Revista Vox Otorrino - Nº 135

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Edição 135 | Ano XIX | maio / junho 2013 www.aborlccf.org.br ABORL-CCF pelo mundo Com 65 anos de existência, a Associação mostra fôlego em seu processo de internacionalização Congresso Brasileiro de ORL Palestrantes estrangeiros renomados falam de suas expectativas para o evento Medicina Integrativa Um novo paradigma de tratamento que agrega métodos tradicionais e anticonvencionais Gestão Financeira Saiba como investir e garanta mais rentabilidade

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Maio/Junho 2013

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Edição 135 | Ano XIX | maio / junho 2013www.aborlccf.org.br

ABORL-CCF pelo mundoCom 65 anos de existência, a Associação mostra fôlego em seu processo de internacionalização

Congresso Brasileiro de ORLPalestrantes estrangeiros renomados falam de suas expectativas para o evento

Medicina IntegrativaUm novo paradigma de tratamento que agrega métodos tradicionais e anticonvencionais

Gestão FinanceiraSaiba como investir e garanta mais rentabilidade

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06 Páginas AzuisDr. José Victor Maniglia, fé na vida

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Campanha da Voz

Eventos Internacionais

Congresso Brasileiro

Foniatria

Ouvido, nariz e garganta!

Gestão Financeira

Contratação

Produtos licenciados

Especial

Perfil

Laringologia e Voz, 15 anos de sucesso!

ABORL-CCF pelo mundo afora!

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Carta ao Leitor

Mais uma edição em que consolidamos nosso trabalho editorial diversificado. Neste número, tra-zemos uma reportagem sobre Saúde Financeira com orientações e informações relevantes sobre o complicado mundo dos investimentos. Num mo-mento em que discutimos arduamente a questão de nossos honorários, ter educação financeira é fun-damental. Nas Páginas Azuis, temos uma entrevista tocante com o Dr. José Victor Maniglia e sua história de sucesso e superação.

A importação de seis mil médicos tem sido tema de discussão e polêmica. Será mes-mo necessário termos médicos de fora para atendermos à demanda de saúde no Brasil? Dr. Claudemir Borghi, nosso perfilado do mês, pro-va que não. Percorrendo o caminho inverso, deixou São Paulo e estabeleceu sua carreira em Rondônia. Uma inspiração para jovens profissionais em busca de oportunidades.

Inspirada também está a matéria de Medicina Inte-grativa, um novo paradigma de tratamento que traz uma gama enorme de possibilidades que precisa ser entendida. O mesmo se aplica ao curso de Fo-niatria organizado pela ABORL-CCF que visa com-plementar a formação do Otorrino.

Estamos cada dia mais próximos do Congresso Brasileiro e a qualidade científica dos convidados in-ternacionais só mostra a grandeza que a ORL nacio-nal vem ocupando no cenário mundial. E a campa-nha “Ouvido, Nariz e Garganta: cuide e viva melhor” não para de fazer sucesso. Confira os resultados no nosso balanço.

Um grande abraço e boa leitura.

A VOX chega à 3ª edição brindando os 65 anos da ABORL-CCF!

Dr. Edilson Zancanella

Presidente da Comissão de Comunicações

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Boletim ABORL-CCF

Diretor de Comunicação: Edilson ZancanellaJornalista Responsável: Eliana Antiqueira / MTB: 26.733 Reportagem: Sheila Godoi e Caroline BorgesFotos:Vicent Sobrinho e Milton GalvaniRevisão: Gabriel MirandaCoordenação de Publicação e Diagramação: Julia Candido

Produção: Sintonia ComunicaçãoFone: 11 3542-5264/0472

Impressão: Eskenazi Indústria Gráfica

Periodicidade:

Bimestral

Tiragem: 6.000 exemplares

Os artigos assinados são de inteira responsabilidade dos autores e não refletem, necessariamente, a opinião da ABORL-CCF.

Av. Indianópolis, 1.287CEP 04063-002 | São Paulo/SP

Fone: 11 5053-7500Fax: 11 5053-7512

Sugestões de pauta, críticas ou elogios? Fale conosco.

[email protected]

ESPAÇO LEITOR

Edição 135 | Ano XIX | maio / junho 2013www.aborlccf.org.br

ABORL-CCF pelo mundoCom 65 anos de existência, a Associação mostra fôlego em seu processo de internacionalização

Congresso Brasileiro de ORLPalestrantes estrangeiros renomados falam de suas expectativas para o evento

Medicina IntegrativaUm novo paradigma de tratamento que agrega métodos tradicionais e anticonvencionais

Gestão FinanceiraSaiba como investir e garanta mais rentabilidade

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Editorial

O que eu faço pela ABORL-CCF?

Dr. Agrício Crespo

Presidente da ABORL-CCF

DIRETORIA 2013

Dr. Agrício Nubiato Crespo - Campinas/SPPresidente

Dr. Fernando Ganança - São Paulo/SPDiretor Primeiro Vice-Presidente

Dr. Sady Selaimen Costa - Porto Alegre/RSDiretor Segundo Vice-Presidente

Dra. Fernanda Haddad - São Paulo/SPDiretora Secretária Geral

Dra. Francini Grecco de M. Pádua - São Paulo/SPDiretora Secretária Adjunta

Dr. Godofredo Campos Borges - Sorocaba/SPDiretor Tesoureiro

Dr. José Eduardo de Sá Pedroso - São Paulo/SPDiretor Tesoureiro Adjunto

Dr. Edilson Zancanella - Indaiatuba/SPPresidente da Comissão de Comunicações

Dra. Eulália Sakano - Campinas/SPPresidente da Comissão do BJORL

Dr. Fabrízio Ricci Romano - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Eventos e Cursos

Dr. José Alexandre Medicis da Silveira - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Residência e Treinamento

Dr. Leonardo Haddad - São Paulo/SPPresidente da Comissão de Título de Especialista

Dr. Márcio Fortini – Belo Horizonte/MGPresidente da Comissão de Defesa Profissional

Dr. Otavio Marambaia Santos - Salvador/BAPresidente da Comissão de Ética e Disciplina

Dr. Renato Roithmann - Porto Alegre/RSPresidente da Comissão de Educação Médica Continuada

Neste ano, celebramos os 65 anos da ABORL-CCF. Chegamos aqui embalados por enorme entusiasmo, e temos motivos para isto!

É surpreendente observar o caminho percorrido e as inúmeras conquistas desta entidade. A ABORL-CCF agrega mais de cinco mil associados e se estabelece como uma das mais pujantes associações no mundo. O perfil dos associados assegura um ambiente jovem e empreendedor, de harmonia política, planos ambi-ciosos e confiança no futuro.

Nos recentes eventos internacionais em que a Associação esteve presente, ficou evidente que traçamos uma trajetória que leva à liderança da Otorrinolaringologia brasileira na América Latina e na Península Ibérica. Somos, hoje, a segunda maior associação do mundo ocidental e a vitalidade dos nossos congressos e outros programas de educação continuada supera a maioria dos países.

Uma entidade tão representativa não chegaria onde chegou não fosse pela força participativa dos seus membros.

No Brasil da Lei do Gerson, muitos querem levar alguma vantagem em tudo. É natural que muitos perguntem: O que a ABORL-CCF faz por mim?

A melhor resposta a esta pergunta vem da resposta que se possa dar a outra:

O que eu faço pela ABORL-CCF?

O Brazilian Journal of Otorhinolaryngology é o melhor exemplo do nosso trabalho. Acaba de ser divulgado o Fator de Impacto do BJORL e estamos em festa! O F.I. surpreendeu positivamente a todos. Temos a única revista latino-americana com Fator de Impacto e a mais elevada indexação, o ISI. Esta escalada deu-se pela luta contínua dos vários editores que estiveram à frente da revista e, acima de tudo, dos autores que confiaram seus trabalhos a esta prestigiosa publicação. Esta conquista é motivo de orgulho nacional.

Vamos em frente!

Forte abraço.

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Páginas Azuis

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Páginas Azuis

O senhor vem de uma família de Otorrinos. A escolha pela profissão foi um caminho natural?

Sim, mas porque a especialidade sem-pre me atraiu e não por imposição fami-liar. Quando me formei, segui os passos dos meus irmãos e fui fazer residência nos EUA, na Universidade de Miami (1977-1980) e me interessei bastante pela Cirurgia Cérvico-Facial, que lá já era uma especialidade bastante avançada e associada à Otorrinolaringologia.

Como essa experiência no exte-rior colaborou para seu sucesso profissional?

Sou formado pela segunda turma da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, em 1974, e sempre tive o desejo de aplicar na minha faculda-de todo o conhecimento que adqui-risse. Sai do Brasil com a certeza de voltar e realizar esse objetivo, o que de fato aconteceu. Voltei ao país, as-sumi a cadeira de ORL, que passou a ser de Otorrino e Cirurgia de Cabeça e Pescoço e pude aplicar em Rio Pre-to tudo que aprendi no exterior.

Fé na vidaN

atural de Franca, oriundo de uma família de Otorri-nolaringologistas, Dr. José Victor Maniglia fez resi-

dência nos EUA, foi diretor da Fa-culdade de Medicina de São José do Rio Preto, Secretário de Saúde da cidade, atual Diretor Regional de Saúde e o responsável por incorpo-rar a sigla CCF ao nome da ABORL, durante sua gestão à frente da enti-dade. Vítima de um grave acidente, se recuperou e voltou ao trabalho com ânimo redobrado.

Acadêmico renomado, cirurgião, gestor público e, em breve, dono de um hospital próprio, Dr. José Victor Maniglia é um turbilhão de ideias e talentos escondidos sob uma voz suave e plácidos olhos verdes.

Por Eliana Antiqueira

A Otorrinolaringologia é uma espe-cialidade atraente para o médico que está indeciso sobre qual área seguir?

Hoje a ORL é a especialidade mais in-teressante que existe, que oferece mais oportunidades, pois tem características tanto clínicas quanto cirúrgicas. Am-pliamos a área de atuação do Otorrino. Hoje o indivíduo pode viver só de rinite se quiser! A evolução da ORL está tão boa com relação aos atendimentos e aos tratamentos na área de cirurgia plástica e reconstrutiva facial que tem Otorrino vivendo de plástica. Há opor-tunidade de trabalho em várias cidades.

As grandes cidades têm muitos Otor-rinos, o que não se observa nas ci-dades mais afastadas. Existem pro-fissionais formados em quantidade suficiente para atender a demanda?

Nas regiões Sul e Sudeste a demanda é ra-zoavelmente boa, o que não se observa no Norte e Nordeste. É preciso estimular essa pulverização de profissionais. Um Otorrino pode cuidar perfeitamente bem, com gran-de potencial de retorno financeiro, de uma população de 40, 50 mil habitantes.

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Páginas Azuis

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Páginas Azuis

Hoje a ORL é a especialidade mais interessante que existe, que oferece mais oportunidades, pois tem características tanto clínicas quanto cirúrgicas... O indivíduo pode viver só de rinite se quiser!

O que o senhor considera como sua principal colaboração à fren-te da presidência da ABORL-CCF (2002- 2005)?

Quando assumi havia uma grande disputa de poder entre as grandes universidades de Medicina de São Paulo, uma falta de união. Fui candi-dato único justamente com a propos-ta de unir as forças acadêmicas e po-líticas da especialidade. Acredito que tenha conseguido fazer isso. Também incorporamos a Cirurgia Cérvico-Fa-cial (CCF) ao nome da Associação. Isso pode parecer só uma questão de nomenclatura, mas abriu muitas oportunidades de desenvolvimento para a especialidade. Também cria-mos o Programa de Avaliação das Residências Médicas, com a colabo-ração muito importante do atual pre-sidente, Dr. Agrício Crespo. Desen-volvemos um projeto de avaliação e monitoramento de todos os serviços de ORL brasileira. Classificando os programas e melhorando a participa-ção dos preceptores no suporte e na supervisão dos residentes.

Como a política pública entrou na sua vida?

Eu sou técnico, não faço política par-tidária. Não sou filiado a partido ne-nhum. O que acho muito importante é sempre estar cercado de técnicos de boa formação. Fui diretor da Faculda-de de Medicina de Rio Preto durante oito anos, sempre tentando fazer um trabalho técnico de desenvolvimento acadêmico, assistencial e de pesquisa da instituição, fui Secretário Municipal de Saúde de Rio Preto e hoje sou Di-retor Técnico da Regional de Saúde de Rio Preto. Meu desafio é melhorar a atenção básica, nos postos de saúde, que deve ser responsável pela reso-lubilidade de 85% dos problemas da população. Esse é um impacto muito grande nos projetos de desenvolvi-mento dos pequenos municípios. Na nossa região, 70% dos municípios têm menos de 10 mil habitantes. Então

trabalhamos muito forte na melhoria dos Programas de Saúde da Família. Outro desafio enorme é a regulação, o processo de encaminhamento para os centros de especialidades aos cen-tros de média e alta complexidade. O Governo do Estado tem nos ajudado muito e estou bastante contente com o que fazemos.

A ORL tem espaço nas políticas públicas de saúde?

Tem uma deficiência, tanto política quanto de estrutura da especialidade, no aspecto da saúde pública. Temos grande aporte nos grandes centros e, nas regiões mais afastadas, a função do Otorrino acaba suplantada por outras especialidades. Observo uma grande atuação na área de Otologia, no desen-volvimento dos programas de tratamen-to de saúde auditiva e implante coclear. A demanda reprimida é muito grande, o Otorrino tem que entrar forte nessas políticas, ficar atento às oportunidades.

Ainda falando de assistência básica, o governo federal anunciou a con-tratação de médicos cubanos para suprir uma suposta carência nesses programas. O que o senhor acha dessa importação de profissionais?

Não sou favorável não. Acho que os Ministérios da Saúde e da Educação deviam investir mais na formação do médico brasileiro. Do ponto de vista de estratégia de saúde da família e de atenção básica, no entanto, a formação é deficitária, inadequada. O governo não investe como deveria na regula-mentação dos programas de formação nos currículos médicos. Implanta um sistema baseado numa estratégia de programa de saúde da família, mas não impõe isso às faculdades de Medicina. Os médicos terminam a residência hoje num modelo de 30, 40, 50 anos atrás, que é um modelo “hospitalocêntrico”. Isso já acabou! O modelo de assistência à saúde hoje é totalmente voltado para uma visão multiprofissional do atendi-mento, com as várias profissões ligadas

à saúde participando da mesma forma. O governo está lançando este projeto de Programa de Valorização do Profis-sional de Assistência Básica (PROVAB) em que o indivíduo vai para uma cida-de pequena e não tem formação ainda para fazer o trabalho que tem que ser feito na atenção básica que contempla clínica médica, ginecologia e obstetrícia, e pediatria. O atendimento é deficitário, o profissional fica desestimulado e o pa-ciente mal assistido.

A remuneração é atraente para os profissionais que buscam es-ses programas?

Não, a remuneração afasta. Não é su-ficiente, nem é estimulante. E há uma competição muito grande. Em alguns municípios, o médico que tem um tra-balho de 8 horas relacionado à atenção básica, tem uma remuneração variável de 8 a 15 mil reais, estabelecida de acordo com o salário do prefeito que é o teto da cidade. Dependendo do mu-nicípio, não consegue ter um médico, porque não tem verba. Aí começam os ajustes, os acertos. Um faz de conta que trabalha e o outro faz de conta que paga. O indivíduo que deveria trabalhar 8 horas, trabalha 3, 4 horas e dedica o resto do tempo a outras atividades.

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Páginas Azuis

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Páginas Azuis

O governo não investe como deveria na regulamentação dos programas de formação nos currículos médicos. Implanta um sistema baseado numa estratégia de programa de saúde da família, mas não impõe isso às faculdades de Medicina.

Já foi provado por estudos científicos que as pessoas que têm fé, que têm quem reze por elas, apresentam resultados melhores na recuperação. Esse foi um fenômeno que me ajudou muito e ajuda até hoje.

Como gestor público, qual solução o senhor vê para esta situação?

Reforma no modelo de gestão. Na nossa região temos sete colegiados de gestão regional que cuidam de al-guns municípios de acordo com suas necessidades e realidades. Em três deles, Santa Fé do Sul, Jales e Fer-nandópolis, temos um modelo muito interessante de consórcio público que associa os municípios através de de-senvolvimento de programas em que os custos são rateados. É um projeto de economia de escala. Por exem-plo, se um município precisa comprar medicamento, em vez de comprar mil só para ele, compra 20 mil para toda a região e reduz o custo. Com a contratação de recursos humanos, a mesma coisa. Um mesmo profissio-nal pode atender municípios vizinhos. Entendemos que a implantação des-se sistema em todas as regiões é uma forma muito sofisticada e eficiente de gestão que pode, inclusive, remune-rar melhor todos os profissionais da saúde, incluindo projetos de gratifica-ção por mérito e desempenho, por-que centraliza os recursos e divide a produção do trabalho.

Em 2010, o senhor sofreu um grave acidente de moto que cul-

minou em uma semana em coma, amputação de parte da perna es-querda e uma séria fratura no bra-ço esquerdo. O senhor se lembra do acidente?

Não, de nada. Melhor, né?

Os médicos que o trataram declaram na época que ficaram surpresos com sua recuperação, devido à gravidade dos ferimentos. Ao que o senhor atri-bui essa melhora tão rápida?

Acho que em primeiro lugar foi o tra-tamento que eu tive, tanto no Hos-pital das Clínicas de Marília quanto no Sírio Libanês, em São Paulo, para onde fui transferido. Depois, quan-do voltei a Rio Preto, tive um ótimo tratamento na minha reabilitação e também me dediquei bastante, me envolvi muito na reabilitação. Nos primeiros seis meses fazia quatro horas de fisioterapia por dia. Passa-do esse período, voltei a trabalhar e a retomar minhas atividades na Se-cretaria de Saúde e logo depois vol-tei ao consultório, já com meu braço praticamente reabilitado. Eu tenho uma recuperação de 90%. Tive mui-ta sorte de não ter morrido, em pri-meiro lugar, e, depois de ter tido um atendimento de primeiro mundo.

O senhor tem alguma religião, al-guma fé que o ajudou a superar esse momento?

Sou católico por tradição familiar, mas acredito que tudo está relacionado a um processo de forças e energias que vão sendo desenvolvidas, descober-tas ao longo do tempo. Já foi provado por estudos científicos que as pesso-as que têm fé, que têm quem reze por elas, apresentam resultados melhores na recuperação. Esse foi um fenôme-no que me ajudou muito e ajuda até hoje. É difícil o dia em que eu não en-contre alguém que me fale que rezou por mim, que torceu. A fé, a energia positiva das pessoas transfere força, ânimo. São coisas que a gente não consegue entender ainda, mas, aos poucos, tudo vai sendo esclarecido. Você vê o telefone celular, o GPS... Nada disso existia e foi descoberto. Acho que a fé também parte dessas descobertas por acontecer. Acho sim que a religião é importante para de-senvolver sociedades e pessoas. Mas a minha maior fonte de ajuda e supe-ração foi minha família, minha esposa, meus filhos. Eles estiveram ao meu lado em todas as situações. E tam-bém os amigos. Fiquei surpreso ao ver quanto era querido. É bom saber que estamos cercados por pessoas que nos querem bem. É um incentivo.

O senhor retomou as atividades que fazia antes do acidente?

Sim. Hoje eu já tenho uma marcha boa, voltei a jogar tênis, trabalho mui-to, de 12 a 14 horas e estou dedicado a um projeto fantástico. Eu, meus três filhos (Claudia, Luciano e Maurício) e meu genro, todos Otorrinos, esta-mos concluindo a construção de um hospital-dia em Otorrinolaringologia que espero que se torne um centro de referência na área.

Moto nunca mais?

Não. Moto nunca mais!

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Campanhada Voz

Laringologia e Voz 15 anos de sucesso!Com lançamento nacional na Câmara dos Deputados, em Brasília, e atividades no Parque Ibirapuera, a Campanha da Voz confirma mais um ano de sucesso.

Por Eliana Antiqueira

Foi com pompa e circunstância que a Campanha da Voz comemorou seu décimo quinto ano consecu-tivo de realização. A celebração contou com uma solenidade inédita na Câmara dos Deputados, em

Brasília, em 15 de abril, além de um evento aberto ao pú-blico, no Parque Ibirapuera, entre 14 e 16 de abril.

A abertura da campanha em Brasília marcou a apro-ximação da ABORL-CCF e da Associação Brasileira de Laringologia e Voz (ABLV) com o poder público, e teve o objetivo de abrir novas oportunidades de atuação para o Otorrino nos programas de saúde promovidos pelo go-verno. Durante o ato de abertura, foi ressaltada a impor-tância de retomar o “Protocolo de Distúrbio de Voz Rela-cionado ao Trabalho”, criado para toda Rede de Atenção à Saúde do SUS para facilitar a identificação dos casos de problemas vocais e melhorias nas condições de tra-balho da população, mas que está sem continuidade. O objetivo é requerer a divulgação deste protocolo a fim de tornar o distúrbio da voz uma notificação compulsória nos

programas de atenção à saúde do trabalhador. O projeto conta com o apoio dos deputados federais Saraiva Felipe (PMDB) e Erika Kokay (PT).

Segundo o presidente da ABORL-CCF, Dr. Agrício Crespo, o foco é colocar a saúde vocal como destaque nas ações de conscientização popular durante o ano todo. “É de grande importância divulgar a extensão do médico Otor-rinolaringologista como principal especialista habilitado para diagnosticar e tratar de afecções nesta área”, afirma.

A Campanha Nacional da Voz alimenta o escopo da campa-nha itinerante “Ouvido, nariz e garganta: cuide e viva melhor”, que discute quatro grandes temas de interesse público, den-tre eles “Voz e trabalho” e a prevenção de doenças malignas, como o câncer de laringe que atingiu o ex-presidente Lula. “Os Otorrinos, fonoaudiólogos e médicos do trabalho per-ceberam há muito tempo que as doenças da voz não eram reconhecidas como doenças do trabalho. O intuito dessas ações é proteger a saúde vocal do trabalhador”, explica Dr. José Eduardo Pedroso, presidente da ABLV.

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Campanhada Voz

Fim de semana no parqueEntre 14 e 16 de abril, o Parque Ibirapuera recebeu a 15ª edição da Campanha Nacional da Voz, em parceria com a ABORL-CCF, que também esteve presente com uma unidade móvel da campanha “Ouvido, nariz e garganta: cuide e viva melhor”. A ABLV levou o tradicional inflável que simula uma laringe gigante e fez a alegria de crianças e adultos. “A campanha neste ano se destacou pelo inte-resse do público, que trouxe perguntas pertinentes, o que proporcionou muita interatividade. Além disso, a visita das crianças que vieram conhecer a laringe gigante nas excur-sões de suas escolas foi gratificante”, contou Dr. Gustavo Korn, coordenador nacional da Campanha da Voz, que compareceu ao evento em companhia do presidente da ABLV, de seu vice-presidente, Dr. Luciano Neves, e da diretora secretária geral da entidade, Dra. Adriana Ha-chiya. Os organizadores fizeram questão de agradecer ao CEMA, à Escola Paulista de Medicina, à Unifesp, à Santa

Casa, ao Hospital Paulista, à Faculdade de Medicina do ABC e à USP pela participação na realização da 15ª Cam-panha Nacional da Voz.

Até 1999, o câncer de laringe vitimava 15 mil pessoas anu-almente no Brasil. Atualmente, este índice chega a 10 mil pessoas por ano, uma redução de cerca de 30%, de acor-do com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). “Diversos fatores contribuem para a redução desse número, como tratamentos mais eficientes e programas de saúde pública mais abrangentes, mas não temos dúvidas de que ações educativas como a Campanha Nacional da Voz têm um fator decisivo nesses resultados, pois leva informação ao público mais carente de orientação. Em cada edição da Campanha, são atendidas e orientadas cerca de 40 mil pessoas”, esclarece Dr. José Eduardo Pedroso. Durante o evento no Parque Ibirapuera foram realizados exames demonstrativos das pregas vocais e distribuídos materiais informativos sobre os cuidados com a saúde vocal.

Dr. José Eduardo Pedroso, presidente da ABLV,

Dr. Agrício Crespo, presidente da ABORL-CCF, Dra. Elienai Meneses e Dr. Fayez Bahmad Jr., membros do

comitê Conexão Brasília, reunidos na solenidade de abertura da

Campanha da Voz, na Câmara dos Deputados em Brasília.

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EventosInternacionais

ABORL-CCF pelo mundo aforaAmpliar o leque de possibilidades para o marketing institucional, reforçar a marca, alcançar outros continentes e desenvolver um papel de liderança nesse cenário. Aos 65 anos e com essas metas em foco, a Associação segue com seu projeto de internacionalização.

Por Sheila Godoi

No ano em completa 65 anos de experiência, a As-sociação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirur-gia Cérvico-Facial estende sua atuação para além das fronteiras nacionais. A expertise acumulada

nessas mais de seis décadas de existência se reflete no quadro de associados, que ultrapassa os cinco mil; no re-conhecimento da importância científica do Brazilian Journal of Otorhinolaryngology (BJORL), única revista Latino Ameri-cana com Fator de Impacto e a mais elevada indexação, o ISI; e na internacionalização da entidade, hoje presente nos principais eventos da especialidade realizados no exterior.

A máxima “quem não é visto, não é lembrado” é perceptível no esforço da atual gestão em criar uma identidade visual da Asso-ciação que se torne reconhecível em qualquer lugar do mundo.

“Este é um dos pilares da atual diretoria. Queremos dar continui-dade ao trabalho que vinha sendo feito, mas, muito mais do que isso, nosso objetivo é ampliar o nosso alcance e visibilidade”, salienta Dr. Agrício Crespo, presidente da instituição.

Durante os meses de abril, maio e junho, comitivas de re-presentantes da ABORL-CCF participaram de quatro dos principais congressos e conferências da especialidade no mundo. As cidades de Nice, na França, San Jose, na Costa Rica, Porto, em Portugal, e Seul, na Coreia do Sul, receberam Otorrinolaringologistas do Brasil e do mundo todo para discutir os avanços da área. “Estar em eventos de destaque da Otorrino também é uma meta para refor-çar a marca da Associação e desenvolver um papel de liderança”, reforça o presidente.

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Ares europeusRealizada de 27 a 30 de abril, na cidade francesa de Nice, a 2nd Meeting of European Academy of ORL-HNS and CE-ORL-HNS reuniu novidades terapêuticas e diagnósticas da especialidade. O evento contou com a exposição de um estande da ABORL-CCF, que continha ações voltadas para a divulgação do 43º Congresso Brasileiro de Otorri-nolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial, distribuição das publicações oficiais da Associação, como o BJORL, a re-vista Vox Otorrino e o Tratado ORL, além de estabelecer contatos e captação de novos associados.

Presença na América LatinaO 25º Congreso Centroamericano de Otorrinolaringología y Cirurgía de Cabeza e Cuello e o Congresso da Associación Latinoamericana de Laringología e Fonocirurgía. A passa-gem dos representantes da ABORL-CCF pela cidade de San Jose, na Costa Rica, aconteceu entre os dias 1 e 4 de maio. Um dos objetivos da Associação Brasileira é expandir ações para outros países vizinhos do continente, promo-vendo um intercâmbio de conhecimentos na especialidade.

EventosInternacionais

Ponto para os brasileiros!A disciplina de Clínica Otorrinolaringológica da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, representada pelo Prof. Ricardo Bento e Dra. Raquel Salomone recebeu no 20th Internatio-nal Federation of Otorhinolaryngological Socie-ties World Congress o prêmio de Melhor Trabalho Científico pela tese “Bone marrow stem cells in facial nerve regeneration from isolated stumps”.

Ponto para os brasileiros!

Na Terra-MãeCom cerca de 20 médicos e funcionários, a comitiva da ABORL-CCF também esteve presente no 60º Congres-so SPORL-CCF e no 2º Congresso da Academia Ibero--Americana de ORL, durante os dias 15 a 18 de maio, na cidade de Porto, em Portugal. Os Otorrinos brasileiros participaram da programação científica, com palestras e presença em mesas redondas para discussão de casos clínicos. Parceira da ABORL-CCF, a SPORL cedeu espa-ço para exposição do nosso estande de forma gratuita. Já os laços de amizade com a AIAORL culminaram na definição do Brasil como país sede para o 6º Congresso AIAORL, em 2017, e na nomeação do Dr. Agrício Crespo como vice-presidente da instituição.

Costa Rica: intercâmbio de informações entre América Latina e Caribe

Em Nice, comitiva da ABORL-CCF no estande criado para o evento

Porto: Dr. Agrício nomeado vice-presidente da Academia Ibero-Americana

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Eventos Internacionais

Do outro lado do mundoA 20ª edição do IFOS World Congress, que aconteceu em Seul, na Coreia do Sul, entre 1 e 5 de junho, mere-ce destaque. Ao todo, cerca de quatro mil especialistas de todos os continentes compareceram ao encontro. Além da exposição dos produtos licenciados no seu es-tante, a ABORL-CCF organizou seminários integrantes da programação científica, que contou com a participação especial de brasileiros e europeus.

Considerado uma das mais importantes conferências da especialidade, o IFOS World Congress tem importância especial para o Brasil, uma vez que a instituição é presi-dida por um paulistano nato. “A participação brasileira na IFOS, representada pelo Dr. Paulo Pontes na condição de presidente, é um ganho imenso para o nosso país”, res-

Identidade visualAs cores, o logotipo, o layout. Neste ano, os estandes e peças da ABORL-CCF ganharam um visual novo e mo-derno. “Criamos uma padronização visual que nunca havia sido feita. Nossa ideia é mostrar o alto grau de desen-volvimento da nossa Associação”, ressalta o presidente.

“Na América Latina, nosso foco é a liderança regional. Queremos ampliar o alcance e estabelecer parcerias com os países vizinhos para a conquista de novos membros.”

Dr. Agrício Crespo

salta Dr. Agrício, que também passa a integrar a instituição como membro do executive board, ao lado da Dra. Tânia Sih, eleita nominating member.

Próxima parada...... em Vancouver, no Canadá! O Congresso da Ameri-can Academy of Otolaryngology-Head and Neck Surgery acontece de 29 de setembro a 2 de outubro e contará com ações da ABORL-CCF. São esperados cerca de 500 brasileiros para o encontro, que promete trazer tecnologia e muitos debates para a especialidade.

Confira nas páginas 32 e 33 os lançamentos da ABORL-CCF para os associados.

“Na América Latina, nosso foco é a liderança regional. Queremos ampliar o alcance e estabelecer

para a conquista de novos

Dr. Agrício Crespo

Seul: moderno centro de convenções da cidade foi a sede da IFOS 2013

Foram desenvolvidos dois modelos de estandes: um deles para eventos nacionais e outro para os internacio-nais, destacando a bandeira do Bra-sil. “Mudamos para melhor. Conse-guimos criar, com essas peças, uma comunicação visual profissional que representa a nossa entidade com so-fisticação e elegância”, finaliza o Dr. Agrício Crespo.

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Congresso Brasileiro

Conhecimento de alto nívelA programação científica do 43º Congresso Brasileiro de ORL baseia-se nas experiências bem-sucedidas observadas nos grandes eventos do gênero.

Por Eliana Antiqueira

Oferecer informação de qualidade, com as re-centes descobertas em todas as áreas da Otorrinolaringologia, com palestrantes reno-mados e uma programação científica variada

e abrangente foi a linha condutora dos organizadores do Congresso Brasileiro de 2013. Ao possibilitar o acesso a um conteúdo científico de alto nível, o evento cumpre seu papel de ser um divulgador e multiplicador de conheci-mento para os profissionais, serviços de ORL e faculda-des de Medicina.

A edição deste ano traz algumas novidades que devem se perpetrar nos anos seguintes. A estrutura formal da grade científica, organizada com bastante antecedência, tornou-se um modelo a ser repetido, assim como a rea-lização de conferências e mesas redondas sempre pela manhã. À tarde será reservada para cursos e painéis.

Para o 43º Congresso de ORL, os cursos de instrução passam a adotar um novo formato, seguindo o modelo da Academia Americana de Otorrinolaringologia (AAO--HNSF Annual Meeting). Os cursos serão ministrados por até três palestrantes, em um período de 45 minutos de imersão no tema que será abordado. Os temas de-vem ser submetidos on-line no site do Congresso (http://www.aborlccf.org.br/43cbo), onde serão avaliados por

uma Comissão Julgadora de Cursos que selecionará aqueles mais pertinentes para o ano em questão.

“Os cursos não serão fixos para os futuros Congressos, de forma que as propostas devem ser submetidas todos os anos. Assim, os congressistas poderão se atualizar em temas diferentes de uma maneira mais profunda”, ex-plica Dra. Francini Pádua, coordenadora do Projeto de Reformulação do Congresso da ABORL-CCF.

Outra novidade desta edição são os Temas Correlatos. Anualmente são enviados diversos temas livres para apresentação no Congresso Brasileiro de ORL-CCF. Na edição de 2013, serão escolhidos alguns temas livres que tenham relação com o tema principal das mesas redondas que ocorrem no período da manhã, e os mes-mos serão apresentados (no mesmo formato do tema livre), após a mesa redonda. A inscrição dos temas será feita no site do evento e selecionados por uma comissão.

Na programação do Congresso Brasileiro de ORL está prevista também a realização de um Simpósio Latino--Americano, uma vitrine inédita para os especialistas do continente, e de um Simpósio Brasil-França, com a pre-sença de mais de 30 especialistas daquele país convida-dos pelo Dr. Jean Pierre Bebear.

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Congresso Brasileiro

Ilustres palestrantesO 43º Congresso Brasileiro terá uma variada programação internacional com palestrantes renomados de todas as especialidades. Reunimos aqui alguns dos ilustres convidados que falam sobre suas expectativas para o evento.

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Dr. Wolfgang Gubisch – Cirurgia PlásticaO rinologista alemão participa pela primeira vez do Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia.

Cirurgião plástico renomado, protagonista da primeira cirurgia plástica transmitida ao vivo, direto da Alemanha para o Brasil, Dr. Gubisch está na expectativa de ver como os cirurgiões brasileiros têm trabalhado uma técnica desenvolvida por ele há cerca de 30 anos. “Sei que muitos profissionais brasileiros usam uma abordagem fechada que já realizei em cerca de 3.000 casos, mas eu mudei totalmente para a técnica aberta, porque me dá mais precisão na análise, bem como no meu procedimento cirúrgico. Gostaria de discutir esses problemas com os meus colegas brasileiros e espero convencê-los a iniciar esta técnica também. O mesmo pretendo com a técnica de reconstrução do septo extracorporal que parece ser mui-to difícil, mas, com uma abordagem aberta, é um procedimento lógico.”

O cirurgião espera também aproveitar algum tempo para fazer turismo. “Pela primeira vez vou passar um tempo a mais no Brasil, o que me permitirá conhecer um pouco deste lindo país. Estou muito feliz porque vou contar com a companhia de amigos brasileiros. Estou ansioso por esta visita ao Brasil. Tenho certeza de que será uma grande experiência”, aposta Dr. Gubisch.

Dr. Claudio Vicini – Medicina do SonoDr. Claudio Vicini, especialista em Medicina do Sono, observa o desenvolvimento da especialidade no Brasil e se diz impressionado com o alto nível dos profissionais daqui.

Para o Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia, em novembro, o especialista italiano espera encontrar a mesma qualidade nas contribuições científicas. Colaborador de longa data de especia-listas brasileiros de Medicina do Sono, Dr. Vicini cita os conhecimentos avançados em cirurgia do sono, especificamente na área de drogas endoscópicas de indução ao sono. “O Brasil é um país desenvolvido e emergente em muitos aspectos, e a atividade diária do especialista local, nesta era de globalização, não é diferente da atividade clínica diária na Europa e nos Estados Unidos”, afirma.

Para sua palestra no Congresso Brasileiro, Dr. Claudio Vicini adianta que está disposto a compar-tilhar seu conhecimento em Cirurgia do sono e cirurgia robótica e avisa: “Terei orgulho em aceitar colegas brasileiros para um fellowship no meu serviço e ficarei honrado de trabalhar em conjunto com eles no desenvolvimento científico desta nova área da ORL”.

Dr. Craig Derkay – ORL PediátricaO especialista norte-americano em ORL Pediátrica Craig Derkay está animado com sua visita ao Brasil. “Espero colaborar para difundir o conhecimento de minhas áreas de estudo: papiloma respiratório recorrente e otite média”, diz.

Observador atento sobre a evolução de sua área de atuação ao redor do mundo, Dr. Derkay admite que Europa e os EUA estão na vanguarda da pesquisa em ORL Pediátrica, “mas com o aumento de recursos voltados às pesquisas, não vejo porquê o Brasil não possa alcançar seus colegas estrangeiros. Os profissionais brasileiros são muito talentosos”, confirma.

Em sua palestra, Dr. Craig Derkay promete apresentar sua mais recente pesquisa sobre RPP (do-ença respiratória causada pelo papiloma vírus humano 6 e 11), incluindo os benefícios potenciais da vacina quadrivalente contra o HPV na prevenção do RRP e câncer de cabeça e pescoço. “Também vou rever as diretrizes clínicas mais recentes sobre o tratamento cirúrgico da otite média”, explica.

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Congresso Brasileiro

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Dr. Martin Desrosiers - RinologiaUma longa distância separa o Canadá do Brasil, mas isso não parece incomodar o ri-nologista Dr. Martin Desrosiers: “Amo as pessoas, a música e o clima deste país”, afirma entusiasmado.

Dr. Desrosiers aponta que os Otorrinos brasileiros não devem nada em relação aos seus pa-res estrangeiros em áreas especializadas como a cirurgia de base de crânio e bacteriologia. “Com a contínua aposta na formação do residente e nos programas de fellowship, o Brasil está bem posicionado para assumir uma posição como um líder internacional na área. Uma melhor integração com os institutos de pesquisa ajudaria a acelerar esse esforço”, reflete.

Para sua palestra, o médico apresentará conceitos desenvolvidos ao longo de uma dé-cada de pesquisa sobre o desenvolvimento de sinusite crônica desenvolvida por bactéria, deficiência imune induzida por patógeno em sinusite, seleção ideal da terapia para a CRS utilizando biomarcadores, mecanismos de inflamação no CRS, novas terapias em CRS, a evolução do microbioma e sua manipulação para fins terapêuticos. “Além disso, vou apre-sentar conceitos práticos de cirurgia endoscópica na base do crânio consolidados em 20 anos de experiência”, acena.

Dr. Clark Rosen – Laringe e VozOutro entusiasta do Brasil, Dr. Clark Rosen é categórico: “Cada vez que eu for para o Brasil sei que vou conhecer pessoas incríveis e aprender com os laringologistas incríveis e os vários profissionais da voz competentes deste país”.

Tanta admiração tem fundamento. Segundo o especialista, o Brasil tem um excelente lega-do e história de técnicas cirúrgicas inovadoras e de pesquisa dentro laringologia. “Pesqui-sadores como Paulo Pontes e Mara Behlau abriram o caminho para muitas contribuições significativas e eu estou ansioso para conversar e trocar conhecimentos com os participan-tes do Congresso Brasileiro”, conta.

Dr. Rosen antecipa que em sua palestra vai abordar os recentes avanços na eletromiografia de laringe, que vem recebendo incrementos tecnológicos significativos e agora desempe-nha um papel importante no prognóstico de pacientes com paralisia de prega vocal. “Estas técnicas podem encurtar o tempo de tratamento permanente e aliviar muito a ansiedade do paciente em relação à necessidade de tratamento cirúrgico após o início da paralisia das pregas vocais e aumenta as possibilidadesde recuperação espontânea”, explica.

Dr. Jean Pierre Bebear – OtologiaDr. Jean Pierre Bebear é mais do que um médico renomado, é uma figura internacional. Ex-sena-dor da União Europeia pela França é também membro emérito das sociedades Otorrinolaringoló-gicas da Argentina, Portugal, Grécia e do Brasil e um dos papas do Implante Coclear no mundo.

O Brasil é um velho e querido conhecido do Dr. Bebear. “A primeira vez que estive no país foi em 1980, para um curso na Faculdade de Medicina de Botucatu. Desde então, já foram cerca de vinte visitas”, lembra. Tanta intimidade com o Brasil lhe conferiu um olhar bastante acurado sobre a evolução da especialidade em nosso território, e ele afirma com segurança: “O nível da Otorrinolaringologia brasileira é bastante alto em relação à Europa e aos Estados Unidos. Acompanhou a evolução da ABORL-CCF nas últimas duas décadas e fico muito feliz em perce-ber que este é um crescimento sólido e duradouro”. Para o Congresso Brasileiro, Dr. Jean Pierre deve a apresentar os recentes avanços tecnológicos em Implante Coclear.

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Foniatria: a tão esperada formação complementar

Foniatria

ABORL-CCF abre curso extensivo em Foniatria para ampliar a formação dos médicos na área

Por Sheila Godoi

O convênio celebrado entre o Conselho Federal de Medi-cina, a Associação Médica Brasileira e a Comissão Na-

cional de Residência Médica definiram a Foniatria como uma área de atuação exclusiva da Otorrinolaringologia. O contexto atual, entretanto, revela uma carência de profissionais aptos e se-guros para lidarem com os distúrbios da comunicação. E, ainda, uma de-manda nesta formação específica dos residentes em Otorrinolaringologia. Para contribuir com a mudança desse cenário, a ABORL-CCF preparou um curso extensivo em Foniatria, que trará conteúdo didático e ampla discussão de casos clínicos.

De acordo com o Dr. Ariovaldo Silva, secretário do Departamento de Fonia-tria da ABORL-CCF, em média, 30%

das consultas otorrinolaringológicas en-volvem perguntas diretamente relacio-nadas aos conhecimentos dos distúr-bios da comunicação em geral. “Nosso objetivo é gerar um conhecimento que faz grande diferença para o profissional durante o atendimento à população.”

Apesar da exclusividade da atuação para Otorrinos, a Foniatria está relacionada com outras especialidades da Medicina, como Neurologia e Psiquiatria, ou áreas afins, como Fonoaudiologia, Odontologia e Psicologia, além de conhecimentos em Linguística e Pedagogia. “Com o estudo dos distúrbios da comunicação, o foniatra lança mão do conhecimento destas áreas como ferramenta para atu-ar visando a abrangência do conteúdo, identificação e reabilitação dos desvios. Não se trata de estabelecer uma fronteira para a atuação, mas de uma ponte entre as diferentes abordagens”, relaciona o Dr. Arnaldo Guilherme, coordenador do mesmo departamento. Nesse sentido, a atuação médica ganha um viés multi-profissional. “É fundamental conhecer as particularidades de cada situação para uma completa condução do caso e uma integralização das atuações.”

“São raros os lugares onde há uma formação e um entendimento mais completo sobre os distúrbios da comunicação humana”

Dra. Mariana Favero

“O que se busca é a universalização do conhecimento, sem barreiras à atuação e difusão integral da Foniatria”

Dr. Arnaldo Guilherme

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Foniatria

Áreas integradasA principal carência, segundo os especialistas, é de uma visão integrada da área nos estudos durante o período de especialização em ORL. Por isso, uma das metas do Departamento de Foniatria da ABORL-CCF é realizar um levantamento junto às residências médicas para identificar com maior precisão as demandas de ensino. “São raros os lugares onde há uma formação e um entendimento mais

Trabalho conjunto

completo sobre os distúrbios da comunicação humana”, afirma a Dra. Mariana Favero, integrante do comitê.

A ideia é que a disciplina de Foniatria seja melhor explo-rada durante a especialização do médico. “O que se bus-ca é a integralização e universalização do conhecimento, sem limites ou fronteiras, sem barreiras à atuação e di-fusão integral da ciência da Foniatria”, coloca Guilherme.

Conteúdo programático do cursoO Dr. Alfredo Tabith Jr., membro do mesmo grupo de médicos, explica que durante o curso extensivo, serão abordados o conceito e histórico da Foniatria, a função do profissional que atua na área e a consulta em si. “Tra-balharemos também os fundamentos neurológico e psi-cológico e o processo de aquisição da linguagem. Outros pontos são o desenvolvimento da função auditiva e sua relação com a aquisição da linguagem, os processos de avaliação da audição no infante, na criança e no adulto, as principais patologias”, detalha. Além disso, as aulas trarão conteúdo sobre as grandes síndromes, disfagias e alterações da motricidade orofacial, aquisição da leitura e escrita e seus distúrbios, funções cerebrais e problemas da voz e da fala, como gagueira e taquifemia.

Formar com qualidade: essa é a grande meta do curso.

A Comissão de Educação Médica Continuada apoia a iniciativa e não medirá esforços para garantir que os ob-jetivos sejam atingidos. Dr. Renato Roithmann, presidente da comissão, concorda que a formação dos médicos em Foniatria durante o período da residência médica precisa de uma atenção especial. “A Educação Médica Continua-da deve ser forte neste sentido, proporcionando e incenti-vando cada vez mais atividades que venham a acrescen-tar tanto na formação como na atualização permanente dos Otorrinolaringologistas de todo o país”, propõe.

A Comissão de Título de Especialista também está tra-balhando em conjunto com os demais departamentos, com o objetivo de avaliar os Otorrinos nos cuidados com os distúrbios da linguagem. “Os médicos serão preparados nos serviços de residência e, então, serão avaliados de forma mais detalhada em Foniatria. Em um futuro próximo, queremos incluir questões ligadas diretamente à área na prova de Título de Especialista”, adianta Dr. Leonardo Haddad, presidente da comissão.

“Em um futuro próximo, queremos incluir questões

ligadas diretamente à área na prova de Título de

Especialista”

Dr. Leonardo Haddad

“A Educação Médica Continuada deve incentivar cada vez mais atividades que venham a acrescentar na formação e na atualização dos Otorrinolaringologistas”

Dr. Renato Roithmann

“Queremos, com esse treinamento, promover a formação do Otorrinolaringologista em Foniatria. Para que isso ocor-ra, vamos incluir no programa, além de apresentações teóricas, várias discussões práticas, com apresentações de casos clínicos”, salienta Dra. Mariana. As mesas re-dondas abrirão espaço para o debate das condutas mais adequadas para as diferentes situações clínicas. “O ob-jetivo é habilitar o ORL a atuar como foniatra e saber se movimentar numa equipe multiprofissional”, complementa Dr. Ariovaldo Silva.

Com início previsto para agosto e duração média de um ano, o curso é presencial e oferece 45 vagas. “Estudamos também a possibilidade da inserção de vídeoconferências ou DVDs”, adianta Silva.

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Ouvido, nariz e garganta

SUCESSO nA REdE!Campanha “Ouvido, nariz e garganta: cuide e viva melhor” consolida seu sucesso nas redes sociais e amplia o entendimento do público leigo sobre a importância dos Otorrinos para a qualidade de vida.

Por Eliana Antiqueira

Qualquer ação de marketing e publicidade, nos dias de hoje, não pode ignorar a força e penetração das re-des sociais. Segundo o vice-presidente do Facebook na América Latina, Alexandre Hohagen, o número de

usuários no Brasil passou de 12 milhões, em 2011, quando o serviço chegou ao país, para os atuais 67 milhões. Um cres-cimento de 458%. Além do Facebook, outras redes também possuem grande crescimento. O YouTube já possui no Brasil 42,9 milhões de espectadores e o país já é o sexto maior merca-do mundial do site em termos de número de visualizações. Um levantamento da empresa US Media Consulting apontou ainda que 97% dos usuários brasileiros de internet estão nas mídias sociais. Os números astronômicos revelam a revolução que está em curso nos tradicionais métodos de comunicação, que agora exigem interatividade e transparência com o público.

O público das redes sociais está exposto a diversos estímulos audiovisuais e, para sobressair neste “mar de posts”, é preciso mais do que criatividade: é fundamental ser relevante. A pro-posta da campanha “Ouvido, nariz e garganta: cuide e viva me-lhor” é ampliar o entendimento do público leigo sobre doenças comuns que afetam seu cotidiano e qualidade de vida e tem alcançado os objetivos propostos. Desde que a campanha vir-tual teve início, em março, os números de acesso não param de crescer e sinalizam a aprovação dos usuários.

Acompanhe pelos gráficos a evolução da campanha digital desde seu lançamento, em 21 de março, até a última medição, realizada em junho.

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maio / junho 2013 | www.aborlccf.org.br22 | Revista VOX OTORRINO

Ouvido, nariz e garganta

gerar e estreitar relacionamento conscientizando sobre o profissional, visando conversão para o site. Conteúdo diário.

Filmes na Globo

Alcance da Campanha

Facebook

MAIS dE 100 InSERÇõES

FACEBOOK: MAIS dE

1 MILHÃO dE VISUALIzAÇõES

AUMEnTOdE FÃS

30.000 CLIqUESnos anúncios de Google e Facebook Ads

23.000.000de impressões em blogs e sites

6.600.000 de pessoas impactadas nos anúncios do Jornal Metro e das revistas Saúde e Reader’s Digest

SITE: MAIS dE 34 MIL VISITAS

677 767

14.223

18.576

FEVEREIRO MARÇO

ABRIL

MAIO

JUNHO41.511

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Ouvido, nariz e garganta

gerar conteúdos mais longos para otimizar os mecanismos de busca.

Site

Mídiaespontânea

Jornal Metro Revista Saúde

Matérias jornalísticas veiculadas em rá-dios, TVs, jornais, revistas e portais de todo o Brasil até maio de 2013.

MAIS dE 100 InSERÇõES

Muitos dos acessos são reflexos do engajamento do público nas redes sociais. A mensagem dos cuidados necessários para com o ouvido, nariz e garganta está sendo bem aceita pelo o público. Até agora, a média é de 150 compartilhamentos por cada post do blog.

IMPREnSA: MAIS dE 100 InCLUSõES

ALCAnCE nACIOnAL

Jornal Nacional

Programa Bem Estar

G1

Agência Brasil

UOL

Folha de S. Paulo

540.000 ExEMPLARESem São Paulo com três anúncios

300.000 ExEMPLARESno Rio de Janeiro com três anúncios

586.000 ExEMPLARES

19.147 VISUALIzAÇõESno YouTube em 132 horas de vídeos assistidos

Em média, o site recebe

464 VISITAS POR dIA

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maio / junho 2013 | www.aborlccf.org.br24 | Revista VOX OTORRINO

Editoria

11 a 13 de julho Curso de Cirurgias Endoscópicas Endonasais Coordenação: Dr. Marcus Lessa Local: FORL - Salvador/BA Informações: (11) 3068-9855

12 a 13 de julho Atualização em Rinologia Coordenação: Dr. Eulôgio Martinez Local: Hotel Baia Norte - Florianópolis/SC Informações: (48) 9627-3684

19 a 20 de julho VII Simpósio Internacional sobre Ronco e Apneia do Sono Coordenação: Denilson Storck Fomin, Luci Black Tabacow Hidal, Sergio Luis de Miranda, Luis Carlos Gregório Local: Hospital Israelita Albert Einstein - São Paulo/SP Informações: (11) 2151-5239

20 de julho Projeto Próteses Auditivas - Aspectos práticos para o Otorrinolaringologista Coordenação geral: dr. Marcelo Ribeiro de Toledo Piza Coordenação local: dra. Maria Cristina Cento Fanti Local: Papillon Hotel - Goiânia/GO Informações: (11) 5053-7500

24 a 27 de julho 33º Curso de Microanatomia Cirúrgica do Osso Temporal Coordenação: Prof. Oswaldo Laércio Mendonça Cruz Local: Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês - São Paulo/SP Informações: (11) 3155-0887

25 a 27 de julho 4º Curso Avançado de Anatomia Otológia e Neuro Otológica Coordenação: Dr. Rubens Brito Local: FAMENE - João Pessoa/PB Informações: (11) 3068-9855

27 de julho Atualização das rinites e rinossinusites Coordenação: Dr. Getulio Camporez Local: Unimed Vitória - Vitória/ES Informações: (11) 5053-7500

1 a 3 de agosto Disseção do Osso Temporal Coordenação: Prof. Dr. Paulo Roberto Lazarini e Prof.Dr. Lídio Granato Local: Santa Casa de São Paulo - São Paulo/SP Informações: (11) 2176-7235 / (11) 3222-8405

2 a 3 de agosto 2º Simpósio Internacional de Câncer de Cabeça e Pescoço Coordenação: Fernando C. Maluf e José Roberto Vasconcelos de Podestá Local: Hilton São Paulo Morumbi Hotel - São Paulo/SP Informações: (11) 3888-2232

2 a 3 de agosto 9º Curso de Potenciais Evocados Auditivos: Curso Téorico-Prático Coordenação: Dra. Signe Schuster Grasel Local: FMUSP - São Paulo/SP Informações: (11) 3068-9855

2 a 3 de agosto 11ª Jornada de Estomatologia Coordenação: Dr. Ronaldo Frizzarini Local: FORL - São Paulo/SP Informações: (11) 3068-9855

43º Congresso Brasileiro de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial

20 a 23 de novembro

Coordenação: ABORL-CCFLocal: Anhembi Parque Informações: www.aborlccf.org.br/43cbo Telefone: (11) 5053-7500

Não esqueça, reserve logo seu hotel!

3 de agosto 5º Curso Teórico-Prático de Anatomia em Otorrinolaringologia Coordenação: Dr. Geraldo Jotz Local: Prédio do ICBS - Porto Alegre/RS Informações: (11) 3068-9855

3 de agosto Jornadas da Sociedade Paulista de Otorrinolaringologia Coordenação: Dr. Antonio Carlos Cedin Local: Hospital São José - São Paulo/SP Informações: (11) 5080-4933 / (11) 5080-4934

5 de agosto de 2013 a 18 de fevereiro de 2014 Otomaster Coordenação: Dr. Luiz Carlos Barbosa e Dr. Felipe Fortes Local: FORL - São Paulo/SP Informações: (11) 3068-9855

7 a 9 de agosto 7º Curso de Anatomia e Dissecção de Osso Temporal Coordenação: Dr. Iulo Baraúna e Dr. Aldo Stamm Local: Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos - São Paulo/SP Informações: (11) 5080-4357

7 de agosto a 27 de novembro 13º Curso de Extensão Universitária 2º Semestre Coordenação: Dr. Richard Voegels Local: FORL - São Paulo/SP Informações: (11) 3068-9855

7 a 9 de agosto 84º Curso Teórico-Prático de Cirurgia Endoscópica Naso-Sinusal e 13º Curso de Dissecção em “S.I.M.O.N.T.” (Sinus Model Otorhino Neuro Trainer) Coordenação: Dr. Aldo Stamm e Dr. Leonardo Balsalobre Local: Complexo Hospitalar Professor Edmundo Vasconcelos - São Paulo/SP Informações: (11) 5080-4357

8 a 10 de agosto Rhinoplasty 2013 Coordenação: Jose Antonio Patrocinio, Lucas G. Patrocinio e Tomas G. Patrocinio Local: Hospital Santa Genoveva/CDI - Uberlândia-MG Informações: [email protected]

15 a 17 de agosto 12º Congresso da FORL Coordenação: Dr. Richard Voegels Local: Campos do Jordão Convention Center - Campos do Jordão/SP Informações: (11) 3068-9855

29 de setembro 2013 Annual Meeting & OTO EXPOSM Coordenação: Academia Americana de Otorrinolaringología (AAO-HNSF) Informações: www.entnet.org/ConferencesAndEvents/Latin-American-Live-Webcast.cfm

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Na MSD, trabalhamos para ajudar as pessoas de todo o mundo a ficar

bem. Fazemos isso pesquisando e desenvolvendo medicamentos e

vacinas inovadores, além de produtos de consumo e de saúde animal;

oferecendo soluções na área de assistência à saúde que fazem diferença

na vida das pessoas; e escutando pacientes, médicos e outros parceiros,

a fim de entender e antecipar suas necessidades em assistência à saúde.

Buscamos alternativas para proporcionar bem-estar a todas as pessoas, de

todas as idades por meio de nossa linha de pesquisa e desenvolvimento.

Temos medicamentos, vacinas e produtos de consumo para a saúde da

mulher, do homem, da criança e do idoso, em diversas áreas essenciais

da medicina, como: doenças cardiovasculares, diabetes, câncer,

doenças respiratórias, doenças autoimunes, HIV/aids, hepatites virais,

anticoncepcionais, tratamentos de fertilidade, entre outros.

Além disso, acreditamos que faz parte de nossa responsabilidade garantir

que nossos medicamentos e produtos cheguem às pessoas que mais

precisam deles, independentemente do local onde vivem. Para isso,

criamos uma série de programas e parcerias em todo o mundo para facilitar

o acesso das populações mais carentes a nossos medicamentos ou a

outros serviços de saúde. Todas essas iniciativas podem ser consultadas

em nosso site global (www.msd.com), como também em nosso site no

Brasil (www.msdonline.com.br).

Fazemos tudo isso porque queremos ajudar as pessoas a ficarem bem

com sua saúde e assim desfrutarem de todos os bons momentos com sua

família, amigos e aqueles que mais amam.

Nós cuidamos das

Não cuidamos só da saúde.

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Gestão Financeira

Dinheiro não cai do céu, nem dá em árvore, mas, apli-cando direitinho, pode chover e crescer. Poupança, ações, CDB, renda fixa, Tesouro Direto... O mercado de investimentos é um universo de taxas, siglas e re-

gras, incompreensível para a maioria das pessoas que não têm conhecimentos financeiros suficientes para tomar decisões acerca de onde investir. Com os médicos não é diferente. Os longos anos de formação, a exigência de atualização constan-te na área e as responsabilidades cotidianas não deixam muito espaço para estudar a complexa linguagem do “economês” ou acompanhar a montanha russa da Bolsa de Valores. O re-sultado disso é que acabam deixando o dinheiro aplicado em investimentos simples, com pouco risco e baixa rentabilidade e desconhecem as possibilidades de aumentar o patrimônio. En-tre outros fatores, isso acontece porque ao brasileiro, em geral, falta orientação sobre educação financeira. Ele sabe pouco, ou quase nada, sobre como cuidar bem do dinheiro que ganha.

CUIdE dA SUA SAúDE FINANCEIRA

Investimentos são sempre uma incógnita. Aonde colocar o tão suado dinheirinho com o mínimo de riscos e o máximo de rentabilidade? Não temos a resposta correta, mas indicamos algumas possibilidades.

Por Eliana Antiqueira

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GestãoFinanceira

Para corrigir essa deficiência, o pri-meiro passo é descobrir qual seu perfil de investidor e levar em con-sideração o tripé básico de investi-mentos: rentabilidade, liquidez e ris-co. “Queremos sempre que nossos investimentos sejam os mais rentá-veis possíveis, mas será que só isso é o que importa? Se precisarmos dos recursos para uma emergência, eles estarão disponíveis? O que é preferí-vel: altas rentabilidades com altos ris-cos ou menores desempenhos sem grandes sustos?”, questiona Osmar Visibelli, professor de Administração da Universidade Anhembi Morumbi.

Definido este perfil, é preciso esta-belecer os objetivos de investimento a curto, médio e longo prazo. Os de curto prazo devem ser alcançados em, no máximo, um ano; os de mé-dio entre um e cinco anos, e os de longo prazo, em período superior a cinco anos. E se você é do tipo que só confia nas orientações do gerente do banco, também está na hora de rever sua posição. “O gerente é fun-cionário do banco, não tem poder de isenção. Sua função é vender o que é mais lucrativo para a instituição e não para o cliente”, alerta Mauro Halfeld, economista e comentarista de finan-ças da rádio CBN.

Para desbravar esta selva, conte com a expertise de um consultor financeiro, profissio-nal que orienta pessoas físi-cas em suas decisões sobre investimentos, seja a aloca-ção de recursos no mercado financeiro, até a decisão de imobilizá-los na compra de um bem ou mesmo para fa-zer um financiamento. O con-sultor pode ajudar nas mais variadas situações, pois tem obrigação de manter-se atu-alizado sobre quaisquer mu-danças, desde oscilações da Bolsa até novas tributações. O consultor financeiro pessoal só pode aconselhar o cliente, caso ele tenha gestão de car-teira, no qual o cliente transfe-re toda a responsabilidade de seus ativos, se faz necessário um registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), além de procura-ções específicas para que se possa operar junto às instituições financeiras em nome do cliente. Ao contratar este profissional, é importante avaliar sua formação, antecedentes e sua expe-riência no mercado financeiro. Con-fidencialidade, sigilo e discrição são imprescindíveis à função.

Perfil do investidorExistem três perfis básicos de investidor. Descubra qual é o seu.

A parte do porquinhoComo e onde investir é um processo que compreende conhecimento não apenas do mercado, mas, principal-mente, das necessidades do inves-tidor. Halfeld ensina que, para cada período da vida, há um tipo de inves-timento. “Nos anos de formação, vale investir em capacitação mesmo, em bons cursos e material didático di-

ConservadorUm investidor conservador tem aversão a riscos. Quer ganhar dinheiro, mas o seu foco, na verdade, é não perder dinheiro.

ModeradoUm investidor moderado não está disposto a assumir altos riscos, mas compreende que precisa correr algum risco se quiser que seu capital aumente mais rápido.

AgressivoO investidor agressivo possui uma tolerância a riscos muito mais alta, em busca de ganhar mais dinheiro em menos tempo.

Mauro Halfeld: nos anos de formação, vale investir em capacitação

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ferenciado. Meu conselho para este período da vida é: evite dívidas”. Para isso, o comentarista dá um conselho precioso: estabeleça um orçamento e atenha-se ele. “Um orçamento não se restringe a cortar gastos e praze-res. O objetivo é fazer você entender quanto dinheiro tem, para onde ele vai e como planejar e alocar melhor esses fundos”. E não importa se você ganha uma fortuna ou um sa-lário mínimo, poupar é importante. “Você pode abrir uma caderneta de poupança com 50 reais e guardar 10 reais por mês, se é o que sobra. O importante aqui não é o quanto se guarda, mas desenvolver o hábito de guardar”, explica.

Aos profissionais que já têm uma carreira estabilizada e juntaram al-gum patrimônio, ele indica investi-mentos em Tesouro Direto, fundos imobiliários Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e Letras de Cré-dito Imobiliário (LCI) em bancos de primeira linha. Mauro Halfeld, po-rém, faz uma observação curiosa

e pertinente: na medida em que se envelhece é recomendável adquirir um perfil mais conservador, e evitar investimentos de risco. “Crises são inevitáveis nesse mercado e um pro-fissional mais velho talvez não tenha tempo de ver uma recuperação nos preços”. Ou seja, correr risco sim, mas por tempo determinado. Para minimizar o risco e maximizar o lu-cro, o investidor deve conhecer o mercado no qual pretende investir, limitar a fração do patrimônio, es-tabelecer uma estratégia sólida de investimentos e uma meta de ganho.

Os amigos Francinaldo Gomes e Francisco Vaz, ambos neurocirurgi-ões que compartilhavam, além da profissão, a pouca experiência para assuntos financeiros, juntaram di-nheiro e se arriscaram com inves-timentos em ações. Por dois anos, obtiveram ótimos resultados, até que a crise de 2008 corroeu seus investi-mentos. “Quando o banco de inves-timentos Lehman Brothers quebrou, perdemos 30% das nossas aplica-

ções em uma semana. Passadas duas semanas, queda de mais 40%. Em resumo: um rendimento de mais de 200% alcançado em dois anos foi reduzido a pouco mais de 10% em um mês”, contam.

Engana-se quem pensa que os dois fugiram do mercado de ações e vol-taram correndo para os investimen-tos seguros. Munidos de coragem e o que sobrou do patrimônio, nada-ram contra a corrente. Fizeram cur-sos, participaram de palestras, tro-caram informações com investidores experientes e chegaram à inevitável conclusão de que para ser um bom investidor é preciso tempo e esforço. A experiência rendeu um livro escri-to a quatro mãos, “Bolsa de Valores para Médicos” (Editora DOC), no qual ensinam, de modo descomplicado, a investir em ações. “Uma coisa que aprendemos na prática é que a perda mensal deve se limitar a, no máximo, 6% do capital alocado a risco. É fun-damental ter cuidado com a ganân-cia”, alertam.

“É fundamental ter cuidado com a

ganância”,

Francinaldo Gomes e Francisco Vaz

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Osmar Visibelli sugere ao investidor de primeira viagem a permanecer na Bolsa de Valores por, no mínimo, um ano para que o investimento so-breviva a sazonalidades. “Aconselho a investir não mais do que 35% da capacidade financeira em ações. O resto do capital deve ser distribuído em outras aplicações que ofereçam mais segurança”.

A caderneta de poupança, a mais po-pular e tradicional aplicação financeira do país, continua sendo uma alternati-va sólida e rentável para investimentos de até 50 mil reais. O cálculo do rendi-mento mensal da poupança é 70% da taxa Selic, quando esta estiver igual ou abaixo de 8,5%. “Caso a Selic es-teja acima desse patamar e para os depósitos feitos antes de 4 de maio de 2012, vale a seguinte regra de ren-dimento: Taxa Referencial (TR), divul-gada pelo Banco Central, acrescida de mais 0,5% ao mês. De acordo com uma norma do Conselho Monetário Nacional (CMN) de 2007, caso a TR fique negativa, ela será considerada igual a zero para o cálculo do rendi-mento das cadernetas de poupança. Dessa forma, é garantido ao cidadão que a poupança renda sempre, no mínimo, 0,5% ao mês”, detalha Miguel de Oliveira, vice-presidente da Asso-ciação Nacional dos Executivos de Fi-nanças, Administração e Contabilida-de (Anefac). A outra boa notícia é que a poupança é isenta de imposto de renda, taxa de administração e possui liquidez imediata. Precisou, sacou.

A parte do LeãoSe houver lucro, haverá imposto. Esta é uma máxima empírica incon-testável. Em relação aos investimen-tos, o Leão é bem atento às movi-mentações financeiras e não perdoa lucros não declarados. Por isso, é

Aprender para não perderÉ preciso investir em conhecimento sobre investi-mentos. “Quanto mais o médico entender sobre o assunto, melhores serão suas escolhas”, recomen-dam Dr. Francinaldo e Dr. Francisco. Eles indicam algumas boas fontes de informação.

— www.bovespa.com.br —No site da BM&F Bovespa existem informações completas e detalhadas sobre o mercado de ações e mercado futuro.

— www.infomoney.com.br —No site é possível acompanhar diariamente o andamento do mercado de ações, bem como saber a opinião de especialistas e reportagens sobre diferentes investimentos.

— Investimentos Inteligentes —De Gustavo Cerbasi (Editora Thomas Nelson Brasil) – O livro dá uma visão geral sobre diferentes formas de investimentos e várias dicas para conquis-tar o primeiro milhão.

— Bolsa de Valores para Médicos —De Francinaldo Gomes e Francisco Vaz (Editora DOC) – O livro desmistifica o mercado de ações e ensina, dentre outras coisas, a estratégia de venda coberta como forma de construir e multiplicar um patrimônio em ações para servir como fonte de renda futura.

melhor saber como domar essa fera do que ignorar sua possível mordida. Nas Bolsas de Valores, ao comprar qualquer quantidade de ações, você não paga impostos. Este só será pago quando as ações forem vendi-das com lucro e num valor maior do que R$ 20 mil mensais, exceto para as operações de compra e venda no mesmo dia. “O imposto incide sobre o lucro líquido”, elucida Dr. Francinal-do. “A alíquota é de 15% para as ope-rações de compra e venda em dias diferentes, sendo que 0,005% do im-posto são retidos na fonte como an-tecipação; e de 20% sobre as opera-ções de compra e venda no mesmo dia, com 1% retido na fonte”.

Os fundos de renda fixa tem IR de até 22,5% sobre os rendimentos. “A cada seis meses essa taxa decres-ce atingindo um mínimo de 15%”, in-forma Mauro Halfeld. “Os planos de previdência podem chegar a apenas 10% de imposto depois de algum

tempo, mas é preciso ficar de olho nas taxas de administração. Nos casos de fundos de previdência, é crucial ter taxas reduzidas porque se trata de um investimento de longo prazo. Cada 0,1% a menos na taxa de administração fará a diferença no montante do patrimônio em longo prazo”, diz o economista.

O melhor investimento é aquele que lhe dará conforto e tranquilidade. Um bom investimento não vai tirar seu sono, mas fazê-lo dormir seguro; não vai tirar sua saúde, mas permitir que cuide me-lhor dela, não o afastará dos amigos e família, mas permitirá que desfrute o melhor da vida ao lado deles. Seja qual for o investimento, não se trata de sorte ou jogo, mas método, disciplina e co-nhecimento. “A busca do equilíbrio na vida financeira é semelhante à procura do equilíbrio na Medicina. É uma arte. Mas é possível aprender a ser um ar-tista cada dia mais talentoso”, conclui Mauro Halfeld.

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Contratação

Qual sua formação acadêmica e expe-riência profissional anterior?

Sou farmacêutico bioquímico, formado pela USP e construí minha carreira em algumas fases. Iniciei prestando assistên-cia farmacêutica a clientes e médicos em uma farmácia de minha família. Depois tra-balhei em um laboratório semi-industrial público e, após 3 anos, ingressei na área comercial de um laboratório multinacional. Lá desenvolvi uma carreira de 20 anos, na qual atuei na área de vendas e na área de marketing, gerenciando produtos, pesso-as e projetos. Acredito que ter atuado na indústria contribuiu para que eu desenvol-vesse um lado comercial e de administra-ção de marketing e pessoas.

A ABORL-CCF é uma das maiores as-sociações do gênero no mundo, com mais de 5 mil associados. Qual você acredita que seja o maior desafio da gestão desse universo?

Realmente, o desafio é grande e conto com toda a diretoria para atender às mais variadas demandas que a complexidade desta instituição certamente apresentará. Acredito que posso desempenhar um pa-pel relevante que alavanque progressos e crescimentos expressivos. Mas o maior desafio de qualquer gestão nos dias de hoje, por mais que tenhamos avançado tecnologicamente e desenvolvido nosso ferramental, está relacionado ao material humano. Este é o maior patrimônio das empresas e das organizações e o desafio é fazer as pessoas acreditarem que são capazes, desenvolvê-las, criar e manter

Eduardo Tadeu Lima e Silva é o novo diretor executivo da ABORL-CCF. Aos 54 anos, pai dos gêmeos Pedro Ivo e Maria Clara e fã de rock, ele assume o cargo com o compromisso de manter a expansão da entidade.

Por Eliana Antiqueira

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Conheça o novo diretor executivo

uma ambiente de aprendizado constante, obter resultados por meio das pessoas de forma transparente. Se assim não fos-se, a ABORL-CCF não teria alcançado a projeção e o grau de importância na co-munidade médica que tem hoje. Me sin-to orgulhoso por ter sido escolhido para trabalhar em uma entidade que apresenta perspectivas tão promissoras.

Qual será sua primeira tarefa ao assumir a diretoria executiva da ABORL-CCF?

Minha primeira tarefa será conhecer muito bem o corpo diretivo, os funcionários, que já me foram muito bem recomendados, aprender com eles o mais rápido possí-vel e me integrar a esse time vencedor e muito competente. Todo trabalho bem fei-to tem sempre um denominador comum: uma equipe afinada.

Quais suas expectativas com a função?

Minha expectativa é contribuir para o cres-cimento da Associação, estreitando laços com os parceiros atuais, desenvolvendo e agregando novos parceiros, propor e ad-ministrar projetos de relevância, dar supor-te à diretoria e ao Conselho Deliberativo em todas as questões que estejam dentro do escopo da função. Também quero me desenvolver e crescer em conhecimento, respirar esta atmosfera de conhecimento, valorização profissional e criatividade. Ali-nhado à minha formação acadêmica farei tudo para corresponder às expectativas que a ABORL-CCF e seus associados de-positam no meu trabalho.

“A chegada do Eduardo é mais um passo para profissionalização da Associação. Cabe a ele resgatar, sedimentar e transmitir a experiência que os presidentes acumulam e garantir que a Associação cresça e se mantenha forte, independente de quem esteja no cargo. A ABORL-CCF tem uma troca de comando bastante dinâmica. A cada ano, um novo presidente assume com ideias e expectativas. O Diretor Executivo é uma figura catalisadora, um agregador e moderador desses projetos. Cabe a ele garantir a perenidade das iniciativas que fomentem o crescimento da Associação.”

Dr. Agrício Crespo, presidente da ABORL-CCF

A importância do diretor Executivo

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ProdutosLicenciados

Leve a com vocêAssociação lança camisas polo,

camisetas, squeeze e pin com logotipo estilizado.

Por Sheila GodoiFotos: Milton Galvani

Carregue consigo o orgulho de fazer parte de uma das mais importantes associações médi-cas do mundo. Depois de um longo trabalho de criação e trâmites legais para uso da mar-

ca, a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial acaba de lançar uma linha de produtos licenciados. A princípio, são três itens: pin, camiseta e squeeze, mas o projeto se estende para outros artigos.

A identidade visual da instituição está ganhando cada vez mais importância na comunicação com os associados, profissionais de outras especialidades e entidades ligadas à saúde. Dr. Agrício Crespo, presidente da Associação, acompanhou de perto o desenvolvimento dos itens a fim de garantir a alta qualidade dos materiais usados. “Um produto licen-ciado confere maior visibilidade à marca que repre-senta. E este é o nosso objetivo. Ao longo do ano, milhares de Otorrinolaringologistas brasileiros par-ticipam de eventos e congressos ao redor do mun-do. Ao usar um produto com a marca ABORL-CCF colaboram para divulgar a Associação ao redor do globo”, explica.

Inicialmente, os lançamentos estarão disponíveis para aquisição nos estandes da ABORL-CCF expostos em eventos da especialidade e na própria sede.

Carregue no peito!Um pin folheado a ouro, com detalhes em meia cana, desenhado pela MKom Joalheiros é a joia da nossa coroa. O pin pode ser usado na lapela, no bolso do blazer, do paletó ou do jaleco, para prender a echarpe e até como broche. Discreto e elegante, o pin confere classe a qualquer visual.

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ProdutosLicenciados

Vista a camisa!As camisetas e camisas polo, dis-poníveis nas versões feminina e masculina, ganharam aplicação do logotipo da ABORL-CCF estili-zado nos tons dourado e prateado. Com confecção em tecido meia malha e dry fit e camisas polo em meia malha, os diferentes modelos estão disponíveis na cor preta.

Mate sua sede!Em aço inoxidável, o squeeze licenciado pela ABORL--CCF tem capacidade para armazenar até 550 ml. É térmico, possui tampa de rosca e será comercializado na cor alumínio. A sofisticação fica por conta da apli-cação a laser do logotipo da Associação.

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Segundo o dicionário Aurélio, Medicina é a ci-ência que tem como objetivo a conservação e o restabelecimento da saúde. Para a Orga-nização Mundial de Saúde, saúde é o estado

de completo bem-estar físico, mental e social. Medicina Integrativa é a abordagem que busca agregar práticas tradicionais às práticas complementares. A partir dessa união, o conceito de cura é ampliado, deixando de ser entendido apenas como a ausência de doença. Para a Medicina Integrativa, a cura vem de dentro. Remédios, tratamentos e cirurgias são necessários para auxiliar e acelerar o restabelecimento da saúde, mas são atores coadjuvantes. O paciente, e a capacidade inata de recu-peração de seu organismo, é o protagonista.

A alternativa é integrarA Medicina Integrativa agrega os métodos tradicionais e alternativos com o objetivo de estimular a capacidade inata de recuperação do organismo e coloca o paciente como agente de autocura. Um novo paradigma de tratamento que ganha cada vez mais adeptos e estimula a discussão sobre a eficácia de tratamentos considerados anticonvencionais.

Por Sheila Godoi

Organizada como um movimento dentro de algumas univer-sidades norte-americanas, a partir da década de 1970, hoje, mais da metade das instituições daquele país já possui de-partamentos organizados de Medicina Integrativa, o que de-monstra uma consolidação desta terapêutica. No Brasil, os primeiros passos já foram dados. Em São Paulo, hospitais de ponta, como o Albert Einstein e o Sírio Libanês já contam com este serviço, e até mesmo o SUS se rendeu aos seus bene-fícios. Desde 2006, quando o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Práticas Integrativas, o Sistema Único de Saúde oferece fitoterapia, homeopatia, acupuntura e termalis-mo em cerca de 1.200 municípios. Dados recentes do Minis-tério mostram que o SUS faz, em média, 85 mil procedimen-tos de acupuntura e mais de 300 mil de homeopatia por ano.

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Especial

Ponto de equilíbrioSe por décadas os métodos convencional e alternativo bateram de frente, a Medicina Integrativa propõe um novo conceito no qual o paciente é diretamente responsá-vel por sua melhora, a consulta inclui uma atenção diferenciada, a relação médico--paciente se fortalece e abre-se um leque de possibilidades terapêuticas. Dr. Paulo de Tarso Lima, cirurgião e médico respon-sável pelo grupo de Medicina Integrativa do Centro de Oncologia e Hematologia do Hospital Albert Einstein explica como funciona esse pensamento. “Se uma pessoa sofre com otite, por exemplo, a primeira ação é tomar um antibiótico para conter o número de bactérias. Entretanto é do próprio paciente a capacidade de reorganizar o ouvido internamente e dimi-nuir a inflamação, chegando a um lugar de equilíbrio”, explica. A Medicina Integrativa entende que o sistema imune do paciente, auxiliado pelo uso do antibiótico, foi quem permitiu a cura.

tro e ter empatia com seus sofrimentos nos possibilita trabalhar em um campo de relacionamento bastante adequado para a cura do paciente. E o respeito in-clui conhecermos nossos limites e saber qual o momento de encaminhar o caso para alguém com maior possibilidade de auxiliar o paciente, se necessário”, afirma o Otorrinolaringologista especializado em Homeopatia, Dr. Paulo Sérgio Daruiche.

A Medicina convencional vem se renden-do aos poucos aos conceitos da sua gê-mea, a Medicina Integrativa. “Medicina é a arte de curar, é única. Não existem “alter-nativas”, e sim modalidades complemen-tares ao tratamento. Quando alguém sofre um acidente ou fica gravemente doente, vai ao hospital, toma antibióticos, corticos-teróides, faz cirurgias. Na literatura médi-ca, quando alguém precisa saber sobre acupuntura, homeopatia, fitoterapia, den-tre outras, consulta as bases de dados, pesquisa complementary medicine. Não é misticismo, é informação”, ressalta Dra. Mônica Menon, também Otorrinolaringo-logista, com especialização em Alergia e Imunopatologia. “Hoje estamos na era da ‘Taylor Made Medicine’, que permite a identificação do melhor medicamento a ser usado de acordo com as característi-cas genéticas do paciente”, complementa. Em outras palavras, o indivíduo recebe um tratamento de acordo com seu perfil.

A Medicina Integrativa não dispensa a fi-gura do médico. Pelo contrário. O acom-panhamento profissional é indispensável para o sucesso do tratamento. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, em 1993, mostrou que, na época, um em cada três pacientes fazia uso de alguma terapia complementar sem informar ao seu médico. “O papel do médico é aju-dar a pessoa a entender os processos biológicos e como ela interage com es-ses processos, na gestão do estresse”, esclarece Dr. Paulo de Tarso. “O médi-co não tem o poder de dar um remédio para que a pessoa nunca mais sinta uma alergia, por exemplo, mas ele tem uma série de informações que podem ajudar na construção de um plano de ação em saúde que vai diminuir a possibilidade de se ter uma alergia”.

Formação acadêmicaPara ampliar os conhecimentos na área, o Hospital Albert Einstein lançou a pós-graduação lato sensu em Bases da Medicina Integrativa. Coordenado pelo Dr. Paulo de Tarso Lima, o curso é presencial com 11 meses de duração. Mais informações pelo telefone (11) 2151-1001.

“Medicina é a arte de curar, é única.”

Dra. Monica Menon

“Medicina é a arte de curar, é única.”curar, é única.”

Dra. Monica Menon

“Todo médico que faz uso de práticas complementares deve conhecer profundamente a Medicina convencional.”

Dra. Maria Emilia Gadelha

“Promoção de saúde é devolver a autonomia às

pessoas para que elas possam viver de forma flexível e conectadas a

um estado de bem-estar.”

Dr. Paulo de Tarso Lima

Outro diferencial da prática é respeitar as posições dos pacientes, sejam crenças, atividades ou religião. “Um bom diálogo é derivado desse respeito, como também é o acolhimento que podemos oferecer. Procurarmos nos colocar na pele do ou-

A também Otorrinolaringologista e espe-cialista em Medicina Biológica, Homotoxi-cologia e Ozonioterapia Dra. Maria Emilia Gadelha recorre a Hipócrates para ilustrar o fundamento da Medicina Integrativa. “O pai da Medicina dizia que o homem é uma parte integral do cosmo e só a natureza pode tratar seus males. Com isso queria mostrar que as causas da doença eram naturais – e não punições divinas como se acreditava até então – e lembrar que o equilíbrio e a saúde do corpo estão di-retamente ligados ao ambiente em que vivemos”, esclarece. “Somente os medi-camentos alopáticos não são suficientes para oferecer todas as possibilidades de controle dos desconfortos e de cura das doenças para seres humanos tão diversos. Buscar outras possibilidades de diagnóstico e tratamento deveria ser o objetivo de todo médico, por meio do aprimoramento contínuo e da aquisição de novos conhecimentos”, recomenda.

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Especial

Questão de educaçãoUma das metas da comunidade envol-vida nas práticas integrativas é ampliar o conhecimento das distintas modalidades terapêuticas entre os médicos. “O número de terapeutas não-médicos em exercício no Brasil é absurdamente maior do que o de médicos com alguma formação em medicina integrativa. Falta que a Medicina Integrativa faça parte do currículo das es-colas médicas”, ressalta o Otorrinolaringo-logista e Acupunturista Dr. Milton Takeuda.

E, nesse aspecto, o Brasil começa a mos-trar reação. O número de estudos sobre o tema tem aumentado. Segundo o banco de dados da Pubmed, o índice cresceu 33% nos últimos cinco anos. Em 2013, o Ministério da Saúde vai incluir, pela primei-ra vez, perguntas ligadas à acupuntura na Pesquisa Nacional de Saúde, e também lançou edital de pesquisas para investigar o custo e a efetividade dessas terapias e seus benefícios nas doenças crônicas. A partir destes dados, será possível ao governo avaliar se o impacto dessas tera-pias nos cofres públicos é positivo.

Os EUA já descobriram a eficiência desses tratamentos e o próprio governo estimula a pesquisa e a adesão às práticas integra-tivas com o Centro Nacional para Medici-na Complementar e Alternativa (NCCAM na sigla em inglês), cujo orçamento supera os 120 milhões de dólares. “É um gran-de desafio permear esses conceitos num caminho de influência na esfera da saúde pública. A proposta não é trocar um trata-mento por outro, mas analisar qual deles ou que combinação teria melhor resulta-do, sem perder de vista a necessidade de oferecer conforto num momento delicado, de dor e insegurança”, conclui Dr. Paulo de Tarso Lima.

AcupunturaNo final de 2012, um dos maiores estudos na área, financiado pelo Centro Nacional de Medicina Complementar e Alternativa dos EUA, jogou evidências sobre a discussão: depois de revisar 29 pesquisas, totalizando quase 18 mil participantes, o trabalho mostra que a acupuntura tradicional ajuda a combater dores crônicas nas costas, na cabeça e ligadas à artrite.

HomeopatiaO pediatra e homeopata Renan Marino, professor da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, desenvolveu uma experiência pioneira com um remédio homeopático frente à epidemia de dengue que assolava essa cidade no interior paulista. Cerca de 20 mil doses foram distribuídas entre a população e houve uma queda de 80% no número de casos da infecção registrados – e nenhuma pessoa evoluiu para a forma hemorrágica e mais grave da doença. Hoje, o especialista investiga o potencial da homeopatia em crianças com hiperatividade.

FitoterapiaDiversos remédios, hoje fabricados por farmacêuticas, têm seu princípio ativo baseado em substâncias encontradas originalmente em plantas. Muitas instituições, como a Universidade Estadual de Campinas e a Federal de Santa Catarina, investem na pesquisa de fitoterápicos. O SUS oferece 12 extratos de plantas em sua rede aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária em critérios de eficácia e segurança.

TermalismoA terapia é oferecida pelo SUS em caráter de observação. Os efeitos das estações termais estão relacionados à temperatura da água e suas propriedades minerais. O conceito é mais popular na Europa e na Ásia e há indícios de que, além de contra-atacar o estresse, o termalismo ajuda a tratar problemas circulatórios.

Técnicas de respiraçãoExistem diversos treinos de respiração e um dos mais famosos é o método Sudarshan Krya, da ioga, tema de trabalhos na Universidade Harvard que demonstraram sua eficácia no controle do estresse, colesterol e insônia. Num experimento do Instituto do Coração de São Paulo (Incor), os médicos observaram que exercícios respiratórios melhoraram os níveis de pressão arterial de idosos.

MeditaçãoUm trabalho da Universidade de Wisconsin-Madison, nos EUA, acaba de demonstrar, depois de um teste com 154 voluntários, que indivíduos que meditam meia hora por dia correm menor risco de sofrer com gripes e resfriados e perder dias de trabalho com isso.

Fonte: Dossiê: Medicina Integrativa - Galileu

Resultados comprovados“A Medicina é uma só. E o único beneficiado deve ser o paciente.”

Dr. Paulo Sérgio Daruiche

Arquivo pessoal

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EducaçãoContinuada

O que há de novo?

Caríssimos colegas, temos recebido inúmeros elogios referentes à qualidade de nossos artigos de atualiza-ção. Isso nos deixa muito felizes e entusiasmados para seguir com este projeto de Educação Médica Conti-nuada. Agradecemos a Dra. Renata di Francesco pelo seu trabalho de seleção de temas. Aos leitores, con-tamos com sua colaboração. Escrevam para a ABORL-CCF sugerindo tópicos para este espaço da VOX.

Nesta edição, temos outros dois temas muito relevantes e importantes para o Otorrinolaringologista, independente de sua área de atuação principal, que são as vacinas para a prevenção de otite média aguda e os implantes cocleares para surdez neurossensorial em adultos e crianças. Boa leitura.

Dr. Renato Roithmann

Os últimos dois anos em Otites Médias Agudas e Vacinas

As otites médias agudas (OMAs) representam uma das doenças infecciosas bacterianas mais comuns da infância. Cerca de 90-95% das crianças vão apresentar pelo menos um episódio de

otite média aguda até os cinco anos de idade, e 75% destes episódios ocorrem até 2 anos de idade. O que provoca um grande impacto, tanto econômico como social, de caráter mundial. E é justamente neste cenário que as vacinas entrariam como formas de prevenção. Então abordare-mos aqui o papel das vacinas anti-pneumocócica e anti-influenza na pre-venção da otite média aguda.

A vacina anti-influenza já vêm mostrando, há mais de 2 decádas, um im-pacto de cerca de 30-55%, na prevenção dos episódios de OMAs. Estudo recente1, em 2011,comparou a eficácia da vacina anti-influenza com vírus vivo atenuado, com outros dois grupos de crianças, que receberam place-bo ou a vacina influenza trivalente com vírus inativado. Neste estudo con-cluíram que os pacientes que receberam a vacina com vírus vivo atenuado apresentaram um maior nível de proteção relacionado a OMA, quando comparado aos dois outros grupos. Lembrando que mesmo nos EUA, esta vacina é liberada apenas para crianças à partir de 2 anos de idade.

Um dos dados importantes do último Guideline em Otites Médias Agu-das, publicado pela Academia Americana de Pediatria em 2013, foi jus-tamente demonstrar a eficácia de vacinas, como a anti-pneumocócica, nas otites. Além de preconizar nos EUA o uso da vacina influenza em todas as crianças a partir dos 6 meses de idades2. Aqui no Brasil, a vacina para influenza faz parte do calendário apenas para idosos à partir dos 60 anos e os grupos de risco (imunodeficiência, cardiopatas, pneumopatas, implante coclear, ect).

No Guidelines de Otites, em 2004, não haviam publicações suficientes sobre o real impacto da vacina pneumocócica 7-valente (PCV-7) Prevnar 7® nas OMAs. Embora, desde de 2001, Eskola e colaboradores já tives-sem publicado no Eng J Med que a vacina PVC-7 apresentava redução

de apenas 6% na incidência de OMA; e que reduzia a incidência de oti-tes de causa pneumocócica em 34% (IC 95%: 21a 45%), e por sorotipos contidos na vacina em 57% (IC95%: 44 a 67%). Por outro lado, também levava a um aumento de 33% na incidência de OMA por outros sorotipos não contidos na vacina.

Na América do Norte, onde a vacina anti-pneumocócica era realizada em todas as crianças desde 2000, e que demonstrou comprovada eficácia na prevenção de OMA por estes sete sorotipos (4,6B,9V,14,18C,19F e 23F), surgiu em 2010 uma nova vacina antipneumocócica, a PCV-13, para contemplar seis novos sorotipos de pneumococo. Destes novos soroti-pos presentes na vacina, o 19 A que vinha demonstrando maior incidên-cia. Mas apenas estudos futuros poderão demonstrar qual a eficácia da PVC-13, nestes seis novos sorotipos, em relação a prevenção das otites médias agudas2. Outro estudo, deste ano de 2013, demonstra dados em relação a prevenção da vacina anti-pneumocócica, semelhantes aos já apresentados acima, e relata que, embora o número de visitas em consul-tórios por otites médias tenha reduzido em até 40%,quando comparado ao período antes da vacina PVC-7; os reais benefícios desta vacina em relação a OMA são de apenas 6-7%. Embora também tenha sido obser-vado uma redução da necessidade de colocação de tubos de ventilação nas crianças após a PVC-73. Como a PVC-13 foi introduzida apenas a partir de 2010, ainda é muito cedo para falarmos em sua eficácia nas otites médias agudas.

Temos ainda a vacina anti-pneumocócica 10 valente ou PVC-10, vacina conjugada a partir da proteína D do H. influenzae não-tipavel, e que foi li-cenciada inicialmente na Europa, e que hoje também já faz parte do nosso calendário vacinal para todas as crianças. Embora a PVC-10 possa reduzir as otites causadas por estes sub-tipos de S. pneumoniae e do H. influen-zae não-tipavel ; também ainda não temos estudos que demonstrem a sua eficácia na prevenção das OMAs.

Referências Bibliográficas

1. Block SL, Heikkinen T, Toback SL, Zheng W, Ambrose CS. The efficacy of live attenu- ated influenza vaccine against influenza- associated acute otitis media in children. Pediatr Infect Dis J. 2011;30(3):203–207. 2. Allan S. Lieberthal, Aaron E. Carroll, Tasnee Chonmaitree, Theodore G. Ganiats, Alejandro Hoberman, Mary Anne Jackson, Mark D. Joffe, Donald T. Miller, Richard, M. Rosenfeld, Xavier D. Sevilla, Richard H. Schwartz, Pauline A. Thomas and David E. Tunkel. The Diagnosis and Management of Acute Otitis Media. Pediatrics 2013;131;e964; originally published online February 25, 2013; DOI: 10.1542/peds.2012- 3488. (Guidelines 2013). 3- Michael E. Pichichero. Pediatr Clin N Am. 2013: 60: 391–407.

Prof. Dra. Melissa A. G. Avelino Professora Adjunta da UFG e da PUC-GO

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39Revista VOX OTORRINO |maio / junho 2013 | www.aborlccf.org.br

EducaçãoContinuada

Os últimos 2 anos em implante coclear

Nos últimos anos, as próteses auditivas implantáveis apresentam alte-rações tanto na tecnologia quanto no uso e nas indicações. Desses tipos de próteses o implante coclear é o que está há mais tempo dis-

ponível e, até hoje, novidades sempre cercam esse dispositivo.

Implante Coclear BilateralO implante coclear bilateral em crianças tem seu uso cada vez mais de-fendido em virtude das grandes vantagens da audição binaural, entre elas: melhor audição em ambientes ruidosos e localização sonora espa-cial1,2. Os argumentos contrários à implantação bilateral têm sido: risco cirúrgico e anestésico aumentado, risco à audição residual e deixar um lado sem implante para liberá-lo para futuras tecnologias.

O implante bilateral pode ser realizado simultaneamente, no mesmo tempo cirúrgico, ou sequencialmente, em tempos cirúrgicos distintos. Estudos demonstraram benefício com qualquer espaço de tempo entre uma cirurgia e outra, entretanto, a melhor resposta no tronco encefálico e mais expressivo ganho de linguagem é notado em pacientes com me-nor espaço entre uma cirurgia e outra, com melhor resposta sempre na implantação simultânea 3,4.

No caso de adultos, a questão da aquisição de linguagem não é tão pertinente, já que se supõe que perderam a audição após adquirirem linguagem. Mas estudos que compararam usuários de implante coclear unilateral e bilateral, mostraram que estes últimos apresentam melhora na qualidade de vida com impacto importante na audição, vocalização, humor e cognição.5,6

No Brasil, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) – através de sua Resolução Normativa – RN Nº 261 – determina que, desde janeiro de 2012, os planos de saúde devem autorizar os implantes cocleares no seu rol de procedimentos, não necessitando de demandas judiciais para a cirurgia do implante coclear uni ou bilateral, conforme indicação do médico assistente7.

Uso de Implantes Cocleares e Preservação AuditivaAs indicações para implante coclear foram mudando com o tempo. Antes eram implantados apenas nos pacientes com perda auditiva profunda. Hoje, pacientes com perda severa podem entrar no grupo de indicados. Para preservar este resíduo auditivo, algumas alterações foram adotadas.

Os eletrodos diminuíram nos últimos anos e se tornaram cada vez mais finos e, algumas vezes, mais curtos8, permitindo a combinação de estí-mulo acústico para frequências graves e elétrica para sons agudos9. A cirurgia mudou sua técnica para uma abordagem o menos traumática possível10, com algumas alterações, entre elas, a passagem de eletrodos pela janela redonda ao invés de confecção de uma cocleostomia. Todas essas alterações teriam como objetivo a preservação auditiva. Trabalhos recentes mostram que ótimos resultados são encontrados11, mesmo com eletrodos convencionais, usando uma técnica cirúrgica apropriada para preservar a audição.

Preparo pré-operatórioO prepare pré-operatório com uso de vacinas sempre foi obrigatório para implante coclear. Nos EUA, as orientações mudaram. Por muitos anos, no

caso da prevenção de complicações pneumocócicas, somente a vacina polissacarídea pneumocócica 23 era recomendada para adultos candi-datos ao implante coclear. Entretanto, em 2012, o Comitê de Imuniza-ção Americano, recomendou o uso da vacina conjugada pneumocócica 13-valente para indivíduos até 19 anos de idade12. A evidência para isso veio de um estudo com pacientes de risco para infecção pneumocócica13.

Uso do Implante Coclear em Cóclea Ossificada

A surdez pós-meningite pode vir junto com ossificação da cóclea e a realização da cirurgia para o implante coclear deve ser o mais precoce possível, mesmo antes dos 12 meses de vida. A preferência nesse tipo de problema ainda é por cabos duplos de eletrodos (double arrays). A perfor-mance com o uso de implantes de dois cabos de eletrodos foi superior ao uso de eletrodos simples, mesmo com duplicação dos canais desses14.

Idade da Realização da Cirurgia do Implante Coclear

O órgão americano Food and Drug Administration (FDA) ainda limita a realização de implante coclear a partir dos 12 meses, entretanto, estudos em países que autorizam a realização de cirurgia em idades menores, têm mostrado bons resultados15. Até 2010, uma meta-análise sugeria que o papel do implante coclear em crianças menores de 12 meses perma-necia ainda não totalmente claro, já que não tínhamos estudos prospec-tivos de longo prazo de acompanhamento desses pacientes16.

Hoje, com um período de acompanhamento maior, pacientes que foram implantados com menos de 12 meses de idade atingiram a fala apro-priada à idade e habilidade linguística própria aos 24 meses, enquanto o grupo de pacientes implantados com mais de 12 meses de vida atingi-ram estas mesmas características aos 40 meses de vida17. Além disso, quando realizada por equipe de cirurgiões e anestesistas experientes, os riscos foram os mesmo de crianças mais velhas e adultos17.

Uso do Implante Coclear em Neuropatia Auditiva

Sempre houve um grande dilema em implantar pacientes com neuropa-tia auditiva ou não. Esses pacientes apresentam células ciliadas funcio-nantes e uma cirurgia poderia danificar essas estruturas. Trabalhos mais recentes mostraram que a implantação coclear é viável nos pacientes que não obtiveram sucesso com Aparelhos de Amplificação Sonora in-dividual convencional18. Os resultados encontrados nos pacientes com neuropatia auditiva não foram diferentes dos indivíduos com perda audi-tiva neurossensorial profunda tradicional.19

Uso de Ressonância Magnética em pacientes com Implante Coclear

Muitos implantes mais modernos permitem a realização de ressonância magnética até 1,5 Tesla, mesmo sem a retirada do magneto, protegendo o sítio com atadura e gaze. Estudos em aparelhos de 3 Tesla, não mostraram segurança para o funcionamento do aparelho com risco de deslocamento e desmagnetização20. Ao mesmo tempo, quando não removemos o mag-neto, existe grande distorção da imagem com artefato importante ao redor da área do implante. Há um apagamento da imagem ao redor que chega a 6,6 cm na dimensão anteroposterior e 4,8 cm na dimensão lateral21.

Referências Bibliográficas

Para conferir a referência bibliográfica completa deste artigo acesse: www.aborlccf.org.br/lamina

Dr. Felippe Felix Médico Otorrinolaringologista do HUCFF/UFRJ e do HSE/RJ — Mestrado pela UFRJ

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maio / junho 2013 | www.aborlccf.org.br40 | Revista VOX OTORRINO

Cursos

Vias na Web: aula real no mundo virtual!

No mês de maio, um grupo de oito professores, especia-listas em Rinologia, se reuniu na sede da ABORL-CCF para a realização do projeto Vias na Web, que consiste na gra-vação de aulas, com duração de 45 minutos, sobre temas relacionados à especialidade. Os vídeos gravados serão publicados no site da ABORL-CCF ao longo do ano. No lançamento de cada aula, o professor responsável ficará disponível on-line para responder dúvidas em tempo real.

Fisiopatologia, investigação e tratamento das rinites e rinos-sinusites, foram os temas centrais das aulas, cuja gravação contou com a parceria do laboratório MSD. “Conseguimos reunir neste curso alguns dos principais especialistas do país sobre o assunto abordado. As aulas disponíveis na web podem ser assistidas por qualquer médico que se interes-se pelo tema”, explica Dr. Fabrízio Romano, coordenador do evento e presidente da Comissão de Eventos e Cursos.

Gravadas em vídeos de 45 minutos, aulas serão apresentadas ao longo do anoPor Sheila Godoi

Fotos: Vicent Sobrinho

“Conseguimos reunir neste curso alguns dos principais especialistas em Rinologia do país.”

Dr. Fabrízio Romano

Programe-se para as aulas Manejo adequado do paciente alérgico. diagnóstico e investigação

Dr. João Melo (USP)

Atualização no tratamento da RSC com e sem polipose nasal

Dra. Wilma Lima (USP - Ribeirão)

qual o papel da cirurgia no tratamento das rinossinusites?

Dr. Renato Roithmann (ULBRA)

Corticosteroide tópico no tratamento da RA. Ainda a melhor opção?

Dr. Olavo Mion (USP)

Tratamento cirúrgico da obstrução nasal

Dr. Richard Voegels (USP)

Opções de tratamento oral da rinite alérgica

Dr. Fábio Castro (USP)

Fisiopatologia da RSC: o que sabemos hoje

Dra. Francini Pádua (UNIFESP)

Algoritmo de tratamento da RSA: últimas evidências

Dr. Fabrizio Romano (USP)

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Perfil

Ainda criança, Claudemir, filho de um mecânico de automóveis e de uma costureira, resolveu ser doutor. Para atingir o objetivo, o menino natural de São Caetano do Sul aceitou o emprego de

office boy na General Motors, um orgulho para toda a família, composta, em sua maioria, por metalúrgicos do ABC paulista. A realidade profissional, no entanto, o afas-tou dos devaneios da infância e, aos 19 anos, cursava faculdade de Economia. Foi quando se deparou com o cursinho preparatório para o vestibular de Medicina, na Universidade São Francisco, de Bragança Paulista, e lembrou do antigo sonho de ser doutor. Passou no vesti-bular, abandonou os números e, na hora de decidir pela especialidade, vacilou entre a Psiquiatria e Otorrinolarin-gologia. Optou pela primeira. Ao longo da residência, se viu motivado a exercer uma especialidade que concilias-se tanto a área clínica como a cirúrgica, e aí ele se ren-deu definitivamente à Otorrinolaringologia. Dr. Claudemir Borghi abraçou o ofício no serviço do Hospital Cema, em São Paulo, onde permaneceu até o ano 2000 e exerceu o cargo de diretor clínico por cinco anos, quando sua vida profissional sofreu uma guinada surpreendente.

Sabe-se que São Paulo é uma cidade de vanguarda. O co-ração econômico do país é cheio de badalações, arquitetura moderna e histórica, trânsito onipresente, boa gastronomia, in-segurança, belezas erguidas pelo homem, moda e tecnologia. E mesmo com todas as peculiaridades da terra da garoa, a decisão de Borghi por guardar a cidade apenas na memória – ou, mesmo, nos períodos de folga – foi mais forte. Dr. Clau-demir deixou para trás o agito da cidade e resolveu exercer Medicina na pequena Cacoal, no interior de Rondônia. Cidade com cerca de 80 mil habitantes, mais de 2.500 km distante da capital paulista, e carente de tudo. Mais do que uma experiên-cia profissional, sua vida por lá se tornou uma profissão de fé.

A escolha pela cidade aconteceu por influência de um cole-ga de faculdade que havia feito o mesmo há anos, mas Dr. Claudemir já trazia em si o desejo de fazer diferença para aqueles que realmente precisam. “Quando cheguei, estra-nhei, pois em São Paulo estava acostumado com estruturas hospitalares grandes. Em Cacoal, encontrei uma classe mé-dica de boa qualidade, verdadeiros heróis que aqui haviam chegado já há algum tempo e que procuravam dar o máxi-mo de si para trazer uma medicina adequada à população.” Lidar com as limitações de infraestrutura e até mesmo com patologias comuns em cidades cujos recursos são escassos também foi algo a ser superado. “Tinha que resolver tudo, havia dias em que eu mal conseguia dormir”, lembra.

Rumo ao norteDr. Claudemir Borghi deixou São Paulo para exercer a Otorrinolaringologia em Cacoal, Rondônia, no norte do país. Há 13 anos ele faz a diferença por lá.

Por Sheila Godoi

Atuar como especialista, tentando fazer não apenas o básico, mas o melhor, tanto para a população com boas condições econômicas como para os mais necessitados, talvez tenha sido meu maior desafio

Inauguração do Hospital São Daniel Comboni com a presença do ministro da Saúde Alexandre Padilha.

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43Revista VOX OTORRINO |maio / junho 2013 | www.aborlccf.org.br

Perfil

A adaptação não foi fácil. A distância e a infraestrutura deficitária vez ou outra cobrava tributos. Ele lembra que certa noite recebeu um chamado urgente de um hospital local para atender a uma menina de dois anos que havia engasgado com uma espinha de pei-xe. A família da paciente era humilde e havia percorrido uma longa distância até chegar à região onde seria aten-dida. “A criança estava cianótica, em franco sofrimento respiratório. E seus pais, em pânico, imploravam para que a salvássemos”, relembra. “Imediata-mente, tentei visualizar a laringe com nasofibroscópio, mas o edema era in-tenso e a criança piorava. A ventilação era extremamente difícil. Chamei um colega cirurgião geral e o anestesista, para realizarmos uma traqueostomia, abrindo uma via para ventilar a crian-ça.” Assim que a pequena foi anes-tesiada, Borghi conseguiu visualizar, com laringoscópio rígido, as três vér-tebras com as espinhas do peixe que atrapalhavam a garganta. “Depois de uns trinta dias, a família da paciente, que não tinha condições de pagar, me trouxe sacos de laranja, bananas, coco, uma galinha, metade de um porco e mais algumas coisas. Havia apenas alguns meses que eu havia chegado a Cacoal, e foi por meio des-ta e de tantas outras situações que percebi qual seria a minha missão no lugar que havia escolhido para morar”, conta emocionado.

Há 13 anos, Dr. Claudemir escolheu Cacoal como lar, e, desde então, não parou de contabilizar conquistas. Em

2003, participou da fundação da Asso-ciação Assistencial à Saúde São Daniel Comboni (ASSDACO), que gerencia o hospital do câncer local. A ASSDACO surgiu de um projeto do padre Franco Vialeto, pároco da cidade na época, cujo maior propósito era construir um hospital que pudesse tratar principal-mente pacientes com câncer, evitando que tivessem de se deslocar a longas distâncias para encontrar tratamento. A ideia saiu do papel e a Associação conseguiu um terreno de 50.000m²

Com a experiência adquirida na cidade e no interior, Borghi é contrário à ideia de se colocar um recém-formado para exercer medicina em lugares longínquos. “Para que a população esteja bem assistida é importante que essa distribuição seja feita com médicos bem formados, se possível com especialização e experiência, tudo associado às condições adequadas para exercer a profissão de médico dentro do que se necessita e se espera nesses locais”, defende.

» 223 profissionais na região Norte

» 21 otorrinos em Rondônia

» 1 especialista para cada 75.715 habitantes

Dr. Claudemir rodeado pela família: os filhos Isadora, Francisco e David e a esposa Isabella

para a tão sonhada construção, em parceria com ONGs italianas e com a colaboração de voluntários. Jantares, bingos, leilões e outras ações da cam-panha “De real em real, vamos cons-truir um hospital” contribuíram para o nascimento do Hospital São Daniel Comboni, que já está em funciona-mento. Mas o trabalho nunca termina. “Para a nossa região é uma vitória e o símbolo do esforço de muita gente”, explica o médico que, desde 2008, preside a Associação.

Dr. Claudemir também atua como conselheiro do CREMERO mantém atividades como professor convi-dado na faculdade de medicina da Facimed, desde a sua fundação, há seis anos, para as disciplinas relacionadas à Otorrinolaringologia. “Aqui, tentamos sempre atuar no sentido da defesa da ética e do de-senvolvimento correto da profissão de médico em nosso estado”, diz com orgulho, assumindo, ainda que inconscientemente, ser hoje um ci-dadão rondoniense. Ou melhor, um filho honorário de Cacoal.

Saúde Brasil adentroO Censo ORL 2012 aponta que o número de Otorrinos na região Norte totaliza 223 profissionais, o que corresponde a 3% em relação às demais regiões do Brasil. No Estado de Rondônia, são 21 ORLs, o que representa um especialista para cada 75.715 habitantes. Dados como estes revelam o déficit de profissionais da saúde em localidades fora dos grandes centros.

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maio / junho 2013 | www.aborlccf.org.br44 | Revista VOX OTORRINO

História da ORL

P ara entender porque estamos onde estamos, é necessá-rio conhecer um pouco mais da história. E, certamente,

se hoje temos problemas na prática médica, saibam os mais novos que poderíamos estar em muito piores condições não fossem os que “agiram localmente, pensando globalmente” e participaram dos Fóruns Nacionais de Defesa Profissional, em que grupos de 120 a 150 colegas (cinco a sete por estado) debatiam cinco temas principais durante todo um dia pré--Congresso Brasileiro, e objetiva e de-mocraticamente, conseguiram redigir suas decisões e recomendações que, estruturadas como cartas (de Natal, de Florianópolis e Porto Alegre), foram referendadas em Assembleias Ordi-nárias e assumidas pela nossa Asso-ciação até a presente data.

Muitos desempenharam papel nessa revolução, e gostaríamos que todos, citados ou anônimos, se sintam re-conhecidos. De fato, a história de pessoas é mais heróica ou românti-ca, mas a das ideias nos parece mais profícua e transformadora, embora nasça do esforço dos que se negam a aceitar a “injustiça estabelecida” e, ao mesmo tempo, sabem evitar a “oposição cega ao sistema”.

Foi exatamente a partir da assunção, em 1994, da presidência da então Sociedade Brasileira de Otorrinola-ringologia pelo Prof. Paulo Pontes, que ocorreu uma intensa valorização da denominada “Defesa Profissio-nal”, criando-se um “Comitê de De-fesa do Exercício Ético da Medicina”, em maio de 1995, que atraiu mais de 40 entidades médicas para uma proposta que trazia temas ainda sub-

Defesa Profissional e as ondas morais e econômicas

Por Dr. Marcos Sarvat [email protected]

Médico especialista em Otorrinolaringologia e Cirurgia de

Cabeça e Pescoço

Prof. Adjunto da Universidade Federal do Estado do Rio de

Janeiro – UNIRIO

Ex-diretor de Defesa Profissional da ABORL-CCF 1994-2000

Ex-presidente da Academia Brasileira de Laringologia e Voz

1993-1995

Na defesa de tese, em 2006, ao lado dos colegas: Ilian Cardoso (in memoriam), Nédio Steffen, Agrício Crespo, João Chazanas, Paulo Pontes, Henrique Olival, José Victor Maniglia e Marcos Nemetz

conscientes ou pouco trabalhados no Movimento Médico. Até então, as Sociedades Científicas se dedicavam essencialmente ao aperfeiçoamento técnico-científico, e, com raras exce-ções, se negavam a abordar aspec-tos éticos, dignidade e remuneração.

A SBORL, atual ABORL-CCF, lide-rou esse processo, elaborou e apre-sentou uma Proposta do Comitê no Encontro Nacional de Entidades Médicas (ENEM) de 1996, em Brasí-lia, que foi debatido em Sessão Ple-nária, sobre os “Princípios ou Ideais da Medicina”, que partiam do ponto de vista de que a simples busca da competência técnica do médico e da humanização da Medicina não se-ria suficiente para garantir-lhe bons resultados terapêuticos. Em suma, um bom médico prospera mais num bom ambiente – em que haja adequada estrutura física, técnica e administrativa, burocrática e legal. Dentre os princípios, se destacava a defesa (segue reprodução do texto):

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Históriada ORL

“Liberdade de Escolha: É o Direito do paciente escolher seu médico e ter pleno acesso a esse profissional sem restri-ções. Significa reconhe-cer o paciente-cidadão--usuário-consumidor como o único poder discricionário do sistema. Quem escolhe, regula o mercado, e o usuário é mais idôneo do que empresas, governo ou profissionais. Devemos, entretanto, dar-lhe condições para que saiba escolher. Pre-cisamos viabilizar uma listagem (em livro e/ou site) que reú-na todos os médicos atuantes, valorizando o seu tempo de formação, qualificação e contínuo aperfeiçoamento. Assim, o paciente terá condições para exercitar a livre escolha de for-ma eficiente, sem ser iludido pela uniformização dos livros de referência dos planos de saúde. Isto é vital e não devemos continuar cedendo nesse aspecto por eventuais conveniên-cias de empresas, governo, grupos médicos ou mesmo de alguns médicos isoladamente.

Como identificar quando não existe liberdade de esco-lha: é quando um paciente deixa de procurar, ou troca de mé-dico, mesmo tendo sido fortemente recomendado, apenas por ele não ser credenciado ou por não ter seu nome na lista de seu plano de saúde; o paciente busca somente médicos de seu convênio; o paciente é coagido ou obrigado a escolher seu médico numa lista limitada qualquer; quando o médico só encaminha pacientes a colegas que sejam ligados a determi-nado plano de saúde; o paciente é obrigado a escolher seu médico entre os membros do corpo clínico de um hospital ou de qualquer instituição fechada, privada ou pública; uma empresa promotora de planos de saúde se nega a reembolsar um paciente-usuário que opte por ser atendido por um médi-co não credenciado, ou o faz com grande burocracia e retar-do, ou não segue o padrão de honorários que seria devido ao médico credenciado ou referenciado.

O que ocorre quando não existe Liberdade de Escolha: Há concorrência desleal; formam-se pequenos e grandes car-téis, o mercado é fechado pelos profissionais adeptos e adap-tados ao sistema, o paciente não pode avaliar os serviços dis-poníveis, o usuário não é bem atendido, as regras de mercado são violentadas e deformadas, os médicos novos são envol-vidos numa cadeia de exploração, os médicos antigos são desestimulados pela falta de reconhecimento, rompem-se os vínculos de confiança entre paciente e médico, rompem-se os vínculos de dedicação entre médico e paciente, o médico éti-co torna-se refém, utópico e inviável e o exercício da Medicina não pode ser verdadeiramente ético.

Na verdade, um conflito ideológico domina a Medicina, man-tendo ou impondo uma inaceitável subserviência aos senho-res do capital e aos senhores do estado. Os profissionais de saúde são explorados economicamente e nivelados com fun-

cionários adminis-trativos e braçais. Ou pior, ocorre uma total inversão de valores pes-soais e coletivos. Um médico pas-sa a ter seu valor comparado ao do sal, branco, bara-

to e fácil de achar. Esses lados, aparentemente antagônicos, têm algo em comum além de suas posições radicais e mes-quinhas: é o fato de ambos desejarem obter um médico bom, barato e disponível. Total utopia imaginar que esse médico possa ser ético, motivado e eficiente!

Mudanças vão acontecendo e muitos não percebem. A globalização torna obsoletas antigas ideologias e mostra-se hábil imposição dos centros de poder, que buscam integrar para conquistar os países a todos, igualando os desiguais, nivelando na dependência. Consolida-se a era das mega-es-truturas de saúde, das relações entre empresas, do médico--engrenagem de uma máquina que deve prestar serviços mais eficientes e de menor custo, competindo por mercados e usuários. Competição é a palavra-chave de um mundo em acelerada transformação.

O mais grave é sermos induzidos a preferir pacientes simples, que nos darão mais lucro, a rejeitar pacientes complicados, que nos darão prejuízo, e a ver a luta contra a doença e a mor-te como pouco econômica. A partir dessa perversa inversão da motivação histórica e original do médico teremos um caos moral em que perderemos todos, e os cidadãos conosco.

Acreditamos que poderemos enfim defender a Medicina de tantas manipulações, quando o médico assistencial se der realmente conta de que a viabilidade e dignidade de sua ativi-dade clínico-diagnóstica-cirúrgica depende de seu posiciona-mento coletivo em defesa dos princípios éticos, não mais per-mitindo que sua postura humanitária continue a ser explorada por quaisquer indivíduos, patrões, grupos, entidades privadas e públicas, ideologias ou governos.”

Aqui voltamos à questão das “ondas morais e econômicas”. Em 1996, as Entidades Médicas não aprovaram nem reprovaram es-ses Princípios, acreditem se quiserem... E agora? Em 1998, estive-mos em vários encontros no Congresso tentando interferir na Lei dos Planos e Seguros de Saúde. E mais tarde, tratando no Senado de Ato Médico. Mas aí essa história vai mais longe... Bem, encer-ramos esse breve relato interrogando (provocando) cada um dos colegas: Tais pensamentos acima transcritos ainda têm sentido ou está “tudo dominado” pela medicina de convênio (público ou pri-vado)? Aceitamos que “pedir credenciamento” (ai!) seja nosso des-tino? Acreditamos que esse sistema possa ser benéfico a médio ou longo prazo à qualidade da assistência? Ou a vital capacidade de se indignar (e agir) ainda está latente nas novas gerações – e há de se expandir e enfim redirecionar nossas condições de trabalho? Respostas (esperanças) por e-mail são bem-vindas!

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maio / junho 2013 | www.aborlccf.org.br46 | Revista VOX OTORRINO

HumORL

Os Otologistas, Audiologistas e os Otorrinola-ringologistas em geral sempre tiveram muita preocupação com a discriminação da fala. Pois, afinal de contas, nossos ouvidos estão

aí, fundamentalmente, para escutar e compreender a voz humana.

Todos sabem que verdadeiros rios de dinheiro estão sendo gastos para proporcionar avanços na tecno-logia do tratamento da surdez.

O que não impede ocasionais momentos de confusão, especialmente para quem tropeça na semântica da nossa velha e prezada língua portuguesa.

Vai daí que, num movimentado corredor de um grande hospital, um casal transitava rapidamente. O homem, aparentando uma boa dose de angústia, puxou a mulher pelo braço, dirigiu-se à recepcionista e travou com ela o seguinte diálogo:

- A senhora viu o doutor Jairo?

A resposta não se fez esperar:

- Não o vi.

Achando que falara num tom débil demais, aumentou a intensidade:

- A senhora viu o doutor Jairo?

- Não o vi.

Aí, perdeu os cadernos, e berrou:

- A senhora viu o doutor Jairo?

- Já disse que não o vi

O homem virou-se para a companheira e comentou aos brados:

- Vamos embora. Esta mulher é surda.

A recepcionista contestou:

- Não. Surdo é o senhor. Eu apenas falei corretamente. Ou queria que eu dissesse eu não vi ele?

José Seligman

Má discriminação

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