Revista Rock Meeting #48

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Revista Rock Meeting #48 - Destaques: Angra, Destroyers of All, Ação Direta, Suprema, 4 anos Rock Meeting, Doomal, O que estou ouvindo?, World Metal. [email protected] | rockmeeting.net

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Editorial

Estamos chegando em uma fase bem in-teressante. Fase em que as mudanças ainda estão em voga. Fase de querer

mudar tudo, mas em que se está feliz com o que tem. Mas o que tem de bom para hoje? Não tem nada de bom, saca? O bom é que não tem nada de ruim, pois as coisas boas estão acontecendo no seu ritmo normal. É possível notar! O espaço desta revista é para aqueles que querem algo e buscam mudar. Mudar não é se desfazer dos seus conceitos e encarar o novo sem qualquer respaldo. Mudar é reco-

nhecer que é preciso renovar as ideias e aper-feiçoar o que já se tem. Mudar, para que mudar? É preciso mu-dar. A mudança não é para se mostrar, é para entender de que você é capaz de fazer algo sem perder sua base. Não perde a identidade. Pois é. Buscando sim uma identidade e estamos crentes que conseguimos chegar na metade do caminho. Sabe o que falta agora? Continuar. Só isso! Pois bem, continue! Dê vida ao que buscas. Dê ânimo ao que já pos-sui. Enfrente. Lute. Persista. Não desista!

Novos tempos

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Table of Contents07 - Coluna - Doomal10 - News - World Metal14 - Matéria - 4 anos Rock Meeting16 - Review - Suprema20 - Matéria - Gestão Plural22 - Capa - Angra (Review Recife)28 - Entrevista - Ação Direta38 - Entrevista - Destroyers of All44 - Coluna - O que estou ouvindo?

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Direção Geral Pei Fon

Revisão Breno Airan Katherine Coutinho Rafael Paolilo

Capa Alcides Burn

Diagramação Pei Fon Conteúdo Breno Airan Daniel Lima Jonas Sutareli Lucas Marques Colaboradores Mauricio Melo (Espanha) Sandro Pessoa

CONTATO

Email: [email protected]: Revista Rock MeetingTwitter: @rockmeetingVeja os nossos outros links:www.meadiciona.com/rockmeeting

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Doom Metal Chileno Quando pensamos em Doom Metal, as primeiras coisas que veem em mente são as aclamadas bandas européias. Bandas que sin-tetizaram toda uma estrutura musical e apre-sentaram uma nova forma de se fazer Heavy Metal. É claro que um estilo musical sofre di-versas influências sociais, carregando em sua atmosfera todo aquele cotidiano presente na vida do artista, uma semente que cresce e se adapta ao meio em qual se situa. A semente do Doom Metal foi gerada na Europa. Mas, assim que espalhada pelo mundo, passou a crescer de maneiras distintas em cada região, apresentando uma magnífica gama de possi-bilidades musicais reunida às características básicas da sociedade que a acolhia. Dentre várias regiões de nosso planeta, um local que que parece vivenciar uma forte ebulição de bandas de Doom Metal , com cer-

teza, é a América do Sul. Por anos o gênero foi subjugado por estilos mais populares como o Thrash, o Death, o Black, o Power e etc. Mas, com a crescente evolução das mídias sociais, uma boa parcela dos adeptos do metal pesado passaram a ter maiores oportunidades quan-to a conhecerem o Doom Metal e perceberem que este tem muito mais a oferecer do que antes imaginavam. Em nosso continente, uma das maiores fontes de bandas de Doom Metal é, com cer-teza, o Chile. Um país cujo a cena undergrou-nd ainda é um tanto (infelizmente) obscura a nós brasileiros que diariamente somos bom-bardeados por mídia européia. Isso ofusca a percepção e não damos o devido valor as cen-

Por Sandro Pessoa (Sunset Metal Press)

Endi

mio

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tenas de bandas de qualidade e a história do Underground sul-americano. De acordo com Matías Ibáñez, voca-lista da banda chilena Endimion não é pos-sível datar, exatamente, o começo da cena Doom, propriamente dita, em seu país. Ele cita a banda Bewitched, de Santiago, que por volta do ano de 1990 inovou em apresentar uma sonoridade calcada em gêneros como o Heavy, o Black e o Doom. Mas foi em 1992 que surgiu o Garbage, possivelmente uma das primeiras bandas de Doom Death Metal da região e que posteriormente alterou seu nome para Poema Arcanvs, tornando-se um dos ícones de maior repercussão do Chile. Logo então, a partir de 1993, passou a surgir diversas bandas de renome como Bitterdusk, The Evening, Lapsus Dei e Daedeloth. Apesar de gêneros como o Thrash e o Death ainda serem mais populares no Chile,

o Doom Metal possui uma boa acei-tação por parte do respeitado Un-derground local e a cada ano que se passa surgem maiores e melhores produções voltadas ao estilo. Matías Ibáñez também comple-

menta sobre a melhor fase do Doom Metal em seu país iniciada no ano 2000. Foi quando as bandas chilenas conseguiram elevar seus no-mes a nível internacional. Destaque para Mar de Grises, Poema Arcanvs, Capilla Ardiente, Procession, dentre outras. Os anos 90 foram de extrema importância para consolidar o es-tilo, enquanto os 2000, serviram para um au-mento de adeptos e maiores oportunidades. É visto que, como no Brasil, a vertente mais popular no Chile é o Doom Death Me-tal, devido a grande quantidade de bandas do tipo. O Doom Tradicional também é bastante forte com boa quantidade de adeptos conso-lidando-se como um dos principais gêneros. O Funeral também possui uma escola com muitos fãs e muitas bandas, sendo esta, a vertente com maior número de projetos One Man Bands. Exemplos: Lacrymae Rerum, Úden, Aura Hiemis. Ainda não há muito festivais exclusivos para bandas de Doom, os principais ocorriam em Santiago e em Concepción seguidos por

Aura Hiemis

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outros que ocorriam em Osorno e outras ci-dades. Comumente as bandas do gênero to-cam em festivais ao lado de outros estilos. A partir de 2006 várias pessoas se re-uniram para divulgar e fortalecer o Doom Metal Chileno através de fóruns como: o Doomchile e o Hands of Doom. Posterior-mente, unificados em Doom, Death & Dark-ness originando o festival de mesmo nome. Passado um tempo, e com o declínio do fó-rum, Matías Ibáñez e seu amigo Alejandro Madriaza criaram o perfil Doom Metal Chile (www.facebook.com/DoomMetal.Chile) com a intenção de divulgar o trabalho das bandas chilenas. Em relação ao ponto de vista chileno, a respeito das bandas brasileiras, estes sabem que há grandes expoentes do Doom Metal por aqui como Mythological Cold Towers, Apocalyptichaos, Morbydia, Lachrimatory, Lugubrious Hymn e que nosso cenário está dando muito o que falar. Se você gostou e sentiu-se interessado em saber mais a respeito de bandas chilenas de Doom Metal, deixo alguns exemplos de bandas com maior destaque. São elas: Poema Arcanvus, Mar de Grises, Procession, Elec-trozombies (quando vinculados ao Doom Metal), Bitterdusk, The Fallen, Lapsus Dei.

Além de bandas que estão inciando seus ca-minhos pela música: Endimion, Condenados, Opus VII, Magna Veritas, Mourners Lament.

Fonte: Doom Metal ChileAgradecimentos a Matás Ibáñez da banda Endimion

Poema Arcanvs

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Substituto

E a banda brasileira Sepul-tura já mostra os novos ca-minhos para o sucessor de “Kairos” e o primeiro com o baterista Eloy Casagrande. O próximo álbum se chamará “The Mediator Between Head And Hands Must Be The Heart”, é - o nome é grande assim, está previsto para o próximo mês, 25 de outubro, para ser mais exato, através do selo da Nuclear Blast.Veja a capa AQUI e assista o primeiro trailer do novo cd AQUI.

It’s now or never

A banda norte-americana Korn lançou o pri-meiro vídeo do seu próximo álbum intitulado “The Paradigm Shift”. Para Jonanthan Davis, vocalista da banda, disse que o música se trata de relacionamentos e frisa: “É sobre qualquer coisa. Parece que você tenta e tenta fazer as coisas funcionarem e você falha várias vezes”. Assista agora o vídeo do single “Never Never” AQUI

Lyric video

A banda de black metal noruguesa Satyricon lançou um vídeo contendo a música que esta-rá no próximo álbum, que carrega o próprio nome. Clique AQUI para conhecer e já apren-der a letra da nova música dos caras. O álbum sai em setembro.

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Metal na escola

A banda maranhense Jack-devil criou o projeto ‘Revo-lution Rock - School of Rock’, que consiste levar as esco-las palestras, debates, wor-kshops e shows! A primeira edição do projeto será reali-zada no próximo dia 14/09 (sábado) na escola pública Li-ceu Maranhense, tradicional instituição de ensino médio brasileiro, fundada em 1838. O vocalista e guitarrista André Nadler fez um breve comentário sobre o projeto: “O Revo-lution Rock é um evento organizado pela JackDevil e mais duas bandas locais. Já era um sonho de muito tempo ver a cultura do rock (dos shows as palestras) terem um espaço nas escolas de nossa cidade!”

De novo

A vocalista holandesa Floor Jansen (ReVamp e Nightwish) foi convidada para participar do novo álbum dos também holandeses Mayan, projeto paralelo do guitarrista Mark Jan-sen (Epica). Para o novo álbum, por meio de nota à imprensa, a banda comunica que será “insano” e a influência vem da situação que o mundo está vivendo: Síria, espionagem. O álbum está previsto para janeiro de 2014 pela Nuclear Blast.

Vídeo novo

A banda carioca Lacerated and Carbonized lançou recentemente o ví-deo clipe para a música “Third Word Sla-very”, segunda faixa do álbum “The Core Of Disruption”, que foi lançado no Brasil através da Eternal Hatred Records, com distribuição da Voice Music. Assista ao vídeo AQUI

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grindcore, please

E os irmãos Cavalera es-tão aprontando mais uma com a sua banda Cava-lera Conspirancy. Em entrevista pra o Live Me-tal, Max Cavalera disse que o já estão produzindo o novo álbum e que ele será na linha do grindco-re. “Sim, estamos fazendo um novo disco no ano que vem - todo de grindcore. Eu quero fazer um disco de grindcore com eles”, disse o moço dos dreads. Mas aguardem um pouco mais, pois o álbum será lançado somente em 2014. Até lá, Max já avisa “vamos chocar o mundo com isso”. É aguardar e conferir.

Destruction

Para a felicidades banger, o powertrio ale-mão de thrash metal, Destruction, fará um show surpresa no Recife, dia 20 de se-tembro. A informação foi confirmada pela organização que os levou em janeiro para a cidade pernambucana. O show acontecerá no Downtown Pub, localizado no Recife Antigo. Se liga nos valores dos ingressos: meia R$ 70, inteira R$ 140 e social R$ 80. Mais infoma-ções em breve.

Vídeo Novo 3

A banda Trivium lançou oficialmente o vídeo “Strife” que foi dirigido por Ramon Boutvi-seth. A música está presente no novo álbum da banda, intitulado “Vengeance Falls” que será lançado no dia 15 de outubro. A pré-ven-da do álbum começou dia 20 de agosto. Assista o vídeo AQUI

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Vídeo Novo 2

E o Sonata Arctica disponibilizou um novo vídeo do álbum “Stones grow her name” lançado ano passado. O vídeo é da música “Alone in Heaven” que você pode conferir cli-cando AQUI.

A arte da guerra

Bruce Dickinson foi denun-ciado de que estaria colaborando com a construção de máquinas para o exército norte-americano. Em nota, a assessoria do cantor nega o seu envolvimento.A denúncia partiu do blog Dorset Eye que disse que Dickinson es-taria fabricando aviões não tripu-lados, conhecidos como zangões/drones.Estes aviões são utilizados pelo exército americano para operações de guerra. A publicação ainda diz que o valor a ser pago seria de 500 milhões de dólares pelas operações. Muito embora, na nota da assessoria, tanto Bruce quando Robb Smallwood, homem forte do Iron Maiden, são investidores em fabricação de aviões, mas não deste tipo feito para a guerra.

Hendrix

Como parte da comemoração do 70º aniver-sário de Jimmy Hendrix um documentário será lançado em novembro, além do vídeo, terá um cd trazendo um concerto ainda não lançado. O documentário tem duas horas e foi intitulado como “Hear my train a comin”. Agora é aguardar esta relíquia.

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A estrada é longa, mas não estamos sozinhos

na caminhada!

4 ANOS

Por Jonas Sutareli ([email protected])Fotos: Pei Fon ([email protected])Artwork: Jonathan Canuto

E mais um ano se passou. Parece que foi ontem que começamos com esse pro-jeto, esse sonho. Com uma conquista

após a outra, graças a você leitor, nós pude-mos chegar até aqui nesses quatro anos. Co-meçamos timidamente, falando da cena local, hoje abrangemos uma área maior. Com nosso trabalho, seu apoio, suas sugestões e críticas, conseguimos desenvolver conteúdo do seu interesse dentro do mundo do Rock! Como não poderia deixar de ser, ago-ra este mês nosso show de aniversário acon-tecerá. Como de praxe, em todos esses anos de RM, trazemos aquele velho clichê: A Rock Meeting faz aniversário, mas quem ganha o presente é você! Isso mesmo! E este ano é um presente e tanto! Temos a honra de dizer que conseguimos reunir três das melhores bandas de nosso estado (Adrenaline, Necro-nomicon e Raiser), junto com a Pandemy de Pernambuco para fazer um rock de qualidade para você nosso amigo e leitor. E tudo isso de graça, na praia de Jatiúca, o conhecido Pos-to 7, em plena orla marítima de Maceió! Isso mesmo, gratuitamente! Com apoio da Prefei-turma Municipal de Maceió, a quem somos muito gratos por ter aceitado e apoiado nosso

projeto e cedido o local para o dia do evento. Você leitor de Maceió (e também de Alagoas) sabe como é muito difícil em nossas terras conseguir apoio para o Rock N’ Roll, mas a prefeitura de Maceió de muito bom grado nos ajudou nessa peleja! Como já dito, nosso aniversário de 4 anos será na beira da praia, marcando a vol-ta do rock da pesada ao nosso querido Posto 7. Neste ano iremos trazer, para vocês, como atração principal, a banda Pandemmy, de Re-cife. Sua sonoridade une elementos de Thrash e Death metal junto às influências musicais de cada integrante. Em fevereiro de 2010, a banda lançou a demo Self-Destruction com quatro músicas próprias, que foi bem recebi-da pelo público, rendendo boas resenhas em sites respeitáveis como o Recife Metal Law e também na revista Roadie Crew, além de óti-mos shows pelo nordeste, como nas cidades de Mossoró (RN), Recife (PE), Maceió (AL), Caruaru (PE), Campina Grande (PB) e Natal (RN). Para abrilhantar a noite, também con-vidamos a alagoana Necronomicon, que é uma banda recente. Muito embora, já con-quistou um lugar no espaço da playlist do

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ouvinte em 3 anos de existência. Com forte influência de Black Sabbath, o trio alagoano já se apresentou no Nordeste e, recentemen-te, em São Paulo. Agraciados, a banda con-tinua sua turnê no interior de Alagoas. Com dois álbuns já lançados, o Power trio ainda tem muito o que mostrar. Também do cená-rio local, Adrenaline marca presença. Forma-do em 2004, a Adrenaline vem se tornando cada vez mais sólida dentro do cenário rock de Alagoas. A banda tem como influências músicas do gênero metal, onde de inicio, seu maior influenciador seria a banda norte americana Deftones. As letras da banda relatam desde si-

tuações mundiais, tal como, guerras, miséria e problemas vividos pela sociedade. Raiser, banda alagoana surgida em 2009, também nos dará as honras. Seguindo o estilo Thrash Metal, a banda Raiser já lançou seu primeiro EP, disponível gratuitamente para download, e já prepara o segundo para, assim, lançar seu primeiro álbum. Tendo como inspiração as bandas clássicas do Thrash Metal como Sla-yer e Arch Enemy, o quinteto já se consolidou na cena local e busca ampliar os horizontes. Esperamos ver todos vocês por lá para nos prestigiar e comemorar junto conosco mais essa conquista. The Show Must Go On!

Clique nas imagens para ouvir o som das bandas

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Suprema: de novo em Maceió e com nova formação

Texto e fotos: Pei Fon (@poifang | [email protected])

Com o Traumatic Scenes tour em voga, a banda paulistana deu um pulinho em Maceió e fez show impecável

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Suprema: de novo em Maceió e com nova formaçãoCom o Traumatic Scenes tour em voga, a banda paulistana deu um pulinho em Maceió e fez show impecável

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O SupreMa aproveitou a ida para o fes-tival Agreste in Rock, na cidade per-nambucana de Caruaru, e deu uma

passada em Maceió para mais um show, na sua quinta passagem pela capital alagoana. Desta vez, a banda trouxe nova forma-ção na bateria e no baixo: Fernando Castanha e Fabio Carito, respectivamente. O show contou com o apoio de duas bandas alagoanas: Raiser e Necronomicon. Aos que estiveram presentes, não se arrepen-deram. O show começou dentro do horário previsto e as bandas tiveram problemas com o som, infelizmente. Não é muito comum, mas alguns mesários são um pouco desleixa-dos quando se trata de Rock/Metal, deixam ao acaso. Em um dado momento, o guitarrista da banda Raiser, João Goulart, largou a gui-tarra no palco e foi esfriar a cabeça, a sonori-zação estava sofrível. O técnico foi chamado e o seu retorno à função foi demorada. Enfim, o problema foi parcialmente resolvido e o show

pode continuar. Apresentando o setlist reduzido, a Rai-ser trouxe as canções de seu EP de estreia “From the end to the beginning” que está disponível na fanpage da banda no facebook. Dentre outras músicas, ainda deu tempo de tocar duas músicas da lendária banda Arch Enemy. Em seguida, o trio parada dura da Ne-cronomicon surgia. Costumo dizer que quem vê o grupo não “dá nada por eles”, mas se en-ganam assim que eles pegam seus instrumen-tos e fazem o que tem de melhor: música. Com músicas de seus primeiros dois álbuns, “Necronomicon” e “Queen of Death”, agradou ao público e aos músicos do Supre-Ma que ainda não conhecia. Houve até um aperitivo do que está por vir no próximo ál-bum do trio. A esperada da noite, começou sem de-mora. SupreMa trouxe, além das músicas do seu mais recente álbum, “Traumatic Scenes”, novos componentes, mas a qualidade não caiu. Mesmo mudando de músico, o nível

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continua altíssimo. O público respondia as investidas do vocalista Pe-dro Nascimento que chamava para participar com ele. O SupreMa também é conhecido por executar músicas da lendária banda de Heavy Metal, Iron Maiden, e não pode-ria deixar de fora. “A próxima música que vamos tocar é fácil. Basta olhar para o relógio”, desafiou Pedro. Havia um enorme relógio compondo o cenário no palco e qual é a música? “Two minutes to midnight”. Boa parte, se não todos, fãs da donzela, foram ao delírio. Momento único! O SupreMa fechou o show com a música de trabalho do TC, “Nightmare”, cantada por todos. Voltem, galera!

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Gestão de pluralidadePrefeitura de Maceió mostra que não têm divisões culturais e apoia

evento da cena Rock/Metal underground

Por Pei Fon (@poifang | [email protected])

Quando se fala em “prefeitura” imagi-na-se distanciamento da população, da cidade e suas manifestações cul-

turais. A instituição máxima do município é tida como inatingível, de que não há con-templação igualitária para todos os públicos. Porém, a Prefeitura de Maceió, nesta nova gestão, tem tido a preocupação de assistir a todos de modo mais próximo. Devido a esta preocupação, muitas ações estão ocorrendo nos bairros da capi-tal alagoana periodicamente na tentativa de apertar os laços entre a população e os aten-

dimentos oferecidos diariamente em cada se-tor municipal. Por esta razão, a cultura não ficou de fora. Vários eventos estão ocorrendo na cida-de afim de tornar, ainda mais público, o que Maceió tem de melhor. Visto no período juni-no, onde não só o típico forró fora destaque, o rock também teve seu momento de apogeu com a realização do Forrock. Nesta mesma perspectiva plural e úni-ca, a Prefeitura de Maceió cede o espaço de uma das praças mais disputadas da cidade para a realização do aniversário de quatro

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Gestão de pluralidadePrefeitura de Maceió mostra que não têm divisões culturais e apoia

evento da cena Rock/Metal underground

anos da revista eletrônica Rock Meeting, ge-nuinamente alagoana. Para o secretário de comunicação, Clayton Santos, é uma oportunidade única a realização deste evento a fim de amplificar as manifestações culturais e o Rock/Metal está inserido neste novo formato da administra-ção do prefeito Rui Palmeira. “O movimento do rock/metal precisa do apoio das lideran-ças do município para manifestar e divulgar suas ações. Na atual gestão, a pluralidade é o nome chave para agregar todas as tribos cul-turais, independente de sua vertente. Temos

a consciência de que a prefeitura representa a todos, sem qualquer distinção”, pontuou o secretário. A prefeitura tem feito a sua parte em apoiar a cena local de Maceió e resta-nos aproveitar esta oportunidade. A cena rock/metal agradece! E não perca, sábado, dia 14 de setem-bro, quatro anos da Rock Meeting no Posto 7, na praia de Jatiúca, às 17h.

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Angra se apresentou em Recife e levou a tour comemorativa dos 20 anos do Angels Cry

Texto e Foto: Pei Fon (@poifang | [email protected])

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Angra se apresentou em Recife e levou a tour comemorativa dos 20 anos do Angels Cry

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Muito ainda se fala de quem vai ser o novo vocalista da banda de Heavy Metal brasileira Angra. Porém, um

italiano ocupa interinamente os vocais em uma das bandas que mais tem representado o Brasil, desde o seu início. Vale salientar que todo o trabalho desenvolvido fez do som do Angra genuíno e diferente de todos outros, agregando os valores da cultura brasileira em suas composições e levando todo o carisma que só o Brasil tem. Coisa que Fabio Lione está conhecendo bem de pertinho. Os fãs pernambucanos ansiavam pela chegada do dia em que veriam o show do Angra novamente. Dia 17 de agosto vai ficar marcado como o maior show da banda já vis-to. As comemorações injetam ânimo para os músicos. Para este show, as bandas Terra Prima (PE) e Age of Artemis (DF) foram convidadas para fazer parte do cast e não decepcionaram!Um pouco antes da liberação da entrada do público nas dependências do Clube Portu-guês do Recife, o Angra passava o som sem a presença do italiano. Prestando bem atenção ao último ensaio, Rafael Bittencourt até que leva jeito para cantar. Chegar bem antes é ter o privilégio de ver o aquecimento no ensaio geral. Nos re-serva bons momentos como reencontrar os amigos, colocar o papo em dia, além de dar aquele apoio, principalmente para aqueles que iriam fazer parte do show.

O Show

Os portões foram abertos às 19h, con-forme fora anunciado pela organização. Na portaria do Clube havia centenas de fãs à es-pera da abertura, quando, enfim, ocorreu. Por volta das 21h, como estava no car-

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taz, o show começou com a banda recifense de Heavy Metal, Terra Prima. O quinteto li-derado pelo brincalhão Daniel Pinho mos-trou todo o seu som, com o qual o público de Recife já está bem acostumado. Cantavam juntos, gritavam, urravam o nome da banda. Grande demonstração para as bandas locais. Logo depois veio a banda brasiliense Age of Artemis, que é liderada por Alirio Net-to. Que vale dizer, pessoa simpaticíssima! A banda era esperada por todos, pois os moti-vos eram óbvios: Alirio pode ser o novo vo-calista do Angra, pelo menos é o que as “con-tigos do metal” dizem por aí. Você pode até ler uma entrevista super legal que eu mesma, esta que vos escreve, fez com ele. Leia aqui. A oportunidade de conquistar o públi-co nordestino era única e Alirio soube apro-veitar muito bem, cantando músicas do pri-meiro álbum “Overcoming Limits”. Foram poucas músicas, mas deu para sentir o feeling da banda. Ao final, ainda rendeu um cover de Ozzy Osbourne com a participação de Daniel Pinho para a música “No more tears”. Bom, quem estava ali na grade, estava bem perto de começar a chorar, pois o momento esperado estava por vir. Até o Angra subir ao palco, ainda de-morou um pouco, porque foi necessário des-montar o mais breve possível os equipamen-tos das bandas de abertura para dar início ao show. No camarim algo diferente e impres-sionante estava acontecendo. Enquanto o Age of Artemis tocava, a banda e os fãs do Street Team estavam no “meet & greet”, aquele mo-mento que todos desmaiam de emoção por estar perto do seu ídolo. Logo após este momento, os músicos se preparavam para entrar em cena. Mas uma voz... uma voz chamou atenção. Alguém esta-

Alírio Netto se apresentando com o Age of Artemis

Daniel Pinho (vocal) e a troupe do Terra Prima

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va aquecendo a voz. Era Fabio Lione. Minha nossa! Não sei bem como explicar o que es-tava acontecendo. Confesso que nunca ouvi algo deste tipo. Era como se estivesse em um teatro assistindo a um concerto italiano. Algo surreal. Cheguei até a parabenizar Lione só pelo que ouvi. Sensacional! Não muito distante do que deveria ser, quando o Angra assumiu o palco, a plateia ficou ensandecida, desesperada. Geralmente vemos isso com bandas gringas. Mas, poxa, era o Angra, banda brasileira, sabe?

A tour era de 20 anos do Angels Cry e com a faixa-título do álbum foi que iniciou o show. Foi uma porrada após a outra. Só clás-sicos. Estava vendo a hora de ver os marman-jos chorarem na grade. Era muita exaltação. Presta atenção nas cinco primeiras músicas: “Angels Cry”, “Nothing To Say”, “Waiting In Silence”, “Time”, “Lisbon”. O povo foi ao delí-rio. E lembra que falei no início que o Ra-fael estava cantando? Pois é, ele cantou algu-

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mas músicas, inclusive houve um momento mais intimista, voz e violão que ele pôde de-monstrar sua habilidade nos vocais. Acompa-nhado por Kiko Loureiro, que arranhou um pouco na segunda voz, eles fecharam o mo-mento lounge com “Make believe”, que até o Kiko tocou e cantou na sua tour pelo Nordes-te em março. E sabe o momento alto do show? “Car-ry on”. Sabe por que? Alirio Netto cantou esta música. Ele foi convidado pelo Rafael Bit-tencourt para dar uma palhinha. Não é que

o cara se saiu bem? É, se são boatos ou não, o cara leva jeito para o Angra. E não pode-ria ser diferente, Netto saiu ovacionado pelos fãs. Eles aprovaram, viu Alírio? Era quase 1 hora da manhã do domin-go, 18, quando o show do Angra acabou com “Nova Era”. E foi só emoção do começo ao fim. Bom, para bom fã do Angra, este show foi o melhor de todos os tempos.

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Entrevista

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Texto: Daniel Lima (@daniellimarm | [email protected])Fotos: Divulgação

É uma honra entrevista o Ação Dire-ta, referência musical desde a déca-da de 80. Como é permanecer vivo em um cenário tão difícil como é o underground? Nós costumamos brincar dizendo que somos meio mágicos! Não é - e nunca foi - fácil manter uma banda. Passamos por altos e baixos constantes e todas as dificuldades possíveis! Creio que o comprometimento, a amizade e o amor pelo rock pesado foram os fatores cruciais para essa nossa longevidade. Somos uma banda muito ativa e or-ganizada e ao longo desses anos adquirimos muita experiência, a ponto de gerenciarmos tudo o que envolve a banda hoje de uma for-ma simples, mas eficiente! Atravessamos momentos realmente difíceis, modas que vieram e foram embora, bandas que chegaram com tudo e não de-ram em nada e hoje em dia temos o privilégio de tocar para diferentes gerações mistura-das, para públicos diversos, como Hardcore, Punk, Headbangers, Skate Rockers, etc. Hoje digo que estamos numa excelente fase e orgulhosos de ainda estarmos aqui pro-porcionando boa música. Voltando um pouco ao início da banda, nos anos 80 tudo era mais difícil e pre-cário. Olhando para trás, como é parar e pensar que já se passaram 25 anos? No início era tudo surreal. Havíamos saído de uma ditadura militar sombria. Havia muita repressão e não recebíamos nenhum tipo de informação sobre o mundo que nos cercava.

Montamos a banda em 1986 / 87 sem nenhuma intimidade com instrumentos, sem equipamentos e sem experiência nenhuma, mas com muita garra! Olhando para trás não dá para acredi-tar que se passaram 25 anos. É uma história muito louca essa que construímos e que ain-da está sendo escrita. Temos uma discografia de oito álbuns, diversas coletâneas, tributos, EPs e já dividimos palco com grandes nomes do cenário mundial. Quais as principais mudanças que fo-ram notadas daquela época para a atualidade, tanto no público quanto na estrutura dos shows?

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Cara, foram tantas mudanças que é muito interessante analisarmos. Passamos pela revolução das comunicações, com a che-gada da Internet e com a globalização. Nós viemos de uma escola diferente. Viemos do tempo em que se divulgava o tra-balho através de cartas enviadas via Correio, escritas à mão. Enviávamos nossas demo ta-pes, k7 , EPs via Correio a outros estados e países. Batalhávamos como loucos por novi-dades sonoras e devorávamos fanzines xero-cados em busca de informações e novidades. Tínhamos disposição de viajar quilô-metros para prestigiar um show com bandas nacionais, coisa rara na época. Mas não era fácil conseguir um bom espaço para tocar,

instrumentos de boa qualidade e tudo mais. Essa geração de hoje em dia pegou tudo pronto, tudo fácil e todos os caminhos já desbravados pelos “bandeirantes” do rock. Hoje o publico está mais familiarizado com o comportamento e estética do estilo e a quali-dade dos shows e das bandas no geral é bem melhor!

Após alguns Splits e coletâneas, foi lan-çado no final do ano passado o álbum “World Freak Show”, que é o oitavo na carreira da banda. O que ele trouxe de diferente dos que foram lançados ante-riormente? Começamos a conversar sobre um ál-

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bum novo e decidimos lançá-lo nas come-morações pelos 25 anos da banda. Todos estavam inspirados para mergulhar nesse trabalho e já estávamos há seis anos sem um novo álbum, sucessor do Massacre Humano, que foi lançado em 2006. Além disso, o nosso guitarrista Marcus “Pancho” havia retornado à banda após cin-co anos fora. Então seria o primeiro álbum gravado após a volta dele. Todos esses ingre-dientes criaram um clima bem legal e traba-lhamos com muita calma e inspiração no pro-cesso de composição. Todos os nossos álbuns são diferentes entre si e essa é uma das principais caracte-rísticas da banda. Não repetir fórmulas. Te-mos nosso próprio estilo, que é reconhecido e respeitado e sempre procuramos fazer pes-quisas e experiências, trazer coisas diferentes para agregar ao nosso trabalho. No caso de “World Freak Show” mergu-lhamos em documentários e extraímos ideias, colagens, misturas de diferentes línguas em títulos de músicas, refrãos, etc. Também tive-mos a possibilidade de trabalhar com o Heros e o Pompeu (Korzus) novamente. Estes caras entendem muito de produção e têm uma quí-mica muito forte com a Ação Direta. Creio que o álbum representa uma banda contemporânea, criativa, livre de rótu-los e modas e com muito a oferecer ao cenário brasileiro e mundial! O álbum foi lançado por diversos se-los, de onde surgiu essa ideia - que é bastante inovadora? Trabalho desde 2001 com distribuição de merchandising e com meu selo/distro, a Bombardeio Distro. Através desta experiência adquiri-da, tracei um projeto e levei até a banda que

aprovou e ajudou a moldar. Esse projeto visa-va uma tiragem inicial maior, além de atingir um raio de distribuição mais eficiente. Então fechamos com quatro selos de diferen-tes localidades, que vieram para somar, para trabalhar pelo lançamento e promoção do ál-bum em suas respectivas áreas. Estamos muito satisfeitos com o tra-balho desses selos, que são a Equivokke Re-cords de São Paulo/SP, a Xaninho Discos Ali-dos de Belém, a Death Time Records de Belo Horizonte e a Purgatorius Records de Poço Redondo, Sergipe. Tão logo o álbum chegou da fábrica, as cotas já voaram para lugares distantes chegando com certa rapidez e essa logística de distribuição está dando resultados exce-lentes. O álbum está praticamente em todo o território nacional e as pessoas o encontram com mais facilidade.

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Quase que simultaneamente, lançamos o primeiro vídeo clipe de trabalho, da faixa “Desconstrução”. Estamos fazendo também um trabalho muito forte de mídia e tudo isso traz benefícios aos selos envolvidos também. Isso se chama parceria! “World Freak Show” saiu com uma ti-ragem inicial de duas mil cópias.

A produção do álbum ficou por conta de Marcello Pompeu e Heros Trench (ambos do Korzus). De que maneira eles influenciaram para a sonoridade do “World Freak Show”? Eles são produtores de muito talento e profissionalismo. Já tivemos o privilégio de trabalhar com eles nos álbuns “Intervenção”, de 1999, e Revolta/Repúdio/Confronto/Re-sistência, de 2003. Retornar ao estúdio MR SOM foi algo mágico e que todos na banda

foram unânimes em escolher. Chegamos com várias ideais em aber-to e deixamos os produtores colocarem suas sugestões. Estávamos trabalhando em equipe e sabíamos que a sonoridade certa iria apare-cer. Os caras cuidaram muito bem da produ-ção desde o inicio e o grau de envolvimento foi forte! O Heros tem um ouvido único para mi-xagens e timbres. O Pompeu, por sua vez, tem uma visão incrível e ideias que sempre fun-cionam fazendo uma música crescer de ma-neira impressionante. Estamos felizes com os resultados e os frutos têm sido os melhores! Há algumas participações neste álbum, entre elas a de Marcello Pompeu, que fez a produção. Fale um pouco sobre esses convi-dados. Resolvemos pensar alguns nomes para o álbum, pois o mesmo marcaria os 25 anos da banda. Como a sonoridade dele é bem va-riada, cada música tinha uma característica de estilo diferente e nos fez imaginar vozes diferentes, com convidados diferentes. No geral, são amigos nossos de cena, artistas de talento e atitude que admiramos muito. Está sendo fantástico e todos somaram bastante no resultado final. Temos esse privilégio de trazer para nosso álbum grandes figuras, como Vlads (Ulster), Alex Camargo (Krisiun), Rodri-go (Dead Fish), João Kombi (Test), Gigante e Wagner (Et Macaco) e o grande Marcelo Pompeu (Korzus). O título do álbum é bem peculiar à capa. Quem foi o responsável pela imagem? O conceito do álbum com os quatro elementos (água, fogo, terra e ar) corrompi-dos foi trazido pelo Pancho. Casou perfeita-mente com o título do disco, que representa

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exatamente nossa atualidade caótica nesses tempos de degradação do meio ambiente, violações de direitos humanos e escravidão humana maquiada com mentiras e falta de ética das corporações dominantes. Toda a parte gráfica ficou a cargo dos irmãos cariocas radicados no ABC Paulista, Gigante e Wagner, da banda Et Macaco. Como está sendo a receptividade do público às músicas do último disco? Estamos muito satisfeitos. As vendas estão ótimas e a receptividade ímpar. O álbum chegou a vários lugares dis-tantes e continuamos trabalhando forte na divulgação e na distribuição. O CD agradou em cheio à imprensa também. Ganhou destaque na Rolling Stones Brasil; nota máxima na Dynamite; nota 09 na Roadie Crew e por ai vai! Já enviamos várias cópias ao exterior também! Acabamos de ganhar o prêmio Dy-namite 2013 pelos 25 anos de estrada sem pa-radas!

Já foi lançado o clipe da faixa que se chama Desconstrução. Já estava nos planos que esta seria a música de tra-balho ou foi algo que aconteceu duran-te o processo de gravação? Desde que ficou pronta, essa música nos agradou e a escolhemos com o a primeira faixa de trabalho do álbum. Ela também foi a primeira música composta para o disco e tem uma letra que fala de superação, de ven-cer obstáculos, da necessidade de seguir em frente. E parece que muita gente de identifica com isso! O clipe está próximo de atingir 10.000 views e estamos muito satisfeitos com o re-sultado final. Já temos planos para o segundo

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vídeo clipe do álbum, que deve ser rodado no inicio de 2014. Muitas bandas sonham em fazer tur-nê pela Europa e o Ação Direta já é ex-periente no assunto. Essas tours são as mil maravilhas - como muita gente pensa - ou é uma batalha por dia? Tivemos até o momento cinco expe-riências internacionais com a banda. Em 1996 fizemos dois shows na Argentina, um em La Plata e outro em Buenos Aires. Na sequência emendamos quatro tou-rs pela Europa (1997/1999/2001 e 2004), passando por países como Portugal, Espa-nha, França, Suíça, Itália, Eslovênia, Áustria, Croácia, Alemanha, Holanda e Bélgica. Fo-ram experiências fantásticas e que mudaram nossas vidas de certa forma. Mas tudo foi fruto de um trabalho pe-sado e disposição para encarar o que viesse pela frente. Não tivemos moleza e tudo exige muito trabalho, logística, planejamento, or-ganização e uma equipe de confiança. Vale lembrar que hoje as bandas es-colhem os festivais que querem ir, a van e o equipamento que querem usar, tudo pela In-ternet, tudo mais fácil e encaminhado. Nos-sas tours foram feitas na raça, total bandei-rante, desbravando tudo na unha (risos). Mesmo assim, foram aventuras mara-vilhosas e colhemos frutos delas até hoje. Esperamos voltar ao velho continente com certeza! Nessas viagens pelo estrangeiro, algu-ma história inusitada que ao olhar vo-cês não acreditaram que aquilo seria possível? De que maneira essas voltas por outras terras influenciam a banda, tanto nas composições como no dia a

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dia? Com certeza nessas tours acontecem di-versas coisas inusitadas, histórias legais, outras nem tanto. Fomos à Croácia e Eslovênia em 1999 em plena guerra do Kosovo. Isso marcou forte! O contato com a cena independente, a produção e distribuição do material. O traba-lho coletivo, “faça você mesmo”, é algo que te inspira! Tem também a lado do músico. Você ad-quire uma versatilidade muito forte, entrosa-mento ímpar, noção de timbragens, pois cada dia é um palco diferente, uma acústica diferen-te. Tem esse lado e o lado da inspiração de tocar com diversas bandas, de diferentes esti-los, músicos diferentes, influências diferentes e isso também agrega muito, enriquece tudo!

Por falar em outras terras, “Risotto Bombs” foi um álbum gravado ao vivo na Eslovênia. Há pretensões de gravar algum ao vivo em terra Tupiniquins? Costumo dizer que “Risotto Bombs” foi nosso único testemunho daquela tour fantásti-ca de 1999. Estávamos lá só nós quatro mais um casal holandês e aquela noite foi mágica. Pouca gente sabe disso, mas o show foi gravado numa fita k7 de 90 minutos, por cima de um AC/DC que estávamos ouvindo na van. O show foi irado, com cerca de 400 pes-soas na casa e a gente já estava no 12º show da tour. Quando ouvimos a gravação no toca fitas da van, ficamos espantados com a qualidade, lacramos a fita e só abrimos aqui no Brasil. Temos muito orgulho desse álbum, que é um documento importante de uma banda bra-sileira em solo europeu. O título se deu porque após um show na Áustria, em Viena, ganhamos cerca de 20 sacos de risoto, que nos serviram de refeição por muitos dias, preparados no fogão

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da própria van! A Ação Direta já se apresentou com di-versas bandas internacionais, como Napalm Death (UK), CJ Ramone (USA), Agnostic Front (EUA) e outros grandes nomes. Qual foi o que mais marcou para vocês? Todas foram experiências legais, pois di-vidimos o palco com bandas que nos influen-ciaram e isso é mágico. Não consigo citar uma ou outra. Todos esses encontros foram peculia-res. Recentemente dividimos palco pela pri-meira vez com o Sepultura e posso dizer que foi marcante para nós também! O Brasil é a casa da banda e vocês já fize-ram diversos shows por todo o país. Por onde a Ação Direta ainda não passou e pretende se apresentar nessa nova turnê? A Ação Direta está focada no Brasil nes-se momento. Queremos levar a banda a luga-res onde ainda não estivemos e também voltar a lugares que visitamos. O Nordeste é uma de nossas prioridades. O Norte idem. Estamos fechando vários festivais e creio que em breve teremos novidades! Aliás, produtores interessados em levar a banda, por favor, entrem em contato pelo e-mail: [email protected]. ou pelo Face-book ad Paulo Gepeto AD. Muito obrigado pela entrevista e a Rock Meeting agradece a gentileza. Mais su-cesso nessa turnê e que se estenda bas-tante, para que todos possam prestigiar a sonoridade da Ação Direta. Sem palavras! Muito obrigado pelo apoio e oportunidade. Nos veremos nos shows – “World Freak Show” | 25 anos de Ação Direta. www.acaodiretabrasil.com.br

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Portugal é conhecido por sua “velhidade” histórica, coloni-

zações que aprendemos nas aulas de História. Mas os lusitanos

também sabem fazer música, minha gente. Por esta razão, cruza-

mos o oceano em busca do que está acontecendo por lá e trouxe-

mos a banda Destroyers of All.

O quinteto acabou de lançar o EP “Into the fire” e vamos con-

versamos justamente sobre esse lançamento. Acompanhe agora

uma super entrevista com os caras da banda e saiba o que falam

da sua música, influências, cena underground portuguesa e o que

conhecem do Brasil.

Por Pei Fon (@poifang | [email protected])Fotos: Divulgação

Olá pessoal. Saudações brasileiras. Este é o nosso primeiro contato e, por isso, sintam-se à vontade. Por favor, não meçam as palavras. Como de cos-tume, sempre pedimos para os nossos entrevistados se apresentarem. Creio que este é o primeiro contato com o pú-blico brasileiro. Primeiramente obrigado pela entrevis-ta e oportunidade de divulgar o nosso nome no Brasil. Nós somos os Destroyers of All, banda de Coimbra – Portugal. Na bateria temos o Filipe Gomes, baixo Bruno Silva, guitarras Guilherme Busato e Alexandre Correia e na voz João Mateus.

Vocês são bem novinhos, datados do ano de 2011 e já se destacam no cenário lusitano. Como surgiu a banda? Quem convidou quem? A banda era um projeto meio antigo

que estava parado. Tivemos a oportunidade de retomar as atividades, só que desta vez a sério. Isso tudo foi em outubro de 2011, eu (Guilherme), o Filipe e o Alex fomos os pri-meiros a nos reunir e a começar a compor músicas. Posteriormente entrou o Bruno e o João, delineando assim o line up. A banda trabalhou intensamente no EP de estreia e preparou para lançar tudo de uma vez, lançando de uma só vez o EP, Video Clipe, site, Facebook...etc. Talvez por isso ti-vemos um certo impacto e acabamos por nos destacar rapidamente no cenário e as críticas têm sido incrivelmente positivas.

A propósito, de onde surgiu o nome da banda? O nome surgiu depois de cada elemen-to trazer várias ideias, depois separamos os nomes que mais gostamos e através de con-senso escolhemos os Destroyers of All.

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Enquanto Brasil, conhecemos poucas bandas portuguesas e, principalmente, sobre a cena underground. Pois bem, o que pode nos dizer do cenário por aí? Portugal tem um cenário underground muito forte, mas com pouco apoio. Aqui te-mos bandas de excelente qualidade em todas as vertentes, principalmente no thrash, death e black metal. Temos também vários festivais dentro do cenário metal que cada vez crescem mais apesar da crise que passamos.

Toda banda nova passar por muita re-sistência e aos poucos vai se adaptan-do. Como tem sido esse processo de aceitação na cena local ou aconteceu de modo natural? Sinceramente estamos começando agora a fazer shows e a divulgar o nosso nome ao vivo. Porque até agora temos trabalhado muito pela Internet. A aceitação têm sido boa tanto ao vivo como pela net, tivemos vários convites e conseguimos marcar uma mini tour por Portugal, que estamos realizando neste momento. Estamos trabalhando ardua-mente para que o pessoal goste de nosso som de forma natural.

O primeiro EP saiu. Seis músicas. “Into the fire”. “Soul Retrieval” é bem inten-so logo no início. O vocal e o peso das guitarras ajuda muito para isso. Porém o baixo sobressai bastante. Foi uma op-ção ou simplesmente aconteceu? Por incrível que pareça, temos 3 baixis-tas na banda, mas cada um toca em bandas diferentes e penso que todos na banda ado-ram um baixo forte. Acho que isso contribuiu para o destaque e o nosso produtor conseguiu isso de uma forma que não afetasse o resto da produção. Penso que isso é um dos pontos

fortes do EP, a produção.

Ainda sobre “Soul retrieval”. A músi-ca é antecedida por uma introdução de dor, muita dor. Logo a “alma se recu-pera”. Para mim, casou bem a propos-ta. É isso mesmo? É isso, nossas letras neste EP de estreia são críticas sociais, atacamos o que julgamos estar errado e esse ataque seria o lado posi-tivo, pois é a nossa forma de lutar e criticar contra a política, guerras e outros temas.

Não dá para deixar de falar da faixa-tí-tulo do EP. Minha nossa, “Into the fire” é viciante. Que riffs pegajosos! É, acho que vocês souberam chamar a atenção com ela. Com o surgiu esta música, já que ela é a música de trabalho da ban-da? Obrigado pelas palavras... O esquele-to da música foi feito por mim (Guilherme), todas a sequência e riffs em uma tarde. De-pois levei para o resto da banda ouvir e todos gostaram, a partir daí o João fez uma letra poderosa e ajudamos a construir os vocais. O Alex fez vários arranjos assim como solos e o Bruno e o Filipe deram os retoques finais. No fim era uma das músicas mais diretas que achamos ser ideal para ser o carro chefe do Ep.

Engraçado. As faixas são bem longas para quem é do Thrash/Death Metal. Porém não é enjoativo, pelo contrário, é bastante instigante e progressivo. O projeto é bem esse mesmo, não é? Hehehe, você tem razão, cada elemento da banda é virado para uma vertente diferen-te do metal, apesar de todos gostarem de al-gumas cenas em comum... Temos pessoal do

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black metal, outros do death e thrash, assim como o heavy e o rock... mas também todos gostam um pouco da viagem do progressivo. Então, para que todos ficassem satisfeitos na banda, misturamos um pouco de tudo, mas essa mistura não poderia soar forçada e teria que agradar a todos na banda. Claro que não foi uma tarefa fácil, mas até a fizemos de for-ma natural. Acho que isso é o Destroyers of All, essa mistura de estilos, mas sempre op-tando em beirar o Thrash e o Death.

Pois bem, quando sai o full-lenght? Já tem esboço dele? Já começamos a trabalhar, temos vá-rias músicas encaminhadas e também gosta-mos de compor entre todos e discutir os te-mas. Agora uma data ainda é muito cedo para isso. Mas queremos lançar o quanto antes.

Shows. E a agenda, como está? Qual tem sido a resposta do público? Temos alguns shows marcados para as próximas semanas, um pouco por todo o país. A resposta do público tem sido bem mais po-sitiva do que nós poderíamos esperar. Temos sido muito bem recebidos e as pessoas rea-gem com grande entusiasmo à nossa música e energia! Estamos muito contentes por isso e entusiasmados para os shows futuros.

Inspirações. É bom sempre saber de onde vem a inspiração das bandas. De onde vem a de vocês? Quem são suas bases musicais? É difícil responder a isso, porque todos os membros são influenciados por estilos e grupos diferentes. Porém grupos como Death e Pantera são influências unânimes para to-dos! A nossa inspiração vem da junção dos diferentes gostos e desafio para criar algo di-

ferente e variado.

O que vocês conhecem daqui do Bra-sil? Que bandas brasileiras vocês co-nhecem e o que poderia destacar des-tas bandas? Conhecemos alguns grupos, como os lendários Sepultura, também uma influência de todos nós. Porém, aqui não chegam assim tantas notícias sobre a cena Heavy Metal bra-sileira… Ratos de Porão… Garotos Podres… Depois alguns de nós gostam dos Krisiun, Sarcófago, Vulcano, entre outras… Se pen-sarmos um pouco, algumas das bandas que foram mencionadas foram enormes influên-cias para os sub-estilos do Heavy Metal de hoje em dia, bandas como Sepultura, Ratos de Porão ou Sarcófago deixaram a sua marca

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e influenciaram muitos músicos e bandas.

Em falar do Brasil, quem vocês desta-cam das bandas portuguesas? Moons-pell não vale (risos). Aqui em Portugal existem muitas ban-das boas, com qualidade e dignas de serem mencionadas, de todos os estilos! Por exem-plo aqui no nosso distrito, bandas como os Tales For The Unspoken, Terror Empire, Antichthon, Midnight Priest… E depois exis-tem aquelas bandas que já existem há mui-to tempo e merecem destaque internacional. Bandas como Concealment (uma banda úni-ca), WAKO, Switchtense, Grog, The Last Of Them, Corpus Christii. Dependendo do esti-lo, posso nomear muitas outras, o país não é muito grande mas existem muitas bandas, o

que demonstra gosto pelo que fazemos.

O que o DOA tem ouvido? Relacione 5 bandas e fala um pouco sobre elas. Outra pergunta muito difícil de respon-der.Devido aos nossos gostos pessoais, cada um ouve um monte de bandas totalmente di-ferentes! No fundo, todas elas podem servir de inspiração para as variadas secções que as nossas músicas possuem!Bruno: Septic Flesh, Black Sabbath, Ulce-rate, The Faceless, Opeth e Diablo Swing Or-chestra.Guilherme: Megadeth, Warbringer, Evoca-tion, Obituary, Bloodbath, Angelus Apatrida, Severe Torture e Ghost.João: Cobalt, Darkspace, Pentagram, Cattle Decapitation, Angelus Apatrida e Dissection.Alex: Deep Purple, Kiss, Alice Cooper, Led Zeppelin, Guns n´roses, Skid Row, Camel, Dream Theater, Simphony X, Black Sabbath, Pantera, old Metallica, Megadeth, Kreator, Testament, Judas Priest, Avenged Sevenfold e Slipknot.Filipe: Deathspell Omega, Mgla, Ulcerate, The Faceless, Benighted, Animals As Lea-ders, Concealment e Ghost.

Para finalizar, o que podemos esperar do DOA para 2013? Aproveite e deixe a sua mensagem para os nossos leitores. Saudações galera. Sucesso enorme. Muito obrigado! Até ao final deste ano, esperamos con-seguir chegar mais longe, alcançar mais pes-soas, tocar mais concertos e assimilar o fee-dback das pessoas acerca do nosso trabalho. Vamos ver o que 2014 nos reserva, já come-çamos a trabalhar em novos temas para um futuro lançamento!

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Tarja Turunen - Colours in the Dark

Antes de escrever este artigo eu não ti-nha qualquer noção do que dizer para você, nosso leitor. Só que eu remoendo minhas coisas dei de cara com o novo álbum da diva suprema, soberana, salve-salve, Tarja Turu-nen. Eu seria muito injusta se não falasse a respeito. Desde que ele vazou na internet tenho ouvido, porém, nas primeiras ouvidas, não me conquistou, confesso! Estou sendo sin-cera. “Ah, então agora você ama?”. Não, não estou amando o novo álbum dela, mas dei uma chance para que eu pudesse desfazer as traves que me impediam de ouvir mais aten-tamente. Depois de tantos amigos me marcan-do em suas postagens sobre o novo álbum de Tarja, perguntando sobre a minha impres-são e eles dizendo que seria o melhor álbum dela, eu, enfim, parei para escutar direito. E, mais uma vez, não estou amando, mas ago-ra eu suporto com mais louvor, digamos as-sim. A primeira música de trabalho, “Vic-tim of Rrrrritual” é um chiclete só. Meu Pai, é muito chiclete. Essa eu amei. AMEEEEI.

Num vou mentir! As músicas que seguem são o problema. Gosto de uma, não gosto da outra. Eu diria que é um álbum regular. Eeeeu, eu estou dizendo isso. Mas os “tarje-tes” amaram. É inegável o poder de voz que Tarja tem, isso não é dúvida para ninguém. Neste álbum ela mostra que tem fôlego, potência e são altos agudos, ainda há tempo para a versatilidade. Um pouco desta mostra está em “Victim of Rrrrrritual”. Você deve estar se perguntando, por que tantos “r’s” em Ri-tual? Escute a música, aí vai me entender di-reitinho. Enfim, ainda escutando o álbum, mas já posso dizer as minhas preferidas: “Victim of Ritual”, “500 Letters”, “Never Enough” (que eu acho o final bem inconclusivo, po-rém a música ganhou mais peso e ficou ain-da melhor), “Mystique Voyage” (adorei), “Deliverance”, “Neverlight”, “Medusa”. Bom, quero mais peso nas músicas e menos baladinhas. Tarja precisa ser melhor apro-veitada. Ok, são lembranças de outras épo-cas que ainda a persegue.

Pei Fon (@poifang | [email protected])

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Judas Priest - Breaking the Law

A década de 80 foi muito importan-te para a história do Metal, já que foi nesse período que várias bandas gravaram álbuns clássicos. Um desses foi lançado em 1980 sob o título de “British Steel” pelos britâni-cos do Judas Priest.

Eles que apareceram para o mundo jun-to com o “New Wave of British Heavy Me-tal” (N.W.O.B.H.M – Nova Onda do Heavy Metal Britânico), que foi um movimento que surgiu no final da década de 70 dando uma nova cara para o Metal. O Judas Priest é formada por Rob Halford (vocal), Glenn Tipton (guitarra), K.K Downing (guitarra), Ian Hill (baixo) e Dave Holland (bateria)

Esse disco que é considerado como um dos melhores da história do Heavy Metal, têm 9 faixas e a sonoridade é incrível. Esse é um daqueles álbuns que não pode faltar

na coleção de nenhum amante do estilo. A importância dele é tanta que o álbum já inicia com um dos principais ‘hinos’: “Brea-king The Law”. Por aí já dá para entender o motivo de Rob Halford ser considerado o “metal god”, que é título de uma das músi-cas que merece ser destacada. A que mais gosto é “United”, junto com “Living After Midnight”.

É difícil tentar simplificar discos como este, já que é apertar o play e deixar tocar a essência do puro Heavy Metal. Sem contar que são poucas faixas e só para frisar, já ci-tei quase 50% do disco. Não da para discu-tir: é um álbum maravilhoso. Se ainda não ouviu, procure urgentemente, pois esse é um daqueles álbuns que você não pode dei-xar de ouvir e esse eu recomendo!

Daniel Lima (@daniellimarm | [email protected])

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