Revista sun edição 3

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Vovós modernas Elas trabalham e curtem a vida Profissão DJ A carreira está em alta Uruguai Os encantos desse vizinho cheio de charme Pessoas comuns praticam exercícios físicos de maneira equilibrada Esporte com moderação Revista da Divina - Distribuidora de Vitaminas Naturais Sundown | n.3 | fev/mar/abr 2012

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Revista Sun da Sundown Vitaminas

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Vovós modernasElas trabalham e curtem a vida

Profissão DJA carreira está em alta

UruguaiOs encantos desse vizinho cheio de charme

Pessoas comuns praticam exercíciosfísicos de maneira equilibrada

Esporte com moderação

Revista da Divina - Distribuidora de Vitaminas Naturais Sundown | n.3 | fev/mar/abr 2012

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EXPEDIENTE

A Sun Magazine é uma publicação da Divina, distribuidora das marcas Sundown Naturals e Sunnutrition.

COM NOME COMPLETO

JOÃO MARINHO E CID JARDIMCEO DA SUNDOWN VITAMINAS

Começamos esta edição com uma novidade que está na cara, ou melhor, na capa! Pois é, a Sun agora tem nome e sobrenome. A palavra magazine significa ar-mazém, na língua árabe. No meio editorial, representa uma revista ilustrada, que valoriza o câmbio textual para o visual. Esperamos que tenham gostado também das chamadas que criamos para a capa, uma forma de atrair a atenção para os destaques da edição, antes mesmo de folhear a revista.

Nossa matéria de capa fala sobre os adeptos da malhação que não se privam de to-mar uma boa cerveja com os amigos. Os aperitivos podem até ser à base de fritura, pois tudo se resolve na esteira, no dia seguinte. E, se faltava motivo para sair da die-ta, uma pesquisa realizada na Espanha pode ser o argumento que faltava. Ela reve-la que beber cerveja ajuda a recuperar o corpo após a prática de exercícios físicos.

Na era dos compartilhamentos, estar atento às muitas informações que nos chegam é essencial para qualquer pessoa. Um dos temas desta Sun Magazine é a infinidade de recursos promovidos pela tecnologia digital na vida de todos nós. Muitos já es-colhem o modelo do celular pela quantidade de pixels da câmera e os cliques vão parar direto nas páginas de relacionamento. Não custa, então, dar umas dicas para que estes momentos divertidos sejam registrados com qualidade.

Os momentos de lazer, mesmo que consista no rápido instante de compartilhar uma foto, são essenciais para compensar as tensões do dia a dia. O que nós que-remos é que você viva mais, curta mais. Já pensou em viajar para o exterior? Não precisa ir longe, temos um vizinho encantador a apenas 3 horas de vôo a partir de São Paulo. Vamos te revelar algumas curiosidades sobre o Uruguai, um país rico em história, com belas praias e muita festa.

Incrível como você pode descobrir lugares interessantes dando uma simples vol-ta a pé pelo seu bairro. Quem não gosta de dar uma parada na padaria perto de casa? Pontos de encontros de famílias e amigos, antes e após as baladas, algumas padarias, como as que vamos mostrar, fazem sucesso além da vizinhança.

Boa leitura e até a próxima edição!

DIRETORA DE REDAÇÃOLuciana Nunes Lewis

EDITORAMarianne [email protected]

EDITORA ASSISTENTEAline Franceschini

REPÓRTERES Juliana Pessoa, Fernando de Albuquerque, Juliana Salvador, Valentine Herold, Juliana Preto

REVISORAMariane Meneses

EDITORA DE ARTE Paula K. Santos

DESIGNERS Isabela Freire e Rafaela Sarinho

Núcleo Editorial - Exclusiva!BR Rua da Guia, n.99 - Recife AntigoTelefone: 081 3366-9654www.exclusivabr.com

Av. Marechal Mascarenhas de Moraes, n° 5855-BImbiribeira – Recife/ PE CEP: 51210-00Telefone: (081) 3087-3087.. São Paulo Capital: (11) 3168-8509. Demais localidades: 0800-110345.Diretor-presidente: João Marinho

http://www.sundownvitaminas.com.brhttp://www.sunnutrition.com.brhttp://www.divinabrasil.com

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edição 03 . ano 02 . fev/mar/abr 2012 edição 03 . ano 02 . fev/mar/abr 2012

TURISMO

Uruguai 10Os encantos desse vizinho cheio de charme

GASTRONOMIA

Frutas exóticas 16Os sabores que vêm de longe

Padarias 20Do café da manhã ao jantar, elas servem até pão

CARREIRA

Profissão DJ 22A carreira está em alta

CAPA

Esporte semparanóia 26Pessoas comuns praticam exercícios físicos de maneira equilibrada

BEM-ESTAR

Ouvir música 32Puro prazer ou estilo de vida?

Fotografar 36Nada se perde, tudo se compartilha

Vovós modernas 38Elas trabalham e curtem a vida

BELEZA

Depilação 40Os homens aderiram

BELEZA

Cílios 42Pode exagerar

MODA

Óculos certos 44O modelo para cada rosto

Peças básicas 4610 roupas que não saem da moda

TECNOLOGIA

Automação residencial 48

Conforto a um clique

Tablets 54O novo aliado da educação

CONSUMO

Vitrine 58As novidades da moda retrô

Ler, ver e ouvir 60Dicas de livros, CDs, DVDs e sites

ENTRETENIMENTO

Digo e repito 65Coluna de Fabíola Lederman

Nutrição 66Coluna de Fernanda Paulucci

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TRACK&FIELD PROMOVE COMPETIÇÕES EM DEZ CIDADES BRASILEIRAS

As corridas do circuito Track&Field RunSeries já receberam mais de 100 mil atletas

O Track&Field Run Series (TFRS) é o prin-cipal evento esportivo assinado pela Track&Field, uma das maiores grifes brasileiras de moda espor-tiva. Nascido em 2004, o TFRS teve sua primeira edição dividida em três etapas, todas disputada em São Paulo. Com o sucesso do evento e a populari-zação da corrida de rua no Brasil, a competição se expandiu e chegou às cidades de Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba, Flo-rianópolis, Ribeirão Preto, Campinas, Goiânia.

Mais de 100 mil atletas, amadores e profissionais, já passaram pelo evento. Só no ano de 2010, fo-ram 30 mil corredores. O grande número de par-ticipantes é devido, principalmente, à organização especial realizada pela Latin Sports, que oferece uma série de benefícios aos atletas, como: alon-gamento pré-prova, conduzido por um profissional de Educação Física; hidratação com água, Gatorade e frutas variadas; serviços de massagem e fisio-terapia gratuitos; estúdio fotográfico da TV Latin disponível para fotografar os atletas antes e de-pois da corrida.

Todas as etapas contam com o apoio e a infraes-trutura do shopping anfitrião, que oferece estacio-

TF Night Run Iguatemi Campinas (17/3) – 6 kmTFRS São Paulo VillaLobos 1ª etapa (25/3) – 10 kmTFRS Belo Horizonte Pátio Savassi (01/04) – 6 kmTFRS Ribeirão Preto (15/04) - 5 e 10 kmTFRS Iguatemi Porto Alegre (15/04) - 5 e 10 kmTFRS Goiânia Flamboyant (22/04) - 5 e 10 kmTFRS Iguatemi Florianópolis (29/04) - 5 e 10 kmTFRS Manaus Shopping Manauara (06/05) - 5 e 10 kmTFRS São Paulo Center Norte (20/05) 5 e 10 kmTF Night Run Iguatemi Brasília (09/05) – 6 kmTFRS Shopping Galeria Campinas (17/06) - 5 e 10 kmTFRS São Paulo VillaLobos 2ª etapa (24/06) – 10 kmTFRS Goiânia Flamboyant (01/07) - 5 e 10 kmDiamond Run Belo Horizonte (15/07) – 6 kmMeia Maratona da Bahia (22/07) - 4, 10 e 21 km

CONFIRA ABAIXO AS DATAS DAS PRÓXIMAS CORRIDAS

DO CIRCUITO TFRS:

namento gratuito para os participantes. A orga-nização do TFRS disponibiliza, ainda, um espaço voltado para crianças, onde os corredores podem deixar seus filhos brincando com segurança en-quanto participam da prova.

Os inscritos recebem um kit exclusivo da marca Track&Field, composto por uma camiseta thermo-dry feita especialmente para o circuito, um par de meias performance e um boné.

O Track&Field Run Series é apresentado pela Cai-xa Econômica Federal, realizado pela Track&Field e Associação Brasileira de Esportes Endurance (ABEE) e organizado pela Latin Sports.

OS CORREDORES RECEBEM VÁRIOS BENEFÍCIOS

Só em 2010, 30 mil corredores,amadores e profissionais, passaram pelo evento

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URUGUAI VIRA UM DOS PRINCIPAIS DESTINOS DE BRASILEIROSPequeno em território, este vizinho tem umgrande patrimônio histórico e cultural, belas praias e muitas festas legais

Pouco mais de duas horas de voo separa a cos-mopolita São Paulo da histórica Montevidéu, princi-pal porta de entrada para o Uruguai, tanto para quem chega de avião, proveniente de território brasileiro, como para quem cruza o clássico Rio da Prata, em Buenos Aires. O pequeno País, espremido entre os gigantes Brasil e Argentina, não faz feio na hora de apresentar seus atrativos turísticos. Recebe e encan-ta cerca de 2 milhões de turistas por ano.

Com um território de apenas 176 mil quilômetros quadrados, o Uruguai oferece uma verdadeira viagem

no tempo, em que o passado é representado pela centenária Colônia de Sacramento, fundada pelos portugueses há mais de 200 anos, e o futuro aparece no balneário de Punta Del Este, repleto de belos ho-téis, lindas praias e muita agitação.

No meio disso tudo, a charmosa capital Montevidéu é um destino atrativo para os brasileiros, que têm como vantagem a proximidade com o País. O turismo por lá pode até ser feito em um fim de semana pro-longado, já que dois dias inteiros, sem contar com o dia da chegada e o da partida, são suficientes para

desfrutar do lugar. Com um clima ameno e agradável na primavera e no outono, Montevidéu é uma cida-de bastante interessante e prática de ser explorada. Por ser relativamente pequena, a maior parte de seus pontos turísticos pode ser percorrida a pé.

Montevidéu possui arquitetura formada por constru-ções antigas, que contam a história da expansão da capital, dos prédios clássicos da cidade velha à ele-gância dos anos 60 nos bairros da orla. A Praça da In-dependência é parada obrigatória e ponto de partida de um roteiro propício para um dia de caminhada. Ela abriga o Palácio Salvo, um belo edifício inaugu-rado em 1925 que já foi o maior prédio da América Latina. No passeio, também vale a pena conhecer o Teatro Solís, inaugurado em 1856.

Saindo da Praça da República, a dica é ir à Cidade Velha, entrando pelo portal que representa a mura-lha, derrubada em 1829, que protegia Montevidéu. A partir daí, construções históricas, como a Catedral Metropolitana e o Palácio Legislativo, chamam a atenção dos visitantes. Para quem gosta do turismo gastronômico, a pedida é experimentar uma boa par-rijada no Mercado Del Puerto e seguir para uma ca-minhada cultural nas ramblas, como são conhecidos os calçadões ao longo da orla.

O TEATRO SOLÍS CHAMA ATENÇÃO PELA ARQUITETUTA

Visitar o Uruguai éuma verdadeiraviagem no tempo

PALÁCIO LEGISLATIVO, NO CENTRO DE MONTEVIDÉU

MERCADO DEL PUERTO É DESTAQUE GASTRONÔMICO

POR JULIANA PESSOA

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FEITAS DE PEDRA E BARRO, AS CASAS DA COLÔNIA DE SACRAMENTO CONSERVAM CARACTERÍSTICAS LEVADAS PELOS COLONIZADORES PORTUGUESES AO URUGUAI HÁ MAIS DE 300 ANOS

Se o objetivo for uma viagem cultural, a Colônia de Sacramento é certamente um destino interessante. O povoado é localizado às margens do Rio da Pra-ta e convida os turistas a uma verdadeira viagem no tempo. A graciosa cidadezinha é repleta de ruas de paralelepípedos, casas feitas de pedra e barro, pare-des ladrilhadas e luminárias lusitanas de vidros ama-relos. O local mantém o posto de Patrimônio Cultu-

ral da Humanidade pela Unesco. Fundada em 1680 pelos portugueses, Colônia foi o primeiro assenta-mento uruguaio, o único de origem lusitana da re-gião e que guarda sua história intacta. Os casarios preservam a herança espanhola em sua arquitetura, ao mesmo tempo em que fortificações portuguesas originais continuam contando seus mais de 300 anos de história.

Durante os meses de janeiro e fevereiro, em pleno ve-rão, há prévias carnavalescas ao som do candoblé e da percussão afro-uruguaia. Entretanto, no carnaval, Montevidéu praticamente fecha. Neste mesmo perí-odo, os turistas não perdem a chance de aproveitar a estação mais badalada em Punta Del Este. O balneá-rio de apenas 10 mil habitantes recebe cerca de 400 mil turistas a cada verão.

Destino de turistas e ponto de encontro, principal-mente do jet set argentino, Punta está disponível para quem chega ao Aeroporto Internacional El Ja-guel, vindo do exterior, com a mesma facilidade de quem vem por via terrestre ou através de Buque Bus, saindo de Bueno Aires. A cidade litorânea tem cus-to maior que a capital uruguaia, mas apresenta, para seus visitantes, um verão de festas, compras e gastro-nomia de alta qualidade.

Com distância de, aproximadamente, 200 quilômetros da fronteira com o Brasil e 130 quilômetros da capi-tal Montevidéu, o balneário é frequentado por artis-tas, milionários e membros da alta sociedade de vá-rios países. Quem passa o verão por lá sabe que vai encontrar grandes festas, bons restaurantes e uma in-finidade de lojas de luxo com grifes de todo o mundo.

O fator proximidade, aliado às facilidades cambiais e econômicas, faz com que Punta Del Este seja um dos paraísos naturais e turísticos mais apreciados pelos

VERÃO

brasileiros. O balneário é localizado entre o Rio da Prata e o Oceano Atlântico, o que contribui para que um lado da península tenha águas doces e calmas, na Praia Mansa, e o outro lado tenha ondas e bares que atraem jovens surfistas a La Barra, na Praia do Bikini, e a Montoya, palco de campeonatos de surf e shows.

Entretanto, toda essa movimentação só começa de-pois de meio-dia. Antes, mesmo com o verão a todo vapor, a cidade e as praias ficam vazias, consequência das noites agitadas. Um dos pontos mais relevantes da cidade é a Goriero, principal avenida do balneário e super movimentada pelos hotéis, pelas lojas mais caras do País, restaurantes, cinemas e inúmeras op-ções de bares, boates e entretenimento, como os fa-mosos cassinos.

COLÔNIA DE SACRAMENTO

Destino de turistase ponto de encontro,Punta Del Este oferece festas, compras e gastronomia de altaqualidade

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Menos movimentada e com serviços a preços mais acessíveis, Punta Del Diablo começa a atrair turistas que procuram um clima menos badalado do que o de Punta Del Este. O balneário consiste em um povoado de pescadores e está localizado a 298 km de Monte-vidéu. O lugar oferece praias perfeitas para o surf du-rante todo o ano, com poucas pessoas na água. É uma boa opção para quem quer conhecer lugares que es-tão fora dos mapas turísticos tradicionais.

As praias de Punta Del Diablo ocupam cerca de 10 km da costa uruguaia. Os destaques são a Playa del Rive-ro, com ondas de boa formação que atingem até dois metros de altura, e a Playa de La Viuda, com ondas mais fortes e de formato tubular. Apesar de contar com uma população permanente de apenas 650 habitantes, aproximadamente, o povoado conta com bares, cafés, escolas de surf, hotéis e albergues para atender ao cres-cente número de turistas durante o verão.

De praias sossegadas a festas badaladas e interminá-veis, passando por prédios grandiosos e edificações históricas, o Uruguai oferece, aos milhares de turistas que chegam por lá todos os anos, programações va-riadas com preços acessíveis e disponíveis durante o ano inteiro.

PUNTA DEL DIABLO É BOA OPÇÃO PARA TURISTAS QUE QUEREM GASTAR MENOS E APROVEITAR UM

CLIMA TRANQUILO

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VAI UMA PITAYA AÍ, FREGUÊS?

As frutas exóticas que chegam ao mercado brasileiro são diferentes das frutas nacionais na forma, no sabor e no preço

Quem não conhece o gostinho de uma granadilla? Provavelmente, muitos brasileiros nem sabem que se trata de uma fruta muito pare-cida com o maracujá. Já o sabor é bem diferente, as sementes pretas têm gosto doce, suave e pouco ácido. A granadilla é uma das frutas produzidas na Colômbia que já podem ser encontradas nos grandes mercados e hortifrutis brasileiros.

Nas bancas do Mercado Municipal de São Paulo, os comerciantes se apressam em oferecer pedaços generosos das frutas, numa estratégia para pro-mover o produto ainda pouco conhecido no Bra-sil. A banca Casa Gonsalez, por exemplo, tem, nos seus estoques, cerca de 150 variedades de frutas in natura – entre elas, abiu, achachariú, cherimoya,

POR MARIANNE BRITO

dekopon. O freguês pode nem saber pronunciar o nome da fruta, mas basta se aproximar da banca para receber toda a atenção do vendedor, que não se cansa de explicar a origem de cada uma, como são cultivadas e como devem ser consumidas.

A nutricionista Adriana Saboia explica que essas frutas são chamadas de exóticas quando são pro-duzidas em outros países ou quando a produção local é pequena. “Mas elas são tão saudáveis e nu-tritivas como qualquer outra fruta. Independente-mente de serem exóticas ou não, as frutas podem apresentar composições diferenciais, destacando--se principalmente pelo teor de fibras, vitaminas e minerais”, explica a nutricionista. Por exemplo, a pi-taya, uma fruta nativa dos Andes, foi levada pelos holandeses e franceses para a Ásia, onde é larga-mente cultivada.

nhece apenas três: Fuji, Gala e Smith. Alguns frutos que já foram considerados exóticos no passado tor-naram-se comuns: os escravos trouxeram a melancia da África, a banana veio da Ásia e também se adap-tou bem ao clima brasileiro. É provar e esperar para ver se com o mangostin, a pitaya e a granadilla não acontece o mesmo.

É também encontrada em Israel, Norte da Austrália e Sul da China. “O fruto da pitaya auxilia o processo di-gestivo, previne o câncer de cólon e a diabetes, reduz os níveis de colesterol e a hipertensão. As sementes ainda têm efeito laxante”, diz a nutricionista.

Segundo o World Health Organization, o consumo in-suficiente de frutas aumenta o risco de doenças crô-nicas não transmissíveis, como as cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Também está entre os 10 fatores de risco que mais causam mortes e doenças em todo o mundo. O maior empecilho para o aumen-to do consumo de frutas exóticas é o preço dos pro-dutos, que são produzidos em condições diferencia-das de clima e solo e, por isso, precisam de cuidados especiais. Os gastos com transporte e temperatura de armazenamento também influenciam para que o valor final do produto seja alto. Difícil imaginar que, com R$ 15, dá para comprar apenas 100 gramas de uma fruta. Isso mesmo, o quilo da mangostin sai, em média, por R$ 150. Cultivada originalmente na Tai-lândia, necessita de dois anos para dar o fruto. No Brasil, o cultivo é tímido, concentrado em poucos es-tados, como a Bahia, o que explica o preço elevado.

Até mesmo as frutas que podem ser encontradas em qualquer feira podem surpreender. Existem

cerca de 7.500 tipos e variedades de maçãs, mas a grande maioria dos brasileiros co-

A pitaya é uma fruta

que tem gosto exótico,

lembra a mistura

de kiwi com melão

A pitaya, conhecida como

a fruta-do-dragão, tem

polpa rica em fibras e de

baixo teor calórico.

SPICE GREEN MANGO

VALOR NUTRICIONAL*

Calorias 42

Proteínas 0,5g

Carboidratos 7

Gorduras 0,5g

Fibras 0,3g

Colesterol 0

Vitamina C 25mg

Cálcio 6

Potássio 20g

Sódio 6mg

*Em 100g de Pitaya Vermelha (polpa branca)

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COMO PREPARAR E COMER Basta partir a fruta e comer ao natural. Depois de saborear a polpa, utilize a casca da pataya amarela ou vermelha para servir sorvete.De sabor adocicado, pode ser consu-mida com geleias, iorgutes e saladas.

CURIOSIDADES

Embora o caule da planta lembre um cacto digno do deserto e a fruta apresente uma casca que parece re-coberta por escamas, a pitaia é bas-tante delicada.

Na hora de escolher, dê preferência às frutas com cores mais fortes e sem le-sões na casca.

ONDE COMPRAR

Varanda Delivery (para todo o Brasil) Tel. (11) 30355857 www.varanda.com.br

Mercado Municipal de São Paulo Tel. (11) 3313-3365 www.mercadomunicipal.com.br

FIQUE POR DENTRO

MANGOSTIN

Considerada a rainha das frutas tailandesas, a casca grossa de cor roxa guarda a polpa branca.

RAMBUTAN

Muito comum em países asiáticos, como a Tailândia, o rambutan existe há mais de duas décadas no Brasil e é cultivado com sucesso na Amazônia.

Pode ser encontrado nos principais mercados da região Norte, como Ver-o-peso, em Belém.

GRANADILLA Também conhecida como fruta da paixão, a granadilla lembra um maracujá. A surpresa está no sabor doce da fruta. O azedo fica por conta do preço, pode custar até 90,00 o quilo.

CONHEÇA OUTRAS FRUTAS

MANGOSTIN

MICHELLE RICHMOND

DIVULGAÇÃO

NATURE´S PRIDE

MUHAMMAD MAHDI KARIM

GRANADILLA

RAMBUTAN

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EM SÃO PAULO há 5 mil padarias, que atraem 4 milhões de pessoas por dia.

CADA PAULISTANO consome 45 kg de pão por ano.

UM CONSUMIDOR gasta cerca de R$ 12 por visita.

O SETOR gera 150 mil empregos diretos e 300 mil indire-tos por ano.

A MÉDIA é de 30 funcionários por estabelecimento.

O VALOR NECESSÁRIO para abrir uma padaria varia de R$ 1 milhão a R$ 5 milhões.

Fonte: Estimativa do Sindipan-SP.

PADARIAS OU PADOCAS?

que fatura, aproximadamente, R$ 34,98 bilhões por ano. Isso representa uma participação de 36,2% en-tre as empresas da indústria de produtos alimentares e 7% da indústria de transformação.

Para atender aos clientes, contudo, é preciso se di-ferenciar. Apesar de ser a confeitaria mais antiga do Brasil, inaugurada em 1894, a Confeitaria Colom-bo, do Rio de Janeiro, está sempre inovando. “Temos clientes assíduos, que frequentam a confeitaria dia-riamente. Por esse motivo, sempre temos novidades. Sejam no cardápio, sejam no atendimento”, afirma o chef da confeitaria, Renato Freire. O café da manhã da Confeitaria Colombo é oferecido há 100 anos.

Dentro do espaço, existem três restaurantes, cada um com cardápio e produtos diferentes. O tradicional chá é servido ao longo do dia. Já o brunch é feito atra-vés de reserva para a partir de 50 pessoas. Em 1983, a confeitaria foi tombada pelo Patrimônio Cultural e Artístico. A Colombo atende, em média, 3 mil pesso-as por dia, contando aquelas que vão ao local para tomar café da manhã, almoçar ou aquelas que ape-nas tomam um cafezinho nos balcões. Dentre essas pessoas, muitas são turistas. Segundo informações da Empresa de Turismo do Rio de Janeiro (Riotur), a Con-feitaria Colombo é um dos pontos mais visitados por turistas em visita à cidade.

Quando falamos em predileção pelas padarias, contu-do, os paulistanos saem na frente. Um passeio pela Rua Augusta, no sentido Jardins, por exemplo, nos permite ver uma miríade de cidadãos sentados nas bancadas comendo sanduíche. Durante a noite, as pa-darias são verdadeiros bares. A capital, hoje, abriga mais de 6 mil delas, que são uma verdadeira exten-são do escritório e da casa.

A Bella Paulista é o principal reduto de quem gosta de iguarias. De massas a carnes, ela serve de quase tudo. A casa nasceu nos idos anos 2000 e, hoje, funciona no regime 24h, atendendo quem acorda cedo para tra-balhar àqueles que saem (para lá de Bagdá) das bala-das na região. “Venho aqui quase todos os dias. É uma verdadeira paixão. Já vi namoros entre amigos come-çarem aqui”, comenta o chef Orlando Tejo.

Uma curiosidade? O tradicional pão francês, que é o mais consumido no Brasil hoje, de francófono não tem nada. Ele veio para cá com a corte portuguesa e surgiu da inovação do trigo nas mãos dos padeiros da época.

A capital paulista,

hoje, abriga mais de

6 mil padarias

STOCK.XNG/TEVLAICU

O PÃO NOSSO DE CADA DIA

Há muito tempo, ir à padaria está além de comprar pão. Elas estão mudando de perfil para se adequar às novas necessidades dos clientes. O tipo convencional vem mudando desde o fim dos anos 1990 e, influenciado pela concorrência de lojas de conveniência e supermercados, esse ramo passou a vender de tudo. Tradicional padaria do Recife, a Pada-ria Rosarinho, que fica no bairro de mesmo nome, na zona norte da cidade, transformou-se em delicates-sen em 1996. “A nossa ideia foi atender à demanda do cliente que já não queria mais comprar apenas pão”, explica o gerente Ademir Ferreira. Desde então, o local oferece café da manhã, jantar, pães artesanais, guloseimas feitas na própria padaria, como bolos, biscoitos e tortas, e até bebidas finas, como vinhos e prosecco.

A Padaria Rosarinho é tão tradicional que tem vários clientes fiéis. “Tomo café da manhã todo o dia na pa-daria. Aqui encontro com os amigos e converso ame-nidades antes de pegar no batente”, diz o empresá-rio Carlos Eduardo Nogueira. Nos finais de semana, ele frequenta a padaria para tomar café da manhã com a família. O empresário afirma que gasta, em mé-dia, R$ 15 por dia com o café da manhã. De acordo com o Sindicato da Indústria de Panificação e Con-feitaria em São Paulo (Sindipan-SP), a média nacio-nal é de R$ 7.

Segundo o Programa de Apoio à Panificação (Propan), existem mais de 52 mil padarias em todo o País. São cerca de 105 mil empresários atuando junto ao setor,

Mais do que lugares para comprar pão, as padarias procuram atender às necessidades dos clientes,

oferecendo produtos diversos e refeições

PEDRO SIMÃO

POR JULIANA PRETO

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O MUNDO DENTRO DE UM CASE!

Para aqueles que não perdem uma festa, descubra a dor e a delícia de pilotar as pick-ups e fazer todo mundo dançar

Luz especial, mesa bem equipada, fones de ou-vido, fios - muitos fios - e uma infinidade de CDs. Essa é a receita profissional de quem, dia após dia, ganha a vida sendo DJ (disc-jóquei). Esse ambiente é capaz de transformar a pessoa que está na cabine naquela que é a mais charmosa e descolada da festa. A execução do "serviço", contudo, tem altos e baixos. Afinal, levan-te a primeira mão aquele DJ (mesmo os mais famosos) que nunca recebeu o irritante pedido de um baladeiro com bilhetinhos e conversas ao pé do ouvido, como "Podes tocar um axé?".

As histórias inusitadas de quem pilota as pick-up são quase sem fim. "A parte mais chata é guardar coisas na

cabine. Tem meninas que pedem para guardar a bolsa. Com 10 minutos, elas chegam e pedem a bolsa... você dá. Daí elas pegam um cigarro, conversam e devol-vem...", diz, em tom meio jocoso, o DJ Fernando Marx. Ele faz parte de um célebre grupo de pessoas que escolheram a música de tipo aparelhagem (aquela que é feita com "máquinas") para ganhar a vida. "Todo mundo começa tocando para amigos, mas só quem tem talento mesmo é que chega a ganhar dinheiro e passa a encarar a atividade como profissão", diz ele.

Entre as principais competências elencadas por Marx , está a boa formação musical, o domínio de programas como Vegas, Acid Pro, Traktor, entre outros. Outro item

que não pode faltar na bagagem do candidato é ter carisma. "Muitas vezes não adianta ser bom, tem que ter bons contatos no mundo real e no virtual", finaliza.

Além do glamour aparente, a profissão guarda cer-to ar de alpinismo. O DJ Dolores, figurinha já tarimba-da no cenário nacional, começou a carreira na déca-da de 80, quando pegava fitas cassete e colocava os loops com fitas adesivas. "Eu usava aqueles toca-fi-tas duplos que possuíam controle de velocidade. Tudo de forma muito artesanal. Nessa época, as referências de quem dançava de verdade eram Kraftwerk, Tommy Boy e Gang of Four", comenta, saudoso.

Dolores, que pegou emprestado o seu "nome de guer-ra" de uma tia rabugenta do roteirista Hilton Lacerda, já foi designer, moviemaker, mas começou a ganhar dinheiro mesmo fazendo produções musicais para longas, curtas e peças teatrais, como o espetáculo "A Máquina" de João Falcão. Ele já tocou dentro e fora do País, em festas de diferentes cidades e para públicos diversificadíssimos. "É preciso saber interpretar o am-

biente e o público, escolher a track certa, traçar um roteiro, estabelecer sintonia, mixar com exatidão e personalidade. Ser DJ é algo muito além de saber to-car: é fazer música, praticamente ao vivo", revela ele.

Longe do profissionalismo dos figurões, a utilização do PC e também os arquivos em formato de MP3 fi-zeram surgir uma legião de “botadores de som”, como os mais profissas chamam os concorrentes amadores. Longe do estigma de serem antipáticos quando se pede música, eles tocam por pura diversão e prazer. “Não me incomodo com aqueles que ficam me pedin-do música. Já me pediram para tocar Ivan Lins numa festa completamente alternativa. Ainda tem gente que cantarola a música ao pé do ouvido, quando não lembra o nome”, diz o doutor em literatura, amante da música Pop, editor da revista Continente Multicultural e DJ amador Schneider Carpeggiani. Para ele, a gran-de fissura de encarar as cabines é a possibilidade de diversão. “Chamo amigos para as festas que sou con-vidado. Não há nada mais gratificante que ver a pis-ta fervendo com aquele hit que você ama!”, finaliza.

“É preciso saber interpretar o ambiente

e o público”

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DJ DOLORES

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LUGARES PARA ESTUDARASSISTA AO FILME “IT´S ALL GONE”, UMA HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO NA CARREIRA DE UM DJ.

NA HISTÓRIA: PC OU TOCA-DISCO? Os primeiros DJs surgiram pelas rádios, executando a sequência musical através do gramofone. Posterior-mente, chegou ao mercado a tecnologia do Long Play, disco de vinil, o famoso “bolachão”. Juntamente com os LPs, apareceu em cena a figura do DJ, tradicionalmen-te representada pela manipulação dos discos em turn-tables (toca-discos). A partir da década de 90, o CD ganhou força, e importantes marcas de equipamen-tos para DJs começaram a investir seus estudos nos lançamentos de novas tecnologias. As CDJs (equipa-mento para manipulação de CDs como se fossem vi-nis) foram introduzidas no mercado rapidamente, tor-

nando-se a bola da vez. Ao adentrarmos a era da tec-nologia, muitos passaram a ter a oportunidade de ser um pouco DJ. Existem inúmeros softwares que simu-lam os equipamentos de mixagem e são grandes fer-ramentas para quem possui algum know-how na área.

Apareceram, então, os novos DJs, adeptos do compu-tador. Essa história gera controvérsia entre os profis-sionais. Quem usa mídia digital relata sobre a prati-cidade (indiscutível) de armazenamento das músicas. Quem usa CDJs ou turntables alega o prazer em tocar o equipamento e colocar a mão na massa.

QUANDO A CARREIRATOMA RUMOS INUSITADOS

Vários livros relatam histórias de pessoas que escolheram profissões inusitadas ou passaram por reviravoltas

surpreendentes em suas carreiras

STEVE JOBS - A BIOGRAFIA

Walter Isaacson Ed. Companhia das Letras Preço médio R$ 49,90 (632 págs)

Baseado em mais de 40 entre-vistas com Steve Jobs, além de informações adquiridas com familiares, amigos e concor-rentes, o livro narra a vida do empresário aficionado por tec-nologia e perfeição, que con-tribuiu para a computação pessoal, o cinema de anima-ção, a música, a telefonia celu-lar, a computação em tablet e a edição digital. O LAPIDADOR

DE DIAMANTES

Gueshe Michael Roach Ed. Gaia Editora Preço médio R$ 42 (226 págs)

Relata a experiência de um mes-tre do Budismo Tibetano que, inu-sitadamente, tornou-se o executi-vo responsável pelo setor de dia-mantes da Andin International. A empresa, que começou com um capital de US$ 50 mil, passou a gerar negócios de milhões de dó-lares anuais. Todo esse crescimen-to ocorreu através da utilização de princípios da antiga sabedoria bu-dista, transmitidos neste livro.

2 TODO DJJÁ SAMBOU

Cláudia Assef Ed. Conrad do Brasil Preço médio R$ 41 (264 págs)

Um dos livros mais importan-tes sobre a cultura DJ no Bra-sil, conta a história da profis-são desde quando ela sur-giu no País até os dias atuais. Além disso, a obra trata sobre a noite, a cultura clubber e so-bre músicas pra dançar.

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ESPORTE SEM PARANOIA

Ao contrário daquela imagem, já cansativa, do amador que tem ritmo de atleta, os esportistas mais comuns são pessoas normais, que perdem uns dias de treino quando

têm outros compromissosPOR ALINE FRANCESCHINI

De acordo com os dicionários, amador é aque-le que pratica qualquer arte ou esporte por prazer. Na realidade, vários outros fatores podem levar alguém a praticar uma atividade esportiva, como a possibilidade de melhorar a qualidade de vida e o condicionamento físico, diminuir ou manter o peso corporal e aliviar o estresse cotidiano. Independentemente dos motivos envolvidos em cada caso, o fato é que a prática amado-ra de exercícios vem tornando-se comum, à medida que as gerações mais jovens preocupam-se cada vez mais com a saúde, tanto do corpo quanto da mente.

Quando pensamos na prática de esportes, mesmo que de forma amadora, visualizamos uma pessoa com as-pecto atlético. O tipo que frequenta a academia de forma religiosa, não bebe e só come alimentos sau-

dáveis. Os esportistas amadores mais comuns, porém, são aqueles que querem manter o corpo em forma, mas praticam exercícios de forma natural, sem para-noias ou obrigações. Pessoas que, de vez em quando, deixam de ir à academia para comer pipoca no cine-ma ou curtir o happy hour com os amigos.

A figura do atleta 100% saudável vem perdendo for-ça com a divulgação de algumas pesquisas científicas que, de forma quase inusitada, defendem o consumo de certos alimentos e bebidas conhecidos como pre-judiciais ao organismo. Um exemplo é o estudo de-senvolvido pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) da Espanha, que aconselha os atle-tas e beberem cerveja, de forma moderada, todos os dias. De acordo com a pesquisa, a bebida ajuda a recu-

A prática amadora de exercícios vem

tornando-se comum, à medida que as

gerações mais jovens preocupam-se cada

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perar as perdas hídricas e outras alterações do meta-bolismo causadas pela prática de exercício físico.

Mesmo sem saber do estudo espanhol, a bióloga Ma-rianna Moraes, de 25 anos, costuma sair das aulas de ginástica olímpica, às segundas e quartas, “direto para o bar da esquina”. Lá, ela experimenta momentos de descontração com os colegas de treino. “Pratico ginás-tica olímpica para manter meu condicionamento físi-co, mas não sou neurótica com minha saúde. Eu como alimentos gordurosos de vez em quando e adoro sair para beber com meus amigos”, afirma.

Aos 25 anos, Marianna também pratica dança de salão, mas explica que, apesar do horário apertado, consegue conciliar todas as aulas com seus compromissos sociais e com as exigências do curso de mestrado, que ela con-cluirá ainda este ano. “Nunca deixo de ver meus amigos por falta de tempo. Perco alguns treinos quando é neces-sário”, afirma. Segundo a bióloga, diferente da ginástica, a dança de salão é um bom recurso social. “Posso usar os passos que aprendo nas aulas em festas, às vezes é uma boa forma de me aproximar de novas pessoas”, diz.

Assim como a biologia, Camila Vila-Chan, advogada de 26 anos, é dançarina amadora. Ela pratica dança contempo-rânea há 10 anos. “Fiz aulas na época do colégio e nun-ca parei. Continuo treinando com as mesmas professoras e participo de um grupo independente. Nos apresentamos em alguns festivais para grupos amadores”, explica.

De acordo com Camila, a dança é apenas uma forma de manter o corpo em forma e, principalmente, aliviar as

“O meu corpo fala. Se hoje ele quer exercício, eu dou exercício. Se amanhã ele pedir descanso, não adianta insistir, darei descanso.Se hoje a pedida é uma praia com os amigos, assim será”EMERSON DAMÁSIO

tensões do dia a dia. “Tenho aulas duas vezes por sema-na. Elas são muito boas, me ajudam a relaxar e deixar as preocupações de lado por algumas horas”, afirma. Apesar dos benefícios, Camila não se sente obrigada a compa-recer a todas as aulas. “Falto quando tenho algum com-promisso importante. As professoras e outras dançarinas do grupo são bem compreensivas”, comenta a advogada.

Para Emerson Damásio, professor de Educação Físi-ca, a prática esportiva tem grande influência sobre as relações pessoais. “Aumento minha rede de amizades, além de ganhar mais disposição para o dia a dia”, diz. Apesar de praticar corrida, musculação e ciclismo, Da-másio não exagera nos exercícios e consegue manter uma vida equilibrada. “O meu corpo fala. Se hoje ele

quer exercício, eu dou exercício. Se amanhã ele pedir descanso, não adianta insistir, darei descanso. Se hoje a pedida é uma praia com os amigos, assim será”, ex-plica ele.

Damásio ministra treinos de corrida e, por isso, se exercita com muita frequência. “Minha vida esporti-va começou muito cedo, aos seis anos, e, desde lá, fo-ram muitos esportes. Pratico atletismo desde a épo-ca do colégio. Pratico musculação desde os 17 anos e o ciclismo é mais recente. Fui motivado por um alu-no e me encantei pelas bicicletas de estrada. Um aci-dente me deixou afastado por alguns anos, mas estou de volta com mais cautela”, conta o professor de Edu-cação Física.

1. EXPERIMENTE Se você não gosta de atividade física, é porque ain-da não encontrou uma que lhe dê prazer.

2. SINTA OS SEUS LIMITES O corpo dá pistas de como a atividade está interfe-rindo na sua saúde. Esses sinais podem vir na hora ou no dia seguinte. Se você sentir dores, é porque exigiu demais dos músculos. Portanto, repense a sua dinâmica.

3. COMECE DEVAGAR Se nunca fez uma atividade física e quer começar, esse já é um grande passo. Não adianta sair corren-do e querer resolver tudo em pouco tempo, porque não vai dar certo. Comece devagar e vá aumentan-do a carga, a intensidade e a frequência dos exercí-cios aos poucos.

4. DESCUBRA COMO ANDA A SUA SAÚDE Ter consciência de como está o seu corpo é funda-mental. Há problemas de saúde que impossibili-tam a prática de exercícios específicos, mas tam-bém existem outros quadros em que se movimentar pode ajudar a combater a dor, a doença ou o pro-blema. Portanto, vá ao médico, faça exames perió-dicos regulares, saiba como está a sua pressão ar-terial e peça ajuda na hora de escolher o exercício mais adequado.

5. DESCANSE ENTRE UM TREINO E OUTRO A recomendação mais importante para quem está co-meçando um exercício é o repouso. No início, trei-ne um dia sim, outro não. Conforme você gostar da atividade e se acostumar com ela, pode aumentar a frequên cia. Mas não deixe de descansar entre um trei-no e ou tro para recuperar as energias.

“Nunca deixo de ver meus amigos porfalta de tempo. Perco algumas aulas quando é necessário” MARIANNA MORAES

CINCO DICAS PARA VOCÊ COMEÇAR A PRATICAR EXERCÍCIOS:

O publicitário Bruno Queiroz, de 28 anos, pratica mus-culação, corrida, surfe, skate e futebol. A musculação, porém, é a única modalidade praticada de forma re-gular por ele: cinco vezes por semana. “O exercício fí-sico me dá prazer, alivia o estresse do dia a dia, é um momento de descontração, causa bem-estar. Também traz resultados para o meu corpo, uma aparência mais saudável, corpo em forma”, comenta.

Apesar de frequentar a academia durante toda a se-mana, o publicitário afirma que consegue conciliar os exercícios com os compromissos sociais. “A academia não é uma obrigação, é só algo de que gosto mui-to. Evito faltar, não falto por qualquer coisa, mas acho que tenho tempo para tudo”, explica.

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Os esportes mais comuns no Brasil

são o futebol, a caminhada, a natação, a musculação e o vôlei

O ESPORTE AMADOR NO BRASILA prática amadora de esportes é muito popular no País, tendo os clubes como maiores promotores. Além das organizações privadas, governos estaduais e mu-nicipais mantêm estruturas esportivas para a prática amadora, na forma de lazer. Essas estruturas, porém, ainda não existem em número suficiente para atender a toda população. As práticas esportivas mais comuns no Brasil são o futebol, a caminhada, a natação, a mus-culação e o vôlei.

De acordo com a última edição do Atlas do Esporte no Brasil, que reúne várias pesquisas relacionadas ao se-tor, o número de esportistas ocasionais e regulares no País em 2003 chegava a 72,68 milhões. O percentu-al de pessoas sedentárias, por outro lado, alcançava 11%, enquanto os esportistas muito ativos correspon-diam a 12% da população.

Ainda não há dados a respeito da influência da Lei de Incentivo ao Esporte, sancionada em 2006, sobre o setor. Um dos mais importantes instrumentos criados pelo governo federal para estimular a prática de es-portes, a Lei de Incentivo permite que pessoas e em-presas patrocinem projetos desportivos, em troca de benefícios fiscais. Para pessoa física, o desconto pode chegar a 6% no valor do Imposto de Renda devido. Já para pessoa jurídica, tributada com base no lucro real, o desconto é de até 1% sobre o imposto devido. Para receber patrocínios de acordo com a Lei de Incentivo, os projetos desportivos devem ser apresentados à co-missão técnica do programa, composta por represen-tantes do Ministério do Esporte e Conselho Nacional do Esporte.

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MÚSICA: SIMPLES PRAZER

OU ESTILO DE VIDA?Parar, ouvir e pensar. Apesar do acesso ao mundo da

música estar muito mais fácil do que na década passada, esta tríade é cada vez mais rara

Ouvir música se tornou, ao longo dos últimos anos, uma das atividades cotidianas mais corriquei-ras praticadas por todos. Seja no carro, em casa, du-rante a prática de atividades físicas ou até no traba-lho, a música está ao alcance de todos e sob todas as formas. Mas já dizia Beethoven, no século XVIII, que “milhares de pessoas cultivam a música; poucas, porém, têm a revelação dessa grande arte”. Ao mes-mo tempo em que o mercado fonográfico é um im-portante setor da economia e atinge todas as classes sociais por meio dos seus tão variados gêneros musi-cais, nem todos os que consomem as composições se envolvem verdadeiramente com elas.

A quantidade de pessoas que respiram, vivem e fa-zem da música um real estilo de vida ainda é peque-na em relação à facilidade de acesso a todos os as-pectos que abrangem o setor musical. Essa dicotomia contemporânea pode ser compreendida a partir do momento em que o aumento do leque de alternati-vas diminui a profundidade do conhecimento.

Marcos Xi, carioca da gema, 22 anos de idade, foi to-cado pela música. “Eu passei a entender que a música não é simplesmente um pano de fundo para algu-ma ação e percebi, em algum momento depois de um longo namoro com a música, que ela é a trilha sonora completa de nossas vidas”, disse Marcos em entrevista à Sun Magazine. Um dos resultados dessa paixão pela música resultou na criação de um site, em 2008, direcionado para a cena musical brasileira em crescimento.

Ele concorda que a abrangência na maneira de con-sumir a música prejudica o conhecimento dos ou-vintes. “Porém, acredito que o fato de mais música chegar aos ouvidos de forma mais rápida faz com que a melodia esteja mais presente na vida das pessoas, mesmo que seja de forma superficial em um artista”, esclarece ele.

Xi também faz parte da minoria que, hoje em dia, ainda possui o hábito de comprar CDs. Além da qua-lidade ser superior ao formato MP3, ele acredita que, na prensagem de um álbum, fica registrado o cuidado da banda para que ele saia direto da fábrica para as mãos do público. “E fora a questão de ler o encarte, as letras, os agradecimentos. Ver quem é o produtor, a mídia, o papel, a arte e o formato”, explica. Valorizar o trabalho de um artista ou de um grupo é também outro objetivo de quem prefere ter o CD em mãos.

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Ele concorda que a abrangência na maneira de con-sumir a música prejudica o conhecimento dos ouvin-tes. “Porém, acredito que o fato de mais música che-gar aos ouvidos de forma mais rápida faz com que a melodia esteja mais presente na vida das pessoas, mesmo que seja de forma superficial em um artista”, esclarece ele.

Xi também faz parte da minoria que, hoje em dia, ain-da possui o hábito de comprar CDs. Além da qualida-de das músicas ser superior ao formato MP3, ele acre-dita que na prensagem de um álbum fica registrado o cuidado da banda e todos os cuidados para que ele saia direto da fábrica para as mãos do público. “E fora a questão de ler o encarte, as letras, os agradecimen-tos. Ver quem é o produtor, a mídia, o papel, a arte e o formato”, explica. Valorizar o trabalho de um artista ou de um grupo é também outro objetivo de quem prefere ter o CD em mãos.

João Marinho, dono de uma loja de discos no Recife com mais de 15 anos no mercado, viu sua clientela diminuir significativamente desde 2004. “A grande maioria dos meus clientes têm acima de 20, 30 anos. Cresceram quando a rede mundial de computadores ainda era para poucos”. Segundo ele, os downloads são os grandes vilões da história. “Hoje em dia, todo mundo baixa tudo da internet, não lê o encarte, não olha as fotos. Isso faz com que eles nem saibam o nome do baixista ou baterista e não aprofundem seus conhecimentos”, explica.

Ir à loja, olhar os diferentes CDs, escolher e comprar o seu. Tudo isso faz parte do processo de aprendizado musical e desperta a curiosidade de procurar saber mais. “Ouvir todas as músicas do disco faz você pres-tar atenção de verdade, distinguir os instrumentos e perceber a complexidade da música. Quando se baixa da internet, tudo isso se perde”, finaliza Marinho.

O recém-formado economista Thiago Galvão, além de ser um grande apreciador, pretende levar a músi-ca a outro patamar e fazer dela seu ganha-pão. Sua intenção é trabalhar no ramo da produção musical. “A música significa quase tudo para mim, pois além de ser meu maior lazer, é dela que eu pretendo viver para o resto da minha vida”, diz. Contrariando a apli-cação familiar da lógica de Lavoisier em que nada se cria, Thiago não sofreu nenhuma influência dos pais em relação à música. “Lá em casa não tinha ninguém que ouvisse música regularmente. Na minha adoles-cência, eu procurei saber mais sobre bandas novas e as mais antigas que eu nunca havia escutado”, relata Thiago. Na opinião dele, a maioria das pessoas não cria uma relação mais íntima com a música porque se acostumou a escutar a programação feita pela rádio, pela televisão ou o que se destaca na internet.

Há, porém, um começo de reviravolta que pode ser observado. Nos últimos cinco anos, alguns artistas decidiram lançar seus novos trabalhos não somente em CD, mas também em LP. João Marinho acredita que essa volta dos LPs seja um “revival” de uma mi-noria dentro de um mercado paralelo, mas há quem acredite que essa nova tendência ganhe força. Infe-lizmente, o alto preço cobrado pelos vinis e CDs seja estipulado justamente por não haver um número sig-nificativo de vendas. Talvez esse antigo costume seja só mais uma moda passageira, ou talvez ele esteja voltando de vez. Só resta torcer para que esse hábito marque o (re) começo dos discos e o fim da era dos downloads ilegais.

“A música significaquase tudo para mim,pois além de ser meumaior lazer, é dela queeu pretendo viver parao resto da minha vida”

“Ouvir todas as músicasdo disco faz você prestaratenção de verdade”

AS TRADICIONAIS LOJAS DE CDS PERDEM CLIENTES DESDE DE 2004

HOJE EM DIA, OS CONSUMIDORES DE CDS TÊM CERCA DE 30 ANOS DE IDADE

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Já se foi o tempo em que era preciso ter uma má-quina fotográfica para fazer uma foto. Basta um clique para registrar a cena e mais um toque no celular para que o momento esteja à disposição de todos os ami-gos e parentes. Para se ter uma ideia, só no Facebook são mais de 100 milhões de fotos postadas por dia. O Flickr, principal "base de operações" para quem precisa de armazenamento, já acumula 6 bilhões de registros. Com menos de um ano, o Instagram, um aplicativo leve e gratuito restrito aos usuários dos produtos Apple, já acumula 150 milhões de cliques.

As novas redes estão transformando a realidade de quem considera a fotografia um hobby ou uma mania de apenas flagrar os lugares por onde passa. O filme substituído pelo sensor eletrônico, deu margem para a expansão dos aficionados pela imagem, pois, com a troca do filme pelo meio digital, cada um tem, à dis-posição, uma grande quantidade de aplicativos que permitem manipular e editar as fotografias.

A concurseira Elaine Batista, por exemplo, carrega uma câmera semiprofissional na bolsa. O motivo? Tentar eternizar momentos únicos. "A gente sempre

vê coisas que nunca vão se repetir e que são de uma beleza que não dá para ilustrar com palavras. É um prazer tentar captar o que só nós enxergamos, qua-se um desafio. Uma situação de superação", comenta ela, que, aos 23 anos, já planeja participar de novos cursos de fotografia para se aperfeiçoar na atividade.

A pernambucana radicada em São Paulo Dani Arrais, por exemplo, prefere registrar os melhores momentos com o mínino de intervenção visual. "Procuro pegar as pessoas e coisas como elas são. O resto, a própria câmera ou o celular cuida de dar efeitos", comenta. Dani possui perfil homônimo no Instagram e acumula mais de 2 mil seguidores na rede social, hoje exclu-siva para os que possuem iPhones. Ela foi cocriadora do Instamission, um verdadeiro flash-mob virtual em que, através de missões lançadas no Twitter e no pró-prio Instagram, usuários são convocados a registrar momentos simples do dia a dia, mas que são repletos de beleza. "Criei a ação junto com uma amiga. Não pensei que fôssemos ter tantos adeptos. Hoje, há qua-se uma grande legião de pessoas que se sentem meio 'desafiadas' e partem em busca do momento único", finaliza ela.

OLHA O PASSARINHO

O número de aficionados por fotos cresce e se transforma em febre de compartilhamento

FOTOGRAFE MELHORPASSADISTASEntre as práticas mais antigas, a lomografia, criada em 1991 por uma companhia austríaca que comer-cializava as máquinas da marca soviética Lomo, estão ganhando certa força entre os adeptos das imagens vintages. A Lomo, câmera analógica de plástico que produz imagens de alto contraste, com distorções na cor, e não permite controle de foco, tem uma legião de seguidores. Tanto que, no site lomography.com, a mensagem de entrada diz, em letras quase garrafais: "Com o grande volume de pedidos, poderão ocorrer atrasos nas entregas".

Na contramão da tendência mundial, que prega exata-mente o contrário, o slogan dos adeptos da lomogra-fia é: "o futuro é analógico". A mestranda em literatura Larissa Ribeiro é uma das lomomaníacas. "Paisagens naturais ficam parecidas com maquetes. Imagens que, aparentemente, não possuem nenhum tipo de atrati-vo se tornam verdadeiras obras de arte. O fetiche na lomografia está no inusitado, naquilo que fazemos na hora", diz ela.

Quais são os principais elementos que definem uma boa fotografia? O que tornará as suas fotos únicas e especiais no meio de um tsunami de imagens? A revista Sun Magazine conversou com duas espe-cialistas, as fotógrafas Priscila Buhr e Ana Lira, que fornecem dicas para o uso e a manipulação digital.

1. Tenha a mão firme. Estabilidade na hora de cli-car, especialmente quando se tem pouca luz. Facili-ta se, na hora de fotografar, você afastar os pés para dar mais apoio. Segure sempre a câmera com duas mãos e aperte o cotovelo nas laterais do corpo.

2. Procure o ângulo essencial. Abuse do zoom para cortar fora tudo que não é essencial. Abaixe-se e se movimente em busca do melhor enquadramento. Para fotografar outras pessoas, coloque a câmera na mesma altura dos olhos.

3. Prefira a iluminação ambiente aos flashes embu-tidos das pequenas câmeras e celulares. Em shows e espetáculos, por exemplo, não adianta querer fo-tografar com flash, pois a única coisa que conse-guirá iluminar será as cabeças à sua frente. Além da grande deselegância da iluminação atrapalhan-do a plateia.

4. A câmera precisa ser transportada dentro de um ‘case’ e nunca deve ser largada dentro da bolsa. Se possível, cubra o LCD com uma película.

5. Não relacione muitos megapixels à boa qualida-de da imagem. O número de pixels só é relevan-te para quem vai imprimir fotos grandes. A lente é o xis da questão.

A Lomo, câmeraanalógica que produzimagens de altocontraste, tem umalegião de seguidores

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O aumento da expectativa de vida, a inserção das mulheres no mercado de trabalho e as inovações tecnológicas são alguns dos fatores responsáveis pelo surgimento de uma nova dinâmica social que modifi-cou as estruturas familiares. Fruto dessa modificação, a figura da “avó moderna” vai de encontro ao estereótipo de vovó típica, com óculos, cabelos brancos e sempre disposta a contar uma história ou preparar uma gulosei-ma. Hoje, as avós têm compromissos profissionais, saem com os amigos, namoram, estudam, estão por dentro das novidades a respeito de moda, tecnologia e música.

Patrícia Barros, de 42 anos, é um exemplo disso. A administradora tornou-se avó aos 39 e tenta apro-veitar, com o neto Arthur, o máximo de tempo que a profissão lhe permite. “Gostaria muito de ter mais tempo, ser uma daquelas avós que vivem preparando guloseimas para os netos. Mas, apesar de tudo, nossa relação é bem forte, Arthur é muito apegado a mim e ao meu marido”, afirma Patrícia. Ela acredita que a força de sua relação com o neto é consequência das atividades que eles desempenham juntos, quando ela está com tempo livre.

Cleide Teixeira possui seis netos, mas possui uma rela-ção mais próxima com os quadrigêmeos de seis anos de idade. “Passo os finais de semana com dois de cada vez. Quero curtir meus netos, mas não ter um trabalho muito grande. De dois em dois, dá pra curtir”, diz ela. Seus outros netos possuem 1 e 16 anos, sendo que o mais novo mora nos Estados Unidos. “Com a menina mais velha, tenho uma relação diferente. Ela é mais companheira, costumamos ir ao shopping juntas”.

Fonoaudióloga e docente da Universidade Federal de Pernambuco, Cleide diz que passa mais tempo com os netos durante as férias. Além de trabalhar, ela costu-ma viajar, ir ao cinema, à praia, encontrar os amigos e praticar alguns exercícios físicos. “Já fiz pilates; hoje, pratico hidroginástica e faço caminhadas”, afirma.

As avós modernas vêm de uma geração em que a mu-lher trabalhava fora e já não tinha tempo exclusivo para cuidar da casa e dos filhos. Acostumadas com as dificuldades de conciliar a carreira com as tarefas domésticas, elas até se dispõem a tomar conta das crianças enquanto os pais trabalham. Porém, diferen-

te do que acontecia há uma década, as avós também precisam conciliar as obrigações profissionais com as demandas dos pequenos. O que não muda é o desejo de participar da vida e do crescimento dos netos.

“Sou avó fora dos padrões, mas amo passar meu tem-po com Arthur. Eu e meu marido curtimos mais ele do que nossos filhos”, diz Patrícia, que divide seu tem-po com o neto e outras atividades, além do trabalho. “Faço pilates, me reúno com antigos colegas de traba-lho, gosto de moda, de me cuidar, vou ao salão uma vez por semana. Tenho Facebook, mantenho contato virtual com minhas amigas”, conta.

Segundo Cleide, “o início foi mais difícil, quando as crianças eram menores. A gente tende a dar muitos conselhos e tentar interferir na criação deles. Mas de-vemos permitir e respeitar os erros de nossos filhos, que estão sendo pais pela primeira vez”.

RELAÇÃO PROLONGADA

Com o aumento da expectativa de vida, crescem as chances de uma mulher ser avó e conseguir acompa-nhar as diferentes etapas das vidas dos netos. Algu-mas, inclusive, viram bisavós. Essa relação prolonga-da gera, muitas vezes, um conflito de gerações entre os netos, que não têm paciência para lidar com as di-ferenças e dificuldades dos mais velhos, e as avós, que já desistiram de acompanhar as mudanças constantes do mundo moderno. A solução mais simples é criar um momento de conversa e troca de experiências.

O neto é um mediador importante entre as avós e a cultura da sociedade globalizada. Por outro lado, en-volver-se em questões típicas da juventude faz muito bem para as avós, que encontram, assim, uma forma de aplicar seus conhecimentos, sentindo-se mais úteis e ativas. O contato com os pimpolhos desperta nas vo-vós o interesse pela modernidade. Elas querem parti-cipar das vidas dos netos e, para isso, procuram enten-der a realidade em que eles vivem.

PATRÍCIA BARROS, TORNOU-SE AVÓ AOS 39 ANOS

“Gostaria muito de ter mais tempo, ser uma daquelas avós

que vivem preparandoguloseimas para os netos.

Mas, apesar de tudo, nossarelação é bem forte”

As avós modernas vêm deuma geração em que amulher trabalhava fora e já nãotinha tempo exclusivo paracuidar da casa e dos filhos

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Assim como os mais jovens, as avós modernas têm vidas dinâmicas e são ligadas nas tendências tecnológicas

VOVÓS DAS GERAÇÕES Y E Z

CLEIDE TEIXEIRA E QUATRO DE SEUS SEIS NETOS

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A depilação tornou-se prática comum entre os homens, que incluiram elementos como a pinça e a cera

em seus cotidianos

PELO SIM, PELO NÃO

Os cuidados com o corpo não estão limitados a um mero corte de cabelo e à barba bem feita. Já há algum tempo, os cuidados masculinos cruzaram fron-teiras com o universo feminino e passaram a incluir práticas como a depilação.

Tornou-se comum encontrar homens que removem pelos inconvenientes da barba, do pescoço, do bigode, da axila, do peito. Entre os métodos de depilação mais utilizados pelos homens, estão os que utilizam lâmina, cera, pinça ou lazer. Saiba mais sobre cada um deles.

LÂMINA

Ideais para tirar pelos do nariz, das orelhas e das sobrancelhas.

PINÇA

Se você não tem problemas com a lâ-mina, pode utilizá-la à vontade para re-tirar pelos das costas, dos ombros, do tórax, do rosto, da virilha e até dos pés. O lado ruim é que a depilação com lâ-mina dura muito pouco e, por isso, pre-cisa ser realizada com frequência.

CERAQuente ou fria, ela dura bem mais do que a lâmina. Apesar da dor, é o mé-todo mais eficaz e indicado para to-das as áreas. Existem, inclusive, op-ções de cremes anestésicos locais ou orais para amenizar a dor.

DEPILAÇÃOA LASER

Além de cara, dói muito. Mas o inves-timento e o sofrimento valem a pena para quem está disposto. O laser aca-ba com os pelos inconvenientes, ajuda no combate à foliculite e melhora os pelos encravados. Pode ser feita em qualquer parte do corpo. Não elimina todos os pelos, mas diminui a quanti-dade e afina os mais resistentes.

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CÍLIOS, PARA QUE TE QUERO?

Aclamado entre as mulheres, os cílios bem modelados são itens que não podem faltar na hora de sair de casa

Atire a primeira pedra aquela mulher que não gosta de realçar o olhar com cílios bem proeminentes. Volumosos ou curvilíneos, os produtos disponíveis no mercado vão muito além do rímel ou do curvex. Hoje, é possível fazer permanente e tintura. O primeiro dura cerca de dois meses e a tintura, 15 dias. Outra possibi-lidade é o alongamento, que dá volume e garante um

olhar mais expressivo. Ele é bem indicado às mulheres que possuem cílios ralos, claros e sem volume. O pro-cedimento todo leva cerca de duas horas. Os fios são colados um a um em cada cílio, com uma pinça e cola especial, que garante a durabilidade do tratamento. O processo é indolor e não há restrições quanto ao uso de maquiagem, demaquilantes e afins.

O Boticário lançou, na linha Make B., a máscaras para cílios em cores diversas. Custa em média R$39,90

Intitulado SuperExtended, a máscara de cílios da Avon dá mais alongamento aos cílios. Custa em média R$22

A máscara de cílios da marca francesa

Dior fornece elegância na medida

certa. O foco da linha? Volume.

Custa em média R$152,90

LAURA MORARIU

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POR FERNANDO DE ALBUQUERQUE

Pela linha Una, a Natura lançou o primeiro delineador em pó. Ele concede mais volume do que os tradicionais. Custa em média R$33,50

O Latisse deve ser aplicado nas margens das pálpebras superiores para estimular o crescimento dos cílios, tornando-os mais longos, e grossos. O tratamento deve ser acompanhado por um dermatologista e começa a dar resultados após oito semanas.Custa em média R$130

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lado, para aqueles que também estão preocupados em manter o estilo, a busca pelos óculos ideais pode ficar mais difícil. O segredo é prestar atenção no for-mato do rosto e na cor dos cabelos. Dessa forma, se-guindo algumas dicas básicas, é possível encontrar o modelo certo para aproveitar o verão com beleza e saúde.

Saiba como escolher os óculos escuros ideais e fique preparada para aproveitar o verão com saúde e estilo

NA SOMBRA

Os óculos escuros são mais do que itens de beleza e estilo, mas um fator de saúde. Protegendo nossos olhos contra os raios nocivos do sol, eles aju-dam a prevenir os famosos “pés de galinha”. Portan-to, na hora de escolher um novo modelo de óculos escuros, o mais importante é verificar se ele oferece 100% de proteção contra raios UVA e UVB. Por outro

PARA ROSTOSTRIANGULARESOlympikus Melbourne:

cerca de R$120.Combinam com armações estreitas. A base dos óculos não deve ficar muito para baixo, e as hastes devem estar em evidência, acima da linha dos olhos.

PARA ROSTOSOVAISHB Lana:

cerca de R$ 250.Para quem tem rosto desse tipo, quase todos os tipos de armações combinam, principalmente as redondas ou ovais.

PARA ROSTOSREDONDOSMormaii Flora: cerca de R$ 300.Ficam bem com óculos de formato quadrado ou retangular, especialmente os que possuem hastes grossas.

Não só pelo formato do rosto os óculos devem ser escolhidos. Lembre-se dos cabelos também. O ideal é procurar o contraste.

LOIRAS: Devem evitar as cores claras, da família dos amarelos.MORENAS: Ficam bem com tons de cinza, tartaruga, vinho e âmbar.RUIVAS: Combinam com preto e outras cores fechadas, como o marrom.NEGRAS: Ficam bem com qualquer tom de caramelo. ORIENTAIS: Podem usar praticamente qualquer cor, sem muitas restrições.

DICAS

PARA ROSTOSQUADRADOSVogue: cerca de R$500.Pedem armações com lentes retas na parte de baixo e arredondadas nas laterais.

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PARA ROSTOSALONGADOSAll Star: cerca de R$200. Prefira os óculos esportivos ou de tamanho maior.

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CALÇA JEANS ESCURA Encontre o modelo certo para seu corpo. O tom escuro deixa a calça mais elegante e apropriada para ocasiões variadas, da balada ao passeio no domingo à tarde.

A fascinação por moda e fashionismo leva pessoas a gastarem fortunas a cada estação, com roupas que, de tão temporais, acabam se perdendo no guarda-roupa após alguns meses. Peças clássi-cas, aquelas que perduram no tempo, é que são os

ALÉM DO TEMPO

verdadeiros coringas para quem gosta de se vestir bem. Afinal, de que adiantam as grandes novida-des, se a ousadia de hoje é o desastre de amanhã? Confira dez exemplos de roupas que nunca saem de moda e adaptam-se a todos os gostos.

JAQUETA OU BLAZERFuja de tecidos como nylon e moletom, muito restritos a ocasiões informais. Uma jaqueta preta de alfaiataria, com tecido mais estruturado, fica bem com praticamente qualquer estilo de roupa.

Dez roupas que nunca saem de moda e, por isso, não podem faltar no guarda-roupa

CAMISA BRANCAVai bem com jeans, calça de alfaiataria, saia e terninho. Pode ser utilizada em praticamente qualquer situação.

VESTIDO BÁSICOPara ser utilizado a qualquer hora. Dê preferência a um modelo estampado ou com uma cor alegre. O importante é que ele combine com seu estilo de vida e valorize os pontos fortes do seu corpo.

SAIABastante feminina, a saia é uma peça que não pode faltar no guarda-roupa. Ela valoriza as pernas e traz mais charme ao look. Prefira cores sóbrias, como o preto e o marrom, em comprimentos adequados à sua estatura.

VESTIDO PRETO O famoso pretinho básico é uma peça coringa que pode ser utilizada em qual-quer situação. É só escolher um mode-lo que favoreça seu tipo físico e combi-nar com os acessó-rios certos.

TERNINHODependendo do tecido, fica bem em qualquer situação. Escolha um modelo adequado para sua idade, com tecido nobre e cor discreta.

BLUSA Escolha uma blusa neutra, que pode ser utilizada de manhã ou à noite, e que caia bem no seu corpo. Para não correr o risco de enjoar ou sair de moda, opte pelos mo-delos clássicos.

CALÇA PRETA DE ALFAIATARIA

Para situações mais formais, in-clusive de trabalho. A cor preta combina com qualquer cor de blusa, alonga e emagrece.

TRICOTMais uma vez, escolha um modelo adequado ao seu corpo. Os twin--sets ou cashmeres são os mais elegantes.

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Sistemas de automação residencial tornam a vida dentro de casa cada vez mais prática

Se antigamente, quando nem se falava em auto-mação residencial, um portão eletrônico era conside-rado um luxo, hoje a tecnologia invade a casa e coloca ao alcance de um dedo o controle de várias funções: de abrir a porta só para o dono da casa a deixar a luz do ambiente como ele gosta.

Até pouco tempo, a automação residencial era privi-légio de um grupo muito seleto, uma pequena par-cela de brasileiros. Fechadura com identificação digi-tal, controle de iluminação via iPad e iPhone, som e ar condicionado com acionamento via wireless. Esses e outros mimos estão mais acessíveis, 60% mais bara-tos que há dois anos.

Queda na cotação do dólar, aumento da fabricação de produtos em solo brasileiro e escala de produção mais acessível são algumas das razões que permitem a aquisição de um sistema de biometria residencial (em que a impressão digital substitui chaves) por ape-nas R$ 1,5 mil. Ou mesmo um sistema, mais básico, para acionamento automático de luzes, ar condiciona-do e som por R$ 1,8 mil.

Alguns exigem, contudo, mais investimento, como a banheira inteligente, programável à distância (pelo celular), por R$ 21 mil. As funções dela? Configurar a temperatura do banho e a emissão de sabonete líqui-do e essências.

“Quando se fala em automação residencial algu-mas pessoas vêem os cifrões crescendo. Puro en-gano. A partir de um projeto bem estruturado, é possível articular e automatizar muita coisa den-tro de casa. Automação, hoje é sinônimo de econo-mia e não de gasto”, comenta o presidente da Casa Cor Brasil, Ângelo Derenzi. Alguns sistemas de au-tomação, como os que regulam as luzes elétri-cas e elevadores, permitem uma grande econo-mia de energia e, consequentemente, de custos. Embora as centrais inteligentes sejam a porta de en-trada da automação residencial, há pessoas que de-cidem optar por itens de luxo, como chuveiros com controle digital e banheira inteligente. “Aqui, no meu edifício, consegui automatizar quase tudo nas áreas comuns. No meu apartamento, consigo ter acesso ao acender de luzes quando ainda estou na garagem”, comenta Odomar Brito, morador de um flat.

Alguns sistemas de automação permitem

uma grande economia de energia

COM PREÇOS MAIS ACESSÍVEIS DO QUE SE PODERIA IMAGINAR HÁ DOIS ANOS, OS SISTEMAS DE AUTOMAÇÃO RESIDENCIAL PODEM CONTROLAR FECHADURAS, LUZES ELÉTRICAS,

CONDICIONADORES DE AR E, ATÉ MESMO, CHUVEIROS E BANHEIRAS.

POR FERNANDO DE ALBUQUERQUE

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INVESTIMENTOUma tarefa doméstica simples pode ter de instala-ção mais complexa. Trocar as vassouras por um sis-tema de aspiração central é tarefa para quem está construindo, a não ser que o morador decida arran-car paredes, chão ou forro para passar canos de PVC por toda a casa. O aspirador fica na área de serviço ou na garagem; nos demais ambientes, instalam-se terminais para conectar as mangueiras.

Para evitar a quebradeira, a melhor opção é o sistema sem fio. A motorização da cortina é um bom exemplo. Basta instalar um motor no trilho e acioná-lo por con-trole remoto. Integrar o recurso a um esquema maior - como controlar luzes, cortinas e aparelhos de som e de DVD - requer cabeamento e conexão de todos os equipamentos a uma central.

ECONOMIA & SEGURANÇAOutra demanda que começa a ser atendida pelos fa-bricantes é por sistemas que ajudem no controle de gastos de energia. Criado pela iHouse, o Snapgrid é um desses aparelhos. Instalado na porta do quadro de disjuntores da residência, o sistema monitora o consu-mo nas diversas partes da casa.

A seleção pode ser feita pelo usuário, para entender quanto gasta, por exemplo, sua máquina de lavar rou-pa, seu computador ou mesmo o ar condicionado. Um cabo de conexão à internet é ligado aos disjuntores e permite ao morador verificar on-line e em tempo real o quanto é consumido, em reais ou em kWh.

Fechaduras inteligentes, por exemplo, informam quem entrou em casa e geram um relatório de horá-rio, que é entregue pela internet ou pelo celular. Atra-vés de câmeras, os moradores podem verificar quem chega ao apartamento.

WEBUma rede doméstica wireless já é uma realidade mui-to acessível. Roteadores que recebem o sinal da inter-net e o repassam para todos os computadores custam menos de R$ 200. Paredes, contudo, podem chegar a bloquear a passagem do sinal, principalmente aque-las de alvenaria. Uma saída para ampliar a abrangên-cia da rede é instalar repetidores de sinais.

Eles também são utilizados para controlar luzes, per-sianas, ar condicionado e aparelhos à distância, por ta-blet, computador ou celular. A automatização da casa passa pela troca de interruptores convencionais por dimmerizadores, acionados à distância.

DEMANDAS POR SISTEMAS VOLTADOS PARA A ECONOMIA DE ENERGIA JÁ COMEÇARAM A SER ATENDIDAS PELOS PRINCIPAIS FABRICANTES.

TAMBÉM JÁ ESTÃO À DISPOSIÇÃO SISTEMAS FOCADOS EM SEGURANÇA RESIDENCIAL.

Começando pela parte de entretenimento, em pouco tempo

você pode querer que sua banheira atenda a mensagens de texto.

BANHEIRAS INTELIGENTES JÁ ATENDEM A COMANDOS REMOTOS, ENVIADOS ATRAVÉS DE APARELHOS CELULARES OU TABLETS.

EXCESSO DE CONFORTOA automação da casa implica em um risco: deixar os moradores muito acostumados com as tecnologias. “Instalamos uma série de sensores de presença em nossa casa, além de completo acesso ao controle de luzes, som e TV à distância. Na época, tentei frear meu marido. Hoje, somos viciados na comodidade do con-trole”, confessa a dona de casa, Sílvia Bezerra.

Após a instalação de seu cinema particular, ela afir-ma que quase não sai nos finais de semana. “Meus netos também adoram vir ao cinema da casa da avó e não dispensam a pipoca”, conta. Começando pela parte de entretenimento, em pouco tempo você pode querer que sua banheira atenda a mensagens de tex-to que solicitam um banho quente na hora que você chegar em casa.

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O mercado está repleto de produtos e serviços tecnológicos para deixar as casas cada vez mais automáticas

INTEGRAÇÃO DE SISTEMAS

POR FERNANDO DE ALBUQUERQUE

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CASAS INTELIGENTES

SMART TV 3D LED D6500Com a SmartTV, os publicitários terão de se esforçar ainda mais. E isso porque é possível, durante a programação, acessar o Facebook, ver vídeos no Youtube e verificar a conta do Twitter. E tudo diretamente, com toque na tela. A televisão, que tem 55 polegadas e é da marca Samsung, ainda exibe imagens em 3D com alto nível de contraste.

Procure em: samsung.com Preço: R$ 7,5 mil

ARCADE RETRÔ

Poucos objetos de decoração são tão divertidos quanto essa mesa de jogos criada pela The Games Room Company. Desligada, ela parece um centro de sala com estilo retrô e muito funcional para colocar bebidas e pés. Com o power devidamente ligado, ela se transforma num tela multicromática de 17 polegadas com jogos para lá de retrôs. O artefato possui, ainda, conexão wi-fi.

Procure em: gamesroomcompany.com Preço: U$16,5 mil

TELEFONE SEM FIOParece chover no molhado, mas não é. Um novo modelo de telefone da empresa húngara Sagecom, apesar de lembrar um telefone de modelo antigo, dá toda uma bossa pelo seu visual com releitura. Com design moderno e esguio, ele armazena até 150 números e possui secretária eletrônica.

Procure em: sagemcom.com Preço: US$ 120

MODPOG EGG

Se toda sala é o refúgio dos guerreiros, relaxamento deveria ser seu sobrenome. A poltrona Modpod Egg tem design futurista, é ultraconfortável e ainda se conecta com som, vídeo game, DVD e tem entrada para aparelhos de MP3 e um sistema de acústica que não incomoda quem está ao lado.

Procure em: inmod.com Preço médio: US$ 1699

iCADEPena que Steve Jobs não viveu para ver o seu iPad se transformar num fliperama. Quem construiu a peça, batizada de iCade, foi a Ion. Com o iPad acoplado a um gabinete, faz o produto da Apple se transformar num emulador de jogos do Atari que pode ser acessado pelo app gratuito Atari Hits. Com oito botões, o iCade serve para animar qualquer festinha que tenha clima anos 80.

Procure em: ionaudio.com Preço médio: US$ 129

WALLPADAtravés de comunicação via wireless, o aparelho comanda diversos equipamentos domésticos, como ar-condicionado, persianas e sistema de iluminação. As luzes podem ser alteradas dentro de uma graduação de 0 a 100%. Também é possível selecionar comandos que preparam os ambientes para situações sociais específicas, como “jantar”, “assistir TV” e “recepção”. Com apenas um toque, ao sair de casa, o aparelho desliga todas as luzes e o ar-condicionado, além de fechar as persianas.

Procure em: ihouse.com.br Preço médio: sob consulta

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A escola decidiu apostar

em uma tendência

mundial, que vê no tablet a

modernização das

tradicionais aulas movidas

a quadro negro e giz

DO QUADRO NEGRO À TELA TOUCHSCREENLivros impressos são digitalizados e aportados nos

tablets. A nova ferramenta educacional está cada vez mais presente nas salas de aula do País

Oano de 2012 promete ser um divisor de águas no modelo educacional do País. Várias insti-tuições de ensino anunciaram que passarão a utilizar tecnologias inovadoras em sala de aula. Entre as fer-ramentas mais adotadas pelas escolas, de forma obri-gatória ou facultativa, estão os computadores de mão, conhecidos como tablets – equipamentos portáteis sensíveis ao toque. Um dos colégios que vai dar adeus às mochilas cheias de livros é o Sigma, de Brasília, que começa a exigir o aparelho na lista de material esco-lar. A novidade vai começar com os alunos do primeiro ano do ensino médio, que terão 16 livros didáticos substituídos por versões digitais.

A escola decidiu apostar em uma tendência mundial, que vê no tablet a modernização das tradicionais aulas movidas a quadro negro e giz. Segundo o professor res-

ponsável pelo projeto, André Fratezzi, a nova ferramenta pedagógica vai estimular os alunos; na verdade, repre-sentará um maior desafio para os professores. “O corpo docente é quem vai entrar no mundo dos estudantes, tendo que aprender a lidar com a tecnologia, que já é manuseada com tranquilidade pelos jovens”, diz ele.

O colégio Atual, em Pernambuco, também começa a in-vestir no modelo de ensino com suporte da tecnolo-gia. Os alunos da instituição terão o tablet como ferra-menta complementar ao material didático. Os estudan-tes da educação infantil e do ensino fundamental utili-zarão o aparelho, fornecido pela própria escola, apenas em sala de aula. Os demais alunos poderão adquirir, de forma opcional, o tablet no momento da compra do material didático, de maneira subsidiada pelo colégio e por um preço inferior ao oferecido no mercado.

Os aparelhos serão equipados com softwares de livro digital para todas as disciplinas, listas de exercícios, la-boratórios virtuais, apostilas, calendários, simuladores, animações, filmes e jogos. “A decisão pelo uso dos ta-blets não se deve a um modismo, mas decorre de uma evolução planejada e permanente de introdução de novos modelos de relacionamento entre escola, pro-fessores, alunos e família”, explica o diretor de Negó-cios do Atual, Eduardo Sefer. Entre as vantagens elen-cadas pela escola para a introdução da plataforma hi--tech, estão: o uso de menos material impresso, o in-centivo à tecnologia, mais mobilidade para os estudos e maior satisfação e desenvoltura no aprendizado.

A prática também vem sendo abraçada por inúme-ras instituições de ensino superior. A Estácio, uma dos maiores faculdades da América Latina, passa a oferecer, para todo o Brasil, seu modelo de ensino apoiado por tablets. Em 2012, os novos alunos dos cursos de Engenharia, Arquitetura e Direito em todo o Brasil, Gastronomia e Hotelaria no Rio de Janeiro e em São Paulo e de Administração em Goiás recebe-rão o equipamento.

“Os benefícios para os alunos são inúmeros. O tablet passa a concentrar todo o sistema de ensino inovador que a Estácio desenvolveu nos últimos anos. Nele, o

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EQUIPADOS COM SOFTWARES DE LIVROS DIGITAIS, LISTAS DE EXERCÍCIOS, SIMULADORES E JOGOS, OS TABLETS PROMETEM REVOLUCIONAR A EDUCAÇÃO

POR JULIANA SALVADOR

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aluno pode revisar o conteúdo aplicado, fazer anota-ções pessoais, exercícios e trabalhos acadêmicos, par-ticipar de disciplinas on-line, testar os conhecimentos no banco de questões, realizar simulados, provas de concursos, Enades anteriores, enfim, é um mundo que se abre para ele”, destaca a diretora-executiva de Ensi-no e reitora da Estácio, Paula Caleffi. O diretor-execu-tivo de Marketing da faculdade, Pedro Graça, destaca que a familiaridade com a tecnologia é um ativo mui-to importante no mercado de trabalho para garantir um bom nível de empregabilidade aos alunos. O pro-jeto tablet da Estácio ainda traz a vantagem ambien-tal. A migração do material em papel, que já era forne-cido gratuitamente, para o meio digital gera uma eco-nomia anual de 6 milhões de páginas.

Com o uso cada vez maior das redes educacionais das plataformas eletrônicas, o questionamento por parte da sociedade e da própria classe pedagógica cresce. De fato, o uso dessas soluções está ajudando os es-

DE OLHO NO FILÃOAtenta à nova tendência no setor educacional brasilei-ro, a principal fabricante de chips do mundo, Intel, apre-senta equipamento voltado aos estudantes. Trata-se do primeiro tablet desenvolvido especificamente para ser usado em sala de aula.

Da linha de produtos Series, o equipamento foi confec-cionado para suportar impactos e quedas, além de ser resistente à água. Equipado com um processador Atom 1GHz, ele pesa 550 gramas e vem com uma tela tou-chscreen de sete polegadas, câmeras frontal e traseira e recursos como 3G, wi-fi, bluetooth e portas USB e SD.

O tablet chega ao mercado logo após anúncio, pelo Go-verno Federal, da Medida Provisória 543/2011, que pre-vê isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para dispositivos fabricados no Brasil.

“O processo educacional mudou. Hoje, aquela velha fór-mula centrada apenas no professor está defasada. Os tablets permitem que os alunos possam participar ain-da mais do processo educativo, seja de maneira colabo-rativa, trabalhando em equipes, ou tendo acesso e inte-ragindo com novos conteúdos”, afirma o presidente da Intel Brasil, Fernando Martins.

Com a isenção, o mercado estima que os preços dos equipamentos tenham uma redução de até 30% para o consumidor final. Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, após a sanção da MP, 25 empresas já soli-citaram ao Governo a concessão do processo produti-vo básico.

1- Na Coréia do Sul, a partir de 2014, o mate-rial didático não será mais impresso. Pequenas tiragens serão publicadas apenas para abaste-cer bibliotecas.

2- Em Taiwan, os livros já foram substituídos por versões digitais.

3- Em alguns estados americanos, o ensino da letra cursiva já é opcional.

4- A inserção do tablet nas salas de aula brasi-leiras aconteceu poucos meses depois do lan-çamento do primeiro modelo de iPad, em no-vembro de 2010.

6- A inédita experiência ocorreu pela primei-ra vez no início de 2011, em um pré-vestibular da cidade paulista de Campinas onde todas as apostilas foram trocadas por versões digitais.

7- O iPad foi o primeiro modelo de tablet a ser apresentado no mercado. O aparelho foi anun-ciado em janeiro de 2010 pela Apple, em uma conferência para a imprensa na cidade de São Francisco, nos Estados Unidos.

8- Em 30 de novembro do ano passado, o equipamento chegou às lojas brasileiras e ven-deu cerca de 64 mil unidades.

CURIOSIDADES

tudantes a aprenderem mais e melhor? Para por um ponto final na dúvida, estudos diversos, realizados no território nacional, têm verificado que a tecnologia no ensino traz vantagens ao processo de aprendizagem.

Recentemente, A Fundação Carlos Chagas (FCC) con-cluiu uma avaliação dos alunos de todas as escolas públicas do município de José de Freitas, no interior do Piauí, que, desde o início de 2009, estudam com o apoio de lousas interativas, laptops individuais e sof-twares educativos. De acordo com o estudo, os es-tudantes melhoraram sua média de matemática em 8,3 pontos, enquanto os que não usaram a tecnolo-gia avançaram apenas 0,2 ponto. Um segundo estudo, da UNESCO, braço das Nações Unidas para a educa-ção, avaliou o desempenho de alunos de escolas pú-blicas de Hortolândia, em São Paulo, que usaram salas de aula com lousas digitais e computadores individu-ais. O avanço foi de duas a sete vezes em relação aos colegas em salas de aula comuns.

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“O processo educacional

mudou. Hoje, aquela

fórmula centrada apenas

no professor está difasada”

Diversos estudos

têm comprovado

que a tecnologia

no ensino traz

vantagens ao

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aprendizado

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FOTOS: DIVULGAÇÃO

Rádio Vintage 1932

TelefunkenR$ 90

Venda: Benedixt

www.benedixt.com.br

Réplica do rádio Telefunken de 1932, funciona em AM e FM. O estilo retrô oferece um toque especial e torna a peça uma opção interessante para quem quer surpreender com um presente criativo ou mesmo colecionar.

Telefone Vintage GoldR$ 190

Venda: Laris

www.laris.com.brCom design retrô, este telefone dourado pode dar um toque especial a ambientes mais sóbrios e modernos.

Mini Máquina de

Escrever MeteorR$ 198

Venda: Laris

www.laris.com.br

Esta réplica em miniatura da máquina de escrever da marca Meteor deixa qualquer ambiente da sua casa mais estiloso e com um toque retrô. Feita de ferro, a peça possui detalhes fiéis ao modelo original.

Placa decorativa

Vespa at the PondR$ 44

Venda: Giftex

www.giftexpress.com.br

Esta placa de metal retrô pode ser utilizada para decorar a porta ou a parede de qualquer cômodo da casa. Com estampa de uma antiga propaganda da clássica lambreta Vespa, é pura nostalgia.alguns clássicos.

Lata Multiuso BlackR$ 90

Venda: Laris

www.laris.com.br

Peça com estilo vintage, esta lata em metal pintado com aplicação de adesivo é ideal para decorar e, ainda, guardar pacotes de biscoitos, cookies e outras guloseimas. Pode deixar a cozinha muito mais charmosa.

RETROMANIA DE NOVO!Tendência da década, o retrô é filão na

indústria. Mas, longe de transformar

sua casa num museu, os itens vintages

são verdadeiros coringas da décor.

Mesmo fugindo ao seu real conceito —

vintage que é vintage precisa ser,

de fato, produzido entre as décadas

de 20 e 80 —, uma peça antiga (ou

com cara de antiga) na sala, agora, é

como um pretinho básico pendurado

no armário feminino.

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Quem tem mais de 50 conhe-ce bem, os com mais de 40 cantarolam alguns hits. Afinal, quem não se lembra de Inezi-ta Barroso, a primeira diva do sertanejo no Brasil. Com seis décadas de estrada e 86 anos de vida, ela é uma das maio-res defensoras da música cai-pira, gênero que é o tema de seu programa, “Vio-la, Minha Viola’’, no ar desde 1980 na TV Cultu-ra (aos sábados, às 20h). Inezita começou a tocar viola aos sete anos, na fazenda dos tios, e tem novos projetos na manga. Ela prepara um álbum de música regional com os participantes do seu programa na Cultura.

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FIGURINHA DE ÉPOCA

Romance de época baseado em história real. Na In-glaterra do século XVIII, a jovem Georgiana torna--se, aos 18 anos, a Duquesa de Devonshire (Keira Knightley), casando-se com o duque (Ralph Fiennes) mais famoso, rico e influente da época. Após tenta-tivas frustradas de ter um filho homem, Georgiana encontra-se em um casamento de aparências, sendo obrigada, pelo marido, a conviver e comer na mesma mesa que a amante, sua ex-amiga. Keira virou figu-rinha de época no cinema com seus últimos traba-lhos em "Desejo e Reparação" e "Orgulho e Precon-ceito" e teve uma excelente atuação neste, com uma fúria de sentimentos no olhar. Destaque para o figu-rino, resultado de pesquisa de modelitos da época e em concordância com os momentos e a persona-lidade “fashion” que foi a duquesa para a sua época. O roteiro foi baseado nas cartas deixadas pela pró-pria Georgiana.

A DUQUESA Saul Dibb The Duchess, ING/ ITA/ FRA, 2008

MESMA HISTÓRIA, MESMO ENREDO

Quem assistiu aos três primei-ros longas da série sabe o que vem no quarto: mulher sen-sual, carros, disputas, homens sarados e muita voz grossa e sem sal na busca por ser o “garoto da rua”. Ao menos, os atores da primei-ra franquia estão de volta. Na trama, Dominic To-retto (Vin Diesel) e Brian O´Conner (Paul Walker) precisam resolver as diferenças do passado. Na disputa, percebem que estão atrás de um inimi-go em comum, um traficante de heroína procura-do pela polícia. Para quem curte adrenalina, bati-das, efeitos especiais e mirabolantes com carros, é um ótimo filme.

VELOZES E FURIOSOS 4Justin LinFast & Furious, EUA, 2009

NA PONTA DO FIO

O documentário traz a his-tória do equilibrista francês Phillippe Petit e seu plano original de atravessar as Tor-res Gêmeas, indo de uma à outra através de um cabo de aço. O fato foi considerado “o crime artístico do século” e noticiado em mídia mundial. O doc, ao longo de 1h30, traz imagens reais das emissoras de TV de 1974, alternadas por dramatizações. Destaque para a arquitetura do plano montado por Petit, mostrado na íntegra através de depoimentos. Um excelente trabalho de reconstituição do fato pelo depoimento dos envolvidos. O longa foi vencedor do Oscar 2009 de melhor documentário.

O EQUILIBRISTAJames MarshMan on Wire, 2008

A VOLTA DE DERCY GONÇALVES

Maria Adelaide Amaral é quem roteiriza a nova minissérie da Globo, Dercy de Verdade, que tem direção de Jorge Fernando. Baseada no livro "Dercy de Cabo a Rabo", o programa conta a história da humorista que fez muito sucesso na televisão e no teatro. Ao longo dos quatro capítulos que compõem a minissérie, serão abordados os principais momentos da vida da atriz, da infância à velhice.

60 ANOS DE CARREIRA E AINDA NA ATIVA

O MAIS AGUARDADO

Grande expectativa ronda o novo programa matinal da Globo, que será comandado por Fátima Bernardes. Apesar da falta de detalhes a respei-to da nova atração, a estreia da ex-apresentadora do Jor-nal Nacional em novo horário pode alterar a programação das emissoras concorrentes. Na Record, cogita--se o retorno de Ana Hickmann para o comando do matutino Hoje em Dia.

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NOVA MÚSICAA banda pernambucana Or-questra Contemporânea de Olinda divulgou seu novo frevo, “Janela”, no finalzinho de dezembro. A canção foi disponibilizada para down-load gratuito no site da ban-da. O grupo vem de uma turnê pelos Estados Unidos e pela Europa, lugares onde divulgou seu trabalho mais recente, conseguindo des-taque no New York Times. A gravação deverá fazer parte do novo trabalho da banda, que sai em 2012.

CONFIRA AQUI: HTTP://SOUNDCLOUD.COM/ORQUESTRAOLINDA/JANELA-NOVO-FRE-VO-2012-DA/S-GCS0Q

A REINVENÇÃO DE LUDOV

O novo EP, Minha Economia, marca o retorno das atividades do grupo que, nasci-do em 2009, continua reafirmando seu gosto pelas melodias assobiáveis e pelo rock com cara de bom mocismo. O vocal grave de Vanessa Krongold, que sempre foi um dos destaques do Ludov, acerta os ouvintes de primeira, sobretudo em fai-xas como “O Salto, A Queda”, com jeitão de autoajuda, e na faixa título, uma vician-te batida de guitarra e baixo que poderia muito bem se transformar no maior hit da banda. O disco tem um claro interesse em transpor o Ludov para uma outra re-ferência, afastando-se da fofurice a que sempre esteve ligado.

MINHA ECONOMIA EPLudov[Mondo 77, 2011]

INQUIETAÇÃO PURAO segundo disco solo de Kari-na Buhr, “Longe de Onde”, con-solida a cantora como a porta--voz de um mundo sem limi-tes, com composições que vão do punk rock de “Cara Palavra” ao lirismo de “Não Precisa me Procurar”. O disco, lançado no final de 2011, foi produzido por Karina ao lado de Bruno Buarque e Mau, respectivamente baterista e baixista. O pro-jeto contou, ainda, com as participações do tecla-dista André Lima e do trompetista Guizado, além da dupla de guitarristas Edgard Scandurra (ex-Ira!) e Fernando Catatau (Cidadão Instigado).

LONDE DE ONDEKarina Buhr

UMA VIAGEM PELOS EUA Consagrada pela sua obsessão por fotografar celebri-dades e capturar “momentos mágicos”, Annie Leibovitz lança novo título, o Pilgrimage. O livro é um retrato fiel da vida ianque, realizado através das viagens de Leibo-vitz. Com um equipamento reduzido, ela fotografou ca-sas, objetos e paisagens. Tudo sem a tradicional encena-ção adotada em retratos comuns. Leibovitz visitou luga-res como Gettysburg, campo de batalha da guerra civil americana, e Graceland, mansão de Elvis Presley. Foi às casas de Emily Dickinson, Georgia O’Keeffe, Thomas Je-fferson, Virginia Woolf e Sigmund Freud. Tudo com foco na emoção instantânea. Sem história, só os momentos.

PILGRIMAGEAutora: Annie LeibovitzEditora: Random HouseUS$ 50

NOVA METASNARRATIVAS Os últimos lançamentos apontam uma tendência na literatura mundial: obras com personagens que são escritores ou que têm relação com a literatura. “Crossroads”, de Furio Lonza, relata quatro décadas da vida do protagonista, um escritor frustrado que trabalha como jornalista. As experiências de ama-durecimento do narrador são alternadas com rela-tos sobre cada decênio vivido, por meio de descri-ções que abrangem desde a mobília e os trajes da época até as músicas ouvidas e drogas usadas. O grande destaque da obra são as personagens Ana e Helena, figuras de alta complexidade psicológi-ca por quem o narrador se apaixona.

CROSSROADSFurio LonzaEditora 34R$ 40

TRAMA ARGENTINA Qual a gênese da raiva e do ciúme? Nem os mais tradicionais psiquiatras ou estudiosos consegui-ram responder. Isso, e muito mais, pode ser confe-rido ao longo do livro Raiva, do argentino Sérgio Bizzio. Com o nome de José Maria, o personagem principal é um operário de construção civil que vive na capital argentina e se apaixona pela dia-rista Rosa. Os dois logo iniciam um relacionamen-to. Maria, no entanto, é um namorado obsessiva-mente ciumento. Agride um homem em plena rua, por suspeitar que ele disse obscenidades a Rosa. O incidente gera uma re-ação em cadeia e acaba provocando a demissão de José Maria. A partir daí, o romance dá uma guinada em direção a um suspen-se sem fim.

RAIVASérgio BizzioTradução de Luis Carlos CabralR$ 40

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LÍDER DE VISITAS

O Google foi a página da internet mais visita-da nos Estados Unidos em 2011, com uma média de 153,4 milhões de visitantes por mês. O site de buscas foi seguido pelo Facebook (137,6 milhões) e pelo Yahoo! (130,1 milhões).

PARA DOMINAR A INTERNET

Rede social mais acessada no mundo, o Facebook dá mais um passo na busca por dominar a web e anuncia o lançamento de um serviço de assinatu-ra de sites. Na verdade, já existe a opção de assi-nar atualizações de figuras públicas. A novidade vai apenas ampliar esse serviço e oferecer uma forma prática e interessante de acompanhar os sites mais acessados, como portais de notícias.

SOCIAL COMMERCE

A Companhia Brasileira de Bebidas Premium acaba de inaugurar sua LikeStore, o primeiro serviço online do País que permite a venda de produtos diretamente pelo Facebook. O objetivo da cervejaria é atingir a deman-da de um público de cerca de 22 milhões de usuários da rede social no País. Pioneira, a loja virtual da Proi-bida (www.facebook.com/aproibida) é a primeira do mercado de cerveja e já está no ar. Ela disponibiliza para os internautas todo o portfólio de produtos da marca.

Acesse em: www.facebook.com Acesse em: www.google.com

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Será que você já se perguntou alguma vez: como é o meu cotidiano? O que eu tenho feito para viver mais feliz? Nós, os humanos, somos uma espé-cie orientada para a busca incessante da felicidade. Mas não há fórmulas mágicas. Cada um vai criando a própria receita que venha a dar sentido a projetos existenciais na trajetória pelo mundo. Todavia, nem sempre o resultado nos dá prazer. E por que isso?

A resposta está, muitas vezes, nos ingredientes que utilizamos na nossa receita de felicidade. Frequen-temente “erramos a mão”, como se diz em linguagem culinária, e carregamos demais nas medidas da am-bição, da fantasia, do individualismo. Quantas vezes não azedamos a mistura por mera distração, arrogân-cia ou orgulho?

Em nossas contradições humanas, colocamos a nossa inteligência a serviço de um sofisticado aparato tec-nológico de comunicação virtual, que, supostamente, encurta as distâncias e confere imediatismo ao diálo-go. Esquecemos, porém, que somos, antes de tudo, se-res de convivência, mas também seres de conveniên-

cia, tendentes à acomodação diante de quaisquer ges-tos que exijam algum esforço da nossa pessoalidade, da nossa presença física.

E é aí que aquilo que, num primeiro momento, nos sa-tisfaz enquanto canal de contato com o outro vai se tornando um hábito de tal forma que, gradativamente, vamos encontrando desculpas que justifiquem a não convivência, a não interação pessoal, a troca gestual. Caímos nas armadilhas que nós próprios construímos.

Nada, absolutamente nada, irá substituir a contento o conforto de um abraço, o toque de um carinho, o olhar no olho do outro e o sabor de um sorriso acolhedor. Esse interagir com o outro é o nosso certificado de qualidade de existência.

Em um documentário, a nossa comediante maior, Dercy Gonçalves, revelou: “Eu não tenho medo da morte. E à vida eu não devo nada.” A longevidade e uma atitude bem humorada diante da vida referenda-ram essa crença.

A fé no humano, com todos os seus acertos e imper-feições, seria o único ingrediente fundamental a qual-quer receita possível de felicidade.

POR TANIA GUERRA, PSICÓLOGA, ESCRITORA E CINÉFILA - [email protected]

QUAL É O SEU ESTILO DE VIDA?

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NUTRIENTES PARA “BRILHAR” NESTE VERÃO

A estação mais esperada do ano chegou e é neste período que a ação dos radicais livres (RL) fica maior, devido à exposição constante das pessoas aos raios solares. Essa é a principal causa da produção dos agentes nocivos à pele. Eles são responsáveis pelo rompimento das fibras elásticas e do colágeno, levan-do ao envelhecimento precoce. Como defesa, o orga-nismo recorre aos nutrientes antioxidantes, capazes de neutralizá-los, como um “escudo natural”.

É também no verão que as pessoas modificam seu comportamento alimentar, muitas vezes sem orien-tação adequada de um profissional, prejudicando a saúde. Como intuito de promover o equilíbrio do or-ganismo, nutrientes presentes nos alimentos podem ser encontrados na forma de complementos e nutri-cosméticos - chamados pílulas da “beleza”.

Esses produtos contêm ativos que podem auxiliar na preservação do bronzeado, dos cabelos e das unhas, além de beneficiar processos de emagrecimento e combater a celulite. Conheça alguns deles:

EMAGRECEDORES: Óleo de peixe, leciti-na de soja e gelatina. O QUE FAZEM: Os ácidos graxos ômega-3 evitam o acúmulo de gor-dura visceral e equilibram os níveis de colesterol e triglicerídeos. A lecitina auxilia na emulsificação de gorduras, facilitando sua eliminação. Já a gelati-na, por se ligar facilmente à água, ajuda nos proces-sos de saciedade durante as refeições.

RECONSTRUTORES: Vitamina C, manganês, cobre, zinco e gelatina. O QUE FAZEM: A vitamina C, o manganês, o cobre e o zinco estimu-lam a produção de colá-geno, enquanto a gelatina fornece os aminoácidos necessários para formar essa proteína, necessária a pele, unhas e cabelos.

FOTOPROTETORES: Vitaminas C, E, zinco, selênio, luteína, licopeno e óleo de linhaça. O QUE FAZEM: Diminuem os danos causados pelos raios ultravioletas ao DNA das células, prevenindo o envelhecimento precoce e manchas na pele.

BRONZEADORES : Betacaroteno e Licopeno. O QUE FAZEM: Estimulam a produção de melanina e da pigmentação uniforme da pele, além de promover a renovação celular, evitando a descamação.

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NUTRICIONISTA DO SUNDOWN VITAMINASPOR FERNANDA PAULUCCI,

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