REVISTA SBCC #52

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sbcc.com.br Ambientes controlados em hospitais Equipamentos de fluxo unidirecional Nº 52 maio/junho 2011 R$15,00 revista

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sbcc.com.br

Ambientes controlados em hospitais

Equipamentos de fluxo unidirecional

Nº 52 maio/junho 2011

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Edição N0 52maio/junho 2011

EditorialPlanejar é preciso

EntrevistaLuiz Aubert Neto

HospitaisDebate em alta

FCE Pharma 2011área limpa em operação

sócios da sBCC

Notícias da sBCC

opiniãoserá que o planejamento ainda está em uso?

Artigo Técnicouniformização para áreas Limpas

EFuEquipamentos de Fluxo unidirecional

mercado

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EDiToriAL

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omos encorajados desde cedo a “planejar”. Temos ou, ao menos,

somos incentivados a ter de planejar desde a compra da casa própria até a montagem de uma nova fábrica, pas-sando por toda a ordem de assuntos pessoais (casamento, filhos, férias com a família) e profissionais (a rotina do trabalho, investimentos, ações de mercado). A atualização ou o aperfeiçoamento técnico também passam pelo plane-jamento. é em função disso que, por exemplo, a SBCC informa no início do ano qual a programação de seminários. Porém, apesar de ser um tema que faz parte da nossa vida, planejar não é tão comum. A rotina por vezes esmaga nossa autoconfiança, não estimula o desenvolvimento e, sem isso, não há planejamento. Pior ainda quando se planeja e nada se concretiza. Não que-remos aqui discutir porque não se con-cretizou – o fato é que não se concre-

Planejar é preciso

s tizou. Mas alertar como essa situação pode comprometer nosso entendimen-to de como planejar é importante para todas as atividades.Atribui-se ao filósofo francês Michel de Montaigne a frase “Nenhum vento aju-da a quem não sabe a que porto deve chegar”. Este é o ponto. Se não sabe-mos qual o caminho seguir, não há pla-nejamento que nos salve. As decisões devem anteceder o planejamento, para que as providências possam ser toma-das e, então, agir para que tudo saia como previsto. Não é tarefa fácil, visto que normalmente fatores externos e incontroláveis agem de forma decisiva no processo. Porém, sem um mínimo de caminho definido, não se chega a lugar algum. Nesta edição da Revista da SBCC, a seção Opinião (página 50) traz um roteiro interessante – e bastan-te factível – sobre como obter ganhos com o planejamento.Área limpa na FCE – Pelo segundo

revi

sta

Edição N0 52maio/junho 2011

­SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação - www.sbcc.com.brDiretoria:­ Presidente:­ Dorival­ Sousa;­ Vice-Presidente:­ Marco­ Duboc;­ Diretor Técnico:­ Célio­ S.­ Martin;­ Diretor Financeiro:­ Raul­ A.­ Sadir;­ Diretor de Relações Públicas:­Gerson­Catapano;­Diretor Emérito: Dr.­Hans­Sonnenfeld;­Diretor do Núcleo Científico:­Elisa­Krippner;­Diretor Núcleo Comunicação: Marcio­Magno; Diretor Núcleo Eventos:­Luciana­Kimi;­Conselho Consultivo Elegível:­Celso­Simões­Alexandre,­Heloísa­Meirelles­Costa­e­­Luciana­Kimi;­Conselho Consultivo:­Ana­Maria­Ferreira­de­Miranda,­Carlos­Eduardo­Rein,­Claudemir­Aquino,­Dirce­Akamine,­Elisa­Krippner,­Jonas­Borges­da­Silva,­Luiz­Antonio­Rocha,­Silvia­Yuko­Eguchi­e­Suely­Itsuko­Ciosak;­Conselho Fiscal:­Yves­L.­M.­Gayard,­Murilo­Parra­e­Jean-Pierre­Herlin.­Cargo não-eletivo:­Delegada Internacional:­Heloísa­Meirelles­Costa;­Conselho Editorial Revista SBCC:­Martin­Lazar­(editor-chefe),­Camilo­Souza­(editor­assistente),­Carlos­Prudente,­Denis­Henrique­de­Souza,­Gerson­Catapano,­J.­Fernando­B.­Britto,­Paulo­Matos­e­Rinaldo­Lucio­Almeida.Secretaria:­Márcia­Lopes­Revista da SBCC: Órgão ofi cial da SBCC – Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação.­R.­Sebastião­Hummel,­171­–­­sala­402­­CEP­12210-200­São­José­­dos­Campos­–­SP.­­Tel.­(12)­3922­9976­–­Fax­(12)­3912­3562­­E-­mail:­­sbcc@sbcc.­com.br;­A Revista da SBCC é uma publi ca ção bimes tral edi ta da pela Vogal Comunicações. Tiragem: 5.000 exem pla resVogal Comunicações: Editor: Alberto­ Sarmento­ Paz.­ Reportagens:­ Luciana­ Fleury.­ Edição de Arte:­ Koiti­ Teshima­ (BBox).­ Diagramação:­Caline­Duarte,­Edna­Batista­e­Suely­Castro­Mello.­Projeto Gráfico: ­Carla­Vendramini/Formo­Arquitetura­e­Design.­Contatos com a reda ção:­Rua­Laboriosa­37,­São­Paulo.­Tel.­(11)­3051­6475.­E-­mail:­reda­cao@vogal­com.­com.br­­Depto. Comercial:­Marta­Vieira­([email protected])­e­­Aline­Souza­([email protected]).­A SBCC é membro da ICCCS - International Confederation of Contamination Control SocietiesAs opi niões e os con cei tos emi ti dos pelos entre vis ta dos ou em arti gos assi na dos não são de res pon sa bi li da de da Revista da SBCC e não expres sam, neces sa ria men te, a opi nião da enti da de. Foto capa: Ilustração sobre a foto de Luiz Pelegrini / Ricardo Hara Estúdio - Corredor que dá acesso às salas cirúrgicas do Hospital São Luiz - Unidade Anália Franca

ano consecutivo, a SBCC organiza na FCE Pharma sua Sala Limpa Itineran-te, um espaço de 9 metros quadrados classificados, destinada a mostrar aos visitantes dessa feira a tecnologia dis-ponível para áreas limpas e ambientes controlados. A participação é um bom exemplo de como o planejamento cri-terioso é fundamental para alcançar objetivos preestabelecidos. é importante que se diga: essa é uma ação inédita. Nenhuma outra entidade de áreas limpas no mundo investe para montar uma área limpa em operação durante uma feira de negócios. Desde 2003, com a organização da Ilha Temá-tica SBCC – Áreas Limpas, a entidade consegue mobilizar seus associados para tal empreitada. é uma ação da qual a SBCC muito se orgulha, princi-palmente, por atender a seu principal objetivo: disseminar conhecimento de qualidade.

Conselho Editorial Revista da SBCC

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SBCCout / nov / dez 2005

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retranca

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ENTREVISTA

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um grito de alerta: o Brasil está sob o sério risco de viver um processo

de desindustrialização, minando as possibilidades de desenvolvimento e crescimento e voltando a ter uma rela-ção de colônia com o resto do mundo. A mensagem tem sido repetida pelo presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), Luiz Aubert Neto, que tem uma longa atuação na Abimaq (onde exerceu diversos cargos e foi vice-presidente nas duas últimas ges-tões) e está há mais de 25 anos no se-tor. Engenheiro mecânico de produção, graduado pela Faculdade de Engenha-ria Industrial – FEI e pós-graduado em Administração Financeira e Contábil pela CEAG/FGV, é diretor da Aubert Engrenagens, empresa criada em 1950 por seu avô.

Esta experiência acumulada o fez colo-car a entidade em estado de atenção diante do avanço da China no mercado de bens de produção mecânico brasi-leiro. De forma inédita, a Abimaq entrou com cinco salvaguardas contra o país asiático no Departamento de Defesa Comercial da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX) do Ministério de De-senvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e já prepara outras 17. “Foi uma forma de dizer que não dá mais para suportar esta situação. Como o Brasil não tem nenhuma política de proteção industrial tivemos de fazer a nossa parte”. Para falar sobre este alerta, Aubert re-cebeu a Revista da SBCC. Acompanhe.

Revista da SBCC: A ABIMAQ tem

é alertado as instâncias públicas sobre o perigo da desindustrialização brasileira. Que dados indicam que o Brasil corre este risco?Luiz Aubert Neto: Basta olhar para nossa pauta de exportações e de im-portações. O Brasil é o maior produtor de café do mundo, mas é a Alemanha quem mais vende café industrializado; somos um dos maiores produtores de algodão e vendemos a maior parte para a China, para depois comprarmos de volta, em forma de camisas. Nossa produtividade em celulose é três vezes maior do que do principal concorrente, porém exportamos 93% da produção e, assim, 50% do papel consumido no Brasil é importado. Isso acontece com a soja, com o minério de ferro e com tantas outras commodities. Estamos entregando nossas riquezas para o

Luiz Aubert NetoPresidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos)

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mundo e fazendo com que o Brasil se torne novamente colônia, desta vez uma colônia chinesa. No caso da in-dústria de bens de capital mecânicos, o total de máquinas importadas vem há muito superando o de máquinas expor-tadas. Ano passado o déficit do setor foi de US$ 15 bilhões.

Revista da SBCC: Mas a importação de máquinas não indica aquecimento do setor industrial?Luiz Aubert Neto: Sim, a indústria automobilística continua indo bem, a indústria de bebidas também, e assim por diante, mas com equipamentos im-portados. Isso mata uma indústria que agrega valor, que é a que desenvolve a engenharia, tecnologia e acaba com toda sua cadeia. Vende-se milhares

de carros, mas os setores de fundição e de ferramentaria estão morrendo. Fala-se em geração de emprego, mas é preciso avaliar que tipo de emprego, está sendo gerado. O salário médio no nosso segmento é de R$ 2.800,00 sem encargos, com trabalhadores com, no mínimo, nove anos de estudo.Procure um país forte em máquinas

e equipamentos que seja pobre. Não existe país desenvolvido sem um setor de máquinas forte. E com a globali-zação, não importa onde a empresa esteja produzindo, o que importa é o mercado. Existem poucos mercados com potencial de crescimento, e o Bra-sil é um deles. Porém, estamos sendo atacados pela Alemanha, pela Itália e, principalmente, pela China que pegam nosso mercado. Estrategicamente isso é péssimo. Virar um país exportador de commodities é péssimo, pois a conta não fecha. Vamos continuar comprando bens de maior valor, importando peças de carro. Isso não gera emprego nem desenvolvimento, nem nada de bom.

Revista da SBCC: Isto traz, então, im-pactos para o setor de inovação.

Vendem-se milhares de carros, mas os

setores de fundição e ferramentaria estão morrendo

no Brasil

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ENTREVISTA

Luiz Aubert Neto: Claro. A palavra má-gica de qualquer setor de máquinas e equipamentos é inovação tecnológica. É isso que dá perenidade nesta indús-tria. A Alemanha é a maior fabricante de máquinas e equipamentos do mun-do porque investe bilhões em inovação tecnológica. Se não há demanda, se tudo vem de fora, pesquisa e desen-volvimento acabam e ficamos sempre dependentes de soluções e perdendo conhecimento, formação, valorização da mão de obra. Uma coisa puxa a outra.Ninguém duvida da qualidade de um carro alemão e de toda a tecnologia acoplada. Já um carro chinês deixa dúvidas. Mas é só questão de tempo. O Japão passou por isso há 30 anos, mas ganhou mercado, investiu e hoje

a Toyota é a maior do mundo. O Brasil poderia ir por este caminho, mas não está indo. Para desenvolver indústria é preciso inovar e para inovar é preciso incentivar o investimento e não tributá-lo. Pois para quem tem o recurso finan-ceiro, é melhor aplicar do que correr os riscos inerentes ao processo de inova-ção, que pode ou não dar certo, e que tem um tempo longo para ocorrer.

Revista da SBCC: Quais as ações precisariam ser tomadas para se evitar este processo?Luiz Aubert Neto: Não é preciso inven-tar nada. Só manter o chamado tripé mágico do desenvolvimento: o primeiro apoio é ter um câmbio justo, o segundo é desonerar o investimento e o terceiro é ter linhas de financiamento a longo prazo com juros civilizados. Mas o que faz o Brasil? Nós temos o câmbio mais valorizado do mundo; a maior carga tributária do mundo, inclusive somos o único país que tributa quem investe; e ainda temos a maior taxa de juros do mundo. Com isso, não vamos sair do lugar. Estamos entregando nosso mer-cado de bandeja para nossos concor-rentes. E esse não é um pedido para beneficiar os fabricantes de máquinas. Este é um pedido para o País como um todo, para todos os setores.

Revista da SBCC: E as reivindicações específicas para o setor, como elas es-tão sendo trabalhadas? Luiz Aubert Neto: Estamos participan-do de vários debates e temos várias conquistas, como a isenção de IPI que já é realidade para 95% do setor. PIS e COFINS, que pagávamos 48,5%, já es-tão em 12%. Estamos acompanhando a questão da desoneração da Folha, com muita expectativa de que seja aprova-da. Ela irá acabar com os 20% da con-

tribuição patronal em troca de aumento de 1% na PIS e COFINS. Em termos de arrecadação é trocar seis por meia dúzia, como se diz. Mas é positivo, pois faz com que a empresa não “exporte” mais este custo. Como não há cobran-ça de PIS e COFINS na exportação, a venda para o exterior fica favorecida. E também estimula a contratação formal e traz equilíbrio para o mercado, pois se uma empresa paga de maneira formal e outra não, gera uma concorrência des-leal. Também acredito que haverá um fim na guerra fiscal entre os estados.

Revista da SBCC: A entidade apresen-tou ações de salvaguarda transitória contra a China. O que motivou isso e que desdobramento é esperado? Luiz Aubert Neto: Já entramos com salvaguardas para chave de fenda, válvulas tipo borboleta, correntes, caminhão-guindaste e bombas, produ-tos para os quais a situação está mais aguda e está claro o prejuízo para o mercado local. Mas temos mais 17 processos em andamento. É um grito de alerta, é para dizer que não dá mais para suportar esta situação. Sabemos que apresentar e dar sustentação a salvaguardas dá trabalho, foi preciso contratar gente para fazer e estamos trabalhando muito intensamente. Mas a Abimaq tem obrigação moral de fazer isso. Não dá para aceitar máquina chi-nesa chegando aqui a seis, sete dólares por quilo, entrando assim livremente. Também estamos atacando pelo lado técnico: as máquinas brasileiras pre-cisam seguir normas de segurança, como, por exemplo, possuir sensores de segurança para proteger o operador. Agora quem exige isso do vendedor chinês? O comprador precisa escolher entre uma máquina brasileira que custa 100 e segue todas as recomendações

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e boas práticas de fabricação e uma chinesa que custa 10. Mesmo em uma eventual fiscalização e aplicação de multa ainda vai sair mais barato. O que eu espero é que tenhamos uma respos-ta favorável e que estes produtos sejam proibidos de entrar no Brasil.

Revista da SBCC: As indústrias têm se mostrado cada vez mais preocupadas em ações voltadas para a preservação do meio ambiente. Como a ABIMAQ se posiciona diante disso? Luiz Aubert Neto: Somos defensores de que a sustentabilidade é um grande diferencial competitivo e fomentamos a área ambiental brasileira do setor in-dustrial de máquinas e equipamentos. Em 2009 lançamos o Projeto Carbono Zero, com o intuito de promover um

novo modelo de gestão a ser adotado pelas empresas associadas e favorecer a diminuição de emissão de carbono. Como representante das empresas associadas, a ABIMAQ firmou, por

meio deste projeto, o compromisso de responsabilidade ambiental, reconhe-cendo que o meio ambiente deve ser alvo contínuo de intervenções e ações em prol da sua conservação.

Revista da SBCC: Qual a expectativa do senhor com relação ao Governo da presidente Dilma Rousseff?Luiz Aubert Neto: Eu estou acendendo cinco velas por dia para ela ser ilumina-da e tomar as melhores decisões. Co-ragem, sabemos que ela tem. Basta ver o histórico dela, de quem lutou contra a ditadura e até lutou contra uma doença e se recuperou. Não falta coragem, é só colocar estas questões em prática. E ela tem capital político para isso, pois é o primeiro presidente do Brasil que tem maioria no Congresso e no Senado.

O tripé mágico do desenvolvimento

é formado por câmbio justo,

desoneração do investimento e linhas

de financiamento com juros

competitivos

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EFU

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Equipamentos de Fluxo Unidirecional

Foco no estabelecimento de padrões e disseminação de conhecimento técnico ao mercado são pontos-chaves para a melhoria contínua dos Equipamentos de Fluxo Unidirecional (EFU). Norma desenvolvida no âmbito do GT-51 do ABNT/CB-46 contribuiu decisivamente para ampliar os debates no setor, chamar atenção para a qualidade dos produtos e informar usuários

Marcelo Couto

á um ano e meio os Equipamen-tos de Fluxo Unidirecional (EFU)

passaram a ser regulamentados por uma norma técnica brasileira, a ABNT NBR 15767, que fixou requisitos e métodos de ensaio aplicáveis a esses equipamentos, utilizados para proteger produtos sensíveis a contaminação du-rante o manuseio em ambientes como laboratórios e indústrias, especialmen-te as farmacêuticas e eletrônicas, entre outras.

A nova norma, ainda pouco co-nhecida, é um instrumento importante para ajudar usuários e fabricantes de equipamentos, fornecedores de aces-sórios e prestadores de serviços a falar a mesma língua, a começar pela padronização de terminologia e defini-ção dos tipos de produtos comumente encontrados no mercado, além de

Norma estabelece parâmetros técnicos

que servem de referência a usuários,

fabricantes de equipamentos, fornecedores

de acessórios e prestadores de

serviço

seguir critérios comuns de qualifica-ção, para garantir a conformidade do equipamento nas fases de fabricação e de operação. O documento estabelece ainda recomendações para a instala-

ção e manutenção e a troca dos filtros, que são procedimentos essenciais para assegurar o grau de limpeza do ar em toda a zona útil de trabalho.

Confusão na hora da compra

Há consenso entre os profissio-nais consultados pela reportagem da Revista da SBCC de que questões básicas relacionadas aos EFU ainda não estão suficientemente dissemina-das, notadamente entre os usuários dos equipamentos. Ao mesmo tempo em que buscam reforçar os princípios preconizados pela norma, os profis-sionais do setor reconhecem também a importância de tratar um problema

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frequente no dia a dia: a confusão entre EFU e Cabines de Segurança Biológica (CSB). E nesse ponto eles concordam que o problema se deve, em grande parte, à carência de informações.

“Embora ambos os equipamentos sejam fisicamente semelhantes e geral-mente produzidos pelos mesmos fabri-cantes, eles têm funções e caracterís-ticas específicas”, destaca Cesar Leão de Santana, gerente de Vendas da Trox do Brasil. “Os EFU são projetados para proporcionar um ambiente limpo delimi-tado para proteger o produto ou o pro-cesso de produção. Portanto, não cabe a eles oferecer proteção nem a quem está realizando a manipulação nem ao meio ambiente”, explica. Ele esclarece que nas situações em que cuidados com o operador e o meio ambiente são requeridos deve-se utilizar Cabines de

Segurança Biológica, concebidas e classificadas conforme o risco envolvi-do em cada tipo de operação.

A dificuldade frequentemente co-meça na hora de adquirir o equipamen-to. “Muitas vezes, o usuário não sabe especificar o que necessita, porque não dispõe de pessoal com conheci-mento para esse tipo de compra. Ao fabricante, por sua vez, também não cabe determinar o que é melhor para atender a necessidade do cliente, o que acaba gerando uma situação bas-tante complicada”, avalia Miguel Fer-reirós, diretor da Análise Consultoria e Engenharia e coordenador do GT-51 da SBCC, grupo de trabalho do Comitê Brasileiro de Áreas Limpas e Contro-ladas (ABNT/CB-46), responsável por “Equipamentos Autônomos de Ar Lim-po” (leia mais na pág. 16).

O especialista conta que não raro os profissionais responsáveis chegam na instalação para realizar a qualifi-cação inicial (antes de o equipamento começar a operar) e se deparam com um EFU onde deveria ter uma CSB e vice-versa. “No primeiro caso, há uma situação inadequada e que pode expor o operador e o meio ambiente a riscos, enquanto quando uma CSB é instalada no lugar de um EFU há desperdício, pois seria dispensável um equipamen-to mais caro e complexo”, pondera.

Conhecer o processo, os riscos nele envolvidos e as condições de ope-ração são requisitos essenciais para determinar qual equipamento deve ser utilizado e quais as configurações exigidas em cada caso. Portanto, é evidente que o usuário-comprador deve ter conhecimento técnico do que necessita e está comprando. E esse conhecimento vai muito além de ape-nas diferenciar um EFU de uma CSB.

“A situação ideal no momento da

Pré-filtro

Bancada de fluxo unidirecional vertical

Sistema de

filtragem HEPA / ULPA

Motoventilador

Barreira física

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EFU

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– Equipamentos de Ar Limpo com Fluxo Unidirecional, do Instituto de Ciências Ambientais e Tecnologia (IEST, na sigla em inglês). Os usuários, no entanto, dificilmente tinham acesso ou conheci-mento a respeito dela.

“A norma brasileira surge como uma das iniciativas do setor para reforçar a disseminação de parâmetros técnicos respaldados nas referências internacio-

nais e na experiência acumulada pelos profissionais do País”, considera José Augusto Senatore, do departamento de Engenharia de Aplicações da fabri-cante de equipamentos Atmen. “Além disso, o documento nacional é mais acessível e de fácil leitura, pois está em português e traz a terminologia que está sendo adotada no Brasil”, defende. Ele argumenta que a NBR 15767 não resolve todos os problemas de falta de informação, mas é um passo nessa direção à medida que começa a ser citada em documentos e discutida em seminários e demais apresentações sobre o assunto.

Um dos esforços tem sido para padronizar a terminologia empregada em relação aos equipamentos. Em-bora ainda frequentemente apareçam nos catálogos dos fabricantes como referência aos clientes ainda habitua-dos à nomenclatura antiga, os termos capela ou cabine de fluxo laminar são atualmente considerados ultrapassa-dos. O apropriado é designá-los como Equipamentos de Fluxo Unidirecional e especificá-los pelos tipos mais comuns encontrados no mercado, que são: ban-cadas de fluxo unidirecional (podem ser de fluxo horizontal ou vertical); módulo de fluxo unidirecional (sempre com flu-xo vertical) e unidades filtro-ventilador – também bastante conhecidas pela sigla FFU, que vem do nome em inglês “fan filter unit”.

As imagens que ilustram esta re-portagem são desenhos esquemáticos básicos dos principais tipos de EFU preparados por ocasião da produção da norma brasileira. No entanto, há no mercado uma grande variedade de tipos de equipamentos, projetados sob medida para atender necessidades es-pecíficas do processo do cliente, mas observando os mesmos princípios ge-

compra seria fornecer a especificação ao fabricante e, depois, adotar rotinas de qualificação e manutenção periódi-cas para garantir a eficácia do equipa-mento, mas a realidade dos clientes é bastante variada. Há companhias e ins-tituições bem preparadas e com pes-soal técnico atento a essas questões, mas há casos em que a situação é bem diferente”, aponta Eduardo Cabanes Bertomeu, gerente de Engenharia da empresa de filtros e equipamentos Ae-roglass.

Padrões para facilitar

Até novembro de 2009, quando a NBR 15767 entrou em vigor, a principal norma técnica adotada pelos fabrican-tes que atuam no Brasil em relação aos EFU era a americana IEST RP-CC002

Catálogos e outros materiais de

divulgação dos equipamentos ainda trazem terminologia

antiga como referência a clientes

Barreira físicaSistema de filtragem HEPA / ULPA

Motoventilador Pré-filtro

Bancada de fluxo unidirecional horizontal

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TROX DO BRASIL LTDA.

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Unidades especiais de tratamento do ar

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EFU

14 14

EFU

rais de fluxo unidirecional do ar.Os EFU entram em cena como

recurso para oferecer um ambiente limpo localizado e normalmente ficam instalados no interior de um outro ambiente controlado. São utilizados em processos como a manipulação e

Módulo de fluxo unidirecional vertical

PlenumSistema de Filtragem

HEPA/ULPA

Motoventilador

Barreira física

Pré-filtro

Plenum

Tela difusora

Sistema de Filtragem HEPA/ULPA

Pré-filtro

Motoventilador

Barreira física

a) com filtro terminal e plenum único de insuflamento

b) com filtro final e tela difusora

o envase de produtos farmacêuticos, áreas de pesagem e amostragem de matéria-prima, manipulação em clíni-cas e laboratórios e na manufatura de componentes eletrônicos de alta tec-nologia. Os EFU podem inclusive ser instalados sobre outros equipamentos

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Pré-filtro

c) com unidades filtro-ventiladores

Plenum Moto-ventilador Pré Filtro

Barreira Física

Sistema de filtragemHEPA/ULPA

de produção, de modo a evitar que o produto processado seja exposto ao ambiente com impurezas.

“As bancadas oferecem ambientes pequenos, o que em algumas situ-ações é insuficiente para atender a necessidade. Nesses casos, unidades modulares podem ser utilizadas para oferecer proteção ao produto manipu-lado num ambiente maior”, explica Lu-ciano Figueiredo, gerente comercial do Grupo Veco. Ele acrescenta que essa solução é amplamente adotada para a proteção de máquinas de envase ou áreas de dispensação de injetáveis estéreis, nas indústrias alimentícias e ainda no envase de iogurtes e sucos, por exemplo.

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EFU

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Uma norma técnica brasileira de-dicada a Cabines de Segurança Biológica (CSB) também está a ca-minho. Assim como aconteceu no caso dos Equipamentos de Fluxo Unidirecional (EFU), as discussões estão sendo conduzidas pelo GT-51, grupo de trabalho responsável por “Equipamentos Autônomos de Ar Limpo” no Comitê Brasileiro de Áreas Limpas e Controladas (ABNT/CB-46). A previsão é de que a proposta de norma vá a consulta pública ainda no segundo semestre deste ano.Atualmente, os padrões para pro-jeto, construção e certificação das CSB são definidos por uma nor-ma internacional, a NSF 49 (NSF International Standard/American National Standard for Biosafety Cabinetry), largamente adotada como referência pelos principais fabricantes de equipamentos, es-pecialmente aqueles que têm suas matrizes no exterior. A norma na-cional levará em conta os requisitos dessa e de outras normas interna-cionais e será enriquecida com a experiência dos profissionais bra-sileiros, habituados à realidade do nosso mercado.

Diferentemente dos EFU, as CSB servem para proteger o operador em relação a agentes perigosos e impedir o impacto ambiental de contaminantes do interior da cabi-ne, além de, na maior parte das ve-zes, proteger também o produto ou o ensaio que está sendo executado no interior da cabine em relação a possíveis contaminantes do labora-tório ou de contaminação cruzada no interior da própria cabine. As CSB são classificadas confor-me os riscos e as exigências do processo. A Classe I, pouco utili-zada atualmente, oferece proteção somente ao operador e o ambiente. A Classe II, com os seus tipos A1, A2, B1 e B2 (variações de caracte-rísticas construtivas e de funciona-mento), cobre os principais riscos biológicos e, por isso, é a mais comumente encontrada no merca-do. Já a Classe III é a que oferece barreira total e impede qualquer contato entre o operador e produto manipulado.

Esforço normativoO GT-51 é aberto à participação de fabricantes, prestadores de serviços e usuários dos chamados

“Equipamentos Autônomos de Ar Limpo”. Logo que a norma relativa a CSB ficar pronta, o grupo já sabe no que concentrar esforços: na produção de documentos técnicos relativos a outros equipamentos especiais. Na lista estão cabines de pesagem, túneis de despirogei-nização e capelas de exaustão.“Temos um longo trabalho pela frente, mas também a oportunida-de de os profissionais brasileiros tratarem desses temas, criar nor-mas adaptadas à nossa realidade e capazes de elevar continuamente a qualidade dos produtos oferecidos ao mercado nacional”, diz o coorde-nador do GT-51, Miguel Ferreirós.Segundo ele, a normalização é condição não somente para facilitar a relação entre usuários e fabrican-tes, fornecedores de acessórios e prestadores de serviços que atuam no País, como também para criar no futuro processos de certificação aplicáveis a todos os equipamen-tos, inclusive os importados, que deverão no mínimo igualar-se aos padrões de desempenho dos fabri-cados no Brasil. Sem normas apro-priadas não há como exigir que a qualidade esperada seja garantida.

Norma sobre Cabine de Segurança Biológica está a caminho

Qualificação é fator-chave

Antes de começar a funcionar, no entanto, todo EFU deve passar por um rigoroso processo de qualificação, que começa ainda na fase de protótipo,

passa pela linha de produção na fábrica e se estende até o local onde será utili-zado. Em cada uma dessas etapas há ensaios obrigatórios e outros opcionais, que são realizados mediante as exigên-cias definidas pelos usuários em função do seu processo.

Os ensaios incluem verificações

da velocidade e uniformidade do fluxo de ar, diferença de pressão do siste-ma de filtragem HEPA/ULPA (para analisar a perda de carga dos filtros), determinação do ponto representativo de amostragem de aerossol, ensaio para detecção de pontos de vazamen-to no sistema de filtragem, infiltração

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Processo de qualificação envolve

ensaios que começam com o protótipo do

equipamento, passam pelo processo de

produção na fábrica e se completam após o EFU ser instalado no local onde será utilizado

por indução, contagem de partículas em suspensão no ar, capacidade do motoventilador com a perda de carga máxima dos filtros, iluminação, vibra-ção, ruído, estabilidade estrutural e acréscimo de temperatura, entre outros itens adicionais.

Nas fases de protótipo e produção normalmente são os próprios fabrican-tes que realizam os ensaios requeridos e atestam a conformidade do seu pro-duto. Quando o equipamento é entre-gue ao usuário, quase sempre, uma empresa especializada é contratada para fazer a qualificação prevista e libe-rá-lo para iniciar o funcionamento. São poucos os usuários finais que dispõem de técnicos próprios capacitados para realizar o processo de qualificação dos equipamentos adquiridos.

“Um EFU somente pode entrar em operação após ser aprovado em todos os ensaios obrigatórios. A não-confor-midade em qualquer dos itens críticos

impede a qualificação do equipamento”, explica Miguel Ferreirós. “Algum desvio pode ser aceito apenas se for realizada uma criteriosa análise de riscos, condu-zida por uma equipe multidisciplinar e que chegue à conclusão cabal de que a não-conformidade identificada não tem impacto relevante sobre o processo”, ressalva. Ainda assim, segundo ele, um plano de ação corretiva deve ser instau-rado e implementado.

A NBR 15767 estabelece que a qualificação dos EFU seja feita por pro-fissional “qualificado e com atribuições técnicas compatíveis com estas ativida-des”, no entanto, não fornece mais deta-lhes a esse respeito. Não há atualmente no Brasil instituições – ou mecanismos do próprio setor – que fiscalizem quem está habilitado a realizar a qualificação

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prevista e com o rigor técnico espera-do. E, dadas outras necessidades mais imediatas de informação e dissemina-ção de conhecimento, a “qualificação dos qualificadores” ainda é um sonho acalentado para o futuro.

Instalação e manutenção

Não basta somente que o equipa-mento tenha sido aprovado em todos os ensaios realizados. O local onde ele será instalado também faz diferença. Fatores como o fluxo de pessoas, po-sicionamento de portas, ventiladores, aquecedores e saídas de ar condiciona-do ou de outros equipamentos que pro-duzam correntes de ar podem causar interferência negativa no desempenho de um EFU e, por isso, exigem atenção.

Outro aspecto é o que o EFU, frequentemente instalado dentro de

um outro ambiente controlado e pre-viamente concebido, também deveria ser considerado no cálculo da carga térmica, o que pode também gerar um problema – neste caso não para o fun-cionamento do equipamento em si mas para o ambiente onde ele opera.

Além da qualificação inicial, os EFU devem passar por certificações no mínimo uma vez por ano. A perio-dicidade varia em função da criticidade do processo. Uma nova qualificação também é necessária nos casos em que o equipamento é movido do lugar onde foi instalado e qualificado ou se ocorrer alguma manutenção corretiva. “De resto, todo EFU requer o estabele-cimento de uma rotina de manutenção preventiva, que deve incluir a limpeza das superfícies (externas e internas) e dos motoventiladores, além da inspe-ção dos pré-filtros”, destaca Miguel Fer-reirós. “Afixar o controle de manutenção no equipamento também ajuda muito”, recomenda.

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O controle da troca de filtros é outra medida essencial para manter o de-sempenho do equipamento e garantir a sua eficácia. Com a utilização, os filtros HEPA/ULPA acumulam partículas e periodicamente precisam ser verifica-dos e eventualmente substituídos. Esse momento, no entanto, requer cuidado especial, pois de nada adiantará todos os demais cuidados anteriomente to-mados se o filtro for rompido. O inter-valo de substituição depende da qua-lidade do ar do ambiente onde o EFU está instalado e do tempo em que ele permanece em funcionamento.

Em síntese, os especialistas aler-tam que, sem o adequado conhecimen-to técnico para a aquisição de um EFU (ou de uma CSB, quando for o caso), a realização de qualificações periódicas

O desempenho de um EFU, com o grau de limpeza do ar e

segurança esperado durante todo o seu

funcionamento, exige não apenas

equipamentos bem projetados e fabricados mas também cuidados

na instalação e nos processos periódicos

de manutenção e qualificação

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dos equipamentos – conduzidas por profissionais competentes – e a observância de cuidados específicos durante a instalação e manutenções de rotina, torna-se difícil garantir o desempenho esperado do equipa-mento e, por consequência, o grau de limpeza do ar e a segurança necessários para uma operação sem riscos de contaminação para o produto manipulado.

“A criação da norma brasileira foi fundamental, mas o esforço de dis-seminação de informações técnicas deve ser contínuo, para favorecer as boas práticas no mercado”, conclui Humberto Pereira Neves, da Divisão de Assistência Técnica da Bonaire Climatécnica. Ou seja, a normaliza-ção foi apenas o primeiro passo!

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Bancada de fluxo horizontal da Aeroglass

EFU produzido pela BSTec: inovação em parceria com universidades

Equipamento da Atmen com painel “tablet”: aposta em tecnologia

Fabricantes apresentam novidades

Os principais fabricantes de Equi-pamentos de Fluxo Unidirecional (EFU) foram consultados pela Revista da SBCC para apresentar as suas linhas de produtos, os esforços de inovação desenvolvidos e eventuais novidades a caminho. Acompanhe:

AeroglassCom mais de 40 anos de experi-

ência na fabricação de filtros de ar e componentes para controle de con-taminação, a Aeroglass mantém uma extensa linha de equipamentos de fluxo unidirecional na qual incluem-se cabines fabricadas nas configurações básicas de fluxo horizontal e vertical e com dimensões variadas.

A empresa destaca que tem con-centrado esforços para fazer com que a operação e manutenção de seus produtos tornem-se ainda mais fáceis, além de realizar investimentos em solu-

ções para produzir equipamentos mais compactos.

A Aeroglass também informa que está remodelando seus equipamentos para agregar novos tamanhos e incre-mentar a eletrônica embarcada. As mudanças neste sentido envolvem tam-bém a linha de cabines de segurança biológica da empresa.

AtmenA Atmen disponibiliza ao mercado

equipamentos com fluxo horizontal e vertical, módulo com fluxo vertical, forros filtrantes com ventiladores e uni-dades filtro-ventilador (FFU), além de equipamentos especiais para a transfe-rência de animais.

A fabricante tem incorporado a seus produtos componentes como o painel de comando que monitora a velocidade do fluxo do ar, a saturação do filtro e a data da próxima certificação. Também estuda a aerodinâmica interna dos equi-pamentos, para garantir uniformidade do fluxo do ar durante a vida útil do filtro HEPA, e busca oferecer recursos para facilitar a certificação, como pontos

para injeção de névoa de PAO (Poly Al-pha Olefin) ou ponto normalizado para captar upstream.

Nas próximas semanas lançará uma linha de equipamentos com novo design de plenum de insuflamento, que deverá reduzir a turbulência interna an-tes do filtro HEPA. Para o 2º semestre reserva a maior novidade: equipamen-tos dotados de painel de comando com display sensível ao toque, que permitirá ao usuário registrar informações, con-sultar o manual do equipamento, pedir suporte técnico à distância via rede sem fio e controlar todas as funcionalidades com poucos toques. Adicionalmente, pretende adotar ventiladores DC em seus equipamentos, visando reduzir o consumo de energia em pelo menos 20% e diminuir ruído e vibração.

BSTecDedicada a soluções em biosse-

gurança, a BSTec produz três linhas de EFU. A Ecco e Ecco Plus, lançadas em 2010, caracterizam-se pelas dimen-sões reduzidas, que facilitam a insta-lação em pequenos espaços. A linha

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Plus se diferencia por tecnologias como movimentação automática da janela frontal. Já a “ultracompacta” linha Smart possui controle dos ciclos de esteriliza-ção. Agora, a empresa está lançando um equipamento para manipulação de PRP (plasma rico em plaquetas).

A BSTec tem apostado em desen-volvimento tecnológico por meio de parcerias com renomadas universida-des gaúchas, como a PUC-RS, UFRGS e FEEVALE. Segundo a empresa, o trabalho conjunto é para desenvolver produtos de alto desempenho e que incorporem as melhores práticas ado-tadas pelo mercado. Ela cita como exemplos desse esforço o conceito “in-trinsecamente seguro”, incorporado aos equipamentos; o sistema automático de movimentação da janela frontal; e o sis-

tema de monitoramento do diferencial de pressão nos filtros e da velocidade do ar de downflow, desenvolvidos jun-tamente com as universidades.

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Fan Filter Unit (FFU) da Filtrax: equipamento com carrinho e bateria

gem e amostragem, cabines de segu-rança biológica, pressurizadores com ar refrigerado, unidades de transporte de material estéril, cabines de transfe-rência de animais e de raspagem de maravalha. Todos os itens dotados de sistemas de fluxo unidirecional e com variadas especificações.

Por meio de um painel de mem-brana com tela de cristal líquido, os equipamentos permitem obter dados de performance a qualquer momento (sem interrupções), ajustar as velocidades de cada motoventilador e ter acesso a indicadores visuais de funcionamento, alarme de falhas, leitura da perda de pressão dos filtros absolutos, horímetro parcial e total e ainda proteção contra falha no motoventilador.

As mais recentes inovações tam-bém envolvem eficiência, com redução média de 40% no consumo de energia; ergonomia, para garantir o conforto e produtividade do operador; e redução de ruído, buscando níveis abaixo de 55 dB(A). Outra novidade é o motoventi-lador do tipo “Direct Drive”, sem polias e correias, visando reduzir os níveis de vibração e ruído e contaminação provo-cadas pelas correias.

Área de envase de um laboratório farmacêutico, com fluxo unidirecional Mesh, da Neu Luft

FiltraxAs unidades do tipo “fan filter” (com

base fixa ou carrinho) são os principais destaques da linha de EFU da Filtrax. A empresa informa que a mais recen-te inovação apresentada ao mercado foi justamente o fluxo com carrinho e bateria, que dispensa fios, facilitando o transporte de produtos de uma sala lim-

pa para outra. Os equipamentos podem ser projetados conforme a necessidade do projeto de cada obra.

Neu Luft A Neu Luft, que trabalha com pro-

jeto e confecção de EFU sob medida para atender os requisitos do processo de cada cliente, está preparando uma

Fabricantes apostam em produtos

mais compactos e silenciosos, com menos

vibrações e maior eficiência energética.

Norma contribuiu para ampliar os debates técnicos do setor

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Bancada de fluxo vertical - modelo Pa300 da marca

Pachane

novidade: “um equipamento portátil do tipo ‘plug and play’, desenvolvido com materiais mais leves, para clínicas e la-boratórios”, mas sobre o qual ainda não revela detalhes.

Em relação aos atuais sistemas, a empresa destaca que o conceito do seu produto, que produz fluxo unidirecional por meio do equalizador “Mesh”, per-mite projetar o plenum de insuflamento com a mesma geometria da área de trabalho, o que aproxima o ar estéril da fonte a ser protegida e reduz a quan-tidade de filtros, a vazão e o tamanho dos motoventiladores, resultando em economia de energia, menor custo de peças sobressalentes e menor tempo de parada para recertificações e manu-tenção.

A empresa também informa que uti-

liza motoventiladores com rotores aero-dinâmicos e motores de alto rendimen-to, garantindo nível de ruído abaixo de 60dB(A), cujos motores são acionados por conversores de frequência. Além disso, seleciona filtros absolutos com elevado número de plissas, para reduzir perda de carga inicial e prolongar a vida útil do meio filtrante.

Pachane A Pachane produz bancadas de

fluxo horizontal e vertical e módulos de fluxo unidirecional, além de cabines de pesagem, cabines para troca de ani-mais, cabines para raspagem de mara-valha e de segurança biológica classe II

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Planta de insumos biológicos com o equipamento modelo FUV-12.6, da Reintech

Forro filtrante com ventilador FFT comercializado pela Trox do Brasil

tipo A1, A2, B2.A principal novidade no momento

são os novos layouts de toda a linha de produtos da empresa, que foram apri-morados para oferecer maior desempe-nho (melhoria do desvio padrão da ve-locidade média) e melhor acabamento.

ReintechDisponibiliza equipamentos autôno-

mos de fluxo vertical, com controle indi-vidual de velocidade para cada elemen-to filtrante; e forros filtrantes em formato integrado ou autônomo para áreas grau A, com unidades filtro-ventilador (FFU) ou caixas terminais com filtros HEPA/ULPA integradas ao tratamento de ar principal.

Entre as recentes inovações na li-nha da Reintech estão a possibilidade de controle individual de velocidade e vazão para cada elemento filtrante, a utilização de luminárias tipo gota d’água em inox e o sistema de vedação dos fil-tros com gel de poliuretano. Para com-

pletar, a empresa destaca que o tipo de filtro por ela utilizado permite manu-tenção pela sala, além de disponibilizar ponto para leitura de concentração de PAO (Poly Alpha Olefin) para ensaios também pela sala.

A Reintech informa que está desen-volvendo interfaces computadorizadas, para o controle individual pelo sistema supervisório, com controle automático de vazão para cada elemento filtrante, sendo todo o sistema de acordo com o “CFR 21 Part 11”.

TroxA Trox produz EFU horizontais,

“mini EFU” horizontais e verticais para manipulação de pequenos volumes, módulos verticais com plenum de até 300mm de altura (para salas com pé direito baixo), unidades filtro-ventilador (FFU) em peça única ou agrupadas para compor o forro filtrante de toda a sala, além de cabines de pesagem para fracionar componentes ativos na indústria farmacêutica.

Atualmente, a empresa está con-centrando esforços no desenvolvimen-

to de um novo EFU modular com carac-terísticas que considera inovadoras. A tecnologia empregada no equipamento propiciará melhor desempenho e ofe-recerá custos e prazos de entrega me-nores. O lançamento neste caso está previsto para 2012.

A Trox destaca que se mantém atenta às necessidades dos clientes e às inovações nacionais e globais do segmento. Segundo avalia a empresa, as constantes evoluções do mercado brasileiro, com o aperfeiçoamento e a criação de normas e requisitos regula-mentares tem impulsionado o desen-volvimento de novas tecnologias, mar-cadas sobretudo pela busca de menor impacto ambiental, redução dos níveis de ruído e de vibração, melhor desem-penho e eficiência energética.

VecoTradicional fabricante, com 37 anos

de atuação no mercado, a Veco oferece uma linha de EFU basicamente com-posta de bancadas de fluxo horizontal e vertical e de módulos de fluxo vertical. No caso das bancadas, a empresa re-

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Módulo de fluxo unidirecional, da Veco, instalado sobre máquina de enchimento

alizou recentemente uma completa re-formulação de design, adotando linhas arredondadas e vidros nas laterais da área de trabalho, mas mantendo, logi-camente, a integridade e os parâmetros de aceitação e funcionalidade dos equi-pamentos.

Além da reformulação no design, a Veco informa que as principais ino-vações estão relacionadas à busca de melhor eficiência operacional e energética (utilizando ventiladores de alto rendimento), baixo nível de ruído e baixo consumo.

A empresa enfatiza que os esforços de aprimoramento são constantes e que tem se concentrado no desenvol-vimento de projetos feitos sob medida para atender as necessidades opera-cionais e as limitações do espaço físico de cada cliente.

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Debate em alta

Um dos segmentos que primeiro se valeu dos conhecimentos sobre o controle de contaminação, os hospitais agora são motivo de estudos e debates para estabelecer padrões mais objetivos para os ambientes controlados e áreas limpas em seus interiores

alberto sarmento paz

denominação Estabelecimentos Assistenciais de Saúde – EAS é indicativa de qualquer edificação

destinada à prestação de assistência à saúde da população, que demande acesso de pacientes – em regime de internação ou não – independente do seu porte ou nível de complexidade. Reúne, portanto, hospitais, clínicas e unidades de tratamento avançado, por exemplo, sejam esses espaços públi-cos ou privados.

Os EAS são, possivelmente, o setor econômico que atualmente gere maior demanda por informações sobre produtos e serviços de áreas limpas e ambientes controlados e, portanto, é foco de atenção dos fornecedores. Isso porque os setores usuários industriais, tais como farmacêutico, veterinário e eletrônica, têm consolidado diversos parâmetros para a aplicação da tecno-logia de áreas limpas, seja por meio de

a contagem de partículas e sistemas de condicionamento do ar

dotados de filtros são temas comuns no

meio hospitalar há pelo menos três

décadas

normas seja por expertise desenvolvida notadamente nas últimas décadas de aplicação intensa da tecnologia na linha de produção.

O tema, porém, não é distante dos hospitais e demais instituições de saúde. “Na verdade, os hospitais, em função da busca por ações preventivas para o controle de infecções, foram talvez os primeiros a debater com certa

eficiência soluções para o controle de contaminação”, observa Maurício Sa-lomão, diretor da Somar Engenharia e coordenador do GT 53 da SBCC – Ambientes Controlados em Hospitais. “A contagem de partículas e sistemas de condicionamento de ar dotados de filtros são temas comuns no meio hospitalar há pelo menos três décadas e isso, como em todos os setores de conhecimento, vem evoluindo e se con-solidando. O GT 53 acredita que agora o momento é de desenvolver uma lite-ratura técnica que organize as ideias e o conhecimento, ou seja, estabeleça parâmetros consensuais para o bom desempenho dessas ferramentas em hospitais”, avalia Salomão.

O GT 53, criado em setembro de 2009, realiza reuniões mensais com participação de profissionais de engenharia e da área de saúde que debatem o assunto e procuram criar

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convergências. A interdisciplinaridade é fundamental nesse caso. Aos enge-nheiros cabe o conhecimento técnico sobre os fundamentos dos sistemas de condicionamento de ar, sistemas de fil-tros, uso de arquitetura de áreas limpas e controle de pressão, entre outros pon-tos. Os profissionais da área da saúde (médicos e enfermeiros) entram com as informações, por exemplo, sobre a dinâmica do hospital, as necessidades do atendimento aos pacientes, a rotina dos profissionais em cada um dos am-bientes (deve-se levar em conta que um

UTI do Hospital Sírio-Libanês. Pressão diferenciada entre quartos e corredor evita contaminação cruzada do ar

hospital tem desde cozinha até áreas de pesquisa de ponta, dependendo do tipo de instituição).

É essa troca de experiência que, avalia Salomão, será fundamental para criar documentos que não sejam uma peça de ficção. “Estabelecer critérios mínimos permite que o documento seja aceito e disseminado pelas par-tes envolvidas. Almejar uma desejada ‘excelência’, em função da tecnologia disponível, pode gerar um documento inócuo e sem efetividade no mundo real. Acredito que o bom documento é

aquele que estabelece diretrizes plau-síveis, sem grande impacto econômico e que, de forma relevante, ajuda a criar ambientes mais qualificados para o atendimento médico no curto e médio prazo”, resume Salomão.

O coordenador do GT 53 informa que o grupo está empenhado em es-crever e validar os ensaios feitos em ambientes hospitalares críticos, tais como centros cirúrgicos, unidades de tratamento intensivo – UTI, farmácias de manipulação de medicamentos, áreas de isolamento, de pesquisa avan-

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Hospitais

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que não há espaço para classificação no modelo “em operação” em função das características de um hospital, principalmente nas áreas mais críticas).

çada e de transplante de medula óssea ou de pele. E a ideia é apresentar à sociedade esse documento até o final de 2012. Salomão explica ainda que todo o processo está sendo feito como se o documento fosse produzido para virar uma norma técnica ABNT. “Mas ainda não estamos certos se esse é o caminho. Há ainda um campo de deba-te para saber como melhor utilizar essa informação”.

Os especialistas do GT estão em busca de exemplos internacionais sobre o assunto. Foi encontrada, por exemplo, uma norma russa para hospitais espe-cificamente para a área de transplante de medula óssea e centro cirúrgico, com classificação nos modelos “como construído” e “em repouso” (é consenso

o grupo de estudo está empenhado

em escrever e validar ensaios

feitos em ambientes hospitalares críticos,

tais como centros cirúrgicos, Uti e

farmácias

Vista parcial do corredor que dá acesso às salas de cirurgia do Hospital Octávio Frias, em São Paulo

Também há publicações norte-ameri-canas sobre ambientes controlados e sistemas de condicionamento de ar e de água em EAS.

No Brasil, três documentos são avaliados como diretrizes gerais para consulta: a RDC 50 de 21/2/2002, a Re-solução RE 176 de 24/10/2000 e a NBR 7256. A RDC 50 dispõe sobre o regu-lamento técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de EAS, enquanto a RE 176 estabelece orientação téc-nica contendo padrões referenciais de qualidade do ar interior em ambientes de uso público e coletivo, climatizados artificialmente. A resolução recomen-da um índice máximo de poluentes de contaminação biológica e química e

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prevê métodos analíticos e recomen-dações para controle e correção, caso os padrões de ar sejam considerados regulares e ruins.

Já a norma brasileira ABNT NBR 7256:2005 versa sobre o “Tratamento de ar em estabelecimentos assisten-ciais de saúde - EAS - Requisitos para projeto e execução das instalações”, definindo os requisitos específicos para ambientes hospitalares, no que tange aos sistemas de ar.

avaliação complexa

Existem muitos questionamentos antes da formalização de algum proce-dimento mínimo para ambientes contro-lados ou mesmo áreas classificadas em

hospitais. Por exemplo, é necessária uma máquina dotada de filtro terminal para cada sala cirúrgica? Quando a contagem de partículas será feita? Qual a sequência mais eficaz para a conta-gem de partículas em um ambiente hospitalar e em quais ambientes a con-tagem deve ser feita? “Os questiona-mentos são muitos e para a melhoria do controle de contaminação, como forma de ampliar o controle de infecção em hospitais, é importante que tenhamos um procedimento conhecido por todos os atores envolvidos nesse processo. Estou convicto de que precisamos de-safiar a instalação”, diz Salomão.

As novas instalações têm ao menos um aspecto comum: há uma preocupa-ção dos administradores hospitalares com o tema. E os resultados são no-

tados. Por exemplo, é frequente esta-belecer diferencial de pressão entre as salas cirúrgicas e os corredores, e cada sala contar com seu próprio sistema de condicionamento de ar com filtro terminal. Esse procedimento reduz a possibilidade de contaminação cruza-da, além de propiciar maior eficiência em casos de limpeza ou manutenção em uma única sala cirúrgica.

Como reforça Antonio Gibertoni, da ABEClin – Associação Brasileira de En-genharia Clínica e da área de Engenha-ria Clínica do Hospital Albert Einstein, de São Paulo, o controle de infecção é o maior desafio dos hospitais e um dos principais indicadores de qualidade das instituições. “O controle de con-taminação do ar pode ser um grande aliado no controle de infecção, daí sua

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Page 30: REVISTA SBCC #52

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importância. Mas o tema é muito com-plexo. Gosto sempre de citar o exemplo do pronto-socorro que recebe pessoas com todo o tipo de problema de saúde. As perguntas são várias, desde qual a importância do grau de pureza do ar, quantas trocas de ar devem ocorrer, como esse ar deve ser tratado antes de ir para o ambiente externo e quais filtros usar, até como manter controlados es-ses ambientes. Enfim, são avaliações complexas e nosso trabalho no GT 53 é incentivar o debate e gerar conhe-cimento e procedimentos aplicáveis”, comenta Gibertoni.

Um exemplo recente da comple-xidade da situação foi a epidemia de gripe suína. Até o conhecimento do impacto real da infecção, houve uma tendência de segregar as pessoas contaminadas. “Porém, como deveria ser o controle do ar nesse ambientes isolados? É um questionamento perti-nente e que precisa ser estudado para

Sala cirúrgica é um dos pontos críticos que merecem a atenção dos envolvidos em controle de contaminacão do ar

os questionamentos são muitos e para

a melhoria do controle de

contaminação, como forma de

ampliar o controle de infecção

em hospitais, é importante que

se tenha um procedimento

conhecido por todos os atores envolvidos

nesse processo

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que a ação seja mais efetiva em novas situações críticas como a causada pela gripe suína”, avalia Gibertoni.

Ele observa ainda que não há exi-gência legal de ambientes controlados ou áreas limpas em hospitais, mas há uma tendência para o uso dessa tec-nologia em alguns ambientes. “Não se imagina um hospital referência, seja público ou privado, que não tenha filtro HEPA em seu centro cirúrgico e que não faça contagem de partículas. Mas não há um procedimento objetivo estabele-cido sobre como fazer essa contagem. A padronização, nesse caso, traria ex-celentes resultados a curto prazo e sem investimentos adicionais, pois isso já é feito como rotina nos hospitais”, avalia.

Para o especialista, o trabalho do GT 53 segue outros estudos de pa-

dronização que aperfeiçoaram o setor hospitalar, como é o caso da norma produzida pela ABNT CB 26 que deu diretrizes para a fabricação de equi-pamentos médicos. Hoje, se um fabri-

cante quiser atuar no mercado nacional tem que ensaiar os equipamentos em laboratório certificado pelo Inmetro e receber a certificação de conformidade.

A padronização do comissiona-mento, para Gibertoni, pode contribuir para a qualificação do setor. “Existem várias vertentes que contribuem para que essa situação se torne realidade. Primeiro, há uma preocupação social para a melhoria contínua do atendi-mento hospitalar. Depois, a sociedade é mais exigente, e quando se cria um impasse jurídico uma norma – ou uma resolução – é um documento que dá sustentação técnica ao debate. Tenho certeza de que os documentos gerados pelo GT 53 serão um grande avanço para toda a sociedade”, finaliza o diretor da ABEClin.

Não se imagina um hospital referência,

seja público ou privado, que não tenha filtro HEpa

em seu centro cirúrgico e que não faça contagem de

partículas

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FCE Pharma 2011

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Área limpa em operaçãoPelo segundo ano consecutivo, a SBCC apresenta a Sala Limpa Itinerante na FCE Pharma

alberto Sarmento Paz

ntre os dias 24 e 26 de maio, ocor-re no Transamérica Expo Center,

em São Paulo, a décima sexta edição da FCE Pharma – Exposição Interna-cional de Tecnologia para a Indústria Farmacêutica. A SBCC marca presen-ça com o Pavilhão da SBCC, espaço com cerca de 250 metros quadrados que reúne o estande da própria entida-de e de algumas empresas associadas (Alsco, CACR, CPA, Sesimbra, Sterilex

e Veco), além de uma área limpa em funcionamento.

Chamado de Sala Limpa Itinerante SBCC, o espaço de 9 metros quadra-dos se destaca por manter uma área classificada em operação durante todo o evento, onde são realizadas demonstrações (veja box). A Sala Lim-pa é composta por antecâmara (sem classificação) e sala principal (ISO classe 8), com unidade UFR (unidade

de filtragem refrigerada) mais conden-sadora e um fan filter com pré-filtro. A arquitetura segue os padrões BPFs da indústria farmacêutica quanto a divisó-ria, piso e teto. As portas intertravadas, as caixas de passagem e os visores foram pensados de modo a permitir total visualização de seu interior pelos visitantes. Além das empresas expo-sitoras, a Sala Limpa tem o apoio da Asmontec, da Microblau e da Dosage,

alsco SesimbraCPa CaCr

Sterilex

Sala Limpa Itinerante

SBCC

Pavilhão da SBCC na FCE Farma

Veco

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33

Demonstrações

Estão programadas três demonstrações diárias (às 14h30, 16h30 e 18h30). Cada uma delas envolve quatro ações sequenciais e duram entre 30 e 40 minutos. Logo após as demonstrações, os profissionais das empresas ficam à disposição dos visitantes para tirar todas as dúvidas.

As demonstrações são: Paramentação (Alsco) Certificação (CCL) Preparação de Material para Esterilização (Sterilex) Monitoramento Microbiológico (Dosage)

Equipamento/Produto Empresa

UFR com condensadora acoplada Veco

Filter Fan Unit Veco

Portas de Correr e Simples Asmontec

Banco Aço Inox Asmontec

Caixas de Passagem e Visores Asmontec

Cabine de Biosegurança Veco

Carrinho de aço inox Asmontec

Banqueta Asmontec

Unidade de Descontaminação Veco

Piso CPT

Automação Microblau

Ficha Técnica – Sala Limpa Itinerante

responsáveis respectivamente pela montagem do espaço, pela automação e pelas demonstrações de monitora-mento biológico.

“É um esforço e tanto viabilizar uma área limpa em funcionamento durante um evento. Porém, a credibilidade da SBCC permite que a entidade atue des-sa forma e, assim, leve o conhecimento

para um maior número de profissio-nais, principalmente em um evento que reúne o setor farmacêutico, segmento que mais utiliza a tecnologia no Brasil”, diz Luciana Kimi, da área de planeja-mento de eventos. Ela informa que a SBCC contará ainda com o apoio das seguintes empresas nesta iniciativa: Refrin, Isodur, Induspox e MPW.

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notícias da sBcc

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Experiência prática

Seminário Projeto de Áreas Limpas atrai profissionais de todo o Brasil

O segundo evento do Ciclo de Seminários da SBCC de 2011 reuniu cerca de 50 profissionais, vindos de sete estados brasileiros, fortemente interessados em se atualizar tecno-logicamente ou aperfeiçoar pontos importantes para o exercício de suas funções. O Seminário Projeto de Áre-as Limpas foi organizado nos dias 28 e 29 de abril, na sede da ABRAVA, em São Paulo, com a apresentação de 11 palestras e três casos práticos.

A coordenação ficou a cargo de Orlando Azevedo e Carlos Pru-dente e o primeiro dia de atividades contou com os seguintes temas: O Projeto no Ciclo de Vida do Negócio (apresentado por Orlando Azevedo, da Arcontemp); Especificação dos Requisitos do Usuário (por Célio Soares Martin, da Análise Con-sultoria); Normas e Regulamentos (por Jean-Pierre Herlin, da Análise

Consultoria), Anteprojeto: Conceitos de Segregação, Definições para o Projeto de Arquitetura e Lay out (por Francisco Coutinho, da Planevale) e Projeto Básico, Projeto de Ar Condi-cionado, Projeto de Utilidades, Proje-to de Áreas Limpas (por J. Fernando B. Britto, da Adriferco). Ao final das palestras, Francisco Coutinho apre-sentou ainda um estudo de caso.

No segundo dia, os participantes

puderam acompanhar dois estudos de caso, apresentados por David Hengeltraub e Wili Hoffmann. Já as palestras foram sobre Filtragem de Ar (por Edmilson Alves, da Camfil Farr), Construção e Materiais (por David Hengeltraub, da Alcon Laboratórios), Equipamentos para o Controle de Contaminação (por Alexander Ga-liotto, da Reintech), Automação (por Roney Ritschel, da Microblau), Parti-

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Seminários permitem atualização tecnológica. Acima, Célio Martin discorre sobre o tema Especificações dos Requisitos do Usuário

Normas e Regulamentos foi o tema apresentado por Jean-Pierre Herlin

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da, Princípios de Comissionamento e Qualificação (por Célio Soares Martin, da Análise Consultoria) e Alguns Erros e Armadilhas (por Willi Hoffmann, da Veranum Tempus).

Amanda Fernandes Versiani, bi-óloga, analista de Produção da Área de Monitoramento Ambiental da Novo Nordisk, líder global em medi-camentos para tratamento do diabe-tes, participante pela primeira vez de um seminário da SBCC, comentou sobre a excelência do conteúdo pro-gramático. “Os assuntos foram pas-sados com muita competência pelos palestrantes. Gostei particularmente dos estudos de caso, pois aproxima-ram a teoria da prática”, observou.

Também pela primeira vez em um seminário da SBCC, o engenheiro

mecânico e gerente de Manutenção Industrial do Laboratório Teuto, com planta industrial no estado de Goiás, Leosmar Gomides de Oliveira, ava-liou como excelente o evento téc-nico. “As apresentações estiveram

focadas na prática e contribuíram para a ampliação do conhecimento. Fiquei muito satisfeito com a condu-ção dos temas e posso garantir que o investimento de viagem e estada foi compensado. Acredito apenas que o tema balanceamento de área poderia ser mais explorado em outra palestra”, comentou.

Os patrocinadores do Seminário Projeto para Áreas Limpas foram Aeroglass, CACR, CCL, Camfil Farr, Isodur, Masstin, Microblau, Powermatic, Reintech e Sterilex e o evento contou com o apoio da Abra-va e do Sindratar-SP. Veja próximos seminários na pág. 36 e também no site, acesse: www.sbcc.com.br. So-licite mais informações pelo e-mail: [email protected]

cerca de 50 profissionais, vindos

de sete estados brasileiros, estiveram

presentes, uma mostra de como os seminários

são importantes para a atualizacão

tecnológica

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Page 36: REVISTA SBCC #52

notícias da sBcc

Cerca de 20 profissionais estive-ram presentes em reunião preliminar para a organização do Simpósio do ICCCS – International Confederation of Contamination Control Societies 2016, que será realizado no Brasil. Organizado em São Paulo, no mês de fevereiro, esse primeiro contato serviu para trocar ideias e sugestões sobre o evento, tais como datas, local, participantes, língua oficial, pa-lestras, expositores e visita técnica.

“A reunião foi muito produtiva, já estabelecemos os comitês e um pla-no global de ações”, comenta Heloi-sa Meirelles, Delegada Internacional da SBCC e coordenadora do grupo de trabalho para a organização do

Simpósio ICCCS 2016. “O sentimen-to maior que permeou toda a reunião foi o grande compromisso de todos os presentes com a qualidade do evento. As empresas estarão empe-nhadas em organizar um grande sim-pósio, reforçando a imagem positiva do Brasil e da América Latina junto à comunidade internacional de contro-le de contaminação”.

É importante lembrar que essa será a segunda vez que o país rece-be eventos internacionais de áreas limpas. Em 2002, a cidade de São Paulo foi sede da reunião anual do ICCCS e da reunião da ISO TC 209, com a presença de cerca de 100 profissionais do exterior. “Naquele

Pontapé inicial para o seminário icccs 2016

momento a SBCC estava conso-lidando a presença do Brasil no debate mundial. Hoje o país já é um dos atores principais, em função da excelência de seus profissionais e empresas. Não tenho dúvidas que o evento será um marco na história do setor”, comenta Heloísa.

Os interessados em participar das reuniões podem entrar em con-tato com a SBCC pelo e-mail [email protected], assunto: ICCCS 2016. O segundo encontro do grupo foi or-ganizado no dia 26 de maio e, ainda no segundo semestre deste ano, a entidade vai promover uma reunião aberta aos interessados em partici-par, apoiar e promover o evento.

19 Mai 3 SÃO PAULOEQUIPAMENTOS DE AR LIMPOAspectos da seleção, manutenção e ensaio de equipamentos autonomos

29 e 30 Jun 4 SÃO PAULOENSAIOS EM ÁREAS LIMPASProcedimentos baseados na NBR ISO 14644-3, como parte do processode comissionamento e qualificação

25 Ago EXTRA 2 SÃO PAULOCONTROLE DE INFECÇÃO EM SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE (EAS)O controle de infecção e a engenharia a serviço da segurança do ambiente

29 Set 5 SÃO PAULOMANUTENÇÃO EM ÁREAS LIMPASBoas práticas de controle de contaminação associadas aos trabalhos de manutenção

26 e 27 Out 6 SÃO PAULOMICROBIOLOGIAAspectos relevantes da contaminação microbiana

18 Ago EXTRA 1 CURITIBAPROJETO DE ÁREAS LIMPAS (NBR ISO 14644-4 e GUIA SBCC)

10 Nov EXTRA 3 RECIFEENSAIOS DE ÁREAS LIMPAS (NBR ISO 14644-3)

23 Nov 7 SÃO PAULOOPERAÇÃO DE ÁREAS LIMPAS

DATA TEMA - TÍTULO MÓDULO LOCAL

Grade de Seminários SBCC 2011C

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Nome Empresa / EntidadeComitê Marketing/Organização/Estrutural

J. Felipe Meca Asmontec

Maurício Rodrigues Alves Técnica

Carla Vendramini Formo Arquitetura

Gerson Catapano Masstin

Majory Imai Unna Comunicação

Raul Sadir Veco

Sergio Marcos de Oliveira Swell

Comitê Científico

Dirce Akamine Farmoterápica

Terezinha J.Pinto USP

Ana Maria Menezes Farmacia Hospitalaria y Clínica- Univ. Belgrano

Carlos Massaru Kayano DNPC

Elaine Martin MPW Lavanderia

Eliane Bennett SBCC

Fábio Bitencourt ABDEH / IVB

Fábio Pires Takaks DNPC

Franz Gasser GPAX

Gladys Chicago Instituto Salud Publica de Chile

Henrique Toma USP Nanotecnologia

José de Assis Fonseca Faria FEA UNICAMP

Marco Adolph Trox

Maria Cristina Fernandez Facultad de Farmacia y Bioquimica-Univ. Buenos Aires

Maurício Salomão Somar Engenharia

Miguel Ferreirós Análise Consultoria/ABRAVA DNPC

Comitê FinanceiroMurilo Parra MPW Lavanderia

Renato Gimenes CACR

Eduardo Rein Reintech

Heloisa M. Costa Ardutec

Comitê InternacionalRosemary Schneider Lunus

Wili Hoffman Veranum-Nalco

Celso Simões Trox

Edmilson Alves Camfil

Tadeu Gonzales Dânica

Priscila Baioco Trox

comissão organizadora icccs 2016 - Brasil

Tel: (11) 3731-2255 / (11) [email protected]

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Page 38: REVISTA SBCC #52

MERCADO

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Asmontec comemora 15 anos de mercado

A Asmontec, uma das principais empresas em engenharia de salas limpas, comemorou 15 anos de atu-ação no mercado. A festa foi realiza-da no Recanto Exótico, em Vinhedo (SP), em abril, e contou com a pre-sença de diretores, colaboradores e parceiros da empresa. Em clima de confraternização, os participan-tes puderam se divertir com várias atrações, banda de música ao vivo e sorteio de prêmios, entre eles uma TV LCD 32. Para o presidente da empresa, João Bosco Meca da Silva, o momento foi de grande sa-tisfação: “A festa contou com parti-cipação expressiva dos funcionários e familiares e foi um momento muito especial, pois pudemos retribuir um pouco toda a ajuda que eles nos dão

no trabalho e desenvolvimento da Asmontec”.

A empresa também aproveitou para comemorar o sucesso das suas campanhas solidárias que já arre-cadaram doações de grande porte, entre elas, para a Igreja São Sebas-

Acima, local da confraternização de 15 anos. Ao lado, João Fernando, Rosane, João Bosco – presidente da empresa, e João Felipe

tião e para a Prefeitura de Louveira, cidade vizinha a Campinas, onde a empresa está localizada e que foi devastada por enchentes.

Grupo Armacell: 10 anos de Brasil

A Armacell Brasil, unidade do grupo multinacional alemão Arma-cell, uma das líderes globais em isolamentos térmicos, sistemas de revestimento, produtos de proteção contra incêndio e atenuação acústi-ca, marca em 2011 dez anos de ope-ração no País. A filial brasileira, que inicialmente operava somente como centro de distribuição e comerciali-zação dos produtos fabricados na Europa, inaugurou em 2001 a sua primeira fábrica local para fornecer aos mercados do Brasil e Mercosul. Instalada em Pindamonhangaba, no interior do estado de São Paulo, a unidade fabril nacional conta atual-mente com 50 colaboradores.

Nestes dez anos a produção mais do que triplicou. A Armacell Brasil dedica-se atualmente à fabri-cação de tubos isolantes de borra-cha elastomérica Armaflex AC e AF, e também importa e comercializa produtos globais da empresa. Se-gundo o diretor industrial da Arma-cell Brasil, Stephan Spremberg, ao longo destes 10 anos a companhia consolidou a borracha elastomérica como uma das principais soluções para isolamento térmico. “Nossos serviços e produtos conquistaram espaço no mercado local e se torna-ram sinônimo de modernidade com padrões internacionais de qualida-de”, diz o executivo.

Baumer abastece nova unidade de esterilização de Manaus

A Unimed adquiriu quatro novos equipamentos da linha de lavanderia da Baumer para a central de esteri-lização do novo hospital da compa-nhia em Manaus. A aquisição inclui um esterilizador a peróxido de hidro-gênio (PHB), uma termodesinfecto-ra, duas unidades de esterilizador a vapor, além de acessórios de carga e armazenagem. Com a compra, o hospital passa a ser a primeira instituição de saúde amazonense a possuir um equipamento que traba-lha com tecnologia líquida e de alta tensão (o PHB).

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Powermatic lança cravadora hidráulica em evento nos EUA

Planejada e desenvolvida pelos profissionais da própria empresa, a Powermatic apresentou ao mercado sua cravadora hidráulica para per-fil. O produto foi lançado durante a AHR Expo – Las Vegas, maior feira de exposições do mundo do setor de ar condicionado, refrigeração e ventilação.

A nova máquina possui duas funções: é cravadora e furadeira. Como cravadora, dispensa o uso de rebites e não deixa rebarbas na face interna do duto, não permitindo o acúmulo de resíduos, e pode ser usada como furadeira, basta trocar a matriz do mandril.

Orçamento da FINEP cresce 50% e chega a R$ 6 bilhões

Após acordos realizados junto ao BNDES e ao Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat), a FINEP ampliou em R$ 2 bilhões os recursos destinados ao financiamento com retorno de projetos de ciência, tecnologia e inovação em empresas brasileiras. Com isso, o orçamento total da financiadora para apoio a empresas e instituições de ensino e pesquisa, em 2011, passou de R$ 4 bilhões para cerca de R$ 6 bilhões.

A meta do presidente da FINEP, Glauco Arbix, é dupli-car a capacidade de crédito da financiadora, atingindo R$ 8 bilhões ao final de quatro anos. Ele citou as áreas de gás e energia, complexo de saúde, nanotecnologia e tecnologia da informação como prioritárias para apoio.

Na sua carteira de reembolsável (crédito), a FINEP opera com taxas subsidiadas que variam entre 3,5% e 5% ao ano, dependendo do grau de inovação do projeto. Já os recursos do PSI serão operacionalizados pela FINEP com base nas li-nhas do Programa, que opera com taxas fixas entre 4% e 5% ao ano para projetos de pesquisa nas áreas prioritárias da Política de Desenvolvimento Produtivo do Governo Federal.

Outra novidade da empresa foi a recente inauguração de seu Centro de Distribuição na cidade de São Paulo. Com o novo espaço, que em

breve também abrigará o escritório comercial, a empresa espera am-pliar o serviço prestado, principal-mente em casos emergenciais.

Detalhe da cravadora hidráulica em operação

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Page 40: REVISTA SBCC #52

AssociAdos sBcc

40

EMPREsA TEL.EMPREsA TEL.

ÁBACO COnstrutOrA LtdA. ................................................................. 62 3091-2131

ABL AntIBIÓtICOs dO BrAsIL LtdA. ...................................................... 19 3872-9300

ABECOn Ar COnd. E rEFrIG. .................................................................. 11 4345-4777

AC IntErCOn sALAs LIMPAs EnG.Inst. EsPECIAIs LtdA. ................. 11 3331-6576

AÇOr EnGEnHArIA LtdA. ........................................................................ 11 3731-6870

AdrIFErCO EnGEnHArIA E COnsuLtOrIA LtdA. .............................. 11 3773-7274

AErOGLAss BrAsILEIrA s/A FIBrAs dE VIdrO .................................. 11 4616-0866

AIr CLEAn COnt. COntAM. AMB. s/C LtdA. ......................................... 19 3252-2677

AIr COndItIOnInG tOtAL sErVICE LtdA. ............................................. 11 3202-3344

AIr nEt COM. E sErV. dE Ar COnd. LtdA ............................................ 11 2272-2465

AIr QuALItY EnGEnHArIA LtdA. ............................................................ 62 3224-2171

AIr tIME Ar COndICIOnAdO LtdA.......................................................... 11 3115-3988

ALBrAs Ind. E COM. dE EQuIP. PArA. LABOrAtÓrIO LtdA. .............. 16 3635-5845

ALCArd IndústrIA MêCAnICA LtdA. .................................................... 11 2946-6406

ALPHALAB COMErCIAL CIEntÍFICA ......................................................... 62 3285-6840

ALsCO tOALHEIrO BrAsIL LtdA. ............................................................ 11 2198-1477

AMV COntrOLE AMBIEntAL ..................................................................... 19 3387-4138

AnÁLIsE COnsuLtOrIA E EnGEnHArIA LtdA....................................... 11 5585-7811

APOrtE nutrICIOnAL FArMÁCIA dE MAnIP. LtdA. ............................. 31 3481-7071

APsEn FArMACêutICA s/A....................................................................... 11 5645-5040

ArCOntEMP Ar COnd. ELÉtrICA LtdA ................................................. 17 3215-9100

ArdutEC COM. InstALAÇÕEs E AssEss. LtdA. ................................. 11 3731-2255

ArMACELL BrAsIL LtdA. .......................................................................... 12 3146-2050

ArrudA E LEFOL sAúdE AMBIEntAL ..................................................... 19 3845-2322

As MOntEC EnG. COnstr.COMÉrCIO LtdA. ....................................... 19 3846-1161

AstEPA rEFrIGErAÇÃO LtdA ................................................................. 83 3341-5494

At EnGEnHArIA .......................................................................................... 11 2642-7070

AtMEn IndústrIA E COMÉrCIO dE EQuIPAMEntOs .......................... 11 2936-8299

AtMOsFErA GEstÃO E HIGIEnIzAÇÃO dE têxtEIs ........................... 11 4588-5000

BArdusCH ArrEnd. têxtEIs LtdA. ..................................................... 41 3382-2050

BIOArPLus COntrOLE dE COntAMInAÇÃO LtdA. ............................ 19 3887-1886

BIOCAMPO 2000 PrOdutOs BIOLÓGICOs LtdA. ................................. 21 3592-1002

BIOCOntrOL LtdA. .................................................................................... 31 3295-2522

BIOQuÍMICA suPrIMEntOs AnALÍtICOs ............................................... 16 2138-6111

BIOsAFE - BIOssEGurAnÇA dO BrAsIL LtdA. ..................................... 11 3683-4448

BIOtEC sOLuÇÃO AMBIEntAL ................................................................ 12 3939-1803

BOnAIrE CLIMAtÉCnICA LtdA. ............................................................... 11 3336-4999

Btu COndICIOnAdOrEs dE Ar LtdA. .................................................. 19 3844-9700

CACr EnG E InstALAÇÕEs ..................................................................... 11 5561-1454

CAMFIL FArr Ind. COM. E sErVIÇOs dE FILtrOs BrAsIL ................. 19 3837-3376

CArGIL AGrÍCOLA s/A ............................................................................... 34 3218-5200

CCL FArMA COM. dE PEÇAs E sErVIÇOs LtdA. .................................. 19 3289-8397

CCP ExPOrtEC PrOdutOs LtdA. .......................................................... 11 3834-3482

CEQnEP ...................................................................................................... 41 3027-8007

CErtIFIQuE sOLuÇÕEs IntEGrAdAs .................................................. 31 3386-5574

CLEAn suL COntrOLE dE COntAMInAÇÃO ......................................... 51 3222-9060

CLIMA sPACE EnGEnHArIA tÉrMICA LtdA. .......................................... 19 3778-9410

CLIMAPLAn PrOjEtOs tÉrMICOs .......................................................... 11 2068-9351

CLIMAPrEss tECn. sIst. Ar COnd. LtdA. ............................................ 11 2095-2700

COnAIr COMÉrCIO E sErVIÇOs LtdA. ................................................ 21 2609-4921

COnExÃO sIstEMAs dE PrOtEsE LtdA. ............................................. 11 4652-0900

COnstArCO EnGEnHArIA E COMÉrCIO LtdA. ................................... 11 3933-5000

COntrOLBIO AssEssOrIA tÉCnICA MICrOBIOLÓGICA s/s LtdA. .... 11 3721-7760

CPA BrAsIL IndústrIA E COMÉrCIO dE rEsInAs VEGEtAIs LtdA. 11 3809-9804

CrIstÁLIA PrOd. QuÍM. E FArM. LtdA................................................... 19 3863-9500

dAnFOss dO BrAsIL Ind. E COM. LtdA. ................................................ 11 2135-5400

dânICA tErMOIndustrIAL BrAsIL LtdA. ............................................. 11 3043-7891

dAIICHI sAnkYO BrAsIL FArMACêutICA LtdA. ................................... 11 4689-4500

dHL dIAGnÓstICA HOsPItALAr LtdA ................................................... 67 3318-0300

dIVOrsE dIVIsÓrIAs E COMÉrCIO dE ACEssÓrIOs P/ sALA LIMPA EPP . 11 5524-5486

ECOQuEst dO BrAsIL COM. E sErV. P/ PurIF. dE Ar E ÁGuA LtdA. ... 11 3120-6353

EMAC - EnGEnHArIA dE MAnutEnÇÃO LtdA. .................................... 31 2125-8500

EMPArCOn - tEstEs, AjustEs E BALAnC. s/C LtdA. ....................... 11 4654-3447

EMP. PArAnAEnsE dE CLIMAtIzAÇÃO - EMPAC Ar COnd. ................. 41 3045-2700

EnFArMA COnsuLtOrIA EM EnGEnHArIA FArMACêutICA .............. 21 2443-6917

EnG CLEAn COntrOLE dE COntAMInAÇÕEs LtdA. ........................... 38 3221-7260

EnGEFArMA COnsuLt. E sErVIÇOs LtdA. .......................................... 21 2456-0792

EnGEPHArMA sOLuÇÕEs IntEGrAdAs .............................................. 11 9606-9466

EnGInE COMÉrCIO E sErVIÇOs LtdA. .................................................. 27 3326-2770

EQuAtOrIAL sIstEMAs............................................................................. 12 3949-9390

ErGO EnGEnHArIA LtdA. ....................................................................... 11 3825-4730

EurOtHErM LtdA. ................................................................................... 19 3112-5333

FAMAP - FArM. MAnIP. PrOd. PArEnt. LtdA. ...................................... 31 3449-4700

FArMÁCIA dErMACO LtdA. ..................................................................... 53 3232-9987

FArMOtErÁPICA PHYtOn FOrM. MAG. E OFIC. LtdA. ....................... 11 5181-3866

FBM IndústrIA FArMACêutICA LtdA.................................................... 62 3333-3500

FILAB COntrOLE dE COntAMInAÇÃO LtdA. ....................................... 19 3249-1475

FILtEx MOntAGEns E COM. dE sIs. E COMP. PArA FILt. LtdA.......... 19 3229-0660

FILtrACOM sIst. & COMPOn. P/ FILtr. LtdA. ...................................... 19 3881-8000

FILtrAx dO BrAsIL LtdA. ......................................................................... 11 4771-2777

FIVE VALIdAÇÃO dE sIstEMAs COMPutAdOrIzAdOs........................ 15 3411-5550

FOCuM dM VALIdAÇÃO ............................................................................. 31 3476-7492

FrEsEnIus kABI BrAsIL ........................................................................... 11 2504-1400

FundAÇÃO dE APOIO Á PEsQuIsA, dEsEnVOLVIMEntO E InOVAÇÃO - EB . 21 2410-6256

FundAÇÃO dE AssIs., Est. E PEsQ. dE uBErLândIA (FAEPu) ........ 34 3218-2531

FundAÇÃO HEMOCEntrO dE rIBEIrÃO PrEtO ................................. 16 2101-9300

FundAMEnt-Ar COns. EnG. PLAnEj. LtdA. ......................................... 11 3873-4445

GABMEd PrOdutOs EsPECÍFICOs LtdA. ............................................. 11 5181-2224

GAnutrE - GAn rIO APOIO nutrICIOnAL LtdA. ................................ 21 2589-4763

GErLAB COMÉrCIO dE MÓVEIs EQuIP. LtdA ....................................... 11 5579-5222

GILtEC LtdA. .............................................................................................. 11 5034-0972

GPAx LtdA. .................................................................................................. 11 3285-0839

GuAPOrE EQuIPAMEntOs LtdA.-ME .................................................... 41 3276-4763

H. strAttnEr & CIA LtdA. ....................................................................... 21 2121-1300

HVACr sErVIÇOs tÉCnICOs LtdA. ........................................................ 21 2423-3913

HEAtInG & COOLInG tECn. tÉrMICA LtdA. .......................................... 11 3931-9900

HExIs CIEntÍFICA LtdA. ........................................................................... 11 4589-2600

HItACHI - Ar COnd. dO BrAsIL LtdA. .................................................... 11 3549-2722

HOsP PHArMA MAnIP. E suPrIM. LtdA. ............................................... 11 2146-0600

IndusCOnsuLt EnGEnHArIA E AssEssOrIA IndustrIAL LtdA. ..... 11 5535-2782

IndusPOx PIsOs E rEVEstIMEntOs IndustrIAIs ........................... 11 5050-1202

InstItutO OnCOLÓGICO dE rIBEIrÃO PrEtO ................................... 16 3623-2341

IPAnEMA Ind. PrOd. VEtErInÁrIOs ...................................................... 15 3281-9450

IsOdur Ind. COM. sErVIÇOs LtdA. ...................................................... 19 3272-6244

j G PACHECO MAnu. E COMÉrCIO dE EQuIP. HOsPIt. ....................... 68 3224-1468

krIEGEr MEtALúrGICA Ind. E COM. LtdA. .......................................... 47 3231-1311

LABOrAtÓrIO BIO VEt ............................................................................ 11 4158-8231

LABOrAtÓrIO MAttOs E MAttOs .......................................................... 21 2719-6868

LABOrAtÓrIO QuÍMICO E FArMACêutICO BErGAMO LtdA. ............ 11 2187-0194

LIntEr FILtrOs IndustrIAIs LtdA. ...................................................... 11 5643-4477

LItOrAL Ar COndICIOnAdO LtdA. ........................................................ 13 3317-2909

MAj LAB COM. E MAnutEnÇÃO dE EQuIP. PArA LABO.LtdA. ............ 41 3356-8420

Page 41: REVISTA SBCC #52

41

AssociAdos sBcc

EMPREsA TEL.EMPREsA TEL.

MArCELO MEnELAu COnsuLtOrIA ........................................................ 81 3221-0907

MAsstIn EnG InstALAÇÃO LtdA. ........................................................... 11 4055-8550

MAstErPLAn EnGEnHEIrOs AssOC. s/C LtdA. ................................. 11 5021-3911

MCQ MEtrOLOGIA E QuALIFICAÇÃO LtdA. ........................................... 31 3363-9000

MEkAL MEtALurGICA kAdOW LtdA. ...................................................... 11 5641-7248

MErCOCLEAn IMP. ExP. COM. LtdA ........................................................ 21 3795-0406

MICrOBLAu AutOMAÇÃO LtdA. .............................................................. 11 2884-2528

MILLIPOrE IndústrIA E COMÉrCIO LtdA. ............................................ 11 4133-8700

MMr IndústrIA E COMÉrCIO dE MÁQuInAs LtdA ............................. 54 3286-5788

MPW HIGIEnIzAÇÃO têxtIL LtdA. .......................................................... 19 3438-7127

Mr QuALItY CLEAnrOOM sErVICEs ..................................................... 11 2443-2205

MsA PrOjEtOs E COnsuLtOrIA LtdA. ................................................ 71 3533-9900

MuLtIVAC - MuLtIstAr Ind. COM. LtdA. ................................................ 11 3835-6600

MuntErs BrAsIL Ind. E COM. ................................................................. 41 3317-5050

Mz EnGEnHArIA E COnsuLtOrIA ......................................................... 11 3628-3368

nEu LuFt COM. E sErV. dE Ar COnd. LtdA. ........................................ 11 5182-6375

nExt CHALLEnGE - ELECtrOLux LAundrY sYstEMs ...................... 11 3045-3413

nICCIOLI EnGEnHArIA ............................................................................. 16 3624-7512

nOVO HOrIzOntE jACArÉPAGuA IMP. E ExP. LtdA ............................ 21 3094-4400

nOVO Ar sIstEMAs LtdA. ME ................................................................ 24 7835-6173

nutrIMEd sErV. MÉd. EM nut. PArEntErAL E EntErAL LtdA. ...... 22 2733-1122

nutrIr PrEstAdOrA dE sErVIÇOs MÉdICOs LtdA. ......................... 91 3266-2800

nYCOMEd PHArMA LtdA. ......................................................................... 19 3847-5577

PACHAnE EQuIPAMEntOs PArA LAB. LtdA. ......................................... 19 3424-1423

PdB FILtrOs E sErVIÇOs IndustrIAIs LtdA. ..................................... 41 3383-5645

PLAnEnrAC EnG. tÉrMICA s/C LtdA. ................................................... 11 5011-0011

PLAnEVALE PLAnEj. COnsuLtOrIA ...................................................... 12 3202-9888

PLAsMEtAL PLÁstICOs E MEtAIs LtdA. ................................................ 21 2580-2035

POWErMAtIC dutOs E ACEssÓrIOs LtdA. ......................................... 11 3044-2265

PrECIsO MEtrOLOGIA E QuALIdAdE LtdA. ......................................... 62 3280-3013

PrEVIx HO AssEs. E COnsuLt.EM sEG.dO trAB. LtdA.-ME ............ 27 3337-1863

PrÓBIO PrOdutOs E sErVIÇOs nutrICIOnAIs LtdA. ...................... 67 3342-0203

PrOCEssO EnGEnHArIA LtdA. .............................................................. 81 3426-7890

PrudEntE EnGEnHArIA LtdA. ............................................................... 34 3235-4901

PWM sErVICE tEC. COMErCIAL LtdA. .................................................. 19 3243-2462

QuALItrOnIC MAnutEnÇÕEs - ME ....................................................... 11 3481-2539

QuALYLAB COnsuLtOrIA FArMACêutICA ........................................... 62 3099-6636

QuIMIs APArELHOs CIEntÍFICOs LtdA. ................................................ 11 4055-9900

rAdnAI Ar COnd. PrOj. E COnsuLt...................................................... 85 3268-3092

rEFrIn rEFrIGErAÇÃO IndustrIAL ..................................................... 11 3941-1263

rEIntECH I E P C C ................................................................................... 12 3933-8107

rLP EnGEnHArIA E Inst. LtdA. .............................................................. 11 3873-6553

rM rEVEstIMEntOs MIAkI LtdA. ........................................................... 11 2164-4300

rMs tEC. COM. E sErV. dE PrOd. LABOrAtOrIAIs LtdA. ............... 21 2440-8781

sALA LIMPA sErVIÇOs E COMÉrCIO ...................................................... 21 3797-7474

sAnOFI-AVEntIs FArMACêutICA LtdA. ................................................. 11 4745-1000

sEBrAQ - sErV. BrAs. dE AnÁL. AMB. QuÍM. E BIOL. s/s LtdA......... 43 3323-0700

sECCOL COntrOLE E CErtIFICAÇÃO. .................................................. 62 3275-1272

sErVtEC Inst. E sIstEMAs IntEGrAdOs LtdA. ................................ 11 3660-9700

sEsIMBrA COnsuLtOrEs IndEPEndEntEs ....................................... 11 3511-1138

sIGMAtErM EnG E Ind. LtdA. ................................................................. 11 6693-5533

sIstEMA COMÉrCIO dIVIsÓrIAs LtdA................................................... 11 2941-7115

sOCLIMA EnGEnHArIA LtdA .................................................................... 81 3423-2500

sOLEPOxY Ind. E COMÉrCIO dE rEsInA LtdA .................................... 19 3211-5050

sOLLO EnGEnHArIA InstALAÇÃO LtdA. ............................................... 11 6412-6563

sOMAr EnGEnHArIA s/C LtdA................................................................ 11 3763-6964

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stEQ COMÉrCIO E rEPrEsEntAÇÕEs ................................................ 11 5181-5570

stErILEx CIEntÍFICA LtdA. ..................................................................... 11 2606-5349

sWELL EnGEnHArIA LtdA. ....................................................................... 12 3939-5854

sWIssBrAs CHEMICAL Ind. E COM. dE PrOd. VEt. LtdA. ................. 12 3201-8812

tArkEtt FAdEMAC .................................................................................... 11 3047-7200

tECHnILAB - COntr. dE COntAMInAÇÃO LtdA. .................................. 19 3243-1265

tECnOLAB sErVIÇOs E COM. dE EQuIP. dE LABOrAt. ...................... 71 3646-8555

tECnOVIdA - CLÍnICA dIEtÉtICA ............................................................. 65 623-6500

tEP - tECnOLOGIA EM PrOjEtOs dE EnGEnHArIA LtdA. ................ 12 3797-9475

tÉrMICA BrAsIL COMÉrCIO E sErVIÇOs LtdA. .................................. 11 3666-2076

tEstO dO BrAsIL InstruM. dE MEdIÇÃO LtdA. ................................. 19 3731-5800

tPrO EnGEnHArIA LtdA. ......................................................................... 11 4612-1997

trAYdus CLIMAtIzAÇÃO Ind E COM LtdA. ........................................... 11 4591-1605

tr-ILHA MAnutEnÇÃO IndustrIAL ....................................................... 21 3451-8324

trIPOrVAC COMÉrCIO rEPrEsEntAÇÕEs E sErVIÇOs LtdA ......... 11 3801-9595

trOx dO BrAsIL LtdA. ............................................................................. 11 3037-3900

unIÃO QuÍMICA FArM. nAC. s/A .............................................................. 11 4662-7200

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VECtus IMPOrtAtuM Instr. dE PrECIsÃO LtdA............................... 11 5096-4654

VL FABrICAÇÃO dE LABOrAtÓrIOs – GruPO VIdY ............................ 11 4787-3122

WEG EQuIPAMEntOs ELÉtrICOs ........................................................... 47 3276-6558

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Para associar-se ligue: (12) 3922-9976 ou acesse [email protected]

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EM INSTALAÇÕES DE HVAC, INCLUINDO

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TESTES EM FILTROS, CASCATA DE

PRESSÃO, ENTRE OUTROS.

COMISSIONAMENTO EM INSTALAÇÕES

DE BMS CONFORME GAMP 4.

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42

artigo técnico

Uniformização para Áreas Limpas

aspectos gerais

No Brasil ainda encontrarmos, nos dias de hoje, em-presas sejam farmacêuticas, eletrônicas, fabricantes de equipamentos ou de outros mercados, que produzem seus produtos em Áreas Classificadas (algumas vezes com classificação ISO Classe 5), que não se preocupam como deveriam com os uniformes que são utilizados nestas áreas.

É verdade que a incidência de empresas que utilizam uniformes que contenham algodão ou alguma outra fibra natural para este tipo de área quase não existe mais, porém, ainda encontramos empresas que utilizam os uniformes corretos, mas de forma inadequada.

Todos sabem que para um bom funcionamento de uma Área Limpa existem vários fatores essenciais, como o sistema de filtração de ar, a qualidade dos materiais de construção da área, produtos para a limpeza, utilidades em geral, etc. e os uniformes também precisam estar neste rol de itens essenciais, pois são tão importantes quanto qualquer outro equipamento utilizado dentro da área, e, em certos casos, são o mais importante, pois protegem os principais emissores de contaminação: as pessoas. Além de nos proteger da contaminação que possa existir no produto manipulado ou na área de ma-nipulação.

Pergunto-me às vezes o porquê de certas situações, na qual a empresa gasta milhares de reais na constru-ção, equipagem, comissionamento e startup de uma área, e economiza em um item de suma importância, que é o sistema de uniformização; sendo que esta eco-nomia muitas vezes não existe, pois se colocada na pon-ta do lápis em todos os pormenores, no fim das contas,

a empresa não está economizando nada.Estendo minha preocupação também a um aspecto

muito importante: os panos e produtos de limpeza utili-zados dentro das áreas. Ainda vejo com frequência em-presas que utilizam panos comuns e/ou materiais que contém algodão e/ou outras composições que possuem altos índices de liberação de partículas para limpeza das áreas, inclusive de fluxos unidirecionais, mas material de limpeza é um assunto para outro artigo técnico, focare-mos no quesito vestimentas.

Moises Machado de oliveira

autor: Moises Machado de Oliveira

Administrador de Empresas e Gerente

de Vendas da Alsco

contato: [email protected]

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Os pontos que serão explanados neste artigo, têm como intenção demonstrar porque é importante um bom sistema de uniformização para Áreas Classificadas, e al-guns pontos necessários como: performance, métodos de ensaio e procedimentos para o uso adequado e ma-nutenção de um sistema de vestimentas; porém, assim como um sistema de ar para um área deve ser único e especialmente definido para cada empresa, o sistema de uniformização também deve ser feito desta forma, pois existem diversos fatores que precisam ser levados em consideração, tais como: produto manipulado, forma e composição deste produto, temperatura da área, vesti-ário e/ou antecâmara para paramentação, piso da área, etc.

Fundamentação

Um dos pontos que causam muitas dúvidas no caso de uniformes para áreas classificadas é quanto ao que seguir ou verificar em se tratando de normas e regula-mentação.

No Brasil, não possuímos uma norma ou uma regu-lamentação específica voltada aos sistemas de uniformi-zação, sendo assim levamos em consideraçâo:ABNT: NBR/ISO 14.644-1 - É a norma brasileira (equi-

valente à ISO) para classificação geral de salas lim-pas, define as classificações das áreas em função da concentração de partículas em suspensão no ar (variando de 1 a 8) e do tamanho das partículas (0,1 a 5,0 micrometros), e a principal citação é que nestas áreas devem ser utilizados uniformes higienizados em área com a mesma classificação de partículas da área de interesse.

ANVISA: RDC 17 de 16/04/2010 - É a regulamentação brasileira específica para as áreas de produção far-macêutica e substitui sua equivalente anterior (RDC 210 de 04/08/2003). A partir desta nova regulamen-tação, a utilização de roupas protetoras passou a ser exigida nas áreas onde são manipulados todos os produtos e materiais e não mais somente naquelas que apresentem risco de contaminação cruzada, conforme a regulamentação anterior. Para um sistema de uniformização o mais impor-

tante documento é a RP-CC-003.3 Garment System Considerations for Cleanroom and Other Controlled

Environments do IEST e é onde deve ser baseado todo o sistema de uniformização. É deste documento que partem os seguintes parâmetros que veremos a seguir: vestimenta, processo de higienização, utilização e ga-rantia da qualidade.

Vale lembrar que, sabendo do impacto do operador nos ambientes, estas normas prevêem (exceto no caso do grau A), que após o ingresso dos operadores, mesmo que adequadamente paramentados, a sala irá mudar de grau de limpeza (condição “em operação”), não conse-guindo mais manter a classificação anterior ao ingresso (condição “em repouso”).

Vestimenta

TecidoExistem alguns tipos de tecidos designados para

áreas limpas, que podem ser em tecido ou tecido-não-tecido (descartável), e de uma forma geral eles precisam ter uma boa capacidade de barreira de acordo com o produto que será manipulado, e devem ser compatíveis com os sistemas de esterilização.

O tecido apesar de ser mais caro, diluído ao longo de sua vida útil em um sistema de higienização e es-terilização, ele se torna uma alternativa que compensa ao longo prazo; já os descartáveis, que em sua maioria são polietilenos de alta densidade, possuem uma boa capacidade de barreira, porém são caros e não podem ser reutilizados, além do que não são processados em ambientes classificados e podem possuir uma quantida-de de partículas muito grande.

O tecido que é utilizado para a confecção dos uni-formes deve prover uma barreira entre o funcionário e a área, porém esta não é sua única aplicação.

De acordo com a necessidade é possível que seja

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artigo técnico

acrescentada ao tecido certa substância ou que ele passe por algum tratamento para lhe adquirir certa pro-priedade.

Um dos casos muito comuns, é a necessidade de que o tecido seja líquido repelente, para que em certa manipulação de líquidos, e quando este seja sensibili-zante, é necessária que exista a garantia de que não entrará em contato com a pele do profissional, ou por algum motivo existe a necessidade de proteger o funcio-nário deste líquido. Vale lembrar que em um sistema em que os uniformes são reutilizáveis (que passam por hi-gienização e esterilização) este tipo de tratamento deve ser feito de alguma forma que se garanta que os uni-formes não perderão a propriedade líquido repelente ao longo das lavagens, pois existem tratamentos que são aplicados no tecido depois de pronto e que ao longo das lavagens são aos poucos retirados das fibras, provendo assim insegurança ao usuário.

Outro caso muito comum é a aplicação de filamentos de carbono ou fios impregnados de carbono, a fim de que estas cerdas conduzam cargas eletrostáticas, e pro-teja o funcionário em dois casos distintos, sendo: 1-Quando o tecido tem filamentos em um

único sentido e apresentam característica dissipativa – quando estes uniformes são usados em áreas com incidência de pó e este material é sensibilizante, é necessário minimizar a

possibilidade de que o funcionário entre em contato com este produto, então os filamentos condutivos reduzem a energia estática, reduzindo assim a quantidade de pó que será atraída pelo uniforme.

2-Quando os uniformes são utilizados em empresas que produzem materiais eletrônicos e/ou semicondutores – neste caso utilizam-se uniformes com filamentos em forma de grade (Efeito Gaiola de Faraday) para minimizar descargas eletrostáticas que podem danificar as peças que estejam sendo manuseadas.Vale lembrar que estes são os casos onde é ne-

cessária a utilização dos uniformes com filamentos de carbono e as formas mais adequadas. Caso não exis-tam estas duas situações, a utilização de uniformes com filamentos de carbono não gera vantagem alguma no sistema de uniformização e acaba sendo um custo desnecessário.

ModeloExiste uma grande variedade de modelos, visando

variar o conforto, a facilidade no processo de vestimen-ta, ou ainda visando à redução de custo, que devem ser avaliados de acordo com cada caso, porém o IEST reco-menda, não recomenda ou recomenda para aplicações específicas modelos de vestimentas, de acordo com a tabela abaixo:

Tipo de UniformeISO Classe 8 ISO Classe 7 ISO Classe 5 ISO Classes 7 e 5

Não Asséptico Não Asséptico Não Asséptico AssépticoRoupa de baixo AS AS R ASTouca para cabelo R R R RLuvas de tecido AS AS AS NRLuvas de barreira AS AS AS RMáscara facial AS AS R RCapuz AS AS R RCapuz de ar forçado AS AS AS ASFrock (Guardapó) R R AS NRMacacão AS AS R RUniforme em 2 peças AS AS AS NRCobertura de sapato R R AS NRSapatilha (ou bota) AS AS R RSapato especial AS AS AS ASR = Recomendado NR = Não Recomendado AS = Aplicação Específica

configurações de uniformes recomendadas - iESt-rP-cc003.3

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Processo de Higienização

O processo de higienização pode ter um impacto sig-nificativo no sistema de vestimenta, então procedimen-tos padrões devem ser estabelecidos para controlar as atividades críticas. De acordo com o IEST, a realização da identificação de quais são as atividades críticas é um trabalho conjunto entre usuário e fornecedor. Por isso, é indispensável que o usuário visite a planta onde as vesti-mentas serão higienizadas para inicialmente qualificar e periodicamente auditar o fornecedor.

É de responsabilidade do fornecedor, manter a do-cumentação solicitada, fazer o treinamento necessário e cumprir o plano de qualidade estabelecido pelo usuário. O processo inteiro deve ser registrado e acompanhado através de laudos externos e registros internos. Segue os controles necessários para cada etapa:Recebimento – as vestimentas devem estar acondicio-

nadas em caixas lacradas para evitar risco de conta-minação no transporte e também do meio ambiente.

Botas, sapatilhas e/ou pro - pés sujos devem perma-necer segregados dos outros uniformes. Peças dani-ficadas devem estar segregadas das peças a serem higienizadas.

Segregação das vestimentas – as caixas devem permanecer lacradas até o momento de colocar as vestimentas na lavadora para evitar risco de misturar vestimentas com contaminações diferentes.

Higienização – a lavadora para vestimentas de áreas

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artigo técnico

classificadas é de dupla-barreira, uma porta externa à área classificada e outra porta interna a área classi-ficada. A lavadora deve estar equipada com sistema de intertravamento nas portas para evitar que ambas as portas estejam abertas no mesmo momento. Ao abastecer a lavadora o operador deve dar atenção ao peso limite de material permitido por carga e evitar higienizar botas, sapatilhas e/ou pantufas na mesma gaveta dos outros uniformes.

Secagem – as peças são retiradas da lavadora no ambiente classificado e colocado em uma secado-ra equipada com filtro HEPA. A secadora deve ser posicionada para que o abastecimento e retirada das vestimentas sejam feitos de dentro da área classifi-cada.

Dobragem/Inspeção – deve seguir padrões estabele-cidos entre usuário e fornecedor. Alguns exemplos de condições não conforme são: peças cortadas, furadas ou rasgadas; elásticos, botões de pressão ou zíperes quebrados; pontas de fio. Após inspeção a vestimenta deve ser classificada como:

Vestimenta conforme Vestimenta sem condição de reparo

Vestimenta a ser reparada Vestimenta precisando processamento especial Vestimenta que pertence ao cliente sem condição

de higienizar. O usuário e fornecedor devem negociar juntos quais tipos de reparos são aceitáveis e o método de reparo a ser utilizado.

Selagem – o tipo de embalagem usada deve cons-tar em contrato entre o usuário e fornecedor. Caso as vestimentas estejam sendo enviadas para esterilizar por autoclave ou ETO é recomendável que já esteja emba-lado em papel grau cirúrgico ou sacola de tecido 100% poliéster.

Para esterilização por irradiação gama a embalagem de polietileno é suficiente. Uniformes em embalagens rompidas não podem ser usados.

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Expedição – as vestimentas são conferidas para certificar que códigos do produto, forma de dobrar e embalagem estão de acordo com requisitos do usuário. Vestimentas são acondicionadas em caixas de polipro-pileno e aguardam os documentos de entrega e laudos que acompanham as vestimentas.

É essencial que o processo de higienização seja mo-

nitorado para garantir conformidade. Este monitoramen-to também deve ser registrado para que caso haja algum problema de produto no usuário o fornecedor consiga rastrear o processo de higienização das vestimentas e saber se a vestimenta contribuiu para o problema iden-tificado.

Monitoramentos

Monitoramentos que devem ser feitos são contagem de partículas no ar (viáveis e não viáveis), teste do tam-bor de Helmke, diferencial de pressão das áreas classi-ficadas, filtros da área e filtros das secadoras, pressão dos filtros de água, e análise da água. Os registros que devem ser mantidos, além de todos os monitoramentos mencionados, são: lote de produtos químicos, lavadora e secadora usada para cada carga, fórmula de lavagem e peso de cada carga, funcionário responsável pela ins-peção, quantidade de peças para conserto, dia e horário processado.

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artigo técnico

Todos os monitoramentos mencionados são padrão para indústrias que tenham áreas classificadas, com a exceção do teste no tambor de Helmke.

O teste no tambor de Helmke foi desenvolvido pelo cientista George Helmke. É um método usado para quantificar as partículas desprendidas da vestimenta seca através de ação mecânica para simular o mesmo tipo de desprendimento que possa ocorrer durante o uso. Um contador de partículas é usado para recolher uma amostragem do ar dentro do tambor durante os pri-meiros dez minutos.

A vestimenta é colocada num tambor que gira um total de 100 vezes (10 vezes por minuto durante 10 minutos). A concentração de partículas é usada para comparar com limites de limpeza permitidos na tabela desenvolvida pelo Sr. Helmke. Por exemplo, um maca-cão com área média de 5,99 m2, deve ter contagem de partículas cumulativas de 0,5μm iguais ou menores que 12.000. A tabela completa pode ser encontrada no Ane-xo B do IEST-RP-CC003.3.

Utilização

Existem basicamente duas formas de controlar con-taminação gerada pelo usuário: filtração e contenção. Estas duas formas são usadas no sistema de vestimen-tas para minimizar a contaminação do ambiente, porque o usuário é fonte de vários tipos de contaminação, entre quais estão inclusos: Contaminação desprendida ou gerada pelo usuário

ou roupas pessoais, Contaminação desprendida ou gerada pelo sistema

de vestimentas,

Contaminação desprendida ou gerada por acessórios do sistema de vestimentas,

Contaminação que desvia da filtração ou contenção, Contaminação que passa pela filtração, Contaminação desprendida ou gerada por interação

de quaisquer dois pontos mencionados acima como, por exemplo, o atrito de um solado em piso antiderrapante.

Enquanto o ideal seria um sistema de vestimentas que oferecesse 100% de eficácia no controle de contami-nação, o resultado seria uma vestimenta desconfortável e não prática para o usuário. Por isso é recomendável que qualquer sistema de vestimenta seja desenvolvido pelo usuário, garantia da qualidade, fornecedor da ves-timenta e fornecedor responsável pela higienização da vestimenta.

Os seguintes fatores devem ser considerados no de-senvolvimento do sistema de vestimentas:

instalações

É necessário avaliar o fluxo de entrada do funcio-nário desde a rua até a área classificada mais crítica. Vestiários devem estar disponíveis para cada troca de roupa incluindo: roupas pessoais, roupas de fábrica para áreas não classificadas e roupas de área classificada. É recomendável que a área de vestimenta e área de des-carte do uniforme sejam distintas.

O uso ou não de armários, cadeiras, prateleiras, cor-tinas de ar e outros equipamentos devem ser definidos antes de escolher o tipo de vestimenta.

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Vestimentas

Os materiais a serem usados na área podem afetar quais modelos seriam mais práticos de vestir e usar. Por exemplo, uma pantufa sem viés para amarrar no pé não pode ser usada onde tem tapete adesivo, porque prova-velmente a pantufa iria aderir ao tapete descalçando o funcionário quando levantasse o pé. Também o modelo de capuz pode influenciar qual tipo de máscara facial pode ser usado devido a tamanho e dificuldade de vestir.

Requisitos de vestimentas podem ser especificados de acordo com as seguintes características: tecido, mo-delo, desempenho e necessidade.

acessórios

Tipos de acessórios podem afetar qual modelo de vestimenta ideal para cada situação. Por exemplo, al-guns usuários já tiveram que trocar o modelo de capuz quando garantia da qualidade passou a exigir o uso de óculos na área classificada. Sistemas de ar mandado também podem exigir modificações na modelagem.

Procedimentos

Procedimentos, por exemplo, processo de vestir, des-carte de uniforme, entrada é saída. Dependendo do fluxo de entrada e saída das áreas classificadas o processo de vestir ou descartar o uniforme pode ser modificado. Por exemplo, enquanto internacionalmente é aceito que a melhor ordem de vestir o uniforme é capuz, macacão e bota, em alguns vestiários, devido o fluxo de entrada, o usuário tem que vestir primeiro a bota para depois vestir o capuz e macacão.

conclusão

A boa implementação de um sistema de vestimentas para áreas classificadas é fundamental para o controle de contaminação. O funcionário está envolvido em todas as etapas de uma planta produtiva então naturalmente o sistema de vestimenta deve ser desenvolvido levando em consideração todas as etapas da planta produtiva.

Devido cada planta produtiva e processo de produ-ção ter as suas peculiaridades, o dialogo entre usuário e fornecedor é essencial para desenvolver a melhor vesti-menta, processo de higienização, forma de uso in loco e sistema de garantia da qualidade para cada processo.

referências

RDC nº 17 IEST-RP-CC003.3 IEST-RP-CC0026.2 IEST-RP-CC0027.1 NBR/ISO 14.644-1 NBR/ISO 14.644-5 ISO 14.698-1

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OpiniãO

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Será que o planejamento ainda está em uso?

Planejar é tudo! Planejar é preciso! Quem já não ouviu frases como essas? Quando nos deparamos com o tema “planejar” é comum nos questionarmos como fazemos isso no nosso dia a dia, e logo somos levados a acreditar que a rotina nos consome e que não existe tempo suficiente para o planejamento. E, de certa forma, a vida vai indo e certos resultados até são alcançados.

Mas será que realmente é importante planejar?Bom, o planejamento tem suas vantagens, mas so-

mente é possível planejar se temos algo a alcançar, por exemplo, nossos sonhos, nossas ideias, as estratégias empresariais ou pessoais. A primeira dificuldade no pla-nejamento se dá em definir aonde se quer chegar, ou o que se quer alcançar. Muitos não sabem exatamente aonde querem ir e, às vezes, nem sabem onde estão. E isso vale para pessoas e para empresas.

Quando definimos o que queremos alcançar, então, não queremos mais perder tempo, saímos fazendo e a ansiedade é tão grande que culpamos o tempo – ou a falta dele. Começamos motivados, correndo em direção aos nossos objetivos sem pensar no que pode dar erra-do. A ansiedade é o segundo obstáculo do planejamento.

Muitas vezes as pessoas traçam um planejamento mínimo e tentam. Estabelece-se, por exemplo, um obje-tivo a ser alcançado em um ano, senta-se dez minutos e planeja-se de forma muito ampla. E cria-se mais um ini-migo para o planejamento: a falta de tempo de qualidade e falta de detalhamento.

Por último, se fizermos o planejamento, o guardamos em um lugar bem guardado no nosso notebook. Para nunca mais revisitá-lo. Pois bem, no final nem nos lem-bramos de avaliar o que deu certo e o que não deu, pois a única coisa que fica é o objetivo a ser alcançado e quando não alcançamos, bom, daí foi porque agentes externos nos impossibilitaram de alcançar.

Isso pode mudar, seja na vida empresarial, seja na vida pessoal. O planejamento tem muitas vantagens. Pri-

meiro sabemos exatamente quais os gols que queremos fazer. Segundo, planejamos também o recurso que de-vemos dispor para alcançar aquele objetivo e, por último, mas não menos importante, estabelecemos a qualidade com que chegaremos ao nosso objetivo.

Então, deixo algumas dicas para seu planejamento obter todas as vantagens descritas aqui.1. Seja disciplinado.2. Tenha um sonho, uma meta a ser alcançada.3. Planeje todo o projeto para alcançar o objetivo:

a. Gaste tempo para o planejamento;b. Verifique se o objetivo é factível de ser alcançado;c. Trabalhe com metas desafiadoras, mas possíveis

de serem alcançadas;d. Avalie os riscos do projeto, riscos de alcançar e

não alcançar os objetivos;e. Liste dentro de sua experiência o que pode dar

certo e o que pode não dar;f. Escalone atividades ao longo do tempo com

datas intermediárias;g. Distribua os recursos possíveis e necessários;h. Valide cada atividade executada;i. Reveja seus objetivos frequentemente.

4. Faça o planejamento de maneira formal, usando alguma ferramenta, como por exemplo uma agenda.

5. Deixe-o visível para se lembrar do que planejou.6. Avalie o planejamento constantemente.7. Comemore ao atingir os objetivos.8. Faça um relatório das coisas que deram certo e das

que não deram.9. Respeite sua qualidade de vida.10. Seja feliz.

Essas são pequenas dicas, espero com isso que todos consigam chegar às suas metas, sejam pessoais ou empresariais. Boa sorte a todos!

Cristina Blanco Padovani, consultora de gestão empresarial,

diretora da Construsec consultoria em Engenharia de Produção.

(www.construsec.com.br)

Cristina Padovani

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