Revista TI Inside - 81 - Julho de 2012

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Desoneração da folha eleva exportações Sourcing: eficiência nas compras corporativas Mobilidade aumenta produtividade das equipes AUTOMAÇÃO Baixa intervenção humana e equipamentos inteligentes reduzem riscos e custos DATA CENTERS NA ERA DA ESPECIAL EDUCAÇÃO Um guia dos cursos oferecidos pelas principais universidades do País Ano 8 | nº 81 | julho de 2012 www.tiinside.com.br

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Desoneração da folha eleva exportações

Sourcing: eficiência nas compras corporativas

Mobilidade aumenta produtividade das equipes

automaçãoBaixa intervenção humana e equipamentos

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Data CENtERS Na ERa Da

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>editorial Ano 8 | nº 81 |julho de 2012 | www.tiinside.com.br

Data centers buscam eficiência e redução de custos

>sumário

A automação adotada pela indústria, pelo comércio e também pelos bancos chega agora ao recente setor de serviços de data center. E, assim como nos demais setores, o uso

de ferramentas de gerenciamento e monitoramento remotos tem se mostrado essencial tanto para a redução de custos quanto para a garantia de qualidade de serviços nessa área.

Provedores ouvidos para reportagem de capa dessa edição, preparada pela editora Jackeline Carvalho, apontaram a virtualização e, consequentemente, o cloud computing não só como tendência irrevogável, mas como uma necessidade sem a qual dificilmente conseguiriam construir ou manter os seus negócios. Sob esses conceitos é possível ampliar a capacidade de processamento dentro de um mesmo espaço físico, sem aumentar o consumo de energia elétrica, item de maior custo na planilha de gastos dos data centers.

Também com uma gestão automatizada, eles contaram que é possível dimensionar demandas e alocar capacidade de processamento em tempo real. Esta necessidade de controle dos data centers privados ou dos provedores de serviços advém da explosão do volume de dados, boa parte não estruturados, que trafegam ou são hospedados nos servidores e sistemas de armazenamentos e que agora podem estar aqui no Brasil ou em qualquer lugar do mundo, dependendo apenas de quão crítica é a aplicação. E configura um segmento de grande vulto.

O Gartner estima que, conforme as empresas transferem seus recursos de TI para a nuvem, são esperados cerca de US$ 109 bilhões em investimentos em

serviços públicos de nuvem, em 2012, mais de US$ 91 bilhões em comparação a 2011. E em 2016, os gastos de cloud computing devem alcançar US$ 207 bilhões.

São serviços horizontais, consumidos por empresas de todos os tamanhos e segmentos e, portanto, seguidores do crescimento do PIB, mesmo que este ainda apresente desempenho duvidoso até o final do ano, já que as projeções oficiais permanecem confusas em razão da oscilação da economia mundial.

Outras duas reportagens chamam a atenção para a necessidade de formação e qualificação da mão de obra brasileira na área de TI. O estudo feito pela consultoria Prospectiva, e apresentado pela Brasscom, indica que a desoneração da folha de pagamento das empresas de TI começa a gerar resultados positivos na exportação de serviços para a América. Mas um alerta foi dado pelas empresas ligadas à Brasscom: é preciso prestar mais atenção à educação, sem esquecer a formação na língua inglesa, se o país quiser se manter em crescimento no cenário internacional.

Neste contexto e, aproveitando o final das férias de julho, preparamos um caderno especial sobre a oferta de cursos de gradução, pós-graduação, especialização, mestrado e doutorado oferecidos por universidades públicas e privadas. Há inúmeras carreiras, com formação em períodos variados, para diversas necessidades. Basta escolher a mais adequada e retornar ou incentivar a volta aos bancos escolares.

Boa leitura!Claudiney Santos

Diretor/[email protected]

Capa: SINAN ISAkOvIC/SHUTTErSTOCk.COM

NEWS3 Monitoramento remotoEGS automatiza atividades de equipe de suporte em campo

GESTÃO10 Quem cobra menos?Ferramentas de TI são cada vez mais eficazes, inovadoras e decisivas na rotina de compras das empresas

MERCADO14 SegurançaEm guerra contra o cibercrime, fabricantes investem em tecnologias robustas e inteligentes

INFRAESTRUTURA22 artigoJá é possível que dispositivos móveis atuem como um canal para alimentar sistemas com novas informações

INTERNET24 aplicações móveisPesquisas mostram vantagens da consumerização, enquanto desenvolvedoras de soluções apostam cada vez mais no setor

ESpECIaL EDUCaÇÃO27 Upgrade na carreiraConheça os cursos oferecidos pelas principais universidades e instituições de ensino do país

Instituto Verificador de Circulação

Presidente rubens Glasberg Diretores Editoriais André Mermelstein Claudiney Santos Samuel Possebon Diretor Comercial Manoel Fernandez Diretor Financeiro Otavio Jardanovski

EditorClaudiney Santos

RedaçãoJackeline Carvalho

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Departamento ComercialManoel Fernandez (Diretor)

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Jornalista Responsávelrubens Glasberg (MT 8.965)

ImpressãoIpsis Gráfica e Editora S.A.

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da Glasberg A.C.r. S/A

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INFRAESTRUTURA16 CapaSistemas de automação e gerenciamento a distância atraem investimentos dos data centers

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Para gerenciar o trabalho em campo dos seus técnicos, a EGS – empresa do grupo Ericsson que realiza instalações e manutenção em redes de telecomunicações para

diversas operadoras – escolheu a solução móvel desenvolvida pela MobilePeople – empresa brasileira especializada em mobilidade corporativa. Até o fim de maio, todos dos 650 técnicos já estarão sendo monitorados pelo sistema e a expectativa é obter excelentes resultados nos próximos meses.

O gestor de Qualidade e Performance da EGS, ronaldo Barreto, explica que como a maior parte dos custos da empresa está nas atividades executadas em campo, a EGS sentiu a necessidade de uma solução mobile que a auxiliasse no gerenciamento dos técnicos. “Agora temos recurso para gerenciar a operação em campo e devemos transformar isso em resultado financeiro/performance com forte controle e cobrança dos profissionais”.

A aplicação da MobilePeople implantada na EGS é o MB Field, que automatiza os processos de envio, solicitação, atualização, acompanhamento e gerenciamento de ordens de serviços e do trabalho realizado em campo. As informações são atualizadas em tempo real interna e externamente. Através da ferramenta web de gerenciamento, é possível controlar as ações dos técnicos e suas ordens de serviço, tais como mudanças de prioridade, cancelamentos e alterações de dados.

O MB Field ainda permite a visualização geográfica de localização dos técnicos e das ordens de serviço. Desta forma, é possível visualizar detalhes como tempo de deslocamento do técnico até a casa do cliente, trilha percorrida no dia, rota das três ordens mais próximas ao técnico, despacho automático e

Monitoramento remotoAplicação instalada na eGs automatiza os processos de envio, solicitação, atualização, acompanhamento e gerenciamento de ordens de serviços e do trabalho realizado em campo

Com objetivo de intensificar sua presença no segmento de médios/grandes varejos, a Microcity, empresa brasileira de outsourcing de infraestrutura

de TI de LAN (redes) e desktops, acaba de estabelecer uma parceria estratégica com a Bematech, especialista em soluções de tecnologia para o varejo e setor hoteleiro.

A partir desta aliança, a Microcity lança a oferta “PDv as a Service”, que abrange a implementação de hardwares fabricados pela Bematech no modelo de serviço modular, realizado de acordo com a necessidade de cada cliente.

A oferta possibilita ao varejista terceirizar a infraestrutura de tecnologia para facilitar a atualização, ampliação e abertura de novas lojas, além de gerar benefícios financeiros, operacionais e gerenciais.

Contratando o PDv as a Service, o cliente fica isento da necessidade de adquirir de forma definitiva os produtos,

uma vez que a compra dos equipamentos da Bematech é realizada pela Microcity. Por sua vez, a Microcity aloca os produtos para os respectivos estabelecimentos comerciais e assume a responsabilidade integral de todos os serviços referentes a logística, instalação, suporte técnico e gerenciamento do ciclo de vida dos equipamentos, incluindo manutenção e troca dos mesmos.

“A Microcity fez uma análise do mercado brasileiro e decidiu lançar o PDv as a Service ao constatar que o varejo é o segmento com grande crescimento no País e com características que o tornam muito aderentes a este tipo de oferta”, afirma Tiago Miranda, gerente comercial de parcerias estratégicas da Microcity.

A expectativa, segundo ele, é comercializar entre 2 e 3 mil unidades de produtos da Bematech no modelo PDv as a Service até o final do ano.

Microcity e Bemateck lançam oferta para o varejoCom “PdV as a service”, Microcity espera consolidar sua presença no segmento

envio de SMS aos técnicos. A ferramenta também produz relatórios

gerenciais de todos os passos do processo, o que possibilita um maior

controle da empresa. Outra vantagem da MobilePeople destacada por

Barreto é a flexibilidade. “Desde o início, a MobilePeople nos ajudou a customizar a solução de acordo com a nossa necessidade e ao longo do projeto se mostrou flexível em fazer ajustes. Quando decidimos adquirir novos aparelhos com sistema operacional Android, a empresa rapidamente desenvolveu uma nova versão da solução compatível com a nova tecnologia”, destaca.

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Entidades da sociedade civil, dentre as quais a ProTeste, a ASL (Associação Software Livre) e o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), enviaram uma carta ao Senado Federal

reivindicando a criação de uma política de inclusão digital que efetivamente garanta os direitos dos usuários. O documento foi aprovado durante o 2º Fórum da Internet no Brasil, organizado pelo Comitê Gestor da Internet (CGI), em Olinda, Pernambuco, no início de julho.

Um dos pontos mais criticados na carta, relacionado a política do governo para inclusão digital, é o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), por ter sido construído a partir de alianças com o setor privado. Para Flávia Lefèvre Guimarães, advogada da ProTeste, a banda larga deveria ser explorada sob o regime público. “Ao contrário do que o governo diz, que é massificar o acesso à internet entre a população, reivindicamos a necessidade de universalizar o acesso, de forma democrática”, aponta.

A advogada ainda ressalta que a concentração dos acessos em regiões com maior atividade econômica e nas mãos de

quem possui maior renda, prejudica boa parte da população pobre. No documento, a entidade reforça o fato de que moradores da região Norte e das áreas rurais serem, muitas vezes, “convidados a se conformar com a uma situação de acesso mais caro e de pior qualidade”.

O documento destaca ainda que os problemas que persistem sobre as políticas públicas de banda larga também ocorrem com o programa de cidades digitais. As contribuições da sociedade civil feitas à consulta pública foram desconsideradas, e a gestão do programa poderá ser entregue às empresas de telecomunicações para exploração comercial.

Apesar dos entraves, a carta considera positiva a aprovação do marco civil da internet, projeto de lei que reúne um conjunto de questões fundamentais para a garantia da liberdade na rede, e aborda o tema sob a lógica de garantia de direitos civis dos usuários. “O marco civil é um avanço muito grande por atribuir um caráter público ao conteúdo da internet, com base no princípio da neutralidade das redes”, complementa Flávia.

Entidades querem lei de inclusão digitalobjetivo universalizar o acesso, de forma democrática

Renner troca Google por MicrosoftRede de lojas adota solução de produtividade para simplificar processos internos

A Lojas renner, segunda maior rede de lojas de departamento de vestuário do Brasil, controladora da rede Camicado, e que conta com mais de 14 mil colaboradores e 202 lojas (entre

renner, Blue Steel e Camicado), foi uma das primeiras companhias a optar pela computação na nuvem ao instalar o Google Apps, em 2010, em busca de maior disponibilidade e produtividade dos usuários. Entretanto, em um momento de plena expansão dos negócios tornou-se decisivo para a empresa evoluir a sua plataforma tecnológica. Com esta visão, a renner decidiu migrar para a solução Office 365, pacote de produtividade na nuvem para acesso seguro e em qualquer lugar a soluções como, e-mails, calendário, conferências, colaboração, além de edição e compartilhamento de documentos via Web com Word, Excel, PowerPoint.

Segundo Leandro Balbinot, CIO e membro do Conselho Executivo da Lojas renner S/A, para fazer a gestão de toda essa estrutura, a companhia precisava de um parceiro de tecnologia que desempenhasse um papel

realmente estratégico, e não se restringisse a pura implementação de produtos.

A migração da infraestrutura de TI da renner para o Office 365 começou no início do ano. Com uma operação gigante, que envolve a sede em Porto Alegre, escritórios regionais, centros de distribuição e as próprias lojas. A primeira fase do contrato firmado entre as empresas já foi executada, com a implementação da suíte de produtividade online da Microsoft para 2.500 usuários, mas a expectativa da renner é expandir o acesso à solução para os demais colaboradores que atualmente não possuem ferramentas de colaboração em suas lojas.

A solução da Microsoft se integra ainda ao PABX, telefonia IP e demais estruturas físicas da companhia, o que permite que os ramais individuais possam ser acessados de qualquer lugar e em qualquer dispositivo - seja no tablet, computador ou no smartphone – viabilizando, assim, a realização de videoconferências onde quer que os executivos estejam. No momento, a base de e-mails, calendários e ferramentas de comunicação básica já foram migradas e, até o fim do ano, a expectativa é ter toda a plataforma de comunicação unificada.

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A kemp Technologies chega ao Brasil e apresenta sua família de Application Delivery Controllers

(ADC) e Server Load Balancers. Focada em load balancers, a companhia quer disseminar o uso da tecnologia que ajuda as empresas a agilizar as respostas aos usuários de internet e às aplicações online em geral.

Operando por meio de duas revendas e um distribuidor, inicialmente, a empresa está estruturando seu programa de canais e desenvolvendo planos de expansão em marketing e vendas em todas as regiões do Brasil.

De acordo com kat Silberstein, diretora de desenvolvimento de negócios da kEMP América Latina, o Brasil é uma prioridade para a empresa, que passa a investir no mercado local, especialmente no chamado SMB – Small and Medium Business. “Crescemos acima de 130% em 2011,

As vendas de computadores no Brasil cresceram 4% no primeiro trimestre, período em que foram

comercializados 4 milhões de equipamentos, segundo dados da IDC Brasil. A consultoria aponta que, em 2011, foram vendidos 3,6 milhões de PCs. Para este ano, a expectativa é que o total alcance 15,4 milhões computadores, o que representará um crescimento de 13% em relação ao ano anterior.

Do total de máquinas vendidas entre janeiro e março, 54% foram notebooks e netbooks e 46%, desktops. Em relação aos ultrabooks, a IDC acredita que ainda se trata de um mercado incipiente, mas que no médio ou longo prazo pode vir a ganhar participação se os preços forem ao encontro do poder de compra e necessidade dos usuários finais. Ainda de acordo com o estudo, 67% das vendas no período foram destinadas ao segmento doméstico, 27% ao corporativo e 6% para governo e a área de educação.

Comparado com o trimestre anterior, o primeiro trimestre registrou recuo de 9% nas vendas. Tal situação foi

ocasionada principalmente pelas flutuações do dólar, que levaram as grandes empresas a conter seus gastos com computadores, além da falta de discos rígidos devido às inundações na Tailândia e de ser o período do ano tradicionalmente mais fraco em vendas. A previsão, porém, é de que até o meados do deste semestre essa cadeia esteja totalmente recuperada.

“Nosso país se consolidou na terceira posição do ranking mundial em termos de consumo e concentra quase 50% do total de vendas de computadores na América Latina”, conta Camila Santos, analista sênior do mercado de computadores da IDC Brasil.

sendo quase 240% na Europa”, afirma. Ela adianta que está contratando colaboradores para o time da kEMP Technologies Brasil e que deve manter sua sede em São Paulo (SP).

Com base no forte crescimento do último ano, a kEMP recebeu uma injeção de capital, no início desse ano, de um grupo investidor composto por Edison ventures, kennet Partners e OrIX. Esse reforço financeiro chega para apoiar o desenvolvimento de produtos, acelerar a expansão de vendas e expandir a presença internacional da empresa, especialmente em alguns países da Europa e América Latina, onde a companhia ainda não atuava.

programa de parceirosA kEMP está em busca de novos

parceiros no Brasil. “Buscamos parceiros com perfil de vArs – value

Added reseller, isto é, revendas que ofereçam serviços agregados às nossas soluções. Isso inclui, também, integradores, fabricantes de servidores, provedores de serviços para data centers, network integrators e web services providers; em todos os casos, nosso foco é sempre no SMB”, detalha kat.

O Programa de Parceiros kEMP vArMaster possui duas categorias, o Authorized Partner e o kEMP Center Partner, sendo essa segunda a mais avançada, e possui mais de 100 revendedores ativos ao redor do mundo.

A linha de produtos da kEMP têm um forte apelo para empresas que desejam otimizar sua infraestrutura web, garantindo disponibilidade, desempenho, escalabilidade e operações seguras ao mesmo tempo em que racionalizam os orçamentos de TI.

Kemp Technologies desembarca no país

Vendas de PCs crescem no Brasil puxadas pelo usuário doméstico

Ana Baldini acaba de assumir a diretoria de TI da Bristol-Myers Squibb no Brasil, braço local da

empresa biofarmacêutica. Formada em Administração de Empresas pela Universidade de São Paulo (USP), com especialização em e-Commerce em varejo pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), a executiva possui larga experiência na área, com passagens pela Natura, CPM/Braxis e Galaxy Brasil. À frente da equipe da Bristol, Ana atuará em parceria com as áreas de negócios buscando o crescimento da companhia no segmento BioPharma.

Nova liderança

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As frequentes oscilações econômicas e o aumento crescente da concorrência não deixa espaço nos mercados para empresas

ineficientes em compras”, declara a diretora de Sourcing do Mercado Eletrônico, Marlene Diaz. No entanto, um levantamento realizado, em 2011, pela New Age Software em conjunto com o Instituto Brasileiro de Supply Chain (Inbrasc) analisou o cenário do setor de compras de empresas brasileiras e multinacionais, e identificou que 86% dos profissionais consultados acreditavam que as ferramentas de compras utilizadas pelo setor de gestão estão aquém das necessidades. Por conta disso, 75% dos entrevistados afirmam que pretendem investir em soluções que auxiliem o gerenciamento de compras não só no próprio ano da pesquisa, 2011, como no seguinte.

“Com certeza os serviços de sourcing estão em expansão, porém o ritmo de crescimento ainda é lento. Os benefícios e as oportunidades ainda não foram percebidos por gestores de compras de muitas empresas”, reforça Marlene.

A tendência, portanto, é que os departamentos de suprimentos das companhias sejam cada vez mais exigidos a suprir as demandas de compras, de forma a gerar produtividade e rentabilidade. Mas, para que isso aconteça, os avanços da tecnologia da informação são diferenciais de impacto para o segmento. “Os trabalhos de sourcing, em escala ou não, só podem ser realizados com o apoio integral da TI”, afirma o controller da transportadora Braspress, Tayguara Helou.

responsável por aplicações e soluções para compras e suprimentos da SAP Brasil, Luiz Menta, gerente de negócios da companhia, concorda. Ele

empresas conversem com o mundo exterior”, narra o gerente de marketing de operações da NeoGrid, Luiz Fernando Melo Gripp.

Para exemplificar, Gripp comenta que a NeoGrid tem uma solução para Sourcing baseada em SaaS, ou seja, é hospedada em data center de classe mundial e não exige investimentos iniciais em infraestrutura. O pacote contempla, segundo ele, sistemas de gestão de fornecedores e documentos; requisição; cotação; leilão; pedido de compra e nota fiscal.

A partir dessa solução, Melo Gripp conta que a Whirlpool – multinacional detentora das marcas Cônsul, kitchenAid e Brastemp – conseguiu aumentar o nível de serviço para 75%, reduzir o estoque de matéria-prima em 58%, e o de produto acabado em 40%, em três anos.

A Paradigma Business Solutions é outra empresa que abraçou o conceito SaaS (software as a service) para

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Ferramentas de TI são cada vez mais eficazes, inovadoras e decisivas para garantir rentabilidade e acelerar a rotina de compras das empresas

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valoriza a importância dos recentes avanços de TI para as soluções de sourcing da SAP, já que a maioria delas é baseada em cloud computing. “O diferencial é o fato de estarem baseadas na nuvem”, comenta.

Entre os entrevistados para essa reportagem, a conclusão é uma só: “somente com o avanço da computação em nuvem e tecnologias web é que é possível termos as soluções multi-âncora, sob demanda e escaláveis. Somente com o avanço das tecnologias de integração e comunicação, como XML, SOAP, WebService e afins é que conseguimos que os sistemas de compras das

Quem cobra menos?DANIEllE MOTA

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promover a sua plataforma. O presidente do conselho de administração da empresa, Gérson Schmitt, define a solução ClicBusiness como uma “rede de colaboração entre portais de procurement independentes, conectados automaticamente via serviços web”.

Assim, forma-se um banco de fornecedores (cadastrados a partir de um filtro de seleção de perfis) que todas as empresas compradoras podem consultar e, assim, gerar “um grande ganho de processo: tanto para quem compra, como para quem vende”, afirma Schmitt.

A estratégia que, segundo ele, passou a ser referenciada pelo mercado como um Google dos negócios eletrônicos, já alcançou resultados expressivos. Em pouco mais de um ano de operação, reuniu um banco de mais de 60 mil fornecedores, que estão conectados a 17 portais de compra. “Isso é atrativo e tem valor como negócio”, acredita.

Negócio centralizadoUma das alternativas adotadas por

grandes empresas para aumentar a produtividade nos departamentos de compras é a centralização da gestão de processos. As companhias Ambev e Braspress optam por esse modelos. No caso da Ambev, o gerente corporativo de suprimentos, rubens Silva, conta que a central de suprimentos utiliza um sistema da SAP para receber as requisições de compra de todas as plantas fabris e centros de distribuição. Com os pedidos centralizados, ele afirma que é possível ganhar escala e “negociar em massa com os fornecedores.”

A Braspress – por meio do ErP central EBS-Oracle, e dois aplicativos desenvolvidos internamente – utiliza o mesmo procedimento, e compartilha com a Ambev sobre as vantagens da técnica: “conseguimos ter a visão geral da utilização de materiais em todos os processos operacionais e administrativo, o que nos permite agrupar compras com entregas programadas dentro de um determinado período”, explica Helou.

O modelo da Brasspess gera ganhos efetivos à empresa em diversas contas, como compras de peças para veículos, compras de combustíveis, pneus, recapagem, suprimentos para TI e automação,

contratação de serviços de limpeza e segurança”, detalha.

Ferramentas eficazesUma das premissas básicas para

garantir o sucesso de sourcing, segundo Marlene Diaz, é a metodologia de Strategic Sourcing – que garante que “os diversos cenários possíveis sejam vistos e analisados para a tomada de decisão baseada em fatos”. Segundo ela, essa é a base para que o Mercado Eletrônico conduza os processos, usando as ferramentas de e-sourcing e leilão reverso para acelerar a rotina de compras.

O último item, inclusive, foi

contratado pela Coca-Cola FEMSA Brasil – do Grupo FEMSA (Fomento Econômico Mexicano) – em conjunto com um projeto de Strategic Sourcing. O propósito da solução seria otimizar e agilizar as compras das quatro fábricas da empresa no Brasil, nas quais os processos de aquisição de alguns itens indiretos não eram centralizados.

Adquirida na modalidade de serviços, a ferramenta contribuiu na etapa de análise, definição da estratégia e na própria negociação. Como resultado, a companhia centralizou as compras, eliminando 95% dos fornecedores, e obteve a redução de16% no custo de materiais elétricos.

O leilão reverso também é destacado por Silva, da Ambev, como uma boa prática da empresa, realizada desde 2008. “Entre os recursos disponíveis no SAP SrM, o leilão reverso é uma poderosa funcionalidade que permite a competição entre os fornecedores em tempo real, online, em dia e hora específicos”, garante Menta, da SAP Brasil.

A assertividade e agilidade dos processos de aquisição – para compradores e fornecedores – é o que gera, segundo Menta, o sucesso dessa alternativa, que está presente no Brasil desde 2000. “Uma estratégia comum é o uso do leilão reverso pelas empresas como um acelerador de negociação com fornecedores pré-selecionados para uma “short-list”, que considera apenas aqueles com reais chances de ganhar o processo”, acrescenta.

Helou, da Braspress, intera que a prática da empresa com o leilão reverso costuma acontecer nos processos de financiamento, com o intuito de atrair as melhores condições de mercado. De forma genérica, no entanto, o contoller enfatiza que “a ferramenta mais importante (para obter sucesso nos processos de sourcing) é o princípio da igualdade, profissionalismo e transparência com fornecedores, clientes internos e gestores.”

Na prática, ele explica que para suportar o crescente nível de compras da empresa, a Braspress adota ferramentas sistêmicas, como o mapeamento de processo com método BPM, e a automatização máxima do fluxo de informações entre clientes internos e o departamento de compras.

Helou informa também que a companhia adota criteriosos aplicativos

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afirmam que pretendem investir em soluções que auxiliem o gerenciamento

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Fonte: Inbrasc

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de avaliação de desempenho dos insumos, como “o custo por quilômetro do pneu, ou recapagem, utilizando-se do CPk; avaliação de média de combustíveis e materiais de desgastes em veículos, com o uso de telemetria; a avaliação de equipamento que reduzem a utilização de energia elétrica aplicados nas automações e escritórios; além de técnicas de re-uso e capitação de águas das chuvas”, detalha.

Em todas as alternativas, a TI alavanca resultados não só com sistemas que facilitam a rentabilidade e agilidade da própria negociação, como também auxiliando na produção de análises e relatórios capazes de documentar informações de saving (economia obtida em relação a um preço padrão de aquisição), o que, segundo destaca Silva, da Ambev, é muito importante, na medida em que a partir desses dados é possível “dar um norte para as próximas negociações e criar planos de ações com categorias específicas”, explica.

Tempos de mobilidadeMenta também enfatiza a

importância da inserção de mobilidade nas soluções de sourcing da SAP. Por meio do estudo “Enterprise Mobility Benchmarking” – desenvolvido junto a mais de 300 companhias de todos os portes e diferentes setores com o objetivo de compreender o grau de adoção e maturidade das melhores práticas na área de mobilidade e o impacto dessa tecnologia sobre o desempenho das empresas – a SAP constatou que as organizações

conseguem reduzir os custos operacionais em 7,7% com aplicativos móveis para compras. Além disso, a mobilidade na gestão de estoques reduz em 22% os dias em que as mercadorias ficam paradas nos depósitos.

Diante dos números, a empresa inclui em suas opções de soluções de sourcing aplicações de aprovação nos smartphones, independente do sistema operacional (como iPhone ou blackberry).

O Mercado Eletrônico também está atento a essa tendência. “As tecnologias desenvolvidas para a área de sourcing têm necessariamente que considerar a mobilidade de analistas, gestores, clientes e fornecedores”, diz Marlene Diaz. Segundo ela, é fundamental o acesso às informações

dos projetos onde quer que os agentes estejam, já que “as oportunidades de negócio não esperam tempo perdido no trânsito ou nos aeroportos”, exemplifica.

A prova é que a empresa também lançou recentemente a possibilidade de acessar requisições de compra e pedido para aprovação de smartphone, ou tablet. O mesmo acontece com as soluções web da Paradigma.

Schmitt ainda promete melhoras. Segundo ele, a próxima geração de aplicativos e serviços, que a empresa colocará no mercado em 2013, deve aproveitar da melhor forma as características de desenvolvimento web, a fim de “criar mais conforto e usabilidade aos usuários, consolidando uma tendência irreversível de domínio de acessos por dispositivos móveis”, considera.

De forma geral, portanto, as empresas especializadas no setor já traçam planos promissores para dinamizar ainda mais os serviços de sourcing no País, e, assim, conquistarem maior número de clientes a partir do auxílio da TI. “Em longo prazo, temos planos de incorporar funcionalidades como market-place, spend management e melhorias nos mecanismos de compliance e análise de savings pelas empresas”, conta Melo Gripp, da NeoGrid. “A SAP enxerga que cada vez mais os projetos serão baseados em novos modelos de colaboração business-to-business na nuvem”, finaliza Menta.

>gestão

O Instituto Mario Penna, de Belo Horizonte, alcançou uma economia real de 46%, representando mais

de R$ 145 mil, na compra de insumos hospitalares com a utilização do sistema de pregão eletrônico Publinexo, da Bionexo.

A Publinexo é uma solução eletrônica de gestão – desenvolvida, a princípio, para compras públicas, mas que vem sendo utilizada pelas companhias privadas – que oferece

uma ferramenta específica para as instituições de saúde

privadas capaz de permitir a

realização de pregão eletrônico com transparência e agilidade.

A negociação, então, acontece em ambiente online, e é compartilhada simultaneamente com todos os participantes, compradores e fornecedores, preservando a liberdade de escolha dessas instituições. Neste sistema, há também a solução desenhada para atender as exigências das Leis 8.666 e 10.520, em que compradores e fornecedores gerenciam todas as informações, pregões e atas de forma clara.

A negociação com fornecedores e a compra dos itens do Instituto Mario Penna aconteceu em cinco dias. E, além da rapidez e economia, a adoção da ferramenta permitiu o registro detalhado do processo, facilitando a organização das informações, os trâmites jurídicos e a prestação de contas.

HoSPItaL DE BH oBtém 46% DE ECoNomIa

“Com certeza os serviços de sourcing estão em expansão,

porém o ritmo de crescimento

ainda é lento. os benefícios e

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percebidos por gestores de compras

de muitas empresas”

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O Fórum Saúde Digital, em sua 3ª edição, vai colocar em pauta a crescente informatização do setor. Venha conhecer as tendências da Saúde Conectada (mobile health), as plataformas de gestão integrada, o gerenciamento e fl uxo de documentos, a segurança e privacidade, home care, atendimento aos pacientes, social health, entre outros. Um painel especial vai discutir

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1 4 T I I n s I d e | j u l h o d e 2 0 1 2

Mercado de uTM cresce junto com a sofisticação dos hackers; fabricantes de segurança investem em tecnologias robustas e inteligentes

Prolifera toda sorte de golpistas virtuais no ciberespaço - nos últimos anos eles tornaram alvos não só os usuários comuns, mas também

grandes corporações, crescem as empresas que buscam combater e prevenir o problema no nível corporativo. Atualmente, essas tecnologias são comercializadas sob um conjunto de soluções chamadas de UTM (Unified Threat Management, em tradução livre Gerenciamento Unificado de Ameaças).

A IDC avaliou o mercado de segurança de rede corporativa (que inclui firewalls, vPN, UTM e IPS) em US$ 10,2 bilhões para o ano de 2011, e projeta crescimento para US$ 13,4 bilhões até 2013. receita e unidades vendidas subiram pela oitava vez consecutiva no primeiro semestre de 2012, considerando apenas o mercado de appliances de segurança. O faturamento dos fabricantes globais cresceu 9,7% sobre o mesmo período do ano anterior, para US$ 1,9 bilhão, e as remessas subiram 12,9%, o correspondente a 511 mil unidades.

Essas soluções de UTM incluem, em

uma nova solução. Isso se tornou um ciclo vicioso”, explica Eduardo Siqueira, gerente de canais da Fortinet.

Para lidar com o problema, a indústria criou ferramentas que tentam resolver a questão de forma definitiva, sem que o usuário precise investir na substituição de produtos. “Falamos basicamente de uma categoria de soluções chamada de next-generation firewalls”, define Siqueira.

“A segurança é feita com base em um banco de dados de ameaças, através de comparação com o que trafega pelo firewall. As assinaturas são geradas o tempo todo por uma central que envia as informações para todos os equipamentos ligados, que ficam preparados para detectar novas ameaças mesmo que elas tenham acabado de surgir.”

GestãoMas essa nem de longe é a única

evolução dos appliances de segurança de rede decorrentes das ameaçadoras mudanças no ambiente de internet. Com o aumento explosivo do uso de dispositivos móveis e aplicações pessoais nas redes corporativas, os CIOs passaram a se preocupar com o controle do que é trafegado e com a gestão do ambiente.

“Proteção e gerenciamento estão muito próximos. Os novos firewalls, além de fazer segurança e bloqueio, permitem administrar a rede e obter mais performance”, explica Douglas rivero, country manager da Dell SonicWall no Brasil. “Quando o cliente disciplina a utilização da rede no ambiente interno, com controle de banda e acesso e prioridade de aplicações, reduz custos e aumenta a produtividade.”

recursos de gestão são vantajosos para qualquer indústria, inclusive naquelas em que a rede é o principal ativo: as operadoras de telecomunicações estão aumentando seus portfólios de serviços entregando não só conexão, mas também

MARCElO VIEIRA

Firewalls evoluem na guerracontra o cibercrime

>mercado

um mesmo equipamento, recursos integrados de hardware e software: prevenção contra intrusos, antivírus, vPN, filtragem de conteúdo, gerenciamento de banda de tráfego, capacidade de gerar relatórios informativos detalhados e um firewall de próxima geração (os next-generation firewalls).

“Esse mercado caminha para um novo modelo, que resolve principalmente o panorama de ameaças que evolui de forma constante: surge um problema, vem uma ferramenta que corrige, surge outra, vem

A participação de mercado das cinco maiores fornecedoras globais de appliances de segurança:Cisco 18,4% Check Point 12,7% Juniper 0,7%mcafee e Fortinet 0,5%

Fonte: IDC

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j u l h o d e 2 0 1 2 | T I I n s I d e 1 5

otimizando largura de banda. “Tenho recebido muitas ligações dessas empresas pedindo formas de usar os firewalls para melhorar os serviços de telecom. Os produtos de next-generation firewalls cumprem esse requisito”, diz Jose Luiz Sanchez, vice-presidente de vendas para América Latina, Espanha e Portugal da Barracuda Networks.

Entregar com segurança as aplicações que trafegam pela rede é outro ponto fundamental, principalmente conforme as empresas migram cada vez mais para a nuvem. Nesse sentido, as fabricantes investem em motores de inspeção robustos, capazes de diferenciar o tráfego oriundo de aplicações lícitas daquele malicioso. “A segurança não está mais dentro da caixa forte, em que estão as joias da família, mas também se expandindo através das redes”, explica Sanchez.

Tecnologias do futuroA competição acirrada entre as muitas

fabricantes de equipamentos de segurança de rede e os golpistas virtuais leva a inevitável questão: a que ponto chegaremos? Fato é que as empresas investem cada vez mais em tecnologia de olho no futuro. A Fortinet, por exemplo, tem como principal trunfo a robustez do hardware e o processo de pesquisa de novas ameaças.

“Nossos centros que geram as assinaturas de vírus para os next-generation firewalls contam com 16 data centers ao redor do mundo”, diz Siqueira. “Temos uma força muito grande na geração de base de assinaturas. Enviamos a atualização de antivírus quatro vezes ao dia, e de IPS duas vezes. A capacidade de manter o produto atualizado, inclusive para ataques ainda não percebidos, é muito grande.”

robustez também é uma palavra chave para outros fabricantes, que veem na velocidade de inspeção de tráfego um requisito importante. Afinal, assim como todo sistema de processamento, quanto mais serviços um firewall suporta, menor tende a ser a performance. “Criamos uma solução com até 128 processadores em uma única máquina, para que não haja queda de desempenho”, explica Douglas rivero. “Temos uma plataforma muito robusta, que permite gerenciar outros sites com controle e a atribuição de regras em um único ponto, não importa o tamanho da rede.”

Os motores de inspeção também recebem grande atenção das empresas, conforme o tráfego de aplicações com

potencial de risco elevado se torna comum nas redes corporativas. “As redes sociais, por exemplo, precisam de mais controle”, pondera Sanchez, da Barracuda. “Com o passar do tempo o acesso a produtos online ficou maior, mas mais controlado. Essas ferramentas estão se tornando mais granulares, feitas sob medida. Um colégio, por exemplo, pode restringir acesso a conteúdos não educacionais, e assim também em outros setores.”

CompetiçãoCrescendo a altas taxas em todo o

mundo, o mercado de aplicações de segurança de rede encontra terreno particularmente fértil no Brasil. A Dell SonicWall, por exemplo, registra crescimento global em torno de 25% ao ano, enquanto por aqui, nos últimos três

anos, supera 50%. “Essa taxa tende a permanecer maior que o mercado porque a maturidade não foi atingida ainda pelas pequenas e médias empresas da América Latina”, explica rivero. “Existe muita confusão sobre o que realmente é segurança, e pelos próximos anos a quantidade de investimento nas empresas no País, além do interesse internacional, será outro fator de impulso.”

Para Adam McCord, diretor de vendas para América Latina e Caribe da Palo Alto Networks, o Brasil possui um mercado muito dinâmico não apenas na área de tecnologia. “Dada a natureza dinâmica e inovadora das organizações brasileiras, vemos um grande potencial no mercado”, diz o executivo, cuja empresa inaugurou operações no mercado nacional em junho.

Mas que grandes diferenças podem ser observadas entre o mercado global e o nacional? “O mercado é diferente, mas a necessidade é igual”, pondera Sanchez, da Barracuda. “A proteção que você precisa nos EUA, Alemanha ou Brasil é a mesma. Mas a América Latina ainda precisa de mais cultura entre os diretores de TI, que não conhecem todas as novas ferramentas que existem para proteção, gestão, otimização de banda etc. Isso significa falar com os clientes e explicar a diferença entre os firewalls de dois anos atrás e os de hoje.”

MundoGlobalmente, as participações de

mercado combinadas dos cinco maiores fornecedores globais de appliances de segurança aumentaram para 50,7% no primeiro trimestre de 2012, segundo a IDC. A Cisco continua liderando com participação de 18,4% da receita, enquanto a Check Point ficou em segundo lugar com quota de 12,7% e receita 25,9% maior.

A Juniper foi o único dos grandes fornecedores que perdeu participação (0,7%) e teve um aumento de receita modesto (+0,8%). McAfee e Fortinet ganharam cerca de meio por cento de share em relação ao mesmo período do ano anterior, ambas com forte crescimento de receitas (18,1% e 24,2%, respectivamente).

O segmento de firewalls/vPN foi o que obteve o maior crescimento de receita (23,3%, correspondente a 28,3% do mercado total de appliances de segurança) no trimestre. Isso se deve em grande parte ao crescimento da Cisco e ao forte trimestre em SrX da Juniper, apesar da redução em outras partes do portfólio. O mercado de Unified Threat Management (UTM) representou 28,5% de receitas e cresceu 12,2%.

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“A segurança não está mais dentro da caixa forte, em que estão as joias da família, mas também se expandindo através das redes”SANCHEz.BARRACUDA

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>infraestrutura

sistemas de automação e gerenciamento a distância atraem atenção de provedores de serviços e de empresas com data centers próprios. o foco é a redução de custos e dos riscos de falhas

JACKElINE CARVAlHO

redes sociais, dispositivos móveis, e-commerce aquecido. A sociedade digital está em plena atividade e crescendo motivada

pelas novas tecnologias e mudanças de comportamento principalmente na geração e consumo de informação, agora com muito mais imagens. Só para citar um exemplo, o comércio online no Brasil somou US$ 9,8 bilhões em 2011, mas deve crescer a uma taxa composta média anual de 18%, três vezes mais rápido se comparado às vendas totais do varejo, e alcançar o patamar de US$ 22 bilhões em menos de quatro anos, segundo estudo da Bain & Company, empresa de consultoria estratégica.

Outro dado: de acordo com o Centro de Estudos em Private Equity e venture Capital da FGv-EAESP, o comércio eletrônico no Brasil deve crescer 25% em 2012 e mais 23% em 2013. Cerca de 33% dos brasileiros têm acesso à internet em casa e quase a metade deles utiliza banda larga, um número que deixa o Brasil em 63º lugar no ranking de 154 países, atrás da Grécia, rússia e Argentina. E coloca o país exatamente em cima da média mundial de acesso à internet, com um contingente que gera e consome informação armazenada em servidores de empresas aqui no Brasil ou no exterior.

Esse alto volume de dados preocupa não só as empresas que

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data centers acionam opiloto automático

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administram diretamente a informação, como o crescente mercado de provedores de serviços de data centers. Eles precisam dimensionar a infraestrutura que vai suportar a atual demanda, além de uma necessidade ainda desconhecida, mas que já se sabe enfrentará sazionalidades. E por isso intensificam os investimentos na computação em nuvem, como forma de atender a empresas de pequeno e médio portes, principalmente, e corporações que começam a testar o modelo como segunda opção de processamento e como forma de transbordo de demanda.

“A dona Luiza (Luiza Helena Trajano, presidente da Magazine Luiza), me liga horas antes das promoções para saber se os servidores estão preparados para a demanda”, conta Gil Torquato, CEO do UOL Diveo, ao exemplificar a maneira como os serviços de data center vêm sendo utilizados no País e no mundo.

Aliás, segundo o Gartner, os gastos nessa área manterão uma trajetória de crescimento rápido nos próximos anos, conforme as empresas transferem seus recursos de TI para a nuvem. São esperados cerca de US$ 109 bilhões, em 2012, em investimentos em serviços públicos de nuvem, mais de US$ 91 bilhões em comparação a 2011. Em 2016, os gastos de cloud computing devem alcançar US$ 207 bilhões.

A terceirização é o serviço de nuvem mais comum para as empresas, mas como elas estão mais familiarizadas com o conceito, a tendência, de acordo com o Gartner, é que também outras partes dos data centers sejam transferidas para cloud computing.

“Os clientes hoje buscam maior eficiência dos DCs por pressões de demanda de TI, custos e flexibilidade. É preciso ser flexível para atender ao negócio”, indica Flavio Duarte, executivo de serviços de data center da IBM. Ainda segundo o Gartner, os processos de outsourcing, também conhecidos como “Process-as-a-Service” (Processo como serviço, na

tradução literal), acumularão algo como US$ 84 bilhões, contra US$ 72 bilhões em 2011, e as projeções mostram que este valor chegará a US$ 145 bilhões. Trata-se do segmento com maior demanda, apesar de também haver registros de investimentos em SaaS, IaaS e PaaS – Software/Infraestrutura e Plataforma como serviço.

Além de se prepararem para a alta demanda, com os cuidados das entressafras, os provedores de serviços de data center enfrentam outros desafios igualmente importantes ao negócio: modernização, gerenciamento e evolução, como define a Intel. A primeira melhora a eficiência tanto em consumo de energia, como no armazenamento e no desempenho das redes usadas para conectar servidores e racks.

“Sem gerenciamento, o data center passa a ter que se preparar para o pior, para um cenário mais crítico. Quando se gerencia, se trabalha em cima de fatos e não sobre o cenário pior”, pontua reinaldo Affonso, diretor de desenvolvimento tecnológico da Intel, completando que a evolução inclui a quebra de alguns paradigmas da construção de data centers, agora com níveis mais elevados de eficiência e baixo custo.

Segundo o estudo sobre a Administração da Infraestrutura Física Unificada elaborado pela Panduit, a

NElSON MENDONçA, DA AlOG DATA CENTERS: NO MODElO DE NEGóCIO, A EMPRESA OCUPA ESPAçOS GRANDES, MAS ATIVA AS MáQUINAS DE ACORDO COM A DEMANDA

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F undada em 1995, em Uberlândia, a Valecard, empresa do segmento de meios eletrônicos de pagamento, serviços de gestão de benefícios,

convênios e frota, registrou um rápido crescimento de suas operações em todo território nacional e, consequentemente, o volume de dados de suas transações. Desta forma, a empresa sentiu a necessidade de promover a disponibilidade de suas informações e maior performance em seu parque tecnológico.

Para isso, optou pela aquisição do servidor Exadata Quarter Rack da Oracle, voltado a armazenamento de dados, disponibilidade, escalabilidade, redução de custos e segurança. O processo de implantação, que teve início em 1º de janeiro, foi feito pela Ação Informática, distribuidora multinacional brasileira de valor agregado, por indicação da Oracle, que realizou o diagnóstico do cliente e análise para dimensionar o processo de forma adequada. Realizada em etapas, a implementação incluiu a entrega e migração de

todos os bancos de dados da Valecard para o Exadata.“Manter o ambiente funcionando durante o maior tempo

possível sem indisponibilidades ou demora em responder os clientes é um pré-requisito para nosso negócio. Precisávamos manter a resposta dos dados com maior velocidade, além de ter uma estrutura que nos permite crescer a nossa base de clientes com estabilidade na velocidade que nossa empresa cresce”, explica Jose Geraldo Ortigosa, diretor de operações da Trivale – Valecard.

Dois meses após o término do projeto, a Valecard já registra uma diferenciação estratégica para o negócio. A velocidade das transações da empresa alcançou aprimoramento de 50% a 90%, e o tempo de parada ou indisponibilidade do sistema não registrou qualquer parada. Em termos de energia e espaço físico, a empresa reduziu três racks para um. “Nosso plano tem a preocupação de comprar pacotes fechados que ocupem o menor espaço e consumam menos energia elétrica”, conclui Ortigosa.

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>infraestrutura

1 8 T I I n s I d e | j u l h o d e 2 0 1 2

maioria dos data centers, no entanto, não possui informações básicas necessárias para administração e tomada de decisão, como a magnitude do gasto de energia, a forma mais adequada para usar eficientemente o recurso e as estratégias para reduzir a conta de energia elétrica.

“A falta de controle e de gerenciamento constante (24x7) nesse ambiente é um problema crítico, especialmente quando se consideram as interdependências que existem dentro dos data centers e entre eles e a rede de TI da empresa”, declara Jorge de la Fuente, diretor de vendas técnicas da Panduit.

Um dos resultados da automação e gerenciamento, segundo Affonso, da Intel, é a possibilidade de configuração modular do ambiente de forma a reduzir investimentos e combinar equipamentos menores

para ter um nível de serviço adequado, além de obter um melhor nível de eficiência energética.

“A principal vantagem é não investir tudo de uma só vez, ou seja, alinhamos o investimento ao retorno dos clientes”, preconiza Nelson Mendonça, diretor de operações da Alog Data Centers. Em seu modelo de negócio, a empresa ocupa espaços grandes, mas ativa as máquinas de acordo com a demanda e, dessa forma, Mendonça explica que tanto e energia quanto espaço são administrados para evitar perdas.

SaaraFabricantes, consultorias e

provedores de serviços concordam que o custo de refrigeração é um dos itens que mais pesam na planilha de gastos dos DCs. Por isso, todos investem em pesquisas que identifiquem modelos capazes de dispensar grandes equipamentos de ar condicionado, e a solução mais atual tem sido aumentar a tolerância ao calor dos servidores. O resultado

são máquinas suportando até 40º de temperatura. Óbvio que não estamos falando de uma temperatura constante, mas se forem equilibrados

equipamentos novos e antigos, é possível configurar um ambiente de refrigeração menos rigoroso, acreditam os especialistas.

A Intel categoriza o consumo de energia no item evolução e tem feito vários estudos para observar os

limites aos quais os servidores podem ser expostos. Um deles é o limite da temperatura total do DC, que atualmente está em 21ºC, em média, mas alguns testes indicam a possibilidade de se chegar a 35ºC, quando o sistema é gerenciado adequadamente. Um dos estudos feitos pela companhia indica que cada grau de elevação da temperatura média do DC representa 4% de redução no consumo de energia. Gerenciando os corredores quentes e frios, já consegue, aqui no Brasil, operar a temperaturas de 24ºC, acima da média de mercado.

ReestruturaçãoEspecialmente atenta os gastos, a

Eugênio Publicidade, empresa que atua há 22 anos no mercado de marketing imobiliário, aderiu ao processo de virtualização com o objetivo de reduzir despesas referentes à energia elétrica, espaço físico e compra de equipamentos, aumentar o desempenho dos serviços, a disponibilidade das informações e atualizar o ambiente tecnológico.

“A infraestrutura anterior não atendia as demandas recebidas pela área de TI. Tínhamos um ambiente tecnológico desatualizado que não comportava o crescimento”, comenta Alexandre Parracho, gerente da área de TI da Eugênio Publicidade. Em 2011, o projeto de virtualização foi iniciado em quatro servidores, chegando a nove máquinas virtualizadas, inclusive aquelas de missão crítica, rodando diversos sistemas operacionais, como Windows Server 2008 r2, Linux e aplicações variadas. “O grande desafio era fazer a reestruturação com otimização dos investimentos”, diz Parracho.

Na escolha da tecnologia, a empresa considerou aspectos de disponibilidade, confiabilidade, integridade, gerenciamento de recursos, compatibilidade e mão de obra especializada. A tecnologia da vMware foi a escolhida, representada pela OS&T Informática, consultoria especializada em soluções de segurança e alta disponibilidade da informação.

Também foram ampliados os sistemas de backup, que refletiram na disponibilidade, independência de

“seria difícil hoje um provedor de

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hardware e redução de 45% no custo de manutenção, tanto para as máquinas virtuais quanto para os hosts e maior nível de segurança, ou seja, os dados ficam armazenados em discos.

Como resultado, a empresa registra diminuição do consumo de energia elétrica, por não existirem mais CPUs em excesso. “Além da redução de consumo por parte do sistema de refrigeração”, acrescenta Sergio Leandro, diretor executivo da OS&T Informática.

Novas comprasNo mapeamento feito pela Intel o

termo modernização se traduz na política de substituição de servidores para ganhar eficiência. Dependendo do data center, a fabricante indica que a troca ocorra ao menos a cada 36 meses, mas diz que há DCs aposentando servidores com 24

meses de uso. Outra área de modernização, também assimilada pela Eugênio Publicidade, é a de armazenamento (storage), classificado como um grande gerador

de consumo de energia. “Novos discos rígidos, mesmo que menores, garantem mais performance e menor consumo de energia”, defende reinaldo Afonso, da Intel, ao explicar

Maior empresa de Medicina Diagnóstica da América Latina e a quarta maior do mundo, oferecendo mais de 3 mil tipos de exames laboratoriais e

diagnósticos por imagem, a DASA tem ampliado sua presença no país por meio de expansão orgânica, complementada pelas aquisições de empresas no setor. Como resultado, detém atualmente mais de 26 marcas distintas, presentes em 13 Estados brasileiros e no Distrito Federal. Mas, sua atuação é ainda maior, já que além das unidades próprias, presta serviços de apoio a cerca de quatro mil laboratórios em todo o Brasil, por meio da marca Álvaro, e opera para o Setor Público, por intermédio da marca CientíficaLab.

No segmento de análises clínicas, as amostras são coletadas nas mais de 520 unidades de atendimento e analisadas em 11 laboratórios centrais. Em diagnósticos por imagem, os exames são avaliados por médicos de acordo com a especialidade, bem como a produção dos laudos.

“A produção de exames de análises clínicas e imagem, que hoje supera a marca de 200 milhões por ano, não seria alcançada sem uma ampla utilização de infraestrutura tecnológica e sistemas automatizados, portanto a TI exerce um papel importante como driver de inovação, expansão e busca contínua de aumento de produtividade”, diz o CIO da DASA, José Otávio Garcia.

Para acompanhar a expansão do negócio, a DASA precisava ampliar seu data center, com nova infraestrutura computacional e equipamentos de rede. O local anterior oferecia dificuldades nos aspectos de refrigeração e sistemas de detecção e combate a incêndio. Após uma série de estudos e avaliações, optou-se pela aquisição de um DC que pudesse ser utilizado em regime de produção ou contingência, além de oferecer todos os requisitos de refrigeração, fornecimento de energia elétrica redundante e proteção contra incêndio, aliado à facilidade de transportá-lo para outra localidade.

A solução da HP foi submetida a uma análise frente a outros concorrentes e demonstrou ser a melhor opção para a DASA. Assim, o POD (Performance Optimized Data Center) será o principal Data Center da empresa durante a construção de um novo centro de dados no Rio de Janeiro, e a primeira instalação dessa solução da HP na América Latina. Ainda em 2012, os principais sistemas terão redundância em locais distintos, e em 2013, serão dois data centers: um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.

Para compor o ambiente foram instalados, além do POD, cabeamento interno, Enclosure HP Blade C7000, lâminas Blade BL460c e Integrity BL860c i2, e foi feita a mudança dos servidores do antigo DC para o atual.

A HP venceu a concorrência devido ao prazo de entrega, além de ter oferecido uma solução turnkey, contemplando obras civis, implantação, startup e moving dos servidores. “Somado a isso, o POD era o equipamento com maior capacidade de refrigeração e alimentação de servidores, bem como mais completo nos aspectos de segurança física e proteção contra incêndio”, diz Garcia.

Os resultados do projeto ainda estão no nível da qualidade: a duplicação do DC reduziu de forma significativa o risco de paradas não programadas. “E a substituição dos servidores nos trouxe maior capacidade de entrega para novas demandas, bem como melhor desempenho para as principais aplicações”, acrescenta Garcia.

A expectativa, segundo ele, é de redução no consumo de energia elétrica devido ao fator PUE (Power Usage Effectiveness) do POD, que é da ordem de 1.25. O PUE é um fator encontrado pela divisão do número de watts necessários para alimentar e refrigerar um data center por inteiro, pela potência consumida apenas pelos equipamentos de TI. “A renovação de todos os servidores para modelos blade também trouxe maior eficiência energética”, acrescenta o CIO.

o Data CENtER Da SaúDE

DESaFIoS DoS DCsPesquisas anuais com CIOs ou responsáveis por data centers (DCs) em todo

o mundo identificaram as seis grandes preocupações do segmento:

Crescimento dos dados, não só do volume, mas a necessidade de suportar e analisar informações em tempo real;

E de energia e de espaço - recursos cujos custos crescem ao longo do tempo. Em vários países vive-se hoje uma época não só de grande preocupação com sustentabilidade ambiental, com o governo intervindo para melhorar a eficiência energética, mas também de forte pressão pela redução de custos;

Cloud privada e pública. É preciso estabelecer metas para o que fica dentro da empresa e o que é terceirizado;

Como lidar com o legado. De que maneira consegue modernizar este legado e aplicar as novas tecnologias;

Identificar as necessidades das áreas de negócio e traduzir os elementos do data center.

Fonte: Gartner

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>infraestruturaque os discos maiores geram mais calor e consomem muita energia.

Também a Locaweb vem lançando mão das novas tecnologias par acompanhar o mercado sem sobrecarregar os investimentos. Nos últimos 12 meses, a empresa, por exemplo, absorveu mais de 5 mil servidores em cloud de clientes e igual número de máquinas próprias. Um aumento de quase mil servidores físicos, mas que se seguisse o modelo convencional máquina a máquina teria ultrapassado a capacidade física do data center. “Porém, ao contrário, estamos ocupando no máximo 20% do espaço”, comemora o presidente da companhia, Gilberto Mautner.

Segundo ele, ao projetar o segundo data center, inaugurado em 2009 – o primeiro entrou em operação em 2006 --, a Locaweb já sabia que precisaria extrair “o máximo de desempenho por servidor, por rack e por espaço físico”, o que coincidiu com o conceito de cloud computing. “A partir desta tecnologia é possível atingir bom desempenho de forma mais eficiente”, defende o empresário.

alta densidadeMautner diz que um dos

diferencias da estrutura adotada há três anos é a alta densidade, e defende que, enquanto os demais data centers concentram no máximo 2 kvas por rack, o ambiente da Locaweb chega a 12 kvas. Por causa da alta performance, Mautner diz que o data center é capaz de rodar 64 lâminas blades por rack, fazendo um aproveitamento muito mais intenso do espaço em disco.

Além disso, a empresa usa e abusa das tecnologias multiprocessadas, chegando a ter dois processadores com seis núcleos em cada servidor blade, o que totaliza 12 lâminas. “Em cima disso entra a virtualização, que acontece em 10 a 20 máquinas, chegando a uma capacidade de aproximadamente 20 mil equipamentos virtuais por rack”, calcula Mautner, acrescentando que cada máquina virtual equivale a um computador de cinco anos atrás.

“É um desenho que começa desde a concepção física do data center, vai para escolha do servidor e se encerra com o uso de tecnologia

de cloud. A concentração de processamento por lâmina ocorre também no nível de memória, reforça o presidente da Locaweb, segundo o qual o cloud computing reduz o consumo de energia de 90% a 95%.

Para Mautner, “seria difícil hoje um provedor de data center fazer um desenho sem alta densidade, mas é igualmente complexo trabalhar com alta densidade em conceitos de computação antigos. Com certeza os

operadores mais focados em colocation não conseguem atingir este mesmo grau de aproveitamento e consumo, justamente porque o conceito de colocation provoca um investimento alto sem aproveitamento da base ociosa”.

visão com a qual concorda Fabiano Droguetti, diretor de soluções e tecnologia da Tivit: “virtualização e cloud computing viabilizam o crescimento. Sem esses conceitos, ficaríamos com todos os data centers totalmente ocupados em pouco tempo e com custos altíssimos. Essa é uma forma de equilibrar um pouco a conta. Há demanda num ritmo forte, mas a tecnologia segura um pouco consumo de espaço físico e de energia elétrica”.

GestãoProjeto, aquisição e integração de

equipamentos são importantes, mas os especialistas também enfatizam a rotina do data center como diferencial competitivo de eficiência. Isso porque a tendência é de uso excessivo de ferramentas de automação, de forma que os DCs tenham a menor intervenção humana possível, já que “70% das interrupções de um data center ocorrem por falhas humanas”, indica Flavio Duarte, executivo de serviços de data center da IBM.

Henrique Cecci, analista do Gartner, reforça que o DC de hoje é mais denso, mais vertical, e tem maior quantidade de kva por rack, equivalendo a 1/3 ou a metade de um tradicional. “Lida-se mais com capacity planning e aprovisionamento”, completa.

Como são os centros de dados da T-Systems. A construção seguiu o modelo de modularidade, com a primeira fase inaugurada em janeiro de 2011. “Assim que registrarmos demanda, ativamos as próximas duas salas”, tranquliza André Almeida, líder da área de computação e soluções de serviços T-Systems. Todo o investimento, segundo ele, foi orientado à racionalização do consumo de energia, privilegiando a virtualização de servidores hoje presente em 75% do ambiente.

Outro diferencial dos tempos modernos são as ferramentas de

FABIANO DROGUETTI, DA

TIVIT: “SEM VIRTUAlIzAçÃO E

ClOUD COMPUTING VIABIlIzAM O

CRESCIMENTO, FICARíAMOS COM

TODOS OS DATA CENTERS

TOTAlMENTE OCUPADOS EM

POUCO TEMPO E COM CUSTOS

AlTíSSIMOS

Líder da oferta de data center da PromonLogicalis, Daniel Domingues, avalia que o Brasil

vive, hoje, um ciclo de altos investimentos fortes, com expansão de data centers em paralelo à adoção de novas tecnologias. Para ele, já se registram algumas ofertas de nuvem públicas, porém em menor número se comparado ao mercado norte-americano.

Domingues diz que cloud privada e virtualização são predominantes nos novos projetos. Há também estudos de Unified DC – para a integração de redes de servidores e de storage em um único ambiente. Outra tendência observada pela integradora são as mudanças tecnológicas provocadas pela onda de consumerização. “O CIO passa a se preocupar com o acesso a partir de outras plataformas”, pontua Domingues.

VaI PRa oNDE?

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DCIM (Data Center Infrastructure Managment) – uma espécie de sensores que relatam, em tempo real, os pontos de calor, para fazer a melhor gestão possível de cada elemento do DC e evitar desperdício com refrigeração. “Usando essas ferramentas e as boas práticas de gestão de calor e de energia, consegue-se reduzir entre 30% a 40% o consumo”, reforça Cecci.

Nessa linha de automação, o UOL Diveo adotou em suas duas plantas as ferramentas de gestão da CA, para controle energético e da infraestrutura periférica, além de ter outros sistemas que monitoram o seu próprio parque instalado e os computadores dos clientes. Assim, José Peyon, diretor de marketing e alianças estratégicas, diz que o nível de intervenção humana nos data centers da companhia não ultrapassa 10%, estando restrito a um grupo de técnicos que acompanham os clientes de colocation. “Temos aproximadamente 600 pessoas na área de operações, mas fazendo acesso remoto”, pondera.

Após a reformulação do data center brasileiro, a inglesa Lógica contabilizou 18% de economia de energia ao adotar uma configuração de corredores quentes e frios, trocar

equipamentos que consumiam 25 kvas por máquinas que tem capacidade 1,5 vez maior que anterior e consomem 6,5 kvas. Em storage, um equipamento de 40TB, que consome 25 kva está sendo trocado por outro de 100TB. “As máquinas com três anos de uso estão sendo substituídas e uma das pontuações da rFP é a parte de consumo de energia e de espaço no DC. Desde o final do ano passado já economizamos quase 150 kvas de

energia, com a substituição de algo entre 30% e 40% de capacidade do data center”, afirma Élcio Zaninelli é diretor de infraestrutura da Lógica.

A automação do ambiente é feita pelos sistemas IBM Tivoli, por uma plataforma baseada em software livre e também pelo SAP Solution Manager. Duarte, da IBM, conta que uma das prioridades da big blue é ter um command center capaz não apenas de monitorar os data centers, mas de oferecer ferramentas que permitam intervenções em tempo real e remotamente – como rebut de máquina. “O Tivoli abrange diversas camadas”, acentua.

Também preocupada com a gestão dos data centers, a Intel incluiu em sua nova família de processadores a tecnologia Node Manager, que informa, em tempo real, o nível de consumo de energia para o software de gerenciamento. “A grande sacada é que a maioria dos DCs definem que terão 1 kva para cada rack, planejando pelo pico o consumo de energia. Quando passa a monitorar, pode determinar que um rack, por exemplo, não pode passar de 5 kvas”, exemplifica reinaldo Affonso, ao revelar que, há quatro DCs testando essa tecnologia no Brasil.

HENRIQUE CECCI, DO GARTNER: O DATA CENTER DE HOJE É MAIS DENSO, MAIS VERTICAl, E TEM MAIOR QUANTIDADE DE KVA POR RACK, EQUIVAlENDO A 1/3 OU A METADE DE UM TRADICIONAl

A Level 3 Communications lançou Dynamic Enterprise Computing, um novo serviço de data center na América Latina. A solução de Hosting gerenciada

oferece aos clientes flexibilidade para definir suas necessidades de recursos computacionais e pagar conforme o uso, enquanto garante a disponibilidade desses recursos.

Com a crescente confiança em soluções com base em nuvem para aplicativos essenciais, as empresas exigem não apenas a flexibilidade de soluções tradicionais de nuvem, como também a tranquilidade de que os serviços de hospedagem funcionarão quando mais são necessários. As soluções tradicionais de nuvem oferecem aos clientes serviços on-demand (mediante solicitação) e preços com base em utilidade, mas nem sempre garantem disponibilidade do recurso nem oferecem desempenho de rede seguro, de ponta a ponta.

“O novo serviço da Level 3, Dynamic Enterprise Computing, é basicamente uma forma inovadora de visão do fornecimento de serviços de data center”, disse Leonardo Barbero, senior vice president e chief marketing officer da Level 3 na América Latina. “Com este modelo, os clientes da Level 3 na região podem aperfeiçoar seus recursos conforme crescem suas necessidades de

negócios, melhorar a eficiência através da alocação de recursos onde são necessários, e aumentar sua segurança aproveitando os serviços de hosting de um provedor dedicado a proteção de ponta a ponta. O Dynamic Enterprise Computing da Level 3 oferece a nossos clientes um ambiente seguro de computação empresarial em plataforma altamente disponível, unindo a flexibilidade e a garantia de recursos que as empresas têm procurado quando escolhem uma infraestrutura como solução de serviço.”

O Dynamic Enterprise Computing é projetado para oferecer elementos de computação virtual, armazenamento e segurança com estrutura revolucionária para clientes, que combina a certeza de disponibilidade de recurso de computação com um modelo dinâmico de precificação com base em consumo do recurso. Em acréscimo, o novo serviço não limita a disponibilidade do recurso quando a necessidade excede a expectativa, permitindo que os clientes cresçam rapidamente, ou burst, no consumo de recursos de computação para atender as necessidades do negócio à medida que crescem. A solução também fornece serviços gerenciados para sistemas operacionais e bancos de dados.

PaGamENto PoR CoNSumo GaNHa FoRça

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>artigo

Quando se ouve o termo “Business Inteligence”, ou simplesmente BI, é comum associarmos a uma infraestrutura

que seja capaz de processar e gerar relatórios a partir de informações de negócio, que por sua vez são obtidas de diferentes fontes e consolidadas em uma grande base de dados.

O conceito de BI não é recente. Em 1958 o pesquisador Hans Peter Luhn definiu “Business Inteligence System”, em um artigo do IBM Journal of research and Development, como sendo um sistema automático para disseminar informação aos vários setores de qualquer organização industrial, científica ou governamental.

No ambiente altamente competitivo atual, o uso eficiente de informações coletadas de diversas fontes e armazenadas em sistemas de BI se transformou em um diferencial ou mesmo uma questão de sobrevivência para as organizações, evoluindo para o conceito de Business Analytics.

Para que as decisões de negócios sejam tomadas com maior rapidez e precisão as informações precisam estar disponíveis a qualquer momento. Além disso, tais decisões não estão mais restritas ao ambiente físico do escritório. Com a maior mobilidade da força de trabalho e a flexibilização na jornada, elas acontecem também nos clientes, nos aeroportos, na rua ou nas residências.

O surgimento de conexões de rede mais rápidas possibilitou aumentar a abrangência do acesso aos ambientes de analytics, suprindo

parte dessas necessidades. Mas foi o surgimento de smartphones e tablets que abriu as portas da mobilidade aos usuários, dando início ao analytics móvel. O Gartner estima que 33% dos acessos a esses sistemas em 2013 serão feitos por dispositivos móveis.

Executivos, gerentes, força de vendas e mesmo o suporte de campo aos usuários ou clientes são os maiores candidatos a usufruir de benefícios como:

• Acesso às informações de negócios, independente da localização, para embasar a tomada de decisões;

• O uso de telas multitouch, que permite novas formas de interação do usuário final. O uso de toques específicos na tela permite a adição de novas funcionalidades de consulta a relatórios, com menor necessidade

de treinamento aos usuários;• A geração de alertas em tempo

real nos dispositivos móveis, como um nível de estoque abaixo do limite mínimo, permite ações e decisões mais ágeis, reduzindo paradas em uma linha de produção;

• Facilidades de geolocalização por meio da triangulação de antenas de telefones celulares, GPS ou redes Wi-Fi. Isso permite que um vendedor gere relatórios específicos a partir da sua localização, como por exemplo o perfil de consumo da população da região em que ele se encontra. Ou que uma central de atendimento determine qual técnico de campo está mais próximo de um cliente e com isso agilize o atendimento.

Já é possível que dispositivos móveis atuem como um canal para alimentar o sistema de analytics com novas informações. Por exemplo, um texto ou uma pergunta pode ser gravada, enviada e comparada com outras informações das bases de dados (text e audio mining).

O analytics móvel é ainda recente e segue a tendência de um mundo em que as pessoas estão permanentemente conectadas. A sua implementação tem capacidade disruptiva nos processos das organizações e deve ser muito bem planejada, para que a agilidade e os benefícios de negócio esperado sejam de fato alcançados.

já é possível que dispositivos móveis atuem como canais de informação para sistemas corporativos

Analytics ao alcance dos dedos

*Paulo Henrique S. Teixeira é Gerente de Soluções Técnicas da IBM Brasil, com 20 anos de experiência em tecnologia de informação, formado em Ciência da Computação pela Unicamp com MBA em Gestão Empresarial pela FGV e arquiteto de TI certificado pela IBM.

O ANAlyTICS MóVEl É AINDA RECENTE E

SEGUE A TENDêNCIA DE UM MUNDO

EM QUE AS PESSOAS ESTÃO

PERMANENTEMENTE CONECTADAS

PAUlO HENRIQUE S. TEIxEIRA

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Seja destaque no futuro móvel.

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2 4 T I I n s I d e | j u l h o d e 2 0 1 2

>internet

Muito mais do que um simples fenômeno de migração entre o mercado consumidor e o corporativo, a

entrada dos tablets e smartphones pessoais nas empresas significa a inserção de uma ferramenta de negócios genuína, capaz de tornar mais fácil a vida dos colaboradores ao mesmo tempo em que aprimora a produtividade e gera ganhos de todo tipo. Não faltam números para comprovar a tese.

A maioria das organizações brasileiras (67%) está tornando as aplicações de negócios disponíveis remotamente, segundo uma pesquisa sobre o estado da mobilidade nas empresas, feita pela Symantec. Boa parte delas (79%) considera inclusive criar lojas de aplicativos próprias, para consumo dos colaboradores.

Outra pesquisa, dessa vez realizada pela especialista em soluções de mobilidade Mowa, descobriu que, em 2011, as grandes empresas que atuam no Brasil se tornaram cada vez mais móveis, utilizando essas aplicações para comunicação e relacionamento com os consumidores. Houve aumento de 50% em relação à pesquisa de 2010, de 5% para 7,5%.

A SAP, grande fornecedora global desse tipo de solução, entrevistou 300 empresas de todos os portes para compreender o grau de adoção e maturidade das melhores práticas na área de mobilidade e o impacto da tecnologia sobre o desempenho das empresas. O relatório mostrou que as organizações mais maduras na área de mobilidade crescem três vezes mais (10,8%) que o mercado (3,4%). Da mesma forma, o

exemplo, agrega softwares e serviços projetados para aprimorar os ambientes móveis das empresas, incluindo

dispositivos como notebooks, smartphones e tablets. Esse conjunto de soluções tem como base a Worklight,

empresa recentemente adquirida pela IBM para o desenvolvimento de

aplicativos, integração, segurança e gestão no ambiente móvel.

“Cada vez mais as empresas vão além de suas fronteiras tradicionais de

TI. Nossas últimas ofertas são mais um passo neste sentido e vamos oferecer aos clientes tudo o que precisam para operar dispositivos móveis em seus negócios e usá-los para transformar a maneira como interagem com seus clientes, parceiros e funcionários”, explica Paulo Souza, gerente de websphere da IBM Brasil.

A suíte de soluções de serviços para mobilidade da Unisys leva em conta a mesma necessidade de gerenciar, proteger e oferecer suporte a dispositivos móveis e aplicações. Uma vez que os CIOs estão sendo forçados a adotar

Pesquisas mostram vantagens da consumerização, enquanto desenvolvedoras de soluções apostam cada vez mais no setor

MARCElO VIEIRA

Aplicações móveis: mais produtividade,colaborador satisfeito

principal grupo de organizações tem margem operacional mais que duas vezes maior (14,8%) em relação à média do mercado (5,9%).

Acessa-se nesses dispositivos móveis corporativos principalmente emails, mensagens, relatórios e ferramentas de colaboração, caso de 23% dos usuários. As companhias que estão entre as 25% com mais funcionários móveis alcançaram nível de produtividade por trabalhador até 43% maior do que o grupo de 25% que menos habilitaram esse tipo de acesso, indica o estudo da SAP.

MigraçãoSabendo que os dispositivos serão

parte importante dos sistemas corporativos futuros, não é de se estranhar que cada vez mais empresas invistam em portfólios de mobilidade. Em junho, corporações como IBM e Unisys anunciaram suas ofertas no Brasil.

O IBM Mobile Foundation, por

67% das organizações brasileiras estão tornando as aplicações de negócios disponíveis remotamente

79% considera inclusive criar lojas de aplicativos próprias, para consumo dos colaboradores

7,5% das grandes empresas no Brasil se tornaram mais móveis

Fonte: Symantec e Mowa

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rapidamente a mobilidade, formas eficientes de gestão e suporte aos usuários se impõem, desde que mantendo a segurança dos dados e a oferta de recursos de natureza sensível.

“A revolução da mobilidade está alterando a forma de trabalho, como as pessoas se conectam e, sobretudo, a expectativa por produtos e prestadores de serviços”, explica Terry Hartmann, vice-presidente global de soluções de segurança da Unisys. “As empresas precisam se mover rapidamente para responder a essas novas exigências ou correm o risco de serem deixadas para trás.”

O gerente de soluções de mobilidade da SAP Brasil, Fabian valverde, tem opinião parecida. Para ele, todos os CIOs estão nesse momento buscando a melhor maneira de disponibilizar as aplicações móveis. “Aqueles gestores que resistirem ou receberão pressão dos funcionários para finalmente ceder, ou eventualmente serão substituídos por alguém que esteja acompanhando o processo. Mesmo porque os ganhos são muito grandes e, se ele considerar o rápido retorno sobre o investimento, não há motivo algum para não migrar. Diria que é só questão de tempo para que todas as empresas utilizem aplicações móveis.”

Para que se tenha ideia do tamanho dos investimentos na área, a SAP possuía, no fim de 2011, cerca de 200 aplicações disponíveis. Até o fim de 2012 esse número ultrapassará 1 mil.

aplicaçõesA partir do momento em que o CIO

permite aos colabores utilizarem dispositivo aplicativos móveis pessoais no ambiente de trabalho, é provável que ele também comece a disponibilizar aplicações para que o movimento de consumerização seja melhor aproveitado. Diferentes tipos de aplicações se encaixam em cada processo de negócio, conforme explica o gerente da SAP: “em recursos humanos, por exemplo, temos aplicações de solicitação de reembolso, aprovação e pedido de férias, apontamento de horas extras etc. Todos os processos burocráticos da empresa feitos em papel podem migrar para os dispositivos móveis.”

Um ponto bastante positivo, segundo o especialista, é que a adesão dos colabores é massiva e quase instantânea, uma vez que eles já usam aplicativos na vida pessoal. “Se a empresa lançar uma aplicação de reembolso, por exemplo, é

se pensava em aplicações móveis para funcionários remotos. Mas as empresas verificam que é possível usá-las em todos os processos internos, dos mais simples aos mais complexos, inclusive por pequenas e medias empresas”, pondera valverde.

Casos de sucessoNão faltam bons exemplos de

utilização de dispositivos móveis no campo corporativo. A concessionária de energia elétrica AES Eletropaulo, por exemplo, optou por um sistema de atendimento ao cliente por meio de mensagens de texto.

A Spring Wireless desenvolveu a solução que permite, entre outras coisas, solicitar segunda via de conta, religação de energia de urgência ou informar falta de energia elétrica. “Contatos que geralmente eram feitos via call center, congestionando linhas de atendimento para informações simples, agora são feitos por SMS de maneira bem mais rápida e com custo menor”, diz Yuri Fiaschi, diretor de novos negócios da Spring Wireless.

A AES Eletropaulo disponibilizou o atendimento por SMS há dois anos. Com o avanço da tecnologia e a receptividade da população, a distribuidora ampliou em 100% a capacidade do serviço em 2011. Atualmente, o sistema pode receber até 100 mil mensagens por dia e, automaticamente, envia uma mensagem de retorno aos clientes.

Com matriz em Ingelheim, Alemanha, e operação global com 142 afiliadas em 50 países, a Boehringer Ingelheim substituiu os notebooks de 200 consultores de prescrição médica no Brasil por smartphones que rodam um aplicativo de interação com o sistema de CrM. A solução adotada, chamada Mobi e integrada pela e-Deploy, permite aos representantes de vendas controlarem visitas médicas, acessarem cadastros e visualizem informações estratégicas.

“Com um dia a dia dinâmico e levando em conta o peso do notebook, a maioria dos profissionais de vendas acabava por deixar o equipamento em casa, fazia anotações e relatórios em cadernos e somente no fim do dia os inseria no sistema. Era um retrabalho”, diz Elton Silva, gerente de tecnologia da informação da Boehringer Ingelheim no Brasil.

Hoje, todas as informações inseridas na aplicação são gravadas no celular e sincronizadas com o servidor. “A adaptação foi imediata e a receptividade muito positiva, principalmente pela facilidade de uso”, diz Silva.

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de tempo para que todas as empresas utilizem aplicações móveis”FABIAN VAlVERDE, DA SAP

provável que o usuário passe a utilizá-la, pois ela é muito mais prática. É vantajoso para o funcionário e para a empresa, que acelera o processo de tomada de decisão e faz com que os usuários tenham acesso a informação em tempo real.”

No geral, e conforme a tipologia utilizada pela SAP, os aplicativos móveis corporativos se dividem em quatro tipos: de produtividade (que aceleram os processos internos das empresas e geram ganhos operacionais), de processos (utilizados por organizações que têm colaboradores remotos), analíticos (que permitem aos executivos visualizarem dados da empresa em tempo real, sem necessidade de consulta) e para consumidores (para empresas que utilizam aplicações na interação com o consumidor). “Até pouco tempo atrás só

“A adaptação foi imediata e a receptividade muito positiva, principalmente pela facilidade de uso”ElTON SIlVA, DA BOEHRINGER INGElHEIM

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“Minha expectativa é que a gente

entre em outra visão de câmbio, e que essa fase

não seja só um soluço”

BRUNO GUIçARDI, DA CI&T

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estudo encomendado pela Brasscom também revela que o Brasil se consolida como maior mercado da América latina, mas ainda sofre com falta de mão de obra qualificada

desoneração da folha já eleva exportação de TI

DANIEllE MOTA

A consultoria Prospectiva realizou um estudo – apresentado na 3ª edição do Encontro Nacional do Comércio Exterior de Serviços – que compara o

ambiente de negócios em seis países da Amércia Latina: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa rica e México. O relatório – encomendado pela Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), em conjunto com a Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos, APEX – evidencia números que comprovam o aumento da competitividade do Brasil dentro do mercado regional de serviços de TI.

O Brasil também se diferencia por apresentar, recentemente, os menores encargos trabalhistas diretos sobre a folha, além de um câmbio menos apreciado. “A primeira variável imposta na competição é o câmbio, e a volatilidade do câmbio afeta a competitividade no setor”, explica o sócio diretor da Prospectiva, Alberto Bueno, quem apresentou o estudo.

As mudanças brasileiras relacionadas aos encargos trabalhistas e ao câmbio foram realizadas a partir da proposta do Plano Brasil Maior, política industrial da presidenta da república, Dilma rousseff, lançada em agosto de 2011. “Minha expectativa é que a gente entre em outra visão de câmbio, e que essa fase não seja só um soluço”, declara o COO da Ci&T, Bruno Guiçardi.

A esperança de Guiçardi é justificada pela atual mudança prática vivenciada pelas empresas de TIC quanto às exportações. Segundo a

O Controller da TOvTS, Mark randi ramos Carvalho, concorda com os resultados gerados, mas faz uma ressalva contundente: “tivemos grande ganho, mas acho que somos deficientes em centros de tecnologia para formar mão de obra”.

Os entravesA entressafra da mão de obra

brasileira especializada em TICs não é apontada como problema apenas por Carvalho, mas um fato também evidenciado pelo estudo. O Brasil apresenta a maior oferta de empregos da região: atualmente, há 1,2 milhão de profissionais nas áreas de TICs. Todavia, a quantidade de formandos em cursos superiores, por ano, nesse segmento, é de apenas 85 mil.

E o paradoxo não se restringe a pouca quantidade de profissionais. “Fazemos testes básicos com 100/120 engenheiros e já houve vezes que não passou um aluno”, conta Guiçardi. A má qualificação dos profissionais de TIC foi um dos importantes pontos de discussão da terceira edição do ENAServ. O comentário iniciado por Guiçardi foi compartilhado também pelos outros empresários.

A falta de profissionais com proficiência no inglês é outro entrave acrescentado por Mônica. E o estudo também apresenta esse dado. No exame TOEFL, por exemplo, a pontuação média dos brasileiros, em 2010, foi 85 pontos. A máxima é 120. “Acho que teríamos que ter incentivo para cursos mais técnicos. Todos os países que investiram pesado em educação deram um salto, a gente não faz isso”, declara Mônica.

CEO Brasil da Stefanini IT Solutions, Mônica Herrero, antes, era necessário que a empresa fosse muito mais seletiva para fazer o processo de exportação. “Agora, a competitividade é maior”, declara Mônica. Ela ainda reitera que o grande ganho da Stefanini foi relacionado especificamente ao câmbio. “A desoneração foi um ganho também, mas temos muitos processos de inflação no nosso segmento”, explica.

No entanto, de forma geral, o saldo foi, de fato, positivo. O país se consolida com o número de US$ 23 bilhões de vendas, somados os números de mercado doméstico e exportações, que participa contribuindo com quase US$ 3 bilhões desse total. “Espero que a gente tenha descoberto uma política de câmbio duradoura, porque nessa montanha russa que a gente vive é difícil de competir”, afirma Guiçardi.

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EducaçãosUPlemento

O Brasil terá um déficit na área de TI de 280 mil profissionais em atividades de software e serviços de TI em 2020, se mantidas as atuais condições de

crescimento de receita, produtividade e capacidade de contratação de pessoal. É o que aponta o segundo volume do estudo “Software e Serviços de TI: A Indústria Brasileira em Perspectiva”, realizado pela Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (Softex) com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Os dados foram coletados entre 2003 a 2010.

Segundo o estudo, o quadro de escassez de mão de obra pode vir a ter um custo elevado. Considerada apenas a parcela de riqueza gerada por profissionais da área, em um período de 12 anos (2009 a 2020), a perda da receita líquida pode atingir R$ 115,4 bilhões. O relatório indica que haveria, até 2020, uma necessidade de contratação de cerca de 1,085

milhão de profissionais, que se somariam aos quase 460 mil do estoque de contratados no fim de 2008, chegando assim à demanda total de 1,545 milhão de profissionais em oito anos.

Empresas, universidades e institutos de ensino estão empenhados em ao menos minimizar o impacto do apagão da mão de obra em TIC. Reformulam aqui e ali seus currículos e criam cursos rápidos, com formação mais generalistas e seguindo demandas de mercado, para mais e mais disponibilizar mão de obra qualificada. André Abbade, professor da graduação e gerente de educação continuada do Inatel, que tem 28 laboratórios e parcerias com marcas como ZTE, Huaway, Ericsson e Asga, defende que “a aproximação com o mercado é o caminho para reverter o apagão de mão de obra.”

Com ele, uma vasta gama de escolas públicas e privadas compõe este caderno especial que a TI Inside preparou como forma de estimular decisões dos profissionais, das empresas e do próprio poder público, que precisa planejar cuidadosamente os passos futuros que vão sustentar o crescimento econômico do País, tendo o setor TIC como uma de suas alavancas.

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EMPRESAS, unIvERSIdAdES E InSTITuTOS dE EnSInO ESTãO EMPEnHAdOS EM MInIMIZAR O IMPACTO dO APAgãO dA MãO dE OBRA EM TIC. REfORMulAM CuRRíCulOS E CRIAM CuRSOS RáPIdOS E COMPATívEIS COM A ATuAl nECESSIdAdE. nESSE EMERgEnCIAl, MAS SEM MEnOSPREZAR A QuAlIdAdE. COnHEçA AS PRInCIPAIS OfERTAS dISPOnívEIS nO PAíS

MÃO ÚNICA: EDUCAÇÃO

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EducaçãosUPlemento

PorMartha Funke

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O comportamento do setor de tecnologia incentivou o surgimento de escolas, cursos e

vagas nos últimos dois anos. Também estimulou a diversificação de programas, inclusive com maior oferta de ciclos de curta duração ou voltados a tecnologias específicas. A expansão foi generalizada, mas atingiu principalmente as instituições particulares, menos desafiadas por empecilhos burocráticos ou jurídicos do que as públicas.

A faculdade de tecnologia Bandtec é fruto deste movimento. Surgiu há três anos dentro de um dos mais tradicionais colégios da capital paulista, o Bandeirantes, na esteira dos investimentos em infraestrutura tecnológica que apoiam o ensino médio. O objetivo é a formação de tecnólogos em cursos de dois anos e meio, com foco nas áreas de Análise e desenvolvimento de Sistemas, Bancos de dados e Redes. A criação de pós-graduações nas mesmas linhas está em estudos. “Tentamos acelerar (a formação de profissionais) com cursos de menor duração e formação prática”, diz o coordenador geral Maurício Pimentel.

A definição do projeto pedagógico, apresentada de antemão a grandes players de TI, gerou cursos com 2,2 mil horas de aulas, das quais 60% são cumpridas em laboratórios. As primeiras turmas se formam este ano. dos 210 alunos atuais, um em cada três tem formação superior em outra área e, destes, metade vê a TI como um complemento importante na carreira atual – o resto busca novo rumo profissional. Com 17 laboratórios e parceiros como IBM, Oracle, Microsoft, Alcatel-lucent, Cisco, EMC e vMware, a escola tem atividades extras para preparar alunos para provas de certificação – cinco já foram certificados (três em Cisco e dois em

AS InSTITuIçõES OfERECEM PROgRAMAS PARA TOdOS OS gOSTOS E dISPOnIBIlIdAdES, dESdE CuRSOS lIvRES dE CuRTA duRAçãO EM TECnOlOgIAS ESPECífICAS ATÉ PROgRAMAS fORMATAdOS PARA ATEndER A nECESSIdAdES ESPECífICAS, InCluSIvE dE EMPRESAS

ESCOLHA A SUA CARREIRA

ITIl) e há mais 15 em processo. Além de duas horas semanais de aulas de inglês, os cursos contam com o Escritório de Projetos, para envolver alunos em projetos reais. um deles tem foco em internet popular.

A mesma visão pragmática direciona a faculdade Impacta. Criada em 2003 e oriunda de uma das maiores organizações de treinamento em tecnologia do País, oferece quase 450 vagas de graduação a cada semestre. na pós-graduação, são dez cursos lato sensu com 30 vagas cada. “O viés

acadêmico deve ter aplicação no mercado”, diz valderes fernandes Pinheiro, coordenador do curso de Sistemas de Informação. Segundo ele, o Brasil vive um grande momento e pode preencher as demandas de trabalho com mão de obra brasileira ou estrangeira. “O papel das universidades e academias é formar bem os profissionais locais para ocupação das vagas disponíveis”, diz. A escola oferece facilidades atraentes. Os alunos podem fazer download gratuito de ferramentas Microsoft ,

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acessar bases do gartner, usar ferramentas Oracle ou participar de graça da Academia de ERP, aos sábados. Tanta praticidade atrai alunos de outras instituições – cerca de 30% dos inscritos, segundo o diretor. “desenvolvemos um modelo com uso de tecnologia para retenção de conhecimento, como o download de aulas”, explica ele.

Os programas de especialização atendem às linhas técnicas e de gestão, como engenharia de software, marketing digital, business intelligence (BI), de um lado, e gestão de projetos – o pioneiro, hoje na 20ª turma –, de TI e de segurança da informação, de outro. A faculdade também oferece MBAs como o de gestão de negócios e TI; gerenciamento e gestão de Redes de Alta Performance; Comunicação e negócios digitais; gestão de negócios, Mercados e Projetos Interativos; e Planejamento e Estratégia de negócios com suporte da TI, criado há três anos, e que contempla a disciplina International Business em parceria com universidades norte-americanas para que os alunos tenham aulas aqui com professores de lá e possam passar 15 dias nos Estados unidos participando de workshops. Segundo Pinheiro, nos últimos dois anos, explodiu a busca pelos programas de redes sociais, marketing digital, arquitetura da informação e consultoria web.

As necessidades do mercado também orientam o direcionamento do Senac-SP. Segundo Ozeas Santana filho, assessor da gerência de desenvolvimento, a entidade oferece desde cursos livres e de extensão até especializações com carga horária de 360 horas.

Os 22 programas de extensão têm novidades como fundamentos do gerenciamento de Serviços de TI baseados na ISO/IEC 20000 e Análise de negócios – Preparação para Certificação CBAP, além de diversos cursos voltados à gerência de projetos – como gestão da Qualidade, das Comunicações ou de Custos – que podem ser feitos a distância. Entre as cerca de 20 pós-graduações, na linha de gestão os lançamentos incluem programas com foco em inovação, portfólio de projetos e PMO e sustentabilidade; na área técnica, Engenharia Web. As parcerias

com grandes marcas, como Microsoft, Oracle, SAP, IBM, furukawa e Cisco, e com as certificadoras Prometric e vue, apoiam os interessados em seguir o caminho das certificações.

Vagas esgotadasO crescimento da procura por cursos

mais voltados a pessoal técnico e de desenvolvimento surpreendeu o diretor acadêmico da fiap, francisco Amaral. na graduação, foram 800 novas matrículas, 35% mais que no ano passado. Metade da demanda busca conhecimentos de sistemas, redes e bancos de dados. na pós-graduação, o quadro se repete. Pela primeira vez uma turma de MBA Engenharia de Software teve as vagas esgotadas, permitindo a abertura de mais uma classe.

O acadêmico destaca o interesse por segmentos como BI, aplicações móveis e internet. Os programas mais generalistas, voltados a Segurança, gestão de TI e Projetos tiveram crescimento de 20%. “É um terceiro estágio de formação. O

primeiro, que está correndo mais, é de desenvolvimento puro. O segundo é analítico e o terceiro de gestão”, assinala. Como as empresas também estão buscando mecanismos de formação mais rápida, outros cursos mais ligados a desenvolvimento, como Java e .net, com 40 horas de aula em duas semanas, também tiveram crescimento acima da média (os MBAs cumprem carga horária de 360 horas em um ano, com exceção do voltado a estratégias de TI, com 400 horas).

Enquanto inovações como o horário matutino – das 7 às 9 horas, para os MBAs gestão e governança de TI e gestão de Projetos com Práticas do PMI – ajudam alunos mais atribulados, parcerias com empresas como Oracle e IBM os colocam em contato com conteúdos avançados das tecnologias. Também estão no horizonte programas mais específicos, como desenvolvimento de aplicações móveis (apps). “Podemos ter cursos mais rápidos até 2013. O mercado está precisando, mas dependem de business plan e estruturação”, diz Amaral.

Vasta ofertaA Pontifícia universidade Católica do

Rio de Janeiro (PuC-Rio) saiu na frente. “Tem uma gama variadíssima de cursos na área de TI”, diz gilda Bernardino de Campos, coordenadora central de Educação a distância. A instituição tem no cardápio mais de uma centena de cursos livres de extensão, presenciais ou a distância, para todos os gostos: desde um prosaico Word e PowerPoint: Recursos Avançados até Computação na nuvem e Engenharia de Requisitos, passando por Boas Práticas de Comunicação para Analistas de Sistemas. desenvolvimento para Smartphone e Tablet – Android Básico, por exemplo, envolve três sábados (24 horas) e Técnicas Básicas de desenvolvimento de Sistemas (TBdS), pré-

“TEnTAMOS ACElERAR A fORMAçãO dE PROfISSIOnAIS COM CuRSOS dE MEnOR duRAçãO E fORMAçãO PRáTICA”Mauricio Pimentel, da Bandtec

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inclui na lista cursos voltados para tópicos quentes, como uso de redes sociais em empresas e Mobile Business, recém-lançado.

A fundação Instituto de Administração (fIA), de São Paulo, é outra que tem tradição na área. Há dez anos criou o MBA gestão de TI, pelo qual já passaram mais de 500 alunos até hoje, na 22ª turma – são dois grupos no ano, com início em março e agosto e cerca de 30 alunos cada um. O coordenador nicolau Reinhard explica que ao longo do tempo o conteúdo foi atualizado para atender as necessidades do mercado, trocando a ênfase em gestão do desenvolvimento de software pela intensificação de temas como governança de TI, planejamento estratégico e relacionamento com fornecedores.

Para atender tanto a gestão de TI em empresas usuárias como os colaboradores de empresas especializadas, um dos diferenciais do programa é a possibilidade do aluno escolher a especialização preferida ao final do curso. “A maioria faz os dois, somando 572 horas de aulas”, diz Reinhard. Outro atrativo é o módulo internacional, com programa de duplo diploma – professores da parceira universidade de Marselha (frança) dão aulas aqui e o aluno interessado tem a opção de cursar um programa de um mês lá, com foco em gestão de mudança e inovação, e obter um segundo diploma.

O mineiro Inatel, que oferece mestrado stricto sensu em Telecom

Aplicada (EMAp), unidade criada pela instituição no ano passado, também já nasceu com pós-graduação (mestrado). “O curso conjuga matemática aplicada, ciência da informação e computação”, descreve o coordenador de pós-graduação Renato Rocha Souza.

Com foco em BI (processamento de grandes volumes de dados não estruturados), a primeira turma teve 70 inscritos no processo seletivo, mas só preencheu nove das 15 vagas disponíveis. na segunda foram 60 interessados e 15 selecionados, com o mesmo número de alunos em disciplinas isoladas. “Também oferecemos curso de verão com disciplinas ligadas a matemática e computação. É uma forma de conhecermos os alunos para avaliação”, diz Souza.

A fgv Management de São Paulo também não fica atrás no quesito novidades. Além do MBA em gestão Estratégida da TI, oferece programas de curta duração (60 horas) com foco em Administração da TI e Regulação e Concorrência em Telecom. Também já

fRAnCISCO AMARAl, dA fIAP: PROgRAMAS MAIS gEnERAlISTAS, vOlTAdOS A SEguRAnçA, gESTãO dE TI E PROJETOS TIvERAM CRESCIMEnTO dE 20%

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requisito para o curso de pós-graduação em Análise e Projeto de Sistemas, tem carga horária de 117 horas. Todos estes, com matrículas abertas.

Além de programas stricto sensu – em Informática, nas áreas de concentração Ciências da Computação e Matemática Computacional, para o mestrado, e Programação e Teoria da Computação, para o doutorado – a universidade oferece programas executivos como o pioneiro MBA em BI, do departamento de Engenharia Elétrica do Centro Técnico Científico (CTC/Puc-Rio). O CTC, aliás, é uma das jóias da instituição carioca, já que reúne um ecossistema tecnológico rico em inovação e empreendedorismo que fez o sucesso também de polos tecnológicos como os de Campinas (SP) e Recife (PE).

O cardápio conta ainda com programas de especialização, como o de Sistemas de Telecomunicações (da área Tecnológica), ou os de Análise e Projeto de Sistemas, gerência de Projetos de Software e Redes de Computadores (da área Informática). Entre as novidades, gilda cita a criação do modelo de domínios Adicionais – cursos sequenciais de complementação de estudos para alunos e ex-alunos – e destaca a grande procura por programas como ferramentas 2.0 e Tecnologia de Mídias digitais. “Estamos usando SMS em um programa de preparação de comunidades de baixa renda para ingressar no mercado de TI por meio do ensino médio profissionalizante”, entusiasma-se.

Dos negócios para a TIInstituições focadas em negócios

também colocaram há tempos a TI no menu. um exemplo é a fundação getúlio vargas (fgv) do Rio de Janeiro, que oferece programas como os MBAs em gerência Estratégica em TI e em gestão de Projetos. O primeiro disponibiliza 40 vagas a cada semestre, mas a procura este ano foi tanta que está sendo ministrado em duas unidades, Barra e Centro, com mais 30 vagas. “Cerca de 65% dos alunos têm formação na área de TI”, diz o coordenador acadêmico André Barcaui. A Escola de Matemática

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em Santa Rita do Sapucaí (Mg), está vendo crescer a procura por seus programas de pós-graduação lato sensu, inclusive corporativos in company. O primeiro, Engenharia de Redes e Sistemas de Telecom, com 360 horas, nasceu há 20 anos e já formou mais de mil alunos. Hoje é ministrado em São Paulo e Campinas (SP), já chegou a Angola e está abrindo uma turma no Rio de Janeiro. O segundo programa a ser lançado tem foco em Biomédica, especialização originada da prática de engenheiros eletricistas que trabalham na área da saúde. O mesmo raciocínio embasou a criação do curso de Automação.

A instituição foi pioneira na estruturação de curso de Engenharia de Sistemas e Tv digital, hoje na quinta turma. Seu curso de extensão a distância em Tv digital atraiu 50 alunos no ano passado. Este ano aconteceram outras duas turmas, uma em março e outra em abril. “Em médio prazo, pretendemos adaptar o programa para espanhol e atender a América latina”, diz André Abbade, professor da graduação e gerente de educação continuada do Inatel, que tem 28 laboratórios e parcerias com marcas como ZTE, Huaway, Ericsson e Asga, entre outras.

Outra linha de atuação são os cursos in company. Para a Oi, por exemplo, a instituição criou programas para trainees em sistema de imersão, com 368 horas de aulas em quatro meses. Para a vivo, dois cursos com 540 horas cada em dois anos, para 80 participantes, em parceria com a paulista fecap. “nos cursos in company, os participantes podem discutir temas que não abordariam em turmas com concorrentes”, diz Abbade. “A aproximação com o mercado é o caminho para reverter o apagão de mão de obra.”

A expansão para outras regiões adotada pelo Inatel está sendo experimentada pela fundação vanzolini em valinhos, na região do polo tecnológico de Campinas (SP), por meio de parceria com a Escola Superior de Engenharia e gestão (ESEg) em curso de extensão com 72 horas, voltado a profissionais de TI que precisam conhecer gestão de projetos e modelos de operação. “vamos tentar sair um pouco de São Paulo”, explica Marcelo

Pessoa, coordenador do custo de gestão de Projeto e Capacitação de Análise de negócio. Segundo ele, o programa de expansão já atingiu cidades paulistas como Santos e, no passado, Sorocaba.

CapacitaçãoA instituição conta com cursos de

especialização, de longa duração (2 anos, com 400 horas), e de capacitação, com

carga horária entre 100 e 160 horas. A pós-graduação em TI de gestão de projetos e de operações é oferecida três vezes ao ano e segue programação quadrimestral, com duas disciplinas a cada período.

nasceu em 2003 como filhote do curso de gestão de Projetos e já gerou uma cria: um curso compacto de gestão da TI, criado no ano passado. “Os cursos de capacitação cobrem assuntos mais específicos, aprofun dados em um semestre”, descreve o coordenador. O mais antigo é o de Análise de negócios, com 99 horas e base no modelo BABOK de análise de projeto. Agora está sendo lançado o de BI, cujas inscrições estão abertas.

ESCOLA FOCOBandtec Formação de TecnólogosFaculdade Impacta Graduação e pós-graduaçãoSenac-SP Cursos livres, de extensão e especializaçõesFiap Graduação, pós-graduação

e MBA Engenharia de Software PUC-RJ Cursos livres de extensão, presenciais ou a distância;

Programas Stricto Sensu; Mestrado e Doutorado; Especialização; e Cursos sequenciais de complementação de estudos para alunos e ex-alunos

FGV-RJ MBAs em Gerência Estratégica em TI e em Gestão de Projetos; Mestrado; Cursos de Verão

FGV Management-SP MBA; Programas de curta duraçãoFIA-SP MBAInatel-MG Pós-graduação lato sensu, inclusive corporativos in

company; Especialização

A PuC-RJ OfERECE MAIS dE 100 CuRSOS lIvRES dE ExTEnSãO, PRESEnCIAIS Ou A dISTânCIA

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As universidades públicas mantêm em alta o rigor acadêmico, mas também apostam na diversidade

de cursos para profissionais de TI e se beneficiam da sinergia com ecossistemas formados pelos polos de inovação e tecnologia dos quais participam. Com uma vantagem extra: seus custos costumam ser mais amigáveis. Só para citar alguns exemplos, a universidade de São Paulo (uSP) tem ao lado o Instituto de Pesquisas Tecnológicas; a universidade federal de Pernambuco (ufPE), cujo Centro de Informática gerou o Centro de Estudos e Sistemas Avançados de Recife (CESAR) e ganha destaques em campeonatos mundiais como o Imagine Cup, da Microsoft, é vizinha do Instituto Tecnológico do Estado de Pernambuco e do Porto digital. “São fortes elementos na ecologia de TI”, diz o coordenador de apoio acadêmico fernando fonseca.

A proximidade de ideias, inovação e ações ocorre também em Campinas (SP), sede de um polo tecnológico que concentra empresas como IBM, Motorola, Compal e foxconn, e foi criado para aproveitar a logística favorável e a mão de obra qualificada

que sai de duas universidades de ponta – a universidade Estadual de Campinas (unicamp) e a Pontifícia universidade Católica de Campinas (Puccamp). na primeira, o Instituto de Computação, além do mestrado e do doutorado em Ciência da Computação, oferece dois cursos anuais de especialização: Engenharia de Software e Redes de Computadores. “As inscrições para 2013 devem começar em novembro”, avisa o

diretor Hans liesenberg. Por meio da Escola de Extensão

(Extecamp), a unicamp organiza ainda outros programas, como o curso de especialização em gestão Estratégica da Inovação Tecnológica (especialização, com 360 horas), e cursos de extensão como Modelagem e Projeto de Banco de dados (24 horas), Administração de Serviços em Redes de Computadores (22 horas), laboratórios de Redes IP (27 horas) e gerenciamento de Projetos Preparatórios para Certificação (56 horas), entre diversos outros. E, na faculdade de Tecnologia do campus de limeira, a oferta é o curso de especialização em Engenharia e Administração de Sistemas em Bancos de dados, com três semestres de duração. O interior de São Paulo conta também com a universidade federal de São Carlos (ufscar), cujo departamento de Computação oferece cursos lato sensu (especialização, com 360 horas) entre os quais se destacam, na área de TI, um voltado a desenvolvimento de software para web e outro com foco em redes. “São voltados ao mercado de trabalho e oferecidos fora dos horários de expediente”, descreve o pro-reitor de Extensão, Sergio Zorzo.

A Puccamp, por sua vez, tem o programa de mestrado profissional gestão em Redes de Telecomunicações, vinculado à faculdade de Engenharia Elétrica e que dá continuidade à graduação com ênfase em telecom. Em

EdMAR REZEndE, dA PuCCAMP: PROCuRA MAIOR POR CuRSOS dE fORMAçãO dE TECnólOgOS, dE MEnOR duRAçãO, COM CInCO SEMESTRES

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RIGOR E SINERGIA

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nível de graduação, a escola conta ainda, na área de tecnologia, com os cursos de Sistemas da Informação, um dos primeiros da região nessa área, e de Engenharia da Computação. Mas Edmar Rezende, integrante do corpo docente do Centro de Ciências Exatas, Ambientais e Tecnológicas (CEATEC) da Puccamp, diz que a procura tem sido maior por cursos de formação de tecnólogos, de menor duração, com cinco semestres – Tecnologia em gestão em TI, Tecnologia em Redes de Computadores e, criado no ano passado, Tecnologia em Jogos digitais. “Também oferecemos um programa a distância sequencial de formação específica em TI na área de gestão, com encontros presenciais aos sábados”, descreve Rezende.

De tudo um poucona capital paulista, a Escola Politécnica,

da uSP, mantém cursos de especialização e atualização como um MBA em TI e outro em Tecnologia de Software, atendendo à polarização do mercado entre gestão e desenvolvimento. Segundo o gerente de relacionamento institucional e de marketing, Armando gonçalves Ammirati, por enquanto são presenciais, mas em breve poderão ser oferecidos remotamente. “Está sendo montado um sistema novo que deve ir ao ar em breve”, diz ele. A instituição investiu também em temas como direito e TI, foco de curso de especialização e de treinamento de período mais curto. nesta modalidade, são oferecidos ainda programas como gerenciamento de Projetos em TIC, gerenciamento de Redes locais Corporativas, Projeto de data Centers na Era da Sustentabilidade e Telefonia IP, entre outros.

no sul do País, o Instituto de Informática da universidade federal do Rio grande do Sul (ufRgS) é outro que se beneficia de um polo tecnológico regional e tem vários projetos de pesquisa e

inovação com empresas como HP, Microsoft, Petrobras, AES-Sul, digitel, digistar e Altus, entre outras. Também sedia o Centro de Empreendimentos em Informática, com diversas empresas incubadas. Atualmente, estão em andamento dois cursos de especialização exclusivos para o Serviço federal de Processamento de dados (Serpro) e para o Ministério do Planejamento, Orçamento e gestão – Engenharia de Software e Engenharia de Requisitos e Modelagem de negócios. “São pouco menos de 120 alunos no total”, descreve a vice-diretora Carla dal Sasso freitas. nesse segundo semestre do ano, o primeiro ganhará uma turma aberta com 60 vagas – uma nova turma do outro está em avaliação. “O programa de pós-graduação em

Computação é o único nessa área, no Sul do Brasil, avaliado como nível internacional pela Capes”, observa Carla.

Já na região nordeste o destaque é a ufPE. Além dos mestrados e doutorados acadêmicos, oferece mestrado profissional em Ciência da Computação, criado há seis anos e diferenciado dos demais por envolver aplicação e projeto. “usa problema como estudo de caso”, diz o coordenador fernando fonseca. Em nível de graduação, a escola conta com o curso de Ciência da Computação há 25 anos. depois vieram o de Engenharia da Computação e, em 2010, o bacharelado em Sistemas da Informação. Segundo o acadêmico, o de engenharia sofre atualmente com a

evasão de alunos que chegam à universidade com poucos conhecimentos antes comuns a jovens egressos do ensino médio, além de visão de tecnologia formada com perfil de usuário. “Eles estão acostumados com a coisa pronta, não precisa pensar em resolver problemas. Quando aprendem os fundamentos, acham árido”, descreve. “O aluno se envolve muito cedo com o mercado e quer empenhar mais tempo para ganhar dinheiro do que em atividades acadêmicas.”

Além do mestrado profissional, a instituição criou cursos como o MBA em gestão da TI, com 360 horas – o tema também é foco de curso de extensão intensivo, com 90 horas.

Ainda como especialização, acabam de ser lançados os programas desenvolvimento de Software com Qualidade e gestão da TI a distância, forma encontrada para ampliar o número de vagas e atender à expansão do mercado. “nosso limite é condicionado pela infraestrutura”, diz fonseca.

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