Revista vox 6

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Agosto 2014 Edição 06 GRUPO IMPACTO GUIMARÃES DELEGADAS 11.300 partos, a marca expressiva de um médico Sem “descer do salto”, elas impõem respeito SAUDADES Gildomar e Seixas, exemplos de prefeitos DITADURA O relato de um censurado REGIÃO Ainda somos o corredor da fome? REGINA CITELI Ela é a prova viva de que com Educação, o mundo se transforma

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Agosto 2014 • Edição 06GRUPO IMPACTO

GUIMARÃES

DELEGADAS

11.300 partos, a marca expressiva de um médico

Sem “descer do salto”, elas impõem respeito

SAUDADESGildomar e Seixas,

exemplos de prefeitos

DITADURAO relato de um censurado

REGIÃOAinda somos o

corredor da fome?

REGINACITELIEla é a prova viva de que com Educação, o mundo se transforma

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A REVISTA VOX chega à sua sexta edição. E se-guindo os exemplos das edições anteriores estamos recheados de boas matérias, mostrando o lado po-sitivo da Nova Alta Paulista. Sua gente, pessoas que com garra e bons exemplos de vida mostram como é possível fazer e acontecer.

Trazemos exemplos de profissionais de sucesso em cidades da região e de pessoas que aqui nasceram e buscaram em outros horizontes o sucesso almejado.

Recordamos dois ex-prefeitos de Adamantina,

Passado,presente e futuro

EDITORIAL

arrojados e exemplos de gestão. Falamos de como foi o período da Ditadura e trazemos novamente a velha pergunta: “Ainda somos o Corredor da Fome?”.

Assim queremos contribuir para a História da Nova Alta Paulista. Resgatar o passado, mostrar ações de sucesso do presente e fazer uma reflexão para o futuro.

A todos que nos acompanham uma excelente leitura!

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GRUPO IMPACTO - Comunicação, Eventos e AssessoriaSilva & Monarin Editora Ltda ME.

CNPJ - 02.463.047/0001-17

Rua Deputado Salles Filho, 117 - Centro Adamantina-SP - CEP 17800-000

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RESERVADOS TODOS OS DIREITOS DE REPRODUÇÃO

JORNALISTA RESPONSÁVEL E EDITORSérgio Vanderlei - MTb 46.188/SP

REDAÇÃOArize Juliani

Fernanda SilvaJoão Vinícius

Tamyris Araujo – MTb 61.233/SP

FOTOGRAFIAArquivo Histórico de Adamantina, Arquivo Pessoal, Carina Monteiro, Fatos e

Fotos, Maila Alves, Mauro Foto Video, Sandra Kobayashi e Tropical Foto Color

ADMINISTRATIVOAlessandro dos Santos

DEPARTAMENTO COMERCIAL Regina RomãoRogério Grespi

CRIAÇÃO E DESIGNER GRÁFICOAllan Barbosa

Marco Aurélio AtilioAgência Marte

CIRCULAÇÃO Nova Alta Paulista

TIRAGEM 4 mil exemplares

PUBLICAÇÃO Semestral

DISTRIBUIÇÃO Dirigida

IMPRESSÃOQuatrocor Gráfica e Editora

GRUPO IMPACTO jornal impacto . jornal impacto/salmourão . jornal impacto/parapuã . br.ada agência

de publicidade . portal ginotícias . revista vox

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VOXÍNDICE

LIDERANÇAConheça a trajetória de um líder

ORLANDOUm professor à busca da perfeição50

EDITORIALRoupas e acessórios para fazer bonito no inverno56

GILDOMAR E SEIXASPrefeitos que deixaram saudades68

CAPAA Educação pode sim transformar vidas

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DELEGADASElas driblam a fragilidade e

o preconceito com garra e sucesso16 D' TAL

O adamantinense que tem a arte como inspiração de vida36 11.300 PARTOS

A marca de um profissional que ama o que faz40

CAMPOYSucesso conquistado por gerações

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LIDERANÇAConheça a trajetória de um líder

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ESTIGMAAinda somos o “Corredor

da Fome?”

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MEMÓRIAAcidentes aéreos

em Adamantina

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INVERNOA moda para os baixinhos112

TRELIARTHá 14 anos oferecendo o que

você precisa para construção

118

NAMBA E KIOSHIAdamantinenses made in Japan122

RECEITACarré de Cordeiro para dias

especiais96DITADURA

O período negro da História na região76BOM GOSTO

O sucesso da marcaVerdurão46

MÚSICASanto de casa faz milagre sim

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“Desafio diário de preservar a segurança e a ordem para aproveitar o que há de melhor na vida”,

Aurea Albanez

“É preciso coragem para enfrentar situações de risco que a carreira impõe. Isso nunca me amedrontou ou fez com que deixasse de realizar a minha tarefa”,

Rita de Cássia Gea Sanches

“Sou Policial Civil e está no sangue. Amo ser Delegada de Polícia. Sinto orgulho em pertencer a essa família policial”,

Patrícia Tranche Vasques

“Quando esclarecemos ou solucionamos algum crime, a sensação é a de dever cumprido. E essa é a recompensa”,

Laiza Fernanda Rigatto Andrade

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Conheça a trajetória de quatro adamantinenses delegadas da Polícia Civil que deixam de lado toda complexidade na hora da ação

e assumem o poder policial comexcelência; sem descer do salto

MULHERESque driblam a fragilidade

POR ARIZE JULIANI === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI E ARQUIVO PESSOAL

ulheres ga-nham espa-ço diante de profissões considera-das típicas de homem.

Há tempos invadem o mercado de trabalho sem nenhuma discrimina-ção ou limitação de gênero. A garra e a coragem caminham lado a lado,

principalmente quando tais prin-cípios são necessários para entrar em cena.

A complexidade ultrapassa fa-tores de risco, deixados de lado no momento da ação. Assim começa a trajetória de quatro delegadas da Polícia Civil, as adamantinenses Aurea Albanez, Rita de Cássia Gea Sanches, Patrícia Tranche Vasques e Laíza Fernanda Rigatto Andrade.

Aurea Albanez começou sua vida profissional já na área policial. Tem 42 anos de idade e 24 na po-lícia. Atualmente mora na capital paulista, mas foi em Adamantina que ingressou na carreira como pa-piloscopista policial prestando servi-ços no Instituto de Criminalística da cidade. Depois foi transferida para a seção de identificação, em 2000.

É filha dos adamantinenses Wil-

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son e Iria Graboski Albanez. Casada e tem duas filhas de coração. Aurea traz consigo uma trajetória admirá-vel como delegada da Polícia Civil em São Paulo. Em 2007 foi confia-da ao cargo, e desde então, possui passagens por diversos distritos metropolitanos, a exemplo de Ita-quera, região sul, Campo Belo, Vila Mariana e agora no 16º Distrito, na Vila Clementino. Sua rotina de traba-lho varia de plantões diurnos sema-nais e no que denominam cartório, função onde realizam investigações para apuração de crimes e autoria delitiva.

Ela avalia que talvez por estar num cargo de direção, nunca tenha sofrido problemas por ser do sexo feminino, pelo contrário. Para Aurea, este fato chega ser instigante, visto que a maioria dos dirigentes são do sexo oposto e isso comprova que a mulher cada vez mais conquista seu espaço, inclusive ressalta que muitas instituições tem se renovado com efetivo feminino.

Quanto ao medo, ela explica que a experiência torna quase nulo, mas não é descartado: "afinal de contas, estamos em contato com o ser humano, imprevisível e muito complexo", explica.

Aurea define sua profissão como "paixão pela diversidade humana em situações extremas. Desafio diário de preservar a segurança e a ordem para aproveitar o que há de melhor na vida".

Rita de Cássia Gea Sanches nasceu em Santo Anastácio, mas adotou Adamantina como cidade do coração. Tem 45 anos e há 23 trabalha como delegada da Polícia Civil no município.

Cursou Direito na Universidade Toledo em Presidente Prudente e logo depois de concluir o ensino superior, passou em 2º lugar num concurso estadual como delegada. Entrou na academia de polícia e foi designada como titular da Delegacia da Mulher de Adamantina, em 1992. Ela inaugurou e foi a primeira dele-gada desta delegacia especializada. Permaneceu neste cargo por 10 anos, assumindo posteriormente, a Circunscrição Regional de Trânsito.

Em 2009 foi transferida para o 3º Distrito Policial e permanece à frente até hoje.

Rita divide seu tempo entre trabalho e vida pessoal. Mantém seu conhecimento jurídico sempre atualizado, pois adota a filosofia de que para ter destaque é preciso ser um profissional atento a tudo que surge de novo, como também, participa de cursos disponibilizados pela academia de polícia.

Para ela, o preconceito existia há duas décadas quando ingressou na carreira policial. Entretanto, a mu-lher conquistou seu espaço firmado pela competência e trabalho execu-tado. Rita destaca ainda o aumento de mulheres que aderiram a profis-são em todos os departamentos da polícia nos últimos 20 anos.

Os fatos que marcaram sua pas-sagem pela polícia foram os casos da Delegacia da Mulher. Segundo ela, tudo aquilo que envolve pessoas em situação de vulnerabilidade aca-bam se destacando, principalmente os crimes praticados pelos pais contra os filhos.

"É preciso coragem para enfren-tar situações de risco que a carreira impõe. Isso nunca me amedrontou ou fez com que deixasse de reali-zar a minha tarefa: nem em busca ou operação. Acho que já nasci vocacionada para essa profissão", ressalta Rita de Cássia.

Aurea Albanez, delegada em São Paulo

A delegada Rita de Cássia

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Patrícia Tranche Vasques, de 42 anos, desde muito pequena teve contato com a carreira policial. Quan-do tinha cinco anos de idade o seu pai, o delegado Aureliano Vasques, ingressou no cargo e se mudou com a família para Teodoro Sampaio para assumir uma delegacia. Posterior-mente, passaram por Rancharia e Adamantina.

Ela tem uma filha de 15 anos, Gio-vana Vasques Silva. Patrícia também é filha de Cleide, nasceu em Parapuã e viveu a juventude na 'Cidade Joia'. Cursou Direito e aos 21 anos ingres-sou na Academia de Polícia, sendo direcionada para Osvaldo Cruz como Delegada de Polícia do Estado de São Paulo à frente da Delegacia da Mulher por 13 anos.

Foi delegada assistente do 2º Departamento de Polícia de Ada-mantina por seis anos, atualmente é títular da DDM. São inúmeros os acontecimentos que marcaram sua carreira, mas destaca aqueles quan-do esclarece delito de maior gravida-de, quando prende algum acusado ou quando acalma as partes e precisa orientar a vítima num momento difícil. Ela revela que o profissional precisa dispor de estrutura física, emocional e espiritual.

Avalia que para se interessar pela carreira o candidato precisa ter foco, persistência, dedicação, amor ao próximo e orar muito. Desta forma, será um apaixonado pela profissão. "Eu nasci na Polícia Militar, o meu pai era sargento. Cresci na Polícia

Civil e sustento minha família hoje, através dela. Sou Policial Civil e está no sangue. Amo ser Delegada de Polícia. Sinto orgulho em pertencer a essa família policial".

Laiza Fernanda Rigatto Andra-de tem 34 anos. É casada e mãe de um filho de dois anos. Adamanti-nense que se formou em Direito pela Universidade Estadual de Londrina e advogou na cidade por três anos, período que realizou uma especiali-zação em Processo Penal e passou no concurso estadual para trabalhar como delegada pela Polícia Civil de São Paulo.

Se mudou para a capital paulista e por nove meses prestou academia

de polícia. Ela conta que esse período foi importantíssimo para prepará-la para a carreira, pois durante os trei-namentos teve contato com toda a parte operacional.

Ficou cerca de dois anos traba-lhando em distritos da cidade de São Paulo, sendo transferida para Presi-dente Epitácio por onde passou um ano respondendo pelas delegacias daquela região. Depois conseguiu transferência para Osvaldo Cruz como titular da Delegacia da Mulher.

Laiza sempre gostou da área criminal e revela que o trabalho desenvolvido pela DDM vai além de registrar ou solucionar crimes, exer-ce papel social com o perfil diferente de outras delegacias: "Procuram a Delegacia da Mulher não somente para denunciar crimes, procuram também para se orientar. É uma delegacia com policiais femininas que atendem essas vítimas que procuram orientação, denunciar e registrar boletim de ocorrência. Ou seja, acolhem a vítima".

Para ela, o prazer de atuar nesta profissão vai além: "Hoje as mulheres estão encorajadas, principalmente as mais jovens. É difícil lidar com situa-ções de vulnerabilidade, pois muitas vezes vamos contra o interesse de outras pessoas. Entretanto, quando esclarecemos ou solucionamos algum crime, a sensação é a de dever cumpri-do. E essa é a recompensa".Laiza

Rigatto

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O que você procura em um supermercado?

No Real tem!POR TAMYRIS ARAÚJO === === FOTOS SANDRA KOBAYASHI

O supermercado não é mais visto apenas como um lugar de compras. Ele é mais do que isto. O cliente tem que se sentir em casa e precisa estar em um ambiente agradável,

onde alcance sofisticação. Para atender essa necessidade, o Real conta com profissio-nais preparados diariamente.

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Nós do Super-mercado Real nos orgulha-mos em po-der garantir a satisfação e o

bem estar dos nossos clientes.O consumidor procura al-

ternativas práticas, novidades e produtos que atendam os quesitos de saúde, bem estar, prazer, praticidade e qualidade.

E quem são nossos consumi-dores? São clientes que estão mais exigentes e buscam não apenas preço, mas custo bene-fício. Eles procuram novidades, sofisticação e qualidade. Prati-cidade é a palavra chave.

“O supermercado não pode ser visto apenas como um lugar de compras, ele é mais do que isto. O clien-

te tem que se sentir em casa”.

O supermercado não pode ser visto apenas como um lugar de compras, ele é mais do que isto. O cliente tem que se sentir em casa e precisa estar em um ambiente agradável, onde alcan-ce sofisticação.

Para isso o Real conta com profissionais preparados para

atender a todos diariamente com variedade, organização, pouco tempo em filas, limpeza, mix de produtos, preços baixos e ótimas formas de pagamen-tos, além do atendimento fami-liar de Antônio Carlos Dalbello, Juciléia e Mariana. Essas são as prioridades do nosso mercado”.

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Vinhos

Padaria

Açougue

O que antes era considera-da uma atividade apenas para mulheres, hoje ir ao mercado é tarefa para todos, inclusive ho-mens, como mostram recentes pesquisas. Com isso, seções como as de vinhos, cervejas e whiskys ganham destaque. No Supermercado Real, os clientes encontram produtos nacionais e importados, sempre com preços especiais.

Pães quentinhos, doces, ros-cas, frios, confeitos e muitos outros itens fresquinhos o consu-midor encontra na Padaria Real, que oferece também lanches naturais, pizzas, canelones, qui-bes, salgados, molhos caseiros e outros feitos pela equipe da cozinha.

Em um ambiente higienizado e organizado, os clientes encon-tram no açougue do Supermer-cado Real carnes de primeira qualidade, bovinas, suínas e aves. Lembrando que os preços são es-peciais, sempre com promoções. Vale a pena conferir!

Supermercado RealAv. Cap. José Antonio de Oliveira, 340 – Adamantina-SPFone: (18) 3521-2569

Segundas às Sextas-Feiras – das 7h30 às 19hAos Sábados – das 7h30 às 16h Aos Domingos – das 7h30 às 12h

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De auxiliar de serviços gerais à farmacêutica

A educação que TRANSFORMA

POR TAMYRIS ARAÚJO === === FOTOS SANDRA KOBAYASHI

Quem vê Regina comandando uma equipe de 22 funcionários ao lado do filho Etore Henrique, dividindo o tempo entre a farmácia em Lucélia e os netos, não sabe da sua

história de perseverança até o sucesso

Educação não transforma o mundo. Educa-ção muda pes-soas. Pessoas transformam o

mundo”, afirmava o educador e filósofo brasileiro Paulo Freire. E exatamente isso aconteceu com Regina Célia Takahashi Citeli que, através da educação, buscou a transformação, senão do mundo, pelo menos de sua família. Como auxiliar de serviços gerais, a far-macêutica viu a oportunidade de voltar a estudar e formar dois filhos.

Quem vê Regina comandando uma equipe de 22 funcionários ao lado do filho Etore Henrique, dividindo o tempo entre a farmácia em Lucélia e os netos, não sabe da sua história de perseverança até o sucesso. Nesta transformação, a

educação foi fundamental para a mudança de vida da farmacêutica, que conta sua história para a VOX.

Depois de se aventurar até o outro lado do mundo, Regina decidiu prestar concurso para serviços gerais em uma faculdade de Adamantina, em 2000. Nesta época, o filho mais velho, Etore, começava a cursar Farmácia. “Prestei para esta função já que fazia 20 anos que não estudava, não sabia quanto era dois vezes dois. Não adianta tentar agarrar em cima se ainda está em baixo”, brinca. Mas, com problemas no concurso, a adamantinense só foi chamada para exercer a função em 2003, que segundo ela, foi quando iniciou a transformação de sua vida.“Sabia que funcioná-rios da faculdade tinham direito a bolsas de estudo e, pensando em qualificar meus filhos prestei

o concurso. Mas, nunca imaginei que voltaria a estudar”, conta.

Quando começou a trabalhar, faltavam apenas seis meses para seu filho se formar, assim resol-veu também cursar Farmácia. “Se me perguntar o que me fez prestar vestibular não sei até hoje, mas agradeço a Deus por ter me dado essa oportunidade”. Regina iniciou a faculdade aos 42 anos, juntamente com a filha que cursou Engenharia Ambiental.

Ela explica que optou por Far-mácia vislumbrando oportuni-dades melhores para a família. “Sonhava que um dia meu filho pudesse comprar uma drogaria e, assim ajudá-lo. O que se con-cretizou”.

Trabalhar e estudar. Para dar conta do recado, ela afirma que não faltaram persistência, força de vontade e determinação. “Era

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algo novo, tinha que conciliar o emprego com o curso. No início estava como auxiliar de serviços gerais, mas, após seis meses fui transferida para a farmácia de manipulação para fazer assepcia da bancada. Nas horas de folga, aproveitava para estudar”.

A farmacêutica acordava às 5h, trabalhava até às 17h e das 19h20 às 22h30, estudava. “Vol-tava para casa correndo entre o serviço e o curso para fazer jan-tar, cuidar dos afazeres domésti-cos e voltar para faculdade, agora para estudar”. Nesta caminhada, uma palavra sempre rondava Regina, mas que “não a venceu” - desistir. “Muitas vezes cansada com a rotina, desanimava. Com a força de Deus e da minha família continuei”.

E aos finais de semana duran-te os quatros anos, ela conta que também não tinha tempo livre, já que os afazeres domésticos da semana e os trabalhos escolares dominavam a “folga”. “Nesta época a principal dificuldade era o cansaço, trabalhava o dia todo em um serviço pesado e não ficava sentada. Mas, também durante o trabalho no laboratório, aprendi muitas coisas. Minha supervisora de estágio, Fernanda Blini, era muito bacana, inclusive devo muito pela ajuda. Quando tinha dificuldades em alguma matéria era quem me ensinava. Com isso, aprendi que a dificulda-de quem faz é a própria pessoa”,

comenta.“Lembro até hoje que uma pro-

fessora disse para o meu filho me ajudar, mas ele respondeu que eu não tinha dificuldades, e sim, faci-lidade em aprender. Então, pensei que teria que honrar a sua palavra, me dedicando em cada aula”, conta ao lembrar que sempre teve apoio da família. “Meus filhos e marido sempre me apoiaram, não faziam muitas exigências, já que há pessoas que, quando a mulher não está em casa, cobram, acham ruim. Agradeço por eles sempre me apoiarem. Eu participava das excursões, comandava a turma. A molecada gostava bastante de mim”, relembra.

Sobre a idade ser empecilho, Regina afirma que nunca é tarde para estudar. “Apesar de muito tempo sem estudar, ninguém me desanimou ou disse que não conseguiria. Se fosse hoje, faria tudo novamente. Tenho vontade de voltar a estudar, em fazer uma nova faculdade, outro curso, na área de Direito”.

Durante os estudos, Regina também incentivava o filho a buscar novos horizontes profis-sionais. “Depois que se formou, o Etore passou aproximadamente um ano e meio trabalhando em farmácias de Cuiabá, Assis e no litoral paulista. Em uma visita, ele resolveu ficar mais próximo da família, quando surgiu a chance de comprar um farmácia em Pi-querobi. Não tínhamos dinheiro, então o Etore emprestou um pou-co de um tio, um tanto de outro e fez empréstimo no banco. Mesmo com as dificuldades, sempre incentivamos o empreendedoris-mo”, afirma.

Após se formar, em 2007, veio um novo desafio para Regina – co-mandar uma farmácia em Lucélia, quando a família se uniu com a

“Se fosse hoje, faria tudo novamente. Tenho vontade de voltar a estudar, em fazer uma nova faculdade”,

Regina Citeli

Regina Citeli no seu dia a dia - exemplo de perseverança

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profissional. “No dia que conclui o curso, na minha última prova, pedi a exoneração do cargo. Nes-te tempo, apareceu uma drogaria em Lucélia para comprar. Era para ficar sozinha cuidando da farmá-cia, mas como tinha pouco tempo de formada, fiquei com receio, já que experiência adquirimos com tempo de trabalho. Assim, minha filha Aline Fernanda, que também se formou, foi comandar o estabelecimento em Piquerobi e o Etore, me ajudou no novo negócio”.

Ela conta que por ser mais experiente, acredita que assimi-lava melhor o conteúdo. “Depois de formado é totalmente dife-rente. Tem que prestar atenção, trabalhar com muito medo, não podemos errar. Estamos mexen-do com a vida de pessoas, não podemos colocar em risco. Neste momento associamos que o con-teúdo repassado pelo professor significa algo, uma experiência além da teoria. Às vezes, por isso, por ser mais madura na época

da faculdade, entendia, fui bem porque sabia que aquilo tinha um significado e que, às vezes, uma pessoa mais nova não dava tanto valor, não tem maturidade para discernir”.

Regina afirma que o conteúdo adquirido na época da faculdade foi um dos fatores determinantes para o sucesso na profissão. “Até hoje, muitas coisas que os profes-sores falavam encaixam no dia a dia, em um atendimento, em uma venda. Nossa função é orientar, até mesmo ver se o remédio que o médico transcreveu está de acordo com a bula. Então, a maior dificuldade é você não saber. Tenho muito que aprender ainda, mas graças à Deus aprendi neste tempo de experiência”.

Para ela, ninguém sai total-mente preparado da faculdade, mas é o primeiro passo para transformar o futuro. “Muitas vezes, você vai ‘levando’ sem entender o que o professor explica, faz uma prova e mal lembra o que ele disse. Acerta e

pronto. Mas, realmente o que o professor explicou é o que dará embazamento para o cotidiano”.

Anos depois, a primeira far-mácia foi vendida para a am-pliação da farmácia de Lucélia, quando a família se uniu ainda mais - mãe e filhos. “Se for uma família unida como a minha, dará tudo certo”.

Em toda a história de vida, o mais gratificante para Regina é ver a felicidade dos filhos e ne-tos. “Sempre incentivei e peguei no pé, no bom sentido, para que estudassem. Apesar de, logo que me formei no ensino médio ter parado de estudar, sabia que a educação é que dá suporte para transformações. Por isso, me dediquei para que fizes-sem faculdade e, tive a chance também de concluir uma gra-duação. Minha vida e da minha família mudaram, graças a uma oportunidade aproveitada sem medo. Apesar dos obstáculos, podemos dizer que vencemos, graças à Deus”.

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Vídeo endoscopia para

NOSSOS PETSUm sonho que se torna realidade na Nova Alta Paulista

CEVAP - Centro Veterinário da Alta PaulistaAvenida da Saudade, 1022 - Adamantina (18) 3522-3279 | 99722-6477

POR REDAÇÃO === === FOTOGRAFIA FERNANDA SILVA

ais uma vez o C e v a p (Centro Ve-terinário da Alta Paulista) sai na frente e traz uma

inovadora tecnologia para nossos pequenos amigos, os animais de es-timação. Agora, o Cevap é uma das únicas clínicas particulares a possuir a vídeo endoscopia.

Com intuito de cada vez mais proporcionar serviços altamente qualificados e melhorar diagnósticos e procedimentos, a vídeo endoscopia permite exames minimamente invasi-vos, avaliações digestivas, pulmonares, remoção de corpos estranhos sem cirurgias, além de inúmeros benefícios para o animal.

“Veterinários de Marília, Presidente Prudente, Araçatuba e de toda região já têm encaminhado exames para o

nosso hospital, uma vez que nessas cidades não existem este recurso e nossos colegas entendem ser este equipamento um diferencial no tra-tamento das mais diversas doenças”, afirma Gustavo Junqueira Machado, médico veterinário e proprietário do Cevap.

O Cevap continuará investindo cada vez mais na área, com o objetivo de trazer para a Alta Paulista uma medicina de primeiro mundo.

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A arte que inspira a vida de

André D’Tal

POR JOÃO VINÍCIUS === === FOTOS ARQUIVO PESSOAL

Músico, compositor ou intérprete. Essas são algumas das ‘facetas’ de André de Figueiredo Maciel, o adamantinense que tem a arte como

inspiração de vida, se destacando no cenário musical, cênico, literá-rio, plástico e em outros gêneros artísticos.

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que te inspi-ra? A música, a arte ou a vida? Para alguns, o inustitado transforma o

dia. Para outros, as pessoas frag-mentam os acontecimentos. Já para André de Figueiredo Maciel, todas essas características se tornam uma fonte inesgotável de inspiração. O adamantinen-se, de 30 anos, se destaca pela funcionalidade artística, desde as composições musicais até as interpretações em propagandas dos mais variados estilos.

“Acredito que todos os meios ou linguagens artísticas estão conectados uns aos outros. A arte é o amor que me sustenta. A minha paixão é a linguagem mais sincera para a minha criação”.

Sujeito indeterminado, como se define, modificou seu nome para se destacar entre os “fu-lanos de tal”, inspiração para o D’Tal. “Como não tinha artistas em minha família, adotei André D’Tal para justificar a minha falta de linhagem genética artística. Entretanto, depois de ter ado-tado este nome, descobri que a arte sempre inspirou meus fami-liares, embora nem todos fossem ou são profissionais”.

Enquanto muitos desistem na primeira dificuldade, o artista cria. Foi isso que o filho de Már-cio de Almeida Maciel e Bárbara Maria Aparecida de Figueiredo Maciel, fez na pré-adolescência quando não conseguiu acompa-nhar uma música que tocava no rádio, compondo sua primeira

Ocanção.

Com influências de Carlos Drummond de Andrade, da ban-da Led Zeppelin, do pintor Jack-son Pollock e até da psicanáli-se, André D’Tal começou a se dedicar a vida artística durante a faculdade, época em que era vocalista de uma banda pop rock com amigos de infância. Ao se formar, em 2007, participou do Projeto Folk, como vocalista, violonista e gaitista.

“Depois que me formei em Direito, comecei a trabalhar com a arte profissionalmente. O primeiro passo foi construir um material artístico com poesias e músicas. Compus quase 200 canções e mais de 100 poesias selecionadas para trabalho, o que significa que muito material foi filtrado. Também escrevi peça teatral e roteiro para longa me-tragem. Muitos desses materiais ainda não foram divulgados em razão do alto investimento que devem ser feitos para tornar essas artes acessíveis”.

A vida de André D’Tal é uma fonte de inspiração ao seu tra-balho. As cidades, os relacio-namentos, principalmente os afetivos e amorosos, as questões existenciais e a visão social crí-tica são algumas das influências à sua arte, que destaca a parti-cipação nas gravações de clipes musicais, curtas metragens e comerciais.

Nos últimos dois anos, o adamantinense lançou dois CDs (Cuidado Companheiro e André D’Tal) e participou do filme ‘Es-peranças Perdidas’, da peça ‘A

“Acredito que todos os meios ou linguagens artísticas estão conectados uns aos outros. A arte é o amor que me sustenta. A minha paixão é a linguagem mais

sincera para a minha criação”,André D'Tal

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Arte Não Tem Preço’, do clipe ‘Instância de Incompreensão’ e dos comerciais da ‘Sorriso’, ‘Metrô de São Paulo’, ‘Café Três Corações’, ‘Microsoft’, 'Band na Copa', entre outros.

“A linguagem a ser adotada é uma questão de técnica, e possuo algumas delas. A minha ideia é atingir um grande leque de artes para adquirir mais comuni-cação artística. Instintivamente e oportunamente, a música é o meio mais ousado, embora a poesia também concorra com essas características”.

Atualmente, o artista, que vive em São Paulo, trabalha no lançamento de dois CDs, sendo um de samba e bossa nova, com formato de projeto cultural, e ou-tro de pop e rock, numa iniciativa independente. Neste semestre, André deve concluir o curso de teatro da Escola de Atores Wolf Maia e pretende, até o final do ano, lançar um livro de poesia e produzir o longa metragem ‘A Altura do Beijo’, roteirizada pelo adamantinense.

“Esperem de André D’Tal um artista atento, sensível e inspira-do para, corajosamente, se expôr com propósito de revelar o olhar mais crítico e artístico do meio em que vivo”, finaliza.

As multi facetas de André D'Tal

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er um filho tri-lhando o mesmo caminho do pai com certeza é o desejo de muitos patriarcas. Imagi-ne conseguir essa

façanha por cinco gerações. A de Luiz Fernando Guimarães Santos, de 78 anos, conseguiu reunir os ho-mens da família na medicina.

Tudo teve início com o bisavô Heitor Santos, clínico geral. O avô Angelo Godinho dos Santos foi pneumologista e o primeiro médico da Aeronáutica Brasileira. “Lembro

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orgulhoTenho

Em 51 anos de profissão, 11.300 adamantinenses vieram ao mundo por suas mãos. Além disso, foram feitas mais de 6 mil cirurgias ginecológicas. Hoje Gui-

marães faz parte da vida de várias gerações adamantinenses

de fazer parte de várias gerações adamantinenses”

POR TAMYRIS ARAUJO === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

com muito orgulho que meu avô montou 11 hospitais centrais da Ae-ronáutica no Brasil, e o presidente do país na época, Costa e Silva, o nomeou patrono do serviço médico da Aeronáutica, e por esse motivo, todo dia 11 de abril [data de seu falecimento], nesses hospitais é celebrada uma missa em sua home-nagem”, diz Luiz Fernando.

A geração seguinte contou com o pai José Luiz Guimarães médico anestesista e a mãe Maria de Lour-des Guimarães Santos com curso de Enfermagem feito durante a 2ª Guerra Mundial para ajudar no aten-

dimento dos soldados brasileiros. “Realmente a medicina teve origem familiar. Entretanto, de quatro ir-mãos, apenas eu escolhi ‘o branco’”.

Guimarães se formou em 1963 na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Permaneceu oito anos trabalhando na mesma cidade no Hospital do Ministério da Saúde, fez residência e, como ele mesmo define, “tinha uma vida corrida demais para morar na ‘Cidade Ma-ravilhosa’”.

“Meu pai dizia que eu deveria sair do Rio, pois não aproveitava as belezas da cidade, apenas trabalha-

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“No município, na épo-ca, havia 10 médicos,

mas nenhum ginecolo-gista, pois os outros dois tinham deixado a cidade há pouco tempo. Me ofe-

receram emprego, con-dução e moradia. Pensei, vou trabalhar, economi-

zar dinheiro e volto para perto dos meus pais,

entretanto esses cinco anos viraram 44”,

Luiz Fernando Guimarães

Santos

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Dr. Luiz Fernando com o amigo dr. Pacheco e equipe de enfermeiras

va, por isso deveria procurar uma cidade mais propícia”.

Foi então que em 1968 Guima-rães escolheu três cidades para conhecer e escolher em qual faria morada: Ribeirão Preto, São José dos Campos e Adamantina. “Adamanti-na porque um amigo anestesista, Oscar Tonentino, que auxiliava meus trabalhos no Rio, morou por oito anos aqui e chorava quando lembra-va da cidade, dos amigos conquis-tados, do carisma das pessoas e da receptividade de todos. Eu ficava encantado e curioso para conhecer essa cidade do interior”.

Adamantina foi a primeira a ser visitada. “Primeira e única, pois não sai mais da ‘Cidade Joia’. No municí-pio, na época, havia 10 médicos, mas nenhum ginecologista, pois os outros dois tinham deixado a cidade há pou-co tempo. Me ofereceram emprego, condução e moradia. Pensei, vou tra-balhar, economizar dinheiro e volto para perto dos meus pais, entretanto esses cinco anos viraram 44”.

Nesses 51 anos de profissão, 11.300 adamantinenses vieram ao mundo até dezembro de 2013 por suas mãos. Além disso, foram feitas mais de 6 mil cirurgias ginecológi-cas. “Hoje faço o parto de ‘filhos dos filhos’, trabalho feito por gerações, e é muito gratificante. Tenho orgulho

e os índices melhoraram, tanto que em 2013 Adamantina foi uma das cinco melhores cidades em índice de natimortalidade”.

Atualmente Guimarães continua atuando no Centro de Saúde e em sua clínica particular, sendo o úni-co ginecologista que atende pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e no ambulatório da Santa Casa. “Sou o único ginecologista e obstetra de Adamantina que trabalha para o Governo, pois acredito que ninguém nasce pobre porque quer. Temos muitos no SUS que precisam de ginecologista, as gestantes do Cen-tro de Saúde precisam de um bom atendimento. Fiz grandes amizades lá, muitas crianças levam meu nome em minha homenagem e estes cinco anos foram gratificantes, porque são pessoas sem condições econômicas que são bem tratadas por mim e mi-nha equipe, quatro enfermeiras que me auxiliam em tudo”.

Por amor à profissão, o ginecolo-gista e obstetra revela que pretende continuar no ramo por mais um tem-po, até quando se sentir bem. “Meu pai foi anestesista até os 85 anos, e para eu chegar lá faltam sete. Saúde para isso graças à Deus tenho, amo minha profissão e enquanto puder estarei na área”.

de fazer parte de várias gerações adamantinenses”.

E um dos reconhecimentos pelo seu belíssimo trabalho veio em 2008, quando o médico foi convida-do para coordenar um programa de cuidados com gestação de alto risco. “Na época a natimortalidade estava muito alta no município, a ponto do governador mandar ofício alegando que Adamantina atrapalhava o índice do Estado. Resolvi aceitar o desafio

Dr. Luiz Fernando - cuidado e carinho com seus pacientes

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Dr. Luiz Fernando e sua esposa Célia Duarte

Luiz Fernando Guimarães San-tos é pai de três filhos de sangue e uma filha de criação. André - publi-citário, comanda uma das maiores firmas de publicidade em São Paulo; Luiz Felipe - sócio de uma firma de informática especializada; Luiz Fernando, o caçula que segue os passos do pai na profissão; e Érica - filha de criação do segundo casamento, também médica, para orgulho de Guimarães.

“Recordo que fiz o parto do meu filho Luiz Fernando, pois na época não tinha nenhum médico na cidade para operar minha mulher e então fiz a cesariana. O bebê se chamaria Eduardo, mas achamos melhor repetir o meu nome, e para minha felicidade ele também repete a minha profissão. Fiz também o parto da filha dele, minha neta Ana Luiza. São gerações que tenho a enorme satisfação de ‘ter colocado no mundo’”.

Longe do branco, o médico con-ta que gosta de fotografia, tanto fotografar como apenas admirar belos retratos. Apesar da idade,

O pai de família

Guimarães mostra que gosta de mexer no computador e que supe-ra suas dificuldades. “Estudo pelo computador, porque na medicina se não nos mantermos atualizados é melhor parar de exercer a profis-são. Eu gostaria de estar vivo daqui 20 anos para ver como estará duas coisas no mundo – a medicina e a

informática. Acredito que doentes renais crônicos até 2015 não vão mais existir, porque os americanos vão começar a fazer rins para subs-tituir os que não funcionam. Os dia-béticos vão parar de tomar insulina porque vão implantar marca passos produtores de insulina. E, na área da informática, nem se fale em tanta evolução”, comenta.

Ler, ir à praia, cuidar dos animais de estimação e curtir a família e os cinco netos são outros hobbys do médico, devoto de Nossa Senhora Aparecida. “Adoro animal, tenho um cachorro, meu filho caçula o Nick, que recebe toda a atenção em casa”.

Hoje ele é casado com Célia Du-arte Guimarães Santos, sua pacien-te e aluna no curso de enfermagem na FAI onde ele foi professor por 24 anos. “Até que a conquistei e hoje ela é a minha mulher”.

E Adamantina passou a ser a cidade do coração de Guimarães. “Mesmo que deixe de trabalhar, não irei trocar a tranquilidade da ‘Cidade Joia’ pelas praias ou belezas da capital e das cidades em que moram meus irmãos”.

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O MUNDO EM UM LUGARVerdurão

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Que tal dar uma volta ao mundo sem sair de Adamantina? Experimentar as melhores bebidas dos cinco continentes, além de degustar os mais variados

queijos e vinhos e saborear o melhor da comida italiana? De um pequeno em-pório, o Verdurão se tornou referência no interior paulista devido a qualidade

dos vinhos, cachaças, uísques, cervejas, além de outros produtos parapaladares mais aguçados.

rança, Itália, Chile, Portugal, Argentina, Bélgica, Estados Uni-dos, África do Sul, Alemanha, Rússia e Turquia. Esses são alguns dos países

que podemos estar sem sair de Ada-mantina, ao experimentar os sabores de cada local. O Verdurão, de um pe-queno empório, se tornou referência no interior paulista devido a qualidade e variedades de bebidas, queijos e outros produtos dos quatro cantos do planeta, mas sem deixar de valorizar o melhor da cultura brasileira, com mais de 670 rótulos de cachaça.

Quem passa pelo Verdurão não imagina a história dos empresários Marcos Calabria e Josefina Cavichioli, que compraram o espaço há 14 anos. Comerciantes paulistas do ramo de tecido e confecção, em 1999, resol-veram se mudar para Recife depois que se aposentaram. Um ano depois, mudaram para Adamantina em busca de tranquilidade, além de ficar mais próximos da família de Josefina, co-nhecida como Jô.

Como sempre trabalharam, ficar com o tempo ocioso incomodava o casal, quando surgiu a oportunidade de comprar uma loja de R$ 1,99. Mas, ainda não era o que Marcos e Jô gos-tariam. Em 2001, mudaram o local para um sacolão que vendia frutas, verduras e legumes. Pouco tempo de-pois, transformaram em mini mercado, quando os empresários começaram a diversificar as opções do Verdurão, tra-zendo diversas variedades de queijos, embutidos e vinhos.

Percebendo o aumento da procura, além de atender pedidos por bebidas que antes não eram encontradas na

F

“Não vemos a empresa como um trabalho e sim, como a extensão de nossas vidas”,

Marcos Calabria

POR JOÃO VINÍCIUS === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

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Jô e Marcos Calabria - sabores do mundo

região, o Verdurão mudou de seg-mento. “De início, oferecemos alguns queijos, depois os clientes começaram a pedir outras variedades de produtos, foi quando percebemos que tinha um nicho no mercado regional”.

Ao mudar de segmento, a deno-minação do estabelecimento também foi alterada, mas por pouco tempo. "Mudamos para Empório de Queijos e Vinhos. Os clientes ligavam e ao falar o novo nome, uns desligavam, outros perguntavam se era o Verdurão, até que 15 dias após a alteração, voltamos ao antigo nome que estava enraizado nos clientes".

Fregueses de Bauru, Marília, Presi-dente Prudente e de toda região têm a disposição mais de 2.700 itens, entre vinhos, cachaças, uísques, cervejas, aguardentes, bacalhau, queijos, pre-sunto cru e chocolates. "Foi assim que o Verdurão passou a ser um misto de bistrô, adega e empório, com presen-ça forte na cozinha italiana, servindo massas e risotos. Além disso, quando algum cliente pede bebidas ou produ-tos que ainda não temos, providencia-mos o mais rápido possível, atendendo assim a sua solicitação".

Sobre o público, o empresário expli-ca que são pessoas que apreciam cer-vejas importadas, pratos requintados e vinhos de alta qualidade em um espaço para encontro de amigos e famílias.

Primando a qualidade e não a quantidade, Marcos afirma que a opinião dos fregueses, que são con-siderados amigos, é essencial para o

sucesso do Verdurão. “Sucesso está aliado ao bom atendimento. Para isso, a avaliação dos clientes é primordial. Quando desejamos fazer alguma mu-dança, sempre consultamos alguns fregueses que se tornaram amigos, para saber o que acham da ideia e o que pode ser feito para melhorar os nossos serviços”.

O empresário geralmente fica 15 dias, em Adamantina, e outros 15 dias, em São Paulo, onde conhece os principais estabelecimentos que im-portam produtos de diversos países. “Além deste conhecimento, sempre procuramos ler e nos informar sobre bebidas e receitas, pesquisando sobre suas histórias, já que não basta ser importada, é necessário trazer a cul-tura de sua região no sabor. Também visito os espaços mais exóticos para

oferecer o que há de melhor para Adamantina e região”.

Mais que um trabalho, o estabe-lecimento é uma paixão da família Calabria, que encontra em cada de-gustação um prazer e um motivo para aproximar pais e filhos. “Apesar de poucos anos, o Verdurão faz parte da nossa história. Quando nos reunimos em família ou em cada prato que a Jô prepara de um jeito diferente, é um pouco do Verdurão que colocamos e buscamos para nossos clientes. Sempre gostamos de experimentar pratos dos mais variados temperos e sabores, e esse gosto foi passado para meu filho mais novo que cursa Gas-tronomia, em São Paulo. Então, não vemos isso como um trabalho e sim, como a extensão de nossas vidas”.

E a experiência como comercian-te também ajudou na consolidação do Verdurão. Marcos, que já visitou mais de 200 cidades no Brasil, leva de cada canto a cultura para o es-tabelecimento, principalmente nas bebidas, como a cachaça, oferecen-do uma das maiores variedades do interior paulista, com mais de 670 rótulos.

De verduras e legumes à bebi-das, queijos e pratos italianos, essa transformação fez do Verdurão um dos locais mais conhecidos da região. “Alguns ainda passam, ficam obser-vando o nome Verdurão, procurando o empório de queijos e bebidas, mas o nome faz parte da tradição do nosso estabelecimento, tornando ainda mais único. É o único Verdurão que não ven-de verduras”, brinca Marcos.

O Verdurão tem mais de 2.700 itens à disposição

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tele-educação

PESQUISA

DORTRESLAGOENSE

ELABORA SISTEMA DE LETRAMENTO PARA

om o faleci-mento de Fer-nando Antunes Batista, Orlan-do recebeu todo o carinho da mãe, Ernes-

tina Maria das Dores Batista, para frequentar o Curso Primário no Grupo Escolar Dr. Júlio Lucant. Formado no Instituto de Educação Dom Antônio José dos Santos, de Rancharia, com o diploma de Professor Primário. Por falta de recursos, foi Bolsista da Prefei-tura Municipal de Rancharia para graduar-se pela antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Assis, hoje Universidade Estadual Paulista Julio de Mesquita Filho (Unesp). Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP). Professor livre-docente em Teoria Literária, pela Universidade Fede-

C

Doutor em letras pela USP, Orlando Antunes Batista vi-vencia o patrono da educação brasileira Paulo Freire, e

apresenta um dos mais modernos métodos de aprendizagem

POR REDAÇÃO === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

ral de Goiás (UFG). Fundador da Revista Signótica no Mestrado em Letras da UFG. Iniciou sua carreira no Magistério Superior no Centro Universitário de Aquidauana, hoje Fundação Universidade Federal do Estado de Mato Grosso do Sul. Professor titular aposentado na Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, no Centro Uni-versitário de Três Lagoas (UFMS). Autor do projeto e fundador do Mestrado em Letras no Centro Universitário de Três Lagoas, onde orientou dissertações. Tornou-se Professor e orientador no Mestra-do em Educação da Universidade Católica Dom Bosco. Professor titular, concursado, nas Faculdades Adamantinenses Integradas (FAI). Pesquisador na Área de Forma-ção de Recursos Humanos para a Educação: Formação do Leitor e Formação de Agentes de alfabetiza-

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ção. Coordenador Institucional do Programa de Bolsistas de Iniciação à Docência - PIBID-2012-2013 e PIBID- 2014-2018, junto à CAPES nas Faculdades Adamantinen-ses Integradas (FAI). Co-autor da Cartilha descobrindo a vida, pela Fundação Universidade Federal de Mato Grosso do Sul e Ministério da Educação e Cultura, após a criação do Estado de Mato Grosso do Sul. Primeiro lugar no Concurso de Literatura Arnaldo Estevão de Figueiredo, outorgado pelo Estado de Mato Grosso de Sul, quando de sua divisão. Primeiro colocado para o Prêmio Brasília de Literatura Juvenil, no concurso da Fundação Cultural do Distrito Federal, com a obra Jacaré-porã, em 1984. Prêmio Brasília de Poesia, com a obra Ma-durez no Pantanal, outorgado pela Fundação Cultural do Distrito Fe-deral. Prêmio Monteiro Lobato, da Academia Brasileira de Letras, pela

obra infanto-juvenil Mar de Xaraés, em 1989. Prêmio Silvio Romero em Crítica Literária por estudo sobre a obra de Machado de Assis, recebido na Academia Brasileira de Letras no ano de 1989.

Autor da Letra do Hino do Município de Anastácio, Estado de Mato Grosso do Sul. Comenda Visconde de Taunay, outorgada pelo Município de Anastácio por relevantes serviços a Ciência e a Cultura em Anastácio e no Estado de Mato Grosso do Sul. Cidadão três-lagoense, com título outorga-do pela Câmara Municipal de Três Lagoas.

Um patrono da educação e sua herança para a história do Brasil

Já estando em pleno desen-volvimento, o Projeto Paulo Freire de Alfabetização pela Cosmologia linguística, Orlando Antunes Ba-

tista vivencia Paulo Freire, agora Patrono da Educação Brasileira por decreto-lei da Presidência da República do Brasil.

Para demonstração do rigor vivenciado na Coleção Paulo Freire o autor esclare para a jornalista simplesmente estar a ampliar as discussões sobre intersecções não exploradas pela Linguística entre as áreas da Semanálise, Semiose e Semiótica, desaguando, inevitavel-mente, dentro de uma Topoteoria. Pelo uso da linguagem do Interdis-ciplinar. Orlando ainda esclarece ter obtido sucesso ao associar o conceito de poiein (fazer) com o de autopoiesis e exercitando o con-ceito de obra aberta, prognosticado pelo semiologista Umberto Eco. Salienta o pesquisador ser Umberto Eco e Julia Kristeva vanguardistas quando exercitaram, sem o saber, o conceito de autopoiesis, a ser definido na Biologia só em 1994,

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por Maturama e Varela.Diante de tais explicações, ex-

põe o professor Orlando, se com-preende melhor a crise no sistema escolar e as dificuldades para a solução do impasse, dado o radica-lismo dos próprios educadores em recusarem o Interdisciplinar e não procurarem, cada um, realizar o seu próprio manual de alfabetização de acordo com o valor da Inteligência Artificial contida na caixa-preta do cérebro humano.

Poética de Paulo Freire gera nova teoria para letramento

COSMOLOGIA LINGUÍSTICAOrlando considera interessante

o ponto intuitivo lançado dentro da poética pedagógica denominada Método Paulo Freire. Julga impor-tante o autor mostrar a dimensão de um projeto didático onde ine-xiste coincidência de exposição teórica entre os manuais e há um princípio denominado homo viator em jogo dentro de sua coleção.

A cada volume o alfabetizador irá aprendendo, sutilmente, a se transformar em Agente de Alfabe-tização. Esta denominação inexiste nas práticas educacionais no siste-ma brasileiro ou em outro sistema de qualquer país. Da Coleção Paulo Freire se deduz a hipótese de não ser possível “formar” um educador e sim “habilitá-lo”, dando-lhe as ferramentas mais adequadas e capazes de extrairem o máximo de qualidade das máquinas contidas nas caixas-pretas dos cérebros das crianças. Diante desta realida-de se intuiria ser o Questionário a ferramenta mais inútil dentro das destinadas para o desenvolvimento do Aprender.

A questão da dinamicidade da Energia vasculhada no interior da “arquitetura da Palavra” e explo-rada por Orlando, cabe muito bem nas palavras de Umberto Eco (Obra aberta, p.61) assim transcritas da visão do semioticista italiano:

O que diferencia a visão einstei-niana da epistemologia quântica é, no fundo, justamente essa confian-ça na totalidade do universo, um

para acelerar a dinamização da caixa-preta do cérebro aprender a vivenciar pela Metalinguagem condições melhores para propor a arquitetura do conhecimento. São palavras do autor: ”Normalmente, nos deparamos com o conceito de enciclopédia num campo fechado. Na Coleção Paulo Freire, não acon-teceu por acaso, a Ciência tomar a dimensão de uma obra aberta, contendo cada manual-piloto uma densidade interessante de con-centração na linguagem do conhe-cimento. Assim, deixa também a atmosfera de anti enciclopédia. Tornou-se uma hiper-obra, ainda sendo difícil reconhecer esta paisa-gem dentro desta coleção.”

Vê o pesquisador uma mazela profunda gerada pelo uso da Inter-rogação e do Questionário. Propõe o autor uma substituição da Peda-gogia da Pergunta para a Pedagogia do Problema.

Gustavo Henrique

Pereira ao lado de sua produção computadori-zada

Vejamos o depoimento do dia-gramador da obra: “Fui contratado, inicialmente em 2011, para compor

universo em que descontinuidade e indeterminação podem, em última análise, desconcertar-nos com sua imprevista aparição, mas que na realidade, para usarmos as palavras de Einstein, não pressupõem um Deus que joga dados, mas o Deus de Spinoza, que rege o mundo com leis perfeitas. Neste universo, a relatividade é constituída pela in-finita variabilidade da experiência, pela infinidade das mensurações e das perspectivas possíveis, mas a objetividade do todo reside na invariância das descrições simples formais (das equações diferenciais) que estabelecem exatamente a relatividade das observações em-píricas.

A Coleção Paulo Freire não tem porta de entrada ou saída fixada. Na Coleção o Conhecimento vive na magia do Labirinto, metáfora usada pelo pesquisador para avaliar o produto final de seu árduo trabalho.

Educação enquanto psicoterapia semiológica

Segundo Orlando Antunes há espaço para saída da crise na po-lítica de alfabetização no Brasil. Considera-se a necessidade de impor o pensamento politécnico

Coleção Paulo Freire disponibiliza material para acelerar a cognição

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um e-book. Um livro foi gerando outro e hoje, depois de três anos, tenho a meu lado uma singular experiência. Fui modificado sobre a visão do educar e do tipo de orientação capaz de tornar a mente ávida pelo aprender a compor o seu projeto de vida! Nunca imaginei que perdi tanto conhecimento durante minha permanência nas escolas! Em 2014 imagino a crise em que se encontra o alfabetizador para distribuir o conhecimento para mentes cada vez mais inquietas, pois a tecnologia evolui e a didática patina em suas ações! As trans-formações não seriam tão difíceis quanto julgam os educadores no atual mercado de trabalho!”

Sistema de alfabeti-zação Paulo Freire

Novo conceito teórico para um Projeto de formação de educado-res. Orlando confessa sua visão diante do caminho percorrido: “Senti no conjunto da obra, no volume 122, haver transformado o conceito de manual-piloto em obra de arte. A técnica exercitada pela literatura me levou para um romance da aprendizagem.”

A teoria com fantasia de obra de arte

Com o pensamento politécnico lentamente o primeiro manual foi sugerindo outro e se passou a criar uma atitude escorpiônica dentro da Coleção Paulo Freire. Depois do centésimo-vigésimo manual germinou uma teoria capaz de suportar a ação da teoria da Cos-mologia lingüística. Veio, então, à tona não uma obra e sim três. A ambição da Neurociência e da Neurolinguística estava lentamen-te sendo ultrapassada pelas obras Neuropsicoholongia, Inteligência Artificial e Neuropsicoholongia e, por fim, a epistemologia para o de-senvolvimento cognitivo se definia na obra Neuropsicofísicoholongia.

Cada manual possui uma bi-bliografia especializada. O mais interessante: uma capa se metafo-riza num “capítulo” da aventura do

Método Paulo Freire pelo interior do pensamento politécnico, a cor-roborar possibilidades didáticas para se descobrir uma mecânica capaz de implementar o desa-brochar da Inteligência Artificial, julgada de direito apenas para poucos, enquanto ambrosia do Conhecimento!

Gênese da Cosmologia Lingüística

“Um objetivo desmesurado, vindo por um mergulho num em-preendimento que ninguém pode-ria imaginar. Vi a literatura adqui-rindo outra função. Eu não cursei Pedagogia, mas aventurei-me nas ondas de energia perdidas dentro do humano espírito” assim relata o pesquisador sua impressão pelo todo da obra. Continua Orlando Antunes Batista: “Enfim, a poe-sia no aprender adquiria a forma

de Ficção. Imagino esta Coleção sendo uma máquina de multiplicar narrativas! Pode ser absurdo, mas a intra-história contada pelas ca-pas daria uma boa pista para uma reflexão sobre esta perspectiva.”

Dicionário ilustrado sistematiza didática para alfabetização

Associadas a educação formal e a educação continuada, visto o projeto didático vivenciar uma associação do princípio politécnico e o contemporâneo conceito de autopoiesis na dinâmica interior da Coleção Paulo Freire.

Diante do conceito de Jogo proposto pela Cosmologia lingüís-tica o computador volta a ser uma máquina para auxiliar a criação quando do elaborar do conheci-mento. A maior dignidade do ato

Através de síntese teórica, Orlando Antunes verticaliza a Intersemióse para didatizar o diá-

logo das inteligências multiplas no uso do pensa-mento politécnico. A práxis cognitiva tem novas

dimensões pela Neuropsicofisicoholongia.

Cosmologia linguística recebeu refinado tratamento técnico

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de aprender está na sapiência de se usar o princípio lúdico, salienta Orlando.

130 volumes compõem

a Coleção Paulo Freire pela Cosmologia Linguís-tica

Temos nesta imagem um novo enfoque da Coleção, mostrando um singular modo de se vivenciar a paixão cognitiva. Segundo Orlan-do, “fui andando igual aranha e não me dei conta de que no volume 122 estava despido, sem minha teia de relações arlequinais, esquecidas lá atrás, nos 120 volumes, fora des-tes dois volumes, o 121 e o 122.”

Crise do conceito de gênero de manual didáti-co para o educador

Inexiste roteiro e a cada manu-al o educador sistematiza seu ima-ginário e vai aprendendo a obser-var a inutilidade do questionário e quão sugestivo e fantasioso se torna o conhecimento quando pas-samos da Pedagogia da Pergunta para a Pedagogia do Problema. Há a aplicação de princípios técnicos inerentes à ficção e o manual com o decorrer da coleção passará a ambicionar a sua inserção dentro do princípio alfa-ômega, sistema-

tizado nas oito últimas obras da Coleção Paulo Freire.

Para orientar o alfabetizador rumo à Cosmologia lingüística viabilizou-se um volume destinado a demonstrar um caminho para a passagem da gramática à cosmo-logia lingüística. Com esta didática o autor parece-nos indicar ser fácil a adaptação do discurso interior à uma nova realidade quando ela vem alicerçada pelo pensamento politécnico:

“Na igual à ficção para destruir o tempo e o espaço e configurar nossa dimensão de homo viator, nascidos para viver num espaço estelar”, estas foram as palavras para traduzir a emoção de Orlando Antunes Batista diante do regis-tro dado pelo Premio Monteiro Lobato, outorgado pela Academia Brasileira de Letras pelo seu zelo com relação ao Imaginário das crianças.

Novos horizontes her-menêuticos na pedagogia para o pensamento inter-disciplinar

Empregou enorme esforço o pesquisador para atualizar e dina-mizar o pensamento epistemológi-co, inserindo a teoria do princípio

Cosmologia linguística originou nova área de trabalho: Neuropsicofisicoholongia

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politécnico na construção da teoria da Cosmologia lingüística, visando o aceleramento da apren-dizagem em todos os níveis de educação no sistema educacional.

Através das 130 obras, produto de manuais integrantes da Cole-ção Paulo Freire, Orlando se julga com energia para se conceber empreendedor no campo da revi-talização do pensamento pedagó-gico para a Idade Mídia. “Inúmeros pesquisadores consideram-se satisfeitos com uma coleção possuindo livros didáticos para um determinado nível de ensino, enfatiza o pesquisador. Depois

destes 130 livros aprendemos que o nada não existe e o êxtase só ocorreria quando o espetáculo do conhecimento fosse uma con-tínua aurora da energia palpitando na caixa-preta do cérebro!”, eis outra expressão curiosa do pes-quisador.

Autoavaliação per-manente no sistema de alfabetizar

Através de singulares experi-ências em Cursos de Graduação e Pós-Graduação, Orlando organiza uma linguagem didática para um alfabetizador aprender a gostar da docência e conquistar pelo

cotidiano na Ciência, a habilitação de Agente de subjetivação.

“Saímos da terra e aprende-mos a viver no mundo da lua”, ironiza o autor.

Orlando Antunes Ba-tista, autor de interes-sante didática para Ha-bilitação de educadores

Nesta imagem o autor regis-trou o momento em que a co-leção já parecia completa, com 55 volumes! O fato ocorreu em fevereiro de 2013. “A participação em Programas de Formação de Professores auxiliou a depuração de possíveis desacordos funcio-nais.”, registra o entrevistado.

Cosmologia linguística na internet

Acesse o blog proforlab.blogspot.com.br para conhecer mais detalhes sobre a Cosmologia Lingüística e o Método Paulo Freire rumo à Neurop-sicofisicoholongia!

O processo de habilitação de educadores requer uma di-dática interessada pelo diálogo com o pensamento interdis-ciplinar. A caixa-preta do cerébro possui energia suficiente para arcar com hierárquia das forças advindas do relacio-

namento entre as inteligências multiplas

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A Nova Alta Paulista tem clima quente, uma região tropical. Já no inverno, os poucos dias e as noites

com muito frio são a oportunidade esperada para caprichar no look.

Confira o que as lojas de Adamanti-na têm a oferecer.

innover

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Conjunto em couro – Styl’s – R$ 289,00Bolsa – Arrazzo – R$ 139,00Blusa regata – Arrazzo – R$ 89,00Ankle Boot – Arezzo – R$ 299,90

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Page 58: Revista vox 6

Jaqueta – Arrazzo – R$ 298,00Calça - Empório da Moda – R$ 129,90Camiseta – Arrazzo – R$ 89,00Sapatênis – Calce Bem – R$ 179,90Cinto – Betma’m Calçados – R$ 102,00

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Page 59: Revista vox 6

Colar – Arrazzo – R$ 69,00Calça – Styl’s – R$ 394,00

Colete – Empório da Moda – R$ 129,90Camisa – Styl’s – R$ 289,00

Botas – Betman Calçados – R$ 374,00Cinto – Betman Calçados – R$ 99,90

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Page 60: Revista vox 6

Cinto – Calce Bem – R$ 66,90Camiseta polo – For Men and Girl – R$ 139,90Calça jeans – Empório da Moda – R$ 159,00Óculos – Arrazzo – R$ 69,00Colete – For Men and Girl – R$ 195,00Botas – Calce Bem – R$ 239,90

Brincos – Arrazzo – R$ 39,00Blusa – Studio 54 – R$ 139,00Pulseira – Arrazzo – R$ 59,00

Bolsa – Betman Calçados – R$ 349,90Calça jeans – Arrazzo – R$ 289,00Sandália – Pé Direito – R$ 420,00

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Page 61: Revista vox 6

Blusa – Studio 54 – R$ 259,00Brincos – Arrazzo – R$ 59,90Sandália – Pé Direito – R$ 340,00Carteira – Empório da Moda – R$ 119,90Pulseira - Arrazzo - R$ 59,00

Boné – Empório da Moda – R$ 29,90Sapatênis – Francis Calçados – R$ 259,90Blusa – Empório da Moda – R$ 139,90Calça jeans – For Men and Girl – R$ 285,00

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Page 62: Revista vox 6

Tênis – Betman Calçados – R$ 149,90Camiseta polo M/L – For Men and Girl – R$ 220,00Calça jeans – Empório da Moda – R$ 159,00

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Page 63: Revista vox 6

Camiseta – For Men and Girl – R$ 85,00Casaco – Empório da Moda – R$ 189,90

Tênis - Betman Calçados – R$ 219,90Calça – Arrazzo – R$ 149,00

Vestido – Arrazzo – R$ 239,00Brincos – Arrazzo – R$ 39,00

Bolsa – Arrazzo – R$ 45,00Botas – Arezzo – R$ 399,00

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Blusa – Arrazzo – R$ 149,00Cinto – Styl’s – R$ 439,00Brincos – Empório da Moda – R$ 29,90Calça jeans – Studio 54 – R$ 239,00Bolsa – Betman Calçados – R$ 349,90Sandália – Pé Direito – R$ 349,90

Sapatênis – Calce Bem – R$ 194,90Jaqueta – Arrazzo – R$ 298,00

Cinto – Calce Bem – R$ 64,90Calça – Empório da Moda – R$ 145,90

Camiseta – Arrazzo – R$ 129,00

64 VOX

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Carteira Arrazzo – R$ 129,00Sandália – Betman Calçados – R$ 299,90Brincos – Arrazzo – R$ 79,00Calça – Arrazzo – R$ 149,00Casaco – Styl’s – R$ 560,00

VOX 65

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FICHA TÉCNICA

MODELOSRafaela Peloi

Gabriel Braghin

Modelo da Semana da Moda de Adamantina

Modelo da Agência AZ de Presidente Prudente, vencedor do concurso Faces 2013

FOTOSMaila Alves

ASSISTENTE DE FOTOGRAFIAGustavao Oliveira

PRODUÇÃO DE MODA E STYLINGRogério Grespi

PRODUÇÃO EXECUTIVASérgio Vanderlei

CENÁRIOFazenda Figueira de Lucélia (de José Fernando Mendonça)

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De 1977 a 1988, Adamantina registrou intenso desenvolvi-mento nas mãos de dois prefeitos que tinham a ética acima de

qualquer interesse

POR ARIZE JULIANI === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

Gildomar e Seixas,

i ldomar Pax P e d r o s o e Sérgio Gabriel Seixas. Duas personal ida-des adaman-tinenses que

contribuíram substancialmente para o desenvolvimento muni-cipal enquanto prefeitos. Cada um esteve à frente da prefeitura numa determinada época, po-rém, tiveram em comum o desa-fio de administrar Adamantina num período em que a história regional se construía baseada nos reflexos da agricultura e do êxodo rural.

O Brasil passava por um pro-cesso de transformação, tanto na economia quanto de infraes-trutura dos pequenos e grandes centros. Era preciso se adequar e priorizar o desenvolvimento de toda área urbana, bem como, modernizar a zona rural do mu-nicípio. A política também era destaque, afinal Gildomar e Sei-xas governaram num momento caracterizado pelo meio e fim de um regime ditatorial.

G

políticos apaixonados por Adamantina

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É com emoção que Gildomar Pax Pedroso recebeu a repor-tagem da VOX para relembrar momentos de sua carreira políti-ca. Começou como vereador por quatro mandatos consecutivos e depois como prefeito por seis anos. Durante sua trajetória con-quistou importantes monumen-tos que hoje permanecem ativos e beneficiam toda a população não só de Adamantina, mas da região, como é o caso do Hospital Psiquiátrico Espírita, conhecido como Clínica de Repouso Nosso Lar. Ele considera sua maior con-quista ainda como vereador, pois há mais de 20 anos a entidade presta serviço médico hospitalar psiquiátrico para 10 municípios da região. "Naquela época foi um grande desafio assumido pela As-sociação Filantrópica Espírita de Adamantina. Sinto-me honrado em ter participado e colabora-do com a aquisição do Hospital Espírita".

Gildomar enfatiza a importân-cia da aliança entre prefeitura e governo do Estado de São Paulo, que tinha à frente Paulo Maluf. Para Gildomar, grande parte dos recursos foi conquistada graças ao bom relacionamento com a administração estadual, através do Governo Itinerante. E foi assim que também nasceu o Centro Social Urbano (CSU). O espaço foi referência pelo convívio social de famílias carentes, que tinham acesso ao clube e utilizavam as piscinas e a área esportiva. Por muitos anos celebraram no CSU festas típicas para a comunidade, a exemplo do carnaval. Quem as-sinou este convênio foi o diretor de obras, o adamantinense Ercílio

01/02/1977 a14/05/1982

Gildomar era prestigiado por diversas autoridades

Inauguração da biblioteca - preocupação com a educação

Adamantina em festa com as várias inaugurações

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70 VOX

Saia. Gildomar faz questão de ressaltar o trabalho do diretor que com paixão pelo município executou sua função, sendo res-ponsável pela elaboração de im-portantes projetos implantados durante os seis anos de mandato, como a revitalização do antigo Buracão do Endo e a construção de pontes na área rural.

Outras grandes conquistas fo-ram apontadas pelo ex-prefeito: a terceirização dos serviços de água para a Sabesp, a recons-trução da Biblioteca Municipal, continuidade nas obras da Rodo-viária de Adamantina, construção do Matadouro Municipal, implan-tação de telefones na área rural e finalização da construção do Ginásio de Esportes.

O bordão da administração de Gildomar Pax Pedroso e Guizelini (vice) foi "com amor se cons-trói", pois segundo ele, todos os benefícios conquistados quando esteve à frente da prefeitura foi porque houve amor e grande paixão pelo município. E este sen-timento não mudou depois que deixou a vida política, porque foi nesta cidade que seus princípios foram fundados.

Gildomar tem 82 anos e nas-ceu em Duartina. É casado com Dauria Gabas Pedroso há 57 anos, tem quatro filhas, oito netos e quatro bisnetos.

Gildomar e sua esposa Dauria - comprometimento

O bordão da administração de Gildomar Pax Pedroso e Guizelini (vice) foi “com amor se

constrói”

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criou uma política de apoio ao desenvolvimento agropecuário, fundou a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento.

É importante mencionar o intenso trabalho desenvolvido durante este governo em rela-ção à educação, enfatizando a instalação da Faculdade de En-fermagem e Obstetrícia, revita-lização do Movimento Brasileiro de Alfabetização, construção da Escola Eurico Leite de Moraes no Jardim Adamantina, constru-ção e implantação dos CEMAS II e III. Ampliação e reforma do prédio da Merenda Escolar para instalação da Padaria Industrial e Vaca Mecânica com melhoria na qualidade da merenda oferecida aos alunos da rede pública muni-cipal, reforma e revitalização das escolas rurais, reestruturação do Magistério Municipal, entre outras ações marcantes que co-laboraram pela denominação de Adamantina como Polo Regional

érgio Gabriel Sei-xas esteve à frente da Prefeitura de Adamantina num importante perío-do, considerado de muitas realizações

que impulsionaram o desenvolvi-mento municipal. Foi eleito pelo PMDB e fundou o PSDB na cidade, em 1988. Líder político nato, Sér-gio Seixas é casado com Licemari Simão Seixas, pai de cinco filhos e avô de seis netos.

Enquanto prefeito de Ada-mantina apostou no crescimen-to da área urbana realizando diversas obras de saneamento e infraestrutura essenciais para a melhoria da qualidade de vida da população dos bairros mais afastados , bem como, cr iou uma política de promoção do comércio e indústr ias locais com a implantação da primeira área especificamente destinada para este fim. Já na zona rural

Sérgio Gabriel Seixas - líder nato

Enquanto prefeito de Adamantina apostou

no crescimento da área urbana realizan-

do diversas obras de saneamento e infra-estrutura essenciais para a melhoria da

qualidade de vida da população dos bairros

mais afastados

01/02/1983 a 31/12/1988

S

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“Criamos uma equipe plu-ripartidária de pessoas que

estavam realmente empenha-das em dar o melhor de si”,

Sérgio Gabriel Seixas

da Educação.E não foi só isso. Na área da

saúde, Seixas conquistou a verba para ampliação do prédio da San-ta Casa, momento que ocorreu a implantação do Sistema Único de Saúde e organização do Pronto Socorro.

Destaca-se ainda, a constru-ção do Recinto Poliesportivo, que na época contou com apoio do Clube de Rodeio. Hoje o recinto é utilizado para todos os grandes eventos do município.

Numa perspectiva atual, Sér-gio Seixas avalia a cidade ressal-tando o crescimento das Faculda-des Adamantinenses Integradas e a conquista da FATEC: "O cres-cimento e a variedade de cursos da FAI trouxeram grande fluxo de estudantes. A FATEC, quando finalmente instalada, propiciará desenvolvimento técnico-cien-tífico ao município, estimulando a implantação de novas indús-trias". E finaliza agradecendo a dedicação e o trabalho da equipe de governo durante o período em que foi prefeito: "Naquele momento criamos uma equipe pluripartidária de pessoas que estavam realmente empenhadas em dar o melhor de si em prol da comunidade adamantinense. E com isso foi possível que durante os seis anos de gestão muitas pol ít icas públ icas tenham se concretizado. Sou muito agrade-cido a todos aqueles que fizeram parte da equipe e que de alguma forma auxiliaram nos projetos propostos. A colaboração de todos servidores municipais foi essencial, com destaque para os funcionários do almoxarifado que trabalhavam incessantemente nas obras urbanas e estradas rurais".

Diversos momentos da gestão de Sérgio Seixas

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Que o período militar fez vítimas em todo território brasileiro todos sabem, mas o que muitos desconhecem é que temos um censurado para contar história bem próximo de nós. Ele é da cidade de Lucélia e cedeu entrevista especial à VOX contando seu envolvimento neste marco que

completou cinco décadas em 2014.

O relato de um censurado

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POR ARIZE JULIANI

FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYSHI

=== ===

Brasil é um país democrá-tico. O cidadão tem direito ao voto que elege seus líderes re-presentativos

em todas as esferas políticas: muni-cipal, estadual e federal. A liberdade de expressão existe sem alguma censura e vivemos numa nação livre. O capitalismo rege nossa economia e somos divididos por classes definidas por A, B, C ou D.

Há 50 anos a realidade era outra no país. Jânio Quadros assumiu a presidência em 1961, mas em virtude de uma crise que tomava este perío-do, renunciou e elegeu seu vice, João Goulart para assumir o governo por quatro anos.

Sindicatos, estudantes, traba-lhadores e organizações populares ganharam força naquele tempo, o que causou o desespero da sociedade conservadora, formada por empre-sários, banqueiros, igrejas católicas e militares. Eles temiam uma revolução para implantação de um sistema comunista.

Em março de 1964, João Goulart realizou um grande comício na Cen-tral do Brasil, Rio de Janeiro, onde anunciou e defendeu as Reformas de Base a serem implantadas no Brasil. Segundo ele, as mudanças seriam radicais nas áreas da estrutura agrá-ria, econômica e educacional do país. Entretanto, a classe conservadora não concordava com as medidas anunciadas pelo então presidente e saíram às ruas em prol da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em São Paulo.

As crises políticas e sociais con-tinuavam aumentando e, no dia 31 de março, saem às ruas as tropas de São Paulo e Minas Gerais. Evitando uma guerra civil, o presidente João Goulart deixa o Brasil e refugia-se para o Uruguai. Dessa maneira, os militares tomam o poder.

Uma junta de governo foi formada pelo tenente-brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo, o general Artur da Costa e Silva e almirante Augusto Rademaker, onde juntos em 9 de

Oabril de 1964, oficializaram a implan-tação do Ato Institucional n° 1 (AI-1). O documento continha 11 artigos e idealizava grande modificação no Poder Legislativo brasileiro, como a cassação de mandatos políticos dos opositores ao regime militar e a que-bra de estabilidade de funcionários públicos, desorganizando o cenário político nacional.

Altos e baixosOs fatos mais comentados sobre

a Ditadura Militar são aqueles que en-volvem o período de censura e tortura. Isso aconteceu depois de decretado o Ato Institucional n°5 (AI-5) em 1968. Na época, o governo do general Costa e Silva foi considerado o mais autoritário do regime. Os partidos foram extintos, sendo autorizados a permanecer na ativa o Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e a Aliança Renovadora Nacional (ARE-NA). Também foram implantadas votações indiretas para presidente.

A repressão fora tanta que atin-giu o meio artístico e midiático em 1969, quando a Junta Militar definiu o novo presidente: o general Emílio Garrastazu, dando início aos "anos de chumbo". O governo investigava minuciosamente letras de música, o conteúdo publicado em jornais e revistas, autores e outras formas de expressão artística. Caso identificas-sem algo que se opunha ao governo e a prática militar havia a censura, prisão ou até mesmo o exílio. Existem ainda os casos de tortura ocorridos naquele tempo, analisados hoje pela Comissão Nacional da Verdade (CNV).

A economia do Brasil que estava em crise passou a se recuperar re-pentinamente de 1969 a 1973. Foram realizados empréstimos do exterior e investimentos internos, onde houve crescimento da taxa do Produto Inter-no Bruto (PIB), estabilidade da inflação e formou uma base de infraestrutura. O Milagre Econômico, como ficou co-nhecido este momento de mudança, foi o responsável por construções grandiosas no país, a exemplo da Ponte Rio-Niteroi e a Rodovia Transamazô-nica. Com isso, milhares de empregos foram gerados no país.

O governo investi-gava minuciosamente

letras de música, o conteúdo publicado

em jornais e revis-tas, autores e outras formas de expressão artística. Caso iden-

tificassem algo que se opunha ao governo e a prática militar

havia a censura, pri-são ou até mesmo o

exílio. Existem ainda os casos de tortura ocorridos naquele

tempo

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Na regiãoO historiador e jornalista Marcos

Antonio Vazniac, da cidade de Lucé-lia, realizou em 2001 uma pesquisa no acervo do Estado para escrever a História de Lucélia. Encontrou no Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (DEOPS/SP) mais de 300 prontuários da cida-de para serem pesquisados. Segundo ele, existem caixas com documentos de Adamantina, Osvaldo Cruz, Flórida Paulista, Mariápolis e de todos os municípios do Estado de São Paulo.

A Revista VOX teve acesso a parte destes relatórios e constatou que a maioria dos prontuários foi enviada pela Delegacia de Polícia de Lucélia, com assinatura do delegado da época. Constatamos que foram investigados minuciosamente a vida e postura dos líderes religiosos através de questio-nários enviados pelo DEOPS, desde qualificação completa até circuns-tâncias a conduta moral, política e ligações com grupos financeiros. As religiões predominantes eram: Cató-lica Apostólica Romana; Congregação Cristã no Brasil e Presbiteriana.

Também os municípios eram questionados sobre a existência ou inexistência de campos de aviação em caso de pousos emergenciais para uma possível intervenção militar. Postura das escolas do município fo-ram avaliadas para verificar se havia propaganda subversiva ou manifesta-ção contrária às decisões do governo, assim como a de sindicatos industriá-rios, comerciários e patronais.

Matérias veiculadas em jornais da região que mencionavam algum ato político, como a formação da AMNAP (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista) ou visitas de deputa-dos por exemplo, eram grifadas em vermelho e encaminhadas para o Departamento.

No DEOPS, o arquivo com infor-mações era chamado de "Dossiê Lucélia". Lá continha nomes de todas as pessoas de destaque na política e na sociedade luceliense.

Já como historiador, questiona-mos Marcos Antonio sobre a pers-pectiva que analisa o período militar, confira: "Na verdade a ditadura acon-teceu num período histórico chamado Guerra Fria. O jogo de política inter-nacional estava indefinido. Existia uma bipolarização, pois o Brasil iria ou para o lado soviético ou para o lado americano. E nesse contexto da ditadura militar, toda a América Latina foi para o lado americano. Então todo o pensamento crítico que existia foi unitizado. Os militares não foram atrás de pessoas comuns, mas de Chico Buarque, do Plínio Marcos. Ou seja: dos intelectuais, artistas e dos universitários que eram pensadores. O grande legado negativo, segundo o

jornalista Mino Carta da revista Carta Capital, é a "unitização" da sociedade. Nós vamos demorar pelo menos 100 anos para nos recuperar do estágio que estávamos de desenvolvimento cultural, artístico e científico. Houve uma censura. O grande lado negativo é a censura, mas hoje falar só em Di-tadura Militar é um termo errado, pois o militar na verdade foi um punhal e existe um pulso que empurra esse punhal. A sociedade civil, igrejas, as marchas com Deus pela Família, fo-ram órgãos que apoiaram a ditadura. Os militares não agiram sozinhos. E existem também todo o contexto econômico internacional".

Jorge CavlakAteu e comunista. É assim que

definimos a personalidade de Jorge Cavlak, 74 anos. Natural da cidade de Lucélia, o entrevistado é celebridade conhecida na região pelo seu ponto de vista marcante e opiniões que, muitas vezes, vão contra a maioria.

Ele foi uma das poucas pessoas que sofreram represália no período militar. Começou a entrevista ques-tionando que "consta que a ditadura terminou, aonde foi que terminou? Não tenho estatística, mas acredito que o Brasil está pior em termos de violência do que esteve naquela época".

No DEOPS/SP havia mais de 300 prontuá-rios de Lucélia para serem pesquisados. Exis-tem caixas com documentos de Adamantina,

Osvaldo Cruz, Flórida Paulista, Mariápolis...

Jorge Cavlak - um impositor da Ditadura

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Amante dos livros e da escrita, possui em sua casa uma biblioteca particular com mais de mil livros adquiridos durante a vida, sendo que cerca de 300 destes, são cadernos personalizados contendo os textos de Cavlak.

Acredita que quem comandou a ditadura foram os Estados Unidos, São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Diz ainda que não foi nem uma revolução, mas um roubo do Poder do Estado motivado pela igreja, empresariado e a marcha que deflagrou todo o processo em frente a Praça da Sé.

Em relação ao fim da ditadura numa visão global, ele observa que "deixou o povo alienado porque acovardou a todos. Por exemplo, se tivesse sido preso não falaria segu-ramente sobre o assunto".

Não possui nenhuma convicção política partidária neste momento de sua vida. Revelou à reportagem que foi simpatizante do Partido dos Trabalhadores (PT) por muitos anos, mas a conjuntura depois da Era Lula não o agrada. "Mesmo sendo comu-nista, não me filiei ao Partido Comu-nista porque o intelectual não pode ficar preso a uma única premissa. Temos o direito de errar e acertar, mas precisamos de liberdade".

“Para os militares todo mundo era terro-rista, inclusive fui petrificado como o doutri-

nador de estudantes”,Jorge Cavlak

Cavlak e seu acervo com mais de mil livros

Num ponto de vista pessoal, Jor-ge contabiliza que levaremos mais de mil anos para termos condições de formar revolucionários, pois não é necessariamente um rebelde que põe fogo ali e quebra a vidraça. É preciso esculhambar qualquer valor que exista.

Já numa perspectiva municipal, Cavlak sentiu na pele o poder da cen-sura militar. Aos 24 anos orientava os estudantes que buscavam ajuda para os trabalhos escolares, pois na época a bibliografia era escassa. Como ti-nha muito conhecimento através dos livros que lia, colaborava com quem o procurava, mas sempre seguindo sua linha de raciocínio, diferente daquela aplicada nas escolas.

De acordo com ele, os profes-sores ficavam assustados quando algum aluno chegava falando mal dos Estados Unidos e logo pergun-tavam quem havia ensinado aquilo. Não demorou muito para que tivesse um mandato de prisão emitido pela circunscrição da polícia de Lins,

acusando-o pelo crime de pensamen-to. "Veio um mandato de prisão, mas meu pai era entusiasta da Maçonaria e haviam alguns militares maçons. Eles conseguiram anular para que não fosse preso. Generalizavam muito. Para os militares todo mundo era terrorista, inclusive fui petrificado como o doutrinador de estudantes".

Cavlak sempre escreveu e se diz um "observador da sociedade capitalista". Na época foi orientado por um conhecido a esconder seus manuscritos. Este homem, oficial de justiça naquele tempo, tinha sido preso por hastear a bandeira a meio palmo quando houve o golpe militar. Depois que saiu da prisão, falou para Jorge que se pegassem o que es-crevia, estaria ferrado e dificilmente sairia ileso. Desta maneira, parte de seu acervo foi encaminhado para a ci-dade de Pacaembu, e a outra metade, ocultada no assoalho de uma igreja.

Jorge relembra que outro cida-dão luceliense recebeu o mesmo mandato e foi preso, porém não existia tanta implicância sobre ele, pois não estava na mesma faixa intelectual. "Os militares pegavam qualquer cidadão e diziam que eram subversivos. Eles usavam a expres-são subversão que era se submeter ao que estava ali para trazer um valor novo. A guerrilha não existiu. Houve o Lamarca, o Marighella e fizeram errado.

Para finalizar, falamos sobre a Comissão Nacional da Verdade e perguntamos a opinião dele sobre o assunto: "A Comissão da Verdade vai fazer algumas restaurações par-ciais, mas não é necessariamente só os que morreram fisicamente. É um capítulo doloroso. Qual o crime em impedir um poema, o meio de boas ideias que possam servir de estru-tura para essa geração que está chegando? Nós vamos deixar uma herança mais que maldita porque estamos deixando um país acéfalo e desmoralizado".

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Família

CAMPOYo sucesso conquistado

por gerações

ual a receita do sucesso? Como transfe-rí-la por gera-ções? E como conquistar o reconhecimen-to não apenas em uma cida-

de, mas em uma região? Fácil, com certeza, não é, mas impossível também não. Existem empresários ousados que começaram com pou-cos recursos e, com o passar dos anos, alcançaram estabilidade e reconhecimento.

Exemplo de empresa familiar bem sucedida em Adamantina com mais de cinco décadas é a Irmãos Campoy Materiais para Construção. A ousadia, determinação e vontade de vencer são transferidos por ge-rações.

O nome da empresa se deve aos quatro irmãos Campoy - Álvaro, José, Alonso e Amado, que tiveram coragem para iniciar os negócios em 1961 com a fabricação de ladrilhos, na empresa denominada Ladrilhos

QPOR TAMYRIS ARAUJO

FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

=== ===

Os negócios administrados pela família Campoy tive-ram início em 1961 com a fabricação de ladrilhos. Hoje

são diversas empresas familiares, nas áreas de materiais para construção, pré-moldados e construtora.

O nome da empresa se deve aos quatro irmãos Campoy - Álvaro, José, Alon-

so e Amado, que tiveram coragem para iniciar os negócios em 1961.

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São José. O empreendimento deu muito certo e no mesmo ano surgia a Irmãos Campoy Ltda, comerciali-zando materiais para construção.

A fórmula de sucesso continuou dando certo e sendo incrementada pela família Campoy, que investiu também na área de pré-moldados, concreto e construtora. Em 1988 os irmãos se dividiram para que cada um desse sequência a um ramo.

Álvaro Campoy Turbiano ad-ministrou o varejo. Com amor e dedicação, o homem batalhador ensinou aos seus três filhos a im-portância do trabalho em família e de ter sabedoria para tocar os negócios. E os três irmãos, agora de uma nova geração, aprenderam a lição e dão continuidade ao patri-mônio Campoy.

Pedro André Campoy está à frente da loja de materiais para construção há 28 anos; Álvaro Campoy Filho cuida da empresa de pré-moldados, e Vânia Campoy Vendramin é sócia junto com os irmãos nas duas empresas.

“O jeito de administrar é um dos segredos da família. Meu pai ensinou desde cedo que devemos

gastar menos do que arrecadamos, planejar, amar os negócios e dar sequência no patrimônio. E apren-demos a lição”, ressalta Pedro.

E essa responsabilidade de cuidar dos negócios da família e se sustentar no mercado são con-siderados os maiores desafios de Pedro, que explica que na época de seu pai as empresas não eram tão competitivas como agora, e a cada dia é mais difícil manter uma empresa líder no mercado. “E o compromisso cresce quando sabemos que sou herdeiro de tal sucesso, conquistado por gerações e que hoje conta com uma tradição. Atualmente, apenas faço a minha parte e dou continuidade ao que meu pai iniciou há décadas”.

Ao todo, nas três empresas da família são gerados mais de 200

empregos. “É motivo de orgulho saber que graças a ousadia e força de vontade do meu pai e dos meus tios que começaram com uma pe-quena loja, hoje temos empresas da família Campoy, que geram empregos e renda”.

E o sucesso da empresa Ir-mãos Campoy não foi consolidado apenas em Adamantina. 70% do faturamento é conquistado graças às cidades vizinhas, confirmando que a fórmula do sucesso familiar deu certo.

“O segredo é colocar a empresa sempre em destaque. É apenas a minha obrigação dar sucessão a tudo. Por isso valorizamos a nossa empresa, nossa equipe de vendas, até porque a Campoy dura mais de 50 anos e com certeza vai durar muito mais”.

“Meu pai ensinou desde cedo que devemos gastar menos do que arrecadamos, planejar,

amar os negócios e dar sequência no patri-mônio. E aprendemos a lição”,

Pedro André Campoy

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ESPÍRITO DE LIDERANÇA

Há três anos em Adamantina, Leandro destaca o acolhimento que recebeu do povo adamantinense e revela o seu encanto pela cidade

spírito de lideran-ça nato. É assim que definimos o perfil do gerente operacional da Proeste Chevrolet de Adamantina.

Leandro Tadeu Alves da Silva tem 30 anos, casado e pai de dois filhos. Ele se declara um homem completamente apaixonado pela família.

Nasceu em Cuiabá (MT) e viveu par-te de sua infância em Boituva (SP). Foi lá onde começou sua vida profissional já aos nove anos de idade, quando saía pelas ruas vendendo salgados que sua mãe produzia. Isso fez com que desde pequeno tivesse contato com vendas

E

Leandro Tadeu da Proeste Chevrolet

e relacionamento com o público. Entre-tanto, foi em Avaré onde viveu grande parte de sua vida e ingressou na carreira automobilística. Em 2006 trabalhou como consultor de vendas do grupo Proeste, que na época liderava outra marca no mercado. Logo em seguida a Proeste adquiriu a revenda Chevrolet, e Leandro foi promovido para Piraju, ge-renciando o departamento dos veículos seminovos.

Entrou na faculdade e começou a cursar Direito, mas foi no mercado de automóveis que encontrou sua grande vocação, e em 2011, ingressou na Universidade Chevrolet traçando seu caminho no Programa de Desen-volvimento da Liderança. Durante a

Conheça a trajetória de

POR ARIZE JULIANI === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

“A participação de mercado em relação às outras marcas se

consolida e mostra o resultado de um bom

trabalho”,Leandro Tadeu

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graduação teve a ideia de escrever sua própria história profissional relatada no livro 'Liderança como Modo de Vida'. “Na metade do curso me deparei com duas possibilidades: ou produzia um material para ser arquivado e concluir o curso, ou então, escreveria algo para mim que se tornasse um legado para os meus filhos, e principalmente, para minha vida profissional”.

Ao todo são 93 páginas divididas por cinco módulos. “Decidi me esforçar para colocar todo conteúdo que aprendi no livro. Em cada módulo é possível conhecer o conteúdo teórico apresen-tado durante o curso, e ao fim de cada módulo como “De volta para casa”, apresento as experiências vividas na concessionária com base naquilo que aprendi na Universidade Chevrolet”.

Sua vida mudou radicalmente no dia 28 de janeiro de 2011, quando assumiu a Proeste em Adamantina. Naquela época havia 38 funcionários. O desempenho da concessionária estava insatisfatório e sofria influência de concessionárias de outras cidades dentro de sua área operacional.

É neste momento que Leandro passou a se destacar como líder. Quan-do cursou a Universidade Chevrolet aprendeu todos os perfis de líderes, e na prática, descobriu que se enquadra como o Líder do Futuro. Ele explica que este perfil não é aquele que sabe realizar todas as funções dentro de uma empresa, mas precisa dispor de muita atenção e saber observar o potencial

de sua equipe.Nos últimos dois anos têm come-

morado o resultado obtido em vendas e o destaque que a marca manteve neste período: “Uma coisa notória é o resultado das vendas, pois cresce e melhora a cada dia. A participação de mercado em relação às outras marcas se consolida e mostra o resultado de um bom trabalho”.

Leandro menciona que para posi-cionar a Proeste foi preciso melhorar a qualidade no atendimento, fortalecer as bases de relacionamento com o cliente oferecendo não só condições de melho-res preços e prazos, mas principalmente estar disponível. “Procuramos estar à disposição do cliente 24 horas por dia, pois estando satisfeito, acaba se fideli-zando com a marca. Nós não queremos só vender carros. Nós queremos colocar uma marca de prestação de serviços, solidariedade e respeito.

Classe A A General Motors premia anualmen-

te as concessionárias que se destacam ao longo do ano. A pontuação é definida por um relatório contendo toda ope-ração realizada dentro da Proeste. O objetivo é atingir a pontuação máxima e ser contemplada com o selo Classe A por dois anos consecutivos. “É muita satisfação receber um prêmio Classe A, pois apenas 30% das concessionárias de todo o país foram contempladas. Não é fácil atingir a pontuação exigida,

todos os premiados são por mérito e não por indicação. Passamos por um processo criterioso focado em nossos resultados”.

Adamantina Há três anos em Adamantina, Lean-

dro destaca o acolhimento que recebeu do povo adamantinense e revela o seu encanto pela cidade que, segundo ele, merece o título que ganha, o de Cidade Joia. “Se você anda pelas ruas vê ruas espaçosas, arborizadas, um clima agradável e pessoas boas. É comum encontrar pessoas que mesmo sem te conhecer, oferecem carinho e respeito. Encontrei aqui coisas importantes que desejo para a minha vida, inclusive para criar meus filhos. Teve um tempo na minha vida que falava que não tinha raiz, mas acho que elas começaram a nascer em Adamantina”.

Leandro enfatiza ainda que conhe-ceu grandes empresários na cidade e descobriu que o empreendedorismo e o espírito de liderança são marcantes entre os adamantinenses. Ele observa que as pessoas não são endividadas, são seguras e compram se podem. “Vemos pessoas sólidas aqui. Vejo isso como maturidade, diferente do que encontrava por outras cidades onde passei”, e completa: “Acho importante dizer que trabalho não mata, ele ocupa o tempo e evita o ócio que é a morada do demônio. Trabalho focado gera resultados”.

Leandro Tadeu e

sua família - adaman-tinenses de

coração

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Diegoe Tiago

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Gostos musicais diferentes não é barreira para Tiago Marcelo e Diego Kraemer. Os amigos re-

solveram se unir para compor e nunca imaginaram que a parce-

ria daria tão certo. Hoje reconhe-cidos nacionalmente, os sócios da empresa Top Music-BR se torna-ram referência em composições e sucessos gravados que não saem

da cabeça da galera.

ual o compo-sitor que não deseja ter uma música de sua autoria gravada e de sucesso na voz de grandes músicos? Ou ter sua composição

entre os hits das mais tocadas e pedi-das? Para quem compõe, acompanhar de perto a letra sair do papel e fazer sucesso é a sensação garantida do dever cumprido.

Ao contrário do que muitos pensam, a carreira de compositor não é simples-mente sentar e esperar a inspiração brotar. Tiago Marcelo e Diego Kraemer, proprietários da Sociedade Musical Top Music-BR, concederam entrevista espe-cial para a VOX e revelam momentos inéditos da carreira.

"Muitos imaginam que ficamos sentados no sofá buscando inspiração, mas a verdade é que ela surge espon-taneamente quando menos esperamos. Não existe momento específico, pode ser na rua ou jogando bola. Seguimos a linha da irreverência, nossa caracterís-tica marcante", enfatiza Tiago.

Q

=== ===

POR FERNANDA SILVA E ARIZE JULIANI

FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

Ele conta ainda que a música Halls Preto, sucesso gravado pela dupla Conrado e Aleksandro, foi a mais rápida que compuseram: "Tinha o compro-misso de tocar na missa às 19h, mas 20 minutos antes do horário o Diego me ligou pedindo que fosse até a casa dele para compormos uma música e fui correndo, pois não poderia atrasar. Cheguei lá e compomos a 'Halls Preto', com certeza, a música mais rápida que fizemos. Engavetamos e pensamos que não viraria nada. Mostramos para o Mu-nhoz da dupla Munhoz e Mariano e ele disse que a música era bacana, mas foi com o Conrado e Aleksandro que entrou de primeira no repertório da dupla. E a música foi sucesso no ritmo "axénejo"".

Diego Kraemer é natural de Ponta Porã, cidade que viveu e trabalhou parte de sua vida administrando as proprieda-des rurais da família. Hoje tem 26 anos, casado e pai de duas filhas. É formado em Zootecnia e veio para Adamantina para estudar, acabou se apaixonando pela cidade e concentrou sua vida na Cidade Joia.

"Em 2011 já não morava mais aqui, apenas vinha para compor para alguns amigos cantores. E através de amigos

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em comum, durante um encontro, conheci o Tiago. Ele me convidou para terminar de compor uma música que já tinha iniciado. Nunca pensei que daría-mos certo, pois ele é 100% pagodeiro e eu 100% sertanejo, mas aceitei o desafio. Ele mandou a ideia e a música concluída com excelência. Fiquei sur-preso e desde então nunca mais nos separamos".

Já Tiago Marcelo é natural de Ada-mantina, formado em Engenharia Am-biental e Engenharia de Segurança do Trabalho. Também é fundador e cantor do grupo adamantinense de pagode Estilo Atrevido. "Sempre fui apaixonado por música. Quando mais novo conci-liava o trabalho com a carreira musical. Meus pais falavam sempre para tomar cuidado. Lembro que estava fixo num emprego e comecei a me destacar. Jurei para mim mesmo que não largaria nenhum trabalho por conta da música, mas as coisas nem sempre saem como planejado. Hoje vivo da música e juntei o útil ao agradável".

Depois de firmada a parceria, come-çaram a compor para variados estilos, a exemplo de 'Humilde Residência', gravada por Michel Teló em 2012 e trilha sonora da novela Avenida Brasil, da Rede Globo. Este foi o abrir de portas para Tiago e Diego. "Todos falavam que essa música seria um hit de sucesso. Quando o Michel Teló lançou em seu DVD, a música estourou e levou nosso nome para o mundo inteiro".

Os dois realizam ainda consultoria musical acompanhando o artista e a formação de seu repertório, compondo músicas exclusivas e cuidando de toda a produção. Há cerca de cinco meses estão trabalhando com uma dupla de Rio Preto chamada Fiduma e Jeca. Os sócios foram os responsáveis pela elaboração do repertório, inclusive a música de trabalho 'Anjo Chapadex', já teve grande repercussão no Paraná, Mato Grosso do Sul e interior de São Paulo. Eles consideram como satisfató-ria essa consultoria, pois alavancaram a agenda de shows da referida dupla de quatro para vinte ao mês. "A música tem um poder de transformação incrível na carreira de um artista. Uma dupla que não tinha expressão fora de Rio Preto, já ganha parte do Brasil hoje", menciona Diego.

As andanças pelo país renderam

parcerias com artistas de destaque no cenário nacional. E aqueles que pensam que Diego e Tiago só compõem mú-sicas sertanejas, estão enganados. A música 'Tá Soltinha para Tocar', lançada em 2013, conta com a participação do funkeiro Mr. Catra. Inclusive, foi relan-çada pela produtora Som Livre como um dos hits da Copa do Mundo 2014. Outros nomes gravaram as músicas da Top Music, como o grupo de pagode Inimigos da HP, Thiago Brava, Munhoz e Mariano, João Neto e Frederico, Hen-rique e Juliano e Cristiano Araujo.

A dupla de sócios contam à VOX um momento inesquecível ocorrido no ano passado: uma viagem ao Rio de Janeiro para a gravação do DVD do grupo Oba Oba Samba House, no Clube Costa Bra-va. O show produzido pela Sony Music teria cinco composições de Diego e Tiago. Entretanto, para a surpresa dos meninos, seis músicas de autoria deles

foram tocadas. "Já estávamos felizes da vida com cinco músicas, mas quando chegou a sexta no decorrer do show ficamos emocionados, não esperáva-mos", relembra Kraemer.

Em relação as dificuldades enfrenta-das durante a jornada, eles afirmam que acreditam no potencial da Top Music: "Batalhamos muito para conseguir o que conseguimos. A cada dia é uma satisfação diferente e um passo impor-tante que damos em nossa carreira. As metas que determinamos lá atrás concretizamos, e hoje, existem novos objetivos que estamos próximos de alcançar. É um momento importante da nossa vida. No início encaminhávamos e-mails para cantores famosos e passá-vamos desapercebidos. Agora a situa-ção é diferente, pois quando enviamos já recebemos a resposta. Por isso afirmo que santo de casa faz milagre sim, e somos prova disso", finaliza Tiago.

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odontologista adaman-tinense Gustavo Quinto (33 anos) recebeu a VOX numa noite especial para apresen-tar uma receita elaborada especialmente para a revista. Ele fez um maravilhoso carré

de cordeiro servido com mostarda e geleia de hortelã. Como acompanhamento, as opções pode ser variadas, como batata recheada e arroz branco. Gustavo contou que quem despertou o gosto pela culinária foi sua avó, mas aprendeu na prática quando morou sozinho nos tempos de faculdade. Para ele, cozinhar é uma terapia e costuma receber os amigos frequentemente para provar seus pratos, sempre com um bom vinho. Ele revelou todos os truques para deixar a carne suculenta, confira a receita na íntegra:

O

CARRÉ DE CORDEIRO com Mostarda e Geleia de Hortelã

O odon-tologista Gustavo

Quinto tem na culiná-

ria uma terapia

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Ingredientes

Para marinar

Modo de preparo

2 peças de carré (700 gramas aproximada-mente cada)

200 ml de vinho bran-co seco100 ml de azeite extra virgem1 ramo de alecrim1 ramo de hortelã1 cebola média picada 4 dentes de alho20 gr de sal fino

Junte todos os ingredientes com a carne e deixe marinando por seis horas. Antes de levar o carré ao forno, regue uma frigideira com azeite e grelhe rapidamente para "selar" a carne. Assim, não existe chances de deixá-la desidratada durante o próximo processo.Leve os carrés num refratário ao forno e asse por aproximadamente 30 minutos, sendo 15 de cada lado. Recomenda-se que a temperatura do forno esteja em 250 graus.

Rendimento

12 pessoas

Tempo de preparo

30 min.

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Saiba o que combina com sua

PERSONALIDADE Cris Barrem, do Salão Glamour, fala das tendências dos cabelos para o verão

2015 e tipos de cortes que farão sucesso na estação

novar. Mudar o visual. Ficar ainda mais linda. Que mulher não gos-ta? E nada melhor do que apostar em um novo corte de cabelo nesta próxima esta-

ção, pois as novidades para o verão prometem conquistar mulheres de todos os estilos e idades.

Na hora de inovar, fica a dúvida: curto, longo, repicado ou o que está na moda e combina com a personalidade de cada pessoa? Para não correr o risco de errar, é importante escolher o corte que mais combina com o forma-to do rosto, tipo de cabelo e também com a personalidade. Por isso, antes de mudar o corte seguindo tendências do momento, é importante a opinião de um profissional de confiança.

Com 25 anos na área em Adaman-tina, a Cris Barrem, do Salão Glamour, fala das principais tendências para o verão 2014/2015. E como o tempo é mais quente, os cortes que predomi-nam são os mais medianos a curtos, os longos, como fazem muito calor nessa época, acabam sendo deixados um pouco de lado. “Temos opções para todos os gostos, idades e cores de cabelo. As pessoas não precisam ter medo de inovar, afinal, um novo mode-lo melhora a autoestima e traz outros benefícios”, destaca a profissional.

Cris ressalta que os repicados e desfiados estão com tudo, pois dão uma leveza a mais aos cabelos. As franjas também são ótimas opções para deixar o visual mais moderno, e possuem vários tipos de modelos para

I

combinar com o formato do seu rosto.Já os cortes mais tradicionais,

como os retos, são indicados para quem tem rosto fino, pois destacam mais o formato.

Outra tendência apresentada para o verão 2015 é deixar os cabelos com aspecto mais natural. Cris explica que natural não significa não cortar,

pintar, hidratar ou cuidar dos fios, e sim deixá-los mais soltos, com on-dulações, sem aquela preocupação constante de usar secador e chapi-nha diariamente. “Nem todas vão se adaptar a essa nova tendência, pois gostam dos cabelos sempre escova-dos, mas é uma oportunidade para mudar também o visual”.

“As pessoas não precisam ter medo de ino-var, afinal, um novo modelo melhora a auto-

estima e traz outros benefícios”,Cris Barrem

POR REDAÇÃO === === FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

Cris Barrem - profissionalismo

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CORREDORDA FOME?

A Alta Paulista

ainda é o

POR ARIZE JULIANI, JOÃO VINÍCIUS E SÉRGIO VANDERLEI

FOTOGRAFIA ARQUIVO PESSOAL, ARQUIVO HISTÓRICO E SANDRA KOBAYASHI

=== ===

região da Alta Paulista ficou conhecida nacio-nalmente, no iní-cio dos anos 80, como o Corredor da Fome. O bordão

mencionado pelo ex-correspondente regional do jornal O Estado de São Paulo, José da Costa, trouxe à tona a realidade vivia pela sociedade em pleno abandono e declínio econômico. A Alta Paulista atingiu, inclusive, a penúltima posição como a mais pobre nos Índices de Desenvolvimento Humano do Esta-do, acima apenas do Vale do Ribeira.

José da Costa realizou pesquisas em órgãos públicos da região para concluir a matéria publicada no jornal. Na época, pouco se falava no déficit econômico e social sobre os diversos setores da re-gião, a exemplo da agricultura, conside-rada ponto forte na economia regional.

Na década de 30, a ocupação inicial das áreas foi com as culturas de algodão e amendoim. Posteriormente o café

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ganhou espaço e sua cultura valorizada até o final da década de 70. A geada de 1975 e doenças como o nematóide ar-rasaram todas as plantações cafeeiras, provocando o êxodo rural de milhares de pessoas que migravam para outras cidades em busca de qualificação e trabalho. Depois do declínio, as áreas foram sendo substituídas por culturas de subsistência e culturas permanentes.

Desta forma, a região passou a produzir uma grande variedade de culturas com destaque para os plantios de maracujá de mesa em Adamantina, a piscicultura em Panorama, o Urucum em Monte Castelo destinado a linha de corantes alimentícios, a uva de mesa em Tupi Paulista, a produção de batata doce em Dracena, acerola em Junquei-rópolis, Osvaldo Cruz com frutas em geral, Bastos conhecida nacionalmente como a Capital do Ovo e o amendoim em Tupã.

Essas culturas apresentaram uma alternativa viável ao desenvolvimento regional pelas suas características fun-cionais e pela adaptabilidade ao clima da região. A agricultura gerou empregos e embalou modestamente a economia.

Atualmente destaca-se a cana-de--açúcar que se tornou uma alternativa viável para as propriedades. Com isso, diversas usinas processadoras de cana--de-açúcar escolheram a região para apostar na produção e expansão do mercado sucroalcooleiro. Esta realidade mudou o perfil agropecuário regional, pois valorizou a monocultura gerando emprego, renda, movimentando o comércio, combatendo o êxodo rural, e aumentou a população de algumas cidades, a exemplo de Flórida Paulista.

As hortaliças também são desta-ques como fonte de sobrevivência de pequenas propriedades. Em Adaman-tina foram fundadas associações com o intuito de valorizar o produtor rural, a exemplo da Associação Passiflora dos Produtores Rurais de Adamantina, a APPRAR. Há pouco mais de um ano instalaram uma indústria de processa-mento de frutas para a produção de polpa. Outro exemplo são os produtores que contribuem com importantes pro-gramas como o da Agricultura Familiar através do Programa de Aquisição de Alimentos.

A Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista, a AMNAP, com a

união de 30 cidades da Alta Paulista que formaram uma nova região admi-nistrativa, mesmo que não oficialmente, foi importante por resgatar o Programa de Desenvolvimento Regional, voltado para ações que valorizam os empre-endimentos e produtos de pequenas e médias propriedades. Os prefeitos se tornaram agentes políticos desse desenvolvimento há 37 anos.

Neste contexto, entrevistamos a professora Izabel Castanha Gil. Ela estuda a região desde 1989 e falou à VOX sobre a realidade enfrentada pelos municípios integrantes da Alta Paulista em relação ao desenvolvimento regio-nal. Confira:

Qual o modelo de gestão implantado no início dos municípios?

No início do desenvolvimento dos municípios, o que se buscava era uma especulação de terra. Existia uma con-corrência grande por parte de quem comprava as glebas para montar as vilas, que possivelmente se transforma-riam em cidades, a vila ganharia um re-

Obras por parte dos Governos dão nova cara à Nova Alta Paulista

...o êxodo rural de milhares de pessoas que migravam para

outras cidades em busca de qualificação

e trabalho.

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conhecimento político-administrativo. Era uma disputa para ver qual seria a vila que se daria melhor, teria a maior expansão econômica, já que repercuti-ria em valorização das terras. Por outro lado, uma cidade muito próxima da outra, com características geográficas semelhantes. Assim, o modelo implan-tado foi o individualista, extremamente individualista, não existia a cultura da cooperação. As pessoas trabalhavam muito, podendo ser considerados ver-dadeiros heróis, mas trabalhavam de maneira isolada. A medida que os mu-nicípios foram ganhando a sua eman-cipação, começa uma política local centrada em si, não havendo por parte dos gestores municipais um trabalho de articulação regional. Isso acontece dos anos de 1930 até 1970, quando em 1977 existe a primeira mobilização que resulta na Amnap.

Esta cultura individualista conti-nua até os dias atuais?

Continua por não haver um projeto regional. Olhamos para nosso próprio umbigo, quando na verdade o nosso concorrente não está aqui, está fora. Se os municípios possuem características semelhantes, ao invés de se pautar na competição, poderíamos nos pautar na cooperação. Onde está o nosso concorrente? Está em outras áreas, na regional de Araçatuba, Presidente Pru-dente, Marília, entre outras. Quando um município tem determinada iniciativa, o outro não apóia. Nós nem conseguimos fortalecer a candidatura e a gestão de alguns deputados, talvez o voto distrital ajude, por dividir as forças. Por outro

lado, também é um modelo de gestão personalistico e amador. Todos são bem intencionados, mas não vemos nenhum braço técnico, nenhuma es-trutura universitária apoiando o projeto regional, ao contrário de outras regiões que têm uma estrutura científica por trás, pensada e sistematizada, em que se trabalha somente em uma direção. Tem determinadas conquistas que são lentas, principalmente por não termos nada que nos destaque. Se formos comparar a nossa região com outras áreas do próprio Estado, estamos longe dos principais centros consumidores, a população regional, que não chega a 380 mil habitantes, não é mercado consumidor regional forte, não temos matéria-prima que chame a atenção, belezas cênicas de destaque, as terras

são de fertilidade média. Geografica-mente perdemos em vantagem com-parativa com outras regiões. Se faltam esses quesitos, temos que buscar em vantagem competitiva – o que pode-ríamos ter para poder dizer: - “Made in Nova Alta Paulista”?

O que poderia impulsionar o desen-volvimento regional?

É uma característica nossa sim-plesmente não ter. Já fomos mar-cados pelo café, não somos mais. A cana-de-açúcar não é um motor de desenvolvimento regional. Então, que característica ganhamos nos últimos anos? Temos a maior concentração de presídios do mundo. Se pegarmos, por exemplo, entre Osvaldo Cruz e Tupi Paulista, temos uma média de distância entre as unidades de 8 km.

Essa não é uma visão muito pes-simista? Acredita que não temos algo para mostrar, mudar essa realidade?

O polo ceramista de Panorama, ain-da não aconteceu, onde o IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) detectou uma jazida para grande exploração. Polo frutífero em Junqueirópolis, também não se desenvolveu como se esperava. Assim, o projeto regional viria no sentido de oferecer políticas afirmativas. O que existe hoje são políticas compensa-tórias. Por exemplo, temos presídios, então vamos cobrar algo no sentido de melhorar as rodovias, as Santas Casas. Só que isso não alavanca desenvolvi-mento, mas as políticas afirmativas sim, e isso têm que partir da região. Já que Adamantina se destaca na educação

Professora e historiadora Izabel Castanha Gil

Primeira safra de algodão de Adamantina, setembro de 1949

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tem que se tornar referência nesse setor. Dracena, na saúde, e assim com todos os municípios. E isso depende das ações locais, dos gestores, empresários e sociedade, mas também de um pro-jeto regional.

Faltou liderança para desenvol-ver esse projeto regional?

Sim, falta liderança regional, mas houve tentativas que esbarraram na cultura. O Doi [Salvador Mustafa Cam-pos, ex-prefeito de Pacaembu] fez uma articulação de destaque com o Sebrae (Serviço de Apoio as Micros e Pequenas Empresas), que abrangeu mais de uma cidade. O Haddad [José Maria Haddad, empresário adamantinense] é outro caso. Por que não se transformou em Região Administrativa? Porque os municípios ficaram disputando para quem seria a sede. São dois casos emblemáticos.

O que precisamos para alavancar este crescimento?

Algo que é muito novo e não temos a verdadeira dimensão pela falta de clareza – a questão da exploração do gás natural. O impacto ninguém sabe. Então, porque não pedir ao governo, a Amnap fazer essa intermediação, que a própria Petrobrás faça um estudo de impacto, como aconteceu recentemen-te em Ribas do Rio Pardo (MS). Será lançada este mês, a pedra fundamental de mais uma indústria de papel naquele município, parecido com que aconteceu em Três Lagoas. Assim, foi solicitado esse estudo e o Governo do Estado do Mato Grosso já bancou, ficando em R$ 600 mil. Esse estudo é o primeiro passo

Indústria de processamento de frutas da APPRAR

O correspondente de O Estado de São Paulo, José da Costa - "Corredor da Fome"

para termos a noção de como trabalhar essa potencialidade, que poderá alavan-car a Alta Paulista.

Como desenvolver esse estudo/projeto regional?

O que falta realmente é a ativação desta energia regional. Se existe um braço técnico contribuiria, e muito, para este fortalecimento. Dracena tem uma autarquia municipal. Adamantina, também na área de educação. São públicas, mas não foram aparelhadas para atuar no desenvolvimento regio-nal. São instituições de ensino superior com a maior parte do corpo docente da região. Para que possam contribuir mais é necessário se aparelhar. No atual estatuto, não tem como atuar.

Mas a estrutura destas autarquias pode ser alterada?

Sim, mas mudar os estatutos tam-bém depende de demanda. Elas estão organizadas como institutos isolados de ensino superior, assim, a finalidade é promover o ensino. Estão fazendo o seu papel. Se formos analisar, quantos pro-fissionais que atuam na área de saúde são formados pela FAI? A maior parte. Isso acontece no magistério, em todas as áreas. Essas instituições estão pre-sentes, mas poderiam contribuir mais.

Para algo acontecer é necessário

“As instituições de ensino superior

poderiam contribuir e muito para o de-

senvolvimento regio-nal”,

Izabel Castanha Gil

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passar pela política. A Amnap é o caminho? Acredita nesta organização?

Quando estudamos a Amnap perce-bemos que, quando os presidentes são de cidades pequenas, a Associação pen-sa mais regionalmente. Exemplo disso foram as gestões do Toninho [Antônio Alves, ex-prefeito de Parapuã] e Furini [Hélio Furini, prefeito de Junqueirópo-lis]. Então, quando a cidade é pequena há uma preocupação regional maior. Quando os presidentes são de cidades maiores, até tentam, mas o rivalismo é mais evidente.

O perfil do Ivo [Francisco dos Santos Júnior, atual presidente da Amnap e prefeito de Adamantina] é interessante, pois pensa o coletivo. Tenta mudar essa realidade, mas existem dois poréns. Pri-meiro, a gestão é somente de dois anos. E outro, só pode ser eleito por mais uma vez, se tornando um período curto para colocar em prática as ideias.

Como não há estudo regional, não dá tempo para desenvolver projetos isolados.

Um exemplo sobre a importância da Amnap é a ponte de Paulicéia. Quando buscamos os registros mais antigos, em 1954, há registro de que se cobra a ponte. Ela foi acontecer em 2007. Determinadas ações de maior montan-te passam pela chamada “corrida do bastão”. Um leva um pouco e entrega para outro, que segue mais um pouco e entrega para o outro, e segue. O bastão continua até o seu objetivo, mas as pessoas vão ficando pelo caminho. E sistemas regionais trabalham dessa forma.

Consórcio é uma forma de aproxi-mar mais os municípios?

Tupã possui consórcio há muito tempo. Dracena e Osvaldo Cruz tam-bém possuem alguma estrutura do tipo com municípios vizinhos. Já Adamanti-na não consegue essa cultura com as outras cidades. O consórcio é o cami-nho, principalmente para infraestru-tura, contribuindo principalmente aos municípios menores que não possuem demanda, por exemplo, para adquirir uma máquina grande e ficar boa parte do ano ociosa.

Outra questão para pensar é que dinheiro tem, seja estadual ou federal. Cobramos educação, saúde e tudo mais. A partir da Constituição de 1988, artigo 23, reconhece os municípios

como entes federados. Assim, tam-bém foi repassado responsabilidades, a questão da municipalização. Então, hoje, educação, saúde, agricultura, são municipalizados. Essas questões que tanto cobramos são de competência das cidades. O município sozinho não dá conta, claro que precisa da reta-guarda do Estado e da União, é quando acontece o equívoco. Esperamos que as políticas venham de cima para baixo, mas é ao contrário. O município tem que ter um projeto para pedir. Como o Governo do Estado conseguirá desen-volver projetos para 645 municípios, cada um com uma demanda própria? Tem que partir das cidades e, quando isso acontece, esbarra na falta de corpo técnico para desenvolver os projetos. E esse braço técnico tem que estar vinculado à universidade. Se a região consegue definir prioridades, ela conse-gue também definir aonde quer chegar.

A eleição de deputado federal pode contribuir para este crescimento?

Na verdade, somos área de pesca de votos. Um leva 300 votos, outros 500, e assim segue ano após ano. Tem deputado que nunca vimos na vida, mas teve 50 ou mais votos. É uma área de pesca de votos, quando deveria ser ao contrário. Se existe o projeto, aquele deputado que trabalha com essa deter-minada área, é que procurará a região. Se não, vem com o discurso dele, vem na época de eleição com aquele vergo-nhoso folheto, R$ 5 mil para Santa Casa, R$ 30 mil para outra instituição, tudo isso é questão orçamentária já definida. Mas, algo que dará continuidade, uma política afirmativa, falta. Na questão dos presídios, quem está preocupado com a descarga dos banheiros dos presídios? Algo que ninguém está preocupado. Quantos têm tuberculose, Aids, Hepatite, quem fiscaliza isso? Muitos descartam o esgoto in natura em córregos e mananciais. No mínimo, o saneamento deveria ser referência. Trabalhar em questões regionais é ne-cessário representantes que participam do contexto da Alta Paulista.

O que esperar?A região tem jeito apostando na

nova geração, que é pragmática. Já mudou a cara da Alta Paulista, mas falta articulação e chegar mais próximo de quem está tentando fazer alguma coisa e, Adamantina está tentando. São

iniciativas pequenas, mas que podem acontecer. Adamantina deve retomar esse papel regional, se aproximar para tentar fortalecer a Alta Paulista.

Trabalhadores iniciam construção da ferro-via na década de 40. Acima, a chegada do trem na Alta Paulista

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rês acidentes aé-reos ocorreram em Adamantina. Todos com víti-mas fatais. Os acontecimentos estão registrados

no livro Jubileu de Ouro, publicado em 2001 por Cândido Jorge de Lima.

O primeiro acidente foi em 25 de julho de 1957, às 17h35. O motivo: uma pane. O relato encontrado no livro reproduz que uma aeronave, modelo H.L.6, estava sobrevoando os céus da cidade fazendo exibições acrobáticas de resistência. Entretan-to, ao realizar manobras estilo "meia lua", o motor enguiçou e deixou a aeronave sem velocidade, perdendo a sustentação e caindo em parafuso ao solo.

O incidente aconteceu em plena via pública, no atual centro da cidade e em frente ao prédio 571 da avenida Capitão José Antônio de Oliveira. A aeronave tinha como dono Humberto Ambrósio, proprietário da Táxi Aéreo de Adamantina.

Os tripulantes morreram no local. A aeronave era conduzida por Humberto Ambrósio, 41 anos, piloto renomado em todo o interior do Estado de São Paulo e Antônio Chavarelli, mais co-nhecido como Dunga. Ele era piloto, instrutor de aviação e ator de cinema. Os pilotos realizavam testes no mo-mento da tragédia. Na época foi aberto o inquérito nº 80/57 e arquivado.

Onze anos depois outro acidente vitimou o piloto e cartorário do 1º Car-tório de Ofício de Notas da Comarca de Adamantina, Everaldo de Morais Barreto, único ocupante da aeronave. Consta que no dia 23 de março de 1969, às 18h, ela caiu em um cafezal próximo ao aeroporto recém inaugu-rado. O modelo da aeronave era uma

T

Paulistinha, CAP-4, PP.RQB. Foi aberto o inquérito nº 23/69 e arquivado.

Já o último registro aconteceu em 30 de maio de 1977. O avião decolou para Presidente Epitácio, mas caiu num terreno que integrava o Sítio Santa Helena, localizado próximo a estrada municipal Adamantina/Mariápolis.

O prefixo da aeronave era DCJ, nº

Desastres aéreos marcam a história de Adamantina

POR ARIZE JULIANI === === FOTOGRAFIA ARQUIVO HISTÓRICO

VOX Memória

Vítimas fatais atraem atenção de curiosos

Aeronave cai no centro de Adamantina

17256498, propriedade de José Rufi-no Pereira. No momento do acidente era conduzida por Bruno Francisco Zanandréa, 31 anos. E os tripulantes Lício Guimarães Leite, 31 anos e Kle-ber de Campos Palone, 36 anos. Dois ocupantes faleceram no local e outro a caminho da Santa Casa. Foi aberto inquérito nº 85/77 e arquivado.

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“Somos todos visitantes deste tempo, deste lugar. Estamos só de passagem. O nosso objetivo é observar, crescer, amar.... depois vamos para casa”.

(Provérbio Aborígene)

A jornalista Márcia Molina em Chapada dos Guimarães

Por SÉRGIO VANDERLEI

Os amigos Manoel Alzidio Pinto e Terezinha Degrande na Câmara de Lucélia

Laerte Pocibom, Viviane, Coca e Keyla em evento da Carmen Steffens

O oftalmologista Francisco Carlos Lopes e esposa a dentista Cristina

Fabrício Lopes e a jornalista Roberta Marchioti com a filha Bárbara

MB Foto Lider

Milton Ishiy, Márcio e Oclésio Cavalaro em evento da Cocipa

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Page 107: Revista vox 6

Éder Ruete ensina o filhão Henrique a fazer

um bom churrasco

As amigas Débora Duarte, Danielly Capello, Lívia Okiishi e Érica Erller em Avaré

Dani e Glauco na espera de João Henrique

Beto Gregolin e seu filho João Paulo – paixão por motos

O em-presário Lucas Juday e namorada Letícia

O casal Brunoe Flávia Tebaldi

Tropical Imagens

Luciana, Eriston, Fernando, Talita, Jaqueline e Adolfo

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Page 108: Revista vox 6

Thamires, Giovana, Camila, Rafaela, Isadora e Amanda em festa junina

Binho Matsuka e Claudia Elias com as filhas Clara Mei e Lorena Kei

Beth Bonilha, Laís Tiveron e Júlio César Espírito Santo

André Blini, esposa Alessandra e os filhos Isabela e DavidAniversário de Beatriz com os pais Ariane e Beto

Diego e Jaqueline

Mauro Foto

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Page 109: Revista vox 6

Os pais Luiz Carlos Stéchi e Rosi no aniversário do filho Arthur

O adamantinense Caio Costa com o técnico da Seleção Alemã campeã

do mundo, Joachim Low

Ricardo Barbosa, Karina Fukuya-ma e Gustavo no frio de Gramado

Luiz Henrique e Andressa

Mauro Foto

Aniversário de Bernardo com os pais Weslei e Franciele

Silvio Macagnani e esposa Silvia

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Page 110: Revista vox 6

O empresário Beto e esposa Suheila em passeio por Bariloche

Pedro Campoy e Magali

Aniversário Agatha e Gabriela

Os dentistas Carolina e Fabiano Bortolo em viagem por Paris

Aniversário de Raíssa e seus 15 Anos

Casamento deGlaucia e Lucas

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Page 111: Revista vox 6

José Rivarolli e Mariângela em viagem pela África do Sul

Mayra Cruvinel Azevedo e o marido Carlos Vergílio com os filhos José Paulo e Heloísa

Roberto Benedito dos Santos e Cristina Lázaro na Noruega

Jamile Rigato e Gustavo Martinelli no aniversário de 3 anos dos gêmeos Pedro e Helena

Thiago e Jaqueline

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Page 112: Revista vox 6

innover

O inverno 2014 termina só em 20 de setembro. E entre noites frias, amenas e quentes, os baixinhos também precisam fazer bonito na escola, nos pas-seios e nos eventos sociais. Veja o que as lojas de Adamantina têm a oferecer

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Page 113: Revista vox 6

Calça - Mania de Maria - R$ 179,90Blusa - Meu Xodó - R$ 139,90

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Page 114: Revista vox 6

Camiseta - Zero a Cinco - R$ 60,90Calçado - Mania de Maria - R$ 106,90Calça - Meu Xodó - R$ 199,00

Colete - Zero a Cinco - R$ 93,90Blusinha - Karamelada - R$ 43,90Calça - Meu Xodó - R$ 199,00

Bermuda - Zero a Cinco - R$ 121,90Calçado - Zero a Cinco - R$ 83,90Camiseta - Meu Xodó - R$ 69,00

Conjunto - Zero a Cinco - R$ 138,90Tiara - Mania de Maria - R$ 47,90Calçado - Pé Direito - R$ 109,90

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Page 115: Revista vox 6

Camiseta - Karamelada - R$ 31,90Bermuda - Mania de Maria - R$ 159,90Calçado - Zero a Cinco - R$ 83,90

Saia - Zero a Cinco - R$ 119,90Blusinha - Mania de Maria - R$ 165,90Calçado - Pé Direito - R$ 119,90Tiara - Mania de Maria - R$ 29,90

Bermuda - Karamelada - R$ 74,90Camiseta - Mania de Maria - R$ 134,90Calçado - Mania de Maria - R$ 106,90

FICHA TÉCNICA

PRODUÇÃO DEMODA E STYLING

Carina Monteiro

FOTOSCarina Monteiro

MODELOSThaissa Isabelly de Carvalho

Gabriel Sampaio Bonassa

CENÁRIOCasa da Alegria

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TRELIARThá 14 anos oferecendo o que você

precisa para construção

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POR TAMYRIS ARAÚJO

FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

isão empreendedora, deter-minação e foco nos obje-tivos fazem a diferença na vida de uma pessoa. Agora, imagine um casal com essas características, o que não pode acontecer? Com certe-

za muito. Exemplo disso são Luciana Maria Silva Gomes Tino e Bruno Antônio Bonilha Tino, que passaram de sócios minoritários à proprietários da Treliart.

A empresa fundada em 2000 revende aço para construção civil, sendo pioneira na região no segmento de armações treliçadas.

Em 2004, Luciana passou a fazer parte da equipe Treliart, quando surgiu o convite para participar da sociedade da empresa. “Foi um desafio, pois era graduada na área da saúde, e entraria em um setor totalmente diferente, mas pedi ajuda à Virgem Maria e conselhos aos meus pais e aceitei. Comecei como sócia mino-ritária, trabalhando muito, era responsável por todos os setores da empresa. Aos poucos fui me especializando, com determinação e fé em Deus, fiz MBA em Gestão Empresarial, cursos, seminários, palestras. Mas valeu a pena, fiz a escolha certa”, recorda.

Bruno, nesta época era noivo de Luciana e havia concluído a faculdade de Direito, porém não estava satisfeito com a opção, resolveu fazer pós graduação em Estratégica Empresarial e Marketing e também passou a fazer parte da Treliart, como gerente da equipe de vendas. De-pois para se especializar no setor da construção, encarou mais uma faculdade, desta vez, o curso de Engenharia Civil.

“No início, 90% das vendas eram para fábri-cas de laje, atuando nos estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Ron-dônia e Minas Gerais. Fornecíamos todo o supor-te técnico, como cursos, palestras, seminários e materiais teóricos, mas o que ensinávamos ainda era pouco praticado por nossos clientes e, percebemos assim, a necessidade de uma fábrica que realmente atendesse esses preceitos técnicos em nossa região. Por isso, montamos uma unidade para tirar dúvidas em Adamanti-na, mas aos poucos, para atender a demanda, passamos a fabricar lajes, hoje o nosso forte”, relata Bruno.

Em 2012, com o nascimento de Lucas Gabriel, o primeiro filho do casal, surgiu a oportunidade de comprar o restante das quotas da empresa, e

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“Comecei como sócia minoritá-ria, trabalhando muito. Mas valeu a

pena, fiz a escolha certa”,Luciana Gomes Tino

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assim, Luciana e Bruno tornaram-se os únicos proprietários da Treliart. “Estávamos em uma nova fase da empresa e de nossas vidas, com a chegada do nosso filho. Sentimos a necessidade de centralizar a maior parte das vendas em nossa região já que fazíamos diferentes produtos e tínhamos uma nova clientela. E no-vamente fizemos a escolha certa”.

Para o casal, a vida é feita de desafios e oportunidades. “Desa-fios são constantes, por isso temos que ter fé e foco para superar, já as oportunidades são raras, mas basta apenas uma, para mudar a vida. Foi o que aconteceu quan-do Natalino Constâncio Ferreira, fundador da Treliart que ficou co-nosco até 2012, um empreendedor proprietário do Grupo Puma, Ar-matrel, Sistrel, Maxlaje, SóGalpão

e demais empresas no setor da construção civil, nos deu muitos desafios e oportunidades. Com a ajuda dele aprendemos na prática a sermos empresários de suces-so”, reconhece Luciana. “Vá firme na direção de sua meta, porque o pensamento cria, o desejo atrai e a fé realiza”.

Hoje além da laje, a empresa atua também na produção de fer-ragem pronta, e demais artefatos de concreto e locação de container e betoneiras. Para eles, o mercado de trabalho conta com espaço para todos e a concorrência é positiva para que busquem se aprimorar e um diferencial em seus produtos. “Procuramos sempre inovar e nos capacitar para oferecer mais qualidade e segurança aos nossos clientes, e para alcançar esses

objetivos, participamos de feiras, nos atualizamos constantemente e estamos atentos às tendências tecnológicas”, explica Bruno.

Para o casal, o sucesso da empresa está em três fatores: qualidade do produto, satisfação do cliente e empresa familiar. “A Treliart conta com profissionais qualificados, desde a equipe de produção, venda e entrega, o que faz a diferença e proporciona ao cliente satisfação”, explica Bruno.

Luciana destaca que muitos dizem que trabalhar em família não dá certo, entretanto, na Treliart é diferente. “Eu, o Bruno e nosso pequeno Lucas, junto de nossa equipe, formamos a Família Tre-liart, respeitamos uns aos outros e nos completamos, e esse é um dos segredos do sucesso”, finaliza.

Conheça mais da TreliartA Trel iart conta com uma

estrutura completa para atender os clientes, com área de quase 5 mil metros quadrados, sendo mil metros quadrados de construção, além de pórtico para movimenta-ção de carga, veículos preparados para cada tipo de entrega, funcio-nários capacitados e máquinas modernas.

E as atividades da empresa também foram expandidas com a fabricação de lajes pré-moldadas, canaletas e blocos de concreto, ferragem pronta, e venda de ver-galhão e treliça.

Um dos diferenciais da Tre-liart é que a empresa conta com engenheiros calculistas prepara-dos para fazer dimensionamento da laje e a venda é técnica, com levantamento in loco , cálculo estrutural, definindo como será a melhor forma possível do dimen-sionamento.

E todo material produzido pela Treliart passa por rigoroso contro-le de qualidade, desde geração da matéria prima, a vibração na hora da produção em área coberta, ao processo de entrega, garantindo a satisfação do consumidor, desde pequenas à grandes obras.

Canaletas e blocos de con-creto - Na área de canaletas, a

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empresa conta com máquinas hidráulicas para a fabricação des-ses produtos, onde são curados em áreas cobertas e não recebem sol e vento direto nos primeiros três dias, aumentando a resistên-cia do produto em até 30%.

Ferragens prontas - Já no ramo de ferragens prontas, a Treliart atende obras de pequeno, médio e grande portes, com cor-te, dobra e armação de ferragem de acordo com o projeto, dobran-do ferro de até 25mm.

Venda de aço para a cons-trução civil - E as treliças e vergalhões também fazem parte do destaque da empresa, que só vende produtos que atendem as normas de qualidade, com entrega rápida, podendo ser dis-ponibilizada barras retas, com 12 metros sem corte e sem dobra, facilitando a montagem na obra e evitando disperdícios.

A Treliart também faz aluguel de containers e betoneiras para obras. Faça uma visita e com-prove a qualidade e os preços da Treliart, pois esta empresa completa sua obra.

Bruno, Luciana e o filho Lucas Gabriel

O pequeno Lucas Gabriel, Luciana e Bruno

ServiçosEndereço – Av. Francisco Bellusci, 1405, Distrito Industrial, AdamantinaTelefones – (18) 3521-4135 / 3521-1015 Celular: (18) 99736-1203Site – www.treliart.com.brEmail – [email protected]

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“Desafios são constan-tes, por isso temos que ter fé e foco para supe-

rar, já as oportunidades são raras, mas basta

apenas uma, para mu-dar a vida”,

Luciana Gomes Tino

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JAPANAdamantinensesmade in

Quem nunca ouviu falar do pastel do Namba? E do sorvete do Kiyoshi, da Cherry? Os japoneses são tradição no comércio

adamantinense e conquistaram o carinho e o respeito dos clientes e amigos

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POR TAMYRIS ARAÚJO

FOTOGRAFIA SANDRA KOBAYASHI

radição na cidade, o pastel do Namba e o sorvete do Kiyoshi já conquistaram a maioria dos adamantinen-ses. Mas, poucos sabem da história dos japoneses que dedicam mais de duas dé-

cadas ao comércio local e chegaram a ‘Cidade Joia’ há mais de meio século.

O tradicional pastelzinho Filho de japoneses, Kaoru Namba, de 73 anos,

nasceu em Pompeia e veio para Adamantina em 1946 para trabalhar com a lavoura de café. Em 1993, como a agricultura não estava sendo ren-tável, Namba e sua esposa Luiza Funiko Namba, de 68 anos, viram nos classificados de um jornal uma pastelaria à venda e se interessaram pelo ponto. “Minha esposa e suas irmãs faziam sal-gados para vender em casa e quando encontrei algo no ramo para comprar achei que seria uma boa oportunidade”.

A partir dai, Namba e Luiza, que pretendiam apenas passar alguns anos no comércio, não sa-

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íram mais do ramo. “Pensamos em ficar com a pastelaria apenas um tempo, para não ficarmos parados, mas com isso já se foram 20 anos, fizemos grandes amizades e esta-mos felizes aqui”, comenta Namba.

O segredo do sucesso, para o empresário japonês, está em dois detalhes – qualidade dos produtos oferecidos e carinho com que tra-tam os fregueses, que se tornam grandes amigos.

Para Luiza, que faz questão de preparar sozinha desde as massas até os recheios, a pastelaria é uma terapia para o casal. “Amo o que faço, e faço com amor. Além de uma fonte de renda, o comércio é uma terapia para nós. Conversa-mos todos os dias com os clientes, que passam logo cedo para tomar café e saborear o tradicional pas-tel”.

E a Pastelaria do Namba já foi visitada por autoridades políticas como o governador Mário Covas

e o ministro da Saúde Alexandre Padilha. “Nossa pastelaria é tradi-ção entre políticos locais, que se não passam por aqui toda manhã ou tarde, em um mesmo horário, achamos estranho. Mas, receber visitas ilustres como essas foi algo bem diferente e uma questão de honra”, revela Namba.

Luiza revela que os sabores que agradam os adamantinenses são os mais tradicionais: queijo, presunto e queijo, palmito e os

que mais saem - carne e ovo e só carne.

O casal oriental conta que não pretende ficar muito tempo ainda com o comércio, apesar de gostar muito do que faz. “Ficamos muito tempo aqui, praticamente das 7h às 19h. Precisamos aproveitar um pouco a vida também, já estamos na melhor idade. Se os filhos Már-cio e Cláudia quiserem administrar os negócios será um prazer, mas não será imposição”.

“Amo o que faço, e faço com amor. Além de uma fonte de renda, o comércio é uma tera-

pia para nós”,Luiza Namba

Kaoru Namba - o pastel mais tradicional de Adamantina

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Delícias geladas E quem pensa que o empresário

Kiyoshi Takashi, de 65 anos, trouxe as novidades da Sorveteria Cherry do Japão está muito enganado. Ele, natural de Bilac (SP), conta que no país natural de seu pai não tem sorveteria como as brasileiras, pois tudo vem pronto em máquinas.

“Foi aqui mesmo em Adamanti-na, onde cheguei na década de 70, que tive a ideia de abrir o negócio. A sorveteria foi fundada há 25 anos e desde então inovamos e conquis-tamos nossos clientes e amigos”.

A sorveteria é uma empresa fa-miliar. “No início, apenas eu, minha esposa Mizuho e minha cunhada Megume cuidávamos dos negócios, mas criamos nossos filhos aqui, e hoje contamos com a ajuda dos meninos, o filho Fábio e o sobrinho André”.

Entre as novidades que a Cherry trouxe para a cidade, Kiyoshi desta-ca o modo de servir ‘self service’, balcão de coberturas e máquina de chantitlly, além dos 38 deliciosos sabores.

“Todos gostamos do que faze-mos, e a cada cliente conquistamos um amigo. Hoje, já conhecemos os

filhos de nossos fregueses, uma nova geração. Motivo de orgulho para nós”.

“A sorveteria foi fundada há 25 anos e des-de então inovamos e conquistamos nossos

clientes e amigos”,Kiyoshi Takashi

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Primando por

que fazem da sua festaQUALIDADESum sucessoCom 22 anos de experiência, o Buffet Massine’s é o primeiro na região

de Adamantina e se destaca pela qualidade dos serviços prestados, transformando sonhos em realidade

POR REDAÇÃO === === FOTOGRAFIA ARQUIVO PESSOAL

radição, qua-lidade e con-fiança fazem a diferença na hora de contra-tar um buffet,

seja para uma festa simples ou sofisticada, de criança ou adulto, para poucas ou muitas pessoas. Os quesitos citados são respon-sáveis pelo sucesso.

Com 22 anos de experiência, o Buffet Massine’s é o primeiro na região de Adamantina e se

Tdestaca pela qualidade dos ser-viços prestados, transformando sonhos em realidade. A equipe Massine’s sabe o que faz a dife-rença nas festas, tudo dentro de cada orçamento.

O Massine’s trabalha com materiais de qualidade e conta com equipe formada por mais de 30 profissionais qualificados e preparados por maitre, responsá-vel pela supervisão dos trabalhos desenvolvidos pelos garçons.

O Buffet conta também com

estrutura completa para eventos, como forros, diversas opções de jogos de mesas, cadeiras, toa-lhas e flores naturais que deixam tudo ainda mais requintado. Para festas como formaturas, o Bu-ffet oferece palcos niveláveis e tendas. Com isso, cada evento é sinônimo de sucesso.

O Buffet Massine’s, coman-dando pela empresária Silvia Maion, atende a região e realiza todos os tipos de festas, com bom gosto e profissionalismo.

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com a palavra, os noivos...“Atenção, ótimo atendimento e a alegria de tra-

balhar com o que se ama. Acertamos em escolher o Buffet Massine’s para o nosso grande dia! Obrigada Silvia por todo carinho e capricho que você e sua equipe tiveram desde a primeira reunião”.

“Aprendi amar de verdade a Silvia Maion e a equipe do Buffet Massine’s, que me acompanham até hoje. O buffet foi perfeito, e o melhor, me deixou de presente amizades preciosas. Casaria mil vezes, com o mesmo buffet”.

Carol e Cristiano Finoti – Osvaldo Cruz

Carla Patrícia e Alex – Pacaembu

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“A realização de um casamento com certeza é uma tarefa que requer dedicação, pois este é um momento que nós os noivos idealizamos, sonhamos por muito tempo. Portanto, a escolha do Buffet Massine's foi com certeza um sucesso, pois a Silvia Maion nos proporcionou tranquilidade e segurança quanto ao seu profissionalismo. Só temos a agradecer e com certeza parabenizá-los pelo trabalho realizado com dedicação e carinho. Ficará em nossas mais belas lembranças como um dia de alegrias e sonhos realizados. Obrigado Buffet Massine’s”.

Rafaela Bittencourt e Eder RueteLuciana Pieretti e Pedro Henrique Ruete - Adamantina

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“Sonho realizado. Foi essa sensação que a Silvia Maion, do Buffet Massine’s nos proporcionou. Fica-mos satisfeitos com o trabalho, que foi perfeito, e além de uma linda festa, ganhamos também amigos. Obrigada”.

“Estamos satisfeitos com a contratação do Buffet Massine’s para o nosso grande dia, que será em no-vembro. Todos são atenciosos com cada detalhe e nos deixam seguros. Isso com certeza faz a diferença para que tudo saia como planejado. Obrigada Silvia Maion e equipe”

“Foi maravilhoso desde a negociação até o dia do evento, demonstraram competência e preocupação com cada detalhe. Fez do nosso dia ainda mais espe-cial. Somos gratos por tudo”

Viviane Sgorlon e Marcelo – Adamantina

Juliana e o Waldomiro Neto – Adamantina

Ana Maria e Jorge Tozetti – Inúbia Paulista

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Alimentar pessoas,ExpoVerde 2014respeitar o planeta

Considerada a maior feira de portões abertos da região, a ExpoVerde 2014 acontece de 3 a 7 de setembro com shows todas as noites

POR REDAÇÃO === === FOTOGRAFIA ARQUIVO

contece de 3 a 7 de setembro a maior feira de portões abertos da região – a Ex-poVerde 2014.

Em sua 26ª edição, a Feira do Verde e Exposição Agropecuária, Comer-

A cial e Industrial valorizará o potencial agrícola da cidade, que representa 10% do PIB de Adamantina.

O tema escolhido pelo presiden-te Antônio Tiveron Neto é ‘Alimentar pessoas, respeitar o planeta’.

A ExpoVerde tem como obje-tivo despertar e conscientizar a

população para os problemas da degradação ambiental; resgatar a biodiversidade ambiental; divulgar os trabalhos de apoio à preservação ecológica; conscientizar os produto-res rurais para o exercício de uma agricultura sustentável; divulgar e oferecer alternativas e tecnologias

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agropecuárias e de informática; como também fortalecer as micro e pequenas empresas do município.

Saiba mais sobre a grande festa! Agricultura e NegóciosAlém da temática, a ExpoVerde

terá a participação de diversas em-presas do setor, como o AgroSebrae com palestra, orientações e serviços oferecidos aos produtores. Terá ainda a Feira da Agricultura Familiar, com produtos diretos do campo sendo oferecidos aos visitantes.

Alunos do Projeto Jovem Apren-diz Rural apresentam o Sítio Modelo, uma maquete com as característi-cas de um imóvel rural sustentável.

Meio AmbienteMesmo tendo a agricultura

familiar como tema, a ExpoVerde mantém o Meio Ambiente como princípio. Ações serão desenvolvi-das envolvendo a conscientização .

Destacam-se Gincana Ambien-tal Bicicletando, que consiste na coleta de garrafas pet nas escolas de Adamantina e a troca por bicicle-tas feitas com o material reciclável; plantio de mudas; mutirão do lixo

eletrônico; e o pilhadão e a promo-ção das ações educativas com as escolas da região.

SetorizaçãoPensando em melhorar a es-

trutura do Poliesportivo Sebastião Pires da Silva, a comissão organi-zadora dividiu a festa em setores. Os espaços foram delimitados e os expositores agrupados. Mapas de localização em 3D serão espalhados

em pontos estratégicos do recinto.

SegurançaA segurança é uma das maiores

preocupações. Além do policia-mento com o efetivo da PM, haverá equipe de seguranças e brigadistas.

Comércio e IndústriaAlém de diversas empresas, o

setor reunirá uma novidade: a 1ª ExpoTrabalho. A ação, desenvol-

O tema escolhido pelo presidente An-tônio Tiveron Neto e demais membros da comissão é ‘Ali-

mentar pessoas, respeitar o planeta’

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vida pela Prefeitura, por meio da Comissão Municipal de Emprego e ExpoVerde, terá como objetivo cole-tar dados das pessoas em busca de postos de trabalho ou qualificação.

EducaçãoA rede escolar tem participação

fundamental na Expo, com uma in-tensa grade de visitas de caravanas de escolas da região. Um dos gran-des expositores neste setor é a FAI.

Outro destaque é a Expo-Museu do Mar. A atração é voltada a estu-dantes e à comunidade em geral.

Artesanato e DecoraçãoOs espaços de artesanato e de-

coração recebem grande público e expõem a beleza dos produtos de artesãos e empresários.

ConcessionáriasO espaço reservado às conces-

sionárias e aos implementos agrí-colas atrai a atenção e movimenta

muitos negócios. São motocicletas, carros e equipamentos com alta tec-nologia e condições de pagamento especiais. ExpoVerde oferecerá uma nova opção para este segmento, a possibilidade de test drive em uma área especial montada para a ação.

Parque de diversõesO parque de diversões Londri

Park será mais uma das grandes atrações. Além dos brinquedos tra-dicionais, o público terá ainda alguns que não foram montados nos anos anteriores, como O Tapete Mágico.

Pequenos e grandes animaisOs visitantes encontrarão a

exposição de pequenos e grandes animais em área anexa ao poliespor-tivo. Outra novidade será o desfile e julgamento de pequenos animais.

CamarotesNovidade para quem quer mais

exclusividade e conforto são os

camarotes já comercializados pela comissão. Mais uma opção para quem quer curtir com tranquilidade.

Praça de alimentaçãoAs barracas de entidades as-

sistenciais são presença garantida na ExpoVerde, um evento que tem forte função social. Além das tra-dicionais barracas do Iama, Apae, Casa do Garoto e Casa da Sopa te-remos a participação do Lar Cristão e Lar dos Velhos. A cerveja da festa será Brahma.

Semana da ModaO maior evento de moda da

Nova Alta Paulista, a Semana da Moda também ocorrerá de 4 a 6 de setembro, durante a ExpoVerde. O evento apresenta as coleções Primavera/Verão 2014/2015. O evento tem apoio do Sincomercio ,Sesc, Senac e Sebrae.

RodeioAdamantina recebe o Monster

Energy PBR, maior campeonato de montaria em touros, realizado pela PBR Brasil, com pontos somados para os rankings Nacional e Mundial.

A ExpoVerde mantema tradição do rodeio em cavalo. As montarias em cutiano, criadas em Adamanti-na, também serão realizadas antes da etapa internacional em touros.

ShowsA maior festa com portões aber-

tos de todo o oeste paulista terá shows todas as noites. E a escolha dos artistas foi a mais democrática.

No dia 3 a dupla Pedro Paulo e Alex. No dia 4 o grupo Pixote. No dia 5 KleoDibah e Rafael. No sábado, dia 6, João Lucas e Walter Filho. E, fe-chando a grade Loubet no domingo.

BoateApós os shows a diversão tam-

bém é garantida com a Boate Bar do Diogo, que terá shows exclusivos, ambiente reservado para acomodar a galera até altas horas.

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AGRICULTURAFAMILIAR:Alimentar pessoas, respeitar o planeta

2014

26ª Feira do Verde e ExposiçãoAgropecuária, Comercial eIndustrial de Adamantina1ª ExpoTrabalho

BOATE COM

ETAPA INTERNACIONAL PBR

MONSTER ENERGY

3 a 7 de Setembro3 a 7 de SetembroAdamantina | São Paulo | BrasilAdamantina | São Paulo | Brasil

BOATE COM

4/94/9PixotePixote

3/93/9Pedro Paulo

e AlexPedro Paulo

e Alex

5/95/9Kleo Dibah

e RafaelKleo Dibah

e Rafael

6/96/9João Lucas eWalter FilhoJoão Lucas eWalter Filho

7/97/9LoubetLoubet

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