Revista Tema Design

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Revista diagramada. Trabalho didático realizado no curso técnico do SENAI

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NESTA EDIÇÃO:

COMO CRIAR O SEU PORTIFÓLIO 17SETEMBRO DE 2012

FOTO DE CAPA: DESCREVER A FOTO DA CAPA

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TIPOGRAFIAConceito e a importância da tipo-

grafia para os designer

ILUSTRAÇÃOConceito e a importância da tipo-grafia para os designer

DESIGN EDITORIAL Conceito de diagramação, e como

ela está no mercado atual.

DESIGN DE SUPERFÍCIEConceito e a importância da tipo-grafia para os designer

12 14DESIGN DE INTERAÇÃOConceito e a importância da tipo-

grafia para os designer

TECNOLOGIAConceito e a importância da tipo-grafia para os designer

16 18PORTIFÓLIOConceito e a importância da tipo-

grafia para os designer

FOTOGRAFIAConceito e a importância da tipo-grafia para os designer

20 22IDENTIDADE VISUALConceito e a importância da tipo-

grafia para os designer

PROCESSOS DE IMPRESSÃOConceito e a importância da tipo-grafia para os designer

EXPEDIENTE

Direção:Mariana Mendonça de Almeida PrataMaura Idelvira

Coordenação:Mariana Mendonça de Almeida PrataLeandro Sambuc

Edição:Michele Silva (redatora-chefe)Adriana Braz e Beto Gomes(editores)Aline Costa, André Chiarati,Carolina Cenciarelli,Guto Lobato e Pedro Michepud(repórteres)

SUMÁRIO

Impressão:EDIOURO

Tiragem:5mil exemplares

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“(...)um dos aspectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.”

O conhecimento adequado do uso da tipografia é es-sencial aos designers que trabalham com diagramação,

ou seja, na relação de texto e imagem.

No caso da mídia impressa, designers grá-ficos (ou seja, os tipógrafos) costumam se preocupar com a escolha do papel adequa-do, da tinta e dos métodos de impressão.Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como atividade projetual e industrial gráfica, era limitado aos tipógrafos (técnicos ou de-signers especializados). O design de tipos, no entanto, atividade altamente especializa-da que requeria o conhecimento das técnicas de gravar punções para fazer as matrizes usadas para fabricar tipos, foi desenvolvida desde o início por especialistas, os grava-dores de tipo ou puncionistas, verdadeiros designers de tipo antes que a denominação entrasse no vocabulário profissional. Foram designers de tipo e puncionistas Claude Ga-ramond e Giambattista Bodoni, criando fon-tes clássicas que até hoje são apreciadas.A composição manual, ou seja, a colocação dos tipos lado a lado para formar os textos, foi mecanizada em fins do século XIX com a criação das máquinas que compunham e fundiam tipos ao toque de um teclado como o linotipo, inventado por Ottmar Merghentha-ler (1886) e o monotipo, por Tolbert Lanston (1887). A partir dos anos 1940, começa a se impor a fotocomposição, sistema que usa

A tipografia é a arte e o pro-cesso de criação na com-

posição de um texto, física ou digitalmente. Assim como no design gráfico em geral, o objetivo principal da tipografia é dar ordem estrutural e for-ma à comunicação impressa. Por analogia, tipografia tam-bém passou a ser um modo de se referir à gráfica que usa uma prensa de tipos móveis.Na maioria dos casos, uma

composição tipográfica deve ser especialmente legível e visualmente envolvente, sem desconsiderar o contexto em que é lido e os objetivos da sua publicação. Em traba-lhos de design gráfico experi-mental (ou de vanguarda) os objetivos formais extrapolam a funcionalidade do texto, portanto questões como le-gibilidade, nesses casos, po-dem acabar sendo relativas.

No uso da tipografia o inte-resse visual é realizado atra-vés da escolha adequada de fontes tipográficas, compo-sição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página. Todos esses fatores são combinados para que o layout final tenha uma “atmos-fera” ou “ressonância” apro-priada ao conteúdo abordado.

_TIPOGRAFIA

EM TERMOS TIPOGRÁFICOS

matrizes fotográficas dos tipos que são redu-zidos ou ampliados por lentes, mas apenas com a popularização do “offset” nas décadas de 1960/70 passa a ser largamente usada. Combinada com ela temos as letras trans-feríveis, em especial a Letraset que formam largamente usadas, permitindo aos designers o acesso a uma quantidade maior de fon-tes e interferência nos espaços tipográficos.O advento da computação gráfica nos anos 1990 tornou a tipografia disponível para de-signers gráficos em geral e leigos. Hoje qual-quer um pode escolher uma fonte (tipo de letra) e compor um texto simples em um pro-cessador de texto. Mas essa democratização tem um preço, pois a falta de conhecimento e formação adequada criou uma proliferação de textos mal diagramados e fontes tipográficas mal desenhadas. Lado a lado com a oferta de fontes digitais, os programas de formatação de página permitem a composição de textos combinados com fotos, desenhos e gráficos com qualidade profissional, como o Ndesign da Adobe, sendo parte do arsenal técnico dos designers da atualidade.

fonte: designyoutrus.com

fonte: noupe.com

fonte: ilpazzicomio.com

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Quando bem aplicada, as ilustrações ampliam o po-tencial de venda ao ponto de um desenho ser lembra-do, mesmo se não for mais visto.

A ilustração serve, antes de mais nada, para fortalecer e até mesmo mostrar de

maneira visualmente direta a aplicação de conceitos e ideias. Ela funciona como meca-nismo inconsciente, pois faz com que o pú-blico relacione-a automaticamente a mensa-gem a ser transmitida.

Obras como A Criação de Adão (de Miche-langelo), A Liberdade Guiando O Povo (de Delacroix), A Pomba da Paz (de Picasso), As Quatro Liberdades (de Norman Rockwell), entre outras, são grandes exemplos que alu-dem a conceitos, ideias, princípio e mensa-gens – ou seja, os ilustram.

A utilização deste recurso é uma forma de dar a um produto, marca ou serviço esta mesma vitalidade e capacidade de ser lembrada e consolidada junto a seu público.

Uma ilustração, desde que bem aplicada a um produto, amplia o potencial de venda ao ponto de, somente o fato de um desenho ser lembrado, mesmo se não for mais visto, au-xiliar por muito tempo o consumidor no mo-mento da escolha.

A ilustração é tão variada quantos as mais di-versas técnicas e estilos artísticos, podendo inclusive fundir todas elas, desde que com o objetivo de comunicar. Por esse motivo, ilus-tração é considerada arte aplicada.

A SIB – Sociedade dos Ilustradores do Brasil – é uma associação sem fins lucrativos que reú-ne profissionais da ilustração de todo o Brasil.Fundada em 2001, estimula a união entre os ilus-tradores, a disseminação de idéias, a valorização da ilustração, o compromisso ético nas negocia-ções, promove o intercâmbio de idéias, propos-tas, oportunidades e pontos de vista, tanto rela-tivos a assuntos técnicos, filosóficos e artísticos quanto aos aspectos burocráticos e contratuais.Na programação do IlustraBrasil! – evento anual realizado desde 2003, gratuito e aberto a pro-fissionais, estudantes e interessados em geral – constam palestras, debates, oficinas e uma mostra expositiva dos ilustradores associados.

SIB - Sociedade dos ilustradores do BrasilD E S E N H O

O POTENCIAL DAS VENDAS

Ilustração: o que é e para que serve:

_ILUSTRAÇÃO

Aprendi a fazer esta pergunta com quem me ensinou o mais importante sobre

ilustração e muitas outras coisas. Elcio Mario Noguchi. Um dos melhores diretores de arte, designer e ilustrador que conheci. Quando nos encontramos, eu era apenas um garoto, estagiando há poucos meses na então cha-mada Salles Interamericana de Publicidade. Sabia apenas que queria muito aprender “tudo” sobre ilustração. Essa foi sua primeira pergunta: “Como pode querer fazer alguma coisa, se não souber o que ela é e para que serve?” Pois é. Sabia que gostava de dese-nhar, que estava fascinado pelo mundo novo que descobrira e estava disposto a fazer par-te dele. Acreditava que sabia alguma coisa e logo de cara aprendi que não sabia abso-lutamente nada. Zero. Tinha algum talento, alguma habilidade, mas era muito pouco ou quase nada.Ilustração seria dignificar uma idéia, elevando-a ao patamar da excelência, e serviria para beneficiar a compreensão e identificação com a mesma. Sem querer ter a arrogância de dizer que esta é a melhor resposta, ao menos me serviu de ponto de partida. E tenho buscado me basear nela em cada trabalho que realizo. A mais correta e que poderia ser definitiva, o Noguchi nunca

me disse…

fonte: mostravideoitaucultural.com

fonte: downloads.open4group.com

fonte: deviantart.com

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MAIS UMA

POSSIBILIDADE...Q uem nunca pegou um livro com uma

mancha horrível e entrelinhamento aper-tado, ou viu uma capa de livro ou revista que você pensou “como um diretor de arte deixou que isso saísse?”, pois é, tudo isso é design editorial. Já pensou nisso?

Olá pessoal, eu sou nova aqui no blog e vou falar um pouco sobre design editorial e pro-cessos criativos. Agora, vamos deixar de pa-po-furado e vamos ao que interessa.

Desde a escolha do formato, grid, tipografia, cores etc., de uma publicação, faz parte do design editorial, além de ter em vista fatores como público, porque não podemos fazer uma diagramação super despojada, com ne-ons piscantes, por exemplo, em um livro de

medicina. E é claro, as famosas, limitações técnicas e econômicas da produção.

Mas para quem imagina que nesse merca-do só tem espaço para diagramadores ou capistas, está bem enganado, essa é uma área bem abrangente do design. Que busca

desde ilustradores até pro-gramadores, agora com a vinda dos e-books, e não só para trabalhos internos, como freelas também. Esse nicho vem se tor-nando maior e mais inde-pendente, na medida em que cresce a demanda de materiais editoriais, como livros e revistas, além dos processos de redesign de vários materiais tradicio-nais.

Bom pessoal, espero que tenha dado para mostrar um pouquinho do que é o design editorial e aber-to mais uma porta em um mercado tão amplo e com-petitivo quanto o nosso. E para reforçar deixo um tre-

chinho do livro Jornalismo de revista, escrito por Marília Scalzo.

Design de revista não é arte [...] Design em revista é comunicação, é informação, é arma para tornar a revista e as reportagens mais atrativas, mais fáceis de ler. Tanto quantos aos jornalistas, os designers devem estar preocupados o tempo todo com a melhor maneira – a mais legível – de contar uma boa história.

_DESIGN EDITORIAL

Design editorial é uma especialidade do design gráfico que realiza o projeto gráfico na editoração.

O Design editorial está intimamente ligado ao jornalismo. Por este motivo, o designer gráfico (seja o diagramador, o infogra-fista, ilustrador, editor de arte, etc.) está sempre em parceria com o jornalista.É uma ferramenta essencial para se chegar ao público leitor, abarcando todo o trabalho desenvolvido ao redor de um catá-logo, revista, jornal, livro ou outro tipo qualquer de publicação, desde a sua concepção gráfica até à sua concretização final.

O design editorial é um projecto gráfico que serve de suporte para se atingir o leitor, sendo a base para o conjunto das infor-mações que compõe toda uma publicação: imagens, textos, fotos e ilustrações.

Assim, os projectos de índole editorial ganham aspectos dife-renciadores, sendo desenvolvidos de acordo com o perfil do público leitor que se pretende atingir.

NO MUNDO DA DIAGRAMAÇÃO

Projetos de índole editorial são desenvolvidos de acordo

com o perfil do leitor que se pretende atingir.

fonte: http://umjornalismosocial.wordpress.com

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_DESIGN DE SUPERFÍCIE

O Design de Superfície vem ga-nhando espaço no mercado e foi

incluído como uma disciplina no currí-culo dos Cursos de Design da ULBRA - Campus Canoas. Esta face do Design desenvolve o tratamento das mais va-riadas superfícies utilizando técnicas e ferramentas próprias, levando em con-ta a estética, a conceituação, proces-sos criativos e apresentando variadas soluções para a estamparia, malharia, papelaria, web e outros. A expressão “Design de Superfície” é a tradução de Surface Design, usada em países de língua inglesa e oficial nos meios ele-trônicos, razão pela qual foi escolhida para denominar este trabalho, na inten-ção de ser o mais abrangente possível.

Em português é usada a nomen-clatura “ Desenho (Industrial) de Es-tamparia “, mas entendemos que a palavra estamparia restringe à pa-drões impressos sobre tecidos. Os franceses também adotam a palavra “

(...)”desenvolve o tratamento das mais variadas su-perfícies utilizando técnicas e ferra-mentas próprias”

Os franceses também adotam a palavra “de-sign” do inglês e acrescentam a expressão de revestimento, compondo: “Design de Revête-ment”. Assim vemos que a palavra design adqui-riu um sentido próprio, ligado à produção industrial.

“DESIGN DE SUPERFÍCIE” consiste na criação de ima-gens bidimensionais, projetadas especificamente para

geração de padrões, que desenvolvem-se de maneira con-tínua sobre superfícies de revestimentos. O processo cria-tivo é voltado para aplicação na indústria, basicamente nas áreas: têxtil, de papelaria, cerâmica e materiais sintéticos.

“DESIGN DE SUPERFÍCIE” é uma atividade técnica e criativa cujo objetivo é a apresentação de imagens

bidimensionais, projetadas especificamente para o trata-mento de superfícies, apresentando soluções estéticas e funcionais adequadas aos diferentes materiais e métodos.

A estamparia é um pro-cesso antigo que data

desde antes de Cristo. A arte de estampar era ob-tida segundo Heródoto, historiador grego, através de folhas de árvores que eram esmagadas e mis-turadas a água, formando uma tinta que servia para pintar roupas com figuras. Embora a estamparia seja, por vezes considera-da como um caso particu-lar de tingimento local, é preferível encará-lo como uma operação totalmente distinta, pois as técnicas usadas têm poucas se-melhanças. As estampas podem ser aplicadas so-bre a superfície dos teci-dos como trabalhadas em sua própria estrutura. Dos diferentes métodos de es-tamparia a técnica de uso de blocos de madeira é a mais a n t i -g a ,

mais tarde surgiram às estampas utilizando telas de stencil e os rolos de cobre gravados. Outro método usado é tela de stencil, em diferentes es-tamparias, no “século XIV e XV a seda era muito co-biçada, pois refletia uma distinção soberba que os atraia devido a seu tem-peramento”. Surgiu então uma imensa variedade de padrões de estamparia, como listras, quadrados axadrezados e figuras. Na Itália durante o século XIV, houve a propagação das estampas de flores. A moda dos tecidos de es-tampas florais se tornou generalizada, nas regiões de Genova e Florença. as padronagens de estam-pas ficaram mais exóticas

exibiam florais e frutos

desconhecidos na Europa até então, isso se man-teve até o final de sécu-lo quando a moda voltou suas origens ocidentais com padronagens mais simples como rosas e papoulas. O processo de estamparia começou a ter grande incremento na Europa no século XVIII, “a técnica utilizada na época era a de gravura em alto relevo, inicialmente no plano e depois em rolos. continuo. Algumas dessas padronagens formais e estilizadas foram desen-volvidas durante o perío-do Art Decó (valorização das formas geométricas). estamparia atual ou an-tiga é um dos processos de beneficiamento mais utilizados no vestuário e

seus tipos são os mais variados

possíveis

“Design de Revêtement”

fonte: marcelobfigueiredo.blogspot.com.br

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O designer de interação, na visão de Dan Saf-fer (USA), deve possuir sete atitudes:

1) Focar sempre no usuário – Saber entender o usuário é a chave do sucesso no design de inte-ração, e a melhor forma de entendê-lo é questio-nando suas escolhas e observando suas ações.2) Encontrar boas soluções – Desenvolver novos produtos e serviços implica criar as escolhas. Quando se tem duas opções, deve-se buscar sempre uma terceira.3) Gerar muitas idéias e buscar uma prototipa-ção rápida – Designers encontram suas solu-ções através da geração de muitas idéias. Para tangibilizar essas idéias, devem procurar montar protótipos rápidos, pois assim péssimas idéias são descartadas rapidamente após os primeiros testes.4) Saber trabalhar de forma colaborativa – O de-sign como ciência não está só, ele dialoga com vários campos do conhecimento humano. E o de-

Perfil do ProfissionalCompetências e HabilidadesDesign com

artefatos interativos

Design de interação é uma área do design especializada no projeto de artefatos inte-

rativos, como websites, PDAs, jogos eletrôni-cos e softwares. O foco do Design de Intera-ção são as relações humanas tecidas através dos artefatos interativos, que funcionam tam-bém como meios de comunicação interpessoal.Autores e profissionais da área referem-se a este por meio dos acrônimos “iD” ou “IxD” (do inglês interaction design) ou “DxI” (do português, Design de Interação).O design de interação tornou-se motivo de estu-dos em grandes universidades dos Estados Uni-dos, como o MIT, a Carnegie Mellon University, a Savannah college of art and design, o Institu-do Ivrea de design de interação , a Universidade de Iorque e o Royal College of Art . No Brasil, temos a pós-graduação homônima oferecida pela PUC Minas (Belo Horizonte - MG), Institu-to Faber-Ludens de Design de Interação (Curiti-ba - PR) e Universidade Positivo (Curitiba - PR).

O design de interação tornou-se motivo de es-tudos em grandes uni-

versidades dos Estados Unidos

_DESIGN DE INTERAÇÃO

signer, da mesma forma, não deve se isolar. Ele deve trabalhar de forma colaborativa e utilizando vários recursos tecnológicos de comunicação.5) Criar soluções apropriadas – O designer deve criar soluções apropriadas para determinado contexto em que os usuários estão inseridos. O contexto de uso do objeto ou do serviço deve estar em conformidade com o contexto histórico-social em que o indivíduo está inserido.6) Desenvolver com um amplo campo de influên-cias – A interdisciplinaridade deve fazer parte do dia-a-dia do designer de interação e com isso ele deve se inspirar na busca por novas soluções.7) Saber incorporar a emoção para seus proje-tos – O aspecto emocional dentro do desenvol-vimento de um produto é o elo de ligação entre as pessoas e os aparatos tecnológicos. Produtos sem o componente emocional estão desconecta-dos das pesssoas e são produtos sem-vida.

fonte: mastersofmedia.hum.uva.nl fonte: creativeapplications.net

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Com a tecnologia em grande expansão, per-

cebemos a cada dia o sur-gimento de vários softwares para produção gráfica e até mesmo mídia digital. Estesfabulosos softwares nos per-mitem fazer coisas extraor-dinárias com apenas alguns cliques. Hoje, qualquer pes-soa pode ter acesso a es-sas ferramentas e aprender a usá-las em site e fóruns. Legal isso, não é? Não!Não é legal pois, com isso,

passa a surgir vários “so-brinhos”. Afinal de contas, quem são os sobrinhos que tanto falamos? Será que tem haver com micreiros? Acre-dito que não. Acredito que design é projeto acima de tudo, e não somente inspi-ração. Não é somente achar bonito, você tem que saber o porque está fazendo aqui-lo, ou seu trabalho não tem nenhuma concepção. E ai me diga o quê um trabalho sem concepção pode pas-

sar para o expectador? Nada!É nisso que entro nessa história de sobrinhos. Vários empresá-rios, ainda com mentalidade re-trógrada, acreditam que quanto mais barato melhor. Com certe-za e com experiência, posso afir-ma que o barato sai caro. Muitos empresários se assustam com orçamentos de profissionais da área, e acabam correndo atrás de filhos e de amigos que acre-ditam que são designers por sa-ber usar algumas ferramentas ou até mesmo porque conse-

“Tornar o simples complicado é fácil,Tornar o complicado simples é criatividade”

Charles Mingus

TECNOLOGIA x DESIGN A que ponto chegamos

robôs sem sentimentos e com muito menos criatividade. Devemos usar e abusar de tudo que temos ao nosso redor para buscar inspi-ração. O designer gráfico, antes de tudo, tem que ser apaixonado por sua profissão e não apenas pela boa remuneração, esta é conse-qüência de um bom trabalho. Lembrem-se: Usem e abusem das ferramentas, mas não se transformem em escravos da tecnologia!

Fonte: www.sxc.hu

_DESIGN DE INTERAÇÃO

guem fazer algo que viu em tutoriais. Abram a cabeça! Nós trabalhamos com criatividade e essa sim é a ferramenta mais poderosa que temos. Os softwares são apenas ferra-mentas de trabalho, assim como o martelo é pro carpinteiro. O que vemos hoje são vá-rios “designers” escravos da ferramenta, de-senvolvendo o que dizem ser “arte gráfica”, sem nenhuma concepção e usando apenas o que as ferramentas lhe oferecem. Limitan-do, dessa forma, o fator principal de um tra-balho de design: a criatividade. A tecnologia sendo usada da forma correta, sendo apenas um auxílio para que possamos esculpir nos-sas idéias e causar impacto e emoção nas pessoas. O design tem esse poder, ele me-che com o ser humano. Temos que trabalhar mais o social e não nos transformarmos em

Estão abertas as submissões de artigos para os números 4 e 5. Design & Tecnologia é uma revista de divulgação científica vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Design (Pg-

Design) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A revista divulga artigos fru-tos de pesquisas científicas no campo do Design e Tecnologia, incluindo as seguintes linhas temáticas: desenvolvimento de produtos, projeto de produto, projeto gráfico, projeto de inter-faces, metodologia de projeto, design da informação, design virtual, design e materiais, ges-tão do design, processos e produção, ergonomia e usabilidade, tecnologias assistivas, de-sign instrucional, educação em design, inovação e tecnologia. Design & Tecnologia é uma publicação periódica semestral com revisão cega por pares (blinded review, peer review).

Chamada de Trabalhos para os números 4 e 5 da Re-vista Design & Tecnologia.

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O portfólio agrega valor para o indivíduo e normalmen-te é iniciado durante a vida acadêmica, principalmente para profissionais da área da comunicação.

O PRIMEIRO PASSO PARA

DESAFIAR O MERCADO

Portfólio é uma coleção de trabalhos já realizados de

uma empresa ou de um pro-fissional especificamento, e muitas organizações tem seus portfólios separados por departamentos ou uni-dade de negócios. Existem diversos tipos de portfólios, depende do segmento da empresa e do profissional.Um tipo de portfólio é o por-tfólio de investimentos, que são o conjunto de aplica-ções no mercado de ações, portfólio exploratório é co-

nhecido como os projetos de empresas de petróleo, existe também o portfólio de bens, quando é mais relacionado a imóveis, portfólio de qua-dros e fotografias, portfólio de publicitários, portfólio de educação e muitos outros.O portfólio é um termo vin-do do inglês e tem uma im-portância muito grande para profissionais com a neces-sidade de mostrar além de seu currículo. O portfólio agrega valor para o indiví-duo e normalmente é inicia-

do durante a vida acadêmica, principalmente para profissio-nais da área da comunicação.Existe também o portfólio es-colar, que é um sistema de re-gistros muito desenvolvido na área da educação, com o ob-jetivo de acompanhar o desen-volvimento de todos alunos. É um registro muito importante porque faz com que pais e pro-fessores acompanhem o de-senvolvimento das crianças, para poder controlar e verificar os conhecimentos adquiridos.

_PORTFÓLIO

SURPREENDA COM SEUS TRABALHOSAqui vão algumas dicas principais do que pode

queimar seu filme no portfolio.

4ª) Não plageie, mas você pode buscar inspiração em sites ou blogs espe-cializados. Aqui vai uma lista de sites para se inspirar clique no link: LISTA.Imagine se algum de seus trabalhos está a altura de aparecer neles.

5ª) Como apresentar online? Você pode usar álbuns simples de fotos como o Picasa ou o Flickr .Mas se mesmo assim você acha que apresentação é tudo você pode con-tratar um bom WebDesigner e serviço de hospedagem ou usar o Carbonma-de , o Deviantart , ou o Sites Google .Não aconselho o uso de blogs.

6ª) Poupe o tempo do selecionador. Provavelmente o selecionador tam-bém será seu futuro diretor de arte e o que ele menos quer é um subalter-no que faça ele perder tempo. Mostre que você é direto e prático desde an-tes dele te conhecer. Faça um portfo-lio objetivo com apenas 10 a 15 peças.

1ª) Jogue fora seu currículo. Com um bom portfolio ninguém vai querer sa-ber se você estudou na faculdade X ou Y, nem se você fez curso de inglês, mui-to menos o número do seu RG (tem gen-te que ainda põe isso). O selecionador vai se concentrar no que pode fazer por ele.Você fez curso de Photoshop? Tô nem ai, tem gente que não fez e sabe mexer melhor do que você.

2ª) Não seja pato. É uma regra das boas agências não contratar profissionais patos.O pato é um dos poucos animais da nature-za que sabem andar, nadar e voar, mas não fazem nenhuma dessas coisas direito. Por-tanto você que é designer de embalagens, de logos, de revista, de vídeo, de web e afins por incrível que pareça vai ter menos chance no mercado. O melhor é se espe-cializar naquilo que você melhor se encaixa.

3ª) Tenha senso crítico. Coloque no seu portfolio apenas as melhores peças que você foi capaz de produzir. Eu sei que você passou noites em claro fazen-do esses materiais e quando prontos são como um filho para você, mas nem to-dos nascem com a sua cara, ou a cara de como você quer parecer, então escon-da o teste de DNA e negue qualquer envolvimento, diga que é filho do cliente.Aliás, se o cliente aprovou provavelmente não serve para seu portfolio.

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“Fotografo em cores porque sonho colorido”..

Quando penso em cor logo faço associa-ções com algo relacionado a alegria,

movimento, energia, saúde, enfim, só coisas boas e positivas. Melhor ainda quando se con-segue juntar isso tudo em um único registro por intermédio do que você ama: a fotografia.Sim, o assunto é sobre cor, mas não tecni-camente falando – psicologia das cores, co-res aditivas (cor luz), cores subtrativas (cor pigmento)…-, e sim em seu sentido mais amplo e poético. Afinal, uma fotografia colo-rida, bem equilibrada, composta e com um tema adequado chega a ser um colírio para os olhos e um refresco para a mente. Mas

LUZ, CAMÊRA, AÇÃO!

_FOTOGRAFIA

isso é apenas uma pequena parte, pois a cor vai muito mais além… Em caso de fotografia publicitária, por exemplo, a cor busca “atingir” o consumidor com o único objetivo na venda.Por isso a necessidade de estudar e conhe-cer sobre o tema. O uso errado delas, seja para uma foto de trabalho ou de um simples passeio em família ou retrato, pode gerar um conflito e não alcançar o resultado desejado.Resolvi abordar e compartilhar o tema por três motivos. Primeiro por que é um assun-to que está diariamente em nossa vida. Seja visualmente ou até mesmo na comunicação verbal, isso mesmo. Ou nunca ouviu expres-

sões do tipo: “Fulano ficou roxo de raiva”, “Ficou branca depois do enorme susto”, A situação ficou preta”… entre tantas outras.Segundo que num clima tropical como o nos-so, fotos assim são imprescindíveis e geram belíssimos resultados. Por fim uma frase do fotógrafo Izan Petterle – colaborador da Natio-nal Geographic Brasil e que tem em seu estilo o uso marcante e bem empregado das cores -. “Fotografo em cores porque sonho colorido”.Acredito que todos nós devemos sonhar co-lorido e para isso nada melhor que a “ferra-menta” fotografia. Se ela é também um meio de transformação social, vamos explorar essa área/estilo para transmitir não apenas belas imagens, mas também imagens positivas e com emoção para colorir cada vez mais este

céu carrancudo que tem se transformado o cotidiano das pessoas neste mundo moderno.Vale abrir um parênteses e ressaltar que também gosto de fotos em preto e bran-co. O PB tem e sempre terá sua importân-cia, por isso jamais cairá no esquecimento. Assim como diziam que a televisão acaba-ria com o rádio, o cinema com o teatro e assim por diante. Aliás, conforme o tema, o uso do preto e branco é bem mais acon-selhável e transmitirá a mesma ou até mais emoção que uma imagem colorida.Por isso a importância do equilíbrio. Ou seja, vai muito da intuição de cada um saber o determinado momento de quando se deve usar um ou outro. Com o tempo isso é algo que ocorre naturalmente, até porque o cor-reto é saber o resultado e objetivo que você quer de cada foto antes de fazer o clique.

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diferenciais. Portanto, a cria-ção de identidade visual é o melhor método a ser usado no ato de diferenciação da identidade da companhia em relação aos concorrentes.Além do poder de individu-alizar, a criação de iden-tidade visual proporciona também um início ao bran-ding, pois os subsídios in-cluindo o manual de marca e o manual de identidade visual padronizam a comu-nicação, estabelecendo a

O serviço de criação de identidade visual é bas-

tante procurado pelas empre-sas que buscam representa-ção conceitual de identidade corporativa, demonstrando assim os valores da corpo-ração perante os clientes. A criação de identidade visual é um conjunto completo de elementos relacionados à imagem, definindo de forma única os objetivos, perspec-tivas, missão, foco corpo-rativo e seus respectivos

criação original e padroni-zando o uso da marca, im-pulsionando a lembrança desta pelo seu público alvo.Inúmeras instituições gas-tam muito dinheiro com pu-blicidade e propaganda, po-rém não se importam tanto com o trabalho da criação de identidade visual, perdendo parte deste investimento.

É um conjunto de elementos relacionados à imagem definindo de forma única seus diferenciais.

REPRESENTAÇÃO VISUAL DO PRODUTO

As etapas da criação de uma identidade

visual:1 - COMPREENSÃO DO NEGÓCIO

Na primeira fase da criação de identidade visual, realizamos um estudo aprofunda-do e intenso de alguns temas cruciais, a saber: target, diversidade de produtos e serviços, cultura, percepção visual, etc

2 - FORMULAÇÃO DO CONCEITONesta etapa da criação de identidade visu-al, selecionamos os fundamentais pontos a

serem transmitidos. A partir destes requi-sitos, é feita a escolha da configuração

base de apoio à concepção, determinando: tipografia (com ou sem serifa), cor (utilizan-

do as normas de psicologia das cores) e outras variedades de padrões visuais..

3 - DESIGNA criação de identidade visual correta

depende principalmente da agregação de informações concebidas e da experiência,

criatividade e ousadia do profissional da área, onde posteriormente ele irá efetuar

pesquisas, criando algo inovador e diferen-ciado. Através desses procedimentos, apre-

sentamos algumas sugestões ao cliente.

4 - CRIAÇÃO DE MANUAL DE MARCA E MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL

Na finalização do processo de criação de identidade visual, desenvolvemos um ma-nual de marca e um manual de identidade visual, abordando exemplos derivados da

identidade visual criada, como a criação de um logotipo, papelarias corporativas e regras, evitando o emprego incorreto da

marca.

Fonte: mandacarudesign.com.br

_IDENTIDADE VISUAL

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2322

Fonte: http://soimprimir.com.br

PARA UMA BOA

IMPRESSÃO

_PROCESSOS DE IMPRESSÃO

Os processos...Existem vários processos de impressão, cada um mais ade-quado ao tipo de aplicação: offset, flexografia, serigrafia, ti-pografia, hotstamp, impressões digitais, etc. A utilização de cada um vai depender de al-guns fatores, tais como: a qua-lidade estética final do material

impresso, a resistência do ma-terial, a tiragem etc.O sistema OFFSET é um dos mais utiliza-dos pelas gráficas, devido à alta qualidade e ao baixo custo que oferece, principalmente para

grandes quantidades.

Quando um projeto gráfico deve ser im-presso em uma impressora comercial,

será muito importante definir, antes mesmo do início do projeto enquanto arquivo digi-tal, qual será o processo de impressão e o tipo de papel em que esse projeto será im-presso. Não só por questões de orçamen-tos, mas também por questões intimamen-te ligadas à estrutura interna do arquivo.Para discutir estas questões procure a gráfica

de sua preferência e esponha as característi-cas principais do projeto (tiragem, tamanho fi-nal, número de cores, etc.), para que ela pos-sa auxiliá-lo numa escolha mais adequada de processos de impressão e tipo de papel.Serão descritos um pouco dos processos de impressão existentes, principalmente o offset, e serão observados os principais tipos de papel utilizados no mercado gráfico e quais as lineaturas mais utilizadas.

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