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  • Revista de Educao Fsica - UNESP

    Volume 11Nmero 1SuplementoJan/Abril 2005

  • Revista de Educao Fsica - UNESP

    Editor-chefe

    Eduardo Kokubun

    Editores AssociadosAfonso Antonio MachadoSara Mathiensen

    A revista Motriz um rgo de divulgao do Departamento de Edu-cao Fsica do Instituto de Biocincias da Universidade EstadualPaulista (UNESP), cmpus de Rio Claro, SP.

    Copyright 2005 Motriz

    ISSN 1415-9805

    Volume 11 Nmero 1 Suplemento Jan/Abril 2005

  • MotrizRevista de Educao Fsica - UNESP

    Volume 11 Nmero 1 Suplemento Jan/Abril 2005

    Prof. Dr. Marcos MacariReitor da Universidade Estadual Paulista, UNESP

    Prof. Dr. Herman Jacobus Cornelis VoorwaldVice-Reitor da Universidade Estadual Paulista, UNESP

    Prof. Dr. Amilton FerreiraDiretor do Instituto de Biocincias, IB, UNESP, Rio Claro

    Profa. Dra. Eliane Mauerberg-deCastroChefe do Departamento de Educao Fsica, IB, UNESP, Rio Claro

    ISSN 1415-9805

  • ISSN 1415-9805

    Motrizpublica trabalhos de profissionais e pesquisadores dediferentes reas como educao fsica e esportes, fisiotera-pia, educao especial, psicologia e outras cujos manuscri-tos tenham perfis direcionados cincia da MotricidadeHumana ou pertinentes aos interesses dos leitores daMotriz.

    Motriz Suplementopublica os trabalhos do Congresso Internacional de Educa-o Fsica e Motricidade Humana e Simpsio Paulista deEducao Fsica nas seguintes categoris:- Artigos completos e resumos de participantes convidados- Resumos aprovados pela Comisso Cientfica nas categori-as de temas livres, painis e relato de experincias

    Direitos AutoraisA Motriz reserva os direitos autorais dos artigos aquipublicados. Qualquer reproduo parcial ou total destes estcondicionada autorizao escrita do editor da Motriz.

    IndexadorA Motriz est indexada na SIBRADID

    PeriodicidadeQuadrimestral

    EditoraoEliane Mauerberg-deCastro

    Consultoria TcnicaDebra F. Campbell, Jornalista

    CapaFoto da escultura Fascinao Carusto (019-239-5457)

    III Congresso Internacional de Educao Fsica eMotricidade Humana e IX Simpsio Paulista deEduao Fsica:http://www.igce.unesp.br/ib/simposio/

    Organizao:Departamento de Educao FsicaInstituto de BiocinciasUNESP Rio Claro

    Endereo da Motriz:Departamento de Educao Fsica, UNESPAv. 24-A, 1515, Bela VistaRio Claro, SP 13506-900Fone: (x19) 3526-4160Fax: (x19) 3534-0009e-mail: [email protected]://www.igce.unesp.br/ib/efisica/motriz/revista.html

    MotrizRevista de Educao Fsica - UNESP

    Volume 11 Nmero 1 Suplemento Jan/Abril 2005

    IV Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana eX Simpsio Paulista de Educao Fsica

    25 a 28 de maio de 2005

  • Apoio:

    CAPES - Coordenadoria para Aperfeioamento dePessoal do Ensino Superior

    VUNESP - Fundaao para o Vestibular da UNESP

    Universidade Estadual PaulistaInstituto de Biocincias da UNESP de Rio Claro ePolo Computacional

    Departamento de Educao Fsica, UNESP, Rio Claro

    Revista Motriz

    ISSN 1415-9805

    MotrizRevista de Educao Fsica - UNESP

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    IV Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana eX Simpsio Paulista de Educao Fsica

    25 a 28 de maio de 2005

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    Comisso Organizadora

    Presidente: Prof. Dra. Ana Maria PellegriniMembros: Prof. Dr. Afonso Antonio Machado

    Profa. Dra. Carmen Maria Aguiar Prof. Dr. Jos Angelo Barela Profa. Dra. Eliane Mauerberg-deCastro Prof. Dr. Jos Luiz Riani Costa Prof. Dr. Mauro Gonalves Prof. Wilson do Carmo Junior

    Coordenao de Secretaria Geral

    Prof. Wilson do Carmo JuniorAdriana Maria M. Franco FreitasMaria Cristina de Almeida e Silva SiqueiraRosangela Maria Ribeiro NogueiraSandra Regina Garijo de Oliveira

    Coordenao Cientfica

    Presidente: Prof. Dr. Jos ngelo BarelaMembros: Prof. Dr. Benedito Srgio Denadai

    Profa. Dra. Camila Coelho GrecoProf. Dr. Carlos Alberto Anaruma

    Profa. Dra. Eliete LucianoProfa. Gisele Maria SchwartzProfa. Dra. Dra. Irene Conceio AndradeProfa. Dra. Leila Marrach B. de Albuquerque

    Prof.a. Dra. Llian Tereza Bucken GobbiProfa. Dra. Maria Alice Rostom de MelloProfa. Dra. Suraya C. Darido

    Comisso de Finanas

    Coordenador: Prof. Dr. Jos Luiz Riani Costa

    Coordenao de Avaliao

    Coordenador: Prof. Dr. Mauro Gonalves

    Coordenao de Transporte e Recepo

    Coordenador: Prof. Dr. Afonso Antonio Machado Prof. Dr. Luis A. Normanha Lima

    Coordenao de Atividades Culturais

    Coordenadora: Prof. Dra. Carmen Maria Aguiar Prof.. Carlos Jos Martins Prof. Jos Roberto Gnecco

    Coordenao de Divulgao

    Coordenadora: Profa. Dra. Eliane Mauerberg-deCastro

    Grupos de Apoio

    Coordenador: Prof. Dr. Francisco SantiMauro HenriqueEduardo CustdioJos Roberto Rodrigues da SilvaPaulo Roberto Gimenez

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    25 a 28 de maio de 2005

    SAEPE Servio de Apoio ao Ensino, Pesquisa e ExtensoSTI - Ari Araldo Xavier de Camargo

    Alunos Colaboradores:

    Adriana Regina Gonalvesgata Yoko HamanakaAline Evelyn da SilvaAline S. CardozoAntonio Carlos de Quadros Jr.Bruno Augusto R. do ValeCamila de Souza LucenaCarla Manuela C. NascimentoCludia KanashiroCristiane JaconCristina M. PimentaDenise BelluchiDenise Rosa MarcelinoEmerson SebastioFernanda B. RodriguesHeitor de Andrade RodriguesIvan Luis dos SantosJos Ribamar C. Santiago Jr. Jr.Karina PolezelLeandro FerrazMaria Joana D. CaetanoMariana P. CavamuraMessias Luciano F. PereiraNatalia Oliveira BertoliniNatlia S. ZaniratoRafael KocianRaphaella B. de OliveiraRosangela Alice BatistelaSandro Carnicelli FilhoSilvia Maria AndreoliYumi Sasa

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    25 a 28 de maio de 2005

    Editorial

    Em 1987, poucos anos aps a criao do Curso de Educao Fsica no Campus de Rio Claro daUNESP, o Departamento de Educao Fsica promoveu o I Seminrio de Educao Fsica sob acoordenao da Prof. Dra. Vera Lcia Simes Silva. Dvamos um primeiro passo, ainda que acanhado,que se tornaria decisivo no estabelecimento de um ponto de referncia no calendrio de nossas atividadesacadmicas, a cada dois anos reunindo pesquisadores, alunos de ps-graduao e de graduao emEducao Fsica e demais reas relacionadas com a Motricidade Humana. A partir de 1991 passamosa contar com a presena de pesquisadores estrangeiros que contriburam para o sucesso do eventoao lado de um grande nmero de pesquisadores de nossas universidades e centros de investigao,responsveis pelo desenvolvimento da rea em nosso meio. Nossas lembranas daqueles primeirossimpsios foram marcadas por intensa atividade acadmica, de busca de nossa identidade no contextoda universidade. Convivamos durante trs ou quatro dias, com atividades de manh, tarde e noite, enos despedamos na certeza de nos encontrarmos dali a dois anos.

    O grupo ia aumentando ano a ano com o retorno do exterior dos novos doutores. Nos ltimoseventos, presenciamos um aumento significativo de jovens, alguns egressos de nossos cursos deps-graduao em nvel de doutorado, apresentando seus trabalhos, participando das mesas redondas,injetando novas cores no cenrio acadmico. Nos ltimos eventos, de 2001 e 2003, o nmero departicipantes cresceu tanto que ficou evidente que o Centro Cultural no mais comportava evento detal magnitude. Assim, com alegria que recebemos os congressistas em nossa casa, no Instituto deBiocincias de Rio Claro. Em nome do Departamento de Educao Fsica do Instituto de Biocinciase da Comisso Organizadora desejo a todos uma produtiva estada em nosso meio, rica de oportunidadespara novas amizades e novos horizontes.

    Profa. Dra. Ana Maria PellegriniPresidente da Comisso Organizadora

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    Programa

    25.05 Quarta-feira

    Tarde14:00 s 19:00h- Recepo e credenciamento

    Noite19:00 s 19h30- Abertura Oficial

    19h30 s 20h30Conferncia InauguralPoltica estratgica da Cincia e Tecnologia no Brasil: o lugarda Educao Fsica e EsportesProf. Dr. Eduardo Kokubun Representante da rea deEducao Fsica, Fisioterapia, Fonoaudiologia e TerapiaOcupacional junto CAPES.

    20h30 s 22:00hCoquetel

    26.05 Quinta-feira

    Manh8h30 s 10h30Mesa-redondaDas Diferenas ao Preconceito na Educao Fsica EscolarProfa. Dra. Helena Altmann PUC/RJProf. Dr. Edison Duarte FEF/UNICAMPProfa. Dra. Irene Conceio A. Rangel IB/UNESP/RC

    Mesa-redondaAes adaptativas em Controle MotorProf. Dr. Luiz Cezar dos Santos EDF/UnBProf. Dr. Srgio Teixeira Fonseca Fisioterapia/UFMGProfa. Dra. Eliane Mauerberg de Castro IB/UNESP/RC10h30 s 11:00h

    Intervalo para caf

    11:00 s 11h15Apresentao de psteres (3 minutos cada)

    11h15 s 12h30Sesso de psteres

    12h:30 s 14:00hAlmoo

    Tarde14:00 s 15h:30ConfernciaTarefa, Adaptao, Seleo e Restries na perspectiva dedesenvolvimento e aprendizagem motoraProf. Dr. Geert Savelsbergh Vrije University Amsterdam

    ConfernciaCorpo, afectividade e auto-apresentao nas relaesinterpessoaisProfa. Dra. Lisete Mnico Universidade de Coimbra - Coimbra

    15h:30 s 16:00Intervalo para caf

    16:00 s 18h:15Sesso de Tema livre/Simpsio (5)

    18h30Atividades culturais/sociais

    27.05 Sexta-feira

    Manh8h30 s 10h30Mesa-redonda

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  • A Formao Profissional e o Campo de Trabalho emEducao FsicaProf. Dr. Juarez Vieira do Nascimento - UFSCProfa. Dra. Rita de Cssia Garcia Verenguer UniversidadePresbiteriana MackenzieProf. Dr. Samuel de Souza Neto IB/UNESP/RC

    Mesa-redondaAtividade fsica relacionada sade: desafios da investigaoe intervenoProf. Dr. Markus Vinicius Nahas CD/UFSCProf. Dr. Dartagnan Pinto Guedes - UELProf. Dr. Jorge Mota UP/Portugal

    10h30 s 11:00hIntervalo para caf

    11:00 s 11h15Apresentao de psteres (3 minutos cada)

    11h15 s12h30Sesso de psteres

    12h30 s 14:00hAlmoo

    Tarde14:00 s 16h:15Sesso de Tema livre/Simpsio (5)

    16h15 s 16h45Intervalo para caf

    16h45 s 18:00hSesso de Tema Livre/Premiado

    18h15 s 19h30Encontro de rea/sociedade, etc.Atividades culturais/sociais

    28.05 Sbado

    Manh8h30 s 10h30Mesa-redonda Sociologia do EsporteProfa. Dra. Mrcia Regina da Costa PUC/SPProf. Dr. Jos Paulo Florenzano PUC/SPProf. Ms. Francisco Nunes FCL/SP

    Mesa-redondaFisiologia Endcrina-MetablicaProfa. Dra. Tnia Cristina Pithon Curi UNIMEPProf. Dr. Jos Barreto Carvalheira FCM/UNICAMPProf. Dr. Mrcio Pereira da Silva FCL/So Jos do Rio Pardo

    10h30 s 11:00hIntervalo para caf

    11:00 s 12:00hConferncia de EncerramentoProf. Dr. Yves de La Taille Psicologia/USP

    12:00 s 12h30Encerramento

    12h30 s 14h30Banquete de encerramento (adeses)

    Programa

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    IV Congresso Internacional de Educao Fsica e Motricidade Humana eX Simpsio Paulista de Educao Fsica

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    Sumrio

    Resumos das conferncias e mesas redondas...................................................................................... S1

    Resumos dos Temas Livres, Relatos de Experincia e Painis......................................................... S7

  • Motriz Jan-Abr 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), pp. S1-S5

    Diferenas de gnero e de orientaosexual na Educao Fsica Escolar

    Helena AltmannPUC/RJ

    De que modo diferenas de gnero e de orientao sexualemergem (ou no) na Educao Fsica escolar? Refletir sobreessa questo nosso objetivo aqui. Inmeras formas declassificao e de diferenciao de gnero so colocadas em aona escola. Na Educao Fsica, os esportes so um exemplo.Algumas modalidades so socialmente consideradas maisfemininas, enquanto outras, masculinas. Mais do que isso, ummesmo esporte pode ser classificado de modo distindodependendo do modo como praticado. Romper com fronteirasclassificatrias implica, no raro, deparar-se com preconceitos,como ocorre freqentemente com meninos que no gostam dejogar futebol e acabam tendo sua orientao sexual questionada.Por outro lado, mudanas histricas, como a cada vez maioraceitao da pratica do futebol por meninas, mostram-nos quepolaridades rgidas de gnero e de sexualidade so socialmenteconstrudas e, portanto, passveis de serem problematizadas edesconstrudas.

    Racismo, preconceito e excluso: Umolhar a partir da Educao Fsica Escolar

    Irene Conceio A. Rangel IB/UNESP/RC

    A Educao brasileira, de forma geral, atravessa um momentode redefinio de seus objetivos, contedos e mtodos deensino. Neste contexto, a Educao Fsica, componenteeducacional, est colocando em pauta termos como incluso eateno diversidade e s diferenas, anteriormente poucodiscutidos. Da mesma maneira, comeamos a prestar maisateno ao multiculturalismo e presena de atitudes quepodem induzir ao racismo e em formas de preconceito,discriminao e excluso em aulas de Educao Fsica. Assim,o objetivo desta interveno alertar professores, e futurosprofessores, sobre atitudes (ou a falta delas), conscientes ouinconscientes, perante o racismo que, no Brasil, assumemcaractersticas difusas e camufladas, mas que, felizmente, vmsendo combatidas atravs de aes afirmativas na busca deuma sociedade realmente igualitria de respeito s diferenas.

    Resumos das conferncias e mesas redondas

    Aes adaptativas em Controle Motor

    Luiz Cezar dos SantosEDF/UnB - Brasilia

    A percepo de mudanas no meio ambiente crucial noplanejamento e na implementao de estratgias adaptativasdurante a locomoo. Atravs da viso, diversas informaes(tipo de terreno, presena de obstculo no caminho dalocomoo, caractersticas dos obstculos) esto disponveispara o indivduo. Porm, a utilizao destas informaesdepende de vrios fatores tais como a qualidade da informaovisual, o tipo de mudana requerida durante a locomoo, e otempo disponvel para planejar e para executar uma aoadaptativa. O controle visual da locomoo (feed-forward eon-line) ser analisado atravs de uma srie de experimentosenvolvendo a ultrapassagem de obstculos dinmicos emsituaes envolvendo reduzida informao visual (predomnioda informao de fluxo tico).

    De Restries para Recursos:Mudando o foco

    Srgio Teixeira FonsecaFisioterapia/UFMG

    Classicamente, investigaes em comportamento motor tmbuscado entender o papel das restries do ambiente, doindivduo e da tarefa na emergncia de padres motoresadaptativos. Apesar de inicialmente frutfera, esta perspectivaimpe srias limitaes ao comportamento motor, uma vez quesugere uma relao linear entre as partes e a funo do todo, eno um processo transacional prprio de sistemas complexos.Alm disso, um pressuposto que norteia esta perspectivaadmite que a promoo do comportamento motor seriaresultante da minimizao das restries diretamenterelacionadas a ele. Por outro lado, o entendimento dascapacidades de gerao e conservao de energia que umindivduo traz para a execuo de uma tarefa funcional em umdado ambiente, denominadas recursos dinmicos, permite ummelhor entendimento sobre o processo envolvido naemergncia de um padro adaptativo. A identificao dosrecursos dinmicos disponveis ao indivduo para a execuode atividades e tarefas funcionais, pode auxiliar maisdiretamente na definio de estratgias de interveno voltadaspara a promoo da funcionalidade.

    S1

  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S1-S5

    Resumos de Mesas Redondas e Conferncias

    Controle motor e deficincia: conceitos,teorias e perspectivas em intervenes

    teraputicas e pedaggicas

    Eliane Mauerberg-deCastroIB/UNESP/RC

    Uma rdua e ambgua transio da teoria para a prtica ainsero de teorias consagradas no formalismo experimentalda pesquisa para contextos como o da educao/reabilitao.Por exemplo, apesar do rpido crescimento de contribuiesdas teorias dos sistemas dinmicos aos problemas sobre ocomportamento motor, raros so aqueles estudos direcionadosa problemas aplicados reabilitao de desordens domovimento (van Wieringen, 1996). Em geral, grupos comdeficinciaespecialmente aquelas que afetam odesenvolvimento precocementeapresentam desordens domovimento. Para demonstrar alguns mecanismos adaptativosno controle motor em grupos com deficincia em diversasidades, apresentarei dados experimentais de comportamentosem tarefas de equilbrio corporal, de alcanar, e de mobilidadeobtidos em ambos, contextos de laboratrio e de atividadefsica adaptada.

    The TASC-based Approach todevelopment and learning illustrated

    by interceptive actions

    Geert SavelsberghVrije University Amsterdam - The Netherlands

    Research Institute for Fundamental andClinical Human Movement Sciences

    Institute for Biophysical and Clinical ResearchInto Human Movement,

    Manchester Metropolitan University, UK

    A theoretical approach, the TASC-based approach is presentedas an alternative account for examining change over time bothwith respect to development and learning (Rosengren,Savelsbergh & Van der Kamp, 2003). The TASC label standsfor a focus on particular Tasks, Adaptation and Selection ofbehaviours as a function of Constraints. This account isgrounded in evolutionary theory and assumes that variability,selection, and adaptation are central to change over time withinindividuals. Emphasis is placed on the tasks individualsattempt to solve in achieving particular goals given theconstraints of the local environment and the organism. Theapproach will be illustrated with empirical data of an infantcatching experiments (Van Hof, Van der Kamp & Savelsbergh,2005a & b). These experiments examined the link between visualperception and adaptive control of action. Infants were requiredto intercept a toy approaching at different velocities rangingfrom 0.10 to 2.0 m/ s. Evidence was found that infantsanticipate the arrival of the ball and used different strategies(e.g., a time and/or distance strategy) to initiate theirinterception movements. In addition, the (change in) optical

    variables used for the interceptive actions are identified andused to illustrate the selection of perceptual information as afunction of constraints. In analogy to earlier work of Bernstein(1967), we argue that the differences observed in the use ofperceptual information for the regulation of action duringdevelopment and learning can be understood as the reflectionof the process of mastering perceptual degrees of freedom(Savelsbergh & Van de Kamp, 2000). Moreover, thedevelopment and learning in the context of action can beunderstood as three mutually overlapping phases, freezing,freeing and exploiting of perceptual degrees of freedom. In thepresentation, I illustrate this theoretical model with data frominfant and adults catching experiments (i.e. Caljouw, van derKamp & Savelsbergh, 2004)

    ReferencesCaljouw, S.,R., Van der Kamp, J., & Savelsbergh, G.J.P. (2004).

    Timing of goal-directed hitting: Impact requiremnetschange the information movement coupling. ExperimentalBrain Research, 155, 135-144

    Savelsbergh, G.J.P., & Van der Kamp, J. (2000). Information inlearning to coordinate and control movements: Is there aneed for specificity of practise? International Journal ofSport Psychology, 31, 476-484.

    Rosengren, K., Savelsbergh, G.J.P., & Van der Kamp, J. (2003).Development and learning: A TASC-based perspective ofthe acquisition of perceptual-motor behaviors. InfantBehavior & Development, 26, 473-494.

    Van Hof, P, Van der Kamp. J., & Savelsbergh, G.J.P. (2005a)Relation between perception and movement control ininfancy.

    Van Hof, P, Van der Kamp. J., & Savelsbergh, G.J.P. (2005b)Infant catching under monocular and binocular vision

    Corpo, afectividade e auto-apresentaonas relaes interpessoais

    Lisete MnicoUniversidade de Coimbra Coimbra, Portugal

    Tomando como quadro de base o entendimento das dinmicascausais subjacentes s regularidades nas relaesinterpessoais, a presente comunicao debrua-se sobre osmodos de agenciamento do corpo, em conjuno comdimenses correlativas do self, na gesto das relaes ntimas.O enquadramento terico inicia-se com a delimitao doconceito de relaes interpessoais e factores influentes noseu estabelecimento, discutidos sobre a designao genricade atraco interpessoal. Entre esses factores atendemosparticularmente beleza fsica, objecto de percepo selectivae factor de seduo, preponderante na gnese das relaesromnticas. Analisaremos o esteretipo da beleza fsica, asconstantes no entendimento social do corpo, os aspectosbiolgicos e evolutivos subjacentes percepo deatractividade e a insatisfao pessoal decorrente dainternalizao do ideal normativo da beleza. Debruando-nos

    S2

  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S1-S5

    Resumos de Mesas Redondas e Conferncias

    sobre a dinmica da auto-apresentao, analisaremos a gestodo corpo enquanto recurso estratgico no estabelecimento derelaes ntimas. Concluiremos a comunicao com aapresentao de resultados de estudos empricos referentess repercusses da autopercepo da beleza fsica napercepo mais ampla do self e nas estratgias de auto-apresentao, bem como influncia da heteroperceo nahetero-atribuio dessas mesmas estratgias em contextosiniciais de seduo.

    Formao Profissional em EducaoFsica no Brasil e em Portugal:

    Realidade e Perspectivas

    Juarez Vieira do Nascimento Universidade Federal de Santa Catarina

    O quadro de referncias da situao atual da formaouniversitria brasileira e portuguesa em Educao Fsica, almde reconhecer a existncia de um processo gradual de expansohorizontal e vertical, evidencia a realizao de intensasmodificaes ocasionadas pelo estabelecimento de novasdiretrizes curriculares e novos parmetros para avaliar ascondies de oferta de ensino. Nesta perspectiva, o objetivodesta reflexo ser analisar a problemtica que envolve asiniciativas de harmonizao curricular de cursosoperacionalizados sob diferentes condies e contextos, osdesafios de integrao e as perspectivas para assegurar acriao de ambientes favorveis melhoria da qualidade daformao inicial da rea.

    Preparao profissional e mercado detrabalho em educao fsica: demandas

    da sociedade do conhecimento

    Rita de Cssia Garcia VerenguerUniv. Prebisteriana MACKENZIE

    As funes e caractersticas da universidade esto sendorepensadas. Questionamentos, crticas e proposies tmlevado gestores e docentes a reverem os objetivos e osdelineamentos da graduao, inclusive porque a sociedade dosculo XXI - atualmente chamada de sociedade doconhecimento - exigir um outro perfil profissional. O objetivodesta palestra discutir o impacto deste processo de reflexoe deste cenrio de mudanas para os cursos de preparaoprofissional, para o mercado de trabalho e para a intervenoprofissional em educao fsica.

    Das escolas de ofcio academia: oprojeto educao fsica e a questo da

    profisso, da formao profissional, daspesquisas no campo da formao

    Samuel de Souza NetoIB/UNESP/RC

    Desde que as corporaes de ofcio foram institudas, naforma de instituies de ensino com seus graus e ttulos, aformao profissional ganhou luz prpria, provocando aolongo dos sculos a maturao do conceito que hoje sedesignou chamar de profisso. Com a Educao Fsica nofoi diferente. O objetivo desta reflexo ser abordar o ProjetoEducao Fsica e sua relao com o mundo do trabalho. Nobojo deste processo ser abordada, a necessidade e perspectivade pesquisa no campo da formao profissional em EducaoFsica.

    Atividade Fsica Relacionada Sade:Desafios da Investigao e Interveno

    Markus V. NahasUFSC

    Nos ltimos 30 anos, a rea do conhecimento denominada deAtividade Fsica Relacionada Sade passou por umcrescimento muito grande. Estudos epidemiolgicos emgrandes populaes, com carter prospectivo, tmproporcionado fortes evidncias da associao entre o nvelde atividade fsica habitual e a condio de sade das pessoas,em todas as idades. Em particular, so de grande importnciaas investigaes que demonstram o que funciona e o que nofunciona nas intervenes visando promover estilos de vidamais ativos. Afinal, toda a teoria e o conjunto de modelos eparadigmas sobre mudanas de comportamento s serviro causa da sade pblica se forem confirmados em intervenescomunitrias (incluindo escolas e locais de trabalho). Nestemomento, a rea se ressente de instrumentos de medida daatividade fsica que tenham, ao mesmo tempo, baixo custo facilitando o uso em grandes populaes -, e validade assegurando a correo das informaes coletadas. S assim,um processo de vigilncia epidemiolgica para a atividade fsicada populao poder ser estabelecido e as intervenes paramudana de comportamento tero dados confiveis em que sebasear.

    S3

  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S1-S5

    Resumos de Mesas Redondas e Conferncias

    Rotinas de avaliao para aprescrio de programas de exerccios

    fsicos direcionados sade

    Dartagnan Pinto GuedesUniversidade Estadual de Londrina - Paran

    Em analogia com a prescrio de frmacos ou de dietasalimentares, a prescrio de exerccios fsicos um processomediante o qual so recomendados ao indivduo esforosfsicos que, ao serem executados de maneira sistemtica eindividualizada, devero induzir as adaptaes desejadas emseu organismo. Para que um programa de exerccios fsicospossa ser seguro e venha a apresentar repercusses positivasquanto conservao e promoo da sade, torna-senecessrio planejar, organizar, prescrever e orientar osestmulos fsicos observando determinados pressupostosbsicos. Inicialmente, esse programa de exerccios fsicosdever envolver todos os componentes voltados ao campofuncional-motor; e, dessa forma, interferir favoravelmente nasdimenses fisiolgicas, morfolgica e comportamental daaptido fsica relacionada sade. Seus estmulos, alm disso,devero acompanhar os princpios biolgicos voltados relao esforo fsico-adaptaes funcionais e orgnicas. Oscomponentes intensidade, durao, freqncia, disposioseqencial e tipo do exerccio fsico tambm so aspectosimportantes a serem considerados na elaborao dos programasde exerccios fsicos. Contudo, elemento essencial para aprescrio de programas de exerccios fsicos a realizao deavaliaes prvias e atualizadas periodicamente, a fim de obtersubsdios quanto s reais condies do indivduo e, com isso,promover ajustes nos estmulos oferecidos, na tentativa demaximizar seus resultados. A falta de avaliaes prvias, quevenham a subsidiar as decises na elaborao e na atualizaodos programas de exerccios fsicos, pode ocasionar oestabelecimento de esforos fsicos no adequados, levandoo praticante ao desencorajamento para participar das atividadesprogramadas. Prescries incorretas tambm podem levar adesgastes funcionais e orgnicos indevidos, induzindo fadiga psicolgica e fsica excessiva, a graves lesesortopdicas e ao risco de precipitao de acidentescardiovasculares. Em nossa interveno pretendemos analisarrotinas de avaliao para a prescrio de programas deexerccios fsicos direcionados sade, sugeridas com baseem recentes achados apresentados pela comunidade cientficana rea, na tentativa de instrumentalizar aqueles profissionaisque necessitam dispor de informaes atualizadas neste campodo conhecimento.

    Actividade Fsica relacionada Sade:Desafios da Investigao e Interveno

    Jorge MotaCentro de Investigao em Actividade Fsica, Sade e

    Lazer - FCDFE-UP-Portugal

    O papel fundamental da actividade fsica no conjunto decomportamentos favorecedores de um estilo de vida saudvelresulta do corolrio de um acervo informativo suficientementeimportante nos levar a admitir que estilos de vida activos, emconjugao com outros comportamentos tidos por positivos,podem ser benficos para a sade. Estas consideraessugerem-nos que a reduo na prevalncia da obesidade nascrianas e adolescentes est dependente da adopo demedidas integradas de sade pblica, que envolvamprincipalmente as escolas, mas tambm os organismos pblicosligados rea da sade e do desporto e da actividade fsica.Estas medidas devem promover uma aco conjugada deesforos visando uma diminuio do consumo energtico,atravs do aumento da actividade fsica e da diminuio daingesto calrica. necessrio o aumento daconsciencializao dos pais, escola e comunidade em geral,para a necessidade da criao de oportunidades de ocupaodos tempos livres. A promoo de actividades fsicas simples,que se assumam e valorizem um estilo de vida activo, e areduo dos comportamentos sedentrios, devero ser atitudesencaradas como medidas de promoo de sade e prevenoda doena.

    A Sociologia do Esporte entra em campo:Atletas de Cristo, futebol e religio

    Francisco Jos NunesCincias Sociais - PUC-SP

    Tomando como foco o movimento evanglico Atletas deCristo, a presente comunicao, fundamentada na pesquisade Mestrado, procura mostrar a inter-relao entre religio eesporte, na configurao de um ethos protestante que inspirao comportamento exemplar do atleta. Assim, analisamosespecificamente a atuao dos jogadores profissionais defutebol filiados ao movimento e que integraram a SeleoBrasileira nas Copas de 1994 e 1998, buscando traar, combase terica das Cincias Sociais nas reas da religio e doesporte, os princpios bsicos de uma tica protestanteexpressos atravs da linguagem e do comportamento de seuslderes e participantes.

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  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S1-S5

    Resumos de Mesas Redondas e Conferncias

    Sociologia do Esporte

    Mrcia Regina da CostaPUC/SP

    Nos ltimos anos o futebol, enquanto tema de pesquisa,tornou-se objeto de pesquisa no Programa de Estudos Ps-Graduados em Cincias Sociais da Pontifcia UniversidadeCatlica de So Paulo. A primeira Dissertao de Mestradodentro dessa temtica1 foi defendida no ano de 1995, em nossoPrograma de Ps-Graduao2. Entre maio de 1995 at outubrode 2003 foram produzidas cinco (5) Dissertaes de Mestradoe trs (3) Teses de Doutorado3. O objetivo do presente trabalho o de refletir sobre as diversas formas e recortes tericos nosquais, a temtica do futebol, foi analisada nas Dissertaes eTeses defendidas entre 1995/2003, no Programa de EstudosPs-Graduados em Cincias Sociais, da PUCSP. Apesar dessestrabalhos terem o futebol como fio condutor, todas essaspesquisas analisam as transformaes e contradiespresentes na sociedade brasileira. Assim, apropriando-melivremente de uma frase de um famoso antroplogo francsproferida sobre o mito, postulo que atravs do futebolpodemos pensar a sociedade brasileira. O recorte tericoaciona autores que problematizam a questo do Estado, cultura,relaes de poder e resistncia, violncia, modernidade eprocesso de modernizao, memria e identidade, entre outros.

    Exerccios de Democracia

    Jos Paulo FlorenzanoPUC-SP

    A rebeldia no futebol brasileiro desenvolvia-se em trs frentessimultneas de combate: em primeiro lugar, contra o mecanismojurdico que aprisionava o corpo na atividade profissional (Leido Passe); em segundo lugar, contra o poder encarregado deproduzir o corpo e gerir a vida (A Norma); por fim, contra aconcepo moderna que despojava o jogo da fantasia (Futebol-fora). A Democracia Corinthiana iria retomar, elaborar eaprofundar esta tradio de autonomia, inserindo-a no contextoda construo de uma nova hegemonia nos anos 1978-1984.Com efeito, trata-se da articulao de dois eixos, a saber: deum lado, o do campo de foras do futebol, resgatando asresistncias, as rebeldias e as prticas que tornaram possveloperar uma inverso nas relaes de poder dentro dos clubesesportivos; de outro lado, o dos embates travados na esferamais abrangente da sociedade, indicando a profunda conexoda experincia dos atletas com os movimentos sociais, polticose culturais em curso no quadro da redemocratizao.Nesse sentido, a Democracia Corinthiana representa a brechaantropolgica no universo do futebol brasileiro, criando novassignificaes imaginrias sociais, descortinando outraspossibilidades do ser atleta, ampliando os sentidos do jogarbola e tecendo as jogadas indefinidas do trabalho de reinventara liberdade.

    Esporte, violncia e valores ticos

    Yves de la TaillePsicologia/USP

    Em relao moral e tica, o esporte ocupa um lugar ambguo.Na escola, a Educao Fsica aparece por vezes como atividadede emancipao, de desenvolvimento da autonomia moral porintermdio de prticas de cooperao, de contratos, deelaborao comunitria de regras, de solidariedade, e por vezes,como atividade que valoriza a cega obedincia a um chefe, adisciplina militaresca, a dor fsica, a heteronomia. Na sociedade,o Esporte associado a smbolos positivos como superaode si, excelncia, concrdia entre povos e naes (JogosOlmpicos), fair play, mas tambm associado smbolosnegativos como as manipulaes biolgicas, a buscadesavergonhada de glria, de poder de dinheiro, o mundomercantil sedento de lucros e sem escrpulos, torcidasfanticas. O objetivo da palestra analisar esta ambigidade,definindo os conceitos de moral (dever) e tica (vida boa), eprocurando avaliar em que medida o esporte pode, de fato, sermeio de desenvolvimento da autonomia e da paz, ou serpretexto para cultivar a heteronomia e a violncia.

    1 A primeira Dissertao de Mestrado na PUCSP com o tema do futebol,segundo pesquisa realizado no acervo da biblioteca Nadir Gouva Kfouri,Campus Monte Alegre da PUCSP, foi defendida em 1981, em DireitoPenal, por Djalma Pacheco Oliveira, com o ttulo de A Violncia noFutebol Brasileiro e o seu Aspecto Jurdico Penal. A indagao basedesta Dissertao foi a seguinte: Deve-se ter como lcitas s leses corporais ou mortes provocadaspelos jogadores de futebol, quando o mesmo no prescinde de violnciapara sua realizao?. Vrios anos depois, em 1992, no Programa deHistria, Plnio Jos Labriola de Campos, defendeu o seu Mestradointitulado Resistncia e Rendio: A Gnese do Sport Clube CorinthiansPaulista e o Futebol Oficial em So Paulo 1910-1916. Aps estetrabalho, a maioria das defesas de dissertaes e teses ocorreu aps1995.

    2 Todos os resumos de teses e dissertaes defendidas entre 1977 at2002, no Programa de Estudos Ps-Graduados em Cincias Sociaisconstam do Catlogo de Teses e Dissertaes de nosso Programa e estodisponveis em CD-ROM.3 Existem outras Dissertaes sobre futebol que foram defendidas nosProgramas da PUCSP. Ao todo, at o incio de outubro de 2003, contamum total de dezessete (17) teses e dissertaes, segundo pesquisarealizada no arquivo da biblioteca Nadir Gouva Kfouri, que foramdefendidas nos Programas de Ps-Graduao em Psicologia Social,Histria, Direito e Administrao, desde o ano de 1981.

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  • Motriz

    Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S6S6

  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S7-S200

    Resumos dos Temas Livres

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    Recuperao da freqncia cardaca apsexerccios contra resistncia e

    associaes com a intensidade de esforo

    Amorim, K.S.; Vieira, G.; Costa, V.P.; Adami, F.;Lima-Silva, A.E.

    Laboratrio de Pesquisa Morfo-Funcional - CEFID -Universidade do Estado de Santa Catarina

    O propsito desta pesquisa foi verificar se existem associaesentre intensidade (carga mxima - 1RM e nmero de repetiesa 80% e 60% de 1RM) em diferentes tipos de exerccio (supinoreto e leg press 45) com variveis derivadas da curva derecuperao da freqncia cardaca (FC) aps trabalho contraresistncia. Seis homens e seis mulheres (22,7 2,1 anos; 171,9 10,9 cm; 66,3 11,8 kg e 14,5 5,3 % de gordura) realizaramdois testes para determinar 1RM, supino (1RM-SUP) e leg press(1RM-LEG). Posteriormente, os indivduos realizaram uma srieat a exausto a 80 e 60% de 1RM, com intervalo de 5 minutosentre as duas, sendo computado no final o nmero deexecues (NE) e a FC de pico (FCPICO). Essa segunda sessofoi realizada aps no mnimo 24 horas, com a escolha doexerccio inicial feita aleatoriamente. A curva de recuperaoda FC (Polar S610) foi ajustada com equao monoexponencial,que possibilitou a identificao matemtica da FC deestabilizao (FCEST), da velocidade (constante de tempo) eda amplitude de queda. As associaes entre as variveis foramfeitas atravs da correlao linear de Pearson. A carga de 1RM-SUP apresentou associao significativa apenas com aconstante de tempo obtida aps a srie de 80% (r = 0,66; p

  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S7-S200

    Resumos de Temas livres, Painis e Relato de Experincia

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    escala de avaliao neurosensriomotora (Guimares, 2001.modificada). A mesma realizou Equoterapia durante 6 meses, 2vezes por semana com durao de 30 minutos cada sesso. Foiobservado melhora efetiva no tnus muscular, no controle decabea e na coordenao sensrio motora primria visuo-ceflica. Portanto conclui-se que a Equoterapia, umimportante recurso teraputico no tratamento de ParalisiaCerebral.

    Aprendizagem de habilidades manuais emcrianas com atraso motor

    Alleoni, B.N.; Hatore, R.S.; Pellegrini, A.M.UNESP - Rio Claro/SP

    Dificuldades de coordenao so identificadas pelosprofessores no ambiente escolar. Como as crianas passamum bom tempo na escola, ento este um local propcio aprendizagem de habilidades. O objetivo do estudo foi verificara contribuio da prtica de habilidades motoras envolvendoa ateno, o ritmo e a verbalizao no desenvolvimento motorde crianas que apresentam atraso motor. O presenteexperimento foi realizado com escolares dos anos finais daeducao infantil e dos iniciais do ensino fundamental. Ascrianas participantes foram avaliadas quanto idade motorae agrupadas em: atraso motor com interveno (AMCI - 25crianas, com 85 + 15 meses de idade); atraso motor seminterveno (AMSI - 17 crianas, 82 + 20 meses de idade ), e;grupo controle, formado com crianas sem atraso motor - (GC- 29 crianas, 85 + 17 meses). Elas tambm foram avaliadasquanto ao tempo de reao simples com estimulo auditivo evisual (TRS) e quanto velocidade/preciso de movimentoantes e aps o programa de interveno. Os resultados daANOVA e do teste a posteriori Tukey para n desiguais com oTRS como varivel dependente apontaram interaosignificativa para os trs fatores principais (grupo, X estmuloX teste, F= 4,09 e p < 0,05). Os participantes do grupo AMCItiveram tempos de reao no teste inicial maior do que o dascrianas do grupo controle no mesmo teste; as crianas doAMCI melhoraram o TRS com a interveno aplicada, e; ascrianas do grupo controle tambm apresentaram decrscimono TRS, o que no foi observado no resultado do grupo AMSI.Quanto velocidade e preciso motora, os resultados dasANOVAs com o tempo mdio e a preciso de deslocamentocomo variveis dependentes indicaram significncia apenasnos fatores principais tarefa (uni e bimanual) e prefernciamanual (direita e esquerda): em geral, as crianas cometerammais erros e foram mais rpidas na tarefa bimanual, e; a precisoda mo preferida foi melhor do que o da no preferida, e avelocidade mdia da mo preferida foi maior do que a da mono preferida. Em resumo, os resultados sugerem que ascrianas que apresentam atraso motor tambm apresentamdificuldades de ateno e coordenao motora, porm atravsde um programa de interveno, mudanas no comportamentoso observadas, com melhora no desempenho e na focalizaoda ateno na tarefa a ser executada.Apoio: *Bolsista - PIBIC

    Criao de empresa de lazer, recreao eprestao de servios

    Almeida Jr., B.R.; Andrighetti, D.B.; Feitosa, B.S.; Morais,E.L.; Rodrigues, N.G.; Vieira, A.

    Educao Fsica - UNISANT'ANNA SP

    A rea de lazer e recreao uma das maiores empregadorasda Educao Fsica, e a competitividade do mercado exige cadavez mais prestadores de servio que atuem comprofissionalismo, conhecimento e competncia. A experinciade construir uma empresa que atue nessa rea fundamentalpara o aprendizado dos alunos, ao mesmo tempo em queproporciona contatos mais estreitos com o corpo deconhecimentos e a reflexo terica necessrios para dar suportea empreendimentos desse nvel, evitando a prticadesvinculada da anlise crt ica e da produo deconhecimento. O Grupo de Estudos em Lazer e Recreao daUNISANT"ANNA, formado em 2004 por alunos do curso deEducao Fsica, desenvolve atualmente um projeto que temcomo objetivos conhecer e vivenciar as questes que estoenvolvidas na criao de uma empresa de prestao de serviosna rea de lazer e recreao, desenvolver competncias deatuao, e produzir conhecimento, divulgando-o emcongressos, seminrios e publicaes especializadas. Entreas atividades j realizadas esto a elaborao de um projeto delazer, recreao e qualidade de vida voltado para empresas,apresentao do projeto do grupo no "IV ENCONTRO DAEDUCAO FSICA DA UNISANTA"NNA", participao noevento "Arraial da Odapel Autopeas", evento que contoucom a presena de 150 pessoas, entre funcionrios da empresae familiares, onde foram desenvolvidos jogos e brincadeiras;O grupo tambm esteve presente na festa de natal beneficentepara cerca de 400 pessoas do bairro da Pedreira, comunidadecarente da Zona Sul de So Paulo, com brincadeiras dirigidaspara as crianas da escola comunitria. Atualmente o Grupode Estudos encontra-se em pleno desenvolvimento, comdiversas atividades previstas, como a participao em eventoscientficos, atuao em empresas e organizao de eventos delazer e recreao para crianas carentes.

    Handebol adaptado terceira idade

    Almeida, A.R.; Orsi, R.C.Escola Superior de Educao Fsica de Jundia

    A terceira idade vem crescendo com o passar do tempo e porisso a procura por atividades fsicas adaptadas a esta fase davida tambm esta crescendo. Com este crescimento est seobservando a necessidade de adaptarmos mais esportes. Sendoassim, surgiu o handebol adaptado a terceira idade, na qual uma modalidade disputadas em quadras de dimenses iguaisas do handebol indoor. O jogo ocorre em quatro tempo de seteminutos e participam todos os jogadores inscritos na partida.O handebol adaptado a terceira idade uma modalidade recente,dinmica e empolgante.

  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S7-S200

    Resumos de Temas livres, Painis e Relato de Experincia

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    A Dana de Salo como Qualidade deVida para os seus Praticantes

    Almeida, C.M.; Rocha, M. D.PUC-CAMPINAS

    A dana uma forma de linguagem composta por outraslinguagens artsticas ( msica, teatro, literatura e artes plsticas)que dependendo do espetculo a ser apresentado, ou emaencenado, apresenta uma linguagem especfica. Seja o Jazz, omoderno, o contemporneo, as danas de salo, as danasfolclricas, etc. , todos os esti los possuem as suaspeculiaridades que os tornam nicos. A dana de salo queantigamente era considerada "coisa de velho e fora de moda",atualmente, j no mais vista como uma atividade exclusivade casais de meia idade. Vem sobrevivendo aos movimentossociais e polticos, aos modismos das variadas pocas, asinfluncias da mdia vivenciada nas sociedades, e envolvendouma expressiva clientela de jovens, adolescentes e adultosdas mais diversas classes sociais. Esse estudo teve comoobjetivo apresentar uma investigao terico- prtica sobre adana de salo, desde a sua origem, estilos e ritmos, bem comouma pesquisa de campo, na qual buscamos conhecer osmotivos que levam as pessoas a procurarem uma academiapara aprender esse tipo de dana. 0bservamos que, ossentimentos que permeiam essa prtica e promovem o encontrode um corpo com o outro, colocam em jogo as emoes dodanar e, promove a melhoria da sade e da qualidade de vida.Para desenvolver este projeto, combinamos a pesquisabibliogrfica e a pesquisa de campo de carter exploratria naqual visamos descrever os aspectos fsicos, afetivos sociais epsicolgicos em situaes de dana de salo. Buscamosentender at que ponto esta prtica contribui para afastar osmales mais comuns da vida contempornea como estresse, adepresso e outros estados mrbidos muitos deles derivadosda tristeza. Nesse sentido, enfocamos a questo da qualidadede vida e a sua relao com a dana. Entendemos comoqualidade de vida tudo aquilo que diz respeito ao bem estar devida. O bem estar por sua vez, no se liga unicamente ao fatorsade/ ausncia de doena. Mltiplos fatores interferem naobteno do bem estar envolvendo vrias dimenses: fsica,social, profissional, intelectual, emocional e espiritual. Duranteo desenrolar do projeto/ processo foi realizado uma pesquisapara identificar o nmero de academias que praticam a danade salo, momento em que aplicamos um questionrio quesubsidiou nossas indagaes iniciais. Conforme vimosobservando, contatamos a partir dos depoimentos dosenvolvidos, que a cada a passo executado a dana de salotransporta em seus movimentos todas as nossas sensaes,todo o nosso estado de esprito em pleno exerccio do prazer.

    Influence of the malnutrition in therelation between resistance to the effort

    and concentration of glycogen

    Almeida, P. B. L.; Polacow, V.O.; Freire, T.O.; Coelho, D.F.;

    Benatti, F. B.; Costa, A.S.C.; Lancha Jr., A.H.L.Universidade de So Paulo - USP

    Muscle metabolic alterations caused by malnutrition are notwell documented. Malnourished individuals have lower bodymass and, consequently, lower muscular mass when comparedwith eutrophics individuals. During the exercise, the bloodglucose and the muscle glycogen are the main energeticsources. In previous studies, it was evidenced that individualswith malnutrition present high concentrations of muscleglycogen, but was not clarified the relation between muscleglycogen and resistance to the effort. The aim of the presentstudy was to analyze the influence of the malnutrition onexercise tolerance and muscle (MG) and hepatic (HG) glycogenconcentrations. The sample was composed for 19 Wistar rats,females, with 30 days of age. The animals had been divided intwo groups: (1) malnourished, submitted to caloric restriction,consuming 50% of the control group energy intake; (2) control,with "ad libitum" diet. After 70 days of diet the animals hadbeen submitted the two tests of resistance to effort (RE), whichconsisted of swimming with 5% and 6% of the corporal weight,respectively. After 48 hours of the last test, the animals hadbeen sacrificed, the liver and the gastrocnemius muscle wereremoved, and their concentrations of glycogen were analyzed.The malnourished animals presented higher concentrations ofMG (0,380 0,188) and HG (0,652 0,206) when compared with theanimals of the control group (0,234 0,154 and 0,562 0,158,respectively). In the test with 5% of the body weight, themalnourished animals resisted to effort during 249,8 169,6minutes and the animals of the control group during 252,5 77,2minutes. With 6% of the body weight, the malnourishedanimals resisted to effort during 157,3 145,8 minutes and theanimals of the control group during 127,0 155,2 minutes.Regarding the test with 6% of body weight, there was a highcorrelation (r=0,94) between RE and MG, among manourishedanimals. The same was not observed in the 5% test. Amongthese animals, correlations between HG and RE were not found.Among the control group, there were moderate correlationsbetween HG concentration and RE in the tests with 5% (r=-0,60) and 6% (r=-0,79) of the body weight, and hightcorrelations between the MG concentration and RE in the testswith 5% (r=0,97) and 6% (r=0,82) of the body weight. We canconclude that malnutrition influences the relation betweenmuscle and hepatic glycogen concentrations and the time ofresistance to effort. This may imply that malnourished animalsdo not depend on glycogen to keep exercising.

    Efeitos do treinamento fsico militar sobrea potncia aerbia de soldados

    Alves Jr., A.; Henrique, T. R. ; Almeida, A.Pontifcia Universidade Catlica de Campinas - Grupo de

    Pesquisa em Cincias do Esporte

    O manual de treinamento fsico militar do exrcito brasileirodefine o treinamento fsico militar (TFM) como conjunto de

  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S7-S200

    Resumos de Temas livres, Painis e Relato de Experincia

    S10

    atividades fsicas planejadas, estruturadas, repetitivas econtroladas, um mtodo de treinamento que consiste empercorrer distncias caminhando ou correndo em intensidadeconstante. O objetivo do TFM o desenvolvimento e amanuteno da aptido aerbia. O TFM recomendo aossoldados, porm eles freqentemente no o realizam de formasistematizada. O presente estudo teve por objetivo verificar odesenvolvimento da potncia aerbia em soldados querealizaram o TFM no regular e no controlado, durante 4meses. Participaram do estudo 40 soldados do gneromasculino (18 1 anos; 67 9 kg; 177 7 cm) incorporadospara prestao do servio militar obrigatrio em Campinas.Esses militares foram submetidos a 2 testes de andar e correrem 12 minutos (teste de Cooper) intervalo de 4 meses entre ostestes. No perodo de 4 meses decorrido entre o primeiro esegundo teste, os soldados realizaram atividades fsicas no-regulares e no-controladas com freqncia mdia de 3 vezespor semana, recebendo orientao apenas durante as 6 semanasque antecederam o primeiro teste. Os soldados percorreram3085 282 m no primeiro teste e 3098 323 m no segundo,sendo o VO2mx de 57,4 6,3 e 57,6 7,2 ml/kg/O2,respectivamente. Os valores mdios de potncia aerbia noforam estatisticamente diferentes (Teste-T; p < 0,05) entre osdois testes. Os resultados do presente estudo demonstraramque TFM no-regular e no-controlado no modificou osvalores de VO2max nessa amostra. Isso sugere que noocorreram adaptaes cardiopulmonares suficientes paraaumentar a potncia aerbia dos soldados. Portanto, serianecessrio verificar quais as alteraes da potncia aerbiaaps treinamento regular e controlado, para justificar arecomendao e sistematizao do TFM para os soladosincorporados no servio militar obrigatrio.

    Educao fsica nas sries iniciais doensino fundamental: implicaes da

    ausncia do professor de educao fsicapara a prtica pedaggica

    Alves, F.D.; Cuchiaro, C.; Figueira Filho, G.C.Centro Universitrio Claretiano - Batatais/SP; FCLAR/

    Unesp - Araraquara/SP

    A Educao Fsica Escolar tem importante papel na formaodo cidado crtico e autnomo e capaz de exercer sua cidadania.Nesse contexto, a Educao Fsica busca a insero do alunona Cultura Corporal de Movimento dando condies para queele possa construir, reconstruir e usufruir as prticas corporaisprovenientes da cultura. Contudo, em algumas escolas deensino fundamental as aulas de Educao Fsica ainda soministradas pelos professores regentes da sala e que nopossuem a graduao em Educao Fsica. Ser que eles sabemqual o papel da Educao Fsica na escola? Desse modo,objetivo do presente estudo foi investigar se o professor noformado em Educao Fsica est preparado para ministrar asaulas de Educao Fsica nas sries iniciais do ensinofundamental. Para tanto, foram entrevistados 4 professores

    no formados em Educao Fsica mas que ministram aulasdessa disciplina no 1o e 2o ciclos do ensino fundamental, emescolas pblicas da cidade de Batatais/SP. Eles foramquestionados sobre os objetivos, contedos da EducaoFsica na escola, formao acadmica, formao complementar,etc. Os depoimentos dos participantes revelaram que suasprticas fundamentam-se apenas em experincias individuaisanteriores, bem como naquilo que eles prprios entendem comoEducao Fsica. Quanto aos objetivos e contedos, disseramter muita dificuldade por no possurem uma formaoespecfica. Contedos e objetivos so descritos com base emsua vivncia nas prticas corporais, no senso comum (o queacham que Educao Fsica) como lateralidade,desenvolvimento da ateno, conscincia corporal e recreao,etc. Os dados coletados foram discutidos com base naproposta dos Parmetros Curriculares Nacionais para aEducao Fsica -sries iniciais do Ensino Fundamental. Demodo geral, no depoimento dos participantes pode-se perceberuma tentativa de justificar a falta de conhecimento pelo fato deno possurem a graduao em Educao Fsica e, nota-se, emtom de apelo, a necessidade de que as aulas de EducaoFsica sejam atribudas professores de Educao Fsica. Pode-se dizer, ento, que por possuir embasamento terico e prticosobre contedos e objetivos, por considerar aspectosrelevantes como a incluso e a cultura corporal do movimentoe por trazer conhecimentos cientficos provenientes dagraduao, o profissional formado em Educao Fsica estmais bem preparado para ministrar as aulas de Educao Fsicanas sries iniciais do ensino fundamental.

    O ensino da natao infantil

    Alves, M. P.; Curvello, P.S.S.; Costa, C.M.F.Educao Fsica - UGF

    O objetivo desse estudo foi analisar os efeitos da utilizao deum cd de msica nas aulas de natao infantil. Buscamosverificar se esse recurso pedaggico auxilia o desenvolvimentodo equilbrio, da respirao e da propulso da criana no meioaqutico. Para isto, construmos conjuntamente com um msicoum cd especfico contendo oito msicas infantis para seremusadas nas aulas de natao infantil. Durante o ano de 2004(janeiro a dezembro) utilizamos o cd em cinco turmas daJ"ALEVI Natao Infantil, localizada no Rio de Janeiro. Cadaturma foi constituda por cinco alunos, de ambos os sexos ecom idades entre dois e seis anos. As aulas ocorriam, duasvezes por semana, sendo cada aula de quarenta minutos. Nesteperodo, os alunos foram avaliados duas vezes por seusprofessores (julho e dezembro). Os dados foram registradosnuma ficha de desempenho do aluno construda especificamentepara este fim, contendo indicadores e critrios relacionadosao desenvolvimento do equilbrio, da respirao e da propulsono meio aqutico. Verificamos que o cd facilitou o ensino-aprendizagem dos fundamentos que caracterizam a natao.Este resultado sugere que o recurso pedaggico construdo adequado para ser utilizado com crianas nas aulas de nataoinfantil.

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    Resumos de Temas livres, Painis e Relato de Experincia

    S11

    A Progressividade e a Articulao dosContedos no Ensino da Educao Fsica

    Escolar

    Andrade, H.R.; Leucas, C.B.Colgio Batista Mineiro

    O retrospecto da Educao Fsica escolar Brasileira apontainmeras transformaes e intervenes sofridas pela mesma.Considerando estas transformaes em sua prticapedaggica, questiona-se como so determinados e articuladosseus contedos e a possvel existncia de um padro para estaformalizao. Durante o estudo, realizou-se uma investigaode carter qualitativo avaliativo, com enfoque histrico ecaractersticas etnogrficas. Foi dada nfase evoluo docurrculo da Educao Fsica no perodo de 1942 a 2004 emuma instituio escolar particular de Belo Horizonte.Participaram do estudo cinco professores de Educao Fsicae dois colaboradores do Departamento de Educao Fsica(DEF). Os participantes foram entrevistados e a entrevistanorteada pelos seguintes tpicos: o envolvimento com aEducao Fsica, como eram ministradas as aulas de EducaoFsica? E como ocorria a organizao e estruturao doscontedos? Verificou-se no estudo que a instituio avaliadaaponta quatro perodos especficos na evoluo da EducaoFsica. O primeiro perodo de 1942 a 1959 caracterizado pelapresena dos militares no comando das aulas. A EducaoFsica definida como prtica capaz de promover a sade edisciplinar a juventude. O segundo perodo de 1959 a 1989destaca-se pela presena de profissionais habilitados quepassam a assumir as aulas e a participao do sexo femininonas mesmas. Os contedos eram desenvolvidos sem umplanejamento de grupo. Cada professor era responsvel peloseu planejamento, ocorrendo ainda a valorizao de mtodosesportivistas. O terceiro perodo de 1989 a 1997 marcado pelaoficializao do DEF e o reconhecimento de seus trabalhosjunto a outras reas de ensino. O quarto perodo de 1997 a2004 marcado pela reestruturao da rea, com apoio de umaassessoria contratada pela instituio. Inicia-se nesse perodoo desenvolvimento de um planejamento conjunto, atravs dereunies e estudos da rea. Verificou-se ainda o trabalho doDEF para alcanar uma estruturao dos contedos, por sries,observando o interesse e a necessidade dos alunos em relaoaos conhecimentos e habilidades. Mas, segundo o DEF issodificilmente assegurar uma padronizao do que ensinar emcada srie.

    O corpo encarcerado

    Angelo, F.H.B.; Dias, R.Instituto de Biocincias - UNESP - Rio Claro - SP

    Nesta pesquisa estudamos o modo como se constituemcrceres, visveis e invisveis, como uma forma de invlucrossobre os nossos corpos, e identificamos os desdobramentodeste fenmeno sobre os processos de subjetivao no meio

    urbano, na sociedade contempornea. Assumimos comoreferencial terico as reflexes estabelecidas em duas obras:1) "O assassinato de Cristo", de Wilhelm Reich e 2) "Oanticristo", de Friedrich Nietzsche. Este nosso estudo assumiucomo ponto de partida a descrio das relaes entre corpo ecrcere conforme foram apresentadas no filme de HectorBabenco, "Carandiru". Ao estabelecermos as relaes entre aobra de Nietzsche e a de Reich imaginamos uma espcie dedilogo entre os dois pensadores com o objetivo de demarcaraspectos do poder implicados no encarceramento dos corposna sociedade moderna. Os estudos de Michel Foucault sobreo funcionamento do poder, sobretudo a partir doestabelecimento das categorias "biopoltica" e "biopoder",deram a sustentao para os nossos esforos de reflexo.Propomos um debate sobre as obstrues identificadas noscorpos encarcerados como elementos capazes de dificultar aexperincia de processos de subjetivao no meio urbano deum modo mais saudvel.

    Avaliao dos fatores de risco paracardiopatias a partir de indicadores

    antropomtricos, distribuio da gorduracorporal e histrico familiar em uma

    amostra populacional de Votuporanga-SP.

    Arajo, E.C.; Magossi,T.Y.: Massura, Barril, N.UNIFEV-Centro Universitrio de Votuporanga

    A obesidade e o sobrepeso so fatores considerados comoriscos predisponentes para cardiopatias. A prevalncia desobrepeso e obesidade pode ser avaliada pelo ndice de massacorporal ( IMC ) definido como o peso em quilogramas divididopelo quadrado da altura em metros e pela relao cintura/quadril( RCQ ) que permite avaliar a quantidade de gorduraconcentrada na parede abdominal e nas vsceras. O objetivodo presente trabalho foi avaliar fatores de risco predisponentespara doenas cardiovasculares em participantes do programaescola da famlia de uma unidade escolar pblica da cidade deVotuporanga-SP, atravs do IMC, RCQ e histrico familiar. Paratanto, foram avaliados 50 sujeitos de ambos os sexos, comidade variando de 22 a 78 anos. O material utilizado foi protocolocontendo dados de identificao, histrico familiar, IMC, RCQe Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os sujeitosforam agrupados em 8 classes etrias de acordo com o sexo eidade. Os resultados obtidos demonstraram sobrepeso emambos os sexos de acordo com o IMC e prevalncia deobesidade no sexo feminino de acordo com o RCQ, incidnciade presso arterial baixa no momento da aferio e de todos osfatores avaliados os antecedentes familiares foram os maisfreqentes, apenas 8% da populao estudada no apresentoufatores de risco. Para todos os indicadores estudados,observou-se um percentual crescente em relao aos gruposetrios mais avanados. Nossos resultados esto de acordocom os dados da literatura, pois demonstraram fatores de riscorelacionados obesidade e sobrepeso nas faixas etrias maiselevadas da populao estudada, nos quais, os sujeitos

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    relataram sedentarismo, na anamnese, assim como a ocorrnciade cardiopatias e/ou outras doenas crnico-degenerativascujo o principal agente etiolgico a obesidade em parentesde primeiro grau.

    Uso de um esteride anabolizante notratamento de ratas com osteoporosesubmetidas ao exerccio de natao.

    Arajo, E.M.; Anaruma, C.A.; Mazzeo, R.T.; Moi, D.C.;Carvalho, B.; Muranaka, L.S.

    Departamento de Educao Fsica UNESP - IB - RC

    Estima-se que 7% da populao contempornea brasileirapodem ser portadores de osteoporose. Em casos onde aosteoporose j se faz presente, pode ser administrado umhormnio que aumente o anabolismo sseo, como o caso datestosterona. Nosso objetivo conhecer os efeitos daadministrao deste hormnio sexual associado ao exercciofsico sobre a morfologia do osso em ratas menopausadas.Para tal, utilizamos 12 ratas Wistar com 90 dias de idade queforam ovariectomizadas antes do incio do experimento,divididas em grupos sedentrio e treinado. Os animaissedentrios foram divididos em grupo controle (S) e grupoanabolizado (SA); os animais treinados foram divididos emgrupo controle treinado (T) e grupo treinado anabolizado (TA).O anabolizante utilizado foi o Decanoato de Nandrolona (Deca-durabolin) na dose de 0,72 mg/Kg de peso do animal. Institui-se a natao por uma hora, com carga de 5% do peso do animal,5 vezes por semana durante 8 semanas. Ao fim deste perodoforam colhidas amostras da difise do fmur para serdesidratadas e secas em aparelho de ponto crtico, metalizadascom ouro e observadas no Microscpio Eletrnico de VarreduraPhilips do Laboratrio de Microscopia Eletrnica do IB de RioClaro. Os dados quantitativos foram comparadosestatisticamente pela anlise de varincia e teste "t-student".A anlise dos ossos revelou que a espessura da camadacortical no apresentou diferena entre os grupos (P>0,05). Jno interior da cavidade ssea dos grupos sedentrios noestavam presentes as trabculas do osso esponjoso a qualapareceu com exuberncia nos ossos das ratas treinadas.Qualitativamente, o osso dos animais treinados, independenteda administrao do anabolizante, apresentou arquiteturassea bem preservada o que no acorreu nos ossos dos animaissedentrios. Este fato nos leva a acreditar que o treinamentode natao com carga foi capaz, por si s, de preservar aarquitetura dos ossos deixando-os mais resistentes. Assim,conclumos que o exerccio de natao com carga foi suficientepara preservar a arquitetura ssea, sendo desnecessrio, nestecaso, a administrao de um esteride anabolizante.

    Determinao do estado para o trabalhoanaerbio em ratos wistar durante

    exerccio de natao

    Araujo, G.G.; Zagatto, A.M.; Manchado, F.B.; Gobatto,C.A.;Papoti, M.

    Laboratrio de Biodinmica - Unesp Rio ClaroUniversidade Metodista de Piracicaba

    O presente estudo verificou a validade da CTA como ndice decapacidade anaerbia em ratos submetidos a exerccio denatao. Foram utilizados 35 ratos Wistar com 61 dias aps 2semanas de adaptao ao meio lquido (5 min.dia-1), em tanquecilndrico (60x120cm) e temperatura da gua mantida em 31 1 C.Para determinao da CTA os ratos realizaram 4 esforosaleatrios com intervalo de 24 horas, nas cargas de 9%, 11%13% e 15% do peso corporal (PC) fixada ao trax at a exaustopara obteno dos tempos limites (Tlim). Utilizando a relaolinear entre %PC versus 1/Tlim determinou-se a Ccrit e CTA.Atravs da equao de regresso (%PC=Ccrit+CTA*1/Tlim)foi obtido o tempo limite terico (TlimTEO) para diferentesintensidades. Aps 4 dias os ratos realizaram um esforo at aexausto onde foi obtido o tempo limite real (TlimREA). Paradeterminao das concentraes de lactacidemia ([la-]) e deglicognio muscular ([GLIC]) pr e ps-exerccio, dez ratosforam sacrificados em repouso ([la-]PR e [GLIC]PR) e osdemais (n=25) imediatamente aps o TlimREA ([la-]PS e[GLIC]PS), possibilitando a determinao da taxa de depleode glicognio muscular (TXDGL). Foram observados valoresde 517,32 %PC.s, 0,65 0,4mg/100mg e 1,77mM para CTA,[GLIC]PR e [la-]PR e de 0,38 0,10 mg/100mg, 14 3,7mM e 3,60,7g/100mg.s-1 para a [GLIC]PS, [la-]PS e TXDGLrespectivamente. A CTA foi positivamente correlacionada comos Tlim13% (r=0,45) e Tlim15% (r=0,42) e inversamente com aTXDGL.(r=-0,50). No entanto, os TlimTEO (223,73 40,29s) eTlimREA (182,35 28,95 s) no foram significativamentediferentes (P

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    parte desse conhecimento, ainda que inicial, adquirida atravsde uma formao profissional no ensino superior. No entanto,consideramos que existem dvidas de quais conhecimentosso articulados, durante uma interveno profissional,sobretudo considerando as especificidades de pblico, materiale demandas tpicas da rea. Dessa forma objetivou-se identificara partir do ponto de vista do estudante de Educao Fsica,quais conhecimentos so considerados relevantes para umainterveno profissional. Participaram do estudo, 190estudantes de educao fsica, distribudos numa amostraestratificada, com indivduos de todas as sries do perodomatutino e noturno, da Universidade Estadual de Londrina.Foi realizado um estudo exploratrio, de carter quantitativo.Para a coleta de dados foi utilizado um instrumento queconsistia de caracterizao do acadmico, avaliao do cursoe trs situaes-problema. Para anlise dos dados foramutilizadas: (a) anlise de varincia (anova "on way"), paraverificar se os estudantes apresentaram diferenasestatisticamente significantes na atribuio de importncia dosconhecimentos, seguido do teste de Post Hoc de Scheff paraindicar entre quais grupos existia diferenas significativas.Adotou-se um nvel de significncia de p< 0,05. A partir dosresultados obtidos pode-se concluir que o conhecimentosistematizado ou declarativo, pelo menos no grupo estudado,foi secundarizado, ou menos valorizado. Circunstancialmente,tal resultado pode denotar um distanciamento entre a produodesse tipo de conhecimento e a sua utilizao nas situaesde interveno.

    Estresse e capoeira: o fenmeno situado

    Araujo, M.S.; Lima. L.A.N.Unesp - Rio Claro

    Rev a bibliografia sobre estresse e apresenta a Capoeira nasformas opostas de como ela se manifesta. Os momentos tensosde estresse na sua dimenso social e a Capoeira como umapossibilidade antiestressante. O objetivo desta pesquisa revelar o estresse da Capoeira, uma atividade que podefuncionar como agente estressor ou antiestressor, mostrandoo que o estresse na Capoeira. O mtodo de pesquisa utilizado denominado, Pesquisa do Fenmeno Situado, fenomenologia.No pretenso do mtodo medir o nvel de Estresse, mas depossibilitar um ingresso ao mundo interior humano, umaexplorao subjetividade, um exame analtico da estruturatotal do fenmeno do estressado e do ansioso e de seuselementos num contexto, neste caso, a Capoeira. A Pesquisado Fenmeno Situado est interessada em como os fenmenosse mostram, aparecem ou surgem situados em uma experinciavivida. Foram gravadas falas de praticantes de Capoeiracontando sobre suas experincias nesta atividade.Especificamente foi solicitado que falassem dos momentosestressantes e antiestressante da Capoeira. So duas anlisesrealizadas. A primeira a Ideogrfica que quer dizer ideogramas,ou seja, representao de idias por meio de simbologia. Aanlise ideogrfica apresenta a estrutura psicolgica de cadasujeito, compreendida e expressa em linguagem da

    pesquisadora. A segunda anlise a Nomottica apresenta aordem geral de todas as unidades de significados atribudasao discurso de cada sujeito. A meta desta anlise indicarquais as convergncias, as divergncias e as individualidadesque se mostram nos discursos. Os resultados apontam que aCapoeira estressante e antiestressante. Jogar com algumque sabe jogar bem produz nervosismo, uma situao deestresse. A violncia, s vezes praticada pelo prprio mestreprovoca muito estresse. No que se refere ao que auxilia adiminuir o estresse na Capoeira est a msica, principalmenteo som dos berimbaus, alm do intenso exerccio que a Capoeirapossibilita.

    Capoeira da escola - uma prticapedaggica luz de um olhar humanstico

    Arruda, E.O.; Moreira, W.W.Ncleo de Corporeidade e Pedagogia do Movimento -

    NUCORPO Programa de Mestrado em Educao FsicaUNIMEP

    Os saberes que norteiam o ensino das prticas corporais naescola so dos mais diversos e seguem os mais diferentesmodelos. Refiro-me as prticas de natureza extra EducaoFsica, isto , prticas ou modalidades que se convencionoudesignar como "extra-curriculares". Como sabido, as escolasesto ampliando suas atividades escolares, inserindopossibilidades outras como prticas esportivas, artsticas,recreativas, seja no mbito das escolas pblicas por iniciativado Estado atravs de polticas culturais, ou das instituiesparticulares para tornarem-se mais atrativas e, portanto, sefazer competitiva frente ao mercado. Nesse sentido, surge acapoeira como uma das possibilidades, e com isso minhainquietao na condio de professor de capoeira e deEducao Fsica. Qual a abordagem do ensino usada porprofessores e mestres de capoeira na escola ? Esta perguntageradora exigiu a redao do presente trabalho que tem comoobjetivo criticar modelos mecanicistas e por em destaque aabordagem humanista para o ensino da capoeira, abordagemesta estruturada na teoria humanista de Rogers, procurandorelacionar os princpios tericos defendidos pelo autor e oensino da capoeira na escola. Do ponto de vista dametodologia, fizemos uso da reviso bibliogrfica de escritosde Carl Rogers e do livro - Ensino: As abordagens do processo( Maria da Graa N. Mizukami )l alm de artigos cientficos parareflexes acerca das abordagens. J a proposta de superaodo paradigma newtoniano-cartesiano na educao est baseadano textos da Fritjof Capra. As primeiras consideraes sobre otema acenam para uma necessidade de superao dasabordagens tradicionais de ensino, estruturadas nomecanicismo e na super especializao, fator este importantepara a incorporao dos movimentos na capoeira. Assim,propomos a utilizao do humanismo rogeriano comopossibilidade de emancipao do ser que aprende a capoeiraatravs dos processos pedaggicos na escola.

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    Efeito da idade, experincia e numero deexposies ao estimulo na capacidade de

    reteno da memria de curto prazoassociada a posturas corporais estticas

    Assis, L.M.; Basso, L.; Miyasike-da-Silva, V.Curso de Educao Fsica - Centro Universitrio

    SantAnna - So Paulo - Brasil

    A memria, uma das diversas funes do crebro, acapacidade para armazenar informaes e utiliz-las quandonecessrio, incluindo informaes sobre movimentoscorporais. Particularmente no contexto da Educao Fsica, amemria um recurso extensamente utilizado para armazenar erecuperar seqncias de movimentos. Apesar de se reconhecerque a capacidade de memria est presente desde cedo navida das pessoas, pode-se questionar se a capacidade dememria de crianas apresenta caractersticas diferenciadasou limitaes. Dentro deste contexto, objetivo deste estudofoi verificar a capacidade de memria de curto prazo paraposturas estticas em crianas. Participaram deste estudo 60crianas entre 04 e 06 anos distribudas em trs grupos etrios(4, 5 e 6 anos) e dois grupos de atividade fsica: a) praticantesde educao fsica escolar (EFE) e b) praticantes de educaofsica escolar e atividades esportivas (EFE+E). Para a coleta dedados foi utilizada uma seqncia de 10 fotografias ilustrandoposies corporais variadas, que foram apresentadas a cadacriana em uma tela de computador durante 40 segundos (4segundos cada fotografia). Aps a apresentao, oparticipante era solicitado a reproduzir os movimentos quelembrasse, em qualquer ordem, e estes eram anotados peloavaliador. Em seguida, o procedimento de assistir os slides ereproduzir os movimento era repetido. Analisando o nmerode acertos, observou-se que as crianas de 6 anos conseguiramreter maior quantidade de informaes do que as crianas de04 anos. Alguns fatores que podem vir a explicar este resultadoso a maturao do crtex cerebral e o aumento das conexessinpticas. Por outro lado, aps a segunda tentativa deobservao, o grupo de 4 anos apresentou reteno deinformaes semelhante aos demais grupos. Quanto prticade atividade fsica, o grupo EFE+E mostrou uma maiorcapacidade de memria de curto prazo do que o grupo EFE. Emlinhas gerais conclui-se que: a) a capacidade de memria estem desenvolvimento durante a primeira infncia; b) a repetioda demonstrao para crianas mais novas favorece melhorreteno de informaes; c) a prtica de atividades esportivasna primeira infncia, alm das aulas regulares de EducaoFsica Escolar, favorece o aumento da capacidade de memriade curto prazo para movimentos.

    Espelho, espelho meu! existe algummelhor do que eu?

    Assis, R.M.;Escola Estadual Vieira Marques

    Romrio considerado um dos melhores jogadores do mundono esporte nmero um do pas, o futebol. Porm, com suaidade avanada e fama de "bad boy", sua capacidadeprofissional est sendo questionada pela mdia. O objetivodeste trabalho investigar como a imprensa escrita vemtratando o assunto Romrio, j que foi demitido no ano passadoe sua aposentadoria ventilada pela mdia. Foi realizada umaanlise descritiva em revistas e jornais. O material foi dividoem trs momentos: 1) final da Copa de 1994, onde foi exaltadoe considerado o principal responsvel pelo tetracampeonato;2) final de 2004, onde foi questionada a sua permanncia nosgramados, sendo considerada a vaidade como principal motivoe; 3) incio de 2005, notcias do dia-a-dia do Vasco e do prprioRomrio, com elogios ao jogador e estatsticas de sua carreira.Percebeu-se que a mdia criticou a sua permanncia no futebol,afirmando o motivo ser devido ao seu "ego enorme" e noconseguir viver sem a fama. Porm, a mesma mdia utilizou-sedele para promov-lo e oferecendo-lhe essa mesma fama quetanto critica. Isso comprova teoria de autores, quando afirmamque a mdia utiliza a fama como objeto preferido, alm deoferec-la para muitos e a retira quando lhe for conveniente.

    Comparao entre os tempos de umtreino de velocidade em natao

    comparado com o melhor tempo nadistancia de 25 metros.

    Assumpo, C.O.; Bartholomeu Neto, J.; Cielo, F.M.B.L.;Luchiari, R.; Oliveira, G.S.

    UNIMEP - Universidade Metodista de Piracicaba

    Uma das capacidades mais importantes na natao avelocidade. Dentre suas diversas manifestaes, a velocidadena natao manifestada pela velocidade de reao (largada)e velocidade cclica (percurso). Velocidade do nadador entendida como o conjunto das caractersticas funcionais doorganismo que garante a realizao das aes motoras em umtempo mnimo (PLATONOV, 2005). Com o objetivo de compararo desempenho de nadadores submetidos a um treino develocidade com o desempenho de apenas um tiro da mesmadistncia, aplicamos a seguinte metodologia: foramselecionados 15 atletas de natao (09 sexo masculino e 06sexo feminino) com idade de 14,8 1,26 anos com no mnimodois anos de treinamento. Dois dias anteriores ao treino develocidade, os atletas realizaram, aps um aquecimento, umtiro nico de 25 metros nado crawl como sendo um tempocontrole para comparao com os resultados dos tempos dotreino. O treino de velocidade consistiu em um aquecimento euma srie de 11 tiros de 25 metros nado crawl saindo a cada 2minutos e 30 segundos. Todos os tempos foram anotados e osvalores esto expressos em mdia e desvio-padro na Tabela1. Observamos que 10 atletas (66,6%) atingiram sua melhormarca durante pelo menos um dos tiros do treino, comparadocom o tempo de 25 metros controle. Conclumos que o treinoproposto atingiu o objetivo principal que foi realizar todos ostiros na velocidade mxima, mostrando que o intervalo entre

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    os tiros permitiu a recuperao das fontes energticasutilizadas. Tabela 1: valores em mdia e desvio-padro do tempode 25 metros e dos 11 tiros de 25 metros do treino de velocidade.Tempo de 25m 1 Tiro 2 Tiro 3 Tiro 4 Tiro 5 Tiro 6 Tiro 7Tiro 8 Tiro 9 Tiro 10 Tiro 11 Tiro mdia 14,33 14,63 14,7 14,4414,48 14,37 14,59 14,65 14,61 14,68 14,61 14,69 SD 1,64 1,69 1,831,77 1,88 1,62 1,67 1,86 1,68 1,91 1,85 1,76

    Influncia das caractersticas deconstruo do calado esportivo na

    distribuio da presso plantar

    Azevedo, A.P.S.; Lobo, R.; Zekhry, D.; Bianco, R.; Amadio,A.C.; Serro, J.C.

    Laboratrio de Biomecnica da Escola de EducaoFsica e Esporte da Universidade de So Paulo

    Introduo: O nmero de opes de calados esportivosdestinados mesma modalidade esportiva tem crescidovertiginosamente, assim como as tecnologias e os tipos demateriais utilizados para sua construo. Entretanto, a literaturaespecializada aponta que diferentes tipos de construo decalado podem influenciar variveis dinmicas na locomoo,inclusive a distribuio da presso plantar (HENNIG &MILANI, 1995). A presso plantar uma varivel relacionadaao conforto e proteo do aparelho locomotor, e querepresenta a quantidade de fora incidente em uma determinadarea de contato. Objetivo: Analisar a influncia de diferentescaractersticas de construo empregadas na fabricao decalados de corrida sobre variveis relacionadas pressoplantar. Materiais e Mtodos: Trs atletas (sexo masculino; 32 7 anos e 65,33 2,88 kg; 169 9 cm) correram a uma velocidadede 14 km/h sobre uma esteira rolante com 3 calados esportivosdiferentes (A, B e C), em boas condies de uso (novos),utilizados para a mesma finalidade (corrida) e que possuem,sobretudo, caractersticas de construo distintas (materiais,tecnologia e peso). Os dados adquiridos para o estudo forammensurados atravs de palmilhas sensorizadas do sistema F-Scan/Tekscan (3 coletas de 15s a 120hz). Resultados: Foramobservadas diferenas significativas entre os calados paraas seguintes variveis: pico de presso do retrop (105,7026,96 KPa para calado A, 131,65 28,63 KPa para B e 118,2726,57 KPa para C); pico de presso do mediop (101,60 25,29KPa para calado A, 128,28 35,86 KPa para B e 119,90 31,32KPa para C); pico de presso do antep (187,01 44,55 KPapara A, 220,66 44,49 KPa para B e 185,83 25,10 KPa para C);pico de presso do hlux (147,98 30,11 KPa para A, 161,1044,49 KPa para B e 153,97 26,94 KPa para C); e rea total decontato (191,21 5,96 cm para A, 185,42 10,52 cm para B e190,61 9,83 cm para C). Concluses: Ainda que preliminares,os resultados apontam que diferentes caractersticas deconstruo podem afetar a distribuio da presso plantar, e area total de contato do p. Esta possui um importante papelna anlise da sobrecarga aplicada ao aparelho locomotor, estrelacionada ao conforto e sobrecarga local transferida ao pdo usurio.

    Aprendizagem precoce de habilidadesespecficas em crianas de 8 a 10 anos

    Azevedo, N.C.; Togatlian, M.A.Universidade Estcio de S - Nova Friburgo

    Rio de Janeiro

    Esta pesquisa pretendeu investigar a aprendizagem precocede habilidades especficas em crianas de 8 a 10 anos. Oproblema baseou-se na possibilidade de estar ocorrendo oensino de habilidades especficas nas primeiras sries doEnsino Fundamental. A hiptese selecionada afirmava que asaulas de Educao Fsica Escolar esto voltadas para osmovimentos especializados. Para a investigao foramutilizadas duas formas de coleta de dados: observao noparticipativa de aulas de Educao Fsica Escolar nas primeirassries do Ensino Fundamental e a aplicao da BateriaPsicomotora (FONSECA, 1995), em relao s valncias:equilbrio e estruturao espao-temporal, sendo a mesmaaplicada em 45 crianas divididas em 3 grupos de 15 crianascom 8, 9 e 10 anos. A aplicao dos testes foi registrada emvdeo e analisada de acordo com a cotao da BPM, comatribuio de valores decrescentes de 4 a 1. Os grupos foramcomparados de acordo com suas mdias, verificando-se que ogrupo de crianas de 10 anos obteve mdia inferior a dosgrupos de 8 e 9 anos em relao valncia da estruturaoespao-temporal; no que se refere ao equilbrio, o grupo decrianas de 10 anos apresentou melhores mdias, contudoabaixo do esperado para a faixa etria. Conclui-se, portanto,que as aulas de Educao Fsica, de forma geral, podem estarcontribuindo para a precocidade do ensino de habilidadesespecficas.

    O efeito da interferncia contextual naaprendizagem bilateral no fundamento do

    saque por baixo no voleibol

    Babo, A.G.F.; Teixeira, L.A.Escola de Educao Fsica e Esporte - USP

    O propsito desta pesquisa foi investigar os efeitos da prticaaleatria/bloco na aprendizagem do saque no voleibol e areduo na assimetria lateral. Estudantes do sexo feminino,com idade de 15/16 anos, experientes no voleibol, foramdesignados aleatoriamente a 4 grupos de prtica (G1 alta ICbrao direito; G2 alta IC brao esquerdo; G3 baixa IC braodireito; G4 baixa IC brao esquerdo). O experimento tevedurao de 8 aulas. Os indivduos foram pr-testados com omembro preferencial e no preferencial, praticaram a habilidadedurante a fase de aquisio sob alta/baixa IC e cada um realizouum total de 96 tentativas. No Ps-teste, foram desempenhadastarefas com o membro ipsilateral fase de aquisio. Na fasede transferncia foi utilizado o membro contralateral. A varivelindependente foi o saque e a varivel dependente o programade prtica. A medida de categorizao foi a mudana qualitativado padro do movimento e quantitativa a preciso (distncia

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    em metros que a bola caiu do alvo). A varivel gnero, osindivduos foram destros. Para manipular os parmetros dahabilidade, foram usadas diferentes zonas de saque. De acordocom o clssico efeito da IC o G1 obteve desempenhoquantitativo/qualitativo inferior do pr-teste para o ps-teste,comparado ao G3, mesmo quando comparado ao teste pr-teste ipsilateral para a transferncia, o G3 obteve desempenhosuperior ao G1 de forma que o tratamento foi mais eficientepara o grupo bloco que para o aleatrio, caracterizando melhortransferncia lateral. Apesar dos altos ndices de erroquantitativo do G2 no pr-teste, comparado ao G4, ambosgrupos apresentaram melhoria, qualitativa/quantitativa do pr-teste para o ps-teste. Conclumos que os grupos bloco,reagiram melhor ao tratamento com desempenho superior dopr-teste para o ps-teste e para a transferncia, levando-nosa crer que indivduos experientes na prtica do voleibol reagemmelhor a programas de aprendizagem em bloco do quealeatrios.

    II passeio ecolgico - conhecer parapreservar: o caso do PEP da ufpaUFPA

    Bahia, M.C.; Nascimento, P.C.C.; Soares, L.N.F.; Evangelista,N.E.S.; Soares, P.A.M.; Cordeiro, R.V.

    UEPA

    O objetivo deste trabalho oportunizar incluso no lazerecolgico aos alunos do PROJETO ESPORTE PARTICIPA-TIVO, atravs de uma caminhada pela natureza. A caminhadafoi realizada no Parque do Utinga, reserva ambientalresponsvel pelo abastecimento de gua de alguns bairros domunicpio de Belm. A metodologia utilizada foi participativa,onde todos esto vontade e responsveis para planejar,efetivar e vivenciar o planejado de acordo com seus limitespessoais. Foi organizado o percurso, equipes de apoio (comdistribuio de gua e frutas, carro de apoio {som}).Trabalhamos tambm de maneira informativa para que todosconhecessem melhor o Parque e enfatizamos a importncia dapreservao. A avaliao do processo se deu de forma objetiva(pontos negativos e positivos); propositiva e reflexiva. Osregistros foram feitos atravs de fotos, filme e depoimentosdos participantes, com destaque para "a importncia dessetipo de lazer, por possibilitar ao mesmo tempo em que a pessoaest se divertindo estar tambm conhecendo e preservando anatureza". Contudo, observamos que a incluso no lazerpossibilita a construo de um conhecimento interdisciplinarcontribuindo para a disseminao das prticas esportivas e apreservao da natureza. Este estudo est baseado emCARVALHO (2000), COSTA (2000) e MARCELLINO (1996).

    Surfe no Brasil: primeiras ondas

    Bandeira, M.M.; Guedes, C.M.Escola de Educao Fsica e Esporte-USP Grupo deEstudos e Pesquisa em Histria e Antropologia do

    Movimento Humano - GEPHAM

    O surfe surgiu como expresso da cultura polinsia nas ilhashavaianas, encontrando-se seu primeiro relato nos documentosreportados coroa inglesa pelo Capito James Cook, em 1778.No Brasil teorias acerca de sua origem so controversas, pormfotografias apontam como precursores desta prtica OsmarGonalves e Joo Roberto Suplicy Haffers que atravs deinstrues encontradas em uma revista de mecnica americanaconstruram a primeira prancha de surfe brasileira e utilizaram-na na praia do Gonzaga - Santos, em 1938. Atualmente amodalidade atinge grande visibilidade e constitui-se enquantosubcultura esportiva, desta forma trabalhos acadmicos a seurespeito comeam a ser desenvolvidos, contudo em nmeroainda muito reduzido. Este estudo tem como objetivo investigarvalores histricos culturais compartilhados por um grupoespecfico de praticantes da modalidade esportiva surfe, assimcomo identificar as bases histricas da construo cultural damodalidade no cenrio nacional. O surfe cria em espaosfechados de grupos de praticantes, uma subcultura que setraduz em hbitos, linguagem e vesturio. Para entender comoo surfe chegou ao Brasil, como se formaram e se formam estesgrupos culturais e seu cotidiano, utilizou-se de duasmetodologias de trabalho: investigao histrica (fontesprimrias: documentos, fotografias, revistas, jornais eentrevistas) e secundrias (livros, artigos) e a etnografia(descrio da cultura - do cotidiano dos grupos observados).Os participantes deste estudo so surfistas profissionais eamadores. At o momento, nota-se certo desencontro deinformaes na literatura histrica consultada e observou-seque a formao das subculturas revela valores hierrquicos,hbitos ritualsticos de prtica e competio e cdigos delinguagem diferenciados.Apoio: CNPq - Conselho Nacional de DesenvolvimentoCientfico e Tecnolgico

    Os efeitos da interferncia contextual notnis de mesa durante aaprendizagem do saque

    Barai, A.;Centro Universitrio Hermnio Ometto

    Este estudo teve o propsito de verificar o efeito dainterferncia contextual com prticas variadas na aquisio dosaque do tnis de mesa (habilidade ontogentica). A literaturasugere que os grupos de prtica aleatria apresentam melhorrendimento que os grupos de prtica em blocos, nos testes dereteno e transferncia. Para a coleta de dados, foramselecionados vinte e dois sujeitos com idades entre 11 e 14anos, distribudos em dois grupos de prtica: blocos (GPB) ealeatrio (GPA). A tarefa consistiu em acertar os alvos com abola, utilizando-se do saque "forehand" do tnis de mesa. Ossujeitos realizaram 300 tentativas distribudas em 10 dias detreinamento na fase de aquisio e 10 tentativas na fase detransferncia. Na fase de aquisio, o GPB realizou 150tentativas nos cinco dias iniciais no alvo (P1), e ento as outras

  • Motriz Jan-Abril 2005, Vol. 11, n.1 (Supl.), p. S7-S200

    Resumos de Temas livres, Painis e Relato de Experincia

    S17

    150 no alvo (P2), o GPA realizou as 300 tentativas nos alvos(P1, P2) em todas as sesses de prtica de modo aleatrio. Nafase de transferncia os dois grupos realizaram dez saques noalvo (T). O teste de Friedman, com nvel de significncia de0,05, revelou diferenas intra-grupo para o (GPB) na fase deaquisio, mas para as anlises inter-grupos o teste de Kruskal-Wallis no encontrou diferenas nos testes de reteno etransferncia. Os resultados no comprovaram os efeitospropostos pela a teoria da interferncia contextual, mas foiobservada uma discreta tendncia favorvel ao grupo deprtica em blocos.

    Anlise do desempenho de chutes nofutsal com o membro dominante e com ono dominante e da velocidade da bola

    Barbieri, F.A.; Moura, F.A.; Lima Jnior, R.S.; Wisiak, M.;Santiago, P.R.P.; Thomaz, T.; Cunha, S.A.

    Lab. Anlises Biomecnicas - Departamento de EducaoFsica UNESP

    Os jogadores de futsal apresentam diferenas nas habilidadesentre o membro dominante e o no dominante, fazendo maioruso do membro dominante. Desta forma, o objetivo desteestudo foi analisar o desempenho de chutes no futsal com omembro dominante e o no dominante e a velocidade da bolaaps a execuo dos chutes. Participaram 5 indivduos destrosdo sexo masculino, com idade de 13 e 14 anos, que realizaram 5chutes com cada membro, a 10 m do gol (tiro livre), com a bolaparada, procurando desenvolver a velocidade mxima na bolae objetivando acert-la em um alvo de 1 m2 que estavaposicionado no centro do gol. Foram utilizadas 2 cmeras devdeo digitais posicionadas de modo a focalizar o movimentoda bola. As imagens foram transferidas para o computador, eos procedimentos de medio, calibrao e reconstruotridimensional foram realizados pelo software DVIDEOW. Parao clculo da velocidade da bola foram capturados os primeiros10 quadros aps o contato com a bola. Para isso, os eixos x e yforam considerados lineares (reta) e o eixo z considerado de 2grau (parbola). A velocidade mdia da bola foi calculada apartir dos dados obtidos pela regresso e utilizando ascoordenadas tridimensionais. Para o desempenho foramanalisados os acertos e erros no alvo. Os resultadosapresentaram melhor desempenho do membro dominante (16%de acerto no alvo), enquanto o membro no dominante obteveum acerto de 8%, e tambm maior velocidade dos chutes com omembro domina