Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 09

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SP notícias ANO 1 l NÚMERO 9 Iniciativas buscam aperfeiçoar profissionais e capacitá-los para o mercado de trabalho Trabalho qualificado As obras de infraestrutura na Baixada Santista Uma equipe da Cetesb para proteger o meio ambiente As novidades para os 5 milhões de alunos da rede pública São Paulo ganha duas clínicas para dependentes químicos

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Trabalho qualificado Iniciativas buscam aperfeiçoar profissionais e capacitá-los para o mercado de trabalho

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SPnotíciasANO 1 l NÚMERO 9

Iniciativas buscam aperfeiçoar profissionais e capacitá-los para o mercado de trabalho

Trabalho qualificado

As obras deinfraestrutura na Baixada Santista

Uma equipe da Cetesb para proteger o meio ambiente

As novidades para os 5 milhões de alunos da rede pública

São Paulo ganhaduas clínicas para dependentes químicos

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SPsumário

SPnotícias 5

Ano 1 | Nº 9 | 200911.000 exemplares Distribuição estadualFoto de capa: Renato Stockler

Governo do estado de sÃo PauloGovernador José Serravice-governador Alberto Goldman

secretaria estadual da administração Penitenciária Lourival Gomessecretaria estadual da agricultura e abastecimento João de A. Sampaio Filhosecretaria estadual da assistência e desenvolvimento social Rogério Pinto Coelho Amatosecretaria estadual da Casa Civil Aloysio Nunes Ferreira Filhosecretaria estadual da Casa Militar Coronel PM Luiz Massao Kitasecretaria estadual de Comunicação Bruno Caetano secretaria estadual da Cultura João Sayadsecretaria estadual de desenvolvimento Geraldo Alckminsecretaria estadual de economia e Planejamento Francisco Vidal Lunasecretaria estadual da educação Paulo Renato Souzasecretaria estadual do emprego e relações do trabalho Guilherme Afif Domingossecretaria estadual de ensino superior Carlos Alberto Vogtsecretaria estadual de esporte, lazer e turismo Claury Santos Alves da Silvasecretaria estadual da Fazenda Mauro Ricardo Machado Costasecretaria estadual da Gestão Pública Sidney Beraldosecretaria estadual da Habitação Lair Alberto Soares Krähenbühlsecretaria estadual da Justiça e defesa da Cidadania Luiz Antônio Marreysecretaria estadual do Meio ambiente Francisco Graziano Netosecretaria estadual dos direitos da Pessoa com deficiência Linamara Rizzo Battistellasecretaria estadual de relações Institucionais José Henrique Reis Lobosecretaria estadual de saneamento e energia Dilma Seli Penasecretaria estadual da saúde Luís Roberto Barradas Baratasecretaria estadual da segurança Pública Antônio Ferreira Pintosecretaria estadual dos transportes Mauro Arcesecretaria estadual dos transportes Metropolitanos José Luiz PortellaProcuradoria Geral do estado de são Paulo Marcos Fábio de Oliveira Nusdeo

a revista SPnotícias é uma publicação men sal do Governo do estado de são Paulo, distribuída gratuitamente. seu conteúdo é informativo e sua venda é proibida. www.saopaulo.sp.gov.brSugestões para a revista pelo e-mail: [email protected], impressão e acabamento:edição concluída em abril

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ErCAPAOs programas que ajudam a colocação no mercado de trabalho

6 ENTREVISTA Francisco Graziano Neto revela os planos para descentralizar a política estadual do meio ambiente

20 MEDIDAS DE INCENTIVO

As ações da Secretaria da Fazenda para enfrentar a crise

28 CLÍNICAS DE REABILITAÇÃO

Duas novas clínicas para atender dependentes de álcool e drogas

30 BAIXADA SANTISTA Investimentos em nove municípios para beneficiar as populações fixa e flutuante da região

38 BASTIDORES O trabalho do Setor de Operações de Emergência da Cetesb

46 O ESTADO EM NÚMEROS

48 AGENDA

VOLTA ÀS AULASTodas as novidades da Secretaria da Educação para o ano letivo na rede pública estadual

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PERSONAGEM DO MÊSO atendimento que Roseli Oliveira, da Central de Atendimento da Seads, faz à população de São Paulo

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SPentrevista

DescentralizaçãocompartilhadaA descentralização da Secretaria do Meio Ambiente envolve municípios e sociedade nas questões da política ambiental do Estado

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SP: Esse projeto começou muito tempo antes das avaliações dos mu-nicípios?

Graziano: Bem antes. O Município Verde é um projeto ambiental estra-tégico, lançado em março de 2007. Uma novidade absoluta para as pre-feituras. Constituímos uma equipe interna para gerenciar a iniciativa e começamos a procurar interlocuto-res – deputados, Associação Paulista de Municípios e União de Vereadores do Estado de São Paulo – para vender a ideia de que os municípios precisa-vam participar. Estabelecemos metas e mostramos qual era a lição de casa para ganhar o título de Município Verde: dez diretrizes, que incluem temas como lixo, esgoto e educação ambiental. A contrapartida do go-verno do Estado é a destinação dos recursos. Um exemplo: se duas cida-des estiverem pleiteando verba para a construção de uma estrada vicinal, será escolhida a que tiver a maior nota ambiental. Quem não cumpre a agenda ambiental perde a priori-dade dos recursos. Houve casos em que municípios pequenos operavam mal o lixo, mas declaravam não ter condições de fazer um trabalho ade-quado. Fizemos convênios para que eles recebessem recursos a fim de comprar as máquinas necessárias. Mas os convênios exigem, antes de tudo, que o município esteja engaja-do no projeto.

Desde o início da atual adminis-tração, o governo do Estado está se empenhando em descentrali-

zar a gestão do meio ambiente de São Paulo, repartindo a responsabilidade com os municípios. Em 2007, o secre-tário do Meio Ambiente, Francisco Gra-ziano Neto, tomou a frente do Projeto Município Verde, que avaliou o traba-lho de 613 cidades engajadas na ideia de cumprir dez diretrizes básicas. A ini-ciativa foi um sucesso e será repetida em 2009. Outras ações estão em curso e, segundo Graziano, são importantes para a conscientização da população.

SPnotícias: A população de São Pau-lo já trata a questão do meio am-biente com a devida consciência?

Francisco Graziano Neto: A cons-ciência ecológica tem aumentado, mas ainda há muito a fazer. Existe uma mudança de comportamento e de atitudes desde que foi divulgado, em 2007, um relatório das alterações climáticas. Cientistas anunciaram que o nível dos oceanos subirá e que haverá mais tormentas e furacões. A secretaria aproveitou a repercussão para realizar mutirões ambientais e vem adotando um trabalho de descentralização, chamando os mu-nicípios para participar na gestão ambiental do Estado, por meio do Projeto Município Verde.

SP: De que maneira surgiu o Muni-cípio Verde?

Graziano: Ele nasceu da crença na descentralização da agenda ambien-tal. Organizamos reuniões no inte-rior para disseminar esse trabalho. Em 2008, o Município Verde foi um sucesso e, a cada ano, divulgaremos o ranking ambiental das cidades.

O secretário do Meio Ambiente, Francisco Graziano Neto

FOTOS: BRUNO MIRANDA

“O Município Verde é um projeto estratégico, uma novidade absoluta

para as prefeituras”

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SPentrevista

8 SPnotícias

“Criamos uma área de proteção ambiental para poder fiscalizar

a costa paulista”

“Um carro com 20 anos de uso polui cerca de cem vezes mais que um da nova geração”

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SP: Qual é o ponto mais delicado na questão ambiental no Estado?

Graziano: Em primeiro lugar, ainda temos uma carga muito grande de esgoto doméstico poluindo os recur-sos hídricos. Estamos avançando na coleta e no tratamento de esgoto. Depois vem a questão dos lixões. No início da atual administração, São Paulo tinha 170 lixões, uma quan-tidade inaceitável sob o ponto de

vista da miséria humana e da polui-ção ambiental. Conseguimos redu-zir muito esse número e, até o fim do ano, pretendemos acabar com todos. Isso só será possível porque demos recursos para os municípios se envolverem na luta. Outro ponto: algumas regiões têm uma deficiente cobertura vegetal original. O Estado tem 14% do território coberto por vegetação nativa, média alcançada por causa da Serra do Mar. Quando falamos de regiões específicas do in-terior, a cobertura vegetal original é de apenas 3% a 5%, resultado de um forte desmatamento no passado. Es-tamos fazendo um complexo progra-ma de recuperação da mata ciliar do Estado, com a proposta de recuperar 1,7 milhão de hectares na beira de córregos e nascentes. Já nas regiões metropolitanas, o grande problema é a poluição atmosférica. No passa-do, ela era causada pelas fábricas e o sistema ambiental foi capaz de controlá-la. Hoje, 90% da poluição atmosférica de São Paulo é provoca-da por escapamentos. Um carro com 20 anos de uso polui cem vezes mais que um novo.

SP: Como se acaba com um lixão? Graziano: Em geral, são os municí-pios que operam as áreas dos lixões. O material descarregado não é cober-to nem enterrado. Em outros casos, a área fica próxima de córregos. Quan-do chove, parte dos detritos vai para as águas. Você acaba com o lixão fa-zendo uma operação adequada, en-cerrando as estações antigas, licen-ciando novas áreas e interditando outras. Fechamos o lixão de Araras, um dos mais vergonhosos do Estado. Durante um ano, falamos à prefeitu-

ra o que era preciso fazer, mas nada aconteceu. Aí, interditamos. Os pre-feitos perceberam que nossa tolerân-cia é zero para os lixões.

SP: Os parques estaduais já são vis-tos como opção de lazer?

Graziano: Eles já são muitos visita-dos, mas é preciso um plano de ma-nejo para definir onde o ecoturismo pode ser realizado. Nosso compro-misso é elaborar esse plano em todas as unidades do Estado. Já lançamos o programa Trilha São Paulo, uma seleção de caminhos de baixa, mé-dia e alta dificuldade em vários par-ques. Mas há belezas fantásticas que podiam ser mais aproveitadas. Isso é importante, porque quem usa uma unidade de preservação ambiental passa a ser defensor dela.

SP: O que representa para São Pau-lo ser o primeiro Estado brasileiro a proteger os recursos marinhos?

Graziano: São Paulo saiu na frente até em termos internacionais, se-guindo as recomendações da Orga-nização das Nações Unidas (ONU). Declaramos o litoral paulista como área de proteção ambiental e cria-mos conselhos de gestão dessas áreas marinhas, para incentivar a parti-cipação da comunidade. Nosso foco era a pesca predatória. Muitos barcos devolviam às águas os peixes pe-quenos, que apareciam mortos nas praias. Os pescadores jogavam no fundo do mar redes de 2 mil metros de comprimento e só recolhiam 10% dos peixes. Pedi providências para a Polícia Ambiental, que respondeu não ter jurisdição sobre o mar. Aí me ocorreu a ideia de criar uma área de proteção ambiental, para que o Esta-

do ganhasse jurisdição na fiscaliza-ção da costa paulista. Treinamos três unidades da Polícia Ambiental, com 30 homens cada uma, compramos seis lanchas e constituímos uma es-pécie de polícia marítima estadual.

SP: Como está o andamento do pro-grama do etanol?

Graziano: O desafio de produzir o etanol de forma sustentável já está vencido. O segundo passo é produzir energia elétrica a partir da biomas-sa. Existe um enorme potencial de geração de energia elétrica queiman-do bagaço de cana – o equivalente a uma Itaipu já na próxima década.

SP: Existem outras ações para des-centralizar a política ambiental? Graziano: É uma linha que visa à transparência total. No controle de queimadas da cana de açúcar, por exemplo, havia duas possibilidades: encaminhar um projeto de lei para a Assembleia Legislativa tentando reduzir os prazos ou firmar um acor-do de conduta com os usineiros. Dis-semos para eles: “Olha, não dá para ficar queimando cana até 2030”. Eles aceitaram discutir o assunto. Estabe-lecemos sete anos para acabar com a queimada em São Paulo, a partir de 2007, nas áreas que podem ser meca-nizadas. Em 2008, pelo segundo ano consecutivo, reduzimos a área quei-mada no Estado. o

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SPcapa

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São Paulo empregado

Governo se empenha em criar mais vagas no mercado de trabalho e qualificar a mão-de-obra paulista

SPnotícias 11

Desde 2007, a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert) implanta diversos programas para qualificar e recolocar pessoas no mercado de tra-

balho. Entre as ações, um dos destaques é o site Emprega São Paulo (www.empregasaopaulo.sp.gov.br), um excelente meio de comunicação entre empregadores e trabalhadores. Trata-se de um portal em que as empresas podem disponibi-lizar suas vagas e qualquer cidadão com o perfil adequado pode se candidatar ao trabalho. Tudo isso gratuitamente. O site também mantém um banco de currículos para que os empresários possam encontrar mais rapidamente os profis-sionais de que necessitam. Até o final de abril, o Emprega São Paulo já terá cadastrado mais de 400 mil vagas.

Aluno do Programa Estadual de Qualificação treina acerto de circuito durante aula do curso de eletricista

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Desde a sua inauguração oficial, em novembro de 2008 – o site começou a funcionar em caráter experimental em agosto do mesmo ano –, até março des-te ano, o Emprega São Paulo já recolo-cou quase 44 mil pessoas no mercado. Como é um sistema que traz simplici-dade ao processo seletivo de emprego, ele vem ganhando a confiança da po-pulação e dos empresários. O secretá-rio de Estado do Emprego e Relações do Trabalho, Guilherme Afif Domingos, lembra que, por ser totalmente gratui-to, o portal é uma ferramenta extre-mamente útil para quem procura em-prego e funcionários. “O Emprega São Paulo está sendo muito bem avaliado pelos candidatos e empregadores que já utilizaram a nova ferramenta. Os trabalhadores elogiaram a agilidade e a praticidade do sistema”, afirma. “Há alguns casos em que as empresas entra-ram em contato poucos dias depois de o candidato ter feito o cadastro.”

Afif ressalta ainda que, na avaliação dos próprios candidatos, o sistema evi-ta a rotina cansativa – e cara – de ir a vários locais para entrega de currículo.

Para os empregadores, o sistema pro-porciona economia de dinheiro e de tempo no processo de contratação: an-tes, eles passavam muito mais tempo ao telefone para oferecer vagas e mar-car entrevistas.

Para quem não tem acesso à inter-net, uma opção é utilizar os postos do

O Emprega São Paulo conta com 860 mil currículos e 27 mil

empresas cadastradas

Atendente do Poupatempo inscreve trabalhador em curso do PEQ

Desde março deste ano, os candidatos a va-gas de emprego cadastrados no site do Em-prega São Paulo recebem o aviso da oportu-nidade pelo celular via mensagem de texto

(SMS). A opção de envio da mensagem para o telefone do candidato se deve ao fato de que muitos inscritos deixavam de concor-rer às vagas por demorarem a abrir o e-mail.

TEM UMA VAGA PARA VOCÊ. ACESSE O SITE DO EMPREGA SãO PAUlO

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14 SPnotícias SPnotícias 15

Acessa São Paulo, também do governo do Estado, que oferecem acesso gratui-to à rede. Os endereços podem ser con-feridos no site www.acessasp.sp.gov.br.

O agente de relacionamento Jack-son Tadeu Vasconcelos Pereira, de 31 anos, foi um dos beneficiados pelo Emprega São Paulo. Morador do bair-ro de Vila Alpina, na capital, Pereira aprovou a rapidez e a eficiência do site. “Estava desempregado há algum tem-po quando me cadastrei, e em menos

de um mês fui chamado para duas entrevistas”, lembra. “Passei nos dois processos, e os fatores que pesaram na minha escolha foram o início imediato e o salário compatível com o mercado de trabalho”, diz.

Isso também é o que diz o compra-dor Evaldo Carlos de Souza, 34 anos, que se cadastrou no Emprega São Pau-lo. “O site é útil, porque evita o deslo-camento até o Posto de Atendimento ao Trabalhador”, afirma. Também morador da capital, Souza explica que sua vontade é se mudar para uma ci-dade pequena no interior, mas desde que tenha emprego garantido. Para ele, a iniciativa do governo vai ajudá-lo a realizar seu sonho, pois oferece vagas que outros sites de empregos não têm. “Pelo Emprega São Paulo en-

contrei uma vaga em Caçapava, mas já havia sido preenchida”, diz. “Com certeza, outras aparecerão.”

Programa de qualificaçãoSegundo o secretário Guilherme Afif Domingos, uma pesquisa encomen-dada ao Sistema Estadual de Análise de Dados (Fundação Seade) identificou que mais de 50% da população econo-micamente ativa no Estado não tem o ensino fundamental completo. “É pa-pel do Estado oferecer oportunidades aos trabalhadores desempregados para uma melhor colocação no mercado de trabalho”, afirma.

Para ajudar a superar essa desvan-tagem, a Secretaria do Emprego e Re-lações do Trabalho criou, em junho de 2008, o Programa Estadual de Qualifica-ção (PEQ), cuja missão é oferecer cursos gratuitos de qualificação profissional em todo o Estado. O programa atende às características atuais do mercado de trabalho de cada região. Ou seja, quan-do se formarem, os alunos estarão qua-lificados de acordo com a realidade do local onde vivem, aumentando suas chances de conseguir um emprego.

O público-alvo é o cidadão desem-pregado entre 30 e 59 anos. A carga horária de qualquer um dos cursos é de aproximadamente 200 horas, englo-bando um módulo de habilidades ge-rais e outro de habilidades específicas. O primeiro deve aprimorar a capacida-de de comunicação, raciocínio lógico e consciência crítica dos alunos. O ob-jetivo é criar uma maior desenvoltura nos participantes, para que eles sejam capazes de solucionar problemas so-zinhos e criar uma organização em seu método de trabalho. No segundo módulo, são ministradas aulas teóri-cas e práticas voltadas para o merca-

Candidatos aptos 933.291Encaminhamentos efetuados 557.553Convocações efetuadas 805.849Candidatos aprovados 43.855Empregadores cadastrados 56.478Vagas cadastradas 447.620Vagas preenchidas 43.855

*até abril de 2009

n Para se candidatar a uma vaga no Emprega São Paulo, basta ser maior de 16 anos e residir no Estado de São Paulo. Não é necessário estar desempregado.

n O interessado acessa www.empregasaopaulo.sp.gov.br, cria login e senha e informa dados pessoais e profissionais para composição de um currículo. É possível atualizar essas informa-ções sempre que o usuário julgar necessário. Não existe limite de inscrições no Sistema Emprega São Paulo.

n O empregador, por sua vez, divulga as vagas disponíveis in-formando ocupação, escolaridade, qualificação, carga horária, local e remuneração.

n Com as vagas disponíveis, os usuários podem se candidatar e o site envia, por e-mail, o currículo dos candidatos.

n Desde o início do ano, os candidatos cadastrados no Emprega São Paulo podem receber o anúncio de vagas que se encaixam em seu perfil por SMS no celular.

n De posse do currículo dos interessados, o empregador chama os candidatos mais adequados à vaga para entrevistas.

Os números do Emprega São Paulo

COMO fUnCIOnA O EMPREGA SãO PAUlO

A Fundação Seade identificou que 50% da

população ativa não tem ensino fundamental

Emprego novo. Jackson Pereira foi chamado para duas vagas por meio do Emprega São Paulo

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16 SPnotícias SPnotícias 17

do, como, por exemplo, montagem de circuitos e painéis elétricos no caso de uma aula para futuros eletricistas.

O Programa Estadual de Qualifica-ção tem números excelentes. Desde que foi criado até dezembro de 2008, foram abertas cerca de 26 mil vagas em cursos do Senai, Senac e Centro Paula Souza. Neste ano, a Sert deverá multiplicar o número de vagas, chegando a 60 mil. Até 2010, 180 mil serão qualificados. As novas turmas tiveram início em março, e as áreas dos cursos oferecidos são as mais diversas: construção civil, jardina-gem, alimentação, secretariado, vendas, administração e atendimento ao cliente estão entre elas.

As inscrições para o PEQ são feitas nos Postos de Atendimento ao Trabalha-dor (PATs), bastando apresentar RG, CPF e carteira de trabalho. Em seguida, o ci-dadão é encaminhado para a matrícula na instituição de ensino. Os endereços dos postos estão no site www.emprego.sp.gov.br/pat. Nos municípios em que não há PAT, os interessados podem se dirigir diretamente ao local dos cursos.

Time do Emprego Qualificação somada à oportunida-de não faz a receita completa para se conseguir um emprego. É preciso cau-sar boa impressão no recrutador. Para isso, a Sert mantém o programa Time do Emprego, com o intuito de ajudar quem não tem experiência em entrevis-tas e na elaboração de um currículo. Os

No Time do Emprego, os alunos aprendem aenfrentar entrevistas e a elaborar o currículo

Mão na massa. Aulas práticas do PEQ qualificam trabalhadores de acordo comcada região

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56.256Jovens convocados

57.766Alunos inscritos ou disponíveis

17.855Empresas cadastradas

1.587Empresas com jovens admitidos

Previsão para 2009/2010

45.000inscrições de alunos

15.000vagas disponíveis

45.000jovens convocados

15.000jovens contratados

participantes recebem orientação de como descrever um histórico profissio-nal e como se portar numa entrevista de emprego. Nesse segundo item, os alunos são preparados para evitar o nervosismo durante as dinâmicas de grupo, em testes psicológicos e nas provas de matemática e redação.

De acordo com a Sert, a principal meta é aumentar a autoestima do tra-

balhador, melhorando suas chances no mercado. As aulas são ministradas por agentes da própria secretaria, e os participantes do Time do Emprego são selecionados de acordo com identifica-ção no cadastro dos PATs – os escolhi-dos são os que encontram mais dificul-dade de encontrar uma vaga. Em 2007 e 2008, o Time do Emprego orientou 7.917 trabalhadores. Em 2009, o pro-grama deverá beneficiar 4 mil pessoas e em 2010, serão mais 6 mil.

O jovem também não foi esquecido. O programa Jovem Cidadão – Meu Pri-meiro Trabalho oferece aos estudantes do ensino médio a oportunidade de entrar no mercado de trabalho em es-tágios remunerados.

Para participar do programa, o alu-no deve ter entre 16 e 21 anos e estar matriculado no 2º ou 3º ano do ensi-no médio, além de apresentar com-provante de frequência nas aulas. As inscrições podem ser feitas nas secre-tarias das escolas em que estudam ou pelo site www.meuprimeirotrabalho.sp.gov.br. Os valores da bolsa-estágio va riam entre 250 reais e 300 reais. O es tágio dura seis meses, prorrogáveis por igual período, e a carga horária diária é de quatro, cinco ou seis horas. Para cada vaga ofertada, a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho encaminha para seleção três jovens estudantes da escola mais próxima do local de trabalho. o

O programa Jovem Cidadão garante

estágios com bolsas entre 250 e 300 reais

PROGRAMA JOVEM CIDADãO EM 2008

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SPpacote de medidas

20 SPnotícias

Guerra contra a crise

Secretaria da Fazenda adota medidas para combater

desaceleração econômica

O cOnteúdO dO pacOte

SPnotícias 21

algumas das medidas adotadas pelo governo

nConcessão de financiamento com juros subsidiados a micro e pequenos empresários.

nReestruturação do Fundo de Aval (FDA) para viabilizar o aces-so das micro e pequenas empresas às linhas de financiamento de instituições de crédito.

nTratamento diferenciado às micro e pequenas empresas nas contratações.

nRedução de 18% para 12% da alíquota de ICMS até 31 de dezembro.

nAntecipação das compras de bens duráveis para o primeiro qua-drimestre do ano. Valor no orçamento de 2009: R$ 711 milhões.

nLinhas de crédito disponibilizadas pela Nossa Caixa, com juros de 13,8% ao ano.

nInício das operações da Nossa Caixa Desenvolvimento (Agên-cia de Fomento), com recursos de R$ 1 bilhão.

nAbertura de linhas de crédito pela Nossa Caixa de R$ 1,2 bilhão para empresas associadas.

O governo do Estado contra-ata-cou a crise financeira anuncian-do 17 medidas para assegurar a

realização dos investimentos públicos orçados em 20,6 bilhões de reais para 2009 e a manutenção e geração de mais de 858 mil empregos. Um dos ei-xos das ações diz respeito à Secretaria da Fazenda: a pasta tomou algumas de-cisões para desonerar setores estratégi-cos, principalmente aqueles que geram mais empregos no Estado.

Os decretos mais recentes foram os que ampliam a oferta e garantia de contratação de crédito e estabelecem tratamento diferenciado às micro e pe-quenas empresas nas compras públicas estaduais. As micro e pequenas são 98% das empresas de São Paulo e detêm

mais de dois terços dos empregos. São, portanto, um componente fundamen-tal da atividade produtiva.

O governo estadual também tomou uma decisão importante ao autorizar a antecipação das compras de bens durá-veis – como veículos, computadores e móveis – durante os primeiros quatro meses do ano. Além de ajudar as empre-sas, a iniciativa gerará economia aos co-fres públicos por conta dos preços mais baixos. Segundo o coordenador de Ad-ministração Tributária da Secretaria da Fazenda, Otavio Fineis Júnior, os impac-tos das medidas anunciadas pelo gover-no serão sentidos rapidamente. “O foco principal é a geração de empregos, e a expectativa para que isso aconteça é de muito otimismo”, destaca Fineis.

Uma das medidas tomadas prorro-gou até 30 de junho a redução da alí-quota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) de 18% para 12% de produtos como couro, vinho, perfume, cosmé-ticos, higiene pessoal, instrumentos musicais, brinquedos e alimentos. Para aliviar o fluxo de caixa das empresas exportadoras, o governo suspendeu o recolhimento do ICMS na aquisição de insumos destinados à produção de bens para exportação.

Também foi concedida, pela Nossa Caixa, abertura de linhas de crédito para o setor automotivo e de equipa-mentos industriais: 4 bilhões de reais para a aquisição de veículos e 1,2 bi-lhão de reais para beneficiar empresas

filiadas ao Sindicato Nacional da Indús-tria de Componentes para Veículos Au-tomotores (Sindipeças) e à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Na questão da expansão de crédito, os bancos vinculados às montadoras receberão recursos da Nossa Caixa para financiar, preferencialmente, veí culos usados com juros de 13,8% ao ano. A medida pode ter o efeito de aquecer também a comercialização de automó-veis novos. Para o secretário da Fazenda, Mauro Ricardo Machado Costa, o gover-no soube agir rápido ante o cenário de crise que se estabeleceu no mundo todo. “Essas ações deverão proporcio-nar um estímulo significativo à ativida-de econômica do Estado”, afirma. o

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SPvolta às aulas

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Os 5 milhões de alunos da rede estadual de ensino iniciam o ano letivo com muitas novidades

Presente, professora!

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No início de cada ano letivo, os 5 milhões de alunos da rede públi-ca estadual recebem um kit es-

colar composto por cadernos, canetas, lápis, régua e tesoura. Mas, neste ano, para carregar esse material adequada-mente, eles ganharam um item espe-cial: uma mochila exclusiva.

Essa foi apenas uma das novidades trazidas pela Secretaria da Educação para a volta às aulas. Aos alunos com deficiência visual foi preparado um kit diferenciado e as escolas indígenas receberam um material didático espe-cífico. As boas novas não param por aí: haverá também cursos de japonês, francês e italiano, as escolas passarão por reformas e cerca de 200 mil pro-fessores terão direito a bônus por de-sempenho.

A secretaria investiu 88,2 milhões de reais para montar os três kits de material escolar aos alunos da 1ª à 8ª série do ensino fundamental e do ensi-no médio, além do material destinado aos alunos do ensino regular e aos da educação de jovens e adultos.

Para distribuir os kits e mochilas, a secretaria utiliza um moderno sistema on-line de entrega de materiais esco-lares. Ele permite que a cada entrega seja dada baixa automática do mate-rial. Quando ocorre algum problema, como a falta de um determinado item, o caso é solucionado em, no máximo, uma semana.

Pela primeira vez, a Secretaria da Educação produziu materiais especí-ficos para os alunos da rede estadual com deficiência visual. Cerca de 1,2 mil estudantes receberam materiais

No retorno às escolas, uma novidade para a criançada: uma mochila exclusiva para levar o material

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volta às aulas

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escolares adaptados. Como o soroban – ábaco japonês usado para facilitar o aprendizado das operações matemáti-cas. São dois tipos de kits adaptados, em um investimento de 40 mil reais: aos estudantes sem visão (450 alu-nos) e para aqueles com visão subnor- mal (800).

Outro fato importante na rede é que os alunos com necessidade de acompa-nhamento mais acelerado tiveram re-cuperações aplicadas já no mês inicial das aulas. A secretaria também dobrou o tempo de recuperação para alunos das escolas que apresentarem os piores resultados no Índice de Desenvolvimen-to da Educação de São Paulo (Idesp) em 2009. Atualmente, a recuperação cor-responde a 5% do total de tempo das aulas dadas ao longo do ano. No caso das escolas com Idesp mais baixo, esse tempo subirá para 10%. As aulas serão ministradas no contraturno escolar.

Para todas as tribosCerca de 1,5 mil curumins, que estu-dam em 30 escolas indígenas da rede estadual, receberam kits com livros infantis, dicionários e jogos educativos em português e nos idiomas indígenas, como guarani, tupi-guarani, terena, kaingang e keren. O objetivo é facilitar o aprendizado de língua portuguesa e aprimorar a escrita. Ao todo, são 20 tí-tulos de histórias infantis, com ênfase no cotidiano da população das aldeias e nos costumes de cada etnia. Os alu-nos podem encontrar nos dicionários palavras do vocabulário indígena e sua tradução para o português.

O projeto aposta também na manei-ra lúdica de se aprender com jogos co-loridos. Figuras do dia a dia dos alunos os ajudarão a conhecer, compreender e utilizar a língua nativa e a portuguesa.

O material foi produzido pelos 81 pro-fessores indígenas e será entregue às escolas até abril, mês do Dia do Índio.

Outra inovação da secretaria é que, a partir de agora, os alunos da rede es-tadual têm a chance de aprender gra-tuitamente uma terceira ou até quarta língua. Além das aulas de inglês na grade curricular, são 7,3 mil vagas (1,2 mil na capital) de cursos de alemão, japonês, francês, espanhol e italiano oferecidas em 83 Centros de Estudos de Línguas espalhados pelo Estado. Os cursos têm duração de três anos e as aulas, de 50 minutos, são realizadas duas ou quatro vezes por semana, no contraturno dos alunos.

A melhoria do desempenho dos alunos agora rende bônus para os professores da rede estadual

O que há em cada kit

ensino fundamental - 1ª a 4ªn Caderno brochurão - 3 unidadesn Caderno de desenho - 1 unidaden Régua plástica (30 cm) - 1 unidaden Lápis de cor (12 cores) - 1 caixan Giz de cera (12 cores) - 1 caixan Lápis grafite - 3 unidadesn Caneta esferográfica - 2 unidadesn Apontador simples - 3 unidadesn Borracha branca - 2 unidades

ensino fundamental - 5ª a 8ªn Caderno universitário - 2 unidadesn Caderno universitário reciclado - 1 unidaden Caderno de desenho - 1 unidaden Régua plástica (30 cm) - 1 unidaden Lápis de cor (12 cores) - 1 caixan Tesoura sem ponta - 1 unidaden Tubo de cola - 1 unidaden Lápis grafite - 3 unidadesn Caneta esferográfica - 2 unidadesn Apontador simples - 3 unidadesn Borracha branca - 2 unidades

ensino médion Caderno universitário - 3 unidadesn Caderno universitário reciclado - 1 unidaden Caderno de desenho - 1 unidaden Régua plástica (30 cm) - 1 unidaden Lápis grafite - 4 unidadesn Caneta esferográfica - 3 unidadesn Apontador simples - 3 unidadesn Borracha branca - 2 unidades

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volta às aulas

26 SPnotícias SPnotícias 27

Nos últimos três anos, a secretaria capacitou profissionais para identi-ficar alunos superdotados. Por inter-médio do Centro de Apoio Pedagógico Especializado (Cape), a pasta formou 270 profissionais, entre supervisores, assistentes técnico-pedagógicos e pro-fessores coordenadores, que foram treinados por cerca de um ano. Em dezembro de 2008, a secretaria lançou e entregou para as 5,5 mil escolas esta-duais o livro Um Olhar para as Altas Habi-lidades: Construção de Caminhos, que con-siste numa compilação e um manual sobre alunos com essa habilidade.

Além das mudanças pedagógicas, foram destinados 37 milhões de reais para o programa Trato na Escola. Cada escola recebeu 7 mil reais para ações de revitalização como pintura, limpe-za, jardinagem, pequenos reparos e higienização. Outros 142 milhões de reais, liberados em janeiro, serão em-

pregados nas reformas de 225 escolas, que terão início neste ano. São obras de grande porte, seguindo necessida-des das unidades como adequação de ambientes, recuperação de alambra-dos, reestruturação de fiação e cons-trução de salas. Os projetos foram pen-sados de modo que as obras tenham a menor influência possível nas aulas.

Bônus por desempenhoNo fim de março, a Secretaria da Edu-cação anunciou o primeiro pagamento de bonificação por desempenho. Mais de 195 mil profissionais da rede esta-dual, diretores, supervisores e agentes receberam um total de 590 milhões de reais. Os professores puderam receber até 12 mil reais. Em alguns casos, o bô-nus chegou a 15 mil reais.

A regra para ganhar o prêmio é sim-ples: são bonificados os funcionários das escolas que melhoraram o desem-

penho dos estudantes de acordo com o Idesp divulgado em março. A boni-ficação equivale à evolução da escola. Se 100% das metas estabelecidas forem alcançadas, todos os funcionários são contemplados com o total do bônus: 20% dos 12 salários mensais. Se a es-cola atingir 50% da meta, os funcioná-rios recebem o equivalente a 50% do bônus, e assim por diante.

Para receber o bônus, os profissio-nais devem ter atuado, no mínimo, em dois terços do ano. Em caso de faltas, haverá desconto proporcional. Com os 590 milhões de reais nas premiações, São Paulo registrou aumento de 30,2% em relação ao bônus de 2008, pago por assiduidade e não por desempenho.

Novidades à mesaAs mudanças também são vistas sobre a mesa. Cerca de 1 milhão de alunos que recebem merenda em escolas es-

taduais têm um novo cardápio, que inclui barras de cereais sem gordura trans e as chamadas supersalsichas. São dois tipos de novas salsichas: uma com 50% menos sal e gordura e a ou-tra com 50% menos sal e gordura e com quelato, componente que per-mite que o cálcio e o ferro do alimen-to sejam igualmente absorvidos pelo organismo.

Já as barras de cereais, diferentes das tradicionais encontradas no mer-cado, apresentam menos gordura e são livres de gordura trans, pois são feitas com óleo de palma. “Fizemos testes em algumas escolas estaduais e o sucesso foi imediato, com 95% de aprovação. Os novos produtos vão complementar o cardápio, que inclui arroz, feijão, purê de batata, macarrão e outras op-ções”, afirma o coordenador do Depar-tamento de Suprimento Escolar (DSE) da secretaria, Orlando Gerola. o

NO camiNhO certO

Em 2008, de acordo com levantamento da Secretaria da Educação, apenas 1,4% dos estudantes do ensino funda-mental deixou os estudos. Ano a ano, esse número vem caindo. Em 1998, as desistências chegaram a 4,6%. A queda acontece também no ensino médio. Na 1ª, 2ª e 3ª série, a taxa caiu de 10,8% para 5,4% entre 1998 e 2008. O levanta-mento mostra que no ensino médio, que conta com 1,4 milhão de estudantes, o Estado conseguiu inverter o horário de estudo dos alunos. Em 1998, São Paulo tinha 1 milhão de alunos do ensino mé-dio que estudavam à noite e 500 mil de manhã. Em 2008, a situação mudou radi-calmente: 660 mil estudaram no período noturno e 790 mil pela manhã.

aOs deficieNtes visuais

n8 lápisn2 canetas hidrográficas pretasn2 borrachasn1 apontador de lápisn1 assinador – guia para assinatura n1 soroban (ábaco para cálculos matemáticos)n1 estante para leitura em braile (instrumento utilizado no aprendizado do método braile)n1 caixa de canetas hidrográficas coloridas (jogo com 12 unidades)n1 pacote de papel sulfite de 200 folhas, com gramatura maior

* O kit para os alunos com visão subnormal é idêntico, com o acréscimo apenas de um adaptador de desenho geométrico (régua, compasso, transferidor, esquadros).

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SPclínicas de reabilitação

28 SPnotícias SPnotícias 29

Numa iniciativa pioneira no país, o governo do Estado im-plantou duas clínicas públicas

de reabilitação para jovens e adultos dependentes de álcool e drogas. Trata-se de uma nova opção para as famílias que até então tinham como única esco-lha a internação em hospitais psiquiá-tricos ou gerais e os Centros de Atenção Psicossocial, os CAPs municipais.

Inaugurada em janeiro passado, a clínica de Cotia – batizada de Projeto Bom Samaritano – é uma parceria en-tre a Secretaria Estadual da Saúde e o Hospital Bom Samaritano. Já a de São Bernardo, que começou a operar em

abril, é destinada a adultos com depen-dência química e psíquica e é fruto de um convênio firmado entre a Secreta-ria da Saúde e a Sociedade Assistencial Bandeirantes.

Projeto Bom SamaritanoCom uma área física de 4 mil metros quadrados, a clínica oferece 30 leitos de internação e pode atender anual-mente cerca de 120 adolescentes, enca-minhados pelas Secretarias da Saúde e da Educação dos municípios paulistas e conselhos tutelares. A unidade conta com ampla sala de convivência para os adolescentes, sala de aula com compu-

tadores, quadra poliesportiva, horta para aulas de jardinagem, refeitório e ambulatório.

O investimento para a implantação da unidade foi de cerca de 1 milhão de reais. Para a manutenção do serviço, o governo repassará à clínica 1,7 milhão de reais por ano. O tempo médio de permanência na clínica varia de um a três meses. Depois dessa fase, os pacien-tes são acompanhados ao longo de dois anos por equipes multidisciplinares.

Durante o período de internação, os pacientes desenvolvem atividades que priorizam o contato com seus fami-liares, fator considerado fundamental para o sucesso da recuperação.

“Adotamos um novo modelo de as-sistir os jovens dependentes. A partici-pação dos familiares, aliada às demais técnicas ao longo do tratamento, é fun-damental para a recuperação”, afirma o secretário da Saúde, Luís Roberto Bar-radas Barata.

Clínica para adultosA primeira clínica pública para adultos dependentes de álcool e drogas possui 30 leitos e deve atender anualmente cerca de 350 pacientes, maiores de 18 anos, com tratamento gratuito pelo Sis-tema Único de Saúde (SUS). A Secreta-ria da Saúde repassará à unidade cerca de 3 mil reais por paciente a cada mês. A triagem dos pacientes é fei ta pelos municípios. O governo do Estado paga e supervisiona, enquanto a Universida-de Federal de São Paulo acompanha o assistido depois da desinternação.

Além da desintoxicação, o paciente terá o tratamento planejado em três li-nhas de ação: psiquiátrica, psicológica (terapia comportamental) e de autoaju-da (grupos de apoio, como Alcoolicos Anônimos e Narcóticos Anônimos).

A ideia é que a clínica funcione como um modelo para outras iniciativas, es-pecialmente em municípios com uni-versidades que possam estar integradas ao programa de reabilitação. “Trata-se de uma evolução na abordagem e tra-tamento de adultos dependentes de álcool e drogas, por meio de um aten-dimento multidisciplinar que garanta a devida reabilitação clínica e o neces-sário acompanhamento do paciente após o período de internação”, afirma o secretário de Estado da Saúde. o

As instalações da clínica de reabilitação de Cotia: capacidade de internar 120 jovens por ano. Abaixo, a fachada da unidade de São Bernardo do Campo, que começou a funcionar em abril deste ano

Dependência combatida

Em iniciativa inédita, São Paulo garante a jovens e adultos dependentes de álcool e drogas a oportunidade de tratamento gratuito em clínicas públicas de reabilitação

O Projeto Bom Samaritano, em Cotia: 4 mil metros quadrados de área

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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SPregião

30 SPnotícias

A nova onda do litoral

Investimentos nas nove cidades da Baixada Santista favorecem não só a população fixa da região, mas também a flutuante

SPnotícias 31

Todos os anos, a cena se repete. Na alta temporada e nos feriados prolongados, de 350 mil a 500 mil veículos descem a serra pelo sistema Anchieta-Imi-

grantes em direção às cidades do litoral sul. Nesses perío-dos, a população de 1,6 milhão de moradores da Baixada Santista pode atingir picos de 2,95 milhões de pessoas, que buscam lazer e diversão nas 82 praias espalhadas em 162,5 quilômetros de extensão. Diante de números tão expressivos, o governo do Estado vem investindo nas obras de infraestrutura e serviços públicos nos nove mu-nicípios – Bertioga, Cubatão, Itanhaém, Guarujá, Mon-gaguá, Praia Grande, Peruíbe, Santos e São Vicente –, que ocupam área de 2,7 mil quilômetros quadrados.

Os projetos que acontecem na região também rece-bem o apoio da Agência Metropolitana da Baixada San-tista (Agem), criada em 1998 para arrecadar receita, fisca-lizar a execução de leis e estabelecer metas e programas para a melhoria de vida da população da região.

Para melhorar o acesso de milhares de carros e dar mais fluidez ao trânsito local, o governo tem destinado

Estado (%)

Municípios 9 645 1,3

População 1,66 milhões 41,139 milhões 3,8

PIB (2006) R$ 30,2 bilhões R$ 802 bilhões 3,7

PIB per capita (2006) R$ 18.140,34 R$ 19.547,86 _

IDH 2000 0,795 0,814 _

Baixada Santista

FON

TE: F

UNDA

ÇÃO

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CaraCtEríStiCaS da rEgiãO

25 km

Baixada Santista

Monguaguá

Itanhaém

Peruíbe

SÃO PAULO

S Ã O P A U L O

Praia GrandeSão Vicente

Guarujá

CubatãoBertioga

SANTOS

IARA

VEN

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região

32 SPnotícias SPnotícias 33

recursos às obras viárias. Em dezembro do ano passado, foram inaugurados o viaduto sobre a linha férrea no km 262,6 da Rodovia Cônego Domênico Rangoni (SP-055), em Cubatão, e o dis-positivo de entroncamento no Parque das Bandeiras, no km 285 da Rodovia Padre Manoel da Nóbrega (SP-055), em São Vicente.

A obra de Cubatão era uma antiga reivindicação das empresas do polo industrial do município. A construção de dois viadutos sobre a linha férrea fa-cilita a chegada ao Porto de Santos, be-neficiando diariamente em torno de 15 mil veículos. Já o viaduto de São Vicen-te ajuda diretamente a população ao separar o tráfego rodoviário do local – que passa sob a ligação – e eliminando o cruzamento existente. As duas obras, realizadas pela Ecovias, concessionária do sistema Anchieta-Imigrantes, gera-ram 470 empregos diretos e custaram 75 milhões de reais.

VLT em duas cidadesAinda na área de transportes, a Secre-taria dos Transportes Metropolitanos

está coordenando, por meio da Empre-sa Metropolitana de Transportes Urba-nos (EMTU), o Sistema Integrado Me-tropolitano da Baixada Santista (SIM). Trata-se de uma operação de média ca-pacidade articulada sobre trilhos, com a adoção da tecnologia Veículo Leve so bre Trilhos (VLT) e que aproveitará o trecho da linha férrea entre Santos e São Vicente.

O investimento total será de 750 milhões de reais, proveniente de uma parceria público-privada (PPP). Na pri-mei ra fase, orçada em 408 milhões de reais, o SIM prevê a construção de ter minais de integração e estações de transferência entre o Terminal Barrei-ros (São Vicente) e o Porto de Santos. A empresa responsável pelas obras de operação do sistema, sob regime de concessão, deverá ser definida até o fim do ano e os testes iniciais dos veícu-los estão programados para o segundo semestre de 2010.

A segunda fase do projeto fará a ligação com o sistema de transporte público dos municípios de Praia Gran-de, Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe,

totalizando 35,8 quilômetros de exten-são. Além de poder transportar 230 mil passageiros por dia, uma das vantagens do SIM está na racionalização das 434 linhas de ônibus da Baixada Santista. A ideia é que quase metade da frota saia de circulação, reduzindo em 10% a emissão de gás carbônico.

SaneamentoUm dos investimentos mais impor-tantes na Baixada Santista está rela-cionado ao saneamento, com foco no abastecimento de água e reformulação da coleta e do tratamento do esgoto. Com investimento total de 1,47 bilhão de reais (valor que abrange também o litoral norte), o programa Onda Limpa, que teve a primeira fase iniciada na Baixada Santista em 2007, elevará os índices de coleta e tratamento de esgo-to de 53% para 95% até 2011.

As intervenções do programa con-templam toda a região metropolitana e incluem a construção de sete es ta-ções de tratamento de esgoto (nos mu -nicípios de Bertioga, Guarujá, Cu ba tão, Mongaguá, Itanhaém e duas em Peruí-be), 101 estações elevatórias de esgoto, emissários submarinos de Santos e Praia Grande, estações de pré-condicio-namento, implantação de 1.175 quilô-metros de redes coletoras, coletores-tronco e 120.424 ligações domiciliares.

Já o programa Mambu Branco, siste-ma de abastecimento de água que am-pliará a oferta de água tratada na região de 600 litros para 1,6 mil litros por se-gundo, beneficiará mais de 1,2 milhão de pessoas nas cidades de Itanhaém, Pe-ruíbe, Mongaguá, Praia Grande e São Vi-cente. Para isso, serão destinados recur-sos da ordem de 300 milhões de reais.

Em janeiro, o governo do Estado, por meio da Companhia de Saneamento

OBraS naS EStradaS da Baixada

MongaguánRecuperação e recapeamento da Rodovia Padre Manoel da

Nóbrega (trecho em pista dupla), entre os km 292 e 305nRecuperação de quatro passarelas nos km 292, 293, 297 e

301; e recuperação de quatro pontes nos km 301, 302, 304 (pista norte) e 304 (pista sul)

nImplantação de quatro novas passarelas nos km 301, 302, 304 e 305

Valor da obra: R$ 42,2 milhões Início: outubro de 2008 Conclusão prevista: setembro de 2009

Mongaguá-itanhaémnRecuperação de 15 passarelas nos km 306, 307, 308, 309,

310, 311, 312, 313, 314, 315, 316, 319, 321, 327 e 343Valor da obra: R$ 1,08 milhão Início: janeiro de 2009 Conclusão prevista: janeiro de 2010

PeruíbenMelhoramentos, recapeamento de pista, pavimentação de

acostamentos e sinalização entre os km 10 e 20 no acesso a Peruíbe/Itariri (SPA-344/055)

Valor da obra: R$ 6,1 milhões Início: setembro de 2008 Conclusão prevista: março de 2009

A Etec de São Vicente foi inaugurada em 2008 e o AME de Santos começou a atender em janeiro

Viaduto na Rodovia Padre Manoel da Nóbrega

MIlTON MIchIDA cIETE SIlVÉRIO

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região

34 SPnotícias SPnotícias 35

POUPatEMPO dE SantOS

Endereço: Rua João Pessoa, 246, Centroinauguração: 9/10/2008Órgãos presentes: Acessa São Paulo (acesso gratuito à inter-net), Banco Nossa Caixa, Companhia de Desenvolvimento Habi-tacional e Urbano (CDHU), Detran, E-poupatempo (serviços públicos eletrônicos), Instituto de Identificação Ricardo Gumble-ton Daunt, Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho (Sert), Sabesp, Secretaria da Fazenda e prefeitura de Santos

natendimentos de outubro a dezembro/2008: 214.676Média diária de atendimentos: 4.347

Serviços mais requisitados:Atestado de antecedentes (fornecido pelo Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt – IIRGD): 44.710E-poupatempo: 24.353Detran: 21.232

natendimentos em janeiro e fevereiro/2009: 162.309Média diária de atendimentos: 4.008

Serviços mais requisitados:Atestado de antecedentes: 24.218E-poupatempo: 12.272Sabesp: 10.694

Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), e a prefeitura de Santos assinaram convênio para implementar o progra-ma Canal Limpo. Foram investidos 9 milhões de reais nas ações voltadas para a retirada do esgoto lançado nos canais. Ao longo de dois anos, governo e prefeitura acompanharão a evolução do índice de balneabilidade das praias e da qualidade das águas dos 19 canais da cidade, que somam 22,5 quilôme-tros. Segundo a Secretaria de Sanea-mento e Energia, a meta é melhorar em 20% a balneabilidade no primeiro ano e 30% no segundo.

No Canal Limpo serão empregadas modernas tecnologias como a inspe-ção de tubulações por método não des-trutivo e acompanhada por circuito fechado de televisão, remoção de ma-terial sedimentado e limpeza de redes e estações elevatórias com equipamen-tos de alta eficiência para jateamento com água de alta pressão e sucção e alto vácuo para remoção de resíduos.

Novos custos nas EtecsO ensino técnico também vem ganhan-do impulso na Baixada Santista. Na atual administração, o Centro Paula Souza já implantou Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) em Itanhaém (2007), Cubatão e São Vicente (2008) e Peruíbe (em fevereiro deste ano). A essas unida-des, somam-se outras cinco já existen-tes: Guarujá, Mongaguá, Praia Grande e duas em Santos. De 2006 até o primei-

ro semestre, a oferta de vagas saltou de 1.285 para 2.295 – número que aumen-tará com as 320 vagas abertas pela ter-ceira Etec de Santos, com inauguração prevista para o segundo semestre.

Além do aumento nas vagas, seis Etecs da região instituíram novos cur sos neste primeiro semestre. A do Guarujá implantou o ensino médio e o curso de Turismo Receptivo – este também adotado em Mongaguá. Ita-nhaém inaugurou o curso de Secreta-riado, e uma das unidades de Santos abriu uma turma de Informática. Por fim, a Etec de Praia Grande estreou o curso de Serviços Imobiliários, além de uma turma extra em Farmácia.

O processo de implantação de cur-sos nas Etecs segue critérios técnicos. A partir da identificação dos dados demográficos e econômicos da região é estabelecido um trabalho conjunto com a prefeitura e o setor produtivo, que poderão definir os cursos para atender à demanda socioeconômica local. Essa parceria resulta em alto ín-dice de empregabilidade, identificado entre os alunos até um ano após a for-matura: 77% nas Etecs e 93% nas Facul-dades de Tecnologia (Fatecs).

“Os novos cursos trazem um ganho enorme para os jovens e para o setor produtivo, porque são estrategicamen-te escolhidos de acordo com as deman-das regionais”, afirma Laura Laganá, di-retora-superintendente do Centro Paula Souza. “Além de proporcionarmos ensi-no gratuito e de qualidade, for mamos profissionais especializados, aumen-tan do a empregabilidade e tornando as empresas mais competitivas.”

SaúdeUma região tão importante como a Bai-xada Santista não poderia estar ausen-

te do programa de instalação de Am-bulatórios Médicos de Especialidades (AMEs). Em janeiro, foi inaugurada em Santos uma unidade com capacidade para realizar mensalmente em torno de 17 mil consultas e 40 mil exames de apoio ao diagnóstico.

Com investimento de 6,8 milhões de reais, o AME de Santos atende os moradores dos municípios vizinhos de Bertioga, Guarujá, Cubatão e São Vi-cente – que ganhará uma unidade em 2010. O AME da Praia Grande está em fase de conclusão e deverá ser inaugu-rado no segundo semestre deste ano. Os ambulatórios permitirão desafogar os hospitais da região, que terão condi-ções de priorizar internações e atendi-mentos de urgência.

O governo do Estado realizou ain-da outros melhoramentos na Baixa-da Santista. O Hospital Regional de Itanhaém recebeu cinco leitos de UTI neonatal e adquiriu para a unidade um arco cirúrgico usado para proce-

O Canal Limpo vai tratar 22,5 quilômetros

de canais usando modernas tecnologias

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região

36 SPnotícias SPnotícias 37

Até há pouco tempo, o emissário submarino da Praia José Me-nino, em Santos, era um plataforma feita de grandes pedras que servia de ponto de encontro de surfistas. Com o envolvi-mento do governo do Estado, por meio da Secretaria de Sa-neamento e Energia, e da prefeitura de Santos, a área passou por uma ampla urbanização, que resultou no Parque Municipal Roberto Mário Santini.

Inaugurado em janeiro passado, o novo espaço virou mais uma opção de lazer para a população. Junto ao quebra-mar onde são promovidos os campeonatos de surfe, ele tem uma ar-quibancada com capacidade para 600 pessoas, sala para jurados e imprensa, torre de vigilância, Museu do Surfe, com 580 metros quadrados, e heliporto. Uma das marcas do parque é a escultura da artista plástica Tomie Ohtake, que homenageia o centenário da imigração japonesa e que pode ser vista de longe.

Mas o parque não é um refúgio só dos surfistas. Há uma pista de skate de 1,1 mil metros quadrados, ciclovia, pista para corrida e caminhada, bicicletário, playground, tabuleiro gigante de xadrez no solo, equipamentos de ginástica e muro para arte ao ar livre. “Além de fazer parte da história do saneamento da região, a área representa uma estrutura funcional na operação do sistema de esgotamento sanitário da Baixada Santista”, afir-ma a secretária de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena.

dimentos ortopédicos. Pelo programa Pró Santa Casa, duas Santas Casas fo-ram atendidas em 2008: à de Santos fo-ram destinados cerca de 700 mil reais, ao passo que 1,2 milhão de reais foram entregues para a Associação Santama-rense de Beneficência do Guarujá.

Depois de dez anos, o tradicional Hospital Ana Costa, em Santos, volta a oferecer atendimento médico aos ser-vidores estaduais da Baixada Santista graças ao acordo firmado com o Insti-tuto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe). A iniciativa beneficiará aproximadamente 11 mil funcionários públicos em Santos, 4 mil em São Vicente e 4 mil na Praia Gran-de, onde funcionam, respectivamente, a sede do hospital e duas unidades re-gionais, que também prestarão atendi-mento aos funcionários e dependentes de Bertioga, Cubatão, Pe ruíbe, Guaru-já, Itanhaém e Mongaguá.

Serra do MarEm termos de meio ambiente e ha-bitação, o Programa de Recuperação Socioambiental da Serra do Mar é um dos maiores desafios do governo do Es-tado. Iniciado em 2007, o projeto visa recuperar boa parte da área verde do Parque Estadual da Serra do Mar, com a transferência de cerca de 5 mil famí-lias que moram nas encostas da serra em Cubatão para imóveis da Compa-nhia de Desenvolvimento Habitacio-nal e Urbano (CDHU), empresa ligada

à Secretaria da Habitação. Para reassentar esses moradores,

foram projetados conjuntos habitacio-nais em bairros populares de Cubatão. Estão em licitação 3.594 unidades ha-bitacionais, que serão construídas nos bairros Jardim Casqueiro, Bolsão 7 e Bolsão 9, destinadas aos moradores de quatro áreas de proteção ambiental: Cota 400, Água Fria, Sítio dos Queiro-zes e Pilões. O valor orçado é de 333,8 milhões de reais, e as primeiras unida-des têm previsão de entrega para 2010. Outras 2,5 mil famílias deverão perma-necer na serra, mas residindo em nú-cleos urbanizados. Nesse caso, o inves-timento será de 161 milhões de reais.

Além do programa de revitalização, a CDHU entregou 382 unidades habi-tacionais, em São Vicente – a maior parte na favela México 70 –, e em San-tos. Estão em andamento 2.852 atendi-mentos, que representam construção de casas e obras de urbanização, com investimento de 82,9 milhões de reais. Para este ano, estão programados mais 8,8 mil atendimentos.

Costa protegidaCom mais de 160 quilômetros de praias, a Baixada Santista também re-cebeu atenção especial na questão do meio ambiente. São Paulo tornou-se o primeiro Estado brasileiro a trans-formar seu litoral em unidade de con-servação de uso sustentável, uma das categorias definidas pelo Sistema Na-cional de Unidades de Conservação da Natureza (veja entrevista).

Em 2008, a costa paulista foi dividi-da em três Áreas de Proteção Ambien-tal (APAs) e uma delas é chamada de Litoral Centro, que envolve os muni-cípios da Baixada Santista. “O objetivo da APA é proteger os recursos naturais

marinhos com o uso disciplinado de seu território e a defesa do patrimônio cultural, representados pela cultura caiçara e a pesca artesanal”, afirma o secretário Francisco Graziano Neto.

Rica em diversidade, a APA do Li-toral Centro abriga também, entre outras riquezas naturais, o primeiro parque marinho de São Paulo – o Par-que Estadual da Laje de Santos –; inú-meras ilhas em quase 450 mil hectares de área; o Mosaico da Jureia-Itatins, em Peruíbe; e o Parque Estadual de Xixova-Japuí, em São Vicente e Praia Grande.

Com a criação das APAs, o gover-no adotou medidas para a proteção costeira, como o reforço da Polícia Militar Ambiental com uma unidade especialmente treinada para atender a ocorrências contra crimes ambientais. Foram compradas seis embarcações dotadas de equipamentos para com-bater a pesca predatória. Duas delas fazem o patrulhamento nas águas da Baixada Santista. o

Cinco mil famílias serão removidas da Serra do

Mar para moradias construídas em Cubatão

LazEr SOBrE O EMiSSáriO

A nova área de lazer sobre o emissário submarino de Santos

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Page 19: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 09

SPbastidores

38 SPnotícias

Setor de Operações de Emergência da Cetesb é referência na coordenação do trabalho em incidentes com substâncias químicas

Anjos da guarda ambientais

SPnotícias 39

Bombeiros, Polícia Militar, res-gate, ambulância – os números de telefone desses serviços de

emergência estão na ponta da língua da maioria da população do Estado. Cada um tem um tipo diferente de atendimento: ocorrências de incêndio, pessoas presas no elevador, acidente de trânsito e assalto. Mas para onde ligar em caso de emergência química, quan-do estoura um oleoduto ou uma carreta tomba com carregamento de amônia? Para o Setor de Operações de Emergên-cia: 0800-113560, serviço oferecido pelo governo do Estado São Paulo, por meio da Companhia de Tecnologia de Sanea-mento Ambiental (Cetesb).

O setor foi criado em 1978, depois do primeiro grande desastre ambien-tal de São Paulo, quando o vazamento de um navio-tanque despejou mais de 6 mil toneladas de petróleo no Canal de São Sebastião, litoral norte do Esta-do. “Naquela época, não havia nenhum órgão responsável por esse tipo de tra-gédia ambiental. Então a Cetesb reali-zou a limpeza com o apoio da Guarda Costeira americana”, afirma o gerente do Setor de Operações de Emergência, Jorge Luiz Nobre Gouveia.

Basicamente, o trabalho do depar-tamento consiste na avaliação da ocor-rência, considerando os riscos ao meio ambiente, e coordenação das demais entidades envolvidas para que atuem de forma adequada. Bombeiros, Polícia Militar e até a própria empresa respon-

O setor foi criado em 1978, quando 6 mil

toneladas de petróleo vazaram no litoral norte

Prontos para o trabalho. Roupas especiais protegem os agentes de diversos tipos de substâncias químicas

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bastidores

40 SPnotícias SPnotícias 41

sável pela ocorrência recebem orien-tações. Em média, são efetuados 450 atendimentos por ano. A maioria dos incidentes acontece por falta de ma-nutenção ou imprudência na operação – como acidentes no transporte ou fa-lha no armazenamento. Condições do tempo desfavoráveis, como chuva e ne-blina, também são agentes causadores de ocorrências.

Roupas especiaisTécnicos cobertos dos pés à cabeça com roupas amarelas, verdes ou brancas e rostos escondidos atrás de máscaras que lembram cenas de qualquer filme sobre guerras envolvendo produtos tó-xicos. Com esse “uniforme”, os agentes do Setor de Operações de Emergência entram em ação.

Tudo começa na Central de Con-trole. O setor destaca três agentes em escalas de plantão 24 horas por dia. Da sala, os funcionários podem controlar diversos pontos, como as principais rodovias do Estado. Trata-se de uma

preocupação básica, uma vez que qua-se metade dos incidentes está relacio-nada ao transporte rodoviário (veja no quadro). As imagens são reproduzidas em um grande telão no fundo da sala. “Ao todo, são 14 técnicos com conhe-cimentos específicos relacionados ao risco químico”, afirma Gouveia.

Para se deslocar até as ocorrências, a equipe conta com veículos especiais equipados com o que há de mais mo-derno em equipamentos para essas si-tuações. Os dispositivos, todos digitais, são capazes de encontrar substâncias corrosivas, tóxicas, inflamáveis e até mesmo níveis de radiação. As chamati-vas roupas coloridas são para proteção pessoal do agente. Feitas de plástico,

Em média, são 450 chamadas por ano.

A maioria acontece no transporte rodoviário

40,4%

8,9%7,1%

5,2%4,7%

2,6% 2,5%

28,6%

34,2%

15,2%

50,6%

MetropolitanaInteriorLitoral

Transporte rodoviário

Postos decombustíveis

Descarte demateriais

Transporte marítimo

Transporte por duto

OutrosArmazenamentoIndústria

PRinciPais tiPos de ocoRRências

atendimentos divididos PoR Regiões

Ao lado, agente de plantão na central de controle verifica possíveis emergências

Total de atendimentos entre 1978 e 2008

7.605

ilustrações:seri

Page 21: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 09

bastidores

42 SPnotícias SPnotícias 43

protegem contra diferentes níveis de toxicidade. Os respiradores artificiais são indispensáveis em lugares com pouca concentração de oxigênio ou até mesmo com algo tóxico no ar.

Um dos casos mais dramáticos para o Setor de Operações de Emergência aconteceu em 1983: o incêndio da fave-la da Vila Socó, em Cubatão, provoca-do pelo vazamento de 1,2 mil metros cúbicos de gasolina. Recentemente, os agentes ficaram quase uma semana co-ordenando a remoção de solventes no incêndio de grandes proporções em uma distribuidora de produtos quími-cos de Diadema. Segundo Gouveia, o principal trabalho no local foi avaliar a inflamabilidade dos resíduos que es-corriam para a rede de água e esgoto. “Se o nível estivesse alto, haveria o ris-co de novas explosões”, diz.

Para Gouveia, o trabalho mais com-plicado é quando há o descarte indevi-do de substâncias químicas em terre-nos baldios. “Não sabemos quem é o responsável, assim não podemos au-tuá-lo ou exigir que limpe o local.” No entanto, o gerente diz que grande par-te das empresas atua com rigor nesse tipo de situação. “Se houver qualquer incidente, somos acionados juntamen-te com os bombeiros e a Defesa Civil.”

Para trabalhar corretamente em si-tuações como essa, os agentes são con-

dicionados a manter a calma durante períodos de intenso estresse. Para isso, é essencial o treinamento permanente da equipe. Além dos conhecimentos es-pecíficos relativos à sua formação, são passadas noções básicas sobre riscos químicos, toxicologia, equipamentos de proteção individual, equipamentos de monitoramento, segurança e pri-meiros socorros. Ela também adota o Procedimento Operacional Padrão, no qual estão descritas as atribuições, bem como os principais aspectos a se rem observados durante uma emergência.

Reconhecido pela Organização Pan-Americana de Saúde, o trabalho do Setor de Operações de Emergência já atravessou fronteiras. “Já atuamos em casos de emergência até na Colômbia, dando consultoria e auxiliando na pre-venção”, finaliza Gouveia. o

mantenha distância

Principais classes de substâncias encontradas pe lo setor em suas intervenções e as mais nocivas ao meio ambiente

nSubstâncias explosivasnGases (inflamáveis, não inflamáveis ou tóxicos)n Líquidos inflamáveisn Sólidos inflamáveis ou reativosn Oxidantes e peróxidos orgânicosn Substâncias tóxicasnSubstâncias corrosivas

Equipe ajuda na remoção de solventes no recente incêndio em diadema. O trabalho foi coordenado pela Cetesb (acima). À direita, veículos especiais para emergências

Durante uma semana, houve a remoção de solventes num

incêndio em Diadema

edm

ilso

n m

agal

hãe

s/dg

aBC

Page 22: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 09

SPpersonagem do mês

Amiga de todas as horasA coordenadora da Central de Atendimento da Seads entra e sai da vida das pessoas sempre tentando ajudar

SPnotícias 45

Nem sempre Roseli Oliveira, 45, se limita ao papel de orien-tar quem a procura. Em meio a

tantos questionamentos e pedidos de ajuda, ela procura sempre resolver os problemas com voz amigável e uma solução na cabeça. Em um dia agitado de 2007, ela recebeu o e-mail de uma pessoa dizendo haver resgatado uma senhora que vagava por uma estrada. Levada para um abrigo, a mulher se lembrava apenas do endereço de dois irmãos que moravam em Taboão da Serra, cidade da região metropolitana de São Paulo.

Roseli encontrou o endereço e descobriu que aquela senhora havia saído para ir à igreja em dezembro de 1984 e não retornara para casa. Nessa situação tão atípica, não era seu dever sair em busca da família, mas ela acre-dita que agiu corretamente: “Para tra-balhar com o lado social, não adianta atuar de forma mecânica. Cada caso é único”, ensina Roseli.

Formada em psicologia e peda-gogia, com pós-graduação em edu-cação e violência doméstica, Roseli trabalhou como conselheira tutelar por três anos e foi professora de psi-cologia em escolas da rede estadual por 17 anos. Em 1989, ingressou na Secretaria da Assistência e Desenvol-vimento Social (Seads), onde assumiu a coordenadoria da Central de Atendi-mento em 2006, dois anos depois de sua criação.

Ao falar de seu trabalho, Roseli de-monstra a importância de um atendi-mento bem-feito: “Aqui é uma espécie de cartão de visita do Estado. Quem liga precisa ser atendido com total atenção”, considera. Em 2008, a Cen-tral registrou uma média mensal de 450 ligações e 300 e-mails respondi-

dos. Outra equipe, que atua no posto do Poupatempo de Itaquera, também chefiada pela pedagoga, realizou em média 780 atendimentos mensais.

Algumas intervenções são ainda mais inusitadas. Roseli conta que, uma noite, um rapaz esteve no prédio da Seads pedindo abrigo para pas sar a noite, porque havia discutido com a mãe. O que chamou sua atenção foi o fato de ele possuir telefone celular, estar cursando o 3º ano de direito e solicitar uma vaga no albergue do Brás, região central da capital. “Estra-nhei esse pedido tão específico, mas ele argumentou que era o único lu-gar que podia atender a suas exigên - cias”, relembra.

Ela descobriu, então, que o jovem não fora aceito no albergue, porque queria horários diferenciados, de acordo com sua atribulada vida no-turna. “Na verdade, ele estava procu-rando mesmo um hotel”, relembra.

Houve também o caso de uma mu-lher que insistiu em conversar pes-soalmente com Roseli. Durante o en-contro, disse que não tinha dinheiro nem para comprar um botijão de gás. Num telefonema feito ao filho, a co-ordenadora soube que ela era bipolar e queria somente estar na companhia de alguém. “Quando foi embora, ela perguntou se podia voltar outras ve-zes, pois tinha gostado de falar comi-go”, finaliza Roseli, com sua habitual voz amigável. o

Solidária no atendimento aos

cidadãos paulistas

Roseli Oliveira: voz amiga no atendimento aos cidadãos paulistas

Foto: bruno Miranda

Page 23: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 09

SPo estado em números

46 SPnotícias SPnotícias 47

Centro Paula Souza aCeSSa SP

1,62 milhãode usuários cadastrados

3.757computadores espalhados

pelo Estado

489postos em 458

municípios

PouPatemPo

ameS

4,5 milhõesInvestimento inicial médio

atual de cada AME(Ambulatório Médico de

Especialidades)

10 milhõesSão investidos por ano na

manutenção de cada unidade

14AMEs em funcionamento

no Estado

82.136Consultas médicas por mês

179.417Exames como raio-x, tomografia computadorizada, endoscopia, ecocardiograma, ressonância

magnética por mês

1.483Cirurgias ambulatoriais

por mês

32.586Atendimentos como

fisioterapia, acupuntura, nutrição e psicologia

oPeração verão

escolas técnicas (etecs) Faculdades de tecnologia (Fatecs)

Ensino técnico Ensino superior tecnológico

Número de unidadesEnsino médio

Habitação

30.088Novas unidades da CDHU

desde jan/2007

Queda de

5%no índice de

acidentes nas estradas paulistas

Queda de

14,4%no índice de vítimas fatais

Queda de

11,1%no índice de

feridos

eStradaS ruraiS

Mais 2.400 kmrecuperados pelo “Melhor Caminho” desde jan/2007

emPrega São Paulo

O Emprega São Paulo tem hoje

1.939 vagasde emprego exclusivas

para pessoas com deficiência

em todo o Estado

Fundação CaSa

188 estão em funcionamento

Dessas, 42 novas unidades desde de 2007

A meta é construir mais18 até 2010

Frente de trabalHo

88.573pessoas convocadas

desde janeiro de 2007

nota FiSCal PauliSta

447.107estabelecimentos

3,8 bilhõesde cupons registrados

Beneficiados em dez/08

8.860.051pessoa jurídica +

pessoa física

831.306.253,00foi o valor total distribuído

entre out/07 e dez/08

Projeto tietê

1ª fase (1992 a 1998) Investimento de US$ 1,1 bilhão (US$450 milhões provenientes do BID, US$500 milhões dos recursos próprios da Sabesp e mais US$100 milhões da Caixa Econômica Federal).

metasnAumento da coleta de esgoto

na região metropolitana de São Paulo de 70% para 80%

nAumento do tratamento de esgoto na região metropoli-

tana de São Paulo de 20% para 62%

obrasnETE São MiguelnETE ABC nETE Parque Novo Mundon1,5 quilômetro de redes coletorasn315 quilômetros de coletores-

troncon37 quilômetros de interceptoresn250 mil ligações domiciliares

2ª fase (2002 a 2008) Investimento de US$ 400 milhões (US$ 200 milhões financiados pelo BID e US$

200 milhões com recursos da Sabesp)

metasnAumento da coleta de esgoto

na região metropolitana de São Paulo de 80% para 84%

nAumento do tratamento de esgoto na região

metropolitana de São Paulo de 62% para 70%

obrasn35 quilômetros de interceptoresn165 quilômetros de coletores-troncon1,4 mil quilômetros de redes

coletorasn324 mil ligações domiciliares

de esgotosnMelhorias na ETE Barueri

3ª fase (2009 a 2015)Investimento de US$ 800 milhõesUS$200 milhões da Sabesp e US$600milhões do BID (em negociação)

metasnAumento da coleta de

esgoto na região metropolitana de São Paulo de

84% para 87%nAumento do tratamento de esgoto na região metropolitana de São Paulo de

70% para 84%

obrasn420 quilômetros de coletores-

tronco e interceptoresn1250 quilômetros de redes

coletoras de esgoton200 mil ligações domiciliaresnMelhorias nas estações de

tratamento para aumentar a vazão em 7,4m3, por segundo

29.03725.561

35.70741.192

4.1703.940

6.255 7.715

3326

45 46

7.9617.859

13.288 16.843

29.03725.561

35.70741.192

4.1703.940

6.255 7.715

3326

45 46

7.9617.859

13.288 16.843

29.03725.561

35.70741.192

4.1703.940

6.255 7.715

3326

45 46

7.9617.859

13.288 16.843

29.03725.561

35.70741.192

4.1703.940

6.255 7.715

3326

45 46

7.9617.859

13.288 16.843

Vagas no 1º

semestre de 2007

Vagas no 1º

semestre de 2007

Vagas no 1º

semestre de 2008

Vagas no 1º

semestre de 2007

Vagas no 1º

semestre de 2009

Vagas no 1º

semestre de 2008

Vagas no 1º

semestrede 2008

Vagas no 1º

semestre de 2006

Vagas no 1º

semestrede 2006

Atendimentos entre janeiro e dezembro

De 15 de dezembro de 2008 a 1º de março deste ano, o Governo de SP reforçou o policiamento nas principais estradas do Estado. Entre viaturas de in-speção, guinchos, ambulâncias, veículos de apoio e motos para socorro, a operação especial somou 700 unidades. Campanhas de trânsito com mensagens em painéis e distribuição de materiais educativos aju-daram a conscientizar os motoristas para as questões de segurança

Vagas para o 1º semestre de 2009

Vagas no 1º

semestre de 2009

Vagas no 2º

semestre de 2006

20072006 2008 2009

2006 2007 2008

25.910.505

27.854.36028.085.366

Page 24: Revista SPnotícias - Ano 1 - Número 09

SPagenda

48 SPnotícias SPnotícias 49

O que fOi nOtícia

Uma pesquisa da Secretaria da Saúde apon­tou os dez melhores hospitais e as cinco me­lhores maternidades públicas do Estado de São Paulo, na avaliação dos usuários do Sis­tema Único de Saúde (SUS). O levantamen­to ouviu 60,2 mil pacientes que passaram por internações e exames em cerca de 500 estabelecimentos de saúde conveniados à rede pública paulista nos meses de novem­bro e dezembro de 2007 e abril e junho de 2008. A pesquisa tem como objetivo monito­rar a qualidade de atendimento e a satisfação do usuário, reconhecer os bons prestadores, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão eficiente da saúde pública. Foram avaliados o grau de satisfação com o atendimento recebido pelos pacientes, nível do serviço e dos profissionais que pres­taram o atendimento, qualidade das acomo­dações e tempo de espera para a internação. Para a classificação das maternidades tam­bém foram incluídas perguntas específicas sobre humanização do parto.

Metrô e trem mais baratos Entrou em vigor no início de março a Tarifa do Madrugador, que oferece desconto no preço da passagem para quem utiliza os trens do Metrô entre 4h40 e 6 horas, e os da CPTM das 4 horas às 5h20. Cerca de 250 mil usuá-rios serão beneficiados. O valor dos bilhetes será 20 centavos mais baixo do que o praticado ao longo do dia. Por uma viagem de trem ou metrô o usuário pagará 2,35 reais. Na integração com o ônibus, a Tarifa do Madrugador terá um custo final de 3,60 -reais. Para ter o benefício, basta utilizar o bilhete único comum que a catraca da estação vai cobrar o valor reduzido nos horários estabelecidos. O bene-fício não vale para os usuários do Vale Transporte e dos Cartões Fidelidade.

taiaçupeba ampliada em 50% A estação de tratamento de água Taiaçupeba, da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sa-besp), em Suzano, terá sua produção aumentada em 50% nos próximos dois anos, superando os atuais 10 metros cúbicos por segundo para 15 me-tros cúbicos. Quando estiver pronta, será a segunda maior da empresa e responderá por 15% da água consumida na região metropolitana de São Paulo. A estação abastecerá a zona leste da capital e os mu-nicípios de Suzano, Ferraz de Vasconcelos, Itaqua-quecetuba, Arujá, Poá, Mogi das Cruzes, Guarulhos, Mauá e Santo André. O consórcio responsável pelas obras investirá 300 milhões de reais na ampliação de Taiaçupeba e na construção de 17,7 quilômetros de adutoras e quatro reservatórios para armazenar 70 milhões de litros de água tratada.

Pacientes escolhem os melhores hosPitais do estado

Os melhores 10 hospitais

Hospital do Rim e Hipertensão: São PauloHospital das Clínicas: Ribeirão PretoHospital das Clínicas – Unidade Materno Infantil: MaríliaHospital Amaral Carvalho: Jaú Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia: São Paulo Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais (Centrinho): Bauru Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas: São PauloInstituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC): São Paulo Hospital Estadual de Vila Alpina: São PauloHospital Beneficência Portuguesa: São Paulo

123456

7

89

10

1

2345

as 5 melhores maternidades

Centro Integral de Atendimento à Saúde do Hospital das Clínicas: Campinas Hospital Universitário: São PauloHospital Estadual de Vila Alpina: São Paulo Hospital Santa Marcelina: São PauloHospital Geral de Pedreira: São Paulo

Água e esgotoO governo do Estado, por meio da Secretaria de Sanea-mento e Energia, entregou cinco obras de esgotamento sanitário e reserva de água nos municípios de Monte Aprazível, General Salgado, Sud Menucci, Monte Alto e Lins, que, em conjunto com outras 11 obras já em execu-ção, vão possibilitar, até o fim deste ano, a realização de 100% de coleta e tratamento de esgoto em 83 municípios servidos pela Sabesp na região da Unidade de Negócio Baixo Tietê. A meta é concluir sete estações de trata-mento de esgoto até dezembro de 2009 – em Palmares Paulista, Santa Ernestina, Catiguá, Monte Alto, Orindiúva, Cardoso e Nhandeara.

Pacote da saúdeO governo do Estado lançou um programa de investi-mento para que os municípios paulistas possam refor-mar e reequipar seus postos de saúde e unidades do Programa de Saúde da Família. A partir de abril, serão liberados 13,4 milhões de reais para 523 das 645 prefei-turas, cobrindo 81% do Estado. Os recursos permitirão realizar reparos de infraestrutura predial, pintura, reforço nas redes elétrica e hidráulica e aquisição de equipamen-tos médicos, mobiliário e outros materiais considerados necessários para aprimorar o atendimento à população usuária do Sistema Único de Saúde (SUS). Serão bene-ficiados, inicialmente, municípios com menos de 50 mil habitantes. Os valores dos repasses vão variar conforme a população. Cidades com até 9,9 mil habitantes recebe-rão 15 mil reais. Já as que tiverem entre 10 mil e 19,9 mil habitantes terão direito a 25 mil reais para recuperar seus postos de saúde. E os municípios com 20 mil a 49,9 mil habitantes receberão 50 mil reais.

Redução de cRiminalidade A Operação Saturação e a Virada Social em Paraisópolis, na zona sul da capital, obtiveram uma redução de 45% na criminalidade em apenas 30 dias. O índice representa o número total de registros em janeiro deste ano (203 ocorrências) e fevereiro (111). Comparando os núme-ros de fevereiro com o mesmo período do ano passado, quando foram registradas 170 ocorrências, a queda é de 34,71%. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, cin-co indicadores criminais apresentaram redução: homicí-dios, roubo e furto de veículos e roubo e furto a pessoa.

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SPagenda

50 SPnotícias

O que fOi nOtícia

olimPíada de matemÁticaA quarta edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas premiou 58 alunos de 23 Escolas Técnicas (Etecs). A competição, promovida pelos Minis-térios da Ciência e Tecnologia e da Educação, envolveu mais de 18 milhões de estudantes do ensino fundamen-tal e do ensino médio de 40 mil escolas da rede pública em todo o Brasil. Everton de Oliveira, da Etec Basilides de Godoy, de São Paulo; Rodrigo Lima, da Etec Martin Luther King, também da capital; e Victor Presser, da Etec Conselheiro Antônio Prado, de Campinas, receberam me-dalha de ouro. Outros 20 alunos de Etecs levaram prata e 35, bronze. Todos os vencedores ganharam bolsas de Iniciação Científica Júnior do Conselho Nacional de De-senvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)

Hc com nova uRologiaNo início de março, a Divisão de Urologia do Hospital das Clínicas inaugurou as novas instalações da sua unidade ambulatorial e pôs em prática o projeto que privilegia a assistência urológica ao idoso. A reestruturação da unida-de, que custou 2,7 milhões de reais, incluiu a construção de 15 consultórios para diagnósticos e pequenas inter-venções. No local serão realizados estudos urodinâmicos, endoscopia, manipulações transuretrais, biópsias percu-tâneas, exames de ultrassom e radiológicos. Agora, os pacientes em tratamento urológico, com idade igual ou superior a 75 anos, terão no mesmo dia da consulta toda a assistência ambulatorial necessária na própria unidade.

centro Paula souza Entre fevereiro e março, o Estado ganhou sete novas unidades de Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), que integram o Plano de Expansão para o Ensino Profis-sional. Veja a localização de cada uma: campo Limpo Paulista – Além do ensino médio

pela manhã, a Etec oferece dois cursos técnicos: Enfermagem, à tarde, e Instrumentação e Equipa-mentos Industriais, nos períodos da tarde e da noite

Monte Mor – Oferece 200 vagas, sendo 80 para ensino médio e 120 divididas entre três cursos téc-nicos: Administração, Informática e Logística

Piedade – A unidade oferece ensino médio (80 va-gas) de manhã e dois cursos técnicos à tarde: Agro-ecologia e Agroindústria, ambos com 40 vagas

Porto ferreira – Implantou ensino médio, de ma-nhã, e dois cursos técnicos: Design de Interiores e Logística, nos períodos da tarde e da noite

Santana de Parnaíba – Oferece ensino médio, de manhã, e dois cursos técnicos: Informática e Lo-gística, nos períodos da tarde e da noite, com 40 vagas em cada turma

cidade tiradentes (capital) – Oferece ensino médio, com 80 vagas pela manhã, e 200 vagas divi-didas entre quatro cursos técnicos: Administração, Contabilidade, Logística e Segurança do Trabalho

Santo amaro (capital) – Iniciou as atividades neste semestre com ensino médio, com 80 vagas, e três cursos técnicos: Contabilidade, Logística e Segurança do Trabalho, cada um com 40 vagas