Revista Verde-Oliva Nº 207

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Revista Verde-Oliva Nº 207

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  • 1 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

  • 2 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

  • 3 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    Gen Bda Carlos Alberto Neiva BarcellosChefe do CCOMSEx

    ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    Editorial

    Chefe do CCOMSEx:Gen Bda Carlos Alberto Neiva Barcellos

    Subchefe do CCOMSEx: Cel Inf QEMA Kepler Santos de Oliveira Bastos

    Chefe de Produo e Divulgao: Cel Inf QEMA Antonio Carlos Freitas de Crdova

    CONSELHO EDITORIALCel Cav QEMA Fabiano Souto MartinsCel Inf QEMA Antonio Carlos Freitas de CrdovaCel R/1 Jefferson dos Santos Motta

    SUPERVISO TCNICACel R/1 Jefferson dos Santos Motta

    REDAO1 Ten OTT Charlles Flvio Rocha Setbal 2 Ten QAO Adm G Ernando Corra Pereira

    PROJETO GRFICO

    1 Ten QAO Adm G Osmar Leo Rodrigues1 Ten OTT Aline Sanchotene Alves 1 Ten QCO Karla Roberta Holanda Gomes Moreira1 Ten QAO Sau Eduardo Augusto de Oliveira2 Ten QAO Adm G Pallemberg Pinto de AquinoST Com Edson Luiz de Melo

    COORDENAO E DISTRIBUIOCentro de Comunicao Social do Exrcito

    IMPRESSOELLITE Grfica e Editora Ltda, Rua Cati, Qd 100, Lts 09/10 e 11 74933-290 Ap. de Goinia-GO Fone: (62) 3548-2224

    TIRAGEM 45.000 exemplares Circulao dirigida(no Pas e no exterior)

    FOTOGRAFIASArquivo CCOMSEx

    JORNALISTA RESPONSVELMaria Jos dos Santos OliveiraRP/DF/MS 3199

    PERIODICIDADETrimestral

    DISTRIBUIO GRATUITAQuartel-General do Exrcito Bloco B Trreo 70630-901 Setor Militar Urbano Braslia/DFTelefone: (61) 3415-6514 Fax: (61) [email protected]

    Disponvel em PDF na pgina eletrnicawww.exercito.gov.br

    NOSSA CAPA

    O Exrcito Brasileiro e o Meio Ambiente II

    permitida a reproduo de artigos, desde que citada a fonte, exceto de matrias que contiverem indicao em contrrio.

    PUBLICAO DO CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO (CCOMSEX)

    Estimado Leitor,

    Ao findar-se o ano de 2010, a Revista

    Verde-Oliva volta a abordar um tema de

    preocupao mundial: a preservao do meio

    ambiente. Nesta edio especial, elencado

    o trabalho do Exrcito Brasileiro para propiciar

    s geraes atuais e vindouras, o respeito ao

    Verde. A conscincia ambiental inerente s

    prticas da Fora, visto que as reas militares

    tm a caracterstica de manuteno do bioma.

    No Comando Militar do Leste, os

    espaos naturais so visitados por acadmicos

    e profissionais especializados na rea

    ambiental. A Restinga da Marambaia um

    exemplo, pois mesmo sendo utilizada para

    testes militares, continua preservada. O

    Comando Militar do Nordeste promove o

    reflorestamento e ampliao da cobertura

    vegetal por meio da campanha O Verde

    protegendo o Verde. O Comando Militar

    do Planalto e suas Organizaes Militares

    comprometem-se com a realizao de

    projetos e a preservao da fauna e flora

    do cerrado nativo. O Comando Militar

    do Sul atua no Pampa e na Mata Atlntica,

    trabalhando com a educao ambiental

    e o desenvolvimento da mentalidade de

    preveno. No Comando Militar do Sudeste,

    o 2 Batalho de Polcia do Exrcito mostra

    o nvel de preservao da sua rea baseado

    no pensamento: No basta pensar verde,

    preciso agir verde. No Comando Militar

    do Oeste, a Estao de Tratamento de

    Efluentes busca preservar as guas das bacias

    hidrogrficas por meio de tratamento.

    A Educao Ambiental tambm gera

    espao no Ensino Militar, no qual abordada

    em atividades tericas e prticas, para

    desenvolver a capacidade de preservao,

    valendo destacar o trabalho realizado nos

    Colgios Militares, na Escola de Sargentos de

    Logstica, na Escola de Sargentos das Armas e

    na Escola de Equitao do Exrcito.

    Nesta edio, conhea alguns dos hotis

    de floresta do Exrcito, como o de Itaituba,

    no Par, e Corumb, em Mato Grosso do

    Sul, cujo potencial ecoturstico caracterizado

    pelos belos atrativos naturais.

    As Unidades de Conservao Ambiental,

    ao longo da BR-319, trabalham para

    minimizar a interferncia humana. O Instituto

    de Biologia do Exrcito (IBEx) procura um

    descarte adequado aos resduos biolgicos

    para minorar o impacto ambiental. Com o

    mesmo intuito, o 5 Batalho de Engenharia

    de Construo atua na recuperao das reas

    degradadas e o 2 Batalho de Fronteira d

    uma destinao ideal para as guas residuais.

    A preocupao ambiental da Fora

    transcende nossas fronteiras. No Haiti,

    o reflorestamento feito pelo contigente

    brasileiro procura ajudar a minimizar o

    problema da falta de cobertura vegetal. E,

    com a ajuda do IBEx, nossos capacetes azuis

    empenham-se na sensibilizao de diversas

    boas prticas em favor da populao daquele

    Pas e do prprio contingente.

    Saiba sobre a Conferncia dos Exrcitos

    Americanos e o Meio Ambiente, evento que

    faz o intercmbio de ideias e experincias

    entre os exrcitos membros ou participantes.

    Por fim, o Personagem da Nossa Histria

    o Baro dEscragnolle Tenente-Coronel

    e Ajudante de Ordens do Duque de Caxias

    homem e militar de grande apego e carinho

    pelas questes ambientais.

    As aes do Exrcito so demonstradas,

    nesta edio, de maneira simples, mas

    determinada e indica como o sistema de

    gesto ambiental da Instituio. A equipe da

    Revista Verde Oliva espera ter fornecido um

    material mpar, que venha a perpetuar em

    seus leitores, de agora e do futuro militares

    ou no o respeito pela questo ambiental.

  • 4 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Sustentabilidade e Questo Ambiental EsSLog

    A Gesto Ambiental em Trs Coraes-MG EsSA

    Biodiesel: Uma Realidade no Colgio Militar de Porto Alegre

    Processo de Compostagem: Aproveitamento de Dejetos Animais

    Nossos Hotis de Floresta 18 Bda Inf Fron Corumb-MS

    O Exrcito Brasileiro na Demarcao das Unidades de Conservao Ambiental ao Longo da BR-319

    Tecnologia em Defesa do Meio Ambiente IBEx

    Medidas Ambientais do 5 BEC: Uma Contribuio para a Gesto Ambiental

    Reflorestamento no Haiti: Uma Nova Preocupao para o Contingente Brasileiro

    Saneamento Bsico: Uma Soluo com Simplicidade 2 B Fron

    A Conferncia dos Exrcitos Americanos e o Meio Ambiente

    Personagem da Nossa Histria Tenente-Coronel Gasto Luiz Henrique dEscragnolle

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    Sumrio

    Acompanhe nesta Edio

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    A Evoluo do Sistema de Gesto Ambiental do Exrcito Brasileiro

    Conscincia Ambiental Comando Militar do Leste

    O Verde Protegendo o Verde Comando Militar do Nordeste

    A Mo Amiga em Defesa do Meio Ambiente Comando Militar do Planalto

    A Gesto Ambiental no Comando Militar do Sul

    Muito Mais que Um Discurso Verde 2 BPE

    A Estao de Tratamento de Efluentes PR Mnt/9 RM

    Nossos Hotis de Floresta 53 BIS Itaituba-PA

    Educao Ambiental no Ensino Militar

  • 5 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    Prezado Leitor, Favor responder a pesquisa de opinio sobre a Revista Verde-Oliva colocada no site do Exrcito e tambm publicada na pgina 10 desta edio. Contamos com a sua participao! Equipe Verde-Oliva

    Espaodo Leitor

    [email protected]

    Prezados companheiros. com satisfao que recebo a Revista Verde-Oliva e com interesse que leio todas as matrias. A edio 205, com sua extensa reportagem sobre a interao Exrcito Brasileiro-Braslia, desde o planejamento da cidade, est tima. uma verdadeira aula sobre a nossa Histria recente e merece ser amplamente divulgada. E que grande feito foi a marcha Salvador-Braslia, tanto pela complexidade da operao em si como pelo simbolismo nela presente. Esto de parabns a VO e os autores dos textos.

    Reinaldo Costa MouraCampinas-SP

    Gostaria de ler as edies da Revista Verde-Oliva. Quero parabenizar os trabalhos que o Exrcito Brasileiro vem fazendo. Um grande papel nas Foras de Paz da ONU e na Soberania Nacional. motivo de orgulho para ns brasileiros.

    Flaudemir RosaTrs Coraes-MG

    Sou f da Revista Verde-Oliva desde seu primeiro exemplar. Gostaria de bater no peito e gritar para os quatro cantos do mundo e dizer que eu tenho e sempre terei o orgulho de ter servido neste grandioso e maravilhoso Exrcito de Caxias, no 24 Batalho de Caadores, em So Lus do Maranho. Com muito respeito e admirao que tenho por este Veculo de Comunicao, chamado Revista Verde--Oliva, gostaria de solicitar a renovao da minha assinatura.

    Raniery CostaBraslia-DF

    Minhas continncias! Sou Ex-atirador do Tiro de Guerra Joo Ramalho TG 02/078, no municpio de So Bernardo do Campo. Tive o prazer de conhecer a Revista Verde-Oliva no perodo em que prestei o Servio Militar. Gostaria de receb-la em minha residncia.

    Patrick Gimenez StojanovicSo Bernardo do Campo-SP

    Ol! Me chamo Estela! Estou precisando, para um trabalho da faculdade, de dois exemplares da Revista Verde--Oliva, do primeiro trimestre de 2010, pois tem uma matria sobre a Fora Expedicionria Brasileira.

    Estela G. ZeferinoBlumenau-SC

    Parabenizo a Revista Verde-Oliva pela excelente matria sobre Logstica no Exrcito (n 204) e aproveito a oportunidade para agradecer ao Comandante do Tiro de Guerra do municpio de Castanhal (PA), que me deu a oportunidade de ler a matria, presenteando-me com dois exemplares da revista. Exerci a funo de Diretor de Apoio Logstico da PMPA em um Estado de dimenses continentais como o nosso, onde as operaes logsticas so primordiais para o sucesso da misso policial militar.

    Coronel PMPA Amrico Valeriano de Sena FonsecaComandante do Policiamento Regional III

    Castanhal-PA

    Meu nome Berzotti e, por meio de um amigo veterano da Fora Expedicionria Brasileira (FEB), tive acesso a alguns exemplares antigos da Revista Verde-Oliva. Achei uma publicao de muito bom gosto e que vai ao encontro da mentalidade do grupo ao qual fao parte. Somos reenactors da FEB, reencenadores que procuram mater viva a memria da participao das Foras Armadas brasileiras na Segunda Guerra Mundial, em especial da Diviso de Infantaria Expedicionria. Gostaria de saber se possvel receber os quatro exemplares anuais.

    Eliazer BerzottiRibeiro Preto-SP

    Tive meu primeiro contato com a Revista Verde-Oliva, agora na semana de 7 de Setembro, em uma apresentao das bandas da Aeronutica, Exrcito e Polcia Militar (PR), no Teatro Guara, em Curitiba. Fiquei impressionado com as atividades do Exrcito Brasileiro.

    Carlos Augusto CagliariCuritiba-PR

    Erramos: Edio n 206, pgina 17, onde se l Cludio Eskra Rosty, leia-se Cludio Skra Rosty.

  • 6 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    A Evoluo A Evoluo do Sistema de do Sistema de Gesto Ambiental Gesto Ambiental do Exrcito Brasileirodo Exrcito Brasileiro

    EEEEEEEEmmmmmmmm 1111119999999999888888888884444444444,,,,,, ooooooooooo MMMMMMMMMMMiiiiiiiiiinnnnnnnnnniiiiiiiiiissssssssssttttttttttrrrrrrrrrrrrrooooooooooo ddddddddddddddeeeeeeeeeeee EEEEEEEEEEEEEEsssssssssstttttttttaaaaaaaaaadddddddddoooooooo ddddddddddoooooooooo EEEEEEEEEEExxxxxxxrrrrrrrrrrcccccccccccciiiiiiiiitttttttttttoooooo ddddddddeeeeeeeeeeettttttttteeeeeeeeeerrrrrrrrrrrrmmmmmmmmmiiiiiinnnnnnnnnnnooooooooooouuuuuuuuuuu aaaaaaaaaaaooooooooooo ssssssseeeeeeeeeuuuuuuuuu EEEEEEEEEEsssssstttttttaaaaaaaaaddddddddddddoooooooooo--------MMMMMMMMMMMMMMMaaaaaaaaaaaiiiiiiiiiooooooooooorrrrrrrrrrr qqqqqqqqqqquuuuuuuuueeeeeeeeeee

    rrrrrrrrreeeeeeeaaaaaaaaaalllllllllliiiiiiiiizzzzzzzzzzaaaaaaaaaassssssssssssssssssssseeeeeeeeeeee eeeeeeeeeeesssssssssttttttttuuuuuuuuuuddddddddddddddooooooooossssssssss pppppppppppaaaaaaaaaarrrrrrrrraaaaaaaaa eeeeeeeeeessssssstttttttttaaaaaaaaabbbbbbbbbeeeeeeeeeeellllllleeeeeeeeeeeccccccccceeeeeeeeeeeerrrrrrrrr uuuuuuuummmmmmmmmmmm ssssssssssssiiiiiiiissssssssttttttttttteeeeeeeeeemmmmmmmmmmmmmaaaaaaaaaaa ddddddddddeeeeee pppppppppppplllllllllllllaaaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnnneeeeeeeeeeejjjjjjjjjjjaaaaaaaaaaaammmmmmmmmmmeeeeeeeennnnnnnnnttttttttooooooooo eeeeeeeeeesssssstttttttttrrrrrrrrraaaaaaaaaattttttttttgggggggggggggggiiiiiiiiiiiccccccccccccooooooooooooo ppppppppppppaaaaaaaaaaaaarrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaa

    aaaaaaaaaa IIIIIIIIIInnnnnnnnnnnnssssssssstttttttiiiiiiiiiitttttttttttuuuuuuuuuuuuiiiiiiiiioooooooooooo....... OOOOOOOOOOOOO eeeeeeeeeesssssssssttttttttttttuuuuuuuuuuuddddddddddoooooooo aaaaaaaaaaabbbbbbbbbbbbrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaannnnnnnnnngggggggggggggeeeeeeeeeeeeeuuuuuuuuuuu dddddddddduuuuuuuuuuuuuuaaaaaaaaaasssssssssssss ffffffffffaaaaaaaaaaaassssssssssseeeeeeeesssssssssss::::::: aaaaaaaaaaa eeeeeeeeelllllllllllaaaaaaaaaaaabbbbbbbbbbbbbooooooooooorrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaaooooooooooooo dddddddddddddeeeeeeeeeeee uuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmaaaaaaaaa mmmmmmmmmmmeeeeeeeeettttttttttoooooooooooooddddddddddddoooooooooooooolllllllllllllloooooooooooogggggggggggiiiiiiiiiaaaaaaaaaa

    eeeeeeeeesssssssssssppppppppppppeeeeeeeeeccccccccfffffffffffffiiiiiiiiiiiicccccccccccaaaaaaaaaaaa eeeeeeee,,,,,,,, dddddddddddddeeeeeeeeeeecccccccccccooooooooorrrrrrrrrrrrrrrrrreeeeeeeeeeennnnnnnnnnttttttttttttteeeeeeeeeee dddddddddddddeeeeeeeeeeessssssssssssssssssaaaaaaaaaaa,,,,,,,,,, aaaaaaaaaa eeeeeeeeeeelllllllllllaaaaaaaaaabbbbbbbbbboooooooorrrrrrraaaaaaoooooooooooo dddddddddddddooooooooooooooo sssssssssssssiiiiiiiiiiiissssssssssstttttttttteeeeeeeeeemmmmmmmmmmmaaaaaaaaa dddddddeeeeeeeeeee ppppppppppplllllllllaaaaaaaaaannnnnnnnnnnnneeeeeeeeeeeeeejjjjjjjjjjjjjjjaaaaaaaaaammmmmmmmmmeeeeeeennnnnnnnnnntttttttttttttoooooooooo pppppppppppprrrrrrrroooooooooppppppprrrrrrriiiiiiiaaaaaaaaaammmmmmmmmmmeeeeeeeeeeennnnnnnnnnnnntttttttttteeeeeeeeee dddddddddddiiiiiiiiittttttttoooooooooo...... EEEEEEEEEEEEEmmmmmmmmmmmmm 1111111111111999999999999888888888885555555555555,,,,,,,, ooooooooooooo SSSSSSSSSSSiiiiiiiiiiiissssssssstttttttttteeeeeeeeeeemmmmmmmmmmmaaaaaaaaaaa

    ddddddddddddeeeeeeeeeee PPPPPPPPPPPlllllaaaaaaannnnnnnnnnneeeeeeeeeeejjjjjjjjjjaaaaaaaaaaaammmmmmmmmmmmeeeeeeeeennnnnnnnnntttttttttoooooooooooo dddddddddddddddoooooooooooo EEEEEEEEEEExxxxxxxxxxrrrrrrrrrrccccccccccciiiiiiiiitttttttttooooooooooo ((((((((((((SSSSSSSSSSSSSSSIIIIIIIIIIPPPPPPPPPPPPLLLLLLLLLLLLEEEEEEEEEEEEEEExxxxxxxxxxxxxx))))))))))))) fffffffffffffoooooooooooooiiiiiiiiii aaaaaaaaaaappppppppppppprrrrrrrrrrooooooovvvvvvvvvaaaaaaaaaaddddddooooooooo eeeeeeeee ppppppppppaaaaaaaaaaaasssssssssssssssssssssoooooooooooouuuuuuuuuuu aaaaaaaaaa ssssssssssseeeeeeeeeeeerrrrrrrrrr uuuuuuuuuuuummmmmmmmmmmmmaaaaaaaaaaa ffffffffffffffeeeeeeeeeeeeerrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrraaaaaaaaaaaammmmmmmmmeeeeeeeeeeennnnnnnnnnnnttttttttttttaaaaaaaaaaaaa dddddddddeeeeeeeeeeeeeee

    aaaaaaaaaapppppppppppoooooooooooiiiiiiiiioooooooo dddddddddddeeeeeeeeeeccccccccciiiiiiiissssssssssooooooooo ddddddddddoooooooooo eeeeeeeeeennnnnnnnnnttttttttttoooooooooooo MMMMMMMMMMMiiiiiiiiiiiinnnnnnnnnnniiiiiiiissssssssssstttttttttttrrrrrrrrrrroooooooo......

  • O SIPLEX-2 foi o ponto de partida quanto polarizao em torno das causas ambientais e ecolgicas. As demais atualizaes do SIPLEX contemplaram a Poltica de Gesto Ambiental. Por conseguinte, foi criado o Sistema de Gesto Ambiental do Exrcito Brasileiro (SGAEB). Na sua idealizao, ficou preconizado que as aes deveriam estar em consonncia com a Doutrina Militar Terrestre e com a Poltica Nacional de Meio Ambiente.

    O sistema concebido orientou os rgos de Direo Setorial do Exrcito (ODS) que pudessem desenvolver atividades ou empreendimentos passveis de causarem danos ou degradaes ambientais, para que elaborassem os seus respectivos Planos Bsicos de Gesto Ambiental do Exrcito Brasileiro (PBGAEB) e os remetessem ao Estado--Maior do Exrcito (EME) para avaliao e consolidao.

    Quanto execuo, ficou estabelecida a forma descentralizada, cabendo a cada rgo o gerenciamento da gesto em suas reas de responsabilidade.

    Em sua estrutura organizacional decorrente, concebeu-se uma vinculao tcnica entre o SGAEB, o Conselho Nacional do Meio Ambiente e a Secretaria de Poltica, Estratgia e Assuntos Internacionais do Ministrio da Defesa.

    Em 18 de julho de 2003, o Boletim do Exrcito n 29 publicou a Portaria n 050-EME, do dia 11 do mesmo ms, aprovando a Orientao para a Elaborao dos Planos Bsicos de Gesto Ambiental. Esse documento teve a finalidade de oferecer subsdios aos ODS para a elaborao dos respectivos planos.

    Para a viabilizao dos objetivos previstos na Diretriz Estratgica de Gesto Ambiental fundamental a participao do Sistema de Ensino do Exrcito e do Comando de Operaes Terrestres (COTER). No Sistema de Ensino, o

    Departamento de Ensino e Cultura do Exrcito (DECEx) deveria incluir, nos currculos escolares, disciplina ou assunto sobre Educao Ambiental, com adoo de propostas pedaggicas, voltadas para a proteo do meio ambiente e a conservao dos recursos naturais.

    Essas orientaes sugerem informaes e procedi-metos a serem adotados por todos os rgos que forem confeccionar os seus respectivos PBGAEB. Esses planos bsicos devero conter: objetivos a atingir, aes a realizar, metas a serem desempenhadas, prazos, prioridades para a consecuo das metas, indicadores de desempenho, cro-nograma de atividades, recursos necessrios, responsabili-dades, atribuies, gerentes, parceiros e outras informaes julgadas necessrias.

    A Portaria n 338, de 26 de maio de 2008, que aprovou a atualizao do Sistema de Planejamento do Exrcito/2008 (SIPLEx/2008) e revogou as Portarias do Comandante do Exrcito n 570, de 6 de novembro de 2001, fez com que a Gesto Ambiental do EB perdesse o embasamento jurdico necessrio ao seu funcionamento.

    Ento, em 9 de junho de 2008, foi aprovada a Portaria n 386, do Comandante do Exrcito, assim como as Instrues Gerais para o Sistema de Gesto Ambiental no mbito do Exrcito (IG 20-10). A funo dessas era orientar as aes da Poltica Militar Terrestre para o gerenciamento ambiental efetivo, de modo que assegurasse a adequao legislao pertinente e continuasse a promover a histrica convivncia harmnica da Fora com o ecossistema.

    Fazem parte do Sistema de Gesto Ambiental do Exrcito Brasileiro: I o Estado-Maior do Exrcito, II os rgos de Direo Setorial, III os Comandos Militares de rea (C Mil A), IV os Grandes Comandos, V as Regies Militares (RM), VI as Grandes Unidades,

    A Evoluo do Sistema de Gesto Ambiental do Exrcito Brasileiro

    Visita de alunos da Faculdade do Servio Nacional de Aprendizagem Rural ao Campo de Instruo de Buti (RS) para conhecer as reas de reflorestamento e matas nativas preservadas

    7 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

  • 8 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    VII as Organizaes Militares (OM) e VIII os militares.Os ODS, os C Mil A e as RM so identificados como

    os rgos responsveis pelo planejamento, coordenao, controle, fiscalizao, avaliao das aes de gesto ambiental, bem como pela superviso do cumprimento da legislao, dentro de suas reas.

    Os campos de abrangncia das aes de Gesto Ambiental do Exrcito so: a educao ambiental, a legislao ambiental, o licenciamento ambiental, o planejamento e o controle das atividades desenvolvidas, os estudos e os projetos que se fizerem necessrios, as operaes e as atividades militares, as obras e os servios de engenharia, as atividades industriais, laboratoriais, logsticas, de sade e a cincia e tecnologia.

    Coube ao Departamento de Engenharia e Construo (DEC) a superviso das aes bsicas e de consultoria tcnica para as questes ambientais do Exrcito, a fim de se buscar a otimizao das aes ambientais. Alguns ODS ficaram encarregados de elaborar normas afins, que considerariam o transporte, o armazenamento, a coleta, o tratamento, a destinao final, a eliminao de expurgos e resduos, quando necessrio, bem como todas as medidas passveis de evitar danos ou degradao ao meio ambiente, que estivessem nas suas esferas de competncia.

    Coube ao DECEx e ao COTER, em coordenao com o EME, a responsabilidade pela educao ambiental do Exrcito, por intermdio dos Sistemas de Ensino e de

    Instruo Militar da Fora, respectivamente, com vistas a desenvolver mentalidade e comprometimento compatveis com as exigncias da gesto ambiental.

    Para a conduo e fiscalizao do sistema, as RM deveriam possuir assessores, com conhecimento da legislao ambiental, em condies de buscar solues para os problemas ambientais que envolvam as OM em sua rea.

    Para o bom funcionamento do Sistema, as RM e as OM devem manter contato, sempre que necessrio, com os rgos ambientais nas esferas federal, estadual e municipal, para orientao das aes e soluo dos problemas atinentes.

    Aos comandantes, chefes e diretores coube a responsabilidade de planejar, coordenar, controlar e fazer cumprir, rigorosamente, as normas ambientais na execuo de atividades dirias e operacionais de sua OM.

    Por fim, ao militar, individualmente e coletivamente, coube a responsabilidade por cumprir as normas ambientais, contribuindo para a convivncia harmoniosa com o meio ambiente. Portanto, a elaborao das IG preencheu a lacuna da Poltica Militar Terrestre deixada pela ausncia da gesto ambiental.

    Para atender s IG 20-10 e a demanda crescente do componente ambiental decorrente das atividades admi-nistrativas de preparo e emprego da tropa, bem como dos empreendimentos, obras e servios de engenharia do Exrcito Brasileiro, foi criada, em 1 de outubro de 2009,

    8 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Convivncia harmnica no bioma caatinga de soldados do 72 BIMtz

  • 9 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    a Seo de Meio Ambiente na Diretoria de Patrimnio (SMA/DPatr).

    A equipe da SMA/DPatr composta por profissionais das reas de engenharia civil, engenharia sanitria, engenharia florestal, engenharia ambiental, agronomia, biologia, geologia, geografia, geoprocessamento, gesto e direito ambiental. A multidisciplinariedade da equipe permite a atuao nos mais diversos campos, tais como: gesto ambiental, gesto de resduos, desenvolvimento sustentvel, avaliao de impactos ambientais das atividades militares, recuperao de reas degradadas, direito ambiental, educao ambiental e geoprocessamento. Dessa forma, a SMA/DPatr objetiva atender s IG 20-10, que determinam o funcionamento do DEC como consultor tcnico para as questes ambientais do Exrcito Brasileiro.

    Atualmente, a SMA/DPatr trabalha na elaborao das Instrues Reguladoras (IR) para o Sistema de Gesto Ambiental do Exrcito, cujo objetivo principal ser o de regular as aes com vistas ao planejamento, coordenao, controle e avaliao do Sistema de Gesto Ambiental do Exrcito Brasileiro.

    Como uma das atividades recentes da SMA/DPatr, pode ser destacada a organizao e a participao no Estgio Setorial de Administrao Patrimonial e Ambiental (ESAPA/2010), no perodo de 24 a 28 de maio de 2010, que contou com a participao de militares das Sees do Servio Patrimonial das Regies Militares e dos Diretores e Responsveis por Campos e reas de Instruo. O ESAPA/2010 proporcionou aos militares a possibilidade de interagirem acerca de assuntos como utilizao de imveis, gesto ambiental dos campos e reas de instruo, Plano de Recuperao de reas Degradadas, propostas e aes futuras para a gesto patrimonial e a mitigao dos impactos ambientais.

    Podem ser tambm destacadas as visitas tcnicas para soluo das questes sanitrias e ambientais do Campo de Instruo de Formosa, no Estado de Gois; da rea militar prximo rodoferroviria, em Braslia, Distrito Federal; dos aquartelamentos da 5 Regio Militar nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa e Rio Negro (Comisso Regional de Obras da 5 RM, 5 Batalho de Suprimentos, 3 e 5 Regimentos de Carros de Combate) e mais recentemente do projeto da Usina Hidreltrica de Artibonite e dos aquartelamentos dos Batalhes Brasileiros (BRABATT 1 e BRABATT 2) e da Companhia de Engenharia de Fora de Paz (BRAENGCOY), todos no Haiti.

    Dentro deste esprito de trabalho, o Exrcito caminha para a integrao e padronizao das aes e procedi-mentos ambientais, visando assegurar a sustentabilidade das atividades militares e o atendimento da legislao vigente no Pas.

    Planejamento e anlise do projeto de construo de hidreltrica no Haiti

    Visita tcnica para soluo das questes sanitrias e ambientais nas Unidades do Paran

    Equipe da Seo de Meio Ambiente da Diretoria de Patrimnio realiza Visita Tcnica no Campo de Instruo de Formosa-GO a fim de verificar impacto ambiental

    9 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

  • P e s q u i s a d e O p i n i oP e s q u i s a d e O p i n i oConforme participamos na edio anterior, pedimos a gentileza de responder a seguinte pesquisa de opinio e

    enviar a resposta pelo e-mail: [email protected] pesquisa tambm pode ser respondida diretamente no site www.exercito.gov.br/ web/revista-verde-oliva.A sua opinio de grande importncia para que possamos melhorar a qualidade de nossa revista.Agradecemos a sua participao. A Verde-Oliva

  • 11

    D iferente de outras Foras, que tm no cu ou no mar seu principal cenrio de atuao, o Exrcito Brasileiro vale-se do terreno, e de tudo que nele est contido, para as suas manobras e exerccios de simulao de combate. Consciente da importncia com que o tema tem sido tratado e do seu papel, a Fora Terrestre tem desenvolvido aes de preservao, manuteno e recuperao do meio ambiente.

    Abrangendo os Estados de Minas Gerais, Esprito Santo e Rio de Janeiro, o Comando Militar do Leste (CML) encontra--se em uma regio bastante povoada e industrializada, porm, ainda repleta de inmeros recursos naturais. Suas Organizaes Militares (OM) tm trabalhado arduamente para a conscientizao e educao de seus integrantes, bem como de toda a famlia militar, implementando projetos socioambientais, cuja finalidade maior a preservao ambiental para uma vida sustentvel.

    Por isso, a educao ambiental sempre esteve e continuar presente de forma a contribuir para um mundo melhor com menos lixo e mais reutilizao.

    O panorama ambiental no Campo de Instruo de Gericin

    O reflorestamento e reciclagem no Campo de Instruo de Gericin (CIG), localizado no Rio de Janeiro, um grande exemplo de manuteno e preservao ambiental. Alis, isto vlido para todos os quartis, bastando observar as ilhas verdes onde o Exrcito Brasileiro faz-se presente.

    Preservando sempre o meio ambiente, o CIG plantou 120 mudas de rvores nativas do Brasil no Centro Nacional de Tiro Esportivo.

    Conscincia AmbientalConscincia AmbientalComando Militar do LesteComando Militar do Leste

    A Fora Terrestre mantm um convvio harmnico com o meio

    ambiente, independente do bioma, pois pratica, h tempos,

    a conscincia ambiental.

    Administrao do Campo de Instruo de Gericin

    Vista area da orla de Copacabana Rio de Janeiro

    11 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

  • 12 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Centro Tecnolgico do Exrcito planta mudas e protege seu mangue

    O Centro Tecnolgico do Exrcito (CTEx) est situado no meio da Restinga da Marambaia, no Rio de Janeiro (RJ). Esta reserva ecolgica tombada pelo Patrimnio da Unio e abriga uma diversidade de espcies animais e vegetais, alm de stios arqueolgicos tupis-guaranis. Dentro desse pedao, quase intocado da natureza, o CTEx tem a misso de proteger uma rea de nada menos que 25.667.715,54 m. Inspees dirias, por vias terrestres e fluviais, garantem que no se iniciem ocupaes irregulares e a realizao de caa e de pesca predatrias. Alm disso, parcerias com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e

    Dentre as espcies plantadas esto o ip-amarelo, ip-rosa, pau-mulato, cedro-rosa, pitangueira, cajazeiro, goiabeira, jequitib e at mesmo o pau-brasil. As espcies vieram diretamente do berrio de plantas do Horto da Pedra de Guaratiba para as terras do campo de instruo.

    Em cumprimento ao que prescreve o Decreto n 5.940, de 25 de outubro de 2006, que sancionou a obrigatoriedade de todas as entidades da administrao pblica destinar os seus resduos reciclveis s cooperativas de catadores previamente selecionadas, o CML tomou os seguintes procedimentos:

    constituir um grupo de militares para formar Comisso de Coleta Seletiva Solidria, publicando essa escolha em Boletim Interno;

    identificar associaes e/ou cooperativas de catadores e receb-los quando forem contatados oficialmente. Todas as cooperativas devem ser cadastradas e realizar uma concorrncia pblica entre elas;

    firmar um Termo de Compromisso com a associao/cooperativa para que a coleta na OM seja realizada conforme descreve o decreto supra, sem que gere custos adicionais;

    separar os resduos para agilizar o trabalho das cooperativas; e elaborar relatrio semestral, mantendo-o arquivado junto

    aos documentos que versem sobre o assunto. Plantio de mudas de rvores nativas

    CIG vista da Vila Militar do Rio de Janeiro e legado do PAN

    ST C

    ury

    12 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Mudas produzidas pelo CTEx

  • 13 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010 13 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL 2010

    Restinga da Marambaia Rio de Janeiro

    dos Recursos Naturais Renovveis (IBAMA), com o Ministrio Pblico para o Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro e com o Instituto Estadual de Ambiente (INEA) propiciaram o implemento de um viveiro de mudas de plantas naturais do mangue, cuja finalidade o transplante para reas devastadas.

    Duas vezes por ano, o CTEx recebe alunos do curso de Biologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Faculdade Santa rsula, da Faculdade Cndido Mendes, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro e de outras universidades. Esses discentes tm a oportunidade de entrar em contato com as espcies do mangue, descobrindo suas peculiaridades e, dessa forma, adquirir o conhecimento necessrio para compreender e divulgar a importncia de sua preservao.

    Na opinio corrente dos institutos de pesquisa, universidades e faculdades do Estado do Rio de Janeiro, a presena das Foras Armadas na Restinga da Marambaia ajuda a manter seu elevado grau de preservao.

    Como possvel conciliar as necessidades entre as prticas militares e as da preservao ambiental?

    A primeira, de preservao ambiental, exige que os santurios naturais de diferentes espcies vegetais e animais no sejam ameaados e nem degradados. A segunda, realizando a avaliao de armas e munies. Em face desta dicotomia, bilogos, zologos, botnicos e meio ambientalistas maravilham-se com o alto grau de preservao que a Marambaia ostenta, mesmo aps

    Centro de Avaliaes do Exrcito e sua rea de proteo ambiental

    Tambm localizado na Restinga da Marambaia, o Centro de Avaliaes do Exrcito (CAEx) orienta, planeja, controla e executa as avaliaes tcnicas e operacionais de Material de Emprego Militar (MEM); realiza avaliaes tcnicas de Produtos Controlados pelo Exrcito (PCE); checa os exames de valor balstico de munio e presta colaboraes tcnicas e apreciaes operacionais de MEM e PCE, dentre outras atividades. De modo recorrente, algumas perguntas so realizadas:

    Em meio a tantos testes balsticos e de treinamento militar, a Restinga da Marambaia continua sendo preservada?

    13 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    Vegetao tpica do mangue

  • 14 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    os 63 anos de atividades blicas sobre sua superfcie. possvel comear a entender o processo pelo relativo

    isolamento da rea que, cercada pelo mar, no oferece um fcil acesso ao seu interior. Desde cedo houve a preocupao dos militares em utilizar o mnimo de espao para o exerccio de suas atividades. Mais de 97% da rea, que se encontra sob sua administrao, foi totalmente preservada.

    Assim, pode-se observar que as construes neces-srias ao funcionamento do quartel e dos laboratrios esto agrupadas, favorecendo a preservao ambiental do local. As vias que levam ao interior da rea so limitadas, permitindo apenas que o local possa ser fiscalizado em uma ao permanente de dissuaso de possveis caadores ou de pessoas que busquem a coleta de plantas, seja para uso pessoal, seja com fins comerciais. Em outros pases, tambm observada a ocorrncia de fenmenos semelhantes. A presena do Exrcito ajuda a preservar o meio ambiente, por evitar o excesso de uso e de degradao locais.

    Cerca de 80 espcies da flora ameaadas de extino em outras reas do Estado encontraram, em Marambaia, refgio seguro para a reproduo. Podem ser citadas a Eugenia copacabanensis, a Catleyas forbesii, guttata e intermedia, alm de tantas outras espcies raras. Ali, tambm foi assinalada, em 1976, a presena de uma nova espcie, o Leptodactylus marambaiae, endmica da restinga. Pelo menos, quatro espcies de animais ameaados l encontram refgio, entre eles, o sabi-da-praia, cuja presena foi assinalada em 2004. As espcies de formiga tpicas do local so a Trachymyrmex atlanticus (descoberta em 2007, durante uma pesquisa para a tese de mestrado do doutorando Andr Barbosa Vargas da UFFRJ), Atta robusta (sava-preta) e a Mycetophylax conformis. Essas formigas so cultivadoras de fungos e carregam folhas para foment-los ainda mais.

    Em 2004, o Exrcito Brasileiro participou de um Festival de Filmes Militares, na Itlia, obtendo o segundo lugar na categoria meio ambiente, com o filme Marambaia, a parceria do verde.

    Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias

    O Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias um programa internacional de educao ambiental, que mobiliza milhares de pessoas em todo o planeta. Cerca de cem pases so signatrios do Tratado Internacional de Controle da Poluio Marinha, inclusive o Brasil. uma iniciativa sem fins lucrativos, cujo objetivo principal conscientizar as pessoas sobre um grande problema do mundo moderno: o lixo no mar. Toneladas de detritos so despejadas no mar todos os dias, nos quatro cantos do mundo. Alm de causar graves danos e a morte de milhares de animais marinhos, os detritos sujam as praias e constituem-se em um risco para a sade das pessoas.

    O CML, que possui diversas de suas Unidades Militares apoiadas no mar, participou das atividades.

    Em Vila Velha (ES), o 38 Batalho de Infantaria (38 BI) e a Fundao Cleanup Day realizaram uma ao ambiental dirigida

    para estudantes da rede pblica e particular de ensino, em especial aos alunos de 8 a 15 anos.

    A ao buscou conscientizar os futuros cidados para a importncia da preservao de nosso meio ambiente, propiciando uma mudana de mentalidade e de

  • 15 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    comportamento. Neste ano, a atividade ocorreu na Baa de Vitria, sobre a qual o 38 BI encontra-se debruado e foram desenvolvidas, na rea interna do Batalho, as seguintes aes:

    retirada de lixo depositado no fundo da Baa de Vitria, por mergulhadores. Do material recolhido, voluntrios e alunos retiraram os seres vivos marinhos para que estes fossem devolvidos ao mar;

    exposio da fauna e da flora locais, pela Polcia Florestal

    da Polcia Militar do Esprito Santo, ocasio em que foram apresentados os animais existentes e sua cadeia alimentar. Na oportunidade, foi realizada a soltura de animais silvestres apreendidos;

    coleta de detritos jogados na Baa que chegam s margens do Batalho;e

    demonstraes de oficina de aproveitamento de garrafas PET para a confeco de brinquedos infantis e outros utenslios;

    A Bateria de Comando da Artilharia Divisionria da 1 Diviso de Exrcito tambm contribuiu para a limpeza de rios e praias de Ado e Eva, em Niteri, no Dia Mundial de Limpeza de Praias, apoiando a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hdricos e a Fundao Municipal de Educao.

    15

    Jovens durante o Cleanup Day

    No dia 22 de agosto, a AD/1 e o 21 Grupo de Artilharia de Campanha promoveram a Caminhada Ecolgica e Cultural Duque de Caxias, como parte das comemoraes do Dia do Soldado. Mais de sete mil pessoas participaram da caminhada, que teve como ponto de partida o Forte Baro do Rio Branco, passou pelos Fortes So Luiz e do Pico e terminou na Fortaleza de Santa Cruz, em Niteri (RJ).

  • 16 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    A preocupao com a preservao do meio ambiente uma constante no Comando Militar do Nordeste (CMNE), cujo Quartel-General (QG) est localizado na Mata do Curado, uma das mais relevantes reservas ecolgicas da Regio Metropolitana do Recife, com remanescentes da flora e da fauna da ameaada Mata Atlntica. A sua mais recente investida no campo socioambiental foi

    a campanha do plantio de mudas de rvores O Verde Protegendo o Verde, em vigor desde setembro de 2009.

    A iniciativa tem o objetivo de promover o reflorestamento, ampliar a cobertura vegetal em reas sob a jurisdio das Organizaes Militares (OM) do CMNE e compensar o impacto da emisso de carbono na natureza por conta da atividade humana. A meta estipulada foi o plantio de 24.000 mudas de rvores no perodo de um ano, ou seja, at setembro de 2010. O nmero corresponde, aproximadamente, ao efetivo de militares que servem no CMNE, que engloba as OM situadas nos Estados da Bahia ao Maranho.

    Desafio: a cada militar, uma rvore.Mensalmente, os Grandes Comandos e Grandes Unidades

    subordinados informam acerca da quantidade de mudas plantadas durante o perodo. O empenho e participao nessa relevante campanha foram totais. Prova mais clara possvel foi que, com apenas seis meses do projeto em curso, a meta inicial foi atingida, com o plantio de 27.657 mudas.

    O Verde Protegendo o Verde

    Comando Militar do Nordeste

    O Comando Militar do Nordeste promove campanha socioambiental com o objetivo de ampliar a cobertura vegetal em reas sob sua jurisdio e de compensar o impacto da

    emisso de carbono na natureza.

  • 17 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    Apesar de o objetivo ter sido atingido com antecedncia, a campanha O Verde Protegendo o Verde prosseguiu at 21 de setembro de 2010, quando se comemorou o Dia da rvore. A preferncia incidiu pelo plantio de rvores nativas da Mata Atlntica, como o ip-amarelo, cedro, angico e sapucaia. Todavia, ao mesmo tempo, foram cultivadas mudas de rvores frutferas, a exemplo da pitangueira, umbuzeiro, mangueira e sapotizeiro. Espcies pouco conhecidas do grande pblico, como a barriguda, o moror, a canafstula e o Gonalo Alves, tambm foram plantadas pelo Nordeste afora.

    Alm de preservar as reas verdes localizadas nas proximidades das Organizaes Militares, o objetivo da campanha foi despertar na sociedade a conscientizao ecolgica. A participao efetiva de uma instituio de abrangncia nacional, como o Exrcito Brasileiro, em uma campanha desse porte, serve como agente multiplicador da ideia.

    Conscincia ambientalCnscio da importncia de preservar a natureza, o CMNE

    procura manter atualizadas as suas normas e diretrizes voltadas para assuntos relacionados ao meio ambiente. O Plano de Gesto Ambiental (PGA) foi revisto e ganhou nova verso em 10 de junho de 2009. Alinhado com a Poltica de Gesto Ambiental e a Diretriz Estratgica de Gesto Ambiental do Exrcito Brasileiro, o

    PGA/CMNE estabelece atividades e metas a serem atingidas, com respectivos prazos de execuo.

    Entre outras providncias, estabelece as seguintes aes a serem realizadas pelos Grandes Comandos, pelas Grandes Unidades e pelas Organizaes Militares Subordinadas e Vinculadas: capacitar talentos humanos para o desempenho de diversas atividades de forma responsvel em relao ao meio ambiente; identificar atividades que possam causar impactos ambientais, propondo medidas que as evitem ou minimizem; conhecer e cumprir a legislao ambiental vigente, com especial ateno execuo de obras de Engenharia; adotar medidas preventivas para o controle de impactos ambientais em reas de instruo; estimular o desenvolvimento de aes de cooperao com instituies pblicas e privadas em atividades voltadas para a preservao ambiental; tomar medidas que destinem corretamente os resduos gerados pelas Organizaes Militares de Sade, obras de engenharia e fosfatizao de armamento; controlar a emisso de gases por parte da utilizao de viaturas; elaborar Planos de Gesto Ambiental em suas reas de responsabilidade; recuperar reas degradadas; e reduzir e otimizar o consumo de gua potvel e energia eltrica.

  • 18 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Construdo em um Paraso EcolgicoO verde domina a rea onde est localizado o QG/CMNE

    e demais OM que compem o Complexo Militar do Curado. No dia a dia, os militares e servidores civis que l desempenham suas atividades tm como vizinha a exuberante Mata do Curado, paraso ecolgico de 102 hectares com flora e fauna remanescentes da Mata Atlntica.

    Durante a prtica do Treinamento Fsico Militar, comum encontrar, pelas diversas trilhas existentes, animais de pequeno e mdio portes, tpicos daquele ecossistema.

    Micos existem aos montes. Pelo ar, ecoa o canto de variadas espcies de aves que usam a rea como refgio, assim como diversos tipos de cobras e exuberantes borboletas.

    Fruto do rotineiro trabalho de conscientizao ecolgica, o convvio harmnico do elemento humano com a natureza tem sido uma constante.

    O CMNE tambm mantm em sua rea, uma trilha ecolgica, espao aberto visitao do pblico externo, mediante agendamento. Grupos de escolares, escoteiros e apreciadores da natureza, utilizam o espao para observao. Muitos dos visitantes simplesmente desconhecem a existncia de uma rea com tamanha biodiversidade em plena Regio Metropolitana do Recife.

    A preocupao em preservar o meio ambiente vem de longa data. Em 1980, um ano aps transferir suas instalaes da regio central do Recife para o bairro do Curado, s margens da BR-232, o CMNE teve a importante iniciativa de doar um terreno com cerca de 10 hectares de Mata Atlntica, praticamente intocada, Prefeitura do Recife, que transformou a rea no Jardim Botnico da capital pernambucana. O espao aberto visitao e conta com diversas atraes como orquidrio, museu e um setor destinado s pessoas portadoras de necessidades especiais, onde possvel tocar as plantas e experimentar diferentes sensaes olfativas, visuais e tteis. Viveiro de mudas

  • E m 6 de novembro de 2001, por meio das Portarias n 570 e 571, o Comando do Exrcito aprovou e estabeleceu a Poltica de Gesto Ambiental e suas Diretrizes Estratgicas, visando ao comprometimento aliado qualidade ambiental por meio de aes eficazes, envolvendo todos os seus sistemas. Assim, coerente com essa responsabilidade, o Comando Militar do Planalto e suas Organizaes Militares (OM) comprometeram--se com a realizao de projetos e na busca de metas importantes.

    Nesse sentido, o Comando Militar do Planalto desenvolveu vrias aes em favor do meio ambiente por

    intermdio de suas Organizaes Militares subordinadas.

    3 Brigada de Infantaria MotorizadaGrande Unidade, com sede em Cristalina-GO,

    adestrada para executar o combate terrestre sob quaisquer condies de tempo e terreno.

    Alm da misso de contribuir para que o Exrcito assegure a defesa da Ptria, tem a tarefa de adequar-se, entre outras, a uma nova realidade: a Gesto do Meio Ambiente.

    Em relao economia de energia eltrica, a 3 Bda Inf Mtz vem atingindo resultados expressivos, com a reduo de consumo durante o horrio de pico e a adoo

    A Mo Amiga em Defesa do Meio AmbienteComando Militar do Planalto

    Recuperao de rea degradada com plantio de mudas nativas

    Sede da 3 Bda Inf Mtz em Cristalina (GO)

    19 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

  • de medidas para racionalizao de seu uso.Na guarnio de Cristalina, est sendo desenvolvido

    um sistema integrado de reciclagem de leo vegetal, com a realizao de aes de sensibilizao social, voltadas para o princpio do desenvolvimento sustentvel, no sentido de demonstrar a importncia do correto manuseio dos resduos, para a preservao de rios, crregos, nascentes, lagoas, lenis freticos e solo, alm de evitar transtornos s redes sanitrias. Atualmente, o leo de cozinha utilizado na 3 Bda Inf Mtz transformado em sabo. Alm disso, resduos orgnicos so aproveitados para a preparao de adubo, que utilizado na horta do rancho.

    A coleta seletiva solidria passou a fazer parte do cotidiano no s do corpo militar, mas de sua famlia. A separao qualitativa do lixo permite s associaes e cooperativas dos catadores de materiais reciclveis coletar e processar os resduos disponveis. Com efeito, o ato de

    reciclar papis, papeles, metais, vidros e plsticos significa nova transformao em matrias-primas, reduo do uso de recursos naturais, economia de energia e melhoria de renda para famlias carentes e apoio Associao dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

    Destaca-se, tambm, a coleta de lixo hospitalar (lixo biolgico), em sua Formao Sanitria, que, de acordo com um protocolo firmado entre o Comando e a Secretaria de Sade de Cristalina, ocorre dentro dos padres que impedem a contaminao do meio ambiente.

    A cidade de Cristalina possui baixa umidade relativa do ar, ocorrendo, em tempos de seca, o surgimento de diversos pontos de queimadas. O Quartel General (QG) da 3 Bda Inf Mtz contribui para a preveno e o combate aos incndios, assegurando, orientando e definindo o Plano de Preservao e Combate a Incndio (PPCI), principalmente em relao manuteno dos aceiros no contorno de sua rea de instruo, e de equipes treinadas para as emergncias.

    Recentemente, a 3 Bda Inf Mtz vem realizando, junto comunidade cristalinense, alguns eventos alinhados com a poltica de gesto ambiental do Exrcito Brasileiro:

    no dia 20 de outubro de 2008, foi realizado, no QG, o plantio de 200 mudas de Ip-Amarelo (Tabebuia chrysotrichus) em comemorao aos 200 anos do Banco do Brasil, e tambm homenageando a APAE, cujos alunos participaram do plantio;

    no dia 21 de abril de 2009, por meio do Projeto Repovoar para no acabar, uma parceria com o Rotary Club, permitiu a soltura de mais de 200.000 alevinos na regio de Cristalina;

    nos dias 6 e 7 de outubro do mesmo ano, em comemorao ao Dia da Criana, alunos do Estado de Gois participaram das seguintes atividades: pista de cordas, apresentao da Banda de Msica, visita ao espao cultural da Companhia de Comando, iniciao ordem unida, manuseio de material de comunicaes e, como destaque, realizaram o plantio de mudas de rvores visando preservao do ecossistema;

    em dezembro de 2009, foram plantadas mais de 150 mudas de rvores nativas nas reas das vilas militares e capela, com a participao das escolas vencedoras de um concurso de cartazes. Dentre elas destacam-se o Ip-Roxo (Tabebuia heptaphyllus), Amarelo (Tabebuia chrysotrichus) e Rosa (Handroanthus avellanedae), Mogno (Swietenia macrophylla), Baru (Dipteryx alata) e Aroeira (Lithraea brasiliensis); e

    nas cidades de Indianpolis e Nova Ponte, em Minas Gerais, no dia 5 de outubro de 2009, foi realizada a Operao Treme Cerrado, com o objetivo de dar conhecimento populao da preocupao do Exrcito Brasileiro em preservar o meio ambiente. Durante o evento, foram soltos 40.000 alevinos nos rios e plantadas Soltura de alevinos em Cristalina-GO

    Alunos de escolas municipais participam do plantio de rvores em Cristalina-GO

    20 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

  • mais de 1.000 rvores nativas.Alm das atividades realizadas em sua sede, seguindo

    diretrizes do Comando, as demais OM da Brigada tambm vm contribuindo com a preservao do meio ambiente:

    a 1 Bateria de Artilharia Anti-Area, sediada em Braslia (DF), plantou mais de 300 mudas de Pingo DOuro (Duranta repens) e 22 mudas de Palmeira Imperial (Roystonea regia), dando incio ao projeto Revitalizao da rea Verde;

    o 36 Batalho de Infantaria Motorizada, sediado em Uberlndia (MG), plantou rvores nativas do cerrado e realizou a manuteno do Bosque do Batalho. Providenciou o plantio de rvores s margens do Rio Uberabinha, contribuindo para a conteno do assoreamento do leito, bem como de suas margens. Realizou palestras e atividades de conscientizao ecolgica em colaborao com o Clube de Orientao do Tringulo Mineiro, este especialmente voltado para estudantes da comunidade uberlandense e daquela regio. Consoante com a gesto ambiental, o Batalho mantm uma das poucas reas ainda totalmente preservadas na regio, o seu campo de instruo;

    o 3 Esquadro de Cavalaria Mecanizado, sediado em Braslia (DF), desenvolveu atividades que abrangem a manuteno orgnica do aquartelamento, assim como a rotina de descarte de lixo hospitalar e palestras ao Efetivo Varivel, incorporado todos os anos;

    o 41 Batalho de Infantaria Motorizado tambm desenvolve diversas atividades, destacando-se a conscientizao ambiental junto s escolas de Jata (GO), plantio superior a 50 mudas de rvores nativas na rea do Batalho; projetos de plantio superior a 100 mudas no campo de instruo; e grandes cuidados na preservao da sua diversificada rea de cerrado;

    a 23 Companhia de Engenharia de Combate, sediada em Ipameri (GO), realizou plantio de mudas de Pau-Brasil (Caesalpinia echinata) na rea do Bosque Villagran Cabrita, assim como a aquisio de um coletor de leo e utilizao de suas reas patrimoniais rurais para atividades de instruo, procurando mant-las com vegetao original do cerrado;

    o 16 Batalho Logstico, sediado em Braslia (DF), plantou mais de 50 mudas de rvores nativas em sua rea; implantou a coleta seletiva de resduos, a utilizao da gua da chuva na lavagem de viaturas e a construo da estao de tratamento de efluentes do grupo de reparao de armamento e pinturas com sistema de filtragem a base de gua;

    tambm foram plantadas, no interior do 32 Grupo de Artilharia de Campanha, mais de 60 mudas de Palmeiras Chinesas (Livistona chinensis); 40 de Aroeiras (Livistona brasiliens march); 35 de Merindibas (Tomentosa eichl); 50 de Setecopas (Terminalia catappa); 10 de Pequi (Caryocar brasiliense); 15 de Yp-Amarelo (Tabebuia chrysotrichus); 15 de Yp-Roxo (Tabebuia heptaphyllus), assim como foram realizadas palestras de conscientizao da Preservao Ambiental; e

    por fim, o 22 Batalho de Infantaria Batalho Tocantins, sediado em Palmas (TO), realizou diversas atividades de gesto do meio ambiente: palestras sobre o uso e a recuperao da gua e a conscientizao ambiental sustentvel; implantao de hortas; aprendizado para o manejo agrcola; parceria para a implantao de fontes de energia alternativas; desenvolvimento da pista para caminhada na Vila Militar, proporcionando maior contato dos familiares com a natureza e conscientizao da importncia da preservao do meio ambiente.

    Com efeito, a questo ambiental vem ocupando, no decorrer dos anos, um lugar de destaque no cenrio mundial. Assim, a 3 Bda Inf Mtz, junto com suas OM, e coerente com as Diretrizes do Comando da Fora, procura participar dessa nova realidade, interagindo com a sociedade na conscientizao para a preservao da natureza e realizando medidas efetivas para amenizar os efeitos das atividades administrativas e operacionais no meio ambiente.

    Brigada de Operaes Especiais na Gesto Ambiental

    Outra Unidade que se destaca nas aes no meio

    21 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    Escolares realizam plantio de rvores nativas

    Transformao de resduos de leo em sabo

  • 22 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    ambiente a Base Administrativa da Brigada de Operaes Especiais, sediada em Goinia (GO). Responsvel pela gesto oramentria, financeira, patrimonial e de pessoal das Organizaes Militares subordinadas, tem desenvolvido, sob a coordenao do Comando da Brigada, relevantes atividades inseridas na gesto ambiental. Dentre elas, destacam-se o plantio de rvores nativas, a limpeza de um crrego prximo ao quartel, a recuperao de reas verdes e a manuteno de uma rea de preservao ambiental.

    Constituda de uma estrutura e efetivo nicos, a Base Administrativa dispe de equipes voltadas, exclusivamente, para a manuteno e preservao da grande rea verde que ornamenta o complexo do Quartel-General. Vrias dessas atividades, alm do pblico interno, contam tambm com a participao da comunidade local, de rgos municipais e de familiares dos militares moradores dos Prprios Nacionais

    Residenciais das vilas militares.Na rea de parques e jardins, a atuao da patrulha

    verde constante na realizao da limpeza, manuteno e plantio de rvores. Em diversas oportunidades, h a participao e a colaborao da Escola Municipal Professor Loureno Ferreira Campos, estabelecimento de ensino apadrinhado pela Base Administrativa, responsvel pela formao educacional de crianas de sete a doze anos.

    Em parceria com a Prefeitura Municipal de Goinia, por meio da Companhia de Urbanizao do municpio, a Base Administrativa realiza, periodicamente, a limpeza das reas de instruo e do Crrego Divisa, evitando a proliferao de animais e insetos nocivos sade humana.

    Alm disso, em cumprimento ao Plano de Gesto Ambiental da Base Administrativa, a Unidade realiza um trabalho de conscientizao junto aos recrutas incorporados, com a elaborao de normas visando proteo ambiental na rea de instruo, as quais so fiscalizadas durante os exerccios de campo.

    1 Regimento de Cavalaria de Guardas e o projeto Lixo Limpo

    O 1 Regimento de Cavalaria de Guardas (1 RCG), OM subordinada ao Comando Militar do Planalto e sediado em Braslia (DF), implantou o projeto Lixo Limpo, que abrange toda a rea construda do aquartelamento. Seu objetivo classificar o lixo em seus diversos tipos, tais como: vidro, metal, papel e plstico.

    Nesse projeto, compete ao 1 RCG realizar a separao do material orgnico e inorgnico para auxiliar a empresa responsvel pela coleta de lixo seletivo. Compete, ainda, ao Regimento assegurar que a empresa responsvel pela coleta o faa regularmente, devido quantidade diria de lixo hospitalar (mdico e veterinrio).

    Por fim, o xito do projeto depende da conscientizao de todos os militares dos Drages da Independncia em relao ao benefcio gerado ao meio ambiente, bem como da responsabilidade social exigida para implementao efetiva dessas mudanas.

    6 GLMF e a preservao do CerradoEm 31 de dezembro de 2004, a deciso do Exrcito

    Brasileiro de centralizar todo o material ASTROS em uma nica OM trouxe, para a rea do Campo de Instruo de Formosa (CIF), o 6 Grupo de Lanadores Mltiplos de Foguetes (6 GLMF/CIF).

    O Campo de Instruo de Formosa est localizado na cidade de Formosa (GO), a uma distncia aproximada de 80 Km de Braslia. Com, aproximadamente, 1.041 Km o segundo maior Campo de Instruo do Exrcito Brasileiro. Faz limite com os Estados de Gois, Minas Gerais e o Distrito Federal.

    Servios de limpeza e manuteno de rea de preservao ambiental da Brigada de Operaes Especiais

    Militar da Brigada de Operaes Especiais ladeado por servidores pblicos da Companhia de Urbanizao da Prefeitura Municipal

    22 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

  • 23 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    A sua rea pertence ao cerrado, segundo maior bioma do Pas, que ocupa cerca de dois milhes de quilmetros quadrados, abrangendo 13 Estados e o Distrito Federal, o que equivale a cerca de 25% do territrio nacional.

    O 6 GLMF/CIF, em um esforo constante, procura manter as caractersticas do cerrado nativo, que cobre a totalidade de seu territrio, atendendo a um dos pontos de honra do Exrcito, que o compromisso com a preservao do meio ambiente.

    Consoante com essa diretriz, cresce de importncia a preservao e a manuteno da incolumidade da fauna e flora do cerrado brasileiro. Um bioma preservado representa um ambiente operacional mais completo e diversificado, exigindo um planejamento mais judicioso de um preponderante fator de deciso: o terreno.

    Na tentativa de mitigar os possveis impactos ambientais provocados pelas manobras militares, o CIF implementou, como principais medidas aplacadoras, a adoo de Normas Gerais de Ao (NGA) e a diviso da rea do Campo em 20 subreas especficas para cada tipo de atividade militar, cujos limites esto apoiados sobre as diversas estradas, crregos e rios do Campo. As subreas correspondem s instalaes administrativas, reas de impacto (tiros de morteiros e de artilharia), de acampamento, para exerccio de blindados, para desdobramento logstico, pista de aplicaes militares, dentre outros. Toda essa subdiviso consta das NGA/CIF, que contm as prescries, restries e cuidados que devem ser tomados quanto ocupao do Campo de Instruo por qualquer tropa.

    23 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    Bioma Cerrado

    Alm de sua funo militar, o CIF serve de uma excelente fonte para o desenvolvimento de estudos e pesquisas por vrios rgos e instituies acadmicas, como o IBAMA, a EMBRAPA, o Curso de Geografia da Universidade Estadual de Gois, a Universidade de Braslia, a Instituio de Ensino Superior de Gois, dentre outras.

    Margeado, na sua maioria, por plantaes de culturas diversas, o Campo de Instruo representa umas das ilhas de preservao do cerrado brasileiro.

    Em sua rea, possvel constatar a presena abundante e harmnica da fauna e da flora da regio (felinos, aves, rpteis, roedores etc.) em sintonia com as atividades ali desenvolvidas.

    Em harmonia com a legislao ambiental, o 6 GLMF/

    Sede do 6 GLMF/CIF

  • 24 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    CIF tem implantado aes que visam amenizar e corrigir as aes antrpicas negativas existentes, como, por exemplo: revitalizao de reas degradadas (cascalheiras), controle e combate aos incndios, coletas seletivas do lixo produzido nos acampamentos, patrulhas patrimoniais contra delitos ambientais no interior do Campo de Instruo, implantao de um plano de gesto ambiental, programas de educao ambiental para o pblico interno e atividades de cunho ambiental para a sociedade.

    O 6 GLMF/CIF tem realizado vrias atividades voltadas para a valorizao do cerrado, com a participao da sociedade local. As atividades, entre seus objetivos, procuram conscientizar as pessoas para a importncia do bioma e orientar quanto responsabilidade comum no monitoramento e fiscalizao para a conservao.

    Dessa forma, criou-se o Astros-Clube de Orientao, introduzindo o esporte de aventura diretamente ligado ao meio ambiente e preservao da natureza. O clube, de

    caractersticas civis e sem fins lucrativos, tem divulgado o esporte entre militares e civis do Grupo Astros de Formosa.

    A Gesto Ambiental, dentro do 6 GLMF/CIF pode ser definida como um conjunto de polticas, programas e prticas administrativas e operacionais que levam em conta a sade e a segurana das pessoas, alm da proteo do meio ambiente por meio da eliminao ou minimizao de impactos e danos ambientais decorrentes do planejamento, implantao e operao em atividades militares.

    Enfim, o 6 GLMF/CIF, totalmente envolvido com suas atividades militares e ambientais, consciente da sua importncia na preservao desse bioma em uma rea de 104 mil hectares, enquanto cercado por fazendas de gado e soja.

    11 Regio Militar no projeto Meio Ambiente Saudvel

    A preocupao com o meio ambiente motivou a 11 Regio Militar a implantar o projeto Meio Ambiente Saudvel, que tem por idealizador e responsvel tcnico o Subtenente Joo Antnio da Costa. O projeto desenvolvido nas quadras residenciais militares da Asa Sul e Norte de Braslia e no setor de Aprovisionamento do Quartel-General do Exrcito e da 11 Regio Militar. Tem por objetivo mudar os hbitos da populao militar de Braslia, com relao ao destino dado ao leo de cozinha, que, quando jogado na pia, causa entupimentos, havendo a necessidade do uso de produtos txicos para a soluo do problema. Esses produtos seguem para os rios e mananciais e causam danos irreversveis ao meio ambiente.

    Um litro de leo de cozinha chega a poluir cerca de um milho de litros de gua, alm de onerar os custos com o tratamento de esgotos da cidade, refletindo na conta de gua do usurio.

    Firmado em conjunto com a Prefeitura Militar de Braslia e com uma empresa privada da cidade, o projeto recolhe o leo de cozinha usado e o envia para reciclagem, sendo transformado em Biodisel.

    A empresa parceira fornece os recipientes sem custo, faz a coleta mensal e ainda troca o leo coletado por detergente lquido, que usado na limpeza das reas comuns dos prdios residenciais que participam do projeto e na limpeza dos ranchos.

    Alm de incentivar a conscincia ecolgica, traz alguns benefcios aos participantes, como a diminuio dos gastos com materiais de limpeza e na queda do ndice de entupimento do sistema hidrulico. Com a reduo dos gastos, o projeto possibilita, inclusive, a cobrana de taxa de condomnio menor.

    Esta iniciativa tem potencial de operar em 2.839 apartamentos de Braslia, atingindo mais de 11 mil pessoas e a expectativa de recolhimento de 1.419 litros de leo usados por ms.

    24 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Coleta de leo de cozinha Projeto Meio Ambiente Saudvel da 11 RM

    Combate ao Fogo no Campo de Instruo de Formosa

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    E ntre os Comandos Militares de rea, o Comando Militar do Sul (CMS) possui um dos maiores poderes de combate do Exrcito Brasileiro. composto por 162 Organizaes Militares (OM), com 25% do efetivo de militares, 75% dos meios mecanizados e 90% dos blindados do Exrcito Brasileiro, distribudos estrategicamente nos Estados do Paran, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    Com relao ao meio ambiente, o CMS est inserido, predominantemente, nos biomas Pampa (centro-sul do RS) e Mata Atlntica (PR, SC e parte do RS).

    Visando adequar-se s novas orientaes contidas nas Instrues Gerais de Meio Ambiente (IG 20-10), o CMS expediu sua Diretriz de Gesto Ambiental. Nela esto elencadas aes ambientais que podem (ou devem) ser seguidas, por cada Organizao Militar, levando em considerao as suas peculiaridades. Alm disso, a Diretriz permite que o gestor de um quartel tenha flexibilidade para mudar a prioridade, ou criar outras aes, citando-se, como exemplo, que as necessidades ambientais do 13 Batalho de Infantaria Blindado, de Ponta Grossa, no so as mesmas do Arsenal de Guerra General Cmara, em So Paulo.

    A Diretriz tambm enfatiza o papel das Regies Militares (RM) como ente consultivo, responsvel tcnico pelas orientaes ambientais das OM sob suas jurisdies territoriais, incluindo o Comando do CMS, no caso

    particular da 3 Regio Militar em Porto Alegre.Uma vez que o assunto meio ambiente recorrente e

    exige cuidados especiais, a Diretriz de Gesto Ambiental do CMS estabelece premissas bsicas na execuo da atividade, como:

    no descaracterizar as OM Instituies de Estado voltadas para a guerra no trato com o assunto;

    inserir as aes em programas e processos do Programa de Excelncia Gerencial do Exrcito Brasileiro, aproveitando- -se de sua metodologia e evitando ampliar a burocracia; e

    comprometer-se na atividade, tendo como base a legislao ambiental e o que prescreve o Sistema de Gesto Ambiental do Exrcito, com a flexibilidade de desengajar-se quando necessrio.

    A Diretriz orienta, ainda, para no empregar a tropa em atividades em que os militares fiquem como mo de obra no especializada e isoladamente. Estes devem trabalhar em conjunto com a comunidade envolvida no evento ambiental.

    Programas e Projetos em andamento

    A educao ambiental e o desenvolvimento da men-talidade de preveno, conservao, melhoria e recuperao esto previstas em instrues e prticas destinadas a todos os militares do CMS.

    Anualmente, a 4 seo do CMS realiza uma reunio

    A Gesto A Gesto Ambiental Ambiental

    no Comando no Comando Militar do SulMilitar do Sul

    25 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

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    logstica com os Grandes Comandos, as Grandes Unidades e as Organizaes Militares Diretamente Subordinadas, na qual o assunto Gesto Ambiental est inserido e discutido, levantando-se as boas prticas e oportunidades de melhoria. Com isso, cria-se condies para atualizar e validar a Diretriz.

    Os resultados alcanados so promissores, considerando que a 3 RM estabeleceu, em sua rea, como programas iniciais: a coleta seletiva de resduos; a conservao de reas verdes; a destinao de esgotos sanitrios e guas servidas; e a incluso de clusulas ambientais em contratos de prestao de servios, quando for o caso.

    Do mesmo modo, a 5 RM relatou, em suas atividades ambientais: a adequao de postos de combustvel e lavagem de viaturas; o aproveitamento da gua da chuva; o recolhimento de leo de cozinha de vilas militares e quartis; a coleta seletiva de lixo e a realizao de mutires de limpeza com a comunidade.

    Constata-se que, em ambas as RM, as OM esto com projetos de aplicao imediata, de mdio e de longo prazo com o comprometimento de todos os militares, inclusive os do efetivo varivel.

    A Diretriz de Gesto Ambiental/CMS ressalta, tambm, os cuidados ambientais que as OM devem ter nas atividades de adestramento da tropa (estacionamentos, abastecimento, execuo de tiro, dentre outras) em reas particulares e campos de instruo, antevendo possveis riscos por meio de medidas impeditivas ou mitigadoras.

    No emprego de tropa, destaque para a Operao Fronteira Sul, realizada anualmente, que envolve grande parte das OM operacionais do CMS em adestramento. Consoante com o que prescreve a Lei Complementar n 117/2004, ocorre a participao das Polcias Federal e Estadual e de rgos de Proteo ao meio ambiente, na atuao

    26 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Operao de restituio ao seu habitat natural de doze pinguins-de-magalhes, realizada na Praia do Cassino-RS

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    contra ilcitos transfronteirios, dentre eles, os ambientais.Como exemplo de combate especfico aos crimes

    ambientais, a 8 Brigada de Infantaria Motorizada tem apoiado o IBAMA e o Instituto Chico Mendes em patrulhas na Reserva Ecolgica do TAIM (sul do RS), comprovando a preocupao do CMS com o meio ambiente.

    Na Operao Laador, recente Exerccio de Quadros do Ministrio da Defesa, em que as Foras Armadas Brasileiras atuaram em um Teatro de Operaes na Regio Sul do Brasil, houve a insero de cuidados ambientais na ordem operacional da Fora Terrestre Componente.

    A Diretriz de Gesto Ambiental/CMS busca implementar a Poltica Ambiental do Exrcito por meio de aes que mantenham o equilbrio entre os cuidados ambientais e o preparo operacional de suas OM, procurando nortear-se

    pela legislao ambiental e pela destinao Constitucional da Fora Terrestre.

    As operaes na faixa de fronteira terrestre junto aos pases platinos, as atitudes colocadas em prtica na vida diria de seus quartis, a adoo de medidas preventivas na execuo de empreendimentos passveis de danos materiais ou pessoais e, principalmente, pelo efeito multiplicador das instrues, palestras e atividades relacionadas s questes ambientais realizadas para os jovens recrutas, futuros cidados responsveis por um convvio saudvel e harmonioso com os recursos naturais, so aes que denotam o comprometimento do CMS com a preveno ambiental.

    Portanto, o Comando Militar do Sul treina suas tropas para o combate e contribui para a formao do cidado ecologicamente responsvel.

    27 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    Dia da rvore no 15 GAC Ap Limpeza dos rios

  • 28 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    2 BPE: Muito Mais que um Discurso Verde

    Em meio selva de pedra da metrpole So Paulo,

    destaca-se, pelo elevado nvel de preservao de sua rea verde,

    o 2 Batalho de Polcia do Exrcito, onde seus ocupantes

    agem muito pelo verde.

    Uma das reas de replantio de rvores nativas brasileiras

    E m uma cidade como So Paulo, o contato que a populao tem com uma rea verde preservada mnimo.No ano 2000, segundo o ltimo levantamento da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente da Prefeitura de So Paulo, existiam, na capital

    paulista, cerca de 58,1 m de rea verde por habitante. O 2 Batalho de Polcia do Exrcito (2 BPE) est

    localizado em Osasco, um dos municpios que compem a grande So Paulo. Em meio selva de pedra, o Batalho destaca-se pelo nvel de preservao de suas reas, que

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    chegam a uma mdia de 80 m de rea verde para cada militar da Unidade.

    Considerando que o sucesso coletivo depende da contribuio de cada um dos seus componentes, a Unidade de PE tem o seu foco voltado no s para a formao individual militar, como tambm se preocupa com a formao do cidado. Dessa forma, empenha-se na conscientizao de seus militares em prol da adoo de prticas ecologicamente corretas.

    O resultado percebido ao observar-se o consumo de gua e eletricidade: no ltimo ano, o gasto com gua diminuiu cerca de 20% e o de energia eltrica foi reduzido em 30%. Isso mostra que com esforo tem-se um bom programa ambiental. Com a manuteno preventiva de suas instalaes, reparo imediato de vazamentos e, principalmente, aes de conscientizao, o 2 BPE envolveu seu pessoal em atitudes voltadas para a preservao do meio ambiente

    e, ainda, consegue economizar os recursos disponveis. No basta apenas pensar verde, preciso agir verde.

    Nesse sentido, a Unidade acredita que s a preservao das reas verdes no o bastante e, por isso, toma atitudes verdes, fiscalizando continuamente sua estrutura de gua e esgoto, realizando aes de conscientizao ambiental e fazendo o replantio de rvores nativas brasileiras.

    LEGENDA:Permetro do Batalho

    rea Construda

    rea de Mata Secundria

    29 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

  • 30 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    O Parque Regional de Manuteno da 9 Regio Militar (Pq R Mnt/9) tem sua origem nas Oficinas de Reparaes do Servio de Material Blico da 9 Regio Militar, criadas em 1923, aps a extino do Arsenal de Guerra de Cuiab.

    Com a mudana da estrutura do Exrcito, um novo Regulamento do Servio de Material Blico foi aprovado em 7 de abril de 1947, acarretando a mudana de organizao das Oficinas de Reparaes, que passaram a denominar--se Parque Regional de Material Blico. Em 1957, com nova organizao, passou a chamar-se Parque Regional de Armamento da 9 Regio Militar. Finalmente, por meio do Decreto n 82.813, de 6 de dezembro de 1978, a Unidade passou a adotar a organizao e denominao atuais.

    Hoje, o Pq R Mnt/9 dispe de pessoal altamente especializado, modernas instalaes e o principal responsvel pelo mais elevado escalo de manuteno realizado no Comando Militar do Oeste. Dentre os principais trabalhos desenvolvidos, o que mais se destaca o tratamento superficial do armamento leve, o qual est incluso em um plano regional e consiste,

    basicamente, na recuperao dos fuzis Fz 7,62 M964 FAL. A recuperao do armamento leve visa a substituio

    de peas e tem como foco o tratamento superficial, que consiste em uma sequncia de banhos com produtos qumicos a que as peas metlicas so submetidas dentro de cubas especficas, a fim de garantir uma camada de proteo contra a corroso. Esse tratamento conhecido como Fosfatizao ou Galvanoplastia.

    Cubas de desengraxe, gua quente e fosfato

    O processo inicia-se por uma cuba de desengraxe alcalino, onde todo leo e sujeira so removidos. Posteriormente, a pea lavada em gua corrente e, logo aps, decapada em cabines de jateamento com microesferas de vidro. Tal processo garante a remoo completa da tinta e um aumento da rea superficial para melhor aderncia da camada de proteo. Aps os processos iniciais, as peas passam por um banho qumico de fosfato de mangans, conhecido como fosfatizao. Nesse processo, a pea ganha a camada de proteo decorrente da deposio do fosfato de mangans.

    A fosfatizao garante uma melhor aderncia tinta e ao leo e, assim, um aumento na proteo de at 800 vezes em relao pea no tratada, assegurando a durabilidade do armamento.

    A Estao de Tratamento de Efluentes

    Banhos com produtos qumicos

    Ao realizar o tratamento dos efluentes produzidos durante a manuteno do material blico na rea do Comando Militar do Oeste, o Pq R Mnt/9

    torna-se um exemplo na proteo e preservao da qualidade ambiental nas bacias hidrogrficas do Estado do Mato Grosso do Sul.

    30 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Sd M

    agro

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    Apesar de ser bastante vantajosa do ponto de vista de durabilidade do material de emprego militar, o processo gera resduos de natureza slida, lquida e gasosa, constitudos, principalmente, de metais como: chumbo, nquel, cdmio, mangans e zinco. O mangans e o zinco so os mais encontrados no processo, enquanto o chumbo aparece, essencialmente, como componente das tintas.

    Esses resduos resultantes do tratamento superficial devem ser tratados antes de serem lanados na rede de esgoto, a fim de preservar as guas das bacias hidrogrficas. Tais providncias constam da Deliberao do Conselho Estadual de Controle Ambiental, de 20 de junho de 1997, que dispe sobre a preservao e utilizao das guas das bacias hidrogrficas do Estado de Mato Grosso do Sul e d outras providncias.

    O Pq R Mnt/9 possui um Plano de Gesto Ambiental, o qual busca realizar o manejo das reas naturais internas da OM, adequando o controle ambiental s novas normas

    legais por meio do cumprimento da legislao especfica nas esferas federal, estadual e municipal. Visa, ainda, a valorizao das reas esportivas e de instruo; resgatar o contato do homem com um ambiente natural saudvel e equilibrado; reduzir a produo e aperfeioar o tratamento dos resduos produzidos pelas atividades administrativa e operacional; e tudo isso torna evidente a necessidade do controle ambiental e o manejo correto dos recursos.

    A Seo de Manuteno de Armamento Leve e Pesado possui, desde o ano de 2004, uma Licena de Operao emitida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (IMASUL). Para essa licena condicionante respeitar as resolues do Conselho Nacional de Meio Ambiente, tanto nos padres de emisso de efluentes nos corpos dgua quanto no destino final dos resduos slidos gerados.

    A oficina dispe de uma Estao de Tratamento de Efluentes (ETE), que trata todos os banhos qumicos descartados. O tratamento inicia-se com o armazenamento e neutralizao do PH do resduo e posteriormente o efluente

    coletado em um decantador, onde sofre a adio de sulfato de alumnio, que serve como floculador, facilitando a decantao dos metais. A parte lquida descartada na rede coletora e o lodo decantado recolhido em um leito de secagem para posterior armazenamento. A gua corrente, decorrente da lavagem das peas, passa por uma caixa separadora de gua e leo antes de seguir na rede coletora.

    Trimestralmente, enviado ao IMASUL um relatrio onde constam as anlises das amostras dos resduos, confeccionado por laboratrios credenciados, antes e aps o tratamento. E, a cada 120 dias, feito um relatrio com o destino final de todo resduo slido gerado na Seo de

    Armamento, que engloba o lodo da ETE, microesferas de vidro descartadas, leos e lubrificantes inservveis, embalagens vazias etc.

    Estao de Tratamento de Efluentes ETE

    Banho qumico de fosfato de mangans

    Cubas de desengraxe

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    Sd M

    agro

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    Sd M

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    O municpio de Itaituba est localizado no importante entroncamento das Rodovias Transamaznica e BR-163 (Santarm-Cuiab), estrategicamente situado s margens do Rio Tapajs, distando aproximadamente 1.000 km da capital do Estado do Par. Com significativo potencial ecoturstico devido aos belos atrativos naturais, entre eles os oferecidos pelo verde rio, Itaituba um dos municpios mais promissores da regio, com imensas jazidas de calcrio, ouro e pedras preciosas e possuidor do segundo maior rebanho bovino do Estado. Seus primeiros habitantes foram os ndios Mundurukus, ainda presentes na regio.

    Sua histria econmica foi construda a partir da minerao, quando passou a ser conhecida nacionalmente como Cidade Pepita, por conta da abundncia de ouro em seus inmeros garimpos. Teve seus dias de glria, chegando a ser reconhecido como o municpio que mais registrava pousos e decolagens de todo o mundo, no auge da atividade garimpeira. Comercialmente ligada cidade de Santarm, Itaituba mantm uma linha regular de embarcaes que saem todos os dias rumo cidade vizinha. O acesso ao municpio de Itaituba pode ser realizado pela malha rodoviria utilizando--se a Rodovia Transamaznica (BR-230) ou a Cuiab-Santarem (BR-163), sendo acessado tambm pela malha hidroviria com barcos saindo diariamente de Santarm.

    A Feira Expoagroindustrial realizada, anualmente, no msde setembro, considerada um dos maiores eventos realizados no municpio, por receber visitantes de outras regies, totalizando uma circulao mdia de 25 mil pessoas.

    A Expoagroindustrial a vitrine da produo agropecuria da regio, destacando-se a negociao de mquinas e equipamentos. Neste ano, na 21 edio do evento, a inovao foi a participao do setor mineral focado na explorao ambientalmente equilibrada.

    O Rio Tapajs considerado um dos mais deslumbrantes da Regio Amaznica, apresentando, na poca da seca, um espetculo para os visitantes do municpio que podem observar as diversas praias formadas s margens do verde rio, entre elas, podemos citar as do Paran-mirim, Praia do Sapo, Praia do Meio e as corredeiras de So Luiz do Tapajs.

    Atrativos Tursticos NaturaisFazenda MaloquinaSituada no Km 13 da rodovia transamaznica, a apenas 30

    Nossos Hotis de Floresta 53 BIS Itaituba-PA

    32 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Passeio em So Luiz do TapajsParque Nacional da Amaznia

    Matriz de SantAnna

  • 33 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    minutos de carro do centro da cidade de Itaituba, proporciona as seguintes opes de entretenimento: trilha ecolgica, passeio a cavalo, rapel, pista de cordas, chal, bosque, praia, pedalinho, almoo e caf colonial.

    Fonte AzulSituada no Km 11 da Rodovia Transamaznica, distando

    25 minutos de carro do centro da cidade de Itaituba, a Fonte Azul uma das belezas naturais da regio.

    So Luiz do TapajsA comunidade de So Luiz do Tapajs est situada a uma

    hora de barco do centro de Itaituba, margem esquerda subindo o Rio Tapajs. Os visitantes podem acessar, tambm, pelo Km 11 da BR-230, entrando na estrada do Pimental. A regio possui belas dunas de areia e, anualmente, no ms de novembro, a comunidade de So Luiz do Tapajs realiza o festival do Tambaqui.

    Parque Nacional da AmazniaCriado pelo Decreto n 73.683, de 19 de fevereiro de

    1974, com uma rea de 1.114.496 hectares, considerado uma das mais antigas unidades de conservao criadas no Brasil. Prximo confluncia das rodovias BR-163 (Santarm-Cuiab) e Transamaznica, tem sua rea drenada pelo Rio Tapajs, cujo principal afluente o Jamanxim.

    caracterizado por abrigar diversos tipos de vegetao e

    por possuir um dos lugares mais interessantes para observao de aves no mundo. Mais de 400 espcies foram listadas na regio desde 1906 e acredita-se que muitas ainda sero registradas. Entre as espcies que ocorrem na rea esto o gavio-real, a ararajuba e a arara-vermelha.

    Atrativos Tursticos CulturaisCrio da Padroeira de ItaitubaA festa de SantAna, a padroeira da Prelazia de Itaituba,

    comemorada na ltima semana do ms de julho, atrai visitantes

    33 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL 2010

    Festejos de SantAnna

    Fazenda Maloquinha

  • 34 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    cidade e conta com a clebre procisso fluvial, que sempre foi um ponto de convergncia entre os fiis daquela regio.

    53 Batalho de Infantaria de SelvaO Quinquagsimo Terceiro Batalho de Infantaria

    de Selva, Batalho Tapajs, com sede em Itaituba, foi criado em 1973.

    A primeira incorporao de recrutas ocorreu em 1975, com um total de 165 soldados. Deste efetivo, somente vinte eram cidados itaitubenses, os demais vieram do excesso de contingente do 8 Batalho de Engenharia de Construo, sediado na cidade de Santarm (PA).

    O Batalho Tapajs comemora seu aniversrio em 2 de janeiro, tendo em vista que, em 1918, foi criado o 45 Batalho de Caadores, do qual se originou o 1 BIS, sede dos destacamentos precursores que constituram o embrio do 53 BIS.

    Vila Militar do 53 BISO complexo da Vila Militar do 53 BIS possui uma

    ampla rea verde com reas de lazer para oficiais e subtenentes/sargentos.

    Na rea de lazer de oficias encontra-se o Hotel de Trnsito para oficiais, subtenentes e sargentos da Guarnio de Itaituba, inaugurado em 20 de dezembro de 2005, com sutes de luxo compostas dos seguintes itens: cama de casal, cama de solteiro, escrivaninha, ar-condicionado, frigobar, TV com antena parablica e internet sem fio. O caf colonial est includo no valor da diria.

    As reservas podem ser feitas por meio da 4 Seo do Batalho pelo telefone (93) 3518-2329.

    34 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    e fiis de vrias localidades que cumprem a tradio de f do povo itaitubense. A comunidade catlica de Itaituba aguarda todo ano, com muita expectativa, os festejos de Nossa Senhora de SantAna, padroeira do municpio.

    Os festejos de SantAna so organizados na orla da

    Caf da manh no Hotel de Trnsito

    Aspectos do Hotel de Trnsito

  • 35 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

    A Educao Ambiental vem recebendo grande importncia no mbito do ensino militar, a partir da sua normatizao por meio da Portaria n 014-DEP, de 8 de fevereiro de 2008.

    Atualmente, todos os cursos do Sistema de Ensino Militar (SEM), desde a formao do profissional militar at os de Altos Estudos Militares, passando pela especializao e o aperfeioamento de graduados e oficiais, conduzem a Educao Ambiental com abordagem transversal, valendo-sede atividades presenciais tericas e prticas a fim de desenvolver, nos corpos docentes e discentes, as capacidades de preservao do meio ambiente.

    O Sistema Colgio Militar do Brasil implementa as mesmas atividades ambientais em seus cursos, nos nveis Fundamental e Mdio, visando desenvolver na juventude a internalizao da mentalidade e do comportamento relacionado com o desenvolvimento sustentvel. Nesse sistema educacional, prevalecem as atividades prticas por meio de grmios de proteo ambiental.

    Os cursos operacionais desenvolvem o ensino da doutrina militar em consonncia com as realidades mundial e nacional relacionadas com a conservao e a defesa das reas de proteo ambiental.

    A Educao Ambiental focada em trs vis: naturalista, jurdico e socioambiental. A profundidade do estudo em cada vis decorrente da caracterstica, finalidade e nvel de cada curso do SEM.

    A conduo da Educao Ambiental no ensino militar tambm viabiliza a formao de recursos humanos

    especializados nesse estilo de gesto, com a finalidade de elaborar estudos e decorrentes relatrios de impactos ambientais, referentes aos empreendimentos e s atividades a serem realizados pela Fora, sem, no entanto, deixar de cumprir a destinao constitucional e atribuies subsidirias do Exrcito Brasileiro.

    Ao conscientizar os militares e servidores civis para a importncia em racionalizar o uso dos recursos ambientais disponveis, empregando meios e medidas que preservem a qualidade ambiental, a Instituio insere-se no contexto do desenvolvimento sustentvel do Brasil.

    Educao Ambiental no Ensino Militar

    Exposio sobre fontes de energia alternativa Colgio Militar de Santa Maria

    Estgio de Adaptao Caatinga 72 Batalho de Infantaria Motorizada

    Campanha de recolhimento de material reciclvel

    35 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010

  • 36 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    S eguindo a tendncia de sustentabilidade, a Escola de Sargentos de Logstica (EsSLog) vem investindo em um Sistema de Gesto Ambiental, com o intuito de colaborar com a formao do indivduo.

    No mbito disciplinar, encontram-se contedos curriculares que compem os planos de disciplinas dos cursos de formao e aperfeioamento de sargentos. As disciplinas guardam um olhar que reconhece a importncia e a urgncia da sustentabilidade e da questo ambiental, na rotina do mundo moderno, concomitante com a atividade militar.

    Na esfera interdisciplinar, o Programa de Gesto Ambiental da EsSLog pretende estabelecer um conjunto de aes continuadas de gesto ambiental, mobilizando os corpos docente, discente e efetivo, em prol do desenvolvimento sustentvel. Compem-se de projetos e subprojetos que se iniciam com a elaborao dos sistemas.

    Nesse contexto, o gerenciamento de resduos j gerou resultados, seja educando, seja reciclando. Na cozinha, desde 2009, o leo destinado ao Programa de Reaproveitamento de leo Vegetal, localizado na Ilha do Fundo, Rio de Janeiro (RJ), em uma parceria entre a Refinaria de Manguinhos e a Secretaria do Meio Ambiente do Rio de Janeiro.

    Nas oficinas, os resduos so tratados de maneira responsvel. Na cantina, a educao continuada e instalao de amassadores de latas e lixeiras identificadas ajudam na separao do material. Nas sees, a instalao de lixeiras nas cores vermelhas (plstico) e azuis (papis), confeccionadas pelos alunos dos cursos de metalurgia, ajudam na coleta seletiva. Foram selecionados estes materiais porque so os que apresentam os maiores ndices de descartes reciclveis.

    A revitalizao do Crrego dos Afonsos engloba atividades de manuteno de margens, limpeza e trabalhos de engenharia em seu leito. O tratamento de seus efluentes est na fase de estudos tcnicos, assim como o projeto de reaproveitamento de gua.

    A natureza vem ensinando ao homem que a convivncia respeitosa possvel. motivo de orgulho para a EsSLog, e em especial para os integrantes do Exrcito, o uso responsvel e sustentvel da natureza e seus ecossistemas sem jamais descuidar do cumprimento da sua misso.

    Nos dias atuais, a conscientizao ambiental e a mudana de mentalidade so as metas mais importantes a serem perseguidas, preservando o futuro de nossas geraes.

    Sustentabilidade e Questo Ambiental na Escola de Sargentos de Logstica

    Sem descuidar-se de sua destinao constitucional,

    o Exrcito Brasileiro adestra-se e desfruta de

    uma convivncia saudvel com a natureza.

    36 CENTRO DE COMUNICAO SOCIAL DO EXRCITO

    Revitalizao do Crrego dos Afonsos

    Lixeiras para coleta seletiva

  • 37 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL DEZEMBRO 2010 37 ANO XXXVIII N 207 ESPECIAL 2010

    A EsSA e a Gesto Ambiental

    em Trs Coraes-MG

    Aqui, os militares esto engajados e comprometidos com a Gesto Ambiental. Os futuros Sargentos das Armas so agentes difusores,

    fundamentais para a consolidao de uma conscincia ambiental voltada

    para a preservao.

    A EsSA esfora-se para transmitir aos alunos ensinamentos cujo foco

    seja a preocupao constante com o meio ambiente, engajando-os nas

    diversas atividades, como, por exemplo, a coleta seletiva solidria.

    A preocupao do Exrcito com o meio ambiente est evidenciada na legislao militar, que determina aes e define os agentes responsveis por medidas de preservao do meio ambiente dentro de cada Organizao Militar (OM).

    O Regulamento Interno e dos Servios Gerais, em seu artigo 33, define o Fiscal Administrativo como assessor do comandante da unidade nas providncias referentes a controle ambiental. Tambm, em seu art. 295, orienta que os Comandantes de Subunidades e os Chefes de Reparties e Dependncias Internas so responsveis pela verificao do cumprimento das normas de proteo do meio ambiente.

    Por ser o aquartelamento sediado no centro da Cidade de Trs Coraes, s margens do Rio Verde, e por possuir dois campos de instruo: o Campo de Instruo do Atalaia, dentro da cidade, e o Campo de Instruo General Moacir Arajo Lopes (CIGMAL), a 42 km da Escola, a gesto ambiental ocorre de maneira sistematizada.

    Perfeitamente focada nas diretrizes do Exrcito, a Escola de Sargento das Armas tem nas Normas do Sistema de Gesto Ambiental e nas Normas Gerais de Ao captulos versando sobre as Atividades de Preservao do Meio Ambiente: coleta seletiva solidria, tratamento de efluentes de esgoto, destino correto de lixo especial, plantio de rvores em reas de preservao permanente e parcerias com empresas para a recuperao de reas degradadas nos campos de instruo.

    Como Estabelecimento de Ensino, deve conscientizar o corpo docente da importncia de realizar-se a coleta seletiva, tornando cada sargento recm-formado um agente difusor das diretrizes do Comando do Exrcito Brasileiro. A partir dessa premissa, e galgada na legislao militar, colocou em prtica a coleta seletiva de lixo, tendo como base o Decreto 5.940, de 25 de outubro de 2006, que institui a separao de resduos reciclveis em rgos e entidades da Administrao