 com o objetivo de celebrar a qualidade e a excelência do mobiliário português. O evento, que rapidamente conquistou grande prestígio, reúne a nata dos empresários portugueses e estrangeiros ligados ao mobiliário, sendo a única circunstância em que

se encontram os principais agentes do ramo, de montan-te a jusante.Dezenas de empresas estão nomeadas para os Prémios Mobis 2015. Diversas empre-sas da região do Ribatejo estão nomeadas. São elas: Temahome, Artimol, Grupo N&S (Neves&Santos), J.J. Louro, Lusocolchão, Lourini e Green Apple – Home Style.

As Rações Zêzere estão a patrocinar o novo programa da TVI “ A Quinta”, alimentando todos os animais presentes. Desta forma, a empresa está em prime time durante 3 meses, num forte investimento de marketing e divulgação da empresa e dos produtos, cada vez mais do agrado dos portugueses.

SOFALCA PATROCINA O ARQUITETURAS FILM FESTIVAL 2015

A Inovarcus, Lda. empresa do concelho de Ourém que se dedica à execução de projetos de arquitetura e engenharia, concluiu recentemente a execução do projeto da Casa da Cultura de Riachos.Idealizado pela Câmara Municipal de Torres Novas, o projeto foi executado pela Inovarcus, que deu vida a este este espaço, que se dedica à dinamização das mais diversas atividades culturais desta localidade. A Casa da Cultura de Riachos vem também colmatar a carência de um espaço polivalente para usufruto das diferentes instituições, associações e coletividades da vila e/ou do concelho.O edifício integra no seu conjunto um Auditório (cine-teatro) para 300 pessoas, uma Sala Polivalente com capacidade para 280 pessoas sentadas e uma Escola de Música, conjugadas por um articulado de espaços que poderão funcionar em conjunto ou independente.Para além de se dedicar à execução de projectos de licenciamento e execução, a empresa acompanha também a fase de obra e licença de utilização. O âmbito de atividade é vasto, desenvolvendo programas de arquitetura e engenharia nas mais diversas utilizações.Além das habilitações de arquitetura e engenharia, a empresa desenvolve ainda a área de segurança contra incêndios em edifícios (até 4.ª categoria de risco e medidas de auto-proteção), bem como na coordenação de segurança, higiene e saúde no trabalho. Cientes da constante mutação e necessidade de adaptação aos tempos e novos mercados, os colaboradores frequentam regularmente ações de formação. A internacionalização está também consumada, principalmente em países africanos.

INOVARCUS CONCLUI PROJETO DA CASA DA CULTURA DE RIACHOS

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A ANPROMIS - Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo promoveu um Dia de Campo em Coruche, dando continuidade ao trabalho de dinamização da cultura do milho na Estação Experi-mental António Teixeira, onde instalou em 2014 diversos campos de ensaio de milho que visam aprofundar assuntos tão relevantes para esta fileira como o estudo da cefalosporiose ou a efi ciência dos sistemas de rega.

Este ano, além dos ensaios levados a cabo sob o pivot de rega, que contou com a participação de empresas de sementes, produtos fi tofarmacêuticos e fertilizantes, está em estudo um sistema de gota-a-gota enterrada a 35 cm, numa área com cerca de 5 hectares, cujos resultados puderam ser avaliados in loco, neste dia de campo.

A ANPROMIS acredita que a utilização de sistemas de rega mais efi cientes, tanto do ponto de vista da utilização da água, como da energia, é fundamental, uma vez que estes dois fatores de produção representam cerca de 20% da conta de cultura do milho.

“Enquanto produtores do Sul da Euro-pa, sabemos que a via para competir no mercado global é aumentando a efi ciência das nossas explorações agrícolas. É neste contexto que surge o projeto Sanimilho e o trabalho técnico que a Anpromis está a levar a cabo na Estação Experimental António Teixeira, em conjunto com enti-dades públicas e privadas, cujo objetivo é melhorar a competitividade da cultura do milho, produzindo mais e melhor com menos recursos”, afi rma Luís Vasconcellos

Produtores de milho apresentam tecnologias ecoefi cientes em Coruche

Durante os meses de verão, julho, agosto e setembro, a Comtemp – Companhia dos Temperos levou a cabo a nova campanha de ativação do Vinagre Cristal assente no conceito “Desde 1939, a temperar frescos como uma alface”, fi cou a cargo da agência 9 The Creative Shop.

A ação de comunicação decorreu nos meses de julho, agosto e setembro por todo o país e teve como objetivo aproveitar a forte sazonalidade do vinagre para saladas, peixe e afi ns, para voltar a colocar no top of mind do consumidor, uma marca de referên-cia na cozinha portuguesa, desde 1939, um produto de enorme qualidade, transversal a várias gerações.

Para o efeito, foram utilizados vários meios above (TV e Rádio) e below the line (grandes superfícies e no comércio tradicional – mercados e mercearias de bairro), tendo por base o conceito “Desde 1939, a temperar frescos como uma alface”, que reformula a famosa assinatura cantada – Vinagre Cristal “Plim” (som de um toque em cristal) – usada pela marca na sua origem.

O conceito atesta a experiência da marca e reforça a especializa-ção da mesma, não só como vinagre mas em vários produtos que

temperam frescos (azeite, molhos, sumo de limão, etc.). Apesar de destacar a antiguidade, esta campanha mostra também que a Cristal está longe de ser antiquada, mostrando-se, pelo contrário, uma marca “fresca como uma alface”.

Esta foi a primeira ação de comunicação da Cristal com a 9, mas já há outras ideias para serem desenvolvidas em conjunto e lançadas brevemente no mercado.

A Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, visitou em setembro a Estação Experimental António Teixeira, em Coruche, para conhecer os resultados do projeto Sanimilho, no âmbito do qual a ANPROMIS está a estudar sistemas de rega ecoefi cientes e outras técnicas de condução que visam melhorar o itinerário cultural do milho, produzindo mais e melhor com menos recursos.

e Souza, presidente da ANPROMIS. O projeto Sanimilho resulta de um pro-

tocolo de colaboração técnico-científi ca, assinado em 2013, com o INIAV (Instituto Nacional de Investigação Agrária e Vete-rinária), pelo período de 8 anos, que tem por objetivo dinamizar estudos, atividades e projetos no âmbito da cultura do milho e do sorgo, na Estação Experimental Antó-nio Teixeira.

O Dia de Campo contou com a presença e intervenção da Ministra da Agricultura, Assunção Cristas, do Diretor do Gabine-te de Políticas e Planeamento, Eduardo Diniz, que traçaram um panorama sobre o mercado do milho em Portugal, e ainda do Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Silvestre de Oliveira, e do Presidente do INIAV, Nuno Canada.

Ação de comunicação da marca Cristal

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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A Renova anunciou que vai investir 40 milhões de euros na construção de uma nova linha de produção de papel ‘tissue’ (destinado a lenços e guardanapos, por exemplo) e na ampliação da unidade em Torres Novas.

A marca de produtos de grande consumo adianta que a nova linha representará “um investimento tecnologicamente inovador que permitirá à Renova aumentar a sua capacidade de produção de papel em 50% com uma tecnologia pioneira na Europa, estando o início da produção previsto para o segundo semestre de 2016”.

A Renova salienta que este investimento “dá continuidade ao plano de expansão industrial da empresa portuguesa que recentemente também anunciou a insta-lação de uma nova fábrica em França”. Com duas fábricas em Portugal e escritórios nos mercados português, espanhol, francês

e belga, a marca “pretende fl exibilizar a sua capacidade de resposta nos mercados centro e norte da Europa e incrementar a sua presença noutros continentes, nome-adamente na América do Norte”.

Para o presidente executivo, Paulo Perei-ra da Silva, citado em comunicado, “este investimento é consequência da forte aposta na inovação e competitividade”. A inovação tecnológica “é um fator essencial para o nosso desenvolvimento internacional”, concluiu.

África ajudou a fabricante de refrige-rantes e néctares a obter um crescimen-to das vendas de 42,1% nos mercados internacionais. O mercado português também melhorou.

O grupo Sumol+Compal registou resultados líquidos, após interesses minoritários, de 4,2 milhões de euros no primeiro semestre de 2015, o que compara com um milhão de lucros um ano antes.

Em comunicado à Comissão do Mer-cado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa anunciou ainda um EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) de 21,3 milhões de euros no final de Junho passado, mais 27,54% do que em igual semestre de 2014. O EBIT progrediu 42,45%, para 15,1 milhões de euros.

No total, o volume de negócios melho-rou 19,9%, para 170 milhões de euros, e as vendas totais evoluíram de 137,8 milhões para 166,4 milhões de euros, ou seja, mais 20,7% do que no período homólogo.No mercado português, a fabricante nascida da fusão entre a Sumol e a Compal registou um cresci-mento de 12,7% nas vendas no semes-tre, para 111,6 milhões de euros.

Em comunicado, o grupo adianta ain-da que “as restantes geografi as conti-nuam a mostrar um forte desempenho, especialmente no continente africano, permitindo a atividade internacional vendas de 54,8 milhões de euros, mais 42,1%.

A Sumol Compal, que detém já uma unidade industrial em Moçambique, adianta que em Angola, “se ultimam os trabalhos para o arranque da operação na unidade industrial do Bom Jesus, nos arredores de Luanda”. Aguarda a gestão da companhia “que a produ-ção industrial de Compal em Angola tenha início no terceiro trimestre deste ano”.

Sumol+Compal lucra 4,2 milhões no primeiro semestre

Renova vai investir 40 milhões de euros em Torres Novas

Caloiros da Universidade Católica colhem batatas no Ribatejo

Praxe da Universidade Católica de Lisboa resultou na colheita de 3650 kg de batata, que foram entregues no Banco Alimentar de Santarém e da Golegã.

Em setembro, um grupo de 200 caloiros da Universidade Católica de Lisboa, iniciou o seu Dia Solidário, uma das atividades das praxes desta instituição, com uma ação do projeto “RESTOLHO - uma segunda colheita para que nada se perca”, uma parceria do Grupo AGROTEJO/AGROMAIS, Federa-ção Portuguesa dos Bancos Alimentares e Entrajuda.

Chegados ao campo, localizado na Quinta da Labruja, os jovens, vestindo a camisola com a frase “Com Tanta Batata – já estou em Puré”, foram recebidos pelo administrador da AGROMAIS, Jorge Neves, a representante

da Sociedade Agrícola São João de Brito, S.A. que cedeu o restolho, Francisca Chaves Ramos, e a representante da Entrajuda, Mar-ta Vinhas. A ação foi também acompanhada por um grupo de técnicos da empresa anfi -triã (AGROTEJO/AGROMAIS) que ao longo da tarde foi alertando os voluntários para a qualidade dos produtos que estavam a colher.

SOBRE A AGROMAISA Agromais nasceu em 1987, na região

agrícola do Norte do Vale do Tejo. Hoje é a maior organização portuguesa de agriculto-res no setor da comercialização de cereais e hortícolas, com um volume de negócios anual consolidado na ordem dos 41 milhões de euros e com uma área de produção de cerca de 10.000 hectares.

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DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A Sociedade Agrícola Quinta da Lagoalva de Cima S.A. venceu o Prémio Intermar-ché Produção Nacional 2015, na categoria vinhos. Os resultados foram apurados no fi nal de setembro, com a distinção desta empresa de Alpiarça.

Ciente da importância que o setor primá-rio representa para o país, o Intermarché desde cedo apoiou e incentivou a produção nacional, criando bases para uma agricul-tura sustentável e de interesse nacional. Para tal quis desenvolver um projeto que não se dedicasse apenas a reconhecer o excelente trabalho dos seus produtores associados, tendo, por este motivo, reali-zado a 2.ª edição do Prémio Intermarché Produção Nacional, um projeto aberto a todos os produtores de Portugal.

Criar um projeto de referência que promovesse ativamente e premiasse os produtores e a produção nacional, reco-nhecer a importância da sustentabilida-de e inovação na produção portuguesa e impulsionar o reconhecimento da produ-ção nacional de qualidade foram os obje-tivos do Intermarché com a organização deste concurso.

O Prémio Intermarché Produção Nacio-nal teve seis categorias a concurso: “Carnes e preparados de carne”, “Produtos da pesca / Preparados”, “Frutas e preparados de fruta”, “Legumes e preparados de legu-

mes”, “Produtos Processados” e “Produtos biológicos”. Para cada uma das categorias, foi apurado um vencedor.

Na categoria “Produtos Processados”, subcategoria vinhos, a Quinta da Lagoalva saiu vencedora. Esta quinta de Alpiarça estende-se pela margem sul do rio Tejo, zona ribatejana de especial beleza, pro-duzindo vinhos de grande qualidade que têm vindo a ser reconhecidos pelos espe-cialistas nacionais e internacionais. Esta notoriedade é resultado de um moderno sistema de condução das vinhas constitu-ídas por castas nacionais e internacionais escolhidas pelas suas aptidões enológicas marcantes, uma vincada personalidade resultante do microclima e “terroir”

onde estão implantadas, mas também pela modernidade da adega e fi losofi a de produção.

Aos melhores projetos em cada uma das categorias o Intermarché assegura o escoamento dos produtos durante um ano, parte da margem que será repartida entre o Produtor e o Intermarché e colocação de placa descritiva permanente nos locais dos projetos vencedores com indicação de que os mesmos são apoiados pelo Prémio Inter-marché Produção Nacional, para além de uma forte divulgação dos mesmos pelos meios de comunicação social.

Esta foi a 2.ª edição do Prémio Inter-marché Produção Nacional, sendo que a 1.ª edição teve lugar em 2014.

Prémio Intermarché Produção Nacional Sociedade Agrícola Quinta da Lagoalva de Cima, S.A. é a vencedora na categoria vinhos

Caixa Geral de Depósitos quer potenciar investimentos no setor primário

A CGD tem vários instrumentos disponíveis de apoio a curto e médio prazo para os empresários do setor primário.

Dando resposta ao novo quadro comunitário, que detém fundos comunitários para o setor agricola e do mar na ordem dos quatro mil milhões de euros até 2020, a Caixa Geral de Depósitos tem à disposição das empresas deste setor, diversas ofertas ajustadas às necessidades das empresas.

Este banco dispõe de um Gabinete do Agronegócio, que, para além de uma equipa especializada que proporciona acon-selhamento para os projetos de agricultura e mar, cabendo-lhe avaliar as candidaturas de quem procura crédito para se fi nanciar e investir no setor primário. O banco disponibiliza, desta forma, 155 milhões de euros para fi nanciamento através

de linhas enquadradas nos programas comunitários destinados a empresas (Portugal 2020 e PME Crescimento), soluções para problemas de fi nanciamento, de tesouraria ou do âmbito dos serviços e seguro e ainda, para as necessidades mais imedia-tas de exploração de unidades produtivas, enquanto apoio à tesouraria, o “Crédito de campanha IFAP – Agricultura” e o “Crédito para antecipação de subsídios”. Os interessados devem consultar o portal desta instituição bancária através do portal da mesma, em www.cgd.pt.

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O Jornal Construir, em parceria com a revista Anteprojectos, vão voltar a dis-tinguir a iniciativa e o mérito de quem consagra e trabalha diariamente pelas boas práticas no Setor da Construção, naquela que será a oitava edição dos troféus, uma referência neste setor de atividade.

A atribuição destes prémios tem como objetivo reconhecer o que de melhor é feito pelas empresas que atuam nes-te setor, seja na área da Arquitectura, Engenharia, Construção e Imobiliário.

O edifício sede da Tagusgás, instalado no Valleypark – Parque de Negócios do Cartaxo, cuja construção esteve ao cargo de Lena Construções / Ferrindal, está nomeado para os Prémios Construir 2015, na categoria Construção e Sus-tentabilidade. Concorre diretamente com a empresa Costa & Carvalho, pela construção do Pólo de Conhecimento em Tecnologias da Construção Sustentável da Universidade de Coimbra.

A escolha dos vencedores é feita com base em critérios como a relevância para o mercado, criatividade, inovação, quali-dade dos projetos, design, boas práticas de projeto e construção.

De referir que o edifício da Tagusgás é o primeiro edifício português de escri-tórios com certifi cado ambiental BREE-AM – Building Research Establishment Environmental Assessment Method, bem como com sistema de avaliação da sua sustentabilidade quer na construção quer na sua utilização. Além dos mate-riais terem sido escolhidos de acordo com as normas mais sustentáveis em termos ambientais e energéticos, tam-bém os isolamentos térmicos, sombrea-mento de janelas, lâmpadas led de baixo consumo, ar-condicionado e restantes equipamentos foram escolhidos com base nesta preocupação de sustentabi-lidade futura. O mesmo aconteceu para os sistemas sanitários e de águas, assim como para a rega dos espaços verdes.

Com o objetivo de dar um passo rumo à internacionalização, a empresa abrantina Abrancongelados esteve presente na PES-CAMAR, exposição de pescados e mariscos mais importante do México.

A empresa Abrancongelados está a apostar forte na internacionali-zação. Sendo o mercado do México bastante atrativo para este setor, a empresa decidiu marcar presença na edição 2015 da PESCAMAR, a exposição de pescados e mariscos mais importante deste país.

A atividade da Abrancongelados - Produtos Alimentares, baseia-se na transformação e comercialização de pescado congelado com um sistema de distribuição próprio a nível nacional, garantindo, através do cumprimento de rigorosos padrões de qualidade, a excelência dos seus serviços.

A empresa localiza-se na zona industrial de Abrantes, e pode ser contactada em [email protected] ou 241332296.

Edifício sede da Tagusgás nomeado para Prémios Construir 2015

Abrancongelados numa das maiores feiras de pescado congelado

Na 1.ª edição dos Prémios Intermar-ché Produção Nacional, também uma empresa ribatejana foi distinguida, na mesma categoria. A empresa Fio Doura-do – Transformação e Comercialização de Produtos Olivícolas, Lda. dedica a sua actividade à produção, embalamento e comercialização de azeite, principalmente azeite virgem extra. Localizada a Nor-te de Santarém, o lagar dispõe da mais avançada tecnologia de extração de azei-te, laborando azeitona de produtores de grande escala, mas também de pequenos agricultores, contribuindo para preservar um modo de produção tradicional. O sis-tema de gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança Alimentar foi certificado, seguindo uma estratégia empresarial que visa potenciar a comercialização. A mar-ca referência da Fio Dourado é o Azeite Quinta do Juncal.

Fio Dourado vence em 2014

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BGelados Olá, Bifanas de Ven-das Novas, Frua, Maria Limão, Laranja do Algarve, Brasilei-ra, Yonest, são apenas alguns

dos muitos projetos já desenvolvidos por esta empresa, através da marca Kios-queStreetFood, que surgiu em 2011 e foi pioneira neste setor. Tim Vieira, um dos tubarões do programa Shark Tank é outro dos clientes para quem a Verso Move já produziu quatro carros.

Especialista na transformação de veícu-los automóveis, o desenvolvimento desta área de negócio surgiu após Luís Rato, Founder & Brand Manager, e especialista em street food, como também é conhecido, ter desafiado o famoso chef Chakkal a remodelar uma Piaggio APE 50, adaptada a cozinha sobre rodas, e que foi depois utilizada num programa de televisão. A visibilidade mediática conseguida com o programa deu um impulso decisivo para desenvolver o projeto e chegar a novos clientes. Hoje, a Verso Move produz cerca de oito veículos de comida por mês, todos sob encomenda, únicos e personalizados. Daqui saem também alguns tuk-tuks, os únicos em Portugal com os bancos de passageiros devidamente homologados de acordo com apertadas normas de segu-rança.

Sérgio Aleixo, CEO da empresa, explicou à Ribatejo Invest que “muitas vezes os empreendedores vêm com uma ideia de negócio, por vezes pouco defi nida, e somos nós que os aconselhamos e ajudamos a trabalhar essa ideia de negócio. Se resul-tar, é certo que o cliente volta a trabalhar connosco, por isso é de todo o nosso inte-

resse que esse conceito seja um sucesso. Felizmente, já temos muitos casos assim, empreendedores que começaram com um veículo e que agora já vão no terceiro”. No portfólio de clientes contam-se já empre-sas de vulto como a Unilever ou a Panidor.

“Fizemos 40 veículos para a Unilever (Olá) 20 para Portugal e 20 para Espanha, e já sabemos que vamos continuar com este trabalho”. Muitos clientes são também pequenos empreendedores que querem criar o seu próprio negócio. “Comparan-

Empresa pioneira na transformação de veículos automóveis

Verso Move lidera no setor dos veículos de street foodCertamente já reparou num novo tipo de negócio que invadiu as zonas turísticas do nosso país e que está presente em todos os eventos e festivais de verão. Falamos de street food, comida de rua, conceito importado de outras zonas do globo mas que já está a conquistar rapidamente os portugueses. É quase impossível não reparar nas cores alegres e vibrantes daquelas “cozinhas sobre rodas”, recheadas de tecnologia e comodidades, que fazem as tradicionais roulottes de bifanas e farturas parecerem quase pré-históricas. E sabia que praticamente todos os veículos de street food que existem em Portugal são produzidos por uma empresa do Cartaxo, a Verso Move?

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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do com o que é necessário investir para abrir uma loja, este tipo de negócio exige um investimento muito mais baixo, e se o conceito for bem conseguido o retorno é muito rápido”.

Para a KiosqueStreetFood o desafi o pas-sa por adaptar cada veículo à necessida-de do cliente e criar num pequeníssimo espaço todas as condições para o negócio funcionar. “Não há dois veículos iguais, fazemos um fato à medida do cliente, e o que nos distingue é estarmos sempre a inovar, sempre a pensar no dia de ama-nhã e como podemos fazer diferente e melhor”.

A mesma filosofia aplica-se na outra área de negócio desta empresa, os veícu-los de transporte de cavalos produzidos pela Verso EQ2 e comercializados pela AT.T Horse Trucks. A empresa aposta num produto premium, direcionado para o mercado europeu onde estão os principais clientes e onde existe um enorme potencial de crescimento. Todos os veículos são inte-gralmente produzido nesta fábrica, onde cada detalhe é visto e trabalhado até ao mais ínfi mo pormenor, tendo sempre como preocupação máxima a segurança e o con-forto dos cavalos e dos passageiros.

A qualidade oferecida pela empresa conquistou os clientes mais exigentes. Sérgio Aleixo refere como exemplo o dono da Inditex, Amancio Ortega, um dos homens mais ricos do mundo, dono da Zara e da Massimo Dutti, e que fi cou surpreendido com a qualidade do veículo que lhe foi entregue. A parceria que têm com a Volkswagen alemã permite antever um forte crescimento neste setor para os próximos anos.

EXPORTAÇÃO É APOSTA PARA O FUTURO

Com recurso apenas a capitais próprios, o que Sérgio Aleixo admite ser “uma mais-valia” a Verso Move estabeleceu como objetivo para os próximos anos a expansão

para novos mercados. Apesar de já estar presente em Espanha, França, Itália, Bél-gica, Alemanha, Brasil e Angola, a empre-sa aponta agora baterias para a América Latina (Chile, Colômbia e Argentina), onde pensa estabelecer parcerias com empresas locais, em especial no negócio dos horse-trucks. De referir que 90% dos horsetru-cks aqui produzidos são para exportação.Quanto ao negócio da street food será por agora focalizado na Europa, onde existe ainda muita margem para crescer.

BUROCRACIA É O MAIOR OBSTÁCULO À ATIVIDADE EMPRESARIAL

Questionado sobre as maiores difi cul-dades que a empresa encontra na sua

BI DA EMPRESA

Sedeada no centro da vila do Cartaxo, o grupo Verso Move tem 25 colaboradores e trabalha em regime de outsorcing com mais duas empresas, que empregam mais 10 pessoas. A Verso Move opera no setor da transformação de veículos automóveis, que vão desde os veículos de transporte de cavalos ao veículos de comida de rua. O grupo detém as marcas KiosqueStreetFood, ATMHorsetrucks e a Verso EQ2. A faturação em 2014 foi de 2,5 milhões de euros.

A empresa presta também ao cliente um serviço na área da consultadoria, marketing e produção do veículo “Hand Crafted Passion”.

Em 2014 a marca Verso Move obteve o galardão “Escolha dos Profi ssionais” para veículos transformados.

Já em 2015, a Verso Move foi certifi cada pela norma ISO 9001, processo de implementação desenvolvido com a NERSANT.

atividade, Sérgio Aleixo não hesita em apontar o dedo à burocracia. “ Na nossa atividade, quando desenvolvemos um novo produto estamos em média nove meses à espera da sua homologação. Na Bélgica, os nossos concorrentes demoram apenas um mês, o que é para nós uma desvantagem”, afi rmou. A difi culdade em encontrar recursos humanos qualifi cados é outra das dificuldades sentidas pela empresa. Uma vez que se trata também de uma atividade específica, a empre-sa tem optado por contratar técnicos e depois formá-los internamente, para a função que irão exercer. Promover uma maior articulação entre os Centros de formação profi ssional e as empresas é uma das soluções apontadas.

Luís Rato e Sérgio Aleixo

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12 www.nersant.ptOUTUBRO 2015

Tomar - Jornadas Europeias centraram-se no património industrial do concelho

Parque Empresarial de Sardoal com novo regulamento

A Câmara Municipal de Sardoal aprovou um novo regulamento para o parque empresarial do concelho que visa criar melhores condições às empresas ali instaladas, assim como garantir uma gestão mais eficaz e rigorosa do erário público.

As alterações introduzidas por este documento resultam de estudos leva-dos a efeito pelo Município Sardoa-lense, assim como da auscultação das principais preocupações e anseios dos empresários, vindo dotar o Município de um instrumento de acompanha-mento, mobilização, sensibilização e desbloqueamento de situações que possam difi cultar o desenvolvimento do Parque Empresarial de Sardoal. Entre as várias medidas introduzidas com este novo Regulamento, encon-tra-se a alteração da denominação de Zona Industrial para Parque Empre-sarial, uma vez que o paradigma deste espaço é, hoje, mais abrangente do que era na altura da sua criação, no fi nal da década de 1980.

O referido Regulamento, já em vigor, pode ser consultado em www.cm-sardoal.pt ou no Serviço de Expe-diente Geral e Arquivo do Município.

O parque empresarial do Sardoal conta neste momento com 16 empre-sas instaladas, havendo ainda alguns lotes disponíveis para a instalação de empresas.

O Município de Tomar participou nas Jornadas Europeias do Património, que se realizaram no fi nal do mês de setembro, com um conjunto de atividades associa-do ao tema deste ano que é o Património Industrial e Técnico.

A iniciativa começou dia 25 de setembro, com uma visita guiada, intitulada ‘”Patri-mónio e indústria em Tomar” e que levou os participantes ao Açude da Fábrica de Fiação, Fábrica e lugar do Prado e Fábrica da Platex.

Também neste dia, o recuperado espaço da Levada, que foi um autêntico coração industrial da cidade, recebe um recital com Anna Luana Tallarita Jazz Trio, que contou com as participações de Joaquim Norberto e Nuno Costa.

No dia 26, foi precisamente a Levada a

receber uma visita guiada ao “Património e memórias das Fábricas Mendes Godi-nho”, que decorreu das 10h00 às 12h30, na central elétrica e moagens. Pelas 19h00, aconteceu novo recital, a cargo da Canto Firme, de novo no espaço multiusos.

No dia 27 de setembro, além do público adulto, também as famílias foram convi-dadas para uma visita guiada que passou pela Fundição Tomarense, central elétrica e Moagem A Portuguesa, tudo na Levada, entre as 10h30 e as 12 horas.

A Câmara Municipal de Alcanena, pro-moveu em setembro, no Auditório do edifício dos Paços do Concelho, a sessão “Empreendedorismo para Tod@s”. Desti-nada ao público em geral, esta sessão teve como objetivo consciencializar as pesso-as sobre a criação do próprio emprego, facultar conhecimentos e ferramentas que permitam a criação do próprio emprego e motivar para a procura/criação de emprego.

O programa contou com as intervenções de Rosa Carvalho, do Instituto do Emprego e Formação Profi ssional, que fez referência aos apoios ao empreendedorismo, Tânia Sousa, do Millennium BCP, com informa-ções acerca do Microcrédito, Diogo Palha,

responsável pela área de empreendedoris-mo da NERSANT, que também abordou os apoios ao empreendedorismo, e Miguel Lourenço, Alto Comissariado para as Migrações, que falou sobre o Projeto Pro-moção Empreendedorismo Imigrante.

Alcanena promoveu “Empreendedorismo para Tod@s”

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

Enquadrado no panorama atual que remete para a reabilitação e requalifi cação dos núcleos urbanos, foi publicada em Diário da República, em 9 de julho últi-mo, a delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Sardoal.

Este documento foi elaborado com base em estudos e análises, desenvolvidos pelo município, com o objetivo de estabele-cer uma estratégia que visa melhorar a qualidade urbana da vila e impulsionar a regeneração demográfi ca e o investimento económico.

A delimitação da ARU de Sardoal já tinha sido aprovada em Reunião de Câmara, em 22 de abril, e pela Assembleia Municipal

em 29 de abril. A aprovação deste docu-mento veio atribuir a essa área um conjun-to signifi cativo de efeitos, destacando-se, entre estes, a defi nição de benefícios fi scais associados aos impostos municipais sobre o património, assim como a atribuição aos proprietários de apoios e incentivos fi scais e fi nanceiros relativos à reabilitação urbana.

Sardoal criou Área de Reabilitação Urbana

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13www.nersant.pt OUTUBRO 2015

Teve lugar em Coimbra a cerimónia de assi-natura dos Pactos para o Desenvolvimento e Coesão Territorial entre a Comissão de Coorde-nação e Desenvolvimento Regional do Centro e as Comunidades Intermunicipais da região Centro, que abrange a CIM do Médio Tejo.

A assinatura destes Pactos vem contribuir para concretizar a estratégia de desenvolvi-mento territorial que foi definida por cada CIM, e assim garantir uma maior autonomia na gestão dos fundos dos seus projetos.

Os Pactos para o Desenvolvimento e Coesão Territorial têm uma dotação global de Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) de 354 M€, através da contribuição do Progra-ma Operacional Regional do Centro (CENTRO 2020), do Programa Operacional Sustentabilida-de e Efi ciência no Uso dos Recursos (PO SEUR), do Programa Operacional da Inclusão Social e Emprego (PO ISE) e do Programa de Desen-volvimento Rural (PDR2020). Deste montante, 222,75 milhões de euros são FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, 107,8 milhões de euros são FSE – Fundo Social Euro-peu, 4,8 milhões de euros são Fundo de Coesão

e 19,1 milhões de euros são FEADER – Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural.

Esta cerimónia contou com a com a partici-pação do ministro-adjunto do Desenvolvimento Regional, Miguel Poiares Maduro, e do secre-tário de Estado do Desenvolvimento Regional, Manuel Castro Almeida.

Da dotação de 354 milhões de euros, no âmbito da programação fi nanceira da União Europeia até 2020, que inclui fundos estrutu-rais e de investimento dos programas opera-cionais Regional do Centro, Sustentabilidade e Efi ciência no Uso dos Recursos e Inclusão Social e Emprego, bem como do Programa de Desenvolvimento Rural, caberá à CIM do Médio Tejo o valor total de 48.551.937,35 €.

A cidade de Rio Maior decidiu homenagear Marcolino Nobre, industrial co-fundador das Indus-trias de Carnes Nobre, com um bus-to erigido junto à rua com o nome de sua mãe, Fausta Sequeira Nobre, próximo da Biblioteca Municipal.

Numa singela cerimónia, que con-tou com a participação dos fami-liares mais próximos, procedeu-se ao descerrar do busto, da autoria do escultor alpiarcense Armando Ferreira, que passará a recordar aos vindouros a fi gura de um homem que em muito marcou Rio Maior, como recordou Isaura Morais, Presidente da Câmara Municipal, que lembrou ainda outras facetas da intervenção social de Marcolino Nobre, nomeadamente na imprensa e no apoio a obras sociais e huma-nitárias.

Isaura Morais aproveitou a opor-tunidade para citar uma frase dos Sermões do Padre António Vieira, que nos transmite que “O efeito da memória é levar-nos aos ausentes, para que estejamos com eles, e tra-zê-los a eles a nós, para que estejam connosco”, lembrando que com este pequeno gesto preservaremos na nossa memória coletiva o nome de um homem cuja vida e vivências se mistura com o crescimento da cidade e do concelho ao longo dos seus 85 anos de vida.

A cerimónia contou ainda com intervenções do Vice-presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Carlos Frazão, que evocou a memó-ria de Marcolino Nobre, e de seu filho, Luís Nobre, que agradeceu em nome dos familiares a home-nagem realizada, e terminou com a deposição de uma coroa de fl ores na base do monumento e um minuto de silêncio em honra do homena-geado.

CIM do Médio Tejo vai gerir 48.5 milhões de euros para o desenvolvimento territorial

Rio Maior homenageia Fundador da Nobre

Empresários chineses visitaram Santarém com o objetivo de conhecer agroindústria do Ribatejo

Zhang Tao, Zou Yong e Gandolf Guan, mem-bros do Xinyu High-Tech Industrial Develop-ment Zone, um parque industrial com mais de 50.000 colaboradores, localizado em Shenzen – China, foram recebidos na Câmara Municipal de Santarém. Durante a reunião de trabalho, que durou cerca de três horas, a comitiva chi-nesa quis saber quais os principais produtos agroalimentares da região e do interesse de Santarém em manter relações comerciais com a China. A Vice-Presidente, Susana Pita Soa-res, e o Vereador Luís Farinha aproveitaram, naturalmente, a presença desta delegação para apresentar Santarém, a sua história milenar, tendo enfatizado a localização geográfi ca privi-legiada do concelho no mapa nacional das aces-

sibilidades, o papel importante da agricultura e do desenvolvimento do setor agroalimentar. António Campos, presidente da Comissão Exe-cutiva da NERSANT, que a convite da Câmara Municipal também participou nesta reunião, demostrou o interesse da associação em vir a desenvolver relações comerciais com o parque industrial chinês - Xinyu High-Tech Indus-trial Development Zone. Zhang Tao, Diretor da Xinyu High-Tech Industrial Development Zone prometeu uma visita mais prolongada de empresários chineses à região de Santarém.

Durante a visita da delegação chinesa a San-tarém, foi ainda realizada uma visita às instala-ções do CIES-Centro de Inovação Empresarial de Santarém.

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Porque devem as empresas escolher Santarém para investir, em detrimento de outras cidades?

Santarém tem uma vantagem essencial que é a sua localização geográfi ca. Para além de ser uma cidade próxima de Lisboa (e do aeroporto), esta cidade é o principal nó rodoviário do país. Situa-se a uma hora de distância de Lisboa, a duas horas de distância do Porto, do Algarve e até de Espanha, o que é, evidentemente, uma grande vantagem para as empresas que podem colocar a sua mercadoria rapida-mente em qualquer destes pontos do país. Em duas horas, percorremos 90 por cento

Ricardo Gonçalves, Presidente da Câmara Municipal de Santarém

“Acredito muito na nossa região e nos nossos empresários”A instalação de empresas em Santarém é a prioridade do município. A localização geográfi ca, a qualidade de vida, infraestruturas adequadas e uma classe empresária resiliente são os fatores diferenciadores da cidade de Santarém para albergar investimento.

do nosso território e ainda entramos em Espanha! Estamos a falar de uma centra-lidade que mais ninguém tem.

Relativamente aos fundos comunitários, Santarém tem vantagens em relação a outras regiões do país. Estamos situados no Alentejo, o que significa que dispo-mos de mais incentivos. Temos fundos comparticipados muitas vezes até 85 por cento. Portanto, neste quadro comunitário temos a perspetiva de que haja empresas que se queiram deslocalizar ou instalar em Santarém. O nosso desejo é que aqui encontrem todas as condições de que necessitam para se desenvolverem e cres-

cerem e que fi quem sediados na cidade durante muito tempo. Isto tem que ser amplamente divulgado!

Somos a capital de distrito mais próxi-ma de Lisboa que não é vista como um dormitório. Do ponto de vista intermodal, estamos também benefi ciados. Na Lezí-ria, Santarém e Azambuja são as duas únicas cidades onde entra mais gente para trabalhar do que sai. Por exemplo, a reforma judicial tem sido uma âncora importante para Santarém nesse sentido. O tribunal da cidade saiu bastante refor-çado. Antes, tínhamos cerca de 18 juízes na nossa comarca e neste momento são

ENTREVISTA

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mais de 50. Sem falar da necessidade de contratação, óbvia, de quadros para esta entidade: passaram de 40 para mais de 120!

Só por causa da reforma judicial entram em Santarém mais algumas centenas de pessoas por dia! Já reunimos com o Minis-tério da Justiça para concretizar de forma defi nitiva a nossa Cidade Judiciária na EPC, o que passará por termos mais tribu-nais e pela reconstrução de mais um edifí-cio que será o “terceiro Palácio da Justiça” em Santarém, assim como a construção de uma grande sala de audiências.

Somos uma cidade com qualidade de vida: com excelentes condições habitacio-nais para aqueles que desejam cá estar, bem como com excelente oferta ao nível dos serviços, quer sejam relativos à educa-ção (escolas e instituto politécnico), quer ao nível da saúde.

Outra vantagem competitiva de Santa-rém é a criação de infraestruturas próprias de apoio à atividade empresarial. Temos uma atratividade natural que esperamos vir a potenciar! Não tenho dúvida de que estamos em condições de acarinhar pro-jetos diferenciadores e que estes vão ser o princípio de um futuro excecional para Santarém.

Para além disso, orgulhamo-nos de ter uma classe empresária resiliente e asserti-va e que se prepara e antecipa o futuro.

Concretamente, o que está a fazer o município para angariar investimento para o concelho?

É fundamental que em Santarém se instalem empresas. E esta é a prioridade do atual executivo. Porque criando empre-sas, podemos fi xar mais pessoas e tudo o resto virá por acréscimo. A atratividade de todos os concelhos tem em conta três aspetos muito importantes: viver, visitar e trabalhar. Começo pelo trabalhar.

Têm-nos sido apresentados estudos que dizem que Santarém vai ser das cidades com maior crescimento nos próximos anos

e eu acredito seriamente neste desenvolvi-mento. Santarém tem de criar condições para que as pessoas tenham trabalho e é nisso que temos trabalhado. Para cati-var empresários, criámos o CIES – Centro de Inovação Empresarial de Santarém, em parceria com a NERSANT, e preten-demos criar um centro de inovação em tudo semelhante a este, mas na zona de Alcanede, mais vocacionado para o setor da extração de pedra, indústria forte no concelho; temos uma zona industrial à disposição das empresas; estamos a tra-balhar com a Parquiscalabis na criação do parque de negócios de Santarém com 54 hectares, que está neste momento na fase de plano pormenor; perspetivamos também uma permuta com a zona indus-trial da IMOCOM, na quinta da Mafarra, para a instalação de empresas.

Se conseguirmos criar empresas e pos-tos de trabalho, traremos mais pessoas à nossa região. E é aqui que entram os restantes aspetos a ter em conta numa estratégia de angariação de investimento para os territórios: viver e visitar. Para atrair pessoas, para além de trabalho, é necessário que haja qualidade de vida. E quando nos referimos a qualidade de vida, referimo-nos à habitação, ao espaço público, ensino de qualidade, serviços de saúde... Relativamente ao aspeto visitar, que implica naturalmente a estratégia do município para o turismo, o município tem apostado na recuperação do patri-

mónio. A nossa Cidade tem um magnífi co património classifi cado, que todos devem conhecer.

Santarém também é atrativa para o investimento estrangeiro. Ainda recen-temente a Fonte Salem investiu cerca de 8,5M€ no Concelho. Apesar do muito tra-balho que já foi feito, Portugal continua a ter dois problemas que acabam por retrair o investimento internacional: a burocracia excessiva e o sistema de justiça. Somos ainda um país com excesso de burocracia em que a morosidade dos processos em tribunal pode pesar na decisão de investir em Portugal.

O CIES abriu recentemente. Qual a estratégia em relação ao centro de ino-vação empresarial?

Relativamente ao CIES, a candidatura foi apresentada pelo município e o inves-timento da parte não comparticipada foi da NERSANT, entidade que faz a gestão do espaço. O CIES foi pensado para criar empresas e para ajudar empresários a fixarem-se em Santarém. É um espaço jovem, de incubação, pronto a acolher os projetos empresariais de empresários e empreendedores.

Para as novas empresas, a NERSANT dá suporte técnico que permite aos empre-endedores saber se o seu negócio tem pernas para andar ou não. É importante que este trabalho seja feito. Nunca tivemos nada do género no nosso concelho. Com o

Em duas horas, percorremos 90 por cento do nosso território e ainda entramos em Espanha! Estamos a falar de uma centralidade que mais ninguém tem.”

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know-how que a NERSANT tem na área do empreendedorismo, penso que podemos ser diferenciadores.

Acredito que o CIES será um sucesso a curto prazo. Paralelamente e de forma complementar ao centro de inovação, pretendemos criar o Centro de Empre-endedorismo de Santarém, já previsto no nosso plano estratégico de desenvol-vimento urbano. É algo de que nos vamos orgulhar.

Neste sentido, considero que Santarém tem características que lhe permitem ser uma cidade voltada para a inovação e empreendedorismo, vocacionada para a criação de emprego. Acredito claramente que seremos dos Concelhos que mais irão crescer nos próximos anos em Portugal.

No mesmo prisma, já foi protocolado o Centro de Excelência para a Agricultura e Agroindústria…

Santarém tem, felizmente, uma ambiên-cia natural para desenvolver a agroindús-tria, o que se deve muito aos agricultores que se conseguiram modernizar, que sou-beram observar novas tendências noutros mercados e aplicá-las a Portugal.

Os agricultores da região têm sido pioneiros em tecnologias que nos per-mitem acrescentar valor aos produtos e com isso também, acrescentar valor à região. Ou seja, houve uma reconversão do setor agrícola. Temos empresários de excelência nessa área que fi zeram com que se antecipasse o futuro no que diz

respeito à agroindústria. Este é um setor com grande potencial. Não só ao nível do nosso concelho, da nossa região, mas também do país!

A nível nacional, podemos verifi car que o setor que mais tem contribuído para o PIB é a agricultura que tem crescido acima dos dois dígitos, o que há alguns anos atrás era olhado com desconfi ança.

Desta forma, a criação de um centro que pudesse acrescentar valor a este setor e à região faria todo o sentido. A Fonte Boa surgiu de forma natural, por ter sido a estação zootécnica nacional nas décadas de 60 e 70, e ser, portanto, um espaço car-regado de história no que diz respeito a este setor.

O que o município pensou em conjunto com vários parceiros, nomeadamente a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do

Santarém tem características que lhe permitem ser uma cidade voltada para a inovação e empreendedorismo, vocacionada para a criação de emprego.”

Tejo, a NERSANT, o AgroCluster Ribatejo, a Universidade de Lisboa e Universidade de Évora, Escola Superior Agrária de San-tarém, e o Instituto Nacional de Investi-gação Agrícola e Veterinária (INIAV), foi criar um centro que pudesse apoiar o setor agroindustrial, respondendo a necessi-dades específi cas das empresas quer no desenvolvimento de novos produtos quer na implementação de novas tecnologias. O objetivo é trazer à região “massa cinzenta” que possa trazer valor acrescentado aos produtos da região, e consequentemente, ao Ribatejo.

Santarém poderá ser a capital agroin-dustrial do país e até da Península Ibéri-ca! Acredito muito na nossa região e nos nossos empresários.

Disse que o novo quadro comunitário privilegia o Alentejo, onde está Santa-rém. Qual a sua opinião em relação ao mesmo?

Passámos por uma crise que fez a seriação do tecido empresarial. Muitas empresas, devido às duras condições recentemente vividas, acabaram por não sobreviver. Mas as que sobreviveram estão mais robustas e são hoje empresas mais sólidas e melhor preparadas para o novo quadro comunitário. As empresas têm hoje outro vigor e vão para um quadro comunitário com muito mais confi ança o que terá um efeito multiplicador e ace-lerador na economia.

Considero que este quadro comunitário está muito bem desenhado para as neces-sidades das empresas. Este permitirá que as empresas mais competitivas se possam desenvolver de forma clara. Tem uma particularidade em relação aos anterio-res, que é a necessidade de as empresas candidatas apresentarem efetivamente resultados. Hoje em dia, os fundos exigem que os projetos sejam bem estruturados e que tragam rentabilidade.

Este quadro comunitário irá claramente colocar Portugal noutro patamar. Não tenho dúvidas de que as empresas vão poder desenvolver a sua atividade e criar mais postos de trabalho.

O que podem as empresas esperar do município?

O município estará sempre ao lado das empresas, apoiando o seu crescimento e o crescimento de Santarém. Queremos ser um elemento colaborante e facilitador para os empresários poderem desenvolver a sua atividade e acrescentarem valor ao nosso Concelho e ao nosso país.

Invista bem, invista em Santarém.

Novas instalações do CIES estão à disposição de empreendedores e empresas que se querim instalar.

ENTREVISTA

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A Crivosoft, que atua na área do marketing digital, foi a pri-meira empresa a instalar-se no CIES – Centro de Inovação

Empresarial de Santarém. Vítor Lima, representante da empresa, enumerou as razões que o fi zeram mudar do centro da cidade para o novo centro de inovação empresarial.

A Ribatejo Invest foi conhecer o CIES – Centro de Inovação Empresarial de Santa-rém, que acabou de abrir portas. Falou com Vítor Lima, responsável pela empresa Cri-vosoft, a primeira a instalar-se neste espaço e percebeu o que o motivou a realizar a mudança do centro da cidade para o reno-vado espaço: “A Crivosoft é uma empresa recente e estava inicialmente instalada no centro da cidade. Tivemos conhecimento da abertura do CIES e de imediato decidi-mos mudar as nossas instalações para este espaço. Para além de ser perto do centro da cidade e da rodoviária, utilizada por alguns colaboradores para as deslocações diárias, o CIES apresentou-nos ainda outra vantagem que não devemos desperdiçar: o estacionamento abundante e gratuito, o que facilita a visita, por exemplo, por parte de clientes”, revelou o empresário.

Vantagens relacionadas com as instala-ções “renovadas e adequadas, com salas

Crivosoft inaugurou CIES

O CIESEquipamentos disponíveis- Sala de formação;- Sala de reunões;- Auditório;- Espaço de Co-Working

ContactosNúcleo NERSANT de SantarémTel.: 243 321 999E-mail: [email protected]

de formação e reuniões” e, logo, “propícias para desenvolvimento de projetos parti-lhados ou complementares”, bem como “o ambiente de campus, calmo e motivador, foram fatores que também pesaram na hora da mudança. Sem esquecer, notou o empresário Vítor Silva, a eliminação de burocracia relacionadas com água, luz e

Para além de ser perto do centro da cidade e da rodoviária, utilizada por alguns colaboradores para as deslocações diárias, o CIES apresentou-nos ainda outra vantagem que não devemos desperdiçar: o estacionamento abundante e gratuito, o que facilita a visita, por exemplo, por parte de clientes.”

internet, “o que liberta o gestor para o que é realmente importante”.

A Crivosoft é uma empresa de Inbound Marketing, ou seja, que ajuda as empresas a organizarem-se de modo a retirar o máxi-mo proveito da economia digital, usando marketing de atração em vez de marketing de intrusão. Tem ainda uma área de web services, para desenvolvimento de sites, micro sites, aplicações móveis e integração de sistemas.

Vítor Limaresponsável pela empresa Crivosoft

DESENVOLVIMENTO REGIONAL

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18 www.nersant.ptOUTUBRO 2015

O Programa PORTUGAL 2020 surge com a espetativa de ala-vancar e impulsionar o cresci-mento da economia portugue-

sa. Subdivide-se em 4 domínios temáticos, são eles Competitividade e Internacionali-zação, Inclusão Social e Emprego, Capital Humano e Sustentabilidade e Efi ciência no Uso de Recursos.

Portugal vai receber 25 mil milhões de euros até 2020, distribuídos por 16 Pro-gramas Operacionais, temáticos e regio-nais, com grande aposta no domínio da Competitividade e Internacionalização. Os programas operacionais do Centro e Alentejo somam 3.238 mil milhões de euros.

Para as empresas da região que pro-curam fi nanciar os seus investimentos, interessam principalmente os sistemas de incentivos (SI) que integram a parte II do regulamento Específi co do Domínio da Competitividade e Internacionaliza-

SISTEMA DE INCENTIVO

CARACTERÍSTICAS DO INVESTIMENTO

TAXA DE FINANCIAMENTO

FASES A DECORRER PARA CANDIDATURA

Qualifi cação e Internacionalização das PME

Investimentos em fatores imateriais de competitividadeApoio não

reembolsável de 45%De 19.10.2015 a 15.04.2016

Investigação e Desenvolvimento Tecnológico

Aumentar o investimento empresarial em I&I, alinhado com a estratégia de especialização inteligente

Apoio não reembolsável entre 25% a 80%

De 01.10.2015 a 26.02.2016

Inovação Empresarial e Empreendedorismo

Investimentos em fatores materiais de competitividade

Apoio reembolsável de 50% a 75%

De 01.10.2015 a 31.03.2016

Portugal 2020 tem oportunidades para a região do Ribatejo

ção, das quais se destacam três grandes linhas de incentivos são elas: Qualifi cação e Internacionalização das PME, Investi-gação & Desenvolvimento Tecnológico e Inovação Empresarial e Empreende-dorismo.

No âmbito do Sistema de Incentivo à Qualifi cação e Internacionalização das PME são elegíveis no eixo de Internacio-nalização das PME despesas inerentes ao conhecimento, prospeção e presença em mercados internacionais (deslocações, aluguer de stand para presença em feiras, etc.), presença na web, com reforço das empresas na economia digital, lançamen-to de catálogos virtuais, desenvolvimen-to e promoção internacional de marcas, marketing internacional, novos métodos de organização nas práticas comerciais ou relações externas e certifi cações espe-cífi cas para os mercados externos.

Já a tipologia na área da Qualifi cação das PME, visa a Inovação organizacional

e gestão, a economia digital e TIC, a título de exemplo, o desenvolvimento de sites e a aquisição de software. A implementa-ção e certifi cação de sistemas de gestão da qualidade, bem como, a Ecoinovação (incluindo a Efi ciência Energética) e a propriedade industrial, são outros dos investimentos passíveis de apoio neste eixo de investimento.

O investimento mínimo a apresentar por projeto é de 25.000€, sendo o valor máximo de 500.000€ (projetos indivi-duais).

Quanto à tipologia de investimento Investigação e Desenvolvimento Tecno-lógico são elegíveis atividades que pro-movam a criação ou melhorias signifi -cativas de novos produtos, processos ou sistemas. As empresas podem apresentar uma candidatura de forma individual ou em parceria com universidades, centros de investigação e outras entidades não empresariais de investigação e inovação.

Portugal 2020. Assim se denomina o novo quadro de apoio que vem substituir o antigo QREN e que vai permitir que Portugal receba, até 2020, 25 mil milhões de euros. As empresas do Ribatejo não devem perder esta oportunidade.

INFORMAÇÃO E APOIO

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19www.nersant.pt OUTUBRO 2015

Estes projetos terão de ir ao encontro dos domínios prioritários da Estratégia Nacional de I&I para uma Especialização Inteligente, os quais são se encontram mencionados nos respetivos avisos de abertura de candidaturas.

Relativamente ao Sistema de Incentivo à Inovação Empresarial e Empreende-dorismo, são elegíveis investimentos em bens materiais e imateriais, nomeada-mente, a aquisição de equipamentos e máquinas, estudos, diagnósticos, forma-ção, auditorias, projetos de arquitetura e engenharia, associados ao projeto de investimento. No caso concreto de alguns CAE’s podem ainda ser apoiadas despesas relacionadas com a construção e a remo-delação de edifícios.

De referir que o projeto deverá ter um carácter inovador, enquadrando-se nas noções de inovação de produto, inova-ção de processo, inovação de marketing ou inovação organizacional, conforme especifi cado nos avisos de abertura de candidaturas.

No âmbito desta tipologia de investi-mento, a taxa de fi nanciamento poderá variar entre os 50% e 75% das despesas ele-gíveis. O incentivo é reembolsável, sendo as condições de reembolso: fi nanciamento sem juros, reembolso a 8 anos, com 2 anos de carência de capital (no setor do turis-

mo: 10 anos, com 3 anos de carência). Os reembolsos são com periodicidade semes-tral, de montantes iguais e sucessivos.

O projeto de investimento tem que apresentar um valor mínimo de 75.000€ (50.000€ para empresas criadas até dois anos); O máximo de despesa elegível é de 3.000.000€.

Uma particularidade deste SI é que pode ser concedida a isenção de reembol-so do incentivo (transformação de parte do empréstimo, em fundo perdido) até ao limite máximo de 50% (para os anos de 2015 e 2016) ou 45% (para o ano de 2017) em função do grau de superação das metas fi xadas para os indicadores de resultado (VAB, volume negócios, criação emprego qualifi cado). Por outro lado, em caso de incumprimento das metas fi xadas para os indicadores de resultado, pode haver lugar a antecipação total ou parcial do incentivo.

Os projetos a apresentar no âmbito do Portugal 2020, deverão ser sustentados por uma análise estratégica à empresa (plano de negócios e plano estratégico) por forma a enquadrar e justifi car o inves-timento a realizar, apresentar viabilidade fi nanceira e deverão ser orçamentados os investimentos a concretizar.

Sensibilizamos para o facto de não serem elegíveis despesas com aquisição de bens em estado de uso, compra de imóveis incluindo terrenos, custos na área pro-dutiva ou operacional, custos referentes a investimentos diretos no estrangeiro, aquisição de veículos automóveis ou des-pesas com fundo de maneiro.

Os interessados deverão apresentar candidaturas através de formulário eletró-nico, sendo necessário o registo no Balcão 2020, em https://www.portugal2020.pt/Balcao2020.idp/RequestLoginAndPas-sword.aspx

A NERSANT com o objetivo de esclare-cer todos os seus associados, criou uma newsletter onde disponibiliza toda a infor-mação sobre o Portugal 2020, disponível através do seu portal www.nersant.pt.

Os interessados em obter mais infor-mações têm à disposição o email – [email protected] – através do qual poderão ser apresentadas todas as ques-tões.

Os programas operacionais do Centro e Alentejo somam 3.328 mil milhões de euros”

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20 www.nersant.ptOUTUBRO 2015

O “Portugal 2020” é a melhor ajuda (não recorrente) que as empresas têm, hoje, em perspectiva para melhorar os

seus níveis de competitividade e quali-fi cação.

É comum indicar-se a Gestão e a Inova-ção como os principais focos de melhoria para as empresas Portuguesas.

A nova ISO 9001:2015 traz a oportuni-dade, através do seu modelo, de levar a que as empresas tenham que comunicar direccionalmente mais e melhor com as suas partes interessadas (PI) e deste diálogo é suposto obterem informação que permitirá melhorar a efi ciência na produção e terem processos de vigilân-cia, cooperação e previsão tecnológica através dos seus fornecedores e Univer-sidades e centros tecnológicos. Permitirá igualmente, deste diálogo com as suas PI, produtos de maior valor acrescentado percepcionado pelo mercado e clientes. Através da consulta aos seus colabora-dores e consultores poderão aumentar o seu nível de qualifi cação, bem como a adopção de processos LEAN.

A nova ISO 9001 traz também o con-ceito de pensamento baseado no risco. Com a introdução deste conceito, a imple-mentação desta norma permitirá que as

empresas assegurem uma metodologia de análise de risco, quer para a selecção de fornecedores, na compra de matérias-primas e equipamentos, como na selecção e aceitação de novos projectos. A introdu-ção formal da análise de risco permitirá ter decisões mais ponderadas e robustas. Neste sentido, a análise do contexto que passa a obrigatório, não é alheio. Isto é, que diferenças e implicações têm para a minha empresa realizar um projecto ou vender os meus produtos para uma nova geografi a: qualifi cação a jusante, prazos de pagamento, sistema de justiça, etc

Reconhecendo que estas linhas são demasiado breves e deverão ser entendi-das como um alerta, este será igualmente estendido à nova ISO 14001:2015, para além do reforço do papel da Liderança, consulta às partes interessadas e análise do contexto organizacional já presente na ISO 9001:2015. Assim, como a nova 14001,

Portugal 2020 A importância da Certifi cação para as Empresas Portuguesas

as empresas serão “obrigadas” a serem mais eco-efi cientes e hoje ao serem-no, são também economicamente mais efi cientes. Com a adopção da nova ISO 14001, obter-se-à naturalmente: 1 Processos eco-efi cientes, com redução

de consumos e desperdícios; 2. Criação de novos e melhores produtos:

por exemplo seguindo regras de eco-design;

3. Revalorização de resíduos e sub-produtos.

O programa Portugal 2020 é, assim, uma excelente oportunidade para, se apostar na qualifi cação e certifi cação, e que esta incorpore elevados níveis de inovação e eco-eficiência. Se quando fizermos a avaliação do Portugal 2020, conseguirmos juntar outro 20, o do cumprimento do objectivo da competitividade da nossa economia, teremos um País renovado e com um futuro (presente) promissor.

OPINIÃO

Ricardo Lopes Ferro Director Executivo Bureau Veritas Portugal

O programa Portugal 2020 é, assim, uma excelente oportunidade para, se apostar na qualifi cação e certifi cação, e que esta incorpore elevados níveis de inovação e eco-efi ciência.”

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22 www.nersant.ptOUTUBRO 2015

Nova ferramenta

Credores podem avaliar possibilidade de recuperação dos seus créditos através do PEPEXSabia que, em vez de irem diretamente para tribunal para cobrar dívidas, os credores vão passar a dispor de um procedimento extrajudicial que lhes permitirá averiguar se a cobrança tem pernas para andar - isto é, se o devedor tem bens penhoráveis e, num primeiro momento, tentar recuperar os valores de forma amigável?

O PEPEX defi ne-se como uma fer-ramenta que permite ao cre-dor avaliar de forma rápida e económica a possibilidade de

recuperar os seus créditos ou certifi car a sua incobrabilidade.

Ou seja, este sistema pretende ser uma ferramenta a utilizar previamente à inter-posição de uma ação executiva, sendo aqui também exigível a existência de um título executivo.

Vejamos que, através da interposição de uma ação executiva, o credor tem desde logo que despender de custas judicias e ain-da de honorários a solicitador de execução, para não mencionar os necessários hono-rários a pagar ao advogado que constitua.

Tudo isto sem previamente ter conheci-

mento se, de facto, o devedor terá bens que possam vir a suportar o pagamento da dívi-da, caso este não cumpra voluntariamente.

O PEPEX vem permitir ao credor, obter informação acerca da possibilidade de recu-peração do seu crédito, através de uma sucessão de actos praticada pelo agente de execução, que se materializam nas consul-tas a várias bases de dados.

Neste procedimento o juiz não tem qualquer intervenção, mas também não é possível realizar penhora de bens/crédi-tos ao devedor. Para tal, terá então que se convolar este procedimento em processo de execução, ainda assim com a grande vantagem de antemão saber que verá o seu crédito satisfeito.

Mas não é apenas esta a fi nalidade deste

sistema. O PEPEX visa também ser uma ferramenta para certifi car a incobrabili-dade de uma dívida, sem que tenha que se interpor um processo judicial executivo, tornando a obtenção de tal certificação mais rápida e económica.

De facto em termos fi scais é essencial para que o sujeito passivo possa deduzir imposto referente a créditos incobráveis, obter a referida certifi cação.

Por fi m de referir que este é um proce-dimento cuja constituição de advogado não é obrigatória. Porém, aconselha-se vivamente a que os interessados se infor-mem junto de um advogado, sob pena de, não conhecendo a legislação inerente a um procedimento deste género, poderem não obter os resultados pretendidos.

INFORMAÇÃO JURÍDICA

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Dia 1Descida em Canoa ManhãInício em Rio de Moinhos (Abrantes) – e fi m em Constância (distância 10 Km; duração 4h e 30min)Base de apoio - Zona Ribeirinha e Centro Náutico de ConstânciaOperadores: Aventur/ CLAC/ Glaciar SportsBar/ Ponto Aventura

Almoço: Restaurante D. José Pinhão/ Remédio D´Alma em Constância

TardeVisita ao Jardim Horto de CamõesNeste jardim, podemos encontrar 52 espécies botânicas referidas por Camões na sua lírica e nos “Lusíadas”. São pontos de maior interesse: o painel de azulejos elucidativo; a estátua de Camões;

o Jardim de Macau; um pequeno auditório com uma reprodução do Planetário de Ptolomeu; uma esfera armilar; um poço de traça árabe e, uma âncora do séc. XVII arrancada ao Tejo e classifi cada pelo Museu de Marinha.

Visita ao Museu dos Rios e Artes Marítimas de ConstânciaO museu, com espólio predominantemente relativo à etnografi a fl uvial, possui instrumentos de trabalho e miniaturas de embarcações tradicionais. Aqui podem observar-se objetos de uso quotidiano, fotografi as, redes, etc., retratando um modo de vida que existiu quando Constância era um porto fl uvial.

Jantar: Restaurante D. José Pinhão/ Remédio D´Alma em Constância

Ribatejo em CanoaN

esta proposta de rota sugerimos a descida do Rio Tejo em canoa, nos troços que são praticáveis, entre Rio de Moinhos e Vila Nova da Barquinha. Organizada em duas etapas, numa vertente de lazer e desporto, este percurso apresenta um baixo grau de difi culdade. A canoagem é um tipo de desporto que pretende aproximar os seus praticantes à natureza, e

neste caso, o cenário chama-se rio Tejo. Não admira que tenha um número crescente de praticantes. Aliada a esta prática, os agentes de animação turística dispõem de uma complementaridade de ofertas de atividades outdoor, tais como orientação, BTT, paraquedismo, paintball, entre outros.A rota que apresentamos de seguida é dinâmica, conferindo ao praticante a possibilidade de escolha. Propomos dois dias inesquecíveis em família. Venha Viver O Tejo, em canoa!

Alojamento: Casa João Chagas (Constância)/ Quinta de Coalhos (Abrantes)

VIVER O TEJO

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Dia 2Descida em CanoaManhãInício Constância – e fi m em Vila Nova da Barquinha (distância 7Km; duração 3h e 30min.) Base de apoio - Centro Náutico de Constância

Almoço: Restaurante e Petiscos Bar Ribeirinho e Restaurante Almourol em Vila Nova da Barquinha.

TardeVisita ao Castelo de AlmourolFortaleza reconstruída por Gualdim Pais, em 1171, é o ex-líbris do concelho de Vila Nova da Barquinha. À época da Reconquista integrava a chamada Linha do Tejo, constituindo um dos exemplares mais representativos da arquitetura militar da época, evocando simultaneamente os primórdios do reino de Portugal e a Ordem dos Templários.

Visita ao Parque Ribeirinho de Vila Nova da BarquinhaParque muito bem concebido e cada vez mais escolhido para tempos livres: caminhar, andar de bicicleta e jogar à bola. O parque, parte integrante do projeto Parque Almourol, recebeu o Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista 2007, na categoria “Espaços Exteriores de Uso Público”.

Visita ao Parque de Escultura Contemporânea do AlmourolEnquadrado no Parque Ribeirinho da Barquinha, reúne onze esculturas de grandes dimensões criadas por artistas portugueses contemporâneos.

Gastronomia: A não perder

Lombinho de fataça com açordaSável frito com açorda de ovas Peixinhos do RioLombinho de Porco com migasPerdiz de escabeche

Esta rota encontra-se disponível em www.viverotejo.pt e possibilita reservas diretamente com os operadores de modo simples e rápido.

Visite-nos emwww.viverotejo.pt

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26 www.nersant.ptOUTUBRO 2015

PLANO DE FORMAÇÃO NÃO FINANCIADO 2014/2015

Área de Formação Curso Carga horária

Custo/ formando Público-alvo

222 - LínguasLíngua inglesa - documentação administrativa 20 65,00 € Activos

Língua espanhola - comunicação administrativa 20 65,00 € Activos

341 - Comércio Negociação e Vendas 18 60,00 € Activos

345 - Gestão e administração Liderança, Motivação e gestão de equipas de trabalho 14 50,00 € Activos

347 - Enquadramento na Organização/Empresa Nova Norma ISO 9001:2015 - Evolução prevista 12 45,00 € Activos

481 - Ciências informáticasFolha de Cálculo - iniciação 18 60,00 € Activos

Folha de Cálculo - avançado 18 60,00 € Activos

729 - Saúde Primeiros socorros 12 45,00 € Activos

862 - Segurança e Higiene no TrabalhoHigiene, Segurança e Saúde no Trabalho - política de prevenção 12 45,00 € Activos

Segurança na Operação de Empilhadores 15 65,00 € Activos

Área de Formação Curso Carga horária

Custo/ formando Público-alvo

342 - Marketing e Publicidade Crie/Repense o seu Plano de Marketing low cost 6 35,00 € Empreendedores

345 - Gestão e administração

Empreendedorismo – da ideia ao plano de negócios 15 70,00 € Empreendedores

O essencial do Controlo de Gestão 15 70,00 € Empreendedores

Repense o seu Modelo de Gestão 15 70,00 € Empreendedores

Área de Formação Curso Carga horária

Custo/ formando Público-alvo

090 - Desenvolvimento pessoal Plano Individual e trabalho em equipa 12 45,00 € Activos IPSS

347 - Enquadramento na Organização/Empresa Implementar o SGQ - Norma ISO 9001:2008 e manuais da Segurança Social 12 45,00 € Activos IPSS

729 - Saúde Primeiros socorros 12 45,00 € Activos IPSS

761 - Serviço de apoio a crianças e jovens Comportamentos disfuncionais na criança – formas de actuação 12 45,00 € Activos IPSS

762 - Trabalho social e orientação

Higiene da pessoa idosa 12 45,00 € Activos IPSS

Animação em lares e centros de dia 12 45,00 € Activos IPSS

Psicologia da velhice 12 45,00 € Activos IPSS

Locais de realização: Abrantes, Benavente, Cartaxo, Ourém, Santarém e Torres Novas ou qualquer outro local onde haja inscrições em número que o justifi quem.

O que é o cheque-formação?Apoio fi nanceiro concedido pelo Institu-to de Emprego e Formação Profi ssional (IEFP) às empresas, aos ativos empregados e aos desempregados inscritos no IEFP, que frequentem percursos de formação ajustados às necessidades das empresas e do mercado de trabalho.

Quais os objetivos?Reforçar a qualifi cação e empregabi-• lidade, melhorando a produtividade e

competitividade das empresas, através da aposta na qualifi cação profi ssional dos seus trabalhadores.Potenciar a procura de formação por par-• te dos ativos empregados e dos desem-pregados e incentivar os percursos de aprendizagem ao longo da vida.

Quem são os benefi ciários?Ativos empregados (independentemente • do nível de qualifi cação);Desempregados inscritos no IEFP (há, •

pelo menos, 90 dias consecutivos), detentores de nível 3 a 6 de qualifi cação (ensino secundário a licenciatura);Entidades empregadoras, através parti-• cipação dos seus ativos empregados.

Qual é o apoio por trabalhador?Limite de 50 horas no período de dois • anos;Valor hora limite de 4€;• Montante máximo de 175€;• Financiamento máximo de 90% do valor •

Novo apoio do Governo à formação profi ssional

O Cheque-formação(Portaria n.º 229/2015, de 3 de agosto)

INFORMAÇÃO E APOIO

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27www.nersant.pt OUTUBRO 2015

Luís RoqueDepartamento de Formação e Qualifi cação da NERSANT

Numa economia global forte-mente concorrencial, as pes-soas são, cada vez mais, o fator diferenciador das organiza-

ções, estando intimamente relacionadas com a sua competitividade. Assim, as organizações competitivas e concorren-ciais são aquelas que investem na valo-rização do seu capital humano.

A conceção tradicional, segundo a qual a formação profi ssional se assume como um custo, não tendo retorno nem resultando num benefício, prejudica a competitividade das organizações. Atualmente, resultado da formação de qualidade ministrada nos últimos anos, as organizações vêm a formação como um investimento, pois necessitam de colaboradores com competências técni-cas e comportamentais adequadas para enfrentar novos desafi os que todos os dias resultam do desempenho da sua atividade profi ssional.

Apesar desta evolução, ainda é visível através de dados estatísticos, que Portugal está na cauda da Europa em termos de formação profi ssional contínua, havendo acentuadas assimetrias de oportunidades no acesso à formação profi ssional, tendo os trabalhadores menos escolarizados, menores oportunidades, quer de apren-dizagem, quer de condições de trabalho. A aprendizagem e o adquirir de novas competências requer uma signifi cativa mudança da mentalidade dos trabalha-dores e entidades empregadoras, ao nível da organização do tempo de trabalho, do investimento fi nanceiro, da valorização dos recursos humanos e na aprendizagem ao longo da vida profi ssional, orientada para o desenvolvimento de competências, enquanto componente indispensável à mudança organizacional.

Atualmente a competitividade é ele-vada, e a margem de manobra das orga-nizações diminuta, trazendo mudanças permanentes. Este facto faz com que as organizações e os seus métodos rapida-mente se tornem ultrapassados, perdendo

relevância organizacional. A formação surge como ferramenta para colmatar essa lacuna, respondendo em simultâ-neo às necessidades de desenvolvimento pessoal e organizacional.

Em suma, os trabalhadores e organi-zações têm de continuar a apostar no processo de aprendizagem ao longo da vida, uma vez que é indispensável para o aumento da produtividade e reforço da competitividade das organizações. É esta a visão de diversos especialistas, pelo que é essencial o investimento em capital humano, capital conhecimento e capacidade de liderança de modo a promover as oportunidades de aprendi-zagem ao longo da vida, criando condi-ções que permitam o desenvolvimento dos recursos humanos. A capacidade de aprendizagem surge assim, como uma vantagem competitiva.

Atenta a esta realidade, a NERSANT tem desenvolvido formação profi ssional fundamentada em diagnósticos de neces-sidades, o que tem permitido desenvolver ações bastante adequadas à realidade das organizações, contribuindo para a melhoria da competitividade regional.

Prova disso é a adesão das empresas e dos seus colaboradores aos planos de formação da NERSANT, que ao longo da última década envolveram mais de 25.000 formandos. Estamos convictos que as entidades empregadoras (empresas, entidades da economia social e outras) continuarão a dar prioridade ao investi-mento no capital humano, estando reu-nidas as condições para que este inves-timento resulte em mais-valias para as organizações e, por consequência, para a economia regional e nacional.

Importância do Investimento no Capital Humano

Formação profi ssional ao longo da vida

total da ação de formação, comprova-damente pago.

Quais são os apoios fi nanceiros para os desempregados?

Limite de 150 horas no período de dois anos;• Apoio financeiro correspondente ao • valor total da ação, até ao montante de 500€, comprovadamente pago.

Quem pode apresentar candidatura ao cheque-formação?

Ativos empregados: a candidatura pode • ser feita pelo próprio ou pela empresa onde trabalha;Desempregados: a candidatura é feita • pelo próprio.

Demonstração (comprovativo da forma-ção realizada)Os benefi ciários da medida, ou a entidade empregadora quando candidata, devem, após o termo da formação, no período máximo de 2 meses, apresentar os com-provativos da sua frequência e conclusão, junto dos Serviços do IEFP, responsáveis pela aprovação da candidatura.

Cumulação com outros apoiosO Cheque-Formação não é atribuído quan-do a ação de formação alvo do apoio é objeto de cofi nanciamento público, não podendo igualmente ser utilizado pelos benefi ciários para concretizar a realização de formação exigida no âmbito de outros apoios públicos atribuídos, nomeadamente pela Medida Estímulo Emprego.

Mais informaçõesDepartamento de Formação e Qualifi cação da NERSANTTel.: 249 839 500 | Fax: 249 839 509 E-mail: [email protected] www.nersant.pt

OPINIÃO

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28 www.nersant.ptOUTUBRO 2015

Estão abertas as candidaturas, até 26 de outubro, ao Prémio Produto Inovação COTEC 2015. Esta é uma iniciativa promo-vida pela COTEC e pela NORS e tem como objetivo central o de premiar e divulgar publicamente produtos (bens ou serviços) inovadores ou famílias de tais produtos desenvolvidos por empresas nacionais ou estrangeiras, de qualquer dimensão, que operem em Portugal.

São elegíveis produtos ou famílias de produtos desenvolvidos em Portugal, por empresas nacionais ou estrangeiras que nele operem, cuja comercialização tenha tido início no período de cinco anos que precede o fi m do período de candidatu-

ras. Para além de uma ampla divulgação pública do produto vencedor, o prémio materializar-se-á na atribuição de uma peça de arte.

Ao promoverem este prémio, a COTEC e a NORS cumprem o objetivo de dar a

conhecer exemplos inovadores de excelên-cia e reconhecem referências positivas para o restante tecido empresarial nacional.

As candidaturas deverão ser submeti-das em www.cotec.pt/produtoinovacao até ao dia 26 de outubro de 2015.

Com a instalação de uma Plataforma de Inovação no Desporto e Saúde, Rio Maior deu mais um importante passo na sua afi rmação como cidade líder na gestão e inovação do fenómeno desportivo. O Secretário de Estado do Desporto e Juven-tude, Emídio Guerreiro e a Presidente da Câmara Municipal, Isaura Morais, entre muitos outros convidados, inauguraram em setembro, no Centro de Negócios, a sede da plataforma TICE/INSPORTHE-ALTH.

A instalação, em Rio Maior, resulta de um protocolo entre a TICE/INSPORTHE-ALTH, a DESMOR, EM, S.A., o Centro de Negócios de Rio Maior e a Escola Supe-rior de Desporto de Rio Maior – Instituto Politécnico de Santarém, que assim passa a desenvolver a sua atividade a partir do concelho de Rio Maior.

A INSPORTHEALTH é uma platafor-ma transfronteiriça (Portugal e norte de Espanha), para a inovação no desporto e saúde que nasce da necessidade de dar uma resposta coletiva a problemas comuns devidamente identificados no seio da inovação aplicada ao desporto e saúde, implementando uma organização em rede associada a estratégias de efi ciên-cia coletiva neste setor. Reúne empresas, organizações desportivas, unidades do sistema científi co e tecnológico nacional e instituições de ensino superior, com o objetivo principal de desenvolver ações que melhorem a competitividade, incen-tivando o desenvolvimento de produtos, processos e serviços inovadores, transfe-rência de conhecimento, formação avan-

çada, marketing e internacionalização.Esta inovadora plataforma foi apresen-

tada no Centro de Estágios de Rio Maior, no âmbito da conferência “Importância Económica do Desporto”, onde foi assina-do também o protocolo entre o Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica – TICE.PT, a Fundação do Desporto e o Instituto Português do Des-porto e Juventude, I.P., que foi homologa-do pelo Secretário de Estado de Desporto e Juventude.

Esta iniciativa foi promovida pelo Insti-tuto Português do Desporto e Juventude, I. P., no âmbito da Semana Europeia do Desporto, onde foi também apresentada a Conta Satélite do Desporto da União Europeia e de Portugal.

Durante a tarde, o auditório do Centro de Estágios esteve completo, com mui-tos convidados, e representantes das mais importantes entidades desportivas

nacionais, onde a Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, na abertura da sessão, destacou “o profundo signifi cado, por esta iniciativa se realizar em Rio Maior, e esta inovadora plataforma fi car sediada na nossa cidade, sendo um natural reconhecimento do trabalho que temos feito em prol do desporto.”

O Secretário de Estado, Emídio Guer-reiro, destacou a “cada vez maior cen-tralidade do desporto na economia do país” realçando que “muito brevemente teremos uma verdadeira plataforma eco-nómica do desporto, marcando o caminho para o futuro.”

A tarde terminou com um debate sobre as características e o impacto da indústria do desporto na economia portuguesa, ilustrando as medidas que na opinião dos especialistas e empresários, vão permitir desenvolver este sector sustentadamente no seio do desporto europeu e mundial.

Plataforma de inovação no desporto e saúde instalada em Rio Maior

Produtos inovadores procuram-se!

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

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29www.nersant.pt OUTUBRO 2015

O Centro de Negócios e Inovação de Rio Maior (CNIRM) marcou presença no IV Transfi ere – Fórum Europeu para a Ciên-cia, Tecnologia e Inovação, um encontro que reúne empresas de base tecnológica, startups (empresas e centros de inovação que procuram desenvolver modelos de negócios capazes da ganhar amplitude e repetíveis), bem como grupos e centros de investigação, que decorreu em Málaga, Espanha.

No decorrer deste evento, o CNIRM cele-brou um protocolo de colaboração com o Parque Tecnológico da Andaluzia que tem como objetivo reforçar a cooperação entre ambas as entidades, impulsionar a inves-tigação científi ca, tecnológica e inovação, bem como apoiar a atividade empresarial com base na troca de conhecimentos e experiências entre as duas entidades e as empresas e universidades a elas ligadas.

Candidaturas abertas para a Semana Europeia das PME 2015

O Novo Banco disponibiliza uma nova linha de crédito FEI, no valor de 200 milhões de euros, tendo por base o acor-do celebrado com o Fundo Europeu de Investimento (FEI).

Esta é a primeira transação celebrada em Portugal benefi ciando do apoio do Fun-do Europeu de Investimentos Estratégicos (FEIE) ao abrigo do Programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia. Tem como benefi ciários Micro, Pequenas e Médias Empresas (PME) assim como empresas de maior dimensão (empregando até 500 trabalhadores), com cariz inovador.

Esta nova linha destina-se especifi ca-mente a empresas que pretendam fi nan-ciamento para apoiar as suas atividades ou projetos de investigação, desenvolvimento e inovação, até um máximo 7,5 milhões de euros, e conta com uma cobertura de 50% do risco de crédito subjacente pelo FEI, “sendo por isso muito relevante no apoio aos projetos aprovados nos sistemas de incentivos à inovação produtiva e qua-lifi cação de PME no âmbito do Portugal 2020”, revela o Novo Banco.

Este instrumento reveste-se de particu-lar importância para o Novo Banco por-que, de acordo com a instituição, “permite o acesso das PME portuguesas a condições de fi nanciamento mais favoráveis, pro-movendo assim a criação de emprego e

o crescimento da economia e dando con-tinuidade à estratégia que o Novo Banco tem vindo a seguir de permanente apoio ao tecido empresarial português”.

Trata-se da segunda transação do mes-mo tipo assinada entre o Novo Banco e o FEI, depois do sucesso alcançado com o lançamento, em outubro de 2013, da linha “Risk Sharing Finance Facility”, através da qual esta instituição fez chegar 160 milhões de euros de financiamento a mais de 180 empresas inovadoras suas clientes.

CNIRM assina protocolo internacional para a inovação

200 milhões para PME inovadoras

Estão abertas as candidaturas, para eventos a realizar até 31 de dezembro no âmbito da Semana Europeia das PME 2015, uma iniciativa da Comissão Europeia.

A Semana Europeia das PME é dina-mizada no âmbito do “Small Business Act”, com o intuito de promover a divul-gação de atividades que contribuam para fomentar o Empreendedorismo na Europa. É uma campanha que tem como obje-tivo informar sobre os instrumentos e programas nacionais e comunitários de apoio ao desenvolvimento empresarial e incentivar o Empreendedorismo e o Espí-rito Empresarial. O principal evento da Semana Europeia das PME é organizado todos os anos, no outono, em simultâneo com a Assembleia das PME e a cerimó-nia de entrega dos prémios europeus de promoção empresarial.

Podem candidatar-se eventos promovi-dos por empresas ou entidades públicas ou privadas da envolvente empresarial, devendo a candidatura ser formalizada

através de um Formulário em linha, com a antecedência mínima de um mês em relação à data de realização da atividade: 30 de novembro é a data limite para a inscrição de eventos.

Em termos de requisitos, todas as ativi-dades candidatas à participação na Sema-na devem ser enquadradas num tema principal, como por exemplo criação de empresas, Apoios, Financiamento e Incen-tivos PME, Inovação e Propriedade Inte-lectual, Fiscalidade, Internacionalização,

Cooperação e Desenvolvimento Empresa-rial, e podem assumir formatos diversos, como conferências, feiras, jornadas de porta aberta, ateliers, concursos, espaços de networking, brokerage, entre outros.

Todas as ações com candidatura apro-vada vão poder benefi ciar de uma visi-bilidade acrescida, associada a uma ati-vidade com grande projeção no espaço Europeu. Os interessados podem saber mais na página da Comissão Europeia – Empreendedorismo e PME.

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30 www.nersant.ptOUTUBRO 2015

O IF – Intelligent Flow, um dos projetos vencedores no âmbito do EmpreEscola – Empreender no Ensino Secundário, dina-mizado pela NERSANT, foi novamente distinguido, desta feita com o 2.º prémio da American Intellectual Property Law Association (AIPLA) no decorrer da Intel ISEF 2015, em Pittsburgh (Pensilvânia – EUA).

A Intel ISEF (Intel International Science and Engineering Fair) é a maior competi-

Projeto do EmpreEscola distinguido em concurso internacional “Intelligent Flow” premiado

ção pré-universitária de ciências do mun-do, na qual participam, anualmente, cerca de 2 mil alunos do Ensino Secundário.

O projeto IF – Intelligent Flow, da EPRM, foi desenvolvido pelos alunos Eusébio Almeida e João Rodrigues do Curso Profi ssional de Eletrónica, Auto-mação e Instrumentação, sob orientação dos Professores Maria João Maia, Anabela Figueiredo e Cristóvão Oliveira.

Este projeto já foi premiado em vários

O QUE É O IF – INTELLIGENT FLOW?

O projeto IF – Intelligent Flow pretende responder a um dos graves problemas dos nossos dias, o consumo desmedido de água, bem como o seu desperdício.A quantidade de água potável disponível a nível mundial é pequena e as sucessivas campanhas, apelando à poupança de água, não têm surtido o efeito desejado.O IF permite que seja obtida água à tempe-ratura desejada, sem que seja necessário

desperdiçar água nem combustíveis para o fazer. Através da utilização de sondas de temperatura, que informam a temperatura a que a mesma se encontra, consegue fazer-se um equilíbrio de temperaturas através da mistura de águas com diferentes tempe-raturas, sendo a programação do sistema intuitiva e fácil, através de um ecrã tátil onde o utilizador só defi ne a temperatura desejada e a pressão.

eventos em Portugal, nomeadamente:- VIII Mostra de Ciência – Jovens Cien-

ti stas e Investigadores promovida pela Fundação Portuguesa da Juventude, com o 4.º Lugar correspondente a 800€ e apu-ramento para representar Portugal na feira INTEL ISEF em Pittsburgh;

- EmpreEscola promovido pelo NER-SANT - Associação Empresarial da Região de Santarém, com o Ideia Mais Inovadora, no valor pecuniário de 750€;

- Ciência na Escola promovido pela Fun-dação Ilídio Pinho, no valor de 20.500€.

Na perspetiva da Escola Profi ssional de Rio Maior, estes resultados são de capital importância, pois são o coroar do esforço permanente em prol da credibilização desta instituição de ensino e a afi rma-ção de que o Ensino Profi ssional é um alternativa credível ao nível da formação de jovens, desde que levado com rigor, responsabilidade e preocupação centra-da na qualidade da formação oferecida aos alunos.

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

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Foi publicado no dia 25 de setembro em Diário da República, uma portaria que cria o “Programa Empreende Já— Rede de Perceção e Gestão de Negó-cios”. Esta iniciativa visa estimular uma cultura empreendedora centrada na criatividade e na inovação, e apoiar a criação e o desenvolvimento de empresas e de entidades da economia social, bem como a criação de postos de trabalho, por e para jovens.

Este programa do governo tem assim como objetivo impulsionar a cultura empreendedora focada na criatividade “através do apoio ao desenvolvimento de projectos que visam a constituição de empresas ou de entidades da eco-nomia social”. Além disso, este progra-ma quer ainda apoiar a formação de empresas ou entidades “de economia social e a criação de postos de trabalho que decorrem” destes projectos.

Podem candidatar-se ao “Progra-ma Empreende Já” jovens que até “à data de candidatura” tenham entre 18 e 29 anos, residência em Portugal Continental, a escolaridade obrigató-ria, sejam considerados pelas regras comunitárias como NEETs – que signi-fi ca que não trabalham, não estudam nem se encontram em formação -, que tenham uma situação contributiva e fi scal regularizada, que estejam ins-critos no serviços de emprego, que não estejam a beneficiar de apoios concedidos “ao abrigo de outras medi-das previstas no Plano Nacional de

Implementação de uma Garantia para a Juventude”.

O “Programa Empreende Já”, de acordo com a informação publicada em Diário da República, quer apoiar o desenvolvimento de projectos que levem à criação de empresas e enti-dades da economia social “com base em ideias próprias ou disponibilizadas através da Rede de Fomento de Negó-cios”. E também um apoio à “susten-tabilidade de entidades e de postos de trabalho criados ao abrigo” deste programa.

Os empreendedores que integrem este programa têm acesso a uma bolsa durante 180 dias, para a elaboração de projectos com vista à constituição de empresas ou de entidades da eco-nomia social, que vai corresponder a 1,65 vezes o Indexante de Apoios Sociais; seguro de acidentes pessoais, a contratar pelo Instituto Português do Desporto e Juventude, formação com a duração máxima de 250 horas e tutoria.

Na portaria pode ler-se ainda que, a frequência da formação “constitui uma obrigação para os jovens empre-endedores, nos termos do regime a defi nir em regulamento específi co” e que “os jovens empreendedores têm direito a receber um montante de dez mil euros, por projecto, destinado ao arranque de empresas ou de entidades da economia social e à criação dos respetivos postos de trabalho”.

“Programa Empreende Já” pretende estimular o empreendedorismo

Informação Jurídica

CROWFUNDING COMO FORMA DE FINANCIAMENTO A PROJETOS EMPRESARIAIS

Já foi publicada, no dia 24 de agosto, a lei que veio instituir o regime jurídico do fi nanciamen-to colaborativo, usualmente denominado por crowdfunding.Por fi nanciamento colaborativo pode entender-se, sumariamente, uma forma de fi nanciamento de atividades ou projetos realizada através de uma plataforma on line. É através desta plata-forma que se procede à angariação dos fundos/investimento, que provêm de vários investidores até chegar à quantia necessária para iniciar a atividade/projecto.A lei 102/2015, vem estabelecer várias moda-lidades de fi nanciamento, a saber, o donativo, a recompensa, capital ou empréstimo, esta-belecendo para cada uma das modalidades diferentes regras.Qualquer pessoa pode recorrer a este tipo de plataformas, sendo assim uma forma de alcançar fundos para as suas atividades e/ou projetos, ou por outro lado, de investir em negócios que apresentem potencial de sucesso.Sintetiza-se de seguida as regras mais impor-tantes:– O limite máximo de angariação corresponde a

10x o valor global da atividade a fi nanciar;– Cada oferta apenas pode ser disponibilizada

numa única plataforma de fi nanciamento;– Toda a informação deverá ser verdadeira,

clara e actual.

O regime jurídico prevê ainda várias regras a seguir para as entidades que pretendam aceder à actividade de intermediação de fi nanciamen-to colaborativo nas modalidades de capital ou empréstimo.Aqui cumpre alertar para a necessidade do registo junto da CMVM, entidade esta que será responsável pela regulação e supervisão da atividade. Neste momento, aguarda-se que a referida entidade venha regulamentar as nor-mas necessárias para a aplicação prática plena deste diploma.

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A Wattnext, fundada há um ano é uma pequena empre-sa de engenharia, orientada para a implementação de

soluções alternativas de produção de energia “verde”. Localiza-se em Vila Chã de Ourique, concelho do Carta-xo, e está integrada noutra empresa, a PTWide. Mauro Silva, Diretor Comer-cial, sócio e fundador da Wattnext deu a conhecer a empresa à Ribatejo Invest, bem como a tecnologia inovadora que comercializam e que permite converter a energia dos nossos passos em energia elétrica.

Representam a tecnologia Pavegen em Portugal. Como surgiu esta ligação?

A ligação com a Pavegen está na génese da empresa e a ligação tem uma história curiosa. Surgiu de um encontro casual numa viagem a Lon-dres. Um dos co-fundadores da Wattnext sentou-se ao lado do fundador da Pavegen, Laurence Kemball-Cook, tendo descober-to nesse momento a tecnologia Pavegen. Nós já tínhamos a Ptwide, uma empresa que opera nas áreas da Segurança Eletróni-ca e Automação, mas que estava na altura a dar os primeiros passos na implementa-ção de soluções com vista ao aumento da Efi ciência Energética nas empresas. Foi nesse contexto que iniciámos os contactos com a Pavegen. Após um longo “namoro” fi rmámos um contrato de representação exclusiva para o mercado nacional, tendo também fi cado acordada a nossa colabora-ção em mercados com os quais tenhamos uma ligação natural, como os PALOPs, Brasil e Espanha.

Quer especifi car alguns projetos que já tenham elaborado?

Atualmente estamos ainda numa fase de apresentação do produto e explora-ção de algumas oportunidades sobre as quais não lhe posso dar muitos detalhes

(a inovação às vezes obriga a algum secre-tismo). Ainda assim, tivemos recentemente um projeto de ativação de marca com o Holmes Place no Zumba Fitness Party e temos um conjunto de projetos em fase de decisão com empresas nacionais e estrangeiras (ex.: Brasil, Roménia, Itália, entre outros.)

Quem é o público-alvo desta tecnologia em Portugal? Como está a ser a recetividade a esta tecnologia?

O nosso modelo de negócio assenta em duas vertentes e por isso temos também dois grupos distintos de clientes-alvo:

Instalações permanentes onde o público alvo são os municípios e grandes empresas com visão e disponibilidade fi nanceira para investir neste tipo de projetos. As autar-quias a quem apresentámos o produto demonstraram muito interesse em desen-volver projetos com a tecnologia Pavegen, destacando-se por exemplo uma cidade candidata a Capital Europeia Verde.

Instalações temporárias. Trata-se de aluguer do produto para eventos e ativa-ções de marca. O público alvo é todo o tipo de empresas que de certa forma estejam associadas a palavras como “energia”, “sus-tentabilidade ambiental”, “desporto”, entre outras. Uma aposta para 2016 será a pre-sença em festivais de verão e eventos de running, como a Maratona de Lisboa, bem

como eventos de marketing com empresas com as quais já estamos a desenvolver ideias criativas.

Para além disso recebemos ainda imensos pedidos de infor-mação quer de Portugal quer do estrangeiro (Brasil, Espanha, Itá-lia e outros países do Leste Euro-peu) sem que façamos qualquer publicidade, o que demonstra a visibilidade que a Pavegen tem a nível mundial.

Que projetos tem a Wattnext para o futuro? Novos produtos, novos mercados?

Estamos atualmente a trabalhar em algumas oportunidades na área do urbanismo, nomeadamen-te dentro da temática das smart cities. Projetos como ciclovias ecológicas, passagens de peões

inteligentes ou paragens de autocarro “ver-des” são alguns dos projetos que acredita-mos poderem ser uma realidade em 2016.

Quanto aos mercados, continuaremos a apostar no mercado nacional ainda que mantenhamos a nossa colaboração com a Pavegen UK em projetos internacionais. Em termos de novos produtos, aguarda-mos a nova versão do Pavegen que irá revolucionar ainda mais as tecnologias de energia verde. Adicionalmente e com o objetivo de dar um cunho nacional a este produto, estamos a analisar a possi-bilidade de desenvolver uma solução com revestimento em cortiça.

O que é afi nal esta nova tecnologia?A tecnologia Pavegen foi desenvolvida

em 2009 por um investigador britânico Laurence Kemball-Cook, tendo já recebido 15 prémios de inovação. Desta ideia nasceu uma empresa, a Pavegen, que comercia-liza este tipo de tecnologia sustentável para todo o mundo, incluindo Portugal, onde a representação exclusiva pertence à Wattnext. Na prática, o Pavegen é um tipo de pavimento, em mosaico, que absorve a energia cinética libertada pelos nossos passos e a converte em energia elétrica que pode ser utilizada para iluminação local ou armazenada para outros fi ns e locais, por exemplo em painéis publicitários, semá-foros, iluminação pública, alarmes, etc.

Empresa de Vila Chã de Ourique é a representante exclusiva desta tecnologia em Portugal

Passos que produzem energia

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Mauro Silva, Diretor Comercial, sócio e fundador da Wattnext

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Hugo GonçalvesEngenheiro Informático

Em marketing existem duas grandes classes de atuação para chegar aos clientes:

Push • - O cliente não se encontra na procura ativamente dos produtos ou serviços mas tentamos persuadi-lo que realmente precisam de nós.

Pull • - Colocamos a informação disponível e estruturada e de fácil acesso para que os clientes, na sua procura, saibam que existimos e tenham imagem positiva dos nossos produtos.

Mas o que têm estas estratégias a ver com a Informática?

Será a informática só necessária para servir automação de processos documen-tais, ou facilitação de controle industrial etc.?

A NERSANT há muito tempo que tem atuado no sentido de ajudar os clientes a marcar presença na internet e dessa forma ajudar as empresas a chegar aos clientes .

A Tecnologias de Informação (IT) têm uma maneira natural de propagar infor-mação, através de páginas web, e-mail e outras formas, que estão abrangidas nas duas grandes classes de Marketing, podendo dessa forma infl uenciar os clien-tes a tomar decisões na escolha fi nal do produto.

Assim pretendemos discutir brevemente maneiras da IT providenciarem meios de acesso aos produtos e serviços providen-ciados pelas empresas aos clientes.

Na procura dinâmica de clientes (Push), para este ser efetiva e real, temos que saber bem a que tipo de clientes quere-

mos chegar pois perdemos muito do nosso esforço em potenciais clientes que não estão efetivamente à nossa procura. Mas, apesar destas dificuldades, a dinâmica push existe e tem as suas forças, que não devemos esquecer. Os métodos são muitos, a saber:

Banner ads • - Ótima forma de promover uma marca. No seio das regiões, esta forma de promoção das empresas ainda se encontra relativamente fraca.

Streaming de Vídeo • - Já existem algu-mas empresas que providenciam stre-aming de conteúdos e publicidade de uma forma limitada mas com verdadeira possibilidade de crescimento. Com esta ferramenta, e dependendo do local onde está instalada, é possível atingir facil-mente um grupo de clientes.

E-mail• - O envio de mensagens depen-de muito da forma como o cliente tem perceção de e-mails: se aceita ou não e-mails não solicitados e se vai à caixa de correio verifi car o spam. Contudo, é uma forma muito barata de enviar informação a futuros clientes.

Serviços tipo skype• – Já se encontram vários tipos de serviços a tentar recru-tar clientes por estes métodos, embora com capacidade limitar de chegar a um cliente.

Por outro lado, com a procura estática (Pull) tentamos deixar pegadas digitais da nossa presença para que o cliente que nos procure consiga chegar a nós facilmente. É muito dependente dos motores de pes-quisa e doutros tipos de meios de procura, e, para ser efetiva temos que garantir que haja um primeiro contacto.

Páginas da internet • - Dispõem de infor-

mação da empresa, informação de pro-dutos e possibilidade de subscrição de newsletters e comércio eletrónico. É uma forma rápida do cliente chegar à empresa para verifi car os produtos e serviços Embora sejam uma das melho-res formas de apresentar a empresa (e a mais comum), as páginas de internet de empresas regionais poderão ter difi cul-dades em apresentar-se nos motores de busca, que ainda não dispõe deste tipo de ferramentas.

Business to Business or Business to • Client - Presentemente existem mui-tas empresas que criaram redes (sites) de contacto Empresa para Empresa ou Empresa para Cliente. Um dos exemplos é a página ClubNERSANT, onde estão representadas várias empresas e seus catálogos de produtos e serviços.

Sites de redes sociais e Blogs -• São como uma pegada social na web permitindo ao cliente que procura ter uma primeira impressão da empresa. As redes sociais são um ótimo complemento à página web, e tem a vantagem de assumir uma força mais regional.

Newsletters - • Após o primeiro contacto, a newsletter permite lembrar o cliente dos eventos, produtos e serviços existentes de determinada empresa.

Todas essas técnicas são fornecidas pela informática como complemento a outros métodos de propagação da Marca/Produc-to/Serviço, sendo presentemente uma das maneiras mais fáceis de procura. Estão, portanto, ultrapassadas as páginas ama-relas e outros métodos de contacto For-necedor/Cliente.

Empresas, Clientes e Informática

OPINIÃO

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dinâmicas dos mercados e dos consumos assim o exigem”, referiu.

A inovação na forma de embalar o mel valeu à empresa Bee Iellow Lda. a atribui-ção do prémio Inovagro 2014, Inovação no Setor Alimentar, na categoria Tecnologia/ Marketing e Embalagem, atribuído pelo AgroCluster Ribatejo. Foi ainda Medalha de Ouro do Concurso Nacional de Emba-lagens de Mel.

Neste momento, o produto está já à ven-da, para além de Santarém, em Lisboa, Cascais, Oeiras, Barreiro, Porto, Évora, Torres Novas e Funchal.

De referir que, de forma a acompanhar a evolução dos mercados, a empresa pretende lançar em breve mais novidades, entre elas o mel monofl oral de rosmaninho e de urze.

Bee Iellow. Este é o nome da empresa de Maria Teresa Azoia, que criou o Iellow, numa emba-lagem unidose de mel que está a

fazer furor no mercado português. Através da inovação da embalagem, um produto tradicional como o mel, pode ser agora transportado facilmente e consumido em qualquer lugar. A embalagem distingue-se pelo seu sistema de abertura fácil uma vez que não é necessário cortar nem rasgar, mas apenas dobrar.

De acordo com Maria Teresa Azoia, a empresária por detrás desta inovação, a criatividade, o planeamento e recursos são os segredos para uma inovação efi caz. “É importante inovar em algo que seja adequado às necessidades de mercado, que acrescente valor. É importante estar atento ao mundo que nos rodeia. E por vezes das coisas mais simples, surgem ideias e projetos muito válidos. No nosso caso, aliamos um produto tradicional, pro-duzido de forma local e quase artesanal, mas embalado de forma inovadora.”

Para a empresária, “o fator chave da inovação em qualquer organização é a atitude. As organizações, sejam empre-sas, instituições públicas, ou privadas dependem muito mais do que se pensa da atitude individual de cada um, que deve ser inquieta, pro-ativa, curiosa. Sem essa atitude, ainda que possam acontecer boas ideias, será muito mais difícil vê-las implementadas”.

Contrária à ideia de que a inovação só é possível nas grandes empresas, por terem mais recursos disponíveis, Maria Teresa Azoia, considera que nas estruturas mais pequenas, como a gestão e o poder de deci-são estão mais próximos, a fl exibilidade pode ser maior e a comunicação mais direta, sendo por isso mais fácil dar corpo a uma ideia que surja na organização.

Na opinião da empresária, a inovação é um dos caminhos possíveis para vencer a concorrência, a par da qualidade e serie-dade. “A inovação é algo que faz parte da nossa génese. Por isso, ela deve existir no nosso pensamento em contínuo. As

Os tradicionais frascos de mel já eram. À semelhança dos pacotes de açúcar utilizados para o café, já se encontra à venda no mercado mel em pacotes. O produto, que nasceu em Santarém, está, literalmente, a fazer a delícia dos consumidores.

Teresa Azoia

Mel em pacotes

A inovação também pode ser doce

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

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Foi o amor pela sua cidade e pelo Ribatejo, aliado a uma situação de desemprego inesperada, que levou Paulo Ferreira a pôr em

prática a ideia de negócio que há muito idealizara. Por aconselhamento de um amigo, procurou a NERSANT – Associação Empresarial da Região de Santarém, no sentido de perceber a viabilidade do pro-jeto. “A associação ajudou na elaboração do plano de negócios e, através do mesmo, consegui perceber que o projeto era viável fi nanceiramente o que permitiu passar à fase seguinte”, contou o empreendedor à Ribatejo Invest.

E a fase seguinte foi, justamente, a cria-ção da um serviço turístico - “Welcome to my Land” - inspirado no romance “Viagens na Minha Terra”, de Almeida Garrett, que dá a conhecer aos visitantes, desde agosto, a cidade de Santarém através de passeios turísticos a bordo de um tuk tuk, meio de transporte tailandês.

“Conjugando o amor que detemos pela nossa região, ao vasto património histórico e à cultura ribatejana, a Welcome to My

Eternizada pelo romance “Viagens na Minha Terra”, de Almeida Garrett, Santarém pode agora ser visitada de forma original. Tudo graças à audácia de Paulo Ferreira, que acaba de criar em Santarém um serviço que promove passeios turísticos pela cidade ao estilo tailandês, num tuk tuk.

EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO

Tuk tuks são nova opção de transporte turístico

“Welcome to my land” propõe nova abordagem ao turismo de Santarém

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Land pretende proporcionar momentos de excelência a todos os visitantes, de forma segura, confortável e diferente”, revelou Paulo Ferreira, que assegurou ainda que o segredo do sucesso do seu negócio é, de facto, “a diferenciação”. “Em Santarém, não existe concorrência direta”, fez saber o empresário.

Neste momento, explicou, os tuk tuks já estão a percorrer Santarém, em dois roteiros distintos: “Capital do Gótico” e “Tejo à Vista”, que podem ser iniciados junto ao W Shopping ou junto ao Jardim da Liberdade. A rota “Capital do Gótico” apresenta aos viajantes a Igreja do San-tíssimo Milagre, a Torre das Cabaças, a Porta de Atamarma, o Jardim das Portas do Sol, o exterior da Igreja de Santa Clara, o Convento de São Francisco, a Praça Sá da Bandeira, a Sé Catedral, a Igreja da Piedade, o Mercado Municipal e ainda a Igreja da Graça.

A rota “Tejo à Vista” apresenta o exterior do Mercado Municipal, o Miradouro de São Bento, a Ribeira de Santarém, a Fonte Palhais, a Ponte do Alcorse, o Padrão de Santa Iria, o Museu Etnográfi co, o Alfange (bairro da cidade) e ainda a aldeia avieira de Caneiras.

Embora ainda seja um projeto recente, é já visível o sucesso deste novo serviço turístico de Santarém. “Posso adiantar que tem sido um projeto muito acarinhado

Com o objetivo de dar uma maior visibilidade ao projeto empresarial, a empresa aderiu ao Viver o Tejo, projeto da NERSANT que agrega a oferta turística de todo o Ribatejo. Este serviço está agora também representado em www.viverotejo.pt.

SÍTIO DO EMPREENDEDORA Welcome to My Land nasceu em Santarém pela mão do empreendedor Paulo Ferreira, que recorreu aos serviços de apoio ao empreendedorismo da NERSANT para a elaboração do plano de negócios. O programa da NERSANT para apoio à criação de empresas no Ribatejo é o Sítio do Empreendedor e está disponível em http://sitiodoempreendedor.nersant.pt/.

pela população e temos recebido, também, feedbacks muito interessantes por parte dos clientes, o que nos reforça a ideia de que caminhamos no sentido certo”, contou Paulo Ferreira, visivelmente satisfeito.

Para além das visitas guiadas em tuk tuk aos monumentos da cidade de San-

Reservas:

Welcome to My LandTel.: +351 91 250 91 88E-mail.: [email protected] www.welcometomyland.com

tarém, prevê-se, numa fase posterior, o alargamento da oferta Welcome to My Land. É objetivo de Paulo Ferreira criar novos roteiros em Santarém, dinamizar a realização de atividades ao ar livre, bem como alargar a oferta a outras cidades do Ribatejo.

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A empresa Sugal, fabricante de con-centrado de tomate e dona da marca Guloso, situada em Benavente, vai ter-minar 2015 com 60% da produção fora de Portugal, apenas três anos depois de ter começado a sua internaciona-lização comprando fábricas no Chile e em Espanha.

“Prevemos, em 2015, que o peso da produção internacional da Sugal seja reforçado pelo aumento da nossa ativi-dade no Chile e em Espanha, passando a ter 60% da nossa atividade fora de Portugal”, disse, em comunicado, o responsável do grupo, João Ortigão Costa. Só no Chile, a Sugal processou, na campanha deste ano, um total de 550 mil toneladas de tomate, mais 38% que em 2012, ano em que a empresa comprou as duas fábricas, localizadas

em Tilcoco e Talca, a sul de Santiago. É quase metade dos 1,2 milhões de toneladas de tomate processado pela empresa em 2014 nas duas fábricas em Portugal, na de Espanha e nas duas do Chile.

“Perante esta evolução da campa-nha do tomate no Chile, a Sugal estima que as vendas deverão atingir os 115 milhões de euros em 2015 represen-tando cerca de 46% da faturação total do grupo apenas com o tomate”, pode ler-se no referido comunicado.

“Estes resultados deixam-nos muito otimistas em relação ao futuro uma vez que a aposta na internacionalização está a transformar uma empresa que, em 2010, não tinha qualquer presença fora de Portugal, numa multinacional de referência no setor a nível mundial”, fez saber João Ortigão Costa.

Sugal termina ano com 60% da produção no exterior

A página online Portugal Economy Probe, que disponibiliza, gratuitamente, informação sobre a economia portuguesa, para além da sua versão em português e em inglês, pode agora ser lida em mandarim, ação que teve como objetivo “melhorar a qualidade das decisões” de investimentos, quer em Lisboa quer em Pequim.

“A China está a olhar para a Europa e Portugal está a ser uma porta de entrada do investimento chinês na Europa. Esta forma de dar informação é um contributo muito importante para se pode-rem tomar decisões informadas, capazes, e para melhorar a qualidade das decisões”, declarou à agência Lusa o coordenador da página, Miguel Athayde Marques.

A nova versão do Portugal Economy Probe, referiu o seu coordenador, “serve utilizadores chineses, mas também irá benefi ciar as insti-tuições portuguesas e as empresas portuguesas que se relacionam com a China”. A página, acrescentou Miguel Athayde Marques, “vai aumentar a notoriedade de Portugal junto dos operadores chineses”.

Uma série de instituições ligadas à socie-dade civil lançaram há cerca de dois anos o portal Portugal Economy Probe, que promove a imagem de Portugal no exterior ao nível da realidade económica, um projecto liderado pelo ex-presidente da Euronext Lisboa, Miguel Athayde Marques.

O Portugal Economy Probe (www.peprobe.com) foi pensado para decisores económicos e políticos e tem por objetivo “prestar um ser-viço ao país naquilo que é a capacidade” de se transmitir a realidade da economia portuguesa, vincou Miguel Athayde Marques.

A página é atualizada diariamente, disponi-bilizando gratuitamente informação sobre a economia portuguesa, o seu sistema fi nanceiro e setores de atividade.

Existe uma página sobre a economia portuguesa… em mandarim

Ministra da Agricultura visitou Fábrica de Tilcoco

A Ministra da Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, esteve na fábrica de Tilcoco, para conhecer uma das plan-tas do grupo português e aproveitou a ocasião para elogiar esta empresa portuguesa como exemplo pela sua “capacidade de afi rmação num merca-do competitivo como é o chileno”.

Após a campanha do tomate des-te ano, em que as duas fábricas do Grupo, Talca e Tilcoco, processaram 560 mil toneladas de tomate fresco, os próximos meses no hemisfério Sul da Sugal Group servirão agora para pre-parar o 12.º WPTC, o mais importante congresso que discute os temas fratu-rantes do setor e que vai realizar-se em Santiago, Chile, em 2016.

INTERNACIONALIZAÇÃO

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A metalomecânica Fametal, empresa associada da NERSANT sedeada em Caxa-rias, Ourém, acaba de investir na abertura de uma unidade fabril em Marrocos. Com a abertura desta nova fábrica, a empre-sa passará a ter representação física em França e Marrocos.

“A internacionalização ocupa um lugar de destaque na FAMETAL, assumindo um papel principal na empresa. Neste momento, a empresa está presente, com empresa local, em França e agora em Marrocos, embora com obras executa-das na Colômbia, Argélia, Angola, Cabo Verde, Espanha, Finlândia e Congo, com um volume de exportações na ordem dos 35%”, revelou Hélder Frade, CEO

da empresa, à Revista Ribatejo Invest. Quanto à nova fábrica, o responsável

justifica o investimento em Marrocos “pelo mercado, pelo proximidade e pelo parceiro local encontrado”, contou, acres-centando que a “Fim-etal”, assim se deno-mina a nova empresa, tem como objetivo abastecer o norte de África e fazer chegar os produtos comercializados pela empre-sa ao Magreb. “O potencial do mercado marroquino é enorme, bem como o de boa parte dos países mais próximos. Contamos que em 2017-2018 a nova fábrica esteja a faturar 12 milhões ao ano”, fez saber Hélder Frade.

A Fametal é, desde 1964, uma das prin-cipais empresas no mercado nacional e

internacional das construções metálicas. A empresa dedica-se ao fabrico e monta-gem de todo o tipo de edifícios metálicos, tais como armazéns, aeroportos, recintos desportivos, retail parks, centros comer-ciais e edifícios administrativos.

A internacionalização é uma área mui-to importante para a empresa, que tem vindo a fazer prospeção de negócio jun-to de diversos mercados internacionais. Com a NERSANT, a Fametal já participou em diversas ações de apoio à internacio-nalização, como missões empresariais a Moçambique e o NERSANT Business 2014 – Encontro Internacional de Negó-cios. A sua participação está já garantida na edição 2015 do evento.

Uma nova linha de crédito já está disponível no mercado para apoiar empresas portuguesas com processos de internacionalização em Angola. Protocolada pelo IAPMEI, PME Investimentos, Garan-tia Mútua e um conjunto de 15 bancos a operar em Portugal, esta linha tem 500 milhões de euros para fi nanciar o fundo de maneio de pequenas e médias empresas nacionais que comprovem ter transa-ções comerciais com o mercado angolano.

O montante máximo de fi nanciamento por empresa é de 1 milhão de euros, podendo ir até 1,5 milhões de euros, no caso de empresas que possuam o estatuto de PME Líder, atribuído pelo IAPMEI. O fi nanciamento assume a forma de empréstimos de curto e médio pra-zo, com dois anos de amortização e 12 meses de período de carência.

As taxas de juro serão negociadas entre as empresas e o banco, com um limite máximo correspondente à taxa Euribor (6 meses), acrescido de um spread que poderá variar entre 2,250% e 3,750%. As operações contarão com uma cobertura máxima de 80% do Sistema de Garantia Mútua.

Para aceder a este novo produto, as empresas devem informar-se junto dos balcões dos bancos parceiros.

Fametal abre fábrica em Marrocos

Linha de crédito para empresas portuguesas em Angola já disponível

Hélder Frade

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Entre os dias 19 e 21 de outubro, a cida-de de Tomar vai ser a capital dos negócios internacionais, ao acolher a realização da edição deste ano do NERSANT Business, encontro internacional de negócios dina-mizado pela NERSANT e que tem sido um marco importante para as exportações regionais.

Pelo 4.º ano consecutivo, a NERSANT está a organizar o NERSANT Business, encontro internacional de negócios que pretende apoiar a internacionalização e aumentar as exportações das empresas da região do Ribatejo.

Este ano, e após a dinamização do even-to em Torres Novas, no primeiro ano, e Santarém, na 2.ª e 3.ª edição, a associação empresarial decidiu deslocalizar a reali-zação do encontro para Tomar, para que

OBJETIVOSReforçar as relações comerciais • entre os países participantes e o estabelecimento de parcerias de negócios para o futuro;

Promover a internacionalização das • empresas e respetivos produtos/serviços;

Criação de negócios entre a região • e os países participantes, de maneira a incentivar o aumento das exportações regionais;

Dar a conhecer a investidores • estrangeiros o potencial que toda a região encerra, as infraestruturas de acolhimento existentes, o apoio a novos investidores, favorecendo o processo de exportação e internacionalização;

Atrair investimento e levar • investimento português para os países representados.

O NERSANT Business tem online um portal de apoio ao evento, onde os interessados poderão consultar mais informações relativamente à edição 2015 do evento, bem como consultar as atividades realizadas nas edições anteriores do encontro. Consulte o portal em business.nersant.pt.

Receção de Delegações Estrangeiras, • NERSANT BUSINESS 2015 – 19 a 21 de outubro

Receção de Delegação do Gana, • 23 a 25 novembro

Missão Empresarial NERSANT à Colômbia e ao • Chile – 28 novembro a 05 de dezembro

Missão Empresarial NERSANT ao GANA • (Acra) – 01 a 05 de fevereiro de 2016

Missão Empresarial a Moçambique• (Beira e Quelimane) + MOSTRA – 09 a 16 de abril 2016

Missão Empresarial NERSANT ao Canadá + • MOSTRA – 06 a 11 de junho de 2016

as entidades e empresários estrangeiros possam também fi car a conhecer a dinâ-mica empresarial do norte do distrito.

A NERSANT está a trabalhar desde o início do ano no evento, tendo convida-do vários países a marcar presença no evento.

Desta forma, são esperadas em Tomar mais de 100 empresas oriundas de diversos países não só da Europa, mas também de África, América do Sul e América do Norte.

O evento vai decorrer no Hotel dos Tem-plários, em Tomar, onde vão realizar-se todas as atividades previstas no âmbito da organização do encontro, nomeadamente ações de networking empresarial, apre-sentações dos diversos mercados interna-cionais e seminários de apoio à envolvente de negócios.

NERSANT Business 2015

Tomar é a capital internacional dos negócios

AGENDA INTERNACIONAL

INTERNACIONALIZAÇÃO

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INTERNACIONALIZAÇÃO

A PROVÍNCIA DE SOFALA

Beira é capital da província de Sofala. Está localizada a cerca de 1.190 km a norte de Maputo, aproximadamente a meio da costa índica. É por natureza uma cidade portuária localizada no Canal de Moçam-bique. É um município com uma área de 633 km2. Está situado nas coordenadas 19° 50’ Sul e 34° 51’ Este. Está limitado a Este pelo Oceano Índico, a sul pelo distrito do Búzi e a Norte pelo distrito do Dondo

A cidade está localizada numa zona pan-tanosa, junto ao Rio Pungué e sobre dunas de areia. A paisagem natura é caracteri-zada pelas terras baixas e pelas extensões de mangais no litoral.

O clima da Beira é tropical húmido chu-voso de savana, registando temperaturas elevadas e altos níveis de humidade no Verão. Esta situação é agravada durante a estação das monções de verão, no período de outubro a fevereiro.

SOFALA - ATIVIDADE ECONÓMICA

A cidade vive do comércio e do porto, que é uma parte importante da vida da cidade. O mesmo tem um terminal de con-tentores e propósitos múltiplos com capa-cidade para manusear 100.000 contentores por ano e está equipado com 2 pórticos de 40 toneladas com capacidade de carga de 50 toneladas cada. Tem um terminal de carga geral com capacidade para manu-sear 2.3 milhões de toneladas por ano. Tem ainda um terminal de petróleos com capacidade para manusear 2,5 milhões de toneladas ano através de um sistema de quatro oleodutos com ligação ao Zimba-bwe. Por fi m tem um terminal frigorífi co com capacidade de armazenamento de 150.000 m3 e capacidade para manusear 1.1 milhões de toneladas/ano. Na maré alta, o canal de navegação tem apenas 6,20 - 7,40 m de profundidade. O porto comu-nica, através de um sistema de rádio com

a Cidade do Cabo e, assim, indiretamente com todos os outros portos mais impor-tantes do mundo. Os principais produtos de exportação do porto são açúcar, tabaco, milho, algodão, fi bra de pita agave, cromo, minério de ferro, cobre e chumbo, carvão.

A cidade está na origem de dois corre-dores de transporte. O corredor da Beira que liga ao Zimbabué, por via rodoviária e ferroviária e facilita o acesso do interior do continente ao litoral como, por exemplo, de Lusaka, capital da Zâmbia, país sem acesso direto ao mar. O segundo corredor liga ao Malawi e é neste momento exclusi-vamente rodoviário. Depois de atravessar o rio Zambeze pela Ponte Dona Ana, a linha ferroviária toma o sentido noroeste em direção Moatize para servir as minas de carvão locais. O ramal que ligava ao Mala-wi ainda não foi reabilitado. Todas essas ferrovias têm “bitola do Cabo” e podem carregar uma carga por eixo de 16t, e 17t no Zimbabué.

Moçambique e a província de Sofala

Uma oportunidade para as empresas do RibatejoMOÇAMBIQUE - A ECONOMIA

Nos últimos anos Moçambique tem sido uma das economias com melhor cres-cimento da África subsariana. O programa de estabilização macroeconómico que tem sido implementado com o apoio do FMI irá continuar até pelo menos 2016, tendo sido assinado um novo Policy Support Instrument em junho de 2013.

Os pilares do crescimento verifi cado foram essencialmente três:

Investimento público em infraestruturas;•

Exportações de carvão, areias pesadas e produtos tradicionais;•

Investimentos privados no setor do gás natural.•

O elevado aumento das exportações provocado pelos grandes projetos levou a um agravamento substancial da balança corrente, tendo o défi ce chegado aos 49,8%, mais que duplicando do valor de 2011 (23,8%). No entanto, o elevado mon-tante de investimento direto do exterior, para valores próximo dos 40% do PIB, permitiu a acumulação de algumas reservas externas, reduzindo a dependência do fi nanciamento externo.

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De referir que associado ao corredor da Beira e tendo em vista o desenvolvi-mento da terra de cultivo ao longo deste corredor de transporte, os governos de Moçambique e da Noruega, juntamen-te com investidores privados e doado-res tais como Alliance, CEPAGR e Yara, estão a apoiar uma iniciativa conhecida por Beira Agricultural Growth Corridor (BAGC) (Corredor de Crescimento Agrícola da Beira), destinada a estimular a revi-vifi cação agrícola em Moçambique e na região da África Austral. A iniciativa visa desenvolver uma planifi cação detalhada do investimento para os investidores em agricultura comercial e assegurar que os investimentos do setor público e privado na cadeia de valor agrícola sejam conve-nientemente coordenados.

O Corredor da Beira contém também um oleoduto que liga o porto da Beira ao Zimbabué.

Foi ofi cialmente criada em 2013 a Zona Económica Especial (ZEE) de Manga-Mun-gassa, localizada na cidade da Beira. Esta ZEE irá ser gerida por um operador pri-vado de origem chinesa de seu nome Din-gsheng Internacional Investimento, Lda., que prevê investir perto de 500 milhões de dólares para a operacionalização da Zona e que permitirá estreitar relações entre Moçambique e a China.

A implementação daquela Zona Eco-nómica Especial compreenderá três fases, sendo que a primeira, designada Implantação logística, que consiste na construção de armazéns para mercado-rias, se encontra num estágio avançado. A segunda, a de operação, consistirá na construção de um Hotel três estrelas, uma Vila, um Centro de Exibição, Áreas de Lazer e ainda Lagos artificiais. Por fi m, será a Fase de Implantação da Zona Franca Industrial, onde serão instaladas unidades industriais de alta tecnologia.

A Zona Económica Especial de Manga-Mungassa, com uma área de 217 hectares, é a segunda Zona Económica Especial a ser criada pelo Governo com vista a impulsio-nar o Desenvolvimento Económico e Social do país. Com a sua implantação, espera-se que sejam maximizadas as potencialidades do corredor da Beira.

SOFALA – SETORES ESTRATÉGICOS

BENS DE CONSUMOAs ligações históricas e culturais facili-

tam bastante a entrada de produtos por-tugueses no mercado moçambicano. As marcas portuguesas são reconhecidas e usufruem de uma imagem de produtos de

beleza natural considerável, um sistema de reservas, parques e coutadas já imple-mentado, as oportunidades associadas são bastantes e em várias áreas. Desde da exploração turística às indústrias e serviços associados, podem ser exploradas várias oportunidades.

EDUCAÇÃOSendo uma das áreas de aposta e inves-

timento do Governo, a educação represen-ta uma oportunidade para os seguintes sectores:

Editoras de livros escolares e didáti-• cos;

Empresas fornecedoras de material e • equipamento escolar;

Empresas da área de formação;•

qualidade. Isto cria uma apetência natu-ral no consumidor moçambicano para o consumo de produtos portugueses.

Os produtos que têm maior probabili-dade de êxito em Moçambique são:

Produtos alimentares: os produtos ali-mentares em geral têm alta probabilida-de de êxito no mercado moçambicano, principalmente tendo em conta que se trata uma das áreas de produto menos exploradas pelas empresas portuguesas neste país;

Bebidas (Vinhos): As bebidas em geral e os vinhos em particular representam uma oportunidade muito interessante no mercado moçambicano. Há apetência do mercado mas, até hoje, houve uma presen-ça pouco efetiva de produtos portugueses;

Confeções e têxtil-lar: Moçambique praticamente não tem produção deste tipo de produtos;

Mobiliário: É um setor defi citário em Moçambique e no qual as empresa portuguesas podem ter vantagem competitiva.

TURISMOMoçambique tem

excelentes condi-ções para o desen-v o l v i m e n t o d a atividade turística e é uma das áreas que se tem vindo a desenvolver nos últimos anos. Com uma extensa linha de costa, boas condições climáticas, um capital de

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Neste caso, a grande vantagem compe-titiva das empresas portuguesa é a língua. No caso do ensino, os métodos seguidos são muitas vezes semelhantes aos nacio-nais, podendo também haver um melhor aproveitamento a esse nível.

SAÚDEApesar da evolução que o país conheceu

nesta área desde o fi nal da guerra civil, continua a ser uma área bastante caren-ciada. Posto isto, identifi cam-se oportu-nidades nas seguintes áreas:

• Equipamentos médicos;

• Produtos farmacêuticos;

• Prestação de serviços;

• Equipamento hospitalar;

• Formação.

As oportunidades nesta área são real-mente importantes e abrangem todo o setor da saúde. É um dos setores em que há oportunidades em toda a fi leira e em que faz sentido as empresas portuguesas trabalharem em cooperação. Por vezes, uma única empresa consegue “arrastar” uma parte da fi leira setorial.

SETOR PRIMÁRIO E AGROINDÚSTRIAAs oportunidades nestes setores em

Moçambique concentram-se em três tipos de atividade - ver quadro em baixo:

CONSTRUÇÃO E MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

A política de desenvolvimento do país irá estar, nos próximos anos, muito cen-trada no desenvolvimento de infraestru-turas, de forma a combater as grandes debilidades hoje existentes. As empresas de construção e materiais de construção têm assim grandes oportunidades, visto que as necessidades são em áreas bastante diversas e abrangem um leque extenso de infraestruturas.

SOFALA - EIXOS DE DESENVOLVIMENTO

Não tendo um plano de desenvolvimen-to específico, destacamos as áreas que estão identifi cadas como essenciais para a Beira.

Corredores multimodais – Concluir as • ligações ferroviárias e rodoviárias imple-mentando posto alfandegários únicos ao longo do Corredor da Beira;

Corredor de Crescimento Agrícola da • Beira – Incentivar o crescimento da agricultura de forma a fomentar o agronegócio;

Infraestruturas de apoio ao setor das • pescas – É essencial dinamizar a exten-sa linha de costa do país dotando-a de infraestruturas que permitam o setor das pescas;

Melhoria das condições médico-sani-• tárias – De forma a proporcionar um melhor nível de vida à população é urgente fornecer melhores cuidados de saúde;

Abastecimento de Água e Saneamento • Rural – Garantir uma boa gestão da água a todos os níveis.

INFORMAÇÕES SOBRE MERCADOS EM:www.exportribatejo.com

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AVISOS ABERTOSFrança – Indústria Alimentar: Produtos alimentares transformadosData Limite: 20 de novembro

Espanha – Indústria Alimentar: Produtos alimentares, bebidas, tabacoData Limite: 25 de novembro

França – Equipamentos: Máquinas industriaisData Limite: 27 de novembro

Alemanha – Construção:Construção de edifíciosData Limite: 03 de dezembro

Suíça – Construção: Setores especiais Data Limite: 07 de dezembro

Bélgica – Construção: Engenharia civilData Limite: 11 de dezembro

Itália – Indústria Alimentar: Produtos à base de enchidos (queijo)Data Limite: 16 de dezembro

França – Energia: Eletricidade, aquecimento, energia solar e nuclearData Limite: 16 de dezembro

Luxemburgo – Construção: Projeto de ampliação e modernização de edifício Data Limite: 04 de janeiro de 2016

Suécia – Construção: Construção de estradas e vias rápidas

Data Limite: 20 de janeiro de 2016

REGISTE-SE EM:www.exportribatejo.com

INFORMAÇÃO ECONÓMICA SOBRE MERCADOS

Informação sobre 13 mercados distintos, como África do Sul, Alemanha, Angola, Bra-sil, Cabo Verde, Espanha, França, Gabão, Guiné Equatorial, Índia, Moçambique, S. Tomé e Príncipe e Timor Leste. Para cada um dos mercados, os utilizadores terão acesso a informações genéricas sobre o país, bem como a informações de âmbito mais económico, como ambiente e opor-tunidades de negócios, perspetivas econó-micas e divulgação de grandes concursos públicos e privados. Ainda no âmbito das informações de negócios, encontram-se também descritas as relações comerciais e procedimentos de exportação para cada mercado, bem como informações sobre os setores relevantes desse país.

INTERNATIONAL BUSINESS DESKInstrumento completamente inovador

que permite a resposta a questões mais práticas e específi cas das empresas sobre mercados de interesse, através de um ser-viço de informação online permanente sobre mercados e apoio à internacionali-zação de PME. As perguntas e respostas serão completamente públicas (exigindo-se

apenas um registo de acesso no portal), de modo a facilitar o acesso generalizado das empresas da região a novos mercados, uma vez que as questões de uma empresa são, na maior parte dos casos, comuns a um conjunto alargado de empresas.

RIBATEJO MARKET INTELLIGENCEPermite que as PME tenham apoio na

antecipação e no seu correto posiciona-mento face à evolução esperada em cada um dos mercados. Ou seja, o objetivo fi nal da disponibilização desta informa-ção é permitir que as empresas tenham um conhecimento mais profundo destes mercados, posicionando-se de forma mais correta, antecipando o que se espera que vá acontecer, facilitando ou consolidando o seu processo de internacionalização e, no fi nal, permitindo o aumento das suas exportações.

CONCURSOS PÚBLICOS E OPORTUNIDADES INTERNACIONAIS

Divulgação constante e sistemática, aos utilizadores registados, de concur-sos públicos e oportunidades de negócio internacionais.

O apoio relativamente à internacionalização das empresas do Ribatejo surge através do projeto ExportRibatejo, materializado através de um portal com o mesmo nome: www.exportribatejo.com. Aqui, as empresas podem encontrar toda a informação que necessitam em matéria de internacionalização: desde guias para a exportação em diversos mercados, serviço para a colocação de questões diretas sobre processos de internacionalização e até acesso a bolsa de concursos públicos internacionais em curso. Tudo à distância de um clique.

www.exportribatejo.comApoios à internacionalização à distância de um clique

INTERNACIONALIZAÇÃO

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