Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

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Sem crise na prevenção R AÇÃO V i Ano 5 · n o 44 Agosto/2008 · R$ 5,00 www.revistaviracao.org.br atitude e ousadia jovem atitude e ousadia jovem Mudança, Mudança, Sem crise na prevenção Dizem que eles Dizem que eles Dizem que eles Dizem que eles Dizem que eles protegem, será? protegem, será? protegem, será? protegem, será? protegem, será? POLÍCIA: POLÍCIA: POLÍCIA: POLÍCIA: POLÍCIA: Dizem que eles Dizem que eles Dizem que eles Dizem que eles Dizem que eles protegem, será? protegem, será? protegem, será? protegem, será? protegem, será? POLÍCIA: POLÍCIA: POLÍCIA: POLÍCIA: POLÍCIA: JUVENTUDE JUVENTUDE JUVENTUDE JUVENTUDE JUVENTUDE Falando de política Falando de política Falando de política Falando de política Falando de política para o mundo para o mundo para o mundo para o mundo para o mundo JUVENTUDE JUVENTUDE JUVENTUDE JUVENTUDE JUVENTUDE Falando de política Falando de política Falando de política Falando de política Falando de política para o mundo para o mundo para o mundo para o mundo para o mundo Reportagem especial sobre a 3 Reportagem especial sobre a 3 Reportagem especial sobre a 3 Reportagem especial sobre a 3 Reportagem especial sobre a 3 a Mostra Mostra Mostra Mostra Mostra de Saúde e Prevenção nas Escolas de Saúde e Prevenção nas Escolas de Saúde e Prevenção nas Escolas de Saúde e Prevenção nas Escolas de Saúde e Prevenção nas Escolas Reportagem especial sobre a 3 Reportagem especial sobre a 3 Reportagem especial sobre a 3 Reportagem especial sobre a 3 Reportagem especial sobre a 3 a Mostra Mostra Mostra Mostra Mostra de Saúde e Prevenção nas Escolas de Saúde e Prevenção nas Escolas de Saúde e Prevenção nas Escolas de Saúde e Prevenção nas Escolas de Saúde e Prevenção nas Escolas

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Sem crise na prevenção: Reportagem especial sobre a 4ª Mostra de Saúde e Prevenção nas Escolas

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Page 1: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Sem crise naprevenção

RAÇÃOViAno 5 · no 44Agosto/2008 · R$ 5,00www.revistaviracao.org.br

atitude e ousadia jovematitude e ousadia jovemMudança,Mudança,

Sem crise naprevenção

Dizem que elesDizem que elesDizem que elesDizem que elesDizem que elesprotegem, será?protegem, será?protegem, será?protegem, será?protegem, será?

POLÍCIA:POLÍCIA:POLÍCIA:POLÍCIA:POLÍCIA:Dizem que elesDizem que elesDizem que elesDizem que elesDizem que elesprotegem, será?protegem, será?protegem, será?protegem, será?protegem, será?

POLÍCIA:POLÍCIA:POLÍCIA:POLÍCIA:POLÍCIA:

JUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDEFalando de políticaFalando de políticaFalando de políticaFalando de políticaFalando de políticapara o mundopara o mundopara o mundopara o mundopara o mundo

JUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDEJUVENTUDEFalando de políticaFalando de políticaFalando de políticaFalando de políticaFalando de políticapara o mundopara o mundopara o mundopara o mundopara o mundo

Reportagem especial sobre a 3Reportagem especial sobre a 3Reportagem especial sobre a 3Reportagem especial sobre a 3Reportagem especial sobre a 3aaaaa Mostra Mostra Mostra Mostra Mostrade Saúde e Prevenção nas Escolasde Saúde e Prevenção nas Escolasde Saúde e Prevenção nas Escolasde Saúde e Prevenção nas Escolasde Saúde e Prevenção nas EscolasReportagem especial sobre a 3Reportagem especial sobre a 3Reportagem especial sobre a 3Reportagem especial sobre a 3Reportagem especial sobre a 3aaaaa Mostra Mostra Mostra Mostra Mostrade Saúde e Prevenção nas Escolasde Saúde e Prevenção nas Escolasde Saúde e Prevenção nas Escolasde Saúde e Prevenção nas Escolasde Saúde e Prevenção nas Escolas

Page 2: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

pelopelopelopelopelo Brasil

Rede Sou de Atitude MaranhãoSão Luís (MA) – www.soudeatitude.org.br

Associação Imagem ComunitáriaBelo Horizonte (MG) – www.aic.org.br

Universidade Popular – Belém (PA)www.unipop.org.br

Centro Cultural Bájò AyòJoão Pessoa (PB)

CirandaCuritiba (PR) – www.ciranda.org.br

Catavento – Fortaleza (CE)www.catavento.org.br

Casa da Juventude Pe. BurnierGoiânia (GO)

www.casadajuventude.org.br

Companhia Terra-MarNatal (RN) – www.ciaterramar.org.br

Centro de Referência Integral deAdolescentes

Salvador (BA) – www.criando.org.br

Diretório Acadêmico Freitas NetoMaceió (AL)

Fundação Athos BulcãoBrasília (DF) – www.fundathos.org.br

Girassolidário – Campo Grande (MS)www.girassolidario.org.br

Jornal O CidadãoRio de Janeiro (RJ)

Virajovem Vitória – Vitória (ES)

Agência Uga-Uga – Manaus (AM)www.agenciaugauga.org.br

Grupo Atitude – Porto Alegre (RS)

Veja quem faz aVeja quem faz aVeja quem faz aVeja quem faz aVeja quem faz a ViraViraViraViraVirapelopelopelopelopelo Brasil

Page 3: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

QUEM SOMOSQUEM SOMOSQUEM SOMOSQUEM SOMOSQUEM SOMOS

Viraçãoiraçãoiraçãoiraçãoiração é um projeto social de educomunicação, sem fins lucrativos, criado em março de 2003 e filiado

à Associação de Apoio a Meninos e Meninas da Região Sé.Recebe apoio institucional da Organização das NaçõesUnidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco),do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e daAgência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi). Além deproduzir a revista, oferece cursos e oficinas de capacitaçãoem comunicação popular feita para jovens, por jovens e comjovens em escolas, grupos e comunidades em todo o Brasil.

Para a produção da revista impressa e eletrônica(www.revistaviracao.org.br), contamos com a participaçãodos conselhos editoriais jovens de 21 capitais, que reúnemrepresentantes de escolas públicas e particulares, projetos emovimentos sociais. Entre os prêmios conquistados nessesquatro anos estão o Prêmio Don Mario Pasini Comunicatore,em Roma (Itália), o Prêmio Cidadania Mundial, concedidopela Comunidade Bahá’í. E mais: no ranking da Andi, aViração é a primeira entre as revistas voltadas para jovens.

Participe você também desse projeto.Veja, abaixo, nossos contatos nos Estados.

Paulo Pereira LimaPaulo Pereira LimaPaulo Pereira LimaPaulo Pereira LimaPaulo Pereira LimaDiretor da Revista Viração – MTB 27.300

CONHEÇA OS 21 VIRAJOVENSCONHEÇA OS 21 VIRAJOVENSCONHEÇA OS 21 VIRAJOVENSCONHEÇA OS 21 VIRAJOVENSCONHEÇA OS 21 VIRAJOVENSEM CAPITAIS BRASILEIRASEM CAPITAIS BRASILEIRASEM CAPITAIS BRASILEIRASEM CAPITAIS BRASILEIRASEM CAPITAIS BRASILEIRAS

• Belém (PA) – [email protected]• Belo Horizonte (MG) – [email protected]• Brasília (DF) – [email protected]• Campo Grande (MS) – [email protected]• Cuiabá (MT) – [email protected]• Curitiba (PR) – [email protected]• Florianópolis (SC) – [email protected]• Fortaleza (CE) – [email protected]• Goiânia (GO) – [email protected]• João Pessoa (PB) – [email protected]• Maceió (AL) – [email protected]• Manaus (AM) – [email protected]• Natal (RN) – [email protected]• Porto Alegre (RS) – [email protected]• Recife (PE) – [email protected]• Rio de Janeiro (RJ) – [email protected]• Salvador (BA) – [email protected]• São Luís (MA) – [email protected]• São Paulo (SP) – [email protected]• Teresina (PI) – [email protected]• Vitória (ES) – [email protected]

Apoio Institucional

MAIS UMA MISSÃO CUMPRIDA!MAIS UMA MISSÃO CUMPRIDA!MAIS UMA MISSÃO CUMPRIDA!MAIS UMA MISSÃO CUMPRIDA!MAIS UMA MISSÃO CUMPRIDA!

desafio foi cobrir a 3a Mostra NacionalSaúde e Prevenção nas Escolas, que rolounos dias 24 e 25 de junho, em Florianópolis

(SC). E a galera, como sempre, arrasou na cobertu-ra diferenciada do evento, dando um toqueespecial em todo o material produzido.

Foi a primeira vez que o pessoal doConsórcio da Juventude Aroeira, de Floripa,faz a cobertura de um evento, e eles cumpriramcom muita responsabilidade e envolvimento opapel de repassar tudo o que aconteceu. Foi umaexperiência única e cheia de descobertas.

O mais legal é ver que as/os jovens levama sério essa parada de prevenção. Elas e elesencaram o problema com muita força, seja comoportadores de alguma doença, ou convivendocom quem as têm.

Não podemos esquecer de agradecera quem apoiou e tornou possível este encontro.Quem conhece os problemas causados pela faltade informação e prevenção sabe da importância dealertar e conscientizar a garotada para o sexo seguroe o tratamento das dsts. E isso deve sim chegar àsescolas, já que também é delas o papelde formação do cidadão.

Boa leitura!

ATENDIMENTO AO LEITORATENDIMENTO AO LEITORATENDIMENTO AO LEITORATENDIMENTO AO LEITORATENDIMENTO AO LEITOR

Rua Augusta, 1239 – Conj. 11Consolação – 01305-100 – São Paulo – SP

Tel./Fax: (11) 3237-4091 / 3567-8687 / 9946-6188

HORÁRIO DE ATENDIMENTOHORÁRIO DE ATENDIMENTOHORÁRIO DE ATENDIMENTOHORÁRIO DE ATENDIMENTOHORÁRIO DE ATENDIMENTOdas 9 às 13h e das 14 às 18h

E-MAIL REDAÇÃO E ASSINATURAE-MAIL REDAÇÃO E ASSINATURAE-MAIL REDAÇÃO E ASSINATURAE-MAIL REDAÇÃO E ASSINATURAE-MAIL REDAÇÃO E [email protected]

[email protected]

VIRAÇÃOVIRAÇÃOVIRAÇÃOVIRAÇÃOVIRAÇÃOé publicada mensalmente em São Paulo (SP)

pelo Projeto Viração da Associação de Apoio a Meninas

e Meninos da Região Sé de São Paulo, filiada ao Sindicato

das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas

de São Paulo; CNPJ (MF) 74.121.880/0003-52;

Inscrição Estadual: 116.773.830.119;

Inscrição Municipal: 3.308.838-1

Ode Notícias:

Agência Jovemde Notícias:

Agência Jovem

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Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 444

Virajovens e suas relações amigáveiscom a máquina de distribuição de

preservativos nas escolas

MAPA damina

MAPA daminaR

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Jackeline Nigri

QUE FIGURAQUE FIGURAQUE FIGURAQUE FIGURAQUE FIGURACartão virtual no portal da Vira:

www.revistaviracao.org.br

DULCINA DE MORAESDULCINA DE MORAESDULCINA DE MORAESDULCINA DE MORAESDULCINA DE MORAES

Conselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialEugênio Bucci, Ismar de Oliveira,Izabel Leão, Immaculada Lopez,João Pedro Baresi, Mara Luquete Valdênia Paulino

Equipe PedagógicaEquipe PedagógicaEquipe PedagógicaEquipe PedagógicaEquipe PedagógicaAparecida Jurado, Cássia Vasconcelos,Isabel Santos, Juliana Rocha Barroso,Maria Lúcia da Silva, Nayara Teixeira,Roberto Arruda, Robson Oliveirae Vera Lion

DiretorDiretorDiretorDiretorDiretorPaulo Pereira [email protected]

EquipeEquipeEquipeEquipeEquipeAdriano Sanches, Bianca Pyl, CamilaCaringe, Carol Lemos, Cristina Uchôa,Gisella Hiche, Rafael Stemberg,Rassani Costa, Sálua Oliveira,Vitor Massao e Vivian Ragazzi

Administração/ AssinaturasAdministração/ AssinaturasAdministração/ AssinaturasAdministração/ AssinaturasAdministração/ AssinaturasThays Alexandrina

Midiadores da ViraMidiadores da ViraMidiadores da ViraMidiadores da ViraMidiadores da ViraAcássia Deliê (Maceió – AL), AlexPamplona (Belém – PA), Gardene Leãode Castro (Goiânia – GO), Graciema Maria(Natal – RN), Ionara Talita da Silva (Brasília– DF), Ismael Oliveira (Teresina – PI),

• MANDA VÊ• MANDA VÊ• MANDA VÊ• MANDA VÊ• MANDA VÊ 66666

• IMAGENS QUE VIRAM• IMAGENS QUE VIRAM• IMAGENS QUE VIRAM• IMAGENS QUE VIRAM• IMAGENS QUE VIRAM 88888• VIRA VIROU• VIRA VIROU• VIRA VIROU• VIRA VIROU• VIRA VIROU 1414141414• ECA• ECA• ECA• ECA• ECA 1616161616• MAIS IGUAL• MAIS IGUAL• MAIS IGUAL• MAIS IGUAL• MAIS IGUAL 1717171717

• GALERA REPÓRTER• GALERA REPÓRTER• GALERA REPÓRTER• GALERA REPÓRTER• GALERA REPÓRTER 2323232323• NO ESCURINHO• NO ESCURINHO• NO ESCURINHO• NO ESCURINHO• NO ESCURINHO 3030303030• VIRARTE• VIRARTE• VIRARTE• VIRARTE• VIRARTE 3232323232

• PARADA SOCIAL• PARADA SOCIAL• PARADA SOCIAL• PARADA SOCIAL• PARADA SOCIAL 3434343434• RAP DEZ• RAP DEZ• RAP DEZ• RAP DEZ• RAP DEZ 3535353535

Ivanise Andrade (Campo Grande – MS),João Paulo Pontes e Bruno Peres (PortoAlegre – RS), Lizely Borges (Curitiba – PR),Maria Camila Florêncio (Recife- PE), MarceloMonteiro de Oliveira, Maxlander DiasGonçalves, Patrícia Galleto, Thiago Martins eVitor Bourguignon Vogas (Vitória – ES), NiedjaRibeiro (João Pessoa – PB), Pablo MárcioAbranches Derça (Belo Horizonte – MG),Raimunda Ferraz (São Luiz – MA), Renata Souza(Rio de Janeiro – RJ), Renata Gauche e ClarissaDiógenes (Fortaleza – CE), Scheilla Gumes(Salvador – BA) e Eric Silva e UbirajaraBarbosa (São Paulo – SP)

ColaboradoresColaboradoresColaboradoresColaboradoresColaboradoresLentini, Márcio Baraldi, Natália Forcat, Novaes,Paloma Klysis e Sérgio Rizzo

Consultor de MarketingConsultor de MarketingConsultor de MarketingConsultor de MarketingConsultor de MarketingThomas Steward

Projeto Gráfico IDENTITÀProjeto Gráfico IDENTITÀProjeto Gráfico IDENTITÀProjeto Gráfico IDENTITÀProjeto Gráfico IDENTITÀAdriana Toledo BergamaschiMarta Mendonça de Almeida

Fotolito Digital Fotolito Digital Fotolito Digital Fotolito Digital Fotolito Digital SANT’ANA Birô

ImpressãoImpressãoImpressãoImpressãoImpressão

Jornalista ResponsávelJornalista ResponsávelJornalista ResponsávelJornalista ResponsávelJornalista ResponsávelPaulo Pereira Lima – MTB 27.300

DivulgaçãoDivulgaçãoDivulgaçãoDivulgaçãoDivulgação Equipe Viração

E-mail Redação e AssinaturaE-mail Redação e AssinaturaE-mail Redação e AssinaturaE-mail Redação e AssinaturaE-mail Redação e [email protected]@revistaviracao.com.br

Preço da assinatura anualPreço da assinatura anualPreço da assinatura anualPreço da assinatura anualPreço da assinatura anualAssinatura Nova R$ 48,00Renovação R$ 40,00De colaboração R$ 60,00Exterior US$ 50,00

Edu

Mor

aes

• SEM PRESSÃO • SEM PRESSÃO • SEM PRESSÃO • SEM PRESSÃO • SEM PRESSÃO 66666Aquela perguntinha clássica“O que você quer ser quando crescer?”te irrita ou você adora falar sobre o quepretende estudar? Veja o que jovensde São Paulo e Maceió acham dela

• POLÍTICA NA VEIA • POLÍTICA NA VEIA • POLÍTICA NA VEIA • POLÍTICA NA VEIA • POLÍTICA NA VEIA 1212121212Prova de que a juventude é ligadaem política é o resultado do 3o SimpósioInternacional sobre a Juventude Brasileira(JUBRA), que rolou em Goiânia (GO). Dáuma olhada nas propostas da galera!

• PREVENÇÃO SE APRENDE• PREVENÇÃO SE APRENDE• PREVENÇÃO SE APRENDE• PREVENÇÃO SE APRENDE• PREVENÇÃO SE APRENDENA ESCOLA NA ESCOLA NA ESCOLA NA ESCOLA NA ESCOLA 1818181818A 3a Mostra Saúde e Prevençãonas Escolas contou com a coberturada Agência Jovem de Notícias, querelatou todos os momentos do evento

• INSPIRAÇÃO NA NATUREZA • INSPIRAÇÃO NA NATUREZA • INSPIRAÇÃO NA NATUREZA • INSPIRAÇÃO NA NATUREZA • INSPIRAÇÃO NA NATUREZA 2929292929Uma dica de filme é o longa-metragem Na Natureza Selvagem.Confira a crítica sobre a história realdo jovem mochileiro no Alasca

• BASTA À VIOLÊNCIA • BASTA À VIOLÊNCIA • BASTA À VIOLÊNCIA • BASTA À VIOLÊNCIA • BASTA À VIOLÊNCIA 3434343434Movimento MS Contra a Violênciadiscute a responsabilidade cidadãe realização de ações de prevençãona família e na educação

Page 5: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

5nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

Escreva para nosso endereço:Escreva para nosso endereço:Escreva para nosso endereço:Escreva para nosso endereço:Escreva para nosso endereço:

Rua Augusta, 1239 – Conj. 11Consolação – 01305-100 – São Paulo (SP)Tel: (11) 3237-4091 / 3567-8687 / 9946-8166

ou para o e-mail:[email protected]

achou de nossas reportagens e seções.Suas sugestões são bem-vindas!

Aguardamos sua colaboração!Aguardamos sua colaboração!Aguardamos sua colaboração!Aguardamos sua colaboração!Aguardamos sua colaboração!

Mande seus comentáriossobre a ViraViraViraViraVira, dizendo o que

A ViraViraViraViraVira entra no debate degêneros e levanta a bandeira da

igualdade, que deve estar tambémna forma de escrever. Por isso, todasas palavras que tiverem variação defeminino e masculino iremos incluiros dois gêneros, e não somente o

masculino. Por exemplo: a/o jovem,o/a professor/a e assim por diante,

de forma que contemplaremosa todas e todos!

INSTITUTO SÓCIO-EDUCATIVO JUVENIL,INSTITUTO SÓCIO-EDUCATIVO JUVENIL,INSTITUTO SÓCIO-EDUCATIVO JUVENIL,INSTITUTO SÓCIO-EDUCATIVO JUVENIL,INSTITUTO SÓCIO-EDUCATIVO JUVENIL,Trindade (GO), via correio eletrônicoTrindade (GO), via correio eletrônicoTrindade (GO), via correio eletrônicoTrindade (GO), via correio eletrônicoTrindade (GO), via correio eletrônico

rabalhamos com jovens e temos cinco anos de caminhada.Muito temos feito pelos direitos da juventude em nossa

cidade. Agora, conseguimos um espaço pra montar a nossa sede,onde já estamos executando alguns projetos de qualificaçãoprofissional, lazer, cidadania e informática. Gostaríamos de saberse é possível o envio de revistas de edições passadas para a nossabiblioteca comunitária. Informamos que no momento não temosrecursos financeiros, mas possivelmente em breve vamos assinaresta revista, que já esta virando moda no meio juvenil. Aproveita-mos para parabenizar os editores da revista.

MODA JUVENILMODA JUVENILMODA JUVENILMODA JUVENILMODA JUVENIL

“T

FRANCISCO DA SILVA JÚNIOR,FRANCISCO DA SILVA JÚNIOR,FRANCISCO DA SILVA JÚNIOR,FRANCISCO DA SILVA JÚNIOR,FRANCISCO DA SILVA JÚNIOR, via e-mail via e-mail via e-mail via e-mail via e-mail

ostei muito da maneira como vocêsse dispuseram a abordar a questão do vírus

HIV e as doenças sexualmente transmissíveis na3ª Mostra Saúde e Prevenção nas Escolas, umassunto restrito por tantos tabus. A medidaadotada gera uma real possibilidade para adiminuição do número assustador de adolescen-tes acometidos por dsts por pura falta de infor-mação apesar de estarmos na era da comunica-ção digital. Nossos jovens precisam ser notados,assistidos e amparados pelas autoridades etambém receberem atenção na formação en-quanto cidadãos.

“G

ANDREZA RODRIGUES DE VASCONCELOS,ANDREZA RODRIGUES DE VASCONCELOS,ANDREZA RODRIGUES DE VASCONCELOS,ANDREZA RODRIGUES DE VASCONCELOS,ANDREZA RODRIGUES DE VASCONCELOS,via portal da Viravia portal da Viravia portal da Viravia portal da Viravia portal da Vira

oxa... achei muito legal o trabalho devocês... queria parabenizar todos que fazem

parte dessa coisa louca...que ao mesmo tempoé muito demais....

“P

○ ○ ○ ○○

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○○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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Page 6: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 446

Quando terminamos o Ensino Médio, um monte

E você, que profissão

de questões vêm à cabeça, como “O que eu vou fazer?Que curso superior eu vou seguir?” Como se não bastasse esse monte

de dúvidas que a gente tem, ainda vem toda a pressão familiar para sabero que vamos escolher como profissão. É uma fase complicada, ainda mais para quem não tem

a menor idéia do que pretende estudar. É claro que tem gente que já sabe desde pequenininha/oqual profissão é sua cara. Muitas/os não titubeiam na hora de decidir. Pior é para quem gosta de

um monte de coisas? Dura escolha! Mas nada de ansiedade – o que importa é ter tranqüilidade no momentoda decisão, pesando bem os prós e contras de cada área. Os Conselhos Jovens da Vira em São Paulo e Maceió

saíram às ruas para ver o que se a galera já escolheu o que pretende fazer da vida. Confira!

pretende seguir?

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 446

E você, que profissãopretende seguir?

ADRIANA CARVALHO, ANA CLARA ORIQUES,ADRIANA CARVALHO, ANA CLARA ORIQUES,ADRIANA CARVALHO, ANA CLARA ORIQUES,ADRIANA CARVALHO, ANA CLARA ORIQUES,ADRIANA CARVALHO, ANA CLARA ORIQUES,ARIANE FERREIRA, BRUNO CASTRO, CLÁUDIOARIANE FERREIRA, BRUNO CASTRO, CLÁUDIOARIANE FERREIRA, BRUNO CASTRO, CLÁUDIOARIANE FERREIRA, BRUNO CASTRO, CLÁUDIOARIANE FERREIRA, BRUNO CASTRO, CLÁUDIO

MOTTA JUNIOR, DIEGO PEREIRA, DIVA LOURENÇO,MOTTA JUNIOR, DIEGO PEREIRA, DIVA LOURENÇO,MOTTA JUNIOR, DIEGO PEREIRA, DIVA LOURENÇO,MOTTA JUNIOR, DIEGO PEREIRA, DIVA LOURENÇO,MOTTA JUNIOR, DIEGO PEREIRA, DIVA LOURENÇO,EMERSON CASTRO, ERIC SILVA, FÁBIO ROGÉRIO,EMERSON CASTRO, ERIC SILVA, FÁBIO ROGÉRIO,EMERSON CASTRO, ERIC SILVA, FÁBIO ROGÉRIO,EMERSON CASTRO, ERIC SILVA, FÁBIO ROGÉRIO,EMERSON CASTRO, ERIC SILVA, FÁBIO ROGÉRIO,

KLEBER SANTOS, LETÍCIA DOS SANTOS, MAINARAKLEBER SANTOS, LETÍCIA DOS SANTOS, MAINARAKLEBER SANTOS, LETÍCIA DOS SANTOS, MAINARAKLEBER SANTOS, LETÍCIA DOS SANTOS, MAINARAKLEBER SANTOS, LETÍCIA DOS SANTOS, MAINARABASTOS, NAYARA COUTINHO, RAFAEL OTAVIANOBASTOS, NAYARA COUTINHO, RAFAEL OTAVIANOBASTOS, NAYARA COUTINHO, RAFAEL OTAVIANOBASTOS, NAYARA COUTINHO, RAFAEL OTAVIANOBASTOS, NAYARA COUTINHO, RAFAEL OTAVIANO

DA SILVA, RENAN CARVALHO DA SILVA, RENAN CARVALHO DA SILVA, RENAN CARVALHO DA SILVA, RENAN CARVALHO DA SILVA, RENAN CARVALHO eeeee SIMONE SIMONE SIMONE SIMONE SIMONENASCIMENTO, NASCIMENTO, NASCIMENTO, NASCIMENTO, NASCIMENTO, do Virajovem São Paulodo Virajovem São Paulodo Virajovem São Paulodo Virajovem São Paulodo Virajovem São Paulo

RASSANI COSTARASSANI COSTARASSANI COSTARASSANI COSTARASSANI COSTA, da Redação, da Redação, da Redação, da Redação, da Redação

ARIANA LAYSSA ARIANA LAYSSA ARIANA LAYSSA ARIANA LAYSSA ARIANA LAYSSA eeeee LAYS GOMES LAYS GOMES LAYS GOMES LAYS GOMES LAYS GOMES,,,,,do Virajovem Maceió (AL)do Virajovem Maceió (AL)do Virajovem Maceió (AL)do Virajovem Maceió (AL)do Virajovem Maceió (AL)

JÚLIO CÉSARJÚLIO CÉSARJÚLIO CÉSARJÚLIO CÉSARJÚLIO CÉSARDE SOUZA GOMES,DE SOUZA GOMES,DE SOUZA GOMES,DE SOUZA GOMES,DE SOUZA GOMES,

22 anos, de São Paulo (SP)22 anos, de São Paulo (SP)22 anos, de São Paulo (SP)22 anos, de São Paulo (SP)22 anos, de São Paulo (SP)

“Estou terminando o colegiale quero fazer curso técnico emeletrônica, é uma área que eu

gosto e quero trabalhar.”

BRUNA SANTOS LACERDA,BRUNA SANTOS LACERDA,BRUNA SANTOS LACERDA,BRUNA SANTOS LACERDA,BRUNA SANTOS LACERDA,14 anos, de São Paulo (SP)14 anos, de São Paulo (SP)14 anos, de São Paulo (SP)14 anos, de São Paulo (SP)14 anos, de São Paulo (SP)

“Quero fazer Gestão Ambiental,porque meu pai me influenciouum pouco, mas também é umaárea que eu gosto e que omercado de trabalho vem seexpandindo muito.”

HELDER ITIRO ALVES,HELDER ITIRO ALVES,HELDER ITIRO ALVES,HELDER ITIRO ALVES,HELDER ITIRO ALVES,18 anos, aluno do primeiro18 anos, aluno do primeiro18 anos, aluno do primeiro18 anos, aluno do primeiro18 anos, aluno do primeiroano de Desenvolvimento deano de Desenvolvimento deano de Desenvolvimento deano de Desenvolvimento deano de Desenvolvimento de

Jogos, de São Paulo (SP)Jogos, de São Paulo (SP)Jogos, de São Paulo (SP)Jogos, de São Paulo (SP)Jogos, de São Paulo (SP)

“Escolhi o curso de Desenvolvi-mento de Jogos por gostar

muito, e o mercado nesta áreaestá crescendo, mas ainda não me preocupei em

saber qual o salário de um programador. Façoporque gosto, e não me via fazendo outro curso.Sou viciado em jogos, gosto deste ramo, de fazer

histórias e de fazer as pessoas se divertirem.”

JOYCE CLARAJOYCE CLARAJOYCE CLARAJOYCE CLARAJOYCE CLARA,,,,,15 anos,15 anos,15 anos,15 anos,15 anos,

de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)

“Eu acredito que o jovemnão é capacitado para escolher

algo tão importante tão cedo.Por isso ainda não escolhi

minha futura profissão.”

Page 7: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

7nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO 7nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

SER OU NÃO SERMedicina, Webdesign, Turismo, Di-Medicina, Webdesign, Turismo, Di-Medicina, Webdesign, Turismo, Di-Medicina, Webdesign, Turismo, Di-Medicina, Webdesign, Turismo, Di-

reito... o leque de cursos universi-reito... o leque de cursos universi-reito... o leque de cursos universi-reito... o leque de cursos universi-reito... o leque de cursos universi-tários é grande. Por isso, não é detários é grande. Por isso, não é detários é grande. Por isso, não é detários é grande. Por isso, não é detários é grande. Por isso, não é dese estranhar que a busca por umase estranhar que a busca por umase estranhar que a busca por umase estranhar que a busca por umase estranhar que a busca por uma

profissão seja complexa: é um in-profissão seja complexa: é um in-profissão seja complexa: é um in-profissão seja complexa: é um in-profissão seja complexa: é um in-vestimento para toda a vida. Dá-vestimento para toda a vida. Dá-vestimento para toda a vida. Dá-vestimento para toda a vida. Dá-vestimento para toda a vida. Dá-

lhe indecisão!lhe indecisão!lhe indecisão!lhe indecisão!lhe indecisão!Pra ajudar a galera, existemPra ajudar a galera, existemPra ajudar a galera, existemPra ajudar a galera, existemPra ajudar a galera, existem

recursos como guias de pro-recursos como guias de pro-recursos como guias de pro-recursos como guias de pro-recursos como guias de pro-

Em Busca daEm Busca daEm Busca daEm Busca daEm Busca daProfissão – qualProfissão – qualProfissão – qualProfissão – qualProfissão – qualé a sua Trilha?é a sua Trilha?é a sua Trilha?é a sua Trilha?é a sua Trilha?

O livro, umapublicação daEditora Senac/SãoPaulo, com distri-

buição exclusiva daEditora Ática, foi escrito pela jornalistaLiliana Iacocca, com ilustrações de Michele Iacocca. De umaforma divertida as autoras instigam a reflexão para definir qualé a melhor profissão para escolher, sem muita pressão, o quecostuma marcar esse momento.

TÁ na MÃO• Orientação• Orientação• Orientação• Orientação• Orientaçãovocacional onlinevocacional onlinevocacional onlinevocacional onlinevocacional onlinewww.estudantes.com.br/www.estudantes.com.br/www.estudantes.com.br/www.estudantes.com.br/www.estudantes.com.br/vocacional/vocacional/vocacional/vocacional/vocacional/

TÁ na MÃO

fissões, com explicações so-fissões, com explicações so-fissões, com explicações so-fissões, com explicações so-fissões, com explicações so-bre mercado de trabalho,bre mercado de trabalho,bre mercado de trabalho,bre mercado de trabalho,bre mercado de trabalho,médias salariais e dicas demédias salariais e dicas demédias salariais e dicas demédias salariais e dicas demédias salariais e dicas dequem já está na área, e tes-quem já está na área, e tes-quem já está na área, e tes-quem já está na área, e tes-quem já está na área, e tes-tes vocacionais que podemtes vocacionais que podemtes vocacionais que podemtes vocacionais que podemtes vocacionais que podemser feitos via internet ouser feitos via internet ouser feitos via internet ouser feitos via internet ouser feitos via internet oupresencialmente, com o au-presencialmente, com o au-presencialmente, com o au-presencialmente, com o au-presencialmente, com o au-xílio de psicólogos. Algu-xílio de psicólogos. Algu-xílio de psicólogos. Algu-xílio de psicólogos. Algu-xílio de psicólogos. Algu-mas escolas fazem testesmas escolas fazem testesmas escolas fazem testesmas escolas fazem testesmas escolas fazem testesno final do ensino funda-no final do ensino funda-no final do ensino funda-no final do ensino funda-no final do ensino funda-mental e no ensino médio.mental e no ensino médio.mental e no ensino médio.mental e no ensino médio.mental e no ensino médio.

Nesses testes, são levadosNesses testes, são levadosNesses testes, são levadosNesses testes, são levadosNesses testes, são levadosem consideração a persona-em consideração a persona-em consideração a persona-em consideração a persona-em consideração a persona-

lidade, habilidades e gostoslidade, habilidades e gostoslidade, habilidades e gostoslidade, habilidades e gostoslidade, habilidades e gostosda/o jovem.da/o jovem.da/o jovem.da/o jovem.da/o jovem.

Mesmo assim, muita genteMesmo assim, muita genteMesmo assim, muita genteMesmo assim, muita genteMesmo assim, muita genteacaba escolhendo motivado pe-acaba escolhendo motivado pe-acaba escolhendo motivado pe-acaba escolhendo motivado pe-acaba escolhendo motivado pe-los desejos dos pais, e não pe-los desejos dos pais, e não pe-los desejos dos pais, e não pe-los desejos dos pais, e não pe-los desejos dos pais, e não pe-los seus. “A influência dos paislos seus. “A influência dos paislos seus. “A influência dos paislos seus. “A influência dos paislos seus. “A influência dos paisainda é grande e nem sempre oainda é grande e nem sempre oainda é grande e nem sempre oainda é grande e nem sempre oainda é grande e nem sempre ojovem está pronto para a deci-jovem está pronto para a deci-jovem está pronto para a deci-jovem está pronto para a deci-jovem está pronto para a deci-são de prestar o vestibular”, afir-são de prestar o vestibular”, afir-são de prestar o vestibular”, afir-são de prestar o vestibular”, afir-são de prestar o vestibular”, afir-ma Vera Lúcia de Mello, psicó-ma Vera Lúcia de Mello, psicó-ma Vera Lúcia de Mello, psicó-ma Vera Lúcia de Mello, psicó-ma Vera Lúcia de Mello, psicó-

loga de São Paulo (SP).loga de São Paulo (SP).loga de São Paulo (SP).loga de São Paulo (SP).loga de São Paulo (SP).Esta imposição, segundo Vera, pode aca-Esta imposição, segundo Vera, pode aca-Esta imposição, segundo Vera, pode aca-Esta imposição, segundo Vera, pode aca-Esta imposição, segundo Vera, pode aca-

bar desmotivando a/o jovem e levá-la/o a serbar desmotivando a/o jovem e levá-la/o a serbar desmotivando a/o jovem e levá-la/o a serbar desmotivando a/o jovem e levá-la/o a serbar desmotivando a/o jovem e levá-la/o a serum mau profissional por conta da escolha pre-um mau profissional por conta da escolha pre-um mau profissional por conta da escolha pre-um mau profissional por conta da escolha pre-um mau profissional por conta da escolha pre-

cipitada. Outra característica comum de quem secipitada. Outra característica comum de quem secipitada. Outra característica comum de quem secipitada. Outra característica comum de quem secipitada. Outra característica comum de quem seleva pela opinião dos pais é a escolha de profis-leva pela opinião dos pais é a escolha de profis-leva pela opinião dos pais é a escolha de profis-leva pela opinião dos pais é a escolha de profis-leva pela opinião dos pais é a escolha de profis-sões tradicionais, que muitas vezes não se enqua-sões tradicionais, que muitas vezes não se enqua-sões tradicionais, que muitas vezes não se enqua-sões tradicionais, que muitas vezes não se enqua-sões tradicionais, que muitas vezes não se enqua-

dram mais no cenário atual ou quedram mais no cenário atual ou quedram mais no cenário atual ou quedram mais no cenário atual ou quedram mais no cenário atual ou quenada têm a ver com elas/eles.nada têm a ver com elas/eles.nada têm a ver com elas/eles.nada têm a ver com elas/eles.nada têm a ver com elas/eles.

Para não se arrepender mais tar-Para não se arrepender mais tar-Para não se arrepender mais tar-Para não se arrepender mais tar-Para não se arrepender mais tar-de, o ideal é olhar para si mesma/ode, o ideal é olhar para si mesma/ode, o ideal é olhar para si mesma/ode, o ideal é olhar para si mesma/ode, o ideal é olhar para si mesma/oe escolher algo que realmente te-e escolher algo que realmente te-e escolher algo que realmente te-e escolher algo que realmente te-e escolher algo que realmente te-nha a ver com seu temperamento.nha a ver com seu temperamento.nha a ver com seu temperamento.nha a ver com seu temperamento.nha a ver com seu temperamento.“Ele é o grande aliado para indicar“Ele é o grande aliado para indicar“Ele é o grande aliado para indicar“Ele é o grande aliado para indicar“Ele é o grande aliado para indicara profissão certa”, finaliza.a profissão certa”, finaliza.a profissão certa”, finaliza.a profissão certa”, finaliza.a profissão certa”, finaliza.

ANA BEATRIZ ALVES FERREIRA,ANA BEATRIZ ALVES FERREIRA,ANA BEATRIZ ALVES FERREIRA,ANA BEATRIZ ALVES FERREIRA,ANA BEATRIZ ALVES FERREIRA,14 anos, de São Paulo (SP)14 anos, de São Paulo (SP)14 anos, de São Paulo (SP)14 anos, de São Paulo (SP)14 anos, de São Paulo (SP)

“Quero fazer Biologia, porque desdecriança gosto de animais e de

aventura, e depois que conheci maisa matéria no colégio, escolhi ser

bióloga e sei que dependendo dolocal que eu for trabalhar, eu poderei

ter um bom salário.”

LEONARDO BRANZA VIEIRA,LEONARDO BRANZA VIEIRA,LEONARDO BRANZA VIEIRA,LEONARDO BRANZA VIEIRA,LEONARDO BRANZA VIEIRA, 18 anos, 18 anos, 18 anos, 18 anos, 18 anos,cursa Publicidade, de São Paulo (SP)cursa Publicidade, de São Paulo (SP)cursa Publicidade, de São Paulo (SP)cursa Publicidade, de São Paulo (SP)cursa Publicidade, de São Paulo (SP)

“Escolhi Publicidade porque acho que dá dinheiro,mas no começo é difícil. Hoje, o trabalho que façocomo estagiário não tem nada a ver com o curso.Trabalho fazendo retoque de fotos, e não é bem oque eu quero, mas sei que com o tempo ireiaprender mais e entrar na minha área. Mesmoassim, não escolheria outro curso. Eu não fariaadministração, por exemplo.”

LUCAS SOUZA,LUCAS SOUZA,LUCAS SOUZA,LUCAS SOUZA,LUCAS SOUZA, 16 anos, 16 anos, 16 anos, 16 anos, 16 anos,de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)

“Ainda não escolhi minha profis-são, mas acho certo ter que fazeressa escolha agora, porque aos

17 anos você já deve ter algo emmente pra sua vida.”

LAYS GOMES,LAYS GOMES,LAYS GOMES,LAYS GOMES,LAYS GOMES, 16 anos, 16 anos, 16 anos, 16 anos, 16 anos,de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)de Maceió (AL)

“Se o jovem tivesse mais assistência seria maisfácil escolher uma profissão. Mesmo assim já

decidi o que vou fazer: Arquitetura.”

Div

ulga

ção

Page 8: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 448

Os meninos e meninas destas fotos representamum Brasil que dá certo. São crianças e adolescen-tes que outrora tiveram seus direitos violados.

Alguns já moraram nas ruas, outros estavam no trabalhoinfantil. Contudo, apesar das enormes dificuldadesque já passaram sorriem, brincam, jogam bola.

São resilientes, ou seja, capazes de vencer as difi-culdades, os obstáculos, por mais fortes e traumáticosque elas sejam. A história delas/deles começou a mudarquando algumas pessoas passaram a dar prioridadeabsoluta para a nossa infância.

As crianças que moravam nas ruas ganharamuma casa na Chácara Os Meninos de 4 Pinheiros,localizada em Mandirituba (PR) e reconhecida pelasNações Unidas (ONU) em 2007 como uma dasmelhores instituições na área da infância.

As crianças que antes estavam no trabalho infantilparticipam hoje do Programa Catavento, desenvolvidoem uma parceria entre a Organização Internacional doTrabalho (OIT) e a Ciranda – Central de Notícias dosDireitos da Infância e Adolescência. Hoje, têm aulasde Capoeira, Dança, Educomunicação, Teatro e ArtesVisuais. Estas garotas e garotos são a prova que oEstatuto da Criança e do Adolescente deve ser tirado dopapel, para garantir que nossas crianças tenham direitoà saúde, educação, família, mas principalmente tenhamo direito de serem apenas crianças. Como disse o poetaThiago de Mello em Os Estatutos do Homem,fica decretado que agora vale a vida!

* Integrante de um dos Conselhos Jovens* Integrante de um dos Conselhos Jovens* Integrante de um dos Conselhos Jovens* Integrante de um dos Conselhos Jovens* Integrante de um dos Conselhos Jovensda Vira, presentes em 21 Estadosda Vira, presentes em 21 Estadosda Vira, presentes em 21 Estadosda Vira, presentes em 21 Estadosda Vira, presentes em 21 Estados

do País ([email protected])do País ([email protected])do País ([email protected])do País ([email protected])do País ([email protected])

fotos e texto: fotos e texto: fotos e texto: fotos e texto: fotos e texto: PALOMA CARRIEL,PALOMA CARRIEL,PALOMA CARRIEL,PALOMA CARRIEL,PALOMA CARRIEL,do Virajovem Curitiba (PR) *do Virajovem Curitiba (PR) *do Virajovem Curitiba (PR) *do Virajovem Curitiba (PR) *do Virajovem Curitiba (PR) *Ag

ora va

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IMAGENSIMAGENSque viramque viram

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9nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

Page 10: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4410

InformarInformarInformarInformarInformar

JOÃO FELIPE BRAGATO,JOÃO FELIPE BRAGATO,JOÃO FELIPE BRAGATO,JOÃO FELIPE BRAGATO,JOÃO FELIPE BRAGATO,GLEICIANE DA SILVA,GLEICIANE DA SILVA,GLEICIANE DA SILVA,GLEICIANE DA SILVA,GLEICIANE DA SILVA,

CARLA DE ASSIS CORRÊA,CARLA DE ASSIS CORRÊA,CARLA DE ASSIS CORRÊA,CARLA DE ASSIS CORRÊA,CARLA DE ASSIS CORRÊA,ANA CAROLINA HONORATOANA CAROLINA HONORATOANA CAROLINA HONORATOANA CAROLINA HONORATOANA CAROLINA HONORATO

MARCIELE DOS SANTOS SOARES,MARCIELE DOS SANTOS SOARES,MARCIELE DOS SANTOS SOARES,MARCIELE DOS SANTOS SOARES,MARCIELE DOS SANTOS SOARES,PAULO ROBERTO B. ROCHA,PAULO ROBERTO B. ROCHA,PAULO ROBERTO B. ROCHA,PAULO ROBERTO B. ROCHA,PAULO ROBERTO B. ROCHA,

ANTÔNIO CARLOS CIQUEIRA,ANTÔNIO CARLOS CIQUEIRA,ANTÔNIO CARLOS CIQUEIRA,ANTÔNIO CARLOS CIQUEIRA,ANTÔNIO CARLOS CIQUEIRA,TAINARA DO NASCIMENTO DA SILVATAINARA DO NASCIMENTO DA SILVATAINARA DO NASCIMENTO DA SILVATAINARA DO NASCIMENTO DA SILVATAINARA DO NASCIMENTO DA SILVA

eeeee JACIARA SANTOS DA SILVA, JACIARA SANTOS DA SILVA, JACIARA SANTOS DA SILVA, JACIARA SANTOS DA SILVA, JACIARA SANTOS DA SILVA,do Virajovem Vitória (ES)*do Virajovem Vitória (ES)*do Virajovem Vitória (ES)*do Virajovem Vitória (ES)*do Virajovem Vitória (ES)*

Curiosidade é o que nãofaltou para as/os jovensdas escolas municipais

Eliane Rodrigues dos Santose Tancredo de Almeida Neves,do bairro São Pedro, emVitória (ES), quando correramatrás para interagir e discutirsobre a questão da gravidezna adolescência.

A galera mostrou que seinteressa sobre o assunto e quenão se prende aos tabus tãocomuns ao tema. Perguntasinstigantes e desafiadorasforam feitas pelas/os próprias/os alunas/os a uma profissionalde Medicina e uma jovem mãe,Thaiana do Nascimento daSilva, aluna da Escola Municipalde Ensino FundamentalTancredo de Almeida Neves.

Leia o que rolou na entrevis-ta com Thaiana.

Qual foi a sua reaçãoQual foi a sua reaçãoQual foi a sua reaçãoQual foi a sua reaçãoQual foi a sua reaçãoquando descobriu quequando descobriu quequando descobriu quequando descobriu quequando descobriu queestava grávida?estava grávida?estava grávida?estava grávida?estava grávida?

Na hora fiquei muitonervosa. Até pensei em tirar,só que minha mãe me deu todo

para não remediarpara não remediar

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11nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

PRIMIGESTAmulher que en-gravida pelaprimeira vez.

COQUETELTermo popular-mente usado parauso de dois ou trêsmedicamentos.

Galera de olho na prevençãoda gravidez não planejada

o apoio. Contei para ela que estavagrávida e o meu pai não me quismais em casa, entãopensei em tirar, masDeus me deu essacoisa linda que estoucuidando.

E o pai da criança?E o pai da criança?E o pai da criança?E o pai da criança?E o pai da criança?Bom, ele cuida

direitinho. Está trabalhan-do, dá as coisas a ele...

E as dificuldades? Como ficaE as dificuldades? Como ficaE as dificuldades? Como ficaE as dificuldades? Como ficaE as dificuldades? Como ficaa escola com o tempo corrido?a escola com o tempo corrido?a escola com o tempo corrido?a escola com o tempo corrido?a escola com o tempo corrido?

As dificuldades são muitas.Estou fazendo 15 anos e voltareia estudar em junho.

Por que não se preveniu?Por que não se preveniu?Por que não se preveniu?Por que não se preveniu?Por que não se preveniu?Bom, na hora a gente estava

se beijando, daí ele falou que aprimeira vez não engravida, entãoacabei indo e engravidei. E foi issoque aconteceu, foi tudo muito rápidoe esquecemos da camisinha.

E daqui pra frente?E daqui pra frente?E daqui pra frente?E daqui pra frente?E daqui pra frente?Vai tomarVai tomarVai tomarVai tomarVai tomar os devidos cuidados?os devidos cuidados?os devidos cuidados?os devidos cuidados?os devidos cuidados?Já procurou um médico paraJá procurou um médico paraJá procurou um médico paraJá procurou um médico paraJá procurou um médico parase prevenir?se prevenir?se prevenir?se prevenir?se prevenir?

Vai ser diferente. Vou tomaros devidos cuidados, voutomar remédio e usar camisi-nha. Já tenho marcado umaconsulta ao médico.

Conte um poucoConte um poucoConte um poucoConte um poucoConte um poucode como é sua rotina.de como é sua rotina.de como é sua rotina.de como é sua rotina.de como é sua rotina.

É difícil. O bebê dormeo dia todo, mas na madrugadaele chora muito e tenho delevantar. Tem hora que eu nãoagüento, aí eu falo: ‘Mãe pega ele,por favor mãe!’ É bastante difícil.

Você está fazendo 15 anos.Você está fazendo 15 anos.Você está fazendo 15 anos.Você está fazendo 15 anos.Você está fazendo 15 anos.O que você pensava que iaO que você pensava que iaO que você pensava que iaO que você pensava que iaO que você pensava que iaacontecer no seu aniversárioacontecer no seu aniversárioacontecer no seu aniversárioacontecer no seu aniversárioacontecer no seu aniversáriode 15 anos?de 15 anos?de 15 anos?de 15 anos?de 15 anos?

Eu queria uma festa mas aminha vida agora é meu filho.

Tem algum conselho paraTem algum conselho paraTem algum conselho paraTem algum conselho paraTem algum conselho paradar para as adolescentes?dar para as adolescentes?dar para as adolescentes?dar para as adolescentes?dar para as adolescentes?

Sim. Prevenir-se bastantee usar camisinha.

ABRINDO O JOGOABRINDO O JOGOABRINDO O JOGOABRINDO O JOGOABRINDO O JOGO

Continuando com suas dúvidase curiosidades sobre o tema, as/os

jovens fizeram perguntas àmédica obstetra Antônia de Oliveira

Campos:

Qual é o riscoQual é o riscoQual é o riscoQual é o riscoQual é o riscodo parto comdo parto comdo parto comdo parto comdo parto comrelação à idade?relação à idade?relação à idade?relação à idade?relação à idade?

As primigestasmuito jovens e asmais idosas sãoas que têm maiorprobabilidade de pré-

natal e parto de alto risco. Entende-se por primigesta precoce aquelasque engravidam antes dos quatorzeanos, e de primigestas idosasaquelas que engravidam apósos 37 anos aproximadamente.

Quais riscos que se podeQuais riscos que se podeQuais riscos que se podeQuais riscos que se podeQuais riscos que se podecorrer na gravidez?correr na gravidez?correr na gravidez?correr na gravidez?correr na gravidez?

Os riscos vão depender princi-palmente do acompanhamentodesta gestação, e se existe algumadoença anterior à gravidez quepossa complicar o parto. Atualmente

finalidade de impedir a ovulação.Até 12 horas de esquecimentopreconiza-se tomar a pílula esqueci-da e retornar a rotina de tomadanormal. Após 12 horas pode-se atécontinuar o uso, porém é aconselhá-vel adotar um método de barreiracomo o preservativo masculinoou feminino.

Qual o melhor preservativo?Qual o melhor preservativo?Qual o melhor preservativo?Qual o melhor preservativo?Qual o melhor preservativo?Não existe marca melhor de

camisinha. Apenas o vencimentodeve ser observado. Todos ospreservativos em distribuiçãono Brasil passaram por testes dequalidade do Ministério da Saúdeantes da comercialização.

Se a mãe estiver com algumaSe a mãe estiver com algumaSe a mãe estiver com algumaSe a mãe estiver com algumaSe a mãe estiver com algumadoença pode passar para o leite?doença pode passar para o leite?doença pode passar para o leite?doença pode passar para o leite?doença pode passar para o leite?

Sim. A principal causa hojepara não se amamentar é a mãe

soropositiva (portadora dovírus HIV), que, mesmofazendo uso de coquetelcontra a doença, nãodeve amamentar seus

filhos, por aumentar o riscode contaminação.

Abordar a temática dagravidez na adolescência éurgente. Este é um temaque deve ser considerado

como de saúde pública, e, mais doque isso, deve ser abordado pelopoder público em formas de políti-cas públicas diversas que contem-plem e insiram esta temática noâmbito do sistema educacional,tendo em mente a relevância deuma abordagem informativae não preconceituosa.

os exames depré-natal vêmdiminuindo acada dia osriscos de mortematerna e fetal,mesmo em casosgraves como hipertensão arterial(pressão alta), diabetes etc.

Qual a conseqüência doQual a conseqüência doQual a conseqüência doQual a conseqüência doQual a conseqüência doesquecimento de uma pílula?esquecimento de uma pílula?esquecimento de uma pílula?esquecimento de uma pílula?esquecimento de uma pílula?Há risco de gravidez?Há risco de gravidez?Há risco de gravidez?Há risco de gravidez?Há risco de gravidez?

Existe, sim, o risco de gestaçãocom o esquecimento. A pílula foiconcebida para uso contínuo com .

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Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4412

Alienadosque nada!

Alienadosque nada!Rolou em Goiânia (GO)

o 3º Simpósio Internacionalsobre a Juventude Brasileira

para provar que a galeradiscute política sim! Entre

debates subjetivos, númerosnada animadores, a galera

trocou idéias e apontou quaisos temas mais importantes

NÚMEROS QUE ASSUSTAMGardene Leão de Castro Mendes*Gardene Leão de Castro Mendes*Gardene Leão de Castro Mendes*Gardene Leão de Castro Mendes*Gardene Leão de Castro Mendes*

As e os jovens brasileiras/os somam 34 milhões, cerca de 20% da po- pulação, segundo a pesquisa do Projeto Juventude, feita pelo Insti- tuto Cidadania. A mesma pesquisa mostra números nada anima-

dores sobre a realidade da juventude no Brasil.Os dados sobre a renda mostram a condição de pobreza das/os

jovens. Apenas 41,3% vivem em famílias com renda familiar percapita de mais de um salário mínimo, sendo que 12,2% vivem emfamílias com renda até de ¼ do salário mínimo.

Para piorar quando o assunto é Educação ou mercado de trabalhoos dados não melhoram. Menos da metade (45%) dos/as jovens estu-dam, enquanto 6% estão no mercado de trabalho de trabalho, 5%estão ocupados/as ou 11% estão procurando emprego. Apenas umquarto deles está incluso: estuda e trabalha ou procura emprego.

A pesquisa também revelou que 11% da juventude brasileira jásofreu diferentes formas de violência física. “Cerca de 20% dos/asjovens entrevistados já foram assaltados, enquanto 46% perderamalgum parente ou amigo de forma violenta”.

AS EXPECTATIVAS DO JUBRAGardene Leão de Castro Mendes e fotos Aurisberg Leite Matutino*Gardene Leão de Castro Mendes e fotos Aurisberg Leite Matutino*Gardene Leão de Castro Mendes e fotos Aurisberg Leite Matutino*Gardene Leão de Castro Mendes e fotos Aurisberg Leite Matutino*Gardene Leão de Castro Mendes e fotos Aurisberg Leite Matutino*

Aabertura do Simpósio Internacional de Juven- tude (Jubra) contou com a participação de mais de 800 professoras/es, pesquisadoras/es, es-

tudantes e profissionais de diferentes áreas do conhe-cimento e de atuação.

Segundo Lourival Rodrigues, coordenador da Casada Juventude e um dos organizadores do Jubra, osimpósio superou a meta planejada, com mais de 800inscrições. A professora Sônia Margarida Gomes Sou-za, presidente da comissão organizadora do Jubra ecoordenadora do Instituto Dom Fernando da Univer-sidade Católica de Goiás, onde rolou a abertura, fa-lou sobre a importância de se discutir sobre juventu-de nos dias atuais. Segundo ela, as/os jovens sãomuitas vezes interpretadas/os equivocadamente por

vários setores da sociedade. “As/os jovens são sujei-tos de direitos; contudo, muitas vezes não têm osmesmos atendidos”.

Rafael Prosdocimi Bacelar, 25 anos, relatou que quercompartilhar conhecimentos, já que é mestrando daUFRJ e tem um estudo sobre a participação políticada juventude. “Há, na sociedade, um estereótipo so-bre a juventude, considerada alienada e sem partici-pação política. Mas isso não é verdade.”

Letícia Alves de Oliveira, 20 anos, também estáempolgada com a participação no evento. “Gostei dadiversidade dos assuntos abordados. Eles abrem mui-tas possibilidades. Também quero ver as opiniõesdas/os diferentes pesquisadoras/es, profissionais eestudantes.”

12

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13nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

.

*Integrantes de um dos 21 Conselhos da Vira presen-*Integrantes de um dos 21 Conselhos da Vira presen-*Integrantes de um dos 21 Conselhos da Vira presen-*Integrantes de um dos 21 Conselhos da Vira presen-*Integrantes de um dos 21 Conselhos da Vira presen-tes em 21 Estados brasileiros ([email protected])tes em 21 Estados brasileiros ([email protected])tes em 21 Estados brasileiros ([email protected])tes em 21 Estados brasileiros ([email protected])tes em 21 Estados brasileiros ([email protected])

TÁ na MÃO• Instituto Cidadania• Instituto Cidadania• Instituto Cidadania• Instituto Cidadania• Instituto Cidadaniawww.institutocidadania.org.brwww.institutocidadania.org.brwww.institutocidadania.org.brwww.institutocidadania.org.brwww.institutocidadania.org.br

TÁ na MÃO

SUBJETIVAÇÃO EM DEBATEHugo Cassimiro, Jaciara Reis, Junio Sousa, Kássia Valéria e Lucas Emmanoel e fotos de Erick Correa*Hugo Cassimiro, Jaciara Reis, Junio Sousa, Kássia Valéria e Lucas Emmanoel e fotos de Erick Correa*Hugo Cassimiro, Jaciara Reis, Junio Sousa, Kássia Valéria e Lucas Emmanoel e fotos de Erick Correa*Hugo Cassimiro, Jaciara Reis, Junio Sousa, Kássia Valéria e Lucas Emmanoel e fotos de Erick Correa*Hugo Cassimiro, Jaciara Reis, Junio Sousa, Kássia Valéria e Lucas Emmanoel e fotos de Erick Correa*

SÓ NO GÊNEROHugo Cassimiro*Hugo Cassimiro*Hugo Cassimiro*Hugo Cassimiro*Hugo Cassimiro*

Oeixo temático Sexualidade e Gêneros tratousó da questão de gênero, esquecendo o deba-te sobre a sexualidade. A compreensão de

gênero como construção das relações sociais entrediferentes sexos foi o foco da apresentação deVanildes Gonçalves sobre jovens da Renovação Ca-rismática Católica. Em outros trabalhos acompanha-dos durante o evento, a categoria gênero serviu ape-nas para organizar os dados estatísticos em meni-nos e meninas, estando ausente uma leitura maisaprofundada dessa relação.

A maioria das pesquisas apresentadas era sobreadolescentes (12 a 18 anos) e poucas sobre jovens(19 a 29 anos).

Compreensões de mundo diferentes estiverampresentes na mesa Processos de Subjetivaçãona Adolescência e Juventude. As pesquisado-

ras Glacy Roure (Universidade Católica de Goiás),Lucia Rabello (Universidade Federal do Rio de Janei-ro) e Maria Tardin Cassab (Universidade FederalFluminense) mostraram suas visões sobre o tema.

Glacy, compreende a juventude como um fenô-meno cultural, leu seu texto sobre as identidades noOrkut. Para ela a nossa identidade é real, é o quedizemos ser. Somos o que dizemos que somos.Assim, o que dizemos ser noOrkut é uma realidade dequem a diz, mesmo sendoapenas dessa pessoa.

Pensando a juventude deum jeito semelhante ao deKarl Marx, Lucia Rabellotrouxe uma palavra/conceito

para a conversa. Trata-se dos “afetamentos” prová-veis e possíveis da juventude. Os prováveis sãoaqueles existentes de forma concreta na sociedadecapitalista de consumo, que nos afetam e pelosquais nos deixamos afetar. São as relações sociaisque vivemos dia a dia e que nos limitam comojovens. Já os possíveis afetamentos são aquelespresentes nas contradições dessa sociedade e nosquais podemos vislumbrar caminhos para a mudan-ça. Nossas potencialidades pessoais e sociais.

Já Maria Tardin Cassab ressaltou a destituição dafala de jovens comolimite de envolvimentopolítico. Lembrou quealgumas análises eestudos tendem arestringir gruposjuvenis em limitesrígidos de comporta-mento, deixando devisualizar as relações eexperiências desses/asjovens de forma maisampla e coagindo parauma atuação apenasdentro desses limites.Segundo a professora,

uma noção predominante nesses tempos entrejovens desconsidera a percepção da vida comohistórica, ou seja, que considere que vivermos entrepassado e futuro e que nosso presente não é a únicacoisa existente. Suas considerações apontam parauma vida apenas no presente.

13nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

Page 14: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4414

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Page 15: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

15nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

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Page 16: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4416

DE OLHODE OLHODE OLHODE OLHODE OLHONONONONONOECAECAECAECAECA

DE OLHODE OLHODE OLHODE OLHODE OLHONONONONONOECAECAECAECAECA

Ivo Sousa

Saiba sobre seusdireitos e deveres,garantidos pelo

Estatutoda Criança e do

Adolescente

Abuso de poder, tortura, assassinato, desvalorização da vida, imposi-ção da violência como algo “natural” e cotidiano. Isso aqui ô, ô, é umpouquinho de Brasil iá , iá... Imagine-se em casa, curtindo seu jantar,

quando de repente, depois de ser surpreendida/o pelo som de fortes rajadasde metralhadora, você se vê deitada/o no chão, com as mãos pavorosamentepousadas protegendo a cabeça à espera de alguma agressão iminente.Essa cena faz parte da vida de muitas famílias cariocas que conhecicom a fotógrafa Iolanda Huzak durante o processode pesquisa para a publicação do nosso livroescrito a partir do ECA e da distância doque reza a lei e a prática.

Em fevereiro de 2003, no ônibusa caminho do desfile das Escolasde Samba Mirim, crianças e pré-adolescentes moradores do Morrodo Macaco, em Vila Isabel, interca-lavam seu canto entre o enredo dosamba e do “Bonde do Crimecom o funk do Azulão.

A situação de risco e a vulnera-bilidade das crianças e adolescen-tes que moram em morros e subúr-bios da cidade do Rio de Janeiro éuma constante desde o início dahistória da formação da cidade e suasdivisões territoriais entre a elite e o povo.No mais, mesmo com todas as polêmicas eabsurdos recentes como o assassinato de trêsjovens negros com participação direta de policiais emilitares, a negligência reina e tudo continua comoa música “Rio 40 graus”, conhecida na voz de Fernanda Abreu.

A presença de facções interferindo de modo incisivo no dia-a-diadas comunidades e a possibilidade de obtenção de status e ascensão socialatravés do envolvimento com o tráfico de drogas são uma realidade. Soma-do a má distribuição de renda, à violação de direitos básicos que compro-metem o exercício do direito ao desenvolvimento integral de jovens, temosalguns dos mais explosivos componentes do círculo vicioso há muito insti-tuído, cuja manutenção também é feita via alienação e omissão da opiniãopública e da sociedade civil. Depois de uma semana do assassinato dosjovens do Morro da Providência, o Conselho Nacional de Juventude, bemcomo a Secretaria Nacional de Juventude, se silenciam diante do fato.Poucos são os que denunciam ações abusivas praticadas por policiaisencapuzados. Membros da comunidade do Morro da Providência saem àsruas e em resposta ao grito de justiça recebem bombas de gás lacrimogê-neo. Enquanto isso, uma pergunta continua no ar: quem policia a polícia?

O exército, de acordo com a Constituição de 1988 não deve serresponsável pela segurança pública. Quando pensamos que a situaçãotornou-se tão grave que seremos obrigados a produzir mudanças no sentido

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4416

PALOMA KLISYS*PALOMA KLISYS*PALOMA KLISYS*PALOMA KLISYS*PALOMA KLISYS*

de afirmação do direitoao respeito, a vida e adignidade, constatamosque o quadro, apesar decrítico e insustentável,permanece e ganhacontornos de perversida-de. A alteração da atualconfiguração que nos

coloca no papel de reféns,nos desafia a inventar novos

meios de participação naelaboração, execução e fiscali-

zação do cumprimento de políti-cas públicas. Para tanto é necessáriorompermos com a cultura de delegarpoderes e responsabilidades. Até aí,nenhuma novidade. Quem estádisposto a fazer isso? Mais umaquestão difícil que só pode serrespondida no coletivo. Resta saberqual é o grau de violência e passivi-dade que seremos capazes desuportar. Se não está satisfeita/oe se não quiser que uma máscarade oxigênio faça parte do seu kit decidadão disposta/o a fazer valer seusdireitos, organize-se, constitua redese rebele-se. A violência não é oúnico caminho.

*Paloma Klisys é escritora,*Paloma Klisys é escritora,*Paloma Klisys é escritora,*Paloma Klisys é escritora,*Paloma Klisys é escritora,autora de autora de autora de autora de autora de Drogas: qual é oDrogas: qual é oDrogas: qual é oDrogas: qual é oDrogas: qual é o

baratobaratobaratobaratobarato e e e e e Do avesso ao direitoDo avesso ao direitoDo avesso ao direitoDo avesso ao direitoDo avesso ao [email protected]@[email protected]@[email protected]

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Quem policiaa polícia

Page 17: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

17nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO 17nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

Aproveitando a brecha aberta através da lei estadual 3.459/2000,que regulamentou o Ensino Religioso como confessional noRio de Janeiro, no final do ano passado, a Arquidiocese

lançou quatro livros didáticos católicos de ensino religioso. A coleçãoé coordenada por dom Filippo Santoro, Bispo da Educação e doEnsino Religioso e ilustrada também pelo cartunista Ziraldo. “Olançamento desses livros do Ensino Religioso Confessional e Plural dasEscolas Públicas do Rio de Janeiro é muito importante porque indicauma perspectiva na qual se comunica uma mensagem muito clara, um

Livros didáticos católicosdiscriminam religiõesafro-descendentes e levamo criacionismo para as escolas

conteúdo”, afirmou dom Filippo Santoro, em matéria publicada nojornal O Testemunho da Fé, em agosto de 2007.

As obras representam um retrocesso em importantes conquis-tas de educadores e educadoras preocupada/os com a diversida-de do país. A maioria das ilustrações tenta garantir uma “apa-rência politicamente correta”, mas, na verdade, reproduzestereótipos sobre as populações afro-descendentes. Alémdisso, desrespeitam a Constituição, burlam a própria lei doEnsino Religioso e também discriminam religiões afro-descen-dentes. Na página 56, do volume A Igreja de Cristo, por exem-plo, diz o texto: “A umbanda não faz uso de sacrifícios deanimais em seus rituais, porque respeita a vida e a natureza”.

Para Mãe Beata de Yemonjá, Yalorixá do Ile Omiojuaro, em MiguelCouto, na Baixada Fluminense, a afirmação é totalmente sem sentido.“O candomblé faz oferenda e mesmo se os padres disserem que queriamfazer um livro plural, eles, mais uma vez, colocam lenha na fogueira. Além disso, omundo não se limita a Jesus, aliás, sacrificado pelo Deus cristão, ou não?”

O senador Marcelo Crivella, ex-bispo da Igreja Universal do Reino de Deus epré-candidato do PRB à Prefeitura do Rio, deve sacramentar a aliança com o PTB,que apresenta como candidato a vice o ex-deputado estadual Carlos Dias, nin-guém mais, ninguém menos que o autor da lei do Ensino Religioso Confessionaldo Rio. A escola, nesse momento, representa um mercado religioso a ser divididoe conquistado por esta aliança que deixa de lado antigas divergências em benefí-cio de interesses religiosos e políticos estratégicos dentro e fora da escola.

Logo depois de assumir, o ex-secretário de Educação do Rio, NelsonMaculan, declarava aos jornais, no dia 13/4/2006, que pretendia acabar com oensino religioso confessional e nunca mais tocou no assunto. Parece que oproblema também não existe para a nova secretária Tereza Porto. O silêncio sóinteressa aos setores envolvidos na aliança católico-evangélica, que, devagar eem surdina conseguiu acabar com a laicidade do Estado do Rio. Aos professorese professoras que defendem que escola não é lugar de qualquer religião, nenhumsilêncio interessa. É hora de voltar a fazer barulho.

* Jornalista, Doutora em Educação e professora do Programa de Pós-Gradua-* Jornalista, Doutora em Educação e professora do Programa de Pós-Gradua-* Jornalista, Doutora em Educação e professora do Programa de Pós-Gradua-* Jornalista, Doutora em Educação e professora do Programa de Pós-Gradua-* Jornalista, Doutora em Educação e professora do Programa de Pós-Gradua-ção em Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)ção em Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)ção em Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)ção em Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)ção em Educação da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

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Page 18: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4418

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Juventude em ação na 3ª Mostrade Saúde e Prevenção nas Escolas

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Falar sobre prevenção nunca é demais.A galera da ViraViraViraViraVira acredita nisso e organizouuma Agência Jovem de Notícias durante a 3a

Mostra Saúde e Prevenção nas Escolas, que rolou emFlorianópolis (SC) nos dias 24 e 25 de junho de 2008.

A agência bombou: 40 pessoas, entre jovens doPrograma Saúde e Prevenção nas Escolas do Brasilinteiro, Agentes de Comunicação do ConsórcioSocial da Juventude Aroeira de Floripa, educomuni-cadores e coordenadores deram um gás e nãoperderam nenhum segundo da Mostra. O resultadoestá aqui: selecionamos um aperitivo do que foi acobertura, que está toda registrada no site exclusivoda Agência Jovem: www.revistaviracao.org.br/spe.E o pessoal foi criativo: tem notícias, entrevistasde rádio e até poesias!

A 3ª Mostra Saúde e Prevenção nas Escolas foiorganizada pelo Ministério da Saúde e o Ministérioda Educação em parceria com a Organização dasNações Unidas para a Educação, a Ciência e aCultura (Unesco), o Fundo das Nações Unidas para aInfância (Unicef) e o Fundo de População das NaçõesUnidas (UNFPA), com o objetivode promover a troca de experi-ências e informações sobreiniciativas de educação preven-tiva e de promoção da saúde deadolescentes e jovens, realiza-das em todo o país.

Olha a equipe afinadaOlha a equipe afinadaOlha a equipe afinadaOlha a equipe afinadaOlha a equipe afinadaque tocou esse barco!que tocou esse barco!que tocou esse barco!que tocou esse barco!que tocou esse barco!

Jovens do Programa SaúdeJovens do Programa SaúdeJovens do Programa SaúdeJovens do Programa SaúdeJovens do Programa Saúdee Prevenção nas Escolase Prevenção nas Escolase Prevenção nas Escolase Prevenção nas Escolase Prevenção nas Escolas- Adyl Carlos- Luciano Henrique da Silva- Lucas Nascimento da Silva- Leonardo Azevedo- Fernando Alves- Fátima Ribeiro- Mauro Lima dos Santos- Paulo Cipriano da Silva- Anderson César- Paulo Roberto

Jovens da RevistaJovens da RevistaJovens da RevistaJovens da RevistaJovens da RevistaEscuta Soh!Escuta Soh!Escuta Soh!Escuta Soh!Escuta Soh!- Oséias Cerqueira- Paula Catuaba- Thyago Victor- Edson Santos

Agentes de Comunicação do Consórcio SocialAgentes de Comunicação do Consórcio SocialAgentes de Comunicação do Consórcio SocialAgentes de Comunicação do Consórcio SocialAgentes de Comunicação do Consórcio Socialda Juventude Aroeira – Florianópolis (SC)da Juventude Aroeira – Florianópolis (SC)da Juventude Aroeira – Florianópolis (SC)da Juventude Aroeira – Florianópolis (SC)da Juventude Aroeira – Florianópolis (SC)

- Bruna Souza- Jessica Cardoso Venancio- Crislaine Fatima de Souza- Daiany Cristina Lopes- Geane Rosa- Dariana Maria Campos- Cristiane Laurizete Pereira- Jaqueline Machadodos Santos- Leandro Braian de Souza- Vanessa Fachini- Alex da Costa- Daymon Fabiano

EducomunicadoresEducomunicadoresEducomunicadoresEducomunicadoresEducomunicadores- Celina Sales- Jorge Jr.

CoordenaçãoCoordenaçãoCoordenaçãoCoordenaçãoCoordenação- Paulo Lima, Revista Viração- Daniela Ligiéro e AlexandreAmorim, Unicef- Adriana Maricato de Souza,Ministério da Educação- Amanda Nogueira deOliveira, Catavento Comuni-cação e Educação

Mais informação,

Page 19: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

19nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

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O ministro da Saúde, JoséGomes Temporão, anunciouque o governo federal vaiproduzir e distribuir 400máquinas de preservativos

para escolas que fazem partedo programa Saúde e Prevenção

nas Escolas (SPE). “Um dosgrandes desafios do combate à aids

é o acesso à educação sexual nasescolas e o incentivo ao uso de camisinhas”.

O programa, no entanto, ainda têm desafios, comogarantir informação ampla, romperestigmas e preconceitos e ampliar oacesso a medicamentos, além daeducação sexual.

Eu PossoEu posso cantar, sorrir.Posso transar, ser feliz!Fazer o amor sem limites

Fazer o que quero e sempre quis...Beijar várias mulheres

Como faz nas rosasO beija-flor...

Senti-la por dentro e por foraFazer do frio o calor!

Posso tudo nessa vidaNo limite do amor

Faço tudo com cuidado,Busco a emoção,sinto o prazer

Livre da aidsOu de outra dst...

Eu faço tudo issoPorque tenho convicção

Que a vida passa,Mas continua a prevenção

PRA ENTENDER

Para que serve o Pro-Para que serve o Pro-Para que serve o Pro-Para que serve o Pro-Para que serve o Pro-grama Saúde e Preven-grama Saúde e Preven-grama Saúde e Preven-grama Saúde e Preven-grama Saúde e Preven-ção nas Escolas (SPE)?ção nas Escolas (SPE)?ção nas Escolas (SPE)?ção nas Escolas (SPE)?ção nas Escolas (SPE)?- Para contribuir com aredução da infecçãopelo HIV/dsts e os índi-ces de evasão escolarcausada pela gravidezna adolescência (ou ju-venil), na população de10 a 24 anos;- O programa estimulaa participação dos jo-vens nos espaços deformulação e execuçãode políticas públicas deprevenção das dst/aidse do uso nocivo de dro-gas;- Para instituir a culturada prevenção nas esco-las e na comunidade.

menos nóia

Page 20: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4420

Você acredita que o estigmaVocê acredita que o estigmaVocê acredita que o estigmaVocê acredita que o estigmaVocê acredita que o estigmae a discriminação estão sendoe a discriminação estão sendoe a discriminação estão sendoe a discriminação estão sendoe a discriminação estão sendoreduzidos por meio do SPE?reduzidos por meio do SPE?reduzidos por meio do SPE?reduzidos por meio do SPE?reduzidos por meio do SPE?

Sim. As coisas mais importantesque apareceram no programa forama relevância de trabalhar não só aprevenção das dsts/aids no SPE,mas também a questão dos jovensvivendo com HIV na escola. Comoesses jovens, que já são soropositi-vos, são tratados na escola e comoeles se incorporam nas atividadesdo SPE? Até agora a gente não tinhadado a atenção necessária a essegrupo, e foi uma reivindicação dospróprios jovens com HIV levar essetema para o SPE. A questão daeducação e da informação sãoessenciais para fazer isso.

Quanto mais informa-Quanto mais informa-Quanto mais informa-Quanto mais informa-Quanto mais informa-ção se tem, mais seção se tem, mais seção se tem, mais seção se tem, mais seção se tem, mais sereduz o preconceito?reduz o preconceito?reduz o preconceito?reduz o preconceito?reduz o preconceito?

A informação é o primeiropasso e sem ele é impossívelseguir adiante, mas eu não achoque é o único passo. Com informa-ção você começa a entender melhora realidade. Mas é importante ocontato. E a partir do momento quevocê conversa, entende um poucomais a realidade do outro pelaprópria experiência de convivência.É mais um passo para ajudar areduzir esse estigma.

E com relação à cobertura dosE com relação à cobertura dosE com relação à cobertura dosE com relação à cobertura dosE com relação à cobertura dosadolescentes? Você acredita queadolescentes? Você acredita queadolescentes? Você acredita queadolescentes? Você acredita queadolescentes? Você acredita queeles sejam maduros o suficienteeles sejam maduros o suficienteeles sejam maduros o suficienteeles sejam maduros o suficienteeles sejam maduros o suficientetanto para fazer a cobertura dotanto para fazer a cobertura dotanto para fazer a cobertura dotanto para fazer a cobertura dotanto para fazer a cobertura do

A galera aproveitou o SPE para entrevistar Daniela Ligiéro,coordenadora de projetos do Unicef. Confira a entrevista!

DISCRIMINAÇÃO SE REDUZ

evento quanto para discutirevento quanto para discutirevento quanto para discutirevento quanto para discutirevento quanto para discutiralgo tão sério e necessário?algo tão sério e necessário?algo tão sério e necessário?algo tão sério e necessário?algo tão sério e necessário?

Sem dúvida. A grande sacada doPrograma Saúde e Prevenção nasEscolas foi isso. A inclusão e aparticipação dos jovens em todos osníveis. Ter a cobertura jovem daViração no evento mostra que nãosó os jovens são capazes, como sãocriativos e nos ensinam como falarsobre certos temas. Acho que agente pode aprender com eles.

Na abertura da 3a Mostra Nacional Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE), a Agência Jovem de Notíciasbateu um papo com a representante do Ministério da Educação, Maria do Pilar Silva.

É prec

iso se

duzir

a es

cola

Quais as maiores dificuldades enfrentadas noQuais as maiores dificuldades enfrentadas noQuais as maiores dificuldades enfrentadas noQuais as maiores dificuldades enfrentadas noQuais as maiores dificuldades enfrentadas nodesenvolvimento do SPE no contexto atual?desenvolvimento do SPE no contexto atual?desenvolvimento do SPE no contexto atual?desenvolvimento do SPE no contexto atual?desenvolvimento do SPE no contexto atual?

Primeiro, aprender a trabalhar intersetorialmente.Temos dificuldades para trabalhar com outros minis-térios, com outros departamentos. Depois, a própriaconcepção dentro das escolas. É preciso que a escoladê importância a esse assunto, e que ela não ache queé um assunto transversal. Trata-se de um assunto quetem que ficar em todas as conversas, em todas asaulas. Nós temos que mudar nossa forma de trabalharinternamente e seduzir a escola, para que ela percebaa importância desse projeto para seus alunos.

Afinal, o SPE é projeto ou programa?Afinal, o SPE é projeto ou programa?Afinal, o SPE é projeto ou programa?Afinal, o SPE é projeto ou programa?Afinal, o SPE é projeto ou programa?Olha, eu ligo pouco para a questão burocrática.

Sendo um projeto ou programa, ele tem que sair dopapel e virar realidade, chegar ao dia-a-dia de cadajovem brasileiro. Isso é o que nos interessa: que todosos meninos e meninas saibam por que prevenir, comoprevenir, para que tenham uma vida saudável eoportunidades de escolha.

COM INFORMAÇÃO

Agê

ncia

Jov

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e N

otíc

ias

A cobertura da Mostra foi feita pelas/os meninase meninos da Agência Jovem de Notícias

Agê

ncia

Jov

em d

e N

otíc

ias

Page 21: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

21nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

Logo depois da 3a Mostra Saúde e Prevenção nas Es-colas, aconteceu o 7o Congresso Brasileiro de Pre-venção às dst/aids, também em Florianópolis (SC).

No encerramento do evento, as organizações Rede Na-cional de Pessoas Vivendo com HIV/aids no Brasil (RNP+),Movimento Nacional das Cidadãs Posithivas (MNCP) eRede Nacional de Jovens Vivendo com HIV/aids (RNJVHA),elaboraram dois manifestos. Um foi lido pela ativista CamilaPinho, do Grupo Vhiver, de Belo Horizonte (MG) e integran-te da revista Escuta Soh!

O outro foi apresentado pela Rede Nacional de JovensVivendo com HIV/aids.

Confira trechos dos documentos abaixo.

MANIFESTO PÚBLICO DA RNP+, MNCP E RNJVHAMANIFESTO PÚBLICO DA RNP+, MNCP E RNJVHAMANIFESTO PÚBLICO DA RNP+, MNCP E RNJVHAMANIFESTO PÚBLICO DA RNP+, MNCP E RNJVHAMANIFESTO PÚBLICO DA RNP+, MNCP E RNJVHAPELA INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS VIVENDOPELA INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS VIVENDOPELA INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS VIVENDOPELA INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS VIVENDOPELA INCLUSÃO SOCIAL DAS PESSOAS VIVENDOCOM HIV/AIDS*COM HIV/AIDS*COM HIV/AIDS*COM HIV/AIDS*COM HIV/AIDS*

As pessoas com HIV/Aids inseridas na Rede Nacionalde Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP+), no MovimentoNacional das Cidadãs Positivas (MNCP) e na Rede Nacio-nal de Jovens Vivendo com HIV/Aids (RNJVHA), firmam,conjunta e historicamente, a defesa de uma política de in-in-in-in-in-clusão socialclusão socialclusão socialclusão socialclusão social que garanta a melhoria da qualidade de vidadas Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA) para além dasesferas da saúde e da assis-tência.

(...) Entendemos que oexercício pleno da cidada-exercício pleno da cidada-exercício pleno da cidada-exercício pleno da cidada-exercício pleno da cidada-nianianianiania relaciona-se diretamen-te com os direitos huma-direitos huma-direitos huma-direitos huma-direitos huma-nos,nos,nos,nos,nos, ao acesso às políticaspúblicas sociais do Estadobrasileiro, em consonânciacom o Artigo 6º da Constitui-ção Cidadã de 1988 (“São“São“São“São“Sãodireitos sociais a educa-direitos sociais a educa-direitos sociais a educa-direitos sociais a educa-direitos sociais a educa-ção, a saúde, o trabalho, ação, a saúde, o trabalho, ação, a saúde, o trabalho, ação, a saúde, o trabalho, ação, a saúde, o trabalho, amoradia, o lazer, a segu-moradia, o lazer, a segu-moradia, o lazer, a segu-moradia, o lazer, a segu-moradia, o lazer, a segu-rança, a previdência soci-rança, a previdência soci-rança, a previdência soci-rança, a previdência soci-rança, a previdência soci-al, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaal, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaal, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaal, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaal, a proteção à maternidade e à infância, a assistênciaaos desamparados, na forma desta Constituição”aos desamparados, na forma desta Constituição”aos desamparados, na forma desta Constituição”aos desamparados, na forma desta Constituição”aos desamparados, na forma desta Constituição”), vin-culada a uma resolutiva rede de proteção socialrede de proteção socialrede de proteção socialrede de proteção socialrede de proteção social.

Estamos a alguns passos de sermos encarados e enca-radas como criminosos. Transformar a transmissão do HIVem crime hediondo, como sinalizam alguns parlamentares,pode traduzir que cidadãos e cidadãs brasileiros só apren-dem com punições. Somos contra esta postura política queaumenta o estigma, o preconceito e a discriminação, queinsiste em separar “saudáveis” de “insalubres”. (...)

A RNP+, o MNCP e a RNJVHA, reivindicam ainda, o res-peito à saúde sexual e aos direitos reprodutivosdireitos reprodutivosdireitos reprodutivosdireitos reprodutivosdireitos reprodutivos das PVHA,com ênfase à política de atenção integral à saúde da mu-lher, atendendo às especificidades sem discriminação degênero, raça, cor, credo, etnia, religião e orientação sexual.

No que se refere à realidade de adolescentes e jovensadolescentes e jovensadolescentes e jovensadolescentes e jovensadolescentes e jovensvivendo com HIV/Aids, vivendo com HIV/Aids, vivendo com HIV/Aids, vivendo com HIV/Aids, vivendo com HIV/Aids, precisamos que sejam incluídos eincluídas pelo projeto Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE).

OFICINA EM CASA FLUTUANTE

Uma oficina sobre dsts/aids numa casaflutuante. Isso mesmo! É o que rola noprojeto Oficinas de Prevenção às dsts/aids

com adolescentes e jovens nas escolas públicasde Tefé (AM). Quem conta essa história para aAgência Jovem de Notícia é o jovem Maís Souza.Ele apresentou sua iniciativa no primeiro dia da 3a

Mostra Nacional Saúde e Prevenção nas Escolas.Maís participa do Saúde e Prevenção nas Escolasdesde 2006 e faz parte do Grupo Gestor Estadualno Amazonas.

Como o projeto funciona?Como o projeto funciona?Como o projeto funciona?Como o projeto funciona?Como o projeto funciona?Rola por meio do SPE juntamente com a

Secretaria de Saúde. A gente realiza oficinaspreventivas nas escolas estaduais e municipais.Uma coisa que dá super certo é uma oficinarealizada em uma casa flutuante no lago de Tefé.

E como vocês fazem pra trabalhar com essesE como vocês fazem pra trabalhar com essesE como vocês fazem pra trabalhar com essesE como vocês fazem pra trabalhar com essesE como vocês fazem pra trabalhar com essesestudantes?estudantes?estudantes?estudantes?estudantes?

A gente utiliza vídeos educativos, dinâmicas,apresentações teatrais.

PARADA POLÍTICA

Ainda em relação a adolescentesadolescentesadolescentesadolescentesadolescentese jovens vivendo com HIV/Aidse jovens vivendo com HIV/Aidse jovens vivendo com HIV/Aidse jovens vivendo com HIV/Aidse jovens vivendo com HIV/Aidsinstitucionalizados em Casas deinstitucionalizados em Casas deinstitucionalizados em Casas deinstitucionalizados em Casas deinstitucionalizados em Casas deApoioApoioApoioApoioApoio, são necessárias políticasde desinstitucionalização, de su-porte e apoio, para que não sejamtutelados e abandonados ao com-pletarem determinada idade econseqüentemente viverem nasruas. Reivindicamos a formulaçãode uma política que promova jo-vens e adolescentes vivendo comHIV/Aids à categoria de cidadãose cidadãs. Queremos que adoles-

centes e jovens que vivem com o HIV/Aids sejam respeita-respeita-respeita-respeita-respeita-dos integralmente como pessoas humanas que são,dos integralmente como pessoas humanas que são,dos integralmente como pessoas humanas que são,dos integralmente como pessoas humanas que são,dos integralmente como pessoas humanas que são,mediante políticas públicaspolíticas públicaspolíticas públicaspolíticas públicaspolíticas públicas favoráveis às suas necessi-dades.

(...) Posto isso, a efetivação de uma política de inclusãoinclusãoinclusãoinclusãoinclusãosocialsocialsocialsocialsocial garantirá substancialmente a melhoria da qualida-de de vida das Pessoas Vivendo com HIV/Aids (PVHA) paraalém da Saúde e da Assistência.

Se antes nos escondíamos para morrer, hoje nos mos-tramos para viver!!!

Texto lido por Camila Pinho. Jovem-mulher-lésbica vi-vendo com HIV, do Grupo VHIVER de Belo Horizonte (MG),ativista nos três movimentos descritos neste manifesto, noencerramento do VII Congresso Brasileiro de Prevençãoàs DST/Aids.

* A íntegra pode ser conferida no site da RNP+: http:/* A íntegra pode ser conferida no site da RNP+: http:/* A íntegra pode ser conferida no site da RNP+: http:/* A íntegra pode ser conferida no site da RNP+: http:/* A íntegra pode ser conferida no site da RNP+: http://rnpvha.org.br/modules/news/article.php?storyid=610)/rnpvha.org.br/modules/news/article.php?storyid=610)/rnpvha.org.br/modules/news/article.php?storyid=610)/rnpvha.org.br/modules/news/article.php?storyid=610)/rnpvha.org.br/modules/news/article.php?storyid=610)

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Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4422

Leia, a seguir, o documento que jovensvivendo com HIV/aids leram na cerimônia

de encerramento da III Mostra Nacional

JOVENS VIVENDO COM HIV/AIDS QUEREMSER INCLUSOS NO SPE

Saúde e Prevenção nas Escolas

É o nome dado às mu-danças na forma docorpo nas pessoas emtratamento com co-quetel anti-HIV. A pa-lavra lipodistrofia sig-nifica acúmulo de gor-dura, mas as mudan-ças corporais nas pes-soas com HIV incluemnão só a aquisição,mas também a perdade gordura.

LIPODISTROFIA

AIDSFOBIA

preconceito contrapessoas que vivemcom HIV/aids

A galera soltouo verbo no mural(acima) e trocouexperiências na

3a Mostra SPE

OSPE é um grande programa no qual acreditamos ser uma possibili-dade de transformação social. Reconhecemos sua importância paradesmistificar assuntos referentes à diversidade sexual, relações de

gênero, raça e etnia e deficiências física e mental. Isso será facilmenteencontrado no guia de adolescentes e jovens para a educação entre pares.

O grande problema é queele não aborda como é vivercom HIV/Aids dentro das escolas,dando a entender que opúblico-alvo é constituídoapenas por soronegativos eque nas escolas não hásoropositivos. Somosjovens que vivem comHIV/Aids e estamos siminseridos no processoeducacional.

Sabemos que ogrande problema équando a preocupaçãoestá voltada para asconseqüências que a Aidstraz para a sociedade e nosesquecemos dos traumasque a sociedade causa aosjovens que vivem com HIV/Aids.

Sentimos na pele a violênciaarrasadora do preconceito, da exclu-são e do abandono; sentimos as marcasfísicas e psicológicas da lipodistrofialipodistrofialipodistrofialipodistrofialipodistrofia. Por isso fazemos prevenção: paraevitar que outros jovens não se submetam a tamanho sofrimento; lutamos

também pelo reconhecimento e pela conquistade espaços que nos são notavelmente cabíveis.

Estamos aqui para reivindicarmos a maior participa-ção dos jovens que vivem com HIV/Aids na construção daspropostas do SPE e também na sua execução:

• Participação dos jovens que vivem com HIV/Aidsna elaboração de um guia atualizado que nosinclua em suas propostas de trabalho, vistoque o atual, mais uma vez, não contem-pla as nossas demandas;

• Capacitação de um número considerável de jovens que vivem com HIV/Aidspara atuarem pelo programa.

Há algum tempo muito se questionou:“Onde estão os jovens soropositivos”?Pois é, estamos aqui, nacionalmente organiza-dos e dispostos a levarmos até as últimasconseqüências nossa luta por uma sociedadesem aidsfobiaaidsfobiaaidsfobiaaidsfobiaaidsfobia discriminação e estigmas

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23nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

GALERAREPÓRTER

Ele se utiliza da arte e doentretenimento para promover

mudança social, dando espaço eoportunidades para as/os jovens

mostrarem seus talentos eusá-los na transformação

da realidade.Conheça a história

do potiguarFernando Luiz

Ass

esso

ria d

e Im

pren

sa

Cerca de 60 crianças e adolescentes matriculados na escola, comreforço escolar, merenda e atividades extras que valorizam sua arte.Esta é a realidade do Futuro Feliz, projeto desenvolvido há cinco anos

em Mãe Luíza, na periferia de Natal, e que tem como pilares arte,cultura e educação.

O idealizador de tudo é Fernando Luiz, um cantor conhecido porseu estilo brega, que se uniu ao amigo Cícero Ramos na tentativa defazer algum trabalho social. Tudo começou com o Show das Comu-nidades, um espetáculo no estilo ‘caça talentos’, que ele realiza nosubúrbio da capital potiguar e nas cidades do interior do Estado.Fernando esteve na Terramar e numa conversa contou um poucode sua trajetória que já tem mais de 15 anos de sucesso.

Como é o Como é o Como é o Como é o Como é o Show Show Show Show Show das Comunidades?das Comunidades?das Comunidades?das Comunidades?das Comunidades?Faço o show desde o ano 2000. Ele é financiado pela Lei Djalma

Marinho (uma lei estadual de incentivo à cultura) e com isso nãocobro nada do público. O espetáculo dura em torno de quatro horas e

está dividido da seguinte forma: primeiro, eu faço o meu show e depoiscedo o espaço para quem quiser se apresentar e mostrar sua arte. Jácadastrei mais de 200 talentos, entre cantores, bandas, grupos de dança.

AMANNDA LAMA, ALEXANDRE MUNIZAMANNDA LAMA, ALEXANDRE MUNIZAMANNDA LAMA, ALEXANDRE MUNIZAMANNDA LAMA, ALEXANDRE MUNIZAMANNDA LAMA, ALEXANDRE MUNIZeeeee JOSIMARA FARIAS, JOSIMARA FARIAS, JOSIMARA FARIAS, JOSIMARA FARIAS, JOSIMARA FARIAS, do Virajovem Natal (RN)*do Virajovem Natal (RN)*do Virajovem Natal (RN)*do Virajovem Natal (RN)*do Virajovem Natal (RN)*

Tá todomundo aí

O PotiguarFernando Luiz

PalcoSocialPalco

Social

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Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4424

E como começou o Futuro Feliz?E como começou o Futuro Feliz?E como começou o Futuro Feliz?E como começou o Futuro Feliz?E como começou o Futuro Feliz?Bem, num desses shows em Mãe Luíza, eu

conheci o Cícero, que já dava aula de reforçopara crianças, mas era um trabalho solitário.E eu também tinha uma vontade de fazeralguma coisa pela comunidade. Eu meidentificava com Mãe Luíza de tanto passarpor lá para deixar minha filha na escola. Comajuda de amigos, alugamos o centro social dobairro e começamos a estruturar melhor asaulas. Depois de cinco anos, são cerca de 60crianças e adolescentes, todos matriculadosem escolas públicas.

Mas as crianças gostam das aulasMas as crianças gostam das aulasMas as crianças gostam das aulasMas as crianças gostam das aulasMas as crianças gostam das aulasou só vão porque a mãe manda?ou só vão porque a mãe manda?ou só vão porque a mãe manda?ou só vão porque a mãe manda?ou só vão porque a mãe manda?

Não, elas gostam. No início foi um poucodifícil. Tinha muito aluno rebelde, que ia malna escola. Mas depoiseles melhoraram e hojenossos índices sãomaravilhosos, commais de 90% de aprova-ção. No entanto, o querealmente fez ascrianças freqüentaremas aulas foi a merenda.Se não tem merenda,elas desaparecem.Infelizmente é assim.Participar do projetoaumenta a auto-estimadelas.

E as mães? ElasE as mães? ElasE as mães? ElasE as mães? ElasE as mães? Elaspedem algumapedem algumapedem algumapedem algumapedem algumaorientação?orientação?orientação?orientação?orientação?

Claro que pedem eprocuro ajudar comoposso. A realidade emMãe Luíza é muito dura. O bairro já evoluiu, mas aindaé muito difícil viver lá. E as mães nos agradecem semprepor manter os filhos e filhas delas com o tempo ocupa-do. Se mantivermos o tempo dessas crianças ocupado,mais chances elas têm de ter um futuro melhor.

E tem mais alguma atividade alémE tem mais alguma atividade alémE tem mais alguma atividade alémE tem mais alguma atividade alémE tem mais alguma atividade alémdo reforço escolar?do reforço escolar?do reforço escolar?do reforço escolar?do reforço escolar?

Sim. Conseguimos um patrocínio recentemente emontamos uma oficina de percussão para adolescentesde 12 a 14 anos. Compramos instrumentos, contratamosum professor, e fizemos uma parceria com uma escolado bairro pra nos ceder um espaço para os ensaios. É oBate Farol! E outra coisa: eles aproveitam a aula paraextravasar a energia. Além da oficina, existem tambémum grupo de dança e um coral sendo articulados. Eucontinuo realizando o Show das Comunidades e, àsvezes, eles também participam.

Quais as maiores dificuldades do projeto?Quais as maiores dificuldades do projeto?Quais as maiores dificuldades do projeto?Quais as maiores dificuldades do projeto?Quais as maiores dificuldades do projeto?Primeiro, manter a merenda. Nesse semestre,

aconteceu de alguns dias faltar a merenda e nós vimos

muitas crianças seausentarem. Outradificuldade é o local.Nós não recebemosnenhum tipo de ajudado Governo. Até por-que, para isso, precisa-mos ter uma sedeprópria e nós nãotemos. Há dois anos,recebemos a doação deum terreno e estamosbuscando parceriascom empresas deconstrução, sindicatos,para começarmos a

levantar a nossa sede, nosso canto, mas isso ainda vailevar algum tempo. O problema do centro social é queele não nos oferece a estrutura que precisamos. Mesmolá o projeto funciona de forma precária, porque o centropossui problemas estruturais e isso acaba prejudicandoo projeto.

A bola da vez é a ecologia. Seu projeto faz algumaA bola da vez é a ecologia. Seu projeto faz algumaA bola da vez é a ecologia. Seu projeto faz algumaA bola da vez é a ecologia. Seu projeto faz algumaA bola da vez é a ecologia. Seu projeto faz algumacoisa pelo meio ambiente?coisa pelo meio ambiente?coisa pelo meio ambiente?coisa pelo meio ambiente?coisa pelo meio ambiente?

Indiretamente, sim. Boa parte dos meus shows é ao arlivre, em área descoberta, e onde ele acontece, faço umplantio de mudas. Esse período de chuvas dificulta umpouco as coisas, mas sempre que dá certo, fazemos umplantio. E, outra coisa, também não é fácil conseguirpessoas dispostas a cuidar das mudas. É todo umprocesso. Mesmo assim, gosto de fazer.

Como você ver a questão cultural em Natal?Como você ver a questão cultural em Natal?Como você ver a questão cultural em Natal?Como você ver a questão cultural em Natal?Como você ver a questão cultural em Natal?A cidade tem um potencial muito grande. Nossos

artistas são bons, artistas têm idéias, projetos, mas nãoconseguem se lançar no cenário regional ou nacional. Háuma cultura de se valorizar o produto externo.

Aprendizado

Mãos à obra

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25nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

• Site do Fernando Luiz:• Site do Fernando Luiz:• Site do Fernando Luiz:• Site do Fernando Luiz:• Site do Fernando Luiz:www.fernandoluiz.comwww.fernandoluiz.comwww.fernandoluiz.comwww.fernandoluiz.comwww.fernandoluiz.com

Mas isso não vem melhorando?Mas isso não vem melhorando?Mas isso não vem melhorando?Mas isso não vem melhorando?Mas isso não vem melhorando?De uns quatro anos para cá, houve uma grande

melhora, uma maior articulação dos mecanismosdo governo. Mas os artistas comunitários não têmacesso a essas ferramentas. Não existe ‘inclusãocultural’ no Estado. Por isso, estamos atrás dePernambuco, Bahia e Ceará. Além disso, muitosartistas natalenses se acomodaram e não buscamcrescer, ir além Brasil afora. Nossos artistas precisamse interiorizar e se exteriorizar mais.

E você faz sua parte com o Show dasE você faz sua parte com o Show dasE você faz sua parte com o Show dasE você faz sua parte com o Show dasE você faz sua parte com o Show dasComunidades?Comunidades?Comunidades?Comunidades?Comunidades?

Também. Os espetáculos são veiculados por umaafiliada da rede Record, todos os domingos, às 10hda manhã. Então, além de oferecer uma oportunida-de para as pessoas se apresentarem no palco, aindamostro isso para o Rio Grande do Norte todo.

*Integrantes de um dos Conselhos*Integrantes de um dos Conselhos*Integrantes de um dos Conselhos*Integrantes de um dos Conselhos*Integrantes de um dos ConselhosJovens da Vira, presentes em 21 Estados doJovens da Vira, presentes em 21 Estados doJovens da Vira, presentes em 21 Estados doJovens da Vira, presentes em 21 Estados doJovens da Vira, presentes em 21 Estados do

País ([email protected])País ([email protected])País ([email protected])País ([email protected])País ([email protected])

.

TÁ na MÃOTÁ na MÃO

A TRAJETÓRIA DO PROJETO NASA TRAJETÓRIA DO PROJETO NASA TRAJETÓRIA DO PROJETO NASA TRAJETÓRIA DO PROJETO NASA TRAJETÓRIA DO PROJETO NASPALAVRAS DE FERNANDO LUIZPALAVRAS DE FERNANDO LUIZPALAVRAS DE FERNANDO LUIZPALAVRAS DE FERNANDO LUIZPALAVRAS DE FERNANDO LUIZ

Há oito anos, quando tivemos a idéia de criar um projeto para des-

cobrir talentos nas comunidades deNatal, a primeira objeção que tivemosque enfrentar junto à diretoria da AN-DAR foi esta: quase todos achavamque fazer shows com artistas desco-nhecidos em bairros afastados nãodaria público, principalmente em umprojeto chamado Show das Comuni-dades. Contornada esta dificuldade,seguimos em frente e realizamos oprimeiro Show das Comunidades nodia 08 de março de 2002. No ano se-guinte, quando criamos o jornal Talen-to Potiguar, também enfrentamos re-jeição, pois muitos achavam que o ter-mo “Talento Potiguar” era uma ex-pressão sem apelo comercial. Como

das outras vezes, insistimos na nossa idéia e lan-çamos o jornal.

Em 2003, nosso projeto foi aprovado pela LeiDjalma Maranhão e a partir de então o Showdas Comunidades conseguiu se firmar.

Atualmente, o projeto Talento Potiguar – Showdas Comunidades mantém o projeto educacio-nal Futuro Feliz, em Mãe Luiza e contribui para adivulgação e valorização da nossa arte e da nos-sa cultura, através da revista Talento Potiguar econtribui com o meio ambiente através do pro-jeto ‘Sementes do Amanhã’. Em 2008, realiza-mos nosso maior sonho: conquistamos um es-paço na TV, com a criação do programa TalentoPotiguar, que vai ao ar pela TV Tropical nas ma-nhãs do Domingo.

Agora, o projeto Talento Potiguar – Show dasComunidades lança o CD Volume 04, com os ta-lentos descobertos nas comunidades durante oano de 2007, e com a participação de vários ar-tistas de renome da música potiguar.

O lançamento de mais um CD representa paranós a certeza de que nossa luta em defesa danossa arte e da nossa cultura está colhendo osfrutos de um trabalho que começou como umdesafio e que se desenvolve como uma missão

que cumprimoscom dificuldades,mas sobre tudocom garra e deter-minação.

Fernando LuizFernando LuizFernando LuizFernando LuizFernando Luiz

Discutindo Ação Social

AFOR

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O TA

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Page 26: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4426

No começo era tudo farra, elas admitemsorrindo. “Ah, é legal ter um monte de amiga,sair pra dançar, participar de festival”, diz Amanda

Fusco, ao lado da companheira e amiga Jamile Barbosa.“A gente criou um laço afetivo muito grande.E era muito divertido.”

Elas começaram a dançar cedo. Amandahá 14 anos; Jamile, há seis. Ambas têm 20 anos hoje.

A mãe da Amanda é professora de jazz e dança con-temporânea. E as coisas foram ficando mais sérias.Freqüentavam aulas nas tardes de segunda a sexta.

A Ashoka celebrou o ingresso de novosempreendedores sociais da América do Sul em

24 de junho, no Memorial da América Latina,em São Paulo. O encontro contou com aparticipação de mais de 650 pessoas e

apresentações de grupos de dança de projetossociais juvenis. Confira a história de um deles!

Edu

Mor

aes

TrajetóriaNobre

CAMILA CARINGE, CAMILA CARINGE, CAMILA CARINGE, CAMILA CARINGE, CAMILA CARINGE, da Redaçãoda Redaçãoda Redaçãoda Redaçãoda Redação

TrajetóriaNobre

Page 27: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

27nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

Saíam da escola, que fica na zona norte da capitalpaulista, e já iam direto pra aula de dança. “No primeiroano, tinha aula de sábado, depois era no domingo o diainteiro”, conta Amanda. Foi aí que decidiram montar umgrupo de apresentações. E esse grupo precisava de umnome. A idéia veio de uma propaganda de carro. “Agente estava assistindo à televisão, eu e minha mãe,e aí passou um carro assim, bem bonito, que se chamavaInsígnia. Aí minha mãe falou: ‘Nossa! Olha, que bonito!’.Procuraram no dicionário e gostaram do significado:digno de nobreza. Não é que o nome pegou?!.

Do Insígnia nasceu a proposta de dar aulasde dança. Amanda e Jamile, junto com mais duasamigas, criaram e escreveram o projeto dentro doPrograma Aprendiz Comgás (PAC), uma das organiza-ções parceiras da Ashoka no Programa GeraçãoMudaMundo que apóia propostas de jovensagentes de transformação e a proposta seguiu.

A idéia de inscrever o projeto no PAC veio deum amigo, que já tinha participado com uma equipede teatro. “Aí, a gente resolveu partici-par. Fomos chamadas para a entrevistae passamos”, lembra Jamile. Quandocomeçaram o desenvolvimento doprojeto, não tinham idéia do trabalhoque teriam e do alcance de seus esfor-ços. Depois, veio a etapa para formalizara proposta em um documentoestruturado, com cara de projetomesmo. “Lá, a gente começou a escre-ver, passamos por vários processos.Até chegar no que temos hoje demoroubastante.” A partir daí, as meninascomeçaram a estabelecer objetivos,justificativa, plano de ação, cronogramade atividades, indicadores de avalia-ção... Ufa! “Nós fizemos a justificativaumas nove vezes e em todas a genteachava que estava ruim”, confessaAmanda. E mesmo depois que acabouo curso no PAC elas ainda reformularama justificativa outras vezes.

VIDAS QUE DANÇAMVIDAS QUE DANÇAMVIDAS QUE DANÇAMVIDAS QUE DANÇAMVIDAS QUE DANÇAM

O Dança da Vida existe desde 2005 e leva a artepara crianças e adolescentes de 7 a 17 anos do ParqueSão Carlos. O objetivo é beneficiar 50 crianças e adoles-centes, mas por enquanto cerca de 15 participam dasaulas. Levar este grupo ao encontro dos novos empreen-dedores sociais da Ashoka no Memorial da AméricaLatina foi uma boa experiência. “A gente viu nossotrabalho sendo reconhecido. No final, o público aplaudiude pé e é raro isso acontecer”, diz Jamile. O grupo nuncatinha se apresentado para tantas pessoas de umasó vez. E a reação do pessoal animou a galera.“A gente não esperava.”

Quando falam sobre os próximos desafios,respondem sem pestanejar: conseguir dar continuidadeao projeto. Amanda e Jamile fazem faculdade de Educa-ção Física e trabalham. Ou tentam. “Procuro trabalharcom dança, dando aula e recebendo por isso, mas é

complicado”, conta Jamile. A falta de tempoe de recursos financeiros para manter o projetosempre foi o grande desafio.

Ao começarem a carreira as dificuldades erammenores: “Naquela época era mais fácil, os pais nãopegavam tanto no pé e não havia tantas responsabilida-des”. Quando cresceram, e não podiam viver da dançativeram que ir trabalhar com outras coisas.

Segundo elas, participar do Geração MudaMundoserviu para questionar as ações e quebrar a rotina.Amanda ressalta que quando você faz sempre a mesmacoisa, não consegue encontrar um objetivo novo dentrodaquilo que já tem. Você pensa “já dei minha contribui-ção” e isso basta. Mas não é o suficiente.

Participar de uma mobilização que ajude a fixar metasfez com que o grupo tomasse fôlego. “E foi mesmo umgás, pensar de novo em estrutura, no que você quer comaquilo, no que é importante pra sua vida, se é importantede verdade, e também os contatos. Eu acho que osseminários foram os pontos altos”, diz Amanda.

Outro ponto que se aprimorou, de acordo comJamile, foi o tema super delicado da tal da sustentabili-dade financeira do projeto. Elas não pensavam nisso.Apenas viam a possibilidade de patrocínio, buscaralguém que pudesse bancar sempre que precisavamcomprar sapatilhas ou roupas de dança para as crianças.“Depois do GMM, começamos a pensar como podemosfazer pra que a gente mesmo possa conseguir.”

Amanda fala do resultado de tanta reflexão.“O que a gente quer é continuar passando isso

pra outras pessoas. Sabemos que aquelas meninasque passaram pelo projeto não vão ser bailarinasprofissionais, esse não é o objetivo delas. Mas ver aimportância que teve isso, mostrar que são capazes eque têm auto-estima para saber que, mesmo não sendorica, eu posso fazer alguma coisa que eu quero, que euvou correr atrás e vou conseguir, é gratificante.”

Edu Moraes

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Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4428

TÁ na MÃO• Contato com a Produto Tosco:• Contato com a Produto Tosco:• Contato com a Produto Tosco:• Contato com a Produto Tosco:• Contato com a Produto Tosco:[email protected]@yahoo.com.brprodutotoscoproducoes@yahoo.com.brprodutotoscoproducoes@[email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected] [email protected]• Para curtir as produções, acesse: www.myspace.com/• Para curtir as produções, acesse: www.myspace.com/• Para curtir as produções, acesse: www.myspace.com/• Para curtir as produções, acesse: www.myspace.com/• Para curtir as produções, acesse: www.myspace.com/produtotoscomidias, www.myspace.com/produtotoscomidias, www.myspace.com/produtotoscomidias, www.myspace.com/produtotoscomidias, www.myspace.com/produtotoscomidias, www.myspace.com/produtotoscobasesprodutotoscobasesprodutotoscobasesprodutotoscobasesprodutotoscobases•You Tube procurar por produto tosco bh.•You Tube procurar por produto tosco bh.•You Tube procurar por produto tosco bh.•You Tube procurar por produto tosco bh.•You Tube procurar por produto tosco bh.

Apalavra Tosco vem do latimtuscu, que significa aquiloque não é lapidado nem

polido, podendo significar tambémgrosseiro ou malfeito. Você deveestar achando estranho começaresta matéria com a definição dapalavra, mas não se assuste porquevamos explicar. Esse foi o nomeescolhido para a produtora de Clebindos Santos, de 25 anos, rapper eeducador social, morador de BeloHorizonte (MG). Em entrevista aoVirajovem Belo Horizonte, Clebinconta como criou a Produto Tosco,seu selo musical.

A Produto Tosco foi criada porClebin em 2000, integrante dediversos movimentos ligados àcultura hip hop, como o grupo Repem Fatos. A idéia era encontrarartistas que tinham o interesse degravar suas músicas, mas que nãotinham oportunidades de gravar,devido ao custo elevado de umaprodução musical. No início, aProduto Tosco articulou váriasgravações com grupos de rap, funk,axé e sertanejo. Naquela época, aprodutora atendia especialmente aosjovens artistas da comunidade VilaMaria, de Belo Horizonte, onde Clebin

dos Santos, o idealizador do projeto,vive até hoje.

A iniciativa surgiu do desejo dedar visibilidade às produções degrupos musicais da sua comunida-de. A sustentabilidade da produtorase dá por meio de um sistema detrocas. Os grupos que não podempagar com dinheiro, pagam daforma como podem, por exemplo,com a doação de equipamentos, CDsou trabalhos diversos. Assim, aProduto Tosco garante o espaço deprodução e a manutenção dosmateriais básicos para o funciona-mento da produtora. SegundoClebin, como a produção é indepen-dente, é impossível conseguirrecursos para viabilizar todas asproduções. Para ele, o termo inde-pendente não cabe para a ProdutoTosco, uma vez que eles consegui-ram estabelecer parcerias com

GIOVANIA MONIQUE DO CARMOGIOVANIA MONIQUE DO CARMOGIOVANIA MONIQUE DO CARMOGIOVANIA MONIQUE DO CARMOGIOVANIA MONIQUE DO CARMO,,,,,do Virajovem Belo Horizonte (MG)*do Virajovem Belo Horizonte (MG)*do Virajovem Belo Horizonte (MG)*do Virajovem Belo Horizonte (MG)*do Virajovem Belo Horizonte (MG)*

fotos fotos fotos fotos fotos PRODUTO TOSCOPRODUTO TOSCOPRODUTO TOSCOPRODUTO TOSCOPRODUTO TOSCO

Jovem rapper monta produtoraindependente e abre espaço para que

ememBelo HorizonteBelo Horizonte

outros grupos musicais e tambémcom a ONG Associação ImagemComunitária (AIC).

Para este ano, Clebin pretendecolocar em prática vários projetos. Aidéia é transformar a Produto Toscoem uma produtora audiovisualtambém. “Queremos abrir espaçopara a produção de clipes, portfólios,releases audiovisuais, tudo quepuder fazer com música, mas tam-bém visualmente”, explica Clebin.Além disso, ele pretende lançar até ofinal do ano a coletânea MelodiaDescompassada, com músicas devários grupos de BH e buscar recur-sos para conseguir uma nova sede,que hoje funciona na sua casa.

* Integrante de um dos* Integrante de um dos* Integrante de um dos* Integrante de um dos* Integrante de um dosConselhos Jovens da ViraConselhos Jovens da ViraConselhos Jovens da ViraConselhos Jovens da ViraConselhos Jovens da Vira

presentes em 21 estados do Paíspresentes em 21 estados do Paíspresentes em 21 estados do Paíspresentes em 21 estados do Paíspresentes em 21 estados do País([email protected])([email protected])([email protected])([email protected])([email protected])

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jovens artistas possam produzirdiscos e videoclipes

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29nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

Dulcinade Moraes

Dulcinade Moraes

QUE FIGURA...

o teatro corria

CINTIA MONTESINO, CINTIA MONTESINO, CINTIA MONTESINO, CINTIA MONTESINO, CINTIA MONTESINO, do Virajovem Curitiba (PR)*do Virajovem Curitiba (PR)*do Virajovem Curitiba (PR)*do Virajovem Curitiba (PR)*do Virajovem Curitiba (PR)*

Ela ganhou notoriedade nacio-nal, influenciou artistas, ditoumoda, tinha trânsito e respeito

na alta sociedade e no meio político.Tudo isso numa época em que a TVnão dominava as casas ou ditava ascelebridades de nossa cultura.

Estamos falando da atrizDulcina Mynssen de Moraes Azeve-do, que chegou na “boca de cena”do mundo em 3 de fevereiro de 1908na cidade de Valença (RJ), duranteuma excursão de seus pais, osatores Átila e Conchita de Moraes,que viajavam apresentando umespetáculo de teatro.

A estréia profissional deDulcina foi em 1923, aos 15 anos,no espetáculo Travessuras de Berta,pela Companhia Brasileira deComédia no teatro Trianon. Nuncamais parou. Criou com o seu maridoe companheiro de trabalho, o atorOdilon Azevedo, a CompanhiaDulcina-Odilon em 1934. Comoatriz, atuou em peças como A DoceInimiga, A Marquesa de Santos, OImperador Galante, Lua Cheia,Cleópatra, mas foi como a SadieThompson, da peça Chuva deSomerset Maugham (1945) queDulcina seria imortalizada.

Dulcina inovou a cena nacionalcom os seus caprichosos figurinos(muitas vezes copiados pelas senho-ras da época), na cenografia e nailuminação. Além disso, extinguiudos palcos a figura do “ponto”, umprofissional que “soprava” o textopara as atrizes e atores.

Além de exímia intérprete, diretorae produtora, Dulcina sempre foi preo-cupada com a formação do artista.Tanto que criou em 1955 no Rio deJaneiro a Fundação Brasileira deTeatro, que mantinha a Academia deTeatro da FBT voltada para a forma-ção de artistas e técnicos de teatro.

Dulcina é sempre lembrada comouma mulher empreendedora. Em1972, encantada com a criação danova capital, resolve transferir paraBrasília (DF) a sede da FBT e criar aFaculdade de Artes Dulcina de

••••• Dica de livro sobre a atrizDica de livro sobre a atrizDica de livro sobre a atrizDica de livro sobre a atrizDica de livro sobre a atrizDulcina e o teatro de seu tempoDulcina e o teatro de seu tempoDulcina e o teatro de seu tempoDulcina e o teatro de seu tempoDulcina e o teatro de seu tempo,,,,,do autor e ator Sérgio Viotti,do autor e ator Sérgio Viotti,do autor e ator Sérgio Viotti,do autor e ator Sérgio Viotti,do autor e ator Sérgio Viotti,Editora Lacerda, 2001Editora Lacerda, 2001Editora Lacerda, 2001Editora Lacerda, 2001Editora Lacerda, 2001••••• Site da Faculdade Dulcina de MoraesSite da Faculdade Dulcina de MoraesSite da Faculdade Dulcina de MoraesSite da Faculdade Dulcina de MoraesSite da Faculdade Dulcina de Moraeswww.fadm.com.brwww.fadm.com.brwww.fadm.com.brwww.fadm.com.brwww.fadm.com.br

nas veias

TÁ na MÃOTÁ na MÃO

Moraes, entre as primeiras institui-ções voltadas para a formaçãosuperior na área. A faculdade queleva seu nome já graduou mais de 2mil profissionais das áreas de teatro,artes visuais e arte-educação. Já oTeatro Dulcina de Moraes foi inaugu-rado em 1980.

Dulcina “viajou” (forma como sereferia à morte) em 28 de agosto de1996, em Brasília, deixando umimportante legado material e simbó-lico para nossa cultura. Em 2008,Brasília comemora o Centenário denascimento da atriz.

“Sempre vivi do teatro, no teatro,com o teatro e para o teatro”.

*Integrante de um dos*Integrante de um dos*Integrante de um dos*Integrante de um dos*Integrante de um dos21 Conselhos Jovens da Vira21 Conselhos Jovens da Vira21 Conselhos Jovens da Vira21 Conselhos Jovens da Vira21 Conselhos Jovens da Vira

espalhados pelo Paísespalhados pelo Paísespalhados pelo Paísespalhados pelo Paísespalhados pelo País([email protected])([email protected])([email protected])([email protected])([email protected])

o teatro corrianas veias

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Page 30: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4430

NO ESCURINHOSÉRGIO RIZZO, SÉRGIO RIZZO, SÉRGIO RIZZO, SÉRGIO RIZZO, SÉRGIO RIZZO, crítico de cinemacrítico de cinemacrítico de cinemacrítico de cinemacrítico de cinema

...

Na natureza

Revista ViRAÇÃO · Ano 5 · nº 4430

selvagemAs perspectivas de futuro sempre foram muito boas para

o jovem Christopher McCandless. Vinha de uma família abastada e acabava de se formar em uma boa universida-

de. O sonho americano parecia ao seu alcance. Apesar disso, preferiuabandonar tudo o que a sociedade já havia lhe proporcionado –inclusive o próprio nome – e, apresentando-se a todos como Alex,decidiu começar outra vida. Durante cerca de dois anos, perambuloucomo mochileiro pelos Estados Unidos. Sua última parada foi umônibus abandonado no Alaska, onde morreu sozinho, em 1992.

Possíveis respostas para a atitude radical de McClandess podem serencontradas no livro-reportagem Na Natureza Selvagem, do jornalistanorte-americano Jon Krakauer, que se especializou em livros sobreaventureiros e suas jornadas alternativas, como No Ar Rarefeito e SobreHomens e Montanhas. A partir dos depoimentos da família, de amigos epessoas que encontraram McClandess (ou Alex) durante a viagem,Krakauer reconstituiu seu caminho.

O que o moveu, conclui-se pelo livro, foi uma negação radical da socie-dade de consumo, mais um profundo (e talvez inexplicável) fascínio pelavida na natureza e também pela biografia de poetas errantes. Esses elemen-tos dão origem a uma espécie de manifesto neo-hippie no filme Na NaturezaSelvagem, escrito (a partir da reportagem de Krakauer) e dirigido pelo atorSean Penn (Sobre Meninos e Lobos, 21 Gramas), e um dos longas-metragensmais premiados da última temporada nos Estados Unidos.

Penn demonstra nutrir, a exemplo de Krakauer, simpatia e curiosidade porMcClandess (interpretado por Emile Hirsch, de Alpha Dog e Speed Racer).Em seu lugar, é provável que muitos tratariam o personagem como umdesmiolado que perdeu a razão, mas o cineasta recria sua história compoesia e romantismo. O resultado é que o público, principalmente o jovem,se identificará com as razões (muitas das quais silenciosas) e a ternura desseaventureiro solitário em sua cruzada pela paz de espírito..

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31nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO 31nº 44 · Ano 4 · Revista ViRAÇÃO

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CARLOS OTTO,CARLOS OTTO,CARLOS OTTO,CARLOS OTTO,CARLOS OTTO,JOSSIER BOLEÃOJOSSIER BOLEÃOJOSSIER BOLEÃOJOSSIER BOLEÃOJOSSIER BOLEÃOe e e e e LÍGIA MARTINSLÍGIA MARTINSLÍGIA MARTINSLÍGIA MARTINSLÍGIA MARTINS,,,,,

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PRA ENTENDER

GUARIROBA:GUARIROBA:GUARIROBA:GUARIROBA:GUARIROBA: espécie de palmeiracomum em GoiásCAIXA DE FOLIA:CAIXA DE FOLIA:CAIXA DE FOLIA:CAIXA DE FOLIA:CAIXA DE FOLIA: também chamadade caixa de guerra ou caixa do Divino,é um tambor com duas membranasde pele animal esticadas por cordas.TABOCA:TABOCA:TABOCA:TABOCA:TABOCA: bambu típico da AmazôniaPÍFANO:PÍFANO:PÍFANO:PÍFANO:PÍFANO: instrumento musical indígenaparecido com a flautaBURITI:BURITI:BURITI:BURITI:BURITI: planta da família das palmeirasPAU-DE-CHUVA:PAU-DE-CHUVA:PAU-DE-CHUVA:PAU-DE-CHUVA:PAU-DE-CHUVA: instrumentode percussão com forte presençaem cerimônias religiosasCAXIXI:CAXIXI:CAXIXI:CAXIXI:CAXIXI: espécie de chocalho,de origem africanaMARIMBA DE RIPAS:MARIMBA DE RIPAS:MARIMBA DE RIPAS:MARIMBA DE RIPAS:MARIMBA DE RIPAS: instrumentode percussão semelhante ao xilofoneCONGADA:CONGADA:CONGADA:CONGADA:CONGADA: manifestação folclórica-religiosa com influência afro-brasileiraCURURU:CURURU:CURURU:CURURU:CURURU: dança folclórica típicada região Centro-OesteMOÇAMBIQUE:MOÇAMBIQUE:MOÇAMBIQUE:MOÇAMBIQUE:MOÇAMBIQUE: dança africanacom versos em louvor a São Benedito

“CHEGA DEVAGAR, ARUÊ”“CHEGA DEVAGAR, ARUÊ”“CHEGA DEVAGAR, ARUÊ”“CHEGA DEVAGAR, ARUÊ”“CHEGA DEVAGAR, ARUÊ”

Mãe do Rosário, venha ver meu povo,o Raizêrus veio trabalhar, pelos cami-nhos enfrentei batalhas, depois da

guerra consegui chegar...”. É chegando devagarzi-nho, pedindo licença, bem do jeito goiano, que ogrupo Raizêrus vem colorindo os sons da nossaterra. Um tronco de guariroba guariroba guariroba guariroba guariroba vira caixa de foliacaixa de foliacaixa de foliacaixa de foliacaixa de folia,atabaque; da tabocatabocatabocatabocataboca faz-se um pífanopífanopífanopífanopífano; do buritiburitiburitiburitiburiticom areia grossa surge o pau-de-chuvapau-de-chuvapau-de-chuvapau-de-chuvapau-de-chuva. Assimvários instrumentos são criados a partir de possibi-lidades do cerrado. Caxixi,Caxixi,Caxixi,Caxixi,Caxixi, sanfona, maraca,tambor, berimbau, flauta de cano PVC, marimbamarimbamarimbamarimbamarimbade ripasde ripasde ripasde ripasde ripas jogadas fora, cavaquinho de lata de docee cordas de anzol fazem os sentidos viajarem edescobrirem nossa ancestralidade, exaltando asorigens do povo do cerrado, dos brasileiros.

“Conhecendo a minha cultura, tirando precon-ceitos da minha cabeça”, Juninho, de 18 anos,contrabaixista e vocalista, encontra no grupo suabase de conhecimento, apoiado em um lugarsadio de se conviver. Daniel Melo, voz, violão,viola e percussão, ressalta que “a cultura localseja a principal e não secundária.” E isto sepercebe nitidamente nas influências musicaiscomo a congadacongadacongadacongadacongada, o batuque, o cururu cururu cururu cururu cururu,moçambique – moçambique – moçambique – moçambique – moçambique – que permeiam as canções,numa pesquisa de diferentes dialetos indíge-nas e africanos como o craó e camalongo.

“Perspectiva humana, social e fraterna”.Janaina Ferreira, de 26 anos, vocal e percus-são, expressa assim a vocação do Raizêrusque, nas releituras de músicas da cidade dedomínio popular, bem como de composiçõespróprias e músicas descritivas, se valem dacultura oral que é repassada por moradores-anciãos da cidade, como o “Seu” José Carlose João Pitalunga, já falecido.

“O sol desenhou na mata uma janela de luz, ajuriti bateu asa rasgando o ar da manhã...” É naCidade de Goiás, tendo como pano de fundo aSerra Dourada, região rica em fauna e flora, que oRaizêrus, em meio “às incertezas que tecem avida”, mostram a potencialidade musical dacultura brasileira em detrimento ao que os meiosde comunicação de massa insistem em imporcomo regra de mercado.

“A luz pura como o sol e a lua...” Rafael Anto-nio, 18 anos, percussão e voz, sintetiza a integra-ção do Raizêrus com o público: na simplicidade ealegria das cirandas e danças de roda. “Se eutivesse uma boa voz, assim como eu sei cantar, euvivia pelo mundo, comendo sem trabalhar...”

O grupo se apresenta em eventos da pequenaCidade de Goiás e prepara o lançamento do CDPedindo Licença. Contatos com essa galera pelowww.musicexpress.com.br/raizerus;[email protected].

*Integrante de um dos 21 Conselhos*Integrante de um dos 21 Conselhos*Integrante de um dos 21 Conselhos*Integrante de um dos 21 Conselhos*Integrante de um dos 21 ConselhosJovens da Vira espalhados pelo PaísJovens da Vira espalhados pelo PaísJovens da Vira espalhados pelo PaísJovens da Vira espalhados pelo PaísJovens da Vira espalhados pelo País([email protected])([email protected])([email protected])([email protected])([email protected])

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Page 32: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Revista ViRAÇÃO · Ano 6 · nº 4432

O avessoO avessoO avessoO avessoO avessoO avessoO avessoO avessoO avessoO avessoVIRA ARTE

Revista ViRAÇÃO · Ano 5 · nº 4432

Pela janela do quarto,assisto o que leio nos jornais,nos livros. Na calada, meninos

morrem de fome. A miséria dacidade ainda é uma imagem camu-flada. Uma coisa é ler que as pesso-as estão comendo lixo ou morrendode fome. Outra é ver, na nossafrente, bocas, mãos e corpos que,

com agilidade, examinam ossacos de lixo à procura demigalhas de comida. Nasmadrugadas da “VenezaBrasileira”, famílias vaguei-am em busca de alimentos.

Cotidianamente a cidadeacorda, mas o menino nacalçada, esparramado aolado da imundície do lixo,ninguém nota. A foto saino jornal, no livro, porémnunca no cartão postalque todos olham.

Entre pontes, praias e agrande festa de carnaval, acidade não se apresenta tãomal. O logo da cidade saicolorido, com suas pontessorrindo e abaixo delas

ELIS LUA,ELIS LUA,ELIS LUA,ELIS LUA,ELIS LUA, de Recife (PE), mora em São Paulo (SP) de Recife (PE), mora em São Paulo (SP) de Recife (PE), mora em São Paulo (SP) de Recife (PE), mora em São Paulo (SP) de Recife (PE), mora em São Paulo (SP)

nenhum mendigo. Recife esconde sua realidade, lama, fome e os urubus.A metrópole não pára e as famílias em bandos circulam a cidade embusca de resto de alimentos para garantir mais um dia de sobrevivência.

A miséria não é mais de uma minoria, nem só da periferia. Ela atingea todos, nos cerca, nos pede socorro. Urge que a nossa passividade saiado calor do frevo e que o pedaço sujo de pastel recolhido do lixo não sejanem almoço, café ou jantar de pessoas que habitam essa cidade.

UM POUCO DE COR NAS RUASUM POUCO DE COR NAS RUASUM POUCO DE COR NAS RUASUM POUCO DE COR NAS RUASUM POUCO DE COR NAS RUAS

O grafiteiro Gejo, de São Paulo, começou a atuar nas ruas com frasesde protesto, em 1986. Nesta época também começava a se identificar coma cultura hip hop. Hoje, Gejo, conhecido internacionalmente, grafita emdiversos suportes. Como ele mesmo diz, “onde a tinta pegar.” Confira otrabalho dele!

*Integrante de um dos 21 Conselhos Jovens da Vira*Integrante de um dos 21 Conselhos Jovens da Vira*Integrante de um dos 21 Conselhos Jovens da Vira*Integrante de um dos 21 Conselhos Jovens da Vira*Integrante de um dos 21 Conselhos Jovens da Viraespalhados pelo País ([email protected])espalhados pelo País ([email protected])espalhados pelo País ([email protected])espalhados pelo País ([email protected])espalhados pelo País ([email protected])

Imagens do grafiteiroGejo onde a tinta pegou

da Venezada VenezaR

Page 33: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

33nº 44 · Ano 6 · Revista ViRAÇÃO

SEXO E SAÚDE

Mudança, atitudee ousadia jovem

CUPOM DECUPOM DECUPOM DECUPOM DECUPOM DEASSINATURAASSINATURAASSINATURAASSINATURAASSINATURA

anual e renovaçãoanual e renovaçãoanual e renovaçãoanual e renovaçãoanual e renovação10 edições10 edições10 edições10 edições10 edições

É MUITO FÁCIL FAZER OURENOVAR A ASSINATURA DA

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ERIC SILVA, ERIC SILVA, ERIC SILVA, ERIC SILVA, ERIC SILVA, do Virajovem São Paulo*do Virajovem São Paulo*do Virajovem São Paulo*do Virajovem São Paulo*do Virajovem São Paulo*

Natália Forcat

?? É normal demorarmos paraÉ normal demorarmos paraÉ normal demorarmos paraÉ normal demorarmos paraÉ normal demorarmos parater uma ereção logo depoister uma ereção logo depoister uma ereção logo depoister uma ereção logo depoister uma ereção logo depois

que ejaculamos pela primeira vez?que ejaculamos pela primeira vez?que ejaculamos pela primeira vez?que ejaculamos pela primeira vez?que ejaculamos pela primeira vez?Rodrigo, de 18 anos

É normal. O período refratário,ou seja, o tempo que demora atéo corpo se recuperar da primeira rela-ção, é necessário para que haja outra.Isso é saudável e é normal que sejaassim. Não existe tempo determina-do, físico. O corpo não é uma máqui-na. O que é preciso é se conhecer erespeitar o tempo do corpo e o perío-do refratário, ou seja, sem ereção. Va-ria um pouco. Nos mais jovens esseperíodo é menor. Em torno de 30 mi-nutos. Mas o mais importante é queele respeite o que o corpo diz e enten-der que não existem limites. O impor-

tante é ter uma vivênciasexual adequada.

Tive minha primeira relaçãoTive minha primeira relaçãoTive minha primeira relaçãoTive minha primeira relaçãoTive minha primeira relaçãosexual há uns cinco meses.sexual há uns cinco meses.sexual há uns cinco meses.sexual há uns cinco meses.sexual há uns cinco meses.

Por que será que não sinto prazer?Por que será que não sinto prazer?Por que será que não sinto prazer?Por que será que não sinto prazer?Por que será que não sinto prazer?Janaína, de 17 anos

A questão do prazer, principalmen-te para a mulher, é mais delicada. Écomo se fosse um treino, o prazer nãoé imediato, diferentemente do queacontece com o homem. É preciso terconhecimento do corpo e a participa-ção do parceiro, porque a respostaorgástica é mais lenta mesmo. Isso sedeve a questões fisiológicas. É impor-tante fazer as preliminares para inten-sificar as respostas de prazer sexual.A mulher tem como parâmetro o ho-mem, mas é diferente. Para o homemé mais rápido. Eles são opostos, prin-cipalmente quando jovens. Os ho-mens têm excitação e chegam ao or-gasmo mais rápido. Pode ser queisso esteja acontecendo. O par-ceiro precisa saber disso eaprender a se controlar umpouco.

Nesta edição, o ginecologista Marino Provatto Júnior,de São Paulo (SP), responde dúvidas sobre sexualidade

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*Um dos Conselhos Jovens*Um dos Conselhos Jovens*Um dos Conselhos Jovens*Um dos Conselhos Jovens*Um dos Conselhos Jovenspresentes em 21 estados do Paíspresentes em 21 estados do Paíspresentes em 21 estados do Paíspresentes em 21 estados do Paíspresentes em 21 estados do País

([email protected])([email protected])([email protected])([email protected])([email protected])

Page 34: Revista Viração - Edição 44 - Agosto/2008

Luta contraa violência

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Tanto se fala em violênciana mídia que isso acabase tornando algo banal.

No entanto, tem muita genteinteressada em mudar essasituação. É o caso do movimen-to MS Contra a Violência, quevisa promover “uma cultura depaz através da prevenção e docombate efetivo a todas asformas de violência”.

Liderado pela Ordemdos Advogados do Brasil –Seccional de Mato Grosso doSul (OAB/MS), com o apoio deorganizações da sociedade civil, o movimento ganhou forma em abril de2007, fruto de uma passeata que reuniu cerca de 2 mil pessoas com o propó-sito de sensibilizar o poder público e exercer uma postura cidadã frente aoscrimes cometidos em Mato Grosso do Sul. A proposta cresceu e deu lugar auma conferência regional de onde saíram propostas que buscavam dar umasolução para o problema no Estado. A partir daí criou-se um Fórum queacompanha a implementação das propostas, tendo por base ações deprevenção na família, educação (cultura, esporte e lazer), educação notrânsito e projetos alternativos ou complementares.

De acordocom o coordenadordo Movimento MSContra a Violência,Gustavo Giacchini,este é “um movimen-to da sociedade,trabalhando aconscientização eresponsabilidade decada um nas ques-tões de segurança,promovendo acultura da paz.”

A partir da expe-riência de Mato

Grosso do Sul, a discussão ganhou o País e influenciou o surgimentode um movimento maior, o “Brasil contra a Violência”.

*Integrante de um dos Conselhos Jovens da Vira*Integrante de um dos Conselhos Jovens da Vira*Integrante de um dos Conselhos Jovens da Vira*Integrante de um dos Conselhos Jovens da Vira*Integrante de um dos Conselhos Jovens da Virapresentes em 21 Estados do País ([email protected])presentes em 21 Estados do País ([email protected])presentes em 21 Estados do País ([email protected])presentes em 21 Estados do País ([email protected])presentes em 21 Estados do País ([email protected])

KLEBER GUTIERREZKLEBER GUTIERREZKLEBER GUTIERREZKLEBER GUTIERREZKLEBER GUTIERREZ, do Virajovem Mato Grosso do Sul (MS)*, do Virajovem Mato Grosso do Sul (MS)*, do Virajovem Mato Grosso do Sul (MS)*, do Virajovem Mato Grosso do Sul (MS)*, do Virajovem Mato Grosso do Sul (MS)*

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Luta contraa violência

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Postura cidadã contra a criminalidade

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